Você está na página 1de 80

MATERIAL DE

APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

2º Ano Ensino Médio


4º Bimestre

Linguagens
e suas tecnologias
VOLUME 4
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EDUCADORES
SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA............................................................................... pág. 1


Planejamento 1: Texto expositivo: Seminário.......................................pág. 2
Planejamento 2: Realismo...................................................................pág. 7
Planejamento 3: Naturalismo............................................................. pág. 19
Planejamento 4: Preposição, Conjunção e Interjeição........................pág. 30

LÍNGUA INGLESA.......................................................................................pág. 41
Planejamento 1: Revisando as características do texto injuntivo.........pág. 41
Planejamento 2: Reading Strategies..................................................pág. 45
Planejamento 3: Learning modal verbs..............................................pág. 49
Planejamento 4: Linking words..........................................................pág. 55
Planejamento 5: Reconhecendo informações específicas..................pág. 59

ARTE........................................................................................................pág. 63
Planejamento 1: Dança contemporânea e identidade.........................pág. 63
Planejamento 2: Dança contemporânea............................................pág. 66
Planejamento 3: Danças e contextos.................................................pág. 68

EDUCAÇÃO FÍSICA....................................................................................pág. 70
Planejamento 1: Capacidades físicas.................................................pág. 70
Planejamento 2: Futsal...................................................................... pág. 73
Planejamento 3: Atletismo – provas de pista e campo........................ pág. 76
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
2o ano – 4 o Bimestre Ensino Médio 2022
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
Língua Portuguesa Linguagens e suas Tecnologias

TÓPICO
EIXO TEMÁTICO

Compreensão
OBJETO(S) e produção de textos.
DE CONHECIMENTO HABILIDADE(S)
OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Texto expositivo. Reconhecer e usar as fases ou etapas da exposição em um texto ou


sequência expositiva. 
Reconhecer e usar estratégias de organização da exposição em um
texto ou sequência expositiva.
Reconhecer e usar mecanismos de coesão verbal em um texto ou
sequência expositiva. 
Reconhecer e usar marcas linguísticas e gráficas de conexão textual
em um texto ou sequência expositiva.
Reconhecer e usar mecanismos de textualização de discursos cita-
dos ou relatados dentro de um texto ou sequência expositiva.
Reconhecer e usar mecanismos de coesão nominal em um texto ou

2º Ano
sequência expositiva.
Reconhecer e usar recursos linguísticos e gráficos de estruturação
de enunciados expositivos.
Reconhecer e corrigir problemas de textualização do discurso em um
texto ou sequência expositiva.
Retextualizar, produtiva e autonomamente, discursos expositivos
orais em discursos expositivos escritos, ou vice-versa.
Ensino Médio
Recriar exposições lidas ou ouvidas em textos do mesmo gênero ou
de gênero diferente.
Usar, na produção de textos ou sequências expositivas orais ou escri-
tas, recursos de textualização adequados ao discurso, ao gênero, ao

Ciências da Natureza suporte, ao destinatário e ao objetivo da interação.

e suas Tecnologias
VOLUME 1

1
PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Texto expositivo: Seminário


DURAÇÃO: 8 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: 
Nos meios escolares, acadêmicos, científicos e técnicos, são comuns as situações em que uma
pessoa ou um grupo de pessoas desenvolvem uma pesquisa e apresentam os resultados a um
público. Esse tipo de texto, produzido oral e publicamente, é chamado de seminário e, tal como
o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, a mesa-redonda, isto é, gêneros
que se prestam à compartilhamento de saberes historicamente construídos pela humanidade,
pertence à família dos gêneros expositivos. Como o seminário é um gênero oral, ele só se realiza
plenamente quando é apresentado em uma situação concreta de interação.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula – Planejamento
Para a produção de um seminário, é necessária uma organização prévia, que envolve várias etapas.
A primeira delas envolve a pesquisa sobre o tema proposto e a coleta de dados para a exposição.
Como a finalidade do seminário é compartilhar com os ouvintes conhecimentos sobre o assunto
pesquisado, o apresentador deve se colocar na posição de um especialista no assunto em foco.
Isso quer dizer que ele deve demonstrar conhecer o tema mais do que os ouvintes, pois é essa
condição que lhe confere autoridade para discorrer sobre o assunto com segurança.
Para conquistar a condição de especialista no assunto e ganhar respeito do público, o apresenta-
dor deve adotar os seguintes procedimentos:
1. Pesquisar em bibliotecas, na Internet e em locadoras quais livros, jornais, revistas especia-
lizadas, enciclopédias, vídeos, etc., poderão servir de fontes de informações sobre o tema.

2º Ano
2. Tomar notas, resumir ou reproduzir textos verbais e não verbais que possam ser úteis. Esse
trabalho tem em vista a produção de um roteiro próprio do apresentador e consiste em
anotar dados históricos ou estatísticos, citações, comparações, exemplos, etc.
3. Selecionar e organizar as informações, tendo em vista os passos da exposição:
• como introduzir, desenvolver e concluir a exposição;
• quais subtemas serão abordados no desenvolvimento;
• quais exemplos ou apoios (gráficos, dados estatísticos) serão utilizados para fundamen-
tar a exposição;
Ensino Médio
• que materiais e recursos audiovisuais (cartazes, apostilas, lousa, retroprojetor, projetor
multimídia, microfone, etc.) serão necessários.
Nesse planejamento, devem ser levadas em conta as características do público-alvo, como faixa
etária, tipo de interesse, expectativas e conhecimentos prévios em relação ao tema abordado, etc.
Convém planejar um encaminhamento interessante para a exposição, como, por exemplo, interca-
Ciências da Natureza
lar o uso da voz com o uso de recursos audiovisuais.

e suas Tecnologias
4. Redigir um roteiro que permita visualizar não apenas o conjunto das informações que
serão apresentadas, mas também a sequência em que isso vai ocorrer. Esse roteiro deve
VOLUME 1
conter algumas informações-chave que orientem o pensamento do apresentador durante

2
a exposição, indicações de recursos audiovisuais, se for o caso, textos de autoridades ou
especialistas que serão citados pelo apresentador, etc. Atenção: esse roteiro não deve ser
lido integralmente durante o seminário. Antes da exposição, ele serve para organizar as
ideias do apresentador; durante a exposição, serve de apoio para que o apresentador se
lembre de informações e tópicos básicos, além do andamento da apresentação.

2ª aula – Como apresentar um seminário?


Durante a exposição, podem ocorrer fatos não previstos. Por exemplo, o público pode não com-
preender bem o conteúdo da exposição; um aparelho audiovisual pode não funcionar; um inte-
grante do grupo pode faltar ou ficar nervoso e esquecer o texto; uma cartolina pode cair da parede;
etc. Por isso, é preciso estar atento a vários aspectos simultaneamente e, de acordo com a necessi-
dade, introduzir modificações e improvisar soluções a fim de alcançar o melhor resultado possível.
A seguir, relacionamos alguns dos aspectos que devem ser observados.
I. Abertura: alguém (geralmente o professor) faz uma apresentação inicial breve e dá a palavra
ao apresentador. Faz isso com frases como “Vocês agora vão assistir ao seminário prepa-
rado por fulano...”.
II. Tomada da palavra e cumprimentos: o apresentador deve, primeiramente, colocar-se à
frente da plateia e cumprimentá-la, tomando a palavra.
III. Apresentação do tema: o apresentador diz qual é o tema, fala da importância de abordá-lo
nos dias de hoje, esclarece o ponto de vista sob o qual irá abordá-lo e, no caso de se tratar
de um tema amplo, delimita-o, isto é, indica qual aspecto dele será enfocado. Por exemplo,
se o tema é a poluição do meio ambiente, a delimitação pode consistir em enfocar apenas
a poluição dos rios. Esse momento do seminário tem em vista despertar na plateia curiosi-
dade sobre o tema.
IV. Exposição: o apresentador segue o roteiro traçado, expondo cada uma das partes, sem
atropelos. Ao término de cada uma, deve perguntar se alguém quer fazer alguma pergunta
ou se pode ir adiante. Na passagem de uma parte para a outra, deve dar a entender que não
há ruptura, e sim uma ampliação do tema. Para isso, deve fazer uso de certos recursos lin-
guísticos, como: Outro aspecto que vamos abordar..., Se há esses aspectos negativos, vamos
ver agora os aspectos positivos...

2º Ano
V. Conclusão e encerramento: o apresentador retoma os principais pontos abordados, fazendo
uma síntese deles; se quiser, pode mencionar aspectos do tema que merecem ser aprofun-
dados em outro seminário; pode também deixar uma mensagem final, algo que traduza o
seu pensamento ou o pensamento do grupo ou de um autor especial. No final, agradece a
atenção do público e passa a palavra a outra pessoa.
VI. Tempo: o apresentador deve estar atento ao tempo previsto e, de acordo com o andamento
do seminário, ser capaz de introduzir ou eliminar exemplos e aspectos secundários, caso
haja necessidade, a fim de se ajustar ao tempo estipulado.
Ensino Médio
3ª aula – Atenção nos detalhes
Apresentador:
→ O apresentador deve, preferencialmente, falar em pé, com o roteiro nas mãos, olhando para
Ciências da Natureza
o fundo da sala. Sua presença deve expressar segurança e confiança.
→ A fala do apresentador deve ser alta, clara, bem-articulada, com palavras bem pronunciadas
e suas Tecnologias
e variações de entonação, a fim de que a exposição não fique monótona.
→ Ao olhar para o roteiro, o apresentador deve fazê-lo de modo rápido e sutil, sem que seja
VOLUME 1
necessário interromper o fluxo da fala ou do pensamento. Além disso, ao olhar o roteiro,

3
não deve abaixar demasiadamente a cabeça, a fim de que a voz não se volte para o chão. O
roteiro deve ser rapidamente olhado, e não lido (a não ser no caso de leitura de uma citação),
pois tal procedimento, geralmente, torna a exposição enfadonha.
→ O apresentador nunca deve falar de costas para a plateia, mesmo que esteja escrevendo na
lousa ou trocando uma transparência no retroprojetor. Nessas situações, deve ficar de lado
e falar com a cabeça virada na direção do público, a fim de que sua voz seja ouvida por todos.
→ O apresentador deve se mostrar simpático ao público e receptivo a participações da plateia.

Linguagem:
Nos seminários, predomina uma variedade de acordo com a norma-padrão da língua, embora possa
haver maior ou menor grau de formalismo, dependendo do grau de intimidade entre os interlocu-
tores. Assim:
→ O apresentador deve evitar certos hábitos da linguagem oral, como a repetição constante
de expressões como tipo, né?, tá? e ahnn..., pois elas prejudicam a fluência da exposição.
→ O apresentador deve estar atento ao emprego de vocábulos e conceitos específicos da área
pesquisada e explicar ao público seu significado sempre que houver necessidade.
→ Durante a exposição, o apresentador deve fazer uso de expressões de reformulação, isto é,
aquelas que permitem explicar de outra forma uma palavra, um conceito ou uma ideia com-
plexa. As mais comuns são: isto é, quer dizer, como, por exemplo, em outras palavras, vocês
sabem o que é isso? Deve também fazer uso de expressões que confiram continuidade ao
texto, como além disso, por outro lado, outro aspecto, apesar disso, etc.

4ª aula – Mão na massa


Realizar a atividade proposta e passar as seguintes orientações:
A exposição em grupo exige atenção quanto a mais alguns aspectos específicos.
1. Cada integrante do grupo pode ficar responsável pela apresentação de uma das partes do
seminário. Entretanto, entre a exposição de um participante e a de outro deve haver coesão,
isto é, não pode haver contradição entre as exposições nem ser dada a impressão de que
uma fala é independente de outra. Cada exposição deve retomar o que já foi desenvolvido e
acrescentar, ampliar. Além disso, devem ser empregados elementos linguísticos de coesão,

2º Ano
como “Além das causas que fulano comentou, vejamos agora outras causas menos conheci-
das...”, “Vocês viram as consequências desse problema no meio urbano; agora, vão conhe-
cer as consequências do mesmo problema no meio rural...”.
2. O grupo todo deve se “especializar” no assunto em foco. Além de conferir maior segurança
às exposições individuais, isso permite também que todos respondam com tranquilidade a
qualquer pergunta feita pelo público.
3. Devem ser evitadas atitudes que desviem a atenção do apresentador, como conversas entre

Ensino Médio
os membros do grupo, conversas entre um membro do grupo e uma pessoa da plateia, movi-
mentos, ruídos ou brincadeiras que atrapalhem a exposição. Não há obrigatoriedade de que
todos fiquem em pé enquanto um dos integrantes do grupo faz sua apresentação.
4. Enquanto um dos apresentadores expõe, os outros podem contribuir manuseando os equi-
pamentos (transparências, vídeo), trocando cartazes, apagando a lousa ou simplesmente
ouvindo.
Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
5ª e 6ª aula – Desenvolvendo o Seminário
Aqui, professor, você deve disponibilizar tempo para que os estudantes mergulhem no assunto e
VOLUME 1
coletem as informações necessárias para desenvolverem o seminário.

4
7ª e 8ª aula – Apresentações
Nesta etapa, cada grupo de estudantes deverá apresentar para os demais colegas o seminário pre-
parado pelo grupo. Você deve estipular um tempo de apresentação para cada grupo.

RECURSOS: 
Segue abaixo algumas sugestões de fontes de pesquisa sobre alimentação. Você pode pesquisar
outras fontes ou pedir à turma que pesquise.
Revistas:
→ Saúde e Boa Forma, publicadas pela Editora Abril.

Livros:
→ Entenda a obesidade e emagreça, de Dr. Alfredo Halpern (MG Editores Associados).
→ A natureza cura — Segredos para conservação e recuperação da saúde, de Juan Alfonso
Yépez (Vozes).
→ Cem receitas de saúde — Segredos da dieta perfeita, de Anna Selby (Publifolha).
→ A alimentação que previne doenças, de Jocelem Mastrodi Salgado (Madras).
→ Alimentação natural, de Jane Gould (Gaia).
→ A arte da cura pela alimentação, de Gilberto Pereira (Mauad).

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: 
Depois da apresentação, os seminários devem ser revistos e avaliados, levando-se em conta aspec-
tos como os apontados no quadro abaixo. Caso os seminários sejam filmados, convém assistir a
alguns trechos deles para confirmar impressões ou tirar dúvidas. E, com base nas observações
feitas, estabelecer metas e compromissos com vistas à realização de um próximo seminário.

ATIVIDADES

Produção do Seminário

2º Ano
O fast-food, a alimentação natural, os alimentos diet e light, as doenças decorrentes da má alimen-
tação, os sacrifícios para ter um corpo em forma, a dieta do tipo sanguíneo ou a das frutas — tudo
isso vem sendo insistentemente discutido pela mídia nos últimos anos, às vezes até desorientando
as pessoas sobre o que é uma alimentação equilibrada e saudável. Eis, portanto, um bom assunto
para pesquisar, a fim de compreender melhor a avalanche de informações que circulam diaria-
mente sobre o tema, desfazer mitos e orientar-se.
Reúna-se com seus colegas de grupo e, com a orientação do professor, escolham o tema para a
Ensino Médio
realização de um seminário. Apresentamos a seguir algumas sugestões de temas, mas, se preferi-
rem, poderão pensar em outros que se relacionem com o assunto alimentação.
• Alimentos: o benefício para o corpo humano proporcionado pelos nutrientes contidos nos
alimentos.

Ciências da Natureza
• Doenças relacionadas com a má alimentação: bulimia, anorexia, hipertensão, colesterol
alto, etc.

e suas Tecnologias
• A alimentação do brasileiro: ela é equilibrada e adequada? Se necessário fazer alterações,
quais seriam?
• Mídia, beleza e alimentação: quais os critérios de beleza ao longo dos séculos?
VOLUME 1

5
• A mídia interfere nos padrões de beleza atuais e provoca mudanças nos padrões de
alimentação?
• Os diferentes tipos de dieta (a do tipo sanguíneo, a de carboidratos, a de proteínas, a da lua,
a dos vigilantes do peso, etc.): vantagens e desvantagens de cada uma.
• A fitoterapia: as ervas podem curar as doenças?
• Obesidade: um fenômeno mundial.
Dividam as tarefas para a realização da pesquisa. Coletem materiais, reúnam-se e discutam a pro-
dução do roteiro para um seminário em grupo. Depois, de acordo com as orientações trabalhadas
na aula 1, exponham para a classe o resultado da pesquisa.

REFERÊNCIAS

CEREJA, William e COCHAR, Thereza. Texto e interação: uma proposta de produção textual a partir
de gêneros e projetos.pdf. Docero, [s. l.], 30 set. 2021. Disponível em: https://docero.tips/down-
load/conecte-texto-e-interaao-cereja-aluno-16dy40o0ww?hash=321fe978ebdcee7b4244ddbaf-
f66325c. Acesso em: 05 jul. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

6
EIXO TEMÁTICO

A literatura brasileira e outras manifestações culturais.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Escola Literária: Realismo. Reconhecer a importância do Realismo/Naturalismo brasileiro


para a formação da consciência nacional e o desenvolvimento da
literatura brasileira.
Identificar, em textos literários do Realismo/Naturalismo,
marcas discursivas e ideológicas desse estilo de época e seus
efeitos de sentido.
Relacionar características discursivas e ideológicas de obras
realistas/naturalistas brasileiras ao contexto histórico de sua
produção, circulação e recepção.
Reconhecer e caracterizar a contribuição dos principais autores
realistas/naturalistas nacionais para a literatura brasileira.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Realismo
DURAÇÃO: 5 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: 
Na segunda metade do século XIX, o contexto sociopolítico europeu mudou profundamente. Lutas
sociais, tentativas de revolução, novas ideias políticas, científicas... O mundo agitava-se e a litera-

2º Ano
tura não podia mais, como no tempo do Romantismo, viver de idealizações, do culto do eu e da fuga
da realidade. Era necessária uma arte mais objetiva, que atendesse ao desejo do momento: o de
analisar, compreender, criticar e transformar a realidade. Como resposta a essa necessidade, sur-
giriam quase ao mesmo tempo, três tendências antirromânticas na literatura, que se entrelaçavam
e se influenciavam mutuamente: o Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula – Introdução
Ensino Médio
Iniciar o estudo relembrando as características do Romantismo, observando que o Realismo em
muitos aspectos será uma oposição ao movimento literário anterior. O quadro abaixo pode ser uti-
lizado para isso.

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

7
REALISMO ROMANTISMO

Objetivismo. Subjetivismo.

Descrições e adjetivação objetivas, voltadas a Descrições e adjetivação idealizantes, volta-


captar o real como ele é. das a elevar o objeto descrito.

Linguagem culta e direta. Linguagem culta, em estilo metafórico e


poético.

Mulher não idealizada, mostrada com defeitos Mulher idealizada, anjo de pureza e perfeição.
e qualidades.

Amor e outros sentimentos subordinados aos Amor sublime e puro, acima de qualquer
interesses sociais. interesse.

Casamento como instituição falida; contrato Casamento como objetivo maior de relaciona-
de interesses e conveniências. mento amoroso.

Herói problemático, cheio de fraquezas, Herói íntegro, de caráter irrepreensível.


manias e incertezas.

Narrativa lenta, acompanhando tempo Narrativa de ação e de aventura.


psicológico.

Personagens trabalhadas psicologicamente. Personagens planas, de pensamentos e ações


previsíveis.

Universalismo. Individualismo, culto do eu.

Os críticos Antônio Candido e José Aderaldo Castello explicam por que o uso da palavra Realismo
para designar o movimento literário da segunda metade do século XIX é inadequado:

2º Ano
“A designação de Realismo, dada a esse movimento, é inadequada, pois o realismo ocorre em
todos os tempos como um dos polos da criação literária, sendo a tendência para reproduzir nas
obras os traços observados no mundo real — seja nas coisas, seja nas pessoas e nos sentimen-
tos. Outro polo é a fantasia, isto é, a tendência para inventar um mundo novo, diferente e muitas
vezes oposto às leis do mundo. Os autores e as modas literárias oscilam incessantemente entre
ambos, e é da sua combinação mais ou menos variada que se faz a literatura”.
(Presença da literatura brasileira. 7. ed. Rio de Janeiro/ São Paulo: Difel, 1978. v. 2, p. 94.)

