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Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


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Instruções
Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo
de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

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Versão do CopySpider: 2.2.0


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Modo: web / normal

Arquivos Termos comuns Similaridade


TCC FINAL 2023 LARISSA.docx X 269 2,23
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pde
busca/producoes_pde/2016/2016_artigo_mat_uel_mariadaconc
eicaomarquesbarradas.pdf
TCC FINAL 2023 LARISSA.docx X 154 1,86
https://www.ecycle.com.br/educacao-financeira
TCC FINAL 2023 LARISSA.docx X 124 1,74
https://www.cieepr.org.br/blog/a-importancia-da-educacao-
financeira
TCC FINAL 2023 LARISSA.docx X 105 1,54
https://www.vidaedinheiro.gov.br/educacao-financeira-no-brasil
TCC FINAL 2023 LARISSA.docx X 170 1,45
https://www.scielo.br/j/rap/a/XhqxBt4Cr9FLctVvzh8gLPb
TCC FINAL 2023 LARISSA.docx X 117 1,08
https://direcional.com.br/blog/financas/educacao-financeira
TCC FINAL 2023 LARISSA.docx X 89 0,90
https://www.bv.com.br/bv-inspira/orientacao-financeira/a-
importancia-de-saber-mais-sobre-financas-pessoais
TCC FINAL 2023 LARISSA.docx X 65 0,76
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/ocde.htm
TCC FINAL 2023 LARISSA.docx X 25 0,34
https://www.revistarefas.com.br/RevFATECZS/article/view/332
TCC FINAL 2023 LARISSA.docx X 9 0,09
https://www.oecd.org/finance/financial-education/46193051.pdf
Arquivos com problema de download
https://repositorio.ifes.edu.br/bitstream/handle/123456789/2140/ Não foi possível baixar o arquivo. É
TCC_Planejamentofinanceiropessoalefamiliar.pdf?sequence=1 recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - PKIX path
building failed:
sun.security.provider.certpath.SunCertPat
hBuilderException: unable to find valid
certification path to requested target

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Arquivo 1: TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Arquivo 2:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_artigo_m
at_uel_mariadaconceicaomarquesbarradas.pdf (6056 termos)
Termos comuns: 269
Similaridade: 2,23%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_artigo_m
at_uel_mariadaconceicaomarquesbarradas.pdf (6056 termos)

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA: A INFLUÊNCIA NA DECISÃO DE USAR O CARTÃO DE CRÉDITO

Larissa Pires Dos Passos


[1: Acadêmica de matemática da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]
Jefferson Ferreira Mesquita
[2: Professor Mestre e Doutorando em Ciências Exatas da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]

Resumo

Introdução: Tendo em vista que hoje o cartão de crédito é um dos métodos mais utilizado como forma de
pagamento, e, muitas das vezes utilizado de forma incorreta, e irresponsável por parte de alguns
individuos, fez-se necessário abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir
no uso racional do cartão de crédito??. O objetivo Geral da pesquisa é mostrar como a aplicação da
educação financeira é capaz de influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de
crédito. Para tanto foi necessário Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela
impacta a vida dos brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação
Financeira, Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito e de que forma a Educação
Financeira ajuda desenvolver habitos saudaveis relacionados ao cartão de Crédito. A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, a
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base em informações
diversas sobre um determinado assunto. Resultados: os resultados foram divididos em quatro seções. Na
primeira apresenta-se o contexto e as principais observações sobre a educação financeira no Brasil. Na
segunda aborda-se as relações entre o cartão de crédito e o endividamento. Na terceira, a educação
financeira como qualidade de vida e, por fim, na quarta seção os fatores que influenciam no endividamento
no cartão de crédito. Considerações finais: Diante disso, verificou-se que a Educação Financeira contribui
para o controle de gasto com o cartão de crédito, onde foi possível concluir que a educação financeira não
se trata apenas de gestão do dinheiro, mas também de qualidadede vida que pode ser adquirida junto a

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hábitos simples como controlar, poupar, investir e fazer escolhas que mantenham a saúde financeira do
individuo.

Palavras chaves: Educação Financeira, Cartão de Crédito, Endividamento.

INTRODUÇÃO

Entende-se como educação financeira a maneira pela qual o indivíduo busca conhecimento para a gestão
dos seus bens. Essa temática tem sido muito abordada devido a cultura do consumismo, principalmente
influenciada pelos atuais canais de comunicação. Associado a isso, discute-se sobre o endividamento, em
especial relacionando com a facilidade de acesso ao crédito e materialismo no ato das compras de
serviços e produtos (CAMASSO et al., 2018).
A educação financeira envolve conhecimentos e competências que nos ajudam a fazer escolhas
inteligentes a respeito do dinheiro, transações financeiras e consumo. Dentre suas práticas inclui: poder
fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda, adotar ações que melhorem o seu bem-estar,
planejamento financeiro, independência financeira, entre outras (FERREIRA, 2017).
O uso do cartão de crédito faz com que o seu usuário fique suscetível a tomada de decisões, e muitas
delas de forma inadequadas. Dentre as decisões pessoais, a tomada de decisão financeira que tem
recebido mais atenção é o comportamento em relação ao uso do cartão de crédito (HAMID e LOKE,
2021).
Portanto, é importante adquirir conhecimentos relevantes sobre o setor financeiro com o objetivo de
reduzir o risco na escolha de investimentos e produtos financeiros. Além disso, há ampla evidência de que
, quanto maior for o nivel de conhecimento sobre Educação financeira, menor o risco de acúmulo de
dívidas. (LUSARDI e TUFANO, 2015; STNGO e Zinman, 2008).
Visando abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do
cartão de crédito??, este trabalho justifica-se por trata-se de um tema altamente relevante, e que traz
dados alarmantes sobre a falta de educação financeira, e as consequências disso.
A alfabetização financeira também aumenta a conscientização do consumidor sobre questões
Compensações risco-recompensa que permitem aos indivíduos avaliar melhor a tomada de decisões
economicamente (KLAPPER e LUSARDI, 2020).
Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é mostrar como a aplicação da educação financeira é capaz de
influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de crédito. De forma mais específica
, buscou-se Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela impacta a vida dos
brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação Financeira, Entender
como o baixo conhecimento sobre financias está relacionado com o excesso de gasto e endividamento
com o cartão de crédito. Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito.A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, A
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base eminformações
diversas sobre um determinado assunto.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Há muita discussão sobre a qualidade do ensino no Brasil. Em um mundo globalizado, é importante que as
pessoas tenham conhecimento e habilidades para lidar com questões do dia a dia, no trabalho, na
economia e em outros aspectos da sociedade. Para isso, é fundamental que as pessoas tenham
habilidades em interpretação de textos e matemática, pois essas áreas estão presentes em nosso
cotidiano.

2.1 A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL


E como está o sistema de ensino brasileiro nesse aspecto? As pessoas estão conseguindo adquirir o
conhecimento mínimo necessário para se adaptar ao mundo tecnológico e dinâmico em que vivemos?
A preocupação com a educação é tão importante que a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) trabalha para promover padrões internacionais para resolver
problemas ou situações nos setores econômico, financeiro, comercial, social e até ambiental. Essa
instituição foi criada em 1948 como Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OECE) e,
devido ao seu sucesso, os Estados Unidos e o Canadá se juntaram às nações que já faziam parte da
OECE. Em 1961, surgiu a OCDE, com sede em Paris, na França.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem dado muita atenção à
educação e, em 1997, desenvolveu o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que visa
avaliar o desempenho dos alunos em três áreas-chave: leitura, matemática e ciências. Desde a primeira
edição, em 2000, o Brasil participa voluntariamente. Os resultados mostram que o Brasil sempre se
classificou pior desde o primeiro teste.
Devido ao baixo desempenho em alguns países, a OCDE cria alternativas para ajudá-los a melhorar o
conhecimento dos alunos. Uma das ações sugeridas é a Educação Financeira, que pode ajudar a
melhorar a interpretação e a matemática.
Até 2010, havia poucas ações voltadas para a Educação Financeira no Brasil. Isso mudou com a criação
da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) com o Decreto 7397/2010, publicado no Diário
Oficial de União de 22 de dezembro de 2010. Desde então, a Educação Financeira começou a ganhar
importância, inclusive nas escolas. O site oficial da ENEF utiliza o seguinte conceito para EF:

Educação Financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua


compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação,
formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem
mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem
informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim,
podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis,
comprometidos com o futuro (OCDE, 2005).
Ainda, tratando de recursos pedagógicos com ênfase voltada para o seu ensino, pode-se dizer que,
Educação Financeira é um processo educativo que, por meio de aplicação de métodos próprios,
desenvolve atividades para auxiliar os consumidores a orçar e gerir a sua renda, a poupar e a investir; são
informações e formações significativas para que um cidadão exerça uma atividade, trabalho, profissão e
lazer, evitando tornarem-se vulneráveis às armadilhas impostas pelo capitalismo (NEGRI, 2010, p.19).

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A EF no Brasil começou a ganhar força com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
em 2017, na qual contempla a EF na Educação Básica.

2.2 CARTÃO DE CRÉDITO

Os cartões de crédito surgiram na década de 1920, quando bares e comércios ofereciam crédito aos
clientes fiéis. Mas, segundo a ABECS (2019) ?(Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços), o
cartão de crédito como conhecemos hoje começou em 1950. Frank MacNamara esqueceu seu talão de
cheques e dinheiro em um jantar com executivos financeiros em Nova York. O dono do restaurante aceitou
que a conta fosse paga no dia seguinte, desde que os convidados assinassem a fatura. Foi aí que Frank
teve a ideia de criar um mecanismo de controle para pagar contas de forma mais concentrada.

Foi assim que surgiu o primeiro cartão de crédito, o "Diners Club Card". Era um cartão de papel aceito em
27 restaurantes nos EUA e usado por 200 pessoas, principalmente amigos de MacNamara. Em 1952, o
cartão ganhou popularidade e passou a ser aceito em vários estabelecimentos.
Conforme argumenta Coelho (2010, p. 518), ?O cartão de crédito, propriamente dito, é o documento pelo
qual o titular prova, perante o fornecedor, a existência do contrato com a instituição financeira emissora?.
O cartão de crédito é fornecido por uma instituição financeira - IF. O cliente assina um contrato que
estabelece os termos de uso, taxas e juros. Hoje em dia, as instituições financeiras oferecem cartões de
débito e crédito com bandeiras nacionais e internacionais, permitindo movimentações dentro e fora do país
.
Cartões de crédito e débito oferecem facilidades como saques e pagamentos à vista ou parcelados. Com o
cartão de crédito, o consumidor pode escolher pagar o mínimo ou o total da fatura. A fatura é fechada em
um dia acordado com a instituição financeira. Compras feitas após o fechamento da fatura são cobradas
no próximo mês. Se o cliente pagar apenas o mínimo, a próxima fatura incluirá juros e taxas, o que pode
levar ao endividamento.

Para usar um cartão de débito, é preciso ter dinheiro na conta. Algumas instituições financeiras oferecem
cheque especial, que funciona como um empréstimo para situações urgentes, mas cobra juros. Já o cartão
de crédito tem um limite de crédito definido pela instituição financeira. A cada compra, o limite diminui e só
é liberado novamente quando a fatura é paga. Se o limite for atingido, compras futuras são negadas.

2.3 ENDIVIDAMENTO COM CARTÃO DE CRÉDITO

No mercado financeiro hoje, percebe-se um aumento e facilidade dos consumidores em ter acesso ao
crédito. Seja a partir de bancos ou fintechs, aumentar o poder de compra se tornou uma coisa simples, e
com menos burocracia que há algum tempo atrás.
Com o avanço da tecnologia, os bancos conseguem cruzar dados com o Banco Central e a Receita
Federal para facilitar a aquisição de cartões de crédito, empréstimos e outros serviços financeiros. Muitas
pessoas são atraídas pela facilidade e comodidade que os cartões de crédito oferecem.
[3: Dados abertos. Banco Central do Brasil. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao

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/dadosabertos>. Acesso em: 23/11/2021.]


Consequentemente, as pessoas tendem a se tornarem mais consumistas, seja no mercado digital ou físico
. No entanto, esse consumo em excesso acaba comprometendo a integralidade de seus rendimentos e a
saúde financeira da pessoa.
O cartão de crédito pode ser um grande aliado quando usado de forma responsável e inteligente. Com
planejamento adequado, ele pode ajudar em situações de emergência ou na compra de itens de alto valor.
Infelizmente, nem todos usam o cartão de crédito de forma responsável, o que pode levar a atrasos no
pagamento e endividamento. Por isso, é importante falar sobre o uso consciente do cartão de crédito para
evitar problemas financeiros.

E o consumo consciente está diretamente relacionado com a educação financeira. Nos dias atuais, com o
alto índice de endividamento, que atinge quase 75% das famílias brasileiras, esse tema necessita ganhar
mais relevância para mudar essa realidade.
[4: Com 74,6%, o endividamento dos brasileiros alcança o maior percentual em 11 anos. Disponível em:
<https://www.cut.org.br/noticias/com-74-6-endividamento-dos-brasileiros-alcanca-o-maior-percentual-em-
11-anos-e59b>. Acesso em: 20/11/2021.]
De acordo com pesquisa realizada em 2021, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo, dados obtidos com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor-PEIC, o
número de brasileiros endividados atingiu 74,6%, a maior taxa em 11 anos.
[5: Endividamento bate novo recorde e atinge 74,6% das famílias, aponta CNC. Disponível em: <https
://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/04/endividamento-bate-novo-recorde-e-atinge-746percent-das-
familias-aponta-cnc.ghtml>. Acesso em: 25/11/2021.]
A pesquisa mostrou que 12,2 milhões de famílias têm dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito,
cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e casa. O
cartão de crédito é o principal tipo de dívida, representando 84,9% dos inadimplentes no país.(BACEN)

Esta situação de grande parte dos indivíduos traz a tona questionamentos sobre a necessidade de
alfabetização e educação financeira:

[...] os dados são preocupantes e levam a crer que, a menos que medidas sérias sejam tomadas no
sentido da conscientização e alfabetização financeira da população brasileira, a vulnerabilidade do
consumidor e sua propensão ao endividamento tenderão a crescer mais e mais, podendo levar a graves
consequências, tanto no âmbito pessoal e familiar do cidadão, como também no âmbito da sociedade
como um todo, caso esses fatos realmente desencadeiem uma crise de crédito no país [...] (DONADIO,
2012, p. 85)

Considerando essa problemática, de altas taxas de endividamento provenientes de cartão de crédito, a


pesquisa busca mostrar os caminhos mais viáveis para contornar essa situação, trazendo à tona o
questionamento de ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do cartão de crédito??.
Dessa forma, trata-se de um tema altamente relevante, e que traz dados alarmantes sobre a falta de
educação financeira em nosso país, e as consequências disso.
De forma geral, o impacto da Educação Financeira precisa ser visto como um tema de grande relevância

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no futuro das pessoas. (PELICIOLI, 2011, p. 35)

2.4 EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO QUALIDADE DE VIDA

A educação financeira é fundamental no Brasil contemporâneo, pois impacta de forma direta nas decisões
financeiras e econômicas de pessoas e famílias. (SAVOIA, 2007, p. 1125)
De acordo com Roberts e Jones (2001) apud Donadio (2012, p. 83), o uso do cartão de crédito pode levar
a gastos desnecessários, já que torna as transações financeiras mais fáceis e nos faz esquecer que
estamos gastando dinheiro de verdade
Para Pelicioli (2011, p. 28), o ato de consumir traz prazer ao indivíduo, e ocorre uma identificação entre
esses momentos, restando poucos diálogos racionais neste tipo de consumo.
À medida que mais pessoas têm acesso ao cartão de crédito, especialmente aquelas que antes não
tinham, mudanças de comportamento são observadas. Infelizmente, isso também leva a um aumento no
número de pessoas que não conseguem pagar suas dívidas. (DONADIO, 2012, p. 83)
O aspecto financeiro é fortemente valorizado em uma economia de mercado - vivenciada atualmente em
grande parte do mundo - e nesse sistema, a tendência é o acúmulo de supérfluos. Há a deformação de
valores pessoais e o consumismo é visto como elemento da ?felicidade?. (PELICIOLI, 2011, p. 24)
Em contrapartida, o planejamento financeiro permite consumir mais, e consumir melhor. De acordo com o
BACEN, "Consumir mais por meio da potencialização do dinheiro e melhor via eliminação de desperdícios
.?
De acordo com Donadio (2012, p. 77) o aumento das dívidas dos brasileiros pode ser atribuído à falta de
conhecimento financeiro da maioria da população. Segundo o autor, ?ser financeiramente alfabetizado
significa ser capaz de usar o conhecimento adquirido de forma competente. No entanto, é difícil medir
diretamente a alfabetização financeira [...]?.

