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1º Ano
1º Semestre
Deontologia
(I.T.C.P.N)
Trabalho de carácter
avaliativo a ser entregue
no departamento de
MEDICINA GERAL
na cadeira de
deontologia e a ser
avaliado pela Docente:
Eva Totoma
ao docente:
(I.T.C.P.N)
Objectivos ..................................................................................................................... 2
Metodologia .................................................................................................................. 2
Conclusão.................................................................................................................... 15
Para desenvolver essa relação de confiança mútua é preciso pensar em toda a experiência
do seu paciente no seu consultório, e não só no atendimento dentro da sala de consultas.
Mas, sem dúvidas, a comunicação é o que causa o maior impacto na satisfação dos
pacientes – seja ele positivo ou negativo.
Por isso, conhecer teorias e adotar técnicas de comunicação pode ser uma boa maneira de
melhorar o relacionamento com os pacientes.
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2. Objectivos
2.1.Objectivo Geral
Conhecer a comunicação e o modelo de relacionamento entre o paciente e o
médico.
2.2.Objectivos Específicos
Conhecer os modelos de comunicação e de relacionamento entre o paciente e o
médico;
Avaliar os órgãos ou meios de Comunicação;
Conhecer os meios de comunicação antigos;
Conhecer os meios de comunicação atuais;
Avaliar os benefícios de uma eficaz comunicação médico paciente;
Conhecer os principais desafios na comunicação médico paciente;
Saber das habilidades necessárias ao profissional para uma boa comunicação
médico paciente;
Entender a importância da comunicação médico paciente;
Avaliar o reconhecimento e comprimentos dos direitos e deveres dos Técnicos da
Medicina.
3. Metodologia
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4. Comunicação, modelo de relacionamento entre o paciente e o médico
Mesmo no atual mundo moderno, com tecnologias que surgem a todo momento, o “Dr.
Google” e a rapidez das informações, a comunicação médico paciente só ganha em
importância.
Assim, o diálogo, o contato pessoal e o saber escutar se mostram como aspectos essenciais
do atendimento, com benefícios diversos.
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A relação hipocrática, tradicionalmente paternalista, torna-se desfasada a medida em que
os laços estreitam-se, o médico torna-se mais diligente e avalia seu paciente como um
individuo complexo, abordando a influência dos estados psíquicos na saúde física dos
pacientes.
4.2.Órgão de Comunicação
Meios de comunicação
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Correio: meio de comunicação cujo sistema envolve envio de cartas, documentos e
encomendas entre remetente e destinatário. É um dos meios de comunicação mais antigos,
podendo ser privado ou público.
Celular: meio de comunicação que faz a transmissão de voz e de dados por meio de ondas
eletromagnéticas. Foi inventado em 1947 pela empresa de tecnologia Bell, nos Estados
Unidos. Em 1956, a Ericsson reuniu diversas tecnologias e desenvolveu o celular
chamado Ericsson MTA (Mobilie Telephony A).
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4.3.Benefícios de uma eficaz comunicação médico paciente
A comunicação eficaz resulta em uma série de benefícios para todas as etapas do cuidado
em saúde.
Quando há uma relação eficaz e de confiança, na qual o paciente está bem informado e
participa ativamente da tomada de decisão, a sua adesão ao tratamento é maior.
Para isso, é importante ele perceber que possui autonomia e abertura para conversar com
o médico sobre o curso do tratamento, suas dúvidas e seus cuidados.
Aquele paciente que sai de uma consulta com a sensação de satisfação e de ter sido bem
atendido tem uma chance muito maior de retornar ao consultório no futuro.
Mas, para isso, é importante haver confiança no profissional que o atendeu, o que depende
de uma comunicação eficaz.
Focar nas reais necessidades do paciente é sinônimo de maior satisfação por parte dele.
Isso acontece porque a confiança no médico, como vimos, repercute na maior adesão ao
tratamento e, consequentemente, em uma melhor resposta aos cuidados com a sua saúde.
