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Declaração do Estudante

Declaro por minha honra que este trabalho nunca foi apresentado na sua essência para
obtenção de qualquer grau académico, e ele constitui resultado da minha pesquisa, estando
indicadas no texto e nas referências bibliográficas, as fontes que para o efeito foram
utilizadas.

_______________________________

Quelimane, Setembro de 2021


Declaração do Supervisor

Declaro que verifiquei e acompanhei este trabalho da estudante Cacilda Martinho


Paulo e que o mesmo cumpre com os requisitos estabelecidos pela norma de elaboração de
estrutura de trabalho em vigor desta instituição.

__________________________________

Quelimane, Setembro de 2021


Agradecimentos

Agradeço aos meus pais, por me terem permitido uma estadia de muito tempo em
Quelimane e por terem sido incondicionalmente importantes ao longo de toda a minha
vida;

ÀDeus por ter - me dado força e saúde de modo a tornar este momento uma realidade;

Aos meus docentes, por transmitirem com todo o amor seus conhecimentos me
transformando em um profissional capacitado;

Estou muito grato ao meu supervisor pela preciosa ajuda na orientação de todo o meu
estágio;

Àtodos que de uma forma directa e indirectamente contribuíram para o sucesso


durante a minha formação.
Dedicatória

Dedico este trabalho aos meus pais;

À toda a minha família e aos meus colegas e amigos.


Lista de Abreviaturas e Tabelas

OMS – Organização Mundial da Saúde

Tabela 1

Tabela 2
Resumo

O presente estudo com o tema: Suplementação Vitamínica em Crianças e Mulheres


Grávidas e Lactantes e tem por objectivo avaliar a prática da suplementação da vitamina em
crianças e mulheres grávidas e lactantes para o seu desenvolvimento. A suplementação de
vitaminas e minerais é fundamental para pacientes que apresentam deficiências nutricionais,
independente da idade. No caso das crianças isso deve ser levado ainda mais a sério, já que
elas estão em importante fase de crescimento. Obter esses componentes através de
suplementos pode ser necessário até mesmo no caso de quem segue uma alimentação
saudável e variada. Teoricamente, como avalia o pediatra César de Carvalho Tonello, afirma
que a suplementação de vitamínica não seria necessária para quem se encaixa no conceito de
alimentação saudável, mas isso não se aplica na prática. Apesar de ser ideal obter as vitaminas
e demais nutrientes através da própria alimentação, nem sempre conseguimos isso, ainda mais
quando estamos lidando com crianças”.
CAPÍTULO I:

1.1. Introdução

A deficiência de vitamina “A” afecta cerca de 19 milhões de gestantes (mulheres


grávidas) e 190 milhões de crianças em idade pré-escolar, a maior parte delas nas regiões da
África e Sudeste da Ásia, segundo a divisão territorial da Organização Mundial da Saúde
(OMS). Os bebés e crianças têm maior necessidade de vitamina “A” para compensar seu
rápido crescimento e ajudá-los a combater algumas infecções.

Num sentido geral, os Estados Membros da OMS solicitaram orientações desta


Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os efeitos e a segurança da suplementação
vitamínica (concretamente a vitamina “A”) em bebés e crianças dos seus 6-59 meses de vida
como estratégia de saúde pública em apoio ao seu esforço para atingir os objectivos de
Desenvolvimento do Milénio.

Neste sentido, importa referir que, em locais onde a deficiência de vitamina “A” é um
problema de saúde pública, a suplementação de vitamínica(vitamina “A”) é recomendada para
bebés e crianças de 6-59 meses de vida como intervenção de saúde pública para reduzir a
morbidade e mortalidade infantil, sendo assim uma (forte recomendação).

1.3. Objectivos

1.3.1. Geral

 Avaliar a suplementação vitamínica em crianças e mulheres grávidas e lactentes.

