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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

(PPGEEProf)

RECOMPOSIÇÃO DA APRENDIZAGEM NO PERÍODO PÓS PANDEMIA: UM


ESTUDO SOBRE O PROGRAMA ALFABETIZA NA REDE MUNICIPAL DE
ENSINO DE PORTO VELHO NO SEGUNDO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL I

LINHA DE PESQUISA: FORMAÇÃO DE PROFESSORES

RONDÔNIA
2022
RECOMPOSIÇÃO DA APRENDIZAGEM NO PERÍODO PÓS PANDEMIA: UM
ESTUDO SOBRE O PROGRAMA ALFABETIZA NA REDE MUNICIPAL DE
ENSINO DE PORTO VELHO NO SEGUNDO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL I

Anteprojeto de pesquisa apresentado ao


Programa de Pós-Graduação da Universidade
Federal de Rondônia, como requisito para
seleção de novos alunos para o programa de
Mestrado PPGEEProf.

Linha de pesquisa: Formação de Professores,


Trabalho Docente e Práticas Pedagógicas na
Educação Básica – Linha 1. Edneia Maria
Azevedo Machado (UNIR/PVH) - Lattes:
http://lattes.cnpq.br/35003 74165747022.

RONDÔNIA
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 1
2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 2
2.1. Objetivo Geral ............................................................................................................... 2
2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 2
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO CONCEITUAL ..................................................... 2
4 METODOLOGIA ......................................................................................................... 3
4.1. Abordagem Metodológica ............................................................................................. 3
4.2. Métodos e Instrumento de Coleta de dados.................................................................. 4
5 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 5
6 CRONOGRAMA .......................................................................................................... 6
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 7
1 INTRODUÇÃO

Nesse sentido, esta proposta, objetiva investigar as discursividades sobre a formação


de professores, priorizar para desenvolver a leitura e a escrita dos alunos dos Anos Iniciais do
Fundamental no contexto pós-pandemia da Covid 19 e reconhecer as lacunas deixadas na
aprendizagem dos alunos.
Lançar olhares para as discursividades implica compreender os instrumentos da
recomposição da aprendizagem, priorizar o currículo da rede municipal de ensino, do mesmo
modo a implementação de estratégias que promovam a aprendizagem na materialidade da
construção de significantes em sua relação com o interdiscurso, entendida como “aquilo que
fala antes, em outro lugar, independentemente. Ou seja, é o que chamamos memória
discursiva: o saber discursivo que torna possível todo dizer e que retorna sob a forma do “pré-
construído”, o já-dito que está na base do dizível, sustentando cada tomada da palavra”
(Orlandi, 1999, p. 31).
Nesse sentido, entender a recomposição da aprendizagem e a importância desse
mecanismo de aprendizagem pós pandemia a estratégia traçada, de que maneira recuperar à
perda de habilidades gerais e básicas de estudar, desenvolver hábitos e dinâmica variados para
recomposição da aprendizagem e enriquecimento de universos conceituais e formação de
valores. Além disso, a recomposição da aprendizagem desempenha um papel fundamental na
escola e em casa como ferramenta que favorece a abordagem dos processos de leitura e
escrita.
Em suma, pode-se dizer que a recomposição da aprendizagem pós-pandemia é
importante, pois contribui para o desenvolvimento social, emocional e cognitivo do aluno, a
partir do continuum curricular que respalda a retomada de habilidades de ano/série anteriores,
pais e professores devem incutir no aluno o hábito de escrita e leitura. Este primeiro passo o
predispõe a uma formação crítica e responsável onde se é parte ativa da sociedade.
Quando alunos o desenvolver as competências gerais [indicadas pela BNCC], que
oferecem a possibilidade de compreender a realidade local e global, as primeiras leituras e
escritas da mãe ou do pai servem para fortalecer os laços emocionais. Muitas vezes, os alunos
anseiam pelo momento do dia dedicado à leitura, escrita, não só pelo fato de conhecerem uma
nova história, mas pelo tempo que compartilham nesse sentido postulamos a importância
dessa recomposição da aprendizagem dos estudos em novos tempos.
2 OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral


Desenvolver ações de Recomposição de aprendizagem com enfoque no impacto da
defasagem do aprendizado pós-pandemia dos estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental
das escolas que utilizam o Programa Alfabetiza na rede municipal de ensino.

