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No início, os egípcios viviam em aldeias que disputavam entre si as terras férteis nas margens do rio Nilo.
As mais fortes conquistavam as mais fracas e cresciam até formarem províncias chamadas nomos.
Os nomos eram governados pelos nomarcas e também guerreavam entre si.
Dessas guerras surgiram dois reinos: Baixo Egito e Alto Egito.
Em 3200 AC, Menés, rei do Alto Egito, conquistou o Baixo Egito e unificou os dois reinos num império, tornando-se o primeiro faraó.
A história do Egito é dividida em três “idades de ouro”: Antigo Império, Médio Império e Novo Império.
Características do Antigo Império (2700 AC – 2200 AC):
- Capital localizada em Mênfis;
- Conquista da Arábia, Líbia e Núbia;
- Construção das pirâmides de Gizé;
- Construção de canais de irrigação;
- Estabilidade política e econômica;
- Isolamento dos demais povos;
Crises internas puseram fim ao crescimento que marcou o Antigo Império.
Características do Médio Império (2050 AC – 1650 AC):
- Capital localizada em Tebas;
- Centralização do poder;
- Conquista da Núbia, Palestina e Sudão;
- Construção de grandes palácios, santuários (Karnak) e tumbas (Vale dos Reis);
- Formação de um exército profissional;
- Prosperidade econômica devida ao comércio marítimo.
Crises internas enfraqueceram o Egito e facilitaram sua conquista pelos hicsos, povo nômade de pastores que utilizava a biga.
Características do Novo Império (1550 AC – 1050 AC):
- Capital localizada em Tebas;
- Conquista da Síria;
- Constante estado de guerra;
- Crescimento territorial atinge seu auge com Tutemés III.
- Expansionismo de precaução;
- Fortalecimento do exército.
O Egito torna-se a maior potência do Mediterrâneo, mas crises internas e invasões estrangeiras, como a dos Povos do Mar, enfraquecem-no.
Com o fim do Novo Império, o Egito será dominado por assírios, persas, macedônios, romanos e árabes.
A religião era o centro da vida dos egípcios, que acreditavam num deus supremo, Amon.
Amon era inescrutável e por isso eles adoravam um panteão de deuses menores que personificavam as forças da natureza.
O mundo era visto como uma arena onde a ordem (maat) e o caos (isfet) enfrentavam-se eternamente.
O sol, associado aos deuses Hórus e Rá, era considerado o símbolo máximo da ordem.
A vida terrena era vista como uma preparação para a vida eterna.
Após a morte, a alma era levada pelo deus Anúbis ao submundo (duat), onde era julgada pelo deus Osíris, que pesava seu coração numa balança.
A alma que possuísse um coração leve, típico dos aliados de maat, era recebida na morada dos deuses.
A alma que possuísse um coração pesado, típico dos aliados de isfet, era devorada por Ammit, quimera de crocodilo, hipopótamo e leão.
Muitos animais eram considerados sagrados, mas especialmente os gatos, que eram mumificados para acompanharem seus donos na vida eterna.
Mumificação é o processo pelo qual um cadáver tem sua pele e seus órgãos preservados da decomposição.
Ela foi aperfeiçoada pelos egípcios, mas já existe desde o início da humanidade.
Eles acreditavam que os mortos precisavam ter seu corpo preservado para viverem eternamente.
Os órgãos mais importantes (estômago, fígado, intestinos e pulmões) eram guardados em quatro jarros canópicos.
O coração era mantido para ser pesado por Osíris.
Vários ingredientes eram utilizados para preservar os cadáveres, incluindo alcatrão, mel e ouro.
As múmias de mais prestígio eram depositadas em sarcófagos, caixões em forma humana ricamente decorados.
O faraó era o rei do Egito e seu poder era absoluto.
Líder na política e na religião, era dono de todas as riquezas do império e era considerado filho de Hórus.
Como representante dos deuses, sua missão principal era defender maat dos ataques de isfet.
Uma forma de fazer isso era liderando o exército, tanto na luta contra povos inimigos, quanto na conquista de novos territórios.
O faraó era considerado um deus e após sua morte passava a integrar o panteão egípcio.
As pirâmides de Gizé foram projetadas pelo arquiteto Imhotep e construídas na margem oeste do Nilo.
Os egípcios associavam tal lugar ao submundo, pois é ali onde o sol “morre”, isto é, se põe.
Elas pertencem aos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, da Quarta Dinastia (2613-2494 AC).
São grandes túmulos onde estão sepultados cada faraó, além de suas famílias, servidores e animais.
Guardando as pirâmides está a Esfinge, quimera de águia, homem e leão.
Acredita-se que a Esfinge foi construída por volta de 2500 AC, mas estudos recentes mostram que ela pode ser muito mais antiga.