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Índice

1. Introdução..............................................................................................................................1

2. Objectivos..............................................................................................................................2

3. Metodologia...........................................................................................................................2

4. Conceito da Internet e suas potencialidades...........................................................................3

4.1. Conceito da internet.........................................................................................................3

4.2. Potencialidades da internet..................................................................................................6

5. Geohistoricidade da Internet................................................................................................11

5.1. Notas sobre o surgimento da internet............................................................................11

5.2. Ambiência on-line que ressignificam a noção de internet.............................................13

6. Dados de acesso à internet em Moçambique.......................................................................13

6.1. Média de Moçambique em relação à média de áfrica...................................................14

7. Conclusão.............................................................................................................................16

8. Referências bibliográficas....................................................................................................17
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1. Introdução
No presente trabalho abordaremos sobre o estudo das redes sociais na Internet, assim, foca o
problema de como as estruturas sociais surgem, de que tipos são, como são compostas através
da comunicação mediada pelo computador e como essas interações mediadas são capazes de
gerar fluxos de informações e trocas sociais que impactam essas estruturas.

O advento da Internet trouxe diversas mudanças para a sociedade, entre essas mudanças,
temos algumas fundamentais. A mais significativa, para este trabalho, é a possibilidade de
expressão e sociabilização através das ferramentas de comunicação mediada pelo computador
(CMC).
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2. Objectivos
Geral:

⮚ Compreender aspectos que têm haver com a internet e as redes sociais.

Específicos:

⮚ Trazer conceitos da internet e suas potencialidades;

⮚ Falar da geohistoricidade da internet;

⮚ Explicar dados de acesso à internet em Moçambique;

3. Metodologia
Este trabalho foi elaborado com recurso a revisão de literatura.

Para Lakatos & Marconi (2007,160) pesquisa bibliográfica é elaborada a partir do material já
publicado, constituído principalmente de - livros, revistas, publicações em periódicos e
artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico,
internet, com o objectivo de colocar o pesquisador com o contacto directo com todo material
já escrito sobre o assunto da pesquisa.
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4. Conceito da Internet e suas potencialidades


4.1. Conceito da internet
A Internet Society conceitua que ela “é ao mesmo tempo uma rede mundial com capacidade
de transmissão em larga escala, um mecanismo para disseminação da informação e um meio
para colaboração e interação entre indivíduos e computadores sem prezar pela localização
geográfica”. Por meio da internet uma nova dimensão na vida social é percebida, rica de
múltiplas possibilidades. Lemos acredita que “a relação entre o campo social e as novas
tecnologias é construída pela apropriação simbólica” (2010, p. 106).

A internet, esse vasto ecossistema digital que conecta bilhões de pessoas e dispositivos em
todo o mundo, está em constante evolução. À medida que avançamos, é crucial entender
quais conceitos ainda são relevantes e moldam nosso uso diário da rede.

O conhecimento da história da internet permite compreender que a aproximação entre a rede


mundial de computadores e a academia está estabelecida desde os primórdios da nova
tecnologia.

A internet tal como percebemos hoje foi concebida em 1994 com a implementação da World
Wide Web (WWW), criado pelo inglês Tim Berners-Lee, no Centro Europeu de Investigação
Nuclear (CERN), em Genebra (CASTELLS, 2003). Apesar de ser de origem norte-
americana, a tecnologia se desenvolveu nas principais universidades e núcleos tecnológicos
do mundo, com destaque para os institutos dos EUA, Grã-Bretanha, França e Inglaterra.

Protocolos e Padrões:

Os protocolos são regras que governam a comunicação na internet. Eles definem como os
dados são formatados, transmitidos e recebidos. O TCP/IP é o protocolo mais fundamental,
sendo a base para a maioria das comunicações na internet. Outros protocolos importantes
incluem HTTP (para a web), SMTP (para e-mail), FTP (para transferência de arquivos) e
DNS (para resolução de nomes de domínio). Em 2024, essas estruturas continuam sendo a
espinha dorsal da transmissão de dados, permitindo a comunicação entre dispositivos em
redes globais.

