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Turma: S
Índice
1. Introdução .......................................................................................................................... 3
2. Objectivos .......................................................................................................................... 4
Considerações Finais............................................................................................................ 15
1. Introdução
Costuma-se dar um nome compreensível à singularidade do ser humano: diz-se que o
Homem, ao contrário das outras coisas que o circundam, é uma pessoa. Muitos filósofos
fizeram da pessoa o epicentro de suas reflexões, dando origem à uma visão filosófica que
recebeu o nome de personalismo. O problema da pessoa é estudado pelos psicólogos,
psicanalistas, educadores políticos e juristas.
2. Objectivos
2.1. Geral
Analisar as implicações psicológico-espiritual e político na compreensão da pessoa
como sujeito moral.
2.2. Específicos
Conhecer as implicações psicológico-espiritual e político na compreensão da pessoa
como sujeito moral;
Relacionar aspectos da ética individual;
Explicar como funciona a consciência moral;
Descrever os graus da consciência moral e ética.
3. Metodologia do Trabalho
Metodologia, do Grego “methodos” que significa organização, e “logos”, estudo
sistemático, pesquisa, investigação; é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo. (Fonseca. 2002).
Entretanto, o conceito de pessoa pode ser abordado a partir de duas perspectivas: uma
parte da problemática clássica; outra, mais descritiva, toma em conta as filosofias mais
recentes.
Neste sentido, estes dados, tanto da Filosofia clássica como da moderna, não devem
ser vistos de forma isolada, como se eles se excluíssem mutuamente. Na definição de Pessoa,
todos estes elementos se completam.
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Neste contexto, uma pessoa sujeito moral é aquele que antes de ter com outra pessoa
ou antes de se interagir com outra se interagiu consigo mesmo. É uma pessoa que cumpre com
as normas regras sociais.
Neste sentido, seu coração estar limpo para o Espírito Santo habitar na sua alma. É
assim que acontece com a pessoa como sujeito moral. Ele olha para si mesmo ver que isso eu
não devo fazer por que quando me fazer não é bom.
Na idade média
São Tomás de Aquino: para este filósofo, pessoa é o subsistente de natureza racional.
Na idade Moderna
Emmanuel kant define a pessoa numa perspectiva ética, afirmando que a pessoa é um
fim em si mesmo e não um meio ao serviço dos outros.
Rene Descartes apoiando-se numa perspectiva psicológica fine a pessoa como um ser
de consciência.
Idade contemporânea
Pessoa, a afectividade (amor ao próximo), a relação de uns com os outros e a sua abertura ao
transcendente (Deus).
Gabriel Marcel, Martin Heidegger e Paul Ricoeur, entre outros, procuraram superar a
definição generalista de Pessoa, sublinhando a sua singularidade e complexidade e
relembrando que a pessoa é constituída não apenas de espírito como também de matéria; não
só de pensamento, mas também de extensão; não só de alma, como também de corpo.
mutável e está directamente relacionada com práticas culturais. Exemplo: o homem ter mais
de uma esposa é moral em algumas sociedades, mas em outras não.
Segundo Cordi (2003, p.62), “ética é uma reflexão sistemática sobre o comportamento
moral. Ela investiga, analisa e explica a moral de uma determinada sociedade”.
Nesta senda, a ética, então, pode ser o regimento, a lei do que seja ato moral, o
controle de qualidade da moral. Daí os códigos de ética que servem para as diferentes micro-
sociedades dentro do sistema maior. Neste sentido, a ética define-se como o conhecimento, a
teoria ou a ciência do comportamento moral. É através da ética que compreendemos,
explicamos, justificamos, analisamos, criticamos e, se assim quisermos, aprimoramos a moral
da sociedade.
Numa outra vertente, a ética, em última análise, é a definidora dos valores e juízos que
norteiam a moral. Compete à ética, por exemplo, o estudo da origem da moral, da distinção
entre comportamento moral e outras formas de agir, da liberdade e da responsabilidade e de
questões como a prática do aborto, da eutanásia e da pena de morte.
