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MATEMÁTICA

RAQUEL MARIA DE MAGALHÃES BRUM

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO -ENSINO MÉDIO
E/OU EDUCAÇÃO PROFISSIONAL I

Além Paraíba
2022/2
2

RAQUEL MARIA DE MAGALHÃES BRUM

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO -ENSINO MÉDIO
E/OU EDUCAÇÃO PROFISSIONAL I

Relatório apresentado à Universidade Norte do


Paraná, como requisito parcial para o
aproveitamento da disciplina de Estágio
Curricular Obrigatório- Ensino Médio e/ou
Educação Profissional I.

Além Paraíba
2022/2
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
1 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS...........................................................6
2 RELATO DA ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)..............8
3 ANÁLISE DE MATERIAIS DIDÁTICOS DA ESCOLA...........................................10
4 ENTREVISTA COM O PROFESSOR REGENTE...................................................12
5 RELATO DE REUNIÃO PEDAGÓGICA OU CONSELHO DE CLASSE...............14
6 LEVANTAMENTO DE MATERIAIS DE APOIO ESPECÍFICOS PARA A
ABORDAGEM DOS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA
BNCC.........................................................................................................................16
7 ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC.............................18
8 ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS AVALIATIVOS UTILIZADOS PELO
PROFESSOR DA DISCIPLINA.................................................................................20
9 ANÁLISE DA ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO ACOMPANHAMENTO
DO DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA.............................................................22
10 RELATO DA OBSERVAÇÃO...............................................................................24
11 PLANOS DE AULA...............................................................................................26
12 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AULA PARA O PROFESSOR.....................32
13 RELATO DE REGÊNCIA .....................................................................................34
134VALIDAÇÃO DO ESTÁGIO.................................................................................37
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................38
REFERÊNCIAS..........................................................................................................39
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INTRODUÇÃO

O estágio passou por diversas transformações e, atualmente, ele é


organizado dentro dos currículos acadêmicos como um momento de transição.
Compreendemos que o estágio pode assumir características diferentes em cada
contexto formativo.
Assim sendo, para essa pesquisa, iremos apresentar o relatório através dos
resultados de leituras propostas nas disciplinas do semestre corrente, a prática e
vivência em sala de aula.
Os textos propostos nos levam às reflexões acerca das importantes
temáticas: BNCC, Temas transversais, prática docente, interdisciplinaridade, Projeto
político pedagógico e muitos mais.
A priori, para o desenvolvimento das ações, seguiu-se um roteiro de
orientações pré-estabelecido na disciplina de Estágio do Ensino Médio e/ou
Educação profissional I – e pelos estudos das disciplinas que antecederam este
momento – cujo o objetivo principal, com um diagnóstico situacional, fundava-se em
analisar os dados que seriam coletados a partir da ambientação na escola para um
conhecimento da realidade sociocultural e econômica da comunidade escolar.
As temáticas possibilitaram um maior conhecimento a respeito da área de
estágio- Ensino Médio, nos permitindo uma visão mais ampla referente ao ambiente
de atuação do professor à sua prática pedagógica. O estágio supervisionado na área
de Matemática consiste em um processo planejado, visando à integração entre
conhecimento que complementam a formação acadêmica, sendo uma oportunidade
para que o estagiário experimente o compromisso com a função que exercerá.
Fez-se então uma caracterização institucional para um melhor conhecimento
da instituição e as possibilidades físicas, de recursos humanos e pedagógicos que a
escola oferece, uma caracterização da turma, de observação e diálogo direto com
professores e alunos envolvidos, para entender o processo de ensino-aprendizagem
que se dava naquela sala, onde organizamos e aplicamos os planos de aula ao
longo das regências partindo das problemáticas encontradas relacionadas ao fazer
pedagógico e ao processo de construção do conhecimento por parte dos alunos.
Acreditamos que, a partir dessa inovação na produção deste relatório,
podemos contribuir com as discussões teóricas a respeito do estágio, das
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licenciaturas, de modo geral, uma vez que a estrutura do curso de Matemática tem
sido pauta de pesquisas.
Podemos afirmar que o aprendizado não ocorre a partir da experiência, mas
sim, quando pensamos sobre nossa experiência. E, não só no estágio, mas sim,
durante todo processo de formação e contínua na atuação profissional.
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LEITURAS OBRIGATÓRIAS

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM MATEMÁTICA COMO ESPAÇO DE


DESENVOLVIMENTO DA EPISTEMOLOGIA DA PRÁTICA DOCENTE

O estágio curricular supervisionado é um momento de formação profissional


caracterizado pelo exercício da profissão in loco, que tem, entre outros objetivos,
oferecer ao futuro professor um conhecimento da realidade em situação de trabalho,
diretamente em unidades escolares, atuando em processos de capacitação e
organizando atividades de aprendizagem. A presença do estagiário na escola visa a
propiciar momentos de observação, participação e atuação plena na condução dos
processos educativos em sala de aula, regendo turmas, conhecendo, assim, a
dinâmica das relações estabelecidas nesse espaço, de modo a desenvolver as
competências docentes para o exercício da profissão.
Para tanto, devem vivenciar situações em que possam discutir os problemas
do cotidiano e analisá-los à luz das teorias estudadas, a fim de elaborar estratégias
de intervenção que permitam tomadas de decisões adequadas. O estágio
supervisionado é o espaço em que os estudos teóricos se confrontarão com os
aspectos práticos, favorecendo a relação teoria-prática que caracteriza o trabalho
pedagógico
As pesquisas sobre formação e profissão docente apontam para uma revisão
da compreensão da prática pedagógica do professor, que é tomado como
mobilizador de saberes profissionais. Considera-se, assim, que este, em sua
trajetória, constrói e reconstrói seus conhecimentos conforme a necessidade de
utilização dos mesmos, suas experiências, seus percursos formativos e
profissionais.
O repensar a concepção da formação dos professores, que até a pouco
tempo objetivava a capacitação destes, através da transmissão do conhecimento, a
fim de que "aprendessem" a atuar eficazmente na sala de aula, vem sendo
substituído pela abordagem de analisar a prática que este professor vem
desenvolvendo, enfatizando a temática do saber docente e a busca de uma base de
conhecimento para os professores, considerando os saberes da experiência.
A aprendizagem de como ser professor e como ensinar ocorre, em grande
parte, nas situações de sala de aula, a partir de um olhar mais centrado e profundo
7

sobre a complexidade que se instaura em torno do processo de ensino e


aprendizagem. Entende-se, portanto, que para ser professor é preciso exercitar a
profissão, atuar em uma classe de estudantes, saber conduzir os acontecimentos,
saber lidar com as incertezas, pluralidade de ideias e diversidades que permeiam
esse singular espaço, grandioso em suas manifestações.
No Estágio Supervisionado em Matemática o futuro professor entra em
contato com a Matemática que é ensinada na escola de educação básica e toma o
campo de atuação como objeto de estudo, de investigação, de análise e de
interpretação crítica, tendo como base o que é estudado nas disciplinas do curso. É
o momento em que o aluno, que até então tinha como atividade a aprendizagem da
Matemática, passa a condição de professor, cuja atividade é o ensino. Nessa
atividade, ele convive simultaneamente como professor, com a responsabilidade de
ensinar, e como aluno, com a oportunidade de aprendizagem da docência em
Matemática.
A formação docente não é a única responsável pela construção do saber
profissional, mas se apresenta como constituinte indispensável, uma vez que o
conhecimento profissional não poderia se sistematizar, consistentemente, na
ausência de processos de formação.
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ANÁLISE DO PPP