1.3.2. Específicos

 Contextualizar a suplementação vitamínica;


 Compreender a importância de suplementação vitamínica em crianças e mulheres
grávidas e lactantes;
 Conhecer os principais suplementos de vitaminas em crianças e em mulheres grávidas
e lactantes.
 Apresentar o esquema para administração de Vitamínica em crianças.
1.4. Problematização

O estado nutricional de uma grávida ou lactante tem implicações não apenas na sua
saúde, mas também na saúde da criança que se está a desenvolver. O crescimento e
desenvolvimento intra-uterino prejudicados podem “programar” o feto para patologias
metabólicas, cardiovasculares ou endócrinas na vida adulta. A conexão sináptica é afectada se
ocorrer malnutrição entre o nascimento e os 3 meses de idade. A obesidade materna pode dar
origem a dificuldades no parto e a complicações durante a gravidez, tais como a diabetes
gestacional, pré-eclampsia e prematuridade. As crianças costumam ter muita dificuldade em
se adaptar à ingestão de certos alimentos, o que pode fazer com que elas deixem de consumir
nutrientes fundamentais para que seu crescimento seja plenamente saudável. Por isso, a
suplementação de vitaminas e minerais é tão importante, pois complementa as áreas não
contempladas na dieta. Uma alimentação saudável, composta por uma variedade grande de
alimentos e nutrientes, é, sem dúvidas, parte indispensável da manutenção da saúde. Contudo,
não é o único hábito que deve ser adoptado nesse sentido.

Desta forma, torna-se primordial manter uma alimentação adequada, através de um


estilo de vida que, por um lado, optimize a saúde materna e, por outro, reduza o risco de
deficiências à nascença, crescimento e desenvolvimento ou problemas de saúde crónicos na
criança. Diante desse contexto, levanta-se a seguinte questão: Até que ponto a suplementação
vitamínica em mulheres grávidas e lactantes pode influenciar no desenvolvimento dos seus
bebés?

1.5. Justificativa

A escolha do tema deve-se ao facto do autor ter constatado que parte da população na
sua maioria, a deficiência de vitamina “A” afecta, em nível mundial, aproximadamente
milhões de mulheres grávidas e milhões de crianças em idade pré-escolar e a maioria está
localizada nas regiões suburbanas. A DVA (Deficiência de Vitamina “A”) era considerada um
problema de saúde pública, sobretudo na região Norte e Centro, e em alguns locais da região
Sul. Contudo, a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde pública da Criança e da Mulher,
traçou o perfil das crianças menores de 5 anos e da população feminina em idade fértil e
apontou que o problema se estende para todas as regiões. Portanto, nesta pesquisa, foi
possível notar-se que 17,4% das crianças e 12,3% das mulheres apresentavam níveis
inadequados de vitamina “A”. Em crianças, as maiores prevalências foram encontradas
noNorte (21,6%) e Centro (19%) do País. A maior idade materna (35 anos) também foi
associada à maior ocorrência de crianças com níveis deficientes de vitamina “A”.

Evidências acerca do impacto da suplementação com vitamina “A” em crianças de 6 a


59 meses de idade apontam uma redução do risco de morte, de mortalidade por diarreia e de
mortalidade por todas as causas, em crianças com HIV positivo. Com isso, a OMS recomenda
a administração de suplementos de vitamina A para prevenir a carência, a xeroftalmia (A
xeroftalmia e a cegueira nocturna são manifestações clínicas da deficiência grave de vitamina
“A”), e a cegueira de origem nutricional em crianças de 6 a 59 meses. Segundo a OMS, a
suplementação profilática de vitamina A deve fazer parte de um conjunto de estratégias para a
melhoria da ingestão deste nutriente, portanto, associado à diversificação da dieta. (OMS,
2011).

CAPÍTULO II: METODOLOGIA DO TRABALHO

2.1. Metodologia

2.1.1. Tipo de Pesquisa

Do ponto de vista da natureza a pesquisa é básica pois, conforme MENEZES &


SILVA (2005) esta pesquisa objectiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da
ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.

2.1.1.1. Quanto a Abordagem

Na visão de MINAYO (2001) apud GERHARDT & SILVEIRA (2009), a pesquisa é


do tipo qualitativa pois, para o proponente não objectiva contabilizar quantidades como
resultados e nem envolver testes estatísticos, mas sim conseguir colher sensibilidade das
pacientes que sentem desnutridas para posteriormente ser administrada a devida
implementação vitamínica.

2.1.1.2. Procedimentos Técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos pretendem-se pesquisa bibliográfica, experimental


2.1.1.3. Pesquisa Bibliográfica

De acordo com Lundin (2016), consiste em desenvolver a pesquisa de avaliar a


suplementação vitamínica em crianças e mulheres grávidas e lactantes. Assim, para a
elaboração do presente trabalho, recorreu-se a um método de cunho bibliográfico, em que o
mesmo foi realizado com base em pesquisa bibliográfica (manuais ligados ao tema, artigos e
sites da internet) sobre suplementação vitamínica em crianças e mulheres grávidas e
lactantes.

