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Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


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Instruções
Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo
de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

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Arquivos Termos comuns Similaridade


DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 196 1,10
0811.doc X
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1718/Farias_Cristi
na_Helena_Bento.pdf
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 114 0,99
0811.doc X
https://pedagogiaconcursos.com/conhecimentos-
pedagogicos/libaneo-jose-carlos-didatica
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 85 0,83
0811.doc X
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/estudoprofessor.pdf
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 180 0,76
0811.doc X
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/6972/FARIAS%2C
CRISTINA HELENA BENTO.pdf?sequence=1
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 39 0,60
0811.doc X
https://blog.convenia.com.br/competencias-profissionais
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 49 0,49
0811.doc X
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/58792/R - E -
ELLEN CRISTINA FARIAS DA SILVA.pdf?sequence=1
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 21 0,42
0811.doc X
https://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/128
25
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 18 0,38
0811.doc X
https://www.infoescola.com/pedagogia/o-papel-da-escola-
segundo-a-concepcao-de-libaneo
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 11 0,25
0811.doc X
https://repositorio.ufsm.br/handle/1/31/browse?value=Farias%2
C+Cristina+Helena+Bento&type=author
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 0 0,00
0811.doc X
http://www.google.com.br/url?esrc=s
Arquivos com problema de download
https://www.passeidireto.com/arquivo/77461536/farias-cristina- Não foi possível baixar o arquivo. É
helena-bento recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - 30
http://revista.ibc.gov.br/index.php/BC/article/view/444 Não foi possível baixar o arquivo. É
recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - Connection
refused: connect

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https://www.jusbrasil.com.br/processos/nome/32527683/cristina Não foi possível baixar o arquivo. É


-helena-bento-farias recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - Erro: Parece
que o documento não existe ou não pode
ser acessado. HTTP response code: 403 -
Server returned HTTP response code:
403 for URL:
https://www.jusbrasil.com.br/processos/no
me/32527683/cristina-helena-bento-farias

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Arquivo 1: DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Arquivo 2: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1718/Farias_Cristina_Helena_Bento.pdf (13958
termos)
Termos comuns: 196
Similaridade: 1,10%
O texto abaixo é o conteúdo do documento DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS
PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1718/Farias_Cristina_Helena_Bento.pdf (13958 termos)

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DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA
Autor

RESUMO- O presente trabalho se delineia sobre o tema da gestão educacional. Seu objetivo foi elucidar o
papel e importância da gestão democrática dentro de uma instituição de ensino no período da pós-
pandemia. Para tanto a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa e
descritiva, através de conteúdos já pesquisados e publicados nos bancos de dados online e em materiais
impressos, tais como livros específicos. Enquanto resultados foi possível destacar a partir da literatura, as
mais variadas atribuições, o que permite o uso da terminologia de ?papéis?. Esses são de fundamental
importância, uma vez que, na pessoa do gestor dão organicidade e efetividade aos projetos e ações
pedagógicas dentro e fora da escola. Foi possível identificar categorias de papeis administrativos,
pedagógicos e sociais/culturais. Na primeira identificou-se todos os papeis relacionados aos aspectos
administração, finanças e coordenação ao nível operacional dentro da instituição. Nos aspectos
pedagógicos, os papeis condizem com a necessidade de acompanhamento, avaliação e desenvolvimento
de projetos e ações voltadas para a qualidade da educação, ao ambiente agradável, atenção especial às
relações professor-aluno e sua respectiva aprendizagem. Já no último aspecto, reúne todos os papeis
condizentes à motivação e oportunidade da participação de todos os profissionais, pais e comunidade
escolar como um todo, nas decisões, debates, reflexões e ações a serem tomadas. Portanto, conclui-se
com esse estudo que, a gestão educacional assume uma posição de extrema importância para o bom
funcionamento da instituição, para a solução adequada dos conflitos, para assegurar o diálogo e o trabalho
interdisciplinar, bem como para garantir uma educação de qualidade e na efetividade da função social da
escola, no contexto no qual está inserida, principalmente em um contexto de fragilização, descaso político
da educação no período pós-pandemia.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Papel. Escola. Educação. Administração. Pós-Pandemia.

INTRODUÇÃO
O presente estudo se delineia sobre o tema gestão educacional. Nesse sentido, articula as mais variadas
funções e atribuições do gestor de uma instituição de ensino, a responsabilidade das ações concretizadas
e a articulação teórica e prática nos mais diversos níveis administrativos dentro da escola.

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Dessa forma, tendo como referencial a nossa realidade educacional e os novos desafios advindos com a
pandemia e pós pandemia, juntamente ao compromisso da obtenção de melhorias de ensino, tivemos
neste artigo o objetivo de refletir e analisar a atual realidade da gestão escolar e da gestão da sala de aula
, visando propor alternativas a serem consideradas nesse novo contexto socioeducacional.
Possui enquanto objetivo principal, elucidar o papel e importância da gestão democrática dentro de uma
instituição de ensino no período da pós-pandemia. A partir disso, busca conhecer esses papéis e as
respectivas influências que esses exercem no processo administrativo, analisar as competências técnicas
e pessoais necessários ao gestor, no cumprimento de suas respectivas funções e descrever e articular os
desafios na execução desses papéis no período pós-pandemia.
Para tanto propõe-se a responder ao questionamento inicial: Quais são os papéis e qual a importância da
gestão educacional?
A elucidação desses papéis é de fundamental relevância, uma vez que os mesmos possuem relação
direta com a qualidade da educação efetivada na instituição. Dessa forma, contribui significativamente
para ajustar as melhorias necessárias, identificar possíveis falhas e acentuar a participação da
comunidade escolar. Outro sim, a elucidação desses papeis favorece aos profissionais da educação na
medida em que encontram respaldo e apoio em seu trabalho.
Para alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho se caracteriza enquanto uma pesquisa
bibliográfica, descritiva e qualitativa. Busca articular a literatura já publicada através dos principais teóricos
que discorrem sobre a temática. O presente estudo está configurado em duas principais partes: a primeira
delineando a gestão educacional enquanto atribuições, a importância e a responsabilidade da mesma. Já
na segunda parte, buscou-se relacionar os aspectos da gestão sob o olhar da liderança, abordando os
componentes técnicos e comportamentais necessários ao gestor.

2 GESTÃO DEMOCRÁTICA

2.1 Gestão democrática: princípios, responsabilidades e importância

O gestor se constitui enquanto uma função de extrema importância dentro de uma instituição de ensino.
Compreendendo-se na atualidade a necessidade do desenvolvimento de uma escola democrática, a qual
efetivamente corresponde ao desejo de desenvolver uma educação de qualidade e a real aprendizagem
de seus alunos. Nesse aspecto Lück (2013) contribui ao destacar que o gestor assume o papel de garantir
o clima e a cultura organizacional dentro da instituição.
Para Lück (2013) o principal papel do gestor de uma instituição de ensino seria a liderança. Nesse sentido
, expressa que, as atribuições de coordenação e de orientação dos mais variados projetos e ações dentro
da escola, requerem competências profissionais muito além das exigidas para o docente e
consequentemente sua atuação requer habilidades maiores que os exigidos dentro de uma sala de aula.
Segundo Faias (2007), a gestão escolar envolve muitas questões, de modo que a administração passa a
ser uma ?dimensão gerencial?. Entre outras coisas, a participação coletiva, a democratização das escolas
, o currículo, os programas instrucionais e muitos outros elementos que compõem a prática escolar fazem
parte da gestão escolar. Essa realidade dinâmica pressupõe movimento, interação de ideias, formas de
organização, por isso deve ser "naturalmente conflitante", questão que me chamou a atenção o tempo
todo.
Para Oliveira (2008, p.64) ?Novas formas de organização e controle do sistema de ensino vem resultando
em mudanças nas relações de trabalho na escola [...]?. Compreende-se que, o papel exigido para a

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atuação enquanto gestor requerem habilidade e competências administrativas, financeiras e humanas.


Dessa forma, torna-se necessário para o gestor, possui conhecimentos sobre a legislação que lhe
assegura essa função, bem como a formação acadêmica necessária para o cargo.
De acordo com Lück (2013) a formação do gestor possui influências direta sobre o seu desempenho e
seus resultados poderão ser positivos ou negativos em termos de qualidade e efetividade. Ressalta ainda
que, a formação deve perpassar a necessidade de fazer da escola. Dessa forma, necessita levar em
considerações as atribuições sociais e culturais no qual a escola está inserida e ao mesmo tempo
necessita atuar, enquanto função social.
Na perspectiva administrativa, o papel do gestor é garantir uma gestão democrática e participativa. Dessa
forma exige-se do mesmo, habilidades profissionais e pessoais para coordenar as discussões, os debates
, promover e estimular a participação de todos os integrantes da escola, bem como de toda a comunidade
escolar, nas decisões e planejamentos das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
Garantindo assim, resultados positivos no desenvolvimento de uma educação autônoma, participativa e
democrática (SAMPAIO, 2004).
A educação é um conjunto de ações pedagógicas que, que por sua intervém no processo de formação dos
indivíduos de uma forma integral. Para tanto, é necessária uma integração com o contexto social e
histórico no qual a escola se conceitua. Para isso, torna-se necessário um conjunto de ações pedagógicas
devidamente organizadas e coordenadas. Essa coordenação, portanto, atribui-se a uma administração
escolar efetiva, ou seja, enquanto responsabilidade do gestor educacional (SAMPAIO, 2004).
Para Libâneo (2004), no entanto, a administração escolar se associada à variados modelos. Esses, cada
qual possui as suas concepções baseadas no momento histórico no qual foram desenvolvidos. Um dos
modelos citado pelo autor é o da Qualidade total, enquanto método e técnica de gerenciamento escolar.
Outra concepção descrita pelo autor é a gestão democrática. Nessa, compreende os alunos, os
professores e todos os funcionários da escola enquanto membros participantes do processo de
gerenciamento tomados de decisões e aplicações das ações. O autor destaca que, na concepção
democrática, esses profissionais não são mais meros objetos, mas sim, coautores no processo gerencial e
educacional da escola.
As relações interpessoais são o foco da gestão escolar. É necessário um espaço para refletir com
professores e alunos sobre os tipos de relações que vivenciam dentro da escola. Se estão contribuindo
para a construção de escolas democráticas, ou se estão sendo disfarçados em nome da chamada
autonomia escolar (FARIAS, 2007).
Cabe, portanto, dentro dessa perspectiva, o papel do gestor de compreender e partilhar dessa visão
administrativa. Torna-se necessário, o gestor assumir a responsabilidade de motivar, apoiar e incentivar a
participação de todos os profissionais, pais e comunidade escolar na participação da gestão. Dessa forma
, abrindo espaço para, tais como reuniões, espaços na escola, onde a comunidade possa se fazer
presente, conciliando os melhores horários que favorece a participação dos pais e comunidade, bem como
favorecer o diálogo e a escuta.
Para Martins (2008) o gestor desempenha o papel de articulador das mais diversas esferas da escola.
Para o autor, o gestor necessita conhecer todo o sistema escolar no qual atuam, possuir conhecimentos
sobre as políticas educacionais, as diretrizes legais, habilidade e conhecimento sobre a relação entre a
escola e a sociedade, a função social que a escola assume, o conhecimento sobre o funcionamento
interno da instituição, as formas de gestão, os métodos de ensino e as relações estabelecidas entre o
professor e o aluno.

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2.2 Principais competências necessárias

Dessa forma, Libâneo (2004) descreve uma série de papéis atribuídos ao gestor. Para o autor, a gestão de
define enquanto um conjunto de ações, por meio das quais são utilizados todos os meios e procedimentos
, envolvendo os aspectos gerenciais e técnico-administrativos para alcançar os objetivos propostos pela
instituição.
A qualidade da educação está diretamente relacionada à capacidade de cada profissional que atua na
instituição. Desse modo, a preparação e a capacidade com que cada um atua, juntamente com uma
coordenação efetiva por parte do gestor, garante a formação humana, o desenvolvimento de atitudes,
habilidades e saberes, que vem de encontro com a supressão e o enfrentamento dos mais diversos
desafios que se estabelecem na escola na atualidade (LÜCK, 2013).
Para o autor ainda, as competências de um determinado profissional podem ser compreendidas a partir de
duas perspectivas: a competência da função e a competência pessoal. Na primeira, o autor destaca que,
se configura enquanto um conjunto de padrões mínimos exigidos, de maneira que uma determinada
função seja desempenhada com responsabilidade. Já enquanto competências pessoais, essas se
configuram enquanto a capacidade do indivíduo de executar a função ou a responsabilidade atribuída.
Ao abordar os papeis do gestor, numa instituição de ensino, torna-se uma necessidade a formação
específica e continuada, de modo que esse aprimore as suas competências. Essas por sua vez, no papel
do gestor, de promover a organização, garantir a participação nos mais diversos segmentos da escola,
bem como articular os recursos financeiros e materiais, com o objetivo principal de desenvolver, aprimorar
e qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com o autor, a instituição escolar estabelece enquanto objetivo principal garantir o processo de
ensino e aprendizagem, garantindo assim uma educação de qualidade. Diante disso, o gestor assume o
papel de supervisionar e responder a todas as questões relativas aos projetos pedagógicos,
administrativos, bem como na sua relação com os pais e a comunidade local. Além disso, também, nas
mais variadas atividades desempenhadas na sociedade civil.
Ainda para o autor, outro papel fundamental do gestor é assegurar o patrimônio físico da instituição. Nesse
sentido, cabe ao gestor a supervisão, acompanhamento e solicitude no que se refere ao cuidado e
manutenção do espaço físico, dos materiais escolares, garantindo assim boas condições de trabalho dos
profissionais e espaço favorável ao desenvolvimento da aprendizagem dos seus alunos.
Outro papel atribuído ao gestor é a articulação entre o conhecimento e a sociedade. Dessa forma,
promover e articular a integração entre professores, alunos, pais e comunidade local. Para Libâneo (2004)
essa integração pode ser articulada através de atividades científicas, culturais, esportivas e pedagógicas.
Para o autor ainda, também constitui enquanto papel do gestor a coordenação administrativa e burocrática
da escola. Entre essas, destaca a responsabilidade referente a documentação, processos, normas
disciplinares, penalizações, emitir informações precisas e pontuais, estabelecimento de regimentos,
cronogramas e horários, bem como estabelecer controle sobre a as finanças e articulações com os
respectivos conselhos incrementados na instituição.
Para Libâneo (2004) ainda compete enquanto papel do gestor da instituição escolar, a forte articulação
com a educação desenvolvida em sala de aula. Dessa forma, ressalta a importância de acompanhamento
dos projetos pedagógicos, a produtividade dos professores em sala de aula, o gerenciamento das
dificuldades e desafios, estruturação do currículo escolar e o suporte pedagógico e emocional aos alunos,
professores e pais.
A gestão hoje é concebida enquanto um aspecto primordial para o bom funcionamento de qualquer

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instituição. Dessa maneira a escola, enquanto uma instituição de ensino, também carece de uma gestão
adequada para concretizar o seu papel na sociedade. Dessa forma o gestor possui um papel de extrema
importância, na medida em que, junto a equipe e à comunidade escolar, coordena e viabiliza os projetos
pedagógicos, possibilitando assim a busca pela qualidade da educação fornecida.
Para Paro (2006) a gestão escolar não é realizada unicamente por uma pessoa somente. No entanto essa
é concebida enquanto esforço de um grupo de pessoas que estão intrinsicamente relacionadas com a
educação e mais propriamente com a instituição escolar. Contudo, o autor ressalta que a palavra final é
dada pela pessoa do diretor, uma vez que este responde pelos aspectos legais e é responsável primeiro
pela ordem, controle e supervisão das atividades desenvolvidas.
A escola é uma instituição que objetiva em primeiro lugar a formação integral do ser humano. Dessa forma
, a sua atuação recai sobre o aluno e a busca pela qualidade da intervenção sobre o mesmo. Ou seja, a
busca pela qualidade do ensino e aprendizagem. Esse é o maio objetivo de uma instituição escolar e deve
ser a primeira meta a ser alcançada através da sua intervenção, atuação (PARO, 2006).
Nesse sentido, Paro (2006) ainda chama a atenção sobre o público-alvo desse objetivo ? o aluno. Para o
autor, qualquer instituição de bens de consumo, atua sobre a matéria prima através do processo de
transformação padronizada para a obtenção do produto final. No contexto escola, essa compreensão é
diferente, uma vez que a matéria prima é o próprio estudante ? um ser humano, com suas peculiaridades
próprias e sua própria realidade social e cultural.
Meneses (1998) destaca que o gestor assume o papel de autoridade escolar e educador. O primeiro
aspecto se remete as questões legais nos quais a escola se insere e no qual o diretor é o representante
legal e a personificação da instituição. Já nos aspectos de educador, cabe a gestor conhecer as técnicas,
conteúdos e metodologias empregadas pelos seus professores, a ele diretamente subordinados.
Portanto, o gestor escolar, mesmo atuando em qualquer dos modelos descritos por Meneses (1998), deve
possuir um profundo conhecimento em administração escolar e mais propriamente o conhecimento sobre
as leis e diretrizes que coordenam a educação. Para tanto, nos aspectos dos planos estudo, torna-se
necessário que este conheça a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) (Lei Federal nº9394/96); as Constituições
Federal e Estadual; o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8069/90); a Lei Orgânica do
Município na qual a sua instituição escolar está inserida; os Conselhos: Nacionais, Estadual e Municipal de
Educação; o Regimento Escolar; a Proposta Político-Pedagógica da escola em que estiver atuando
(LUCK, 2013).

2.3 Desafios Pós-Pandemia

Os autores Amorim e Oliveira (2021) destacam que gerir os desafios que surgiram em decorrência da
pandemia da covid-19 em ambiente educacional, foi e é um papel estratégico do gestor educacional em
conjunto com a comunidade escolar. Associar a tecnologia, os recursos materiais e de pessoal para
cumprir metas, desenvolver a educação fora do ambiente escolar democraticamente e com a intenção de
não acentuar ainda mais as desigualdades, que já é tão presente no cotidiano escolar, é um importante
passo para desenvolver a autonomia dos estudantes, colocar a comunidade educativa a par das
dificuldades da escola e fazer com que a família se faça presente na vida estudantil dos estudantes.
a relevância de uma gestão democrática, participativa e colaborativa torna-se ainda mais necessária no
momento de pandemia, considerando a escola como um centro de direitos e deveres, é crucial o contínuo
funcionamento escolar. Contudo, o gestor precisa criar estratégias capazes de oferecer suportes aos
alunos, responsáveis, professores e funcionários, sem prejudicar o processo educativo e sem riscos à

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saúde destes sujeitos (ARAÚJO; MENEZES; VASCONCELOS, 2021).


Para Basso e Pierozan (2021) pensar o retorno do ensino presencial foi outra medida que exigiu dos
gestores planejamentos e organizações nunca antes efetuados. Aqui novamente as condições para a
infância, chamam a atenção. A volta precisa respeitar os cuidados com a saúde, mas também, considerar
as relações afetivas e sociais. Os gestores assim, precisam também estender sua atenção para propor
que este momento seja tranquilo e acolhedor, em que toda a comunidade escolar esteja unida com o
mesmo propósito. Afinal, se o afastamento trouxe temores e incertezas, o retorno traz consigo reflexos de
perdas, angústias e medos, e que necessita da compreensão de todo o grupo envolvido com a
escolarização.
Peres (2021) destaca que, uma das maiores preocupações deverá residir na obtenção de estratégias
motivacionais, tanto para os estudantes como para o corpo docente, em função das proposições de
alteração para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. O projeto pedagógico da escola
sofrerá reestruturações, visando uma melhor adequação as novas propostas e possibilidades de ensino.
Caso a instituição ainda não esteja informatizada no que se referem aos setores administrativo, financeiro
e organizacional, ela deverá propor a informatização desses setores, visando diminuir o contato e o fluxo
de pessoas no interior da escola.
Nessa perspectiva, de enfrentamento às mudanças advindas da gestão escolar, em que não foi uma
opção, mas, uma imposição, em que os atores sociais: professores e alunos se depararam de um dia para
outro, com a necessidade de aprender-fazendo, visando uma educação que priorize a autonomia, a
criatividade desses atores, que imbriquem na emancipação, no aprender a aprender de forma autônoma,
critica e reflexiva, que por sua vez, resulte num conhecimento libertador na busca de sua autoformação
(MENDES, 2021).
De acordo com Peres (2020) a educação provavelmente conviverá com um misto de antigas e novas
propostas onde, para muitos, a educação em ambientes virtuais será uma realidade rotineira, para outros,
a educação pela televisão será a melhor possibilidade, para o demais, ainda um sistema de educação
presencial em forma de rodízio acompanhado de livros, cadernos e roteiros com orientações de estudos
para serem realizados em casa. O fato é que isso irá exigir uma gestão escolar diferenciada, e uma gestão
de sala de aula igualmente distinta. A gestão escolar deverá assumir uma proposta mais participativa e
menos centralizadora, de maior proximidade com a comunidade escolar, pautada em princípios e valores
éticos. Muito ligada aos protocolos de saúde, com especial preocupação em relação a saúde dos
estudantes e funcionários da escola.
A gestão escolar para o docente auxilia na compreensão do mundo escolar, buscando entender o
cotidiano das pessoas envolvidas numa escola, principalmente se essa gestão for democrática e
transparente, uma gestão escolar capaz de compreender as pessoas, o ambiente onde vivem, a família,
os auxiliares e o entorno, pois esse faz com que o trabalho tenha um pouco mais de flexibilidade e
qualidade em administrar parte do todo ou de tudo uma parte (SILVA, 2021).
Amorim e Oliveira (2021) destacam que além da intensificação das desigualdades estruturais, a reforma
neoliberal das políticas públicas sociais, implementada a partir de 2016, trouxe retrocessos profundos para
a educação. Em plena pandemia provocada pela Covid-19, o retrocesso educacional relacionado ao
direito à educação da classe trabalhadora tem se intensificado, excluindo do processo educativo os
estudantes que, por motivos econômicos, não têm acesso às tecnologias digitais e à internet.
Nesse cenário, a gestão escolar democrática precisa assegurar o desenvolvimento socioeducacional
eficiente e a excelência do ensino ofertado aos estudantes, e tem como princípio a participação de toda a
comunidade escolar na gestão da instituição de ensino. Ainda, é necessário o trabalho em equipe,

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colaborativo e integrador, com base na construção de uma escola aberta às diferenças, onde todos
vivenciem experiências democráticas, buscando que o educando tenha acesso à educação de qualidade e
conhecimento sobre seus direitos e deveres (AMORIM; OLIVEIRA, 2021).
Para Oliveira, Sousa e Silva (2021) mesmo diante dos desafios a serem enfrentados, pela gestão e por
todo o ensino público, os gestores têm um papel significativo em liderar esse momento, juntamente, com
apoio do poder público. É importante salientar a relevância dos gestores em passar confiança, livrando-se
do medo, frustração para estimular aos demais a encarar esses desafios com otimismo. A gestão no
ambiente escolar deve ser democrática e participativa, contando com o apoio de todos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem.
Luna e Andrade (2021) destacam que, compreende-se que a prospecção de eventuais cenários no campo
educacional pós-pandemia é deveras desafiadora. Todavia, o domínio de novas tecnologias educacionais
em contextos de aprendizagem remota, o ensino híbrido, a educação a distância, a inteligência artificial
aplicada à educação, a gamificação, a inteligência de dados, e tantos outros elementos passaram a se
tornar imperativos para o bom desenvolvimento do trabalho realizado por docentes ou gestores
pedagógicos. Com a pandemia, sem a pandemia ou apesar da pandemia.
3 CONCLUSÃO
Esses componentes são destacados com base em um método de pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa descritiva para atingir os objetivos propostos. Ao propor articular, os desafios do gestor,
destacam-se os mais diversos atributos que lhe são conferidos. Esses pressupostos, por sua vez, têm
diferentes dimensões e efeitos sobre os mais diversos aspectos da escola. É importante ressaltar que o
gestor necessita de amplo treinamento e conhecimento desses atributos para que possa executá-los,
sempre com o objetivo maior de promover a melhoria da educação ministrada.
Portanto, de acordo com a literatura fornecida, os gestores escolares têm papel fundamental na
compreensão de suas atribuições. Ou seja, entender que a gestão é uma função coletiva, não apenas uma
atividade individual a ela atribuída. A partir dessa premissa, o gestor precisa entender que sua atuação
deve partir de um conceito sócio-histórico, e a escola está nele. Dessa forma, os gestores precisam de
espaços abertos, seja por meio de reuniões ou encontros, onde todos possam decidir quais são as
prioridades da agência, quais ações são necessárias para atingir as metas e onde as tarefas e
responsabilidades são escolhidas.
Como habilidades pessoais, empatia, observação, compreensão e autocontrole são considerados
extremamente necessários. São muitos desafios todos os dias. Portanto, os gestores precisam buscar a
integração de todos os profissionais como competências técnicas, proporcionar autonomia e desenvolver
senso crítico e responsável. Seja entre estudantes ou profissionais que trabalham. Desta forma, o
desenvolvimento intelectual e profissional dos alunos é desenvolvido no que diz respeito à qualidade do
processo de ensino e aprendizagem.
Portanto, hoje mais do que nunca, há a necessidade de promover uma educação baseada na governança
democrática. Cada vez mais as pessoas buscam a conexão entre escola e sociedade. Entende-se que há
a necessidade de aproximar os pais da convivência com seus filhos na escola. O gestor, por meio de sua
contribuição, tem grande influência na eficácia desses programas e na eficácia dos programas de ensino
para garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de uma educação de qualidade.
Nesse contexto pós-pandemia, mudanças importantes estão ocorrendo na relação entre humanos,
máquinas e tecnologia, com grandes implicações para todo o contexto educacional. É preciso observá-los
, investigá-los, analisá-los, estudá-los, compreendê-los. Sem dúvida, este é um momento oportuno e
inspirador para ampliar a reflexão e a pesquisa nos mais amplos campos do conhecimento, aliando o

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poder da teoria científica ao pragmatismo da realidade para construir novas perspectivas e conhecimentos
, além de descobertas inestimáveis.
Portanto, este estudo apresenta algumas limitações em esclarecer as leis e formações que regem esses
papéis. Essas limitações são intencionais, pois o objetivo não se estende a ambos. É, no entanto, que
outros estudos sobre o tema dos atributos do gestor de uma instituição de ensino são sugeridos em
termos dos atributos legais que lhe são conferidos e sua relação com a formação necessária ou desejada.
REFERÊNCIAS
AMORIM, Elaine Heloisa de; OLIVEIRA, Jussara de Fátima Alves Campos. Gestão escolar democrática
em tempos de pandemia. Trabalho de Conclusão de Curso. Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Goiano, 2021.

ARAÚJO, Antônia Silva; MENESES, José Marques; VASCONCELOS, Francisco Lucas Venuto. Os
desafios da gestão educacional democrática no cenário de pandemia. Ensino em Perspectivas, v. 2, n. 3, p
. 1-12, 2021.

BASSO, Crislaine Vargas; PIEROZAN, Sandra Simone Höpner. Desafios da gestão escolar: tempos de
incertezas na escola pública. Universidade Federal da Fronteira Sul, 2021.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394/96. Brasília: Senado, 1996. Disponível
em < HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm" \h http://www.planalto.gov.br
/ccivil_03/Leis/L9394.htm> Acesso em: 09 ago. 2022.

FARIAS, Cristina Heleno Bento. As relações interpessoais na escola. Rio Grande do Sul, 2007. Disponível
em: HYPERLINK "https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1718/Farias_Cristina_Helena_Bento.pdf
?sequence=1&isAllowed=y" \h https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1718/Farias_Cristina_Helena_
Bento.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 09 ago. 2022.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5. ed. Revisada e ampliada.
Goiânia: Alternativa, 2004.

LÜCK, Heloísa. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à Formação de seus Gestores. In:
Em Aberto, n° 72 (Gestão Escolar e Formação de Gestores), Jun de 2013.

LUNA, Maria José de Matos; ANDRADE, Marcelo Bernardo de. Gestão pedagógica e direitos humanos no
contexto educacional (pós-) pandêmico. Revista Espaço Acadêmico, v. 20, p. 75-86, 2021.

MARTINS, José do Prado. Gestão educacional: uma abordagem crítica do processo administrativo da
educação. 3. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2008.

MENESES, J. G. C. Estrutura e Funcionamento da Educação Básica: Leituras. São Paulo: Pioneira, 1998.

MENDES, Conceição de Maria Carvalho. Os Efeitos Da Pandemia E Os Desafios De Superação Da


Gestão Democrática Escolar. Revista Portuguesa de Educação Contemporânea, v. 2, n. 02, p. 42-52,
2021.

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OLIVEIRA, Bruna Gessica; DE SOUSA, Antonia Nilene Portela; DA SILVA, Luena Brena Almeida. Gestão
Democrático-participativa: desafios frente à pandemia em uma escola municipal. Ensino em Perspectivas,
v. 2, n. 4, p. 1-11, 2021.

OLIVEIRA, Dalila Andrade (org.). Gestão Democrática da Educação. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

PARO, V.H. Administração Escolar: Introdução Critica. São Paulo: Cortez, 2006.

PERES, Maria Regina. Novos desafios da gestão escolar e de sala de aula em tempos de pandemia
. Revista de Administração Educacional, v. 11, n. 1, p. 20-31, 2020.

SAMPAIO, Dulce Moreira. A pedagogia do ser: educação dos sentimentos e dos valores humanos.
Petrópolis: Vozes, 2004.

SILVA, José Ronaldo da. Limites e possibilidades para a gestão democrática de escolas públicas durante
a suspensão das atividades presenciais devido à pandemia da Covid-19. 2021. Trabalho de Conclusão de
Curso

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Arquivo 1: DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Arquivo 2: https://pedagogiaconcursos.com/conhecimentos-pedagogicos/libaneo-jose-carlos-didatica
(7569 termos)
Termos comuns: 114
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O texto abaixo é o conteúdo do documento DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS
PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://pedagogiaconcursos.com/conhecimentos-pedagogicos/libaneo-jose-carlos-didatica (7569 termos)

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DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA
Autor

RESUMO- O presente trabalho se delineia sobre o tema da gestão educacional. Seu objetivo foi elucidar o
papel e importância da gestão democrática dentro de uma instituição de ensino no período da pós-
pandemia. Para tanto a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa e
descritiva, através de conteúdos já pesquisados e publicados nos bancos de dados online e em materiais
impressos, tais como livros específicos. Enquanto resultados foi possível destacar a partir da literatura, as
mais variadas atribuições, o que permite o uso da terminologia de ?papéis?. Esses são de fundamental
importância, uma vez que, na pessoa do gestor dão organicidade e efetividade aos projetos e ações
pedagógicas dentro e fora da escola. Foi possível identificar categorias de papeis administrativos,
pedagógicos e sociais/culturais. Na primeira identificou-se todos os papeis relacionados aos aspectos
administração, finanças e coordenação ao nível operacional dentro da instituição. Nos aspectos
pedagógicos, os papeis condizem com a necessidade de acompanhamento, avaliação e desenvolvimento
de projetos e ações voltadas para a qualidade da educação, ao ambiente agradável, atenção especial às
relações professor-aluno e sua respectiva aprendizagem. Já no último aspecto, reúne todos os papeis
condizentes à motivação e oportunidade da participação de todos os profissionais, pais e comunidade
escolar como um todo, nas decisões, debates, reflexões e ações a serem tomadas. Portanto, conclui-se
com esse estudo que, a gestão educacional assume uma posição de extrema importância para o bom
funcionamento da instituição, para a solução adequada dos conflitos, para assegurar o diálogo e o trabalho
interdisciplinar, bem como para garantir uma educação de qualidade e na efetividade da função social da
escola, no contexto no qual está inserida, principalmente em um contexto de fragilização, descaso político
da educação no período pós-pandemia.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Papel. Escola. Educação. Administração. Pós-Pandemia.

