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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - CAMPUS XII


COLEGIADO DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ANA CAROLINA; ANDRESSA; BRUNO; CLAYTON; D’ARC; GRACIELE;


GRAZIELE

EDUCAÇÃO FÍSICA NO EGITO E REGIÕES

GUANAMBI- BA
2019
ANTIGO EGITO

Período histórico
A civilização egípcia se desenvolveu em volta do Rio Nilo, um oásis no meio do
deserto, que proporcionou a fixação do homem com a água e os solos férteis. A
história dessa civilização se divide em três períodos: o antigo império, médio império
e o novo império.
Inicialmente, o Egito foi habitado por povos que viviam em pequenas
comunidades independentes, os Nomos, que constituíam os reinos do Alto e do Baixo
Egito, por volta de 3200 a.C., os dois reinos foram unificados sob o comando do faraó
Menes. Os Três períodos seguintes a unificação foram:
O Antigo Império (3.200-2300 a.C.)
Durante esse período os faraós conquistaram grandes poderes religiosos
militares e administrativos. Quéops, Quefrén e Miquerinos, faraós da IV dinastia
tiveram grande destaque, sendo os mandantes da construção das principais
pirâmides.
O Estado era composto por enorme número de funcionários para administrá-lo.
Nos mais altos cargos estavam os administradores das províncias (nomos), os
supervisores de canais e planejadores de construções.
Por volta de 2400 a.C. houve uma série de revoltas lideradas pelos
administradores dos nomos com objetivo de enfraquecer o poder centralizador do
faraó, com isso o Egito entrou num período de declínio e guerra civil.
Médio Império (2160-1730 a.C.)
Representantes dos nobres de Tebas reuniram forças para acabar com as
revoltas, assim essa cidade acabou tornando-se a capital e dela surgiram os faraós
dos próximos séculos. Nesse período o Egito teve uma relativa estabilidade política,
crescimento econômico e conquistas territoriais.
Novo Império (1500-1085 a.C.)
Marcado por grande expansão militar. Usando técnicas militares dos hicsos
faraós organizaram exércitos permanentes, obtendo muitas conquistas, tais como:
proteção de seu território e novas obtenções de terras.
A organização social do Egito era formada por dois grandes grupos: Grupo dos
dominantes, compostos por nobres, sacerdotes e escribas; Grupo dos dominados,
artesãos, felás, escravos e camponeses. A economia era baseada na agricultura,
pecuária e comercio externo.
A vida no Egito era profundamente influenciada pela religião. Os egípcios eram
politeístas, davam grande atenção aos deuses e mortos. Acreditavam na vida após a
morte, onde ao morrerem, eram jugados por Osíris, podendo retornar aos seus corpos
se absorvidos, mas para isso precisavam que seus corpos fossem conservados, por
isso a mumificação. Durante o novo império, o faraó Amenófis IV tentou instaurar o
monoteísmo, instituindo o culto a Aton, simbolizado pelo disco solar. Tais reformas
tinham fundo político, pois faraó desejava diminuir o poder dos sacerdotes, se
tornando o supremo sacerdote.
O cotidiano dos egípcios era marcado por muitos fatores. Eles se divertiam com
jogos de azar, os jovens nobres preferiam caçar e pescar, mas os esportes eram os
mais populares, sendo eles:
1. Natação: Há poucos relatos acerca de esportes praticados no Nilo, mas a
autobiografia de Kheti II, em Assiut, do I Período Intermediário, mostra que fazia
parte da boa educação das crianças da elite aprenderem a nadar, e no próprio
mito da “Grande Contenda” há uma competição de nado entre Hórus e Seth
(Tyldesley 2007: 50). A natação, embora nunca tenham sido encontrados locais
específicos para sua prática, parece ser algo bastante conhecido, pois a língua
egípcia possui um determinativo para esse esporte.
2. Jogos com bola: As mulheres jovens também praticavam várias modalidades
esportivas, a atividade mais comum executada por elas com as bolas parece
ter sido o ato de lançá-las para que outra pessoa as pegasse. Ainda que o ato
de lançar e pegar bolas pareça algo simples, as egípcias possuíam diversas
possibilidades para esse lançamento, mesmo as mais acrobáticas. Já a
atividade masculina com bolas parece ter sido um jogo que incluía lançamento
e rebatida usando tacos.
3. Dança Acrobática: Ostraca de calcário da XIX dinastia (1307 a.C. - 1196 a.C.),
proveniente de Deir el-Medina, mostra o esboço de uma dançarina acrobática.
Seu corpo está curvado para trás até que as mãos toquem o solo, revelando
flexibilidade corporal. Esse é um dos exercícios mais praticados atualmente.
4. Atletismo: As representações e textos referentes a atividades que hoje
classificaríamos como atletismo, tais como corrida e salto, no que concerne ao
Egito antigo, parecem ser uma das facetas da formação militar, assim como
uma forma de demonstração do poder real. A corrida parece ter sido um
importante aspecto da formação militar. Os corredores percorriam o deserto
para entregar mensagens e as cenas parietais de Amarna mostram corredores,
como guarda-costas, ao lado dos carros reais. A prática do salto também
parece ter existido, mas não como competição, mas como um jogo infantil,
conhecido nos países árabes atualmente como khazza iawizza, em que duas
pessoas ficavam uma de frente para a outra com braços e pernas estendidas,
e uma terceira deveria pular sobre os braços das primeiras.
5. Artes marciais: As representações de luta são correntes no registro
arqueológico egípcio, tanto como representações parietais encontradas nas
mastabas do Médio Império de Beni Hassan quanto em modelos
tridimensionais, tais como estatuetas de lutadores. Cenas com boxeadores em
posição de desferir socos no adversário, o qual, por sua vez, se defende, são
mostradas em tumbas de Saqqara. Os Faraós e príncipes assistem a disputa,
o que indica que já se tratava de uma competição organizada. Além disso, pelas
imagens deixadas pelos egípcios antigos, podemos identificar diferentes tipos
de combate: uma espécie de luta livre, com uso dos membros superiores e
inferiores; combate com espadas; e combate com bastões.

A prática desses esportes era muito importante no Egito antigo, para o


governante enaltecer suas habilidades físicas, pois a saúde do faraó é um duplo
representativo da saúde do Estado. Esse padrão de associação das aptidões físicas
do rei com seu vigor político e do país está presente desde ao menos o Antigo Império,
momento em que os reis deviam realizar performances atléticas, tais como a corrida,
diante de um público constituído pela elite egípcia, demonstrando assim suas
habilidades para governar as duas terras. Também era utilizado como treinamento
militar, para aprimorar o condicionamento físico de seus praticantes, tais como a força
física, a resistência muscular, flexibilidade e velocidade. Constituindo assim um corpo
apto para defender o Estado.
REFERÊNCIAS
Rolland, C. A. G. Atividades físicas egípcias antigas: jogos, treinamento militar e a
força real. [Internet]. 2017 [cited 2019 set 04]. Disponível em: Revistas USP
file:///C:/Users/User/Downloads/140723-Article%20Text-334851-1-10-20190220.pdf

Os esportes. [Internet]. 2017 [ cited 2019 set 04]. Disponível em:


https://www.fascinioegito.sh06.com/anidomes.htm

Vargas, F. F. G. R. Egito antigo. [Internet]. [cited 2019 set 04]. Disponível em:
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/historia/egito-antigo.htm

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