2.1.1.4. Quanto aos Objectivos

A pesquisa é explicativa. Este tipo de pesquisa preocupa-se em identificar os factores


que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenómenos. (Gil, 2007). Isto é, este
tipo de pesquisa explica o porquê das coisas através dos resultados propostos. Neste contexto,
a pesquisa consistiu em aprofundar o conhecimento da realidade em torno da suplementação
de vitaminas em crianças e mulheres grávidas e lactantes.

2.2. Métodos de Colecta de Dados

Para a realização do presente trabalho, este foi baseado na pesquisa bibliográfica, que,
de segundo Demo (2013), esta pesquisa explica um problema a partir dos conteúdos
publicados. No entanto, a pesquisa bibliográfica é o levantamento ou revisão de obras
publicadas sobre a um certo tema em estudo, que irá direccionar o trabalho, necessitando
assim, um apreço, estudo e análise pelo pesquisador que irá executar o trabalho.

CAPÍTULO III: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1. Suplementação Vitamínica em Crianças e Mulheres Grávidas e Lactantes

3.1.1. Contextualização

De acordo com TONELLO (2019, s./d.) a suplementação de vitaminas é fundamental


para pacientes que apresentam deficiências nutricionais, independente da idade. No caso das
crianças isso deve ser levado ainda mais a sério, já que elas estão em importante fase de
crescimento. Obter esses componentes através de suplementos pode ser necessário até mesmo
no caso de quem segue uma alimentação saudável e variada. Com isso, a suplementação
vitamínica não seria necessária para quem se encaixa no conceito de alimentação saudável,
mas isso não se aplica na prática. Apesar de ser ideal obter as vitaminas e demais nutrientes
através da própria alimentação, nem sempre conseguimos isso, ainda mais quando estamos
lidando com crianças.

Desta feita, segundo o mesmo autor, as crianças costumam ter muita dificuldade em se
adaptar à ingestão de certos alimentos, o que pode fazer com que elas deixem de consumir
nutrientes fundamentais para que seu crescimento seja plenamente saudável. Por isso, a
suplementação de vitaminas e minerais é tão importante, pois complementa as áreas não
contempladas na dieta.

Ora, o nosso organismo não pode prescindir de todos os oligoelementos e vitaminas


que são, juntamente com a água, cofactores essenciais em todas as reacções químicas que
nosso corpo precisa para funcionar adequadamente. Especialmente nos extremos da vida,
fases de crescimento e terceira idade. (TONELLO, 2019).

Em suma, uma alimentação saudável, composta por uma variedade grande de


alimentos e nutrientes, é, sem dúvidas, parte indispensável da manutenção da saúde. Contudo,
não é o único hábito que deve ser adoptado nesse sentido. A prática de actividade física,
descanso, sono, lazer, espiritualidade, cultivar paz, bons pensamentos, bons propósitos, boas
amizades, tudo isso também é essencial para uma vida mais saudável e, portanto, deve ser
incentivado desde a infância. (Ibdem).

3.1.2. Suplementação em Crianças: quando é necessária?

Devido ao rápido crescimento e desenvolvimento infantil, as crianças representam um


grupo de vulnerabilidade para deficiências de macro e micronutrientes e, apesar da grande
carga de conhecimento que temos actualmente, este é um tema amplamente discutido sem
verdade absoluta.

Assim, o crescimento cerebral, que tem seu pico a partir do terceiro trimestre de
gestação até os dois anos de vida, é resultado de intensa neogénese, acompanhada de
mielinização e sinaptogénese. Uma falha na oferta nutritiva nesta fase de neuro-
desenvolvimento pode causar consequências a longo prazo, como a ocorrência de doenças
crónico-degenerativas.(SEIF , 2020).
3.1.3. Suplementação: Em que circunstâncias?

Durante a gravidez, as mulheres sofrem um aumento do metabolismo basal,


aumentando assim as suas necessidades energéticas. A constituição do feto e placenta bem
como a preparação das glândulas mamárias para a lactação são modificações fisiológicas do
organismo de uma grávida que carecem de um aporte suplementar de nutrientes. Face a esta
situação, o organismo materno sofre um processo de adaptação natural, através de diferentes
fenómenos que levam a um aumento das necessidades nutricionais.

O aumento dos níveis sanguíneos de hormonas orexigénicas, o aumento da absorção


intestinal, a diminuição da excreção e a mobilização de reservas tecidulares são exemplos
importantes dessas alterações. A placenta também sofre uma adaptação: em caso de
deficiência em ferro, por exemplo, observa-se um aumento da síntese de moléculas
placentárias implicadas no transporte de ferro ao feto.

