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1. Introdução..................................................................................................................2
1.3. Metodologia........................................................................................................3
6. Conclusão.................................................................................................................13
7. Referências...............................................................................................................15
1. Introdução
Sabe-se que a língua portuguesa é rica em questão gramatical, social e cultural. A
misticidade é um dos principais aspectos, e criam-se constantemente estratégias para se
trabalhar essa língua dentro da sala de aula. Já a literatura, que também é algo nato do
ser humano, (pensemos que desde o princípio o ser humano se vê com necessidade de
expor por meio de uma linguagem literária), passa a ser uma ferramenta dentro da
disciplina de língua portuguesa na educação básica. Uma ferramenta com um grande
valor para o ensino, porém com uma visão ainda balançada daquilo que seria seu real
propósito quando se fala de formação escolar de indivíduos. Isso liga-se às questões de
concepção do conceito de literatura. Lajolo, 2000, diz que “o que fazer com ou do texto
literário em sala de aula funda-se, ou devia fundar-se, em uma concepção de literatura
muita das vezes deixada de lado em discussões pedagógicas”. Antunes, 2003, diz que
geralmente as aulas de português centram-se em gramática, e por isso os alunos vêem
essa disciplina como algo difícil, sendo que a memorização é o aspecto principal desse
ensino. Nota-se que isso acontece dentro de ensino de literatura. Aliás, muitas das vezes
não se tem um efectivo ensino de literatura (ou sequer um ensino literatura) pelo
direccionamento do uso do texto literário como pretexto para depositar informações
mecânicas como regras gramaticais dentro da cabeça dos alunos. Não que o ensino da
gramática não seja algo importante, mas que a forma que essas regras são passadas pode
afectar outras vertentes do ensino.
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OBJETIVOS
1.3. Metodologia
Para a realização deste trabalho, assumiu-se como fundamentos teórico metodológicos,
abordagem qualitativa com pesquisa teórico-bibliográfica baseada na conceituação da
literatura e sua função, da importância da formação do leitor, bem como das práticas
sociais de leitura e de escrita
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2. O papel do texto literário
Não se pode ensinar a língua sem ensinar a poesia, não se pode ensinar poesia sem o
estudo da língua.
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leitores para vida e leitores que buscam nos textos literários um conhecimento, uma
sabedoria, um prazer e uma consolação indispensável à vida.
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para poderem interagir com esses meios de comunicação. Por outro lado, cabe ressaltar
também que os alunos interagem em eventos de letramentos sócio e historicamente
situados e vão para a sala de aula com repertório de sentidos muitas vezes disseminados
por essa mídias, que tornam o sujeito em um objecto passivo e alienado
(FIGUEIREDO, 2009). Desta maneira, a escola pode interferir patrocinando a
construção de novos significados para a língua alvo através de uso de textos literários
em sala de aula numa abordagem que viabilize a desconstrução do texto e reconstrução
dos significados. De acordo com Murat Hişmanoğlu (2005), a linguagem literária
trabalha com certas nuances que extrapolam o senso comum e requerem do leitor um
domínio que esteja além da sua leitura superficial ou interpretação literal. Através de
uma leitura mediada pelo professor em sala de aula o estudante pode desenvolver um
alto grau de criticidade e desenvolver estratégias mais elaboradas e eficientes para a
leitura de textos em língua estrangeira, sejam eles literários ou não. Tal capacidade
reflete em alguns benefícios citados por Collie e Slater (1989), em que a literatura
propiciaria ao sujeito: enriquecimento cultural, enriquecimento linguístico, dado a
riqueza da linguagem literária, bem como envolvimento pessoal. Ainda, conforme
Collie e Slater (1989), o uso de textos literários em sala de aula de língua inglesa
oferece ao estudante um arranjo incomensurável de possibilidades que podem ser
exploradas pelo professor visando aumentar a sua competência linguística, assim como,
ampliar o seu conhecimento de mundo, construindo uma identidade cultural e uma
mentalidade intercultural, motivando ao estudante interagir com outras culturas que
interferem na sua relação com o mundo. De acordo com Savvidou (2004), a leitura de
textos literários em sala de aula de língua inglesa implica na interação do leitor com
aquilo que está sendo lido. O leitor precisa inferir interpretar, participar, negociar o
significado dentro do texto. De tal forma, o leitor precisa desenvolver estratégias de
leitura para atribuir significado aos mecanismos expressivos a função poética da
linguagem. Também, a leitura pode proporcionar ao leitor uma ampliação da sua visão
de mundo, seja de elementos, sociais, políticos, históricos, ou de um contexto
específico. Por isso, a leitura de textos literários em sala de aula se faz importante, mas
quando o texto literário não está cercado por mitos que tem comprometido o seu uso.