Nas palavras de Pelicioli (2011, p. 3), a consciência financeira é uma constante batalha entre desejo e
necessidade. Enquanto há consciência de suas finanças, a necessidade é priorizada, enquanto quando a
educação relacionada às finanças não está presente, prioriza-se o desejo.

A alfabetização financeira traz muitos questionamentos aos indivíduos, como:

qual seu nível de alfabetização financeira; se existe a consciência da proporção que dívidas tomam
quando mal administradas; se há conhecimento das tarifas, taxas e outros custos quanto ao cartão de
crédito; se o uso do cartão ultrapassa o nível de renda, levando o indivíduo a gastar mais do que ganha.
(Donadio, 2012, p. 78)

Para isso, a participação das instituições financeiras é fundamental:

O envolvimento das instituições financeiras no processo de educação financeira deve ser estimulado, de
tal forma que a adotem como parte integrante de suas práticas de relacionamento com seus clientes,
provendo informações financeiras que estimulem a compreensão de suas decisões, principalmente nos
negócios de longo prazo e naqueles que comprometam expressivamente a renda atual e futura de seus
consumidores. A educação financeira deve ser um processo contínuo, acompanhando a evolução dos

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mercados e a crescente complexidade das informações que os caracterizam. (SAVOIA, 2007, p. 1129)

A pesquisa evidencia que a conscientização da população faz-se necessária, bem como a educação
financeira, pois é capaz de dar às pessoas mais conhecimento e instrumentos que mostram todos os
fatores relevantes em uma decisão financeira eficiente. (LUCCI, 2006, p. 5)
Quando você entende mais sobre finanças, pode fazer escolhas de consumo mais conscientes. ?Isso é
bom para você, para a sociedade e para o meio ambiente. Consumo consciente significa levar em conta
não apenas o dinheiro, mas também questões sociais e ambientais ao decidir o que comprar.? (BACEN)
Para Lucci (2006, p. 4), a educação financeira pode afetar muitas áreas da nossa vida. Ela nos ajuda a
tomar decisões mais conscientes e a ter mais bem-estar. Por outro lado, se não aprendemos sobre
finanças, podemos ter problemas com compras, acesso ao crédito e até mesmo na carreira.
Além disso, podemos ter dificuldades em organizar nossas contas e acabar com o nome sujo no SPC ou
SERASA.
Por este motivo, é muito importante tratar da educação financeira dos indivíduos, especialmente em um
mundo onde somos incentivados a comprar coisas que não precisamos. Isso pode nos ajudar a ter uma
vida melhor.

3 CAMINHOS METODOLÓGICOS

Para alcançar os resultados esperados, a pesquisadora realizou uma pesquisa bibliográfica, inicialmente.
De acordo com Mazucato (2018, p. 46) ?nesta modalidade as principais fontes para a realização da
pesquisa são bibliográficas (livros, capítulos de livros, artigos científicos etc.); [...]?
Fonseca (2002, p. 32) afirma que ?a pesquisa bibliográfica é feita a partir de materiais já publicados, como
livros e artigos científicos que podem ser encontrados em bibliotecas.?
Para tornar o trabalho mais completo e com informações reais sobre a situação financeira dos brasileiros,
também foi feita uma pesquisa com documentos, que segundo Mazucato (2018, p. 46) ?esse tipo de
pesquisa é feito a partir de documentos como fonte principal de informação.?
Para Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa documental é feita a partir de muitas fontes diferentes, como
?tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais e até mesmo filmes, fotos e pinturas
,etc.?
Para ter o melhor resultado possível, a pesquisadora usou tanto a pesquisa bibliográfica quanto a
documental. Isso permitiu que ela reunisse conhecimentos teóricos e também informações reais sobre a
situação financeira no Brasil.
A metodologia usada é a indutiva, que permite juntar informações de diferentes fontes para chegar a um
resultado satisfatório sobre um assunto específico. Nas palavras de Mazucato (2018, p. 54):

O método indutivo indica que o caminho que a pesquisa deverá percorrer passará pela seguinte trajetória:
a partir da constatação ou levantamento de informações particulares, a pesquisa buscará chegar a um
conhecimento mais generalizado. A partir da observação de um conjunto razoável de fenômenos
semelhantes, o estudante tentará descobrir uma relação existente entre estes fenômenos e elaborar uma
explicação mais generalizante que abarque todos os fenômenos observados (e, também, que possa ser
aplicada aos fenômenos semelhantes ainda não observados).

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A principal ferramenta usada nessa pesquisa é a análise de documentos já existentes para encontrar as
informações necessárias.
De acordo com Barbosa (1999): ?Usar documentos já existentes para fazer uma pesquisa pode
economizar tempo e dinheiro. Além disso, essas informações são confiáveis e não precisam ser coletadas
de uma maneira específica.?
Muitas vezes, existem informações que não são usadas de maneira eficiente. A pesquisa documental
pode ajudar a explorar essas informações e torná-las relevantes para a área de conhecimento da pesquisa
.

4 A EF NO CONTROLE DO CARTÃO DE CRÉDITO

Neste capítulo, vamos estudar o endividamento causado pelo uso do cartão de crédito. Vamos analisar os
fatores que contribuem para isso, com base em hipóteses levantadas em estudos anteriores.

4.1 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Neste subtítulo, vamos ver alguns fatores que podem levar ao endividamento pelo uso do cartão de crédito
. São oito fatores no total e vamos analisar cada um deles.
4.1.1 Atitude Financeira
Para Ajzen (1991) as atitudes financeiras de uma pessoa são influenciadas por suas crenças econômicas
e não econômicas. Essas crenças podem levar a pessoa a tomar certas decisões financeiras, sendo a
chave do processo de tomada de decisão.
O estudo de Kim e De Vaney (2001) as atitudes de uma pessoa estão relacionadas às suas intenções de
comportamento. Isso significa que a atitude financeira de uma pessoa pode influenciar como ela lida com
suas finanças, incluindo o uso do cartão de crédito. Norvilitis et al. (2006) propõe em seu estudo que
comportamentos menos controlados em relação ao uso de crédito geram maiores riscos de endividamento
.
Montalto et al. (2019) afirma que ensinar sobre finanças nas universidades pode ajudar a melhorar as
atitudes financeiras dos jovens.

4.1.2 Comportamento Financeiro

O comportamento financeiro está diretamente relacionado ao grau de alfabetização financeira. Para Hung
et al. (2009) a alfabetização financeira significa ter conhecimento e habilidade para gerenciar suas
finanças. Isso inclui saber como usar esse conhecimento para tomar boas decisões financeiras. Já para
Criddle (2006) trata-se de dominar alternativas que possibilitem o estabelecimento de metas financeiras.
A alfabetização financeira proporciona tomada de decisão mais assertivas no contexto monetário de suas
vidas (POTRICH et al., 2015). Atkinson e Messy (2012) Ser financeiramente alfabetizado tem muitos
benefícios. Pessoas que entendem de finanças conseguem controlar seus gastos e ter segurança
financeira. Por outro lado, quem não tem conhecimento financeiro pode gastar demais e usar o crédito de
maneira exagerada. Segundo Norvilitis et al. (2006) pessoas não alfabetizadas financeiramente são
incapazes de tomar decisões adequadas quando se trata do uso do dinheiro.
Bartley (2011) e Hung et al. (2009) idade, renda familiar e experiências financeiras podem influenciar
positivamente o comportamento financeiro de uma pessoa. Xiao et al. (2011) indicam que cursos de
educação financeira no ensino médio e faculdade agregavam maior conhecimento subjetivo, embora o não

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estivessem associados ao conhecimento objetivo dos alunos.

4.1.3 Comportamento de Uso de Cartão de Crédito

Trazendo alta conveniência, comodidade e possíveis vantagens em situações de perda ou roubo, o cartão
de crédito foi rapidamente difundido na sociedade (LEE; KWON, 2002). Entretanto, Schor (1998) acredita
que a facilidade de compra e obtenção de crédito que os cartões trazem geram gastos excessivos na
população.

O aumento das dívidas de cartão de crédito entre os jovens tem gerado preocupação sobre a falta de
conhecimento sobre como usar o cartão de maneira responsável (DANES; HIRA, 1987).

Atualmente vive-se em uma sociedade de cartões de crédito, onde jovens crescem usando a ferramenta
fazendo dívidas livremente (RITZER, 1995). Wang e Xiao (2009) associam o uso do cartão de crédito a
gastos compulsivo.
Foi descoberto que existe uma relação entre dívidas de cartão de crédito e a sensação de controle sobre a
vida e autoestima. Muitas vezes, os jovens veem suas dívidas como um investimento no futuro.
(HODSON et al., 2014).
Lea et al. (1995) alertam sobre o crescimento da ?cultura do endividamento?. É amplamente aceito que a
maneira como as pessoas veem as dívidas mudou muito no final do século XX. As pessoas passaram a
ter menos medo de se endividar e a aceitar dívidas causadas pelo consumo (ZUCKEMAN, 2000). Para
Gross e Souleles (2002) um dos motivos para o aumento das dívidas foi o aumento dos limites dos cartões
de crédito.

4.1.4 Compras compulsivas

Para O?Guinn e Faber (1989), compras compulsivas são quando uma pessoa compra de maneira
repetitiva e crônica como uma forma de lidar com sentimentos e situações negativas. Brougham et al.
(2011) descreve o comportamento como a incapacidade de controlar o desejo de compra dos
consumidores compulsivos e McElroy et al (1994) o tema é aprofundado ao abordar a preocupação mal
adaptativa com compras, que leva a impulsos incontroláveis de comprar coisas desnecessárias que muitas
vezes não se encaixam no padrão social do indivíduo. Isso causa angústia e problemas financeiros.
Segundo estudo de Veludo-de-Oliveira et al. (2014) em relação aos jovens brasileiros com
comportamentos compulsivos, concluiu-se que a ansiedade é uma das causas da compra compulsiva,
agravada pelo uso inadequado de cartões de crédito. Roberts e Jones (2001) evidenciam o peso do cartão
de crédito sobre a compra compulsiva e três atitudes sobre uso do dinheiro trabalhadas por Yamauchi e
Templer (1982), poder (prestígio), desconfiança e ansiedade.
Por fim, os mercados capitalistas incentivam as compras compulsórias, levando a um maior endividamento
. Wang e Xiao (2009) afirmam que as compras compulsivas são uma causa de endividamento, enfocando
especificamente o papel dos cartões de crédito no estímulo às compras.

4.1.5 Compras Impulsivas

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Valence, D?Astous e Fortier (1988) explicam a distinção entre compra compulsiva e impulsiva, está nos
processos cognitivos que levam a cada tipo de comportamento de compra. Wang e Xiao (2009) a compra
impulsiva é descrita como o ato de ceder a um forte desejo de adquirir um produto imediatamente.
Comportamentos impulsivos podem afetar o consumo de produtos e, em casos mais extremos, levar a
padrões graves de consumo excessivo e descontrolado (WANSINK, 1994). Segundo Norvilitis et al.
(2006), problemas com falta de controle sobre impulsos tendem a contribuir para o endividamento do
indivíduo.

4.1.6 Materialismo

Rassuli e Hollander (1986) o materialismo é descrito como uma mentalidade focada em adquirir e gastar.
É um valor para o consumidor que se baseia em três componentes: a importância da aquisição, a busca
da felicidade através da aquisição e o sucesso medido pela posse. (RICHINS; DAWSON, 1992).
Richins e Dawson (1992) seu estudo mostrou que pessoas mais materialistas tendem a desejar uma renda
maior e valorizam mais a segurança financeira do que as relações interpessoais. Isso pode resultar em
uma vida menos satisfatória do que a de pessoas menos materialistas. Segundo Fox e Lears (1983) as
pessoas estão constantemente buscando uma vida melhor através do consumo. Há um desejo insaciável
de adquirir cada vez mais bens. Para Drentea e Lavrakas (2000), o aumento do consumo nas últimas
décadas tem levado ao endividamento através do uso do cartão de crédito. Isso mostra uma ligação direta
entre o materialismo e o endividamento do cartão de crédito, causado por uma má gestão e compras
compulsivas.

4.1.7 Percepção de risco

Pigdeon et al. (1992) define percepção de risco a forma como as pessoas pensam e reagem a um
acontecimento ameaçador. Tal reação é baseada em um conjunto de crenças e valores do indivíduo.
Slovic et al. (2004) completa que seres humanos avaliam o risco através de sentimentos intuitivos.
Finucane et al (2000) afirma que o nível de educação e racionalidade de uma pessoa pode influenciar
diretamente sua percepção de risco.
De acordo com uma pesquisa realizada com bolsistas e residentes em um centro médico acadêmico de
duas universidades americanas, concluiu-se que há baixa tolerância ao risco de investimento
acompanhada de baixa alfabetização financeira entre os alunos (AHMAD et al. 2017). A idade dos
bolsistas e residentes pesquisados era entre 28 e 33 anos.
Olivato e Souza (2007) afirmam que aspectos comportamentais associados a percepção de risco do
consumo podem desencadear endividamentos. Já Nelson et al. (2008) aponta que a falta de gestão de
riscos na área financeira pode levar ao endividamento e outros riscos à saúde do indivíduo. Conclui-se,
portanto, que a percepção do risco tem impacto direto na vida pessoal.

4.1.8 Ansiedade

Margis et, al (2013) define a ansiedade como sentimento natural do ser humano em situações de reação a
qualquer perigo percebido. Drentea (2000) relata que dificuldades financeiras causam ansiedade,
principalmente quando há endividamento.
Segundo Heckman et al. (2014) e Ross et al. (1999), pesquisas realizadas em universidades norte-

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americanas mostram que aproximadamente 70% dos estudantes universitários estão estressados com
suas finanças pessoais. Aqueles que apresentam maior estresse financeiro têm maior probabilidade de
enfrentar dificuldades acadêmicas e desafios para concluir seus estudos universitários, além de terem seu
bem-estar afetado (ROBB, 2017). Montalto et al. (2019) conclui que o uso de empréstimos financeiros
influencia o bem-estar de alunos universitários, como ansiedade e autoeficácia.
Percebe-se, segundo proposto por Roberts e Jones (2001), que o dinheiro representa uma linha muito
tênue na vida das pessoas, pois a acumulação de capital é vista como uma forma de proteção contra a
ansiedade, enquanto a falta de capital é vista como uma fonte de ansiedade.
Drentea (2000), o endividamento pode aumentar a ansiedade. Para Roberts e Jones (2001), também
descobriram que a relação entre ansiedade e compras compulsivas é mais forte em pessoas que usam
cartão de crédito.

4.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Embora muitas pessoas falem sobre educação financeira e como é fácil se organizar financeiramente,
nem sempre é tão simples assim. Pode ser difícil para aqueles que não têm familiaridade com conceitos
financeiros. Existem armadilhas que nem sempre são mencionadas, mas superá-las pode realmente
ajudar a colocar as finanças em ordem.
Os próprios bancos, preocupados com o grande número de pessoas endividadas com cartão de crédito,
fornecem orientações sobre como controlar as finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de
crédito. Vejamos.

1- O começo pode ser desconfortável

Preencher uma planilha de gastos pode ser desconfortável e você pode pensar em desistir. Se você já
tentou antes, sabe do que estamos falando. Mas por que é desconfortável? Porque colocar renda e gastos
no papel mostra duas coisas: 1) todos os gastos desnecessários que consomem boa parte da sua renda;
2) e que mudar esse cenário não é fácil.
Quer um exemplo do cotidiano? Você sabe que pegar 10 Ubers por mês pagando R$ 7 vai dar R$ 70 no
final do mês, mas no dia a dia é só mais R$ 7. Quando você descreve o gasto total na planilha, dói no
bolso, pela primeira vez. Você começa a visualizar todos os pequenos gastos diários, que multiplicados,
dão um valor maior. O resultado é: você gastou mais que ganhou.

