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Gestão Escolar da
Educação Básica
Organização e Gestão
Escolar da Educação Básica
1ª edição
2017
Unidade 5
A gestão escolar no contexto da
sociedade contemporânea
5
Para iniciar seus estudos
Objetivos de Aprendizagem
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Organização e Gestão Escolar da Educação Básica | Unidade 5 - A gestão escolar no contexto da
sociedade contemporânea
Glossário
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Organização e Gestão Escolar da Educação Básica | Unidade 5 - A gestão escolar no contexto da
sociedade contemporânea
Entretanto, ressaltamos de início que, embora o termo gestão escolar emita uma mudança de paradigma na
organização escolar, as concepções organizativas da administração não são excluídas das práticas de gestão.
A análise do conceito de administração, por si só, pressupõe um entendimento de organização pautada pela
racionalização da organização, pela fragmentação, hierarquização, comando e controle dos eventos e das pes-
soas para o alcance dos objetivos.
Quando a organização da administração escolar é efetivada por uma concepção pura do termo, ela se distan-
cia da concepção de gestão. Heloísa Lück (2015) pontua características da organização escolar conduzidas pela
administração e pautadas na concepção referida, das quais destacamos:
• não manutenção e desenvolvimento do sucesso alcançado, descontinuidade de práticas exitosas, sau-
dosismo das boas práticas;
• não realização de trabalhos e de promoção de resultados atribuídos à precariedade de recursos;
• manutenção de práticas que deram certo em qualquer contexto histórico da escola;
• importação e imitação de modelos que deram certo em outras instituições e contextos;
• protecionismo e paternalismo dirigidos aos professores efetivos e aos alunos, visto que são considerados
“peças cativas da instituição”;
• coibição, penalização de ocorrências fora normalidade e cumprimento de modelos sem preocupações de
entendimentos e aprendizagem com os fatos;
• estabelecimento das regras do jogo pelo dirigente de maior hierarquia e implementação das decisões
executada por pessoas de “posição subalterna”;
• evolução da instituição por meio de repetição e maximização das ações sem investir em modelos diferen-
tes. Esse modelo cumulativo necessita sempre de mais recursos e de pessoal, e nem sempre as medidas
são eficazes;
• centralidade e objetividade baseadas em técnicas em detrimento da consideração de outros processos
políticos e educacionais (LÜCK, 2015, p. 57-62).
Tais procedimentos são próprios do tradicionalismo e imperavam em décadas anteriores. Entretanto, a gestão
educacional não elimina a concepção de administração, pois a pressupõe de maneira mais significativa para o
atendimento da realidade, das pessoas e do contexto socio-histórico em que a escola está inserida.
Para Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 445), a descrição administrativa apresentada se refere à concepção téc-
nico-científica em que prevalece a visão burocrática e tecnicista da escola, sendo a direção centralizada em uma
pessoa, com decisões verticais e sem a participação de professores e comunidade escolar.
Considerando a escola como instituição responsável pelo ensino e aprendizagem dos alunos, envolvendo todas
as potencialidades desse processo e que tal procedimento se dá pelo trabalho docente, a organização escolar
deve, em princípio, favorecer o trabalho do professor.
Nesse sentido, a gestão escolar consiste em gerir a dinâmica cultural da escola, alinhada às diretrizes e
políticas educacionais estabelecidas pelos órgãos governamentais com o objetivo de efetivar o seu Projeto
Político-Pedagógico.
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No seu município, você sabe como são feitas as nomeações dos gestores escolares das esco-
las estaduais e municipais de ensino?
As dimensões de implementação da organização escolar estão relacionadas com o objetivo de promover mudan-
ças e transformações no contexto escolar. Estas buscam a transformação das práticas educativas, de forma a
ampliar e melhorar o alcance educacional. São elas: gestão democrática e participativa, gestão de pessoas, ges-
tão pedagógica, gestão administrativa, gestão de cultura escolar e gestão do cotidiano escolar.
Os aspectos burocráticos, tais como divisão de tarefas, responsabilidades, relacionamento entre os vários seto-
res, assim como a forma que a escola estrutura sua gestão revelam a importância dos aspectos burocráticos face
aos pressupostos democráticos que devem permear o fazer educacional.
A estrutura da organização interna da escola está presente na legislação municipal ou estadual e no regimento
interno de cada instituição. Tal estrutura, dependendo do modelo de gestão (participativa ou técnico-científica),
apresenta-se na forma de um desenho que representa sua concepção. Na Figura 5.2, apresentamos a composi-
ção da estrutura organizacional de uma escola.
Glossário
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A Figura 5.2 demonstra a composição organizativa da escola, tendo no topo do fluxograma o Conselho de Escola,
por ser este o elemento escolar com as principais atribuições na gestão escolar. Veja no Quadro 5.1 as atribuições
dos elementos da administração escolar.