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4. Origem dos géneros literários
A classificação dos géneros literários foi proposta na antiguidade clássica pelo filósofo
grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) em sua obra Poética. Segundo ele:
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temática. Utilizando dos versos do próprio poema surge um labirinto, no qual o caminho
errado leva ao verso incompleto.
Os caminhos se divergem entre si, e a proposta do labirinto é incitar o leitor (jogador) a
fazer escolhas, sabendo que as escolhas certas podem levá-lo até o fim do labirinto e as
escolhas erradas vai prendê-lo. O objectivo maior é motivar o aluno a desenvolver
estratégias de leitura eficientes para que ele possa completar o labirinto. Essa actividade
é mais apropriada com séries intermediárias ao avançado. Pensando que ao entrar em
contacto com esse poema metafórico o leitor pode ficar mais atento as nuances da
língua e desenvolver maior atenção a interpretação da linguagem metafórica, usada
frequentemente por falantes nativos. Somando-se a isso, o contacto com um poema
possibilita o aluno desenvolver um gosto literário, por formas literárias em língua
estrangeira, patrocinando de tal forma um futuro leitor de literaturas em língua inglesa.
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ler os excertos dados para poderem entender do que se trata a trama e participar do jogo
plenamente. Sabendo então, que a cultura letrada prega formas que seriam mais
“apropriadas” para se ler um texto, os padrões valorizados pela cultura letrada
garantiriam o sucesso do indivíduo na escola e as crianças não familiarizadas com esse
tipo de leitura estariam fadadas ao fracasso escolar. Os eventos de letramento literário
no ambiente escolar, portanto, seriam essenciais para a formação de um leitor e para o
desenvolvimento de estratégias de leitura e construção de sentido.
No que concerne à leitura literária e aos objectivos da escola para formar um leitor
literário o jogo de detective serviria para estes objectivos. Pensando que dentro da
escrita ficcional regem regras e normas para criar uma verossimilhança e que para a
trama continuar ela precisar estar dentro das regras, o jogo possibilitaria ao aluno
compreender que as possibilidades precisam ser verossímeis para serem possíveis. Os
diálogos alternados, no qual, os alunos durante o jogo fazem perguntas uns aos outros e
tentam criar possibilidades aceitáveis, abrem espaço para um questionamento e um
alargamento no seu discurso. Os alunos que colectarem durante o jogo provas
suficientes para acusar precisarão argumentar sobre aquilo que eles estão afirmando. O
jogo, assim, estimulará a leitura, uma ampliação de vocabulário e uma oportunidade
para o aluno poder argumentar em língua estrangeira. Obviamente se trata de uma
actividade mais adequada para séries finais, pois ela exige um conhecimento maior em
língua inglesa e raciocínio rápido.
Uma rã estava no prado olhando um boi e sentiu tal inveja do tamanho dele que
começou a inflar para ficar maior.
Então, outra rã chegou e perguntou se o boi era o maior dos dois.
A primeira respondeu que não – e se esforçou para inflar mais.
Depois, repetiu a pergunta:
– Quem é maior agora?
A outra rã respondeu:
– O boi.
A rã ficou furiosa e tentou ficar maior inflando mais e mais, até que arrebentou.
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5.2. Trabalho com o texto dramático
O género dramático tem com principal qualidade a acção e o conflito entre as
personagens. Rosenfeld (2000, p. 17) diz que “pertencerá a Dramática toda obra
dialogada em que se actuarem os próprios personagens, sem serem em geral
apresentados por um narrador.” Isso posto, a actividade elaborada a partir do conto The
Dwarf and the Fish Bone, um conto adaptado das histórias de Sheherezada e as Mil e
Uma Noites retirado do livro Tales from the Arabian Nights (1989) por John Turvey,
busca criar uma situação dramática. A história trata de um anão que após o jantar na
casa de um amigo desmaia por causa de uma espinha de peixe presa em sua garganta. O
anão é tido como morto pelo seu amigo. O qual para se livrar da culpa de tê-lo matado
se livra do corpo. O corpo do anão é encontrado por outras pessoas que fazem o mesmo.
