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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

As Grandes Correntes da Geografia

Litécio Maurício Narciso – Código: 708225521

Quelimane, Agosto de 2022

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

As Grandes Correntes da Geografia

Curso: Licenciatura em Ensino de


Geografia
Disciplina: Evolução do Pensamento
Geográfico
Ano de frequência: 1º Ano

O Tutor:

Quelimane, Agosto de 2022

Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3
2

2. Objectivos...............................................................................................................................4

2.1. Geral.....................................................................................................................................4

2.2. Específicos...........................................................................................................................4

3. Metodologia do Trabalho........................................................................................................4

4. As Grandes Correntes da Geografia.......................................................................................5

4.1. Corrente Determinista..........................................................................................................6

4.1.1. Bases da Corrente Determinista........................................................................................6

4.1.2. Os Princípios do Determinismo........................................................................................7

4.1.3. Os Métodos do Determinismo..........................................................................................7

4.2. Corrente Possibilista............................................................................................................8

4.2.1. Objecto de Estudo desta Corrente.....................................................................................8

4.2.2. Método de estudo do Possibilismo...................................................................................8

4.2.3. Críticas ao Possibilismo Geográfico.................................................................................9

4.3. Corrente Corológica.............................................................................................................9

4.3.1. Ambiente do seu Surgimento............................................................................................9

4.5. Tendências e Preocupações Actuais da Geografia.............................................................10

Considerações Finais................................................................................................................12

Referências Bibliográficas........................................................................................................13
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1. Introdução
O presente trabalho de campo referente à disciplina de Evolução do Pensamento
Geográfico, objectiva arrolar-se a respeito das interfaces das grandes correntes da Geografia e
as tendências e preocupações actuais desta ciência. No entanto, com a institucionalização da
Geografia esta reafirmar-se através de um novo papel: o estudo da diferenciação do espaço e o
estudo da relação homem – meio.
Assim, a sistematização da Geografia teve início em meados do século XIX, com
Humboldt e Ritter. Derivando destes dois autores surgem as correntes da Geografia,
destacando-se como correntes de pensamento geográfico: o Determinismo Ambiental, o
Possibilismo, o Método Regional, a Nova Geografia e a Geografia Crítica. Segundo Correa
(2000), cada uma delas com suas práticas teóricas, empíricas e políticas, seguindo uma
sequência histórica predomina e, ou coexiste com outra corrente.
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2. Objectivos

2.1. Geral
 Conhecer as grandes correntes geográficas.

2.2. Específicos
 Explicar o contexto do surgimento das correntes geográficas;
 Comparar as grandes correntes geográficas;
 Reconhecer o contributo da Geografia no desenvolvimento da sociedade.

3. Metodologia do Trabalho
Para Fonseca (2002), “methodos” significa organização, e “logos”, estudo sistemático,
pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer
uma pesquisa científica.

Assim, para a elaboração do presente trabalho, foi utilizado o método de cunho


bibliográfico, que consistiu na consulta de materiais electrónicos e também o Módulo do
Pensamento Geográfico do IED da UCM e outros estudos científicos e académicos que
relatam este tema, para que, em um primeiro instante fossem identificados os princípios do
conhecimento dessas abordagens sobre As grandes correntes da Geografia.
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4. As Grandes Correntes da Geografia


Conforme o Módulo 1 do IEDA (S./d., p. 40), a Geografia, nos meados do séc. XIX e
princípios do século XX sofreu a influência da evolução da sociedade caracterizada por:

 Curiosidade científica e intelectual;


 Interesses nacionais e os das classes economicamente poderosas;
 Desenvolvimento progressivo da técnica; e
 Factores ideológicos.

Todos estes factores em conjunto passaram a comandar a evolução da ciência em


geral. Como reflexo disso surgem as grandes correntes geográficas na explicação das relações
entre o homem e o meio. (Ibdem).

