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ÉTICA PROFISSIONAL EM

ENFERMAGEM
prof. Rita Oliveira
CONTEÚDOS DA DISCIPLINA
*Conceituar ética, moral, educação, comportamento ético profissional e descrever a sua história;

*Conhecer os princípios, os direitos e os deveres da conduta do Técnico em Enfermagem, bem como suas
atribuições previstas na lei do exercício profissional e no código de ética;

*Conhecer as entidades de classe e as organizações de interesse da área de saúde e defesa da cidadania.

*Conhecer os dispositivos legais que orientam a formação e o exercício dos profissionais de enfermagem.

*Reconhecer a estrutura, organização e funcionamento da enfermagem dentro das instituições de Saúde.

Identificar os membros da equipe de Enfermagem e suas respectivas funções


CRONOGRAMA DA DISCIPLINA
PRIMEIRA NOTA

*EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO- VALENDO 5,0 PONTOS.

*PROVA DE 10 QUESTÕES- VALENDO 5,0 PONTOS.

SEGUNDA NOTA

*EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO- VALENDO 2,0 PONTOS.

*TRABALHO DE PESQUISA E APRESENTAÇÃO DO MESMO- VALENDO 3,0 PONTOS.

*PROVA DE 10 QUESTÕES- VALENDO 5,0 PONTOS.

RECUPERAÇÃO

SERÁ APLICADA NO ÚLTIMO DIA DE AULA DA DISCIPLINA.


você sabe o que é
ética?
Ética em um pequeno contexto
histórico
Na Antiguidade

Ligado à filosofia, o conceito de ética surge na Grécia Antiga


durante o século V a.C. Em um contexto de intensa reflexão a
respeito das regras de convívio social, os pensadores gregos
buscavam entender o funcionamento do regime de comportamento
humano. Na Antiguidade, ética compreendia o estudo das formas
de se alcançar a felicidade, plenitude e o “bem viver”.
Na Idade Média

Como tentativa de racionalizar as ações nas relações humanas,


pensadores sofistas gregos entendiam que os princípios morais
eram resultados de convenções sociais, e não frutos de uma moral
religiosa. Mas, na Idade Média, isso mudou: a filosofia foi dominada
pelo cristianismo e pelo islamismo, fazendo com que a ética
estudasse uma moral baseada na interpretação dos mandamentos
e preceitos religiosos.
No fim da Idade Média

Entre os séculos XIV e XVIII, com o fim da Idade Média, os


temas éticos da Antiguidade foram retomados. Agora, a ética
teria base no pensamento humano e não em tradições
religiosas. Mais uma vez, a ética voltaria a ser entendida como
um meio de se alcançar a felicidade e o bom convívio social.
O que é Ética Teleológica?
O conceito de virtude foi muito discutido pelos filósofos gregos da Antiguidade. Para Aristóteles,
a vontade humana tem muito valor e a virtude é a real “disposição de fazer o bem”.

Ao analisar o conceito, Aristóteles não reconhece a virtude como algo inato aos homens, mas
sim de uma forma de disposição que precisa ser desenvolvida. Portanto, para ele, essa
disposição seria aperfeiçoada com o hábito. Mas não se engane, para que o agente seja de fato
considerado virtuoso, seria preciso haver certas condições de consciência na escolha de seus
atos, que deveriam acontecer de maneira firme e imutável.

Aristóteles defendia que a ética deveria ser baseada no télos do ser humano, sua finalidade, que
é ser feliz. Mas, para ser feliz, o indivíduo deveria se voltar a essência da condição humana, sua
racionalidade. Por isso, Aristóteles defende que a virtude é um meio-termo entre a ausência e o
exagero, a mediania.
Éticas Helenistas

Por ser uma filosofia fortemente marcada pela preocupação com o modo de vida, a
ética helenista baseia se no estabelecimento de regras da “arte de viver”. O
homem deixa de ser observado em sua condição de “animal político” e passa a
viver pela cidadania. Desiludido com a política, ele se volta para a busca por sua
felicidade pessoal.

