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CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS – CESC

DEPARTAMENTO DE LETRAS
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE LITERATURAS
PROF.ª ME.ª MÔNICA CARDOSO SILVA

REVISTA LITERÁRIA

CAXIAS – MA
2023
ANDRÉ SÓSTENES LIMA ALMEIDA
BEATRIZ PEREIRA DE OLIVEIRA
CLEITON PEREIRA SANTOS
LUISA MARA SILVA LIMA
MAX MATEUS MOURA DA SILVA
RENATO ALEXANDRE MARRA

Projeto apresentado na disciplina de Metodologia


de Ensino de Literatura, do curso de Letras
Licenciatura em Língua Portuguesa, Língua Inglesa
e Literaturas, 9° período, da Universidade Estadual
do Maranhão – UEMA, como requisito para nota.

Prof.ª Me. ª Mônica Cardoso

CAXIAS – MA
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................4
2. TEMA...................................................................................................................................4
3. OBJETIVOS.........................................................................................................................4
2.1. GERAL..........................................................................................................................5
2.2. ESPECÍFICOS...............................................................................................................5
4. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................5
5. METODOLOGIA.................................................................................................................7
6. RESULTADOS ....................................................................................................................8
6. CRONOGRAMA..................................................................................................................8
7. RECURSOS..........................................................................................................................9
7.1. MATERIAIS............................................................................................................... 10
7.2. HUMANOS.................................................................................................................10
8. REFERÊNCIAS..................................................................................................................10

ANEXO...............................................................................................................................12
APÊNDICE.........................................................................................................................31
1 INTRODUÇÃO

Ao pensar, atualmente, sobre o contexto sócio-cultural dos alunos no processo de


aprendizagem, nota-se que é de extrema relevância olhar para a educação como um elemento
transformador, capaz de formar, preparar e mudar o cidadão nas diferentes áreas da vida. Assim,
o presente projeto se justifica por ser uma temática necessária na vida dos educandos. Além do
mais, através dele, busca-se ampliar o repertório cultural dos alunos, trabalhando as habilidades
de escrita e de leitura, tendo como principal auxílio os diferentes gêneros textuais.
De acordo com Silva e Júnior (2021) explorar os diferentes gêneros textuais na sala de
aula como uma proposta multidimensional, através de abordagens que destacam os diferentes
aspectos, sejam sociais ou culturais, é, de certa forma, interagir com o meio social do educando,
levando em consideração cada particularidade do seu meio, visto que possibilita uma reflexão
sobre o mundo e a escrita, além de desenvolver as suas competências leitoras.
Nesse sentido, o professor, tendo conhecimento sobre isso, deve mostrar interesse na
articulação da sua prática docente, juntamente com a instituição e a equipe pedagógica, para
propiciar aos alunos momentos que despertem o gosto pela leitura literária neles. Foi com base
nessa percepção que os gêneros textuais são vistos como um grande apoio para o educador.
Este, ainda, no ensino básico, pode incentivar os seus alunos a tornarem-se “leitores
competentes” (COSSON, 2011) ao trazê-los para perto dos livros e incentivá-los a manter uma
estreita relação com os textos literários, como, por exemplo, a utilização da biblioteca escolar.
Ademais, assim o fazendo, professores trabalharão de acordo com as regras redigidas nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), fazendo com que o aluno alfabetizado se torne este
leitor competente por iniciativa própria. Consequentemente, o letramento faz do aluno um
indivíduo consciente, reflexivo e crítico, o que é uma boa competência para a vivência em
sociedade. O letramento literário é um processo gradativo. Cabe aos incentivadores, professores
ou não, garantir que essa construção não pare ou não se torne uma atitude mecânica.

2 TEMA

Revista literária: uma estratégia para o estímulo da leitura e produção de gêneros literários no
contexto escolar.

4
3 OBJETIVO GERAL

Aprimorar as habilidades de leitura e escrita, fomentando a familiaridade com variados


gêneros literários.