O PPP é fruto da interação entre os objetivos e as prioridades fixadas pela


coletividade, a qual estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à
construção de uma nova realidade. Assim, o projeto precisa ser conhecido, discutido
e reformulado sempre em concordância com as políticas públicas educacionais
vigentes, sem perder a análise crítica da realidade que se manifesta a nível micro,
mas que é reflexo da realidade globalizada.
O projeto pedagógico da escola está hoje inserido num cenário marcado pela
diversidade. Cada escola é resultado de um processo de desenvolvimento de suas
próprias contradições. Não existem duas escolas iguais. Nisto reside à pluralidade
de projetos pedagógicos desenvolvidos à luz do marco referencial e a partir de uma
efetiva análise da realidade escolar peculiar a cada instituição de ensino. Ou seja,
reside em projetos pedagógicos diversos devido à realidade de cada escola, de cada
comunidade escolar e também é elaborado de acordo com a identidade, a visão de
mundo, a utopia, os valores, os objetivos, os compromissos da unidade educativa.
O projeto político-pedagógico apresenta dois desafios: o primeiro relaciona-se
com a sua complexidade, pois, por ser um instrumento de construção coletiva, torna
difícil a tarefa do grupo docente de executar as normas e diretrizes governamentais,
satisfazer as necessidades da comunidade e executar o próprio projeto na íntegra. O
segundo desafio liga-se à participação efetiva da comunidade, pela complicada
comunicação entre pais e professores.
Portanto, a escola deveria promover maior interação com a comunidade local
para que seja possível atingir as metas e concretizar seu plano de ação, assim como
transformar a escola em um ambiente global, unindo questões pedagógicas,
administrativas e políticas.
As competências gerais da Educação Básica existem para reforçar a ideia de
desenvolvimento integral das alunas e dos alunos, ajudando na sua formação para a
vida e para ser um cidadão do século 21. Por isso, as competências ajudam a
desenvolver pensamento científico, crítico e criativo, comunicação, empatia, entre
outras habilidades e atitudes tão essenciais para o mundo contemporâneo.
Para ensiná-las, a ideia não é planejar uma aula específica sobre essas
competências ou transformá-las em componente curricular, mas articular a sua
aprendizagem à de outras habilidades relacionadas às áreas do conhecimento.
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Muitas dizem respeito ao desenvolvimento socioemocional que, para acontecer de


fato, deve estar incorporado ao cotidiano escolar, permeando todas as suas
disciplinas e ações.
O desafio, portanto, é complexo, pois impacta não apenas os currículos, mas
processos de ensino e aprendizagem, gestão, formação de professores e avaliação.
Daí a importância da reformulação do PPP da Instituição escolar, que buscará
alinhar tais competências às reais possibilidades da comunidade escolar,
respeitando as diretrizes.
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ANÁLISE DE MATERIAIS DIDÁTICOS DA ESCOLA

Os materiais e equipamentos didáticos são todo e qualquer recurso utilizado


em um procedimento de ensino, visando à estimulação do aluno e à sua
aproximação do conteúdo. São inúmeros e variados os materiais e equipamentos
didáticos existentes na Cooperativa Educacional de Além Paraíba, sem contar que
podemos criar ou aproveitar recursos empregados para outros fins.
Geralmente, esses materiais são classificados como recursos visuais,
auditivos ou audiovisuais, ou seja, recursos que podem estimular o estudante por
meio da percepção visual, auditiva ou ambas, simultaneamente. Muitos deles foram
criados exclusivamente para fins pedagógicos, isto é, foram pensados para serem
didáticos, para mediarem a construção do conhecimento que ocorre no ambiente
escolar.
Na Cooperativa Educacional de Além Paraíba, a utilização desses recursos
impõe a observância de alguns critérios para uma escolha mais eficiente, por parte
do professor, como:
a) adequação aos objetivos, conteúdo e grau de desenvolvimento, interesse e
necessidades dos alunos;
b) adequação às habilidades que se quer desenvolver (cognitivas, afetivas ou
psicomotoras);
c) simplicidade, baixo custo e manipulação acessível; e d) qualidade e atração
(devem despertar a curiosidade).
Por isso, quanto mais conhecermos a proposta pedagógica da escola e
estiver próximo do planejamento dos colegas professores, mas poderemos ajudá-los
na disponibilização, na manutenção e na conservação dos materiais. (Fala da
Diretora)
Nenhum material didático pode, por mais bem elaborado que seja, garantir,
por si só, a qualidade e a efetividade do processo de ensino e aprendizagem. Eles
cumprem a função de mediação e não podem ser utilizados como se fossem
começo, meio e fim de um processo didático.
Assim, se um filme for apresentado em uma aula de aula, pode ter sua
projeção, por vezes, interrompida para fixar cenas, discutir com os alunos, e seguida
pela produção de um texto avaliativo. Ou seja, o material didático deve-se integrar
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num ciclo mais completo de ensino-aprendizagem.


É indiscutível o papel do material didático como recurso incentivador da
aprendizagem nas turmas da Cooperativa Educacional de Além Paraíba, uma vez
que as mensagens que o aluno recebe por meio dele não são somente verbais;
abarcam sons, cores, formas, sensações… Só pela sua presença, os materiais
didáticos já cumprem a função de estabelecer contato na comunicação entre
professor e aluno, alterando a monotonia das aulas exclusivamente verbais.
Esses materiais ainda podem substituir, em grande parte, a simples
memorização, contribuindo para o desenvolvimento de operações de análise e
síntese, generalização e abstração, a partir de elementos concretos. Dessa forma,
ampliam o campo de experiências do estudante, ao fazê-lo defrontar com elementos
que, de outro modo, permaneceriam distantes no tempo e no espaço.
Uma das principais funções do material didático é, também, dinamizar a aula,
aguçando a curiosidade do aluno, despertando sua atenção para o que vai ser
tratado naquele momento. Claro que seu uso precisa ser planejado, bem elaborado,
preparado com antecedência. Porém, como determinam as boas práticas didáticas,
o planejamento das aulas pode – e deve – resultar em atividades flexíveis, no
sentido de atender às demandas concretas dos alunos, fazendo uma ponte com os
componentes curriculares, ainda que não previstos para aquele momento.
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ENTREVISTA COM PROFESSOR DOCENTE REGENTE

Professora regente: Teresa Cristina da Silva Rezende


A citada professora possui 08 anos de magistério sendo Graduada e Pós
graduada em Matemática. Atualmente leciona no 1° ano do ensino Médio na
Cooperativa Educacional de Além Paraíba, além de outras escolas privadas.
Você acredita que se o uso da matemática fosse mais perceptível nas
situações em que a sociedade se depara no dia-a-dia, ela seria considerada
mais interessante?
R: Essa ideia de que a matemática está nas situações, na sociedade, ou está
ligada à vida cotidiana é um aspecto importante que pode despertar o interesse, a
curiosidade dos alunos. Mas eu acredito que existem outros elementos na
matemática que também são atraentes. Porque o aluno pode ter uma curiosidade
em relação ao conhecimento, a uma abstração, pode querer sanar uma dúvida,
pode querer investigar uma hipótese, uma formulação que as vezes não está ligada
a uma situação prática, mas pode atender a uma necessidade, a uma busca de
significado que ele procura.
Para a professora Tersa Cristina tornar o aprendizado significativo e relevante para
o aluno permite tanto que ele perceba a possibilidade de aplicar o conhecimento escolar a
situações extraescolares como também o inverso, ou seja, aplicar o conhecimento
matemático adquirido fora da escola às situações de aprendizagem no contexto de sala de
aula. É fundamental que o aluno perceba as relações que existem entre os conhecimentos
matemáticos adquiridos em casa, nas ruas, no trabalho, por exemplo, e as atividades
matemáticas propostas em sala de aula.
Esta articulação é uma via de mão dupla em que o conhecimento matemático
adquirido fora da escola participa e influencia a aquisição do conhecimento matemático
tratado na escola e vice-versa. Ambos são mutuamente constitutivos. Tanto a escola como a
família precisam estar cientes disso, entender que há diversas formas de aquisição do
conhecimento matemático.
A escola, por sua vez, precisa favorecer a compreensão desta relação por parte dos
estudantes e das famílias. Às vezes os professores não sabem que conhecimentos
matemáticos seus alunos já trazem para a sala de aula e muitas vezes o próprio aluno não
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percebe que um dado conhecimento matemático adquirido na escola pode auxiliar na