Tendo forte relação de oposição com a filosofia clássica, platônica e aristotélica, a


ética helenista possui uma fusão entre a tradição grega e a cultura oriental como
uma de suas principais características.
Ética Deontológica

A ética deontológica, do grego “deon”, significa “dever”,


“obrigação”. Nesta terminologia, a moral por trás de uma
ação é priorizada e tida como mais importante do que
suas consequências. Por tratar de princípios, ela ficou
conhecida também como “teoria do dever”. Para Kant, agir
por dever é um modo de conferir valor moral à ação.
Imperativo Categórico de Kant

Sendo um dos principais conceitos da filosofia de Kant (1724-


1804), imperativo categórico é uma forma de ética. O conceito é
desenvolvido a partir da necessidade de tomar decisões como
um ato moral, sem agredir ou afetar outras pessoas.
Ética e ciência

Desde o Renascimento que o ser humano é o princípio que norteia a organização


social e a produção de conhecimento. Com o advento da Revolução Científica e com
o Iluminismo, a razão impulsiona a humanidade rumo ao desenvolvimento
tecnológico.

Esse fenômeno faz surgir uma subárea da ética, chamada bioética. Esse campo de
discussão é uma interseção entre filosofia e ciências da saúde. Sua principal questão
é: quais os limites devemos impor ao avanço tecnológico e a ciência, principalmente
na possibilidade produzir transformações naquilo que concebemos como ser
humano.
Vários temas importantes estão sob a ação desse ramo da ética, tais como:

● Eutanásia;
● Aborto;
● Clonagem;
● transplantes de órgãos;
● alimentos geneticamente modificados;
● experimentos em humanos e animais;
● suicídio;
● fertilização in vitro etc.
Você já deve ter ouvido a palavra “ética” sendo usada como um
elogio. No senso comum, dizemos que uma pessoa age dessa
forma quando faz algo que consideramos correto. Mas afinal, o
que é agir de maneira correta?
introdução
A ética é um ramo de estudo da Filosofia que busca a fundamentação e
teorização dos aspectos morais da vida social e da vida individual, como
a conduta e as ações.
Ética é um conjunto de princípios ligados à ação das pessoas que define
quais ações podem ser consideradas corretas ou incorretas, dizendo o
que é o certo e o errado. A Filosofia preocupou-se com os estudos de
ética desde a Antiguidade, e a Sociologia pode utilizar-se dos conceitos
filosóficos que envolvem a ética para entender melhor as relações
sociais entre as pessoas.
O que é ética ?

É a ciência que trata das condutas histórico-culturais baseados em


valores e influenciadas por fatores individuais.
A pessoa não nasce ética, sua estruturação ética vai ocorrendo
juntamente com seu desenvolvimento. A
humanização(socialização) constrói a ética individual.
Origem

O estudo da ética, em linhas gerais, compreende um ramo da


filosofia que estuda a ação humana a partir dos diferentes
princípios e valores que a orientam. Estes valores estão
associados ao que consideramos bom, justo ou correto, e
variam de sociedade para sociedade.
Palavra

A palavra ética tem origem do grego “ethos”, que significa “costume”,


“caráter” ou “modo de ser”. Sob alguns aspectos, a palavra ética é
considerada sinônimo de “moral”, que vem do latim “mos” ou “mor”, e
possui, na origem da palavra, o mesmo significado. Mas afinal, moral
e ética são a mesma coisa?
Ética X Moral

Como já vimos no início do texto, a ética é um ramo da filosofia que


estuda os princípios que regem a ação dos homens. Em outras
palavras, ela analisa os valores por trás das ações humanas.