2.2 Objetivos Específicos


 Estudar o programa Alfabetiza e sua criação;
 Analisar o processo histórico de alfabetização das escolas que utilizam o programa
Alfabetiza, com enfoque no Ensino Fundamental I;
 Precisar as dificuldades enfrentadas por educadores e alunos para a aprendizagem
durante o período da pandemia da COVID-19;
 Realizar levantamento e/ou mapeamento dos estudantes do número de estudantes com
dificuldades de aprendizagem nas escolas escolhidas, subdividindo-os em raça e
gênero;
 Planejar e executar estratégias de Recomposição da Aprendizagem a partir das
habilidades conforme Currículo do Programa alfabetiza na rede municipal de ensino
de Porto Velho.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO CONCEITUAL

A proposta desta pesquisa é destacar a importância da Recomposição da aprendizagem


pós-pandemia, motivar e envolver os alunos a fim de que progridam para os níveis de
aprendizagem subsequentes. Atenderá os estudantes da Rede Pública Municipal Porto Velho
do 2° ano do Ensino Fundamental I, de forma que sejam corrigidas as lacunas identificadas na
aprendizagem durante a pandemia e contará com ações de sensibilização junto as escolas, aos
pais e a comunidade escolar.
Tendo como pressuposto teórico autores que trabalham com essa vertente de
aprendizagem na educação e seu processo de ensino e aprendizagem, pautaremos nos estudos
de Foucalt (1979, 2000), Moran (2000, 2006), Okada (2011), Freire (1984, 1991), Madeira
(1991), Ribeiro et al (2020), Lorenzetti e Delizoicov (2001), Monteiro (2010), Amorim e
Amaral (2020) e entre outros que se interpelaram no meu caminho de aprendizagem. No
entanto, ao longo das disciplinas cursadas, outros teóricos poderão embasar e enriquecer esse
projeto.
Segundo Moran (2006) os contextos históricos e sociais, as novas tecnologias,
possuem uma representação de serem agentes e eficazes no ensino. Permitindo a
comunicação, interação e ampliação do contexto educacional na sala de aula. No entanto, se o
processo dependesse somente das tecnologias de informação e comunicação, a transformação
da realidade educacional já teria mudado há muito tempo. Mas os desafios de ensinar e
aprender continuam vigentes no modelo educacional.
A utilização da informática, computadores e internet no processo educacional precisa
se agregar em uma perspectiva de escola para a “realidade” quebrando paradigmas e
acompanhando o mundo digital e globalizado. Segundo Lévy (1998: 8) “É certo que a escola
é uma instituição que há cinco mil anos se baseia no falar/ditar do mestre”. Tradicionalmente,
professores vêm reproduzindo na sala de aula um processo de informações, sem uma prática
inovadora e diferente.
Como afirma Moran (2006, p. 49) em uma construção cooperativa. “Podemos
participar de uma pesquisa em tempo real, de um projeto entre vários grupos, de uma
investigação sobre um problema da atualidade”. Essas redes de conexões, de interações são
significativamente importantes para o processo de construção de conhecimento, ampliando a
visão do mundo e da realidade social, criando condições para uma aprendizagem colaborativa.
Uma sociedade moderna centrada nos diversos discursos, veiculados a todo o
momento, discurso de uma construção social, cultural que reflete a construção de um mundo
crítico e reflexivo, resultado de um contexto que influência no processo de produção
linguística.
A sociedade evolui, os recursos de tecnologias avançam e, ainda assim, alguns
elementos permanecem. E uma delas é a alfabetização que se torna uma experiência de vida,
já que qualquer adulto se lembra com carinho como foi alfabetizado que deixou uma marca
especial em sua infância.