resolução de situações do dia a dia.
O professor assume papel fundamental no entendimento desta relação ao propor
atividades que aproximem esses dois mundos: escola e outros contextos sociais em que os
estudantes estão inseridos quando não estão na escola.
A formação de professores é fundamental. Quando digo formação, me refiro tanto à
formação acadêmica do professor obtida em cursos de graduação e licenciaturas, como à
sua formação continuada, em serviço, que permite que ele se atualize. Os gestores, por sua
vez, além de se atualizarem, precisam criar estratégias que garantam que os professores se
atualizem. Cursos de capacitação permanentes sobre questões específicas do ensino de
Matemática, participação dos professores e gestores em eventos e acesso à informação são
fundamentais. Este acesso é facilitado por meio de uma relação e uma parceria mais estreita
entre universidade e escola. Vejo, ainda, a relevância de se criar recursos para que os dados
das pesquisas se traduzam em situações didáticas a serem apresentadas aos professores e
gestores. Neste sentido, acesso a material impresso, redes e plataformas digitais são
veículos importantes. A tecnologia assume papel fundamental, inclusive inserindo o próprio
estudante em atividades em rede e em plataformas. O importante é que os dados de
pesquisas gerem implicações educacionais diversas.
Segundo a professora, infelizmente, a matemática tem um histórico de
estigma de ser elitista. Apenas algumas pessoas podem ou são capazes de
aprender. E tem também um péssimo histórico de excluir minorias, como mulheres,
negros e qualquer um que não esteja no padrão. Mas é isso que precisamos mudar.
Todos podem atingir excelência em matemática, independentemente de sexo, raça
ou condição social
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RELATO DE REUNIÃO PEDAGÓGICA OU CONSELHO DE CLASSE

A reunião pedagógica teve como objetivo promover a formação contínua do


corpo docente da escola. Coube ao coordenador pedagógico pautar as reuniões de
modo a conduzir o grupo a reflexões e discussões, além de suscitar questões que
promovessem ações que contribuiriam diretamente para a ampliação dos
conhecimentos e da qualidade da educação.
No entanto, é importante destacar que esse momento foi fundamental para a
escola e deverá ser aproveitado para analisar o currículo e o projeto político-
pedagógico (PPP), ou seja, não foi usado para discutir assuntos burocráticos. O
espaço da reunião precisa ser pedagógico e transformador.
Para descobrir quais pontos precisariam ser melhorados na escola, foram
ouvidas as opiniões dos professores e suas respectivas propostas de intervenção.
Isso porque são os docentes que atuam diretamente na sala de aula e têm esse
convívio mais próximo com os estudantes.
Qual foi a melhor forma de coletar as informações? Não houve uma regra,
mas uma estratégia deu certo foi criar questionários que abordaram assuntos como
aprendizagem, metodologias, comportamento e dificuldades na prática docente etc.
Assim, os professores conseguiram oferecer suas contribuições críticas de forma
sistematizada e mais efetiva.
Com essas informações, foi possível elencar aspectos a serem destacados na
reunião pedagógica, tornando-a objetiva e direcionada às necessidades identificadas
no cotidiano escolar pelos docentes.
Com as demandas institucionais devidamente mapeadas, as propostas dos
docentes feitas e os objetivos da reunião pedagógica estabelecidos, tivemos hora de
elaborar a pauta. Essa ação foi essencial, pois é a pauta que define exatamente o
que será abordado durante o encontro, sendo, portanto, o seu norteador.
É muito importante que ela seja objetiva, concisa, coerente e relativa somente
a aspectos pedagógicos. Os pontos abordados devem ajudar a sanar as
necessidades identificadas na escola.
Tudo deve “conversar” entre si e a pauta acaba sendo um resultado de todo o
trabalho que antecede a reunião. Em alguns momentos as conversas se perderam
um pouco, sendo essencial retomar o foco para cumprir os propósitos definidos e
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não finalizar o evento com pendências. O calendário escolar é um documento de


natureza pedagógica muito importante para o planejamento educacional. Isso
porque ele ajuda a estruturar a prática docente, delimitando o tempo destinado às
atividades acadêmicas.
Diante disso, apresentaram o calendário escolar na reunião. Ao conhecer o
seu teor logo no início do ano, os professores podem se organizar com maior
eficiência. Além disso, o responsável pela reunião teve a oportunidade de esclarecer
a organização do calendário, com as dúvidas que iam surgindo.
Após a conclusão dos trabalhos em grupo e do intervalo seguiu-se
apresentações do que e como haviam realizado o planejamento, momento em que
as ideias puderam ser compartilhadas e alguns ajustes realizados. Em seguida os
participantes responderam ao questionário de avaliação proposto pela equipe
gestora, prática nossa de todos os dias, onde procedíamos a avaliação, de forma
oral, de cada dia.
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MATERIAIS DE APOIO ESPECÍFICOS PARA A ABORDAGEM DOS TEMAS


CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS

São temáticas que atravessam, que perpassam, os diferentes campos do


conhecimento, como se estivessem em uma outra dimensão. Tais temáticas, no
entanto, devem estar atreladas à melhoria da sociedade e da humanidade e, por
isso, abarcam temas e conflitos vividos pelas pessoas em seu dia-a-dia. A ideia por
trás da transversalidade é trabalhar de forma paralela ao aprendizado científico
diminuindo a linearidade e fragmentação presentes no currículo e estimular a
coletividade nas atividades escolares. Desta maneira, favorecer a criatividade e a
subjetividade de cada indivíduo, juntamente a valores éticos e morais que sejam
capazes de transcender os limites das diversidades de raça, cor, sexo, cultura,
classe social, religião ou política.
A transversalidade deve ter como eixo educativo uma proposta de uma
educação comprometida com a cidadania, visto que, ao trabalhar com ela, o
professor leva para a sala de aula debates sobre os problemas sociais presentes no
cotidiano. Isso não significa que a escola seja o local no qual será encontrada a
solução para todos os problemas do país, mas, sim, o lugar em que se deve iniciar a
discussão desses temas, bem como ser o espaço no qual os alunos possam pôr em
prática formas novas de pensar, de agir e de tomar decisões.
A educação na transversalidade tem de possibilitar que os alunos aprendam a
tomar decisões na resolução de problemas concretos.
A Base não fala sobre como ensinar, mas é possível interpretá-la e trabalhar
com as competências e as habilidades considerando a perspectiva piagetiana.
Cabe às redes de ensino e às escolas selecionarem e utilizarem metodologias
e estratégias didático-pedagógicas para alcançar o objetivo final: a aprendizagem e
desenvolvimento integral de todas as crianças e adolescentes.
A BNCC valoriza propostas que motivam e engajam os alunos nas
aprendizagens. Isso combina com o espírito construtivista, pois permite que se crie
situações-problema visando conhecer o que a criança/estudante pensa sobre
determinado assunto e as deixam explorar, se colocar. A mesma crítica positiva vale
para o fato de o documento propor que o educador seja um bom promotor de rodas
de conversa e de debates a fim de estimular os estudantes a pesquisar, estudar e
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buscar o conhecimento.
A BNCC, tal como a perspectiva construtivista, também valoriza muito a
formação docente e a centralidade do aluno. Desmancha-se a ideia de que o
professor sabe tudo e o aluno não. Está claro que os estudantes sabem muitas
coisas e o professor não sabe tudo, está sempre em aperfeiçoamento,
pesquisando.
Considerando o contexto educacional contemporâneo, muito se discute sobre
transversalidade. Este termo pode ser entendido, em oposição ao que se entende
como fragmentação, ou seja, transcende e ao mesmo tempo integra de forma
harmoniosa os conhecimentos advindos das diferentes áreas.
Os Temas Contemporâneos Transversais – TCTs devem ser trabalhados na
escola, justamente porque tem como principal objetivo explicitar a ligação entre os
diferentes componentes curriculares de forma integrada, bem como de fazer sua
conexão com situações vivenciadas pelos estudantes em suas realidades,
contribuindo para trazer contexto e contemporaneidade aos objetos do
conhecimento descritos na Base Nacional Comum Curricular.
Na integração entre Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) e as
práticas pedagógicas da Cooperativa Educacional de Além Paraíba dá sentido ao
que se espera que o estudante aprenda e ao mesmo tempo possibilita ao professor
a busca de melhores estratégias de trabalho para alcançar o êxito na aprendizagem.
Assim, os TCTs configuram-se como um norte para tornar esse sentido real
para os objetos do conhecimento que estão sendo abordados em sala de aula,
oportunizando o desenvolvimento das aprendizagens essências dialogando com a
própria realidade do estudante.
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ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC NA ESCOLA

O cenário atual da educação pública brasileira, e especificamente a realidade


no Ensino Médio, faz com que uma reforma nessa etapa seja inadiável. Nesse
contexto, o Congresso Brasileiro aprovou a Lei 13.415/17, que contempla diversos
dispositivos previamente estabelecidos em regulamentações nacionais, como a
implementação da BNCC, a ampliação da carga horária e a formação integral dos
jovens.
Acredita-se que as principais mudanças previstas na nova legislação
dialogam diretamente com alguns dos problemas de qualidade detectados no Ensino
Médio, por exemplo a falta de tempo dos alunos para aprender o essencial e para se
aprofundar nos conhecimentos que lhes interessam, a falta de conexão com
demandas do século 21 e excesso de aulas expositivas em vez de atividades
práticas e significativas. Contudo, as possibilidades de implementação são
inúmeras. Isso porque várias das regulamentações para implementar de fato o novo
currículo ficaram a cargo dos sistemas de ensino. Assim, a seleção proposta para a
presente coleção proporciona tanto a compreensão em profundidade das principais
mudanças quanto as suas diferentes possibilidades de implementação.
Na Cooperativa Educacional de Além Paraíba todas as transformações
decorrentes da implementação da Base Nacional Curricular são comunicadas com
clareza e transparência a toda a comunidade escolar, em especial aos pais dos
estudantes. É preciso que todos estejam cientes da importância do documento para
elevar a qualidade da Educação Básica no país, assim como também é importante
que estejam cientes do próprio papel nesse processo. É necessário engajar a
comunidade escolar na transição para um modelo de ensino que deve formar
estudantes com habilidades e conhecimentos essenciais para uma realidade que,
assim como alunos, professores e o processo de ensino e aprendizagem, está em
constante transformação.
Deste modo, apoia-se o desenvolvimento da autonomia do estudante,
acompanhada do senso de responsabilidade que as escolhas sobre o seu futuro
exigem. A partir da garantia de aprendizagens essenciais e comuns a todos os
estudantes, referenciadas na BNCC, e da oferta de itinerários formativos
organizados e estruturados pedagogicamente, o jovem brasileiro poderá escolher,
19

entre diferentes percursos, a formação que mais se ajusta às suas aspirações e


aptidões e ao seu projeto de vida.
É preciso entender a educação efetiva que foi proposta pela BNCC- Base
Nacional Comum Curricular, para trabalhá-la e aplicá-la naturalmente às aulas e,
principalmente, ao aluno. Trazendo-o para o centro da aprendizagem, colocá-lo
como protagonista do seu conhecimento e conectar os conteúdos à sua realidade.
É importante frisar que o Novo Ensino Médio não exclui nenhuma disciplina
do currículo. O que consta na proposta da BNCC, é que o segmento estimula
conhecimentos de todos os componentes curriculares em suas competências e
habilidades, tornando-os obrigatórios.
‍Os currículos de referência, junto com os Projetos Pedagógicos das escolas,
estipulam a organização e a forma de ensino dos conteúdos, considerando as
particularidades regionais de cada IE. O que é super importante, pois cada região
possui palavras, expressões e tons diferentes que devem estar presentes na vida
dos alunos, facilitando a absorção de conhecimento.
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ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS AVALIATIVOS UTILIZADOS PELO


PROFESSOR

“O valor da avaliação não está no instrumento em si, mas no uso que se faça dele” Juan
Manuel Álvarez Méndez, 2002.
Quando se discute avaliação, muitos são os instrumentos e técnicas
mencionados no meio acadêmico. Mais importante do que a opção que se faz, é a
discussão sobre a finalidade da escolha, ou seja: o propósito do instrumento
avaliativo escolhido é para que o estudante universitário repita, memorize,
compreenda? Ou ainda: Através do instrumento aplicado, pretende-se que o
acadêmico revele criticidade, resolva problemas, socialize pesquisas desenvolvidas?
O que vigora em grande medida na escola é a “pedagogia do exame”. Nesse
sentido, a tarefa principal dos professores é preparar os alunos para a prova, ou
seja, é, quase sempre, transmitir conteúdos e, por conseguinte, preparar o aluno
para um exame, com a finalidade de “verificar” ou “medir” o quanto ele foi capaz de
“reter” ou “memorizar” de tudo o que o professor transmitiu.
As observações realizadas nos apontaram uma intensa preocupação com
notas, execução de tarefas e atitudes comportamentais. Observamos, ainda, uma
preocupação com os resultados finais sem, na maioria das vezes, atentar como os
alunos chegaram a eles, suas dificuldades e avanços ao longo do processo. Não há,
desse modo, uma apreciação do desenvolvimento cognitivo do educando, isto é, a
consideração da aprendizagem como principal objeto da avaliação escolar.
Desse modo, mesmo utilizando a observação e o registro, em momento
algum, os professores deixam claro o que fazem com os dados obtidos, que pouco
ou de nada servirão se forem somente arquivados ou utilizados com fins
classificatórios. É certo que as observações e os registros avaliativos são válidos e
eficazes, quando realizados coerentemente com uma concepção de avaliação
formativa e apoiados em sólida fundamentação teórica.
Nessa perspectiva, urge repensar nossos critérios, métodos, finalidades e
concepções de avaliação. No entanto, antes, devemos repensar também a nossa
visão de sociedade, de educação, de conhecimento, de aprendizagem.
Entretanto, apesar de ainda presos às práticas tradicionais, como examinar,
medir, classificar, conforme revelam as práticas observadas, percebemos, também,
um movimento diferente, mesmo visivelmente sincrético, por parte da professora
21

regente, em direção a uma mudança de concepção e, consequentemente, da prática


de avaliar.
Para ela, a avaliação deve ser vista como mediadora do processo de ensino e
aprendizagem, e não como parte isolada desse processo. Sua função não deve ser
verificativa, classificatória e excludente, mas deve ser tomada como ponto de partida
para a reorientação do professor na criação de estratégias que garantam a
aprendizagem e o acolhimento do aluno.
Em contrapartida, a avaliação, no âmbito da Cooperativa Educacional de
Além Paraíba está sendo encarada como um recurso pedagógico que permite aos
professores, gestores e demais profissionais da educação acompanhar a progressão
das aprendizagens, oferecendo subsídios para a análise do próprio processo de
ensino, valorizando novos componentes como demonstrado abaixo:
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ANÁLISE DA ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO ACOMPANHAMENTO