2- Trabalhoso

Por que aplicar educação financeira na vida pode ser trabalhoso? Porque é preciso ter controle de todos
os gastos e ganhos. Isso significa atualizar o controle financeiro pelo menos uma vez a cada dois dias
para ter certeza de que tudo está registrado.
Precisamos ter uma relação próxima com nosso dinheiro, ou com a falta dele. Sabe o famoso tema do
gasto fixo, gasto variável etc.? Ele é real e precisa ser feito.
Sabe as assinaturas de streaming, música, podcast, cosméticos? Chegou a hora de analisar se elas
realmente valem a pena e cancelar ou suspender se achar que o custo benefício não está compensando.
É importante conhecer e avaliar as contas que estão em débito automático, incluindo os valores e datas de
vencimento. Isso porque o banco não verifica se você tem saldo suficiente ou se vai entrar no cheque

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especial com aquele débito, o que pode resultar em cobranças de juros. Isso pode ser evitado se você
tiver saldo em outra conta para pagar a fatura manualmente. Isso nos leva ao próximo ponto.
3- Pode sim atrasar contas
Se você gastar mais do que ganha, algum boleto ficará sem pagamento. É importante respirar e escolher
quais boletos pagar. Para isso, é preciso saber tudo sobre os gastos e responder a três perguntas: 1).
Quais são as taxas de juros cobradas em caso de atraso?; 2). Quantas contas posso atrasar antes que o
serviço seja suspenso?; 3). Quais desses serviços são essenciais para minha sobrevivência?"
Aprender sobre seus gastos é importante para decidir se deve ou não pagar uma fatura. Além disso,
apenas as contas que não estão em débito automático podem ser adiadas.

Contas de telefone e energia geralmente têm juros mais baixos do que faturas de cartão de crédito, mas o
serviço pode ser suspenso após o atraso de duas faturas e só é religado após o pagamento integral da
dívida, dependendo da cidade onde você mora
4- Respeite seu Limite
Sabe como funciona um cartão de crédito? Com ele é possível fazer compras até o valor total do limite
liberado. Assim como um cartão de crédito, você também tem um limite de gastos. Esse limite é seu
salário.
Se você ganha R$ 2.200 por mês, pode gastar R$ 2.200. Se comprar algo parcelado em três vezes de R$
200, nos próximos três meses, seu limite de gastos será de R$ 2.000. Isso vale para todas as suas
despesas. Uma dica importante é projetar seus gastos futuros para entender como seu limite de gastos
estará nos próximos meses e tomar boas decisões de compras e pagamento de dívidas.
5- Esqueci de preencher a planilha, e agora?
Como o cotidiano é corrido, o esquecimento ocorrerá. Logo, vai acontecer de não fazer nenhuma anotação
na sua planilha de controle. Então a pessoa pode perder os comprovantes ou não lembrar os valores
exatos na hora de atualizar. E aí, o que fazer? Se você não se lembra dos valores exatos, pode 'chutar' os
valores. Algumas dicas são: 1) nos gastos, arredonde para mais. Por exemplo, se o café custou R$ 2 e
você comeu um docinho que não lembra o preço, coloque R$ 6. Assim, você não corre o risco de registrar
menos do que gastou; 2) nos ganhos, arredonde para menos. Se alguém te pagou por um serviço e você
lembra que foram 30 e poucos reais, anote R$ 30. Isso evita registrar um ganho maior do que o real e
evita surpresas ruins como gastar mais do que previsto
E quanto ao controle especificamente do cartão de crédito, talvez haja o seguinte questionamento: ?como
usar o cartão de crédito da forma certa??. Para se conseguir tal feito, segundo a maioria dos educadores
financeiros, faz-se necessário seguir os seguintes passos:
1. Estabelecer um teto para compras
Defina um limite para as compras para manter o controle do cartão de crédito. A recomendação geral é
não comprometer mais do que 30% da renda com a fatura. Se o limite for maior do que esse valor, ajuste-
o para coincidir com a porcentagem. Assim, se você gastar tudo o que pode e tentar extrapolar o limite, o
próprio cartão bloqueará a compra. Pode ser constrangedor se você não perceber que chegou ao limite,
mas suas finanças agradecerão.
2. Usar o pagamento automático de fatura
Muitas pessoas acabam atrasando o pagamento da fatura e pagando juros por esquecer o dia do
vencimento. Isso pode acontecer na correria do dia a dia ou por causa de contratempos. Para evitar isso, é
melhor cadastrar o pagamento da fatura em débito automático. Assim, se houver dinheiro na conta, o
valor será descontado automaticamente no dia do vencimento da fatura.

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3. Ter atenção aos parcelamentos


Ter um grande limite no cartão de crédito não significa que você pode parcelar tudo o que quiser. Em vez
disso, tente fazer compras à vista e usar o cartão apenas para compras que não podem ser pagas na hora
. Mas tenha cuidado com o valor da fatura. Se for necessário parcelar, faça-o em um número maior de
vezes e tenha certeza de que conseguirá pagar em dia. Se o seu cartão permitir e você tiver dinheiro
disponível, pode adiantar alguns pagamentos. Algumas empresas até oferecem descontos nesses casos.
4. Lembrar de que o saldo do cartão é um empréstimo
Lembre-se de que o limite do seu cartão de crédito não é dinheiro seu. É uma quantia emprestada que
você terá que devolver mais tarde. Se ajudar, imagine o cartão de crédito como um personagem a quem
você recorre quando precisa de um empréstimo.
Lembrar disso frequentemente pode ajudá-lo a pensar duas vezes antes de usar o cartão, pois você terá
que devolver o dinheiro e comprometer seu salário nos meses seguintes.
Isso pode significar abrir mão de algo que você quer muito fazer no futuro.
5. Pagar o total da fatura
Se você seguir os passos anteriores, verá que o valor total da fatura será sempre acessível. Seja com
parcelas menores que cabem no seu orçamento ou com contas que você decidiu pagar à vista, isso dará
um alívio no fim do mês. Assim, você evita parcelar ou atrasar pagamentos e deixa de pagar juros altos.
Se a fatura estiver muito alta, pode ser um sinal de que é hora de revisar sua estratégia.
6. Pesquisar os cartões certos para você
Muitos cartões de crédito não cobram anuidade e isentam de várias taxas. Por isso, é importante
pesquisar quais são os mais vantajosos para o seu bolso. Faça um levantamento dos principais cartões
disponíveis e compare benefícios, programas de pontos e taxas cobradas por parcelamento, atraso e
rotativo. Isso pode ajudar a reduzir os gastos mensais e minimizar o impacto caso seja impossível evitar
um atraso.
7. Preferir o débito sempre que possível
Sempre que tiver saldo na conta e o dinheiro não estiver comprometido, prefira pagar as compras no
débito. Lembre-se de que o crédito concedido pelo cartão é um dinheiro que você terá que devolver mais
tarde. Por isso, pode não ser uma boa ideia assumir esse compromisso para o futuro. Se ocorrer algum
imprevisto ao longo do mês e você tiver que pagar no crédito, terá que lidar com uma fatura menor.
O cartão de crédito pode ser um ótimo recurso financeiro se usado de maneira estratégica e não como
desculpa para comprar o que não pode pagar. É preciso ter disciplina e controle financeiro ao usá-lo.
Seguindo o roteiro que vimos até aqui, será cada vez mais fácil se acostumar com o cartão. Com o tempo,
será natural avaliar quando vale a pena comprar no crédito. E não se esqueça de monitorar seus gastos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo demonstrar a importância da educação financeira
para a população e como ela influencia o uso do cartão de crédito e o dia a dia. O estudo mostrou que o
nível de conhecimento dos conceitos financeiros está diretamente relacionado ao nível de educação
financeira. Inicialmente, foi abordada a educação financeira no Brasil e, em seguida, discutido o uso do
cartão de crédito e o endividamento relacionado a ele. Uma pesquisa realizada em 2021 pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostrou uma alta taxa de inadimplência
com cartões de crédito, reforçando a importância da educação financeira. A educação financeira é
fundamental para tomar decisões financeiras e econômicas pessoais e familiares. Este trabalho destaca 8

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fatores que contribuem para o endividamento com cartões de crédito e oferece dicas para controlar as
finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de crédito. As informações apresentadas neste artigo
são úteis não apenas em relação ao uso do cartão de crédito, mas também às finanças pessoais em geral.

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=================================================================================
Arquivo 1: TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Arquivo 2: https://www.ecycle.com.br/educacao-financeira (2174 termos)
Termos comuns: 154
Similaridade: 1,86%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.ecycle.com.br/educacao-
financeira (2174 termos)

=================================================================================
EDUCAÇÃO FINANCEIRA: A INFLUÊNCIA NA DECISÃO DE USAR O CARTÃO DE CRÉDITO

Larissa Pires Dos Passos


[1: Acadêmica de matemática da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]
Jefferson Ferreira Mesquita
[2: Professor Mestre e Doutorando em Ciências Exatas da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]

Resumo

Introdução: Tendo em vista que hoje o cartão de crédito é um dos métodos mais utilizado como forma de
pagamento, e, muitas das vezes utilizado de forma incorreta, e irresponsável por parte de alguns
individuos, fez-se necessário abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir
no uso racional do cartão de crédito??. O objetivo Geral da pesquisa é mostrar como a aplicação da
educação financeira é capaz de influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de
crédito. Para tanto foi necessário Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela
impacta a vida dos brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação
Financeira, Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito e de que forma a Educação
Financeira ajuda desenvolver habitos saudaveis relacionados ao cartão de Crédito. A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, a
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base em informações
diversas sobre um determinado assunto. Resultados: os resultados foram divididos em quatro seções. Na
primeira apresenta-se o contexto e as principais observações sobre a educação financeira no Brasil. Na
segunda aborda-se as relações entre o cartão de crédito e o endividamento. Na terceira, a educação
financeira como qualidade de vida e, por fim, na quarta seção os fatores que influenciam no endividamento
no cartão de crédito. Considerações finais: Diante disso, verificou-se que a Educação Financeira contribui
para o controle de gasto com o cartão de crédito, onde foi possível concluir que a educação financeira não
se trata apenas de gestão do dinheiro, mas também de qualidadede vida que pode ser adquirida junto a
hábitos simples como controlar, poupar, investir e fazer escolhas que mantenham a saúde financeira do
individuo.

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Palavras chaves: Educação Financeira, Cartão de Crédito, Endividamento.

INTRODUÇÃO

Entende-se como educação financeira a maneira pela qual o indivíduo busca conhecimento para a gestão
dos seus bens. Essa temática tem sido muito abordada devido a cultura do consumismo, principalmente
influenciada pelos atuais canais de comunicação. Associado a isso, discute-se sobre o endividamento, em
especial relacionando com a facilidade de acesso ao crédito e materialismo no ato das compras de
serviços e produtos (CAMASSO et al., 2018).
A educação financeira envolve conhecimentos e competências que nos ajudam a fazer escolhas
inteligentes a respeito do dinheiro, transações financeiras e consumo. Dentre suas práticas inclui: poder
fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda, adotar ações que melhorem o seu bem-estar,
planejamento financeiro, independência financeira, entre outras (FERREIRA, 2017).
O uso do cartão de crédito faz com que o seu usuário fique suscetível a tomada de decisões, e muitas
delas de forma inadequadas. Dentre as decisões pessoais, a tomada de decisão financeira que tem
recebido mais atenção é o comportamento em relação ao uso do cartão de crédito (HAMID e LOKE,
2021).
Portanto, é importante adquirir conhecimentos relevantes sobre o setor financeiro com o objetivo de
reduzir o risco na escolha de investimentos e produtos financeiros. Além disso, há ampla evidência de que
, quanto maior for o nivel de conhecimento sobre Educação financeira, menor o risco de acúmulo de
dívidas. (LUSARDI e TUFANO, 2015; STNGO e Zinman, 2008).
Visando abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do
cartão de crédito??, este trabalho justifica-se por trata-se de um tema altamente relevante, e que traz
dados alarmantes sobre a falta de educação financeira, e as consequências disso.
A alfabetização financeira também aumenta a conscientização do consumidor sobre questões
Compensações risco-recompensa que permitem aos indivíduos avaliar melhor a tomada de decisões
economicamente (KLAPPER e LUSARDI, 2020).
Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é mostrar como a aplicação da educação financeira é capaz de
influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de crédito. De forma mais específica
, buscou-se Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela impacta a vida dos
brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação Financeira, Entender
como o baixo conhecimento sobre financias está relacionado com o excesso de gasto e endividamento
com o cartão de crédito. Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito.A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, A
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base eminformações
diversas sobre um determinado assunto.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

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Há muita discussão sobre a qualidade do ensino no Brasil. Em um mundo globalizado, é importante que as
pessoas tenham conhecimento e habilidades para lidar com questões do dia a dia, no trabalho, na
economia e em outros aspectos da sociedade. Para isso, é fundamental que as pessoas tenham
habilidades em interpretação de textos e matemática, pois essas áreas estão presentes em nosso
cotidiano.

2.1 A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL


E como está o sistema de ensino brasileiro nesse aspecto? As pessoas estão conseguindo adquirir o
conhecimento mínimo necessário para se adaptar ao mundo tecnológico e dinâmico em que vivemos?
A preocupação com a educação é tão importante que a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) trabalha para promover padrões internacionais para resolver
problemas ou situações nos setores econômico, financeiro, comercial, social e até ambiental. Essa
instituição foi criada em 1948 como Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OECE) e,
devido ao seu sucesso, os Estados Unidos e o Canadá se juntaram às nações que já faziam parte da
OECE. Em 1961, surgiu a OCDE, com sede em Paris, na França.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem dado muita atenção à
educação e, em 1997, desenvolveu o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que visa
avaliar o desempenho dos alunos em três áreas-chave: leitura, matemática e ciências. Desde a primeira
edição, em 2000, o Brasil participa voluntariamente. Os resultados mostram que o Brasil sempre se
classificou pior desde o primeiro teste.
Devido ao baixo desempenho em alguns países, a OCDE cria alternativas para ajudá-los a melhorar o
conhecimento dos alunos. Uma das ações sugeridas é a Educação Financeira, que pode ajudar a
melhorar a interpretação e a matemática.
Até 2010, havia poucas ações voltadas para a Educação Financeira no Brasil. Isso mudou com a criação
da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) com o Decreto 7397/2010, publicado no Diário
Oficial de União de 22 de dezembro de 2010. Desde então, a Educação Financeira começou a ganhar
importância, inclusive nas escolas. O site oficial da ENEF utiliza o seguinte conceito para EF:

Educação Financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua


compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação,
formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem
mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem
informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim,
podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis,
comprometidos com o futuro (OCDE, 2005).
Ainda, tratando de recursos pedagógicos com ênfase voltada para o seu ensino, pode-se dizer que,
Educação Financeira é um processo educativo que, por meio de aplicação de métodos próprios,
desenvolve atividades para auxiliar os consumidores a orçar e gerir a sua renda, a poupar e a investir; são
informações e formações significativas para que um cidadão exerça uma atividade, trabalho, profissão e
lazer, evitando tornarem-se vulneráveis às armadilhas impostas pelo capitalismo (NEGRI, 2010, p.19).

A EF no Brasil começou a ganhar força com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

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em 2017, na qual contempla a EF na Educação Básica.

2.2 CARTÃO DE CRÉDITO

Os cartões de crédito surgiram na década de 1920, quando bares e comércios ofereciam crédito aos
clientes fiéis. Mas, segundo a ABECS (2019) ?(Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços), o
cartão de crédito como conhecemos hoje começou em 1950. Frank MacNamara esqueceu seu talão de
cheques e dinheiro em um jantar com executivos financeiros em Nova York. O dono do restaurante aceitou
que a conta fosse paga no dia seguinte, desde que os convidados assinassem a fatura. Foi aí que Frank
teve a ideia de criar um mecanismo de controle para pagar contas de forma mais concentrada.

