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Universidade Federal de Roraima - UFRR

Projeto de Extensão Universitária


Instituto de Ciências Jurídicas
Prof. Me. Mauro Campello
Curso de Direito
“Salinha 201”
1a. edição
2020.1

Unidade 6:

Conceito de Direito.
Prof. Mestre Mauro Campello*

1. Introdução:

Na Unidade anterior estudamos as diferenças e as relações entre Moral e


Direito, o que nos permitiu uma noção do Direito, sem a preocupação de uma definição.
Assim, do exposto, podemos resumir o Direito como sendo a ordenação bilateral atributiva
das relações sociais, na medida do bem comum.

Vimos que todas as regras sociais ordenam a conduta humana, tanto as


morais como as jurídicas e as convencionais ou de trato social, todavia, a maneira dessa
ordenação difere de uma para outra.

- morais;

Regras sociais - jurídicas;

- tratos sociais; e

- religiosas.

2. Bem comum:

O Direito ordena a conduta de maneira bilateral e atributiva. Estabelece


relações de exigibilidade segundo uma proporção objetiva. Não visa a ordenar as relações
dos indivíduos entre si para satisfação apenas dos indivíduos, mas, ao contrário, para
realizar uma convivência ordenada.
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A realização de uma convivência ordenada se traduz na expressão bem


comum. REALE (2002) afirma que o bem comum não é a soma dos bens individuais, nem
a média do bem de todos. Para o autor, o bem comum “é a ordenação daquilo que cada
homem pode realizar sem prejuízo do bem alheio, uma composição harmônica do bem de
cada um com o bem de todos.”

Modernamente, o bem comum tem sido visto como uma estrutura social na
qual sejam possíveis formas de participação e de comunicação de todos os indivíduos e
grupos, conforme ensinamento do jusfilósofo italiano Luigi Bagolini.

3. Conceito ético de Direito:


A conceituação ética do Direito, construída na Unidade 5, coloca a coação
como elemento externo. A coação não é um elemento intrínseco do mundo jurídico segundo
a teoria do eticismo jurídico.

Como visto, na Unidade referida, coube a Dante Alighieri1 o conceito ético de


Direito: jus est realis ac personalis hominis ad hominem proportio, quae servata servat
societatem; corrupta, corrumpit (trad. “o Direito é uma proporção real e pessoal, de homem
para homem, que, conservada, conserva a sociedade; corrompida, corrompe-a”).

Nesse conceito percebemos que a ordem jurídica é apresentada como


fundamento inarredável da sociedade e a relação é uma proporção, ou seja, uma expressão
de medida. O Direito para Dante não seria uma relação qualquer entre os homens, mas
aquela relação que implica uma proporcionalidade, cuja medida é o homem mesmo.

Trata-se de uma compreensão que conjuga os conceitos de proporção e


socialidade (revisitar a Unidade 1). Cabe analisarmos o conceito de Direito para Dante:

1) Proporção entre quem?

1
- Dante Alighieri foi um escritor, poeta e político florentino, nascido na atual Itália. É considerado o primeiro
e maior poeta da língua italiana, definido como il sommo poeta (o poeta supremo). Disse o escritor e poeta
francês Victor Hugo que o pensamento humano atinge em certos homens a sua completa intensidade, e cita
Dante como um dos que "marcam os cem graus de gênio". E tal é a sua grandeza que a literatura ocidental
está impregnada de sua poderosa influência, sendo extraordinário o verdadeiro culto que lhe dedica a
consciência literária ocidental. Sua obra mais relevante é o poema intitulado “A Divina Comédia”.
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Resposta: De homem para homem. Quando a proporção é respeitada, realiza-se a


harmonia.

2) Se a relação ocorre entre homens, por que Dante refere-se numa proporção real e
pessoal?

Resposta: Segundo REALE (2002), Dante compreende que a relação jurídica é de homem
para homem, não entre homens e coisas, mas é “real” quando tem uma coisa (res) como
seu objeto.

Dante inspirou-se na obra e nos ensinamentos aristotélico-tomistas e nas


grandes lições dos jurisconsultos romanos, especialmente nas lições de Cícero, que dizia
que devemos conhecer o homem, a natureza humana para, depois, conhecer o Direito,
conforme esclarece REALE (2002).