IP e DNS:

O endereço IP (Internet Protocol) é um identificador único atribuído a cada dispositivo


conectado à internet. Ele permite que os dados sejam enviados de um dispositivo para outro.
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O DNS (Domain Name System) é um serviço que traduz nomes de domínio legíveis por
humanos (como www.google.com) em endereços IP, facilitando a navegação na web.

Segurança e Privacidade:

A segurança e a privacidade na internet são questões críticas. A internet é um ambiente aberto


e vulnerável, tornando-se um alvo frequente de ataques cibernéticos. As práticas
recomendadas de segurança incluem o uso de senhas fortes, a atualização regular de
softwares e sistemas operacionais, e a instalação de firewalls e software antivírus.

A privacidade também é uma preocupação, com a necessidade de proteger informações


pessoais e financeiras.

Em um cenário digital cada vez mais complexo, a preocupação com a privacidade e


segurança dos dados permanece crucial. Conceitos como criptografia, autenticação e
autorização são mais relevantes do que nunca, à medida que novas ameaças surgem e a
quantidade de dados compartilhados online aumenta.

Neutralidade da Rede:

A ideia de que todos os dados na internet devem ser tratados de forma igualitária, sem
discriminação por provedores de serviços, continua a ser um conceito importante. A
neutralidade da rede preserva a equidade no acesso à informação e serviços, garantindo um
ambiente online mais democrático.

Interconectividade e Padrões Abertos:

A interconectividade entre dispositivos e a adoção de padrões abertos (é um padrão


abertamente acessível e utilizável por qualquer pessoa. Não existe uma definição única e as
interpretações variam de acordo com o uso) são fundamentais para a interoperabilidade na
internet. Em 2024, a ênfase na criação de ecossistemas digitais que possam trabalhar em
conjunto permanece como um conceito valioso para impulsionar a inovação.

Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoT):

O papel da inteligência artificial (IA) e da Internet das Coisas (IoT) na internet está em
ascensão. Em 2024, a integração dessas tecnologias molda a automação e a personalização de
serviços online, proporcionando uma experiência mais eficiente e adaptativa aos usuários.
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Acessibilidade e Inclusão Digital:

A internet continua a ser uma ferramenta poderosa para a disseminação de informações e


oportunidades. Conceitos de acessibilidade e inclusão digital são imperativos para garantir
que todos, independentemente de suas habilidades ou localizações, possam usufruir
plenamente dos benefícios da rede.

O Futuro da Internet:

A internet continua a evoluir, com avanços tecnológicos como a 5G, a Internet das Coisas
(IoT), e a realidade virtual e aumentada (VR/AR) prometendo transformar a forma como
interagimos com a tecnologia. A internet de 2024 será caracterizada por uma maior
integração entre dispositivos, maior velocidade e capacidade de processamento, e uma maior
conscientização sobre a importância da segurança e privacidade.

Trabalhar o presente para melhorar no futuro - é um princípio fundamental quando se trata


dos conceitos da internet? Investir em segurança cibernética, inovação e educação é essencial.
Assim, construímos uma base sólida, eficiente e segura.

Em 2024, muitos dos conceitos fundamentais que sustentam a internet como protocolos, IP,
DNS, segurança e privacidade, ainda mantêm sua relevância. A compreensão desses
princípios é vital para usuários, desenvolvedores e legisladores que desejam navegar com
sucesso na era digital em constante evolução. A busca por inovação deve estar alinhada com
a preservação dos valores essenciais que tornam a internet uma ferramenta valiosa para a
sociedade. À medida que a tecnologia avança, é crucial continuar a educar e conscientizar
sobre a importância de usar a internet de maneira segura e responsável.

