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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE DIREITO, NEGÓCIOS E COMUNICAÇÃO

NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

COORDENAÇÃO ADJUNTA DE TRABALHO DE CURSO

PROJETO DE TRABALHO DE CURSO I

SUBORDINAÇÃO ALGORÍTIMICA NAS REALÇÕES DE TRABALHO NO


SÉCULO XXI

ORIENTANDO – VICTOR EMANUEL DA SILVA AMORIM SOUZA

ORIENTADOR – PROF. DR. GIL CESAR COSTA DE PAULA

GOIÂNIA - GO

2023
VICTOR EMANUEL DA SILVA AMORIM SOUZA

SUBORDINAÇÃO ALGORÍTIMICA NAS REALÇÕES DE TRABALHO NO


SÉCULO - XXI

Projeto de Monografia Jurídica


apresentado à disciplina Trabalho de Curso
I, da Escola de Direito e Relações
Internacionais, Curso de Direito, da
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
(PUCGOIÁS). Prof. Orientador – Dr. Gil
Cesar Costa de Paula.

GOIÂNIA - GO

2023
SUMÁRIO

1 JUSTIFICATIVA................................................................................................................4

2 REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................................4

3 OBJETIVOS........................................................................................................................8

3.1 GERAL..............................................................................................................................8

3.2 ESPECÍFICOS.................................................................................................................8

4 PROBLEMAS DE PESQUISA .........................................................................................9

5 HIPÓTESES........................................................................................................................9

6 METODOLOGIA..............................................................................................................10

7 CRONOGRAMA...............................................................................................................12

8 ESTRUTURA PROVÁVEL.............................................................................................13

9 REFERÊNCIAS................................................................................................................14
4

1. JUSTIFICATIVA

Esta pesquisa em desenvolvimento cujo tema é a subordinação algorítmica nas relações


de trabalho do século XXI é, indubitavelmente, importante e tem grande relevância visto que
os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento são os que detêm a relação de trabalho
precarizada na modalidade dos algoritmos. Isto ocorre em razão de legisladores omissos, que
acabam com relações abusivas aos hipossuficientes, rompendo assim com toda uma luta
histórica-social, desrespeitando princípios é uma transição drástica das relações de trabalho.

O estudo presente investigará a origem da subordinação por meio da teoria do totemismo


para desvendar a finalidade da subordinação conjuntamente com princípios de leis de outros
países, como a Alemanha com decisão de tribunal e a Hungria, que inovou com a lei dos táxis
no século XXI. Assim, será feita uma análise conjunta da norma vigente nacional DECRETO -
LEI Nº 5.452/43 (BRASIL, 1943) e internacional com as decisões dos tribunais nacionais para
compreender como este fator é a chave para harmonizar a balança social.

Os algoritmos do século XXI surgiram após as grandes revoluções industriais e


continuam presentes até a revolução atual, denominada Revolução 4.0. Esta, por sua vez, é
caracterizada pela vontade capitalizada de um mundo liberal, que idealiza a realidade da
vontade humana consumista, afetando, portanto, diretamente o mundo do trabalho que antes
era conhecido pela força do labor mecanizado.

Por fim, as relações de trabalho na contemporaneidade mudaram de tal forma que a


força deixou de ser biologicamente mecanizada para dar espaço à força intelectual, a qual
deveria contribuir para atenuar o exaurimento da força braçal. Porém, age de forma contrária
de modo a acentuar esse esgotamento, precarizando e abusando explicitamente de forma ilícita
os proprietários da massa de produção.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 SUBORDINAÇÃO PELO OLHAR DO TOTEMISMO

Para que se possa entender as relações de trabalho, precisamos compreender os


caminhos que percorrem o instituto da subordinação nas relações históricas Inter pessoais. O
totemismo foi a primeira e mais antiga forma de religião da humanidade que foi abandonada e
substituída por novas formas de religião e diz respeito a uma relação à dois, em que o sujeito
sente que é o outro e o outro e ele, assim o sujeito passa a ser o reflexo de si mesmo.