O elemento fundamental do Direito encontra-se no exame da natureza


humana, uma vez que é ele uma expressão ou dimensão da vida humana, como
intersubjetividade e convivência ordenada, segundo ensinamentos de REALE (2002).

Podemos concluir nesse capítulo que as ideias tratadas, como da


humanização e socialização do Direito, que nos parecem modernas, acham suas sementes
por meio de uma tradição histórica mais que milenar. Para REALE (2002), “o Direito,
indiscutivelmente, inova, apresenta elementos de renovação permanente, mas conserva,
sempre, um fulcro de tradição.”

4. Acepções da palavra “Direito”:


Afirma REALE (2002) que:

Com a palavra “Direito” acontece o que sempre se dá quando


um vocábulo, que se liga intimamente às vicissitudes da
experiência humana, passa a ser usado séculos a fio, adquirindo
muitas acepções, que devem ser cuidadosamente discriminadas.

Dessa forma, iremos estudar nesse capítulo algumas acepções da palavra


“Direito”, que serão importantes durante nosso curso de Ciência Jurídica.
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4.1. O “Direito” como Ciência Jurídica:

Lembremos que estamos num Curso de Direito e o que significa? Que


estamos estudando o Direito, ou seja, explorando um ramo do conhecimento humano que
ocupa um lugar distinto nos domínios das ciências sociais, ao lado da História, da
Sociologia, da Economia, da Antropologia etc (revisitar a Unidade 2). Trata-se de uma
ciência com método e objeto, que convencionamos chamar de Ciência Jurídica.

Esse sentido da palavra Direito está em correlação essencial com o que


denominamos de experiência jurídica. O conceito de experiência jurídica implica a
efetividade de comportamentos sociais em função de um sistema de regras que também
designamos com o vocábulo Direito.

CIÊNCIA = MÉTODO + OBJETO

CIÊNCIA JURÍDICA = MÉTODO + EXPERIÊNCIA JURÍDICA

Ensina REALE (2002) que:

Não há nada de estranhável nesse fato, pois é comum vermos


uma palavra designar tanto a ciência como o objeto dessa
mesma ciência, isto é, a realidade ou tipo de experiência que
constitui a razão de ser de suas indagações e esquemas
teóricos.”

Durante muito tempo a Ciência do Direito teve o nome de jurisprudência,


denominação dada pelos jurisconsultos romanos2, contudo, atualmente esse termo possui
uma acepção estrita. Jurisprudência significa a doutrina que se vai firmando por meio de
uma sucessão convergente e coincidente de decisões judiciais (jurisprudência judicial) ou
de resoluções administrativas (jurisprudência administrativa).

2
- Os jurisconsultos foram os principais estudiosos do direito que interpretaram as normas romanas e cujas
interpretações se tornaram obrigatórias como fontes de direito para juízes e magistrados.
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Logo, jurisprudência é um conjunto de decisões judiciais ou


administrativas proferidas num mesmo sentido, por um tribunal, sobre uma mesma matéria.
É o que ficou sintetizado como decisões reiteradas do tribunal.

Entretanto, REALE (2002) defende a acepção clássica da palavra Direito,


tão densa de significados, como jurisprudência, uma vez que “[...] põe em realce uma das
virtudes primordiais que deve ter o jurista: a prudência, o cauteloso senso de medida das
coisas humanas.” O Direito como tipo de ciência que o estuda – a Ciência do Direito ou
Jurisprudência.

4.2. O “Direito” como ordenamento jurídico:

Direito também pode significar ordenamento jurídico, ou seja, o sistema


de normas ou regras jurídicas que traça aos homens determinadas formas de
comportamento, conferindo-lhes possibilidades de agir.

4.3. O “Direito” como fenômeno histórico-cultural:

Quando afirmamos que o Direito brasileiro contemporâneo é diferente


do Direito no Império ou no Brasil-colônia, estamos nos referindo a um momento da vida
social, onde o Direito advém do fato social, passando a ser visto como um fenômeno
histórico-cultural.

