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Questão 1/10 - Análise de Textos Literários: Prosa

Observe a passagem de texto:

“Referindo-se a [Joseph Warren] Beach e outros autores, Friedman se ocupa


longamente da distinção entre contar (‘telling’) e mostrar (‘showing’) na arte
narrativa, apontando a tendência, cada vez mais marcante no romance do século
XX, para que o autor seja objetivo, e nos apresente o evolucionar do enredo e dos
personagens de maneira não opinativa”.

Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São

Paulo: Pioneira, 1981. p. 8.

De acordo com a passagem textual e os conteúdos do livro-base A prosa


ficcional: teoria e análise de textos, sobre as noções de “sumário narrativo” e
“cena imediata”, apresentadas por Norman Friedman, analise as assertivas e, em
seguida, marque V para verdadeiras e F para falsas:

I. ( ) O sumário narrativo tem relação com o recurso mostrar evidenciado por


Lubbock.
II. ( ) Sumário é o resumo com informações gerais, inscrevendo uma série de
eventos em um tempo e um espaço.
III.( ) A cena imediata encontra paralelo com o recurso contar destacado por
Lubbock.
IV. ( ) A cena ocorre quando há distensão entre o tempo da ação e o da narração.

Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:


Nota: 10.0

A F–V–F–V
Você assinalou essa alternativa (A)

Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), uma vez que as afirmativas I e III
são falsas: “Friedman inicia esse item evocando a distinção entre sumário
narrativo, decorrente do recurso de contar, de cena imediata, decorrente do
recurso mostrar, que conhecemos da leitura de Lubbock, então com o registro
‘apresentação panorâmica’ para o primeiro, na opção da tradução que usamos”
(livro-base, p. 126). As afirmativas II e IV, por sua vez, são verdadeiras: “Segue-
se a explicação sobre a diferença no modo de construção do sumário e da cena,
que cumpre a trajetória do geral para o particular. O sumário, que também
aparece como narrativa, considerado ‘o modo normal, simples de narrar’, é
resumo mesmo, com informações gerais, inscrevendo uma série de eventos em um
tempo e um espaço. A ‘cena imediata emerge tão logo os detalhes específicos,
contínuos e sucessivos de tempo, espaço, ação, personagens e diálogo começam a
aparecer’ [...]. Dito de outro modo: quando há coincidência entre as
temporalidades, quando acontece a distensão entre o tempo da ação e o da
narração, ocorre a cena” (p. 127).

B V–F–V–V
C V–V–F–F

D V–F–V–F

E F–F–V–V

Questão 2/10 - Análise de Textos Literários: Prosa


Atente para a citação:

“[...] o contrato da ficção não exige um corte radical e irreversível com o mundo
real, podendo (devendo, até, de acordo com concepções teórico-epistemológicas
de índole sociológica) o texto ficcional remeter ao mundo real, numa perspectiva
de elucidação que pode chegar a traduzir-se num registro de natureza didática”.

Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 154.

Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A


prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distinção entre narrativa
ficcional e narrativa não ficcional, analise as assertivas que seguem e indique a
alternativa que aponta corretamente uma das condições determinantes para tal
distinção:
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão

A O que determina a diferença entre os dois tipos de narrativa é a


possibilidade de comprovação sobre a existência concreta de um
determinado lugar.

B Na prosa de ficção, as personagens são criadas pelo autor, isto é, não é


possível encontrar registros documentais sobre elas fora do universo
ficcional.
Você assinalou essa alternativa (B)

C A intencionalidade do autor é determinante para a distinção entre a


narrativa ficcional e a narrativa não ficcional.
Comentário: A alternativa (c) está correta, tendo em vista que: “A primeira
condição apontada como determinante da ficcionalidade é a intencionalidade.
Algumas vezes, na prática analítica, dizemos que as intenções do autor pouco ou
nada devem contar. Não é o caso quando se trata de qualificar uma obra como
ficcional ou negar-lhe esse caráter: ‘entende-se que o fator primeiro
da ficcionalidade é a colocação ilocutória do autor e o seu intuito de construir um
texto na base de uma atitude de fingimento’ [...]. Mais uma vez, não podemos
transportar o que é do cotidiano para a discussão sobre a criação artística. Nesse
caso, não podemos transferir um juízo que é de um padrão de comportamento.
Sempre nos ensinaram que o fingimento é uma atitude moralmente condenável,
mas tal não vale para o ficcionista, que adota ou deve adotar deliberadamente o
fingimento” (livro-base, p. 31). As demais alternativas estão incorretas, uma vez
que tais assertivas não determinam o caráter ficcional ou não de uma narrativa.