Assim, segundo Wilson (2017), o século XIX foi particularmente rico em


transformações políticas e sociais que tiveram impacto no domínio do pensamento em geral e
da Geografia em particular. Entre esses factores, há a destacar o ambiente económico da
época em especial a Revolução Industrial na Europa, cujo impacto pode ser resumido no
seguinte:

a) Considerável evolução da sociedade e da curiosidade científica e intelectual, que


estimularam o debate sobre a diferenciação do espaço e o estudo da relação Homem-
Meio.
b) Aumento do interesse económico das classes dominantes, particularmente da
burguesia, em conhecer profundamente as colónias.
c) Desenvolvimento científico e técnico nos séculos XVIII e XIX.
d) Difusão das informações científicas e filosóficas e particularmente os trabalhos de A.
V. Humboldt e C. Ritter.

Nessa época, todas essas premissas criaram condições para uma nova abordagem da
Geografia apoiada por ciências naturais e sociais, incidindo na perspectiva ecológica e
cronológica da Geografia. (Ibdem).

Segundo Wilson (2017), as principais grandes correntes da Geografia são:

1. Corrente determinista geográfico;


2. Corrente possibilista geográfico;
3. Corrente corológica.
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4.1. Corrente Determinista


A corrente determinista também conhecida por determinismo geográfico, foi fundada
por Frederich Ratzel (1844-1904) pertencente à escola alemã. Os trabalhos de F. Ratzel
marcaram o início de um debate de ideias sobre a Geografia, mais tarde seguidas pela escola
francesa, americana, Círculo de Viena e um pouco por todo lado. De acordo com esta teoria, o
objecto de estudo é o Homem e o Meio, numa relação unívoca, por isso acredita-se na
submissão do Homem às leis da Natureza. (Wilson, 2017, p. 2).

No entanto, as condições naturais, em especial as condições climáticas é que


determinaram a evolução do Homem, e consequentemente da sociedade. Ainda a corrente
determinista, preocupada na relação Homem-Meio foi fundada por F. Ratzel, mais tarde Ellen
Semple e William Davis também defenderam esta corrente. (Ibdem).

4.1.1. Bases da Corrente Determinista


Wilson (2017) sustenta nas bases da corrente determinista que, Frederich Ratzel
apoiou-se na teoria da selecção natural de Charles Darwin em que os conceitos de organismo,
de metabolismo, de luta, de selecção natural passam também para análise de fenómenos
socioeconómicos. Darwin chegou a uma conclusão que revolucionou o pensamento clássico:
«A luta pela Vida não é mais do que uma forma de selecção natural, na qual certas espécies
privilegiadas possuem todas as condições para sobreviver, enquanto as desfavorecidas ou
fracas estão condenadas extinção». Nesse sentido, partindo desta ideia defendeu que os povos
ou os estados fortes devem dominar os fracos.

A mais adiante, o autor ressalta que, a corrente determinista apoia-se também no


positivismo de August Comte que defende que o pensamento evoluiu em forma de progressão
a três (3) níveis:

1º – Estado teológico onde a explicação é com base nas forças sobrenaturais;

2º – Estado metafísico (simples modificação geral do primeiro) onde os agentes sobrenaturais


são substituídos por formas abstractas, verdadeiras entidades;

3º – Estado positivo, no qual a explicação dos fenómenos é feita com base na observação e na
razão, considerando as relações causa-efeito entre os fenómenos.
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4.1.2. Os Princípios do Determinismo


De acordo com Wilson (2017), o determinismo de Ratzel sustentou-se em dois
princípios a saber:

1. Todo o facto geográfico é explicável através das suas causas.


2. Quando as causas estão reunidas, o facto produz-se.

Nesse sentido, partindo destes postulados positivistas darwinistas, Ratzel estabeleceu


leis gerais, em que o primado é o meio físico sobre o Homem e concluiu que para meios
físicos iguais, corresponderá uma organização social idêntica, defendendo a passividade do
Homem perante as leis da Natureza. (Ibdem, p. 2).