2ª, 3ª e 4ª aula – Analisando uma obra Ensino Médio


Ler o conto de Machado de Assis, A causa secreta, e analisar as questões (do campo Atividades)
com os estudantes, respondendo juntos e identificando, sempre que possível, a presença das
características da escola literária estudada.

Ciências da Natureza
5ª aula – Machado de Assis

e suas Tecnologias
Apresentar uma pequena biografia do autor (exemplo abaixo), ler e analisar as questões propostas
no campo Atividades sobre o texto: “Capítulo XXXII / Olhos de ressaca”.
VOLUME 1

8
Machado de Assis (1839-1908) nasceu no Rio de Janeiro. Mestiço, de origem humilde — filho de
um mulato carioca, pintor de paredes, e de uma imigrante açoriana —, apesar de ter frequen-
tado apenas a escola primária e ter sido obrigado a trabalhar desde a infância, alcançou alta
posição como funcionário público e gozou de consideração social numa época em que o Brasil
ainda era uma monarquia escravocrata.
Foi tipógrafo e revisor em editora. Admitido à redação do Correio Mercantil, começou a publicar
seus escritos em vários jornais e revistas. Na década de 1860, escreveu todas as suas comédias
e os versos ainda românticos de Crisálidas.
Em 1869, casou-se com uma senhora portuguesa de boa cultura, Carolina Xavier de Novais, sua
companheira até a morte e que lhe iria inspirar a personagem Dona Carmo, de Memorial de Aires.
Machado de Assis foi jornalista, crítico literário, crítico teatral, teatrólogo, poeta, cronista, con-
tista e romancista.
De sua extensa e variada obra sobressai o Machado de Assis contista e romancista, preocupado
não só com a expressão e com a técnica de composição, mas também com a articulação dos
temas, com a análise do caráter e do comportamento humano.
Podemos identificar em sua produção dois grupos de obras, porém sem prejuízo de sua perfeita
unidade. Ao primeiro grupo pertencem Ressurreição, Helena, A mão e a luva, Iaiá Garcia, obras
que apresentam características mais gerais do romance do século XIX do que propriamente da
herança romântica.
Memórias póstumas de Brás Cubas marca o início de uma segunda etapa da produção de
Machado de Assis. A partir dessa obra ele se revela um gênio na análise psicológica de per-
sonagens, tornando-se o mais extraordinário contista da língua portuguesa e um dos raros
romancistas brasileiros de interesse universal, conforme atestam as inúmeras traduções das
suas obras mais representativas. Nesse grupo incluem-se os romances Quincas Borba, Dom
Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires.
Machado de Assis escreveu por volta de duzentos contos. Como ocorreu com o romance, o
conto machadiano estreou em pleno Romantismo (Contos fluminenses, 1869) e sofreu signi-
ficativa mudança de perspectiva e de linguagem a partir da coletânea Papéis avulsos (1882),

2º Ano
obra que representa para o gênero a mesma revolução que Memórias póstumas de Brás Cubas
significou para o romance. Entre seus inúmeros contos, destacam-se “O alienista”, “Missa do
galo”, “A cartomante”, “Noite de almirante”, “Teoria do medalhão”, “O espelho”, “Cantiga de espon-
sais”, “Sereníssima república”, “Verba testamentária”. Perspicaz e quase ferino na análise da
alma humana, Machado de Assis criou uma obra extremamente inovadora, que permanece viva
e atual, gerando polêmicas e conquistando a estima de sucessivas gerações de leitores.

RECURSOS: 
Projetor multimídia e cópias impressas.
Ensino Médio
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: 
O processo de avaliação pode ser qualitativo observando o desenvolvimento e aprendizagem dos

Ciências da Natureza
estudantes. Verificar se aprenderam as características do Realismo.

e suas Tecnologias
VOLUME 1

9
ATIVIDADES
2ª, 3ª e 4ª aula ↓
A CAUSA SECRETA
[...]
Garcia tinha-se formado em medicina, no ano anterior, 1861. No ano de 1860, estando ainda na
Escola, encontrou-se com Fortunato, pela primeira vez, à porta da Santa Casa; entrava, quando o
outro saía. Fez-lhe impressão a figura; mas, ainda assim, tê-la-ia esquecido, se não fosse o segundo
encontro, poucos dias depois. Morava na rua de D. Manuel. Uma de suas raras distrações era ir ao
teatro de S. Januário, que ficava perto, entre essa rua e a praia; ia uma ou duas vezes por mês, e
nunca achava acima de quarenta pessoas. Só os mais intrépidos ousavam estender os passos até
aquele recanto da cidade. Uma noite, estando nas cadeiras, apareceu ali Fortunato, e sentou-se ao
pé dele.
A peça era um dramalhão, cosido a facadas, ouriçado de imprecações e remorsos; mas Fortunato
ouviu-a com singular interesse. Nos lances dolorosos, a atenção dele redobrava, os olhos iam avi-
damente de um personagem a outro, a tal ponto que o estudante suspeitou haver na peça remi-
niscências pessoais do vizinho. No fim do drama veio uma farsa; mas Fortunato não esperou por
ela e saiu; Garcia saiu atrás dele. Fortunato foi pelo beco do Cotovelo, rua de S. José, até o largo
da Carioca. Ia devagar, cabisbaixo, parando às vezes, para dar uma bengalada em algum cão que
dormia; o cão ficava ganindo e ele ia andando. No largo da Carioca entrou num tílburi, e seguiu para
os lados da praça da Constituição. Garcia voltou para casa sem saber mais nada.
[...]
Tempos depois, estando já formado, e morando na rua de Matacavalos, perto da do Conde, encon-
trou Fortunato em uma gôndola, encontrou-o ainda outras vezes, e a frequência trouxe a familiari-
dade. Um dia Fortunato convidou-o a ir visitá-lo ali perto, em Catumbi.
— Sabe que estou casado?
— Não sabia.

2º Ano
— Casei-me há quatro meses, podia dizer quatro dias. Vá jantar conosco domingo.
— Domingo?
— Não esteja forjando desculpas; não admito desculpas. Vá domingo.
Garcia foi lá no domingo. Fortunato deu-lhe um bom jantar, bons charutos e boa palestra, em compa-
nhia da senhora, que era interessante. A figura dele não mudara; os olhos eram as mesmas chapas
de estanho, duras e frias; as outras feições não eram mais atraentes que dantes. Os obséquios,

Ensino Médio
porém, se não resgatavam a natureza, davam alguma compensação, e não era pouco. Maria Luísa
é que possuía ambos os feitiços, pessoa e modos. Era esbelta, airosa, olhos meigos e submissos;
tinha vinte e cinco anos e parecia não passar de dezenove. Garcia, à segunda vez que lá foi, perce-
beu que entre eles havia alguma dissonância de caracteres, pouca ou nenhuma afinidade moral,
e da parte da mulher para com o marido uns modos que transcendiam o respeito e confinavam na
resignação e no temor. [...]
Ciências da Natureza
A comunhão dos interesses apertou os laços da intimidade. Garcia tornou-se familiar na casa; ali
e suas Tecnologias
jantava quase todos os dias, ali observava a pessoa e a vida de Maria Luísa, cuja solidão moral era
evidente. E a solidão como que lhe duplicava o encanto. Garcia começou a sentir que alguma coisa
VOLUME 1
o agitava, quando ela aparecia, quando falava, quando trabalhava, calada, ao canto da janela, ou

10
tocava ao piano umas músicas tristes. Manso e manso, entrou-lhe o amor no coração. Quando deu
por ele, quis expeli-lo, para que entre ele e Fortunato não houvesse outro laço que o da amizade;
mas não pôde. Pôde apenas trancá-lo; Maria Luísa compreendeu ambas as coisas, a afeição e o
silêncio, mas não se deu por achada.
No começo de outubro deu-se um incidente que desvendou ainda mais aos olhos do médico a
situação da moça. Fortunato metera-se a estudar anatomia e fisiologia, e ocupava-se nas horas
vagas em rasgar e envenenar gatos e cães. Como os guinchos dos animais atordoavam os doentes,
mudou o laboratório para casa, e a mulher, compleição nervosa, teve de os sofrer. Um dia, porém,
não podendo mais, foi ter com o médico e pediu-lhe que, como coisa sua, alcançasse do marido a
cessação de tais experiências.
— Mas a senhora mesma...
Maria Luísa acudiu, sorrindo:
— Ele naturalmente achará que sou criança. O que eu queria é que o senhor, como médico, lhe dis-
sesse que isso me faz mal; e creia que faz...
Garcia alcançou prontamente que o outro acabasse com tais estudos. Se os foi fazer em outra
parte, ninguém o soube, mas pode ser que sim. Maria Luísa agradeceu ao médico, tanto por ela
como pelos animais, que não podia ver padecer. Tossia de quando em quando; Garcia perguntou-
-lhe se tinha alguma coisa, ela respondeu que nada.
— Deixe ver o pulso.
— Não tenho nada.
Não deu o pulso, e retirou-se. Garcia ficou apreensivo. Cuidava, ao contrário, que ela podia ter
alguma coisa, que era preciso observá-la e avisar o marido em tempo.
Dois dias depois — exatamente o dia em que os vemos agora —, Garcia foi lá jantar. Na sala disseram-
-lhe que Fortunato estava no gabinete, e ele caminhou para ali; ia chegando à porta, no momento
em que Maria Luísa saía aflita.
— Que é? perguntou-lhe.
— O rato! O rato! exclamou a moça sufocada e afastando-se.

2º Ano
Garcia lembrou-se que, na véspera, ouvira ao Fortunato queixar-se de um rato, que lhe levara um
papel importante; mas estava longe de esperar o que viu. Viu Fortunato sentado à mesa, que havia
no centro do gabinete, e sobre a qual pusera um prato com espírito de vinho. O líquido flamejava.
Entre o polegar e o índice da mão esquerda segurava um barbante, de cuja ponta pendia o rato
atado pela cauda. Na direita tinha uma tesoura. No momento em que o Garcia entrou, Fortunato
cortava ao rato uma das pernas; em seguida desceu o infeliz até à chama, rápido, para não matá-
-lo, e dispôs-se a fazer o mesmo à terceira, pois já lhe havia cortado a primeira. Garcia estacou
horrorizado.
Ensino Médio
— Mate-o logo! disse-lhe.
— Já vai.
E com um sorriso único, reflexo de alma satisfeita, alguma coisa que traduzia a delícia íntima das

Ciências da Natureza
sensações supremas, Fortunato cortou a terceira pata do rato, e fez pela terceira vez o mesmo
movimento até a chama. O miserável estorcia-se, guinchando, ensanguentado, chamuscado, e não

e suas Tecnologias
acabava de morrer. Garcia desviou os olhos, depois voltou-os novamente, e estendeu a mão para
impedir que o suplício continuasse, mas não chegou a fazê-lo, porque o diabo do homem impunha
medo, com toda aquela serenidade radiosa da fisionomia. Faltava cortar a última pata; Fortunato
VOLUME 1
cortou-a muito devagar, acompanhando a tesoura com os olhos; a pata caiu, e ele ficou olhando

11
para o rato meio cadáver. Ao descê-lo pela quarta vez, até a chama, deu ainda mais rapidez ao
gesto, para salvar, se pudesse, alguns farrapos de vida.
Garcia, defronte, conseguia dominar a repugnância do espetáculo para fixar a cara do homem. Nem
raiva, nem ódio; tão somente um vasto prazer, quieto e profundo, como daria a outro a audição
de uma bela sonata ou a vista de uma estátua divina, alguma coisa parecida com a pura sensação
estética. Pareceu-lhe, e era verdade, que Fortunato havia- o inteiramente esquecido. Isto posto,
não estaria fingindo, e devia ser aquilo mesmo. A chama ia morrendo, o rato podia ser que tivesse
ainda um resíduo de vida, sombra de sombra; Fortunato aproveitou-o para cortar-lhe o focinho e
pela última vez chegar a carne ao fogo. Afinal deixou cair o cadáver no prato, e arredou de si toda
essa mistura de chamusco e sangue.
Ao levantar-se deu com o médico e teve um sobressalto. Então, mostrou-se enraivecido contra o
animal, que lhe comera o papel; mas a cólera evidentemente era fingida.
— Castiga sem raiva, pensou o médico, pela necessidade de achar uma sensação de prazer, que só
a dor alheia lhe pode dar: é o segredo deste homem.
Fortunato encareceu a importância do papel, a perda que lhe trazia, perda de tempo, é certo,
mas o tempo agora era-lhe preciosíssimo. Garcia ouvia só, sem dizer nada, nem lhe dar crédito.
Relembrava os atos dele, graves e leves, achava a mesma explicação para todos. Era a mesma troca
das teclas da sensibilidade, um diletantismo sui generis, uma redução de Calígula.
Quando Maria Luísa voltou ao gabinete, daí a pouco, o marido foi ter com ela, rindo, pegou-lhe nas
mãos e falou-lhe mansamente:
— Fracalhona!
E voltando-se para o médico:
— Há de crer que quase desmaiou?
Maria Luísa defendeu-se a medo, disse que era nervosa e mulher; depois foi sentar-se à janela com
as suas lãs e agulhas, e os dedos ainda trêmulos, tal qual a vimos no começo desta história. Hão de
lembrar-se que, depois de terem falado de outras coisas, ficaram calados os três, o marido sen-
tado e olhando para o teto, o médico estalando as unhas. Pouco depois foram jantar; mas o jantar
não foi alegre. Maria Luísa cismava e tossia; o médico indagava de si mesmo se ela não estaria

2º Ano
exposta a algum excesso na companhia de tal homem. Era apenas possível; mas o amor trocou-lhe
a possibilidade em certeza; tremeu por ela e cuidou de os vigiar.
Ela tossia, tossia, e não se passou muito tempo que a moléstia não tirasse a máscara. Era a tísica,
velha dama insaciável, que chupa a vida toda, até deixar um bagaço de ossos. Fortunato recebeu
a notícia como um golpe; amava deveras a mulher, a seu modo, estava acostumado com ela, cus-
tava-lhe perdê-la. Não poupou esforços, médicos, remédios, ares, todos os recursos e todos os
paliativos. Mas foi tudo vão. A doença era mortal.
Ensino Médio
Nos últimos dias, em presença dos tormentos supremos da moça, a índole do marido subjugou
qualquer outra afeição. Não a deixou mais; fitou o olho baço e frio naquela decomposição lenta e
dolorosa da vida, bebeu uma a uma as aflições da bela criatura, agora magra e transparente, devo-
rada de febre e minada de morte. Egoísmo aspérrimo, faminto de sensações, não lhe perdoou um
só minuto de agonia, nem lhos pagou com uma só lágrima, pública ou íntima. Só quando ela expirou,
Ciências da Natureza
é que ele ficou aturdido. Voltando a si, viu que estava outra vez só.

e suas Tecnologias
De noite, indo repousar uma parenta de Maria Luísa, que a ajudara a morrer, ficaram na sala
Fortunato e Garcia, velando o cadáver, ambos pensativos; mas o próprio marido estava fatigado, o
médico disse-lhe que repousasse um pouco.
VOLUME 1

12
— Vá descansar, passe pelo sono uma hora ou duas: eu irei depois.
Fortunato saiu, foi deitar-se no sofá da saleta contígua, e adormeceu logo. Vinte minutos depois
acordou, quis dormir outra vez, cochilou alguns minutos, até que se levantou e voltou à sala.
Caminhava nas pontas dos pés para não acordar a parenta, que dormia perto. Chegando à porta,
estacou assombrado.
Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara o lenço e contemplara por alguns instantes as fei-
ções defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-o na testa. Foi
nesse momento que Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não podia ser o beijo da ami-
zade, podia ser o epílogo de um livro adúltero. Não tinha ciúmes, note-se; a natureza compô-lo
de maneira que lhe não deu ciúmes nem inveja, mas dera-lhe vaidade, que não é menos cativa ao
ressentimento. Olhou assombrado, mordendo os beiços.
Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver; mas então não pôde mais. O
beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as lágrimas, que vieram em borbotões,
lágrimas de amor calado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tran-
quilo essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa.
(50 contos de Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 368-76.)

airosa: gentil, digna.


aspérrimo: superlativo de áspero.
calígula: imperador romano conhecido por ser extravagante e cruel.
compleição: constituição física.
diletantismo: amadorismo, gosto.
espírito de vinho: álcool.
imprecação: ofensa, xingamento.
intrépido: corajoso.
sui generis: original.
tílburi: charrete.
tísica: tuberculose.

2º Ano
1 - A descrição é um recurso utilizado tanto na prosa romântica quanto na prosa realista, mas com
finalidades diferentes. Compare, a seguir, duas descrições de personagens femininas: a pri-
meira é de Aurélia, da obra Senhora, de José de Alencar, e a segunda, de Maria Luísa, persona-
gem do conto “A causa secreta”.
I. “Era uma expressão fria, pausada, inflexível, que jaspeava sua beleza, dando-lhe quase a
gelidez da estátua. Mas no lampejo de seus grandes olhos pardos brilhavam as irradiações
da inteligência.”
Ensino Médio
II. “Era esbelta, airosa, olhos meigos e submissos; tinha vinte e cinco anos e parecia não passar
de dezenove. [...] e da parte da mulher para com o marido uns modos que transcendiam o
respeito e confinavam na resignação e no temor.”

a) Qual dos dois textos apresenta construções e vocabulários mais sofisticados, em estilo ele-
vado e poético?
Ciências da Natureza
b) Ambos os fragmentos, sendo descritivos, servem para caracterizar as personagens. Entre

e suas Tecnologias
eles, contudo, há uma diferença essencial quanto à finalidade. Observe algumas imagens e
adjetivos empregados na caracterização exterior e a caracterização do mundo interior de
uma e outra personagem:
VOLUME 1

13
I. expressão inflexível, gelidez da estátua, lampejo dos olhos / irradiações da inteligência
II. esbelta, airosa, olhos meigos e submissos / modos que confinavam na resignação e no temor
Em qual fragmento a descrição tem a finalidade de:
• elevar e idealizar a personagem?
• retratar a personagem como ela realmente é?

2 - Preocupada em retratar a realidade de modo objetivo, quase documental, a prosa realista geral-
mente é marcada pelo registro do tempo e do espaço. Observe as datas citadas pelo narrador.

a) Quando ocorre o sacrifício do animal realizado por Fortunato?


b) Que outras indicações temporais aparecem no texto?
c) A menção a ruas e trajetos constitui um recurso para dar veracidade aos fatos. Em qual
cidade se passa a história? Em qual bairro Fortunato residia?

3 - Nos textos em prosa do Realismo, em geral a narrativa flui lentamente. No conto em estudo,
para dar ideia do caráter de Fortunato, o narrador enumera as ocasiões em que essa persona-
gem e Garcia haviam se encontrado e descreve em detalhes seu comportamento. Considere
estes comportamentos de Fortunato:

Assiste à peça com interesse e deixa o teatro quando começa a farsa.


Dedica-se aos estudos de anatomia e fisiologia.
Tortura o animal.
Dedica-se integralmente a Maria Luísa quando esta adoece.

a) De acordo com Garcia, qual era a motivação oculta de Fortunato para essas ações?
b) A que comparação Garcia recorre para se referir ao estado em que imaginava Fortunato
nesses momentos?

4 - A prosa realista tem como propósito captar o ser humano em sua totalidade, isto é, tanto exte-
rior quanto interiormente. O retrato interior das personagens, isto é, a focalização de seus con-

2º Ano
flitos, pensamentos, anseios, reflexões, desejos, etc., é chamado de introspecção psicológica.
Relacione os trechos abaixo à indicação de ação, pensamento ou emoção das personagens.

a) “Fortunato deu-lhe um bom jantar, bons charutos e boa palestra”


b) “Garcia tornou-se familiar na casa”
c) “Garcia, defronte, conseguia dominar a repugnância do espetáculo”
d) “o diabo do homem impunha medo”
e) “Castiga sem raiva [...] pela necessidade de achar uma sensação de prazer”
f) Ensino Médio
“O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as lágrimas, que vieram em
borbotões”

5 - Na prosa realista, é comum a ocorrência do procedimento metalinguístico, por meio do qual o


narrador deixa claro que está contando uma história. No conto lido, em que situações o narra-
Ciências da Natureza
dor se dirige diretamente ao leitor?

e suas Tecnologias
6 - No conto em estudo, o narrador, embora seja onisciente, assume em grande parte do relato a
perspectiva de Garcia, uma das personagens.
VOLUME 1

14
a) Por que o narrador assume a perspectiva dessa personagem?
b) Em que momento essa perspectiva se modifica?
c) Quando a perspectiva do narrador deixa de ser a de Garcia, que traço de Fortunato volta a se
manifestar? Justifique sua resposta com palavras e expressões do texto.