DO DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA

A organização geral da escola é canalizada pelo trabalho conjunto de todas


as pessoas integradas aos objetivos da educação em relação à sociedade e à
formação dos alunos. A direção coordena os trabalhos para que sejam executados
da melhor maneira, avaliados e modificados pelas próprias pessoas para
corresponder aos propósitos necessitados da direção.
A educação pode ser planejada e organizada de modo a alcançar índices de
eficiência, devido à organização escolar ser tomada como realidade objetiva e
técnica que funciona racionalmente. Ao contrário do primeiro modelo, esse enfoque
abre espaço à participação do coletivo, onde as relações da escola são conduzidas
com a aceitação de todos, através de diversificadas formas que garantem a
participação democrática da maioria. As escolas que adotam esse modelo
caracterizam-se como uma estrutura organizacional dinâmica, com distribuição de
funções e participação das pessoas que integram a organização.
A Gestão democrática e participativa modifica o cenário da escola, transforma
as relações e os papeis de cada sujeito para auxiliar na construção da escola que
prima pela participação de todos. Cabe refletir sobre a função dos sujeitos da ação
democrática e participativa para que possam assumir seu papel e atuar de forma
prática para a transformação da escola e de seus sujeitos. Isso expressa a
necessidade da organização escolar, a busca pelo total envolvimento da equipe em
prol dos objetivos comuns, demonstrando a importância da responsabilidade
conjunta e a forma de comunicação e organização da comunidade educativa.
A equipe pedagógica busca atender aos alunos e orientá-los no processo de
ensino-aprendizagem, implementando a proposta pedagógica da instituição de
ensino. Dessa forma, a equipe coordena as ações didáticas e pedagógicas e faz
uma ponte muito importante entre professores, alunos, pais e direção escolar.
Além disso, a equipe pedagógica:
Auxilia os professores;
Oferece suporte aos alunos;
Promove projetos pedagógicos;
Busca soluções para os problemas diários;
23

Desenvolve estratégias para melhorias no processo de ensino.


O planejamento das ações precisa incluir, além da orientação por parte dos
gestores, o acompanhamento da execução e a definição de prazo para a conclusão
de cada etapa. Durante esse processo, deve-se monitorar o tempo e o resultado das
ações e, se for o caso, fazer ajustes no que havia sido acordado anteriormente.
Em um aspecto, gestão escolar e gestão pedagógica precisam ter uma
certeza: a qualidade de ensino depende não só da existência de bons recursos. A
escola precisa assegurar que a sua equipe saiba utilizá-los de maneira otimizada a
fim de atender às necessidades do aluno. Ele é o centro de todo o processo.
No entanto, em outros aspectos, esses 2 conceitos precisam ser bem
diferenciados. Apenas quando a equipe escolar conhece essas diferentes
atribuições, ela consegue equilibrar perfeitamente esses eixos, dando à Instituição
de Ensino as condições necessárias para colocar em prática o seu projeto
pedagógico e impactar positivamente o seu entorno.
Sem uma gestão pedagógica de qualidade, a escola não tem o que oferecer à
sociedade. Ela se torna um depósito de crianças ou, no máximo, um grupo de
cuidadores.
É com a excelência pedagógica que uma Instituição de Ensino consegue
exercer a sua função e formar cidadãos íntegros, capazes de analisar, criticar e
transformar a sociedade em que vivem. Ela os orienta a desenvolver as suas
habilidades e as suas competências, tornando-os aptos para atuar no mercado de
trabalho e para contribuir com o progresso da comunidade.
24

PRODUÇÃO DE RELATO: OBSERVAÇÃO

O ensino de Matemática deve garantir o desenvolvimento de capacidades


como: observação, estabelecimento de relações, comunicação, argumentação e
validação de processos e o estímulo às formas de raciocínio como intuição, indução,
dedução, analogia, estimativa.
A escola como instituição educadora e formadora de cidadãos instruídos e
conscientes, deve priorizar a construção do conhecimento pelo fazer e pensar do
aluno, o papel do professor é mais o de facilitador, orientador, estimulador e
incentivador da aprendizagem.
Cabe ao professor desenvolver a autonomia do aluno, instigando-o a refletir,
investigar e descobrir, criando na sala de aula uma atmosfera de busca e
camaradagem, sendo o diálogo e a troca de ideias, uma constante, quer entre o
professor e aluno, quer entre os alunos.
Em lugar de ensinar, no sentido tradicionalmente entendido, o professor
passa a estar do lado de um aluno, de uma dupla ou de uma equipe, ajudando-os a
pensar a descobrir e a resolver problemas, usando caminhos e estratégias
diversificados. Com isso, o professor transforma-se também em um investigador,
buscando e criando novas atividades, novos desafios e novas situações-problema,
registrando tudo para posterior reflexão, transformação e aprimoramento.
Uma aula expositiva partilhada, dialogada com os alunos, pode ser apropriada
para sintetizar e organizar as descobertas, as ideias e os resultados, e, também,
para sistematizar os assuntos tratados em determinado período.
Tratar os conteúdos de ensino de forma contextualizada significa aproveitar
ao máximo as relações existentes entre esses conteúdos e o contexto pessoal ou
social do aluno, de modo a dar significado ao que está sendo aprendido, levando-se
em conta que todo o conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o
objetivo do conhecimento.
Assim a contextualização ajuda a desenvolver no aluno a capacidade de
relacionar o apreendido com o observado e a teoria com suas consequências e a
aplicação prática.
Quanto às atividades desenvolvidas durante meu estágio, está à observação
e análise em sala de aula dos procedimentos metodológicos utilizados bem como do
25

material didático adotado pela instituição de ensino, elaboração do plano de


docência abordando os assuntos do 1º ano do ensino médio e a aplicação em sala
de aula do mesmo. As atividades desenvolvidas em sala de aula tiveram como
procedimentos metodológicos a sequência abaixo relacionada:
Apresentação de uma situação problema envolvendo o assunto
Analogia a outras situações vivenciadas pelos alunos.
Formalização e apresentação dos assuntos
Modelagem e notação Matemática para
Técnicas de resolução de problemas e análise dos dados obtidos.
Interpretação gráfica
Implementação computacional usando o software
Resolução de exercícios do livro didático
Acompanhamento nas atividades e exercícios realizados pelos alunos
Discussão sobre os resultados obtidos e dúvidas encontradas quantos às
técnicas de resolução de problemas.
Avaliação sobre o tema apresentado de acordo com o item: Formas de
Avaliação.
Análise dos resultados obtidos.
26