As várias transformações fisiológicas começam muito cedo na gravidez, numa fase em


que a unidade fetoplacentária ainda não exige necessidades extraordinárias. No entanto, os
aportes aumentados são armazenados e o organismo materno pode responder posteriormente
às necessidades que aumentarão consideravelmente numa segunda fase da gravidez.

Assim, o problema da suplementação surge numa outra perspectiva: os países em vias


de desenvolvimento são geralmente afectados por carências em alguns micronutrientes, como
resultado de um défice de aporte alimentar. Por outro lado, mesmo nos países desenvolvidos,
muitas mães podem apresentar défices de nutrientes como o ferro, o ácido fólico, o cálcio ou
outros. Com efeito, uma parte da população feminina pode sofrer, voluntariamente, de um
aporte insuficiente em certos nutrientes (vegetarianas, alérgicas, “de dieta”, etc.). O preço de
alguns alimentos é, muitas vezes, a causa principal da eliminação da carne (rica em ferro) ou
dos hortofrutículas (ricos em vitaminas) da alimentação de uma grávida.

No entanto, Certas patologias digestivas, renais, etc., podem também ser a origem de
algumas deficiências, por causarem um aumento das perdas.

Outras causas de carência nutricional podem ser o tabaco (provoca carência de


algumas vitaminas como o ácido fólico, por exemplo), o uso de contraceptivos orais ou outras
patologias/condições que alterem o metabolismo. Desta feita, em caso de carência por
qualquer uma das causas anteriormente citadas, o organismo é privado porque não teve
capacidade de reconstituir reservas. Nestas situações a suplementação é imprescindível.
3.1.4. Suplementação de Vitamina “A” em Crianças

3.1.4.1. Esquema para Administração de Vitamina “A” em Crianças

 Passo 1: Triagem

A partir do 6º até o 59º mês de idade, todas as crianças que residam em municípios
contemplados pelo programa devem receber doses de vitamina “A”. Para tanto, é preciso
verificar na Caderneta de Saúde da Criança a data da última administração do suplemento de
vitamina “A”. O coordenador local (distrital ou municipal) irá definir a estratégia de
distribuição de vitamina “A” que mais se adequa à sua realidade, podendo ser na rotina dos
serviços de Saúde: (demanda espontânea ou programada, visita domiciliar e busca activa) ou
na Campanha Nacional de Imunização.

 Passo 2: Dosagem

Para que se tenham bons resultados, a suplementação de vitamina A deve seguir o


calendário de administração a seguir:

Esquema para administração de vitamina “A” em crianças

3.1.4.2. Registo dos Suplementos de Vitamina “A” Administrados às Crianças

O registo é parte importante de qualquer actividade dos serviços de Saúde. Da mesma


forma que se registam as vacinas aplicadas, devem-se registar os suplementos de vitamina
“A” administrados.

No entanto, no serviço de Saúde, é preciso anotar no Mapa Diário de Administração


de Vitamina “A”. O número de doses administradas para se ter o controlo de quantas crianças
recebem a megadose de vitamina “A”. Esse mapa possibilita, de maneira rápida e simples, o
monitoramento do programa.

3.1.4.2.1. Questões Importantes

– Com que frequência é preciso administrar suplementos de vitamina A?


Os suplementos de vitamina A devem ser oferecidos às crianças de 12 a 59 meses de
idade de seis em seis meses. O intervalo seguro entre uma administração e outra é de, no
mínimo, quatro meses.

– Qual a via de administração dos suplementos de vitamina A?

Os suplementos de vitamina A são administrados por via oral e não devem ser
administrados por via intramuscular ou endovenosa.

– Como é a rotulagem dos suplementos de vitamina A?

A concentração dos suplementos de vitamina A é indicada em unidades internacionais,


geralmenteabreviadas como UI. O rótulo dos frascos que contêm os suplementos indica qual a
concentraçãoda vitamina: 100.000 UI (cor amarela) ou 200.000 UI (cor vermelha).

– Quais podem ser as reacções adversas?

A vitamina A é bem tolerada. Geralmente, não há efeitos colaterais para as dosagens


recomendadas pelo programa, mas é possível que a criança coma menos durante o dia da
administração, vomite ou sinta dor de cabeça. Avise à mãe que isso é normal, que os sintomas
passarão e que não é preciso nenhum tratamento específico.

– Qual o procedimento em caso de superdosagem?