A história, ao estilo das histórias das noites árabes, é uma história simples que trata de
uma verdade moral. A partir dessa trama, foi escrita uma peça de teatro para que os
alunos fizessem a sua leitura. O principal objectivo desta actividade é impulsionar o
imaginário do leitor. Espera-se que os alunos, a partir da actividade proposta, possam
fazer uma leitura dramática e interpretar as personagens do texto. Entende-se aqui por
leitura dramática como a leitura em voz alta do texto teatral impresso interpretado ou
dramatizado através de inflexões vocais e gestos faciais económicos (Maciel, 2008).
Isso significa que a leitura de um texto dramático pressupõe que seu leitor domine certas
regras que regem a escrita dramática. Só para ilustrar, atenção máxima a fluidez dos
diálogos, às indicações cénicas para a constituição das personagens e dos espaços onde
as acções se desenrolam. Nessa perspectiva, o estudo do texto dramático pode ser
desvinculado da representação cénica, sendo focado apenas na sua literalidade, através
do qual o leitor possa reconstruir os significados do texto que extrapolam a leitura
superficial ou a interpretação literal. Conforme Moisés (1969), um dos principais
factores que garantem a profundidade de uma leitura de um texto dramático, sem
recorrer à encenação, seria a imaginação. O autor elucida que diferentemente dos textos
narrativos ou líricos, a leitura dramática implicaria num exercício de imaginação mais
intenso. Na lírica, a exploração de imagens, sons, ideias e símbolos transportam o leitor
ao cerne do texto, assim como na narrativa, em que o ficcionista usa mão de vários
recursos como narração e descrição, que simplificam a tarefa. Em contraste, no texto
dramático, o leitor desprovido desses recursos “vê-se obrigado a movimentar todas as
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turbinas de sua imaginação, sob pena de permanecer impermeável ao texto” (MOISÉS,
1969, p. 212). A ausência de um mediador no processo da leitura como, por exemplo,
um narrador ou eu–lírico aproxima os leitores da obra, pois geralmente leitores do
Ensino Médio consideram a leitura de textos literários praticamente inacessíveis.
Entendendo o género dramático enquanto género literário, portanto um texto ficcional,
ele teria a qualidade de formar um leitor crítico e lúcido em face do que vê. Com efeito,
a função do teatro é causar essa sensação de funcionalidade para provocar no leitor
questionamentos acerca de seu próprio espaço. Contudo, é importante ressaltar que se
trata de uma peça escrita em língua estrangeira e de um género apagado do espaço
escolar. Desta forma, é forçoso que o professor sirva como um mediador no processo da
leitura oferecendo aos alunos as ferramentas necessárias para a leitura. Patrocinando a
construção de significados mais apropriados àquela leitura literária. O professor, nesse
caso, assumiria um papel de mediador entre o aluno e o texto contribuindo para que o
aluno possa identificar os significados implícitos na imanência do texto.
Género dramático
O género dramático é um género literário teatral que reúne os textos escritos, em prosa
ou em verso. Os textos dramáticos são utilizados para apresentar para uma plateia
(espectadores).
Uma característica muito importante dos textos teatrais é a presença de diálogos entre as
personagens. Eles são geralmente divididos em actos, quando as acções ocorrem num
mesmo espaço, e cenas, quando há mudança de local e personagens.
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Género Lírico
O género lírico é um género literário escrito em versos que tem como foco mostrar as
emoções, sensações, sentimentos e impressões pessoais do poeta.
Os textos líricos são marcados pela subjectividade, onde o poeta expressa sua opinião,
por isso, eles são escritos na primeira pessoa (eu).
O género lírico recebe esse nome, pois faz referência ao instrumento musical, a lira, que
acompanhava a declamação de poesias na antiguidade.
