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UNIDADE 1
Aristóteles, por sua vez, afirma que o ser humano é um animal político. O ser humano
vive em sociedade, participa ativamente e até constrói regras para essa sociedade. Nesse
sentido, Aristóteles afirma que o ser humano só é capaz de realizar tais atividades por causa de
uma característica intrinsecamente sua: a linguagem. O ser humano é um animal dotado da
palavra, da linguagem, diferente dos outros animais. A linguagem permite-nos criar conceitos,
nomear os objetos e os seres e construir um pensamento abstrato, atividades que os nossos
companheiros irracionais não podem realizar. Justamente por essas possibilidades, podemos
realizar uma infinidade de tarefas, que vão desde o desenvolvimento de técnicas (com a ajuda
de nossa postura ereta e de nosso polegar opositor, que possibilita o movimento de pinça com
as mãos) até o estudo da matemática, da música e da lógica.
Já no início da contemporaneidade, o ser humano passou a ser visto como um ser que
trabalha e modifica seu meio por meio do trabalho, como afirma a tese marxista, e como um
ser sem essência, segundo a tese existencialista. No primeiro caso, o ser humano só se
identifica como tal porque trabalha, porque é capaz de desenvolver um trabalho essencial e
racional, mesmo que sendo explorado pela figura do burguês. No segundo caso, o ser humano
não nasce pronto, ou seja, não possui uma essência ou conceito de humano que o define de
imediato, mas se constrói a cada dia, de acordo com suas vivências. Isso não o iguala a um
animal irracional, pois, para os existencialistas, o ser humano é capaz de acumular vivências e
experiências em sua mente que definem suas preferências e escolhas, algo que os animais
irracionais não fazem porque só vivem o momento presente e nada mais.
UNIDADE 2
Conceito de educabilidade
O fundamento da educabilidade é a razão, o homem não pode ser educado sem sua
capacidade inata de intelecção e raciocínio. Considerando a definição de Fermoso (1985):
“Como um conjunto de disposições e capacidades do educado, basicamente de sua
plasticidade e dualidade, que lhe permitem receber influências e reações a elas,
desenvolvendo assim novas estruturas espirituais que as personalizam. ” (p. 191)
a) Educabilidade é intencional
b) Educabilidade é intencional
c) Educabilidade é dinâmica
d) Educabilidade é necessária
E em processo que o homem deve necessariamente empreender para desenvolver
suas capacidades e potencialidades de harmonização. Fermoso diz, “o homem seria privado
das possibilidades de auto realização personalização e socialização” (p. 192). A educabilidade
faz com que o homem transcenda sua natureza bruta e embargue em um caminho de
humanização e cooperação social
UNIDADE 3
O processo educacional inclui o ser humano como sujeito de forma integral. Nesse
processo, o sujeito desenvolve diferentes potencialidades e capacidades que podem atrofiar se
o educador não estiver presente; dessa forma e neste processo, o sujeito está amadurecendo,
sendo uma pessoa melhor e desenvolvendo sua autonomia assim podemos dizer que esses
processos estão inseridos na personalização, na moralização e na socialização.
UNIDADE 4
As teorias éticas baseadas na virtude colocam muito menos ênfase em quais regras as
pessoas devem seguir e, em vez disso, concentram-se em ajudar as pessoas a desenvolver
bons traços de caráter, como bondade e generosidade. Esses traços de caráter, por sua vez,
permitirão que uma pessoa tome as decisões corretas mais tarde na vida. Os teóricos da
virtude também enfatizam a necessidade de as pessoas aprenderem a quebrar maus hábitos
de caráter, como ganância ou raiva. Estes são chamados de vícios e estão no caminho de se
tornar uma boa pessoa.
Neste processo de formação do indivíduo, fica nítido a importância da ética que pode
ser considerada um mistério, pois muitos a conhecem, mas não é fácil de explicá-la. O conceito
da Ética no grego é Éthos, que se refere ao caráter e a cultura, costumes e hábitos de uma
pessoa ou região. Sendo assim também é entendida como uma reflexão científica, filosófica e
até teológica, que se encontra presente na vida de um ser humano, considerando hábitos,
costumes que sejam apontados como corretos para a sociedade.
Para que o discente possa alcançar conhecimento, será necessária uma teoria
adequada à realidade do seu cotidiano, pois a educação é inserida no contexto sociocultural,
possuindo uma participação na formação do desenvolvimento intelectual, com isso o docente
deverá ter um diálogo aberto com o aluno para que o mesmo construa o seu próprio
conhecimento através da sua construção da aprendizagem. A docência deve objetivar uma
prática profissional de qualidade com responsabilidade, desenvolvendo a profissão com
competência, êxito no âmbito do ensino, respeito à cultura de origem dos alunos e buscar se
profissionalizar, pois nos dias atuais as exigências do capitalismo é a eficiência e a qualificação
do profissional, sendo assim um padrão do bom comportamento exigido pela sociedade. O
docente tem um papel importante na sociedade que é a qualidade de ensino para que o aluno
possa ter conhecimento crítico e não ser influenciado pelo capitalismo. Não podemos perder
de vista que o mundo capitalista tende a “comprar” a produção intelectual que lhe interessa,
interferindo, desta forma, o perfil dos profissionais liberais, entre os quais está o professor.
Nesta perspectiva o trabalho docente deve estar pautado dentro de uma conduta que
dá às suas discentes possibilidades de tomadas de consciência da sua realidade, onde se
desprenderá da alienação imposta pela sociedade capitalista deixando de enfatizar o
individualismo, despertando seu senso de justiça. A prática docente deve preparar o discente
para uma vida socialmente capitalista, pois, esta condição se faz necessária e permeia toda a
vida humana hoje, porém a dimensão humana na qual a docência se norteia não poderá ser
esquecida tão pouco menos relevante do que a formação para essa sociedade.
Diante dessa árdua tarefa, para que ela de fato seja plena e transformadora a ética
torna-se uma ferramenta imprescindível para a realização plena do trabalho docente, pois
agregará todos os valores morais, de conduta e comprometimento. Logo traz o senso de
justiça, o que implica na reflexão diária que a docência necessita para se renovar e inovar cada
dia mais. Na atual sociedade, vivencia-se uma realidade em que o indivíduo é
despersonalizado de sua condição humana, se transformando em um “indivíduo-produto”, ou
seja, se submete a lógica mercadológica. Portanto como formar um docente ciente de seu
papel como formador de seres humanos éticos, reflexivos, que não são influenciados pela
sociedade que visa lucro, enquanto convive com a ética mercadológica que visa o lucro em
detrimento da condição humana, em contraposição com a ética universal que coloca o homem
em sua posição de ser humano dotado de subjetividade?
Referências Básicas