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Índice
Capítulo I ................................................................................................................................... 3
Introdução .................................................................................................................................. 3
Capítulo II .................................................................................................................................. 5
2.4 Caracterizando o modelo de administração escolar numa escola a minha escolha ........... 12
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Capítulo I
Introdução
Este é um trabalho referente à cadeira de Práticas Pedagógicas intitulado: “Administração
escolar – conceptualização e modelos da administração escolar”.
Em linhas gerais, administração escolar é a organização do funcionamento da escola quanto
aos aspectos políticos, administrativos, financeiros, tecnológicos, culturais, artísticos e
pedagógicos. Forma de organizar o trabalho pedagógico, que implica a visibilidade de
objectivos e metas dentro da instituição escolar. Implica também na gestão de recursos
materiais e humanos, no planejamento de suas actividades, na distribuição de funções e
atribuições, na relação hierárquica e interpessoal de trabalho e partilha do poder. Diz respeito
a todos os aspectos da gestão e dos processos de tomada de decisões.
Administração compõe-se de um sistema de planejamento, organização, direcção, controle e
avaliação de pessoas, projectos, situações, empresas, etc. visando um objectivo, o sucesso do
negócio. Nas empresas privadas geralmente a meta, o retorno é o lucro, nas organizações
públicas podemos dizer que seria um atendimento de qualidade para as pessoas. Na escola não
é diferente: através de uma gestão democrática tem como objectivo oferecer um ensino de
qualidade que satisfaça as necessidades do indivíduo que a busca.
1.2 Objectivos
1.2.1 Geral:
1.2.2 Específicos:
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Tendo em consideração o estudo e o desenvolvimento do trabalho, trata-se de um estudo
exploratório que, segundo Cooper e Schindler (2003), possibilita o desenvolvimento claro de
conceitos e definições.
À semelhança do que acontece na maioria das pesquisas exploratórias, a nossa pesquisa assume
a forma de pesquisa bibliográfica.
Conforme escreve Gil (1996), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituído de livros e artigos científicos”, (p.48).
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Capítulo II
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Nesse contexto, Paro (1996), sinaliza que, se considerarmos que a administração implica a
“utilização racional de recursos, para a realização de fins determinados”, a administração da
escola “exige a permanente impregnação de seus fins pedagógicos na forma de alcançá-los”,
(p. 7).
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Ao defender a autonomia da escola, estão defendendo que a comunidade escolar tenha
liberdade para colectivamente pensar, discutir, planejar, construir e executar o seu projecto
político-pedagógico, entendendo que neste está contido o projecto de educação e de escola que
a comunidade almeja. No entanto, mesmo tendo essa autonomia, a escola está subordinada às
normas gerais do sistema de ensino e às leis que o regulam, não podendo, portanto,
desconsiderá-las.
A autonomia, no entanto, não é dada ou decretada. Autonomia é uma construção que se dá nas
lutas diárias que travamos com os nossos pares nos espaços em que atuamos. Por isso, a
construção da autonomia, especialmente da autonomia escolar, requer muita luta, dedicação e
dedicação daqueles que estão inseridos nos processos educativos.
Sari e Luce (2000), ao discutir sobre a luta pela autonomia das instituições escolares, ressaltam
que a autonomia da unidade escolar significa a possibilidade de construção colectiva de um
projeto político-pedagógico que esteja de acordo com a realidade da escola, que expresse o
projecto de educação almejado pela comunidade em consonância com as normas estabelecidas
pelas políticas educacionais ou legislação em curso.
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✓ Autonomia Jurídica diz respeito à possibilidade de a escola elaborar suas normas e
orientações escolares em consonância com as legislações educacionais, como, por
exemplo, matrícula, transferência de alunos, admissão de professores, concessão de
grau etc. A autonomia jurídica da escola possibilita que as normas de funcionamento
desta sejam discutidas colectivamente e façam parte do regimento escolar elaborado
pelos segmentos envolvidos na escola, e não de um regimento único, elaborado para
todas as instituições que fazem parte da rede de ensino.
