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A ética pode ser compreendida de duas formas. A primeira é o estudo do que é a moral, como
ela se fundamenta e se aplica.
Portanto a ética reflete, questiona e tenta compreender os valores morais, fazendo com que o
indivíduo, haja não apenas por educação, hábito ou tradição e sim pelo seu intelecto e
convicções.
Questionamento moral:
Questionamento ético:
No segundo significado a ética é tida como norma de valor moral presente no individuo ou em
um agrupamento pertencente a uma sociedade.
Ex:
Uma pessoa tem determinados valores morais que formam sua ética.
Dessa forma, pode haver a ética de um indivíduo, ética de uma empresa, ética de uma
profissão....
Outro exemplo, é que uma sociedade pode ter como moral os valores X, Y e Z. Mas uma
pessoa pode ter em sua ética apenas X e Y.
Nessa definição ética tem praticamente o mesmo significado de moral, sendo a ética algo mais
individual e a moral algo mais coletivo.
Juntando um pouco dos dois significados, podemos dizer que a principal diferença entre ética
e moral, consiste que a ética é um posicionamento pessoal e racional em relação ao conceito
determinado por um grupo.
Ou seja, A moralidade será influenciada pelo senso ético imbuído em cada um de nós.
O valor moral, precisa refletir princípios individuais. E por essa razão, tomamos como escolha o
que iremos refletir da moralidade.
Em segundo lugar o étimo interesseiro, onde o sujeito terá sua ação, motivado pelo benefício
atribuído a sua ação. Ex: riquezas, status, bens, reputação, etc..
Isto posto, devemos perguntar-nos a que sentido de “interesse” pode corresponder a busca da
expansão de si próprio. Certamente ao primeiro, pois ele é sinônimo de motivação. Todo o
problema reside em situá-lo perante o segundo sentido, o de egoísmo.
Tese Pascalina
Pascal não era um negacionista do racionalismo, ele acreditava que a razão era finita, ou seja,
nem tudo conseguimos identificar através da razão, pois a verdade não é absoluta.
A frase “ o coração tem razões que a própria razão desconhece”, diz que a razão também
precisa do coração, pois a mesma como já dito, não é absoluta.
Ele acreditava que Deus não era explicado pela razão e sim por sua fé, ou seja, é necessário
sentir.
Em frente a Deus e o universo não seríamos nada, mas a parte do todo. Em relação ao nada
preenchemos o todo. Em relação ao tudo somos nada; então seríamos o meio termos do todo.
A “Aposta de Pascal” ou “ O argumento da aposta”, para ele nós teríamos muito mais a ganhar
acreditando na existência de Deus do que nos baseando no ateísmo.
A primeira: as representações de si, como seu nome indica, pertencem à ordem simbólica. Não
poderia ser diferente, uma vez que a cisão “eu/me” implica apreender a si próprio por meio de
substitutos do objeto apreendido. É por essa razão que as representações de si existem
somente quando a criança, por volta dos 2 anos, é capaz de pensar o mundo, e a si mesma, por
meio de imagens, noções, conceitos. A segunda: as representações de si pressupõem uma
assimilação cognitiva. O eu é objeto de conhecimento e, enquanto tal, é concebido por
intermédio das estruturas cognitivas do sujeito. Note-se que, sendo fruto de assimilações
cognitivas, as representações de si equivalem a interpretações sobre si, interpretações essas
decorrentes tanto das características das estruturas de assimilação quanto de aspectos
afetivos. Note-se também que elas são plurais: não fazemos apenas uma representação de
nós, mas várias, que podem até ser contraditórias entre si. Por essa razão, não emprego a
expressão “autoconceito” que sugere uma unicidade que, na verdade, não existe. Note-se
finalmente que, sendo múltiplas, as representações de si formam uma espécie de sistema:
relacionam-se entre si, notadamente de forma hierárquica. A hierarquia, assim como os
modos de interpretação, são influenciadas pela dimensão afetiva. A terceira e última
característica fundamental das representações de si – e que nos interessa diretamente – é a de
que elas são valor. Reencontramos neste ponto a dimensão afetiva. Já empreguei algumas
vezes aqui o conceito de valor, mas sem explicitar sua definição. É hora de fazê-lo. Como se
sabe, o referido conceito é empregado em várias áreas, científicas e filosóficas, o que resulta
em uma polissemia. A definição que proponho é de cunho psicológico. Com Piaget (1954),
defino valor como investimento afetivo. Portanto, assim como a relação de um sujeito com um
objeto é mediada por estruturas de assimilação que conferem sentido ao objeto, tal relação
também é mediada por afetos, que lhe conferem valor, positivo ou negativo. Ora, tal não
poderia ser diferente com esse objeto singular que é o próprio eu. Nesse sentido, as
representação de si são, sempre, valor. Podemos, agora, relacionar “querer” e “ser”. Como
bem o destaca Savater (2000), o homem somente poderá querer alguma coisa de acordo com
o que ele seja. Com efeito, é um eu que quer. E sendo uma das motivações fundamentais
desse eu a “expansão de si próprio”, em cada querer se encontra, em grau maior ou menor,
essa busca de auto-afirmação, busca, portanto, de representações de si de valor positivo. Se
isso vale para o “querer” em geral, a fortiori valerá para esse querer particular que é o “dever”.