3.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Estimular a leitura de diferentes gêneros textuais;


● Desenvolver a criatividade por meio da produção de textos literários;
● Promover o enriquecimento do repertório cultural a partir da leitura de textos
pertencentes a diferentes gêneros.

4 REFERENCIAL TEÓRICO

A leitura é uma das habilidades mais essenciais para o desenvolvimento intelectual e


pessoal de qualquer indivíduo. Ela desempenha um papel fundamental no processo de
aprendizado ao longo da vida, além de ser uma fonte inesgotável de conhecimento, prazer e
enriquecimento cultural. Ao mergulhar nas páginas de um livro, somos transportados para
diferentes universos, perspectivas e realidades, ampliando nossa compreensão do mundo e de
nós mesmos.
Além disso, a leitura é uma habilidade fundamental para o desenvolvimento de outras
competências, como a escrita, a comunicação efetiva e o pensamento crítico. Ao nos
envolvermos com diferentes gêneros literários, somos expostos a uma variedade de estilos,
estruturas narrativas e técnicas literárias, o que nos possibilita aprimorar nossa expressão escrita
e oral. A leitura também amplia nosso vocabulário, aperfeiçoa nossa gramática e nos
proporciona modelos de linguagem ricos e inspiradores.
No entanto, a importância da leitura vai além do aspecto acadêmico. Ela também
desempenha um papel vital na formação de valores, no desenvolvimento da empatia e na
compreensão da diversidade humana. Através das histórias, somos convidados a entrar em
contato com diferentes culturas, experiências e perspectivas, o que nos torna mais tolerantes,
abertos e conscientes do mundo que nos cerca.
Diariamente somos apresentados a novos perfis de leitores literários, não apenas de
textos escritos, mas também audiovisuais. Obras com imensa circulação nas mídias digitais,
muito apreciados e estimados pela juventude leitora. Posto isso, faz-se necessária a utilização

5
da abordagem teórica do Letramento Literário para a compreensão da leitura literária de ficção,
de texto escrito e de outros meios de literatura.
Primeiramente, para uma análise mais profunda a respeito do letramento literário, é
importante abordar as definições e propostas desta abordagem teórica. Quando falamos em
letramento literário, referimo-nos à capacidade de interpretar, compreender e apreciar a
literatura em suas diversas formas. Isso implica não apenas decifrar palavras e frases, mas
também extrair significado, contexto e emoção das páginas que se abrem diante de nós. O
letramento literário nos permite explorar a profundidade das palavras escritas, descobrir novos
horizontes, expandir nossa imaginação e refletir sobre questões universais.
Os estudos sobre o tema letramento tem como importante influência, a obra New
Literacy Studies, de Brian Street (1984), onde o autor relacionava o letramento com a prática
social. Angela Kleiman (1995), define letramento como um conjunto de práticas sociais que
usam a escrita, como sistema simbólico e como tecnologia, em contextos específicos, para
objetivos específicos. Mirian Zappone (2008) baseia-se em Kleiman e apropria-se do conceito
de letramento para estudos literários.
A proposta de letramento literário no âmbito escolar é de extrema importância para a
formação do leitor literário, crítico e analítico à relação dos textos literários estudados e os
aspectos da sociedade. Sendo a escola umas das mais importantes agências de letramento,
juntamente com a família, a igreja e o trabalho, a escola foca principalmente no letramento em
seu caráter de alfabetização. Infelizmente o letramento literário não tem muito espaço no âmbito
escolar, apesar da sua imensa relevância para a educação e para os profissionais da educação
básica.
O modelo de letramento adotado nas escolas é o chamado modelo autônomo. Este
modelo estabelece uma relação entre a escrita e o desenvolvimento cognitivo, ou seja, quem
sabe escrever pensa melhor, e separa a escrita da oralidade, inferiorizando a última. Por outro
lado, há o modelo ideológico que se enquadra nas práticas de letramento literário. Este modelo
baseia-se em práticas sociais, no uso da escrita por diferentes grupos e contextos. Práticas
sociais como: ir a eventos, assistir filmes, jogar vídeo game, entre outros. Para Rojo (2005),
letramentos literários são práticas de leitura literária diferentes, em diferentes contextos, valores
e designando a seus participantes diferentes poderes.
A juventude tem lido cada vez mais obras de ficção, porém tais obras não são
consideradas literatura de qualidade e por isso não circulam no ambiente escolar, excluindo e
limitando o desenvolvimento da leitura crítica relacionada à prática social, a todos aqueles que

