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Matheus Zanardo da Silva - RA: 00346249

Davi Ramos Dabul Pontes - RA: 00346870


Maurício Pereira de Menezes Júnior – RA: 00347487
Professor Luiz Sérgio Fernandes de Souza
Seminário de Direito - Introdução ao Estudo do Direito
Lições Preliminares do Direito – Capítulo 2

“DISCORRA ACERCA DA CRÍTICA QUE SE FAZ A


UM CONDICIONAMENTO NECESSÁRIO DO
DIREITO A DETERMINADA ESTRUTURA
ECONÔMICA”

No âmbito teórico em que se compreende que o Direito possa ser um fator


que é influenciado pela economia, seja para alterar a estrutura ou manter
um grupo social no poder do sistema. O filósofo Karl Marx formata o
conceito de materialismo histórico, o qual caracteriza as esferas sociais,
éticas, artísticas e religiosas como submissas e dependentes do modelo
econômico vigente. Além disso, Marx crê que a infraestrutura é baseada na
economia e a superestrutura é ligada ao direito, ocasionando numa
influência da economia no mundo jurídico. No âmbito econômico, ou seja,
na base do sistema está estrutura capitalista, onde a burguesia detém os
meios de produção e o proletariado é a força humana. Esse modelo é
justificado ideologicamente através da superestrutura - O Direito -, visto
que a equidade, justiça e a imparcialidade do sistema legal podem ser
influenciadas a favor daqueles que gozam de poderes financeiros. Em
outras palavras, todo aparato jurídico pode ser condicionado a legitimar,
através de políticas, a classe burguesa a manter no poder todo uma
ideologia e conjunto de leis que são criadas para alienar e manter a classe
burguesa no poder, seja por leis que impeçam trabalhadores a ascenderem
economicamente ou por favorecer uma empresa politicamente. Todavia,
essa análise apresenta um vício lógico, uma vez que a economia e o direito
estão em constante interação. Vale pontuar que nessa confluência das duas
ciências, a intervenção que o direito pode exercer na economia pode vir
através do seu poder de ditar jurisprudência de um Estado. Por exemplo, no
Direito Trabalhista, no qual a vigência de uma norma que impacta no
salário-mínimo dos trabalhadores é responsável por afetar diretamente a
inflação do país e assim, a economia local.

“EXPLIQUE POR QUE O DIREITO É


CONTRAFÁTICO”

Pode-se dizer que o direito é contrafático pois muitas das vezes esse ramo
lida com situações hipotéticas, não aprendendo com frustrações, e cenários
que não ocorreram da mesma forma que na norma. Entendido isso, é
possível compreender o papel da ciência política nesse âmbito, pois ela
busca, resumidamente, superar as particularidades de casos isolados,
criando normas que previnam comportamentos futuros indesejáveis. Visto
essa análise, o Direito pode ser contrafactual pelo fato de tal conteúdo ser
uma ciência, e como toda ciência, é necessário que haja um estudo em
dados estatísticos e compreensão de testes empíricos (sendo nesse caso, a
análise de Estados e sociedades passadas) para se formular um código que
detenha e previna, através de padrões históricos, diversos cenários
hipotéticos dentro de um contexto só. Por exemplo, uma ação judicial de
natureza caluniosa pode originar de diversos “porquê”, seja feita
diretamente, indiretamente, através da internet ou etc. Se não houvesse uma
lei universal para isso, talvez essa denúncia não se encaixaria na lei, daí
seria necessária de diversas leis semelhantes para atender cada caso
particular. Uma lei precisa ser interpretativa (zetética) para o jurista
entender o caso de associar a ocorrência com a norma coerente com a o
todo da situação.

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