Talvez entenda-se melhor agora porque Schlich, citado acima, vê no cumprimento dos deveres
morais um “desabrochar de si mesmo”. É certo que outros sentimentos, como amor e
compaixão, podem comparecer para motivar a ação moral; porém, se correta a tese da
expansão de si mesmo como motivação central do ser humano, esses outros sentimentos
podem compor com ela, não substituí-la. Além do mais, nem todas as ações morais implicam
amor ou compaixão, e se formos procurar
Exercícios
3.
Código de ética nas organizações pode ser implícito ou explicito. Isso significa que:
Você acertou!
C.
4.
Você acertou!
C.
c) Aos abusos morais, à humilhação e ao terror psicológico a que uma pessoa é submetida
no ambiente de trabalho.
O assédio no ambiente de trabalho possui legislação própria que diz respeito à humilhação
no trabalho ou ao "terror psicológico". Acontece quando se estabelece uma hierarquia
autoritária, que coloca o subordinado em situações humilhantes, e não somente o
relacionamento entre eles.
5.
Resposta correta.
C.
c) Atuar nas relações de trabalho com o propósito de conduzir a eficiência e excelência na
execução do trabalho.
Ética x Moral
O fato das sociedades humanas serem mutáveis faz com que a moral também sofra mudanças
e com isso temos diversas morais, tal como moral na sociedade antiga, moral feudal, moderna,
etc. O ser humano não nasce pronto e vai fazendo sua história, assim como a moral também
segue a historicidade.
A moral não é universal, cada sociedade e cultura institui uma moral com seus valores relativos
ao bem e ao mal, à conduta correta e comportamentos permitidos ou proibitivos para seus
integrantes. Em culturas com diferenças muito profundas e sociedades fortemente
hierarquizadas podem possuir várias morais, segmentando os valores conforme as classes
sociais vigentes.
Enquanto a ética é o estudo ou análise dos sistemas morais, ela nos elucida sobre a moral
vigente na época, pois provoca a reflexão dos costumes (moral) do grupo social em que se
vive.
Já a ética exige maior grau de cultura, reflexão e inteligência. A reflexão sobre ela acontece
após Sócrates começar a questionar os costumes vigentes e trazer à luz da sociedade as
formas e motivos que a levaram a agir de maneira a fazer sentido, com regras e normas de
convivência. Ela investiga e explica as normas morais, pois obriga o homem a refletir sobre
suas ações não só por tradição, educação ou hábito e então decidir com maior convicção, ou
seja, a ética é a “[...] forma que o homem deve se comportar no seu meio social”
Exemplificando para construir critérios de definição ou diferenças entre os dois termos, “[...] a
moral procura responder à pergunta: como havemos de viver? a ética (meta normativa ou
meta ética) defronta-se com a questão: porque havemos de viver segundo x ou y modo de
viver?
Moral lida com o certo versus errado Ética lida com o certo versus errado Modo pessoal de
agir (é adquirida e formada ao longo da vida, por experiências) Modo social de agir (implica no
consenso e na adesão da sociedade) Norma e regras pessoais (é guiada pela consciência)
Normas e regras sociais (é guiada pela cultura da sociedade) Individual (é o que fundamenta a
ética) Grupal e/ou coletivo (se constrói a partir do consenso de várias “morais”)
A ética é uma reflexão moral. Ou seja, ética é o estudo acerca dos valores morais
que orientam o comportamento dos sujeitos. A ética corresponde a uma área da
filosofia, que estabelece uma linha tênue, entre o bem e o mal. Assinale a alternativa,
que mais se identifica com a moral e a ética:
Você acertou!