INTRODUÇÃO
O presente estudo se delineia sobre o tema gestão educacional. Nesse sentido, articula as mais variadas
funções e atribuições do gestor de uma instituição de ensino, a responsabilidade das ações concretizadas
e a articulação teórica e prática nos mais diversos níveis administrativos dentro da escola.

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Dessa forma, tendo como referencial a nossa realidade educacional e os novos desafios advindos com a
pandemia e pós pandemia, juntamente ao compromisso da obtenção de melhorias de ensino, tivemos
neste artigo o objetivo de refletir e analisar a atual realidade da gestão escolar e da gestão da sala de aula
, visando propor alternativas a serem consideradas nesse novo contexto socioeducacional.
Possui enquanto objetivo principal, elucidar o papel e importância da gestão democrática dentro de uma
instituição de ensino no período da pós-pandemia. A partir disso, busca conhecer esses papéis e as
respectivas influências que esses exercem no processo administrativo, analisar as competências técnicas
e pessoais necessários ao gestor, no cumprimento de suas respectivas funções e descrever e articular os
desafios na execução desses papéis no período pós-pandemia.
Para tanto propõe-se a responder ao questionamento inicial: Quais são os papéis e qual a importância da
gestão educacional?
A elucidação desses papéis é de fundamental relevância, uma vez que os mesmos possuem relação
direta com a qualidade da educação efetivada na instituição. Dessa forma, contribui significativamente
para ajustar as melhorias necessárias, identificar possíveis falhas e acentuar a participação da
comunidade escolar. Outro sim, a elucidação desses papeis favorece aos profissionais da educação na
medida em que encontram respaldo e apoio em seu trabalho.
Para alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho se caracteriza enquanto uma pesquisa
bibliográfica, descritiva e qualitativa. Busca articular a literatura já publicada através dos principais teóricos
que discorrem sobre a temática. O presente estudo está configurado em duas principais partes: a primeira
delineando a gestão educacional enquanto atribuições, a importância e a responsabilidade da mesma. Já
na segunda parte, buscou-se relacionar os aspectos da gestão sob o olhar da liderança, abordando os
componentes técnicos e comportamentais necessários ao gestor.

2 GESTÃO DEMOCRÁTICA

2.1 Gestão democrática: princípios, responsabilidades e importância

O gestor se constitui enquanto uma função de extrema importância dentro de uma instituição de ensino.
Compreendendo-se na atualidade a necessidade do desenvolvimento de uma escola democrática, a qual
efetivamente corresponde ao desejo de desenvolver uma educação de qualidade e a real aprendizagem
de seus alunos. Nesse aspecto Lück (2013) contribui ao destacar que o gestor assume o papel de garantir
o clima e a cultura organizacional dentro da instituição.
Para Lück (2013) o principal papel do gestor de uma instituição de ensino seria a liderança. Nesse sentido
, expressa que, as atribuições de coordenação e de orientação dos mais variados projetos e ações dentro
da escola, requerem competências profissionais muito além das exigidas para o docente e
consequentemente sua atuação requer habilidades maiores que os exigidos dentro de uma sala de aula.
Segundo Faias (2007), a gestão escolar envolve muitas questões, de modo que a administração passa a
ser uma ?dimensão gerencial?. Entre outras coisas, a participação coletiva, a democratização das escolas
, o currículo, os programas instrucionais e muitos outros elementos que compõem a prática escolar fazem
parte da gestão escolar. Essa realidade dinâmica pressupõe movimento, interação de ideias, formas de
organização, por isso deve ser "naturalmente conflitante", questão que me chamou a atenção o tempo
todo.
Para Oliveira (2008, p.64) ?Novas formas de organização e controle do sistema de ensino vem resultando
em mudanças nas relações de trabalho na escola [...]?. Compreende-se que, o papel exigido para a

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atuação enquanto gestor requerem habilidade e competências administrativas, financeiras e humanas.


Dessa forma, torna-se necessário para o gestor, possui conhecimentos sobre a legislação que lhe
assegura essa função, bem como a formação acadêmica necessária para o cargo.
De acordo com Lück (2013) a formação do gestor possui influências direta sobre o seu desempenho e
seus resultados poderão ser positivos ou negativos em termos de qualidade e efetividade. Ressalta ainda
que, a formação deve perpassar a necessidade de fazer da escola. Dessa forma, necessita levar em
considerações as atribuições sociais e culturais no qual a escola está inserida e ao mesmo tempo
necessita atuar, enquanto função social.
Na perspectiva administrativa, o papel do gestor é garantir uma gestão democrática e participativa. Dessa
forma exige-se do mesmo, habilidades profissionais e pessoais para coordenar as discussões, os debates
, promover e estimular a participação de todos os integrantes da escola, bem como de toda a comunidade
escolar, nas decisões e planejamentos das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
Garantindo assim, resultados positivos no desenvolvimento de uma educação autônoma, participativa e
democrática (SAMPAIO, 2004).
A educação é um conjunto de ações pedagógicas que, que por sua intervém no processo de formação dos
indivíduos de uma forma integral. Para tanto, é necessária uma integração com o contexto social e
histórico no qual a escola se conceitua. Para isso, torna-se necessário um conjunto de ações pedagógicas
devidamente organizadas e coordenadas. Essa coordenação, portanto, atribui-se a uma administração
escolar efetiva, ou seja, enquanto responsabilidade do gestor educacional (SAMPAIO, 2004).
Para Libâneo (2004), no entanto, a administração escolar se associada à variados modelos. Esses, cada
qual possui as suas concepções baseadas no momento histórico no qual foram desenvolvidos. Um dos
modelos citado pelo autor é o da Qualidade total, enquanto método e técnica de gerenciamento escolar.
Outra concepção descrita pelo autor é a gestão democrática. Nessa, compreende os alunos, os
professores e todos os funcionários da escola enquanto membros participantes do processo de
gerenciamento tomados de decisões e aplicações das ações. O autor destaca que, na concepção
democrática, esses profissionais não são mais meros objetos, mas sim, coautores no processo gerencial e
educacional da escola.
As relações interpessoais são o foco da gestão escolar. É necessário um espaço para refletir com
professores e alunos sobre os tipos de relações que vivenciam dentro da escola. Se estão contribuindo
para a construção de escolas democráticas, ou se estão sendo disfarçados em nome da chamada
autonomia escolar (FARIAS, 2007).
Cabe, portanto, dentro dessa perspectiva, o papel do gestor de compreender e partilhar dessa visão
administrativa. Torna-se necessário, o gestor assumir a responsabilidade de motivar, apoiar e incentivar a
participação de todos os profissionais, pais e comunidade escolar na participação da gestão. Dessa forma
, abrindo espaço para, tais como reuniões, espaços na escola, onde a comunidade possa se fazer
presente, conciliando os melhores horários que favorece a participação dos pais e comunidade, bem como
favorecer o diálogo e a escuta.
Para Martins (2008) o gestor desempenha o papel de articulador das mais diversas esferas da escola.
Para o autor, o gestor necessita conhecer todo o sistema escolar no qual atuam, possuir conhecimentos
sobre as políticas educacionais, as diretrizes legais, habilidade e conhecimento sobre a relação entre a
escola e a sociedade, a função social que a escola assume, o conhecimento sobre o funcionamento
interno da instituição, as formas de gestão, os métodos de ensino e as relações estabelecidas entre o
professor e o aluno.

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2.2 Principais competências necessárias

Dessa forma, Libâneo (2004) descreve uma série de papéis atribuídos ao gestor. Para o autor, a gestão de
define enquanto um conjunto de ações, por meio das quais são utilizados todos os meios e procedimentos
, envolvendo os aspectos gerenciais e técnico-administrativos para alcançar os objetivos propostos pela
instituição.
A qualidade da educação está diretamente relacionada à capacidade de cada profissional que atua na
instituição. Desse modo, a preparação e a capacidade com que cada um atua, juntamente com uma
coordenação efetiva por parte do gestor, garante a formação humana, o desenvolvimento de atitudes,
habilidades e saberes, que vem de encontro com a supressão e o enfrentamento dos mais diversos
desafios que se estabelecem na escola na atualidade (LÜCK, 2013).
Para o autor ainda, as competências de um determinado profissional podem ser compreendidas a partir de
duas perspectivas: a competência da função e a competência pessoal. Na primeira, o autor destaca que,
se configura enquanto um conjunto de padrões mínimos exigidos, de maneira que uma determinada
função seja desempenhada com responsabilidade. Já enquanto competências pessoais, essas se
configuram enquanto a capacidade do indivíduo de executar a função ou a responsabilidade atribuída.
Ao abordar os papeis do gestor, numa instituição de ensino, torna-se uma necessidade a formação
específica e continuada, de modo que esse aprimore as suas competências. Essas por sua vez, no papel
do gestor, de promover a organização, garantir a participação nos mais diversos segmentos da escola,
bem como articular os recursos financeiros e materiais, com o objetivo principal de desenvolver, aprimorar
e qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com o autor, a instituição escolar estabelece enquanto objetivo principal garantir o processo de
ensino e aprendizagem, garantindo assim uma educação de qualidade. Diante disso, o gestor assume o
papel de supervisionar e responder a todas as questões relativas aos projetos pedagógicos,
administrativos, bem como na sua relação com os pais e a comunidade local. Além disso, também, nas
mais variadas atividades desempenhadas na sociedade civil.
Ainda para o autor, outro papel fundamental do gestor é assegurar o patrimônio físico da instituição. Nesse
sentido, cabe ao gestor a supervisão, acompanhamento e solicitude no que se refere ao cuidado e
manutenção do espaço físico, dos materiais escolares, garantindo assim boas condições de trabalho dos
profissionais e espaço favorável ao desenvolvimento da aprendizagem dos seus alunos.
Outro papel atribuído ao gestor é a articulação entre o conhecimento e a sociedade. Dessa forma,
promover e articular a integração entre professores, alunos, pais e comunidade local. Para Libâneo (2004)
essa integração pode ser articulada através de atividades científicas, culturais, esportivas e pedagógicas.
Para o autor ainda, também constitui enquanto papel do gestor a coordenação administrativa e burocrática
da escola. Entre essas, destaca a responsabilidade referente a documentação, processos, normas
disciplinares, penalizações, emitir informações precisas e pontuais, estabelecimento de regimentos,
cronogramas e horários, bem como estabelecer controle sobre a as finanças e articulações com os
respectivos conselhos incrementados na instituição.
Para Libâneo (2004) ainda compete enquanto papel do gestor da instituição escolar, a forte articulação
com a educação desenvolvida em sala de aula. Dessa forma, ressalta a importância de acompanhamento
dos projetos pedagógicos, a produtividade dos professores em sala de aula, o gerenciamento das
dificuldades e desafios, estruturação do currículo escolar e o suporte pedagógico e emocional aos alunos,
professores e pais.
A gestão hoje é concebida enquanto um aspecto primordial para o bom funcionamento de qualquer

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instituição. Dessa maneira a escola, enquanto uma instituição de ensino, também carece de uma gestão
adequada para concretizar o seu papel na sociedade. Dessa forma o gestor possui um papel de extrema
importância, na medida em que, junto a equipe e à comunidade escolar, coordena e viabiliza os projetos
pedagógicos, possibilitando assim a busca pela qualidade da educação fornecida.
Para Paro (2006) a gestão escolar não é realizada unicamente por uma pessoa somente. No entanto essa
é concebida enquanto esforço de um grupo de pessoas que estão intrinsicamente relacionadas com a
educação e mais propriamente com a instituição escolar. Contudo, o autor ressalta que a palavra final é
dada pela pessoa do diretor, uma vez que este responde pelos aspectos legais e é responsável primeiro
pela ordem, controle e supervisão das atividades desenvolvidas.
A escola é uma instituição que objetiva em primeiro lugar a formação integral do ser humano. Dessa forma
, a sua atuação recai sobre o aluno e a busca pela qualidade da intervenção sobre o mesmo. Ou seja, a
busca pela qualidade do ensino e aprendizagem. Esse é o maio objetivo de uma instituição escolar e deve
ser a primeira meta a ser alcançada através da sua intervenção, atuação (PARO, 2006).
Nesse sentido, Paro (2006) ainda chama a atenção sobre o público-alvo desse objetivo ? o aluno. Para o
autor, qualquer instituição de bens de consumo, atua sobre a matéria prima através do processo de
transformação padronizada para a obtenção do produto final. No contexto escola, essa compreensão é
diferente, uma vez que a matéria prima é o próprio estudante ? um ser humano, com suas peculiaridades
próprias e sua própria realidade social e cultural.
Meneses (1998) destaca que o gestor assume o papel de autoridade escolar e educador. O primeiro
aspecto se remete as questões legais nos quais a escola se insere e no qual o diretor é o representante
legal e a personificação da instituição. Já nos aspectos de educador, cabe a gestor conhecer as técnicas,
conteúdos e metodologias empregadas pelos seus professores, a ele diretamente subordinados.
Portanto, o gestor escolar, mesmo atuando em qualquer dos modelos descritos por Meneses (1998), deve
possuir um profundo conhecimento em administração escolar e mais propriamente o conhecimento sobre
as leis e diretrizes que coordenam a educação. Para tanto, nos aspectos dos planos estudo, torna-se
necessário que este conheça a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) (Lei Federal nº9394/96); as Constituições
Federal e Estadual; o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8069/90); a Lei Orgânica do
Município na qual a sua instituição escolar está inserida; os Conselhos: Nacionais, Estadual e Municipal de
Educação; o Regimento Escolar; a Proposta Político-Pedagógica da escola em que estiver atuando
(LUCK, 2013).

2.3 Desafios Pós-Pandemia

Os autores Amorim e Oliveira (2021) destacam que gerir os desafios que surgiram em decorrência da
pandemia da covid-19 em ambiente educacional, foi e é um papel estratégico do gestor educacional em
conjunto com a comunidade escolar. Associar a tecnologia, os recursos materiais e de pessoal para
cumprir metas, desenvolver a educação fora do ambiente escolar democraticamente e com a intenção de
não acentuar ainda mais as desigualdades, que já é tão presente no cotidiano escolar, é um importante
passo para desenvolver a autonomia dos estudantes, colocar a comunidade educativa a par das
dificuldades da escola e fazer com que a família se faça presente na vida estudantil dos estudantes.
a relevância de uma gestão democrática, participativa e colaborativa torna-se ainda mais necessária no
momento de pandemia, considerando a escola como um centro de direitos e deveres, é crucial o contínuo
funcionamento escolar. Contudo, o gestor precisa criar estratégias capazes de oferecer suportes aos
alunos, responsáveis, professores e funcionários, sem prejudicar o processo educativo e sem riscos à

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saúde destes sujeitos (ARAÚJO; MENEZES; VASCONCELOS, 2021).


Para Basso e Pierozan (2021) pensar o retorno do ensino presencial foi outra medida que exigiu dos
gestores planejamentos e organizações nunca antes efetuados. Aqui novamente as condições para a
infância, chamam a atenção. A volta precisa respeitar os cuidados com a saúde, mas também, considerar
as relações afetivas e sociais. Os gestores assim, precisam também estender sua atenção para propor
que este momento seja tranquilo e acolhedor, em que toda a comunidade escolar esteja unida com o
mesmo propósito. Afinal, se o afastamento trouxe temores e incertezas, o retorno traz consigo reflexos de
perdas, angústias e medos, e que necessita da compreensão de todo o grupo envolvido com a
escolarização.
Peres (2021) destaca que, uma das maiores preocupações deverá residir na obtenção de estratégias
motivacionais, tanto para os estudantes como para o corpo docente, em função das proposições de
alteração para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. O projeto pedagógico da escola
sofrerá reestruturações, visando uma melhor adequação as novas propostas e possibilidades de ensino.
Caso a instituição ainda não esteja informatizada no que se referem aos setores administrativo, financeiro
e organizacional, ela deverá propor a informatização desses setores, visando diminuir o contato e o fluxo
de pessoas no interior da escola.
Nessa perspectiva, de enfrentamento às mudanças advindas da gestão escolar, em que não foi uma
opção, mas, uma imposição, em que os atores sociais: professores e alunos se depararam de um dia para
outro, com a necessidade de aprender-fazendo, visando uma educação que priorize a autonomia, a
criatividade desses atores, que imbriquem na emancipação, no aprender a aprender de forma autônoma,
critica e reflexiva, que por sua vez, resulte num conhecimento libertador na busca de sua autoformação
(MENDES, 2021).
De acordo com Peres (2020) a educação provavelmente conviverá com um misto de antigas e novas
propostas onde, para muitos, a educação em ambientes virtuais será uma realidade rotineira, para outros,
a educação pela televisão será a melhor possibilidade, para o demais, ainda um sistema de educação
presencial em forma de rodízio acompanhado de livros, cadernos e roteiros com orientações de estudos
para serem realizados em casa. O fato é que isso irá exigir uma gestão escolar diferenciada, e uma gestão
de sala de aula igualmente distinta. A gestão escolar deverá assumir uma proposta mais participativa e
menos centralizadora, de maior proximidade com a comunidade escolar, pautada em princípios e valores
éticos. Muito ligada aos protocolos de saúde, com especial preocupação em relação a saúde dos
estudantes e funcionários da escola.
A gestão escolar para o docente auxilia na compreensão do mundo escolar, buscando entender o
cotidiano das pessoas envolvidas numa escola, principalmente se essa gestão for democrática e
transparente, uma gestão escolar capaz de compreender as pessoas, o ambiente onde vivem, a família,
os auxiliares e o entorno, pois esse faz com que o trabalho tenha um pouco mais de flexibilidade e
qualidade em administrar parte do todo ou de tudo uma parte (SILVA, 2021).
Amorim e Oliveira (2021) destacam que além da intensificação das desigualdades estruturais, a reforma
neoliberal das políticas públicas sociais, implementada a partir de 2016, trouxe retrocessos profundos para
a educação. Em plena pandemia provocada pela Covid-19, o retrocesso educacional relacionado ao
direito à educação da classe trabalhadora tem se intensificado, excluindo do processo educativo os
estudantes que, por motivos econômicos, não têm acesso às tecnologias digitais e à internet.
Nesse cenário, a gestão escolar democrática precisa assegurar o desenvolvimento socioeducacional
eficiente e a excelência do ensino ofertado aos estudantes, e tem como princípio a participação de toda a
comunidade escolar na gestão da instituição de ensino. Ainda, é necessário o trabalho em equipe,

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colaborativo e integrador, com base na construção de uma escola aberta às diferenças, onde todos
vivenciem experiências democráticas, buscando que o educando tenha acesso à educação de qualidade e
conhecimento sobre seus direitos e deveres (AMORIM; OLIVEIRA, 2021).
Para Oliveira, Sousa e Silva (2021) mesmo diante dos desafios a serem enfrentados, pela gestão e por
todo o ensino público, os gestores têm um papel significativo em liderar esse momento, juntamente, com
apoio do poder público. É importante salientar a relevância dos gestores em passar confiança, livrando-se
do medo, frustração para estimular aos demais a encarar esses desafios com otimismo. A gestão no
ambiente escolar deve ser democrática e participativa, contando com o apoio de todos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem.
Luna e Andrade (2021) destacam que, compreende-se que a prospecção de eventuais cenários no campo
educacional pós-pandemia é deveras desafiadora. Todavia, o domínio de novas tecnologias educacionais
em contextos de aprendizagem remota, o ensino híbrido, a educação a distância, a inteligência artificial
aplicada à educação, a gamificação, a inteligência de dados, e tantos outros elementos passaram a se
tornar imperativos para o bom desenvolvimento do trabalho realizado por docentes ou gestores
pedagógicos. Com a pandemia, sem a pandemia ou apesar da pandemia.
3 CONCLUSÃO
Esses componentes são destacados com base em um método de pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa descritiva para atingir os objetivos propostos. Ao propor articular, os desafios do gestor,
destacam-se os mais diversos atributos que lhe são conferidos. Esses pressupostos, por sua vez, têm
diferentes dimensões e efeitos sobre os mais diversos aspectos da escola. É importante ressaltar que o
gestor necessita de amplo treinamento e conhecimento desses atributos para que possa executá-los,
sempre com o objetivo maior de promover a melhoria da educação ministrada.
Portanto, de acordo com a literatura fornecida, os gestores escolares têm papel fundamental na
compreensão de suas atribuições. Ou seja, entender que a gestão é uma função coletiva, não apenas uma
atividade individual a ela atribuída. A partir dessa premissa, o gestor precisa entender que sua atuação
deve partir de um conceito sócio-histórico, e a escola está nele. Dessa forma, os gestores precisam de
espaços abertos, seja por meio de reuniões ou encontros, onde todos possam decidir quais são as
prioridades da agência, quais ações são necessárias para atingir as metas e onde as tarefas e
responsabilidades são escolhidas.
Como habilidades pessoais, empatia, observação, compreensão e autocontrole são considerados
extremamente necessários. São muitos desafios todos os dias. Portanto, os gestores precisam buscar a
integração de todos os profissionais como competências técnicas, proporcionar autonomia e desenvolver
senso crítico e responsável. Seja entre estudantes ou profissionais que trabalham. Desta forma, o
desenvolvimento intelectual e profissional dos alunos é desenvolvido no que diz respeito à qualidade do
processo de ensino e aprendizagem.
Portanto, hoje mais do que nunca, há a necessidade de promover uma educação baseada na governança
democrática. Cada vez mais as pessoas buscam a conexão entre escola e sociedade. Entende-se que há
a necessidade de aproximar os pais da convivência com seus filhos na escola. O gestor, por meio de sua
contribuição, tem grande influência na eficácia desses programas e na eficácia dos programas de ensino
para garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de uma educação de qualidade.
Nesse contexto pós-pandemia, mudanças importantes estão ocorrendo na relação entre humanos,
máquinas e tecnologia, com grandes implicações para todo o contexto educacional. É preciso observá-los
, investigá-los, analisá-los, estudá-los, compreendê-los. Sem dúvida, este é um momento oportuno e
inspirador para ampliar a reflexão e a pesquisa nos mais amplos campos do conhecimento, aliando o

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poder da teoria científica ao pragmatismo da realidade para construir novas perspectivas e conhecimentos
, além de descobertas inestimáveis.
Portanto, este estudo apresenta algumas limitações em esclarecer as leis e formações que regem esses
papéis. Essas limitações são intencionais, pois o objetivo não se estende a ambos. É, no entanto, que
outros estudos sobre o tema dos atributos do gestor de uma instituição de ensino são sugeridos em
termos dos atributos legais que lhe são conferidos e sua relação com a formação necessária ou desejada.
REFERÊNCIAS
AMORIM, Elaine Heloisa de; OLIVEIRA, Jussara de Fátima Alves Campos. Gestão escolar democrática
em tempos de pandemia. Trabalho de Conclusão de Curso. Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Goiano, 2021.

ARAÚJO, Antônia Silva; MENESES, José Marques; VASCONCELOS, Francisco Lucas Venuto. Os
desafios da gestão educacional democrática no cenário de pandemia. Ensino em Perspectivas, v. 2, n. 3, p
. 1-12, 2021.

BASSO, Crislaine Vargas; PIEROZAN, Sandra Simone Höpner. Desafios da gestão escolar: tempos de
incertezas na escola pública. Universidade Federal da Fronteira Sul, 2021.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394/96. Brasília: Senado, 1996. Disponível
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Arquivo 1: DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Arquivo 2: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/estudoprofessor.pdf (6277 termos)
Termos comuns: 85
Similaridade: 0,83%
O texto abaixo é o conteúdo do documento DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS
PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/estudoprofessor.pdf (6277 termos)

=================================================================================
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA
Autor

RESUMO- O presente trabalho se delineia sobre o tema da gestão educacional. Seu objetivo foi elucidar o
papel e importância da gestão democrática dentro de uma instituição de ensino no período da pós-
pandemia. Para tanto a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa e
descritiva, através de conteúdos já pesquisados e publicados nos bancos de dados online e em materiais
impressos, tais como livros específicos. Enquanto resultados foi possível destacar a partir da literatura, as
mais variadas atribuições, o que permite o uso da terminologia de ?papéis?. Esses são de fundamental
importância, uma vez que, na pessoa do gestor dão organicidade e efetividade aos projetos e ações
pedagógicas dentro e fora da escola. Foi possível identificar categorias de papeis administrativos,
pedagógicos e sociais/culturais. Na primeira identificou-se todos os papeis relacionados aos aspectos
administração, finanças e coordenação ao nível operacional dentro da instituição. Nos aspectos
pedagógicos, os papeis condizem com a necessidade de acompanhamento, avaliação e desenvolvimento
de projetos e ações voltadas para a qualidade da educação, ao ambiente agradável, atenção especial às
relações professor-aluno e sua respectiva aprendizagem. Já no último aspecto, reúne todos os papeis
condizentes à motivação e oportunidade da participação de todos os profissionais, pais e comunidade
escolar como um todo, nas decisões, debates, reflexões e ações a serem tomadas. Portanto, conclui-se
com esse estudo que, a gestão educacional assume uma posição de extrema importância para o bom
funcionamento da instituição, para a solução adequada dos conflitos, para assegurar o diálogo e o trabalho
interdisciplinar, bem como para garantir uma educação de qualidade e na efetividade da função social da
escola, no contexto no qual está inserida, principalmente em um contexto de fragilização, descaso político
da educação no período pós-pandemia.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Papel. Escola. Educação. Administração. Pós-Pandemia.

INTRODUÇÃO
O presente estudo se delineia sobre o tema gestão educacional. Nesse sentido, articula as mais variadas
funções e atribuições do gestor de uma instituição de ensino, a responsabilidade das ações concretizadas
e a articulação teórica e prática nos mais diversos níveis administrativos dentro da escola.
Dessa forma, tendo como referencial a nossa realidade educacional e os novos desafios advindos com a

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pandemia e pós pandemia, juntamente ao compromisso da obtenção de melhorias de ensino, tivemos


neste artigo o objetivo de refletir e analisar a atual realidade da gestão escolar e da gestão da sala de aula
, visando propor alternativas a serem consideradas nesse novo contexto socioeducacional.
Possui enquanto objetivo principal, elucidar o papel e importância da gestão democrática dentro de uma
instituição de ensino no período da pós-pandemia. A partir disso, busca conhecer esses papéis e as
respectivas influências que esses exercem no processo administrativo, analisar as competências técnicas
e pessoais necessários ao gestor, no cumprimento de suas respectivas funções e descrever e articular os
desafios na execução desses papéis no período pós-pandemia.
Para tanto propõe-se a responder ao questionamento inicial: Quais são os papéis e qual a importância da
gestão educacional?
A elucidação desses papéis é de fundamental relevância, uma vez que os mesmos possuem relação
direta com a qualidade da educação efetivada na instituição. Dessa forma, contribui significativamente
para ajustar as melhorias necessárias, identificar possíveis falhas e acentuar a participação da
comunidade escolar. Outro sim, a elucidação desses papeis favorece aos profissionais da educação na
medida em que encontram respaldo e apoio em seu trabalho.
Para alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho se caracteriza enquanto uma pesquisa
bibliográfica, descritiva e qualitativa. Busca articular a literatura já publicada através dos principais teóricos
que discorrem sobre a temática. O presente estudo está configurado em duas principais partes: a primeira
delineando a gestão educacional enquanto atribuições, a importância e a responsabilidade da mesma. Já
na segunda parte, buscou-se relacionar os aspectos da gestão sob o olhar da liderança, abordando os
componentes técnicos e comportamentais necessários ao gestor.

2 GESTÃO DEMOCRÁTICA

2.1 Gestão democrática: princípios, responsabilidades e importância

O gestor se constitui enquanto uma função de extrema importância dentro de uma instituição de ensino.
Compreendendo-se na atualidade a necessidade do desenvolvimento de uma escola democrática, a qual
efetivamente corresponde ao desejo de desenvolver uma educação de qualidade e a real aprendizagem
de seus alunos. Nesse aspecto Lück (2013) contribui ao destacar que o gestor assume o papel de garantir
o clima e a cultura organizacional dentro da instituição.
Para Lück (2013) o principal papel do gestor de uma instituição de ensino seria a liderança. Nesse sentido
, expressa que, as atribuições de coordenação e de orientação dos mais variados projetos e ações dentro
da escola, requerem competências profissionais muito além das exigidas para o docente e
consequentemente sua atuação requer habilidades maiores que os exigidos dentro de uma sala de aula.
Segundo Faias (2007), a gestão escolar envolve muitas questões, de modo que a administração passa a
ser uma ?dimensão gerencial?. Entre outras coisas, a participação coletiva, a democratização das escolas
, o currículo, os programas instrucionais e muitos outros elementos que compõem a prática escolar fazem
parte da gestão escolar. Essa realidade dinâmica pressupõe movimento, interação de ideias, formas de
organização, por isso deve ser "naturalmente conflitante", questão que me chamou a atenção o tempo
todo.
Para Oliveira (2008, p.64) ?Novas formas de organização e controle do sistema de ensino vem resultando
em mudanças nas relações de trabalho na escola [...]?. Compreende-se que, o papel exigido para a
atuação enquanto gestor requerem habilidade e competências administrativas, financeiras e humanas.

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Dessa forma, torna-se necessário para o gestor, possui conhecimentos sobre a legislação que lhe
assegura essa função, bem como a formação acadêmica necessária para o cargo.
De acordo com Lück (2013) a formação do gestor possui influências direta sobre o seu desempenho e
seus resultados poderão ser positivos ou negativos em termos de qualidade e efetividade. Ressalta ainda
que, a formação deve perpassar a necessidade de fazer da escola. Dessa forma, necessita levar em
considerações as atribuições sociais e culturais no qual a escola está inserida e ao mesmo tempo
necessita atuar, enquanto função social.
Na perspectiva administrativa, o papel do gestor é garantir uma gestão democrática e participativa. Dessa
forma exige-se do mesmo, habilidades profissionais e pessoais para coordenar as discussões, os debates
, promover e estimular a participação de todos os integrantes da escola, bem como de toda a comunidade
escolar, nas decisões e planejamentos das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
Garantindo assim, resultados positivos no desenvolvimento de uma educação autônoma, participativa e
democrática (SAMPAIO, 2004).
A educação é um conjunto de ações pedagógicas que, que por sua intervém no processo de formação dos
indivíduos de uma forma integral. Para tanto, é necessária uma integração com o contexto social e
histórico no qual a escola se conceitua. Para isso, torna-se necessário um conjunto de ações pedagógicas
devidamente organizadas e coordenadas. Essa coordenação, portanto, atribui-se a uma administração
escolar efetiva, ou seja, enquanto responsabilidade do gestor educacional (SAMPAIO, 2004).
Para Libâneo (2004), no entanto, a administração escolar se associada à variados modelos. Esses, cada
qual possui as suas concepções baseadas no momento histórico no qual foram desenvolvidos. Um dos
modelos citado pelo autor é o da Qualidade total, enquanto método e técnica de gerenciamento escolar.
Outra concepção descrita pelo autor é a gestão democrática. Nessa, compreende os alunos, os
professores e todos os funcionários da escola enquanto membros participantes do processo de
gerenciamento tomados de decisões e aplicações das ações. O autor destaca que, na concepção
democrática, esses profissionais não são mais meros objetos, mas sim, coautores no processo gerencial e
educacional da escola.
As relações interpessoais são o foco da gestão escolar. É necessário um espaço para refletir com
professores e alunos sobre os tipos de relações que vivenciam dentro da escola. Se estão contribuindo
para a construção de escolas democráticas, ou se estão sendo disfarçados em nome da chamada
autonomia escolar (FARIAS, 2007).
Cabe, portanto, dentro dessa perspectiva, o papel do gestor de compreender e partilhar dessa visão
administrativa. Torna-se necessário, o gestor assumir a responsabilidade de motivar, apoiar e incentivar a
participação de todos os profissionais, pais e comunidade escolar na participação da gestão. Dessa forma
, abrindo espaço para, tais como reuniões, espaços na escola, onde a comunidade possa se fazer
presente, conciliando os melhores horários que favorece a participação dos pais e comunidade, bem como
favorecer o diálogo e a escuta.
Para Martins (2008) o gestor desempenha o papel de articulador das mais diversas esferas da escola.
Para o autor, o gestor necessita conhecer todo o sistema escolar no qual atuam, possuir conhecimentos
sobre as políticas educacionais, as diretrizes legais, habilidade e conhecimento sobre a relação entre a
escola e a sociedade, a função social que a escola assume, o conhecimento sobre o funcionamento
interno da instituição, as formas de gestão, os métodos de ensino e as relações estabelecidas entre o
professor e o aluno.