PLANOS DE AULA
PLANO DE AULA 01
Identificação Escola: Cooperativa Educacional de Além Paraíba
Professor regente Teresa Cristina da Silva Rezende
Prof. estagiário Raquel Maria de Magalhães Brum
Disciplina Matemática
Série 1º ano- Ensino Médio
Turma Única
Período Matutino
Conteúdo Matemática aplicada as finanças
Objetivos Geral: Construir o pensamento matemático e promover o
desenvolvimento de pesquisa, de análise e de críticas que
constituem esquemas lógicos de referências para interpretar fatos e
fenômenos e solucionar situações problema.
Específicos:
• articular as diferentes formas de raciocínio: intuitivo, dedutivo,
indutivo, analógico e estimulativo;
• relacionar conteúdos adequados para a interpretação e resolução
de situações-problema.
Metodologia Técnicas
Aulas expositiva e dialogada: Noções de matemática financeira-
juros
-Conceitos
Atendimentos e observações individuais e coletivas
Discussão de textos/artigos que resgatam a história da matemática
Utilização de material didático específico para determinadas aulas.
Recursos quadro e giz
lousa digital
artigos
material impresso/xerocado
cartolina/papel cartão, cola e tesoura
Sala de informática/internet
Apostila
Projetos
Avaliação O processo avaliativo é contínuo, ou seja, procura-se identificar
individualmente as dificuldades conceituais e procedimentais,
sendo, portanto, um elemento de construção e não de punição ao
estudante. Todas as atividades desenvolvidas pelos estudantes
serão avaliadas no processo de aprendizagem: lições de casa,
participação e envolvimento nas aulas, trabalhos individuais e em
grupos, pesquisas e avaliações individuais.
Referências BIANCHINI, E.; PACCOLA, H. Curso de Matemática. Volume
Único. 3ªedição. São Paulo, SP: Moderna, 2003.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática (Ensino Médio), volume único. 1
ed. São Paulo: Ática, 2005.
GIOVANNI, José Ruy & BORJORNO, José Roberto. Matemática
Completa: 2ª série - Matemática Ensino Médio. 2 ed. renov. São
Paulo: FTD, 2005.
27

PLANO DE AULA 02
Identificação Escola: Cooperativa Educacional de Além Paraíba
Professor regente Teresa Cristina da Silva Rezende
Prof. estagiário Raquel Maria de Magalhães Brum
Disciplina Matemática
Série 1º ano- Ensino Médio
Turma Única
Período Matutino
Conteúdo Matemática aplicada as finanças
Objetivos Geral: Construir o pensamento matemático e promover o
desenvolvimento de pesquisa, de análise e de críticas que
constituem esquemas lógicos de referências para interpretar fatos e
fenômenos e solucionar situações problema.
Específicos:
 Capacitar o aluno no uso das ferramentas da Matemática
Financeira, aplicadas à análise de investimento;
 Resolver problemas associados ao valor do dinheiro no tempo.
Metodologia Técnicas
Aulas expositiva e dialogada: Noções de matemática financeira-
Juros e proporções
Atendimentos e observações individuais e coletivas
Discussão de textos/artigos que resgatam a história da matemática
Utilização de material didático específico para determinadas aulas.
Recursos quadro e giz
lousa digital
artigos
material impresso/xerocado
cartolina/papel cartão, cola e tesoura
Sala de informática/internet
Apostila
Projetos
Avaliação O processo avaliativo é contínuo, ou seja, procura-se identificar
individualmente as dificuldades conceituais e procedimentais,
sendo, portanto, um elemento de construção e não de punição ao
estudante. Todas as atividades desenvolvidas pelos estudantes
serão avaliadas no processo de aprendizagem: lições de casa,
participação e envolvimento nas aulas, trabalhos individuais e em
grupos, pesquisas e avaliações individuais.
Referências BIANCHINI, E.; PACCOLA, H. Curso de Matemática. Volume
Único. 3ªedição. São Paulo, SP: Moderna, 2003.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática (Ensino Médio), volume único. 1
ed. São Paulo: Ática, 2005.
GIOVANNI, José Ruy & BORJORNO, José Roberto. Matemática
Completa: 2ª série - Matemática Ensino Médio. 2 ed. renov. São
Paulo: FTD, 2005.
28

PLANO DE AULA 03
Identificação Escola: Cooperativa Educacional de Além Paraíba
Professor regente Teresa Cristina da Silva Rezende
Prof. estagiário Raquel Maria de Magalhães Brum
Disciplina Matemática
Série 1º ano- Ensino Médio
Turma Única
Período Matutino
Conteúdo Matemática aplicada as finanças
Objetivos Geral: Construir o pensamento matemático e promover o
desenvolvimento de pesquisa, de análise e de críticas que
constituem esquemas lógicos de referências para interpretar fatos e
fenômenos e solucionar situações problema.
Específicos:
Capacitar o aluno no uso das ferramentas da Matemática
Financeira, aplicadas à análise de investimento;
Identificar e calcular juros.
Metodologia Técnicas
Aulas expositiva e dialogada: Noções de matemática financeira
- Juros, proporções- exercícios
Atendimentos e observações individuais e coletivas
Discussão de textos/artigos que resgatam a história da matemática
Utilização de material didático específico para determinadas aulas.
Recursos quadro e giz
lousa digital
artigos
material impresso/xerocado
cartolina/papel cartão, cola e tesoura
Sala de informática/internet
Apostila
Projetos
Avaliação O processo avaliativo é contínuo, ou seja, procura-se
identificar individualmente as dificuldades conceituais e
procedimentais, sendo, portanto, um elemento de construção e não
de punição ao estudante. Todas as atividades desenvolvidas pelos
estudantes serão avaliadas no processo de aprendizagem: lições de
casa, participação e envolvimento nas aulas, trabalhos individuais e
em grupos, pesquisas e avaliações individuais.
Referências BIANCHINI, E.; PACCOLA, H. Curso de Matemática. Volume
Único. 3ªedição. São Paulo, SP: Moderna, 2003.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática (Ensino Médio), volume único. 1
ed. São Paulo: Ática, 2005.
GIOVANNI, José Ruy & BORJORNO, José Roberto. Matemática
Completa: 2ª série - Matemática Ensino Médio. 2 ed. renov. São
Paulo: FTD, 2005.
29

PLANO DE AULA 04
Identificação Escola: Cooperativa Educacional de Além
Paraíba
Professor regente Teresa Cristina da Silva Rezende
Prof.estagiário Raquel Maria de Magalhães Brum
Disciplina Matemática
Série 1º ano- Ensino Médio
Turma Única
Período Matutino
Conteúdo Matemática aplicada as finanças
Objetivos Geral: Construir o pensamento matemático e promover o
desenvolvimento de pesquisa, de análise e de críticas que
constituem esquemas lógicos de referências para interpretar fatos e
fenômenos e solucionar situações problema.
Específicos:
Resolver problemas relacionados aos conceitos da Matemática
Financeira básica;
Investigar conjuntos de dados relativos ao comportamento de duas
variáveis numéricas, usando ou não tecnologias da informação, e,
quando apropriado, levar em conta a variação e utilizar uma reta
para descrever a relação observada.
Resolver e elaborar problemas envolvendo porcentagem, incluindo
cálculo de acréscimos e decréscimos, determinação de taxa
percentual, e porcentagem de porcentagem.
Metodologia Técnicas
Aulas expositiva e dialogada: Noções de matemática financeira
- Porcentagem
Atendimentos e observações individuais e coletivas
Discussão de textos/artigos que resgatam a história da matemática
Utilização de material didático específico para determinadas aulas.
Recursos quadro e giz
lousa digital
artigos
material impresso/xerocado
cartolina/papel cartão, cola e tesoura
Sala de informática/internet
Apostila
Projetos
Avaliação O processo avaliativo é contínuo, ou seja, procura-se identificar
individualmente as dificuldades conceituais e procedimentais, sendo,
portanto, um elemento de construção e não de punição ao estudante.
Todas as atividades desenvolvidas pelos estudantes serão avaliadas
no processo de aprendizagem: lições de casa, participação e
envolvimento nas aulas, trabalhos individuais e em grupos,
pesquisas e avaliações individuais.
Referências BIANCHINI, E.; PACCOLA, H. Curso de Matemática. Volume Único.
3ªedição. São Paulo, SP: Moderna, 2003.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática (Ensino Médio), volume único. 1
ed. São Paulo: Ática, 2005.
30