Em caso de superdosagem, pode ocorrer hepatotoxicidade, dor de cabeça, náusea,


tontura, sonolência, irritabilidade, delírio, vómitos, diarreia e eritema cutâneo. Pode ocorrer
hipertensão intracraniana benigna, seus sintomas: dor de cabeça, abaulamento de fontanela e
papiledema simétrico, geralmente se resolvem em poucos dias, com excepção do papiledema
que pode durar até meses. Não há descrição de implicações neurológicas. É importante que a
equipe de saúde faça o acompanhamento dessa criança até que cessem os sintomas.

– Existem contra-indicações dos suplementos de vitamina A?

Recomenda-se não suplementar a criança que faz o uso diário de polivitamínico com
vitamina A ou qualquer outro suplemento isolado de vitamina “A”.

3.1.5. Suplementação de Vitamina “A” em Puérperas

3.1.5.1. Esquema para Administração de Vitamina “A” em Puérperas


 Passo 1: Triagem

– Mulheres grávidas ou em idade fértil:

As mulheres grávidas ou em idade fértil, que podem estar na etapa inicial da gravidez sem
saber, não devem receber a megadose de vitamina A. Os suplementos de vitamina “A” em
grandes doses administradas no início da gravidez podem causar problemas de má-formação
fetal (teratogenicidade).

– Mulheres no pós-parto imediato (puérperas), ainda na maternidade:

Só é seguro fornecer suplementos de vitamina A em megadoses (200.000 UI) a


puérperas, antes da alta hospitalar, ainda na maternidade. Nesse período, é certo que a mulher
não esteja grávida. Os suplementos de vitamina A fornecidos às puérperas logo após o parto,
em áreas onde ocorrem deficiências de vitamina “A”, contribuem para a melhor nutrição
materna.

 Passo 2: Dosagem

As puérperas devem receber uma única dose de vitamina “A” na concentração de 200.000
UI, imediatamente após o parto, na maternidade ou hospital.

Esquema para administração de vitamina “A” em puérperas

3.1.5.2. Registo dos Suplementos de Vitamina “A” Administrados às Puérperas

Somente as puérperas no pós-parto imediato, residentes nos locais onde se realiza essa
acção, devem receber a megadose ainda na maternidade, antes da alta hospitalar. Para que seja
evitado o risco de teratogenia do feto, caso haja nova gravidez em curso. Assim, as mulheres
não devem receber suplementação em outros locais (unidade básica de Saúde, por exemplo)
ou em outros períodos de sua vida reprodutiva.

O registo é parte importante de qualquer actividade dos serviços de Saúde e, portanto,


os suplementos de vitamina A administrados às puérperas também devem ser registados.
O mapa diário de administração é uma maneira rápida e simples de apresentar
resultados da administração da megadose de vitamina A na maternidade.

 Como Guardar os Suplementos de Vitamínicas?

Os suplementos de vitamínicas são mais estáveis que as vacinas. Contudo, para manter
a qualidade e eficácia, alguns cuidados devem ser observados no armazenamento do
suplemento:

 Não deve ficar exposto à luz do sol e à claridade;


 Deve ser mantido em local fresco e arejado;
 Não deve ser refrigerado nem congelado.

Nessas condições, as cápsulas terão validade de dois (2) anos.

3.2. Importância de Tomar Suplementação Vitamínica na Gravidez

Segundo NETO etal (2016) afirmam que Mesmo antes de acontecer a gravidez, no
período que antecede a concepção até a 12ª semana de gestação, as necessidades de uma
vitamina do complexo “B”, a vitamina “B9”, são maiores devido à sua importância na
prevenção de malformações, em especial, do sistema nervoso do bebé.

Adiantam ainda que os folatos constituem um grupo de vitaminas, como o metilfolato


(que é a forma activa do ácido fólico), ácido fólico (forma sintética) e ácido folínico, dentre
outras. Essa vitamina é importante para a prevenção de malformações, especialmente no
sistema nervoso do bebé, ou seja, na medula espinhal e cérebro. O déficit dessas vitaminas
pode provocar anencefalia ou espinha bífida no bebé. (NETO etal, 2016).

Com isso, importa referir que, durante a gravidez as necessidades nutricionais


aumentam. O corpo da gestante precisa de proteínas, carbohidratos, gorduras e de uma maior
quantidade de vitaminas e minerais para garantir o bom desenvolvimento fetal.