4.4. O “Direito” como Justiça:

O Direito pode indicar algo que está acima das acepções anteriormente
examinadas, traduzindo um ideal de Justiça. Direito significaria justo. Quando nos referimos
à luta, aos embates em favor do Direito, estamos empregando a palavra Direito em sentido
axiológico, como sinônimo de Justiça, conforme ensinamentos de REALE (2002).
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4.5. O “Direito” como ação regulada:

Ao examinarmos qualquer norma jurídica que discipline o


comportamento humano, iremos perceber que nela coexistem dois aspectos distintos:

1) a norma ordena a conduta; e

2) a norma assegura uma possibilidade ou poder de agir.

Portanto, a norma de direito, ao mesmo tempo que delimita a ação


humana, também garante a ação dentro do espaço social delimitado. O Estado ao editar
uma norma jurídica, fixando limites ao comportamento dos homens, não visa ao valor
negativo da limitação em si, mas sim o valor positivo da possibilidade de se pretender algo
na esfera previamente circunscrita.

Temos que quebrar o pensamento de que há na ordem jurídica a


preocupação de limitar a atividade individual, posto que, o ideal, segundo REALE (2002), é
que cada homem possa realizar os seus fins da maneira mais ampla. Entretanto, é intuitivo
que não possa coexistir o arbítrio de cada um como dos demais sem uma delimitação
harmônica das liberdades, conforme ensinamentos de Kant. O Direito delimita para liberar:
quando limita, liberta.

Podemos concluir desse capítulo que a palavra Direito tem diferentes


acepções, o que é perfeitamente aceitável, considerando que é impossível nas Ciências
Humanas ter-se sempre uma só palavra para indicar determinada ideia e apenas ela.

5. Estrutura Tridimensional do Direito para Miguel Reale:


Miguel Reale analisando com profundidade os diversos sentidos da palavra
Direito demonstra que existem três aspectos básicos neles, e que são discerníveis em todo
e qualquer momento da vida jurídica:

1) um aspecto normativo – o Direito como ordenamento e sua respectiva ciência;

2) um aspecto fático – o Direito como fato, ou em sua efetividade social e histórica; e

3) um aspecto axiológico – o Direito como valor de Justiça.


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A partir de estudos sistemáticos desses três aspectos, Miguel Reale (2002)


propõe a Teoria Tridimensional do Direito demonstrando que:

a) onde quer que haja um fenômeno jurídico, há, sempre e


necessariamente, um fato subjacente (fato econômico,
geográfico, de ordem técnica etc.); um valor, que confere
determinada significação a esse fato, inclinando ou
determinando a ação dos homens no sentido de atingir ou
preservar certa finalidade ou objetivo; e, finalmente, uma regra
ou norma, que representa a relação ou medida que integra um
daqueles elementos ao outro, o fato ao valor;
b) tais elementos ou fatores (fato, valor e norma) não existem
separados um dos outros, mas coexistem numa unidade
concreta;
c) mais ainda, esses elementos ou fatores não só se exigem
reciprocamente, mas atuam como elos de um processo (já vimos
que o Direito é uma realidade histórico-cultural) de tal modo que
a vida do Direito resulta da interação dinâmica e dialética dos
três elementos que a integra.

REALE (2002) analisando a estrutura de uma norma jurídica de conduta


apresenta o seguinte esquema:

a) Se “F” é, deve ser “P”; e

b) Se não for “P”, deverá ser “S”3.

Reflexão:

Imaginemos a norma legal que prevê o pagamento de uma letra de câmbio na data de seu
vencimento, sob pena de protesto do título e de sua cobrança, gozando o credor, desde
logo, do privilégio de promover a execução do crédito4.

Pergunta-se: como ficaria o esquema proposto por Miguel Reale com o fato e a norma
tratada na reflexão acima?

3
- F = fato; P = prestação; S = sanção.
4
- Decreto nº 2.044/1908.
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a) Se há um débito cambiário (“F”), deve ser pago (“P”); e

b) Se não for quitada a dívida (não “P”), deverá haver uma sanção (“S”).

Percebemos do exemplo que a norma jurídica cambial representa uma disposição legal que
se baseia num fato de ordem econômica e que visa assegurar um valor, no caso imaginado,
o valor do crédito, ou seja, “[...] a vantagem de um pronto pagamento com base no que é
formalmente declarado na letra de câmbio”, segundo REALE (2002).