Legenda: Descrição das atribuições dos elementos constitutivos da administração e da organização escolar.
Fonte: Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 464-468).
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Considerando o Quadro 5.1, é importante destacar que, conforme comentamos, o modelo de gestão é que
determina a condução dessa organização. Assim, a gestão democrático-participativa inclui nesse organograma
a participação da comunidade escolar conforme seus organismos de participação.
Como toda instituição, a escola almeja alcançar seus objetivos e, sendo assim, sua organização deve definir
objetivos operacionais claros, tais como: planejamento, organização dos recursos humanos, direção, coorde-
nação e avaliação.
Quando a gestão escolar define de forma clara as concepções organizacionais pautadas no trabalho coletivo,
nas políticas educacionais, nas relações interpessoais sadias, dentre outros aspectos que considerem os aspectos
históricos e contextuais da instituição escolar, tende a ter sucesso no alcance do objetivo principal da escola, que
é o ensino e o aprendizado com o sucesso de todos os participantes do processo educativo.
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Os conceitos de grupo e equipe, apesar de serem tratados como sinônimos, possuem sig-
nificados bastante específicos. Grupos e equipes de trabalho representam um conjunto de
pessoas, no entanto, no primeiro, as responsabilidades dos seus componentes são indivi-
duais, as habilidades são aleatórias e o relacionamento é solto e informal. No segundo, as
responsabilidades são coletivas, as habilidades são complementares e o relacionamento é
coeso e firme.
Apesar de em muitas situações as palavras “administrador escolar” e “gestor escolar” serem utilizadas como sinô-
nimos, há uma ideologia que cada uma das simples terminologias carregam. No âmbito dessa nova sociedade,
“administração” remete a algo isolado, individual, logo, não democrático. “Gestão” aponta para um colegiado
que analisa e decide coletivamente.
É claro que não é somente mudando a palavra que se mudará a realidade da ação. Na verdade, as mudanças na
sociedade atual – também conhecida como era tecnológica, da informação ou do conhecimento, consequência
da intensa globalização – exigem um novo perfil das escolas, e isso se estende aos seus líderes.
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Libâneo, Oliveira e Toschi (2005) sustenta que, na nova reestruturação produtiva do capitalismo, o desafio
essencial da educação consiste na capacitação da mão de obra e na requalificação dos trabalhadores para
satisfazer as exigências do sistema produtivo, formando, assim, o consumidor exigente e sofisticado para um
mercado diversificado.
Na escola, a gestão é responsável pela organização do trabalho de todos os que nela atuam, de forma a orientá-
-los no desenvolvimento de um ambiente educacional que seja capaz de promover aprendizagens e formação
dos estudantes, da forma mais efetiva possível, visando à capacitação para que estes consigam enfrentar os
novos desafios que são apresentados.
Como ser um bom gestor escolar sem conhecer os desafios que a sociedade apresenta para as organizações e os
cidadãos? Os desafios são muitos. Professores precisam saber trabalhar as dificuldades geradas pelo forte pro-
cesso de globalização, principalmente no que diz respeito às desigualdades sociais.
Alguns estudantes que estão na linha ou abaixo da linha da pobreza vêm de ambientes não letrados e possuem
histórias de vida que podem gerar barreiras à plena construção do conhecimento. Em uma outra perspectiva, a
escola deve acompanhar as inovações de que a sociedade dispõe, seja no âmbito tecnológico, informacional ou
mesmo educacional. Nesse sentido, para alcançar êxito em sua atuação na escola, o gestor deve possuir uma
visão ampla e crítica, atentando-se a todas as áreas do estabelecimento de ensino, assim como às perspectivas
de superação das desigualdades sociais.
É importante que o gestor conheça a comunidade escolar onde atua, pois essas características são fundamentais
para um diagnóstico preciso, o qual orientará a elaboração de objetivos que deverão ser atingidos. No entanto,
apesar de o gestor ter que se atentar a todas as dimensões da gestão, deve fazer isso em função da aprendizagem
dos alunos, pois esta é a grande missão da instituição escolar.
Com vistas a atender sua comunidade, o gestor escolar deve ter como alicerce de ação a gestão democrática.
Nessa perspectiva, a comunidade escolar, representada pelos pais de alunos, estudantes, professores e demais
servidores da escola, pode participar de decisões.
Esse perfil democrático por parte da gestão escolar ganhou impulso a partir de legislações do final da década de
1980 e início da década de 1990, especificamente pela homologação da Carta Magna e da LDB nº 9.394/96.