7 - A prosa realista do século XIX denunciou em muitas obras a situação de submissão em que viviam
as mulheres e as consequências negativas que dela advinham, como morte, humilhação e solidão.
Veja nos textos a seguir, de escritores dessa escola literária, as referências feitas a mulheres.

Permitam-me, senhores: eu sabia que uma mulher, e ainda mais de dezesseis anos, não pode
fazer outra coisa a não ser submeter-se completamente a um homem. Não há originalidade nas
mulheres, ou seja, isso é um axioma, e mesmo agora, e ainda hoje, ainda hoje isso é para mim um
axioma! O que é então que jaz lá na sala: a verdade é a verdade [...] Uma mulher que ama, ora,
uma mulher que ama endeusa até mesmo os vícios, até mesmo os crimes do ser amado. [...]
(F. M. Dostoiévski. Uma criatura dócil. São Paulo: Cosac Naify, 2009. p. 35-6.)

Seu rosto é branco, repousado, calmo. Sua voz é suave e recolhida, suas maneiras são simples.
Têm todas as nobrezas da dor, a santidade de uma pessoa que não maculou a alma ao contato
do mundo, mas também a rigidez da solteirona e os hábitos mesquinhos que dá a existência
estreita da província. Apesar de suas oitocentas mil libras de renda, vive como vivera a pobre
Eugénie Grandet, só acende o fogo em seu quarto nos dias em que outrora seu pai lhe permitia
acender o fogão da sala, e apaga-o conforme o programa em vigor nos seus jovens anos. Está
sempre vestida como se vestia sua mãe. A casa de Saumur, casa sem sol, sem calor, sempre
sombria, melancólica, é a imagem de sua vida. [...]
(Honoré de Balzac. Eugénie Grandet. São Paulo: Difel, 1961. p. 196.)

a) O que há em comum entre o que é dito sobre as mulheres nos dois textos e o que ocorre com
a personagem feminina do conto de Machado de Assis?
b) No conto “A causa secreta”, Fortunato teve, na sua opinião, responsabilidade pelo adoeci-

2º Ano
mento e pela morte da mulher?
c) Que pensamento de Garcia levanta a suspeita de que Maria Luísa fosse objeto das experiên-
cias do marido?

8 - No decorrer do conto, o narrador lança mão tanto do discurso direto quanto do discurso indi-
reto. Veja:
“[...] e pediu-lhe que, como coisa sua, alcançasse do marido a cessação de tais
experiências.
— Mas a senhora mesma... Ensino Médio
Maria Luísa acudiu, sorrindo:
— Ele naturalmente achará que sou criança. [...]”

“Garcia perguntou-lhe se tinha alguma coisa, ela respondeu que nada.

Ciências da Natureza
— Deixe ver o pulso.
— Não tenho nada.”
e suas Tecnologias
Como esse recurso contribui:

VOLUME 1
a) para a fluidez da narrativa?
b) para a ambiguidade das situações e do enredo?

15
9 - A seguir, são relacionadas as características relativas ao amor e ao herói romântico. Elabore
um quadro com as características realistas opostas a elas, exemplificando-as com situações
encontradas em “A causa secreta”.
• A mulher amada é sinônimo de beleza e perfeição.
• O casamento, no Romantismo, normalmente é resultado de um amor profundo e o fim de
uma longa trajetória de obstáculos.
• O amor está acima de todos os interesses; é a mola mestra que impulsiona e purifica as
ações humanas.
• O herói romântico, geralmente, tem caráter forte e nobre e comportamento íntegro e linear,
que raramente se altera ao longo da história.
• O herói romântico é um ser especial, dotado de forças ou poderes incomuns.

10 - O Romantismo supervaloriza o indivíduo e suas particularidades. Já o Realismo, mesmo tra-


balhando em profundidade a personagem, tende a buscar nela aquilo que é universal, isto é,
comum a cada um de nós e que define a nossa condição humana. É possível dizer que a situa-
ção vivida pelas personagens Garcia, Fortunato e Maria Luísa – e toda a carga de emoções e
valores que a acompanha – é universal ou particular? Justifique.

5ª aula ↓

Capítulo XXXII / Olhos de ressaca


Tudo era matéria às curiosidades de Capitu. Caso houve, porém, no qual não sei se aprendeu
ou ensinou, ou se fez ambas as coisas, como eu. É o que contarei no outro capítulo. Neste direi
somente que passados alguns dias do ajuste com o agregado, fui ver a minha amiga; eram 10 horas
da manhã. Dona Fortunata, que estava no quintal, nem esperou que eu lhe perguntasse pela filha.
— Está na sala penteando o cabelo — disse-me —; vá devagarzinho para lhe pregar um susto.
Fui devagar, mas ou o pé ou o espelho traiu-me. Este pode ser que não fosse; era um espelhinho
de pataca (perdoai a barateza), comprado a um mascate italiano, moldura tosca, argolinha de latão,
pendente da parede, entre as duas janelas. Se não foi ele, foi o pé. Um ou outro, a verdade é que,

2º Ano
apenas entrei na sala, pente, cabelos, toda ela voou pelos ares e só lhe ouvi esta pergunta:
— Há alguma coisa?
— Não há nada — respondi —; vim ver você antes que o Padre Cabral chegue para a lição. Como
passou a noite?
— Eu, bem. José Dias ainda não falou?
— Parece que não.
— Mas então quando fala?
Ensino Médio
— Disse-me que hoje ou amanhã pretende tocar no assunto; não vai logo de pancada, falará assim
por alto e por longe, um toque. Depois, entrará em matéria. Quer primeiro ver se mamãe tem a
resolução feita…
— Que tem, tem — interrompeu Capitu. — E, se não fosse preciso alguém para vencer já, e de todo,
Ciências da Natureza
não se lhe falaria. Eu já nem sei se José Dias poderá influir tanto; acho que fará tudo, se sentir

e suas Tecnologias
que você realmente não quer ser padre, mas poderá alcançar?… Ele é atendido; se, porém… É um
inferno isto! Você teime com ele, Bentinho.

VOLUME 1
— Teimo; hoje mesmo ele há de falar.

16
— Você jura?
— Juro! Deixe ver os olhos, Capitu.
Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”.
Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se se podiam chamar assim.
Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira; eu nada achei
extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas. A demora da contemplação creio que lhe
deu outra ideia do meu intento; imaginou que era um pretexto para mirá-los mais de perto, com os
meus olhos longos, constantes, enfiados neles, e a isso atribuo que entrassem a ficar crescidos,
crescidos e sombrios, com tal expressão que…
Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles
olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que
eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova.
Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga
que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes
vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava
as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-
-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado
esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa
de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios. Há de dobrar o gozo aos bem-aventu-
rados do céu conhecer a soma dos tormentos que já terão padecido no inferno os seus inimigos;
assim também a quantidade das delícias que terão gozado no céu os seus desafetos aumentará as
dores aos condenados do inferno. Este outro suplício escapou ao divino Dante; mas eu não estou
aqui para emendar poetas. Estou para contar que, ao cabo de um tempo não marcado, agarrei-me
definitivamente aos cabelos de Capitu, mas então com as mãos, e disse-lhe — para dizer alguma
coisa — que era capaz de os pentear, se quisesse.
— Você?
— Eu mesmo.
— Vai embaraçar-me o cabelo todo, isso sim.

2º Ano
— Se embaraçar, você desembaraça depois.
— Vamos ver.
(São Paulo: Abril Educação, 1978. p. 218-20.)

agregado: aquele que vive numa família como pessoa da casa; no


caso, José Dias.
dissimulado: encoberto, disfarçado, fingido.
oblíquo: torto, indireto, malicioso, dissimulado.
pataca: quantia insignificante.
Ensino Médio
pêndula: relógio de pêndulo.
ressaca: fluxo e refluxo das ondas na praia.
tosco: rústico, grosseiro.

Ciências da Natureza
vaga: onda.

e suas Tecnologias
11 - Segundo o crítico literário Antonio Candido, o narrador Dom Casmurro, simultaneamente, opõe
ao ângulo da reconstituição do passado o ângulo do próprio momento da evocação, dando ao
VOLUME 1
leitor uma dupla visão dos fatos, ou seja, ao mesmo tempo que os expõe, analisa-os. Indique,
no texto, um trecho em que o narrador expõe um fato acontecido no passado e ao mesmo
tempo o analisa, permitindo que o leitor o veja sob duplo enfoque.

17
12 - Por que o narrador caracteriza os olhos de Capitu como “olhos de ressaca”?

13 - Caracterize, psicologicamente, Capitu, com base no comentário de José Dias a respeito dos
olhos dela, no diálogo que Capitu mantém com Bentinho e na narração de Bentinho.

14 - Os caracteres de Bentinho e Capitu contrastam nitidamente. Qual dos dois tem caráter mais
forte? Retire do texto um trecho que justifique sua resposta.

15 - Releia o trecho seguinte, dando especial atenção aos VERBOS creio, imaginou e atribuo:

“A demora da contemplação creio que lhe deu outra ideia do meu intento; imaginou que era um
pretexto para mirá-los mais de perto, com os meus olhos longos, constantes, enfiados neles, e a
isto atribuo que entrassem a ficar crescidos, crescidos e sombrios, com tal expressão que…”

Você acha que o narrador-personagem tem uma visão onisciente dos fatos? Justifique.

REFERÊNCIAS

CEREJA, William e COCHAR, Thereza. Conecte: Literatura Brasileira – Parte 2. 2. ed. – São Paulo:
Saraiva, 2013. – (Coleção projeto conecte).
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

18
EIXO TEMÁTICO

A literatura brasileira e outras manifestações culturais.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Escola Literária: Reconhecer a importância do Realismo/Naturalismo brasileiro


Naturalismo. para a formação da consciência nacional e o desenvolvimento da
literatura brasileira.
Identificar, em textos literários do Realismo/Naturalismo, marcas
discursivas e ideológicas desse estilo de época e seus efeitos de
sentido.
Relacionar características discursivas e ideológicas de obras rea-
listas/naturalistas brasileiras ao contexto histórico de sua produ-
ção, circulação e recepção.
Reconhecer e caracterizar a contribuição dos principais autores
realistas/naturalistas nacionais para a literatura brasileira.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Naturalismo
DURAÇÃO: 5 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: 
Embora o Realismo e o Naturalismo tenham interesses e procedimentos diferentes, ambos têm
em comum o compromisso de observar, documentar e denunciar a realidade social. O Realismo

2º Ano
se empenha na análise da força das instituições sobre o indivíduo, no retrato das relações huma-
nas permeadas de interesses, na introspecção psicológica. Menos psicológico do que o Realismo,
o Naturalismo analisa a força de fatores como hereditariedade e meio sobre o comportamento
humano.

B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula – Introdução
Ensino Médio
Iniciar o estudo relembrando as características do Realismo, observando em que o Naturalismo se
difere. O quadro abaixo pode ser utilizado para isso.

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

19
REALISMO NATURALISMO

Técnica da observação e documentação. Acentuado interesse pela natureza.


Busca ser fiel à natureza e aos ambientes Fidelidade aos ambientes retratados.
observados. Observação da vida por meio do método
Retrata a realidade por meio da descrição científico.
dos detalhes, o que faz a narrativa ser longa
e lenta.

Retrata a sociedade burguesa e pouco apre- Preferência por personagens e ambientes


senta personagens das classes sociais populares: operários, comerciantes, cortiços.
inferiores.

Os incidentes do enredo são decorrentes do O homem é um animal; é a presa de forças


caráter dos personagens. Relação do movi- fatais e superiores. É impulsionado pela
mento literário com a Psicologia. fisiologia.

Em paralelo à inclinação realista, alguns autores brasileiros, influenciados pela experiência de Émile
Zola, cultivaram o romance de tese, isto é, o romance naturalista, que procurava provar uma teoria
científica a respeito do comportamento humano. Como se a ficção e suas personagens fossem
um laboratório de experiências científicas, os escritores naturalistas utilizavam conhecimentos
da Biologia, da Psicologia e da Sociologia para explicar casos patológicos individuais, perdendo,
muitas vezes, o todo da realidade brasileira.
Apesar de o Naturalismo, em razão de seu determinismo, ser, muitas vezes, estreito e reducionista
para lidar com a complexidade dos comportamentos humanos, foi ele que, pela primeira vez, pôs
em primeiro plano o pobre, o excluído, o negro e o mulato discriminados, o indivíduo vitimado por
doenças físicas e mentais, além de retomar antigos temas, como o celibato, sob a ótica científica
da época.
No Brasil, o primeiro romance naturalista publicado foi O mulato (1881), de Aluísio Azevedo. Além
desse escritor, também cultivaram a prosa naturalista: Rodolfo Teófilo (A fome, 1881); Inglês de

2º Ano
Sousa (O missionário, 1882); Júlio Ribeiro (A carne, 1888); Adolfo Caminha (A normalista, 1892, e O
bom crioulo, 1895).

2ª aula – Aluísio Azevedo


Apresentar uma pequena biografia do autor (exemplo abaixo), ler e analisar as questões propostas
sobre um trecho de: “O Cortiço”.

Ensino Médio
Aluísio Azevedo (1857-1913) é a principal expressão da prosa naturalista no Brasil. O escritor
nasceu em São Luís do Maranhão e, em 1881, ano de publicação de O mulato, transferiu-se defi-
nitivamente para o Rio de Janeiro. Ali trabalhou em jornais como cartunista e jornalista, ao
mesmo tempo que escrevia seus romances.
Com a publicação de O mulato, alcançou certa popularidade, o que lhe permitiu viver exclusiva-

Ciências da Natureza
mente da literatura. Talvez por essa razão, sua obra, no conjunto, apresente altos e baixos do
ponto de vista qualitativo.
e suas Tecnologias
O ponto alto nos escritos de Aluísio Azevedo, principalmente em suas obras de maturidade, O cor-
tiço (1890) e Casa de pensão (1894), é a maneira como são retratados ambientes, paisagens e cenas.
VOLUME 1

20
O cortiço narra a vida de um grupo de pessoas que habitam o cortiço pertencente ao migrante
português João Romão. O cortiço é palco dos mais variados tipos humanos: trabalhadores,
prostitutas, malandros, lavadeiras, homossexuais, etc. Você vai ler, a seguir, um fragmento de
O cortiço em que se destaca a personagem Libório, uma figura miserável e solitária que, apesar
de guardar muito dinheiro embaixo do colchão, vive como mendigo.

3ª aula – Raul Pompéia


Apresentar uma pequena biografia do autor (exemplo abaixo), ler e analisar as questões propostas
sobre um trecho de: “O Ateneu”.

Raul Pompeia (1863-1895) nasceu em Angra dos Reis, mas passou quase toda a sua vida na capi-
tal do Estado, o Rio de Janeiro. Estudou no Colégio Abílio e, depois, no Imperial Pedro II. Estudou
Direito, primeiramente em São Paulo, onde participou de movimentos abolicionistas e republi-
canos, e depois em Recife, onde se formou. Estreou cedo na literatura com a novela romanesca
Uma tragédia no Amazonas (1880) e um ano depois publicou uma obra em poesia — Canções sem
metro (1881) —, na qual revela apreço pelo apuro formal dos textos.
Inquieto como escritor e como pessoa, Pompeia envolveu-se em inúmeras polêmicas, che-
gando a desafiar o poeta Olavo Bilac para um duelo. Suicidou-se na noite de Natal de 1895.
Raul Pompeia notabilizou-se na literatura brasileira por uma única obra, O Ateneu, publicada em
1888, na qual assimilou e integrou todas as tendências literárias de seu tempo. Ávido de novida-
des, o escritor fez de O Ateneu um romance que surpreende pela linguagem peculiar e nova. As
diferentes classificações atribuídas à obra, tais como realista, naturalista, psicologista, parna-
siana, evidenciam sua complexidade e singularidade.
Narrado em 1ª pessoa, o romance inicia-se com as palavras do pai de Sérgio, o protagonista:
“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta”. O que
segue a isso são situações e experiências vividas pelo adolescente Sérgio no internato Ateneu,
reconstituídas, selecionadas e comunicadas do ponto de vista subjetivo de Sérgio adulto.
Misturando alegrias e tristezas, decepções e entusiasmos, Sérgio, entre irônico, decepcionado,
indignado e ressentido, pacientemente reconstrói por meio da memória a adolescência vivida e

2º Ano
perdida entre as paredes do famoso internato Ateneu.
Essa reconstituição compreende uma descrição expressionista de pessoas e ambientes, na
qual o narrador-personagem desnuda cruelmente os colegas, os professores e o diretor, redu-
zindo-os a caricaturas grotescas. A intenção de deformar corresponde a uma espécie de vin-
gança praticada por Sérgio contra todos.
Por outro lado, as situações e experiências vividas pelo narrador-personagem se apoiam na
memória e são recriadas de maneira impressionista, o que confere à narrativa um ritmo impre-
ciso, subjetivo e nervoso. Ensino Médio
4ª e 5ª aula – Diálogo entre a literatura africana atual e o Naturalismo brasileiro
Ler, a seguir, dois textos: o primeiro é um fragmento do romance “O Cortiço”, do escritor brasileiro
Ciências da Natureza
Aluísio Azevedo; o segundo é um fragmento do conto “Chigubo”, do escritor moçambicano José
Craveirinha. Após a leitura, analisar as questões propostas no campo Atividades com os estudantes.
e suas Tecnologias
VOLUME 1

21
TEXTO I
Neste episódio, Rita Baiana dança aos olhos de Jerônimo, português recém-chegado ao Brasil.
E viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, surgir de ombros e braços nus, para
dançar. A lua destoldara-se nesse momento, envolvendo-a na sua cama de prata, a cujo refulgir
os meneios da mestiça melhor se acentuavam, cheios de uma graça irresistível, simples, primi-
tiva, feita toda de pecado, toda de paraíso, com muito de serpente e muito de mulher.
Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a
cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal num
requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de
braços estendidos, a tremer toda, como se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite
em que se não toma pé e nunca se encontra fundo. Depois, como se voltasse à vida, soltava
um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as pernas, descendo, subindo,
sem nunca parar com os quadris, e em seguida sapateava, miúdo e cerrado freneticamente,
erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, ora outro, sobre a nuca, enquanto a
carne lhe fervia toda, fibra por fibra titilando.
..................................................................................................................................................
Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando
aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o
aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira
virginal e esquiva que se não torce a nenhuma outra planta; era o veneno e era o açúcar gos-
toso; era o sapoti mais doce que mel e era a castanha do caju, que abre feridas com o seu azeite
de fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava
havia muito tempo em torno do corpo dele, assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as fibras
embambecidas pela saudade da terra, picando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue
uma centelha daquele amor setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos de prazer,
uma larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam em torno da Rita Baiana e espalhavam-se
pelo ar numa fosforescência afrodisíaca.
(Aluísio Azevedo. O cortiço. 9. ed. São Paulo: Ática, 1970. p. 56-7.)

2º Ano
cantárida: inseto verde-dourado, com reflexos avermelhados; tritu-
rado, dá origem a uma bebida afrodisíaca.
ilharga: cada uma das duas partes laterais entre as falsas costelas e
os ossos do quadril.
luxurioso: sensual, lascivo.
meneio: balanço.
refulgir: brilhar.
sapoti: fruto pardo, carnoso e muito doce.
Ensino Médio
sofreguidão: impaciência, pressa.