2.2 Principais competências necessárias

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Dessa forma, Libâneo (2004) descreve uma série de papéis atribuídos ao gestor. Para o autor, a gestão de
define enquanto um conjunto de ações, por meio das quais são utilizados todos os meios e procedimentos
, envolvendo os aspectos gerenciais e técnico-administrativos para alcançar os objetivos propostos pela
instituição.
A qualidade da educação está diretamente relacionada à capacidade de cada profissional que atua na
instituição. Desse modo, a preparação e a capacidade com que cada um atua, juntamente com uma
coordenação efetiva por parte do gestor, garante a formação humana, o desenvolvimento de atitudes,
habilidades e saberes, que vem de encontro com a supressão e o enfrentamento dos mais diversos
desafios que se estabelecem na escola na atualidade (LÜCK, 2013).
Para o autor ainda, as competências de um determinado profissional podem ser compreendidas a partir de
duas perspectivas: a competência da função e a competência pessoal. Na primeira, o autor destaca que,
se configura enquanto um conjunto de padrões mínimos exigidos, de maneira que uma determinada
função seja desempenhada com responsabilidade. Já enquanto competências pessoais, essas se
configuram enquanto a capacidade do indivíduo de executar a função ou a responsabilidade atribuída.
Ao abordar os papeis do gestor, numa instituição de ensino, torna-se uma necessidade a formação
específica e continuada, de modo que esse aprimore as suas competências. Essas por sua vez, no papel
do gestor, de promover a organização, garantir a participação nos mais diversos segmentos da escola,
bem como articular os recursos financeiros e materiais, com o objetivo principal de desenvolver, aprimorar
e qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com o autor, a instituição escolar estabelece enquanto objetivo principal garantir o processo de
ensino e aprendizagem, garantindo assim uma educação de qualidade. Diante disso, o gestor assume o
papel de supervisionar e responder a todas as questões relativas aos projetos pedagógicos,
administrativos, bem como na sua relação com os pais e a comunidade local. Além disso, também, nas
mais variadas atividades desempenhadas na sociedade civil.
Ainda para o autor, outro papel fundamental do gestor é assegurar o patrimônio físico da instituição. Nesse
sentido, cabe ao gestor a supervisão, acompanhamento e solicitude no que se refere ao cuidado e
manutenção do espaço físico, dos materiais escolares, garantindo assim boas condições de trabalho dos
profissionais e espaço favorável ao desenvolvimento da aprendizagem dos seus alunos.
Outro papel atribuído ao gestor é a articulação entre o conhecimento e a sociedade. Dessa forma,
promover e articular a integração entre professores, alunos, pais e comunidade local. Para Libâneo (2004)
essa integração pode ser articulada através de atividades científicas, culturais, esportivas e pedagógicas.
Para o autor ainda, também constitui enquanto papel do gestor a coordenação administrativa e burocrática
da escola. Entre essas, destaca a responsabilidade referente a documentação, processos, normas
disciplinares, penalizações, emitir informações precisas e pontuais, estabelecimento de regimentos,
cronogramas e horários, bem como estabelecer controle sobre a as finanças e articulações com os
respectivos conselhos incrementados na instituição.
Para Libâneo (2004) ainda compete enquanto papel do gestor da instituição escolar, a forte articulação
com a educação desenvolvida em sala de aula. Dessa forma, ressalta a importância de acompanhamento
dos projetos pedagógicos, a produtividade dos professores em sala de aula, o gerenciamento das
dificuldades e desafios, estruturação do currículo escolar e o suporte pedagógico e emocional aos alunos,
professores e pais.
A gestão hoje é concebida enquanto um aspecto primordial para o bom funcionamento de qualquer
instituição. Dessa maneira a escola, enquanto uma instituição de ensino, também carece de uma gestão

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adequada para concretizar o seu papel na sociedade. Dessa forma o gestor possui um papel de extrema
importância, na medida em que, junto a equipe e à comunidade escolar, coordena e viabiliza os projetos
pedagógicos, possibilitando assim a busca pela qualidade da educação fornecida.
Para Paro (2006) a gestão escolar não é realizada unicamente por uma pessoa somente. No entanto essa
é concebida enquanto esforço de um grupo de pessoas que estão intrinsicamente relacionadas com a
educação e mais propriamente com a instituição escolar. Contudo, o autor ressalta que a palavra final é
dada pela pessoa do diretor, uma vez que este responde pelos aspectos legais e é responsável primeiro
pela ordem, controle e supervisão das atividades desenvolvidas.
A escola é uma instituição que objetiva em primeiro lugar a formação integral do ser humano. Dessa forma
, a sua atuação recai sobre o aluno e a busca pela qualidade da intervenção sobre o mesmo. Ou seja, a
busca pela qualidade do ensino e aprendizagem. Esse é o maio objetivo de uma instituição escolar e deve
ser a primeira meta a ser alcançada através da sua intervenção, atuação (PARO, 2006).
Nesse sentido, Paro (2006) ainda chama a atenção sobre o público-alvo desse objetivo ? o aluno. Para o
autor, qualquer instituição de bens de consumo, atua sobre a matéria prima através do processo de
transformação padronizada para a obtenção do produto final. No contexto escola, essa compreensão é
diferente, uma vez que a matéria prima é o próprio estudante ? um ser humano, com suas peculiaridades
próprias e sua própria realidade social e cultural.
Meneses (1998) destaca que o gestor assume o papel de autoridade escolar e educador. O primeiro
aspecto se remete as questões legais nos quais a escola se insere e no qual o diretor é o representante
legal e a personificação da instituição. Já nos aspectos de educador, cabe a gestor conhecer as técnicas,
conteúdos e metodologias empregadas pelos seus professores, a ele diretamente subordinados.
Portanto, o gestor escolar, mesmo atuando em qualquer dos modelos descritos por Meneses (1998), deve
possuir um profundo conhecimento em administração escolar e mais propriamente o conhecimento sobre
as leis e diretrizes que coordenam a educação. Para tanto, nos aspectos dos planos estudo, torna-se
necessário que este conheça a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) (Lei Federal nº9394/96); as Constituições
Federal e Estadual; o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8069/90); a Lei Orgânica do
Município na qual a sua instituição escolar está inserida; os Conselhos: Nacionais, Estadual e Municipal de
Educação; o Regimento Escolar; a Proposta Político-Pedagógica da escola em que estiver atuando
(LUCK, 2013).

2.3 Desafios Pós-Pandemia

Os autores Amorim e Oliveira (2021) destacam que gerir os desafios que surgiram em decorrência da
pandemia da covid-19 em ambiente educacional, foi e é um papel estratégico do gestor educacional em
conjunto com a comunidade escolar. Associar a tecnologia, os recursos materiais e de pessoal para
cumprir metas, desenvolver a educação fora do ambiente escolar democraticamente e com a intenção de
não acentuar ainda mais as desigualdades, que já é tão presente no cotidiano escolar, é um importante
passo para desenvolver a autonomia dos estudantes, colocar a comunidade educativa a par das
dificuldades da escola e fazer com que a família se faça presente na vida estudantil dos estudantes.
a relevância de uma gestão democrática, participativa e colaborativa torna-se ainda mais necessária no
momento de pandemia, considerando a escola como um centro de direitos e deveres, é crucial o contínuo
funcionamento escolar. Contudo, o gestor precisa criar estratégias capazes de oferecer suportes aos
alunos, responsáveis, professores e funcionários, sem prejudicar o processo educativo e sem riscos à
saúde destes sujeitos (ARAÚJO; MENEZES; VASCONCELOS, 2021).

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Para Basso e Pierozan (2021) pensar o retorno do ensino presencial foi outra medida que exigiu dos
gestores planejamentos e organizações nunca antes efetuados. Aqui novamente as condições para a
infância, chamam a atenção. A volta precisa respeitar os cuidados com a saúde, mas também, considerar
as relações afetivas e sociais. Os gestores assim, precisam também estender sua atenção para propor
que este momento seja tranquilo e acolhedor, em que toda a comunidade escolar esteja unida com o
mesmo propósito. Afinal, se o afastamento trouxe temores e incertezas, o retorno traz consigo reflexos de
perdas, angústias e medos, e que necessita da compreensão de todo o grupo envolvido com a
escolarização.
Peres (2021) destaca que, uma das maiores preocupações deverá residir na obtenção de estratégias
motivacionais, tanto para os estudantes como para o corpo docente, em função das proposições de
alteração para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. O projeto pedagógico da escola
sofrerá reestruturações, visando uma melhor adequação as novas propostas e possibilidades de ensino.
Caso a instituição ainda não esteja informatizada no que se referem aos setores administrativo, financeiro
e organizacional, ela deverá propor a informatização desses setores, visando diminuir o contato e o fluxo
de pessoas no interior da escola.
Nessa perspectiva, de enfrentamento às mudanças advindas da gestão escolar, em que não foi uma
opção, mas, uma imposição, em que os atores sociais: professores e alunos se depararam de um dia para
outro, com a necessidade de aprender-fazendo, visando uma educação que priorize a autonomia, a
criatividade desses atores, que imbriquem na emancipação, no aprender a aprender de forma autônoma,
critica e reflexiva, que por sua vez, resulte num conhecimento libertador na busca de sua autoformação
(MENDES, 2021).
De acordo com Peres (2020) a educação provavelmente conviverá com um misto de antigas e novas
propostas onde, para muitos, a educação em ambientes virtuais será uma realidade rotineira, para outros,
a educação pela televisão será a melhor possibilidade, para o demais, ainda um sistema de educação
presencial em forma de rodízio acompanhado de livros, cadernos e roteiros com orientações de estudos
para serem realizados em casa. O fato é que isso irá exigir uma gestão escolar diferenciada, e uma gestão
de sala de aula igualmente distinta. A gestão escolar deverá assumir uma proposta mais participativa e
menos centralizadora, de maior proximidade com a comunidade escolar, pautada em princípios e valores
éticos. Muito ligada aos protocolos de saúde, com especial preocupação em relação a saúde dos
estudantes e funcionários da escola.
A gestão escolar para o docente auxilia na compreensão do mundo escolar, buscando entender o
cotidiano das pessoas envolvidas numa escola, principalmente se essa gestão for democrática e
transparente, uma gestão escolar capaz de compreender as pessoas, o ambiente onde vivem, a família,
os auxiliares e o entorno, pois esse faz com que o trabalho tenha um pouco mais de flexibilidade e
qualidade em administrar parte do todo ou de tudo uma parte (SILVA, 2021).
Amorim e Oliveira (2021) destacam que além da intensificação das desigualdades estruturais, a reforma
neoliberal das políticas públicas sociais, implementada a partir de 2016, trouxe retrocessos profundos para
a educação. Em plena pandemia provocada pela Covid-19, o retrocesso educacional relacionado ao
direito à educação da classe trabalhadora tem se intensificado, excluindo do processo educativo os
estudantes que, por motivos econômicos, não têm acesso às tecnologias digitais e à internet.
Nesse cenário, a gestão escolar democrática precisa assegurar o desenvolvimento socioeducacional
eficiente e a excelência do ensino ofertado aos estudantes, e tem como princípio a participação de toda a
comunidade escolar na gestão da instituição de ensino. Ainda, é necessário o trabalho em equipe,
colaborativo e integrador, com base na construção de uma escola aberta às diferenças, onde todos

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vivenciem experiências democráticas, buscando que o educando tenha acesso à educação de qualidade e
conhecimento sobre seus direitos e deveres (AMORIM; OLIVEIRA, 2021).
Para Oliveira, Sousa e Silva (2021) mesmo diante dos desafios a serem enfrentados, pela gestão e por
todo o ensino público, os gestores têm um papel significativo em liderar esse momento, juntamente, com
apoio do poder público. É importante salientar a relevância dos gestores em passar confiança, livrando-se
do medo, frustração para estimular aos demais a encarar esses desafios com otimismo. A gestão no
ambiente escolar deve ser democrática e participativa, contando com o apoio de todos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem.
Luna e Andrade (2021) destacam que, compreende-se que a prospecção de eventuais cenários no campo
educacional pós-pandemia é deveras desafiadora. Todavia, o domínio de novas tecnologias educacionais
em contextos de aprendizagem remota, o ensino híbrido, a educação a distância, a inteligência artificial
aplicada à educação, a gamificação, a inteligência de dados, e tantos outros elementos passaram a se
tornar imperativos para o bom desenvolvimento do trabalho realizado por docentes ou gestores
pedagógicos. Com a pandemia, sem a pandemia ou apesar da pandemia.
3 CONCLUSÃO
Esses componentes são destacados com base em um método de pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa descritiva para atingir os objetivos propostos. Ao propor articular, os desafios do gestor,
destacam-se os mais diversos atributos que lhe são conferidos. Esses pressupostos, por sua vez, têm
diferentes dimensões e efeitos sobre os mais diversos aspectos da escola. É importante ressaltar que o
gestor necessita de amplo treinamento e conhecimento desses atributos para que possa executá-los,
sempre com o objetivo maior de promover a melhoria da educação ministrada.
Portanto, de acordo com a literatura fornecida, os gestores escolares têm papel fundamental na
compreensão de suas atribuições. Ou seja, entender que a gestão é uma função coletiva, não apenas uma
atividade individual a ela atribuída. A partir dessa premissa, o gestor precisa entender que sua atuação
deve partir de um conceito sócio-histórico, e a escola está nele. Dessa forma, os gestores precisam de
espaços abertos, seja por meio de reuniões ou encontros, onde todos possam decidir quais são as
prioridades da agência, quais ações são necessárias para atingir as metas e onde as tarefas e
responsabilidades são escolhidas.
Como habilidades pessoais, empatia, observação, compreensão e autocontrole são considerados
extremamente necessários. São muitos desafios todos os dias. Portanto, os gestores precisam buscar a
integração de todos os profissionais como competências técnicas, proporcionar autonomia e desenvolver
senso crítico e responsável. Seja entre estudantes ou profissionais que trabalham. Desta forma, o
desenvolvimento intelectual e profissional dos alunos é desenvolvido no que diz respeito à qualidade do
processo de ensino e aprendizagem.
Portanto, hoje mais do que nunca, há a necessidade de promover uma educação baseada na governança
democrática. Cada vez mais as pessoas buscam a conexão entre escola e sociedade. Entende-se que há
a necessidade de aproximar os pais da convivência com seus filhos na escola. O gestor, por meio de sua
contribuição, tem grande influência na eficácia desses programas e na eficácia dos programas de ensino
para garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de uma educação de qualidade.
Nesse contexto pós-pandemia, mudanças importantes estão ocorrendo na relação entre humanos,
máquinas e tecnologia, com grandes implicações para todo o contexto educacional. É preciso observá-los
, investigá-los, analisá-los, estudá-los, compreendê-los. Sem dúvida, este é um momento oportuno e
inspirador para ampliar a reflexão e a pesquisa nos mais amplos campos do conhecimento, aliando o
poder da teoria científica ao pragmatismo da realidade para construir novas perspectivas e conhecimentos

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, além de descobertas inestimáveis.


Portanto, este estudo apresenta algumas limitações em esclarecer as leis e formações que regem esses
papéis. Essas limitações são intencionais, pois o objetivo não se estende a ambos. É, no entanto, que
outros estudos sobre o tema dos atributos do gestor de uma instituição de ensino são sugeridos em
termos dos atributos legais que lhe são conferidos e sua relação com a formação necessária ou desejada.
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OLIVEIRA, Bruna Gessica; DE SOUSA, Antonia Nilene Portela; DA SILVA, Luena Brena Almeida. Gestão
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Arquivo 1: DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Arquivo 2: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/6972/FARIAS%2C CRISTINA HELENA
BENTO.pdf?sequence=1 (19841 termos)
Termos comuns: 180
Similaridade: 0,76%
O texto abaixo é o conteúdo do documento DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS
PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/6972/FARIAS%2C CRISTINA HELENA
BENTO.pdf?sequence=1 (19841 termos)

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DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA
Autor

RESUMO- O presente trabalho se delineia sobre o tema da gestão educacional. Seu objetivo foi elucidar o
papel e importância da gestão democrática dentro de uma instituição de ensino no período da pós-
pandemia. Para tanto a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa e
descritiva, através de conteúdos já pesquisados e publicados nos bancos de dados online e em materiais
impressos, tais como livros específicos. Enquanto resultados foi possível destacar a partir da literatura, as
mais variadas atribuições, o que permite o uso da terminologia de ?papéis?. Esses são de fundamental
importância, uma vez que, na pessoa do gestor dão organicidade e efetividade aos projetos e ações
pedagógicas dentro e fora da escola. Foi possível identificar categorias de papeis administrativos,
pedagógicos e sociais/culturais. Na primeira identificou-se todos os papeis relacionados aos aspectos
administração, finanças e coordenação ao nível operacional dentro da instituição. Nos aspectos
pedagógicos, os papeis condizem com a necessidade de acompanhamento, avaliação e desenvolvimento
de projetos e ações voltadas para a qualidade da educação, ao ambiente agradável, atenção especial às
relações professor-aluno e sua respectiva aprendizagem. Já no último aspecto, reúne todos os papeis
condizentes à motivação e oportunidade da participação de todos os profissionais, pais e comunidade
escolar como um todo, nas decisões, debates, reflexões e ações a serem tomadas. Portanto, conclui-se
com esse estudo que, a gestão educacional assume uma posição de extrema importância para o bom
funcionamento da instituição, para a solução adequada dos conflitos, para assegurar o diálogo e o trabalho
interdisciplinar, bem como para garantir uma educação de qualidade e na efetividade da função social da
escola, no contexto no qual está inserida, principalmente em um contexto de fragilização, descaso político
da educação no período pós-pandemia.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Papel. Escola. Educação. Administração. Pós-Pandemia.

INTRODUÇÃO
O presente estudo se delineia sobre o tema gestão educacional. Nesse sentido, articula as mais variadas
funções e atribuições do gestor de uma instituição de ensino, a responsabilidade das ações concretizadas

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e a articulação teórica e prática nos mais diversos níveis administrativos dentro da escola.
Dessa forma, tendo como referencial a nossa realidade educacional e os novos desafios advindos com a
pandemia e pós pandemia, juntamente ao compromisso da obtenção de melhorias de ensino, tivemos
neste artigo o objetivo de refletir e analisar a atual realidade da gestão escolar e da gestão da sala de aula
, visando propor alternativas a serem consideradas nesse novo contexto socioeducacional.
Possui enquanto objetivo principal, elucidar o papel e importância da gestão democrática dentro de uma
instituição de ensino no período da pós-pandemia. A partir disso, busca conhecer esses papéis e as
respectivas influências que esses exercem no processo administrativo, analisar as competências técnicas
e pessoais necessários ao gestor, no cumprimento de suas respectivas funções e descrever e articular os
desafios na execução desses papéis no período pós-pandemia.
Para tanto propõe-se a responder ao questionamento inicial: Quais são os papéis e qual a importância da
gestão educacional?
A elucidação desses papéis é de fundamental relevância, uma vez que os mesmos possuem relação
direta com a qualidade da educação efetivada na instituição. Dessa forma, contribui significativamente
para ajustar as melhorias necessárias, identificar possíveis falhas e acentuar a participação da
comunidade escolar. Outro sim, a elucidação desses papeis favorece aos profissionais da educação na
medida em que encontram respaldo e apoio em seu trabalho.
Para alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho se caracteriza enquanto uma pesquisa
bibliográfica, descritiva e qualitativa. Busca articular a literatura já publicada através dos principais teóricos
que discorrem sobre a temática. O presente estudo está configurado em duas principais partes: a primeira
delineando a gestão educacional enquanto atribuições, a importância e a responsabilidade da mesma. Já
na segunda parte, buscou-se relacionar os aspectos da gestão sob o olhar da liderança, abordando os
componentes técnicos e comportamentais necessários ao gestor.

2 GESTÃO DEMOCRÁTICA

2.1 Gestão democrática: princípios, responsabilidades e importância

O gestor se constitui enquanto uma função de extrema importância dentro de uma instituição de ensino.
Compreendendo-se na atualidade a necessidade do desenvolvimento de uma escola democrática, a qual
efetivamente corresponde ao desejo de desenvolver uma educação de qualidade e a real aprendizagem
de seus alunos. Nesse aspecto Lück (2013) contribui ao destacar que o gestor assume o papel de garantir
o clima e a cultura organizacional dentro da instituição.
Para Lück (2013) o principal papel do gestor de uma instituição de ensino seria a liderança. Nesse sentido
, expressa que, as atribuições de coordenação e de orientação dos mais variados projetos e ações dentro
da escola, requerem competências profissionais muito além das exigidas para o docente e
consequentemente sua atuação requer habilidades maiores que os exigidos dentro de uma sala de aula.
Segundo Faias (2007), a gestão escolar envolve muitas questões, de modo que a administração passa a
ser uma ?dimensão gerencial?. Entre outras coisas, a participação coletiva, a democratização das escolas
, o currículo, os programas instrucionais e muitos outros elementos que compõem a prática escolar fazem
parte da gestão escolar. Essa realidade dinâmica pressupõe movimento, interação de ideias, formas de
organização, por isso deve ser "naturalmente conflitante", questão que me chamou a atenção o tempo
todo.
Para Oliveira (2008, p.64) ?Novas formas de organização e controle do sistema de ensino vem resultando

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em mudanças nas relações de trabalho na escola [...]?. Compreende-se que, o papel exigido para a
atuação enquanto gestor requerem habilidade e competências administrativas, financeiras e humanas.
Dessa forma, torna-se necessário para o gestor, possui conhecimentos sobre a legislação que lhe
assegura essa função, bem como a formação acadêmica necessária para o cargo.
De acordo com Lück (2013) a formação do gestor possui influências direta sobre o seu desempenho e
seus resultados poderão ser positivos ou negativos em termos de qualidade e efetividade. Ressalta ainda
que, a formação deve perpassar a necessidade de fazer da escola. Dessa forma, necessita levar em
considerações as atribuições sociais e culturais no qual a escola está inserida e ao mesmo tempo
necessita atuar, enquanto função social.
Na perspectiva administrativa, o papel do gestor é garantir uma gestão democrática e participativa. Dessa
forma exige-se do mesmo, habilidades profissionais e pessoais para coordenar as discussões, os debates
, promover e estimular a participação de todos os integrantes da escola, bem como de toda a comunidade
escolar, nas decisões e planejamentos das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
Garantindo assim, resultados positivos no desenvolvimento de uma educação autônoma, participativa e
democrática (SAMPAIO, 2004).
A educação é um conjunto de ações pedagógicas que, que por sua intervém no processo de formação dos
indivíduos de uma forma integral. Para tanto, é necessária uma integração com o contexto social e
histórico no qual a escola se conceitua. Para isso, torna-se necessário um conjunto de ações pedagógicas
devidamente organizadas e coordenadas. Essa coordenação, portanto, atribui-se a uma administração
escolar efetiva, ou seja, enquanto responsabilidade do gestor educacional (SAMPAIO, 2004).
Para Libâneo (2004), no entanto, a administração escolar se associada à variados modelos. Esses, cada
qual possui as suas concepções baseadas no momento histórico no qual foram desenvolvidos. Um dos
modelos citado pelo autor é o da Qualidade total, enquanto método e técnica de gerenciamento escolar.
Outra concepção descrita pelo autor é a gestão democrática. Nessa, compreende os alunos, os
professores e todos os funcionários da escola enquanto membros participantes do processo de
gerenciamento tomados de decisões e aplicações das ações. O autor destaca que, na concepção
democrática, esses profissionais não são mais meros objetos, mas sim, coautores no processo gerencial e
educacional da escola.
As relações interpessoais são o foco da gestão escolar. É necessário um espaço para refletir com
professores e alunos sobre os tipos de relações que vivenciam dentro da escola. Se estão contribuindo
para a construção de escolas democráticas, ou se estão sendo disfarçados em nome da chamada
autonomia escolar (FARIAS, 2007).
Cabe, portanto, dentro dessa perspectiva, o papel do gestor de compreender e partilhar dessa visão
administrativa. Torna-se necessário, o gestor assumir a responsabilidade de motivar, apoiar e incentivar a
participação de todos os profissionais, pais e comunidade escolar na participação da gestão. Dessa forma
, abrindo espaço para, tais como reuniões, espaços na escola, onde a comunidade possa se fazer
presente, conciliando os melhores horários que favorece a participação dos pais e comunidade, bem como
favorecer o diálogo e a escuta.
Para Martins (2008) o gestor desempenha o papel de articulador das mais diversas esferas da escola.
Para o autor, o gestor necessita conhecer todo o sistema escolar no qual atuam, possuir conhecimentos
sobre as políticas educacionais, as diretrizes legais, habilidade e conhecimento sobre a relação entre a
escola e a sociedade, a função social que a escola assume, o conhecimento sobre o funcionamento
interno da instituição, as formas de gestão, os métodos de ensino e as relações estabelecidas entre o
professor e o aluno.

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2.2 Principais competências necessárias

Dessa forma, Libâneo (2004) descreve uma série de papéis atribuídos ao gestor. Para o autor, a gestão de
define enquanto um conjunto de ações, por meio das quais são utilizados todos os meios e procedimentos
, envolvendo os aspectos gerenciais e técnico-administrativos para alcançar os objetivos propostos pela
instituição.
A qualidade da educação está diretamente relacionada à capacidade de cada profissional que atua na
instituição. Desse modo, a preparação e a capacidade com que cada um atua, juntamente com uma
coordenação efetiva por parte do gestor, garante a formação humana, o desenvolvimento de atitudes,
habilidades e saberes, que vem de encontro com a supressão e o enfrentamento dos mais diversos
desafios que se estabelecem na escola na atualidade (LÜCK, 2013).
Para o autor ainda, as competências de um determinado profissional podem ser compreendidas a partir de
duas perspectivas: a competência da função e a competência pessoal. Na primeira, o autor destaca que,
se configura enquanto um conjunto de padrões mínimos exigidos, de maneira que uma determinada
função seja desempenhada com responsabilidade. Já enquanto competências pessoais, essas se
configuram enquanto a capacidade do indivíduo de executar a função ou a responsabilidade atribuída.
Ao abordar os papeis do gestor, numa instituição de ensino, torna-se uma necessidade a formação
específica e continuada, de modo que esse aprimore as suas competências. Essas por sua vez, no papel
do gestor, de promover a organização, garantir a participação nos mais diversos segmentos da escola,
bem como articular os recursos financeiros e materiais, com o objetivo principal de desenvolver, aprimorar
e qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com o autor, a instituição escolar estabelece enquanto objetivo principal garantir o processo de
ensino e aprendizagem, garantindo assim uma educação de qualidade. Diante disso, o gestor assume o
papel de supervisionar e responder a todas as questões relativas aos projetos pedagógicos,
administrativos, bem como na sua relação com os pais e a comunidade local. Além disso, também, nas
mais variadas atividades desempenhadas na sociedade civil.
Ainda para o autor, outro papel fundamental do gestor é assegurar o patrimônio físico da instituição. Nesse
sentido, cabe ao gestor a supervisão, acompanhamento e solicitude no que se refere ao cuidado e
manutenção do espaço físico, dos materiais escolares, garantindo assim boas condições de trabalho dos
profissionais e espaço favorável ao desenvolvimento da aprendizagem dos seus alunos.
Outro papel atribuído ao gestor é a articulação entre o conhecimento e a sociedade. Dessa forma,
promover e articular a integração entre professores, alunos, pais e comunidade local. Para Libâneo (2004)
essa integração pode ser articulada através de atividades científicas, culturais, esportivas e pedagógicas.
Para o autor ainda, também constitui enquanto papel do gestor a coordenação administrativa e burocrática
da escola. Entre essas, destaca a responsabilidade referente a documentação, processos, normas
disciplinares, penalizações, emitir informações precisas e pontuais, estabelecimento de regimentos,
cronogramas e horários, bem como estabelecer controle sobre a as finanças e articulações com os
respectivos conselhos incrementados na instituição.
Para Libâneo (2004) ainda compete enquanto papel do gestor da instituição escolar, a forte articulação
com a educação desenvolvida em sala de aula. Dessa forma, ressalta a importância de acompanhamento
dos projetos pedagógicos, a produtividade dos professores em sala de aula, o gerenciamento das
dificuldades e desafios, estruturação do currículo escolar e o suporte pedagógico e emocional aos alunos,
professores e pais.

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A gestão hoje é concebida enquanto um aspecto primordial para o bom funcionamento de qualquer
instituição. Dessa maneira a escola, enquanto uma instituição de ensino, também carece de uma gestão
adequada para concretizar o seu papel na sociedade. Dessa forma o gestor possui um papel de extrema
importância, na medida em que, junto a equipe e à comunidade escolar, coordena e viabiliza os projetos
pedagógicos, possibilitando assim a busca pela qualidade da educação fornecida.
Para Paro (2006) a gestão escolar não é realizada unicamente por uma pessoa somente. No entanto essa
é concebida enquanto esforço de um grupo de pessoas que estão intrinsicamente relacionadas com a
educação e mais propriamente com a instituição escolar. Contudo, o autor ressalta que a palavra final é
dada pela pessoa do diretor, uma vez que este responde pelos aspectos legais e é responsável primeiro
pela ordem, controle e supervisão das atividades desenvolvidas.
A escola é uma instituição que objetiva em primeiro lugar a formação integral do ser humano. Dessa forma
, a sua atuação recai sobre o aluno e a busca pela qualidade da intervenção sobre o mesmo. Ou seja, a
busca pela qualidade do ensino e aprendizagem. Esse é o maio objetivo de uma instituição escolar e deve
ser a primeira meta a ser alcançada através da sua intervenção, atuação (PARO, 2006).
Nesse sentido, Paro (2006) ainda chama a atenção sobre o público-alvo desse objetivo ? o aluno. Para o
autor, qualquer instituição de bens de consumo, atua sobre a matéria prima através do processo de
transformação padronizada para a obtenção do produto final. No contexto escola, essa compreensão é
diferente, uma vez que a matéria prima é o próprio estudante ? um ser humano, com suas peculiaridades
próprias e sua própria realidade social e cultural.
Meneses (1998) destaca que o gestor assume o papel de autoridade escolar e educador. O primeiro
aspecto se remete as questões legais nos quais a escola se insere e no qual o diretor é o representante
legal e a personificação da instituição. Já nos aspectos de educador, cabe a gestor conhecer as técnicas,
conteúdos e metodologias empregadas pelos seus professores, a ele diretamente subordinados.
Portanto, o gestor escolar, mesmo atuando em qualquer dos modelos descritos por Meneses (1998), deve
possuir um profundo conhecimento em administração escolar e mais propriamente o conhecimento sobre
as leis e diretrizes que coordenam a educação. Para tanto, nos aspectos dos planos estudo, torna-se
necessário que este conheça a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) (Lei Federal nº9394/96); as Constituições
Federal e Estadual; o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8069/90); a Lei Orgânica do
Município na qual a sua instituição escolar está inserida; os Conselhos: Nacionais, Estadual e Municipal de
Educação; o Regimento Escolar; a Proposta Político-Pedagógica da escola em que estiver atuando
(LUCK, 2013).