Tudo isso faz com que o paciente se sinta mais à vontade para compartilhar informações
sobre o que ele está passando.
Ou seja, são dados pertinentes não somente ao tratamento, mas também ao diagnóstico.
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Aumento do vínculo médico paciente
Outro benefício que uma boa comunicação médico paciente possibilita é o aumento do
vínculo entre eles.
Tudo é fruto de uma relação mais humanizada, que gera impactos até mesmo no menor
tempo de internação ou de tratamento, já que a adesão do paciente é maior.
Como consequência, o paciente tende a ser mais preciso na descrição dos seus sintomas,
o que permite ao profissional entender de maneira assertiva o seu problema e elaborar um
diagnóstico preciso.
Assim, reduz a margem de erros clínicos, uma vez que compreender melhor a queixa do
paciente faz com que consiga identificar de forma mais assertiva aquilo que ele precisa.
Ao longo dos anos, uma série de estudos tem apontado a comunicação como foco de
queixas de pacientes sobre médicos.
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De quebra, os resultados positivos aparecem não apenas no relacionamento profissional,
mas também na assistência à saúde.
Qualquer pessoa que procura um atendimento de saúde já está com algum desconforto.
Isso faz com que surjam inseguranças, medos e muitas dúvidas que devem ser
respondidas e observadas pelos profissionais. Só que nem sempre é assim.
Um estudo realizado pela Universidade de Toronto apontou que 54% das queixas dos
pacientes e 45% das suas preocupações passam despercebidas pelos médicos ao longo
das consultas.
Outro dado importante é que, em pelo menos metade dos atendimentos, médicos e
pacientes não estão de comum acordo sobre o motivo principal dos sintomas
apresentados.
As conclusões revelam desafios na comunicação médico paciente, o que pode ser foco de
insatisfação quanto ao serviço e atendimento prestados.
Por vezes, o paciente está incerto sobre o tratamento ou, então, não se sente à vontade
para fazer perguntas.
Nesse sentido, vale citar um estudo realizado com médicos parisienses, que mostrou
que 83% de todas as palavras ditas durante a consulta são faladas pelo médico.
Mas, para que isso seja feito da melhor forma, algumas habilidades são primordiais.
Escuta ativa
Saber escutar ajuda o paciente a se sentir mais à vontade para falar sobre suas aflições,
tirar dúvidas e, até mesmo, revelar medos e inseguranças que possa ter.
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Quando o paciente percebe que o médico realmente está ouvindo o que ele diz, sente
maior confiança no profissional.
Também deve evitar interrupções desnecessárias, pois isso pode levar o paciente a se
sentir acuado e não transmitir ao médico tudo o que gostaria.
Uma habilidade muito necessária para uma boa comunicação médico paciente é
a empatia.
Tudo isso permite ao médico criar um vínculo transparente, no qual demonstra interesse
em entender e resolver o problema do paciente.
A comunicação não consiste apenas na fala e na escuta, mas também nos gestos,
expressões, postura, tom de voz e olhar.
A resposta de um paciente ao médico pode ser muito influenciada pela postura dele
durante a consulta.
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Evitar linguagem científica na relação médico-paciente
Seu paciente, provavelmente, é alguém que não estudou o mesmo que você e não conhece
a linguagem científica e o vocabulário médico.
Por isso, é importante adequar a sua comunicação de acordo com o seu ouvinte.
Saber adequar a linguagem utilizada permite que o diálogo aconteça com fluidez, melhora
a imagem do médico perante o paciente e ainda faz com que ele se sinta mais próximo do
profissional.
Se necessário, repita ou esclareça alguma informação ou procedimento que possa não ter
ficado muito claro e sempre confirme com o paciente se existe alguma dúvida.
Passar instruções por escrito ou entregar material educativo para o paciente são ótimas
maneiras de evitar que haja dúvidas.
Instruções por escrito também são ótimas ferramentas para ajudar o paciente a não
esquecer quando e quais medicamentos utilizar e as datas das próximas consultas.
Tudo isso favorece o vínculo tão importante na relação dele com seu médico.