D A sequência cronológica dos fatos é determinante para que o leitor saiba se


uma obra é ficcional ou não.

E A biografia, bem como qualquer narrativa sobre uma ou mais


personalidades históricas, não admite ficcionalidade, pois tratam de pessoas
do mundo referencial que existiram em determinada época.

Questão 3/10 - Análise de Textos Literários: Prosa


Observe a passagem de texto abaixo:

“O retrato do rei é a narrativa da Guerra dos Emboabas, na qual paulistas e


portugueses se defrontaram, no início do século XVIII, pelo controle da região do
ouro na Minas Gerais. No centro desta empolgante história, paira o mistério do
desaparecimento do retrato de d. João V, a única coisa que talvez pudesse ter
evitado o colapso da ordem e o derramamento de sangue”.

Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Ana. O retrato do rei. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. [Contracapa].

De acordo com a passagem de texto acima e com os conteúdos tratados no livro-


base, A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o “termo” que
teoricamente é utilizado para tratar “do que conta”, por exemplo, um romance,
observe as seguintes proposições e sinalize a alternativa correta:
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão

A Caracterização.
Você assinalou essa alternativa (A)

B Trama.

C Enredo.

D Fábula.
Comentário: Está correta a alternativa (d), tendo em vista que: “[...] quando nos
perguntam sobre o que conta o romance, o filme ou o episódio da minissérie, somos
capazes, para usar termos teóricos, de informar sobre a fábula. Para contarmos
o enredo, precisaríamos saber a obra de cor e reproduzi-la tal e qual. Há duas variantes
dessa terminologia: trama e intriga. Por vezes o uso é indiferenciado. Alguns teóricos
reservam o termo trama para o sentido de ‘enredo’ e intriga para o de ‘fábula’. As ações
narradas podem também ser chamadas de história” (livro-base, p. 53).

E Drama.
Questão 4/10 - Análise de Textos Literários: Prosa
Examine o seguinte excerto textual:

“[...] É durante a segunda metade do século XIX que o gênero [romance] alcança
seu apogeu [...]. Aos realistas e naturalistas coube perseguir a exatidão
monográfica dos estudos científicos dos temperamentos e dos meios sociais. [...]
estendem-se as pesquisas teóricas que procuram encontrar na gênese da obra de
arte, nas circunstâncias psicológicas e sociais que cercam o artista, os mistérios da
criação e, consequentemente, a natureza e a função da personagem”.

Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BRAIT, Beth. A personagem. 4. ed. São Paulo: Ática, 1990. p. 38.

Tendo em vista o excerto de texto anterior e os conteúdos abordados no livro-


base, A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre as correntes de
pensamento que influenciaram a produção literária, bem como a produção crítica
da segunda metade do século XIX, examine as sentenças abaixo e aponte a
alternativa correta:
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão

A O estruturalismo e pós-estruturalismo.
Você assinalou essa alternativa (A)

B O formalismo e o new criticism.

C O iluminismo e o neo-classicismo.

D O liberalismo e o marxismo.

E O positivismo e o determinismo.
Comentário: A alternativa correta é a letra (e), pois: “Avançando para a segunda
metade do século XIX, a filosofia positivista e o determinismo científico afetaram
a atividade crítica, assim como contaminaram a criação literária. As análises se
coloriram de razões causais, consideradas inescapáveis, explicadas por forças
históricas, geográficas e sociais” (livro-base, p. 71).