2.3 Desafios Pós-Pandemia

Os autores Amorim e Oliveira (2021) destacam que gerir os desafios que surgiram em decorrência da
pandemia da covid-19 em ambiente educacional, foi e é um papel estratégico do gestor educacional em
conjunto com a comunidade escolar. Associar a tecnologia, os recursos materiais e de pessoal para
cumprir metas, desenvolver a educação fora do ambiente escolar democraticamente e com a intenção de
não acentuar ainda mais as desigualdades, que já é tão presente no cotidiano escolar, é um importante
passo para desenvolver a autonomia dos estudantes, colocar a comunidade educativa a par das
dificuldades da escola e fazer com que a família se faça presente na vida estudantil dos estudantes.
a relevância de uma gestão democrática, participativa e colaborativa torna-se ainda mais necessária no
momento de pandemia, considerando a escola como um centro de direitos e deveres, é crucial o contínuo
funcionamento escolar. Contudo, o gestor precisa criar estratégias capazes de oferecer suportes aos

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alunos, responsáveis, professores e funcionários, sem prejudicar o processo educativo e sem riscos à
saúde destes sujeitos (ARAÚJO; MENEZES; VASCONCELOS, 2021).
Para Basso e Pierozan (2021) pensar o retorno do ensino presencial foi outra medida que exigiu dos
gestores planejamentos e organizações nunca antes efetuados. Aqui novamente as condições para a
infância, chamam a atenção. A volta precisa respeitar os cuidados com a saúde, mas também, considerar
as relações afetivas e sociais. Os gestores assim, precisam também estender sua atenção para propor
que este momento seja tranquilo e acolhedor, em que toda a comunidade escolar esteja unida com o
mesmo propósito. Afinal, se o afastamento trouxe temores e incertezas, o retorno traz consigo reflexos de
perdas, angústias e medos, e que necessita da compreensão de todo o grupo envolvido com a
escolarização.
Peres (2021) destaca que, uma das maiores preocupações deverá residir na obtenção de estratégias
motivacionais, tanto para os estudantes como para o corpo docente, em função das proposições de
alteração para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. O projeto pedagógico da escola
sofrerá reestruturações, visando uma melhor adequação as novas propostas e possibilidades de ensino.
Caso a instituição ainda não esteja informatizada no que se referem aos setores administrativo, financeiro
e organizacional, ela deverá propor a informatização desses setores, visando diminuir o contato e o fluxo
de pessoas no interior da escola.
Nessa perspectiva, de enfrentamento às mudanças advindas da gestão escolar, em que não foi uma
opção, mas, uma imposição, em que os atores sociais: professores e alunos se depararam de um dia para
outro, com a necessidade de aprender-fazendo, visando uma educação que priorize a autonomia, a
criatividade desses atores, que imbriquem na emancipação, no aprender a aprender de forma autônoma,
critica e reflexiva, que por sua vez, resulte num conhecimento libertador na busca de sua autoformação
(MENDES, 2021).
De acordo com Peres (2020) a educação provavelmente conviverá com um misto de antigas e novas
propostas onde, para muitos, a educação em ambientes virtuais será uma realidade rotineira, para outros,
a educação pela televisão será a melhor possibilidade, para o demais, ainda um sistema de educação
presencial em forma de rodízio acompanhado de livros, cadernos e roteiros com orientações de estudos
para serem realizados em casa. O fato é que isso irá exigir uma gestão escolar diferenciada, e uma gestão
de sala de aula igualmente distinta. A gestão escolar deverá assumir uma proposta mais participativa e
menos centralizadora, de maior proximidade com a comunidade escolar, pautada em princípios e valores
éticos. Muito ligada aos protocolos de saúde, com especial preocupação em relação a saúde dos
estudantes e funcionários da escola.
A gestão escolar para o docente auxilia na compreensão do mundo escolar, buscando entender o
cotidiano das pessoas envolvidas numa escola, principalmente se essa gestão for democrática e
transparente, uma gestão escolar capaz de compreender as pessoas, o ambiente onde vivem, a família,
os auxiliares e o entorno, pois esse faz com que o trabalho tenha um pouco mais de flexibilidade e
qualidade em administrar parte do todo ou de tudo uma parte (SILVA, 2021).
Amorim e Oliveira (2021) destacam que além da intensificação das desigualdades estruturais, a reforma
neoliberal das políticas públicas sociais, implementada a partir de 2016, trouxe retrocessos profundos para
a educação. Em plena pandemia provocada pela Covid-19, o retrocesso educacional relacionado ao
direito à educação da classe trabalhadora tem se intensificado, excluindo do processo educativo os
estudantes que, por motivos econômicos, não têm acesso às tecnologias digitais e à internet.
Nesse cenário, a gestão escolar democrática precisa assegurar o desenvolvimento socioeducacional
eficiente e a excelência do ensino ofertado aos estudantes, e tem como princípio a participação de toda a

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comunidade escolar na gestão da instituição de ensino. Ainda, é necessário o trabalho em equipe,


colaborativo e integrador, com base na construção de uma escola aberta às diferenças, onde todos
vivenciem experiências democráticas, buscando que o educando tenha acesso à educação de qualidade e
conhecimento sobre seus direitos e deveres (AMORIM; OLIVEIRA, 2021).
Para Oliveira, Sousa e Silva (2021) mesmo diante dos desafios a serem enfrentados, pela gestão e por
todo o ensino público, os gestores têm um papel significativo em liderar esse momento, juntamente, com
apoio do poder público. É importante salientar a relevância dos gestores em passar confiança, livrando-se
do medo, frustração para estimular aos demais a encarar esses desafios com otimismo. A gestão no
ambiente escolar deve ser democrática e participativa, contando com o apoio de todos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem.
Luna e Andrade (2021) destacam que, compreende-se que a prospecção de eventuais cenários no campo
educacional pós-pandemia é deveras desafiadora. Todavia, o domínio de novas tecnologias educacionais
em contextos de aprendizagem remota, o ensino híbrido, a educação a distância, a inteligência artificial
aplicada à educação, a gamificação, a inteligência de dados, e tantos outros elementos passaram a se
tornar imperativos para o bom desenvolvimento do trabalho realizado por docentes ou gestores
pedagógicos. Com a pandemia, sem a pandemia ou apesar da pandemia.
3 CONCLUSÃO
Esses componentes são destacados com base em um método de pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa descritiva para atingir os objetivos propostos. Ao propor articular, os desafios do gestor,
destacam-se os mais diversos atributos que lhe são conferidos. Esses pressupostos, por sua vez, têm
diferentes dimensões e efeitos sobre os mais diversos aspectos da escola. É importante ressaltar que o
gestor necessita de amplo treinamento e conhecimento desses atributos para que possa executá-los,
sempre com o objetivo maior de promover a melhoria da educação ministrada.
Portanto, de acordo com a literatura fornecida, os gestores escolares têm papel fundamental na
compreensão de suas atribuições. Ou seja, entender que a gestão é uma função coletiva, não apenas uma
atividade individual a ela atribuída. A partir dessa premissa, o gestor precisa entender que sua atuação
deve partir de um conceito sócio-histórico, e a escola está nele. Dessa forma, os gestores precisam de
espaços abertos, seja por meio de reuniões ou encontros, onde todos possam decidir quais são as
prioridades da agência, quais ações são necessárias para atingir as metas e onde as tarefas e
responsabilidades são escolhidas.
Como habilidades pessoais, empatia, observação, compreensão e autocontrole são considerados
extremamente necessários. São muitos desafios todos os dias. Portanto, os gestores precisam buscar a
integração de todos os profissionais como competências técnicas, proporcionar autonomia e desenvolver
senso crítico e responsável. Seja entre estudantes ou profissionais que trabalham. Desta forma, o
desenvolvimento intelectual e profissional dos alunos é desenvolvido no que diz respeito à qualidade do
processo de ensino e aprendizagem.
Portanto, hoje mais do que nunca, há a necessidade de promover uma educação baseada na governança
democrática. Cada vez mais as pessoas buscam a conexão entre escola e sociedade. Entende-se que há
a necessidade de aproximar os pais da convivência com seus filhos na escola. O gestor, por meio de sua
contribuição, tem grande influência na eficácia desses programas e na eficácia dos programas de ensino
para garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de uma educação de qualidade.
Nesse contexto pós-pandemia, mudanças importantes estão ocorrendo na relação entre humanos,
máquinas e tecnologia, com grandes implicações para todo o contexto educacional. É preciso observá-los
, investigá-los, analisá-los, estudá-los, compreendê-los. Sem dúvida, este é um momento oportuno e

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inspirador para ampliar a reflexão e a pesquisa nos mais amplos campos do conhecimento, aliando o
poder da teoria científica ao pragmatismo da realidade para construir novas perspectivas e conhecimentos
, além de descobertas inestimáveis.
Portanto, este estudo apresenta algumas limitações em esclarecer as leis e formações que regem esses
papéis. Essas limitações são intencionais, pois o objetivo não se estende a ambos. É, no entanto, que
outros estudos sobre o tema dos atributos do gestor de uma instituição de ensino são sugeridos em
termos dos atributos legais que lhe são conferidos e sua relação com a formação necessária ou desejada.
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em < HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm" \h http://www.planalto.gov.br
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em: HYPERLINK "https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1718/Farias_Cristina_Helena_Bento.pdf
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LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5. ed. Revisada e ampliada.
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Curso

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DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA
Autor

RESUMO- O presente trabalho se delineia sobre o tema da gestão educacional. Seu objetivo foi elucidar o
papel e importância da gestão democrática dentro de uma instituição de ensino no período da pós-
pandemia. Para tanto a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa e
descritiva, através de conteúdos já pesquisados e publicados nos bancos de dados online e em materiais
impressos, tais como livros específicos. Enquanto resultados foi possível destacar a partir da literatura, as
mais variadas atribuições, o que permite o uso da terminologia de ?papéis?. Esses são de fundamental
importância, uma vez que, na pessoa do gestor dão organicidade e efetividade aos projetos e ações
pedagógicas dentro e fora da escola. Foi possível identificar categorias de papeis administrativos,
pedagógicos e sociais/culturais. Na primeira identificou-se todos os papeis relacionados aos aspectos
administração, finanças e coordenação ao nível operacional dentro da instituição. Nos aspectos
pedagógicos, os papeis condizem com a necessidade de acompanhamento, avaliação e desenvolvimento
de projetos e ações voltadas para a qualidade da educação, ao ambiente agradável, atenção especial às
relações professor-aluno e sua respectiva aprendizagem. Já no último aspecto, reúne todos os papeis
condizentes à motivação e oportunidade da participação de todos os profissionais, pais e comunidade
escolar como um todo, nas decisões, debates, reflexões e ações a serem tomadas. Portanto, conclui-se
com esse estudo que, a gestão educacional assume uma posição de extrema importância para o bom
funcionamento da instituição, para a solução adequada dos conflitos, para assegurar o diálogo e o trabalho
interdisciplinar, bem como para garantir uma educação de qualidade e na efetividade da função social da
escola, no contexto no qual está inserida, principalmente em um contexto de fragilização, descaso político
da educação no período pós-pandemia.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Papel. Escola. Educação. Administração. Pós-Pandemia.

INTRODUÇÃO
O presente estudo se delineia sobre o tema gestão educacional. Nesse sentido, articula as mais variadas
funções e atribuições do gestor de uma instituição de ensino, a responsabilidade das ações concretizadas
e a articulação teórica e prática nos mais diversos níveis administrativos dentro da escola.
Dessa forma, tendo como referencial a nossa realidade educacional e os novos desafios advindos com a

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pandemia e pós pandemia, juntamente ao compromisso da obtenção de melhorias de ensino, tivemos


neste artigo o objetivo de refletir e analisar a atual realidade da gestão escolar e da gestão da sala de aula
, visando propor alternativas a serem consideradas nesse novo contexto socioeducacional.
Possui enquanto objetivo principal, elucidar o papel e importância da gestão democrática dentro de uma
instituição de ensino no período da pós-pandemia. A partir disso, busca conhecer esses papéis e as
respectivas influências que esses exercem no processo administrativo, analisar as competências técnicas
e pessoais necessários ao gestor, no cumprimento de suas respectivas funções e descrever e articular os
desafios na execução desses papéis no período pós-pandemia.
Para tanto propõe-se a responder ao questionamento inicial: Quais são os papéis e qual a importância da
gestão educacional?
A elucidação desses papéis é de fundamental relevância, uma vez que os mesmos possuem relação
direta com a qualidade da educação efetivada na instituição. Dessa forma, contribui significativamente
para ajustar as melhorias necessárias, identificar possíveis falhas e acentuar a participação da
comunidade escolar. Outro sim, a elucidação desses papeis favorece aos profissionais da educação na
medida em que encontram respaldo e apoio em seu trabalho.
Para alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho se caracteriza enquanto uma pesquisa
bibliográfica, descritiva e qualitativa. Busca articular a literatura já publicada através dos principais teóricos
que discorrem sobre a temática. O presente estudo está configurado em duas principais partes: a primeira
delineando a gestão educacional enquanto atribuições, a importância e a responsabilidade da mesma. Já
na segunda parte, buscou-se relacionar os aspectos da gestão sob o olhar da liderança, abordando os
componentes técnicos e comportamentais necessários ao gestor.

2 GESTÃO DEMOCRÁTICA

2.1 Gestão democrática: princípios, responsabilidades e importância

O gestor se constitui enquanto uma função de extrema importância dentro de uma instituição de ensino.
Compreendendo-se na atualidade a necessidade do desenvolvimento de uma escola democrática, a qual
efetivamente corresponde ao desejo de desenvolver uma educação de qualidade e a real aprendizagem
de seus alunos. Nesse aspecto Lück (2013) contribui ao destacar que o gestor assume o papel de garantir
o clima e a cultura organizacional dentro da instituição.
Para Lück (2013) o principal papel do gestor de uma instituição de ensino seria a liderança. Nesse sentido
, expressa que, as atribuições de coordenação e de orientação dos mais variados projetos e ações dentro
da escola, requerem competências profissionais muito além das exigidas para o docente e
consequentemente sua atuação requer habilidades maiores que os exigidos dentro de uma sala de aula.
Segundo Faias (2007), a gestão escolar envolve muitas questões, de modo que a administração passa a
ser uma ?dimensão gerencial?. Entre outras coisas, a participação coletiva, a democratização das escolas
, o currículo, os programas instrucionais e muitos outros elementos que compõem a prática escolar fazem
parte da gestão escolar. Essa realidade dinâmica pressupõe movimento, interação de ideias, formas de
organização, por isso deve ser "naturalmente conflitante", questão que me chamou a atenção o tempo
todo.
Para Oliveira (2008, p.64) ?Novas formas de organização e controle do sistema de ensino vem resultando
em mudanças nas relações de trabalho na escola [...]?. Compreende-se que, o papel exigido para a
atuação enquanto gestor requerem habilidade e competências administrativas, financeiras e humanas.

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Dessa forma, torna-se necessário para o gestor, possui conhecimentos sobre a legislação que lhe
assegura essa função, bem como a formação acadêmica necessária para o cargo.
De acordo com Lück (2013) a formação do gestor possui influências direta sobre o seu desempenho e
seus resultados poderão ser positivos ou negativos em termos de qualidade e efetividade. Ressalta ainda
que, a formação deve perpassar a necessidade de fazer da escola. Dessa forma, necessita levar em
considerações as atribuições sociais e culturais no qual a escola está inserida e ao mesmo tempo
necessita atuar, enquanto função social.
Na perspectiva administrativa, o papel do gestor é garantir uma gestão democrática e participativa. Dessa
forma exige-se do mesmo, habilidades profissionais e pessoais para coordenar as discussões, os debates
, promover e estimular a participação de todos os integrantes da escola, bem como de toda a comunidade
escolar, nas decisões e planejamentos das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
Garantindo assim, resultados positivos no desenvolvimento de uma educação autônoma, participativa e
democrática (SAMPAIO, 2004).
A educação é um conjunto de ações pedagógicas que, que por sua intervém no processo de formação dos
indivíduos de uma forma integral. Para tanto, é necessária uma integração com o contexto social e
histórico no qual a escola se conceitua. Para isso, torna-se necessário um conjunto de ações pedagógicas
devidamente organizadas e coordenadas. Essa coordenação, portanto, atribui-se a uma administração
escolar efetiva, ou seja, enquanto responsabilidade do gestor educacional (SAMPAIO, 2004).
Para Libâneo (2004), no entanto, a administração escolar se associada à variados modelos. Esses, cada
qual possui as suas concepções baseadas no momento histórico no qual foram desenvolvidos. Um dos
modelos citado pelo autor é o da Qualidade total, enquanto método e técnica de gerenciamento escolar.
Outra concepção descrita pelo autor é a gestão democrática. Nessa, compreende os alunos, os
professores e todos os funcionários da escola enquanto membros participantes do processo de
gerenciamento tomados de decisões e aplicações das ações. O autor destaca que, na concepção
democrática, esses profissionais não são mais meros objetos, mas sim, coautores no processo gerencial e
educacional da escola.
As relações interpessoais são o foco da gestão escolar. É necessário um espaço para refletir com
professores e alunos sobre os tipos de relações que vivenciam dentro da escola. Se estão contribuindo
para a construção de escolas democráticas, ou se estão sendo disfarçados em nome da chamada
autonomia escolar (FARIAS, 2007).
Cabe, portanto, dentro dessa perspectiva, o papel do gestor de compreender e partilhar dessa visão
administrativa. Torna-se necessário, o gestor assumir a responsabilidade de motivar, apoiar e incentivar a
participação de todos os profissionais, pais e comunidade escolar na participação da gestão. Dessa forma
, abrindo espaço para, tais como reuniões, espaços na escola, onde a comunidade possa se fazer
presente, conciliando os melhores horários que favorece a participação dos pais e comunidade, bem como
favorecer o diálogo e a escuta.
Para Martins (2008) o gestor desempenha o papel de articulador das mais diversas esferas da escola.
Para o autor, o gestor necessita conhecer todo o sistema escolar no qual atuam, possuir conhecimentos
sobre as políticas educacionais, as diretrizes legais, habilidade e conhecimento sobre a relação entre a
escola e a sociedade, a função social que a escola assume, o conhecimento sobre o funcionamento
interno da instituição, as formas de gestão, os métodos de ensino e as relações estabelecidas entre o
professor e o aluno.

2.2 Principais competências necessárias

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Dessa forma, Libâneo (2004) descreve uma série de papéis atribuídos ao gestor. Para o autor, a gestão de
define enquanto um conjunto de ações, por meio das quais são utilizados todos os meios e procedimentos
, envolvendo os aspectos gerenciais e técnico-administrativos para alcançar os objetivos propostos pela
instituição.
A qualidade da educação está diretamente relacionada à capacidade de cada profissional que atua na
instituição. Desse modo, a preparação e a capacidade com que cada um atua, juntamente com uma
coordenação efetiva por parte do gestor, garante a formação humana, o desenvolvimento de atitudes,
habilidades e saberes, que vem de encontro com a supressão e o enfrentamento dos mais diversos
desafios que se estabelecem na escola na atualidade (LÜCK, 2013).
Para o autor ainda, as competências de um determinado profissional podem ser compreendidas a partir de
duas perspectivas: a competência da função e a competência pessoal. Na primeira, o autor destaca que,
se configura enquanto um conjunto de padrões mínimos exigidos, de maneira que uma determinada
função seja desempenhada com responsabilidade. Já enquanto competências pessoais, essas se
configuram enquanto a capacidade do indivíduo de executar a função ou a responsabilidade atribuída.
Ao abordar os papeis do gestor, numa instituição de ensino, torna-se uma necessidade a formação
específica e continuada, de modo que esse aprimore as suas competências. Essas por sua vez, no papel
do gestor, de promover a organização, garantir a participação nos mais diversos segmentos da escola,
bem como articular os recursos financeiros e materiais, com o objetivo principal de desenvolver, aprimorar
e qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com o autor, a instituição escolar estabelece enquanto objetivo principal garantir o processo de
ensino e aprendizagem, garantindo assim uma educação de qualidade. Diante disso, o gestor assume o
papel de supervisionar e responder a todas as questões relativas aos projetos pedagógicos,
administrativos, bem como na sua relação com os pais e a comunidade local. Além disso, também, nas
mais variadas atividades desempenhadas na sociedade civil.
Ainda para o autor, outro papel fundamental do gestor é assegurar o patrimônio físico da instituição. Nesse
sentido, cabe ao gestor a supervisão, acompanhamento e solicitude no que se refere ao cuidado e
manutenção do espaço físico, dos materiais escolares, garantindo assim boas condições de trabalho dos
profissionais e espaço favorável ao desenvolvimento da aprendizagem dos seus alunos.
Outro papel atribuído ao gestor é a articulação entre o conhecimento e a sociedade. Dessa forma,
promover e articular a integração entre professores, alunos, pais e comunidade local. Para Libâneo (2004)
essa integração pode ser articulada através de atividades científicas, culturais, esportivas e pedagógicas.
Para o autor ainda, também constitui enquanto papel do gestor a coordenação administrativa e burocrática
da escola. Entre essas, destaca a responsabilidade referente a documentação, processos, normas
disciplinares, penalizações, emitir informações precisas e pontuais, estabelecimento de regimentos,
cronogramas e horários, bem como estabelecer controle sobre a as finanças e articulações com os
respectivos conselhos incrementados na instituição.
Para Libâneo (2004) ainda compete enquanto papel do gestor da instituição escolar, a forte articulação
com a educação desenvolvida em sala de aula. Dessa forma, ressalta a importância de acompanhamento
dos projetos pedagógicos, a produtividade dos professores em sala de aula, o gerenciamento das
dificuldades e desafios, estruturação do currículo escolar e o suporte pedagógico e emocional aos alunos,
professores e pais.
A gestão hoje é concebida enquanto um aspecto primordial para o bom funcionamento de qualquer
instituição. Dessa maneira a escola, enquanto uma instituição de ensino, também carece de uma gestão

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adequada para concretizar o seu papel na sociedade. Dessa forma o gestor possui um papel de extrema
importância, na medida em que, junto a equipe e à comunidade escolar, coordena e viabiliza os projetos
pedagógicos, possibilitando assim a busca pela qualidade da educação fornecida.
Para Paro (2006) a gestão escolar não é realizada unicamente por uma pessoa somente. No entanto essa
é concebida enquanto esforço de um grupo de pessoas que estão intrinsicamente relacionadas com a
educação e mais propriamente com a instituição escolar. Contudo, o autor ressalta que a palavra final é
dada pela pessoa do diretor, uma vez que este responde pelos aspectos legais e é responsável primeiro
pela ordem, controle e supervisão das atividades desenvolvidas.
A escola é uma instituição que objetiva em primeiro lugar a formação integral do ser humano. Dessa forma
, a sua atuação recai sobre o aluno e a busca pela qualidade da intervenção sobre o mesmo. Ou seja, a
busca pela qualidade do ensino e aprendizagem. Esse é o maio objetivo de uma instituição escolar e deve
ser a primeira meta a ser alcançada através da sua intervenção, atuação (PARO, 2006).
Nesse sentido, Paro (2006) ainda chama a atenção sobre o público-alvo desse objetivo ? o aluno. Para o
autor, qualquer instituição de bens de consumo, atua sobre a matéria prima através do processo de
transformação padronizada para a obtenção do produto final. No contexto escola, essa compreensão é
diferente, uma vez que a matéria prima é o próprio estudante ? um ser humano, com suas peculiaridades
próprias e sua própria realidade social e cultural.
Meneses (1998) destaca que o gestor assume o papel de autoridade escolar e educador. O primeiro
aspecto se remete as questões legais nos quais a escola se insere e no qual o diretor é o representante
legal e a personificação da instituição. Já nos aspectos de educador, cabe a gestor conhecer as técnicas,
conteúdos e metodologias empregadas pelos seus professores, a ele diretamente subordinados.
Portanto, o gestor escolar, mesmo atuando em qualquer dos modelos descritos por Meneses (1998), deve
possuir um profundo conhecimento em administração escolar e mais propriamente o conhecimento sobre
as leis e diretrizes que coordenam a educação. Para tanto, nos aspectos dos planos estudo, torna-se
necessário que este conheça a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) (Lei Federal nº9394/96); as Constituições
Federal e Estadual; o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8069/90); a Lei Orgânica do
Município na qual a sua instituição escolar está inserida; os Conselhos: Nacionais, Estadual e Municipal de
Educação; o Regimento Escolar; a Proposta Político-Pedagógica da escola em que estiver atuando
(LUCK, 2013).

2.3 Desafios Pós-Pandemia

Os autores Amorim e Oliveira (2021) destacam que gerir os desafios que surgiram em decorrência da
pandemia da covid-19 em ambiente educacional, foi e é um papel estratégico do gestor educacional em
conjunto com a comunidade escolar. Associar a tecnologia, os recursos materiais e de pessoal para
cumprir metas, desenvolver a educação fora do ambiente escolar democraticamente e com a intenção de
não acentuar ainda mais as desigualdades, que já é tão presente no cotidiano escolar, é um importante
passo para desenvolver a autonomia dos estudantes, colocar a comunidade educativa a par das
dificuldades da escola e fazer com que a família se faça presente na vida estudantil dos estudantes.
a relevância de uma gestão democrática, participativa e colaborativa torna-se ainda mais necessária no
momento de pandemia, considerando a escola como um centro de direitos e deveres, é crucial o contínuo
funcionamento escolar. Contudo, o gestor precisa criar estratégias capazes de oferecer suportes aos
alunos, responsáveis, professores e funcionários, sem prejudicar o processo educativo e sem riscos à
saúde destes sujeitos (ARAÚJO; MENEZES; VASCONCELOS, 2021).

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Para Basso e Pierozan (2021) pensar o retorno do ensino presencial foi outra medida que exigiu dos
gestores planejamentos e organizações nunca antes efetuados. Aqui novamente as condições para a
infância, chamam a atenção. A volta precisa respeitar os cuidados com a saúde, mas também, considerar
as relações afetivas e sociais. Os gestores assim, precisam também estender sua atenção para propor
que este momento seja tranquilo e acolhedor, em que toda a comunidade escolar esteja unida com o
mesmo propósito. Afinal, se o afastamento trouxe temores e incertezas, o retorno traz consigo reflexos de
perdas, angústias e medos, e que necessita da compreensão de todo o grupo envolvido com a
escolarização.
Peres (2021) destaca que, uma das maiores preocupações deverá residir na obtenção de estratégias
motivacionais, tanto para os estudantes como para o corpo docente, em função das proposições de
alteração para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. O projeto pedagógico da escola
sofrerá reestruturações, visando uma melhor adequação as novas propostas e possibilidades de ensino.
Caso a instituição ainda não esteja informatizada no que se referem aos setores administrativo, financeiro
e organizacional, ela deverá propor a informatização desses setores, visando diminuir o contato e o fluxo
de pessoas no interior da escola.
Nessa perspectiva, de enfrentamento às mudanças advindas da gestão escolar, em que não foi uma
opção, mas, uma imposição, em que os atores sociais: professores e alunos se depararam de um dia para
outro, com a necessidade de aprender-fazendo, visando uma educação que priorize a autonomia, a
criatividade desses atores, que imbriquem na emancipação, no aprender a aprender de forma autônoma,
critica e reflexiva, que por sua vez, resulte num conhecimento libertador na busca de sua autoformação
(MENDES, 2021).
De acordo com Peres (2020) a educação provavelmente conviverá com um misto de antigas e novas
propostas onde, para muitos, a educação em ambientes virtuais será uma realidade rotineira, para outros,
a educação pela televisão será a melhor possibilidade, para o demais, ainda um sistema de educação
presencial em forma de rodízio acompanhado de livros, cadernos e roteiros com orientações de estudos
para serem realizados em casa. O fato é que isso irá exigir uma gestão escolar diferenciada, e uma gestão
de sala de aula igualmente distinta. A gestão escolar deverá assumir uma proposta mais participativa e
menos centralizadora, de maior proximidade com a comunidade escolar, pautada em princípios e valores
éticos. Muito ligada aos protocolos de saúde, com especial preocupação em relação a saúde dos
estudantes e funcionários da escola.
A gestão escolar para o docente auxilia na compreensão do mundo escolar, buscando entender o
cotidiano das pessoas envolvidas numa escola, principalmente se essa gestão for democrática e
transparente, uma gestão escolar capaz de compreender as pessoas, o ambiente onde vivem, a família,
os auxiliares e o entorno, pois esse faz com que o trabalho tenha um pouco mais de flexibilidade e
qualidade em administrar parte do todo ou de tudo uma parte (SILVA, 2021).
Amorim e Oliveira (2021) destacam que além da intensificação das desigualdades estruturais, a reforma
neoliberal das políticas públicas sociais, implementada a partir de 2016, trouxe retrocessos profundos para
a educação. Em plena pandemia provocada pela Covid-19, o retrocesso educacional relacionado ao
direito à educação da classe trabalhadora tem se intensificado, excluindo do processo educativo os
estudantes que, por motivos econômicos, não têm acesso às tecnologias digitais e à internet.
Nesse cenário, a gestão escolar democrática precisa assegurar o desenvolvimento socioeducacional
eficiente e a excelência do ensino ofertado aos estudantes, e tem como princípio a participação de toda a
comunidade escolar na gestão da instituição de ensino. Ainda, é necessário o trabalho em equipe,
colaborativo e integrador, com base na construção de uma escola aberta às diferenças, onde todos

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vivenciem experiências democráticas, buscando que o educando tenha acesso à educação de qualidade e
conhecimento sobre seus direitos e deveres (AMORIM; OLIVEIRA, 2021).
Para Oliveira, Sousa e Silva (2021) mesmo diante dos desafios a serem enfrentados, pela gestão e por
todo o ensino público, os gestores têm um papel significativo em liderar esse momento, juntamente, com
apoio do poder público. É importante salientar a relevância dos gestores em passar confiança, livrando-se
do medo, frustração para estimular aos demais a encarar esses desafios com otimismo. A gestão no
ambiente escolar deve ser democrática e participativa, contando com o apoio de todos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem.
Luna e Andrade (2021) destacam que, compreende-se que a prospecção de eventuais cenários no campo
educacional pós-pandemia é deveras desafiadora. Todavia, o domínio de novas tecnologias educacionais
em contextos de aprendizagem remota, o ensino híbrido, a educação a distância, a inteligência artificial
aplicada à educação, a gamificação, a inteligência de dados, e tantos outros elementos passaram a se
tornar imperativos para o bom desenvolvimento do trabalho realizado por docentes ou gestores
pedagógicos. Com a pandemia, sem a pandemia ou apesar da pandemia.
3 CONCLUSÃO
Esses componentes são destacados com base em um método de pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa descritiva para atingir os objetivos propostos. Ao propor articular, os desafios do gestor,
destacam-se os mais diversos atributos que lhe são conferidos. Esses pressupostos, por sua vez, têm
diferentes dimensões e efeitos sobre os mais diversos aspectos da escola. É importante ressaltar que o
gestor necessita de amplo treinamento e conhecimento desses atributos para que possa executá-los,
sempre com o objetivo maior de promover a melhoria da educação ministrada.
Portanto, de acordo com a literatura fornecida, os gestores escolares têm papel fundamental na
compreensão de suas atribuições. Ou seja, entender que a gestão é uma função coletiva, não apenas uma
atividade individual a ela atribuída. A partir dessa premissa, o gestor precisa entender que sua atuação
deve partir de um conceito sócio-histórico, e a escola está nele. Dessa forma, os gestores precisam de
espaços abertos, seja por meio de reuniões ou encontros, onde todos possam decidir quais são as
prioridades da agência, quais ações são necessárias para atingir as metas e onde as tarefas e
responsabilidades são escolhidas.
Como habilidades pessoais, empatia, observação, compreensão e autocontrole são considerados
extremamente necessários. São muitos desafios todos os dias. Portanto, os gestores precisam buscar a
integração de todos os profissionais como competências técnicas, proporcionar autonomia e desenvolver
senso crítico e responsável. Seja entre estudantes ou profissionais que trabalham. Desta forma, o
desenvolvimento intelectual e profissional dos alunos é desenvolvido no que diz respeito à qualidade do
processo de ensino e aprendizagem.
Portanto, hoje mais do que nunca, há a necessidade de promover uma educação baseada na governança
democrática. Cada vez mais as pessoas buscam a conexão entre escola e sociedade. Entende-se que há
a necessidade de aproximar os pais da convivência com seus filhos na escola. O gestor, por meio de sua
contribuição, tem grande influência na eficácia desses programas e na eficácia dos programas de ensino
para garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de uma educação de qualidade.
Nesse contexto pós-pandemia, mudanças importantes estão ocorrendo na relação entre humanos,
máquinas e tecnologia, com grandes implicações para todo o contexto educacional. É preciso observá-los
, investigá-los, analisá-los, estudá-los, compreendê-los. Sem dúvida, este é um momento oportuno e
inspirador para ampliar a reflexão e a pesquisa nos mais amplos campos do conhecimento, aliando o
poder da teoria científica ao pragmatismo da realidade para construir novas perspectivas e conhecimentos

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, além de descobertas inestimáveis.


