Você está na página 1de 4

Nome: Fernanda Marino da Silva 3ºPeríodo- Vespertino

Texto: Lógica formal e Ideologia

A lógica é uma ciência de índole matemática e fortemente ligada à Filosofia. Já que o


pensamento é a manifestação do conhecimento, e que o conhecimento busca a verdade, é
preciso estabelecer algumas regras para que essa meta possa ser atingida. Assim, a lógica é
o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correto, sendo,
portanto, um instrumento do pensar. A aprendizagem da lógica não constitui um fim em si.
Ela só tem sentido enquanto meio de garantir que nosso pensamento proceda corretamente
a fim de chegar a conhecimentos verdadeiros. Podemos, então, dizer que a lógica trata dos
argumentos, isto é, das conclusões a que chegamos através da apresentação de evidências
que a sustentam. O principal organizador da lógica clássica foi Aristóteles, com sua obra
chamada Organon. Ele divide a lógica em formal e material.

A Lógica Formal, também chamada de Lógica Simbólica, se preocupa basicamente com a


estrutura do raciocínio. A Lógica Formal lida com a relação entre conceitos e fornece um
meio de compor provas de declarações. Na Lógica Formal os conceitos são rigorosamente
definidos, e as sentenças são transformadas em notações simbólicas precisas, compactas e
não ambíguas.

As letras minúsculas p, q e r, em fonte itálica, são convencionalmente usadas para denotar


proposições:

p: 1 + 2 = 3

Esta declaração define que p é 1 + 2 = 3 e que isso é verdadeiro.

Duas proposições --ou mais proposições-- podem ser combinadas por meio dos chamados
operadores lógicos binários , formando conjunções, disjunções ou condicionais. Essas
proposições combinadas são chamadas proposições compostas. Por exemplo:

p: 1 + 1 = 2 e "Lógica é o estudo do raciocínio."

Neste caso, e é uma conjunção. As duas proposições podem diferir totalmente uma da
outra!

Na matemática e na ciência da computação, pode ser necessário enunciar uma proposição


dependendo de variáveis:

p: n é um inteiro ímpar.

Essa proposição pode ser ou verdadeira ou falsa, a depender do valor assumido pela
variável n.
Uma fórmula com variáveis livres é chamada função proposicional com domínio de
discurso D. Para formar uma proposição , devem ser usados quantificadores. "Para todo
n", ou "para algum n" podem ser especificados por quantificadores: o quantificador
universal, ou o quantificador existencial, respectivamente. Por exemplo:

para todo n em D, P(n).

Isto pode ser escrito como:

Toda ideologia é um sistema de idéias, de símbolos, de critérios, de atitudes que têm uma
coerência entre si, de tal modo que se distingue e mesmo se opõe a outro sistema de idéias,
etc. Toda ideologia serve para acolher, selecionar e controlar a informação. Embora a
ideologia participe de toda a cultura humana, nem por isso se confunde com esta.

A cultura é mais ampla que a ideologia, porque inclui idéias, símbolos, atitudes não
coerentes, não lógicas entre si (como os sonhos, a poesia, os gestos espontâneos), além de
objetos, de costumes e mesmo de crítica à ideologia, de atitudes éticas. Cultura é cuidado
ou cultivo da vida em todas as suas formas, sejam humanas, espirituais ou naturais.

As ideologias podem ser mais ou menos consolidadas, na medida em que expressam idéias,
símbolos, critérios, atitudes de indivíduos ou de grupos sociais. Geralmente, as ideologias
articulam idéias de grupos e mesmo de classes sociais. Nestes casos, o controle das
informações é mais evidente do que o acolhimento e a seleção. O controle expressa o poder
de dividir, de separar o que está dentro e o que está fora da ideologia e portanto do grupo
que a defende. As ideologias grupais estabelecem e matêm alguma forma de dominação
entre dirigentes e dirigidos, funcionando como cimento social dos grupos.

Quando a ideologia expressa e articula idéias e atitudes de um indivíduo sem contar com o
apoio do grupo do qual participa, ela geralmente é vista como desvio ideológico, opinião
pessoal, perturbação, erro, etc. Os bloqueios à criatividade são em geral ideológicos. Um
indivíduo se sente inibido ou emocionalmente bloqueado na medida em que não
compreende e portanto teme a ideologia do grupo que o cerca. Compreensão é o início da
libertação social, da criatividade individual, da qual depende a criatividade coletiva. A
opinião pessoal e o gesto espontâneo são aspectos que confirmam e dão continuidade à
compreensão libertadora.

A ética é a noção de limite do poder (controle da informação) existente nas ideologias. A


atitude ética se distancia do poder sobre os outros (e sobre a natureza) e evita ser objeto de
qualquer ideologia. A ética pressupõe liberdade psicológica e desenvolvimento do potencial
humano, ou seja, do potencial intuitivo, perceptivo, intelectual e emocional do indivíduo.
Ao justificar sua atitude ética, no entanto, o indivíduo compõe necessariamente uma
ideologia sobre a ética. E novamente corre o risco de ficar prisioneiro das limitações
ideológicas e de usar seu discurso como poder sobre outrem.