Soneto - poema de forma fixa, formado por catorze versos (dois quartetos e dois
tercetos).
Poesia - texto poético formado por versos que se agrupam em estrofes.
Ode - poema de exaltação composta para ser declamada ou cantada.
Haicai - poema de forma fixa de origem japonesa, formado por três versos.
Hino - poema que homenageia alguém ou venera algo.
Sátira - poema que ridiculariza pessoas ou costumes.
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Conclusão
O processo de leitura e interpretação é gradual. Durante o processo de leitura o
estudante vai evoluindo partindo da descrição e de uma leitura superficial para uma
explicação e uma interpretação daquilo que está sendo lido, apresentando as razões e
construindo argumentos em torno do texto literário. O ato de explicar ou se posicionar
ante o texto revela que o processo de formação de leitor tem surtido efeito. Uma
actividade em que o aluno precisa interagir com o significado desperta no aluno uma
consciência sobre o objecto de leitura. Dessa forma, esse seria um dos caminhos para o
processo de formação do leitor em língua estrangeira. A aplicação e o panejamento da
alternativa metodológica de ensino salientaram que os novos caminhos pelos quais o
ensino de literatura precisa passar é unir teoria e prática na aquisição de novas
alternativas de ensino que elevem o directo à literatura a todos, na promoção do deleite
aos jovens pelo prazer de debruçar-se sobre uma obra literária sem fins utilitários, mas
com objectivos fundamentados e coerentes, conhecidos por todos. A experiência com o
texto literário foi transformada em formas de comunicar-se socialmente a partir de uma
postura receptiva das divergências impostas pela vida. O contacto com o texto literário e
a leitura individualizada que priorizava o tempo e as compreensões de cada aluno,
levou-os à abrangência da diversidade dos textos e das obras, tirando-os daquele mundo
monocromático em que viviam por não serem familiarizados com a leitura. Assim, o
trabalho de questionamento, de levantamento de hipóteses possibilitou aos alunos
encontrar nas entrelinhas do texto sua fantasia inventiva, sua realidade aguçada,
permitindo-se deixar levar pelo pensamento. O interesse concretizou-se, porque os
anseios dos discentes ainda são os mesmos, porque as necessidades educacionais são as
mesmas, principalmente, na rede estadual. Os estudantes ficam entusiasmados diante do
inovador, do diversificado, do diferente, do comummente visto e exigido nos onze anos
de permanência na escola, quer dizer. Dessa maneira, a credibilidade de adequar a
alternativa metodológica ao currículo foi positiva, visto que gerou participação activa
dos discentes, pois se assumiram como protagonistas do ensino, uma vez que
perceberam no planejamento, na dedicação do professor actividades que 6 reflectiam
suas angústias, possibilitando expor suas inquietações e as superações alcançadas por
meio da leitura dos textos literários, permitindo a alguns ver nos livros instrumentos
significativos para seu aprendizado, e não mais um artefacto enfadonho. Isso por que a
sala não foi mais o lugar de receber as informações transmitidas pelo professor de
maneira passiva, mas p meio da troca de experiências, de discussões, de refutações, de
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exteriorização dos pontos de vista, ou seja, foi o espaço que propiciou a reflexão e a
transformação atitudinal de seus integrantes, que pôde ser observada nos contextos
exteriores à escola, visto que é entendida como extensão da sociedade, o meio para
dialogar sobre os problemas que circunscrevem sua existência, tornando-se algo
prazeroso, convidativo e significante. Nesse sentido, é preciso primeiro que os
profissionais adquiram o prazer e internalizem a importância de ler para que possam, em
seguida, despertar o prazer e o gosto pela leitura. Somente reeducando os profissionais é
que conseguiremos apontar aos alunos o que há de tão fantástico na leitura. Pressupondo
tais acções, o trabalho baseado nas alternativas metodológicas podem tornar-se uma
prática transformadora e enriquecedora ao conciliar o discernimento da actividade e da
selecção literária coerente com a mediação do professor, caminhos possíveis para
despertar o prazer de envolver-se na actividade proposta, formando o gosto de ler e a
ampliação do horizonte de expectativas do leitor.
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Referências bibliográficas
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Parábola Editorial, 2003.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. 3ª ed. Brasília:
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