Desta feita, conforme Cordi (2003) a ética não diz o que deve e o que não deve ser
feito em cada caso concreto, isso é da competência da moral. A partir dos fatos morais a ética
tira conclusões elaborando princípios sobre o comportamento moral.
Em suma, podemos afirmar que o conceito de Ética é mais amplo e rico do que o de
Moral. Ética implica em reflexão teórica sobre moral e revisões racionais e críticas sobre a
validade da conduta humana, sendo o estudo geral do que é bom ou mau, correcto ou
incorrecto, justo ou injusto, adequado ou inadequado, independentemente das práticas
culturais.
Segundo o autor desde a infância a pessoa está sujeita à influência do meio social por
intermédio da família, da escola, dos amigos e dos meios de comunicação de massa
(principalmente a televisão). Assim, ela vai adquirindo aos poucos princípios morais.
Portanto, ao nascer o sujeito se depara com um conjunto de normas já estabelecidas e aceitas
pelo meio social. Este é o aspecto social da moral. Mas, a moral não se reduz ao aspecto
social. À medida que o indivíduo desenvolve a reflexão crítica, os valores herdados passam a
ser colocados em questão. Ele reflecte sobre as normas e decide aceitá-las ou negá-las.
Neste contexto, a decisão de acatar uma norma é fruto de uma reflexão pessoal
consciente que se chama interiorização. Essa interiorização da norma é que qualifica o acto
como moral. Caso não seja interiorizado, o ato não é considerado moral, é apenas um
comportamento determinado pelos instintos, pelos hábitos ou pelos costumes. Dessa forma, a
maneira como a consciência individual vai reagir diante das normas depende tanto de
elementos referentes à pessoa (formação pessoal, carácter, temperamento) quanto de factores
e instituições sociais (regime político, organização social, sistema económico, instituições
culturais, meios de comunicação em massa) que podem criar possibilidades ou impor
obstáculos à realização da moral.
Nestes moldes, no comportamento moral a pessoa sabe aquilo que precisa ser feito,
independentemente das vantagens ou prejuízos que possa trazer. Assim, quando praticamos
um ato moral, poderemos até sofrer consequências negativas, pois o que é moral para uns
pode ser amoral ou imoral para outros. O sujeito amoral é aquele que desconsidera as regras
ou normas morais, já o sujeito imoral é aquele que conhece as regras ou normas, mas é contra
elas.
Entretanto, segundo Chauí (2003) para que haja conduta moral é preciso que exista
uma pessoa (sujeito, agente) consciente, isto é, que conhece a diferença entre o bem e o mal,
certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício. A consciência moral não só conhece tais
diferenças, mas também se reconhece como capaz de julgar o valor dos actos e das condutas e
de agir em conformidade com os valores morais, sendo por isso responsável por suas acções e
sentimentos, bem como pelas consequências do que faz e sente
Tendo em conta os aspectos da pessoa como sujeito moral, há de referir que, o sujeito
moral ou ético, isto é, a pessoa, só pode existir se preencher as seguintes condições, conforme
Chauí (2003):
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Neste sentido, importa frisar que, de acordo com os autores, numa dimensão moral,
como também vermos, os homens praticam também os actos que, embora sejam conscientes e
intencionais, não deixam de ser considerados inumanos. a razão é que os mesmos não se
enquadram no âmbito daqueles que consideramos dignos de seres humanos. Dada a
diversidade das acções que o homem pratica, é natural que a palavra acção tenha muitos
significados. Importa diferenciar dois tipos de acções: as voluntarias e as involuntárias.
(Ibdem).
Agente – um sujeito da acção que é capaz de se reconhecer como autor da acção e que
age com consciências (é capaz de saber autor da acção e ter responsabilidade pela
mesma) e livre-arbítrio ou vontade, ou seja, que é capaz de optar e tomar decisões
livremente.
Motivo – a razão que justifica a acção; o que nos leva a agir ou a fazer algo. Por isso,
quando perguntamos e porque fizeste ou vais fazer isto ou aquilo? Procuramos a razão
que justifica acção.