A moral, por sua vez, consiste justamente nesses valores: pode ser
definida como o conjunto de regras que determinam os
comportamentos. Apesar dos dois termos serem vistos como sinônimos
de “agir bem” ou “agir corretamente”, ética e moral não são
necessariamente a mesma coisa. De certa forma, a ética é uma
reflexão sobre a moral.
Sobre a relação entre elas, é importante destacar:

● Enquanto a ética oferece uma reflexão crítica acerca da moral, é a


moral que dá base para a existência da própria ética.
● Qualquer mudança na moral (ou seja, nos valores de um
determinado grupo social), interfere diretamente na ética (ou seja,
nas reflexões acerca dos comportamentos deste grupo).
Senso, consciência e agente
Por senso compreendemos como a maneira que julgamos a partir dos valores,
como “justo” ou “bom”. A consciência é uma atitude crítica frente a esses
valores. A consciência implica numa postura de avaliação não só de um
acontecimento a partir de uma valor, mas na legitimidade dos valores
mobilizados.

Um agente moral é um indivíduo que, frente a uma determinada situação, é


capaz de mobilizar sua moral para realizar sua avaliação e que assume uma
atitude crítica e reflexiva frente a esse conjunto de valores. O agente é
autônomo e responsável em vez de passivo.
O eu e o outro
A ética e a moralidade pressupõe que o comportamento humano deve buscar o bem
estar de todos os indivíduos que integram o grupo. Para a formação desse código
moral é crucial que haja:

● Consciência de si – O indivíduo deve ter consciência de seu “eu”, aquilo


que forma sua identidade. Além da consciência de suas limitações,
possibilidades e, principalmente, das consequências de suas ações.
● Consciência de outro – Saber os limites de sua identidade, até onde vai
aquilo que o compõe como indivíduo, implica conhecer o outro,
reconhecer o outro como indivíduo também e conhecer a fronteira que os
separa.
Ética: resumo
● Moral é o conjunto de regras que regem o comportamento dos indivíduos enquanto ética é uma
reflexão sobre esses valores;
● Conhecer e refletir sobre os valores morais e éticos humanos são de extrema importância para o
convívio social;
● A ética teleológica defende que a virtude está no equilíbrio;
● As éticas helenistas tem como características uma conexão do homem com a natureza ao seu
redor e uma forte influência oriental;
● O utilitarismo defende um cálculo onde uma ação é ética se trouxer felicidade ao maior número de
pessoas
● Na deontologia o comportamento ético não deve ser justificado pela sua consequência ou com
interesses externos à ação (como felicidade ou salvação). O agir ético tem a si mesmo como fim,
sem recompensas ou objetivos. Fazer o bem é um dever.
exercício de fixação (vale 2 pontos)

1-Indique as alternativas corretas (C) e incorretas (I):

a) A palavra moralidade vem do latim “mos” ou “moris” e significa “costumes”.

b) As palavras “ética” e “moralidade” são sinônimas e correspondem à mesma


ideia.

c) As normas morais não variam a depender da cultura e do período histórico.

d) A palavra “ética” vem do grego éthikos e significa modos de ser.


2-“As normas morais variam a depender da cultura e do período histórico. Também
podem ser questionadas e destituídas”. Isso significa que:

(a) Nós não podemos pensar sobre as normas morais que são impostas;

(b) Nós temos que concordar com as normas morais porque são as normas da nossa
cultura;

(c) A moral é um conjunto de valores pelos quais as pessoas guiam seus


comportamentos e, por isso, está sujeita a mudanças a depender do país e do
momento histórico em que as pessoas estão inseridas.

(d) Não agimos de forma “moral” se obedecermos às regras que a sociedade


estabelece.
3-Como podemos diferenciar “moral” e “ética”?

(a) Não podemos diferenciar, são palavras sinônimas.

(b) Moral é um conjunto de valores, e Ética é a reflexão sobre esses valores.

(c) Moral é a prática da Ética no nosso dia a dia.

(d) Moral é sinônimo de “ética aplicada”.