4.1.3. Os Métodos do Determinismo


Corroborando ainda Wilson (2017), a corrente determinista foi muito marcada pelos
métodos comparativos, apoiando-se nos princípios da casualidade e de extensão, recorrendo
explicação dedutiva-comparativa, para a formulação de leis e verificação das relações causa-
efeito. No entanto, a contribuição e aplicação do determinismo às ideias de Friedrich Ratzel
tiveram:

 Eco nos círculos científicos e políticos da Europa e da América do Norte,


particularmente os políticos, que encontraram na base teórica a justificação do
expansionismo colonial, ao defender que os estados fortes deviam aumentar os seus
espaços à custa dos estados fracos;
 As raças fortes deviam dominar as fracas e submeter povos tropicais à dominação
colonial, expandindo assim a civilização europeia de orientação cristã.

Embora possa-se fazer várias críticas ao determinismo geográfico, é lícito que se


destaque algum mérito para esta teoria na medida em que permitiu:

 Manter a unidade entre a Geografia Física e Humana;


 Sistematizar a Geografia e criar um objecto Único da Geografia;
 Garantir o cientismo e unidade da Geografia;
 Estabelecer que as relações Homem-Meio são básicas para a análise geográfica e
formulação de leis gerais para a Geografia.
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4.2. Corrente Possibilista


Segundo Wilson (2017), esta corrente surgiu nos finais do século XIX e marcou o
pensamento Geográfico até 1950. A corrente possibilista resulta da evolução científica e de
todo o debate científico e filosófico de então. No entanto, tinha como objectivo opor-se ao
determinismo geográfico, sobretudo na questão de submissão do Homem ao meio ambiente
e no objectos, além disso, o possibilismo queria combater os excessos da escola alemã no que
se refere a passividade do Homem perante ao meio. Portanto para a corrente possibilista, não
há uma submissão fatal do Homem ao Meio, mas sim várias possibilidades que a sua
disposição pode ou não valorizar.

4.2.1. Objecto de Estudo desta Corrente


De acordo com esta corrente, a Geografia possui dois objectos de estudo: o Homem
para a Geografia Humana e a Terra para a Geografia Física. Ou seja, estabelecem-se relações
biunívocas; Homem-Meio que definem a reciprocidade e não a dependência como acontece
no Determinismo. (Wilson, 2017, p. 4). Nisso, vale ressaltar que, o Possibilismo defende que
o Homem pode optar perante as várias possibilidades que o Meio oferece para desenvolver
um género de Vida próprio. Daí que, o possibilismo apoia-se então, na corrente filosófica neo-
idealista e neo-kantiana que divide a matéria e o espírito do pensamento e no historicismo
para explicação da realidade social. (Ibdem, p. 5).

4.2.2. Método de estudo do Possibilismo


Segundo Wilson (2017, p. 5) ressalta que o possibilismo deu muita importância ao
método historicista e indutivo analítico. Por isso, Vidal De La Blache estruturou o seu estudo
na análise do meio físico, seguido pelo estudo das formas de ocupação e finalmente o impacto
da integração do Homem no seu habitat. Para Vidal de La Blache a observação, localização,
descrição e interpretação de cada paisagem com ajuda do método indutivo e historicista e o
seu resultado conduzem ä elaboração de monografias que retratam as regiões vidalianas.

Assim, a análise regional e morfo-funcional não deve chegar à formulação de leis


gerais nos fenómenos humanos. (Ibdem).

Vidal De La Blache (1845-1918) o pai da Geografia regional pertence à escola


francesa. Foi professor universitário em Paris com muitos trabalhos publicados sendo
responsável pela revista Annales de Geographie. Estudou muitas zonas rurais, defendia que a
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natureza põe e o Homem dispõe. Valorizava a acção humana e, além disso, dizia que os
fenómenos deviam ser estudados na sua região tendo como base as análises regionais e
passando para uma análise morfo-funcional. (Wilson, 2017).

