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1 INTRODUÇÃO
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2. Pode desmotivar os alunos a aprender a língua portuguesa, pois
eles podem se sentir inferiorizados por não falarem a norma culta.
A cultura do erro que está presente em nossas escolas é um dos
maiores obstáculos para o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa
(Antunes, 2008, p. 106).
Pode dificultar o desenvolvimento da competência comunicativa dos
alunos, pois eles podem concentrar-se em aprender as regras gramaticais, em
detrimento da prática da comunicação.
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1.3 Conceito de norma culta
Segundo o gramático Napoleão Mendes de Almeida, a norma culta é “o
conjunto de formas e construções que, em determinado momento da história
de uma língua, são consideradas como corretas por um grupo social que detém
o poder e a influência cultural”.
A norma culta é um conjunto de regras gramaticais e vocabulário que é
considerado como correto e formal. Ela é geralmente associada à classe média
alta, e é frequentemente utilizada em contextos formais, como no ambiente de
trabalho ou na escola.
No entanto, é importante ressaltar que a norma culta não é a única
forma correta de falar e escrever a língua portuguesa. Existem outras variantes
da língua portuguesa que são igualmente válidas. Como afirma o linguista
Marcos Bagno: “a norma culta é uma construção social, que não tem valor
intrínseco, mas que é socialmente valorizada”.
A imposição da norma culta como a única forma correta de falar e
escrever a língua portuguesa pode levar a uma discriminação linguística. Os
estudantes que falam variantes da língua portuguesa que não são
consideradas como corretas podem ser discriminados por professores, colegas
e empregadores.
Almeida (1999) defende a importância do respeito às diferentes
variedades da língua portuguesa. Ele afirma que “é importante que todos os
falantes da língua portuguesa sejam capazes de entender e respeitar as
diferentes variedades da língua” (p. 16). Essa afirmação destaca o fato de que
o respeito às diferentes variedades da língua é importante para a convivência
social e para a construção de uma sociedade mais democrática.
É importante que as escolas e os professores promovam o respeito às
diferentes variantes da língua portuguesa. Os estudantes devem aprender a
usar a norma culta em situações formais, mas também devem respeitar as
diferentes variantes da língua portuguesa que são utilizadas em contextos
informais.
“A norma culta é uma variedade da língua que é considerada correta por
um grupo social que detém o poder e a influência cultural. [...] A norma culta
não é superior às outras variedades da língua, mas é socialmente valorizada
por um determinado grupo social” (Bagno, 2009, p. 12).
2 RECORTES DE LIVROS
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No capítulo “A língua e seus usos”, o livro apresenta as diferentes
variedades da língua portuguesa, incluindo a norma culta. No entanto, o foco
do capítulo é a norma culta, que é apresentada como a variedade mais
importante da língua.
Figura 1: Ilustração da capa do livro “Se liga na língua”.
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Figura 2: Sumário.
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Figura 3: Critérios de avaliação do professor
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Figura 4: Atividade de escrita de diário
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Figura 5: Atividade de gramática normativa
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O livro “Se liga na língua” no sumário apresenta uma proposta diferente,
a sua intenção é tornar a leitura como algo prazeroso sem regras gramaticais
como nos antigos livros didáticos, ao longo do livro o aluno conhecerá várias
tipologias textuais. O foco é mostrar para os estudantes poemas, tirinhas,
músicas e muitas outras formas da expressão da cultura brasileira e da
literatura portuguesa. Entretanto, apesar de propor tudo o que se expôs o leitor
quase não encontra as variedades da linguagem oral e escrita, o livro inteiro é
composto por uma linguagem voltada à norma culta da língua portuguesa.
Figura 6: Capa do livro “Se liga na língua”.
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Figura 7: Atividade de variedades linguísticas
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2.1 Análise dos Recortes de livros didáticos
Esses recortes demonstram que, em geral, nos livros didáticos de língua
portuguesa predomina a língua padrão. Isso pode ser explicado por diversos
fatores, como o fato de que a norma culta é a variedade da língua que é
valorizada socialmente e pela necessidade de preparar os alunos para o uso
da língua em contextos formais. No entanto, no segundo livro autor pauta sobre
as variedades linguísticas, mas o uso da norma culta ainda é privilegiado no
livro apontando somente um pouco do assunto.
No entanto, é importante ressaltar que a abordagem da variação
linguística é essencial para o ensino de língua portuguesa. A valorização da
diversidade linguística e o ensino contextualizado das normas gramaticais e
ortográficas podem contribuir para superar o autoritarismo gramatical e criar
condições para um ensino mais eficaz da língua portuguesa.
6 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
Almeida, Napoleão Mendes de. Gramática portuguesa. 36. Ed. Rio de Janeiro:
Editora Nova Fronteira, 1999.
Antunes, I. (2008). Aula de Português: encontro e interação. São Paulo:
Parábola.
Bagno, M. (2009). A norma culta: língua e poder na sociedade brasileira. São
Paulo: Parábola.
Bortoni-Ricardo, S. M. (2005). Nós cheguemu na escola, e agora?
Sociolinguística e educação. São Paulo: Parábola
Bagno, M. (2004). Português brasileiro? Um convite à pesquisa. São Paulo:
Parábola.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Brasília, 2017.
CAVALCANTE, Maria Marta. Variação linguística: uma abordagem
sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2014.
MOURA, Maria Luiza de. Preconceito linguístico: o que é, como se manifesta e
como combatê-lo. São Paulo: Contexto, 2017.
Português: Aprendendo a língua. Autoria coletiva. 9. Ed. São Paulo: Moderna,
2023.
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