E segue o mestre “[...] um fato econômico liga-se a um valor de garantia para se expressar
através de uma norma legal que atende às relações que devem existir entre aqueles dois
elementos.”

Se estudarmos a história da letra de câmbio iremos verificar que sua origem


se deu como sendo um documento no qual uma pessoa determinava a Fulano que pagasse
a Beltrano determinada importância, à vista da apresentação do título.

De sua origem aos dias atuais, o título de crédito sofreu alterações através
dos tempos, quer em virtude de mudanças operadas no plano dos fatos, quer devido à
alteração dos valores ou fins econômico-utilitários do crédito e da circulação garantida da
riqueza, até se converter num título de crédito de natureza autônoma, literal, abstrata e
exequível.

Portanto, fatos, valores e normas se implicam e se exigem reciprocamente, o


que se reflete quando operador do direito interpreta uma norma de direito para dar-lhe
aplicação.

6. Dialética de implicação-polaridade de Miguel Reale:


A dialética de implicação-polaridade também é conhecida como dialética de
complementariedade e não se confunde com a dialética hegeliana ou marxista dos opostos.
A dialética de Miguel Reale trata da ideia do Direito se caracterizar por sua estrutura
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tridimensional, na qual fatos e valores se dialetizam, ao obedecerem a um processo


dinâmico.

A norma jurídica é a síntese integrante de fatos ordenados segundo distintos


valores. Desde a sua origem até o momento final de sua aplicação, o Direito para REALE
(2002), se caracteriza por possuir uma estrutura tridimensional.

Segundo REALE (2002), nessa estrutura o fato e o valor “[...] se correlacionam


de tal modo que cada um deles se mantém irredutível ao outro (polaridade) mas se exigindo
mutuamente (implicação) o que dá origem à estrutura normativa como momento de
realização do Direito.”

7. Noção de Direito para Miguel Reale:


REALE (2002) propõe uma complementação a noção inicial de Direito
apresentada nesse texto, conjugando a estrutura tridimensional a bilateralidade atributiva.
Para o referido mestre, o “Direito é a realização ordenada e garantida do bem comum numa
estrutura tridimensional atributiva.”

Numa visão analítica do conceito de Direito este seria: “[...] a ordenação


heterônoma, coercível e bilateral atributiva das relações de convivência, segundo uma
integração normativa de fatos segundo valores”, conforme lições de REALE (2002).

Caso desejemos realçar a ideia de justiça, ou seja, darmos uma noção de


Direito com um caráter mais ético, em complemento às duas noções anteriores, cabe citar
novamente REALE (2002), para quem: “Direito é a concretização da ideia de justiça na
pluridiversidade de seu dever ser histórico, tendo a pessoa como fonte de todos os valores.”

Analisando essas três noções do Direito, poderemos ver que cada uma
obedece, respectivamente, a uma perspectiva:

a) do fato – realização do bem comum;

b) da norma – ordenação bilateral-atributiva de fatos segundo valores; e

c) do valor – concretização da ideia de justiça.


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A compreensão integral do Direito será alcançada graças à correlação unitária


e dinâmica dessas três dimensões da experiência jurídica, que se confunde com a história
do homem no contínuo trabalho de harmonizar o que é com o que deve ser.

Encerramos essa unidade com o pensamento de REALE (2002): “[...] o Direito,


em razão da sua própria estrutura e destinação, representa uma das dimensões essenciais
da vida humana.”
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* Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima, professor efetivo no curso de direito do


Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Roraima (UFRR), professor contratado da
Faculdade Cathedral e da Universidade da Amazônia (UNAMA), e pesquisador pelo programa de pós-
graduação stricto sensu da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGD/UERJ). É pós-doutor em direito
pela Università degli Studi di Messina na Itália, tendo como orientador o prof. doutor Mario Trimarchi,
doutorando em direito pelo PPGD/UERJ, tendo como orientador o prof. doutor Gustavo Silveira Siqueira,
mestre pelo programa de pós-graduação stricto sensu em Sociedade e Fronteiras (PPGSOF) da UFRR, tendo
como orientadora a prof.ª doutora Maria das Graças Santos Dias e especialista em Direito de Família pela
Universidade Gama Filho (UGF/RJ), em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes pelo Laboratório
de Estudos da Criança (LACRI), do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e em MBE
Analista Internacional pelo Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ). Diplomado pela Escola Superior de Guerra (ESG), no Curso de Altos Estudos em Política e
Estratégia (CAEPE). Foi advogado no Rio de Janeiro, promotor de justiça em Rondônia e juiz de direito em
Roraima. Lecionou como professor contratado nos cursos de direito das Faculdades Integradas Estácio de
Sá (RJ), da Faculdade Atual da Amazônia (RR) e do Centro Universitário Estácio da Amazônia (RR), como
professor efetivo da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e como professor substituto na Universidade
Estadual de Roraima (UERR). Como professor convidado lecionou nos programas de pós-graduações Lato
sensu em Direito Especial da Criança e do Adolescente do Centro de Estudos e Pesquisas no Ensino do
Direito (CEPED), da UERJ, em Direito Civil e Processual Civil da Universidade Estácio de Sá (RJ) e em Direito
Público da UERR. Possui artigos publicados em revistas especializadas e científicas. Realizou diversas
palestras no Brasil e no exterior sobre temas ligados ao Direito da Criança e do Adolescente. Prêmio Sócio
educando - 2ª edição do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com o programa Justiça
Dinâmica. Finalista do I Prêmio Innovare: O Judiciário do Século XXI, categoria Juiz individual, com o
programa Centro Sócio educativo Homero Filho.
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Referência bibliográfica:
1. REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. São Paulo: Saraiva, 2002.
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Questionário sobre a Unidade 06.

Responder as perguntas abaixo utilizando-se do texto da Unidade 06:


Conceito de Direito.

1. Qual a noção de Direito que desenvolvemos com os estudos das unidades anteriores?
2. Cite quatro regras sociais que ordenam a conduta humana.
3. Todas as regras sociais ordenam a conduta humana, mas o que as diferem?
4. Qual a finalidade do Direito ordenar as relações dos indivíduos?
5. O que é bem comum?

6. Por que o bem comum não é a soma dos bens individuais, nem a média do bem de todos?
Desenvolva.
7. Qual o conceito ético do Direito para Dante Alighieri?
8. Analise o conceito de Direito para Dante Alighieri.
9. Miguel Reale considera que “o Direito, indiscutivelmente, inova, apresenta elementos de
renovação permanente, mas conserva, sempre, um fulcro de tradição.” Explique.
10. O Direito pode ser considerado como Ciência. Explique.

11. Qual o objeto do Direito enquanto Ciência?


12. O que é experiência jurídica?
13. No passado como se denominava a Ciência do Direito?
14. O que é jurisprudência?
15. O Direito pode significar ordenamento jurídico. Explique.

16. Qual o sentido de se afirmar o Direito como fenômeno histórico-cultural?


17. Quando nos referimos à luta, aos embates em favor do Direito, estamos empregando a
palavra Direito em qual sentido? Justifique.
18. Ao examinarmos qualquer norma jurídica que discipline o comportamento humano,
percebemos que nela coexistem dois aspectos distintos. Identifique esses dois aspectos.
19. Explique: O Direito delimita para liberar: quando limita, liberta.
20. Enumere os três aspectos da estrutura do Direito para a Teoria Tridimensional.

21. Explique o aspecto normativo da estrutura do Direito para a Teoria Tridimensional.


22. Explique o aspecto fático da estrutura do Direito para a Teoria Tridimensional.
23. Explique o aspecto axiológico da estrutura do Direito para a Teoria Tridimensional.
24. Desenvolva a Teoria Tridimensional de Miguel Reale em seus três aspectos.
25. Defina a Dialética de implicação-polaridade de Miguel Reale.
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26. Qual o conceito de Direito para Miguel Reale levando ao conjugar a estrutura
tridimensional a bilateralidade atributiva?
27. Explique o conceito analítico de Direito.

28. Qual o conceito ético de Direito para Miguel Reale?


29. Qual a proposta de Miguel Reale para a compreensão integral do Direito?

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