6
não leem os "cânones". Segundo Menezes de Souza (2007), todas as formas de narrativas,
podem ser lidas criticamente.
No contexto brasileiro faltam políticas públicas nacionais e estaduais para a inserção
dessas literaturas consideradas inferiores na educação básica, assim como a aplicação do
letramento literário em sala de aula. Dessa forma, percebemos que não há espaço para tais
literaturas no âmbito escolar, apesar da acessibilidade e popularidade desses textos literários.
Principalmente por que as diretrizes curriculares não sugerem o seu emprego nas aulas. Há
também uma falta de perspectiva de aplicabilidade desse conteúdo em sala de aula. Tal
concepção não condiz com a realidade, pois a partir da análise de tais literaturas é possível
discutir questões como, identidade, nacionalidade, cultura, e as questões sociais a quais os
alunos estão inseridos. Levando o estudante a lidar com as diferenças cada vez mais presentes
em nosso cotidiano devido ao contato cada vez maior com outras culturas e realidades, graças
à Internet.
Esses textos literários estão vastamente inseridos no cotidiano dos brasileiros e não são
considerados tão importantes pelo grande público, já que a literatura é pouco valorizada em
nosso país. Uma coisa é fato, rejeitar os textos por serem ficcionais ou "irrelevantes" não é uma
solução. Cabe à escola, como uma das principais agências de letramento da sociedade, a
implementação de políticas públicas que possibilitem a inserção do letramento literário através
dessas literaturas "menores" nas diretrizes curriculares da educação básica. Para que assim
então, a escola possa formar leitores literários conscientes, críticos, atentos a sua realidade
social e histórica, podendo assim transformar para melhor a sua sociedade.

5 METODOLOGIA

A presente proposta trata-se de um projeto de intervenção a ser desenvolvido em


diferentes turmas do Ensino Médio. O trabalho encontra-se subdividido em três etapas, a saber:
conto, crônica, poesia e cordel.
Em um primeiro momento, o professor estagiário apresentará produções de autores do
gênero escolhido dentre os citados, buscando a familiarização dos alunos. Em seguida, ele irá
discorrer sobre a teoria de cada gênero literário, subsidiando-se, se necessário, de especialistas.
A terceira etapa consiste em pedir que a turma produza textos a partir dos modelos expostos,
passando pela fase de rascunhos, correções, finalização e exposição.

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6 RESULTADOS

Seguindo as etapas apontadas na metodologia, os estagiários se organizaram de modo a


trabalhar com as turmas os diferentes gêneros literários. Nesse sentido, notou-se, por parte dos
discentes, um maior conhecimento acerca de aspectos característicos de cada gênero. Durante
a etapa inicial, o acesso a produções de diversos autores favoreceu o contato com um repertório
cultural que possibilitou assimilar modelos de elaboração artística.
Considerando a subdivisão dos temas, os gêneros foram alocados do seguinte
modo: André e Luisa trabalharam a crônica, Renato e Cleiton trabalharam com contos e Max
Mateus trabalhou com a poesia. Silva (2015) destaca o papel da escola na formação de leitores
proficientes e de escritos. Segundo a estudiosa, recai sobre a escola a função de favorecer o
contato entre o aluno e o texto literário. Neste sentido, é dito que a ação deve estar articulada
ao cenário no qual o aluno se situa, de modo a problematizar sua realidade.
De porte dos informes teóricos e dos modelos apontados, os alunos puderam efetivar a
escrita dos próprios textos. Buscou-se apresentar textos que evocam situações que, de algum
modo, encontravam-se alinhadas à realidade dos alunos. Embora alguns tenham apresentado
certa dificuldade no que diz respeito à produção textual e o entendimento da estrutura que
compõem os gêneros textuais trabalhados, foi possível obter um número significativo de
produções e o envolvimento de todos os alunos nas atividades propostas por meio deste projeto.
Como resultado do projeto, foi produzida a Revista TRG (apresentada na íntegra nos
anexos). A imagem abaixo contém a capa e contra capa da publicação. Após os textos dos
alunos terem sido produzidos, os estagiários se encarregaram de realizar análise das criações,
apontando correções necessárias na grafia das palavras, bem como sugestões para uma melhor
feitura do texto. É importante ressaltar que esse estágio de análise da escrita se deu de maneira
integrada, de modo que os alunos puderam analisar criticamente as escolhas tomadas.