4.2.3. Críticas ao Possibilismo Geográfico


Ressaltando Wilson (2017), vários círculos científicos opuseram-se ao possibilismo
geográfico, particularmente na questão de criar dois objectos de estudo para a Geografia e por
negar a formulação de leis gerais mesmo para os fenómenos físicos. Por outro lado, critica-se
no Possibilismo o facto de prestar mais atenção à análise das zonas rurais em detrimento das
cidades numa altura em que a cidade já era o Pólo de desenvolvimento da humanidade.
Finalmente, consideram os críticos do Possibilismo que os seus estudos e posição ideográfica
ameaçaram a unidade da Geografia.

4.3. Corrente Corológica


De acordo com Wilson (2017), as origens desta corrente remontam antiguidade, mas
foram revigoradas por Kant no século XVIII, ao acentuar o carácter regional, descritivo e
ideográfico da Geografia e tem Alfred Hettner seu fundador.

Descrevendo, a corrente corológica analisa a região em termos de estrutura e funções,


pretendendo criar uma ciência unificada, através de uma análise lógica, baseada em novos
conceitos de Física e com uma linguagem comum a todas as ciências. Em termos
metodológicos, a corrente corológica usa um método dedutivo, ao considerar que todo o
trabalho científico consiste em propor teorias e avaliá-las. Os neo-positivistas apoiaram-se nas
teorias de jogos e teorias de sistemas para resolver os problemas globais e erguer um futuro
seguro. (Ibdem, p. 6).

4.3.1. Ambiente do seu Surgimento


Como as demais correntes de pensamento e em particular geográficas, o surgimento da
corrente corológica esteve ligado ao contexto do século XX que se caracterizava por:

 Crises sociais e económicas dos anos 30/40 do século;


 Europa abalada pela 2a Guerra Mundial;
 Falsa urbanização;
 Excessos populacionais;
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 Desemprego e conflitos sociais e Racismo nas cidades.

Diante desta realidade, muitos países europeus colocaram o Estado na direcção das
economias, impondo o que se chamou capitalismo monopolista do Estado. O
desenvolvimento implicaria uma nova divisão do trabalho, tornando-se imprescindível uma
planificação regional e urbana. (Wilson, 2017). Entretanto, entre os principais suportes
filosóficos da corrente corológica podem-se apontar o Neo-positivismo ou Positivismo Lógico
do Círculo de Viena, o Existencialismo e a Fenomenologia. Com base nas ideias das referidas
ciências, a Geografia passou a ser uma ciência unificada, recorrendo às ciências exactas e à
Lógica. (Ibdem, p. 7).

Ainda segundo a Corrente Corológica, a Geografia devia trazer soluções dos seguintes
problemas:

 Como construir uma fábrica?


 Onde?
 Que vias de comunicações a construir?
 Como construir uma fábrica, como organizar uma cidade?
 Resolver problemas ambientais, urbanos e económicos. (Wilson, 2017).

4.5. Tendências e Preocupações Actuais da Geografia


Como afirma Vieira (2013), a Geografia é um campo do conhecimento que virou, nas
últimas décadas, a página dos paradigmas. Não é mais uma forma de conhecimento descritivo
e informativo, o repasse de informações. Ela hoje não faz mais sentido certas preocupações,
como saber qual o maior rio do mundo ou da terra, se o Amazonas, o Nilo ou o Missouri-
mississipi. Não importava tanto saber a funcionalidade de cada um deles, suas bacias
hidrográficas, as conexões com os ambientes naturais e a interacção com a geovida que neles
se desenvolvia. Era importante saber as capitais dos países, a altura das montanhas ou o
número de habitantes de uma determinada cidade.

Mas actualmente, segundo o autor acima referenciado, as novas tendências da


Geografia, evoluem para a análise e interpretação dos acontecimentos naturais que modelam a
superfície terrestre. Estuda as causas que produzem categorias de relevo e a permanente
transformação das formas superficiais pelos agentes do envoltório atmosférico. E, também,
novos paradigmas marcam profundamente os estudos dos processos demográficos e das
práticas económicas. Nesse caso, a Geografia actual é multidisciplinar, sistémica interactiva:
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o território, os ambientes naturais e a sociedade formam um complexo de conexões que


identificam realidades geográficas nos dias de hoje. Nesse sentido, vale frisar que, todos os
fenómenos que modelam a superfície da Terra estão presentes nas actualidades. Alguns com
maior ou menor intensidade, de breve ou longa duração, mas estão sempre actuantes. (Vieira,
2013, p. 2).