Segundo Jaques Lacan (2005, p .44), “totemismo é fazer um sujeito transcendente ao


semelhante”. Assim, o totemismo visa a transcendência do ser em relação ao sujeito espelhado
nas relações pessoais colocando-os em diferentes contextos, enquanto um sujeito passa a ser o
reflexo de sua realidade colocando este no lugar de inferioridade o outro passar a ser um espelho
a qual não pode ser tocado e nem visto, mas apenas imaginado, pois este sujeito e superior a
aquele em razão da doutrina religiosa que coloca o totem como protetor do sujeito reflexo.

De acordo com a tese de Bessa:

O sistema totêmico é o ancestral das doutrinas religiosas que incutirão a


renúncia dos desejos sexuais e da sua compensação numa existência futura,
uma garantia futura para a descarga do prazer. É nessa forma de contenção
repressora que se garante a submissão à autoridade do censor no comando das
demais instituições apontadas pela religião. Nesse sistema existe,
fundamentalmente, uma moeda de troca, a ansiedade provocada pelo
desconhecido da inevitável morte. (BESSA, 2014, p. 27)

Portanto, a submissão supracitada é fator histórico e atual que delineia a subordinação


inter pessoal que, segundo Cassar (2017, p.252), nada mais é que “imposição da ordem,
submissão, dependência, subalternidade hierárquica”. Esta ideia que, principalmente, guiou o
legislador nacional a adotar a subordinação jurídica, o que será abordado no próximo tópico.

2.2 SUBORDINAÇÃO JURÍDICA

Primeiramente, é imperioso mencionar os modos de produção que possibilitaram


estudos científicos da administração. O taylorismo resumidamente, visava elevar a produção
por meio de seus empregados definindo os modos de execução, funcionando, assim, como
verdadeiras engrenagens. Baseado em estudos científicos, Taylor entendeu que para ensinar a
execução aos subordinados, deveria aplicar os patrões os métodos para alcançar a eficiência,
veja:

Neste estudo, que afastando este hábito de fazer cera, em todas as suas formas
e encaminhando as relações entre empregados e patrões, a fim de que o
operário trabalhe do melhor modo e mais rapidamente possível em intima
cooperação com a gerência e por ela ajudado, advirá, em média, aumento de
cerca do dobro da produção de cada homem e cada máquina (TAYLOR, 1990,
p.27).

Desta forma, entendeu o legislador nacional na mesma linha de Taylor, que ao editar os
art. 2º e 3º do DECRETO LEI Nº 5.452/43, definiu que o empregador é aquele que dirige a
prestação pessoal do serviço, enquanto o empregado é aquele que presta serviço sob a
dependência do empregador. O doutor Luciano Martinez em sua obra destaca como o legislador
infraconstitucional chegou à classificação clássica da subordinação.

De acordo com Martinez (2020):

A subordinação jurídica é um conceito inerente à relação de emprego típica,


egressa do modelo taylorista. Ela decorre de um modelo organizacional que
posicionou o trabalhador como engrenagem do sistema produtivo, segundo
uma direção científica do trabalho. O modelo serviu de base para a chamada
segunda revolução industrial, caracterizada pela precisão das ferramentas,
pela uniformidade do ritmo e pela padronização dos produtos. (MARTINEZ,
2020, p. 252)

Portanto, é evidente que o legislador entendeu a subordinação clássica das relações de


trabalho, a qual o empregador se submete às ordens empresariais impostas a ele.

Desta forma, entende-se o tipo de subordinação como:

Clássica (ou tradicional) é a subordinação consistente na situação jurídica


derivada do contrato de trabalho, pela qual o trabalhador compromete-se a
acolher o poder de direção empresarial no tocante ao modo de realização de
sua prestação laborativa. Manifesta-se pela intensidade de ordens do tomador
de serviços sobre o respectivo trabalhador. (DELGADO, 2019, p. 353)

Em suma, o entendimento aqui supracitado é motivo de discussões riquíssimas para o


direito do trabalho tendo em vista as novas formas de trabalho e a forma de aplicação do
requisito subordinação. Isto principalmente no tema das relações de trabalho de forma
algorítmica, na qual o empregado já deixa de ser um ser humano para tornar-se uma máquina
de vontades humanas.