4-Leia o fragmento abaixo:

“Os homens não são maus, mas submissos aos seus interesses... Portanto, não é da maldade dos homens
que é preciso se queixar, mas da ignorância dos legisladores que sempre colocam o interesse particular em
oposição ao geral. […] Até hoje, as mais belas máximas morais não conseguem traduzir nenhuma mudança
nos costumes das nações. Qual é a causa? É que os vícios de um povo estão, se ouso falar, escondidos no
fundo de sua legislação.” Helvetius

Quais são as ideias principais contidas no fragmento acima? (VERDADEIRO OU FALSO)

a) Não há nenhuma relação entre as leis e os costumes, pois sãos os homens que fazem as leis que os
beneficiam.

b) Para limitar os interesses humanos particulares, é preciso haver leis que prefiram os interesses gerais.

c) Os homens buscam seus interesses e isso não significa que eles sejam maus;

d) Há uma relação entre as leis e os costumes, pois as leis permitem ou impedem que os homens cometam
erros.
5-Leia os dois fragmentos abaixo:

“... Por outras palavras, não há determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. […] Não
encontramos diante de nós valores ou imposições que nos legitimem o comportamento. Assim, não temos
nem atrás de nós nem diante de nós, no domínio luminoso dos valores, justificações ou desculpas.
Estamos sós e sem desculpas. É o que traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre.
Condenado porque não criou a si próprio; e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é
responsável por tudo o que fizer.” Jean-Paul Sartre

“Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem como circunstâncias
de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo
passado”. Karl Marx

a) Enquanto Sartre defende que há determinismo, Marx defende que o homem é livre independente das
circunstâncias.

b) Sartre defende que não há determinismo e Marx estabelece um meio termo entre o determinismo e a
total liberdade do homem;

c) Quando Sartre afirma “o homem está condenado a ser livre”, diz o mesmo que Marx quando defende
que “os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem”.

d) Sartre diz que o homem está limitado pela sua própria existência, enquanto Marx afirma que o homem
está limitado pelas condições históricas.
6-O brasileiro tem noção clara dos comportamentos éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro da corrupção, revela
pesquisa. Se o país fosse resultado dos padrões morais que as pessoas dizem aprovar, pareceria mais com a Escandinávia do que
com Bruzundanga (corrompida nação fictícia de Lima Barreto).

O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir” efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade inerente ao humano, porque
as normas morais são:

a) decorrentes da vontade divina e, por esse motivo, utópicas.

b) parâmetros idealizados, cujo cumprimento é destituído de obrigação.

c) amplas e vão além da capacidade de o indivíduo conseguir cumpri-las integralmente.

d) criadas pelo homem, que concede a si mesmo a lei à qual deve se submeter.

e) cumpridas por aqueles que se dedicam inteiramente a observar as normas jurídicas.


7-O sujeito ético-moral é somente aquele que preencher os seguintes requisitos:

(a) ser consciente de si, mas não precisa reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si.

(b) saber o que faz, conhecer as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes
e a essência dos valores morais.

(c) não precisa controlar interiormente seus impulsos, suas inclinações e suas paixões, deixando-as fluir
livremente

(d) dizer o que as coisas são, como são e por que são. Enunciar, pois, juízos de fato

(e) ser responsável, mas não precisa reconhecer-se como autor da sua própria ação nem avaliar os efeitos e as
consequências dela sobre si e sobre os outros
8-A figura do inquilino ao qual a personagem da tirinha se refere é o(a)

(a) constrangimento por olhares de reprovação.

(b) costume importo aos filhos por coação.

(c) consciência da obrigação moral.

(d) pessoa habitante da mesma casa.

(e) temor de possível castigo.


9-CONCEITUE:
*IMORAL:

*AMORALIDADE:
10- PESQUISE SOBRE ÉTICA E MORAL , E FAÇA UM MAPA MENTAL.

EXEMPLO

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