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

22
TEXTO II
A tarde estava inteiramente fundida em sons. Sons fortes implorando, chamando. Sons da vida
[…]
Armando e seus irmãos cantavam e, levantando os pés e sacudindo os braços, dançavam. A
terra fremia, os corpos fremiam. As mulheres e as crianças tinham txa-txa nas mãos e faziam
o ritmo. Os olhos das crianças abriam-se redondos como sóis, as bocas rasgavam-se em gritos
de canção. Pés, braços, vozes e tambores guiados de compasso enchiam a tarde de fundo da
Munhuana, de mato e exotismo.
[…]
Mamana Rosa, mãos escondidas no xinvunvu, arrancava sons quentes de compasso. Mãos
escondidas, Mamana Rosa estava dentro do ritmo do chigubo com seu xinvunvu gritando
dolorido.
Negrinhos sentados e de pé batiam as palmas. Palmas e txa-txa eram irmãos e as mambas
levantavam-se e sacudiu a xiguila, os pés enterravam-se na terra, soltavam-na.
A areia espalhava-se no ar, caía devagar e levantava-se de novo. Caía, levantava-se, levantava-
-se e caía, levantava-se.
Os corpos delas agitavam-se em modelos de movimento. Voluptuosamente!
Da cintura para baixo a vida revolta-se e freme na carne e transforma-se em ritmo. O mundo
está ali agora e os olhos dos homens estão cheios de tesoiros. Elas estão sérias nas caras e
os corpos são vulcões. África dança e vive ao som do chigubo e as ancas são muitas histórias
de luar e sombras de cajueiros em flor. África dança e o mundo está suspenso nos olhos dos
homens palpitantes nas promessas latentes. Promessas de homens. Promessas de machos.
Vibrantes, as vozes pairam na copa dos eucaliptos de mãos entrelaçadas no som do txa-txa das
crianças e das mulheres de xicatauanas frementes como pombas inquietas a querer voar.
Armando e seus companheiros dançam e a terra é o chigubo e o chigubo soa como voz de gente.
Mas voz de gente forte. E zangada.
Os negros dançam, mulheres mexem os quadris, os olhos dos homens estão cheios de promes-

2º Ano
sas. Promessas de coisas que ninguém pode falar, e para saber quando é tempo, quando é dia
de falar.
[…]
(José Craveirinha. Hamina e outros contos. 2. ed. Lisboa: Caminho, s.d. p. 33-4.)

chigubo: tambor.
fremir: soar ruidosamente, estrondar.
Ensino Médio
txa-txa: onomatopeia que designa instrumento musical.
xicatauana: blusa.
xinvunvu: instrumento musical correspondente à cuíca brasileira.

Ciências da Natureza
(Para as palavras de origem africana, aproveitou-se o glossário que
consta da referida edição da obra de José Craveirinha.)

e suas Tecnologias
VOLUME 1

23
RECURSOS: 
Projetor multimídia e cópias impressas.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: 
O processo de avaliação pode ser qualitativo observando o desenvolvimento e aprendizagem dos
estudantes, verificando se compreenderam as características do Naturalismo.

ATIVIDADES

2ª aula
Defronte da porta de Rita tinham vindo postar-se diversos moradores do cortiço, jornaleiros de
baixo salário, pobre gente miserável, que mal podia matar a fome com o que ganhava. Ainda assim,
não havia entre eles um só triste. A mulata convidou-os logo a comer um bocado e beber um trago.
A proposta foi aceita alegremente.
E a casa dela nunca se esvaziava.
Anoitecia lá.
O velho Libório, que jamais ninguém sabia ao certo onde almoçava ou jantava, surgiu do seu buraco,
que nem jabuti quando vê chuva.
Um tipão, o velho Libório! Ocupava o pior canto do cortiço e andava sempre a fariscar os sobejos
alheios, filando aqui, filando ali, pedindo a um e a outro, como um mendigo, chorando misérias eter-
namente, apanhando pontas de cigarro para fumar no cachimbo, cachimbo que o sumítico roubara
de um pobre cego decrépito. Na estalagem diziam todavia que Libório tinha dinheiro aferrolhado,
contra o que ele protestava ressentido, jurando a sua extrema penúria. E era tão feroz o demônio
naquela fome de cão sem dono, que as mães recomendavam às suas crianças todo o cuidado com
ele, porque o diabo do velho, quando via algum pequeno desacompanhado, punha-se logo a rondá-
-lo, a cercá-lo de festas e a fazer-lhe ratices para o engabelar, até conseguir furtar-lhe o doce ou o
vintenzinho que o pobrezito trazia fechado na mão.

2º Ano
Rita fê-lo entrar e deu-lhe de comer e de beber; mas sob condição de que o esfomeado não se
socasse demais, para não rebentar ali mesmo.
Se queria estourar, fosse estourar para longe!
Ele pôs-se logo a devorar, sofregamente, olhando inquieto para os lados, como se temesse que
alguém lhe roubasse a comida da boca. Engolia sem mastigar, empurrando os bocados com o
dedo, agarrando-se ao prato e escondendo nas algibeiras o que não podia de uma só vez meter
para dentro do corpo.
Ensino Médio
Causava terror aquela sua implacável mandíbula, assanhada e devoradora; aquele enorme queixo,
ávido, ossudo e sem um dente, que parecia ir engolir tudo, tudo, principiando pela própria cara,
desde a imensa batata vermelha e grelhada que ameaçava já entrar-lhe na boca, até as duas boche-
chinhas engelhadas, os olhos, as orelhas, a cabeça inteira, inclusive a sua grande calva, lisa como

Ciências da Natureza
um queijo e guarnecida em redor por uns pelos puídos e ralos como farripas de coco.

e suas Tecnologias
Firmo propôs embebedá-lo, só para ver a sorte que ele daria. O Alexandre e a mulher opuseram-
-se, mas rindo muito; nem se podia deixar de rir, apesar do espanto, vendo aquele resto de gente,
aquele esqueleto velho, coberto por uma pele seca, a devorar, a devorar sem tréguas, como se
VOLUME 1
quisesse fazer provisão para uma outra vida.

24
De repente, um pedaço de carne, grande demais para ser ingerido de uma vez, engasgou-o seria-
mente. Libório começou a tossir, aflito, com os olhos sumidos, a cara tingida de uma vermelhidão
apoplética. A Leocádia, que era quem lhe ficava mais perto, soltou-lhe um murro nas costas.
O glutão arrevessou sobre a toalha da mesa o bocado de carne já meio triturado. Foi um nojo geral.
— Porco! gritou Rita, arredando-se.
— Pois se o bruto quer socar tudo ao mesmo tempo! disse Porfiro. Parece que nunca viu comida,
este animal!
E notando que ele continuava ainda mais sôfrego por ter perdido um instante: — Espera um
pouco, lobo. Que diabo! A comida não foge! Há muito aí com que te fartares por uma vez! Com
efeito!
[...]
(São Paulo: OESP/Klick Editora, s.d. p. 58-9.)

aferrolhado: guardado, aprisionado.


algibeira: bolso integrado à roupa; sacola.
fariscar: farejar.
ratice: coisa engraçada.
sobejos: sobras, restos.

1 - Com exceção de “Memórias de um sargento de milícias”, de Manuel Antônio de Almeida, a


maior parte dos romances românticos urbanos retrata personagens da burguesia carioca
do século XIX, e geralmente, lhes dá um tratamento individual, íntimo, privado. Com base no
texto, responda: O que muda em “O Cortiço”, quanto ao recorte social e ao tratamento dado às
personagens?

2 - Apesar de mendigo, Libório realmente guardava dinheiro embaixo do colchão, conforme é reve-
lado no final da obra. Que tipo de problema o autor quer retratar com esse perfil de personagem?

2º Ano
3 - Observe a seleção e o emprego de substantivos nestes trechos do texto:
“— Porco! gritou Rita, arredando-se.
— Pois se o bruto quer socar tudo [...] este animal!”
“[...] — Espera um pouco, lobo.”

a) O que há em comum, do ponto de vista semântico, no modo como as personagens do cortiço


se referem a Libório? Ensino Médio
b) Que outros comportamentos da personagem confirmam sua resposta anterior?

4 - Observe o emprego de adjetivos no 9º parágrafo do texto. Qual é a relação entre a adjetivação e


o compromisso naturalista de descrição objetiva da realidade?
Ciências da Natureza
Os seguintes trechos de “O Ateneu”, selecionados para estudo, descrevem Aristarco Argolo de

e suas Tecnologias
Ramos, o diretor do colégio Ateneu, em duas situações: o momento em que ele, no primeiro dia de
aula, recebe os estudantes que chegam acompanhados de seus responsáveis; e o trecho em que o
narrador o descreve participando de uma recepção.
VOLUME 1
.......................................................................................................................................................

25
3ª aula ↓
TEXTO I
Abriam-se as aulas a 15 de fevereiro.
De manhã, à hora regulamentar, compareci. O diretor, no escritório do estabelecimento, ocupava
uma cadeira rotativa junto à mesa de trabalho. Sobre a mesa, um grande livro abria-se em colunas
maciças de escrituração e linhas encarnadas.
.......................................................................................................................................................
Soldavam-se nele o educador e o empresário com uma perfeição rigorosa de acordo, dois lados da
mesma medalha: opostos, mas justapostos.
Quando meu pai entrou comigo, havia no semblante de Aristarco uma pontinha de aborrecimento.
Decepção talvez de estatística; o número dos estudantes novos não compensando o número dos
perdidos, as novas entradas não contrabalançando as despesas do fim do ano. Mas a sombra de
despeito apagou-se logo, como o resto de túnica que apenas tarda a sumir-se numa mutação à
vista; e foi com uma explosão de contentamento que o diretor nos acolheu.
Sua diplomacia dividia-se por escaninhos numerados, segundo a categoria de recepção que queria
dispensar. Ele tinha maneiras de todos os graus, segundo a condição social da pessoa. As simpa-
tias verdadeiras eram raras. No âmago de cada sorriso morava-lhe um segredo de frieza que se
percebia bem. E duramente se marcavam distinções políticas, distinções financeiras, distinções
baseadas na crônica escolar do discípulo, baseadas na razão discreta das notas do guarda-livros.
Às vezes, uma criança sentia a alfinetada no jeito da mão a beijar. Saía indagando consigo o motivo
daquilo, que não achava em suas contas escolares… O pai estava dois trimestres atrasado.
Por diversas causas a minha recepção devia ser das melhores. Efetivamente; Aristarco levantou-
-se ao nosso encontro e nos conduziu à sala especial das visitas.
(São Paulo: Ática, s.d. p. 18-9.)

âmago: a parte central de qualquer coisa ou

2º Ano
mais íntima de um ser.

TEXTO II
Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar o pulso ao homem. Não só as condecorações grita-
vam-lhe do peito como uma couraça de grilos: Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um anúncio. Os
gestos, calmos, soberanos, eram de um rei — o autocrata excelso dos silabários; a pausa hierática
do andar deixava sentir o esforço, a cada passo, que ele fazia para levar adiante, de empurrão, o
progresso do ensino público; o olhar fulgurante, sob a crispação áspera dos supercílios de mons-
tro japonês, penetrando de luz as almas circunstantes — era a educação da inteligência; o queixo,
Ensino Médio
severamente escanhoado, de orelha a orelha, lembrava a lisura das consciências limpas — era a
educação moral. A própria estatura, na imobilidade do gesto, na mudez do vulto, a simples estatura
dizia dele: aqui está um grande homem… não veem os côvados de Golias?!… Retorça-se sobre tudo
isso um par de bigodes, volutas maciças de fios alvos, torneadas a capricho, cobrindo os lábios
Ciências da Natureza
fecho de prata sobre o silêncio de ouro, que tão belamente impunha como o retraimento fecundo

e suas Tecnologias
do seu espírito —, teremos esboçado, moralmente, materialmente, o perfil do ilustre diretor.
(Idem, p. 9.)

VOLUME 1

26
aparato: ostentação em atos públicos ou
particulares; demonstração de força.
côvado: antiga medida de comprimento cor-
respondente a 66 cm.
crispação: contração.
escanhoado: barbeado.
excelso: alto, elevado.
fulgurante: reluzente.
hierático: relativo às coisas sagradas.
silabário: o conjunto dos sinais componente
de uma escrita silábica.
voluta: espiral.

1 - Aristarco, a um só tempo, reúne características de educador e de empresário. Identifique-as.

2 - No texto II, a descrição de Aristarco é objetiva ou subjetiva? Justifique.

3 - Como você deve saber, a caricatura é um tipo de desenho que acentua ou exagera certos traços
da pessoa retratada. Raul Pompeia, pelas descrições que faz das personagens, é considerado
um ótimo caricaturista. Identifique, no texto II, os traços caricaturais de Aristarco destacados
pelo narrador.

4 - “Desenhe”, na sua imaginação, o perfil físico e psicológico de Aristarco.

a) Que ideia de Aristarco você formou?


b) Levante hipóteses: Qual a possível intenção do narrador ao descrever Aristarco tão
grotescamente?
.......................................................................................................................................................
4ª e 5ª aula ↓
Leia os textos: o fragmento do romance “O Cortiço” e o fragmento do conto “Chigubo” para respon-

2º Ano
der às seguintes perguntas:

1 - Os dois textos se assemelham em alguns aspectos. Primeiramente, porque retratam uma situa-
ção coletiva parecida; em segundo lugar, porque Rita Baiana, sendo mulata, tem ancestrais
africanos.

a) Qual é a situação retratada nos dois textos?


b) Que característica de Rita pode ser observada também nas mulheres moçambicanas retra-
tadas no conto “Chigubo”? Ensino Médio
2 - Nos dois textos, na descrição das personagens e de seus movimentos, há muitas sugestões
sensoriais. Além disso, em “O Cortiço”, o narrador descreve a dança de Rita por meio de verbos

Ciências da Natureza
de ação (rebolar, bambolear, tremer, sapatear) e de substantivos e adjetivos que contêm ideia
de ação (sofreguidão, gozo, requebrado, ofegante).

e suas Tecnologias
a) Identifique, nos dois textos, sugestões visuais e auditivas.
b) Em “O Cortiço”, o emprego de palavras que sugerem o movimento do corpo de Rita Baiana
VOLUME 1 confere certa característica à personagem. Qual é essa característica?

27
c) Que palavra do conto “Chigubo” revela o mesmo tipo de efeito provocado pela dança das
mulheres africanas?

3 - Qual é a parte das mulheres que o narrador dos dois textos mais destaca? Por que, na sua opi-
nião, isso ocorre?

4 - Compare estes fragmentos dos dois textos:


“ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagarta viscosa, muriçoca doida, que esvoaçava
havia muito tempo em torno do corpo dele” (texto I)
“Vibrantes, as vozes pairam na copa dos eucaliptos de mãos entrelaçadas no som
do txa-txa das crianças e das mulheres de xicatauanas frementes como pombas
inquietas a querer voar.” (texto II)
Que característica naturalista se verifica na descrição das personagens?

5 - Do ponto de vista de alguns movimentos que lutam pela causa negra no Brasil, o que Jerônimo
sente por Rita Baiana, em “O Cortiço”, ultrapassa a mera relação homem/mulher. Sendo branco
e europeu e vivendo num país de escravos, Jerônimo veria em Rita apenas o sexo fácil e exótico,
a mulher-objeto.

a) Você concorda com esse ponto de vista?


b) E no conto “Chigubo”, esse tipo de relação pode ser percebido? Por quê?

6 - Identifique nos dois textos exemplos de como as personagens se fundem à paisagem local.

7 - Observe estes trechos do conto de Craveirinha:


“África dança e vive ao som do chigubo e as ancas são muitas histórias de luar e
sombras de cajueiro em flor.”
“Os negros dançam, mulheres mexem os quadris, os olhos dos homens estão cheios

2º Ano
de promessas. Promessas de coisas que ninguém pode falar, e para saber quando é
tempo, quando é dia de falar.”
À primeira leitura, palavras como machos, ancas e quadris nos levam a uma percepção sensual
da cena. Entretanto, considerando que o escritor José Craveirinha (1922-2002) participou ati-
vamente do processo de libertação de Moçambique e que na cena é a África que dança, esses
fragmentos podem adquirir outros sentidos. Indique outra leitura possível da frase “Promessas
de coisas que ninguém pode falar, e para saber quando é tempo, quando é dia de falar.”
Ensino Médio
REFERÊNCIAS

CEREJA, William e COCHAR, Thereza. Conecte: Literatura Brasileira – Parte 2. 2. ed. – São Paulo:
Ciências da Natureza
Saraiva, 2013. – (Coleção projeto conecte).

e suas Tecnologias
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
VOLUME 1

28
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
MOTTA, Andréa. Naturalismo. Conversa de Português, [s. l.], 02 nov. 2013. Disponível em: http://
conversadeportugues.com.br/2013/11/naturalismo/. Acesso em: 06 de jul. 2022.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

29
EIXO TEMÁTICO

Compreensão e produção de textos.


Linguagem e língua.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Classes de palavras: preposi- Inferir o significado de palavras e expressões usadas em um


ção, conjunção e interjeição. texto.
Reconhecer recursos lexicais e semânticos usados em um
texto e seus efeitos de sentido.
Usar, em um texto, recursos lexicais e semânticos adequa-
dos aos efeitos de sentido pretendidos.
Identificar, em um texto, inadequações lexicais, imprecisões
e contradições semânticas.
Explicar inadequações lexicais, imprecisões e contradições
semânticas de um texto.
Corrigir, em um texto, inadequações lexicais, imprecisões e
contradições semânticas.
Produzir novos efeitos de sentido em um texto por meio de
recursos lexicais e semânticos.
Reconhecer remissões feitas por vocábulos gramaticais em
um texto ou sequência textual.

PLANEJAMENTO

2º Ano
TEMA DE ESTUDO: Preposição, Conjunção e Interjeição
DURAÇÃO: 5 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: 
Como podemos unir os diversos elementos da língua para dar sentido a um texto? Quais ferramen-
tas podemos utilizar para expressar nossas ideias com organização? Para apresentar os diversos
Ensino Médio
conceitos em um texto de modo claro e compreensível, devemos fazer uso dos conectivos, partí-
culas da língua portuguesa que garantem que a mensagem seja transmitida de forma adequada e
receba maior alcance entre seus leitores. No entanto, os conectivos nem sempre são utilizados de
forma correta. Que tal aprendermos quais são estas partículas e como utilizá-las corretamente? 
Em primeiro lugar, vamos compreender como os conectivos são ferramentas importantes para
Ciências da Natureza
determinar a coesão e a coerência de um texto. A  coesão textual  é a estrutura responsável por

e suas Tecnologias
garantir a correta relação entre as palavras, orações, períodos e parágrafos de um texto. Já a coe-
rência textual cuida da organização lógica de um texto, ou seja, da sintonia entre as ideias presen-
tes nas diferentes partes da obra. Para que as ideias presentes em um texto estejam organizadas, a
VOLUME 1
sua estrutura também precisa estar. Por isso, os conectivos são a base da coesão textual e também
contribuem para sua coerência.

30
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula – Construindo o conceito de Preposição
Iniciar a aula lendo o texto a seguir, do qual foram suprimidas, propositalmente, algumas palavras.

10 MAMÍFEROS CURIOSOS
Mamíferos são animais ■ o corpo recoberto ■ pelos e pele ■ glândulas. As fêmeas têm glându-
las mamárias que segregam leite ■ alimentar os filhos. O mundo tem cerca ■ 4.600 espécies
■mamíferos. [...]
COELHO
O coelho mexe tanto o nariz porque tem o olfato muito sensível. É assim que ele fica sabendo se
existe algum perigo ■ perto. [...]
HIPOPÓTAMO
Esse mamífero é capaz ■ ficar um tempão submerso, porque seu nariz impede a entrada ■
água. A pele dele resseca e racha quando exposta ■ sol. Por isso, só sai ■ água à noite, ■ comer.
Quando sai ■ o dia, solta uma secreção avermelhada que protege a pele. [...]
LHAMA
Cada lhama macho possui um harém que se compõe ■ 20 ■ 30 fêmeas. Ele consegue ter filhotes
■ todas elas. [...]
(Disponível em: http://guiadoscuriosos.uol.com.br/curiosidades/bichos/mamiferos/10-mamiferos-curiosos/. Acesso em:
22/3/2020.)

