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RESUMO EXPANDIDO
Área Temática: Está no projeto com subtema ‘’Posse e Detenção: Os Efeitos da Relação
de Trabalho sobre os Meios de Produção e Demais Propriedades do Empregador’’ para o
resumo expandido da disciplina de Direito Civil V – Direitos Reais. E está em
conformidade com o tema ‘’A Relação de Trabalho e seus Reflexos’’ para o resumo do
Projeto de Extensão para as disciplinas: Direito Civil V – Direitos Reais, Direito
Processual Civil IV, Direito Individual do Trabalho e Direito Processual Penal.
RESUMO
O objetivo deste resumo expandido é contextualizar o sucesso de uma determinada
empresa mediante a essencialidade de planejamento e gerenciamento. Tal resumo faz
referida explanação sobre a distinção entre posse e detenção, conceitos do ramo do Direito
Civil, em se tratando da relação de trabalho e em de que maneira tal relação afeta a
obrigação de determinado empregador oferecer aos seus empregados ferramentas de seu
ofício e outros bens que se façam necessários.
INTRODUÇÃO
Se tratando da distinção entre posse detenção, é válido pontuar que a posse é o
exercício pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade. Já a detenção é
aquela situação em que alguém conserva a posse em nome de outro e em cumprimento às
suas ordens e instruções. A detenção não é posse, portanto confere ao detentor direitos
decorrentes desta.
Fazendo menção sobre o vínculo empregatício, cabe ressaltar que dentro de uma
relação de emprego, a subordinação do empregado constitui uma das características
fundamentais para a configuração do vínculo empregatício, contudo, pouco se fala a
respeito da contrapartida à subordinação do obreiro, que é o poder de direção do
empregador sobre as atividades exercidas pelo empregado no âmbito da relação de
trabalho.
É cada vez mais notório que as relações de trabalho interferem e sofrem cada vez
mais influência sobre os meios de produção, ainda mais sob o aspecto capitalista em que
atualmente vivemos, sempre extremamente voltada pra a geração de riquezas. A análise
da evolução da organização do processo de trabalho dissociada do paralelismo com a
evolução do capitalismo torna-se sem sustentação, à medida que deixa de considerar
aspectos fundamentais que vão influenciar diretamente na forma, conteúdo e direção que
o processo assume ao longo do tempo. Tais aspectos, ao serem trazidos à tona, poderão
melhor explicar os avanços (e recuos) que a organização da classe dos trabalhadores
percorre desde a sua constituição, isto é, a partir da separação dos produtores de seus
meios de produção; movimentos esses intimamente ligados às variáveis que determinam
o próprio desenvolvimento do sistema capitalista de produção.
Investigar as interferências existentes entre o Direito Civil e o Direito do Trabalho
é tarefa das mais complexas 7. Exige também um discurso crítico que reconheça a tensão
existente entre a codificação civil – historicamente tributária de dogmas e princípios
liberais – e as leis obreiras – a contrario sensu, principiologicamente socializantes -,
propondo alternativas hermenêuticas conciliatórias 8, demonstrando que a tutela das
dimensões9 da dignidade humana, numa sociedade pós-industrial, somente será alcançada
com uma visão sistemática do ordenamento jurídico.
7
O objeto de estudo ganha importância no momento em que a doutrina civilista promove uma ampla revisão conceitual de sua
dogmática, implicando várias ocasiões na decodificação de tradicionais institutos do direito civil, compatibilizando a teoria do direito
privado com o primado da dignidade da pessoa humana - epicentro do ordenamento jurídico nacional pós 1988. Segundo um dos
expoentes teóricos desse movimento: “Tal modificação no papel do Código Civil representa uma profunda alteração na própria
dogmática. Identificam-se sinais de esgotamento das categorias do direito privado, constatando-se uma ruptura que bem poderia ser
definida, conforme a preciosa análise de Ascarelli, como uma crise entre o instrumental teórico e as formas jurídicas do individualismo
pós-industrial. Os novos fatos sociais dão ensejo a soluções objetivistas e não mais subjetivistas, a exigirem do legislador, do intérprete
e da doutrina uma preocupação com o conteúdo e com as finalidades das atividades desenvolvidas pelo sujeito de direito.”
(TEPEDINO, Gustavo. Temas de direito civil. 3. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2004. p. 6.).
8 Ou seja, que compreendam e compatibilizam-se com algumas das maiores celeumas da dogmática juslaboral, tributárias da
influência civilista das e nas leis obreiras. Que o diga o cerne do Direito do Trabalho: a natureza jurídica da formação da relação de
emprego - campo em que contratualistas e anticontratualistas digladiam-se desde tempos idos (baseados sobretudo na dicotomia
justiniana - direito público x direito privado). Para uma abordagem completa dos argumentos dispensados de parte a parte, incluindo-
se ampla citação aos clássicos jurídicos da matéria: SOUTO MAIOR, Jorge Luiz. Curso de direito do trabalho. A relação de emprego.
Volume II, São Paulo: LTr, 2008. p. 19-40 (optando pela solução anticontratual). Doutra banda, filiando-se entre os contratualistas:
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2006. p. 307-321
9 SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. 6. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
O Direito do Trabalho concebido como conjunto de normas e princípios que regula
as relações de emprego buscando a melhoria da condição social e econômica do
empregado é especial em relação ao Direito Civil. Ou seja, normatiza relações jurídicas
específicas - a relação jurídica entre empregador e empregado -, enquanto as regras civis
regulamentam relações jurídicas básicas - afetas a quaisquer cidadãos independentemente
da manutenção dum liame obrigacional específico. Assim, cabe à lei civil regular dentre
outras matérias: o início da capacidade civil, a fixação do domicílio, as espécies de
direitos da personalidade, o estado de filiação, os direitos sucessórios, as regras de
responsabilidade.
Diante de tais expostos, faz-se notório que o ramo do Direito Civil e Direito do
Trabalho possuem longa relação, sendo também perceptível que o ramo trabalhista e o
vínculo empregatício vieram se expandindo com o passar dos anos, porém, sempre com
a necessidade de um direito para regularizar tal relação, pois mediante ausência deste não
se teria relações de empregador e empregador, bem como os meios de produções não
existiriam e muito menos de modo bem estabelecidos, não sendo possível assim obter
resultados de maneira satisfatória.
Em face do trabalhador, vale citar o princípio da dignidade humana, pautado no
art. 1°, inciso III da Constituição Federal, pois o mesmo enquanto sujeito de direitos há
de ser evidenciado, o que será traduzido na lógica de que o capitalismo e apreço
patrimonial não pode simplesmente seguir uma lógica predativa permitindo chegar ao
ponto de castrar a humanidade do trabalhador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Porém, bem como pode haver todos esses aspectos positivos e com diversas
benfeitorias para ambos os lados, também pode ser gerado dentro desse ambiente de
vínculo empregatício, desigualdade, desrespeito, insatisfação com a gerência ao qual
está sendo realizada. E normalmente, boa parte dessa insatisfação por parte dos
trabalhadores se dá pela preferência por parte dos chefes darem certa preferência a uma
elite de classe mais alta, tratando os menores como se fosse menos do que os outros,
gerando assim um sentimento de revolta nos mesmos, o que acaba por acarretar vários
problemas dentro de uma relação de trabalho.
Por fim, entende-se que a relação de trabalho e o seu meio de produção decorre
e depende de inúmeros fatores que necessitam andar juntos para o bom funcionamento
de uma empresa, bem como, uma relação entre empregador e empregado. Pois como
discorrido acima, faltando um desses requisitos não se haverá bons resultados sendo
cada vez mais difícil atingir sucesso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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