PLANO DE AULA 05
Identificação Escola: Cooperativa Educacional de Além Paraíba
Professor regente Teresa Cristina da Silva Rezende
Prof.estagiário Raquel Maria de Magalhães Brum
Disciplina Matemática
Série 1º ano- Ensino Médio
Turma Única
Período Matutino
Conteúdo Matemática aplicada as finanças
Objetivos Geral: Construir o pensamento matemático e promover o
desenvolvimento de pesquisa, de análise e de críticas que
constituem esquemas lógicos de referências para interpretar fatos e
fenômenos e solucionar situações problema.
Específicos:
Resolver problemas relacionados aos conceitos da Matemática
Financeira básica;
Resolver e elaborar problemas envolvendo porcentagem, incluindo
cálculo de acréscimos e decréscimos, determinação de taxa
percentual, e porcentagem de porcentagem
Metodologia Técnicas
Aulas expositiva e dialogada: Noções de matemática financeira
- porcentagem
Atendimentos e observações individuais e coletivas
Discussão de textos/artigos que resgatam a história da matemática
Utilização de material didático específico para determinadas aulas.
Recursos quadro e giz
lousa digital
artigos
material impresso/xerocado
cartolina/papel cartão, cola e tesoura
Sala de informática/internet
Apostila
Projetos
Avaliação O processo avaliativo é contínuo, ou seja, procura-se identificar
individualmente as dificuldades conceituais e procedimentais,
sendo, portanto, um elemento de construção e não de punição ao
estudante. Todas as atividades desenvolvidas pelos estudantes
serão avaliadas no processo de aprendizagem: lições de casa,
participação e envolvimento nas aulas, trabalhos individuais e em
grupos, pesquisas e avaliações individuais.
Referências BIANCHINI, E.; PACCOLA, H. Curso de Matemática. Volume
Único. 3ªedição. São Paulo, SP: Moderna, 2003.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática (Ensino Médio), volume único. 1
ed. São Paulo: Ática, 2005.
GIOVANNI, José Ruy & BORJORNO, José Roberto. Matemática
Completa: 2ª série - Matemática Ensino Médio. 2 ed. renov. São
Paulo: FTD, 2005.
31

PLANO DE AULA 06
Identificação Escola: Cooperativa Educacional de Além Paraíba
Professor regente Teresa Cristina da Silva Rezende
Prof.estagiário Raquel Maria de Magalhães Brum
Disciplina Matemática
Série 1º ano- Ensino Médio
Turma Única
Período Matutino
Conteúdo Matemática aplicada as finanças
Objetivos Geral: Construir o pensamento matemático e promover o
desenvolvimento de pesquisa, de análise e de críticas que
constituem esquemas lógicos de referências para interpretar fatos e
fenômenos e solucionar situações problema.
Específicos:
Resolver problemas relacionados aos conceitos da Matemática
Financeira básica;
Metodologia Técnicas
Aulas expositiva e dialogada: Noções de matemática financeira
- descontos e acréscimos.
Situações-problemas
Atendimentos e observações individuais e coletivas
Discussão de textos/artigos que resgatam a história da matemática
Utilização de material didático específico para determinadas aulas.
Recursos quadro e giz
lousa digital
artigos
material impresso/xerocado
cartolina/papel cartão, cola e tesoura
Sala de informática/internet
Apostila
Projetos
Avaliação O processo avaliativo é contínuo, ou seja, procura-se identificar
individualmente as dificuldades conceituais e procedimentais,
sendo, portanto, um elemento de construção e não de punição ao
estudante. Todas as atividades desenvolvidas pelos estudantes
serão avaliadas no processo de aprendizagem: lições de casa,
participação e envolvimento nas aulas, trabalhos individuais e em
grupos, pesquisas e avaliações individuais.
Referências BIANCHINI, E.; PACCOLA, H. Curso de Matemática. Volume
Único. 3ªedição. São Paulo, SP: Moderna, 2003.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática (Ensino Médio), volume único. 1
ed. São Paulo: Ática, 2005.
GIOVANNI, José Ruy & BORJORNO, José Roberto. Matemática
Completa: 2ª série - Matemática Ensino Médio. 2 ed. renov. São
Paulo: FTD, 2005.
32

APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AULA PARA O PROFESSOR

Foi um espaço de aprendizagem da profissão docente e de construção da


identidade profissional. Assim, compreendido como campo de conhecimento e a ele
deve ser atribuído um estatuto indissociável da prática, concebendo-o como práxis,
o que o define como uma atitude investigativa que envolve a reflexão.
No espaço/tempo do estágio são reveladas as inquietações, descobertas,
certezas e incertezas da escolha profissional, momento em que se descortinam as
problematizações de um cenário complexo e de busca de soluções, num movimento
de reflexão-ação-reflexão.
Cabe ao educador buscar práticas educativas prazerosas e geradoras de
conhecimentos estabelecendo, desta maneira, uma relação entre o aprender e o
aprender brincando, que, por conseguinte encanta as crianças de forma geral. Daí
entende-se que ser professor é buscar propostas desafiadoras na construção do
processo de conhecimento sempre buscando através de estudos bibliográficos
metodológicos que venham a contribuir para o bom trabalho a ser executado.
Entendemos que, toda a aprendizagem é ativa, uma vez que, para aprender é
necessário algum tipo de mobilização cognitiva para que o novo conhecimento seja
inserido em uma rede, modificando ou complementando aquilo que já se sabe sobre
um determinado tema.
Entretanto, precisamos pensar na integração das novas formas de ensinar e
aprender que possam ser usadas em todo o potencial, oportunizando aos alunos um
ensino mais personalizado, significativo e colaborativo.
A articulação entre a professora titular da turma e a professora estagiária se
tornou algo imprescindível para a construção inicial do perfil docente não meramente
técnico, mas um perfil de profissional pesquisador, que investiga e reflete sobre suas
próprias práticas em busca de soluções e aperfeiçoamento do ensino aprendizagem
seu e de seus alunos.
O diálogo foi fundamental nesse processo. A partir da ideia e da escolha de
como seria executado esse planejamento foram vários dias para entrar em consenso
com a professora regente afirmando que essa regência se daria sem atrapalhar o
planejamento dela, ao contrário, seria uma forma de enriquecê-lo.
Ao encerrarmos as análises dos planos, a professora regente se posicionou
33

dizendo que não existe uma receita pronta e não há como prescrever fórmulas que
dê conta de compreender a complexidade da profissão docente, mas devemos
acreditar que exercer práticas significativas podem promover ações mais
conscientes e eficientes na educação que atenda às necessidades do mundo atual.
34