Figura 1 e 2: Capa e contra capa da Revista TRG

8
Fonte: Acervo dos autores

Por fim, de modo a publicizar as produções, foi realizada a culminância do projeto. Na


oportunidade, alguns dos textos foram lidos para todos os alunos no pátio da escola (verificar
anexos). Notou-se, a partir das falas de alguns alunos, o reflexo positivo da atividade, posto que
alguns conseguiram se perceber como autores, o que, no primeiro estágio do projeto parecia ser
algo inatingível. Desse modo, o trabalho conferiu protagonismo aos alunos e os permitiu
desenvolver o pensamento crítico e reflexivo.

7 CRONOGRAMA

ETAPAS PERÍODO
Preparação de material De 03 de maio à 05 de julho
Apresentação da parte teórica De 10 de maio à 25 de junho
Apresentação de textos de cada gênero De 03 de maio à 25 de junho
Produção textual (Rascunho) De 11 de maio à 30 de junho
Correção das produções textuais De 11 de maio à 04 de julho
Entrega Final das produções textuais De 17 de maio à 04 de julho

9
8 RECURSOS

8. 1 RECURSOS MATERIAS

DISCRIMINAÇÂO UNIDADE QUANT.


Folha de papel A4 Unidade 65
Xerox Unidade 65
Pincel Unidade 15
Apagador Unidade 5
Caneta Unidade 07
Lápis Unidade 04
Caderno para anotações Unidade 05
TOTAL GERAL 166

8.1. RECURSOS HUMANOS

DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE
Acadêmico pesquisador 06
Professor orientador 02
Professores colaboradores 08
Colegas colaboradores 06
Bibliotecário 0
Digitador 06
TOTAL GERAL 33

REFERÊNCIAS

COSSON, R.; SOUZA, R. J. Letramento literário: uma proposta para a sala de aula. São
Paulo: Unesp, 2011.

KLEIMAN, Angela B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In:


(Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita.
Campinas, SP: Mercado de Letras, 1995.

MENEZES DE SOUZA, L. Editor’s preface. In: Critical Literacy: Theories and Practices,
vol. 1, n. 1, p. 4-5, July 2007.

ROJO, Roxane. Letramento(s): práticas de letramento em diferentes contextos. In:


Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

SILVA, Águida Nayara Souza da ; JÚNIOR, Silvio Nunes da Silva. A CRÔNICA NO


ENSINO MÉDIO: UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA AULAS DE
LÍNGUA PORTUGUESA. Revista Entre Saberes, Práticas e Ações, Palmeira dos Índios,
AL, v.1 n.2, jul./dez. 2021.

10
SILVA, Ivanda Maria Martins. Literatura em sala de aula: da teoria literária à prática escolar.
Anais do evento PG letras, v. 30, p. 514-527, 2005.
STREET, Brian V. Literacy in theory and practice. New York: Cambridge University
Press, 1984.

ZAPPONE, Mirian Hisae Yaegashi. Fanfics – um caso de letramento literário na


cibercultura? Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 43, n. 2, p. 29-33, abr./jun. 2008.

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ANEXO

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28
29
30
APÊNDICE

31
Produções de Crônicas
Figura 1

32
Figura 2

33
Culminância do Projeto
Figura 1

Figura 2

34
Figura 3

35

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