4.2. Potencialidades da internet


A internet permite novas formas de comunicação, rápidas e baratas, que superam os meios
conhecidos, pois possuem grandes capacidades de armazenamento de dados e possibilidades
de transmissão de vários tipos (documentos à programas de multimídia). Isso instiga a
destacar as principais áreas instigadas pela internet, a saber: Educação ou ensino e
aprendizagem online, Marketing e Comércio, Política e activismo online.
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a) Educação ou ensino e aprendizagem online

A web é um serviço da internet que tem revelado um grande potencial para criar ambientes de
aprendizagem inovadores e desafiantes ao facilitar o acesso a diversas fontes de informação
que por outros meios seriam mais difíceis de aceder, assim como a grandes quantidades de
recursos multimédia. A Web além de permitir aceder e a diversos materiais, também
disponibiliza fóruns electrónicos que facilitam a comunicação e potenciam o trabalho
colaborativo o que, segundo Souza (2005, p. 130) “reforça a concepção de aprendizes como
agentes activos no processo de aprendizagem, e não receptores passivos de conhecimento”. O
contributo da internet na educação é visível a vários níveis, quer nos modelos de formação
presencial quer, e em especial, nos modelos de formação a distância e ou mistos – blended
learning (Silva, 2002). Na educação presencial, a internet desmistifica o conceito de ensino-
aprendizagem localizado e temporalizado, modificando o conceito de aprendizagem, esta
pode ocorrer em vários lugares, ao mesmo tempo, online e offline, e on ou offline. A
implementação das redes, possibilita ao ensino à distância a comunicação instantânea, a
criação de grupos de aprendizagem, integrando a aprendizagem pessoal com a de grupo. Por
outro lado, o ensino presencial começa a utilizar tecnologias, que até aqui, eram exclusivas
do ensino à distância. A interação e a comunicação “sem hora e local marcado” amplificam
as possibilidades de exploração de novas experiências interpessoais, profissionais, culturais e
educacionais, além de fomentar o estabelecimento de novas formas de socialização. Neto
(2006) refere os aspectos mais importantes da utilização da web como facilitadora de
aprendizagens:

⮚ Flexibilidade de tempo – o utilizador não está sujeito aos horários rígidos, tendo a

possibilidade de escolher o horário mais conveniente para realizar os seus trabalhos e


efectuar as suas pesquisas;

⮚ Independência geográfica – os professores e alunos podem estabelecer contactos

com colegas que partilhem as suas preocupações e se interessem pelos mesmos temas
independentemente do local onde se encontrem;

⮚ Baixos custos – tendo à disposição um computador e uma linha telefónica, qualquer

utilizador pode facilmente aceder à internet;


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⮚ Acesso a fontes de informação – facilita o acesso a variadas fontes de informação. A

possibilidade de renovar e actualizar os conteúdos presentes na web faz dela uma


enciclopédia em constante actualização;

⮚ Durabilidades da informação – os documentos ficam disponíveis para que outros

utilizadores mais tarde os possam consultar;

⮚ Aprendizagem activa – a realização de trabalhos baseados nos conteúdos presentes

na web favorece a valorização da ação do aluno e a aprendizagem numa perspectiva


construtiva. Fomentando a capacidade de resolução de problemas, ao facilitar o
confronto cognitivo e o surgimento de dúvidas;

⮚ Espírito crítico – contribui para o desenvolvimento do espírito crítico, pela

necessidade de selecção da informação, com vista à resolução de problemas;

⮚ Partilha do saber – a internet permite que o trabalho realizado pelos alunos salte os

muros da escola, contribuindo para o desenvolvimento de futuros trabalhos de outros


alunos noutras escolas. A quantidade e diversidade de saberes, opiniões e diferentes
perspectivas de encarar um problema enriquecem o processo de aprendizagem e
estimulam o espírito crítico;