Intenção – a intenção diz respeito ao que o sujeito pretende fazer ou ser com a sua
acção e responde á pergunta: «que fazes?». A intenção implica um agente consciente,
pois a intenção consiste naquilo que agente quer fazer.
Fim – o fim da acção é a possessão daquilo para que se quer a acção voluntaria.
animalidade. A relação entre a liberdade e a moral é intrínseca, o que faz com que a liberdade
seja o fundamento do agir moral. A liberdade é, segundo Kant, a razão de ser da lei moral e,
simultaneamente, a afirmação do sujeito que age como pessoa. Etimologicamente a palavras
de liberdade significa isenção de qualquer coação ou negação da determinação para uma
coisa. Pode-se entender como a faculdade de fazer ou deixar de fazer uma coisa.
Conhecimento, aqui o agente deve ter conhecimento dos seus actos e das suas
consequências. Se o indivíduo actua por ignorância sua responsabilidade será
atenuada;
Liberdade só somos responsáveis pelos actos que são verdadeiramente nossos, e é a
liberdade que dá ao homem pleno domínio dos seus actos e torna susceptível de
valorização;
Intenção, a responsabilidade depende de intenção com que se decide a realização do
acto.
Crítica – porque nos proíbe, impede ou condena de praticar uma acção má.
Norma – pois, nos manda aquilo que devemos fazer.
Intimidade - consciência moral é o lugar mais secreto e íntimo do ser humano que
exige o direito e respeito à inviolabilidade;
Apelativo – para valores e normas ideais a que devemos aspirar;
Força - que nos mobiliza ou impede à acção;
Imperativo – que nos ordena para realizar uma acção compatível com os nossos
valores;
Voz interior – que nos indica a nossa obrigação;
Juiz interior - que condena ou aprova os nossos actos com incidência moral;
Censura de remorso ou de elogio e satisfação – que nos leva a ter um peso na
consciência quando agimos contra os nossos valores ou estar de consciência tranquila
se as nossas acções forem de acordo com os nossos valores e ideais.
Os autores corroboram que a moral e a ética são muitas vezes tratadas como
sinónimos, todavia, não são a mesma coisa, isto é, são distintas. Assim, a ética debruça-se
sobre a investigação das condições a partir das quais podemos expressar ou não, em relação
ao acto moral e em moralidade. a ética pesquisa sobre o s princípios e os fundamentos da
moral.
Considerações Finais
Chegada ao culminar do presente trabalho, de salientar que foi aprofundado aspectos
ligados à pessoa como sujeito moral, nas implicações psicológico-espiritual e político na sua
compreensão. Nisso, referiu-se que a moral é o conjunto de normas, princípios e costumes que
orientam o comportamento humano. Ela está directamente relacionada com as práticas
culturais, portanto, muda conforme a época histórica e o lugar. O sujeito moral é a uma pessoa
consciente de seus interesses em detrimento aos outros, demonstra ter vontade para realizar
seus próprios objectivos e é responsável por seus actos, não se importando com as
consequências. Entretanto, uma pessoa sujeito moral é aquele que antes de ter com outra
pessoa ou antes de se interagir com outra se interagiu consigo mesmo. É uma pessoa que
cumpre com as normas regras sociais, como por exemplo, uma pessoa para ter a fé tem de
limpar seu coração seu coração estar limpo para o espírito santo Habitar na sua alma. E é
assim que acontece com a pessoa como sujeito moral. Ele/a olha para si mesmo/a e ver que
isso “eu” não deve/o fazer por que quando me fazer não é bom.
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Referências Bibliográficas
Cabulamz. (2019). A pessoa como sujeito moral. Recuperado de:
<https://cabulamz.wordpress.com/2019/03/31/a-pessoa-como-sujeito-moral/.>
Cotrim, G. (2002). Fundamentos de filosofia: história e grandes temas. 15ª Edição, São Paulo.
Geque, E. & Biriate, M. (2010). Pré-universitário – Filosofia 11. Maputo, Editora Longman
Moçambique.
Ficha da disciplina de Filosofia Nº 03. Unidade II: a Pessoa como sujeito moral. 11ª Classe/PESD.