Nessa fase são necessárias maiores quantidades de vitaminas: A, C, D, folato e outras


vitaminas do complexo B. Além disso, o corpo precisa de mais minerais como cálcio, fósforo,
magnésio, ferro, iodo, zinco e selénio. Normalmente, as mudanças na alimentação básica não
são suficientes para suprir essas necessidades.

Entretanto, cerca 25% das gestantes apresentam deficiência de vitaminas ou minerais


durante a gravidez. Assim, sem suplementação, 75% das gestantes terão falta de pelo menos
um micronutriente em sua dieta. Por isso, é indicado o uso do metilfolato (forma activa do
ácido fólico) até o primeiro trimestre de gravidez e a partir disso, seguir com a suplementação
de polivitamínicos.

No entanto, se a mulher está pensando em engravidar, esta deve consultar-se com um


ginecologista ou obstetra. Um bom pré-natal vai-lhe dar mais segurança e tranquilidade na
hora de aumentar a sua família.

3.2.1. Suplementos Vitamínicas em Mulheres Grávidas

Durante a gravidez é importante que as mulheres façam uso de alguns suplementos de


vitaminas e minerais para garantir tanto a sua saúde como a do bebé durante esse período,
prevenindo o desenvolvimento de anemia e perda óssea, assim como defeitos no tubo neural
do bebé, ajudando na forumação de DNA e no crescimento do feto. Essas vitaminas devem
ser tomadas de acordo com a orientação do médico obstetra ou do nutricionista, pois a
quantidade depende de factores como idade e presença de doenças como a anemia, e nem
todas as mulheres precisam desse tipo de suplementação, no entanto o médico pode indicar
como forma de prevenção. (SEDICIAS, 2020).

Com esta nota, algumas gestantes podem apresentar deficiência em alguns nutrientes,
o que pode acontecer como consequência de um deficit na ingestão dessas vitaminas ou
minerais na dieta ou porque a quantidade no organismo não é suficiente para o crescimento do
feto e do seu organismo. Dessa forma, a gestante pode necessitar de suplementos de:

 Ferro, cálcio, zinco e cobre;


 Vitaminas C, D, B6, B12 e ácido fólico, principalmente;
 Ácidos graxos;
 Ômega 3.

Assim, o tipo e a quantidade de vitaminas e minerais a serem repostos depende dos


resultados dos exames de sangue que as mulheres grávidas e lactantes devem fazer durante a
gestação, da idade, do número de bebés que espera, e da presença de doenças como diabetes e
osteoporose. Alguns exemplos de suplementos para a gravidez são Natalben Supra,
CentrumPrenatal, Natele e Materna.

 Porquê tomar vitaminas sem orientação é perigoso?


Tomar vitaminas sem orientação do médico ou do nutricionista é perigoso porque o
excesso de alguns nutrientes podem causar problemas para o bebé e para a mãe. O excesso de
vitamina “A”, por exemplo, pode causar mal formações do feto, enquanto o excesso de
vitamina “C” aumenta o risco de cálculos renais.

A ser assim, é importante que a suplementação seja feita de acordo com a recomendação
do médico ou do nutricionista de acordo com o resultado dos exames da mulher.

 A suplementação vitamínica engorda?

Os suplementos de vitamina para mulheres grávidas não engordam, servem para nutrir e
complementar uma dieta saudável que deve ser seguida durante a gravidez. Nos casos em que
há aumento de peso acima do desejado para o período gestacional, o médico poderá orientar a
prática de exercícios físicos e uma dieta com menor concentração de gordura, mas mantendo a
suplementação de nutrientes.

 Vitaminas para mulheres grávidas com anemia

No caso das mulheres grávidas com anemia, normalmente é indicado o uso de


suplementos de ferro com o objectivo de aumentar a capacidade das hemácias em transportar
o ferro.

A diminuição dos níveis de ferro no sangue pode ser observada em qualquer fase da
gravidez, principalmente se a grávida já tiver propensão a ter anemia, e deve ser tratada para
não correr riscos de partos prematuros, abortos ou diminuição do crescimento do bebé.

Ora, a anemia na gravidez é comum porque o organismo precisa produzir mais sangue,
e por isso todas as grávidas devem ter o cuidado de consumir uma dieta rica em ferro durante
toda a gravidez.