Foi assim que surgiu o primeiro cartão de crédito, o "Diners Club Card". Era um cartão de papel aceito em
27 restaurantes nos EUA e usado por 200 pessoas, principalmente amigos de MacNamara. Em 1952, o
cartão ganhou popularidade e passou a ser aceito em vários estabelecimentos.
Conforme argumenta Coelho (2010, p. 518), ?O cartão de crédito, propriamente dito, é o documento pelo
qual o titular prova, perante o fornecedor, a existência do contrato com a instituição financeira emissora?.
O cartão de crédito é fornecido por uma instituição financeira - IF. O cliente assina um contrato que
estabelece os termos de uso, taxas e juros. Hoje em dia, as instituições financeiras oferecem cartões de
débito e crédito com bandeiras nacionais e internacionais, permitindo movimentações dentro e fora do país
.
Cartões de crédito e débito oferecem facilidades como saques e pagamentos à vista ou parcelados. Com o
cartão de crédito, o consumidor pode escolher pagar o mínimo ou o total da fatura. A fatura é fechada em
um dia acordado com a instituição financeira. Compras feitas após o fechamento da fatura são cobradas
no próximo mês. Se o cliente pagar apenas o mínimo, a próxima fatura incluirá juros e taxas, o que pode
levar ao endividamento.

Para usar um cartão de débito, é preciso ter dinheiro na conta. Algumas instituições financeiras oferecem
cheque especial, que funciona como um empréstimo para situações urgentes, mas cobra juros. Já o cartão
de crédito tem um limite de crédito definido pela instituição financeira. A cada compra, o limite diminui e só
é liberado novamente quando a fatura é paga. Se o limite for atingido, compras futuras são negadas.

2.3 ENDIVIDAMENTO COM CARTÃO DE CRÉDITO

No mercado financeiro hoje, percebe-se um aumento e facilidade dos consumidores em ter acesso ao
crédito. Seja a partir de bancos ou fintechs, aumentar o poder de compra se tornou uma coisa simples, e
com menos burocracia que há algum tempo atrás.
Com o avanço da tecnologia, os bancos conseguem cruzar dados com o Banco Central e a Receita
Federal para facilitar a aquisição de cartões de crédito, empréstimos e outros serviços financeiros. Muitas
pessoas são atraídas pela facilidade e comodidade que os cartões de crédito oferecem.
[3: Dados abertos. Banco Central do Brasil. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao
/dadosabertos>. Acesso em: 23/11/2021.]
Consequentemente, as pessoas tendem a se tornarem mais consumistas, seja no mercado digital ou físico
. No entanto, esse consumo em excesso acaba comprometendo a integralidade de seus rendimentos e a

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saúde financeira da pessoa.


O cartão de crédito pode ser um grande aliado quando usado de forma responsável e inteligente. Com
planejamento adequado, ele pode ajudar em situações de emergência ou na compra de itens de alto valor.
Infelizmente, nem todos usam o cartão de crédito de forma responsável, o que pode levar a atrasos no
pagamento e endividamento. Por isso, é importante falar sobre o uso consciente do cartão de crédito para
evitar problemas financeiros.

E o consumo consciente está diretamente relacionado com a educação financeira. Nos dias atuais, com o
alto índice de endividamento, que atinge quase 75% das famílias brasileiras, esse tema necessita ganhar
mais relevância para mudar essa realidade.
[4: Com 74,6%, o endividamento dos brasileiros alcança o maior percentual em 11 anos. Disponível em:
<https://www.cut.org.br/noticias/com-74-6-endividamento-dos-brasileiros-alcanca-o-maior-percentual-em-
11-anos-e59b>. Acesso em: 20/11/2021.]
De acordo com pesquisa realizada em 2021, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo, dados obtidos com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor-PEIC, o
número de brasileiros endividados atingiu 74,6%, a maior taxa em 11 anos.
[5: Endividamento bate novo recorde e atinge 74,6% das famílias, aponta CNC. Disponível em: <https
://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/04/endividamento-bate-novo-recorde-e-atinge-746percent-das-
familias-aponta-cnc.ghtml>. Acesso em: 25/11/2021.]
A pesquisa mostrou que 12,2 milhões de famílias têm dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito,
cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e casa. O
cartão de crédito é o principal tipo de dívida, representando 84,9% dos inadimplentes no país.(BACEN)

Esta situação de grande parte dos indivíduos traz a tona questionamentos sobre a necessidade de
alfabetização e educação financeira:

[...] os dados são preocupantes e levam a crer que, a menos que medidas sérias sejam tomadas no
sentido da conscientização e alfabetização financeira da população brasileira, a vulnerabilidade do
consumidor e sua propensão ao endividamento tenderão a crescer mais e mais, podendo levar a graves
consequências, tanto no âmbito pessoal e familiar do cidadão, como também no âmbito da sociedade
como um todo, caso esses fatos realmente desencadeiem uma crise de crédito no país [...] (DONADIO,
2012, p. 85)

Considerando essa problemática, de altas taxas de endividamento provenientes de cartão de crédito, a


pesquisa busca mostrar os caminhos mais viáveis para contornar essa situação, trazendo à tona o
questionamento de ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do cartão de crédito??.
Dessa forma, trata-se de um tema altamente relevante, e que traz dados alarmantes sobre a falta de
educação financeira em nosso país, e as consequências disso.
De forma geral, o impacto da Educação Financeira precisa ser visto como um tema de grande relevância
no futuro das pessoas. (PELICIOLI, 2011, p. 35)

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2.4 EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO QUALIDADE DE VIDA

A educação financeira é fundamental no Brasil contemporâneo, pois impacta de forma direta nas decisões
financeiras e econômicas de pessoas e famílias. (SAVOIA, 2007, p. 1125)
De acordo com Roberts e Jones (2001) apud Donadio (2012, p. 83), o uso do cartão de crédito pode levar
a gastos desnecessários, já que torna as transações financeiras mais fáceis e nos faz esquecer que
estamos gastando dinheiro de verdade
Para Pelicioli (2011, p. 28), o ato de consumir traz prazer ao indivíduo, e ocorre uma identificação entre
esses momentos, restando poucos diálogos racionais neste tipo de consumo.
À medida que mais pessoas têm acesso ao cartão de crédito, especialmente aquelas que antes não
tinham, mudanças de comportamento são observadas. Infelizmente, isso também leva a um aumento no
número de pessoas que não conseguem pagar suas dívidas. (DONADIO, 2012, p. 83)
O aspecto financeiro é fortemente valorizado em uma economia de mercado - vivenciada atualmente em
grande parte do mundo - e nesse sistema, a tendência é o acúmulo de supérfluos. Há a deformação de
valores pessoais e o consumismo é visto como elemento da ?felicidade?. (PELICIOLI, 2011, p. 24)
Em contrapartida, o planejamento financeiro permite consumir mais, e consumir melhor. De acordo com o
BACEN, "Consumir mais por meio da potencialização do dinheiro e melhor via eliminação de desperdícios
.?
De acordo com Donadio (2012, p. 77) o aumento das dívidas dos brasileiros pode ser atribuído à falta de
conhecimento financeiro da maioria da população. Segundo o autor, ?ser financeiramente alfabetizado
significa ser capaz de usar o conhecimento adquirido de forma competente. No entanto, é difícil medir
diretamente a alfabetização financeira [...]?.

Nas palavras de Pelicioli (2011, p. 3), a consciência financeira é uma constante batalha entre desejo e
necessidade. Enquanto há consciência de suas finanças, a necessidade é priorizada, enquanto quando a
educação relacionada às finanças não está presente, prioriza-se o desejo.

A alfabetização financeira traz muitos questionamentos aos indivíduos, como:

qual seu nível de alfabetização financeira; se existe a consciência da proporção que dívidas tomam
quando mal administradas; se há conhecimento das tarifas, taxas e outros custos quanto ao cartão de
crédito; se o uso do cartão ultrapassa o nível de renda, levando o indivíduo a gastar mais do que ganha.
(Donadio, 2012, p. 78)

Para isso, a participação das instituições financeiras é fundamental:

O envolvimento das instituições financeiras no processo de educação financeira deve ser estimulado, de
tal forma que a adotem como parte integrante de suas práticas de relacionamento com seus clientes,
provendo informações financeiras que estimulem a compreensão de suas decisões, principalmente nos
negócios de longo prazo e naqueles que comprometam expressivamente a renda atual e futura de seus
consumidores. A educação financeira deve ser um processo contínuo, acompanhando a evolução dos
mercados e a crescente complexidade das informações que os caracterizam. (SAVOIA, 2007, p. 1129)

A pesquisa evidencia que a conscientização da população faz-se necessária, bem como a educação

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financeira, pois é capaz de dar às pessoas mais conhecimento e instrumentos que mostram todos os
fatores relevantes em uma decisão financeira eficiente. (LUCCI, 2006, p. 5)
Quando você entende mais sobre finanças, pode fazer escolhas de consumo mais conscientes. ?Isso é
bom para você, para a sociedade e para o meio ambiente. Consumo consciente significa levar em conta
não apenas o dinheiro, mas também questões sociais e ambientais ao decidir o que comprar.? (BACEN)
Para Lucci (2006, p. 4), a educação financeira pode afetar muitas áreas da nossa vida. Ela nos ajuda a
tomar decisões mais conscientes e a ter mais bem-estar. Por outro lado, se não aprendemos sobre
finanças, podemos ter problemas com compras, acesso ao crédito e até mesmo na carreira.
Além disso, podemos ter dificuldades em organizar nossas contas e acabar com o nome sujo no SPC ou
SERASA.
Por este motivo, é muito importante tratar da educação financeira dos indivíduos, especialmente em um
mundo onde somos incentivados a comprar coisas que não precisamos. Isso pode nos ajudar a ter uma
vida melhor.

3 CAMINHOS METODOLÓGICOS

Para alcançar os resultados esperados, a pesquisadora realizou uma pesquisa bibliográfica, inicialmente.
De acordo com Mazucato (2018, p. 46) ?nesta modalidade as principais fontes para a realização da
pesquisa são bibliográficas (livros, capítulos de livros, artigos científicos etc.); [...]?
Fonseca (2002, p. 32) afirma que ?a pesquisa bibliográfica é feita a partir de materiais já publicados, como
livros e artigos científicos que podem ser encontrados em bibliotecas.?
Para tornar o trabalho mais completo e com informações reais sobre a situação financeira dos brasileiros,
também foi feita uma pesquisa com documentos, que segundo Mazucato (2018, p. 46) ?esse tipo de
pesquisa é feito a partir de documentos como fonte principal de informação.?
Para Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa documental é feita a partir de muitas fontes diferentes, como
?tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais e até mesmo filmes, fotos e pinturas
,etc.?
Para ter o melhor resultado possível, a pesquisadora usou tanto a pesquisa bibliográfica quanto a
documental. Isso permitiu que ela reunisse conhecimentos teóricos e também informações reais sobre a
situação financeira no Brasil.
A metodologia usada é a indutiva, que permite juntar informações de diferentes fontes para chegar a um
resultado satisfatório sobre um assunto específico. Nas palavras de Mazucato (2018, p. 54):

O método indutivo indica que o caminho que a pesquisa deverá percorrer passará pela seguinte trajetória:
a partir da constatação ou levantamento de informações particulares, a pesquisa buscará chegar a um
conhecimento mais generalizado. A partir da observação de um conjunto razoável de fenômenos
semelhantes, o estudante tentará descobrir uma relação existente entre estes fenômenos e elaborar uma
explicação mais generalizante que abarque todos os fenômenos observados (e, também, que possa ser
aplicada aos fenômenos semelhantes ainda não observados).

A principal ferramenta usada nessa pesquisa é a análise de documentos já existentes para encontrar as
informações necessárias.
De acordo com Barbosa (1999): ?Usar documentos já existentes para fazer uma pesquisa pode

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economizar tempo e dinheiro. Além disso, essas informações são confiáveis e não precisam ser coletadas
de uma maneira específica.?
Muitas vezes, existem informações que não são usadas de maneira eficiente. A pesquisa documental
pode ajudar a explorar essas informações e torná-las relevantes para a área de conhecimento da pesquisa
.

4 A EF NO CONTROLE DO CARTÃO DE CRÉDITO

Neste capítulo, vamos estudar o endividamento causado pelo uso do cartão de crédito. Vamos analisar os
fatores que contribuem para isso, com base em hipóteses levantadas em estudos anteriores.

4.1 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Neste subtítulo, vamos ver alguns fatores que podem levar ao endividamento pelo uso do cartão de crédito
. São oito fatores no total e vamos analisar cada um deles.
4.1.1 Atitude Financeira
Para Ajzen (1991) as atitudes financeiras de uma pessoa são influenciadas por suas crenças econômicas
e não econômicas. Essas crenças podem levar a pessoa a tomar certas decisões financeiras, sendo a
chave do processo de tomada de decisão.
O estudo de Kim e De Vaney (2001) as atitudes de uma pessoa estão relacionadas às suas intenções de
comportamento. Isso significa que a atitude financeira de uma pessoa pode influenciar como ela lida com
suas finanças, incluindo o uso do cartão de crédito. Norvilitis et al. (2006) propõe em seu estudo que
comportamentos menos controlados em relação ao uso de crédito geram maiores riscos de endividamento
.
Montalto et al. (2019) afirma que ensinar sobre finanças nas universidades pode ajudar a melhorar as
atitudes financeiras dos jovens.

4.1.2 Comportamento Financeiro

O comportamento financeiro está diretamente relacionado ao grau de alfabetização financeira. Para Hung
et al. (2009) a alfabetização financeira significa ter conhecimento e habilidade para gerenciar suas
finanças. Isso inclui saber como usar esse conhecimento para tomar boas decisões financeiras. Já para
Criddle (2006) trata-se de dominar alternativas que possibilitem o estabelecimento de metas financeiras.
A alfabetização financeira proporciona tomada de decisão mais assertivas no contexto monetário de suas
vidas (POTRICH et al., 2015). Atkinson e Messy (2012) Ser financeiramente alfabetizado tem muitos
benefícios. Pessoas que entendem de finanças conseguem controlar seus gastos e ter segurança
financeira. Por outro lado, quem não tem conhecimento financeiro pode gastar demais e usar o crédito de
maneira exagerada. Segundo Norvilitis et al. (2006) pessoas não alfabetizadas financeiramente são
incapazes de tomar decisões adequadas quando se trata do uso do dinheiro.
Bartley (2011) e Hung et al. (2009) idade, renda familiar e experiências financeiras podem influenciar
positivamente o comportamento financeiro de uma pessoa. Xiao et al. (2011) indicam que cursos de
educação financeira no ensino médio e faculdade agregavam maior conhecimento subjetivo, embora o não
estivessem associados ao conhecimento objetivo dos alunos.

4.1.3 Comportamento de Uso de Cartão de Crédito

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Trazendo alta conveniência, comodidade e possíveis vantagens em situações de perda ou roubo, o cartão
de crédito foi rapidamente difundido na sociedade (LEE; KWON, 2002). Entretanto, Schor (1998) acredita
que a facilidade de compra e obtenção de crédito que os cartões trazem geram gastos excessivos na
população.

O aumento das dívidas de cartão de crédito entre os jovens tem gerado preocupação sobre a falta de
conhecimento sobre como usar o cartão de maneira responsável (DANES; HIRA, 1987).

Atualmente vive-se em uma sociedade de cartões de crédito, onde jovens crescem usando a ferramenta
fazendo dívidas livremente (RITZER, 1995). Wang e Xiao (2009) associam o uso do cartão de crédito a
gastos compulsivo.
Foi descoberto que existe uma relação entre dívidas de cartão de crédito e a sensação de controle sobre a
vida e autoestima. Muitas vezes, os jovens veem suas dívidas como um investimento no futuro.
(HODSON et al., 2014).
Lea et al. (1995) alertam sobre o crescimento da ?cultura do endividamento?. É amplamente aceito que a
maneira como as pessoas veem as dívidas mudou muito no final do século XX. As pessoas passaram a
ter menos medo de se endividar e a aceitar dívidas causadas pelo consumo (ZUCKEMAN, 2000). Para
Gross e Souleles (2002) um dos motivos para o aumento das dívidas foi o aumento dos limites dos cartões
de crédito.