A.
A ética é uma reflexão, a qual diz respeito ao pensamento, a filosofia, a análise e a crítica.
A moral relaciona-se com os costumes, as regras, os tabus, as tradições e as crenças, as
convenções e as crenças de uma determinada sociedade em uma determinada época. No
âmbito da moral se define o certo e o errado. No âmbito da ética o comportamento é
individual e não coletivo.
.
A parte da filosofia que se dedica a pensar as ações humanas e os seus
fundamentos e o esforço investigativo a respeito dos princípios, razões,
fundamentos de toda e qualquer moral se chama:
Você acertou!
B.
A ética é parte da filosofia prática também conhecida por filosofia moral. Os problemas
principais da ética estão relacionados aos fundamentos do dever e à natureza do bem e do
mal, ou seja, tudo aquilo que está relacionado com o modo como se deve
viver. Mores significa usos e costumes, comportamentos, ações e reflexão, porém não é o
nome dado à parte da filosofia que se dedica a pensar as ações humanas.
3.
Resposta correta.
D.
Pessoas são caracterizadas, entre outras coisas, por suas virtudes e pelos seus vícios,
sendo que ambos pressupõem valores que, se não forem traduzidos em ações, perdem
seu sentido.
Ética é reflexão; moral é ação. Já dizia São Thiago: "fé sem obras é morta!", ou seja, as
crenças (valores e virtudes) influenciam as ações. A ética tem por objetivo a determinação
do que é certo ou errado, bom ou mau em relação às normas e valores adotados pela
sociedade. Os valores, separados do humano, não realizam, de fato, a conduta ética, não
têm validade, e empresas que não possuem acordos éticos tácitos entre seus integrantes
dificilmente conseguem manter práticas moralmente aceitas por sua comunidade. A
responsabilidade pela conduta ética de uma empresa é de todo o corpo empresarial e não
somente de seus altos gestores. Condutas éticas são aprendidas no contexto familiar de
modo primordial, mas a sociedade como um todo faz essa prática também ao indivíduo.
4.
"Para que haja conduta ética é preciso que a pessoa conheça a diferença entre bem
e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício. A pessoa não só conhece
tais diferenças, mas também reconhece-se como capaz de julgar o valor dos atos e
das condutas e de agir em conformidade com os valores morais, sendo por isso
responsável por suas ações e sentimentos e pelas consequências do que faz e
sente. Tem a capacidade para avaliar e pesar as motivações pessoais, as exigências
feitas pela situação, as consequências para si e para os outros, a conformidade
entre meios e fins, a obrigação de respeitar o estabelecido ou de transgredi-lo, se o
estabelecido for imoral ou injusto." (CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo:
Ática, 2000. Adaptado.)
Resposta correta.
D.
Para que haja conduta ética, é preciso que exista o agente consciente, aquele que
conhece a diferença entre bem e mal, sendo responsável por suas ações e seus
sentimentos, além das consequências do que faz e sente. Consciência e responsabilidade
são condições indispensáveis da vida ética.
5.
Toda produção humana consiste em criar condições para que o homem seja feliz.
Todas as religiões, as filosofias de todos os tempos, as conquistas tecnológicas, as
teorias científicas e toda a arte são criações humanas que procuram apresentar
condições para a conquista da felicidade (Aristóteles, Ética a Nicômico).
Resposta correta.
D.
os valores são influenciados pelo tempo em decorrência das mudanças que ocorrem na
sociedade.
O filósofo Richard Sennett estuda a forma como os valores éticos podem ser afetados
pelas mudanças e riscos incessantes do capitalismo contemporâneo ou capitalismo
flexível, ou seja, com o passar do tempo, os valores de determinada sociedade são
alterados. Os valores morais são variáveis, ou seja, podem divergir entre sociedades ou
grupos sociais diferentes. Por exemplo, para certo grupo de indivíduos, uma ação pode ser
considerada correta, enquanto que, para outros, essa mesma atitude é repudiada e tida
como errada ou imoral. Os valores morais são baseados na cultura, tradição, cotidiano e
educação de determinado povo. O tempo e as mudanças na sociedade interferem na
moral. Até mesmo a ética, que era considerada atemporal, está sendo questionada por
alguns pensadores da atualidade. A norma de comportamento é ditada pela moral da
sociedade. A moral é a conduta, a ação, quem faz juízo de valor em determinada
sociedade é a ética.