Responder às questões propostas, no campo Atividades, para construir com os estudantes o con-
ceito abaixo:

Preposição é a palavra que liga uma palavra a outros termos (palavras, frases, expressões), de
forma que esses termos completam ou explicam o sentido da primeira palavra.

2º Ano
2ª aula – Aprofundando...
Na segunda aula é importante levar os estudantes a pensarem nos valores semânticos das pre-
posições. Ao ligar palavras, as preposições apresentam determinados valores semânticos, isto é,
fazem certas indicações de sentido. Levá-los a perceber que, dependendo do contexto no qual
elas são empregadas, pode uma mesma preposição ter sentidos diferentes em contextos diversos.
Observe:
Ele consegue ter filhotes com todas elas.
Ele consegue ter filhotes com facilidade. Ensino Médio
Ele consegue afugentar os predadores com galhos de árvores.

Diferentemente do sentido de copresença, companhia, da primeira frase, na segunda frase a pre-


posição com introduz o modo pelo qual ele consegue ter filhotes. Já na terceira frase, a mesma
Ciências da Natureza
preposição com identifica o instrumento utilizado para conseguir afugentar os predadores.

e suas Tecnologias
Realizar as questões propostas, no campo Atividades, para aprofundar mais os conhecimentos.

VOLUME 1
3ª aula – Construindo o conceito de Conjunção
Iniciar a aula lendo esta fábula, de Millôr Fernandes:

31
HIERARQUIA
Diz que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, porque tinha acabado
de brigar com a mulher e esta lhe dissera poucas e boas.
Eis que, subitamente, o leão defronta com um pequeno rato, o ratinho mais menor que ele já
tinha visto. Pisou-lhe a cauda e, enquanto o rato forçava inutilmente pra escapar, o leão gritava:
“Miserável criatura, estúpida, ínfima, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignificante
e nojento. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação do que
lhe disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!” E soltou-o.
O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou pro leão: “Será que V.
Excelência poderia escrever isso pra mim? Vou me encontrar com uma lesma que eu conheço e
quero repetir isso pra ela com as mesmas palavras!”
MORAL: Afinal ninguém é tão inferior assim.
SUBMORAL: Nem tão superior, por falar nisso.
torpe: nojento, repulsivo.
(Disponível em: http://www2.uol.com.br/millor/fabulas/070.htm. Acesso em: 20/5/2016.)

Responder às questões propostas, no campo Atividades, juntamente com os estudantes, a fim de


construir o seguinte conceito: As orações podem se relacionar umas com as outras por meio de
uma palavra que as liga. Essa palavra é chamada de conjunção. A presença de conjunções é um dos
fatores responsáveis pela textualidade: ao explicitar as relações entre as orações que conectam,
as conjunções contribuem para que um texto seja coerente e coeso, e não uma sequência de pala-
vras ou frases soltas, sem conexão explícita entre si.
As conjunções relacionam também termos semelhantes da mesma oração. Veja:
“não conheço na criação nada mais insignificante e nojento”
Assim, concluímos:

Conjunção é a palavra que relaciona duas orações ou dois termos de mesmo valor sintático.

2º Ano
4ª aula – Aprofundando...
Nesta segunda aula sobre Conjunções é importante levar os estudantes a pensarem nos valo-
res semânticos das mesmas. E para isso será necessário relembrar sobre as orações e suas
classificações.

As conjunções coordenativas ligam palavras ou orações de mesmo valor sintático.


As conjunções subordinativas inserem uma oração na outra, estabelecendo entre elas uma rela-Ensino Médio
ção de dependência sintática.

As questões propostas, no campo Atividades, irão trabalhar a ideia que as conjunções transmitem
contextualizadas.
Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
5ª aula – Construindo o conceito de Interjeição
Iniciar a aula lendo a tirinha abaixo, de Fernando Gonsales. Em seguida, responder às questões,
VOLUME 1
propostas no campo Atividades.

32
Fonte: CEREJA, William e VIANNA, Carolina Dias. Gramática: texto, reflexão e uso - Volume único. 6. ed. – São Paulo: Atual Editora, 2020

Interjeição é a palavra que expressa emoções, impressões, apelos, sensações, estados de espírito.

6ª aula – Aprofundando...
Nesta segunda aula sobre Interjeições é importante levar os estudantes a pensarem nos valores
semânticos que são sempre contextuais. Entre outros, elas podem expressar:

• Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!


• Agradecimento: Obrigado!, Grato!, Valeu!
• Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Viva!
• Alívio: Ufa!, Ah!
• Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!
• Apelo ou chamamento: Socorro!, Ei!, Ô!, Oi!, Alô!, Psiu!
• Aplauso: Muito bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!
• Aversão ou contrariedade: Droga!, Porcaria!, Credo!
• Desejo: Oxalá!, Tomara!, Quisera!, Queira Deus!
• Dor: Ai!, Ui!, Ah!
• Espanto, surpresa: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Nossa mãe!, Virgem!, Caramba!

2º Ano
• Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!
• Reprovação: Bah!, Ora!, Oras bolas!, Só faltava essa!
• Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!
• Silêncio: Silêncio!, Psiu!

Realizar as questões, propostas no campo Atividades, para aprofundar mais os conhecimentos.

RECURSOS:  Ensino Médio


Projetor multimídia e cópias impressas.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: 

Ciências da Natureza
O processo de avaliação pode ser qualitativo observando o desenvolvimento e aprendizagem dos
estudantes, verificando se eles conseguem identificar, em um texto, as preposições, conjunções e

e suas Tecnologias
interjeições, bem como empregá-las corretamente em suas produções escritas.

VOLUME 1

33
ATIVIDADES
1ª aula ↓

1 - Complete o texto com os conectivos do quadro a seguir, considerando o sentido que as pala-
vras ligadas por eles estabelecem entre si.

a de com da para ao durante por

10 MAMÍFEROS CURIOSOS
Mamíferos são animais ■ o corpo recoberto ■ pelos e pele ■ glândulas. As fêmeas têm glândulas
mamárias que segregam leite ■ alimentar os filhos. O mundo tem cerca ■ 4.600 espécies ■
mamíferos. [...]
COELHO
O coelho mexe tanto o nariz porque tem o olfato muito sensível. É assim que ele fica sabendo se
existe algum perigo ■ perto. [...]
HIPOPÓTAMO
Esse mamífero é capaz ■ ficar um tempão submerso, porque seu nariz impede a entrada ■
água. A pele dele resseca e racha quando exposta ■ sol. Por isso, só sai ■ água à noite, ■ comer.
Quando sai ■ o dia, solta uma secreção avermelhada que protege a pele. [...]
LHAMA
Cada lhama macho possui um harém que se compõe ■ 20 ■ 30 fêmeas. Ele consegue ter filhotes
■ todas elas. [...]
(Disponível em: http://guiadoscuriosos.uol.com.br/curiosidades/bichos/mamiferos/10-mamiferos-curiosos/. Acesso em:
22/3/2020.)

2º Ano
2 - Compare suas respostas com as respostas de seus colegas nos seguintes trechos:
I. O corpo recoberto ■ pelos.
II. O mundo tem cerca ■ 4.600 espécies.
III. Só sai ■ água.

c) Houve alguma divergência? Se sim, em que casos?


d) Em qual dos trechos pode ser utilizada mais de uma das palavras do quadro sem alteração
substancial no sentido do texto? E quais são essas palavras?
e) Um desses trechos, se lido isoladamente, poderia admitir mais de uma palavra, entre as Ensino Médio
do quadro, como complemento. Qual é ele? Indique quais seriam as palavras que poderiam
completá-lo, bem como o sentido que cada uma acrescentaria a ele.
f) Em qual dos trechos apenas uma das palavras do quadro pode completar o texto, tendo em
vista seu sentido?

Ciências da Natureza
.......................................................................................................................................................

e suas Tecnologias
VOLUME 1

34
2ª aula ↓

1 - As preposições destacadas nas frases a seguir transmitem a noção de tempo ou de lugar.


Indique o valor semântico delas em cada situação.

a) A cinco dias da prova, estudava muito.


b) Viajaremos a Natal amanhã. Até a volta!
c) Após tantos exames, foi aprovado no concurso.
d) Faço este caminho para vir à escola desde o ano passado.
e) Saiu de sua casa pela manhã e foi até a padaria comprar pão.
f) De tempos em tempos, encontramos velhos amigos.
g) Eles moravam sob o viaduto.
h) O avião caiu sobre várias casas.

Leia a tira a seguir e responda às questões 2 a 4.

FACEBOOK-ARMANDINHO. Charges: “Mãe, estou com bicho de pé!”. Guiame, [s. l.] , 11 set. 2014.

2 - O humor da tira é construído com base na exploração da ambiguidade de uma preposição uti-
lizada no primeiro quadrinho. Que preposição é essa e em qual expressão ela aparece na tira?

3 - Observe a fala da mãe de Armandinho no primeiro e no segundo quadrinhos.

2º Ano
a) Que sentimentos essas falas revelam?
b) Que sentido a mãe atribuiu à preposição e à expressão da qual a preposição faz parte?
Justifique sua resposta com trechos da fala dela.

4 - Relacione as partes verbal e não verbal do terceiro quadrinho.

a) Que traços da personalidade de Armandinho são revelados pela expressão facial dele?
b) Identifique o elemento não verbal responsável por instaurar a ambiguidade que gera o humor
da tira, justificando sua resposta.
Ensino Médio
c) Identifique a contração presente nesse quadrinho, explicando seu processo de formação e
o sentido que ela confere à expressão.

Ciências da Natureza
5 - Complete as frases com preposições e locuções prepositivas ou com contrações e combina-

e suas Tecnologias
ções, de acordo com o sentido indicado entre parênteses:

a) Ele foi ■ o outro lado da cidade. (destino)


VOLUME 1
b) Ela comprou uma calça nova ■ a festa. (finalidade)

35
c) Vou ■ você ■ cinema ■ assistir ao filme. (companhia, destino, finalidade)
d) Veio ■ escola ■ pé. (origem, meio)
e) A casa dela fica ■ duas quadras da minha. (distância)
f) Não quero ficar aqui apenas ■ você. (causa)
g) Vamos juntos ■ casa de meus avós. (lugar)
h) Ele falou ■ gritos. (modo)
.......................................................................................................................................................
3ª aula ↓

1 - A fábula de Millôr retrata um encontro entre um leão e um ratinho.

a) Que tipo de sentimento o leão demonstra ter pelo ratinho? Por quê?
b) Por que o leão foi tão agressivo com o ratinho?

2 - No trecho “o leão defronta com um pequeno rato, o ratinho mais menor que ele já tinha visto”, há
o emprego de uma construção que foge à norma-padrão.

a) Qual é ela? Que construção a norma-padrão recomenda? Por quê?


b) O que pode justificar o emprego dessa construção no contexto?

3 - Observe a moral e a submoral do texto. Qual delas é adequada ao leão? E ao rato? Justifique sua
resposta.

4 - Leia estes dois grupos de orações:


I. Um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais, tinha acabado de
brigar com a mulher, esta lhe dissera poucas e boas.
II. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a humilhação.

a) Do modo como estão escritas, as orações de cada grupo estão relacionadas entre si por

2º Ano
alguma palavra?
b) Volte ao texto e identifique as palavras que ligam entre si as orações de cada grupo.

5 - No texto, qual palavra ou expressão que liga uma oração à outra:

a) indica a finalidade de uma ação?


b) limita-se a adicionar uma informação à oração anterior?
c) introduz a causa ou a explicação relativa ao que se afirmou antes?
Ensino Médio
.......................................................................................................................................................

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

36
4ª aula ↓
Leia a seguir um trecho de uma crônica de Antonio Prata e responda às questões 1 a 6.

FUTURO DO PRETÉRITO
Não sei como é pra vocês, mas eu acho complicado ser brasileiro. Sinto-me como alguém que
casou com uma pessoa cheia de defeitos na expectativa de mudá-la. Por isso a frase “o Brasil é
o país do futuro” (livre adaptação que fizemos do título de um livro de Stefan Zweig, “Brasil, um
País do Futuro”) vem bem a calhar. O que eu amo não é tanto o país em que vivo, é uma projeção
do que o país poderia ser se... E se e se e se e se e se e se e se e se e bota “se” aí. [...]
Impossível nos divorciarmos, contudo: mesmo que eu fosse pras ilhas Fiji eu continuaria a ser
brasileiro. Foi aqui que nasci, é em português que eu falo, penso, sonho e crio os meus filhos,
então só me resta agarrar-me a esta projeção e amar esta ideia vaga do que nós um dia pode-
ríamos ser. [...]
Meu amigo Gustavo me mostrou outro dia o anúncio de um apartamento à venda com a seguinte
frase: “Grande potencial para reforma!”. Maneira não muito sutil que a imobiliária arrumou para
informar que o imóvel estava caindo aos pedaços. “O Brasil é o país do futuro” não deixa de ter
o mesmo significado: se é no futuro que nos realizaremos é porque no presente, bem, tá cheio
de taco solto, fiação podre, infiltrações e trincas. No entanto, postergando as reformas, aqui
vivemos. [...]
(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2019/03/futuro-do-preterito.shtml. Acesso em:
28/10/2019.)

1 - O título do texto é “Futuro do pretérito”.

a) Identifique, no trecho, as formas verbais que estão conjugadas no futuro do pretérito.


b) Troque ideias com os colegas e o professor: Qual é, em geral, o sentido produzido por esse
tempo verbal? No texto, esse sentido se confirma? Por quê?

2 - Observe as relações semânticas entre as frases e orações que compõem o 1º parágrafo.

2º Ano
a) Que relação é estabelecida entre as duas orações da 1ª frase? Explique a função da conjun-
ção “mas” nesse contexto.
b) Troque ideias com os colegas e o professor: Entre as opções a seguir, qual melhor define a
relação semântica que pode ser estabelecida entre a 2ª frase e a 1ª do 1º parágrafo, no con-
texto da crônica em estudo? Justifique sua escolha.
• oposição • adição • explicação • alternância

c) Tendo em vista sua resposta ao item b, conclua: Quais conjunções poderiam ser emprega-
das entre essas duas frases, sem alterar, substancialmente, o sentido do texto?
Ensino Médio
d) Identifique a relação semântica estabelecida pela 3ª frase do parágrafo com a frase ante-
rior, indicando o termo do texto que explicita essa relação.

Ciências da Natureza
3 - Releia o final do 1º parágrafo:

e suas Tecnologias “O que eu amo não é tanto o país em que vivo, é uma projeção do que o país poderia
ser se... E se e se e se e se e se e se e se e se e bota ‘se’ aí. [...]”

VOLUME 1

37
a) As orações separadas por vírgula que compõem a 1ª frase desse trecho não são conecta-
das por conjunção. Tendo em vista os sentidos do texto, indique qual é a relação semântica
entre elas e proponha uma reescrita para essa frase, utilizando, imediatamente após a vír-
gula, uma conjunção que explicite tal relação.
b) A 2ª frase do trecho é composta de uma sequência das conjunções e e se. Qual é o sentido
que essas conjunções costumam ter?
c) Explique o sentido que essa longa sequência constrói no texto em estudo.
d) Troque ideias com os colegas e o professor e, considerando o sentido do texto, sugira, oral-
mente, continuações para alguns dos “se” do trecho.

4 - O 2º parágrafo contém conjunções que explicitam relações de coordenação entre algumas de


suas orações. Identifique essas conjunções, bem como seu valor semântico.

5 - Explique as relações de sentido estabelecidas pela conjunção porque e pela locução conjuntiva
no entanto, no final do trecho.

6 - Em seu texto, Antônio Prata lança mão de alguns recursos para se aproximar do leitor. Encontre,
no texto em estudo, trechos que exemplificam as estratégias descritas a seguir.

a) Dirige-se diretamente a seu interlocutor, tratando-o informalmente.


b) Faz uso de expressões do dia a dia.
c) Emprega formas reduzidas, divergindo da escrita padrão para se aproximar da fala cotidiana.
.......................................................................................................................................................
5ª aula ↓

1 - A tira mostra uma conversa entre uma barata e uma aranha.

a) Levante hipóteses: Por que uma aranha, supostamente, seria convidada para jogar no gol de
um time de futebol?
b) Qual seria, para a aranha, o real motivo de ter sido convidada para o jogo?

2º Ano
2 - No 2º quadrinho, temos as palavras Oba! e Bah!. Essas palavras expressam o estado de espírito
da barata e da aranha na situação de comunicação.

a) O que a palavra Oba expressa: dúvida, espanto ou alegria?


b) E o que a palavra Bah expressa: surpresa, raiva ou dor?
c) Que palavras ou expressões poderiam substituir, respectivamente, Oba! e Bah!, na tira, sem
alteração de sentido?
• Que bom! e Droga! • Sucesso! e Obrigada!
Ensino Médio
• Desculpe! e Que pena!
.......................................................................................................................................................

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

38
6ª aula ↓

O cartaz ao lado fez parte de uma campanha desenvolvida pela


Secretaria da Saúde do Estado do Rio de Janeiro contra o vírus
da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Leia-o e res-
ponda às questões 1 a 3.

1 - O cartaz é constituído por uma imagem e um enunciado


verbal. Troque ideias com os colegas:

a) A quem o cartaz se dirige? Qual é a sua finalidade?


b) O que a imagem mostra? Fonte: Os Stones e o Zika Vírus.
c) Que relação há entre a imagem e o enunciado verbal? Organics News Brasil, [s. l.], 24 fev.
2016.

2 - O enunciado verbal apresenta uma interjeição. As interjei-


ções podem expressar diferentes emoções ou estados de
espírito, como espanto, surpresa, alegria, tristeza, repulsa,
saudade, etc.

a) Identifique a interjeição empregada no texto.


b) Reconheça o valor semântico dessa interjeição, ou seja, o
sentido que ela tem no contexto.
c) Que palavra ou expressão de sentido equivalente poderia
substituir essa interjeição?

3 - A linguagem publicitária prima pela síntese, procedimento que utiliza a fim de estabelecer com
os interlocutores uma comunicação direta e instantânea. Na sua opinião, o cartaz em análise,
ao fazer uso da síntese, atinge seus objetivos? Justifique sua resposta.

4 - Veja as imagens a seguir.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

39
a) As imagens representam marcas e logotipos de empresas de diferentes segmentos, todas
com o mesmo nome: Uau. Com o auxílio de um dicionário, dê a classificação morfológica
dessa palavra, bem como seu sentido.
b) Troque ideias com seus colegas e o professor e conclua: Que sentido é construído pela pala-
vra “uau” no nome de uma empresa, marca ou produto?
c) Um dos nomes encontrados nas imagens faz uma brincadeira com o som da palavra “uau”.
Identifique qual é ele e explique como se dá essa brincadeira.

5 - Por estarem diretamente relacionadas à expressão dos sentimentos, algumas interjeições


também dizem muito sobre a identidade das pessoas que as utilizam. Há no Brasil, por exemplo,
interjeições típicas das diferentes regiões do país. Observe:

Ô louco! Afe! Éguas! Nu! Vixe! Uai! Bah! Quá! Oxe! Eita!

a) Você costuma utilizar alguma dessas palavras no seu dia a dia? Se sim, qual?
b) Faça uma pesquisa e descubra as cidades, os Estados e as regiões do Brasil que são tradi-
cionalmente conhecidos pelo uso dessas interjeições.
c) É comum que uma mesma interjeição possa assumir mais de um sentido quando empregada
em contextos diferentes. Imagine diferentes situações nas quais uma ou mais interjeições
do quadro acima possam expressar esses sentimentos:

• lamento • alegria • surpresa • desprezo

REFERÊNCIAS

CEREJA, William e VIANNA, Carolina Dias. Gramática: texto, reflexão e uso - Volume único. 6. ed. –
São Paulo: Atual Editora, 2020.
FACEBOOK-ARMANDINHO. Charges: “Mãe, estou com bicho de pé!”. Guiame, [s. l.] , 11 set. 2014.
Disponível em: https://guiame.com.br/nova-geracao/charges/charges-mae-estou-com-bicho-

2º Ano
-de-pe.html. Acesso em: 05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em:
05 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Ensino Médio
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
05 jun. 2022.
OS STONES e o Zika Vírus. Organics News Brasil, [s. l.], 24 fev. 2016. Disponível em: https://organi-
csnewsbrasil.com.br/os-stones-e-o-zika-virus/. Acesso em: 15 jun. 2022.