2.3 ALGORITMOS E SUBORDINAÇÃO ALGORÍTMICA

Outro ponto a ser levado em consideração são os algoritmos e sua evolução histórica
frente às revoluções industriais. A primeira revolução entre 1760 e 1840 marca a transição da
utilização da força humana como meio de alcançar objetivo do trabalho para a força mecânica.
Enquanto a segunda revolução passa a ser caracterizada pelo surgimento da eletricidade
colocando em práticas as teorias de produção de Henry Ford. Logo após a segunda guerra
mundial, deu-se início à terceira revolução, que foi destacada com a criação de computadores
pessoais e o surgimento da internet como maior arma sem letalidade na época da guerra fria.
Klaus Schwab acredita que atualmente se vive uma nova revolução - a quarta revolução
industrial, que:

É caracterizada por uma internet mais ubíqua e móvel, por sensores menores
e mais poderosos que se tornaram mais baratos e pela inteligência artificial e
aprendizagem automática (ou aprendizado de máquina) (SCHWAB, 2016,
p.19)
Com a chegada da 4ª revolução industrial, as formas de produtividade começaram a
mudar, os mercados mais voltados para a produtividade intelectual começaram a romper com
as antigas formas de produção em massa. Assim, em teoria a quarta revolução industrial veio
para transcender as antigas relações de trabalho. Porém, com a chegada do novo modelo
denominado como uberização do trabalho, criado a partir de aplicativos regidos pelos
algoritmos digitais, isso passou a ser discutido sobre o quão prejudicial, ou não, poderia ser
para as relações de trabalho vigentes.

Para Souza et al. (2011, p.4) “um algoritmo representa um conjunto de regras para a
solução de um problema”, a parti dessa definição entendesse, que os algoritmos são um
conjunto de regras delimitadas a sua área de atuação, para solucionar os problemas advindos
daquela área.

Não obstante os preceitos básicos dos algoritmos, a vontade capitalista de alcançar a


eficiência, produtividade e a vontade consumista da população mundial fez com que os
algoritmos chegassem ao patamar de lógica de programação que é definida, da seguinte
maneira:

Está diretamente relacionado a relacionando com a etapa de projeto de um


software em que, mesmo sem saber qual será a linguagem de programação a
ser utilizada, se específica completamente o software a ponto de na
implementação ser possível traduzir diretamente essas especificações em
linhas de código em linguagem de programação (SCHWAB, 2016, p.3)

Os principais softwares, baseados em algoritmos, sem sombra de dúvidas são os


aplicativos de motoristas, sejam estes entregadores ou “motorista colaborador”, nos quais
algoritmos exercem sobre os motoristas uma nova espécie de subordinação a algorítmica.

No Tribunal Superior do Trabalho (TST), apresenta divergência quanto à caracterização


da subordinação algorítmica em jurídica. Porém, em voto recente de relator em Recurso de
Revista nº 10404-81.2022.5.03.0018, a Ministra Kátia Magalhães Arruda destaca que
subordinação jurídica por meios telemáticos ou informatizado (algoritmos) reproduz “poder de
comando”:

Pelo fato de a subordinação algorítmica reproduzir os mesmos elementos


constitutivos da contraposição “poder de comando” e “subordinação”, sua
presença confere espaço à constatação da existência de subordinação clássica,
embora exercida por meios informatizados de organização, direção e
disciplina do trabalho alheio, partem das instruções previamente determinadas
pelo empregador quando da programação do algoritmo. Afinal, como visto, o
comando empregatício empreendido mediante instruções predefinidas para
determinada finalidade empresarial (algoritmos) não torna necessário o
esforço de vislumbrar a presença do empregado nos fins do empreendimento
(subordinação objetiva) ou na dinâmica da atividade empresarial
(subordinação estrutural), pois o insere, imediatamente, na regra geral da
constatação da subordinação jurídica. (BRASIL, 2023, fls. 27)

Entretanto, há uma vertente no tema quanto ao poder de comando, pois, como já


supracitado, o algoritmo tem princípio uma solução ao papel que lhe é proposto, logo
apresentado a solução do problema há de haver uma imposição do algoritmo de quem vai
solucioná-la de acordo, neste caso, o empregado que está sob dependência.