RELATO DE REGÊNCIA

Identificação Escola Cooperativa Educacional de Além Paraíba


da aula Datas 16/9 a 20/9
Turno Matutino
Série e turma 1º ano do Ensino Médio – Único
Número de alunos 16
Conteúdo Matemática Financeira
Professor regente Teresa Cristina da Sila Rezende
Descrição da Diante de uma avaliação prévia feita pela professora regente que
aula
acompanhava a turma, notou-se a dificuldade e ausência do
domínio dos alunos com a matemática financeira. Alguns alunos
sabiam que a matemática financeira estava presente no dia a dia,
mas não sabiam relacionar com alguma situação do seu cotidiano.
Notou-se também que, quando perguntados se eles podiam
economizar eletricidade utilizando a matemática, eles não sabiam
como fazer. Pelo simples fato de verem números na conta de
energia, eles já diziam que a matemática estava presente, pois
todos os números da conta de energia eram referentes a
matemática financeira. Percebeu-se que os alunos, de início,
encontraram muitas dificuldades ao relacionar a matemática
financeira com o seu cotidiano e na interpretação dos valores
mencionados na conta de energia, mais ao decorrer das aulas
essas dificuldades foram superadas. Nessa atividade, foram
utilizadas estratégias, de modo que fosse possível relacionar a
disciplina com metodologias que despertasse no aluno novas
possibilidades de conhecimento.
A Educação Financeira é parte indispensável da formação das
pessoas. Com ela aprendemos a transformar conhecimento e
ideias em planejamento para a vida adulta. Uma situação
financeira bem administrada é requisito indispensável não só para
fortalecer o orçamento familiar, mas também para melhoria da
qualidade de vida. A matemática financeira é uma ferramenta útil
na análise de algumas alternativas de investimento ou
financiamento de bens de consumo.
Assim, a temática explorada nas aulas colocava os alunos em um
35

processo de aprendizagem que valorizou o raciocínio matemático


– nos aspectos de formular questões, perguntar-se sobre a
existência de solução, estabelecer hipóteses e tirar conclusões,
apresentar modelos e contraexemplos, generalizar situações,
abstrair regularidades, criar modelos, argumentar com
fundamentação lógico-dedutiva. Nesse sentido, o processo de
ensino contemplou a apresentação, a dedução e a explicação de
fórmulas e propriedades matemáticas, valorizando o uso da
matemática na resolução de problemas, tanto de aplicação quanto
de natureza teórica. A arte de transformar problemas da realidade
em problemas matemáticos, resolvê-los e, então interpretar suas
soluções na linguagem do mundo real, tornou-se um processo
dinâmico e atraente. Permitiu fazer previsões, tomar decisões,
explicar e entender, enfim, participar do mundo real com
capacidade de influenciar em suas mudanças.
Reflexão O papel da matemática no ensino médio é formatar os passos no
sobre a aula
caminho para um estudo sistematizado, solidificando a base do
raciocínio lógico, nem como os conceitos inerentes a esse nível de
ensino, que foram, muitos deles, construídos ao longo do ensino
fundamental. Isso não significa, porém, que a matemática no
ensino médio não tenha que ser contextualizada. Pelo contrário,
leva-se o aluno a reconhecer a importância social do saber
matemático somente por meio da contextualização. A resolução de
situações-problema e a atividade de investigação matemática são
orientações essenciais para ocorrer a aquisição do conhecimento.
Mais do que produzir dados, denominar classificações ou
identificar símbolos., estar formado para a vida num mundo como o
atual, de tão rápidas transformações e de tão difíceis contradições,
significa saber se informar, se comunicar, argumentar,
compreender e agir, enfrentar problemas de qualquer natureza,
participar socialmente, de forma prática e solidária, ser capaz de
elaborar críticas ou propostas e, especialmente, adquirir uma
atitude de permanente aprendizado.
36

A importância do estudo da matemática financeira é inquestionável


tanto sob o ponto de vista de suas aplicações práticas, quanto do
aspecto do desenvolvimento de diferentes competências e
habilidades necessárias à formação de qualquer indivíduo. A
pessoa que conhece os fundamentos da matemática financeira
pode adotar uma postura consciente em seu papel de consumidor,
tornando-se uma poderosa ferramenta para a compreensão,
descrição e inter-relação com o espaço em que vivemos. A
matemática financeira possui diversas aplicações no atual sistema
econômico. Algumas situações estão presentes no cotidiano das
pessoas, como financiamentos de casa e carros, realizações de
empréstimos, compras a crediário ou com cartão de crédito,
aplicações financeiras, investimentos em bolsas de valores, entre
outras situações. A escolha pela matemática financeira como tema
desta pesquisa justifica-se pela sua abordagem a temas da
realidade, visto que esse conteúdo não é bem explorado no ensino
médio, comprometendo o processo de ensino-aprendizagem.
Como parte integrante deste tema, a matemática financeira pode
ser uma via interessante, pois pode auxiliar o aluno a entender o
mundo em que vive, tornando-o mais crítico ao assistir a um
noticiário, ao ingressar no mundo do trabalho, ao consumir, ao
cobrar seus direitos e analisar seus deveres. Tomando por base o
princípio de que toda situação no processo de ensino-
aprendizagem deve proporcionar o desenvolvimento de
habilidades, é preciso priorizar a qualidade do processo e não a
quantidade de conteúdos trabalhados. Os conteúdos destinados
ao Ensino Médio constituem um conjunto de saberes que envolve,
além de tópicos disciplinares, competências gerais ou habilidades,
de modo que esses saberes não se restrinjam mais a uma única
disciplina. O conteúdo trabalhado na disciplina de Matemática no
Ensino Médio assume, assim, um caráter interdisciplinar e deve
proporcionar aos alunos o desenvolvimento do pensamento
matemático.
37

VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO
38

CONSIDERAÇÕES FINAIS
“Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades
para a sua produção ou a sua construção”.

Ao término do relatório do estágio exigido pela disciplina Estágio Curricular


obrigatório de Ensino Médio e/ou Educação Profissional I, ficou a certeza da
importância de se ampliar os conhecimentos aera das temáticas propostas para o
relatório no que diz respeito às Tecnologias, BNCC, PPP, Formação docente etc.
Esta experiência amplia o significado da constituição de um profissional da
área de educação e complementa a formação acadêmica.
Também com a docência pude compreender algumas barreiras que temos
que enfrentar dentro da educação e que realmente tenho que enfrentar para
alcançar os objetivos de uma melhor educação.
Cabe ao educador buscar práticas educativas prazerosas e geradoras de
conhecimentos estabelecendo, desta maneira, uma relação entre o aprender e o
aprender brincando, que, por conseguinte encanta as crianças de forma geral. Daí
entende-se que ser professor é buscar propostas desafiadoras na construção do
processo de conhecimento sempre buscando através de estudos bibliográficos
metodológicos que venham a contribuir para o bom trabalho a ser executado.
Educar é comprometer-se, assumir novas posturas, ousando e dando a
devida importância na forma de trabalhar para que as crianças possam desenvolver
as suas potencialidades cognitivas e psicológicas, e entender a escola como um
espaço prazeroso.
39

REFERÊNCIAS

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática. São


Paulo: Contexto, 2002.

BIANCHINI, E.; PACCOLA, H. Curso de Matemática. Volume Único. 3ªedição. São


Paulo, SP: Moderna, 2003.

BNCC- Ensino Médio, 2019.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática (Ensino Médio), volume único. 1 ed. São Paulo:
Ática, 2005.

GIOVANNI, José Ruy & BORJORNO, José Roberto. Matemática Completa: 2ª série
- Matemática Ensino Médio. 2 ed. renov. São Paulo: FTD, 2005.

Projeto Político Pedagógico da Cooperativa Educacional de Além Paraíba- 2021.

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