Questão 5/10 - Análise de Textos Literários: Prosa


Considere a citação:

“Nesse método [preconizado por Henry James] como explica W. Y. Tindall, o autor
tem uma função bem específica, e extremamente discreta: ‘não o que ele observa,
mas o observador observando é o assunto, e a mente deste o nosso teatro’. Para
indicar esse personagem central, em cuja mente se apresentam os
acontecimentos, Henry James se vale de diversos termos. Ora o chama de ‘center’,
‘register’ ou ‘reflector’ ora de ‘sentient subject’, ou ainda ‘perceiver’, ‘vessel of
consciousness’, mirror’, ‘center light’”.

Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São

Paulo: Pioneira, 1981. p. 24.

Tendo em conta a citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional:


teoria e análise de textos, sobre o entendimento de Henry James a respeito do
narrador do romance, assinale a alternativa correta:
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão

A De acordo com Henry James, o narrador deve intervir e fazer digressões, a fim
de desviar o foco do leitor da personagem central da história.

B Para Henry James, sem fazer interferências nem digressões que desviem a
atenção da história, o narrador deve parecer impessoal.
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), tendo em vista que: “Na opinião de
James, o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem
digressões que desviem a atenção da história. Ligia Chiappini Moraes Leite [...]
afirma que o ideal, para ele, e para muitos teóricos que o sucedem, ‘é a presença
discreta de um narrador que [...] possa dar a impressão ao leitor que a história se
conta a si própria, de preferência, alojando-se na mente de uma personagem que faça
o papel de Refletor de suas ideias’. A pesquisadora nota que assim se dá ‘o
desaparecimento estratégico do Narrador, disfarçado numa terceira pessoa que se
confunde com a primeira’ [...]” (livro-base, p. 112, 113). As demais alternativas estão
incorretas, pois afirmam exatamente o contrário do entendimento de Henry James
sobre o narrador do romance.

C Para Henry James, a interferência do autor no romance é bem-vinda,


sobretudo quando ela se faz de maneira direta, alterando os rumos da
narrativa.

D No que se refere ao romance, Henry James defende a narrativa em primeira


pessoa, por considerá-la desfavorável à dispersão.
Você assinalou essa alternativa (D)

E Henry James é favorável à aproximação da ficção ao drama. A seu ver, o ideal


é uma alternância de narrativa e diálogo, sem descrição alguma.

Questão 6/10 - Análise de Textos Literários: Prosa


Leia o fragmento de texto:

“[...] com Barthes, Greimas, Genette, Todorov e Bremond, a narrativa encontrou-se


invariavelmente no centro de estudos de índole teórica que procuravam [...] atingir
e descrever as categorias ‘universais’ que regem a enunciação do discurso. E isso
porque, de fato, o legado teórico-metodológico do Estruturalismo contemplava de
forma muito mais generosa o domínio do discurso e das suas condições de
produção [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 5.

Partindo do fragmento de texto e dos conteúdos tratados no livro-base A prosa


ficcional: teoria e análise de textos sobre o objeto de estudo da narratologia,
considere as proposições a seguir e assinale a alternativa que aponta
corretamente suas categorias constitutivas:
Nota: 10.0

A Personagem, narrador, tempo e espaço.


Você assinalou essa alternativa (A)

Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois: “[...] na prosa de ficção o
acontecimento não é a questão central. É o modo como se dá a tessitura da intriga que
garante o sucesso ou o fracasso da obra. A percepção desse modo de produzir os
efeitos esperados de uma narrativa de ficção [...] provocou a especialização de uma
vertente da teoria literária que se denomina narratologia – definida como o estudo
das categorias constitutivas da narrativa, a saber, personagem, narrador, tempo e
espaço –, cujo desenvolvimento se deu sobremaneira na segunda metade do século
XX” (livro-base, p. xx).

B Autor, personagem, enredo e espaço.

C Tempo e espaço.

D Autor e leitor

E Enredo, narrador e personagem.

Questão 7/10 - Análise de Textos Literários: Prosa


Atente para os excertos do romance A última quimera:

“Quem um dia vivera perto de Augusto sofria sua falta. A Paraíba se tornou o fim
do mundo após a partida de Augusto. Poucas semanas depois de me despedir
dele no porto em Cabedelo, peguei o mesmo vapor e vim morar no Rio de Janeiro”.