4.1.4 Compras compulsivas

Para O?Guinn e Faber (1989), compras compulsivas são quando uma pessoa compra de maneira
repetitiva e crônica como uma forma de lidar com sentimentos e situações negativas. Brougham et al.
(2011) descreve o comportamento como a incapacidade de controlar o desejo de compra dos
consumidores compulsivos e McElroy et al (1994) o tema é aprofundado ao abordar a preocupação mal
adaptativa com compras, que leva a impulsos incontroláveis de comprar coisas desnecessárias que muitas
vezes não se encaixam no padrão social do indivíduo. Isso causa angústia e problemas financeiros.
Segundo estudo de Veludo-de-Oliveira et al. (2014) em relação aos jovens brasileiros com
comportamentos compulsivos, concluiu-se que a ansiedade é uma das causas da compra compulsiva,
agravada pelo uso inadequado de cartões de crédito. Roberts e Jones (2001) evidenciam o peso do cartão
de crédito sobre a compra compulsiva e três atitudes sobre uso do dinheiro trabalhadas por Yamauchi e
Templer (1982), poder (prestígio), desconfiança e ansiedade.
Por fim, os mercados capitalistas incentivam as compras compulsórias, levando a um maior endividamento
. Wang e Xiao (2009) afirmam que as compras compulsivas são uma causa de endividamento, enfocando
especificamente o papel dos cartões de crédito no estímulo às compras.

4.1.5 Compras Impulsivas

Valence, D?Astous e Fortier (1988) explicam a distinção entre compra compulsiva e impulsiva, está nos
processos cognitivos que levam a cada tipo de comportamento de compra. Wang e Xiao (2009) a compra
impulsiva é descrita como o ato de ceder a um forte desejo de adquirir um produto imediatamente.

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Comportamentos impulsivos podem afetar o consumo de produtos e, em casos mais extremos, levar a
padrões graves de consumo excessivo e descontrolado (WANSINK, 1994). Segundo Norvilitis et al.
(2006), problemas com falta de controle sobre impulsos tendem a contribuir para o endividamento do
indivíduo.

4.1.6 Materialismo

Rassuli e Hollander (1986) o materialismo é descrito como uma mentalidade focada em adquirir e gastar.
É um valor para o consumidor que se baseia em três componentes: a importância da aquisição, a busca
da felicidade através da aquisição e o sucesso medido pela posse. (RICHINS; DAWSON, 1992).
Richins e Dawson (1992) seu estudo mostrou que pessoas mais materialistas tendem a desejar uma renda
maior e valorizam mais a segurança financeira do que as relações interpessoais. Isso pode resultar em
uma vida menos satisfatória do que a de pessoas menos materialistas. Segundo Fox e Lears (1983) as
pessoas estão constantemente buscando uma vida melhor através do consumo. Há um desejo insaciável
de adquirir cada vez mais bens. Para Drentea e Lavrakas (2000), o aumento do consumo nas últimas
décadas tem levado ao endividamento através do uso do cartão de crédito. Isso mostra uma ligação direta
entre o materialismo e o endividamento do cartão de crédito, causado por uma má gestão e compras
compulsivas.

4.1.7 Percepção de risco

Pigdeon et al. (1992) define percepção de risco a forma como as pessoas pensam e reagem a um
acontecimento ameaçador. Tal reação é baseada em um conjunto de crenças e valores do indivíduo.
Slovic et al. (2004) completa que seres humanos avaliam o risco através de sentimentos intuitivos.
Finucane et al (2000) afirma que o nível de educação e racionalidade de uma pessoa pode influenciar
diretamente sua percepção de risco.
De acordo com uma pesquisa realizada com bolsistas e residentes em um centro médico acadêmico de
duas universidades americanas, concluiu-se que há baixa tolerância ao risco de investimento
acompanhada de baixa alfabetização financeira entre os alunos (AHMAD et al. 2017). A idade dos
bolsistas e residentes pesquisados era entre 28 e 33 anos.
Olivato e Souza (2007) afirmam que aspectos comportamentais associados a percepção de risco do
consumo podem desencadear endividamentos. Já Nelson et al. (2008) aponta que a falta de gestão de
riscos na área financeira pode levar ao endividamento e outros riscos à saúde do indivíduo. Conclui-se,
portanto, que a percepção do risco tem impacto direto na vida pessoal.

4.1.8 Ansiedade

Margis et, al (2013) define a ansiedade como sentimento natural do ser humano em situações de reação a
qualquer perigo percebido. Drentea (2000) relata que dificuldades financeiras causam ansiedade,
principalmente quando há endividamento.
Segundo Heckman et al. (2014) e Ross et al. (1999), pesquisas realizadas em universidades norte-
americanas mostram que aproximadamente 70% dos estudantes universitários estão estressados com
suas finanças pessoais. Aqueles que apresentam maior estresse financeiro têm maior probabilidade de
enfrentar dificuldades acadêmicas e desafios para concluir seus estudos universitários, além de terem seu

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bem-estar afetado (ROBB, 2017). Montalto et al. (2019) conclui que o uso de empréstimos financeiros
influencia o bem-estar de alunos universitários, como ansiedade e autoeficácia.
Percebe-se, segundo proposto por Roberts e Jones (2001), que o dinheiro representa uma linha muito
tênue na vida das pessoas, pois a acumulação de capital é vista como uma forma de proteção contra a
ansiedade, enquanto a falta de capital é vista como uma fonte de ansiedade.
Drentea (2000), o endividamento pode aumentar a ansiedade. Para Roberts e Jones (2001), também
descobriram que a relação entre ansiedade e compras compulsivas é mais forte em pessoas que usam
cartão de crédito.

4.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Embora muitas pessoas falem sobre educação financeira e como é fácil se organizar financeiramente,
nem sempre é tão simples assim. Pode ser difícil para aqueles que não têm familiaridade com conceitos
financeiros. Existem armadilhas que nem sempre são mencionadas, mas superá-las pode realmente
ajudar a colocar as finanças em ordem.
Os próprios bancos, preocupados com o grande número de pessoas endividadas com cartão de crédito,
fornecem orientações sobre como controlar as finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de
crédito. Vejamos.

1- O começo pode ser desconfortável

Preencher uma planilha de gastos pode ser desconfortável e você pode pensar em desistir. Se você já
tentou antes, sabe do que estamos falando. Mas por que é desconfortável? Porque colocar renda e gastos
no papel mostra duas coisas: 1) todos os gastos desnecessários que consomem boa parte da sua renda;
2) e que mudar esse cenário não é fácil.
Quer um exemplo do cotidiano? Você sabe que pegar 10 Ubers por mês pagando R$ 7 vai dar R$ 70 no
final do mês, mas no dia a dia é só mais R$ 7. Quando você descreve o gasto total na planilha, dói no
bolso, pela primeira vez. Você começa a visualizar todos os pequenos gastos diários, que multiplicados,
dão um valor maior. O resultado é: você gastou mais que ganhou.

2- Trabalhoso

Por que aplicar educação financeira na vida pode ser trabalhoso? Porque é preciso ter controle de todos
os gastos e ganhos. Isso significa atualizar o controle financeiro pelo menos uma vez a cada dois dias
para ter certeza de que tudo está registrado.
Precisamos ter uma relação próxima com nosso dinheiro, ou com a falta dele. Sabe o famoso tema do
gasto fixo, gasto variável etc.? Ele é real e precisa ser feito.
Sabe as assinaturas de streaming, música, podcast, cosméticos? Chegou a hora de analisar se elas
realmente valem a pena e cancelar ou suspender se achar que o custo benefício não está compensando.
É importante conhecer e avaliar as contas que estão em débito automático, incluindo os valores e datas de
vencimento. Isso porque o banco não verifica se você tem saldo suficiente ou se vai entrar no cheque
especial com aquele débito, o que pode resultar em cobranças de juros. Isso pode ser evitado se você
tiver saldo em outra conta para pagar a fatura manualmente. Isso nos leva ao próximo ponto.
3- Pode sim atrasar contas

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Se você gastar mais do que ganha, algum boleto ficará sem pagamento. É importante respirar e escolher
quais boletos pagar. Para isso, é preciso saber tudo sobre os gastos e responder a três perguntas: 1).
Quais são as taxas de juros cobradas em caso de atraso?; 2). Quantas contas posso atrasar antes que o
serviço seja suspenso?; 3). Quais desses serviços são essenciais para minha sobrevivência?"
Aprender sobre seus gastos é importante para decidir se deve ou não pagar uma fatura. Além disso,
apenas as contas que não estão em débito automático podem ser adiadas.

Contas de telefone e energia geralmente têm juros mais baixos do que faturas de cartão de crédito, mas o
serviço pode ser suspenso após o atraso de duas faturas e só é religado após o pagamento integral da
dívida, dependendo da cidade onde você mora
4- Respeite seu Limite
Sabe como funciona um cartão de crédito? Com ele é possível fazer compras até o valor total do limite
liberado. Assim como um cartão de crédito, você também tem um limite de gastos. Esse limite é seu
salário.
Se você ganha R$ 2.200 por mês, pode gastar R$ 2.200. Se comprar algo parcelado em três vezes de R$
200, nos próximos três meses, seu limite de gastos será de R$ 2.000. Isso vale para todas as suas
despesas. Uma dica importante é projetar seus gastos futuros para entender como seu limite de gastos
estará nos próximos meses e tomar boas decisões de compras e pagamento de dívidas.
5- Esqueci de preencher a planilha, e agora?
Como o cotidiano é corrido, o esquecimento ocorrerá. Logo, vai acontecer de não fazer nenhuma anotação
na sua planilha de controle. Então a pessoa pode perder os comprovantes ou não lembrar os valores
exatos na hora de atualizar. E aí, o que fazer? Se você não se lembra dos valores exatos, pode 'chutar' os
valores. Algumas dicas são: 1) nos gastos, arredonde para mais. Por exemplo, se o café custou R$ 2 e
você comeu um docinho que não lembra o preço, coloque R$ 6. Assim, você não corre o risco de registrar
menos do que gastou; 2) nos ganhos, arredonde para menos. Se alguém te pagou por um serviço e você
lembra que foram 30 e poucos reais, anote R$ 30. Isso evita registrar um ganho maior do que o real e
evita surpresas ruins como gastar mais do que previsto
E quanto ao controle especificamente do cartão de crédito, talvez haja o seguinte questionamento: ?como
usar o cartão de crédito da forma certa??. Para se conseguir tal feito, segundo a maioria dos educadores
financeiros, faz-se necessário seguir os seguintes passos:
1. Estabelecer um teto para compras
Defina um limite para as compras para manter o controle do cartão de crédito. A recomendação geral é
não comprometer mais do que 30% da renda com a fatura. Se o limite for maior do que esse valor, ajuste-
o para coincidir com a porcentagem. Assim, se você gastar tudo o que pode e tentar extrapolar o limite, o
próprio cartão bloqueará a compra. Pode ser constrangedor se você não perceber que chegou ao limite,
mas suas finanças agradecerão.
2. Usar o pagamento automático de fatura
Muitas pessoas acabam atrasando o pagamento da fatura e pagando juros por esquecer o dia do
vencimento. Isso pode acontecer na correria do dia a dia ou por causa de contratempos. Para evitar isso, é
melhor cadastrar o pagamento da fatura em débito automático. Assim, se houver dinheiro na conta, o
valor será descontado automaticamente no dia do vencimento da fatura.
3. Ter atenção aos parcelamentos
Ter um grande limite no cartão de crédito não significa que você pode parcelar tudo o que quiser. Em vez
disso, tente fazer compras à vista e usar o cartão apenas para compras que não podem ser pagas na hora

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. Mas tenha cuidado com o valor da fatura. Se for necessário parcelar, faça-o em um número maior de
vezes e tenha certeza de que conseguirá pagar em dia. Se o seu cartão permitir e você tiver dinheiro
disponível, pode adiantar alguns pagamentos. Algumas empresas até oferecem descontos nesses casos.
4. Lembrar de que o saldo do cartão é um empréstimo
Lembre-se de que o limite do seu cartão de crédito não é dinheiro seu. É uma quantia emprestada que
você terá que devolver mais tarde. Se ajudar, imagine o cartão de crédito como um personagem a quem
você recorre quando precisa de um empréstimo.
Lembrar disso frequentemente pode ajudá-lo a pensar duas vezes antes de usar o cartão, pois você terá
que devolver o dinheiro e comprometer seu salário nos meses seguintes.
Isso pode significar abrir mão de algo que você quer muito fazer no futuro.
5. Pagar o total da fatura
Se você seguir os passos anteriores, verá que o valor total da fatura será sempre acessível. Seja com
parcelas menores que cabem no seu orçamento ou com contas que você decidiu pagar à vista, isso dará
um alívio no fim do mês. Assim, você evita parcelar ou atrasar pagamentos e deixa de pagar juros altos.
Se a fatura estiver muito alta, pode ser um sinal de que é hora de revisar sua estratégia.
6. Pesquisar os cartões certos para você
Muitos cartões de crédito não cobram anuidade e isentam de várias taxas. Por isso, é importante
pesquisar quais são os mais vantajosos para o seu bolso. Faça um levantamento dos principais cartões
disponíveis e compare benefícios, programas de pontos e taxas cobradas por parcelamento, atraso e
rotativo. Isso pode ajudar a reduzir os gastos mensais e minimizar o impacto caso seja impossível evitar
um atraso.
7. Preferir o débito sempre que possível
Sempre que tiver saldo na conta e o dinheiro não estiver comprometido, prefira pagar as compras no
débito. Lembre-se de que o crédito concedido pelo cartão é um dinheiro que você terá que devolver mais
tarde. Por isso, pode não ser uma boa ideia assumir esse compromisso para o futuro. Se ocorrer algum
imprevisto ao longo do mês e você tiver que pagar no crédito, terá que lidar com uma fatura menor.
O cartão de crédito pode ser um ótimo recurso financeiro se usado de maneira estratégica e não como
desculpa para comprar o que não pode pagar. É preciso ter disciplina e controle financeiro ao usá-lo.
Seguindo o roteiro que vimos até aqui, será cada vez mais fácil se acostumar com o cartão. Com o tempo,
será natural avaliar quando vale a pena comprar no crédito. E não se esqueça de monitorar seus gastos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo demonstrar a importância da educação financeira
para a população e como ela influencia o uso do cartão de crédito e o dia a dia. O estudo mostrou que o
nível de conhecimento dos conceitos financeiros está diretamente relacionado ao nível de educação
financeira. Inicialmente, foi abordada a educação financeira no Brasil e, em seguida, discutido o uso do
cartão de crédito e o endividamento relacionado a ele. Uma pesquisa realizada em 2021 pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostrou uma alta taxa de inadimplência
com cartões de crédito, reforçando a importância da educação financeira. A educação financeira é
fundamental para tomar decisões financeiras e econômicas pessoais e familiares. Este trabalho destaca 8
fatores que contribuem para o endividamento com cartões de crédito e oferece dicas para controlar as
finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de crédito. As informações apresentadas neste artigo
são úteis não apenas em relação ao uso do cartão de crédito, mas também às finanças pessoais em geral.

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Arquivo 1: TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Arquivo 2: https://www.cieepr.org.br/blog/a-importancia-da-educacao-financeira (983 termos)
Termos comuns: 124
Similaridade: 1,74%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.cieepr.org.br/blog/a-
importancia-da-educacao-financeira (983 termos)

=================================================================================
EDUCAÇÃO FINANCEIRA: A INFLUÊNCIA NA DECISÃO DE USAR O CARTÃO DE CRÉDITO

Larissa Pires Dos Passos


[1: Acadêmica de matemática da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]
Jefferson Ferreira Mesquita
[2: Professor Mestre e Doutorando em Ciências Exatas da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]

Resumo

Introdução: Tendo em vista que hoje o cartão de crédito é um dos métodos mais utilizado como forma de
pagamento, e, muitas das vezes utilizado de forma incorreta, e irresponsável por parte de alguns
individuos, fez-se necessário abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir
no uso racional do cartão de crédito??. O objetivo Geral da pesquisa é mostrar como a aplicação da
educação financeira é capaz de influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de
crédito. Para tanto foi necessário Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela
impacta a vida dos brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação
Financeira, Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito e de que forma a Educação
Financeira ajuda desenvolver habitos saudaveis relacionados ao cartão de Crédito. A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, a
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base em informações
diversas sobre um determinado assunto. Resultados: os resultados foram divididos em quatro seções. Na
primeira apresenta-se o contexto e as principais observações sobre a educação financeira no Brasil. Na
segunda aborda-se as relações entre o cartão de crédito e o endividamento. Na terceira, a educação
financeira como qualidade de vida e, por fim, na quarta seção os fatores que influenciam no endividamento
no cartão de crédito. Considerações finais: Diante disso, verificou-se que a Educação Financeira contribui
para o controle de gasto com o cartão de crédito, onde foi possível concluir que a educação financeira não
se trata apenas de gestão do dinheiro, mas também de qualidadede vida que pode ser adquirida junto a
hábitos simples como controlar, poupar, investir e fazer escolhas que mantenham a saúde financeira do
individuo.

