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RESUMO
O presente trabalho se delineia sobre o tema da gestão educacional. Seu objetivo foi elucidar o
papel e importância da gestão democrática dentro de uma instituição de ensino no período da
pós-pandemia. Para tanto a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, com
abordagem qualitativa e descritiva, através de conteúdos já pesquisados e publicados nos
bancos de dados online e em materiais impressos, tais como livros específicos. Enquanto
resultados foi possível destacar a partir da literatura, as mais variadas atribuições, o que
permite o uso da terminologia de ‘papéis’. Esses são de fundamental importância, uma vez que,
na pessoa do gestor dão organicidade e efetividade aos projetos e ações pedagógicas dentro e
fora da escola. Foi possível identificar categorias de papeis administrativos, pedagógicos e
sociais/culturais. Na primeira identificou-se todos os papeis relacionados aos aspectos
administração, finanças e coordenação ao nível operacional dentro da instituição. Nos aspectos
pedagógicos, os papeis condizem com a necessidade de acompanhamento, avaliação e
desenvolvimento de projetos e ações voltadas para a qualidade da educação, ao ambiente
agradável, atenção especial às relações professor-aluno e sua respectiva aprendizagem. Já no
último aspecto, reúne todos os papeis condizentes à motivação e oportunidade da participação
de todos os profissionais, pais e comunidade escolar como um todo, nas decisões, debates,
reflexões e ações a serem tomadas. Portanto, conclui-se com esse estudo que, a gestão
educacional assume uma posição de extrema importância para o bom funcionamento da
instituição, para a solução adequada dos conflitos, para assegurar o diálogo e o trabalho
interdisciplinar, bem como para garantir uma educação de qualidade e na efetividade da função
social da escola, no contexto no qual está inserida, principalmente em um contexto de
fragilização, descaso político da educação no período pós-pandemia.
INTRODUÇÃO
GESTÃO DEMOCRÁTICA
Dessa forma, Libâneo (2004) descreve uma série de papéis atribuídos ao gestor.
Para o autor, a gestão de define enquanto um conjunto de ações, por meio das quais
são utilizados todos os meios e procedimentos, envolvendo os aspectos gerenciais e
técnico-administrativos para alcançar os objetivos propostos pela instituição.
A qualidade da educação está diretamente relacionada à capacidade de cada
profissional que atua na instituição. Desse modo, a preparação e a capacidade com que
cada um atua, juntamente com uma coordenação efetiva por parte do gestor, garante a
formação humana, o desenvolvimento de atitudes, habilidades e saberes, que vem de
encontro com a supressão e o enfrentamento dos mais diversos desafios que se
estabelecem na escola na atualidade (LÜCK, 2013).
Para o autor ainda, as competências de um determinado profissional podem ser
compreendidas a partir de duas perspectivas: a competência da função e a
competência pessoal. Na primeira, o autor destaca que, se configura enquanto um
conjunto de padrões mínimos exigidos, de maneira que uma determinada função seja
desempenhada com responsabilidade. Já enquanto competências pessoais, essas se
configuram enquanto a capacidade do indivíduo de executar a função ou a
responsabilidade atribuída.
Ao abordar os papeis do gestor, numa instituição de ensino, torna-se uma
necessidade a formação específica e continuada, de modo que esse aprimore as suas
competências. Essas por sua vez, no papel do gestor, de promover a organização,
garantir a participação nos mais diversos segmentos da escola, bem como articular os
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instituição de ensino, também carece de uma gestão adequada para concretizar o seu
papel na sociedade. Dessa forma o gestor possui um papel de extrema importância, na
medida em que, junto a equipe e à comunidade escolar, coordena e viabiliza os
projetos pedagógicos, possibilitando assim a busca pela qualidade da educação
fornecida.
Para Paro (2006) a gestão escolar não é realizada unicamente por uma pessoa
somente. No entanto essa é concebida enquanto esforço de um grupo de pessoas que
estão intrinsicamente relacionadas com a educação e mais propriamente com a
instituição escolar. Contudo, o autor ressalta que a palavra final é dada pela pessoa do
diretor, uma vez que este responde pelos aspectos legais e é responsável primeiro pela
ordem, controle e supervisão das atividades desenvolvidas.
A escola é uma instituição que objetiva em primeiro lugar a formação integral do
ser humano. Dessa forma, a sua atuação recai sobre o aluno e a busca pela qualidade
da intervenção sobre o mesmo. Ou seja, a busca pela qualidade do ensino e
aprendizagem. Esse é o maio objetivo de uma instituição escolar e deve ser a primeira
meta a ser alcançada através da sua intervenção, atuação (PARO, 2006).
Nesse sentido, Paro (2006) ainda chama a atenção sobre o público-alvo desse
objetivo – o aluno. Para o autor, qualquer instituição de bens de consumo, atua sobre a
matéria prima através do processo de transformação padronizada para a obtenção do
produto final. No contexto escola, essa compreensão é diferente, uma vez que a
matéria prima é o próprio estudante – um ser humano, com suas peculiaridades
próprias e sua própria realidade social e cultural.