“Nascemos na mesma região. Quando criança, eu ia passar férias no Engenho


onde ele morava. Vivemos nossa juventude juntos, estudando na mesma escola e
morando na mesma república. Ele era o meu maior amigo, talvez o único”.

Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Ana. A última quimera. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 32 e 53.

Conforme os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e


análise de textos, sobre os tipos de “ponto de vista” propostos por Norman
Friedman, analise os fragmentos, extraídos do romance A última quimera, de Ana
Miranda, e assinale a alternativa que corretamente aponta a modalidade
empregada pela autora nessa obra em que ficcionaliza o poeta Augusto dos Anjos:
Nota: 10.0

A Autor onisciente intruso.

B Narrador onisciente neutro.

C “Eu” como testemunha.


Você assinalou essa alternativa (C)

Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (c), pois: “Na categoria ‘‘Eu’ como
testemunha’ o trabalho é entregue a outro, o narrador, desaparecendo
completamente qualquer voz direta do autor. Ressaltamos que, já nessa altura,
Friedman formula clara e inequivocamente: ‘Muito embora o narrador seja uma
criação do autor’ [...]. E logo na sequência oferece denominação mais concisa e
precisa, reunindo em um substantivo composto narrador e testemunha, ao mesmo
tempo que lhe atribui estatuto de personagem: ‘O narrador-testemunha é um
personagem em seu próprio direito dentro da estória, mais ou menos envolvido na
ação, mais ou menos familiarizado com os personagens principais, que fala ao leitor
na primeira pessoa’ [...]. Note que ‘mais ou menos’ pode significar medianamente,
mas pode também significar muito ou pouco. A gradação conta com palheta
extensa. Importa sublinharmos a fala em primeira pessoa, que não é a personagem
principal. [...] É corrente que as cenas sejam ‘apresentadas de modo direto, como a
testemunha as vê’ [...]” (livro-base, p. 131,132).

D Onisciência seletiva múltipla.

E Onisciência seletiva.

Questão 8/10 - Análise de Textos Literários: Prosa


Observe o extrato de texto:
“[...] quer a narrativa sentimental, quer a narrativa realista, embora sem o nome
de romance, tem origens muito remotas. Ocorre que esse tipo de ficção em prosa
viveu por longo tempo ofuscado pelos gêneros literários clássicos e não recebeu a
devida apreciação crítica: todas as teorias poéticas da época do classicismo se
preocupavam apenas com os textos versificados”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 116,117.

Levando em conta o extrato textual e os conteúdos do livro-base A prosa


ficcional: teoria e análise de textos, sobre a narrativa de ficção, analise as
assertivas, assinalando a alternativa correta:
Nota: 10.0

A No que se refere à estrutura, o romance helenístico difere do romance


moderno, este último que foi largamente propagado a partir do século XVIII.
Você assinalou essa alternativa (A)

Você acertou!
Comentário: A alternativa está correta, pois “Existe uma modalidade de romance na
produção clássica, o chamado romance helenístico, cuja estrutura é diferente da do
romance moderno, este último considerado como a forma ficcional intensamente
praticada a partir do fim do século XVIII. Constatarmos que não há continuidade
não significa negarmos qualquer efeito de eco. Certamente há alguns traços de
identificação entre o romance grego e o contemporâneo” (livro-base, p. 43).

B Não existem traços de identificação entre o romance helenístico e o romance


contemporâneo, devido à distância e a lacuna temporal entre eles.

C A obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri, provavelmente escrita no


início do século XIV, é considerada o ponto de partida para o romance
moderno.

D Na Idade Média, a produção narrativa ficou circunscrita aos relatos históricos


e bíblicos, por isso não há registros de narrativas ficcionais.

E O romance moderno é a forma ficcional que intensamente praticada durante


a Baixa Idade Média.

Questão 9/10 - Análise de Textos Literários: Prosa


Leia o fragmento de texto:
“Rejeitando qualquer dogmatismo reducionista que originaria uma classificação
rígida e estática, os formalistas russos conceberam o gênero literário como uma
entidade evolutiva, cujas transformações adquirem sentido no quadro geral do
sistema literário e na correlação deste sistema com as mudanças operadas no
sistema social, e por isso advogaram uma classificação historicamente descritiva
dos gêneros”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 371.