⮚ Existência de público – os alunos ao verem que os seus trabalhos serão apreciados

por outros, são estimulados a produzi-los com rigor, não só para alcançarem uma boa
classificação, mas também por uma questão de realização pessoal e social;

⮚ Educação global – o uso da internet facilita uma visão do mundo como uma

realidade interdependente, permitindo a partilha de problemas e procura de soluções;

⮚ Interculturalidade – numa sociedade cada vez mais global, a internet possibilita o

conhecimento e compreensão de outras culturas. Este diálogo intercultural é


importante na construção de uma sociedade tolerante, respeitador das diferenças;

⮚ Motivação – apesar de acusada de estimular o isolamento, inibindo o convívio com

os colegas, a internet apresenta-se como um recurso para aumentar a comunicação


com os outros. Pode também fomentar a curiosidade que desencadeará a
aprendizagem..
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b) Política e ativismo online

Com a internet e as mídias digitais, as formas de comunicação e consumo de informação


se modificaram, deixando de ser unilaterais - marca dos meios de comunicação de massa
e passam a ser mais participativas e democráticas. Mesmo que de maneira limitada,
considerando os problemas de acesso a rede, acessibilidade, usabilidade e conhecimento
do usuário, a internet possibilita participação e interação entre os indivíduos, sendo uma
forma de comunicação rápida, prática e sem barreiras geográficas. Esse ambiente online
modificou a maneira como sujeitos e grupos sociais manifestam as suas demandas
políticas e sociais. Neste contexto, surge o activismo que ganha espaço privilegiado na
internet e a atuação dos movimentos sociais passa a ser mais abrangente ocupando os
espaços online (na internet) e off-line (nas ruas).

Hoje, as ONGs, movimentos sociais e ativistas podem propagar suas ideias para todo o
mundo, oferecendo a informação à sua maneira. Agências de notícias alternativas e
independentes surgem para contestar as versões da imprensa tradicional, a exemplo da
mídia NINJA, Jack Media Independente e diversos blogs e websites contra-hegemônicos.
A esse tipo de activismo nomeia-se activismo digital ou online. Ou seja, o ativismo online
ocorre através da apropriação das ferramentas disponíveis na internet para articulação,
organização, discussão e comunicação entre os ativistas na defesa de suas demandas.

É possível fazer parte de grupos virtuais que possuam uma motivação, uma identidade
colectiva e ali se auto representar, discutir, propor, aprender e organizar acções. Offline,
uma vez que fazendo parte de um grupo social com vínculo identitário o actor pode postar
vídeos, fotos e todo o tipo de conteúdo informacional em tempo real e tornar público
aquele momento que, somente os participantes off-line teriam condições de conhecer,
mas com o uso da internet passa a ser de domínio público, instrumentalizando a
participação político-social.

5. Geohistoricidade da Internet
5.1. Notas sobre o surgimento da internet
Durante a Guerra Fria e em meio a pesquisas militares, por volta do ano 1969 internet surgiu
como decorrência de uma disputa ideológica e política entre a União Soviética e os Estados
Unidos. Uma afinidade possível entre esses países talvez seja o reconhecimento de que os
meios de comunicação são potentes mecanismos de controle e propagação de estratégias
bélicas. Havia naquela época um temor do governo americano, de que ocorresse um ataque
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russo às bases militares dos Estados Unidos e de que tal investida revelasse muitas
informações sigilosas publicamente. Tal receio revelava uma potencial fragilidade dos
Estados Unidos. O que, por outro lado, ocorreu anos mais tarde com o vazamento de outras
informações secretas, por parte de activistas como Edward Snowden e Chelsea Manning .
Ainda sim, diante da competitividade implícita à Guerra Fria, um modelo em rede para
compartilhamento informacional foi criado em 1969 pela Arpa: a rede Arpant.