Logo, cabe destacar a decisão da corte francesa que reconheceu o vínculo empregatícios
entre o empregado e empregador por falta de liberdade do trabalhador para fixar os preços de
seu trabalho, é a ainda na Europa a chamada “Inspección de Trabalho y Seguridad Social”, que
é a inspeção de órgão fiscalizador de Madri, na Espanha. Isso deu origem à decisão judicial do
Tribunal Superior de Justiça de Madri que reconheceu o vínculo empregatício em razão da
ausência de autonomia do empregado. Portanto, há de se extrair em síntese que Tribunais
Superiores nacionais tentam buscar uma solução para que cesse esta modalidade de
precarização das relações de trabalho.

3 OBJETIVOS

3.1 GERAL

Entender como as atuais relações de trabalho precarizam a vida humana por meio da
subordinação algorítmica em razão da subordinação jurídica.

3.2 ESPECÍFICOS

3.2.1 Clarificar as relações de trabalho no contexto histórico e como essas se precarizaram no


século XXI;

3.2.2 Identificar a precarização como a mais antiga e atual que viola os direitos de segunda
geração garantidos a pessoa humana;

3.2.3 Perceber a subordinação para além da relação Inter partes por meio da teoria do totemismo
aplicada aos proprietários dos meios de produção.

3.2.3 Compreender os algoritmos no contexto contemporâneo na perspectiva das relações de


trabalho de soberania do Estado;
3.2.4Identificar e distinguir os tipos de subordinação ao olhar jurídico dos tribunais superiores
na garantia dos direitos fundamentais;

4. PROBLEMAS DE PESQUISA

4.1 Como é a continuidade da precarização do trabalho em virtude da sobreposição da


subordinação ao princípio da dignidade da pessoa humana?

4.2 Como ocorre a desconfiguração da subordinação em razão da doutrinária religiosa, busca


incansável da fidelidade de submissão?

4.3 Qual é o comportamento dos algoritmos como meio de ocultar a precarização do trabalho?

5. HIPÓTESES

5.1 Com a chegada dos algoritmos, o poder de comando já não e mais exclusiva do empregador
pessoa física, porém, em 2011 com a chegada da lei 12.551/11, foi incluído no art. 6, parágrafo
único, descrevendo que, “os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e
supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de
comando, controle e supervisão do trabalho alheio.”, assim com a chegada do dispositivo,
entendeu-se que estava pacificado, porém, há no campo do negacionismo empresário o
entendimento que há total autonomia dos horários de labor por parte do empregado, gerando
uma precarização em massa sem sentido social algum, a qual várias pessoa se submetem para
ter dignidade como pessoa, entretanto, ainda continua uma atividade passiva dos poderes do
check and balances em relação ao assunto no Brasil, desta forma sobrepondo a subordinação
jurídica aos princípios da dignidade da pessoa humana.

5.2 A continuidade passiva do entendimento da subordinação como principal nexo de relação


de emprego, além de ferir os direitos 2ª dimensão, traz consequências no campo jurídico quanto
a interpretação de cada Tribunal, deixando de lado a segurança jurídica que versa sobre o tema.

A idealização da submissão ao um ser simbólico impregnada a qualquer religião, gera uma


busca incansável pelo ser símbolo de determinada religião, acreditando em uma contraprestação
justa da fidelidade pela salvação, a subordinação aos poucos se moldou a crença ao princípio
da contraprestação caracterizada pela subordinação objetiva ao passo que a a subordinação
estrutural e mais adequada, onde o empregador não se submete as ordens do empregador,
porém, teologias como a de João Calvino, fortalecem cada vez mais a teoria da submissão em
busca da contraprestação da salvação.

5.3 No Brasil há uma opinião desconexa sobre os algoritmos em face da falta da hermenêutica
do direito com as novas tecnologias, o Supremo Tribunal por diversas vezes não reconhece o
vínculo empregatício se limitando apenas aos dispositivos, art.2 e art.3 da CLT, desconhecendo
e descredibilizando as normas que versam sobre direito do trabalho internacional que versam
sobre direitos humanos. A principal finalidade do algoritmo nada mais é que atingir sua
finalidade para que foi regrada. Porém os algoritmos ultrapassaram o campo das teses e passam
a exercer poder de comando aos empregados como se empregador fosse, porém, mais dinâmico
as autonomias dos empregados ocultando e escondendo a responsabilização do mesmo.