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

40
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
2o ano – 4 o Bimestre Ensino Médio 2022
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
Língua Inglesa Linguagens e suas Tecnologias

TÓPICO
COMPETÊNCIA

RecepçãoDE
OBJETO(S) e produção de textos orais e escritos
CONHECIMENTO de gêneros textuais variados em língua estrangeira.
HABILIDADE(S)
OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Compreensão escrita (leitura). Reconhecer as características básicas da injunção.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Revisando as características do texto injuntivo


DURAÇÃO: 2 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Objetivos da aula: Reconhecer as características de um texto injuntivo.
Inicie a aula perguntando para os estudantes o que é um texto injuntivo? Quando o utilizamos?

2º Ano
B) DESENVOLVIMENTO:
1º Momento: Mostre algumas imagens de textos injuntivos, trabalhe a língua inglesa com os estudantes,
destacando as palavras principais, os cognatos e sinalizando as palavras desconhecidas.

2º Momento: Destaque para os estudantes os verbos que sinalizam a presença das características de
um texto injuntivo, não se esquecendo de mencionar onde podemos encontrar esses diferentes textos
injuntivos e suas características.
Ensino Médio
3º Momento: Trabalhe a música Hey Jude – The Beatles, pedindo-os para destacarem no caderno os
verbos no injuntivo.

Ciências da Natureza
Observação: Fazer as atividades propostas paralelo a cada momento da aula.

e suas Tecnologias
RECURSOS:
Projetor multimídias e ou reprodução dos textos, quadro branco.
VOLUME 1

41
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação será entendida como um processo contínuo, portanto, ela poderá se iniciar nos primeiros
momentos das aulas, levando-se em consideração a participação e o envolvimento dos estudantes.
Eles poderão ser avaliados com as atividades propostas em cada etapa do trabalho.
Peça para confeccionarem cartazes a respeito de um determinado assunto, produzindo o texto com
as características do injuntivo.

ATIVIDADES

1 - Veja as imagens abaixo, relacionando-as às suas funções:

(A)
( ) Self help manual.
( ) Kitchen recipes.
( ) Medical Prescription.

Fonte: COOKING instructions manual. 123rf. [s. l.], 2022.

(B)

(C)
2º Ano
Fonte: FIGURE - available from. researchgate. [s. l.], 2022.

Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1
Fonte: BEST Practices for Retail Food Stores, Restaurants, and Food Pick-Up/Delivery Services
During the COVID-19 Pandemic. FDA. [s. l.], 2022.

42
(D)

Fonte: HUGE Domains. Pinterest. [s. l.], 2022.

2 - What is the purpose of the texts above?

3 - What are the characteristics of the texts above?

4 - Leia a letra da música: Hey Jude – The Beatles.

Hey Jude, don't make it bad Hey Jude, don't let me down
Take a sad song and make it better You have found her, now go and get her (let it out
Remember to let her into your heart and let it in)
Then you can start to make it better Remember to let her into your heart (hey Jude)
Hey Jude, don't be afraid Then you can start to make it better
You were made to go out and get her So let it out and let it in
The minute you let her under your skin Hey Jude, begin
Then you begin to make it better You're waiting for someone to perform with
And any time you feel the pain And don't you know that it's just you

2º Ano
Hey Jude, refrain Hey Jude, you'll do
Don't carry the world upon your shoulders The movement you need is on your shoulder
For well, you know that it's a fool Na-na-na-na, na
Who plays it cool Na-na-na, na, yeah
By making his world a little colder Hey Jude, don't make it bad
Na-na-na-na, na Take a sad song and make it better
Na-na-na, na Remember to let her under your skin
Then you'll begin to make it better
Ensino Médio
Better, better, better, better (ah, make it, Jude)
Better, ah
Fonte: THE Beatles. Hey Jude. Vagalume. [s. l.], 2022.

Escreva os verbos no injuntivo.


Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

43
REFERÊNCIAS
BEST Practices for Retail Food Stores, Restaurants, and Food Pick-Up/Delivery Services During
the COVID-19 Pandemic. FDA. [s. l.], 2022. [s. l.], 2022. Disponível em: https://www.fda.gov/food/
food-safety-during-emergencies/best-practices-retail-food-stores-restaurants-and-food-pick-
-updelivery-services-during-covid-19. Acesso em: 10 jul. 2022.
COOKING instructions manual. 123rf. [s. l.], 2022. Disponível em: https://br.123rf.com/
photo_124886304_cooking-instructions-manual-for-cooking-porridge-in-package-convenient-
-horizontal-cooking-of-porridg.html. Acesso em: 10 jul. 2022.
FIGURE - available from. Researchgate. [s. l.], 2022. Disponível em: https://www.research-
gate.net/figure/A-sample-prescription-containing-handwritten-texts-over-the-printed-lines_
fig1_345830022. Acesso em: 10 jul. 2022.
HUGE Domains. Pinterest. [s. l.], 2022. Disponível em: https://br.pinterest.com/
pin/39758409196708977/. Acesso em: 10 jul. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.
THE Beatles. Hey Jude. Vagalume. [s. l.], 2022. Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/
the-beatles/hey-jude-traducao.html>. Acesso em: 21 jun. 2022.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

44
COMPETÊNCIA

Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua


estrangeira.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Compreensão escrita (leitura). Inferir o significado de palavras e expressões desconheci-


das com base na temática do texto, no uso do contexto e no
conhecimento adquirido de regras gramaticais e de aspec-
tos lexicais.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Reading Strategies


DURAÇÃO: 2 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Objetivos da aula: Trabalhar as estratégias de leitura como facilitador na compreensão do texto.
Escreva o tema da aula no quadro: Electronic cigarettes. Inicie questionando para os estudantes o
que entenderam do tema da aula, já trabalhando com eles a palavra cognata: electronic e o sentido
de cigarettes em inglês.
Em seguida, mostre para eles a reportagem: Um em cada cinco jovens fuma cigarro eletrônico
→ Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FAA4fWV3trQ.

B) DESENVOLVIMENTO:

2º Ano
1º Momento: Apresente o tema da aula para os estudantes.

2º Momento: Deixe-os entender o tema da aula e pergunte-os: O que os auxiliou a entender o título
da aula?

3º Momento: Mostre o vídeo: Um em cada cinco jovens fuma cigarro eletrônico, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=FAA4fWV3trQ, logo após discute com eles os pontos aborda-
dos na reportagem.
Ensino Médio
4º Momento: Leia o título do texto: Use of E-Cigarettes by Young People Is Major Concern, Surgeon
General Declares, chame atenção para o título do texto. Indague-os: que palavras você consegue
identificar facilmente no título do texto? – (Use / cigarettes / general / declares ) Quais as palavras

Ciências da Natureza
você consegue identificar? (Young people), em seguida, trabalhe as palavras desconhecidas para
que possam entender integralmente o título.

e suas Tecnologias
5º Momento: Peça-os para fazer uma previsão do que será abordado no texto e anote algumas
VOLUME 1
ideias que porventura, os estudantes forem sinalizando.

45
6º Momento: Não se esqueça de indaga-los a respeito do gênero textual e a tipologia textual, a
fonte do texto para favorecer o estabelecimento de hipóteses sobre o que será lido.

7º Momento: Inicie a leitura por parágrafo. Marque as palavras cognatas e vá ensinando-os a se


apoiarem em palavras transparentes para fazer previsões sobre o texto e compreendê-lo. Anote as
palavras desconhecidas, tentando contextualizá-las, relembrando os pronomes, a estrutura verbal
( verbo to be / os verbos marcados com s). Trabalhe a formação de palavras como? commonly, como
facilitadores no processo da leitura. Mostre para eles que e-cigarettes se refere aos cigarros ele-
trônicos: electronic cigarettes. Trabalhe os sinônimos: (Young / adolescent / youth ).

8º Momento: Inicie a leitura do segundo parágrafo, usando as mesmas técnicas mencionadas


acima.

RECURSOS:
Projetor multimídia, cópias dos textos a serem trabalhados, quadro branco.
Fazer as atividades propostas paralelo a cada momento da aula.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliar é um processo contínuo, levando-se em consideração todo o processo de aprendizagem,
portanto, os estudantes poderão ser avaliados:
Na participação no processo da construção da aula.
Com as atividades propostas no caderno.

ATIVIDADES

1 - Leia o texto:

2º Ano
The New York Time
Use of E-Cigarettes by Young People Is Major Concern, Surgeon General Declares
By Matt Richtel
Dec. 8, 2016
Soaring use of e-cigarettes among young people “is now a major public health concern,”
according to a report published Thursday from the United States Surgeon General. It is the first
comprehensive look on the subject from the nation’s highest public-health authority, and it finds
Ensino Médio
that e-cigarettes are now the most commonly used tobacco product among youths, surpassing
tobacco cigarettes.
E-cigarettes, which turn nicotine into inhalable vapor, can harm developing brains of teenagers
who use them, and also can create harmful aerosol for people around the user, the report said,

Ciências da Natureza
citing studies in animals.
“Adolescent brains are particularly sensitive to nicotine’s effects,” and can experience “a
e suas Tecnologias
constellation of nicotine-induced neural and behavioral alterations,” the report said. It urged
stronger action to prevent young people from getting access to e-cigarettes.
VOLUME 1

46
Some researchers have said that e-cigarette use among youth could act as a gateway to
traditional smoking, but the report says the relationship is not yet fully established. Cigarette
smoking among youth has fallen sharply in recent years but use of nicotine products over all
remains essentially flat among young people.
With its focus on youth, the report did not address adult use of e-cigarettes, and the most divisive
issue of whether the technology is an effective tool to help smokers of traditional cigarettes
quit their deadly habit. The report also did not break new scientific ground, but public health
advocates said the voice of the surgeon general in the debate marked a milestone.
Fonte: RICHTEL, Matt. Use of E-Cigarettes by Young People Is Major Concern, Surgeon General Declares. Nytimes [s. l.], 8 dec. 2016.

Para ler um texto em inglês e obter a compreensão, existem algumas estratégias que você poderá
utilizar que o auxiliaram nessa compreensão.
Para isto, faça a atividade abaixo:

a) Escreva em português o título do texto:


b) Que palavras você conseguiu identificar no título do texto?
c) Com base no título, o que você acha que será informado no texto?

2 - Qual o gênero do texto?

a) propaganda.
b) carta ao leitor.
c) artigo de revista.
d) artigo de um jornal.
e) campanha publicitária contra o fumo.

3 - Qual o tipo de texto apresentando?

a) narrativo.
b) descritivo.

2º Ano
c) dissertativo.
d) expositivo.
e) injuntivo.

4 - Retome as palavras cognatas e as palavras já conhecidas do primeiro parágrafo:


of e-cigarettes among young people
published Thursday from the United States
-cigarettes are now the most commonly used tobacco product among youth Ensino Médio
Responda: qual é a ideia desse primeiro parágrafo.

5 - Retome as palavras cognatas e as palavras já conhecidas no segundo parágrafo:


Ciências da Natureza
E-cigarettes / nicotine into / vapor / can / brains of teenagers who use them / can create aerosol

e suas Tecnologias
for people around the user / “Adolescent brains are particularly sensitive to nicotine’s effects,”/
a constellation of nicotine-induced neural alterations

VOLUME 1
Responda: qual é a ideia do segundo parágrafo?

47
6 - Retome as palavras cognatas e as palavras já conhecidas no terceiro parágrafo:
e-cigarette use among could act as a traditional smoking / use of nicotine products / young
people

Responda: qual a ideia do terceiro parágrafo?

REFERÊNCIAS

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:


Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.
RICHTEL, Matt. Use of E-Cigarettes by Young People Is Major Concern, Surgeon General Declares.
Nytimes. [s. l.], 8 dec. 2016. Disponível em: https://www.nytimes.com/2016/12/08/health/e-ciga-
rettes-united-states.html. Acesso em: 10 jul. 2022.
UM em cada cinco jovens fuma cigarro eletrônico, segundo pesquisa da UFPel | CNN SÁBADO. [s. l.:
s. n.], 28 mai. 2022. 1 vídeo (2 min). Publicado pelo canal CNN Brasil. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=FAA4fWV3trQ. Acesso em: 10 jul. 2022.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

48
COMPETÊNCIA

Recepção e produção de textos orais e escritos de gêneros textuais variados em língua


estrangeira.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Conhecimento léxico-sistêmico. Fazer uso adequado dos modais no processo de recepção/


produção do texto oral e escrito de vários gêneros textuais.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Learning modal verbs


DURAÇÃO: 2 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Objetivos da aula: Relembrar os verbos modais.
Produzir sentenças usando os verbos modais.
Inicie a aula dizendo para os estudantes que o objetivo da aula é identificar os verbos modais e seus
diferentes usos. Esses verbos são: can, could, may, might, will, would, shall, should e must.

B) DESENVOLVIMENTO:
1º Momento: conversar com os estudantes sobre o objetivo da aula e apresentar os diferentes
verbos modais.
2º Momento: Explique para os estudantes o que são os verbos modais.

2º Ano
3º Momento: Relembre as regras dos verbos modais para os estudantes.

MODAL AUXILIARY VERBS

Rules Examples Mistakes

Modal verbs no “s” in the third She can work with plants and She cans…..
peson singular. animals

Modal verbs don't use other She can’t work with plants Ensino Médio
She doesn’t can …….
auxiliary verbs to make ques- and animals
tions or negatives.

After modal verbs we use She can work with plants and She can to work……
Ciências da Natureza
infinitive without “to” of other
verbs.
animals

e suas Tecnologias
Modal verbs have no infiniti- I would like to be able to work I would like to can work with…
VOLUME 1
ves or participles. with plants and animals

49
4º Momento: Elabore algumas frases e escreva-as no quadro, pedindo para que os estudantes as
reescrevam de forma correta.

5º Momento: Trabalhe com os gêneros textuais para identificar os diferentes usos dos Modal Verbs.

RECURSOS:
Quadro,projetor multimídias ou cópias dos textos.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
No modelo antigo, a avaliação era realizada como um processo de verificação daquilo que os estu-
dantes haviam memorizado e ou decorado. Nos dias atuais, entendemos que avaliar é um processo
que ocorre de forma contínua e progressiva. Portanto, avalie os estudantes da seguinte forma:
Com as atividades propostas.
Com a participação dos estudantes no processo ensino/aprendizagem.
Peça-lhes para produzirem frases fazendo uso correto dos modal verbs.

ATIVIDADES

1 - Veja a tirinha abaixo

a) Você é capaz de identificar o verbo modal na


tirinha?
b) O que você sabe sobre ele?

Fonte: VIEIRA, Lu. Aprendendo com Comic Strips!

a)
b)
c)
Gofigure. [s. l.], 2022.

She can to love.


I could playing when was a child.
He doesn’t may like this.
2º Ano
2 - Reescreva as frases abaixo utilizando os modal verbs de forma correta.

Ensino Médio
d) He can ride a horse.
e) It might rain tomorrow.

Ciências da Natureza
f) She should to come tomorrow.

e suas Tecnologias
VOLUME 1

50
3 - Leia os textos abaixo:
(A)

Fonte: COMPREENSÃO e interpretação de texto (tirinhas) em inglês - 8º e 9º anos. Tudo Sala de Aula.
[s. l.], 30 nov. 2018.

(B)

2º Ano
Fonte: DEPOSITO de Tirinhas. Pinterest. [s. l.], 2022.

(C)

Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1 Fonte: FOTOS do Snoopy. Pinterest. [s. l.], 2022.

51
(D)

Fonte: READ the following comic strip and look at the use of the modal verb Should. Brainly. [s. l.], 2022.

(E)

Fonte: EXERCÍCIOS. Brainly. [s. l.], 2022.

(F)

2º Ano
Fonte: Wasserman, Dan. Editorial cartoon: ‘I can’t breathe’. Boston Globe. [s. l.], 3 dez. 2014.

(G)

Ensino Médio
Fonte: FERNANDES, Rosiane. Avaliação de inglês: leitura e interpretação – 6º ano. Acessaber. [s. l.], 2022.

Agora, retome cada texto, identificando os diferentes usos dos verbos modais. Leia no quadro

Ciências da Natureza
(USES), as diferentes funções e preencha o MODAL VERB adequado: CAN, COULD, MAY, MIGHT,
WOULD, SHOULD, MUST.
e suas Tecnologias
VOLUME 1

52
MODAL
USES TEXT
VERB

Hability / Possibility / Request / Prohibiton

Ability in the past


Possibility
Polite request

Permission
Possibility

Possibility

Conditional
Polite request

Obligation
Necessity
Prohibition

REFERÊNCIAS

COMPREENSÃO e interpretação de texto (tirinhas) em inglês - 8º e 9º anos. Tudo Sala de Aula. [s.
l.], 30 nov. 2018. Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2018/11/compreensao-e-inter-
pretacao-de-texto.html. Acesso em: 12 jul. 2022.
DEPOSITO de Tirinhas. Pinterest. [s. l.], 2022. Disponível em: https://br.pinterest.com/
pin/33354853478533227/. Acesso em: 12 jul. 2022.
EXERCÍCIOS. Brainly. [s. l.], 2022. Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/30376833. Acesso

2º Ano
em: jul. 2022.
FERNANDES, Rosiane. Avaliação de inglês: leitura e interpretação – 6º ano. Acessaber. [s. l.], 2022.
Disponível em: https://acessaber.com.br/avaliacoes/avaliacao-de-ingles-leitura-e-interpretacao-
-6o-ano/. Acesso em: 12 jul. 2022.
FOTOS do Snoopy. Pinterest. [s. l.], 2022. Disponível em: https://br.pinterest.com/
pin/828592031415079409/. Acesso em: 12 jul. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Ciências da Natureza
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível

e suas Tecnologias
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.

VOLUME 1

53
READ the following comic strip and look at the use of the modal verb Should. Brainly. [s. l.], 2022.
Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/30562181. Acesso em: 12 jul. 2022.
VIEIRA, Lu. Aprendendo com Comic Strips! Gofigure. [s. l.], 2022. Disponível em: https://www.
gofigure.com.br/single-post/2015/11/27/aprendendo-com-comic-strips. Acesso em: 12 jul. 2022.
WASSERMAN, Dan. Editorial cartoon: ‘I can’t breathe’. Boston Globe. [s. l.], 3 dez. 2014. Disponível em:
https://www.bostonglobe.com/opinion/2014/12/03/editorial-cartoon-can-breathe/IlRJIV4981Ib
QDMVcsU9OI/story.html. Acesso em: 12 jul. 2022.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

54
COMPETÊNCIA

Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua


Estrangeira.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Conhecimento léxico-sistêmico. Identificar e/ou fazer uso adequado dos marcadores do


discurso (palavra de ligação) e das relações semânticas
que ajudam a estabelecer nos vários gêneros textuais e
escritos.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Linking words


DURAÇÃO: 2 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Objetivos da aula: Revisar a importância das conjunções no processo da escrita e leitura de textos.
Apresente uma imagem contendo algumas linking words, ou escreva algumas no quadro e pergunte
para os estudantes o significado de cada uma.

B) DESENVOLVIMENTO:
1º Momento: Apresente a imagem de algumas linking words para os estudantes. Pergunte: What do
you see in the image? Do you know the meaning of some?

2º Ano
2º Momento: Escreva algumas frases no quadro e peça para os estudantes identificarem o tipo de
conjunção a qual a frase se refere.

3º Momento: Trabalhe o texto “Acts of kindness Benefit Everyone”, pergunte: what is kindness? Do
you think it’s important to be kind? in what ways can you be kind to others? Dessa forma, você estará
preparando o estudante para receber o texto, trabalhe o texto em partes procurando envolver os
estudantes a todo momento com perguntas e reflexões.

Ensino Médio
4º Momento: Peça para os estudantes para identificar algumas conjunções no texto e identificá-
-las de acordo com a classificação gramatical.

Observação: Fazer os exercícios propostos paralelo com as atividades trabalhadas.

Ciências da Natureza
RECURSOS:

e suas Tecnologias
Projetor multimídia, cópias do texto, quadro branco.