A Arpanet expandiu sua atuação como um canal de envio de mensagens, ainda que em redes
restritas: “os primeiros nós da rede em 1969 estavam em Institutos de pesquisa da Califórnia
e em 1971 havia 15 nós, a maioria em centros universitários.” (CASTELLS, 2003, p. 14).
Assim, a ênfase à conjuntura militar na criação da internet, é logo dividida com outros
âmbitos e participantes influentes. Como visto, para estabelecer-se como “Rede Mundial de
Computadores” a internet contou com a participação de centros de pesquisa em
Universidades, empresas de tecnologia como a IBM, desenvolvedores e políticos norte-
americanos como Al Gore. Figuras como Ray Tomlinson e Lawrence G. Roberts, entre os
anos 1971 e 1972 foram os responsáveis pela criação do correio electrónico e do correio
electrónico, respectivamente (VASCONCELOS, 2016a).

5.2. Ambiência on-line que ressignificam a noção de internet


Para muitas pessoas, a internet é sinônimo de World Wide Web (www). Porém, internet e
web não são a mesma coisa. A internet tem muitas dimensões e redes que não se restringem à
web. Entretanto, a www como uma vertente popular da grande rede, foi idealizada por Tim
Berners-Lee e se popularizou no final da década de 90. O termo web significa teia ou rede e
ao popularizar o conteúdo on-line por meio de navegadores com interface gráfica como
Mosaic (1992) ou Netscape (1997), foi se atualizando por meio dos recursos de acesso móvel
à internet, assim como pelas possibilidades outras aplicações, como as redes sociais on-line,
mecanismo de busca como o Google, serviços de streaming como o Netflix, Spotify e outros
navegadores como o Internet Explorer, Mozilla Firefox e o recente Google Chrome.

Algumas instâncias gostariam de ser tomadas como sinônimos de internet. Esse é o caso do
Facebook, por exemplo. Na voz de seu CEO e criador, Mark Zuckerberg, a empresa já
declarou a intenção de se tornar uma plataforma que concentra todas informações e na qual
os usuários encontrem tudo o que precisam - uma espécie de WWW da nova era. Ao longo
do ano de 2016, o Facebook contabilizou mais de 1,5 bilhões de usuários, segundo pesquisa
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do Instituto Quartz, sem contar os usuários do Whatsapp e Instagram que também fazem
parte da empresa. O número de usuários ativos dessa rede implica em uma média de 2,6
milhões de compartilhamentos por minuto, contabilizando apenas o conteúdo que circula
dentro da plataforma.

6. Dados de acesso à internet em Moçambique


Moçambique ainda tem um longo caminho pela frente para poder oferecer aos seus cidadãos
um acesso a internet a preço acessível. Embora o governo e o regulador tenham introduzido
reformas muito necessárias, ainda são precisos mais esforços para reduzir o preço da banda
larga para todos – especialmente para o número significativo de cidadãos que vivem abaixo
do limite de pobreza. (Resumo do Relatório da Acessibilidade 2017).
A mesma fonte refere que: 33% das mulheres em áreas pobres da cidade de Maputo está
conectada à internet (Web Foundation, 2015), 12% penetração da Banda Larga Móvel
(GSMA, 2015), 12% custo de 1GB de internet Móvel pré-paga (A4AI, 2016).

6.1. Média de Moçambique em relação à média de áfrica

a) Política e Regulamento para Concorrência - Classificação: 5.0


A classificação na política e regulamento para concorrência é quase igual à média regional.
Moçambique anteriormente contava com um regime de licenciamento baseado no serviço e
tecnologia. No entanto, a nova lei das telecomunicações 1, publicada em junho de 2016,
reconhece a convergência das tecnologias e clama por um regime de licenciamento
simplificado é neutro em termos de tecnologia e baseado no regulamento para recursos
escassos.
b) Política para Banda Larga - Classificação: 4.5
Na política para banda larga Moçambique classifica-se abaixo da média regional.
A estratégia de banda larga de Moçambique não inclui metas ou intervenções com prazos
para redução dos preços da banda larga ou aumento da penetração e não é atualizada desde a
sua introdução em 2006. O Ministério dos Transportes e Comunicações referiu publicamente
uma estratégia nacional revista para banda larga, mas o desenvolvimento deste documento
continua em curso.
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c) Políticas para Acesso Público + Uso do Fundo do Serviço de Acesso Universal -