Portanto, este estudo apresenta algumas limitações em esclarecer as leis e formações que regem esses
papéis. Essas limitações são intencionais, pois o objetivo não se estende a ambos. É, no entanto, que
outros estudos sobre o tema dos atributos do gestor de uma instituição de ensino são sugeridos em
termos dos atributos legais que lhe são conferidos e sua relação com a formação necessária ou desejada.
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OLIVEIRA, Bruna Gessica; DE SOUSA, Antonia Nilene Portela; DA SILVA, Luena Brena Almeida. Gestão
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DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA
Autor

RESUMO- O presente trabalho se delineia sobre o tema da gestão educacional. Seu objetivo foi elucidar o
papel e importância da gestão democrática dentro de uma instituição de ensino no período da pós-
pandemia. Para tanto a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa e
descritiva, através de conteúdos já pesquisados e publicados nos bancos de dados online e em materiais
impressos, tais como livros específicos. Enquanto resultados foi possível destacar a partir da literatura, as
mais variadas atribuições, o que permite o uso da terminologia de ?papéis?. Esses são de fundamental
importância, uma vez que, na pessoa do gestor dão organicidade e efetividade aos projetos e ações
pedagógicas dentro e fora da escola. Foi possível identificar categorias de papeis administrativos,
pedagógicos e sociais/culturais. Na primeira identificou-se todos os papeis relacionados aos aspectos
administração, finanças e coordenação ao nível operacional dentro da instituição. Nos aspectos
pedagógicos, os papeis condizem com a necessidade de acompanhamento, avaliação e desenvolvimento
de projetos e ações voltadas para a qualidade da educação, ao ambiente agradável, atenção especial às
relações professor-aluno e sua respectiva aprendizagem. Já no último aspecto, reúne todos os papeis
condizentes à motivação e oportunidade da participação de todos os profissionais, pais e comunidade
escolar como um todo, nas decisões, debates, reflexões e ações a serem tomadas. Portanto, conclui-se
com esse estudo que, a gestão educacional assume uma posição de extrema importância para o bom
funcionamento da instituição, para a solução adequada dos conflitos, para assegurar o diálogo e o trabalho
interdisciplinar, bem como para garantir uma educação de qualidade e na efetividade da função social da
escola, no contexto no qual está inserida, principalmente em um contexto de fragilização, descaso político
da educação no período pós-pandemia.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Papel. Escola. Educação. Administração. Pós-Pandemia.

INTRODUÇÃO
O presente estudo se delineia sobre o tema gestão educacional. Nesse sentido, articula as mais variadas
funções e atribuições do gestor de uma instituição de ensino, a responsabilidade das ações concretizadas

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e a articulação teórica e prática nos mais diversos níveis administrativos dentro da escola.
Dessa forma, tendo como referencial a nossa realidade educacional e os novos desafios advindos com a
pandemia e pós pandemia, juntamente ao compromisso da obtenção de melhorias de ensino, tivemos
neste artigo o objetivo de refletir e analisar a atual realidade da gestão escolar e da gestão da sala de aula
, visando propor alternativas a serem consideradas nesse novo contexto socioeducacional.
Possui enquanto objetivo principal, elucidar o papel e importância da gestão democrática dentro de uma
instituição de ensino no período da pós-pandemia. A partir disso, busca conhecer esses papéis e as
respectivas influências que esses exercem no processo administrativo, analisar as competências técnicas
e pessoais necessários ao gestor, no cumprimento de suas respectivas funções e descrever e articular os
desafios na execução desses papéis no período pós-pandemia.
Para tanto propõe-se a responder ao questionamento inicial: Quais são os papéis e qual a importância da
gestão educacional?
A elucidação desses papéis é de fundamental relevância, uma vez que os mesmos possuem relação
direta com a qualidade da educação efetivada na instituição. Dessa forma, contribui significativamente
para ajustar as melhorias necessárias, identificar possíveis falhas e acentuar a participação da
comunidade escolar. Outro sim, a elucidação desses papeis favorece aos profissionais da educação na
medida em que encontram respaldo e apoio em seu trabalho.
Para alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho se caracteriza enquanto uma pesquisa
bibliográfica, descritiva e qualitativa. Busca articular a literatura já publicada através dos principais teóricos
que discorrem sobre a temática. O presente estudo está configurado em duas principais partes: a primeira
delineando a gestão educacional enquanto atribuições, a importância e a responsabilidade da mesma. Já
na segunda parte, buscou-se relacionar os aspectos da gestão sob o olhar da liderança, abordando os
componentes técnicos e comportamentais necessários ao gestor.

2 GESTÃO DEMOCRÁTICA

2.1 Gestão democrática: princípios, responsabilidades e importância

O gestor se constitui enquanto uma função de extrema importância dentro de uma instituição de ensino.
Compreendendo-se na atualidade a necessidade do desenvolvimento de uma escola democrática, a qual
efetivamente corresponde ao desejo de desenvolver uma educação de qualidade e a real aprendizagem
de seus alunos. Nesse aspecto Lück (2013) contribui ao destacar que o gestor assume o papel de garantir
o clima e a cultura organizacional dentro da instituição.
Para Lück (2013) o principal papel do gestor de uma instituição de ensino seria a liderança. Nesse sentido
, expressa que, as atribuições de coordenação e de orientação dos mais variados projetos e ações dentro
da escola, requerem competências profissionais muito além das exigidas para o docente e
consequentemente sua atuação requer habilidades maiores que os exigidos dentro de uma sala de aula.
Segundo Faias (2007), a gestão escolar envolve muitas questões, de modo que a administração passa a
ser uma ?dimensão gerencial?. Entre outras coisas, a participação coletiva, a democratização das escolas
, o currículo, os programas instrucionais e muitos outros elementos que compõem a prática escolar fazem
parte da gestão escolar. Essa realidade dinâmica pressupõe movimento, interação de ideias, formas de
organização, por isso deve ser "naturalmente conflitante", questão que me chamou a atenção o tempo
todo.
Para Oliveira (2008, p.64) ?Novas formas de organização e controle do sistema de ensino vem resultando

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em mudanças nas relações de trabalho na escola [...]?. Compreende-se que, o papel exigido para a
atuação enquanto gestor requerem habilidade e competências administrativas, financeiras e humanas.
Dessa forma, torna-se necessário para o gestor, possui conhecimentos sobre a legislação que lhe
assegura essa função, bem como a formação acadêmica necessária para o cargo.
De acordo com Lück (2013) a formação do gestor possui influências direta sobre o seu desempenho e
seus resultados poderão ser positivos ou negativos em termos de qualidade e efetividade. Ressalta ainda
que, a formação deve perpassar a necessidade de fazer da escola. Dessa forma, necessita levar em
considerações as atribuições sociais e culturais no qual a escola está inserida e ao mesmo tempo
necessita atuar, enquanto função social.
Na perspectiva administrativa, o papel do gestor é garantir uma gestão democrática e participativa. Dessa
forma exige-se do mesmo, habilidades profissionais e pessoais para coordenar as discussões, os debates
, promover e estimular a participação de todos os integrantes da escola, bem como de toda a comunidade
escolar, nas decisões e planejamentos das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
Garantindo assim, resultados positivos no desenvolvimento de uma educação autônoma, participativa e
democrática (SAMPAIO, 2004).
A educação é um conjunto de ações pedagógicas que, que por sua intervém no processo de formação dos
indivíduos de uma forma integral. Para tanto, é necessária uma integração com o contexto social e
histórico no qual a escola se conceitua. Para isso, torna-se necessário um conjunto de ações pedagógicas
devidamente organizadas e coordenadas. Essa coordenação, portanto, atribui-se a uma administração
escolar efetiva, ou seja, enquanto responsabilidade do gestor educacional (SAMPAIO, 2004).
Para Libâneo (2004), no entanto, a administração escolar se associada à variados modelos. Esses, cada
qual possui as suas concepções baseadas no momento histórico no qual foram desenvolvidos. Um dos
modelos citado pelo autor é o da Qualidade total, enquanto método e técnica de gerenciamento escolar.
Outra concepção descrita pelo autor é a gestão democrática. Nessa, compreende os alunos, os
professores e todos os funcionários da escola enquanto membros participantes do processo de
gerenciamento tomados de decisões e aplicações das ações. O autor destaca que, na concepção
democrática, esses profissionais não são mais meros objetos, mas sim, coautores no processo gerencial e
educacional da escola.
As relações interpessoais são o foco da gestão escolar. É necessário um espaço para refletir com
professores e alunos sobre os tipos de relações que vivenciam dentro da escola. Se estão contribuindo
para a construção de escolas democráticas, ou se estão sendo disfarçados em nome da chamada
autonomia escolar (FARIAS, 2007).
Cabe, portanto, dentro dessa perspectiva, o papel do gestor de compreender e partilhar dessa visão
administrativa. Torna-se necessário, o gestor assumir a responsabilidade de motivar, apoiar e incentivar a
participação de todos os profissionais, pais e comunidade escolar na participação da gestão. Dessa forma
, abrindo espaço para, tais como reuniões, espaços na escola, onde a comunidade possa se fazer
presente, conciliando os melhores horários que favorece a participação dos pais e comunidade, bem como
favorecer o diálogo e a escuta.
Para Martins (2008) o gestor desempenha o papel de articulador das mais diversas esferas da escola.
Para o autor, o gestor necessita conhecer todo o sistema escolar no qual atuam, possuir conhecimentos
sobre as políticas educacionais, as diretrizes legais, habilidade e conhecimento sobre a relação entre a
escola e a sociedade, a função social que a escola assume, o conhecimento sobre o funcionamento
interno da instituição, as formas de gestão, os métodos de ensino e as relações estabelecidas entre o
professor e o aluno.

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2.2 Principais competências necessárias

Dessa forma, Libâneo (2004) descreve uma série de papéis atribuídos ao gestor. Para o autor, a gestão de
define enquanto um conjunto de ações, por meio das quais são utilizados todos os meios e procedimentos
, envolvendo os aspectos gerenciais e técnico-administrativos para alcançar os objetivos propostos pela
instituição.
A qualidade da educação está diretamente relacionada à capacidade de cada profissional que atua na
instituição. Desse modo, a preparação e a capacidade com que cada um atua, juntamente com uma
coordenação efetiva por parte do gestor, garante a formação humana, o desenvolvimento de atitudes,
habilidades e saberes, que vem de encontro com a supressão e o enfrentamento dos mais diversos
desafios que se estabelecem na escola na atualidade (LÜCK, 2013).
Para o autor ainda, as competências de um determinado profissional podem ser compreendidas a partir de
duas perspectivas: a competência da função e a competência pessoal. Na primeira, o autor destaca que,
se configura enquanto um conjunto de padrões mínimos exigidos, de maneira que uma determinada
função seja desempenhada com responsabilidade. Já enquanto competências pessoais, essas se
configuram enquanto a capacidade do indivíduo de executar a função ou a responsabilidade atribuída.
Ao abordar os papeis do gestor, numa instituição de ensino, torna-se uma necessidade a formação
específica e continuada, de modo que esse aprimore as suas competências. Essas por sua vez, no papel
do gestor, de promover a organização, garantir a participação nos mais diversos segmentos da escola,
bem como articular os recursos financeiros e materiais, com o objetivo principal de desenvolver, aprimorar
e qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com o autor, a instituição escolar estabelece enquanto objetivo principal garantir o processo de
ensino e aprendizagem, garantindo assim uma educação de qualidade. Diante disso, o gestor assume o
papel de supervisionar e responder a todas as questões relativas aos projetos pedagógicos,
administrativos, bem como na sua relação com os pais e a comunidade local. Além disso, também, nas
mais variadas atividades desempenhadas na sociedade civil.
Ainda para o autor, outro papel fundamental do gestor é assegurar o patrimônio físico da instituição. Nesse
sentido, cabe ao gestor a supervisão, acompanhamento e solicitude no que se refere ao cuidado e
manutenção do espaço físico, dos materiais escolares, garantindo assim boas condições de trabalho dos
profissionais e espaço favorável ao desenvolvimento da aprendizagem dos seus alunos.
Outro papel atribuído ao gestor é a articulação entre o conhecimento e a sociedade. Dessa forma,
promover e articular a integração entre professores, alunos, pais e comunidade local. Para Libâneo (2004)
essa integração pode ser articulada através de atividades científicas, culturais, esportivas e pedagógicas.
Para o autor ainda, também constitui enquanto papel do gestor a coordenação administrativa e burocrática
da escola. Entre essas, destaca a responsabilidade referente a documentação, processos, normas
disciplinares, penalizações, emitir informações precisas e pontuais, estabelecimento de regimentos,
cronogramas e horários, bem como estabelecer controle sobre a as finanças e articulações com os
respectivos conselhos incrementados na instituição.
Para Libâneo (2004) ainda compete enquanto papel do gestor da instituição escolar, a forte articulação
com a educação desenvolvida em sala de aula. Dessa forma, ressalta a importância de acompanhamento
dos projetos pedagógicos, a produtividade dos professores em sala de aula, o gerenciamento das
dificuldades e desafios, estruturação do currículo escolar e o suporte pedagógico e emocional aos alunos,
professores e pais.

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A gestão hoje é concebida enquanto um aspecto primordial para o bom funcionamento de qualquer
instituição. Dessa maneira a escola, enquanto uma instituição de ensino, também carece de uma gestão
adequada para concretizar o seu papel na sociedade. Dessa forma o gestor possui um papel de extrema
importância, na medida em que, junto a equipe e à comunidade escolar, coordena e viabiliza os projetos
pedagógicos, possibilitando assim a busca pela qualidade da educação fornecida.
Para Paro (2006) a gestão escolar não é realizada unicamente por uma pessoa somente. No entanto essa
é concebida enquanto esforço de um grupo de pessoas que estão intrinsicamente relacionadas com a
educação e mais propriamente com a instituição escolar. Contudo, o autor ressalta que a palavra final é
dada pela pessoa do diretor, uma vez que este responde pelos aspectos legais e é responsável primeiro
pela ordem, controle e supervisão das atividades desenvolvidas.
A escola é uma instituição que objetiva em primeiro lugar a formação integral do ser humano. Dessa forma
, a sua atuação recai sobre o aluno e a busca pela qualidade da intervenção sobre o mesmo. Ou seja, a
busca pela qualidade do ensino e aprendizagem. Esse é o maio objetivo de uma instituição escolar e deve
ser a primeira meta a ser alcançada através da sua intervenção, atuação (PARO, 2006).
Nesse sentido, Paro (2006) ainda chama a atenção sobre o público-alvo desse objetivo ? o aluno. Para o
autor, qualquer instituição de bens de consumo, atua sobre a matéria prima através do processo de
transformação padronizada para a obtenção do produto final. No contexto escola, essa compreensão é
diferente, uma vez que a matéria prima é o próprio estudante ? um ser humano, com suas peculiaridades
próprias e sua própria realidade social e cultural.
Meneses (1998) destaca que o gestor assume o papel de autoridade escolar e educador. O primeiro
aspecto se remete as questões legais nos quais a escola se insere e no qual o diretor é o representante
legal e a personificação da instituição. Já nos aspectos de educador, cabe a gestor conhecer as técnicas,
conteúdos e metodologias empregadas pelos seus professores, a ele diretamente subordinados.
Portanto, o gestor escolar, mesmo atuando em qualquer dos modelos descritos por Meneses (1998), deve
possuir um profundo conhecimento em administração escolar e mais propriamente o conhecimento sobre
as leis e diretrizes que coordenam a educação. Para tanto, nos aspectos dos planos estudo, torna-se
necessário que este conheça a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) (Lei Federal nº9394/96); as Constituições
Federal e Estadual; o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8069/90); a Lei Orgânica do
Município na qual a sua instituição escolar está inserida; os Conselhos: Nacionais, Estadual e Municipal de
Educação; o Regimento Escolar; a Proposta Político-Pedagógica da escola em que estiver atuando
(LUCK, 2013).

2.3 Desafios Pós-Pandemia

Os autores Amorim e Oliveira (2021) destacam que gerir os desafios que surgiram em decorrência da
pandemia da covid-19 em ambiente educacional, foi e é um papel estratégico do gestor educacional em
conjunto com a comunidade escolar. Associar a tecnologia, os recursos materiais e de pessoal para
cumprir metas, desenvolver a educação fora do ambiente escolar democraticamente e com a intenção de
não acentuar ainda mais as desigualdades, que já é tão presente no cotidiano escolar, é um importante
passo para desenvolver a autonomia dos estudantes, colocar a comunidade educativa a par das
dificuldades da escola e fazer com que a família se faça presente na vida estudantil dos estudantes.
a relevância de uma gestão democrática, participativa e colaborativa torna-se ainda mais necessária no
momento de pandemia, considerando a escola como um centro de direitos e deveres, é crucial o contínuo
funcionamento escolar. Contudo, o gestor precisa criar estratégias capazes de oferecer suportes aos

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alunos, responsáveis, professores e funcionários, sem prejudicar o processo educativo e sem riscos à
saúde destes sujeitos (ARAÚJO; MENEZES; VASCONCELOS, 2021).
Para Basso e Pierozan (2021) pensar o retorno do ensino presencial foi outra medida que exigiu dos
gestores planejamentos e organizações nunca antes efetuados. Aqui novamente as condições para a
infância, chamam a atenção. A volta precisa respeitar os cuidados com a saúde, mas também, considerar
as relações afetivas e sociais. Os gestores assim, precisam também estender sua atenção para propor
que este momento seja tranquilo e acolhedor, em que toda a comunidade escolar esteja unida com o
mesmo propósito. Afinal, se o afastamento trouxe temores e incertezas, o retorno traz consigo reflexos de
perdas, angústias e medos, e que necessita da compreensão de todo o grupo envolvido com a
escolarização.
Peres (2021) destaca que, uma das maiores preocupações deverá residir na obtenção de estratégias
motivacionais, tanto para os estudantes como para o corpo docente, em função das proposições de
alteração para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. O projeto pedagógico da escola
sofrerá reestruturações, visando uma melhor adequação as novas propostas e possibilidades de ensino.
Caso a instituição ainda não esteja informatizada no que se referem aos setores administrativo, financeiro
e organizacional, ela deverá propor a informatização desses setores, visando diminuir o contato e o fluxo
de pessoas no interior da escola.
Nessa perspectiva, de enfrentamento às mudanças advindas da gestão escolar, em que não foi uma
opção, mas, uma imposição, em que os atores sociais: professores e alunos se depararam de um dia para
outro, com a necessidade de aprender-fazendo, visando uma educação que priorize a autonomia, a
criatividade desses atores, que imbriquem na emancipação, no aprender a aprender de forma autônoma,
critica e reflexiva, que por sua vez, resulte num conhecimento libertador na busca de sua autoformação
(MENDES, 2021).
De acordo com Peres (2020) a educação provavelmente conviverá com um misto de antigas e novas
propostas onde, para muitos, a educação em ambientes virtuais será uma realidade rotineira, para outros,
a educação pela televisão será a melhor possibilidade, para o demais, ainda um sistema de educação
presencial em forma de rodízio acompanhado de livros, cadernos e roteiros com orientações de estudos
para serem realizados em casa. O fato é que isso irá exigir uma gestão escolar diferenciada, e uma gestão
de sala de aula igualmente distinta. A gestão escolar deverá assumir uma proposta mais participativa e
menos centralizadora, de maior proximidade com a comunidade escolar, pautada em princípios e valores
éticos. Muito ligada aos protocolos de saúde, com especial preocupação em relação a saúde dos
estudantes e funcionários da escola.
A gestão escolar para o docente auxilia na compreensão do mundo escolar, buscando entender o
cotidiano das pessoas envolvidas numa escola, principalmente se essa gestão for democrática e
transparente, uma gestão escolar capaz de compreender as pessoas, o ambiente onde vivem, a família,
os auxiliares e o entorno, pois esse faz com que o trabalho tenha um pouco mais de flexibilidade e
qualidade em administrar parte do todo ou de tudo uma parte (SILVA, 2021).
Amorim e Oliveira (2021) destacam que além da intensificação das desigualdades estruturais, a reforma
neoliberal das políticas públicas sociais, implementada a partir de 2016, trouxe retrocessos profundos para
a educação. Em plena pandemia provocada pela Covid-19, o retrocesso educacional relacionado ao
direito à educação da classe trabalhadora tem se intensificado, excluindo do processo educativo os
estudantes que, por motivos econômicos, não têm acesso às tecnologias digitais e à internet.
Nesse cenário, a gestão escolar democrática precisa assegurar o desenvolvimento socioeducacional
eficiente e a excelência do ensino ofertado aos estudantes, e tem como princípio a participação de toda a

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comunidade escolar na gestão da instituição de ensino. Ainda, é necessário o trabalho em equipe,


colaborativo e integrador, com base na construção de uma escola aberta às diferenças, onde todos
vivenciem experiências democráticas, buscando que o educando tenha acesso à educação de qualidade e
conhecimento sobre seus direitos e deveres (AMORIM; OLIVEIRA, 2021).
Para Oliveira, Sousa e Silva (2021) mesmo diante dos desafios a serem enfrentados, pela gestão e por
todo o ensino público, os gestores têm um papel significativo em liderar esse momento, juntamente, com
apoio do poder público. É importante salientar a relevância dos gestores em passar confiança, livrando-se
do medo, frustração para estimular aos demais a encarar esses desafios com otimismo. A gestão no
ambiente escolar deve ser democrática e participativa, contando com o apoio de todos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem.
Luna e Andrade (2021) destacam que, compreende-se que a prospecção de eventuais cenários no campo
educacional pós-pandemia é deveras desafiadora. Todavia, o domínio de novas tecnologias educacionais
em contextos de aprendizagem remota, o ensino híbrido, a educação a distância, a inteligência artificial
aplicada à educação, a gamificação, a inteligência de dados, e tantos outros elementos passaram a se
tornar imperativos para o bom desenvolvimento do trabalho realizado por docentes ou gestores
pedagógicos. Com a pandemia, sem a pandemia ou apesar da pandemia.
3 CONCLUSÃO
Esses componentes são destacados com base em um método de pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa descritiva para atingir os objetivos propostos. Ao propor articular, os desafios do gestor,
destacam-se os mais diversos atributos que lhe são conferidos. Esses pressupostos, por sua vez, têm
diferentes dimensões e efeitos sobre os mais diversos aspectos da escola. É importante ressaltar que o
gestor necessita de amplo treinamento e conhecimento desses atributos para que possa executá-los,
sempre com o objetivo maior de promover a melhoria da educação ministrada.
Portanto, de acordo com a literatura fornecida, os gestores escolares têm papel fundamental na
compreensão de suas atribuições. Ou seja, entender que a gestão é uma função coletiva, não apenas uma
atividade individual a ela atribuída. A partir dessa premissa, o gestor precisa entender que sua atuação
deve partir de um conceito sócio-histórico, e a escola está nele. Dessa forma, os gestores precisam de
espaços abertos, seja por meio de reuniões ou encontros, onde todos possam decidir quais são as
prioridades da agência, quais ações são necessárias para atingir as metas e onde as tarefas e
responsabilidades são escolhidas.
Como habilidades pessoais, empatia, observação, compreensão e autocontrole são considerados
extremamente necessários. São muitos desafios todos os dias. Portanto, os gestores precisam buscar a
integração de todos os profissionais como competências técnicas, proporcionar autonomia e desenvolver
senso crítico e responsável. Seja entre estudantes ou profissionais que trabalham. Desta forma, o
desenvolvimento intelectual e profissional dos alunos é desenvolvido no que diz respeito à qualidade do
processo de ensino e aprendizagem.
Portanto, hoje mais do que nunca, há a necessidade de promover uma educação baseada na governança
democrática. Cada vez mais as pessoas buscam a conexão entre escola e sociedade. Entende-se que há
a necessidade de aproximar os pais da convivência com seus filhos na escola. O gestor, por meio de sua
contribuição, tem grande influência na eficácia desses programas e na eficácia dos programas de ensino
para garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de uma educação de qualidade.
Nesse contexto pós-pandemia, mudanças importantes estão ocorrendo na relação entre humanos,
máquinas e tecnologia, com grandes implicações para todo o contexto educacional. É preciso observá-los
, investigá-los, analisá-los, estudá-los, compreendê-los. Sem dúvida, este é um momento oportuno e

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inspirador para ampliar a reflexão e a pesquisa nos mais amplos campos do conhecimento, aliando o
poder da teoria científica ao pragmatismo da realidade para construir novas perspectivas e conhecimentos
, além de descobertas inestimáveis.
Portanto, este estudo apresenta algumas limitações em esclarecer as leis e formações que regem esses
papéis. Essas limitações são intencionais, pois o objetivo não se estende a ambos. É, no entanto, que
outros estudos sobre o tema dos atributos do gestor de uma instituição de ensino são sugeridos em
termos dos atributos legais que lhe são conferidos e sua relação com a formação necessária ou desejada.
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em: HYPERLINK "https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1718/Farias_Cristina_Helena_Bento.pdf
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papel e importância da gestão democrática dentro de uma instituição de ensino no período da pós-
pandemia. Para tanto a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa e
descritiva, através de conteúdos já pesquisados e publicados nos bancos de dados online e em materiais
impressos, tais como livros específicos. Enquanto resultados foi possível destacar a partir da literatura, as
mais variadas atribuições, o que permite o uso da terminologia de ?papéis?. Esses são de fundamental
importância, uma vez que, na pessoa do gestor dão organicidade e efetividade aos projetos e ações
pedagógicas dentro e fora da escola. Foi possível identificar categorias de papeis administrativos,
pedagógicos e sociais/culturais. Na primeira identificou-se todos os papeis relacionados aos aspectos
administração, finanças e coordenação ao nível operacional dentro da instituição. Nos aspectos
pedagógicos, os papeis condizem com a necessidade de acompanhamento, avaliação e desenvolvimento
de projetos e ações voltadas para a qualidade da educação, ao ambiente agradável, atenção especial às
relações professor-aluno e sua respectiva aprendizagem. Já no último aspecto, reúne todos os papeis
condizentes à motivação e oportunidade da participação de todos os profissionais, pais e comunidade
escolar como um todo, nas decisões, debates, reflexões e ações a serem tomadas. Portanto, conclui-se
com esse estudo que, a gestão educacional assume uma posição de extrema importância para o bom
funcionamento da instituição, para a solução adequada dos conflitos, para assegurar o diálogo e o trabalho
interdisciplinar, bem como para garantir uma educação de qualidade e na efetividade da função social da
escola, no contexto no qual está inserida, principalmente em um contexto de fragilização, descaso político
da educação no período pós-pandemia.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Papel. Escola. Educação. Administração. Pós-Pandemia.

INTRODUÇÃO
O presente estudo se delineia sobre o tema gestão educacional. Nesse sentido, articula as mais variadas
funções e atribuições do gestor de uma instituição de ensino, a responsabilidade das ações concretizadas
e a articulação teórica e prática nos mais diversos níveis administrativos dentro da escola.
Dessa forma, tendo como referencial a nossa realidade educacional e os novos desafios advindos com a

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pandemia e pós pandemia, juntamente ao compromisso da obtenção de melhorias de ensino, tivemos


neste artigo o objetivo de refletir e analisar a atual realidade da gestão escolar e da gestão da sala de aula
, visando propor alternativas a serem consideradas nesse novo contexto socioeducacional.
Possui enquanto objetivo principal, elucidar o papel e importância da gestão democrática dentro de uma
instituição de ensino no período da pós-pandemia. A partir disso, busca conhecer esses papéis e as
respectivas influências que esses exercem no processo administrativo, analisar as competências técnicas
e pessoais necessários ao gestor, no cumprimento de suas respectivas funções e descrever e articular os
desafios na execução desses papéis no período pós-pandemia.
Para tanto propõe-se a responder ao questionamento inicial: Quais são os papéis e qual a importância da
gestão educacional?
A elucidação desses papéis é de fundamental relevância, uma vez que os mesmos possuem relação
direta com a qualidade da educação efetivada na instituição. Dessa forma, contribui significativamente
para ajustar as melhorias necessárias, identificar possíveis falhas e acentuar a participação da
comunidade escolar. Outro sim, a elucidação desses papeis favorece aos profissionais da educação na
medida em que encontram respaldo e apoio em seu trabalho.
Para alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho se caracteriza enquanto uma pesquisa
bibliográfica, descritiva e qualitativa. Busca articular a literatura já publicada através dos principais teóricos
que discorrem sobre a temática. O presente estudo está configurado em duas principais partes: a primeira
delineando a gestão educacional enquanto atribuições, a importância e a responsabilidade da mesma. Já
na segunda parte, buscou-se relacionar os aspectos da gestão sob o olhar da liderança, abordando os
componentes técnicos e comportamentais necessários ao gestor.

2 GESTÃO DEMOCRÁTICA

2.1 Gestão democrática: princípios, responsabilidades e importância

O gestor se constitui enquanto uma função de extrema importância dentro de uma instituição de ensino.
Compreendendo-se na atualidade a necessidade do desenvolvimento de uma escola democrática, a qual
efetivamente corresponde ao desejo de desenvolver uma educação de qualidade e a real aprendizagem
de seus alunos. Nesse aspecto Lück (2013) contribui ao destacar que o gestor assume o papel de garantir
o clima e a cultura organizacional dentro da instituição.
Para Lück (2013) o principal papel do gestor de uma instituição de ensino seria a liderança. Nesse sentido
, expressa que, as atribuições de coordenação e de orientação dos mais variados projetos e ações dentro
da escola, requerem competências profissionais muito além das exigidas para o docente e
consequentemente sua atuação requer habilidades maiores que os exigidos dentro de uma sala de aula.
Segundo Faias (2007), a gestão escolar envolve muitas questões, de modo que a administração passa a
ser uma ?dimensão gerencial?. Entre outras coisas, a participação coletiva, a democratização das escolas
, o currículo, os programas instrucionais e muitos outros elementos que compõem a prática escolar fazem
parte da gestão escolar. Essa realidade dinâmica pressupõe movimento, interação de ideias, formas de
organização, por isso deve ser "naturalmente conflitante", questão que me chamou a atenção o tempo
todo.
Para Oliveira (2008, p.64) ?Novas formas de organização e controle do sistema de ensino vem resultando
em mudanças nas relações de trabalho na escola [...]?. Compreende-se que, o papel exigido para a
atuação enquanto gestor requerem habilidade e competências administrativas, financeiras e humanas.