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Palavras chaves: Educação Financeira, Cartão de Crédito, Endividamento.

INTRODUÇÃO

Entende-se como educação financeira a maneira pela qual o indivíduo busca conhecimento para a gestão
dos seus bens. Essa temática tem sido muito abordada devido a cultura do consumismo, principalmente
influenciada pelos atuais canais de comunicação. Associado a isso, discute-se sobre o endividamento, em
especial relacionando com a facilidade de acesso ao crédito e materialismo no ato das compras de
serviços e produtos (CAMASSO et al., 2018).
A educação financeira envolve conhecimentos e competências que nos ajudam a fazer escolhas
inteligentes a respeito do dinheiro, transações financeiras e consumo. Dentre suas práticas inclui: poder
fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda, adotar ações que melhorem o seu bem-estar,
planejamento financeiro, independência financeira, entre outras (FERREIRA, 2017).
O uso do cartão de crédito faz com que o seu usuário fique suscetível a tomada de decisões, e muitas
delas de forma inadequadas. Dentre as decisões pessoais, a tomada de decisão financeira que tem
recebido mais atenção é o comportamento em relação ao uso do cartão de crédito (HAMID e LOKE,
2021).
Portanto, é importante adquirir conhecimentos relevantes sobre o setor financeiro com o objetivo de
reduzir o risco na escolha de investimentos e produtos financeiros. Além disso, há ampla evidência de que
, quanto maior for o nivel de conhecimento sobre Educação financeira, menor o risco de acúmulo de
dívidas. (LUSARDI e TUFANO, 2015; STNGO e Zinman, 2008).
Visando abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do
cartão de crédito??, este trabalho justifica-se por trata-se de um tema altamente relevante, e que traz
dados alarmantes sobre a falta de educação financeira, e as consequências disso.
A alfabetização financeira também aumenta a conscientização do consumidor sobre questões
Compensações risco-recompensa que permitem aos indivíduos avaliar melhor a tomada de decisões
economicamente (KLAPPER e LUSARDI, 2020).
Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é mostrar como a aplicação da educação financeira é capaz de
influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de crédito. De forma mais específica
, buscou-se Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela impacta a vida dos
brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação Financeira, Entender
como o baixo conhecimento sobre financias está relacionado com o excesso de gasto e endividamento
com o cartão de crédito. Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito.A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, A
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base eminformações
diversas sobre um determinado assunto.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

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Há muita discussão sobre a qualidade do ensino no Brasil. Em um mundo globalizado, é importante que as
pessoas tenham conhecimento e habilidades para lidar com questões do dia a dia, no trabalho, na
economia e em outros aspectos da sociedade. Para isso, é fundamental que as pessoas tenham
habilidades em interpretação de textos e matemática, pois essas áreas estão presentes em nosso
cotidiano.

2.1 A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL


E como está o sistema de ensino brasileiro nesse aspecto? As pessoas estão conseguindo adquirir o
conhecimento mínimo necessário para se adaptar ao mundo tecnológico e dinâmico em que vivemos?
A preocupação com a educação é tão importante que a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) trabalha para promover padrões internacionais para resolver
problemas ou situações nos setores econômico, financeiro, comercial, social e até ambiental. Essa
instituição foi criada em 1948 como Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OECE) e,
devido ao seu sucesso, os Estados Unidos e o Canadá se juntaram às nações que já faziam parte da
OECE. Em 1961, surgiu a OCDE, com sede em Paris, na França.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem dado muita atenção à
educação e, em 1997, desenvolveu o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que visa
avaliar o desempenho dos alunos em três áreas-chave: leitura, matemática e ciências. Desde a primeira
edição, em 2000, o Brasil participa voluntariamente. Os resultados mostram que o Brasil sempre se
classificou pior desde o primeiro teste.
Devido ao baixo desempenho em alguns países, a OCDE cria alternativas para ajudá-los a melhorar o
conhecimento dos alunos. Uma das ações sugeridas é a Educação Financeira, que pode ajudar a
melhorar a interpretação e a matemática.
Até 2010, havia poucas ações voltadas para a Educação Financeira no Brasil. Isso mudou com a criação
da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) com o Decreto 7397/2010, publicado no Diário
Oficial de União de 22 de dezembro de 2010. Desde então, a Educação Financeira começou a ganhar
importância, inclusive nas escolas. O site oficial da ENEF utiliza o seguinte conceito para EF:

Educação Financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua


compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação,
formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem
mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem
informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim,
podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis,
comprometidos com o futuro (OCDE, 2005).
Ainda, tratando de recursos pedagógicos com ênfase voltada para o seu ensino, pode-se dizer que,
Educação Financeira é um processo educativo que, por meio de aplicação de métodos próprios,
desenvolve atividades para auxiliar os consumidores a orçar e gerir a sua renda, a poupar e a investir; são
informações e formações significativas para que um cidadão exerça uma atividade, trabalho, profissão e
lazer, evitando tornarem-se vulneráveis às armadilhas impostas pelo capitalismo (NEGRI, 2010, p.19).

A EF no Brasil começou a ganhar força com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

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em 2017, na qual contempla a EF na Educação Básica.

2.2 CARTÃO DE CRÉDITO

Os cartões de crédito surgiram na década de 1920, quando bares e comércios ofereciam crédito aos
clientes fiéis. Mas, segundo a ABECS (2019) ?(Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços), o
cartão de crédito como conhecemos hoje começou em 1950. Frank MacNamara esqueceu seu talão de
cheques e dinheiro em um jantar com executivos financeiros em Nova York. O dono do restaurante aceitou
que a conta fosse paga no dia seguinte, desde que os convidados assinassem a fatura. Foi aí que Frank
teve a ideia de criar um mecanismo de controle para pagar contas de forma mais concentrada.

Foi assim que surgiu o primeiro cartão de crédito, o "Diners Club Card". Era um cartão de papel aceito em
27 restaurantes nos EUA e usado por 200 pessoas, principalmente amigos de MacNamara. Em 1952, o
cartão ganhou popularidade e passou a ser aceito em vários estabelecimentos.
Conforme argumenta Coelho (2010, p. 518), ?O cartão de crédito, propriamente dito, é o documento pelo
qual o titular prova, perante o fornecedor, a existência do contrato com a instituição financeira emissora?.
O cartão de crédito é fornecido por uma instituição financeira - IF. O cliente assina um contrato que
estabelece os termos de uso, taxas e juros. Hoje em dia, as instituições financeiras oferecem cartões de
débito e crédito com bandeiras nacionais e internacionais, permitindo movimentações dentro e fora do país
.
Cartões de crédito e débito oferecem facilidades como saques e pagamentos à vista ou parcelados. Com o
cartão de crédito, o consumidor pode escolher pagar o mínimo ou o total da fatura. A fatura é fechada em
um dia acordado com a instituição financeira. Compras feitas após o fechamento da fatura são cobradas
no próximo mês. Se o cliente pagar apenas o mínimo, a próxima fatura incluirá juros e taxas, o que pode
levar ao endividamento.

Para usar um cartão de débito, é preciso ter dinheiro na conta. Algumas instituições financeiras oferecem
cheque especial, que funciona como um empréstimo para situações urgentes, mas cobra juros. Já o cartão
de crédito tem um limite de crédito definido pela instituição financeira. A cada compra, o limite diminui e só
é liberado novamente quando a fatura é paga. Se o limite for atingido, compras futuras são negadas.

2.3 ENDIVIDAMENTO COM CARTÃO DE CRÉDITO

No mercado financeiro hoje, percebe-se um aumento e facilidade dos consumidores em ter acesso ao
crédito. Seja a partir de bancos ou fintechs, aumentar o poder de compra se tornou uma coisa simples, e
com menos burocracia que há algum tempo atrás.
Com o avanço da tecnologia, os bancos conseguem cruzar dados com o Banco Central e a Receita
Federal para facilitar a aquisição de cartões de crédito, empréstimos e outros serviços financeiros. Muitas
pessoas são atraídas pela facilidade e comodidade que os cartões de crédito oferecem.
[3: Dados abertos. Banco Central do Brasil. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao
/dadosabertos>. Acesso em: 23/11/2021.]
Consequentemente, as pessoas tendem a se tornarem mais consumistas, seja no mercado digital ou físico
. No entanto, esse consumo em excesso acaba comprometendo a integralidade de seus rendimentos e a

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saúde financeira da pessoa.


O cartão de crédito pode ser um grande aliado quando usado de forma responsável e inteligente. Com
planejamento adequado, ele pode ajudar em situações de emergência ou na compra de itens de alto valor.
Infelizmente, nem todos usam o cartão de crédito de forma responsável, o que pode levar a atrasos no
pagamento e endividamento. Por isso, é importante falar sobre o uso consciente do cartão de crédito para
evitar problemas financeiros.

E o consumo consciente está diretamente relacionado com a educação financeira. Nos dias atuais, com o
alto índice de endividamento, que atinge quase 75% das famílias brasileiras, esse tema necessita ganhar
mais relevância para mudar essa realidade.
[4: Com 74,6%, o endividamento dos brasileiros alcança o maior percentual em 11 anos. Disponível em:
<https://www.cut.org.br/noticias/com-74-6-endividamento-dos-brasileiros-alcanca-o-maior-percentual-em-
11-anos-e59b>. Acesso em: 20/11/2021.]
De acordo com pesquisa realizada em 2021, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo, dados obtidos com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor-PEIC, o
número de brasileiros endividados atingiu 74,6%, a maior taxa em 11 anos.
[5: Endividamento bate novo recorde e atinge 74,6% das famílias, aponta CNC. Disponível em: <https
://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/04/endividamento-bate-novo-recorde-e-atinge-746percent-das-
familias-aponta-cnc.ghtml>. Acesso em: 25/11/2021.]
A pesquisa mostrou que 12,2 milhões de famílias têm dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito,
cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e casa. O
cartão de crédito é o principal tipo de dívida, representando 84,9% dos inadimplentes no país.(BACEN)

Esta situação de grande parte dos indivíduos traz a tona questionamentos sobre a necessidade de
alfabetização e educação financeira:

[...] os dados são preocupantes e levam a crer que, a menos que medidas sérias sejam tomadas no
sentido da conscientização e alfabetização financeira da população brasileira, a vulnerabilidade do
consumidor e sua propensão ao endividamento tenderão a crescer mais e mais, podendo levar a graves
consequências, tanto no âmbito pessoal e familiar do cidadão, como também no âmbito da sociedade
como um todo, caso esses fatos realmente desencadeiem uma crise de crédito no país [...] (DONADIO,
2012, p. 85)

Considerando essa problemática, de altas taxas de endividamento provenientes de cartão de crédito, a


pesquisa busca mostrar os caminhos mais viáveis para contornar essa situação, trazendo à tona o
questionamento de ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do cartão de crédito??.
Dessa forma, trata-se de um tema altamente relevante, e que traz dados alarmantes sobre a falta de
educação financeira em nosso país, e as consequências disso.
De forma geral, o impacto da Educação Financeira precisa ser visto como um tema de grande relevância
no futuro das pessoas. (PELICIOLI, 2011, p. 35)

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2.4 EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO QUALIDADE DE VIDA

A educação financeira é fundamental no Brasil contemporâneo, pois impacta de forma direta nas decisões
financeiras e econômicas de pessoas e famílias. (SAVOIA, 2007, p. 1125)
De acordo com Roberts e Jones (2001) apud Donadio (2012, p. 83), o uso do cartão de crédito pode levar
a gastos desnecessários, já que torna as transações financeiras mais fáceis e nos faz esquecer que
estamos gastando dinheiro de verdade
Para Pelicioli (2011, p. 28), o ato de consumir traz prazer ao indivíduo, e ocorre uma identificação entre
esses momentos, restando poucos diálogos racionais neste tipo de consumo.
À medida que mais pessoas têm acesso ao cartão de crédito, especialmente aquelas que antes não
tinham, mudanças de comportamento são observadas. Infelizmente, isso também leva a um aumento no
número de pessoas que não conseguem pagar suas dívidas. (DONADIO, 2012, p. 83)
O aspecto financeiro é fortemente valorizado em uma economia de mercado - vivenciada atualmente em
grande parte do mundo - e nesse sistema, a tendência é o acúmulo de supérfluos. Há a deformação de
valores pessoais e o consumismo é visto como elemento da ?felicidade?. (PELICIOLI, 2011, p. 24)
Em contrapartida, o planejamento financeiro permite consumir mais, e consumir melhor. De acordo com o
BACEN, "Consumir mais por meio da potencialização do dinheiro e melhor via eliminação de desperdícios
.?
De acordo com Donadio (2012, p. 77) o aumento das dívidas dos brasileiros pode ser atribuído à falta de
conhecimento financeiro da maioria da população. Segundo o autor, ?ser financeiramente alfabetizado
significa ser capaz de usar o conhecimento adquirido de forma competente. No entanto, é difícil medir
diretamente a alfabetização financeira [...]?.

Nas palavras de Pelicioli (2011, p. 3), a consciência financeira é uma constante batalha entre desejo e
necessidade. Enquanto há consciência de suas finanças, a necessidade é priorizada, enquanto quando a
educação relacionada às finanças não está presente, prioriza-se o desejo.

A alfabetização financeira traz muitos questionamentos aos indivíduos, como:

qual seu nível de alfabetização financeira; se existe a consciência da proporção que dívidas tomam
quando mal administradas; se há conhecimento das tarifas, taxas e outros custos quanto ao cartão de
crédito; se o uso do cartão ultrapassa o nível de renda, levando o indivíduo a gastar mais do que ganha.
(Donadio, 2012, p. 78)

Para isso, a participação das instituições financeiras é fundamental:

O envolvimento das instituições financeiras no processo de educação financeira deve ser estimulado, de
tal forma que a adotem como parte integrante de suas práticas de relacionamento com seus clientes,
provendo informações financeiras que estimulem a compreensão de suas decisões, principalmente nos
negócios de longo prazo e naqueles que comprometam expressivamente a renda atual e futura de seus
consumidores. A educação financeira deve ser um processo contínuo, acompanhando a evolução dos
mercados e a crescente complexidade das informações que os caracterizam. (SAVOIA, 2007, p. 1129)

A pesquisa evidencia que a conscientização da população faz-se necessária, bem como a educação

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financeira, pois é capaz de dar às pessoas mais conhecimento e instrumentos que mostram todos os
fatores relevantes em uma decisão financeira eficiente. (LUCCI, 2006, p. 5)
Quando você entende mais sobre finanças, pode fazer escolhas de consumo mais conscientes. ?Isso é
bom para você, para a sociedade e para o meio ambiente. Consumo consciente significa levar em conta
não apenas o dinheiro, mas também questões sociais e ambientais ao decidir o que comprar.? (BACEN)
Para Lucci (2006, p. 4), a educação financeira pode afetar muitas áreas da nossa vida. Ela nos ajuda a
tomar decisões mais conscientes e a ter mais bem-estar. Por outro lado, se não aprendemos sobre
finanças, podemos ter problemas com compras, acesso ao crédito e até mesmo na carreira.
Além disso, podemos ter dificuldades em organizar nossas contas e acabar com o nome sujo no SPC ou
SERASA.
Por este motivo, é muito importante tratar da educação financeira dos indivíduos, especialmente em um
mundo onde somos incentivados a comprar coisas que não precisamos. Isso pode nos ajudar a ter uma
vida melhor.