Classificação: 5.5
A classificação de Moçambique no acesso universal é superior à média regional.
Desde 2007, Moçambique operacionalizou o Fundo do Serviço de Acesso Universal –
financiado por contribuições das operadoras iguais a 1% das receitas brutas do ano
precedente – para implementar e expandir o acesso à internet e promover o desenvolvimento
de habilidades e de conteúdos digitais. Estes projecto visam priorizar as zonas
desfavorecidas, e os detalhes dos projetos com apoio público e/ou os seus impactos ainda não
estão disponíveis para o público. Os custos dos dispositivos continuam a constituir uma
barreira significativa para o acesso em Moçambique, o que justifica consideração de o USAF
subsidiar o acesso aos dispositivos, entre
outras opções para apoiar acesso e uso. A nova lei de telecomunicações de Moçambique
atualiza
disposições para serviço universal, que permitirão esforços melhorados para apoio a
telecentros comunitários e outras soluções para acesso livre.
d) Partilha de Infraestrutura - Classificação: 5.5

Moçambique classifica-se acima da média no uso e partilha de infraestrutura.


A lei de telecomunicações de 2016 preconiza a necessidade de regulamentos atualizados para
partilha de infraestrutura para abordar a facilitação do direito de passagem e incentivos para
partilha, entre outras medidas. Em colaboração com a Coligação A4AI-Mozambique, o
INCM desenvolveu e está a finalizar propostas de novos regulamentos para partilha de
infraestrutura, com aprovação prevista para 2017.
e) Política para Espectro - Classificação: 4.5
Em termos da política de espectro, Moçambique posicionou-se acima da média regional.
Moçambique adiou a implementação dos seus planos de migração digital, depois dos quais
mais frequência ficarão disponíveis para uso de banda larga móvel em todo o país. Apesar
deste atraso e da tentativa falhada de leilão do Dividendo Digital do espectro (isto é,
800MHz), o mercado moçambicano está a falar numa situação comparativamente melhor. Ao
contrário de outros mercados, não está a acontecer nenhuma crise de espectro e se necessário,
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o Dividendo Digital do espectro por vender poderia ser vendido a preço razoável em linha
com as expectativas do mercado.
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7. Conclusão
A Internet representa uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento económico, social e
cultural de Moçambique e de outras nações ao redor do mundo. No entanto, para aproveitar
plenamente os benefícios da conectividade digital, é essencial superar os desafios de acesso e
infraestrutura enfrentados por muitas comunidades. Este estudo destaca a importância de
compreender o conceito da Internet, sua evolução geohistórica e os padrões de acesso em
contextos específicos, como Moçambique, para informar políticas e estratégias que
promovam a inclusão digital e o desenvolvimento sustentável.
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8. Referências bibliográficas
CASTELLS, M. (2003). "A Galáxia da Internet: Reflexões sobre a Internet, os negócios e a
sociedade." Jorge Zahar Editor.

SHIRKY, C. (2011). "A Cultura da Participação: Criatividade e Generosidade no Mundo


Conectado." Zahar.

TURKLE, S. (2012). “Sozinhos. Juntos: Por que esperamos mais da tecnologia e menos uns
dos outros." Editora WMF Martins Fontes.

RHEINGOLD, H. (1996). "A Comunidade Virtual: Homesteading na Fronteira Eletrônica."


Editora da USP.

TAPSCOTT, D., & Williams, A. D. (2007). "Wikinomics: Como a colaboração em massa


muda tudo." Editora Nova Fronteira.

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