Ora, o autor destaca que os estudos geográficos físicos, populacionais, económicos e


geopolíticos são, actualmente, abordados por metodologias científicas, produzindo conceitos e
interpretações a partir de análises sobre as causas das realidades geográficas. (Ibdem).

Desta feita, A Geografia como área científica do conhecimento ocupa-se de realidades


com alto grau de complexidade, tanto na abordagem dos acontecimentos naturais, como em
relações no âmbito das sociedades. Nesse sentido, a Geografia é um campo de pesquisa sobre
as causas que desencadeiam determinado acontecimento. A análise dos efeitos muitas vezes
favorece a identificação das causas em suas variáveis, mas o foco principal sempre estará em
estudar, conhecer e interpretar as causas dos acontecimentos naturais, sócio demográficos,
geopolíticos e económicos. (Ibdem, p. 4).

Assim, as tendências actuais da Geografia visam, portanto, sendo ainda hoje tentativas
legítimas, mais do que novos paradigmas, dar respostas à crise de sociedade, da civilização e
da própria Geografia.

Em suma, poderia se dizer que o desenvolvimento do modo de produção capitalista


levou o mundo (como também Moçambique) a uma mundialização económica (não
necessariamente à dissociação das fronteiras nacionais), que forçou a uma redefinição dos
espaços nacionais, regionais e locais quanto aos: a) processos de suas constituições; b) seus
papeis na divisão territorial e social do trabalho, c) seus novos significados e potenciais; d)
quebra da livre-concorrência, intervenção do Estado, capitalismo monopolista-financeiro e
hoje nova tendência à concorrência internacional que provocam: crises desigualmente
distribuídas geograficamente, como enormes repercussões espaciais; desenvolvimento de
novas tecnologias, tendentes à emersão de uma terceira revolução industrial e ao
aprofundamento de uma sociedade crescentemente técnico-científica criando: tecnologias de
sensoreamento remoto, satélites, computadores, etc., que criam um instrumental novo para o
conhecimento cientifico e directamente da Geografia (cartografia, climatologia, planeamento
urbano, etc.).
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Considerações Finais
Após a execução do presente trabalho de campo, chega-se a conclusão que, este
trabalho discute acerca das correntes da Geografia e suas tendências e preocupacoes. Daí que,
percebeu-se que as correntes geográficas surgiram para explicar a relação Homem/meio.
Nesse sentido, para corrente determinista defendida por Ratzel, da escola Alemã, o meio
determina o homem. Esta corrente serviu para justificar a partilha do mundo, expansão
colonial, o racismo entre outros aspectos. A corrente Possibilista de Vidal de Blache, da
escola Francesa, é mais revolucionária, valoriza o homem como agentetransformador do
meio.

Constatou-se ainda que, Vidal de la Blache reconheceu que as relações homem/meio


são condicionadas pelos valores da sociedade, tecnologias organização social, em suma pelo
modo de vida. Um dos grandes contributos do possibilismo é de mostrar a acção modificadora
do homem como agente activo no meio; ao contrário do conceito Vidalino de raiz
morfofuncional, a região passa a ser apresentada por Hettner em termos de estrutura e
funções.
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Referências Bibliográficas
Corrêa, R. L. (2000). Região e Organização Espacial. São Paulo, Ática.
IEDA, Ministério da Educação. (S./d.). Introdução ao Pensamento Geográfico e
Cosmografia. Módulo 1 de Geografia.
Vieira, E. F. (2013). A Geografia Actual. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do RS -
n. 147 – 2013. [PDF].
Wilson, F. (2017). G11 - Geografia 11ª Classe. 2ª Edição, Maputo, Texto Editores.
Recuperado de <https://www.escolamz.com/2021/01/as-grandes-correntes-
geograficas.html#gsc.tab=0>.

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