6. METODOLOGIA

Esta pesquisa objetiva analisar a precarização das relações de trabalho por meio da
subordinação algorítmica. Para isto, será realizado estudo teórico bibliográfico para estudar esse
tema através da perspectiva de autores clássicos e contemporâneos.
Além disso, serão utilizados como fontes de pesquisa todos os materiais
disponibilizados sobre o tema, principalmente de doutrinadores do Direito. Dentre essas fontes
estão artigos científicos, livros, artigos de revista e trabalhos acadêmicos. E, visando o
levantamento de informações, bem como a elucidação da realidade dos trabalhadores sujeitados
a esse sistema que favorece a precarização, será proposto um estudo de caso na cidade de
Goiânia.
Como instrumento de coleta de dados será utilizada a aplicação de questionários, no
período compreendido entre novembro e dezembro de 2023, contendo algumas questões
objetivas e discursivas sobre as dinâmicas da atividade dos trabalhadores de plataformas
digitais, condições de trabalho e condição socioeconômica. Também será utilizada, com os
mesmos fins do questionário, a realização de entrevistas no mesmo período.
Tais ferramentas buscarão levantar informações que colaborarão, no âmbito qualitativo,
para a compreensão e interpretação de determinados comportamentos, opiniões, expectativas,
percepções, entre outros aspectos imateriais. Outrossim, serão analisados resultados
quantitativos e estes apontarão dados importantes para a caracterização da amostra pesquisada.
Os questionários serão aplicados e as entrevistas serão feitas com uma amostra que
corresponde a 30 pessoas que trabalham como motoristas de aplicativo, seja transportando
pessoas ou fazendo entregas. Os participantes que optarem por contribuir com a pesquisa
responderão ao questionário e participarão das entrevistas de forma voluntária.
Ao apresentar a proposta, os(as) informantes serão tranquilizados quanto a todos os
processos desta pesquisa, bem como seu objetivo principal, pautados no respeito às
individualidades de todos os sujeitos participantes e ressaltar ainda que estes podem abandonar
a pesquisa a qualquer momento. Além disso, os envolvidos poderão ficar seguros quanto à
privacidade, as transcrições das entrevistas e a identidade dos entrevistados permanecerão no
anonimato. Tanto no trabalho escrito, quanto na apresentação da pesquisa, os sujeitos
envolvidos não serão identificados.
Será então tomada a iniciativa de esclarecer aos sujeitos participantes sobre a
importância dessa pesquisa-ação, salientando que, realizada em serviço, essa formação proposta
poderá contribuir com o trabalho acadêmico, para ampliar o conhecimento e levantar discussões
sobre a temática em questão pela perspectiva do Direito do Trabalho. Acrescenta-se ainda que
esta pesquisa se destina a fins acadêmicos em que os dados coletados serão utilizados
exclusivamente para este intuito.
Todos os dados coletados serão gravados e transcritos, com a segurança do sigilo e
privacidade aos entrevistados, asseguradas pelo termo de consentimento livre e esclarecido. De
acordo com a Resolução CNS nº 466/2012. Esses dados coletados na pesquisa serão mantidos
em arquivo físico e digital, sob a guarda e responsabilidade do pesquisador durante e após a
pesquisa por um período de cinco anos a contar do término deste trabalho. Este material poderá
ser usado para a apresentação de artigos em seminários, palestras ou outros eventos científicos,
resguardando os cuidados da preservação do anonimato dos sujeitos da pesquisa.
7. CRONOGRAMA