Portanto, as atitudes éticas dependem de uma constante crítica das ideologias, inclusive e
principalmente das ideologias sobre ética. Esta perde seu sentido humano ao ser
aprisionada em discursos desvinculados de práticas correspondentes.
A crítica das ideologias, que possibilita a ética, depende de uma compreensão do
funcionamento e do sentido das ideologias. É preciso saber a quem elas beneficiam e a
quem elas bloqueiam, em cada circunstância. É preciso desvendar a lógica do poder, a
forma pela qual os poderosos utilizam as informações para manter-se como dirigentes de
grupos.

Como conseqüência desta reflexão, conclui-se que a ética é uma atitude sempre transitória,
que requer do indivíduo uma liberdade e um desenvolvimento de seu potencial humano
maiores, mais profundos do que as atitudes não-éticas ou contrárias à etica. Agir eticamente
é arriscar-se a ser humano em um grau mais elevado, a partir do qual é possível perceber as
limitações ideológicas e comportamentais dos grupos.

A noção de ética, na antigüidade, distinguia-se da de moral, enquanto que na modernidade


estas duas noções tendem a se confundir. Em parte esta confusão ocorre devido ao uso que
dela faz a mídia, tratando os termos como sinônimos. E em parte pode-se compreender a
aproximação destas noções como decorrência de transformações da vida moderna.

Na antigüidade, ética referia-se ao caráter verdadeiramente público; referia-se às normas


válidas para todos; um homem de caráter, com princípios éticos, tinha a confiança de todos.
Ética é então honestidade, transparência, respeito ao bem-público. Com a emergência da
filosofia, a ética passa a ser objeto de reflexão a partir de diferentes pontos de vista
(ideologias). Por isso o dicionário Aurélio, por exemplo, define ética como "estudo dos
juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de
vista do bem ou do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo
absoluto". A complicação da linguagem pode dar a falsa impressão de que somente os
filósofos estão autorizados a falar de ética.

Já a noção de moral estava, na antigüidade, associada aos costumes das famílias, das tribos,
dos clãs. Moral é o conjunto de regras de conduta consideradas válidas para um grupo. É a
ideologia dominante de um grupo. A reflexão sobre as diferenças das regras morais entre si
gerou a necessidade de crítica e autocrítica dos discursos sobre o que é certo e o que é
errado dentro de cada conjunto de regras. O intercâmbio comercial e cultural dos povos fez
com que esta reflexão se estendesse como forma de busca de entendimento entre diferentes
culturas.

Na modernidade, fala-se de moral racional, na medida em que à razão humana é dado o


direito de distinguir o que permanece válido e o que está ultrapassado. A moral já não é
deduzida de um livro sagrado ou de algum ritual, mas submetida à crítica racional. Mas
também a moral que se pretende racional pode fechar-se como ideologia e tornar-se
dominante, impondo-se a diferentes culturas por meio de força, de persuasão e de leis.

A busca de uma excelência moral equivale à busca da ética, na medida em que a crítica
racional incluir uma crítica de seus próprios limites ideológicos. A noção de poder
estendeu-se do Estado para a sociedade e portanto a noção de ética também se ampliou --
como espaço de reflexão que delimita o uso do poder entre os indivíduos, e que requer
destes um desenvolvimento equilibrado de suas potencialidades humanas.
O desenvolvimento do potencial humano vai além da melhoria da personalidade, da
sociabilidade. Requer autocompreensão, autopercebimento. A observação isenta de nossas
atitudes, de nossos gestos, de nossos pensamentos e emoções em cada circunstância, com o
intuito de aprender sem acumular, sem condenar e sem justificar, com o propósito de
conhecer em profundidade o que e quem somos é o passo inicial para desencadearmos um
longo processo, que se estende por toda a vida.

Este processo de observação e aprendizagem pode ocorrer a qualquer momento. Não requer
esforço, conhecimento técnico, isolamento social, ritual ou qualquer equipamento além de
nossos próprios recursos naturais, intuitivos, perceptivos, emocionais e intelectuais.

Em momentos dramáticos a vida impõe a opção por valores morais, que podem ser
individualistas, antropocêntricos e instrumentalistas, de acordo com as ideologias
dominantes. Ou libertários, solidários, altruístas, ecológicos, de acordo com as ideologias
atualmente dominadas. A criatividade e a ética podem abrir caminho entre as ideologias,
renová-las por dentro, ampliando seus horizontes.

Quando existem algumas variáveis livres, a situação padrão na análise matemática desde
Weierstrass, as quantificações para todos ... então existe ou então existe ... isto para todos
(e analogias mais complexas) podem ser expressadas.

Você também pode gostar