Os avanços tecnológicos têm mudado a forma como as pessoas se relacionam nos mais
diversos setores.
Na saúde, os movimentos nesse sentido ainda são tímidos, mas há sinais de que mudanças
vêm por aí.
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Além disso, apontou que houve maior satisfação com a conveniência da telemedicina e
que os pacientes estavam igualmente satisfeitos com a capacidade do médico de tomar
decisões, criar relatórios e promover a comunicação.
Telemedicina Morsch
Com o uso de aparelhos digitais, os dados coletados nos exames são enviados diretamente
a um computador, de onde são disponibilizados em uma plataforma de telemedicina, com
armazenamento em nuvem.
Ouvir a história da pessoa, entender o que ela está passando, absorver as informações e
poder transmitir o que é necessário para uma boa prescrição médica ou tratamento são
situações rotineiras em uma consulta.
Então, o diálogo inicial entre médico e paciente a respeito dos sintomas e da sua saúde é
de extrema importância para um bom tratamento.
Quando o paciente não se sente seguro para conversar, isso dificulta o vínculo e a própria
condução médica do caso.
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E essa compreensão depende muito do profissional médico e do foco que ele exerce sobre
o paciente.
Por isso, a efetividade na comunicação médico paciente precisa ser uma prioridade.
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j) Comunicar à Ordem dos Médicos, no prazo máximo de 30 dias, a mudança de
residência, a reforma e os impedimentos por doença prolongada ou serviço
militar;
k) Pagar as quotas e demais débitos regulamentares.
6. Zelo pelos direitos e deveres dos pacientes no âmbito da saúde
6.1.Direitos e Deveres do Paciente
6.1.1. Direitos dos Pacientes
1. O paciente tem direito de ser identificado pelo nome e sobrenome. Durante a realização
de procedimentos, tem direito a ter seu nome e data de nascimento confirmados pelos
profissionais.
4. O paciente tem direito de receber, toda informação sobre os medicamentos que lhe
serão administrados.
6. O paciente tem direito a manter a sua privacidade, com atendimento em lugar adequado
e conduta profissional que resguarde essa privacidade.
7. O paciente acima de 60 anos e/ou com dependência física e/ou psíquica tem o direito
à permanência, em tempo integral, de um acompanhante durante o tratamento em regime
de internação.
8. O paciente tem o direito de ter respeitada sua crença espiritual e religiosa e de receber
ou recusar assistência moral, psicológica, social e religiosa.
9. O paciente tem direito a ser ouvido, por meio de um canal direto de comunicação
(ouvidoria), sendo suas queixas, críticas e/ou elogios encaminhados aos setores
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responsáveis. Quando apresentar alguma reclamação, esta deverá ser averiguada, com
retorno ao paciente / acompanhante.
6.1.2. Deveres
3. O paciente deve confirmar o entendimento das ações que estão sendo efetuadas ou
propostas visando à cura dos agravos à sua saúde à prevenção das complicações ou
seqüelas, à sua reabilitação e à promoção da sua saúde, fazendo perguntas sempre que
tiver dúvidas.
10. Os pacientes e/ou acompanhante tem o dever de zelar pelos seus pertences de valor
durante sua permanência no hospital.
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7. Conclusão
A lei visa alertar que toda pessoa possui o direito ao tratamento de saúde em tempo
adequado para resolução de suas condições, sendo direito da pessoa a continuidade do
tratamento com qualidade adequada. É importante destacar que é direito do paciente
possuir informações sobre seu estado de saúde de forma clara, objetiva, respeitosa e
compreensiva.
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8. Referências Bibliográficas
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terapêutico. Revista Portuguesa de Clínica Geral, p.505-512. 2012.
SOAR FILHO, E.J. A interação médico-cliente. Rev. Assoc. Med. Bras. vol.44 n.1 São
Paulo Jan./Mar. 1998.
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vol.47, n.2, pp.104-105, 2001.
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MARVEL, M.K; EPSTEIN, R.M. et al. Soliciting the patient’s agenda: have we
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