O texto da Constituição Federal de 1988 contempla modificações necessárias na gestão educacional, visando
a imprimir-lhe um caráter democrático, planejado e cooperativo, como expressa o art. 206, inciso VI: “O ensino
será ministrado com base nos seguintes princípios: [...] gestão democrática do ensino público, na forma da lei [...]”
(BRASIL, 1988).
A Constituição de 1988 foi um dos principais marcos para a democratização da educação. Em seguida, como força
propulsora, surgiu a Lei nº 9.394/96, conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que comple-
mentou os princípios norteadores da gestão democrática, estabelecidos em seu artigo 14, o qual expressa:
Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação
básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (BRA-
SIL, 1996).
Segundo Lück (2009), a gestão escolar possui como objetivo final o de proporcionar a aprendizagem efetiva e
significativa ao aluno, desenvolvendo nele as habilidades que a sociedade demanda, as quais são demonstradas
na Figura 5.3.
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sociedade contemporânea
PENSAR
HABILIDADES CRIATIVAMENTE
DEMANDADAS
PELA SOCIEDADE
ANALISAR INFORMAÇÕES
CONTEMPORÂNEA E PROPOSIÇÕES ADVERSAS
DEMANDAS DA
SOCIEDADE
OUTRAS COMPETÊNCIAS
CONTEMPORÂNEA EXPRESSAR IDEIAS COM
NECESSÁRIAS PARA A PRÁTICA CLAREZA, TANTO ORALMENTE
DE CIDADANIA RESPONSÁVEL COMO POR ESCRITO
Legenda: Habilidades que devem ser desenvolvidas pela escola e que são demandadas pela sociedade contemporânea.
Fonte: <https://www.123rf.com/photo_58547355_infographic-circle-diagram-vector-banner-with-7-steps-parts-
-options-template-for-business-infographi.html?term=infographic%2Bseven%2Belements&vti=mfcyhuz2rw7gjvppkn>.
Tendo em vista uma sociedade cada dia mais exigente por habilidades técnicas, humanas e conceituais, exige-
-se que a escola da atualidade não seja apenas meramente reprodutora de informações, mas que proporcione
momentos para que seus estudantes construam conhecimentos e saibam aplicar esses conceitos no seu dia a
dia, convivendo de forma harmoniosa e proativa.
O texto da Carta Magna, citado anteriormente, representa uma orientação para todo o sistema de educação no
Brasil. No art. 12, incisos I a VII da LDB, constam as principais delegações referentes à gestão escolar, no que tange
às suas respectivas unidades de ensino.
Assim, os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a
incumbência de:
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
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A Figura 5.4 apresenta as dimensões de organização, que, como já foi dito, visam à preparação, à ordenação, às
condições materiais e financeiras, à sistematização e à retroalimentação do trabalho a ser realizado.
A dimensão “fundamentos e princípios da educação e da gestão escolar” remete aos pressupostos de que a
escola, através de sua gestão, deve se adequar para nortear sua prática.
Trata-se de questões do tipo:
Como se organiza o
processo educacional?
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Respondidas as questões da Figura 5.5, cabe uma organização do trabalho e realização de um planejamento a
fim de delinear objetivos a serem atingidos, esforço este que aponta para a dimensão “Planejamento e organiza-
ção do trabalho escolar”.
Há alguns tipos de planejamento utilizados pela escola. Um exemplo é o Projeto Político-Pedagógico (PPP), ins-
trumento balizador para o fazer educacional, o qual evidencia a prática pedagógica das escolas, dando direção à
gestão e às atividades educacionais pela explicitação de seu marco referencial.
Outro exemplo é o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), que trata de um plano estratégico em que se
define a natureza da escola, a sua missão, visão, valores, finalidades e objetivos gerais, estratégias de atuação,
além de seu plano de melhoria organizacional para promover a realização do PPP.
Há outros planejamentos, como o plano de ensino, planos de aula e, ainda, os que devem envolver todas as áreas
da escola. É necessário saber quais são os padrões mínimos de funcionamento da escola (o que envolve questões
infraestruturais, materiais, de equipamentos, dentre outras), ou seja, os insumos necessários à realização efetiva
das atividades escolares.
A dimensão “monitoramento de processos e avaliação institucional” representa duas faces de um processo. Rea-
lizados durante a implementação de um plano, exercem função supervisora, verificando se as ações do plano
estão sendo atingidas e em qual nível. O Quadro 5.3 diferencia o conceito de avaliação e de monitoramento.
Monitoramento Avaliação
Consiste no conjunto de ações organizadas, contínuas Consiste no conjunto de ações realizadas
e sistemáticas de observação, acompanhamento, paralelamente e ao cabo das ações educacionais
registro e análise dos processos de implementação de com o objetivo de verificar em que medida os
planos de ação e intervenções não planejadas. resultados pretendidos estão sendo alcançados.