Partindo do fragmento de texto e dos conteúdos abordados no livro-base A prosa


ficcional: teoria e análise de textos, sobre a teoria dos gêneros e o fato de René
Wellek e Austin Warren estabelecerem distinções entre a “teoria clássica” e a
“teoria moderna”, assinale a alternativa correta.
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão

A A descrição é uma característica atribuída à teoria clássica dos gêneros.

B As regras prescritas pela teoria clássica dos gêneros apresentam um acentuado


autoritarismo.
C A moderna teoria dos gêneros, contrariamente à teoria clássica, possui um
caráter evidentemente descritivo.
Comentário: “Uma das obras do século XX fundamentais para o estudo do campo
que estamos examinando, Teoria da literatura [...], de René Wellek e Austin Warren,
faz uma advertência que merece atenção: ‘Qualquer pessoa interessada pela teoria dos
gêneros deve ter cuidado em não confundir as diferenças entre a teoria ‘clássica’ e a
moderna. A teoria clássica é normativa e prescritiva, embora as suas ‘regras’ não
contenham o ridículo autoritarismo que tantas vezes lhe é atribuído. [...]. A moderna
teoria dos gêneros é claramente descritiva. Não limita o número das espécies
possíveis e não prescreve regras aos autores. Admite que as espécies tradicionais
possam ‘misturar-se’ e produzir uma espécie nova [...]. Reconhece que os gêneros
podem ser construídos tanto numa base de englobamento ou ‘enriquecimento’ como
de ‘pureza’. Em lugar de sublinhar a distinção entre as várias espécies interessa-se
[...] em descobrir o denominador comum de uma espécie, os seus processos e
objetivos literários’ [...]” (livro-base, p. 34).

D A moderna teoria dos gêneros não admite a mistura entre os gêneros


tradicionais, mas reconhece a existência de novas espécies de textos literários.

E Para René Wellek e Austin Warren a teoria clássica evoluiu ao longo dos anos
até se tornar equivalente à teoria moderna.

Você assinalou essa alternativa (E)

Questão 10/10 - Análise de Textos Literários: Prosa


Atente para a afirmação:
“[...] o que chamamos romance histórico é um gênero narrativo híbrido, surgido de
um processo de combinação entre história e ficção. [...]. E embora desperte mais
interesse ao homem contemporâneo que quaisquer outras formas mais objetivas
de linguagem, não se deve esquecer de que o substantivo nessa expressão é o
romance. Assim, por mais que ele se sustente em fatos ou personagens históricos,
trata-se de romance, ou seja, de ficção”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ESTEVES, Antônio R. O romance histórico brasileiro contemporâneo (1975-2000). São Paulo: Ed. UNESP, 2010. p.

30,31.

Considerando a afirmação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa


ficcional: teoria e análise de textos, sobre a constituição da personagem no
romance histórico, assinale a alternativa correta:
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão

A O discurso romanesco, que se apresenta como biografia, autobiografia ou


memórias está se tornando cada vez menos frequente nas obras atuais.
B No romance histórico tradicional, as personagens históricas ocupam posições
de centralidade na narrativa: elas são tratadas como protagonistas das ações.
Você assinalou essa alternativa (B)

C Ao produzir um romance histórico, o ficcionista não tem qualquer


compromisso com a “verdade histórica”, podendo, ou não, subverter os
discursos históricos oficiais.
Comentário: A alternativa é verdadeira, pois: “[...] o ficcionista não tem nenhum
compromisso com a chamada verdade histórica; ele pode subverter, ou não, os
discursos biográficos e históricos correntes” (p. 87). Apropriada pela ficção, deverá
guardar coerência em relação ao cenário narrativo para o qual foi transposta,
independentemente de correspondência com a imagem construída pela História ou
que a sociedade tem dela, o que não quer dizer que o espelhamento sem distorção
também não possa ocorrer” (p. 88).

D No romance histórico, a personagem que é apropriada pela ficção é a mesma


personagem referencial da História, mas o conflito relacionado a ela pode
mudar.

E O espelhamento sem distorção da personagem histórica não tem lugar no


romance histórico.

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