4 METODOLOGIA

4.1. Abordagem Metodológica

Esta pesquisa é de natureza qualitativa, analítico-descritiva e interpretativista de


acordo com as conceituações de Bardin (2009), a análise de conteúdo temática deve ter como
ponto de partida uma organização. As diferentes fases da análise de conteúdo organizam-se
em torno de três polos: a pré-análise; a exploração do material; e, por fim, o tratamento dos
resultados: a inferência e a interpretação.
Conforme Günther (2006), “a pesquisa qualitativa considera cada problema objeto de
uma pesquisa específica para a qual são necessários instrumentos e procedimentos
específicos”. Fantiato (2015) e Taquete (2016) concordam que por ser qualitativa a pesquisa
baseia-se em compreender, descrever, interpretar, determinar significados, analisar atitudes e
comportamentos, investigar influência humana e ainda verificar a percepção do indivíduo
sobre determinado fenômeno ou assunto.
Pesquisas qualitativas deixam claras as intenções de se explorar e compreender os
mais diversos aspectos do fenômeno, o real significado do objeto alvo da pesquisa e toda a
interação que acontece com este, possibilitando novas percepções e maior detalhes nas
explicações. Assim, a pesquisa qualitativa requerer que seus métodos e técnicas de coletas
sejam sistemáticos e eficientes, e para que seja assim, se faz uso de entrevistas, questionários
e observações (COSTA et al., 2017).
A proposta desta pesquisa busca, justamente, identificar e analisar a formação leitora
de professores, frente a documentos e revisão de literatura, e o processo de letramento
literário na educação fundamental através da tecnologia. A pesquisa feita pelo google forms
destina-se aos públicos de professores, pais e entre outros.

4.2. Métodos e Instrumento de Coleta de dados

Os instrumentos de coleta, no formato qualitativo, pretendidos para utilização serão:


a) entrevista: de forma semiestruturada, com roteiro previamente elaborado, porém
podendo mudar a ordem das perguntas e formulação de novas, já que se trata de um objeto de
estudo de caráter social (SOUZA, 2020);
b) observação: aproximação do campo, qual seja, as escolas municipais, de forma
direta como educador;
c) grupo focal: entrevista coletiva e debates com os alunos, professores e
coordenadores, com transcrição de áudio e/ou vídeo (SOUZA, 2020);
d) fichamento bibliográfico e consulta a base de dados: o fichamento pretende
organizar os textos lidos e suas ideias principais, para análise do que se pode utilizar-se como
referencial teórico, juntamente com consulta a bases de repositórios institucionais, revistas
científicas, dissertações e teses, relatórios governamentais, etc., devidamente certificadas e
atualizadas, com enfoque no objeto de pesquisa.

5 JUSTIFICATIVA

O tema da pesquisa procura trazer ineditismo ao se debruçar sobre as dificuldades de


ensino e aprendizagem vivenciadas pelos professores e alunos de Ensino Fundamental de
escolas públicas de Porto Velho no período pandêmico, considerando que houve uma
fragilização significativa no aspecto educacional, não apenas pela dificuldade do
distanciamento social e adequação do ensino para o ambiente virtual, mas também com os
fortes impactos emocionais causados pelas perdas de familiares, amigos e insegurança
sanitária provocada pela pandemia do Corona Vírus.
Neste período considerado pós pandêmico, aqui citado não pelo cessar completamente
da doença COVID-19, mas sim pela ampliação da vacinação no Brasil e a volta às aulas de
forma presencial, a forma e mecanismos de aprendizagens estão diferentes e sendo
reestudados pelos educadores, inclusive no tocante à recomposição da aprendizagem, com
enfoque no Programa Alfabetiza. Apesar dos esforços dos educadores em tentar amenizar
estes impactos, foi observado um déficit significativo na aprendizagem e crescimento da
dificuldade de fixação das aulas.
De acordo com a nota técnica Impactos da Pandemia na Alfabetização de Crianças, do
Todos Pela Educação (BRASIL, 2021), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2012 a 2021, revela que o Brasil atingiu o maior
patamar (40,8%), desde 2012, de crianças de 06 e 07 anos que, segundo seus pais, não sabem
ler e escrever. O número passou de 1,4 milhão em 2019 para 2,4 milhões em 2021.
A presente proposta de pesquisa traz relevância acadêmica, profissional e social ao
buscar visualizar a importância da recomposição da aprendizagem, estudar e elencar as
dificuldades percebidas pelos alunos de escola pública entre leitura e escrita ao longo desses
dois anos, para diminuir os impactos da pandemia no contexto escolar, do mesmo modo que
atenuar as turmas mais heterogêneas em níveis de conhecimento, os alunos não alfabetizados,
sobretudo os alunos em condições de maior vulnerabilidade social.
6 CRONOGRAMA

CRONOGRAMA
ANO 2023
ETAPAS
JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.