3.2.2. Reposição Natural de Vitaminas

Sheila Sedicias (2020) afirma apesar dos suplementos de vitaminas serem mais
utilizados durante a gestação, pois se trata de uma fonte rápida de vitaminas, é possível ter os
mesmos resultados por meio da alimentação. Os sucos e vitaminas para grávidas podem ser
feitos com frutas e legumes ricos em vitaminas A, C, E, ácido fólico e ferro. As vitaminas e
sucos para grávidas podem incluir:
 Frutas cítricas como laranja, abacaxi e acerola, pois são ricas em vitamina C, o que
aumenta a absorção de ferro no intestino quando tomadas junto ao almoço e ao jantar;
 Legumes amarelos e laranjas, como cenoura e abóbora, pois são ricos em vitamina A;
 Legumes verde-escuro como couve e agrião, pois são ricas em ácido fólico, que ajuda
a combater a anemia e a desenvolver o sistema nervoso do feto;
 Carnes e aves, que são fontes de ferro, importante contra a anemia.

É importante lembrar que alimentos ricos em cálcio, como leite e derivados, não devem
ser tomados junto com o suplemento de ferro ou nas refeições principais, pois podem
prejudicar a absorção total do ferro no intestino.

A. Energia

As necessidades energéticas durante a gravidez correspondem à ingestão de energia


proveniente da dieta que permite equilibrar o dispêndio energético quando a mulher apresenta
uma composição corporal e um nível de actividade física consistentes com uma vida saudável.
Esta energia é ainda essencial para manter actividades economicamente necessárias e
socialmente desejáveis neste período.

Na mulher grávida, as necessidades energéticas incluem ainda toda a energia associada


à deposição de tecidos que permite o curso de uma gravidez óptima, de termo e que promova
o bem-estar da mulher e do feto. Pretende-se que o recém-nascido tenha o tamanho e
composição corporal adequados a uma gravidez saudável.

Os principais objectivos destas necessidades energéticas são:

i. Um aumento de peso materno adequado para permitir o crescimento fetal, placenta e


outros tecidos associados (glândulas mamárias, etc.);
ii. Compensar os gastos associados ao aumento do metabolismo característico da
gravidez;
iii. Fornecer a energia adicional para a manutenção do peso da mãe, sua composição
corporal e actividade física durante o período gestacional;
iv. Fornecer reservas essenciais numa fase posterior à gravidez como é o caso da lactação

B.Proteínas

Durante a gravidez são necessárias quantidades adicionais de proteínas para a mãe e


para o feto. Na mãe, a síntese proteica aumenta para suportar a expansão do volume
sanguíneo, do útero e das glândulas mamárias. Por outro lado, as proteínas do feto e placenta
são também sintetizadas a partir dos aminoácidos que suprimem a mãe através da
alimentação.

Estima-se que 925g de proteínas são depositadas durante a gravidez e estão


relacionadas com um aumento de peso materno de cerca de 12,5kg e com uma criança de
termo com 3,3kg. Com base nestes dados, calculou-se que as necessidades proteicas, durante
a gravidez, implicam um aumento na ingestão de cerca de 6 g/dia.

Portanto, em média, as mulheres grávidas saudáveis apresentam uma necessidade


proteica acrescida em cerca de 30% e assumiu-se que a eficiência com que essas proteínas são
convertidas em tecidos (maternos, do feto e da placenta) é de 70%. Desta forma, serão
necessários 1.3, 6.1 e 10.7 g/dia durante o primeiro, segundo e terceiro trimestre de gravidez,
respectivamente.

É importante notar que, em média, as mulheres entre os 19 e os 24 anos ingerem cerca


de 60g de proteínas e as mulheres entre os 25 e os 34 anos ingerem cerca de 59g por dia

C.Lípidos

Não existem valores específicos para necessidades adicionais de gordura durante a


gravidez. No entanto, é importante que mulheres grávidas ou que planeiem engravidar
satisfaçam as necessidades dietéticas em ácidos gordos essenciais e seus derivados de cadeia
longa, Docosahexaenóico (DHA) e Araquidónico (AA) ambos essenciais para o
desenvolvimento do sistema nervoso do feto. Neste caso, a melhor fonte destes ácidos gordos
polinsaturados é o óleo de peixe.

A gordura que se acumula em determinados compartimentos fetais e maternos


contribui significativamente para o gasto energético total da gravidez. Durante uma gravidez
normal, a mulher ganha em média 3,7kg (3,1-4,4kg) de gordura (valor estimado para um
ganho de peso de 10 a 14kg).