Meneses (1998) destaca que o gestor assume o papel de autoridade escolar e
educador. O primeiro aspecto se remete as questões legais nos quais a escola se
insere e no qual o diretor é o representante legal e a personificação da instituição. Já
nos aspectos de educador, cabe a gestor conhecer as técnicas, conteúdos e
metodologias empregadas pelos seus professores, a ele diretamente subordinados.
Portanto, o gestor escolar, mesmo atuando em qualquer dos modelos descritos
por Meneses (1998), deve possuir um profundo conhecimento em administração
escolar e mais propriamente o conhecimento sobre as leis e diretrizes que coordenam a
educação. Para tanto, nos aspectos dos planos estudo, torna-se necessário que este
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Desafios Pós-Pandemia
as pessoas, o ambiente onde vivem, a família, os auxiliares e o entorno, pois esse faz
com que o trabalho tenha um pouco mais de flexibilidade e qualidade em administrar
parte do todo ou de tudo uma parte (SILVA, 2021).
Amorim e Oliveira (2021) destacam que além da intensificação das
desigualdades estruturais, a reforma neoliberal das políticas públicas sociais,
implementada a partir de 2016, trouxe retrocessos profundos para a educação. Em
plena pandemia provocada pela Covid-19, o retrocesso educacional relacionado ao
direito à educação da classe trabalhadora tem se intensificado, excluindo do processo
educativo os estudantes que, por motivos econômicos, não têm acesso às tecnologias
digitais e à internet.
Nesse cenário, a gestão escolar democrática precisa assegurar o
desenvolvimento socioeducacional eficiente e a excelência do ensino ofertado aos
estudantes, e tem como princípio a participação de toda a comunidade escolar na
gestão da instituição de ensino. Ainda, é necessário o trabalho em equipe, colaborativo
e integrador, com base na construção de uma escola aberta às diferenças, onde todos
vivenciem experiências democráticas, buscando que o educando tenha acesso à
educação de qualidade e conhecimento sobre seus direitos e deveres (AMORIM;
OLIVEIRA, 2021).
Para Oliveira, Sousa e Silva (2021) mesmo diante dos desafios a serem
enfrentados, pela gestão e por todo o ensino público, os gestores têm um papel
significativo em liderar esse momento, juntamente, com apoio do poder público. É
importante salientar a relevância dos gestores em passar confiança, livrando-se do
medo, frustração para estimular aos demais a encarar esses desafios com otimismo. A
gestão no ambiente escolar deve ser democrática e participativa, contando com o apoio
de todos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.
Luna e Andrade (2021) destacam que, compreende-se que a prospecção de
eventuais cenários no campo educacional pós-pandemia é deveras desafiadora.
Todavia, o domínio de novas tecnologias educacionais em contextos de aprendizagem
remota, o ensino híbrido, a educação a distância, a inteligência artificial aplicada à
educação, a gamificação, a inteligência de dados, e tantos outros elementos passaram
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CONCLUSÃO
convivência com seus filhos na escola. O gestor, por meio de sua contribuição, tem
grande influência na eficácia desses programas e na eficácia dos programas de ensino
para garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de uma educação de
qualidade.
Nesse contexto pós-pandemia, mudanças importantes estão ocorrendo na
relação entre humanos, máquinas e tecnologia, com grandes implicações para todo o
contexto educacional. É preciso observá-los, investigá-los, analisá-los, estudá-los,
compreendê-los. Sem dúvida, este é um momento oportuno e inspirador para ampliar a
reflexão e a pesquisa nos mais amplos campos do conhecimento, aliando o poder da
teoria científica ao pragmatismo da realidade para construir novas perspectivas e
conhecimentos, além de descobertas inestimáveis.
Portanto, este estudo apresenta algumas limitações em esclarecer as leis e
formações que regem esses papéis. Essas limitações são intencionais, pois o objetivo
não se estende a ambos. É, no entanto, que outros estudos sobre o tema dos atributos
do gestor de uma instituição de ensino são sugeridos em termos dos atributos legais
que lhe são conferidos e sua relação com a formação necessária ou desejada.
REFERÊNCIAS
AMORIM, Elaine Heloisa de; OLIVEIRA, Jussara de Fátima Alves Campos. Gestão
escolar democrática em tempos de pandemia. Trabalho de Conclusão de Curso.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, 2021.
LUNA, Maria José de Matos; ANDRADE, Marcelo Bernardo de. Gestão pedagógica e
direitos humanos no contexto educacional (pós-) pandêmico. Revista Espaço
Acadêmico, v. 20, p. 75-86, 2021.
PARO, V.H. Administração Escolar: Introdução Crítica. São Paulo: Cortez, 2006.
PERES, Maria Regina. Novos desafios da gestão escolar e de sala de aula em tempos
de pandemia. Revista de Administração Educacional, v. 11, n. 1, p. 20-31, 2020.