Cumprimento da creditação
das disciplinas
Revisão bibliográfica
Preparação e elaboração dos
instrumentos para a pesquisa
de campo: apresentação ao
orientador(a)
Publicação de artigos e
participação em eventos
acadêmicos e científicos

ETAPAS
ANO 2024
JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.

Revisão Bibliográfica

Análise e interpretação de
interpretação de dados
Publicação de artigos e
participação em eventos
acadêmicos e científicos
Revisão e redação final da
dissertação
Defesa da dissertação
REFERÊNCIAS

Consultados:

______ Conselho Municipal de Educação. Resolução CME nº 18/2020, de 16 de dezembro


de 2020.
______ Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº 02/2021, de 5 de agosto de
2021.
Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa:
Edições 70.
BRASIL. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Ministro da Educação. Conselho
Nacional de Educação. União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME.
14 Dez 2018. Disponível em: <
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf >.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996.
BRASIL. Nota Técnica: Impactos da Pandemia na Alfabetização de Crianças.
Fevereiro/2021. Todos Pela Educação. 2021. Disponível em: <
https://todospelaeducacao.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2022/02/digital-nota-tecnica-
alfabetizacao-1.pdf >.
COSTA, W. F., TITO, A. L. A., BRUMATTI, P. M. N, ALEXANDRE, L. M. O. Uso De
Instrumentos De Coleta De Dados Em Pesquisa Qualitativa: Um Estudo Em Produções
Científicas De Turismo. Turismo: visão e ação, [5. l.], 2018.
FANTIANTO, M. Métodos de pesquisa. São Paulo: USP, 2015.
GÜNTHER, H. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão.
Psicologia: teoria e pesquisa, v. 22, n. 2, p. 201-210, 2006.
LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência – O Futuro do Pensamento na Era da
Informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1998.
LIBANEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos para que? São Paulo: Cortez, 1998.
MORAN, José Manuel. A Educação que Desejamos: Novos desafios e como chegar lá.
Campinas: Editora Papirus, 2006.
SOUZA, Luciana C. Estrutura lógica de organização da pesquisa científica: texto básico
para auxiliar pesquisadores – Belo Horizonte: EdUEMG, 2020.
TAQUETTE. S. R. Análise de dados de pesquisa qualitativa em saúde. Atas: Investigação
Qualitativa em Saúde, 524– 533, 2016.

A consultar:

AMORIM, Rejane Maria de Almeida; AMARAL, Arlene de Paula Lopes. Alfabetização por
meio virtual: Alice no mundo da pandemia. Revista Aproximação, v. 2, n. 05, 2020.
FREIRE, Paulo. A Educação na Cidade. São Paulo: Editora Cortez, 1991.
FREIRE, Paulo. Educação Popular no Brasil. Acervo Paulo Freire. 1984. Disponível em: <
http://www.acervo.paulofreire.org/xmlui/bitstream/handle/7891/1037/FPF_OPF_06_017.pdf
>.
LORENZETTI, Leonir; DELIZOICOV, Demétrio. Alfabetização científica no contexto das
séries iniciais. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte), v. 3, p. 45-61,
2001.
MADEIRA, Vicente. O desafio fundamental do programa nacional de alfabetização e
cidadania-pnac. Em Aberto, v. 10, n. 50/51, 1991.
Monteiro, Maria Iolanda. Alfabetização e letramento na fase inicial da escolarização. São
Carlos: EdUFSCar, 2010. 117 p.
MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Informática na
educação: teoria & prática, v. 3, n. 1, 2000.
RIBEIRO, Lília Rosário et al. ALFABETIZAÇÃO NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE
COVID-19: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DO ENSINO REMOTO1. In: XVI
MOSTRA INTEGRADA DE PESQUISA E EXTENSÃO. 2020.

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