3.3. Vitamina “A”

De acordo com o Ministério da Saúde Brasileiro (2013, p. 10) vitamina “A” é um


micronutriente encontrado em fontes de origem animal (retinol) e vegetal (pró-vitamina “A”).
Entre os alimentos de origem animal, as principais fontes são: leite humano, fígado, gema de
ovo e leite. A pró-vitamina “A” é encontrada em vegetais folhosos verdes (como espinafre,
couve, beldroega, bertalha e mostarda), vegetais amarelos (como abóbora e cenoura) e frutas
amarelo-alaranjadas (como manga, caju, goiaba, mamão e caqui), além de óleos e frutas
oleaginosas (buriti, pupunha, dendê e pequi) que são as mais ricas fontes de pró-vitamina “A”.
Um benefício das pró-vitaminas é a conversão em vitamina “A” activa e a acção como
potentes antioxidantes.

3.3.1. Quem Precisa de Vitamina “A”?

Todas as pessoas necessitam de vitamina “A” para proteger sua saúde e visão. Porém, alguns
grupos populacionais, pelas características da fase da vida em que se encontram, necessitam
de atenção especial, pois são mais vulneráveis à deficiência de vitamina “A”:

a) Crianças que passam a receber outros alimentos, além do leite materno, a partir do 6º
mês, precisam de quantidades adequadas da vitamina, pois ela é essencial para o
crescimento e o desenvolvimento saudáveis;
b) Mulheres que amamentam (nutrizes ou lactantes) necessitam de mais vitamina A para
manter a sua saúde.
Considerações Finais

Chegado ao culminar do presente trabalho, chega à conclusão que, a suplementação


vitamínica em crianças e mulheres grávidas e lactantes, ou mesmo, os suplementos
nutricionais estão associados a uma diminuição da mortalidade e da morbilidade, quando
tomados adequadamente por mulheres grávidas em que se verifica baixo desenvolvimento
fetal. Estas deficiências nutricionais durante a gravidez podem ter consideráveis efeitos
adversos quer para o feto, quer para o organismo materno, desta forma torna-se importante
uma suplementação para assegurar a saúde materna e fetal.Portanto, a suplementação
mineral/vitamínica está associada a uma redução do número de nascimentos prematuros e
crianças com muito baixo peso à nascença. Actualmente os ácidos gordos essenciais e os
probióticos tomam uma dimensão mais ampla no padrão alimentar da grávida e da criança.

Conclui-se ainda que, os ácidos gordos ómega 3 mencionados no texto são nutrientes
biologicamente importantes que desempenham potenciais benefícios no decorrer da gravidez
e no desenvolvimento do feto e da criança. Ora, o avanço tecnológico que a suplementação
destinada ao período da gravidez e lactação tem sofrido nos últimos anos permite às mulheres,
neste período da sua vida, dispor de um vasto leque de preparações farmacológicas e
alimentares que lhes confere grande segurança e comodidade.Desta feita, os suplementos
aconselhados pelo médico e/ou nutricionista nos centros de saúde servem apenas como
complemento de uma alimentação equilibrada, em que é muitas vezes difícil satisfazer as
necessidades de alguns nutrientes, sobretudo o Ferro e o Ácido Fólico.
Sugestões

O risco de uma mulher ter um filho com baixo peso à nascença foi reduzido
aproximadamente duas vezes com o uso de suplementos durante o primeiro e segundo
trimestres da gravidez. No entanto, essa diminuição é mais marcada em mulheres que têm
bebés com muito baixo peso à nascença. Mesmo assim, verifica-se que mulheres brancas,
mulheres casadas e mulheres com mais de 12 anos de escolaridade tomam mais suplementos
nutricionais durante a gravidez, quando comparadas com grávidas em risco de baixa ingestão
de micronutrientes,grávidas negras, mulheres adolescentes e fumadoras. Assim:

 É importante notar que, muitas vezes, estes suplementos não são adequadamente
testados.
 A alimentação e suplementação materna, além de ser importantes para o feto, também
influenciam a função da placenta, incluindo a estrutura vascular, a eficiência dos
sistemas de transporte e o fraccionamento de nutrientes entre a mãe, placenta e feto.
 O fornecimento de micronutrientes ao organismo, usando produtos farmacológicos, é
certamente mais simples e conveniente que o uso de alimentos para o mesmo efeito.
 A solução ideal para a subnutrição durante a gravidez, seria encorajar a produção
agrícola e métodos de preservação da qualidade dos alimentos, nos locais mais
afectados por este problema.
 Estes alimentos podem ser consumidos sem que a grávida corra o risco de
contaminação com metais pesados.
 A alimentação na gravidez tem que ser rica consumindo frutas, cereais, leite, entre
outros.
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