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Dessa forma, torna-se necessário para o gestor, possui conhecimentos sobre a legislação que lhe
assegura essa função, bem como a formação acadêmica necessária para o cargo.
De acordo com Lück (2013) a formação do gestor possui influências direta sobre o seu desempenho e
seus resultados poderão ser positivos ou negativos em termos de qualidade e efetividade. Ressalta ainda
que, a formação deve perpassar a necessidade de fazer da escola. Dessa forma, necessita levar em
considerações as atribuições sociais e culturais no qual a escola está inserida e ao mesmo tempo
necessita atuar, enquanto função social.
Na perspectiva administrativa, o papel do gestor é garantir uma gestão democrática e participativa. Dessa
forma exige-se do mesmo, habilidades profissionais e pessoais para coordenar as discussões, os debates
, promover e estimular a participação de todos os integrantes da escola, bem como de toda a comunidade
escolar, nas decisões e planejamentos das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
Garantindo assim, resultados positivos no desenvolvimento de uma educação autônoma, participativa e
democrática (SAMPAIO, 2004).
A educação é um conjunto de ações pedagógicas que, que por sua intervém no processo de formação dos
indivíduos de uma forma integral. Para tanto, é necessária uma integração com o contexto social e
histórico no qual a escola se conceitua. Para isso, torna-se necessário um conjunto de ações pedagógicas
devidamente organizadas e coordenadas. Essa coordenação, portanto, atribui-se a uma administração
escolar efetiva, ou seja, enquanto responsabilidade do gestor educacional (SAMPAIO, 2004).
Para Libâneo (2004), no entanto, a administração escolar se associada à variados modelos. Esses, cada
qual possui as suas concepções baseadas no momento histórico no qual foram desenvolvidos. Um dos
modelos citado pelo autor é o da Qualidade total, enquanto método e técnica de gerenciamento escolar.
Outra concepção descrita pelo autor é a gestão democrática. Nessa, compreende os alunos, os
professores e todos os funcionários da escola enquanto membros participantes do processo de
gerenciamento tomados de decisões e aplicações das ações. O autor destaca que, na concepção
democrática, esses profissionais não são mais meros objetos, mas sim, coautores no processo gerencial e
educacional da escola.
As relações interpessoais são o foco da gestão escolar. É necessário um espaço para refletir com
professores e alunos sobre os tipos de relações que vivenciam dentro da escola. Se estão contribuindo
para a construção de escolas democráticas, ou se estão sendo disfarçados em nome da chamada
autonomia escolar (FARIAS, 2007).
Cabe, portanto, dentro dessa perspectiva, o papel do gestor de compreender e partilhar dessa visão
administrativa. Torna-se necessário, o gestor assumir a responsabilidade de motivar, apoiar e incentivar a
participação de todos os profissionais, pais e comunidade escolar na participação da gestão. Dessa forma
, abrindo espaço para, tais como reuniões, espaços na escola, onde a comunidade possa se fazer
presente, conciliando os melhores horários que favorece a participação dos pais e comunidade, bem como
favorecer o diálogo e a escuta.
Para Martins (2008) o gestor desempenha o papel de articulador das mais diversas esferas da escola.
Para o autor, o gestor necessita conhecer todo o sistema escolar no qual atuam, possuir conhecimentos
sobre as políticas educacionais, as diretrizes legais, habilidade e conhecimento sobre a relação entre a
escola e a sociedade, a função social que a escola assume, o conhecimento sobre o funcionamento
interno da instituição, as formas de gestão, os métodos de ensino e as relações estabelecidas entre o
professor e o aluno.

2.2 Principais competências necessárias

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Dessa forma, Libâneo (2004) descreve uma série de papéis atribuídos ao gestor. Para o autor, a gestão de
define enquanto um conjunto de ações, por meio das quais são utilizados todos os meios e procedimentos
, envolvendo os aspectos gerenciais e técnico-administrativos para alcançar os objetivos propostos pela
instituição.
A qualidade da educação está diretamente relacionada à capacidade de cada profissional que atua na
instituição. Desse modo, a preparação e a capacidade com que cada um atua, juntamente com uma
coordenação efetiva por parte do gestor, garante a formação humana, o desenvolvimento de atitudes,
habilidades e saberes, que vem de encontro com a supressão e o enfrentamento dos mais diversos
desafios que se estabelecem na escola na atualidade (LÜCK, 2013).
Para o autor ainda, as competências de um determinado profissional podem ser compreendidas a partir de
duas perspectivas: a competência da função e a competência pessoal. Na primeira, o autor destaca que,
se configura enquanto um conjunto de padrões mínimos exigidos, de maneira que uma determinada
função seja desempenhada com responsabilidade. Já enquanto competências pessoais, essas se
configuram enquanto a capacidade do indivíduo de executar a função ou a responsabilidade atribuída.
Ao abordar os papeis do gestor, numa instituição de ensino, torna-se uma necessidade a formação
específica e continuada, de modo que esse aprimore as suas competências. Essas por sua vez, no papel
do gestor, de promover a organização, garantir a participação nos mais diversos segmentos da escola,
bem como articular os recursos financeiros e materiais, com o objetivo principal de desenvolver, aprimorar
e qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com o autor, a instituição escolar estabelece enquanto objetivo principal garantir o processo de
ensino e aprendizagem, garantindo assim uma educação de qualidade. Diante disso, o gestor assume o
papel de supervisionar e responder a todas as questões relativas aos projetos pedagógicos,
administrativos, bem como na sua relação com os pais e a comunidade local. Além disso, também, nas
mais variadas atividades desempenhadas na sociedade civil.
Ainda para o autor, outro papel fundamental do gestor é assegurar o patrimônio físico da instituição. Nesse
sentido, cabe ao gestor a supervisão, acompanhamento e solicitude no que se refere ao cuidado e
manutenção do espaço físico, dos materiais escolares, garantindo assim boas condições de trabalho dos
profissionais e espaço favorável ao desenvolvimento da aprendizagem dos seus alunos.
Outro papel atribuído ao gestor é a articulação entre o conhecimento e a sociedade. Dessa forma,
promover e articular a integração entre professores, alunos, pais e comunidade local. Para Libâneo (2004)
essa integração pode ser articulada através de atividades científicas, culturais, esportivas e pedagógicas.
Para o autor ainda, também constitui enquanto papel do gestor a coordenação administrativa e burocrática
da escola. Entre essas, destaca a responsabilidade referente a documentação, processos, normas
disciplinares, penalizações, emitir informações precisas e pontuais, estabelecimento de regimentos,
cronogramas e horários, bem como estabelecer controle sobre a as finanças e articulações com os
respectivos conselhos incrementados na instituição.
Para Libâneo (2004) ainda compete enquanto papel do gestor da instituição escolar, a forte articulação
com a educação desenvolvida em sala de aula. Dessa forma, ressalta a importância de acompanhamento
dos projetos pedagógicos, a produtividade dos professores em sala de aula, o gerenciamento das
dificuldades e desafios, estruturação do currículo escolar e o suporte pedagógico e emocional aos alunos,
professores e pais.
A gestão hoje é concebida enquanto um aspecto primordial para o bom funcionamento de qualquer
instituição. Dessa maneira a escola, enquanto uma instituição de ensino, também carece de uma gestão

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adequada para concretizar o seu papel na sociedade. Dessa forma o gestor possui um papel de extrema
importância, na medida em que, junto a equipe e à comunidade escolar, coordena e viabiliza os projetos
pedagógicos, possibilitando assim a busca pela qualidade da educação fornecida.
Para Paro (2006) a gestão escolar não é realizada unicamente por uma pessoa somente. No entanto essa
é concebida enquanto esforço de um grupo de pessoas que estão intrinsicamente relacionadas com a
educação e mais propriamente com a instituição escolar. Contudo, o autor ressalta que a palavra final é
dada pela pessoa do diretor, uma vez que este responde pelos aspectos legais e é responsável primeiro
pela ordem, controle e supervisão das atividades desenvolvidas.
A escola é uma instituição que objetiva em primeiro lugar a formação integral do ser humano. Dessa forma
, a sua atuação recai sobre o aluno e a busca pela qualidade da intervenção sobre o mesmo. Ou seja, a
busca pela qualidade do ensino e aprendizagem. Esse é o maio objetivo de uma instituição escolar e deve
ser a primeira meta a ser alcançada através da sua intervenção, atuação (PARO, 2006).
Nesse sentido, Paro (2006) ainda chama a atenção sobre o público-alvo desse objetivo ? o aluno. Para o
autor, qualquer instituição de bens de consumo, atua sobre a matéria prima através do processo de
transformação padronizada para a obtenção do produto final. No contexto escola, essa compreensão é
diferente, uma vez que a matéria prima é o próprio estudante ? um ser humano, com suas peculiaridades
próprias e sua própria realidade social e cultural.
Meneses (1998) destaca que o gestor assume o papel de autoridade escolar e educador. O primeiro
aspecto se remete as questões legais nos quais a escola se insere e no qual o diretor é o representante
legal e a personificação da instituição. Já nos aspectos de educador, cabe a gestor conhecer as técnicas,
conteúdos e metodologias empregadas pelos seus professores, a ele diretamente subordinados.
Portanto, o gestor escolar, mesmo atuando em qualquer dos modelos descritos por Meneses (1998), deve
possuir um profundo conhecimento em administração escolar e mais propriamente o conhecimento sobre
as leis e diretrizes que coordenam a educação. Para tanto, nos aspectos dos planos estudo, torna-se
necessário que este conheça a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) (Lei Federal nº9394/96); as Constituições
Federal e Estadual; o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8069/90); a Lei Orgânica do
Município na qual a sua instituição escolar está inserida; os Conselhos: Nacionais, Estadual e Municipal de
Educação; o Regimento Escolar; a Proposta Político-Pedagógica da escola em que estiver atuando
(LUCK, 2013).

2.3 Desafios Pós-Pandemia

Os autores Amorim e Oliveira (2021) destacam que gerir os desafios que surgiram em decorrência da
pandemia da covid-19 em ambiente educacional, foi e é um papel estratégico do gestor educacional em
conjunto com a comunidade escolar. Associar a tecnologia, os recursos materiais e de pessoal para
cumprir metas, desenvolver a educação fora do ambiente escolar democraticamente e com a intenção de
não acentuar ainda mais as desigualdades, que já é tão presente no cotidiano escolar, é um importante
passo para desenvolver a autonomia dos estudantes, colocar a comunidade educativa a par das
dificuldades da escola e fazer com que a família se faça presente na vida estudantil dos estudantes.
a relevância de uma gestão democrática, participativa e colaborativa torna-se ainda mais necessária no
momento de pandemia, considerando a escola como um centro de direitos e deveres, é crucial o contínuo
funcionamento escolar. Contudo, o gestor precisa criar estratégias capazes de oferecer suportes aos
alunos, responsáveis, professores e funcionários, sem prejudicar o processo educativo e sem riscos à
saúde destes sujeitos (ARAÚJO; MENEZES; VASCONCELOS, 2021).

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Para Basso e Pierozan (2021) pensar o retorno do ensino presencial foi outra medida que exigiu dos
gestores planejamentos e organizações nunca antes efetuados. Aqui novamente as condições para a
infância, chamam a atenção. A volta precisa respeitar os cuidados com a saúde, mas também, considerar
as relações afetivas e sociais. Os gestores assim, precisam também estender sua atenção para propor
que este momento seja tranquilo e acolhedor, em que toda a comunidade escolar esteja unida com o
mesmo propósito. Afinal, se o afastamento trouxe temores e incertezas, o retorno traz consigo reflexos de
perdas, angústias e medos, e que necessita da compreensão de todo o grupo envolvido com a
escolarização.
Peres (2021) destaca que, uma das maiores preocupações deverá residir na obtenção de estratégias
motivacionais, tanto para os estudantes como para o corpo docente, em função das proposições de
alteração para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. O projeto pedagógico da escola
sofrerá reestruturações, visando uma melhor adequação as novas propostas e possibilidades de ensino.
Caso a instituição ainda não esteja informatizada no que se referem aos setores administrativo, financeiro
e organizacional, ela deverá propor a informatização desses setores, visando diminuir o contato e o fluxo
de pessoas no interior da escola.
Nessa perspectiva, de enfrentamento às mudanças advindas da gestão escolar, em que não foi uma
opção, mas, uma imposição, em que os atores sociais: professores e alunos se depararam de um dia para
outro, com a necessidade de aprender-fazendo, visando uma educação que priorize a autonomia, a
criatividade desses atores, que imbriquem na emancipação, no aprender a aprender de forma autônoma,
critica e reflexiva, que por sua vez, resulte num conhecimento libertador na busca de sua autoformação
(MENDES, 2021).
De acordo com Peres (2020) a educação provavelmente conviverá com um misto de antigas e novas
propostas onde, para muitos, a educação em ambientes virtuais será uma realidade rotineira, para outros,
a educação pela televisão será a melhor possibilidade, para o demais, ainda um sistema de educação
presencial em forma de rodízio acompanhado de livros, cadernos e roteiros com orientações de estudos
para serem realizados em casa. O fato é que isso irá exigir uma gestão escolar diferenciada, e uma gestão
de sala de aula igualmente distinta. A gestão escolar deverá assumir uma proposta mais participativa e
menos centralizadora, de maior proximidade com a comunidade escolar, pautada em princípios e valores
éticos. Muito ligada aos protocolos de saúde, com especial preocupação em relação a saúde dos
estudantes e funcionários da escola.
A gestão escolar para o docente auxilia na compreensão do mundo escolar, buscando entender o
cotidiano das pessoas envolvidas numa escola, principalmente se essa gestão for democrática e
transparente, uma gestão escolar capaz de compreender as pessoas, o ambiente onde vivem, a família,
os auxiliares e o entorno, pois esse faz com que o trabalho tenha um pouco mais de flexibilidade e
qualidade em administrar parte do todo ou de tudo uma parte (SILVA, 2021).
Amorim e Oliveira (2021) destacam que além da intensificação das desigualdades estruturais, a reforma
neoliberal das políticas públicas sociais, implementada a partir de 2016, trouxe retrocessos profundos para
a educação. Em plena pandemia provocada pela Covid-19, o retrocesso educacional relacionado ao
direito à educação da classe trabalhadora tem se intensificado, excluindo do processo educativo os
estudantes que, por motivos econômicos, não têm acesso às tecnologias digitais e à internet.
Nesse cenário, a gestão escolar democrática precisa assegurar o desenvolvimento socioeducacional
eficiente e a excelência do ensino ofertado aos estudantes, e tem como princípio a participação de toda a
comunidade escolar na gestão da instituição de ensino. Ainda, é necessário o trabalho em equipe,
colaborativo e integrador, com base na construção de uma escola aberta às diferenças, onde todos

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vivenciem experiências democráticas, buscando que o educando tenha acesso à educação de qualidade e
conhecimento sobre seus direitos e deveres (AMORIM; OLIVEIRA, 2021).
Para Oliveira, Sousa e Silva (2021) mesmo diante dos desafios a serem enfrentados, pela gestão e por
todo o ensino público, os gestores têm um papel significativo em liderar esse momento, juntamente, com
apoio do poder público. É importante salientar a relevância dos gestores em passar confiança, livrando-se
do medo, frustração para estimular aos demais a encarar esses desafios com otimismo. A gestão no
ambiente escolar deve ser democrática e participativa, contando com o apoio de todos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem.
Luna e Andrade (2021) destacam que, compreende-se que a prospecção de eventuais cenários no campo
educacional pós-pandemia é deveras desafiadora. Todavia, o domínio de novas tecnologias educacionais
em contextos de aprendizagem remota, o ensino híbrido, a educação a distância, a inteligência artificial
aplicada à educação, a gamificação, a inteligência de dados, e tantos outros elementos passaram a se
tornar imperativos para o bom desenvolvimento do trabalho realizado por docentes ou gestores
pedagógicos. Com a pandemia, sem a pandemia ou apesar da pandemia.
3 CONCLUSÃO
Esses componentes são destacados com base em um método de pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa descritiva para atingir os objetivos propostos. Ao propor articular, os desafios do gestor,
destacam-se os mais diversos atributos que lhe são conferidos. Esses pressupostos, por sua vez, têm
diferentes dimensões e efeitos sobre os mais diversos aspectos da escola. É importante ressaltar que o
gestor necessita de amplo treinamento e conhecimento desses atributos para que possa executá-los,
sempre com o objetivo maior de promover a melhoria da educação ministrada.
Portanto, de acordo com a literatura fornecida, os gestores escolares têm papel fundamental na
compreensão de suas atribuições. Ou seja, entender que a gestão é uma função coletiva, não apenas uma
atividade individual a ela atribuída. A partir dessa premissa, o gestor precisa entender que sua atuação
deve partir de um conceito sócio-histórico, e a escola está nele. Dessa forma, os gestores precisam de
espaços abertos, seja por meio de reuniões ou encontros, onde todos possam decidir quais são as
prioridades da agência, quais ações são necessárias para atingir as metas e onde as tarefas e
responsabilidades são escolhidas.
Como habilidades pessoais, empatia, observação, compreensão e autocontrole são considerados
extremamente necessários. São muitos desafios todos os dias. Portanto, os gestores precisam buscar a
integração de todos os profissionais como competências técnicas, proporcionar autonomia e desenvolver
senso crítico e responsável. Seja entre estudantes ou profissionais que trabalham. Desta forma, o
desenvolvimento intelectual e profissional dos alunos é desenvolvido no que diz respeito à qualidade do
processo de ensino e aprendizagem.
Portanto, hoje mais do que nunca, há a necessidade de promover uma educação baseada na governança
democrática. Cada vez mais as pessoas buscam a conexão entre escola e sociedade. Entende-se que há
a necessidade de aproximar os pais da convivência com seus filhos na escola. O gestor, por meio de sua
contribuição, tem grande influência na eficácia desses programas e na eficácia dos programas de ensino
para garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de uma educação de qualidade.
Nesse contexto pós-pandemia, mudanças importantes estão ocorrendo na relação entre humanos,
máquinas e tecnologia, com grandes implicações para todo o contexto educacional. É preciso observá-los
, investigá-los, analisá-los, estudá-los, compreendê-los. Sem dúvida, este é um momento oportuno e
inspirador para ampliar a reflexão e a pesquisa nos mais amplos campos do conhecimento, aliando o
poder da teoria científica ao pragmatismo da realidade para construir novas perspectivas e conhecimentos

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, além de descobertas inestimáveis.


Portanto, este estudo apresenta algumas limitações em esclarecer as leis e formações que regem esses
papéis. Essas limitações são intencionais, pois o objetivo não se estende a ambos. É, no entanto, que
outros estudos sobre o tema dos atributos do gestor de uma instituição de ensino são sugeridos em
termos dos atributos legais que lhe são conferidos e sua relação com a formação necessária ou desejada.
REFERÊNCIAS
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LÜCK, Heloísa. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à Formação de seus Gestores. In:
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SAMPAIO, Dulce Moreira. A pedagogia do ser: educação dos sentimentos e dos valores humanos.
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SILVA, José Ronaldo da. Limites e possibilidades para a gestão democrática de escolas públicas durante
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Curso

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Arquivo 1: DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Arquivo 2: https://www.infoescola.com/pedagogia/o-papel-da-escola-segundo-a-concepcao-de-libaneo
(706 termos)
Termos comuns: 18
Similaridade: 0,38%
O texto abaixo é o conteúdo do documento DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS
PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.infoescola.com/pedagogia/o-
papel-da-escola-segundo-a-concepcao-de-libaneo (706 termos)

=================================================================================
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA
Autor

RESUMO- O presente trabalho se delineia sobre o tema da gestão educacional. Seu objetivo foi elucidar o
papel e importância da gestão democrática dentro de uma instituição de ensino no período da pós-
pandemia. Para tanto a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa e
descritiva, através de conteúdos já pesquisados e publicados nos bancos de dados online e em materiais
impressos, tais como livros específicos. Enquanto resultados foi possível destacar a partir da literatura, as
mais variadas atribuições, o que permite o uso da terminologia de ?papéis?. Esses são de fundamental
importância, uma vez que, na pessoa do gestor dão organicidade e efetividade aos projetos e ações
pedagógicas dentro e fora da escola. Foi possível identificar categorias de papeis administrativos,
pedagógicos e sociais/culturais. Na primeira identificou-se todos os papeis relacionados aos aspectos
administração, finanças e coordenação ao nível operacional dentro da instituição. Nos aspectos
pedagógicos, os papeis condizem com a necessidade de acompanhamento, avaliação e desenvolvimento
de projetos e ações voltadas para a qualidade da educação, ao ambiente agradável, atenção especial às
relações professor-aluno e sua respectiva aprendizagem. Já no último aspecto, reúne todos os papeis
condizentes à motivação e oportunidade da participação de todos os profissionais, pais e comunidade
escolar como um todo, nas decisões, debates, reflexões e ações a serem tomadas. Portanto, conclui-se
com esse estudo que, a gestão educacional assume uma posição de extrema importância para o bom
funcionamento da instituição, para a solução adequada dos conflitos, para assegurar o diálogo e o trabalho
interdisciplinar, bem como para garantir uma educação de qualidade e na efetividade da função social da
escola, no contexto no qual está inserida, principalmente em um contexto de fragilização, descaso político
da educação no período pós-pandemia.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Papel. Escola. Educação. Administração. Pós-Pandemia.

INTRODUÇÃO
O presente estudo se delineia sobre o tema gestão educacional. Nesse sentido, articula as mais variadas
funções e atribuições do gestor de uma instituição de ensino, a responsabilidade das ações concretizadas
e a articulação teórica e prática nos mais diversos níveis administrativos dentro da escola.

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Dessa forma, tendo como referencial a nossa realidade educacional e os novos desafios advindos com a
pandemia e pós pandemia, juntamente ao compromisso da obtenção de melhorias de ensino, tivemos
neste artigo o objetivo de refletir e analisar a atual realidade da gestão escolar e da gestão da sala de aula
, visando propor alternativas a serem consideradas nesse novo contexto socioeducacional.
Possui enquanto objetivo principal, elucidar o papel e importância da gestão democrática dentro de uma
instituição de ensino no período da pós-pandemia. A partir disso, busca conhecer esses papéis e as
respectivas influências que esses exercem no processo administrativo, analisar as competências técnicas
e pessoais necessários ao gestor, no cumprimento de suas respectivas funções e descrever e articular os
desafios na execução desses papéis no período pós-pandemia.
Para tanto propõe-se a responder ao questionamento inicial: Quais são os papéis e qual a importância da
gestão educacional?
A elucidação desses papéis é de fundamental relevância, uma vez que os mesmos possuem relação
direta com a qualidade da educação efetivada na instituição. Dessa forma, contribui significativamente
para ajustar as melhorias necessárias, identificar possíveis falhas e acentuar a participação da
comunidade escolar. Outro sim, a elucidação desses papeis favorece aos profissionais da educação na
medida em que encontram respaldo e apoio em seu trabalho.
Para alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho se caracteriza enquanto uma pesquisa
bibliográfica, descritiva e qualitativa. Busca articular a literatura já publicada através dos principais teóricos
que discorrem sobre a temática. O presente estudo está configurado em duas principais partes: a primeira
delineando a gestão educacional enquanto atribuições, a importância e a responsabilidade da mesma. Já
na segunda parte, buscou-se relacionar os aspectos da gestão sob o olhar da liderança, abordando os
componentes técnicos e comportamentais necessários ao gestor.

2 GESTÃO DEMOCRÁTICA

2.1 Gestão democrática: princípios, responsabilidades e importância

O gestor se constitui enquanto uma função de extrema importância dentro de uma instituição de ensino.
Compreendendo-se na atualidade a necessidade do desenvolvimento de uma escola democrática, a qual
efetivamente corresponde ao desejo de desenvolver uma educação de qualidade e a real aprendizagem
de seus alunos. Nesse aspecto Lück (2013) contribui ao destacar que o gestor assume o papel de garantir
o clima e a cultura organizacional dentro da instituição.
Para Lück (2013) o principal papel do gestor de uma instituição de ensino seria a liderança. Nesse sentido
, expressa que, as atribuições de coordenação e de orientação dos mais variados projetos e ações dentro
da escola, requerem competências profissionais muito além das exigidas para o docente e
consequentemente sua atuação requer habilidades maiores que os exigidos dentro de uma sala de aula.
Segundo Faias (2007), a gestão escolar envolve muitas questões, de modo que a administração passa a
ser uma ?dimensão gerencial?. Entre outras coisas, a participação coletiva, a democratização das escolas
, o currículo, os programas instrucionais e muitos outros elementos que compõem a prática escolar fazem
parte da gestão escolar. Essa realidade dinâmica pressupõe movimento, interação de ideias, formas de
organização, por isso deve ser "naturalmente conflitante", questão que me chamou a atenção o tempo
todo.
Para Oliveira (2008, p.64) ?Novas formas de organização e controle do sistema de ensino vem resultando
em mudanças nas relações de trabalho na escola [...]?. Compreende-se que, o papel exigido para a

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atuação enquanto gestor requerem habilidade e competências administrativas, financeiras e humanas.


Dessa forma, torna-se necessário para o gestor, possui conhecimentos sobre a legislação que lhe
assegura essa função, bem como a formação acadêmica necessária para o cargo.
De acordo com Lück (2013) a formação do gestor possui influências direta sobre o seu desempenho e
seus resultados poderão ser positivos ou negativos em termos de qualidade e efetividade. Ressalta ainda
que, a formação deve perpassar a necessidade de fazer da escola. Dessa forma, necessita levar em
considerações as atribuições sociais e culturais no qual a escola está inserida e ao mesmo tempo
necessita atuar, enquanto função social.
Na perspectiva administrativa, o papel do gestor é garantir uma gestão democrática e participativa. Dessa
forma exige-se do mesmo, habilidades profissionais e pessoais para coordenar as discussões, os debates
, promover e estimular a participação de todos os integrantes da escola, bem como de toda a comunidade
escolar, nas decisões e planejamentos das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
Garantindo assim, resultados positivos no desenvolvimento de uma educação autônoma, participativa e
democrática (SAMPAIO, 2004).
A educação é um conjunto de ações pedagógicas que, que por sua intervém no processo de formação dos
indivíduos de uma forma integral. Para tanto, é necessária uma integração com o contexto social e
histórico no qual a escola se conceitua. Para isso, torna-se necessário um conjunto de ações pedagógicas
devidamente organizadas e coordenadas. Essa coordenação, portanto, atribui-se a uma administração
escolar efetiva, ou seja, enquanto responsabilidade do gestor educacional (SAMPAIO, 2004).
Para Libâneo (2004), no entanto, a administração escolar se associada à variados modelos. Esses, cada
qual possui as suas concepções baseadas no momento histórico no qual foram desenvolvidos. Um dos
modelos citado pelo autor é o da Qualidade total, enquanto método e técnica de gerenciamento escolar.
Outra concepção descrita pelo autor é a gestão democrática. Nessa, compreende os alunos, os
professores e todos os funcionários da escola enquanto membros participantes do processo de
gerenciamento tomados de decisões e aplicações das ações. O autor destaca que, na concepção
democrática, esses profissionais não são mais meros objetos, mas sim, coautores no processo gerencial e
educacional da escola.
As relações interpessoais são o foco da gestão escolar. É necessário um espaço para refletir com
professores e alunos sobre os tipos de relações que vivenciam dentro da escola. Se estão contribuindo
para a construção de escolas democráticas, ou se estão sendo disfarçados em nome da chamada
autonomia escolar (FARIAS, 2007).
Cabe, portanto, dentro dessa perspectiva, o papel do gestor de compreender e partilhar dessa visão
administrativa. Torna-se necessário, o gestor assumir a responsabilidade de motivar, apoiar e incentivar a
participação de todos os profissionais, pais e comunidade escolar na participação da gestão. Dessa forma
, abrindo espaço para, tais como reuniões, espaços na escola, onde a comunidade possa se fazer
presente, conciliando os melhores horários que favorece a participação dos pais e comunidade, bem como
favorecer o diálogo e a escuta.
Para Martins (2008) o gestor desempenha o papel de articulador das mais diversas esferas da escola.
Para o autor, o gestor necessita conhecer todo o sistema escolar no qual atuam, possuir conhecimentos
sobre as políticas educacionais, as diretrizes legais, habilidade e conhecimento sobre a relação entre a
escola e a sociedade, a função social que a escola assume, o conhecimento sobre o funcionamento
interno da instituição, as formas de gestão, os métodos de ensino e as relações estabelecidas entre o
professor e o aluno.

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2.2 Principais competências necessárias

Dessa forma, Libâneo (2004) descreve uma série de papéis atribuídos ao gestor. Para o autor, a gestão de
define enquanto um conjunto de ações, por meio das quais são utilizados todos os meios e procedimentos
, envolvendo os aspectos gerenciais e técnico-administrativos para alcançar os objetivos propostos pela
instituição.
A qualidade da educação está diretamente relacionada à capacidade de cada profissional que atua na
instituição. Desse modo, a preparação e a capacidade com que cada um atua, juntamente com uma
coordenação efetiva por parte do gestor, garante a formação humana, o desenvolvimento de atitudes,
habilidades e saberes, que vem de encontro com a supressão e o enfrentamento dos mais diversos
desafios que se estabelecem na escola na atualidade (LÜCK, 2013).
Para o autor ainda, as competências de um determinado profissional podem ser compreendidas a partir de
duas perspectivas: a competência da função e a competência pessoal. Na primeira, o autor destaca que,
se configura enquanto um conjunto de padrões mínimos exigidos, de maneira que uma determinada
função seja desempenhada com responsabilidade. Já enquanto competências pessoais, essas se
configuram enquanto a capacidade do indivíduo de executar a função ou a responsabilidade atribuída.
Ao abordar os papeis do gestor, numa instituição de ensino, torna-se uma necessidade a formação
específica e continuada, de modo que esse aprimore as suas competências. Essas por sua vez, no papel
do gestor, de promover a organização, garantir a participação nos mais diversos segmentos da escola,
bem como articular os recursos financeiros e materiais, com o objetivo principal de desenvolver, aprimorar
e qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com o autor, a instituição escolar estabelece enquanto objetivo principal garantir o processo de
ensino e aprendizagem, garantindo assim uma educação de qualidade. Diante disso, o gestor assume o
papel de supervisionar e responder a todas as questões relativas aos projetos pedagógicos,
administrativos, bem como na sua relação com os pais e a comunidade local. Além disso, também, nas
mais variadas atividades desempenhadas na sociedade civil.
Ainda para o autor, outro papel fundamental do gestor é assegurar o patrimônio físico da instituição. Nesse
sentido, cabe ao gestor a supervisão, acompanhamento e solicitude no que se refere ao cuidado e
manutenção do espaço físico, dos materiais escolares, garantindo assim boas condições de trabalho dos
profissionais e espaço favorável ao desenvolvimento da aprendizagem dos seus alunos.
Outro papel atribuído ao gestor é a articulação entre o conhecimento e a sociedade. Dessa forma,
promover e articular a integração entre professores, alunos, pais e comunidade local. Para Libâneo (2004)
essa integração pode ser articulada através de atividades científicas, culturais, esportivas e pedagógicas.
Para o autor ainda, também constitui enquanto papel do gestor a coordenação administrativa e burocrática
da escola. Entre essas, destaca a responsabilidade referente a documentação, processos, normas
disciplinares, penalizações, emitir informações precisas e pontuais, estabelecimento de regimentos,
cronogramas e horários, bem como estabelecer controle sobre a as finanças e articulações com os
respectivos conselhos incrementados na instituição.
Para Libâneo (2004) ainda compete enquanto papel do gestor da instituição escolar, a forte articulação
com a educação desenvolvida em sala de aula. Dessa forma, ressalta a importância de acompanhamento
dos projetos pedagógicos, a produtividade dos professores em sala de aula, o gerenciamento das
dificuldades e desafios, estruturação do currículo escolar e o suporte pedagógico e emocional aos alunos,
professores e pais.
A gestão hoje é concebida enquanto um aspecto primordial para o bom funcionamento de qualquer

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instituição. Dessa maneira a escola, enquanto uma instituição de ensino, também carece de uma gestão
adequada para concretizar o seu papel na sociedade. Dessa forma o gestor possui um papel de extrema
importância, na medida em que, junto a equipe e à comunidade escolar, coordena e viabiliza os projetos
pedagógicos, possibilitando assim a busca pela qualidade da educação fornecida.
Para Paro (2006) a gestão escolar não é realizada unicamente por uma pessoa somente. No entanto essa
é concebida enquanto esforço de um grupo de pessoas que estão intrinsicamente relacionadas com a
educação e mais propriamente com a instituição escolar. Contudo, o autor ressalta que a palavra final é
dada pela pessoa do diretor, uma vez que este responde pelos aspectos legais e é responsável primeiro
pela ordem, controle e supervisão das atividades desenvolvidas.
A escola é uma instituição que objetiva em primeiro lugar a formação integral do ser humano. Dessa forma
, a sua atuação recai sobre o aluno e a busca pela qualidade da intervenção sobre o mesmo. Ou seja, a
busca pela qualidade do ensino e aprendizagem. Esse é o maio objetivo de uma instituição escolar e deve
ser a primeira meta a ser alcançada através da sua intervenção, atuação (PARO, 2006).
Nesse sentido, Paro (2006) ainda chama a atenção sobre o público-alvo desse objetivo ? o aluno. Para o
autor, qualquer instituição de bens de consumo, atua sobre a matéria prima através do processo de
transformação padronizada para a obtenção do produto final. No contexto escola, essa compreensão é
diferente, uma vez que a matéria prima é o próprio estudante ? um ser humano, com suas peculiaridades
próprias e sua própria realidade social e cultural.
Meneses (1998) destaca que o gestor assume o papel de autoridade escolar e educador. O primeiro
aspecto se remete as questões legais nos quais a escola se insere e no qual o diretor é o representante
legal e a personificação da instituição. Já nos aspectos de educador, cabe a gestor conhecer as técnicas,
conteúdos e metodologias empregadas pelos seus professores, a ele diretamente subordinados.
Portanto, o gestor escolar, mesmo atuando em qualquer dos modelos descritos por Meneses (1998), deve
possuir um profundo conhecimento em administração escolar e mais propriamente o conhecimento sobre
as leis e diretrizes que coordenam a educação. Para tanto, nos aspectos dos planos estudo, torna-se
necessário que este conheça a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) (Lei Federal nº9394/96); as Constituições
Federal e Estadual; o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8069/90); a Lei Orgânica do
Município na qual a sua instituição escolar está inserida; os Conselhos: Nacionais, Estadual e Municipal de
Educação; o Regimento Escolar; a Proposta Político-Pedagógica da escola em que estiver atuando
(LUCK, 2013).