2023/2 - 2024/1

ATIVIDADES AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR JUN
1 Leituras para X X
escolha do tema.
Levantamento da
literatura do tema
Pesquisa de
Campo
2 Elaboração do X X
Projeto de
Pesquisa
3 Elaboração Final X X
do Projeto de
Pesquisa – N1
4 Entrevistas e X X
Questionários.
Relatórios de
pesquisa
5 Leituras e X X X X
fichamentos
6 Redação do X X
esboço do trabalho
7 Esboço do X X
trabalho - 1ª
Versão
8 Revisão do texto e X X
redação final
9 Entrega da 1ª X X
parte trabalho –
N2
10 Continuação das X X
leituras
Escolha do
Professor da
Banca
Examinadora
11 Redação das X X X
seções
12 Entrega da 1.a X
versão do trabalho
13 Exame de X
qualificação – N1
14 Preparação para a X X
Defesa
15 Banca de X X
apresentação
8. ESTRUTURA PROVÁVEL

CAPÍTULO I - A SUBORDINAÇÃO E O TOTEMISMO


1.1 A teoria do totem como o ser superior em relação ao ser espelhado
1.2 As novas formas de submissão religiosa ao aspecto da subordinação
1.3 Advento da subordinação jurídica sobre o olhar dos aspectos formais e religioso
CAPÍTULO II - DEFINIÇÃO E RELAÇÃO ENTRE SUBORDINAÇÃO JURÍDICA E
ALGORÍTMICA
2.1 A adoção do taylorismo, para caracterizar a subordinação clássica
2.2 As diversas formas de subordinação a caracterização da jurídica.
2.3 A Subordinação jurídica, ao olhar dos tribunais superiores (TST, STJ, STF)
2.4 Os Algoritmos e a chegada da revolução 4.0, poder de comando sistematizado e
informatizado
2.5 Divergência entre os tribunais superiores nacionais para caracterizar a subordinação
jurídica.
2.6 Decisões internacionais, como um meio de harmonização jurisprudencial.

CAPÍTULO III - RELAÇÕES DE TRABALHO E PRECARIZAÇÃO DAS


CONDIÇÕES DE TRABALHO
3.1 A relação de trabalho na história da escravidão, como um reflexo da precarização do
trabalho.
3.2 A dignidade da pessoa humana, como um pressuposto de caracterização da subordinação
jurídica ao olhar da algorítmica.
3.3 Normas de direito internacional público como meio de alcançar os diretos adquiridos dos
trabalhadores nas relações de trabalho
CAPÍTULO IV- CONDIÇÕES DE TRABALHO E PRECARIZAÇÃO: UM ESTUDO
DE CASO
4.1 TRT –2: APELAÇÃO CIVIL 1001379-33.2021.5.02.0004
4.2 TST: RR-10404-81_2022_5_03_0018.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BESSA, Cesar. Além da subordinação jurídica no direito do trabalho. 220 f. Tese


(Doutorado) - Curso de Pós-Graduação em Direito, Setor de Ciências Jurídicas, Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, 2014.

BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. I - Agravo de Instrumento. Recurso de Revista.


Sumaríssimo. Lei Nº 13.467/2017. Reclamante. Transcendência. Vínculo de Emprego.
Caracterização. Motorista. Transporte Via Aplicativo. Plataforma Digital. Subordinação
Jurídica Por Meios Telemáticos Ou Informatizados (Algoritmos) nº 10404-81.2022.5.03.0018.
Relator: Ministra Kátia Magalhães Arruda. Agravo de Instrumento. Recurso de Revista.
Brasília, 13 set. 2023.

BRASIL. Decreto-lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis do


trabalho. Lex: coletânea de legislação: edição federal, São Paulo, v. 7, 1943. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 13 set. 2023

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 19. ed. Porto Alegre: Editora Método, 2017.
Revista atualizada e ampliada.

DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho: obra revista e atualizada


conforme a lei da reforma trabalhista e inovações normativas e jurisprudenciais posteriores. 18.
ed. São Paulo: Ltr, 2019.

LACAN, Jacques. Nomes-do-pai. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. Tradução de André Telles.

MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. 11. ed. São Paulo: Saraiva Educação,
2020.

SCHWAB, Klaus. A quarta revolução industrial. São Paulo: Edipro, 2016. Tradução de:
Daniel Moreira Miranda.
SOUZA, Marco A. Furlan de et al. Algoritmos e lógica de programação: um texto
introdutório para a engenharia. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. 2ª edição revista e
ampliada.
TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios de administração científica. 8. ed. São Paulo:
Atlas, 1990. Tradução de: Arlindo Vieira Ramos.

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