✓ Autonomia Financeira refere-se à existência e à utilização de recursos financeiros
capazes de dar à instituição educativa condição de funcionamento efectivo. A dimensão
financeira da autonomia vincula-se à existência de ajuste de recursos financeiros para
que a escola possa efectivar seus planos e projectos, podendo ser total ou parcial. É total
quando à escola é dada aresponsabilidade de administrar todos os recursos a ela
repassados pelo poder público, e é parcial quando a escola tem a incumbência de
administrar apenas parte dos recursos destinados, ficando o órgão central do sistema
educativo com a responsabilidade pela gestão de pessoal e pelas despesas de capital.
✓ Autonomia pedagógica da escola, por sua vez, está estreitamente ligada à identidade,
à função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação, bem como aos
resultados e, portanto, à essência do projecto pedagógico da escola (Veiga, 1998).
Essa dimensão da autonomia refere-se à liberdade da escola, no conjunto das suas relações,
definir sobre o ensino e a pesquisa, tornando-se condição necessária para o trabalho de
elaboração, desenvolvimento e avaliação do projeto político-pedagógico da escola.
Segundo Oliveira, Moraes e Dourado (2008) no âmbito educacional, a gestão democrática tem
sido defendida como dinâmica a ser efetivada nas unidades escolares, visando garantir
processos coletivos de participação e decisão.
Tal discussão encontra respaldo na legislação educacional.
Apesar da superficialidade com que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, trata da questão
da gestão da educação, ao determinar os princípios que devem reger o ensino, indica que um
deles é a gestão democrática.
A referida lei define que os sistemas de ensino devem estabelecer normas para o
desenvolvimento da gestão democrática nas escolas públicas de educação básica e que essas
normas devem, primeiro, estar de acordo com as peculiaridades de cada sistema e, segundo,
garantir a “participação dos profissionais da educação na elaboração do projecto pedagógico
da escola”, além da “participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes”.
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Nesse sentido, a gestão democrática da educação requer mais do que simples mudanças nas
estruturas organizacionais; requer mudança de paradigmas que fundamentem a construção de
uma Proposta Educacional e o desenvolvimento de uma gestão diferente da que hoje é
vivenciada. Ela precisa estar para além dos padrões vigentes, comumente desenvolvidos pelas
organizações burocráticas (Oliveira; Moraes & Dourado, 2008).
Essa nova forma de administrar a educação constitui-se num fazer colectivo, permanentemente
em processo. Processo que é mudança contínua e continuada.
“Mudança que está baseada nos paradigmas emergentes da nova sociedade do conhecimento,
que, por sua vez, fundamentam a concepção de qualidade na educação e definem, também, a
finalidade da escola”, (Bordignon & Gracindo, 2004, p. 147).
A construção da gestão democrática implica em luta pela garantia da autonomia da unidade
escolar, participação efectiva nos processos de tomada de decisão, incluindo a implementação
de processos colegiados nas escolas, e, ainda, financiamento pelo poder público, além da
participação da comunidade escolar, dos pais, professores, estudantes e funcionários na
organização, na construção e avaliação dos projectos pedagógicos, na administração dos
recursos da escola, enfim, nos processos decisórios da escola.
Nesse sentido, “a gestão deve estar inserida no processo de relação da instituição educacional
com a sociedade, de tal forma a possibilitar aos seus agentes a utilização de mecanismos de
construção e de conquista da qualidade social na educação” (Bordignon & Gracindo, 2004, p.
148).
A gestão democrática e autônoma não é utopia, não é mais sonho, ela é possibilidade de
melhoria na qualidade pedagógica do processo educacional das escolas, na construção de um
currículo pautado na realidade local, na maior integração entre todos agentes envolvidos dentro
da escola e no apoio efectivo da comunidade às escolas, como participante activa e sujeito do
processo de desenvolvimento do trabalho escolar.