3 CAMINHOS METODOLÓGICOS

Para alcançar os resultados esperados, a pesquisadora realizou uma pesquisa bibliográfica, inicialmente.
De acordo com Mazucato (2018, p. 46) ?nesta modalidade as principais fontes para a realização da
pesquisa são bibliográficas (livros, capítulos de livros, artigos científicos etc.); [...]?
Fonseca (2002, p. 32) afirma que ?a pesquisa bibliográfica é feita a partir de materiais já publicados, como
livros e artigos científicos que podem ser encontrados em bibliotecas.?
Para tornar o trabalho mais completo e com informações reais sobre a situação financeira dos brasileiros,
também foi feita uma pesquisa com documentos, que segundo Mazucato (2018, p. 46) ?esse tipo de
pesquisa é feito a partir de documentos como fonte principal de informação.?
Para Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa documental é feita a partir de muitas fontes diferentes, como
?tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais e até mesmo filmes, fotos e pinturas
,etc.?
Para ter o melhor resultado possível, a pesquisadora usou tanto a pesquisa bibliográfica quanto a
documental. Isso permitiu que ela reunisse conhecimentos teóricos e também informações reais sobre a
situação financeira no Brasil.
A metodologia usada é a indutiva, que permite juntar informações de diferentes fontes para chegar a um
resultado satisfatório sobre um assunto específico. Nas palavras de Mazucato (2018, p. 54):

O método indutivo indica que o caminho que a pesquisa deverá percorrer passará pela seguinte trajetória:
a partir da constatação ou levantamento de informações particulares, a pesquisa buscará chegar a um
conhecimento mais generalizado. A partir da observação de um conjunto razoável de fenômenos
semelhantes, o estudante tentará descobrir uma relação existente entre estes fenômenos e elaborar uma
explicação mais generalizante que abarque todos os fenômenos observados (e, também, que possa ser
aplicada aos fenômenos semelhantes ainda não observados).

A principal ferramenta usada nessa pesquisa é a análise de documentos já existentes para encontrar as
informações necessárias.
De acordo com Barbosa (1999): ?Usar documentos já existentes para fazer uma pesquisa pode

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economizar tempo e dinheiro. Além disso, essas informações são confiáveis e não precisam ser coletadas
de uma maneira específica.?
Muitas vezes, existem informações que não são usadas de maneira eficiente. A pesquisa documental
pode ajudar a explorar essas informações e torná-las relevantes para a área de conhecimento da pesquisa
.

4 A EF NO CONTROLE DO CARTÃO DE CRÉDITO

Neste capítulo, vamos estudar o endividamento causado pelo uso do cartão de crédito. Vamos analisar os
fatores que contribuem para isso, com base em hipóteses levantadas em estudos anteriores.

4.1 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Neste subtítulo, vamos ver alguns fatores que podem levar ao endividamento pelo uso do cartão de crédito
. São oito fatores no total e vamos analisar cada um deles.
4.1.1 Atitude Financeira
Para Ajzen (1991) as atitudes financeiras de uma pessoa são influenciadas por suas crenças econômicas
e não econômicas. Essas crenças podem levar a pessoa a tomar certas decisões financeiras, sendo a
chave do processo de tomada de decisão.
O estudo de Kim e De Vaney (2001) as atitudes de uma pessoa estão relacionadas às suas intenções de
comportamento. Isso significa que a atitude financeira de uma pessoa pode influenciar como ela lida com
suas finanças, incluindo o uso do cartão de crédito. Norvilitis et al. (2006) propõe em seu estudo que
comportamentos menos controlados em relação ao uso de crédito geram maiores riscos de endividamento
.
Montalto et al. (2019) afirma que ensinar sobre finanças nas universidades pode ajudar a melhorar as
atitudes financeiras dos jovens.

4.1.2 Comportamento Financeiro

O comportamento financeiro está diretamente relacionado ao grau de alfabetização financeira. Para Hung
et al. (2009) a alfabetização financeira significa ter conhecimento e habilidade para gerenciar suas
finanças. Isso inclui saber como usar esse conhecimento para tomar boas decisões financeiras. Já para
Criddle (2006) trata-se de dominar alternativas que possibilitem o estabelecimento de metas financeiras.
A alfabetização financeira proporciona tomada de decisão mais assertivas no contexto monetário de suas
vidas (POTRICH et al., 2015). Atkinson e Messy (2012) Ser financeiramente alfabetizado tem muitos
benefícios. Pessoas que entendem de finanças conseguem controlar seus gastos e ter segurança
financeira. Por outro lado, quem não tem conhecimento financeiro pode gastar demais e usar o crédito de
maneira exagerada. Segundo Norvilitis et al. (2006) pessoas não alfabetizadas financeiramente são
incapazes de tomar decisões adequadas quando se trata do uso do dinheiro.
Bartley (2011) e Hung et al. (2009) idade, renda familiar e experiências financeiras podem influenciar
positivamente o comportamento financeiro de uma pessoa. Xiao et al. (2011) indicam que cursos de
educação financeira no ensino médio e faculdade agregavam maior conhecimento subjetivo, embora o não
estivessem associados ao conhecimento objetivo dos alunos.

4.1.3 Comportamento de Uso de Cartão de Crédito

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Trazendo alta conveniência, comodidade e possíveis vantagens em situações de perda ou roubo, o cartão
de crédito foi rapidamente difundido na sociedade (LEE; KWON, 2002). Entretanto, Schor (1998) acredita
que a facilidade de compra e obtenção de crédito que os cartões trazem geram gastos excessivos na
população.

O aumento das dívidas de cartão de crédito entre os jovens tem gerado preocupação sobre a falta de
conhecimento sobre como usar o cartão de maneira responsável (DANES; HIRA, 1987).

Atualmente vive-se em uma sociedade de cartões de crédito, onde jovens crescem usando a ferramenta
fazendo dívidas livremente (RITZER, 1995). Wang e Xiao (2009) associam o uso do cartão de crédito a
gastos compulsivo.
Foi descoberto que existe uma relação entre dívidas de cartão de crédito e a sensação de controle sobre a
vida e autoestima. Muitas vezes, os jovens veem suas dívidas como um investimento no futuro.
(HODSON et al., 2014).
Lea et al. (1995) alertam sobre o crescimento da ?cultura do endividamento?. É amplamente aceito que a
maneira como as pessoas veem as dívidas mudou muito no final do século XX. As pessoas passaram a
ter menos medo de se endividar e a aceitar dívidas causadas pelo consumo (ZUCKEMAN, 2000). Para
Gross e Souleles (2002) um dos motivos para o aumento das dívidas foi o aumento dos limites dos cartões
de crédito.

4.1.4 Compras compulsivas

Para O?Guinn e Faber (1989), compras compulsivas são quando uma pessoa compra de maneira
repetitiva e crônica como uma forma de lidar com sentimentos e situações negativas. Brougham et al.
(2011) descreve o comportamento como a incapacidade de controlar o desejo de compra dos
consumidores compulsivos e McElroy et al (1994) o tema é aprofundado ao abordar a preocupação mal
adaptativa com compras, que leva a impulsos incontroláveis de comprar coisas desnecessárias que muitas
vezes não se encaixam no padrão social do indivíduo. Isso causa angústia e problemas financeiros.
Segundo estudo de Veludo-de-Oliveira et al. (2014) em relação aos jovens brasileiros com
comportamentos compulsivos, concluiu-se que a ansiedade é uma das causas da compra compulsiva,
agravada pelo uso inadequado de cartões de crédito. Roberts e Jones (2001) evidenciam o peso do cartão
de crédito sobre a compra compulsiva e três atitudes sobre uso do dinheiro trabalhadas por Yamauchi e
Templer (1982), poder (prestígio), desconfiança e ansiedade.
Por fim, os mercados capitalistas incentivam as compras compulsórias, levando a um maior endividamento
. Wang e Xiao (2009) afirmam que as compras compulsivas são uma causa de endividamento, enfocando
especificamente o papel dos cartões de crédito no estímulo às compras.

4.1.5 Compras Impulsivas

Valence, D?Astous e Fortier (1988) explicam a distinção entre compra compulsiva e impulsiva, está nos
processos cognitivos que levam a cada tipo de comportamento de compra. Wang e Xiao (2009) a compra
impulsiva é descrita como o ato de ceder a um forte desejo de adquirir um produto imediatamente.

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Comportamentos impulsivos podem afetar o consumo de produtos e, em casos mais extremos, levar a
padrões graves de consumo excessivo e descontrolado (WANSINK, 1994). Segundo Norvilitis et al.
(2006), problemas com falta de controle sobre impulsos tendem a contribuir para o endividamento do
indivíduo.

4.1.6 Materialismo

Rassuli e Hollander (1986) o materialismo é descrito como uma mentalidade focada em adquirir e gastar.
É um valor para o consumidor que se baseia em três componentes: a importância da aquisição, a busca
da felicidade através da aquisição e o sucesso medido pela posse. (RICHINS; DAWSON, 1992).
Richins e Dawson (1992) seu estudo mostrou que pessoas mais materialistas tendem a desejar uma renda
maior e valorizam mais a segurança financeira do que as relações interpessoais. Isso pode resultar em
uma vida menos satisfatória do que a de pessoas menos materialistas. Segundo Fox e Lears (1983) as
pessoas estão constantemente buscando uma vida melhor através do consumo. Há um desejo insaciável
de adquirir cada vez mais bens. Para Drentea e Lavrakas (2000), o aumento do consumo nas últimas
décadas tem levado ao endividamento através do uso do cartão de crédito. Isso mostra uma ligação direta
entre o materialismo e o endividamento do cartão de crédito, causado por uma má gestão e compras
compulsivas.

4.1.7 Percepção de risco

Pigdeon et al. (1992) define percepção de risco a forma como as pessoas pensam e reagem a um
acontecimento ameaçador. Tal reação é baseada em um conjunto de crenças e valores do indivíduo.
Slovic et al. (2004) completa que seres humanos avaliam o risco através de sentimentos intuitivos.
Finucane et al (2000) afirma que o nível de educação e racionalidade de uma pessoa pode influenciar
diretamente sua percepção de risco.
De acordo com uma pesquisa realizada com bolsistas e residentes em um centro médico acadêmico de
duas universidades americanas, concluiu-se que há baixa tolerância ao risco de investimento
acompanhada de baixa alfabetização financeira entre os alunos (AHMAD et al. 2017). A idade dos
bolsistas e residentes pesquisados era entre 28 e 33 anos.
Olivato e Souza (2007) afirmam que aspectos comportamentais associados a percepção de risco do
consumo podem desencadear endividamentos. Já Nelson et al. (2008) aponta que a falta de gestão de
riscos na área financeira pode levar ao endividamento e outros riscos à saúde do indivíduo. Conclui-se,
portanto, que a percepção do risco tem impacto direto na vida pessoal.

4.1.8 Ansiedade

Margis et, al (2013) define a ansiedade como sentimento natural do ser humano em situações de reação a
qualquer perigo percebido. Drentea (2000) relata que dificuldades financeiras causam ansiedade,
principalmente quando há endividamento.
Segundo Heckman et al. (2014) e Ross et al. (1999), pesquisas realizadas em universidades norte-
americanas mostram que aproximadamente 70% dos estudantes universitários estão estressados com
suas finanças pessoais. Aqueles que apresentam maior estresse financeiro têm maior probabilidade de
enfrentar dificuldades acadêmicas e desafios para concluir seus estudos universitários, além de terem seu

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bem-estar afetado (ROBB, 2017). Montalto et al. (2019) conclui que o uso de empréstimos financeiros
influencia o bem-estar de alunos universitários, como ansiedade e autoeficácia.
Percebe-se, segundo proposto por Roberts e Jones (2001), que o dinheiro representa uma linha muito
tênue na vida das pessoas, pois a acumulação de capital é vista como uma forma de proteção contra a
ansiedade, enquanto a falta de capital é vista como uma fonte de ansiedade.
Drentea (2000), o endividamento pode aumentar a ansiedade. Para Roberts e Jones (2001), também
descobriram que a relação entre ansiedade e compras compulsivas é mais forte em pessoas que usam
cartão de crédito.

4.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Embora muitas pessoas falem sobre educação financeira e como é fácil se organizar financeiramente,
nem sempre é tão simples assim. Pode ser difícil para aqueles que não têm familiaridade com conceitos
financeiros. Existem armadilhas que nem sempre são mencionadas, mas superá-las pode realmente
ajudar a colocar as finanças em ordem.
Os próprios bancos, preocupados com o grande número de pessoas endividadas com cartão de crédito,
fornecem orientações sobre como controlar as finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de
crédito. Vejamos.

1- O começo pode ser desconfortável

Preencher uma planilha de gastos pode ser desconfortável e você pode pensar em desistir. Se você já
tentou antes, sabe do que estamos falando. Mas por que é desconfortável? Porque colocar renda e gastos
no papel mostra duas coisas: 1) todos os gastos desnecessários que consomem boa parte da sua renda;
2) e que mudar esse cenário não é fácil.
Quer um exemplo do cotidiano? Você sabe que pegar 10 Ubers por mês pagando R$ 7 vai dar R$ 70 no
final do mês, mas no dia a dia é só mais R$ 7. Quando você descreve o gasto total na planilha, dói no
bolso, pela primeira vez. Você começa a visualizar todos os pequenos gastos diários, que multiplicados,
dão um valor maior. O resultado é: você gastou mais que ganhou.

2- Trabalhoso

Por que aplicar educação financeira na vida pode ser trabalhoso? Porque é preciso ter controle de todos
os gastos e ganhos. Isso significa atualizar o controle financeiro pelo menos uma vez a cada dois dias
para ter certeza de que tudo está registrado.
Precisamos ter uma relação próxima com nosso dinheiro, ou com a falta dele. Sabe o famoso tema do
gasto fixo, gasto variável etc.? Ele é real e precisa ser feito.
Sabe as assinaturas de streaming, música, podcast, cosméticos? Chegou a hora de analisar se elas
realmente valem a pena e cancelar ou suspender se achar que o custo benefício não está compensando.
É importante conhecer e avaliar as contas que estão em débito automático, incluindo os valores e datas de
vencimento. Isso porque o banco não verifica se você tem saldo suficiente ou se vai entrar no cheque
especial com aquele débito, o que pode resultar em cobranças de juros. Isso pode ser evitado se você
tiver saldo em outra conta para pagar a fatura manualmente. Isso nos leva ao próximo ponto.
3- Pode sim atrasar contas

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Se você gastar mais do que ganha, algum boleto ficará sem pagamento. É importante respirar e escolher
quais boletos pagar. Para isso, é preciso saber tudo sobre os gastos e responder a três perguntas: 1).
Quais são as taxas de juros cobradas em caso de atraso?; 2). Quantas contas posso atrasar antes que o
serviço seja suspenso?; 3). Quais desses serviços são essenciais para minha sobrevivência?"
Aprender sobre seus gastos é importante para decidir se deve ou não pagar uma fatura. Além disso,
apenas as contas que não estão em débito automático podem ser adiadas.

