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Índice
1. Introdução............................................................................................................................3
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2. Objectivos............................................................................................................................4
2.1. Geral.................................................................................................................................4
2.2. Específicos.......................................................................................................................4
3. Metodologia do Trabalho....................................................................................................4
4. Direito e Poder....................................................................................................................5
Considerações Finais.............................................................................................................10
Referências Bibliográficas....................................................................................................11
1. Introdução
O poder e o direito sempre estiveram indissociavelmente interligados, pois o poder
efectiva o dever ser da juridicidade. No campo do direito penal, tal relação precisa ser mais
detalhadamente investigada, pois, perante deslegitimação do sistema penal, é preciso analisar
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se a ordem jurídica pode ou não racionalizar e legitimar o poder de punir e, para isso, é
necessário definir a natureza deste próprio poder.
2. Objectivos
2.1. Geral
Apresentar a relação existente entre poder e direito.
2.2. Específicos
Descrever a noção do poder;
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3. Metodologia do Trabalho
Segundo Fonseca (2002), “methodos” significa organização, e “logos”, estudo
sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos
caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer
ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para
fazer uma pesquisa científica.
4. Direito e Poder
O poder está na relação entre as pessoas, mas temos que considerar também o âmbito
em que é exercido. O âmbito faz da relação de poder uma relação triádica pois determina as
circunstâncias do seu exercício. Há raros casos de poder absoluto, talvez nenhum. Neste
sentido, o poder se circunscreve a situações específicas sujeitas a limitações de espaço e
tempo. (Ibdem).
De acordo com Billier (2005, p. 252), a primeira e mais importante dentre as teses
defendidas pelos realistas americanos é a “concepção instrumentalista e funcionalista do
Direito, segundo a qual o Direito serve como meio para satisfazer as diferentes políticas
(politics) estabelecidas pelo governo de um país”. A adopção desta tese transforma o juiz num
“agente de políticas públicas”, autorizado a decidir causas com base num interesse social
reconhecido politicamente.
para o reconhecimento de relação entre Direito e poder, é reconhecida no papel dos tribunais,
tal acontece em África e em Moçambique concretamente, a título de exemplo temos o
Presidente do Conselho constitucional, e do Tribunal Supremo que são nomeados pelo
Presidente da República, sendo assim uma clara demonstração do Poder executivo sobre o
Judicial181. Estas nomeações possuem carácter político e ideológico, como reconhece
Dworkin (2006, p. 7) embora nem sempre a actuação do magistrado corresponda à
expectativa gerada.
Assim, poder em Foucault reprime, mas também produz efeitos de saber e verdade.
Fábio Konder Comparato, por sua vez, fala em dissociação entre o poder no plano legal e no
real.
Assim, com a noção de poder não-oficial ou a menção a poder real diverso do legal, os
teóricos do direito apontam para a insuficiência da abordagem normativista do objecto.
Assentam, assim, que a ordem positiva não é a fonte de todo o poder. Quando a Constituição
fala nos Poderes da União (Legislativo, Executivo e Judiciário), trata, na verdade, da
distribuição de competências entre órgãos do Estado; e não do poder enquanto fato social.
Apenas por serem órgãos fundamentais, que estruturam o aparelho estatal, recebem o nome
pomposo de “Poder”. (Ibdem).
Na opinião do citado autor, o direito penal possui uma função utilitária e garantista,
que consiste em minimizar a violência tanto pública quanto privada. Esta última é a mais
tendencialmente gravosa e manifesta-se sob a forma do uso da força física, do aproveitamento
imoral, abuso do poder económico e opressão familiar. (Ferrajoli, 2014).
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De modo geral, o direito tem sido entendido como uma ordem. Disseminou-se a noção
de que o direito é a organização das relações sociais, ou seja, um plexo de normas que
estabelecem como as pessoas devem se comportar, normalmente mediante a previsão de
imposição de consequências negativas (sanções) aos que não se comportam como devido.
Entretanto, de acordo com Campilongo, Gonzaga e Freire (2017), apontam que ver o
direito como ordem, contudo, é um grande equívoco. Estamos todos, na verdade, olhando
para o lado errado, quando definimos o direito deste modo. É um equívoco de abrangentes
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consequências, porque, apesar de ser uma concepção fortemente enraizada, germina algumas
inconsistências das teorias jurídicas.
Nesta ordem de ideias, vale frisar então que, conhecer bem o direito, portanto,
pressupõe entender, do modo mais amplo possível, como os conflitos de interesses são
realmente resolvidos. Uma acção judicial como a que, afinal, reconheceu a equivalência entre
as uniões estáveis entre pessoas de sexos iguais ou diferentes nunca poderia ter sido
patrocinada por um advogado que se dedicasse a conhecer apenas a ordem estatal (o direito
positivo). (Coelho, 2017).
Considerações Finais
A relação entre o Direito e Poder sempre estiveram e estarão indissociavelmente
ligados. Na produção do trabalho científico da disciplina de Filosofia de Direito, abordou-se
em torno da relação entre poder e direito, conceitos de ambos entre outros aspectos. Assim,
em gestos de conclusão do presente trabalho de campo sobre o direito e o poder, vale frisar
que, conforme as “directrizes” ao longo do desenvolvimento, as ideias de Miguel Reale sobre
a relação entre Direito e Poder baseiam-se sobre suas premissas ontognoseológicas, que, no
fundo, acabam por conferir alto grau de coerência a sua análise do Poder. Mais ainda: a
densidade teórica da elaboração de sobre o tema permite, de modo geral, o controlo da
legitimidade do Poder; seja o poder que põe a lei, que engendra o costume ou que perfaz o
negócio jurídico.
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Referências Bibliográficas
Anitua, G. I. (2008). Histórias dos pensamentos criminológicos. Editora Revan, Rio Janeiro.
Bobbio, N. (2000). Teoria geral da política: a filosofia política e a lição dos clássicos. Rio de
Janeiro, Campus.
Coelho, F. U. (2017). Poder e direito. São Paulo, Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, Enciclopédia jurídica da PUC-SP. Disponível em:
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/130/edicao-1/poder-e-direito.
Ferrajoli, L. (2014). Direito e razão: teoria do garantismo penal. São Paulo, Revista dos
Tribunais.
Heller, H. (2002). Teoría Del Estado. 2ª Edição, Cidade do México, Fondo de Cultura
Económica.
Jellinek, G. (2004). Teoria General Del Estado. Cidade do México, Fondo de Cultura
Económica.