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Isso significa dizer que o gerenciamento interfuncional, ou seja, “aquele que olha para frente
e direciona as melhorias” (Souza, 2001, p.48) não deve ser descentralizado, o que exclui a
escola de qualquer possibilidade de determinar a direcção em que o navio vai navegar,
indicando então que, no que diz respeito à gestão da qualidade total na educação, a
descentralização administrativa se dá apenas nas tarefas secundárias.
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Enfim, a democratização da escola, em especial dos seus processos decisórios, não ocorreria
apenas pelo aumento da participação daqueles que já são actuantes por força de seus deveres
profissionais, mas pela inclusão dos que ainda são postos de lado em função dos mais variados
argumentos (Mendonça, 2000, p. 63).
Como vimos anteriormente, a escola, enquanto instituição social, é parte constituinte e
constitutiva da sociedade na qual está inserida. Assim, estando a sociedade organizada sob o
modo de produção capitalista, a escola enquanto instância dessa sociedade contribui tanto para
manutenção desse modo de produção, como também para sua superação, tendo em vista que é
constituída por relações sociais contraditórias.
A possibilidade da construção de práticas administrativas na escola, voltadas para
transformação social, reside exatamente nessa contradição existente no seu interior.
Vista por esse prisma, a administração configura-se como sinônimo de gestão que, numa
concepção democrática, se efectiva mediante participação dos atores sociais envolvidos na
elaboração e construção dos projectos escolares, como também nos processos de tomada de
decisão.
Assim, essa concepção de administração escolar, voltada para transformação social, contrapõe-
se à manutenção da centralização do poder na instituição escolar e nas demais organizações,
primando, portanto, pela participação dos seus usuários, na gestão da escola e na luta pela
superação da forma como a sociedade está organizada.
Isso implica repensar a concepção de trabalho, as relações sociais estabelecidas no interior da
escola, a forma como ela está organizada, a natureza e especificidade do trabalho pedagógico
e da instituição escolar e as condições reais de trabalho nessa instituição (Oliveira; Moraes &
Dourado, 2008).
Segundo Paro (1999):
o carácter mediador da administração manifesta-se de forma peculiar
na gestão educacional, porque aí os fins a serem realizados
relacionam-se à emancipação cultural de sujeitos históricos, para os
quais a apreensão do saber se apresenta como elemento decisivo na
construção de sua cidadania, (Paro, 1999).
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Pois bem, os termos “administração da educação” ou “gestão da educação” têm sido utilizados
na área educacional ora como sinónimos, ora como termos distintos. “Analisar a gestão da
educação, seja ela desenvolvida na escola ou no sistema municipal de ensino, implica em
reflectir sobre as políticas de educação.
“Isto porque há uma ligação muito forte entre elas, pois a gestão transforma metas e objectivos
educacionais em acções, dando concretude às direções traçadas pelas políticas” (Bordignon &
Gracindo, 2004, p.147).
A gestão, se entendida como processo político administrativo contextualizado, nos coloca
diante do desafio de compreender tal processo na área educacional a partir dos conceitos de
sistemas e gestão escolar.
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Capítulo III
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3.1 Conclusão
Chegado aqui, pomos o término o nosso trabalho, o qual versou sobre “Administração escolar
– conceptualização e modelos da administração escolar”; foram abordados por meio desta
temática, diversos conteúdos sobre os tipos e modelos de administração escolar, além das várias
conceptualizações acerca da administração escolar por meio de vários autores.
Por conta desta temática, percebemos que no sistema educacional, a concepção teórica do
critério de relevância está em função directa com a postura participativa dos responsáveis pela
sua administração. Desse modo, quanto mais participativo, solidário e democrático for o
processo administrativo, maiores as possibilidades de que seja relevante para indivíduos e
grupos e também maiores as probabilidades para explicar e promover a qualidade de vida
humana necessária. O papel da administração da educação aí, será o de coodernar a acção dos
diferentes componentes do sistema educacional, sem perder de vista a especificidade de suas
características e de seus valores de modo que a plena realização de indivíduos e grupos seja
efectivada.
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