2.3 Desafios Pós-Pandemia

Os autores Amorim e Oliveira (2021) destacam que gerir os desafios que surgiram em decorrência da
pandemia da covid-19 em ambiente educacional, foi e é um papel estratégico do gestor educacional em
conjunto com a comunidade escolar. Associar a tecnologia, os recursos materiais e de pessoal para
cumprir metas, desenvolver a educação fora do ambiente escolar democraticamente e com a intenção de
não acentuar ainda mais as desigualdades, que já é tão presente no cotidiano escolar, é um importante
passo para desenvolver a autonomia dos estudantes, colocar a comunidade educativa a par das
dificuldades da escola e fazer com que a família se faça presente na vida estudantil dos estudantes.
a relevância de uma gestão democrática, participativa e colaborativa torna-se ainda mais necessária no
momento de pandemia, considerando a escola como um centro de direitos e deveres, é crucial o contínuo
funcionamento escolar. Contudo, o gestor precisa criar estratégias capazes de oferecer suportes aos
alunos, responsáveis, professores e funcionários, sem prejudicar o processo educativo e sem riscos à

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saúde destes sujeitos (ARAÚJO; MENEZES; VASCONCELOS, 2021).


Para Basso e Pierozan (2021) pensar o retorno do ensino presencial foi outra medida que exigiu dos
gestores planejamentos e organizações nunca antes efetuados. Aqui novamente as condições para a
infância, chamam a atenção. A volta precisa respeitar os cuidados com a saúde, mas também, considerar
as relações afetivas e sociais. Os gestores assim, precisam também estender sua atenção para propor
que este momento seja tranquilo e acolhedor, em que toda a comunidade escolar esteja unida com o
mesmo propósito. Afinal, se o afastamento trouxe temores e incertezas, o retorno traz consigo reflexos de
perdas, angústias e medos, e que necessita da compreensão de todo o grupo envolvido com a
escolarização.
Peres (2021) destaca que, uma das maiores preocupações deverá residir na obtenção de estratégias
motivacionais, tanto para os estudantes como para o corpo docente, em função das proposições de
alteração para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. O projeto pedagógico da escola
sofrerá reestruturações, visando uma melhor adequação as novas propostas e possibilidades de ensino.
Caso a instituição ainda não esteja informatizada no que se referem aos setores administrativo, financeiro
e organizacional, ela deverá propor a informatização desses setores, visando diminuir o contato e o fluxo
de pessoas no interior da escola.
Nessa perspectiva, de enfrentamento às mudanças advindas da gestão escolar, em que não foi uma
opção, mas, uma imposição, em que os atores sociais: professores e alunos se depararam de um dia para
outro, com a necessidade de aprender-fazendo, visando uma educação que priorize a autonomia, a
criatividade desses atores, que imbriquem na emancipação, no aprender a aprender de forma autônoma,
critica e reflexiva, que por sua vez, resulte num conhecimento libertador na busca de sua autoformação
(MENDES, 2021).
De acordo com Peres (2020) a educação provavelmente conviverá com um misto de antigas e novas
propostas onde, para muitos, a educação em ambientes virtuais será uma realidade rotineira, para outros,
a educação pela televisão será a melhor possibilidade, para o demais, ainda um sistema de educação
presencial em forma de rodízio acompanhado de livros, cadernos e roteiros com orientações de estudos
para serem realizados em casa. O fato é que isso irá exigir uma gestão escolar diferenciada, e uma gestão
de sala de aula igualmente distinta. A gestão escolar deverá assumir uma proposta mais participativa e
menos centralizadora, de maior proximidade com a comunidade escolar, pautada em princípios e valores
éticos. Muito ligada aos protocolos de saúde, com especial preocupação em relação a saúde dos
estudantes e funcionários da escola.
A gestão escolar para o docente auxilia na compreensão do mundo escolar, buscando entender o
cotidiano das pessoas envolvidas numa escola, principalmente se essa gestão for democrática e
transparente, uma gestão escolar capaz de compreender as pessoas, o ambiente onde vivem, a família,
os auxiliares e o entorno, pois esse faz com que o trabalho tenha um pouco mais de flexibilidade e
qualidade em administrar parte do todo ou de tudo uma parte (SILVA, 2021).
Amorim e Oliveira (2021) destacam que além da intensificação das desigualdades estruturais, a reforma
neoliberal das políticas públicas sociais, implementada a partir de 2016, trouxe retrocessos profundos para
a educação. Em plena pandemia provocada pela Covid-19, o retrocesso educacional relacionado ao
direito à educação da classe trabalhadora tem se intensificado, excluindo do processo educativo os
estudantes que, por motivos econômicos, não têm acesso às tecnologias digitais e à internet.
Nesse cenário, a gestão escolar democrática precisa assegurar o desenvolvimento socioeducacional
eficiente e a excelência do ensino ofertado aos estudantes, e tem como princípio a participação de toda a
comunidade escolar na gestão da instituição de ensino. Ainda, é necessário o trabalho em equipe,

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colaborativo e integrador, com base na construção de uma escola aberta às diferenças, onde todos
vivenciem experiências democráticas, buscando que o educando tenha acesso à educação de qualidade e
conhecimento sobre seus direitos e deveres (AMORIM; OLIVEIRA, 2021).
Para Oliveira, Sousa e Silva (2021) mesmo diante dos desafios a serem enfrentados, pela gestão e por
todo o ensino público, os gestores têm um papel significativo em liderar esse momento, juntamente, com
apoio do poder público. É importante salientar a relevância dos gestores em passar confiança, livrando-se
do medo, frustração para estimular aos demais a encarar esses desafios com otimismo. A gestão no
ambiente escolar deve ser democrática e participativa, contando com o apoio de todos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem.
Luna e Andrade (2021) destacam que, compreende-se que a prospecção de eventuais cenários no campo
educacional pós-pandemia é deveras desafiadora. Todavia, o domínio de novas tecnologias educacionais
em contextos de aprendizagem remota, o ensino híbrido, a educação a distância, a inteligência artificial
aplicada à educação, a gamificação, a inteligência de dados, e tantos outros elementos passaram a se
tornar imperativos para o bom desenvolvimento do trabalho realizado por docentes ou gestores
pedagógicos. Com a pandemia, sem a pandemia ou apesar da pandemia.
3 CONCLUSÃO
Esses componentes são destacados com base em um método de pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa descritiva para atingir os objetivos propostos. Ao propor articular, os desafios do gestor,
destacam-se os mais diversos atributos que lhe são conferidos. Esses pressupostos, por sua vez, têm
diferentes dimensões e efeitos sobre os mais diversos aspectos da escola. É importante ressaltar que o
gestor necessita de amplo treinamento e conhecimento desses atributos para que possa executá-los,
sempre com o objetivo maior de promover a melhoria da educação ministrada.
Portanto, de acordo com a literatura fornecida, os gestores escolares têm papel fundamental na
compreensão de suas atribuições. Ou seja, entender que a gestão é uma função coletiva, não apenas uma
atividade individual a ela atribuída. A partir dessa premissa, o gestor precisa entender que sua atuação
deve partir de um conceito sócio-histórico, e a escola está nele. Dessa forma, os gestores precisam de
espaços abertos, seja por meio de reuniões ou encontros, onde todos possam decidir quais são as
prioridades da agência, quais ações são necessárias para atingir as metas e onde as tarefas e
responsabilidades são escolhidas.
Como habilidades pessoais, empatia, observação, compreensão e autocontrole são considerados
extremamente necessários. São muitos desafios todos os dias. Portanto, os gestores precisam buscar a
integração de todos os profissionais como competências técnicas, proporcionar autonomia e desenvolver
senso crítico e responsável. Seja entre estudantes ou profissionais que trabalham. Desta forma, o
desenvolvimento intelectual e profissional dos alunos é desenvolvido no que diz respeito à qualidade do
processo de ensino e aprendizagem.
Portanto, hoje mais do que nunca, há a necessidade de promover uma educação baseada na governança
democrática. Cada vez mais as pessoas buscam a conexão entre escola e sociedade. Entende-se que há
a necessidade de aproximar os pais da convivência com seus filhos na escola. O gestor, por meio de sua
contribuição, tem grande influência na eficácia desses programas e na eficácia dos programas de ensino
para garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de uma educação de qualidade.
Nesse contexto pós-pandemia, mudanças importantes estão ocorrendo na relação entre humanos,
máquinas e tecnologia, com grandes implicações para todo o contexto educacional. É preciso observá-los
, investigá-los, analisá-los, estudá-los, compreendê-los. Sem dúvida, este é um momento oportuno e
inspirador para ampliar a reflexão e a pesquisa nos mais amplos campos do conhecimento, aliando o

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poder da teoria científica ao pragmatismo da realidade para construir novas perspectivas e conhecimentos
, além de descobertas inestimáveis.
Portanto, este estudo apresenta algumas limitações em esclarecer as leis e formações que regem esses
papéis. Essas limitações são intencionais, pois o objetivo não se estende a ambos. É, no entanto, que
outros estudos sobre o tema dos atributos do gestor de uma instituição de ensino são sugeridos em
termos dos atributos legais que lhe são conferidos e sua relação com a formação necessária ou desejada.
REFERÊNCIAS
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FARIAS, Cristina Heleno Bento. As relações interpessoais na escola. Rio Grande do Sul, 2007. Disponível
em: HYPERLINK "https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1718/Farias_Cristina_Helena_Bento.pdf
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LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5. ed. Revisada e ampliada.
Goiânia: Alternativa, 2004.

LÜCK, Heloísa. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à Formação de seus Gestores. In:
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LUNA, Maria José de Matos; ANDRADE, Marcelo Bernardo de. Gestão pedagógica e direitos humanos no
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MENESES, J. G. C. Estrutura e Funcionamento da Educação Básica: Leituras. São Paulo: Pioneira, 1998.

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Democrático-participativa: desafios frente à pandemia em uma escola municipal. Ensino em Perspectivas,
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OLIVEIRA, Dalila Andrade (org.). Gestão Democrática da Educação. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

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PERES, Maria Regina. Novos desafios da gestão escolar e de sala de aula em tempos de pandemia
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SAMPAIO, Dulce Moreira. A pedagogia do ser: educação dos sentimentos e dos valores humanos.
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Curso

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Arquivo 1: DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Arquivo 2:
https://repositorio.ufsm.br/handle/1/31/browse?value=Farias%2C+Cristina+Helena+Bento&type=author
(233 termos)
Termos comuns: 11
Similaridade: 0,25%
O texto abaixo é o conteúdo do documento DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS
PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://repositorio.ufsm.br/handle/1/31/browse?value=Farias%2C+Cristina+Helena+Bento&type=author
(233 termos)

=================================================================================
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA
Autor

RESUMO- O presente trabalho se delineia sobre o tema da gestão educacional. Seu objetivo foi elucidar o
papel e importância da gestão democrática dentro de uma instituição de ensino no período da pós-
pandemia. Para tanto a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa e
descritiva, através de conteúdos já pesquisados e publicados nos bancos de dados online e em materiais
impressos, tais como livros específicos. Enquanto resultados foi possível destacar a partir da literatura, as
mais variadas atribuições, o que permite o uso da terminologia de ?papéis?. Esses são de fundamental
importância, uma vez que, na pessoa do gestor dão organicidade e efetividade aos projetos e ações
pedagógicas dentro e fora da escola. Foi possível identificar categorias de papeis administrativos,
pedagógicos e sociais/culturais. Na primeira identificou-se todos os papeis relacionados aos aspectos
administração, finanças e coordenação ao nível operacional dentro da instituição. Nos aspectos
pedagógicos, os papeis condizem com a necessidade de acompanhamento, avaliação e desenvolvimento
de projetos e ações voltadas para a qualidade da educação, ao ambiente agradável, atenção especial às
relações professor-aluno e sua respectiva aprendizagem. Já no último aspecto, reúne todos os papeis
condizentes à motivação e oportunidade da participação de todos os profissionais, pais e comunidade
escolar como um todo, nas decisões, debates, reflexões e ações a serem tomadas. Portanto, conclui-se
com esse estudo que, a gestão educacional assume uma posição de extrema importância para o bom
funcionamento da instituição, para a solução adequada dos conflitos, para assegurar o diálogo e o trabalho
interdisciplinar, bem como para garantir uma educação de qualidade e na efetividade da função social da
escola, no contexto no qual está inserida, principalmente em um contexto de fragilização, descaso político
da educação no período pós-pandemia.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Papel. Escola. Educação. Administração. Pós-Pandemia.

INTRODUÇÃO
O presente estudo se delineia sobre o tema gestão educacional. Nesse sentido, articula as mais variadas

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funções e atribuições do gestor de uma instituição de ensino, a responsabilidade das ações concretizadas
e a articulação teórica e prática nos mais diversos níveis administrativos dentro da escola.
Dessa forma, tendo como referencial a nossa realidade educacional e os novos desafios advindos com a
pandemia e pós pandemia, juntamente ao compromisso da obtenção de melhorias de ensino, tivemos
neste artigo o objetivo de refletir e analisar a atual realidade da gestão escolar e da gestão da sala de aula
, visando propor alternativas a serem consideradas nesse novo contexto socioeducacional.
Possui enquanto objetivo principal, elucidar o papel e importância da gestão democrática dentro de uma
instituição de ensino no período da pós-pandemia. A partir disso, busca conhecer esses papéis e as
respectivas influências que esses exercem no processo administrativo, analisar as competências técnicas
e pessoais necessários ao gestor, no cumprimento de suas respectivas funções e descrever e articular os
desafios na execução desses papéis no período pós-pandemia.
Para tanto propõe-se a responder ao questionamento inicial: Quais são os papéis e qual a importância da
gestão educacional?
A elucidação desses papéis é de fundamental relevância, uma vez que os mesmos possuem relação
direta com a qualidade da educação efetivada na instituição. Dessa forma, contribui significativamente
para ajustar as melhorias necessárias, identificar possíveis falhas e acentuar a participação da
comunidade escolar. Outro sim, a elucidação desses papeis favorece aos profissionais da educação na
medida em que encontram respaldo e apoio em seu trabalho.
Para alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho se caracteriza enquanto uma pesquisa
bibliográfica, descritiva e qualitativa. Busca articular a literatura já publicada através dos principais teóricos
que discorrem sobre a temática. O presente estudo está configurado em duas principais partes: a primeira
delineando a gestão educacional enquanto atribuições, a importância e a responsabilidade da mesma. Já
na segunda parte, buscou-se relacionar os aspectos da gestão sob o olhar da liderança, abordando os
componentes técnicos e comportamentais necessários ao gestor.

2 GESTÃO DEMOCRÁTICA

2.1 Gestão democrática: princípios, responsabilidades e importância

O gestor se constitui enquanto uma função de extrema importância dentro de uma instituição de ensino.
Compreendendo-se na atualidade a necessidade do desenvolvimento de uma escola democrática, a qual
efetivamente corresponde ao desejo de desenvolver uma educação de qualidade e a real aprendizagem
de seus alunos. Nesse aspecto Lück (2013) contribui ao destacar que o gestor assume o papel de garantir
o clima e a cultura organizacional dentro da instituição.
Para Lück (2013) o principal papel do gestor de uma instituição de ensino seria a liderança. Nesse sentido
, expressa que, as atribuições de coordenação e de orientação dos mais variados projetos e ações dentro
da escola, requerem competências profissionais muito além das exigidas para o docente e
consequentemente sua atuação requer habilidades maiores que os exigidos dentro de uma sala de aula.
Segundo Faias (2007), a gestão escolar envolve muitas questões, de modo que a administração passa a
ser uma ?dimensão gerencial?. Entre outras coisas, a participação coletiva, a democratização das escolas
, o currículo, os programas instrucionais e muitos outros elementos que compõem a prática escolar fazem
parte da gestão escolar. Essa realidade dinâmica pressupõe movimento, interação de ideias, formas de
organização, por isso deve ser "naturalmente conflitante", questão que me chamou a atenção o tempo
todo.

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Para Oliveira (2008, p.64) ?Novas formas de organização e controle do sistema de ensino vem resultando
em mudanças nas relações de trabalho na escola [...]?. Compreende-se que, o papel exigido para a
atuação enquanto gestor requerem habilidade e competências administrativas, financeiras e humanas.
Dessa forma, torna-se necessário para o gestor, possui conhecimentos sobre a legislação que lhe
assegura essa função, bem como a formação acadêmica necessária para o cargo.
De acordo com Lück (2013) a formação do gestor possui influências direta sobre o seu desempenho e
seus resultados poderão ser positivos ou negativos em termos de qualidade e efetividade. Ressalta ainda
que, a formação deve perpassar a necessidade de fazer da escola. Dessa forma, necessita levar em
considerações as atribuições sociais e culturais no qual a escola está inserida e ao mesmo tempo
necessita atuar, enquanto função social.
Na perspectiva administrativa, o papel do gestor é garantir uma gestão democrática e participativa. Dessa
forma exige-se do mesmo, habilidades profissionais e pessoais para coordenar as discussões, os debates
, promover e estimular a participação de todos os integrantes da escola, bem como de toda a comunidade
escolar, nas decisões e planejamentos das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
Garantindo assim, resultados positivos no desenvolvimento de uma educação autônoma, participativa e
democrática (SAMPAIO, 2004).
A educação é um conjunto de ações pedagógicas que, que por sua intervém no processo de formação dos
indivíduos de uma forma integral. Para tanto, é necessária uma integração com o contexto social e
histórico no qual a escola se conceitua. Para isso, torna-se necessário um conjunto de ações pedagógicas
devidamente organizadas e coordenadas. Essa coordenação, portanto, atribui-se a uma administração
escolar efetiva, ou seja, enquanto responsabilidade do gestor educacional (SAMPAIO, 2004).
Para Libâneo (2004), no entanto, a administração escolar se associada à variados modelos. Esses, cada
qual possui as suas concepções baseadas no momento histórico no qual foram desenvolvidos. Um dos
modelos citado pelo autor é o da Qualidade total, enquanto método e técnica de gerenciamento escolar.
Outra concepção descrita pelo autor é a gestão democrática. Nessa, compreende os alunos, os
professores e todos os funcionários da escola enquanto membros participantes do processo de
gerenciamento tomados de decisões e aplicações das ações. O autor destaca que, na concepção
democrática, esses profissionais não são mais meros objetos, mas sim, coautores no processo gerencial e
educacional da escola.
As relações interpessoais são o foco da gestão escolar. É necessário um espaço para refletir com
professores e alunos sobre os tipos de relações que vivenciam dentro da escola. Se estão contribuindo
para a construção de escolas democráticas, ou se estão sendo disfarçados em nome da chamada
autonomia escolar (FARIAS, 2007).
Cabe, portanto, dentro dessa perspectiva, o papel do gestor de compreender e partilhar dessa visão
administrativa. Torna-se necessário, o gestor assumir a responsabilidade de motivar, apoiar e incentivar a
participação de todos os profissionais, pais e comunidade escolar na participação da gestão. Dessa forma
, abrindo espaço para, tais como reuniões, espaços na escola, onde a comunidade possa se fazer
presente, conciliando os melhores horários que favorece a participação dos pais e comunidade, bem como
favorecer o diálogo e a escuta.
Para Martins (2008) o gestor desempenha o papel de articulador das mais diversas esferas da escola.
Para o autor, o gestor necessita conhecer todo o sistema escolar no qual atuam, possuir conhecimentos
sobre as políticas educacionais, as diretrizes legais, habilidade e conhecimento sobre a relação entre a
escola e a sociedade, a função social que a escola assume, o conhecimento sobre o funcionamento
interno da instituição, as formas de gestão, os métodos de ensino e as relações estabelecidas entre o

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professor e o aluno.

2.2 Principais competências necessárias

Dessa forma, Libâneo (2004) descreve uma série de papéis atribuídos ao gestor. Para o autor, a gestão de
define enquanto um conjunto de ações, por meio das quais são utilizados todos os meios e procedimentos
, envolvendo os aspectos gerenciais e técnico-administrativos para alcançar os objetivos propostos pela
instituição.
A qualidade da educação está diretamente relacionada à capacidade de cada profissional que atua na
instituição. Desse modo, a preparação e a capacidade com que cada um atua, juntamente com uma
coordenação efetiva por parte do gestor, garante a formação humana, o desenvolvimento de atitudes,
habilidades e saberes, que vem de encontro com a supressão e o enfrentamento dos mais diversos
desafios que se estabelecem na escola na atualidade (LÜCK, 2013).
Para o autor ainda, as competências de um determinado profissional podem ser compreendidas a partir de
duas perspectivas: a competência da função e a competência pessoal. Na primeira, o autor destaca que,
se configura enquanto um conjunto de padrões mínimos exigidos, de maneira que uma determinada
função seja desempenhada com responsabilidade. Já enquanto competências pessoais, essas se
configuram enquanto a capacidade do indivíduo de executar a função ou a responsabilidade atribuída.
Ao abordar os papeis do gestor, numa instituição de ensino, torna-se uma necessidade a formação
específica e continuada, de modo que esse aprimore as suas competências. Essas por sua vez, no papel
do gestor, de promover a organização, garantir a participação nos mais diversos segmentos da escola,
bem como articular os recursos financeiros e materiais, com o objetivo principal de desenvolver, aprimorar
e qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com o autor, a instituição escolar estabelece enquanto objetivo principal garantir o processo de
ensino e aprendizagem, garantindo assim uma educação de qualidade. Diante disso, o gestor assume o
papel de supervisionar e responder a todas as questões relativas aos projetos pedagógicos,
administrativos, bem como na sua relação com os pais e a comunidade local. Além disso, também, nas
mais variadas atividades desempenhadas na sociedade civil.
Ainda para o autor, outro papel fundamental do gestor é assegurar o patrimônio físico da instituição. Nesse
sentido, cabe ao gestor a supervisão, acompanhamento e solicitude no que se refere ao cuidado e
manutenção do espaço físico, dos materiais escolares, garantindo assim boas condições de trabalho dos
profissionais e espaço favorável ao desenvolvimento da aprendizagem dos seus alunos.
Outro papel atribuído ao gestor é a articulação entre o conhecimento e a sociedade. Dessa forma,
promover e articular a integração entre professores, alunos, pais e comunidade local. Para Libâneo (2004)
essa integração pode ser articulada através de atividades científicas, culturais, esportivas e pedagógicas.
Para o autor ainda, também constitui enquanto papel do gestor a coordenação administrativa e burocrática
da escola. Entre essas, destaca a responsabilidade referente a documentação, processos, normas
disciplinares, penalizações, emitir informações precisas e pontuais, estabelecimento de regimentos,
cronogramas e horários, bem como estabelecer controle sobre a as finanças e articulações com os
respectivos conselhos incrementados na instituição.
Para Libâneo (2004) ainda compete enquanto papel do gestor da instituição escolar, a forte articulação
com a educação desenvolvida em sala de aula. Dessa forma, ressalta a importância de acompanhamento
dos projetos pedagógicos, a produtividade dos professores em sala de aula, o gerenciamento das
dificuldades e desafios, estruturação do currículo escolar e o suporte pedagógico e emocional aos alunos,

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professores e pais.
A gestão hoje é concebida enquanto um aspecto primordial para o bom funcionamento de qualquer
instituição. Dessa maneira a escola, enquanto uma instituição de ensino, também carece de uma gestão
adequada para concretizar o seu papel na sociedade. Dessa forma o gestor possui um papel de extrema
importância, na medida em que, junto a equipe e à comunidade escolar, coordena e viabiliza os projetos
pedagógicos, possibilitando assim a busca pela qualidade da educação fornecida.
Para Paro (2006) a gestão escolar não é realizada unicamente por uma pessoa somente. No entanto essa
é concebida enquanto esforço de um grupo de pessoas que estão intrinsicamente relacionadas com a
educação e mais propriamente com a instituição escolar. Contudo, o autor ressalta que a palavra final é
dada pela pessoa do diretor, uma vez que este responde pelos aspectos legais e é responsável primeiro
pela ordem, controle e supervisão das atividades desenvolvidas.
A escola é uma instituição que objetiva em primeiro lugar a formação integral do ser humano. Dessa forma
, a sua atuação recai sobre o aluno e a busca pela qualidade da intervenção sobre o mesmo. Ou seja, a
busca pela qualidade do ensino e aprendizagem. Esse é o maio objetivo de uma instituição escolar e deve
ser a primeira meta a ser alcançada através da sua intervenção, atuação (PARO, 2006).
Nesse sentido, Paro (2006) ainda chama a atenção sobre o público-alvo desse objetivo ? o aluno. Para o
autor, qualquer instituição de bens de consumo, atua sobre a matéria prima através do processo de
transformação padronizada para a obtenção do produto final. No contexto escola, essa compreensão é
diferente, uma vez que a matéria prima é o próprio estudante ? um ser humano, com suas peculiaridades
próprias e sua própria realidade social e cultural.
Meneses (1998) destaca que o gestor assume o papel de autoridade escolar e educador. O primeiro
aspecto se remete as questões legais nos quais a escola se insere e no qual o diretor é o representante
legal e a personificação da instituição. Já nos aspectos de educador, cabe a gestor conhecer as técnicas,
conteúdos e metodologias empregadas pelos seus professores, a ele diretamente subordinados.
Portanto, o gestor escolar, mesmo atuando em qualquer dos modelos descritos por Meneses (1998), deve
possuir um profundo conhecimento em administração escolar e mais propriamente o conhecimento sobre
as leis e diretrizes que coordenam a educação. Para tanto, nos aspectos dos planos estudo, torna-se
necessário que este conheça a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) (Lei Federal nº9394/96); as Constituições
Federal e Estadual; o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8069/90); a Lei Orgânica do
Município na qual a sua instituição escolar está inserida; os Conselhos: Nacionais, Estadual e Municipal de
Educação; o Regimento Escolar; a Proposta Político-Pedagógica da escola em que estiver atuando
(LUCK, 2013).

2.3 Desafios Pós-Pandemia

Os autores Amorim e Oliveira (2021) destacam que gerir os desafios que surgiram em decorrência da
pandemia da covid-19 em ambiente educacional, foi e é um papel estratégico do gestor educacional em
conjunto com a comunidade escolar. Associar a tecnologia, os recursos materiais e de pessoal para
cumprir metas, desenvolver a educação fora do ambiente escolar democraticamente e com a intenção de
não acentuar ainda mais as desigualdades, que já é tão presente no cotidiano escolar, é um importante
passo para desenvolver a autonomia dos estudantes, colocar a comunidade educativa a par das
dificuldades da escola e fazer com que a família se faça presente na vida estudantil dos estudantes.
a relevância de uma gestão democrática, participativa e colaborativa torna-se ainda mais necessária no
momento de pandemia, considerando a escola como um centro de direitos e deveres, é crucial o contínuo

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funcionamento escolar. Contudo, o gestor precisa criar estratégias capazes de oferecer suportes aos
alunos, responsáveis, professores e funcionários, sem prejudicar o processo educativo e sem riscos à
saúde destes sujeitos (ARAÚJO; MENEZES; VASCONCELOS, 2021).
Para Basso e Pierozan (2021) pensar o retorno do ensino presencial foi outra medida que exigiu dos
gestores planejamentos e organizações nunca antes efetuados. Aqui novamente as condições para a
infância, chamam a atenção. A volta precisa respeitar os cuidados com a saúde, mas também, considerar
as relações afetivas e sociais. Os gestores assim, precisam também estender sua atenção para propor
que este momento seja tranquilo e acolhedor, em que toda a comunidade escolar esteja unida com o
mesmo propósito. Afinal, se o afastamento trouxe temores e incertezas, o retorno traz consigo reflexos de
perdas, angústias e medos, e que necessita da compreensão de todo o grupo envolvido com a
escolarização.
Peres (2021) destaca que, uma das maiores preocupações deverá residir na obtenção de estratégias
motivacionais, tanto para os estudantes como para o corpo docente, em função das proposições de
alteração para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. O projeto pedagógico da escola
sofrerá reestruturações, visando uma melhor adequação as novas propostas e possibilidades de ensino.
Caso a instituição ainda não esteja informatizada no que se referem aos setores administrativo, financeiro
e organizacional, ela deverá propor a informatização desses setores, visando diminuir o contato e o fluxo
de pessoas no interior da escola.
Nessa perspectiva, de enfrentamento às mudanças advindas da gestão escolar, em que não foi uma
opção, mas, uma imposição, em que os atores sociais: professores e alunos se depararam de um dia para
outro, com a necessidade de aprender-fazendo, visando uma educação que priorize a autonomia, a
criatividade desses atores, que imbriquem na emancipação, no aprender a aprender de forma autônoma,
critica e reflexiva, que por sua vez, resulte num conhecimento libertador na busca de sua autoformação
(MENDES, 2021).
De acordo com Peres (2020) a educação provavelmente conviverá com um misto de antigas e novas
propostas onde, para muitos, a educação em ambientes virtuais será uma realidade rotineira, para outros,
a educação pela televisão será a melhor possibilidade, para o demais, ainda um sistema de educação
presencial em forma de rodízio acompanhado de livros, cadernos e roteiros com orientações de estudos
para serem realizados em casa. O fato é que isso irá exigir uma gestão escolar diferenciada, e uma gestão
de sala de aula igualmente distinta. A gestão escolar deverá assumir uma proposta mais participativa e
menos centralizadora, de maior proximidade com a comunidade escolar, pautada em princípios e valores
éticos. Muito ligada aos protocolos de saúde, com especial preocupação em relação a saúde dos
estudantes e funcionários da escola.
A gestão escolar para o docente auxilia na compreensão do mundo escolar, buscando entender o
cotidiano das pessoas envolvidas numa escola, principalmente se essa gestão for democrática e
transparente, uma gestão escolar capaz de compreender as pessoas, o ambiente onde vivem, a família,
os auxiliares e o entorno, pois esse faz com que o trabalho tenha um pouco mais de flexibilidade e
qualidade em administrar parte do todo ou de tudo uma parte (SILVA, 2021).
Amorim e Oliveira (2021) destacam que além da intensificação das desigualdades estruturais, a reforma
neoliberal das políticas públicas sociais, implementada a partir de 2016, trouxe retrocessos profundos para
a educação. Em plena pandemia provocada pela Covid-19, o retrocesso educacional relacionado ao
direito à educação da classe trabalhadora tem se intensificado, excluindo do processo educativo os
estudantes que, por motivos econômicos, não têm acesso às tecnologias digitais e à internet.
Nesse cenário, a gestão escolar democrática precisa assegurar o desenvolvimento socioeducacional

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eficiente e a excelência do ensino ofertado aos estudantes, e tem como princípio a participação de toda a
comunidade escolar na gestão da instituição de ensino. Ainda, é necessário o trabalho em equipe,
colaborativo e integrador, com base na construção de uma escola aberta às diferenças, onde todos
vivenciem experiências democráticas, buscando que o educando tenha acesso à educação de qualidade e
conhecimento sobre seus direitos e deveres (AMORIM; OLIVEIRA, 2021).
Para Oliveira, Sousa e Silva (2021) mesmo diante dos desafios a serem enfrentados, pela gestão e por
todo o ensino público, os gestores têm um papel significativo em liderar esse momento, juntamente, com
apoio do poder público. É importante salientar a relevância dos gestores em passar confiança, livrando-se
do medo, frustração para estimular aos demais a encarar esses desafios com otimismo. A gestão no
ambiente escolar deve ser democrática e participativa, contando com o apoio de todos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem.
Luna e Andrade (2021) destacam que, compreende-se que a prospecção de eventuais cenários no campo
educacional pós-pandemia é deveras desafiadora. Todavia, o domínio de novas tecnologias educacionais
em contextos de aprendizagem remota, o ensino híbrido, a educação a distância, a inteligência artificial
aplicada à educação, a gamificação, a inteligência de dados, e tantos outros elementos passaram a se
tornar imperativos para o bom desenvolvimento do trabalho realizado por docentes ou gestores
pedagógicos. Com a pandemia, sem a pandemia ou apesar da pandemia.
3 CONCLUSÃO
Esses componentes são destacados com base em um método de pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa descritiva para atingir os objetivos propostos. Ao propor articular, os desafios do gestor,
destacam-se os mais diversos atributos que lhe são conferidos. Esses pressupostos, por sua vez, têm
diferentes dimensões e efeitos sobre os mais diversos aspectos da escola. É importante ressaltar que o
gestor necessita de amplo treinamento e conhecimento desses atributos para que possa executá-los,
sempre com o objetivo maior de promover a melhoria da educação ministrada.
Portanto, de acordo com a literatura fornecida, os gestores escolares têm papel fundamental na
compreensão de suas atribuições. Ou seja, entender que a gestão é uma função coletiva, não apenas uma
atividade individual a ela atribuída. A partir dessa premissa, o gestor precisa entender que sua atuação
deve partir de um conceito sócio-histórico, e a escola está nele. Dessa forma, os gestores precisam de
espaços abertos, seja por meio de reuniões ou encontros, onde todos possam decidir quais são as
prioridades da agência, quais ações são necessárias para atingir as metas e onde as tarefas e
responsabilidades são escolhidas.
Como habilidades pessoais, empatia, observação, compreensão e autocontrole são considerados
extremamente necessários. São muitos desafios todos os dias. Portanto, os gestores precisam buscar a
integração de todos os profissionais como competências técnicas, proporcionar autonomia e desenvolver
senso crítico e responsável. Seja entre estudantes ou profissionais que trabalham. Desta forma, o
desenvolvimento intelectual e profissional dos alunos é desenvolvido no que diz respeito à qualidade do
processo de ensino e aprendizagem.
Portanto, hoje mais do que nunca, há a necessidade de promover uma educação baseada na governança
democrática. Cada vez mais as pessoas buscam a conexão entre escola e sociedade. Entende-se que há
a necessidade de aproximar os pais da convivência com seus filhos na escola. O gestor, por meio de sua
contribuição, tem grande influência na eficácia desses programas e na eficácia dos programas de ensino
para garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de uma educação de qualidade.
Nesse contexto pós-pandemia, mudanças importantes estão ocorrendo na relação entre humanos,
máquinas e tecnologia, com grandes implicações para todo o contexto educacional. É preciso observá-los

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, investigá-los, analisá-los, estudá-los, compreendê-los. Sem dúvida, este é um momento oportuno e


inspirador para ampliar a reflexão e a pesquisa nos mais amplos campos do conhecimento, aliando o
poder da teoria científica ao pragmatismo da realidade para construir novas perspectivas e conhecimentos
, além de descobertas inestimáveis.
Portanto, este estudo apresenta algumas limitações em esclarecer as leis e formações que regem esses
papéis. Essas limitações são intencionais, pois o objetivo não se estende a ambos. É, no entanto, que
outros estudos sobre o tema dos atributos do gestor de uma instituição de ensino são sugeridos em
termos dos atributos legais que lhe são conferidos e sua relação com a formação necessária ou desejada.
REFERÊNCIAS
AMORIM, Elaine Heloisa de; OLIVEIRA, Jussara de Fátima Alves Campos. Gestão escolar democrática
em tempos de pandemia. Trabalho de Conclusão de Curso. Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Goiano, 2021.