VOLUME 1

55
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Os estudantes poderão ser avaliados com as atividades propostas no final do trabalho. Divida os
estudantes em dois lados: A e B, distribua diferentes frases, lado A com parte da frase e o lado B
com o complemento usando as conjunções corretas e peça-os para que juntem as frases usando
as conjunções corretamente.

ATIVIDADES

1 - Veja a tabela abaixo. Você reconhece algumas dessas conjunções, escreva o significado delas
no quadro ao lado.

Since For

Yet But

And Until

Decause However

2 - Veja as indicações abaixo e classifique as conjunções.

Conjunction is the invariable word that can link two sentences or two words of the same syntac-
tic function within the sentence.

↓ ↓
My family wants to go to the beach Mike was hopeful about the new
but I prefer the mountains. job,  for  he was a friend of the
owner of the company.

2º Ano

Because I wasn’t feeling comfortable Next holiday I’m going to stay


and I had worked all day. home, since I don’t have enough
money to travel.

Ensino Médio
a) Additional conjunction.
b) Explanatory conjunction.
c) Conclusive conjunction.

Ciências da Natureza
d) Adversative conjunction.

e suas Tecnologias
VOLUME 1

56
3 - Leia o texto:

ACTS OF KINDNESS BENEFIT EVERYONE


Do you really want to be happy? Everyone says yes, but the gateway to happiness makes some of
us frown. The gateway to happiness, is giving to others. Think about this: "If you want others to
be happy, practice compassion. If you want to be happy, practice compassion." - The Dalai Lama
S
​ ome of us may feel that, if we give too much, our generosity, will be taken advantage of by others. This
is true, and a few very selfish individuals can possibly perceive your good intentions as weakness.
However, people who seek to take advantage are in the minority. To quote Gandhi, "We must
be the change, we wish to see in the world." Think about it, change has to start somewhere, so
why not start with you and me, right now? You can donate anything randomly, without seeking
reward, and anonymously, without telling anyone. This is good for you, the universe, and those
who receive your acts of kindness. Every time you give, you will receive ñ even, if you are not loo-
king for a reward. Try it, and you will see, what some call, karma, the law of cause and effect. It
works like this: For every action there is a reaction. Let's make sure the reactions to our actions
are good ones. Danny Thomas said, "All of us are born for a reason, but all of us don't discover
why. Success in life has nothing to do with what you gain in life or accomplish for yourself. It's
what you do for others."
Fonte: Circle 8 conjunctions of the text and pass them into Portuguese. Brainly. [s. l.], 16 jun. 2020.

Existem 8 (oito) conjunções no texto, identifique algumas delas de acordo com a classificação
gramatical:

Tipo de Conjunção Sentença

Showing contrast.

Showing conclusion.

Showing addition.

2º Ano
Showing emphasis.

Showing alternatives.

Showing example.

REFERÊNCIAS Ensino Médio


BONFIM, Virginia de Sousa. Estudo do Léxico. Nova Escola. [s. l.], 2022. Disponível em: https://
novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/9ano/ingles/estudo-do-lexico/2436. Acesso em:
31 maio 2022.

Ciências da Natureza
CIRCLE 8 conjunctions of the text and pass them into Portuguese. Brainly. [s. l.], 16 jun. 2020.

e suas Tecnologias
Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/28228605. Acesso em: 12 jul. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
VOLUME 1
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas

57
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

58
COMPETÊNCIA

Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua


Estrangeira.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Escuta (compreensão oral). Reconhecer e/ou perceber informação específica, de acordo


com os objetivos do ouvinte.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Reconhecendo informações específicas


DURAÇÃO: 2 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Objetivo da aula: Trabalhar diferentes formas para auxiliar o reconhecimento de informações espe-
cíficas, privilegiando a escuta e a fala.
Inicie escrevendo no quadro o tema proposto, incentivando-os para esse momento de escuta e
compreensão da fala da língua inglesa.

B) DESENVOLVIMENTO:
1º Momento: Relembre para os estudantes algumas falas básicas de cumprimento que aparecerão
no vídeo, peça a eles para repetir a fala logo após a orientação do professor. Oriente-os a percebe-
rem a situação narrada no vídeo.
Apresente o vídeo: Phone Conversations – English speaking skills practice. Publicado pelo canal

2º Ano
Jennifer Banks.
→ Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XiA6BdwLrG4.

2º Momento: Explique para os estudantes o tempo verbal utilizado pelo personagem ao relatar que
havia ligado para Jennifer.
Destaque o uso do there ao perguntar por alguém em uma chamada telefônica. As maneiras educa-
das utilizadas na língua inglesa para perguntas e respostas.
Ensino Médio
3º Momento: Trabalhe a letra da música: Power To The People- John Lennon, chamando atenção
para o fato narrado na música.
Se julgar necessário, projete o vídeo da música: Música e Trabalho: Power to the People (John
Lennon). Publicado pelo canal Centro de Memória Sindical Música e Trabalho.
Ciências da Natureza
→ Disponível m: https://www.youtube.com/watch?v=rEDP0xCsCT0.

e suas Tecnologias
Composta em 1971, a música representa um protesto contra a Guerra do Vietnã (1955-1975) e é hoje
reconhecida como um dos hinos revolucionários mais impactantes já criados, devido ao seu verso
VOLUME 1
principal: “Poder ao povo”. Lembrando que o conflito citado está inserido na disputa bipolar da

59
Guerra Fria e os crimes de guerra cometidos pelas tropas estadunidenses ganharam forte reper-
cussão na mídia, desencadeando um movimento antiguerra. Em um âmbito mais amplo, este movi-
mento fazia parte da contra cultura, uma espécie de revolução cultural, política e social iniciada
na década de 1960, com pilares como repúdio à violência, negação dos valores capitalistas e dos
chamados “bons costumes”.
Esse é um bom momento para trabalhar a interdisciplinaridade com o componente curricular de
História.

RECURSOS:
Quadro, projetor multimídia, cópias dos textos.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
No modelo antigo, a avaliação era realizada como um processo de verificação daquilo que os estu-
dantes haviam memorizado e/ou decorado. Nos dias atuais, entendemos que avaliar é um processo
que ocorre de forma contínua e progressiva. Portanto, avalie os estudantes da seguinte forma:
• Com as atividades propostas;
• Com a participação dos estudantes no processo ensino/aprendizagem.
Peça-os para produzir um diálogo simulando uma chamada telefônica, eles podem também gravar
esse diálogo no whatsapp, trabalhando a oralidade.

ATIVIDADES

1 - Assista ao vídeo, Phone conversations. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?-


v=XiA6BdwLrG4 – (0:00 a 01:12).
Em seguida, tente extrair as seguintes informações:

a) Quem são as personagens do vídeo?

2º Ano
b) Qual é a situação retratada no vídeo?

2 - No vídeo, é apresentando algumas razões pelas quais a personagem não atendeu ao telefone,
relacione as colunas, identificando essas razões
a) I was busy doing something. ( ) A personagem estava limpando a casa.
b) I had chores to do. ( )A
 personagem estava ocupada com algumas tarefas
c) I was cleaning up. domésticas.
( ) A personagem estava ocupada.
Ensino Médio
3 - Qual o propósito da ligação do personagem?

4 - O que o personagem achou do convite recebido?


Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
5 - No vídeo, o personagem utiliza-se de diferentes formas para iniciar a conversa, tente reconhe-
cer os significados dessas falas:

VOLUME 1

60
Hello, how are you? Is Jenniffer
there?

Is Jennifer Banks available?

Hello, may I speak to Jennifer


please?

6 - Leia a letra da música: Power To The People – John Lennon.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rEDP0xCsCT0.

Power to the people I gotta ask you comrades and brothers


Power to the people How do you treat you own woman back home
Power to the people She got to be herself
Power to the people So she can free herself
Power to the people
Power to the people Singing power to the people
Power to the people Power to the people
Power to the people
Power to the people, right on Power to the people, right on
Say you want a revolution Now, now, now, now
We better get on right away
Well you get on your feet Oh well, power to the people
And out on the street Power to the people
Power to the people
Singing power to the people Power to the people, right on
Power to the people
Power to the people Yeah, power to the people
Power to the people, right on Power to the people
Power to the people
A million workers working for nothing Power to the people, right on

2º Ano
You better give 'em what they really own
We got to put you down Power to the people
When we come into town Power to the people
Power to the people
Singing power to the people Power to the people, right on
Power to the people Preste atenção nas palavras:
Power to the people POWER TO THE PEOPLE
Power to the people, right on SAY YOU WANT A REVOLUTION
Ensino Médio
A MILLION WORKERS WORKING FOR NOTHING

Que sentimento é retratado na música?

a) Admiração.

Ciências da Natureza
b) Resiliência.
c) Revolta.

e suas Tecnologias
d)
e)
Compaixão.
Amor.

VOLUME 1

61
REFERÊNCIAS

15 músicas que retratam acontecimentos das relações internacionais. WhatsReal? [s. l.], 23 set.
2020. Disponível em: http://whatsrel.com.br/post/musicas-relacoes-internacionais-15-cancoes-
-que-retratam-as-ri/. Acesso em: 22 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.
MÚSICA e Trabalho: Power to the People (John Lennon). [s. l.: s. n.], 2022. 1 vídeo (3 min). Publicado
pelo canal Centro de Memória Sindical Música e Trabalho. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=rEDP0xCsCT0. Acesso em: 12 jul. 2022.
PHONE conversations - English speaking skills practice. [s. l.: s. n.], 2022. 1 vídeo (21 min). Publicado
pelo canal Jennifer Banks. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XiA6BdwLrG4.
Acesso em: Jul. 2022. Acesso em: 12 jul. 2022.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

62
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
2o ano – 4 o Bimestre Ensino Médio 2022
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
Artes Linguagens e suas Tecnologias

TÓPICO
EIXO TEMÁTICO

Conhecimento
OBJETO(S) e Expressão em Dança.
DE CONHECIMENTO HABILIDADE(S)
OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Percepção Gestual/Corporal Estabelecer relações entre a dança contemporânea, contextuali-


e Sensibilidade Estética: zação e identidade pessoal.
Análise de Produções de
Dança em Diferentes Épocas
e Diferentes Culturas.
Expressão Corporal e Gestual.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Dança contemporânea e identidade


DURAÇÃO: 3 aulas

2º Ano
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A dança sempre foi um gênero artístico fundamental na formação crítica e intelectual do ser humano.
Vários movimentos contemporâneos de dança têm mostrado que a formação de identidade dos indiví-
duos pode ser fortalecida quando alguns passos externam valores que os representam.

B) DESENVOLVIMENTO: Ensino Médio


Aula 1: A proposta desta aula é construir conhecimento mútuo a partir de estudos feitos pelos estu-
dantes. O (a) discente irá propor a construção de um projeto de pesquisa de alguns estilos de dança que
caracterizam algum povo, como as danças regionais mineiras, os estilos de danças indígenas espalha-
das pela américa latina, grupos de dança africana, a presença de dança oriental no território brasileiro

Ciências da Natureza
e os grupos de danças contemporâneas que carregam características explícitas de uma cultura. A ideia
é que a turma possa pesquisar e apresentar alguns estilos de dança e que o discente seja somente um
e suas Tecnologias
mediador em sala.
Os próprios estudantes poderão dividir a turma em, aproximadamente 4 grupos que irão escolher estilos
VOLUME 1
diferentes de dança para serem apresentados, dentre os gêneros trazidos pelo professor ou professora.

63
No final da primeira aula todos os grupos deverão entregar para o professor ou professora a pré-
-proposta de pesquisa contendo os nomes dos participantes, o estilo de dança escolhido. Cada
participante dos grupos terá a tarefa de pesquisar em casa, elementos que compõem o estilo
escolhido pelo seu grupo.

Aula 2: Na aula dois, é o momento dos grupos se reunirem para montar a pesquisa e ensaiar a pro-
posta da dança que será apresentada na terceira aula. A pesquisa deve contemplar os seguintes
tópicos: histórico da dança, cultura do povo caracterizado pela dança e elementos que compõem
o figurino dos dançarinos. Os discentes devem aproveitar essa aula para, também, ensaiar alguns
passos que serão apresentados na aula posterior.

Aula 3: Na terceira aula, cada grupo terá 10 minutos para contar um pouco da cultura e das carac-
terísticas da dança escolhida e apresentar, dançando, os movimentos de tal estilo.

RECURSOS:
Projetor de imagens, computador, materiais diversos pedidos ou trazidos pelos estudantes para
execução dos trabalhos.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação do trabalho poderá acontecer no período no qual os estudantes buscam relacionar cada
estilo de dança na composição dos movimentos que serão apresentados.

ATIVIDADES

1 - Qual estilo de dança foi escolhido pelo seu grupo? Explique por que tal estilo foi selecionado por
vocês e se ele pode representar suas vivências fora da escola.

2 - A partir do estilo de dança pesquisado, você consegue identificar quais povos são representa-

2º Ano
dos pelos movimentos ?

3 - Os movimentos de dança contemporânea:

a) São simplesmente resultados de outros estilos de danças regionais mesclados.


b) Podem sofrer influências culturais de outras épocas mas sempre contextualizando tais
referências.
c) Não são capazes de dialogar com características formativas de um povo.
Ensino Médio
d) Buscam enaltecer seu contexto histórico sem se preocupar com os estilos passados.

REFERÊNCIAS
Ciências da Natureza
SNIZEK, Andréa Bergallo. Corpo e identidade na dança contemporânea. Locus UFV. [s. l.], 2022.
e suas Tecnologias
<https://www.locus.ufv.br/bitstream/123456789/13199/1/artigo4vol14-1.pdf> Acesso em: 9 jul.
2022.
VOLUME 1

64
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

65
EIXO TEMÁTICO

Conhecimento e Expressão em Dança.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Percepção, Análise e Expressão Saber identificar e contextualizar produções contemporâ-


Gestual/Corporal. neas em dança.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Dança contemporânea


DURAÇÃO: 2 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:

“A dança contemporânea é uma vertente da dança criada por volta da década de 60 a partir de
pesquisas corporais de companhias de dança, sobretudo nos EUA. O objetivo de dançar, assim,
é trazer movimentos que consigam transmitir sentimentos e questionamentos, ao mesmo
tempo em que aproximam a dança da vida cotidiana. Traz como marca a investigação gestual
e a experimentação, não possuindo técnicas próprias podendo mesclar outras linguagens das
artes, como o teatro e a performance. ”
Fonte: AIDAR, Laura. Dança contemporânea: o que é, características e exemplos. [s. l.], 2022.

B) DESENVOLVIMENTO:
Aula 1: Na primeira aula, a turma poderá ser preparada para que compreenda um pouco da his-

2º Ano
tória e surgimento da dança contemporânea. Para que isso aconteça, o professor ou professora
deve disponibilizar vídeos e textos impressos ou projetados sobre o assunto. O objetivo é que os
estudantes possam compreender as produções contemporâneas em dança, analisando o uso das
tecnologias nas produções de vídeos, clips, entre outras ideias que podem compor os movimentos
contemporâneos. Após esse momento, os estudantes poderão pesquisar movimentos de estilos
de dança já existentes, como o samba, jazz, street dance, balé, etc.

Aula 2: Na segunda aula, os estudantes farão uma oficina de dança contemporânea. A ideia é criar
Ensino Médio
passos inéditos, usando ferramentas tecnológicas, se possível, sobre músicas que já existam. Os
discentes podem se reunir em duplas, trios e até quartetos, escolherem (usando rádios, celulares e
internet) uma música ou um tipo de som dançante, criar novos passos, se apropriar de movimentos
já existentes e apresentar para a turma a nova criação de dança.

Ciências da Natureza
RECURSOS:

e suas Tecnologias
Projetor de imagens, computador, caixa de som, celulares e internet.

VOLUME 1

66
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação poderá acontecer durante todo o período de aula. Avaliar a capacidade de contextuali-
zação e a participação dos estudantes durante a produção das oficinas.

ATIVIDADES

1 - A dança contemporânea discute em coreografias o momento, a urbanidade, os comportamen-


tos, o tempo e o contratempo do cotidiano. Entre as diversas formas de expressão, surge a
videodança que consiste em:

a) Uma dança filmada apenas como registro do espetáculo.


b) Uma dança feita na tela em que o movimento, o tempo e o espaço podem ser trabalhados.
c) Na exibição de vídeos referentes a estilos de dança de diversas épocas.
d) Na exibição de um musical, com a intenção de recriá-lo.
e) Na exibição de um vídeo que contém aulas de dança.

2 - Comente algumas características que identificam a dança contemporânea.

REFERÊNCIAS

AIDAR, Laura. Dança contemporânea: o que é, características e exemplos. Cultura genial. [s. l.],
2022. Disponível em: <https://www.culturagenial.com/danca-contemporanea>. Acesso em: 07
jun. 2022.
A dança contemporânea no tempo. GPEF USP. [s. l.], 2022. Disponível em: http://www.gpef.fe.usp.
br/teses/agenda_2011_01.pdf. acesso em: 5 jul. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:

2º Ano
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.
Ensino Médio
SNIZEK, Andréa Bergallo. Corpo e identidade na dança contemporânea. Locus UFV. [s. l.], 2022.
https://www.locus.ufv.br/bitstream/123456789/13199/1/artigo4vol14-1.pdf. Acesso em: 9 jul. 2022.

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

67
EIXO TEMÁTICO

Conhecimento e Expressão em Dança.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Percepção, Análise e Expressão Entender que a relação entre a dança das diferentes épocas
Gestual/Corporal. históricas não se dá somente por linearidade, mas pela
herança cultural e pelo contexto atual.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Danças e contextos


DURAÇÃO: 2 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A dança foi uma das primeiras manifestações artísticas humanas. A história de sua evolução evi-
dencia que, apesar de estilos posteriores serem influenciados pelas primeiras formas de dançar,
cada dança é produto de uma cultura, de um povo e sempre dialoga com o contexto no qual está
inserida.

B) DESENVOLVIMENTO:
Com o objetivo de avaliar as produções de dança em contextos diferentes, entendendo suas parti-
cularidades e referências, o estudo a seguir propõe analisar três contextos de dança. Dança greco-
-romana, renascentista e moderna.

Aula 1: Na primeira aula, os estudantes irão analisar, através de textos, vídeos e imagens, as pro-

2º Ano
duções e execuções de dança no período Greco-romano, tentando coletar informações que os
façam entender que os rituais religiosos sempre fundamentaram a dança nesse período. Após esse
período, eles usarão o restante da aula para comparar os movimentos de dança renascentista e
buscar entender qual a relação da dança do renascimento com a dança Greco-romana. A ideia é
compreender que as referências passadas servem também para mostrar que o que era comum em
um determinado tempo já não baseia os movimentos de dança no período renascentista, e que o
conhecimento buscado pela ciência também faz parte dos estudos de dança.
Ensino Médio
Aula 2: Na segunda aula, analisando os movimentos artísticos que fundamentaram o início da era
moderna, os estudantes buscarão compreender quais foram as principais características da dança
moderna e como ela se desenvolveu nos períodos de turbulência política.
Ainda na segunda aula, os estudantes poderão juntar as características dos três estilos e perío-
Ciências da Natureza
dos de dança e construir um texto, de até 20 linhas, expondo as diferenças entre cada uma delas.
Tentando relacionar cada estilo de dança ao contexto que lhe era vigente.
e suas Tecnologias
RECURSOS:
VOLUME 1
Livros didáticos e não didáticos, computadores ou celulares com internet, projetor de imagens.

68
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliação processual de todo estudo. Avaliar também a capacidade de cada estudante em relacio-
nar cada movimento de dança com seus respectivos períodos.

ATIVIDADES

1 - Como podemos perceber a influência das danças passadas em estilos posteriores?

2 - Explique o termo: “ Os movimentos de dança são, também, produtos de sua época.”

3 - Os estudos em dança mostram que:

a) A relação entre a dança das diferentes épocas históricas não se dá somente por linearidade,
mas pela herança cultural e pelo contexto atual.
b) Não existe relação entre os estilos de dança em épocas diferentes.
c) As sociedades primitivas não conheciam a dança em sua essência, pois só as fazia de
maneira aleatória.
d) Os grandes movimentos de dança, em toda a história, sempre se preocuparam com as ques-
tões religiosas, sendo esse fator fundamental para o crescimento de novos estilos.