Legenda: Especificidades dos conceitos de monitoramento e de avaliação, diferenciando-os.
Fonte: Adaptado de Lück (2009).
Por fim, a dimensão “gestão de resultados institucionais” abrange processos e práticas de gestão com vistas à
melhoria dos resultados de desempenho da escola (rendimento, frequência e proficiência dos alunos).
Essa dimensão é orientada por questões básicas que focalizam a atenção dos que os formulam, estabelecendo,
dessa forma, uma orientação para a realização do processo de gestão de resultados.
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São elas:
A escola está
cumprindo sua missão?
Essas e outras várias questões podem nortear os gestores nessa dimensão que visa a gerir os resultados da insti-
tuição escolar.
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Atualmente, com os progressivos graus de autonomia que a escola vem conquistando, há vários exemplos de
escolas públicas em todo o país que se gerenciam administrativa e financeiramente, independentemente da
Secretaria de Educação. Muitas delas recebem verba financeira, advinda de programas federais ou até muni-
cipais, e adquirem materiais e equipamentos, realizam pequenos reparos ou até ampliações. O que há bem
pouco tempo era centralizado nas secretarias municipais, a escola contemporânea consegue realizar de forma
menos burocrática.
Além das dimensões já contextualizadas, cabe acrescentar ainda a “gestão de cultura escolar” e a “gestão do coti-
diano escolar”. A primeira diz respeito ao estabelecimento de uma cultura de aprendizagem na qual estudantes,
professores, gestão e demais funcionários estejam envolvidos. Andando pelos corredores da escola, observando
rapidamente o comportamento dos discentes em sala, na hora do recreio e durante a merenda, é possível verifi-
car se a instituição possui essa cultura.
O trabalho dessa dimensão está presente nos detalhes das relações. Dessa forma, a gestão escolar possui papel
fundamental, pois esta é a liderança formal da instituição e principal responsável por conduzir as normas e valo-
res da organização. No entanto, a escola é composta por diversos sujeitos, e essa cultura só será estabelecida se
for aceita por todos que compõem a instituição escolar.
Por fim, a “gestão do cotidiano escolar” representa as ações diárias ou conjunto de práticas, relações e situações
que ocorrem diariamente, muitas vezes inesperadas, e que a gestão precisa gerenciar.
Lück (2009) destaca que essa dimensão pressupõe uma atuação no sentido de explicar os significados por
trás das falas, ações e omissões que ocorrem na escola, assim como das praticadas de forma recorrente em
seu interior, revelando as possibilidades de minimizar as contradições e discrepâncias entre o que acontece e
o que é proposto.
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Considerações finais
Aprendemos nesta unidade que:
• O termo gestão escolar emite uma mudança de paradigma na
organização escolar, pois as concepções organizativas da admi-
nistração não são excluídas das práticas de gestão.
• A organização e a gestão da escola correspondem à necessidade
de a instituição escolar possuir as condições e os meios para a rea-
lização de seus objetivos específicos.
• A gestão escolar consiste em gerir a dinâmica cultural da escola,
alinhada às diretrizes e políticas educacionais estabelecidas pelos
órgãos governamentais com o objetivo de efetivar o seu Projeto
Político-Pedagógico.
• As dimensões de implementação da organização escolar estão
relacionadas com o objetivo de promover mudanças e transfor-
mações no contexto escolar. Elas buscam a transformação das
práticas educativas, de forma a ampliar e melhorar o alcance
educacional. São elas: gestão democrática e participativa, gestão
de pessoas, gestão pedagógica, gestão administrativa, gestão de
cultura escolar e gestão do cotidiano escolar.
• As transformações vivenciadas pela sociedade, tais como a glo-
balização e a revolução tecnológica, afetam diretamente a área
da educação e têm exigido mudanças da escola e, consequente-
mente, de sua liderança: a gestão escolar.
• Apesar de em muitas situações as palavras “administrador esco-
lar” e “gestor escolar” serem utilizadas como sinônimos, há uma
ideologia que cada uma das simples terminologias carregam. No
âmbito dessa nova sociedade, “administração” remete a algo iso-
lado, individual, logo, não democrático. “Gestão” aponta para um
colegiado que analisa e decide coletivamente.
• Na nova reestruturação produtiva do capitalismo, o desafio
essencial da educação consiste na capacitação da mão de obra e
na requalificação dos trabalhadores para satisfazer as exigências
do sistema produtivo, formando, assim, o consumidor exigente e
sofisticado para um mercado diversificado.
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Referências bibliográficas
BRASIL. (Constituição 1988). Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 31 mai. 2017.
Bibliografia Complementar:
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