ARAÚJO, Antônia Silva; MENESES, José Marques; VASCONCELOS, Francisco Lucas Venuto. Os
desafios da gestão educacional democrática no cenário de pandemia. Ensino em Perspectivas, v. 2, n. 3, p
. 1-12, 2021.

BASSO, Crislaine Vargas; PIEROZAN, Sandra Simone Höpner. Desafios da gestão escolar: tempos de
incertezas na escola pública. Universidade Federal da Fronteira Sul, 2021.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394/96. Brasília: Senado, 1996. Disponível
em < HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm" \h http://www.planalto.gov.br
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FARIAS, Cristina Heleno Bento. As relações interpessoais na escola. Rio Grande do Sul, 2007. Disponível
em: HYPERLINK "https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1718/Farias_Cristina_Helena_Bento.pdf
?sequence=1&isAllowed=y" \h https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1718/Farias_Cristina_Helena_
Bento.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 09 ago. 2022.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5. ed. Revisada e ampliada.
Goiânia: Alternativa, 2004.

LÜCK, Heloísa. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à Formação de seus Gestores. In:
Em Aberto, n° 72 (Gestão Escolar e Formação de Gestores), Jun de 2013.

LUNA, Maria José de Matos; ANDRADE, Marcelo Bernardo de. Gestão pedagógica e direitos humanos no
contexto educacional (pós-) pandêmico. Revista Espaço Acadêmico, v. 20, p. 75-86, 2021.

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MENESES, J. G. C. Estrutura e Funcionamento da Educação Básica: Leituras. São Paulo: Pioneira, 1998.

MENDES, Conceição de Maria Carvalho. Os Efeitos Da Pandemia E Os Desafios De Superação Da

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Gestão Democrática Escolar. Revista Portuguesa de Educação Contemporânea, v. 2, n. 02, p. 42-52,


2021.

OLIVEIRA, Bruna Gessica; DE SOUSA, Antonia Nilene Portela; DA SILVA, Luena Brena Almeida. Gestão
Democrático-participativa: desafios frente à pandemia em uma escola municipal. Ensino em Perspectivas,
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OLIVEIRA, Dalila Andrade (org.). Gestão Democrática da Educação. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

PARO, V.H. Administração Escolar: Introdução Critica. São Paulo: Cortez, 2006.

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SAMPAIO, Dulce Moreira. A pedagogia do ser: educação dos sentimentos e dos valores humanos.
Petrópolis: Vozes, 2004.

SILVA, José Ronaldo da. Limites e possibilidades para a gestão democrática de escolas públicas durante
a suspensão das atividades presenciais devido à pandemia da Covid-19. 2021. Trabalho de Conclusão de
Curso

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=================================================================================
Arquivo 1: DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Arquivo 2: http://www.google.com.br/url?esrc=s (27 termos)
Termos comuns: 0
Similaridade: 0,00%
O texto abaixo é o conteúdo do documento DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS
PANDEMIA 0811.doc (4019 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento http://www.google.com.br/url?esrc=s (27
termos)

=================================================================================
DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA PÓS PANDEMIA
Autor

RESUMO- O presente trabalho se delineia sobre o tema da gestão educacional. Seu objetivo foi elucidar o
papel e importância da gestão democrática dentro de uma instituição de ensino no período da pós-
pandemia. Para tanto a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa e
descritiva, através de conteúdos já pesquisados e publicados nos bancos de dados online e em materiais
impressos, tais como livros específicos. Enquanto resultados foi possível destacar a partir da literatura, as
mais variadas atribuições, o que permite o uso da terminologia de ?papéis?. Esses são de fundamental
importância, uma vez que, na pessoa do gestor dão organicidade e efetividade aos projetos e ações
pedagógicas dentro e fora da escola. Foi possível identificar categorias de papeis administrativos,
pedagógicos e sociais/culturais. Na primeira identificou-se todos os papeis relacionados aos aspectos
administração, finanças e coordenação ao nível operacional dentro da instituição. Nos aspectos
pedagógicos, os papeis condizem com a necessidade de acompanhamento, avaliação e desenvolvimento
de projetos e ações voltadas para a qualidade da educação, ao ambiente agradável, atenção especial às
relações professor-aluno e sua respectiva aprendizagem. Já no último aspecto, reúne todos os papeis
condizentes à motivação e oportunidade da participação de todos os profissionais, pais e comunidade
escolar como um todo, nas decisões, debates, reflexões e ações a serem tomadas. Portanto, conclui-se
com esse estudo que, a gestão educacional assume uma posição de extrema importância para o bom
funcionamento da instituição, para a solução adequada dos conflitos, para assegurar o diálogo e o trabalho
interdisciplinar, bem como para garantir uma educação de qualidade e na efetividade da função social da
escola, no contexto no qual está inserida, principalmente em um contexto de fragilização, descaso político
da educação no período pós-pandemia.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Papel. Escola. Educação. Administração. Pós-Pandemia.

INTRODUÇÃO
O presente estudo se delineia sobre o tema gestão educacional. Nesse sentido, articula as mais variadas
funções e atribuições do gestor de uma instituição de ensino, a responsabilidade das ações concretizadas
e a articulação teórica e prática nos mais diversos níveis administrativos dentro da escola.
Dessa forma, tendo como referencial a nossa realidade educacional e os novos desafios advindos com a

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pandemia e pós pandemia, juntamente ao compromisso da obtenção de melhorias de ensino, tivemos


neste artigo o objetivo de refletir e analisar a atual realidade da gestão escolar e da gestão da sala de aula
, visando propor alternativas a serem consideradas nesse novo contexto socioeducacional.
Possui enquanto objetivo principal, elucidar o papel e importância da gestão democrática dentro de uma
instituição de ensino no período da pós-pandemia. A partir disso, busca conhecer esses papéis e as
respectivas influências que esses exercem no processo administrativo, analisar as competências técnicas
e pessoais necessários ao gestor, no cumprimento de suas respectivas funções e descrever e articular os
desafios na execução desses papéis no período pós-pandemia.
Para tanto propõe-se a responder ao questionamento inicial: Quais são os papéis e qual a importância da
gestão educacional?
A elucidação desses papéis é de fundamental relevância, uma vez que os mesmos possuem relação
direta com a qualidade da educação efetivada na instituição. Dessa forma, contribui significativamente
para ajustar as melhorias necessárias, identificar possíveis falhas e acentuar a participação da
comunidade escolar. Outro sim, a elucidação desses papeis favorece aos profissionais da educação na
medida em que encontram respaldo e apoio em seu trabalho.
Para alcançar os objetivos propostos, o presente trabalho se caracteriza enquanto uma pesquisa
bibliográfica, descritiva e qualitativa. Busca articular a literatura já publicada através dos principais teóricos
que discorrem sobre a temática. O presente estudo está configurado em duas principais partes: a primeira
delineando a gestão educacional enquanto atribuições, a importância e a responsabilidade da mesma. Já
na segunda parte, buscou-se relacionar os aspectos da gestão sob o olhar da liderança, abordando os
componentes técnicos e comportamentais necessários ao gestor.

2 GESTÃO DEMOCRÁTICA

2.1 Gestão democrática: princípios, responsabilidades e importância

O gestor se constitui enquanto uma função de extrema importância dentro de uma instituição de ensino.
Compreendendo-se na atualidade a necessidade do desenvolvimento de uma escola democrática, a qual
efetivamente corresponde ao desejo de desenvolver uma educação de qualidade e a real aprendizagem
de seus alunos. Nesse aspecto Lück (2013) contribui ao destacar que o gestor assume o papel de garantir
o clima e a cultura organizacional dentro da instituição.
Para Lück (2013) o principal papel do gestor de uma instituição de ensino seria a liderança. Nesse sentido
, expressa que, as atribuições de coordenação e de orientação dos mais variados projetos e ações dentro
da escola, requerem competências profissionais muito além das exigidas para o docente e
consequentemente sua atuação requer habilidades maiores que os exigidos dentro de uma sala de aula.
Segundo Faias (2007), a gestão escolar envolve muitas questões, de modo que a administração passa a
ser uma ?dimensão gerencial?. Entre outras coisas, a participação coletiva, a democratização das escolas
, o currículo, os programas instrucionais e muitos outros elementos que compõem a prática escolar fazem
parte da gestão escolar. Essa realidade dinâmica pressupõe movimento, interação de ideias, formas de
organização, por isso deve ser "naturalmente conflitante", questão que me chamou a atenção o tempo
todo.
Para Oliveira (2008, p.64) ?Novas formas de organização e controle do sistema de ensino vem resultando
em mudanças nas relações de trabalho na escola [...]?. Compreende-se que, o papel exigido para a
atuação enquanto gestor requerem habilidade e competências administrativas, financeiras e humanas.

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Dessa forma, torna-se necessário para o gestor, possui conhecimentos sobre a legislação que lhe
assegura essa função, bem como a formação acadêmica necessária para o cargo.
De acordo com Lück (2013) a formação do gestor possui influências direta sobre o seu desempenho e
seus resultados poderão ser positivos ou negativos em termos de qualidade e efetividade. Ressalta ainda
que, a formação deve perpassar a necessidade de fazer da escola. Dessa forma, necessita levar em
considerações as atribuições sociais e culturais no qual a escola está inserida e ao mesmo tempo
necessita atuar, enquanto função social.
Na perspectiva administrativa, o papel do gestor é garantir uma gestão democrática e participativa. Dessa
forma exige-se do mesmo, habilidades profissionais e pessoais para coordenar as discussões, os debates
, promover e estimular a participação de todos os integrantes da escola, bem como de toda a comunidade
escolar, nas decisões e planejamentos das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
Garantindo assim, resultados positivos no desenvolvimento de uma educação autônoma, participativa e
democrática (SAMPAIO, 2004).
A educação é um conjunto de ações pedagógicas que, que por sua intervém no processo de formação dos
indivíduos de uma forma integral. Para tanto, é necessária uma integração com o contexto social e
histórico no qual a escola se conceitua. Para isso, torna-se necessário um conjunto de ações pedagógicas
devidamente organizadas e coordenadas. Essa coordenação, portanto, atribui-se a uma administração
escolar efetiva, ou seja, enquanto responsabilidade do gestor educacional (SAMPAIO, 2004).
Para Libâneo (2004), no entanto, a administração escolar se associada à variados modelos. Esses, cada
qual possui as suas concepções baseadas no momento histórico no qual foram desenvolvidos. Um dos
modelos citado pelo autor é o da Qualidade total, enquanto método e técnica de gerenciamento escolar.
Outra concepção descrita pelo autor é a gestão democrática. Nessa, compreende os alunos, os
professores e todos os funcionários da escola enquanto membros participantes do processo de
gerenciamento tomados de decisões e aplicações das ações. O autor destaca que, na concepção
democrática, esses profissionais não são mais meros objetos, mas sim, coautores no processo gerencial e
educacional da escola.
As relações interpessoais são o foco da gestão escolar. É necessário um espaço para refletir com
professores e alunos sobre os tipos de relações que vivenciam dentro da escola. Se estão contribuindo
para a construção de escolas democráticas, ou se estão sendo disfarçados em nome da chamada
autonomia escolar (FARIAS, 2007).
Cabe, portanto, dentro dessa perspectiva, o papel do gestor de compreender e partilhar dessa visão
administrativa. Torna-se necessário, o gestor assumir a responsabilidade de motivar, apoiar e incentivar a
participação de todos os profissionais, pais e comunidade escolar na participação da gestão. Dessa forma
, abrindo espaço para, tais como reuniões, espaços na escola, onde a comunidade possa se fazer
presente, conciliando os melhores horários que favorece a participação dos pais e comunidade, bem como
favorecer o diálogo e a escuta.
Para Martins (2008) o gestor desempenha o papel de articulador das mais diversas esferas da escola.
Para o autor, o gestor necessita conhecer todo o sistema escolar no qual atuam, possuir conhecimentos
sobre as políticas educacionais, as diretrizes legais, habilidade e conhecimento sobre a relação entre a
escola e a sociedade, a função social que a escola assume, o conhecimento sobre o funcionamento
interno da instituição, as formas de gestão, os métodos de ensino e as relações estabelecidas entre o
professor e o aluno.

2.2 Principais competências necessárias

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Dessa forma, Libâneo (2004) descreve uma série de papéis atribuídos ao gestor. Para o autor, a gestão de
define enquanto um conjunto de ações, por meio das quais são utilizados todos os meios e procedimentos
, envolvendo os aspectos gerenciais e técnico-administrativos para alcançar os objetivos propostos pela
instituição.
A qualidade da educação está diretamente relacionada à capacidade de cada profissional que atua na
instituição. Desse modo, a preparação e a capacidade com que cada um atua, juntamente com uma
coordenação efetiva por parte do gestor, garante a formação humana, o desenvolvimento de atitudes,
habilidades e saberes, que vem de encontro com a supressão e o enfrentamento dos mais diversos
desafios que se estabelecem na escola na atualidade (LÜCK, 2013).
Para o autor ainda, as competências de um determinado profissional podem ser compreendidas a partir de
duas perspectivas: a competência da função e a competência pessoal. Na primeira, o autor destaca que,
se configura enquanto um conjunto de padrões mínimos exigidos, de maneira que uma determinada
função seja desempenhada com responsabilidade. Já enquanto competências pessoais, essas se
configuram enquanto a capacidade do indivíduo de executar a função ou a responsabilidade atribuída.
Ao abordar os papeis do gestor, numa instituição de ensino, torna-se uma necessidade a formação
específica e continuada, de modo que esse aprimore as suas competências. Essas por sua vez, no papel
do gestor, de promover a organização, garantir a participação nos mais diversos segmentos da escola,
bem como articular os recursos financeiros e materiais, com o objetivo principal de desenvolver, aprimorar
e qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com o autor, a instituição escolar estabelece enquanto objetivo principal garantir o processo de
ensino e aprendizagem, garantindo assim uma educação de qualidade. Diante disso, o gestor assume o
papel de supervisionar e responder a todas as questões relativas aos projetos pedagógicos,
administrativos, bem como na sua relação com os pais e a comunidade local. Além disso, também, nas
mais variadas atividades desempenhadas na sociedade civil.
Ainda para o autor, outro papel fundamental do gestor é assegurar o patrimônio físico da instituição. Nesse
sentido, cabe ao gestor a supervisão, acompanhamento e solicitude no que se refere ao cuidado e
manutenção do espaço físico, dos materiais escolares, garantindo assim boas condições de trabalho dos
profissionais e espaço favorável ao desenvolvimento da aprendizagem dos seus alunos.
Outro papel atribuído ao gestor é a articulação entre o conhecimento e a sociedade. Dessa forma,
promover e articular a integração entre professores, alunos, pais e comunidade local. Para Libâneo (2004)
essa integração pode ser articulada através de atividades científicas, culturais, esportivas e pedagógicas.
Para o autor ainda, também constitui enquanto papel do gestor a coordenação administrativa e burocrática
da escola. Entre essas, destaca a responsabilidade referente a documentação, processos, normas
disciplinares, penalizações, emitir informações precisas e pontuais, estabelecimento de regimentos,
cronogramas e horários, bem como estabelecer controle sobre a as finanças e articulações com os
respectivos conselhos incrementados na instituição.
Para Libâneo (2004) ainda compete enquanto papel do gestor da instituição escolar, a forte articulação
com a educação desenvolvida em sala de aula. Dessa forma, ressalta a importância de acompanhamento
dos projetos pedagógicos, a produtividade dos professores em sala de aula, o gerenciamento das
dificuldades e desafios, estruturação do currículo escolar e o suporte pedagógico e emocional aos alunos,
professores e pais.
A gestão hoje é concebida enquanto um aspecto primordial para o bom funcionamento de qualquer
instituição. Dessa maneira a escola, enquanto uma instituição de ensino, também carece de uma gestão

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adequada para concretizar o seu papel na sociedade. Dessa forma o gestor possui um papel de extrema
importância, na medida em que, junto a equipe e à comunidade escolar, coordena e viabiliza os projetos
pedagógicos, possibilitando assim a busca pela qualidade da educação fornecida.
Para Paro (2006) a gestão escolar não é realizada unicamente por uma pessoa somente. No entanto essa
é concebida enquanto esforço de um grupo de pessoas que estão intrinsicamente relacionadas com a
educação e mais propriamente com a instituição escolar. Contudo, o autor ressalta que a palavra final é
dada pela pessoa do diretor, uma vez que este responde pelos aspectos legais e é responsável primeiro
pela ordem, controle e supervisão das atividades desenvolvidas.
A escola é uma instituição que objetiva em primeiro lugar a formação integral do ser humano. Dessa forma
, a sua atuação recai sobre o aluno e a busca pela qualidade da intervenção sobre o mesmo. Ou seja, a
busca pela qualidade do ensino e aprendizagem. Esse é o maio objetivo de uma instituição escolar e deve
ser a primeira meta a ser alcançada através da sua intervenção, atuação (PARO, 2006).
Nesse sentido, Paro (2006) ainda chama a atenção sobre o público-alvo desse objetivo ? o aluno. Para o
autor, qualquer instituição de bens de consumo, atua sobre a matéria prima através do processo de
transformação padronizada para a obtenção do produto final. No contexto escola, essa compreensão é
diferente, uma vez que a matéria prima é o próprio estudante ? um ser humano, com suas peculiaridades
próprias e sua própria realidade social e cultural.
Meneses (1998) destaca que o gestor assume o papel de autoridade escolar e educador. O primeiro
aspecto se remete as questões legais nos quais a escola se insere e no qual o diretor é o representante
legal e a personificação da instituição. Já nos aspectos de educador, cabe a gestor conhecer as técnicas,
conteúdos e metodologias empregadas pelos seus professores, a ele diretamente subordinados.
Portanto, o gestor escolar, mesmo atuando em qualquer dos modelos descritos por Meneses (1998), deve
possuir um profundo conhecimento em administração escolar e mais propriamente o conhecimento sobre
as leis e diretrizes que coordenam a educação. Para tanto, nos aspectos dos planos estudo, torna-se
necessário que este conheça a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) (Lei Federal nº9394/96); as Constituições
Federal e Estadual; o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8069/90); a Lei Orgânica do
Município na qual a sua instituição escolar está inserida; os Conselhos: Nacionais, Estadual e Municipal de
Educação; o Regimento Escolar; a Proposta Político-Pedagógica da escola em que estiver atuando
(LUCK, 2013).

2.3 Desafios Pós-Pandemia

Os autores Amorim e Oliveira (2021) destacam que gerir os desafios que surgiram em decorrência da
pandemia da covid-19 em ambiente educacional, foi e é um papel estratégico do gestor educacional em
conjunto com a comunidade escolar. Associar a tecnologia, os recursos materiais e de pessoal para
cumprir metas, desenvolver a educação fora do ambiente escolar democraticamente e com a intenção de
não acentuar ainda mais as desigualdades, que já é tão presente no cotidiano escolar, é um importante
passo para desenvolver a autonomia dos estudantes, colocar a comunidade educativa a par das
dificuldades da escola e fazer com que a família se faça presente na vida estudantil dos estudantes.
a relevância de uma gestão democrática, participativa e colaborativa torna-se ainda mais necessária no
momento de pandemia, considerando a escola como um centro de direitos e deveres, é crucial o contínuo
funcionamento escolar. Contudo, o gestor precisa criar estratégias capazes de oferecer suportes aos
alunos, responsáveis, professores e funcionários, sem prejudicar o processo educativo e sem riscos à
saúde destes sujeitos (ARAÚJO; MENEZES; VASCONCELOS, 2021).

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Para Basso e Pierozan (2021) pensar o retorno do ensino presencial foi outra medida que exigiu dos
gestores planejamentos e organizações nunca antes efetuados. Aqui novamente as condições para a
infância, chamam a atenção. A volta precisa respeitar os cuidados com a saúde, mas também, considerar
as relações afetivas e sociais. Os gestores assim, precisam também estender sua atenção para propor
que este momento seja tranquilo e acolhedor, em que toda a comunidade escolar esteja unida com o
mesmo propósito. Afinal, se o afastamento trouxe temores e incertezas, o retorno traz consigo reflexos de
perdas, angústias e medos, e que necessita da compreensão de todo o grupo envolvido com a
escolarização.
Peres (2021) destaca que, uma das maiores preocupações deverá residir na obtenção de estratégias
motivacionais, tanto para os estudantes como para o corpo docente, em função das proposições de
alteração para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. O projeto pedagógico da escola
sofrerá reestruturações, visando uma melhor adequação as novas propostas e possibilidades de ensino.
Caso a instituição ainda não esteja informatizada no que se referem aos setores administrativo, financeiro
e organizacional, ela deverá propor a informatização desses setores, visando diminuir o contato e o fluxo
de pessoas no interior da escola.
Nessa perspectiva, de enfrentamento às mudanças advindas da gestão escolar, em que não foi uma
opção, mas, uma imposição, em que os atores sociais: professores e alunos se depararam de um dia para
outro, com a necessidade de aprender-fazendo, visando uma educação que priorize a autonomia, a
criatividade desses atores, que imbriquem na emancipação, no aprender a aprender de forma autônoma,
critica e reflexiva, que por sua vez, resulte num conhecimento libertador na busca de sua autoformação
(MENDES, 2021).
De acordo com Peres (2020) a educação provavelmente conviverá com um misto de antigas e novas
propostas onde, para muitos, a educação em ambientes virtuais será uma realidade rotineira, para outros,
a educação pela televisão será a melhor possibilidade, para o demais, ainda um sistema de educação
presencial em forma de rodízio acompanhado de livros, cadernos e roteiros com orientações de estudos
para serem realizados em casa. O fato é que isso irá exigir uma gestão escolar diferenciada, e uma gestão
de sala de aula igualmente distinta. A gestão escolar deverá assumir uma proposta mais participativa e
menos centralizadora, de maior proximidade com a comunidade escolar, pautada em princípios e valores
éticos. Muito ligada aos protocolos de saúde, com especial preocupação em relação a saúde dos
estudantes e funcionários da escola.
A gestão escolar para o docente auxilia na compreensão do mundo escolar, buscando entender o
cotidiano das pessoas envolvidas numa escola, principalmente se essa gestão for democrática e
transparente, uma gestão escolar capaz de compreender as pessoas, o ambiente onde vivem, a família,
os auxiliares e o entorno, pois esse faz com que o trabalho tenha um pouco mais de flexibilidade e
qualidade em administrar parte do todo ou de tudo uma parte (SILVA, 2021).
Amorim e Oliveira (2021) destacam que além da intensificação das desigualdades estruturais, a reforma
neoliberal das políticas públicas sociais, implementada a partir de 2016, trouxe retrocessos profundos para
a educação. Em plena pandemia provocada pela Covid-19, o retrocesso educacional relacionado ao
direito à educação da classe trabalhadora tem se intensificado, excluindo do processo educativo os
estudantes que, por motivos econômicos, não têm acesso às tecnologias digitais e à internet.
Nesse cenário, a gestão escolar democrática precisa assegurar o desenvolvimento socioeducacional
eficiente e a excelência do ensino ofertado aos estudantes, e tem como princípio a participação de toda a
comunidade escolar na gestão da instituição de ensino. Ainda, é necessário o trabalho em equipe,
colaborativo e integrador, com base na construção de uma escola aberta às diferenças, onde todos

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vivenciem experiências democráticas, buscando que o educando tenha acesso à educação de qualidade e
conhecimento sobre seus direitos e deveres (AMORIM; OLIVEIRA, 2021).
Para Oliveira, Sousa e Silva (2021) mesmo diante dos desafios a serem enfrentados, pela gestão e por
todo o ensino público, os gestores têm um papel significativo em liderar esse momento, juntamente, com
apoio do poder público. É importante salientar a relevância dos gestores em passar confiança, livrando-se
do medo, frustração para estimular aos demais a encarar esses desafios com otimismo. A gestão no
ambiente escolar deve ser democrática e participativa, contando com o apoio de todos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem.
Luna e Andrade (2021) destacam que, compreende-se que a prospecção de eventuais cenários no campo
educacional pós-pandemia é deveras desafiadora. Todavia, o domínio de novas tecnologias educacionais
em contextos de aprendizagem remota, o ensino híbrido, a educação a distância, a inteligência artificial
aplicada à educação, a gamificação, a inteligência de dados, e tantos outros elementos passaram a se
tornar imperativos para o bom desenvolvimento do trabalho realizado por docentes ou gestores
pedagógicos. Com a pandemia, sem a pandemia ou apesar da pandemia.
3 CONCLUSÃO
Esses componentes são destacados com base em um método de pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa descritiva para atingir os objetivos propostos. Ao propor articular, os desafios do gestor,
destacam-se os mais diversos atributos que lhe são conferidos. Esses pressupostos, por sua vez, têm
diferentes dimensões e efeitos sobre os mais diversos aspectos da escola. É importante ressaltar que o
gestor necessita de amplo treinamento e conhecimento desses atributos para que possa executá-los,
sempre com o objetivo maior de promover a melhoria da educação ministrada.
Portanto, de acordo com a literatura fornecida, os gestores escolares têm papel fundamental na
compreensão de suas atribuições. Ou seja, entender que a gestão é uma função coletiva, não apenas uma
atividade individual a ela atribuída. A partir dessa premissa, o gestor precisa entender que sua atuação
deve partir de um conceito sócio-histórico, e a escola está nele. Dessa forma, os gestores precisam de
espaços abertos, seja por meio de reuniões ou encontros, onde todos possam decidir quais são as
prioridades da agência, quais ações são necessárias para atingir as metas e onde as tarefas e
responsabilidades são escolhidas.
Como habilidades pessoais, empatia, observação, compreensão e autocontrole são considerados
extremamente necessários. São muitos desafios todos os dias. Portanto, os gestores precisam buscar a
integração de todos os profissionais como competências técnicas, proporcionar autonomia e desenvolver
senso crítico e responsável. Seja entre estudantes ou profissionais que trabalham. Desta forma, o
desenvolvimento intelectual e profissional dos alunos é desenvolvido no que diz respeito à qualidade do
processo de ensino e aprendizagem.
Portanto, hoje mais do que nunca, há a necessidade de promover uma educação baseada na governança
democrática. Cada vez mais as pessoas buscam a conexão entre escola e sociedade. Entende-se que há
a necessidade de aproximar os pais da convivência com seus filhos na escola. O gestor, por meio de sua
contribuição, tem grande influência na eficácia desses programas e na eficácia dos programas de ensino
para garantir o desenvolvimento integral dos alunos por meio de uma educação de qualidade.
Nesse contexto pós-pandemia, mudanças importantes estão ocorrendo na relação entre humanos,
máquinas e tecnologia, com grandes implicações para todo o contexto educacional. É preciso observá-los
, investigá-los, analisá-los, estudá-los, compreendê-los. Sem dúvida, este é um momento oportuno e
inspirador para ampliar a reflexão e a pesquisa nos mais amplos campos do conhecimento, aliando o
poder da teoria científica ao pragmatismo da realidade para construir novas perspectivas e conhecimentos

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, além de descobertas inestimáveis.


Portanto, este estudo apresenta algumas limitações em esclarecer as leis e formações que regem esses
papéis. Essas limitações são intencionais, pois o objetivo não se estende a ambos. É, no entanto, que
outros estudos sobre o tema dos atributos do gestor de uma instituição de ensino são sugeridos em
termos dos atributos legais que lhe são conferidos e sua relação com a formação necessária ou desejada.
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em: HYPERLINK "https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1718/Farias_Cristina_Helena_Bento.pdf
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