REFERÊNCIAS

A dança contemporânea no tempo. GPEF USP. [s. l.], 2022. Disponível em: http://www.gpef.fe.usp.
br/teses/agenda_2011_01.pdf. Acesso em: 5 jul. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/

2º Ano
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.
SOUZA, Roger. Dança no período clássico. Mundo da dança. [s. l.], 2022. Disponível em: https://
Ensino Médio
www.mundodadanca.art.br/2010/03/evolucao-da-danca-parte-i.html. Acesso: 07 jul. 2022.

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

69
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
2o ano – 4 o Bimestre Ensino Médio 2022
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
Educação Física Linguagens e suas Tecnologias

TÓPICO
EIXO TEMÁTICO

Dança e Expressões
OBJETO(S) Rítmicas.
DE CONHECIMENTO HABILIDADE(S)
OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Capacidades físicas. Conhecer as habilidades físicas básicas: flexibilidade, equilíbrio,


força, resistência e coordenação.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Capacidades físicas


DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Capacidades físicas podem ser conhecidas também como valências físicas ou qualidades físicas. Elas

2º Ano
são atributos e qualidades motoras treináveis no corpo humano, ou seja, elas são definidas como quali-
dades físicas motoras que podem ser adquiridas, aprendidas, desenvolvidas ou melhoradas através do
seu treinamento físico.
Através das capacidades físicas, podemos realizar as ações motoras desde as mais elementares até as
mais complexas, sejam com o objetivo de realizar as atividades básicas do nosso dia a dia ou também
atividades esportivas e de rendimento.
É muito importante possibilitar aos nossos estudantes o conhecimento das capacidades físicas e
Ensino Médio
incentivar que eles adquiram e desenvolvam-nas para que realizem de maneira mais eficiente e com
maior facilidade as suas atividades do dia a dia, as de interesse para lazer e as esportivas que possam
desenvolver habilidades específicas. Precisamos estimulá-los, a fim de promover um aumento da qua-
lidade de vida e esclarecer sobre a importância da atividade física para a vida humana.
As capacidades físicas são: Agilidade, força, velocidade, flexibilidade e resistência.
Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
B) DESENVOLVIMENTO:
Abordando este conteúdo o professor poderá iniciar, apresentando aos estudantes os conceitos de
VOLUME 1
capacidades físicas, quais são as principais e algumas maneiras de desenvolvê-las. Trabalhar para

70
conhecê-las e pensar, junto aos estudantes, maneiras de aplicá-las, tanto nas atividades comuns
do dia a dia, quanto nas atividades físicas e esportivas, demonstrando a eles, que todas as nossas
ações motoras dependem das nossas capacidades físicas e motoras, como andar, correr, saltar,
levantar, deitar, sentar, levantar objetos, etc. Também deverá compartilhar que a facilidade ou
dificuldade com que executamos nossas ações, são fruto do treinamento ou não treinamento das
nossas qualidades físicas. Com o passar dos anos e com o envelhecimento do nosso corpo, elas
serão intensificadas cada vez mais. Por esta razão, a importância de manter hábitos saudáveis e de
desenvolver essas capacidades durante toda a vida.
De forma prática, o professor deverá promover a vivência de atividades que possam desenvolver e
estimular as capacidades físicas individuais, ressaltando que cada indivíduo é singular e não deve
comparar seu desenvolvimento e capacidades com os demais estudantes. Devem ser trabalhadas
em uma quadra, ou espaço para aulas de educação física, atividades que estimulem a velocidade,
força, agilidade, flexibilidade e resistência.

RECURSOS:
Quadra ou espaço disponível para aulas práticas, cones e colchonetes.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Este conteúdo será avaliado através da participação nas atividades e discussões.

ATIVIDADES

ATIVIDADE PRÁTICA: Serão realizados através de circuito, estações com exercícios que trabalhem
as capacidades físicas do corpo humano discutidas nas aulas, sendo elas a resistência, força, agili-
dade, flexibilidade e velocidade. O circuito deve ser dividido em 2 aulas, sendo uma aula com a rea-
lização das capacidades resistência e força, e outra aula com as capacidades físicas, velocidade e
agilidade. A flexibilidade deve ser realizada no início e final das duas aulas. O professor deve expli-
car a maneira correta de realização dos exercícios para promover maior segurança nas execuções

2º Ano
e verificar a prática dos estudantes.
Seguem, abaixo, sugestões de exercícios que devem ser trabalhados nessa atividade:
• Flexibilidade: realizar exercícios de alongamento de membros superiores e inferiores no
início das aulas e no fim, estimular, através dos mesmos exercícios, a flexibilidade dos
estudantes.
• Resistência: realizar uma corrida/caminhada de 12 minutos (Teste de Cooper), conforme as
suas capacidades e atentos aos seus limites.
Ensino Médio
• Velocidade: promover corridas de curta distância (30 metros/40 metros) em que os estu-
dantes devem se deslocar no menor tempo possível, o percurso determinado. A atividade
pode ser realizada em dupla, onde um estudante realizará a corrida e o outro registrará o
tempo de realização.
• Força: realizar sequências de flexões de braços, agachamentos e abdominais (repetição de

Ciências da Natureza
movimentos e isométricos).
• Agilidade: realizar polichinelos e, em um percurso contendo 10 cones espalhados por deter-
e suas Tecnologias
minado espaço curto da quadra, tocar em todos no menor tempo possível.

VOLUME 1

71
ATIVIDADE TEÓRICA: Ao final deste conteúdo os estudantes deverão saber responder às seguintes
questões:

1 - O que são as capacidades físicas? E quais são elas?

2 - Quais capacidades físicas você consegue identificar na realização das suas atividades diárias?

3 - Você realiza atividades esportivas? Se sim, você costuma realizar exercícios que treinem algu-
mas capacidades motoras? Quais?

4 - Qual a importância do treinamento e desenvolvimento das capacidades físicas ao longo da vida


de uma pessoa? Como isso pode ajudá-la com o passar dos anos?

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Bruno. Capacidades físicas do corpo humano. Buscar saúde. [s. l.], 2022. Disponível em:
https://www.buscarsaude.com.br/capacidades-fisicas-do-corpo-humano/. Acesso em: 22 jun.
2022.
ALMEIDA, Bruno. O que são capacidades físicas? Como treinar? Buscar saúde. [s. l.], 2022.
Disponível em: https://www.buscarsaude.com.br/o-que-sao-capacidades-fisicas-como-trei-
nar/#bio. Acesso em: 22 jun. 2022.
CARACTERÍSTICAS das 5 principais capacidades físicas. Portal Educação. [s. l.], 2022. Disponível
em: https://blog.portaleducacao.com.br/capacidades-fisicas/. Acesso em: 15 jun. 2022.
CAPACIDADES físicas. Educação Física na mente. [s. l.], 2022. Disponível em: http://educacaofisi-
canamente.blogspot.com/2012/01/capacidades-fisicas.html. Acesso em: 22 jun. 2022.
MARQUES, João Paulo. Aptidão física. Todo Estudo. [s. l.], 2022. Disponível em: https://www.
todoestudo.com.br/educacao-fisica/aptidao-fisica. Acesso em: 22 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas

2º Ano
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.
Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

72
EIXO TEMÁTICO

Esporte.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Futsal. Analisar os elementos técnicos de cada modalidade.


Vivenciar cada modalidade.
Analisar regras dos diferentes esportes.
Alterar regras de acordo com o interesse do grupo, espaços e
materiais.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Futsal


DURAÇÃO: 4 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O futsal é um dos esportes mais praticados no nosso país, sobretudo nas escolas. Desenvolvido
como uma versão do futebol no Uruguai, o futsal adaptou a sua prática reduzindo o espaço de
jogo e o número de jogadores, facilitando ainda mais a prática do outro esporte (Futebol) que é
inegavelmente o mais popular no Brasil. Em razão das já mencionadas adaptações, outras regras
também foram alteradas, facilitando e dando maior dinâmica ao jogo, como por exemplo a forma
de cobrança de reinícios do jogo como lateral e escanteio, arremesso de meta, entre outras regras.
Devido à popularidade e facilidade de prática deste esporte é muito importante ele ser tema das
nossas aulas, já que é parte da nossa cultura e costumes. E para tal é fundamental que o conheça-

2º Ano
mos mais profundamente, pois ele ainda tem uma história vencedora no cenário mundial, sendo o
nosso país o maior campeão da história da modalidade esportiva não apenas no continente como
também no mundo.
No primeiro ano o futsal já foi tema de nossas aulas trabalhando suas regras e fundamentos. Como
progressão iremos trabalhar os elementos técnicos e alterar as regras para adaptar e/ou melhorar
a prática com base nas características do grupo e do ambiente disponíveis.

B) DESENVOLVIMENTO: Ensino Médio


Nesta aula o professor poderá relembrar, juntamente aos estudantes, um breve histórico do futsal
e as regras da modalidade. Após isso, ele deverá solicitá-los que façam sugestões sobre alterações
às regras do jogo que na opinião deles, melhorariam ou dariam maior dinâmica ao jogo, além de
adaptar a prática ao seu contexto escolar. O professor poderá também realizar sugestões e discu-
Ciências da Natureza
ti-las junto com os estudantes.

e suas Tecnologias
Após essa parte inicial o professor irá realizar atividades em quadra, a fim de vivenciar e aprimo-
rar os elementos técnicos da modalidade através de jogos pré-desportivos e/ou jogos reduzidos.
Podem ser realizados jogo de passes como o objetivo de atingir um número especificado de passes
VOLUME 1

73
entre equipes em oposição, atividades de finalização com igualdade numérica (1x1 ou 2x2) ou supe-
rioridade numérica (2x1 ou 3x1), exercícios de pontaria objetivando chutar a bola em determinado
alvo; atividades de domínio e condução da bola pela quadra, discutir e analisar a forma de execução
dos elementos técnicos para vivência e reflexão da prática individual, elencando facilidades, difi-
culdades e soluções individuais e para o grupo de estudantes.
Serão realizados ao final do conteúdo jogos da modalidade e a turma será dividida em pelo menos 4
equipes que irão além de vivenciar os jogos, analisar a aplicação das regras e ao final compartilhar
com a turma aquelas que foram infringidas mais vezes ou que foi notado uma maior dificuldade em
ser cumprida.

RECURSOS:
Quadra ou espaço disponível na escola, bolas de futsal, cones, coletes, pratinhos.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A aula será avaliada observando a participação e o interesse dos estudantes nas atividades práti-
cas, discussões e reflexões realizadas.

ATIVIDADES

ATIVIDADES PRÁTICAS:
1ª) Serão realizados minijogos de ataque contra defesa (2x2 e/ou 3x2) para vivenciar os elementos téc-
nicos do futsal de forma livre em quadra, sem determinação específica das posições de jogo nem equi-
pes fixas. Os estudantes devem vivenciar as três funções da atividade (atacante, defensor e goleiro).

2ª) Para finalizar o conteúdo o professor realizará um mini torneio entre os estudantes, dividindo
a turma em pelo menos 4 equipes para vivenciar a prática integral da modalidade. Juntamente,
professor e estudantes, irão organizar a tabela e adaptações das regras para realização do torneio.
No momento em que algumas equipes não estiverem jogando, essas devem analisar os demais,

2º Ano
para ajustamento da aplicação das regras considerando os pontos de facilidades e dificuldades da
prática, pela turma.

ATIVIDADE TEÓRICA: Após a realização das atividades será realizada uma roda de conversa para
analisar a prática e as regras aplicadas e alteradas nos jogos e atividades, conversando sobre a
melhoria ou não pelas regras aplicadas por eles, as facilidades e dificuldades individuais e coleti-
vas encontradas nos jogos e na execução dos fundamentos. Nessa roda de conversa, o professor
Ensino Médio
irá questionar também se foram observadas por eles mesmos uma melhoria ou possibilidades de
melhoria através das atividades que trabalharam os fundamentos da modalidade e como foram
colocadas em prática nos jogos realizados.

REFERÊNCIAS
Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
CONHEÇA tudo sobre os principais fundamentos do futsal. Unisport Brasil. [s. l.], maio 2018.
Disponível em: https://www.unisportbrasil.com.br/conheca-tudo-sobre-os-principais-funda-
VOLUME 1
mentos-do-futsal/. Acesso em: 14 jun. 2022.

74
FUNDAMENTOS do futsal. Futline. [s. l.], 2022. Disponível em: https://futline.com.br/fundamen-
tos-do-futsal/. Acesso em: 14 jun. 2022.
LIVRO nacional de regras de futsal 2022. CBFS. [s. l.], fev. 2022. Disponível em: http://www.cbfs.
com.br/_files/ugd/6d94a1_4e01370cd5c448918e93aa9f5aa442d6.pdf. Acesso em: 14 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.

2º Ano Ensino Médio

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

75
EIXO TEMÁTICO

Esporte.

OBJETO(S)
HABILIDADE(S):
DE CONHECIMENTO:

Atletismo. Analisar os elementos técnicos de cada modalidade.


Vivenciar cada modalidade.
Analisar regras dos diferentes esportes.
Alterar regras de acordo com o interesse do grupo, espaços e
materiais.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Atletismo – provas de pista e campo


DURAÇÃO: 4 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O atletismo é a prática esportiva mais antiga e é considerado o esporte base e principal modalidade
olímpica.

“Sua história acompanha o homem desde os tempos dos nossos ancestrais. E sua prática primitiva ajudou na luta
pela fuga dos predadores e na busca por alimentos. Para isso era preciso correr, saltar obstáculos e lançar objetos.
Precisamente por aprimorar as habilidades básicas de correr, saltar e lançar, o homem garantiu sua história.”
História do Atletismo. Cbat. [s. l.], 2022.

2º Ano
O fragmento acima explica por que o atletismo é chamado de esporte base, pois sua prática corres-
ponde aos movimentos naturais do homem, necessários inclusive para sua sobrevivência. Também,
as primeiras provas esportivas foram provas atléticas, sendo que há registros que indicam que o
atletismo já era praticado no Egito e na China há 5 mil anos, mas foi na Grécia, em 776 A.C., onde
foi realizada a primeira Olimpíada registrada, em que a única prova foi uma corrida de aproximada-
mente 200 metros, que era chamada pelos gregos de “stadium”.
Foi na Inglaterra no século XIX, que a modalidade foi modernizada e passou a ter a diversidade
que há hoje, depois das escolas militares adotarem como rotina em sua grade curricular, desenca-
deando, posteriormente, em competições. A modalidade passou a ser dividida basicamente em 3
Ensino Médio
tipos de provas, as provas de pista, de rua e de campo.
Diante disso, é muito importante que o atletismo seja parte dos conteúdos de nossas aulas, a fim
de que os estudantes conheçam sua história, suas provas e classificações e também vivenciem a

Ciências da Natureza
prática das provas para que sejam desenvolvidas as capacidades físicas necessárias não apenas
para a prática deste esporte, como também de vários, senão todos os outros esportes, além de
e suas Tecnologias
atividades físicas necessárias para a manutenção da saúde.

VOLUME 1

76
B) DESENVOLVIMENTO:
O professor deverá iniciar este conteúdo relembrando a origem e um breve histórico do atletismo,
abordando como o atletismo acompanha o homem desde os tempos dos nossos ancestrais e como
na era primitiva era necessário usar os elementos que constituem hoje o esporte para a sobrevi-
vência do ser humano, deverá ainda o relacionar às atividades diárias das nossas rotinas quanto às
capacidades físicas utilizadas na prática do esporte. Após esta contextualização o professor elen-
cará os tipos de provas (pista, campo e rua) e quais são as provas de cada tipo que são realizadas.
Na sequência sugerimos que o professor escolha algumas provas para serem trabalhadas de forma
prática e que sejam realizadas de acordo com as características dos espaços e recursos disponíveis
na escola. Ele poderá realizar atividades coordenativas que trabalhem os movimentos necessários
para a prática das provas, analisar e discutir maneiras de facilitar a realização individual e coletiva
das atividades e movimentos de correr, saltar, lançar e arremessar. Também deverá possibilitar a
vivência de práticas esportivas de forma simplificada e adaptada à realidade da escola realizando
adaptações de ambientes e materiais para possibilitar a prática de variadas provas do atletismo.
Ao final do conteúdo o professor poderá organizar uma mini olimpíada com a turma através da rea-
lização das provas trabalhadas e vivenciadas nas aulas. As provas colocadas em disputa podem ser
definidas, juntamente, com os estudantes.

RECURSOS:
Bolas de diferentes pesos e tamanhos (futsal, basquete, vôlei, handebol), medicine ball, colchone-
tes, cordas.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
A aula será avaliada observando a participação e o interesse dos estudantes nas atividades práti-
cas, discussões e reflexões realizadas.

ATIVIDADES

2º Ano
ATIVIDADE PRÁTICA:
1ª) Em um ambiente gramado, com caixa de areia ou utilizando-se de colchões, os estudantes irão
realizar os movimentos do salto em distância. O salto deve objetivar a maior distância possível e
o professor deverá orientar os estudantes para ficarem atentos à execução, a fim de vivenciar a
prática dos movimentos mais próximos do correto tecnicamente realizando os saltos de maneira
progressiva. Inicialmente, a partida será de forma estática com saltos na vertical, objetivando
uma maior altura. Na próxima etapa serão colocados no chão cordas e os estudantes irão reali-
Ensino Médio
zar saltos sem pisar na corda, aumentando, gradativamente, a distância entre as cordas. Em uma
última etapa, o professor deverá dispor uma área para corrida e estipular uma área para iniciar a
fase de salto e voo, realizando a aterrissagem nos colchões, caixa de areia ou grama, realizando o
trabalho do salto em distância da forma como se realiza oficialmente. Ao final da atividade deverá
ser realizada uma roda de conversa para discutir os elementos técnicos e sugestões que poderiam
Ciências da Natureza
melhorar as regras e a prática.

e suas Tecnologias
2ª) Em uma pista de corrida ou adaptando o ambiente disponível na escola, o professor realizará
provas de corridas rasas, orientando os estudantes sobre as técnicas de corrida necessárias para
VOLUME 1
melhorar sua prática. Deverá realizar as provas em grupos de estudantes realizando corridas em

77
diferentes intensidades de esforço, sendo 40%, 50%, 60%, 75% e 90% das capacidades de veloci-
dade dos estudantes, aumentando-a gradativamente. Ao final da atividade deverá ser realizada uma
roda de conversa para discutir os elementos técnicos e sugestões que poderiam melhorar a prática.

3ª) Realizar arremessos conforme o arremesso de peso, utilizando de forma progressiva bolas de
diferentes tamanhos e pesos, a fim de realizar o movimento correto e progredir nas dificuldades
da realização dessa prova. Ao final da atividade deverá ser realizada uma roda de conversa para
discutir os elementos técnicos e sugestões que poderiam melhorar a prática.

ATIVIDADE TEÓRICA: Ao final do conteúdo os estudantes deverão responder às seguintes


perguntas:

1 - Por que o atletismo é tido como esporte base?

2 - Quais são os tipos de provas do atletismo?

3 - Quais são as provas de pista?

4 - Quais são as provas de campo?

5 - O atletismo usufrui de movimentos básicos que são utilizados pelo ser humano desde os povos
mais primitivos, inclusive para sua sobrevivência. Vivenciando algumas das provas, como se
deu a realização utilizando movimentos técnicos específicos da modalidade? Sugere alguma
modificação nas regras e execução para facilitar a prática?

REFERÊNCIAS

ATLETISMO. Toda Matéria. [s. l.], 2022. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/atle-


tismo/. Acesso em: 14 jun. 2022.
CAIUSCA, Alana. Atletismo. Educa mais Brasil. [s. l.], dez 2012. Disponível em: https://www.educa-

2º Ano
maisbrasil.com.br/enem/educacao-fisica/atletismo. Acesso em: 14 jun. 2022.
HISTÓRIA do Atletismo. Cbat. [s. l.], 2022. Disponível em: https://www.cbat.org.br/acbat/histo-
rico.asp. Acesso em: 14 jun. 2022.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas
Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/
Curr%C3%ADcu-lo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 5
jun. 2022. Ensino Médio
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/1I8T4Cody3pUScohWX4aQVGipgyWLKK8g/view. Acesso em:
5 jun. 2022.
Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
VOLUME 1

78

Você também pode gostar