Contas de telefone e energia geralmente têm juros mais baixos do que faturas de cartão de crédito, mas o
serviço pode ser suspenso após o atraso de duas faturas e só é religado após o pagamento integral da
dívida, dependendo da cidade onde você mora
4- Respeite seu Limite
Sabe como funciona um cartão de crédito? Com ele é possível fazer compras até o valor total do limite
liberado. Assim como um cartão de crédito, você também tem um limite de gastos. Esse limite é seu
salário.
Se você ganha R$ 2.200 por mês, pode gastar R$ 2.200. Se comprar algo parcelado em três vezes de R$
200, nos próximos três meses, seu limite de gastos será de R$ 2.000. Isso vale para todas as suas
despesas. Uma dica importante é projetar seus gastos futuros para entender como seu limite de gastos
estará nos próximos meses e tomar boas decisões de compras e pagamento de dívidas.
5- Esqueci de preencher a planilha, e agora?
Como o cotidiano é corrido, o esquecimento ocorrerá. Logo, vai acontecer de não fazer nenhuma anotação
na sua planilha de controle. Então a pessoa pode perder os comprovantes ou não lembrar os valores
exatos na hora de atualizar. E aí, o que fazer? Se você não se lembra dos valores exatos, pode 'chutar' os
valores. Algumas dicas são: 1) nos gastos, arredonde para mais. Por exemplo, se o café custou R$ 2 e
você comeu um docinho que não lembra o preço, coloque R$ 6. Assim, você não corre o risco de registrar
menos do que gastou; 2) nos ganhos, arredonde para menos. Se alguém te pagou por um serviço e você
lembra que foram 30 e poucos reais, anote R$ 30. Isso evita registrar um ganho maior do que o real e
evita surpresas ruins como gastar mais do que previsto
E quanto ao controle especificamente do cartão de crédito, talvez haja o seguinte questionamento: ?como
usar o cartão de crédito da forma certa??. Para se conseguir tal feito, segundo a maioria dos educadores
financeiros, faz-se necessário seguir os seguintes passos:
1. Estabelecer um teto para compras
Defina um limite para as compras para manter o controle do cartão de crédito. A recomendação geral é
não comprometer mais do que 30% da renda com a fatura. Se o limite for maior do que esse valor, ajuste-
o para coincidir com a porcentagem. Assim, se você gastar tudo o que pode e tentar extrapolar o limite, o
próprio cartão bloqueará a compra. Pode ser constrangedor se você não perceber que chegou ao limite,
mas suas finanças agradecerão.
2. Usar o pagamento automático de fatura
Muitas pessoas acabam atrasando o pagamento da fatura e pagando juros por esquecer o dia do
vencimento. Isso pode acontecer na correria do dia a dia ou por causa de contratempos. Para evitar isso, é
melhor cadastrar o pagamento da fatura em débito automático. Assim, se houver dinheiro na conta, o
valor será descontado automaticamente no dia do vencimento da fatura.
3. Ter atenção aos parcelamentos
Ter um grande limite no cartão de crédito não significa que você pode parcelar tudo o que quiser. Em vez
disso, tente fazer compras à vista e usar o cartão apenas para compras que não podem ser pagas na hora

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. Mas tenha cuidado com o valor da fatura. Se for necessário parcelar, faça-o em um número maior de
vezes e tenha certeza de que conseguirá pagar em dia. Se o seu cartão permitir e você tiver dinheiro
disponível, pode adiantar alguns pagamentos. Algumas empresas até oferecem descontos nesses casos.
4. Lembrar de que o saldo do cartão é um empréstimo
Lembre-se de que o limite do seu cartão de crédito não é dinheiro seu. É uma quantia emprestada que
você terá que devolver mais tarde. Se ajudar, imagine o cartão de crédito como um personagem a quem
você recorre quando precisa de um empréstimo.
Lembrar disso frequentemente pode ajudá-lo a pensar duas vezes antes de usar o cartão, pois você terá
que devolver o dinheiro e comprometer seu salário nos meses seguintes.
Isso pode significar abrir mão de algo que você quer muito fazer no futuro.
5. Pagar o total da fatura
Se você seguir os passos anteriores, verá que o valor total da fatura será sempre acessível. Seja com
parcelas menores que cabem no seu orçamento ou com contas que você decidiu pagar à vista, isso dará
um alívio no fim do mês. Assim, você evita parcelar ou atrasar pagamentos e deixa de pagar juros altos.
Se a fatura estiver muito alta, pode ser um sinal de que é hora de revisar sua estratégia.
6. Pesquisar os cartões certos para você
Muitos cartões de crédito não cobram anuidade e isentam de várias taxas. Por isso, é importante
pesquisar quais são os mais vantajosos para o seu bolso. Faça um levantamento dos principais cartões
disponíveis e compare benefícios, programas de pontos e taxas cobradas por parcelamento, atraso e
rotativo. Isso pode ajudar a reduzir os gastos mensais e minimizar o impacto caso seja impossível evitar
um atraso.
7. Preferir o débito sempre que possível
Sempre que tiver saldo na conta e o dinheiro não estiver comprometido, prefira pagar as compras no
débito. Lembre-se de que o crédito concedido pelo cartão é um dinheiro que você terá que devolver mais
tarde. Por isso, pode não ser uma boa ideia assumir esse compromisso para o futuro. Se ocorrer algum
imprevisto ao longo do mês e você tiver que pagar no crédito, terá que lidar com uma fatura menor.
O cartão de crédito pode ser um ótimo recurso financeiro se usado de maneira estratégica e não como
desculpa para comprar o que não pode pagar. É preciso ter disciplina e controle financeiro ao usá-lo.
Seguindo o roteiro que vimos até aqui, será cada vez mais fácil se acostumar com o cartão. Com o tempo,
será natural avaliar quando vale a pena comprar no crédito. E não se esqueça de monitorar seus gastos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo demonstrar a importância da educação financeira
para a população e como ela influencia o uso do cartão de crédito e o dia a dia. O estudo mostrou que o
nível de conhecimento dos conceitos financeiros está diretamente relacionado ao nível de educação
financeira. Inicialmente, foi abordada a educação financeira no Brasil e, em seguida, discutido o uso do
cartão de crédito e o endividamento relacionado a ele. Uma pesquisa realizada em 2021 pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostrou uma alta taxa de inadimplência
com cartões de crédito, reforçando a importância da educação financeira. A educação financeira é
fundamental para tomar decisões financeiras e econômicas pessoais e familiares. Este trabalho destaca 8
fatores que contribuem para o endividamento com cartões de crédito e oferece dicas para controlar as
finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de crédito. As informações apresentadas neste artigo
são úteis não apenas em relação ao uso do cartão de crédito, mas também às finanças pessoais em geral.

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Arquivo 1: TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Arquivo 2: https://www.vidaedinheiro.gov.br/educacao-financeira-no-brasil (660 termos)
Termos comuns: 105
Similaridade: 1,54%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://www.vidaedinheiro.gov.br/educacao-financeira-no-brasil (660 termos)

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA: A INFLUÊNCIA NA DECISÃO DE USAR O CARTÃO DE CRÉDITO

Larissa Pires Dos Passos


[1: Acadêmica de matemática da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]
Jefferson Ferreira Mesquita
[2: Professor Mestre e Doutorando em Ciências Exatas da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]

Resumo

Introdução: Tendo em vista que hoje o cartão de crédito é um dos métodos mais utilizado como forma de
pagamento, e, muitas das vezes utilizado de forma incorreta, e irresponsável por parte de alguns
individuos, fez-se necessário abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir
no uso racional do cartão de crédito??. O objetivo Geral da pesquisa é mostrar como a aplicação da
educação financeira é capaz de influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de
crédito. Para tanto foi necessário Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela
impacta a vida dos brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação
Financeira, Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito e de que forma a Educação
Financeira ajuda desenvolver habitos saudaveis relacionados ao cartão de Crédito. A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, a
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base em informações
diversas sobre um determinado assunto. Resultados: os resultados foram divididos em quatro seções. Na
primeira apresenta-se o contexto e as principais observações sobre a educação financeira no Brasil. Na
segunda aborda-se as relações entre o cartão de crédito e o endividamento. Na terceira, a educação
financeira como qualidade de vida e, por fim, na quarta seção os fatores que influenciam no endividamento
no cartão de crédito. Considerações finais: Diante disso, verificou-se que a Educação Financeira contribui
para o controle de gasto com o cartão de crédito, onde foi possível concluir que a educação financeira não
se trata apenas de gestão do dinheiro, mas também de qualidadede vida que pode ser adquirida junto a
hábitos simples como controlar, poupar, investir e fazer escolhas que mantenham a saúde financeira do
individuo.

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Palavras chaves: Educação Financeira, Cartão de Crédito, Endividamento.

INTRODUÇÃO

Entende-se como educação financeira a maneira pela qual o indivíduo busca conhecimento para a gestão
dos seus bens. Essa temática tem sido muito abordada devido a cultura do consumismo, principalmente
influenciada pelos atuais canais de comunicação. Associado a isso, discute-se sobre o endividamento, em
especial relacionando com a facilidade de acesso ao crédito e materialismo no ato das compras de
serviços e produtos (CAMASSO et al., 2018).
A educação financeira envolve conhecimentos e competências que nos ajudam a fazer escolhas
inteligentes a respeito do dinheiro, transações financeiras e consumo. Dentre suas práticas inclui: poder
fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda, adotar ações que melhorem o seu bem-estar,
planejamento financeiro, independência financeira, entre outras (FERREIRA, 2017).
O uso do cartão de crédito faz com que o seu usuário fique suscetível a tomada de decisões, e muitas
delas de forma inadequadas. Dentre as decisões pessoais, a tomada de decisão financeira que tem
recebido mais atenção é o comportamento em relação ao uso do cartão de crédito (HAMID e LOKE,
2021).
Portanto, é importante adquirir conhecimentos relevantes sobre o setor financeiro com o objetivo de
reduzir o risco na escolha de investimentos e produtos financeiros. Além disso, há ampla evidência de que
, quanto maior for o nivel de conhecimento sobre Educação financeira, menor o risco de acúmulo de
dívidas. (LUSARDI e TUFANO, 2015; STNGO e Zinman, 2008).
Visando abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do
cartão de crédito??, este trabalho justifica-se por trata-se de um tema altamente relevante, e que traz
dados alarmantes sobre a falta de educação financeira, e as consequências disso.
A alfabetização financeira também aumenta a conscientização do consumidor sobre questões
Compensações risco-recompensa que permitem aos indivíduos avaliar melhor a tomada de decisões
economicamente (KLAPPER e LUSARDI, 2020).
Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é mostrar como a aplicação da educação financeira é capaz de
influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de crédito. De forma mais específica
, buscou-se Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela impacta a vida dos
brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação Financeira, Entender
como o baixo conhecimento sobre financias está relacionado com o excesso de gasto e endividamento
com o cartão de crédito. Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito.A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, A
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base eminformações
diversas sobre um determinado assunto.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

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Há muita discussão sobre a qualidade do ensino no Brasil. Em um mundo globalizado, é importante que as
pessoas tenham conhecimento e habilidades para lidar com questões do dia a dia, no trabalho, na
economia e em outros aspectos da sociedade. Para isso, é fundamental que as pessoas tenham
habilidades em interpretação de textos e matemática, pois essas áreas estão presentes em nosso
cotidiano.

2.1 A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL


E como está o sistema de ensino brasileiro nesse aspecto? As pessoas estão conseguindo adquirir o
conhecimento mínimo necessário para se adaptar ao mundo tecnológico e dinâmico em que vivemos?
A preocupação com a educação é tão importante que a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) trabalha para promover padrões internacionais para resolver
problemas ou situações nos setores econômico, financeiro, comercial, social e até ambiental. Essa
instituição foi criada em 1948 como Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OECE) e,
devido ao seu sucesso, os Estados Unidos e o Canadá se juntaram às nações que já faziam parte da
OECE. Em 1961, surgiu a OCDE, com sede em Paris, na França.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem dado muita atenção à
educação e, em 1997, desenvolveu o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que visa
avaliar o desempenho dos alunos em três áreas-chave: leitura, matemática e ciências. Desde a primeira
edição, em 2000, o Brasil participa voluntariamente. Os resultados mostram que o Brasil sempre se
classificou pior desde o primeiro teste.
Devido ao baixo desempenho em alguns países, a OCDE cria alternativas para ajudá-los a melhorar o
conhecimento dos alunos. Uma das ações sugeridas é a Educação Financeira, que pode ajudar a
melhorar a interpretação e a matemática.
Até 2010, havia poucas ações voltadas para a Educação Financeira no Brasil. Isso mudou com a criação
da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) com o Decreto 7397/2010, publicado no Diário
Oficial de União de 22 de dezembro de 2010. Desde então, a Educação Financeira começou a ganhar
importância, inclusive nas escolas. O site oficial da ENEF utiliza o seguinte conceito para EF:

Educação Financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua


compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação,
formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem
mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem
informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim,
podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis,
comprometidos com o futuro (OCDE, 2005).
Ainda, tratando de recursos pedagógicos com ênfase voltada para o seu ensino, pode-se dizer que,
Educação Financeira é um processo educativo que, por meio de aplicação de métodos próprios,
desenvolve atividades para auxiliar os consumidores a orçar e gerir a sua renda, a poupar e a investir; são
informações e formações significativas para que um cidadão exerça uma atividade, trabalho, profissão e
lazer, evitando tornarem-se vulneráveis às armadilhas impostas pelo capitalismo (NEGRI, 2010, p.19).

A EF no Brasil começou a ganhar força com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

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em 2017, na qual contempla a EF na Educação Básica.

2.2 CARTÃO DE CRÉDITO

Os cartões de crédito surgiram na década de 1920, quando bares e comércios ofereciam crédito aos
clientes fiéis. Mas, segundo a ABECS (2019) ?(Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços), o
cartão de crédito como conhecemos hoje começou em 1950. Frank MacNamara esqueceu seu talão de
cheques e dinheiro em um jantar com executivos financeiros em Nova York. O dono do restaurante aceitou
que a conta fosse paga no dia seguinte, desde que os convidados assinassem a fatura. Foi aí que Frank
teve a ideia de criar um mecanismo de controle para pagar contas de forma mais concentrada.

Foi assim que surgiu o primeiro cartão de crédito, o "Diners Club Card". Era um cartão de papel aceito em
27 restaurantes nos EUA e usado por 200 pessoas, principalmente amigos de MacNamara. Em 1952, o
cartão ganhou popularidade e passou a ser aceito em vários estabelecimentos.
Conforme argumenta Coelho (2010, p. 518), ?O cartão de crédito, propriamente dito, é o documento pelo
qual o titular prova, perante o fornecedor, a existência do contrato com a instituição financeira emissora?.
O cartão de crédito é fornecido por uma instituição financeira - IF. O cliente assina um contrato que
estabelece os termos de uso, taxas e juros. Hoje em dia, as instituições financeiras oferecem cartões de
débito e crédito com bandeiras nacionais e internacionais, permitindo movimentações dentro e fora do país
.
Cartões de crédito e débito oferecem facilidades como saques e pagamentos à vista ou parcelados. Com o
cartão de crédito, o consumidor pode escolher pagar o mínimo ou o total da fatura. A fatura é fechada em
um dia acordado com a instituição financeira. Compras feitas após o fechamento da fatura são cobradas
no próximo mês. Se o cliente pagar apenas o mínimo, a próxima fatura incluirá juros e taxas, o que pode
levar ao endividamento.

Para usar um cartão de débito, é preciso ter dinheiro na conta. Algumas instituições financeiras oferecem
cheque especial, que funciona como um empréstimo para situações urgentes, mas cobra juros. Já o cartão
de crédito tem um limite de crédito definido pela instituição financeira. A cada compra, o limite diminui e só
é liberado novamente quando a fatura é paga. Se o limite for atingido, compras futuras são negadas.

2.3 ENDIVIDAMENTO COM CARTÃO DE CRÉDITO

No mercado financeiro hoje, percebe-se um aumento e facilidade dos consumidores em ter acesso ao
crédito. Seja a partir de bancos ou fintechs, aumentar o poder de compra se tornou uma coisa simples, e
com menos burocracia que há algum tempo atrás.
Com o avanço da tecnologia, os bancos conseguem cruzar dados com o Banco Central e a Receita
Federal para facilitar a aquisição de cartões de crédito, empréstimos e outros serviços financeiros. Muitas
pessoas são atraídas pela facilidade e comodidade que os cartões de crédito oferecem.
[3: Dados abertos. Banco Central do Brasil. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao
/dadosabertos>. Acesso em: 23/11/2021.]
Consequentemente, as pessoas tendem a se tornarem mais consumistas, seja no mercado digital ou físico
. No entanto, esse consumo em excesso acaba comprometendo a integralidade de seus rendimentos e a

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saúde financeira da pessoa.


O cartão de crédito pode ser um grande aliado quando usado de forma responsável e inteligente. Com
planejamento adequado, ele pode ajudar em situações de emergência ou na compra de itens de alto valor.
Infelizmente, nem todos usam o cartão de crédito de forma responsável, o que pode levar a atrasos no
pagamento e endividamento. Por isso, é importante falar sobre o uso consciente do cartão de crédito para
evitar problemas financeiros.

E o consumo consciente está diretamente relacionado com a educação financeira. Nos dias atuais, com o
alto índice de endividamento, que atinge quase 75% das famílias brasileiras, esse tema necessita ganhar
mais relevância para mudar essa realidade.
[4: Com 74,6%, o endividamento dos brasileiros alcança o maior percentual em 11 anos. Disponível em:
<https://www.cut.org.br/noticias/com-74-6-endividamento-dos-brasileiros-alcanca-o-maior-percentual-em-
11-anos-e59b>. Acesso em: 20/11/2021.]
De acordo com pesquisa realizada em 2021, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo, dados obtidos com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor-PEIC, o
número de brasileiros endividados atingiu 74,6%, a maior taxa em 11 anos.
[5: Endividamento bate novo recorde e atinge 74,6% das famílias, aponta CNC. Disponível em: <https
://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/04/endividamento-bate-novo-recorde-e-atinge-746percent-das-
familias-aponta-cnc.ghtml>. Acesso em: 25/11/2021.]
A pesquisa mostrou que 12,2 milhões de famílias têm dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito,
cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e casa. O
cartão de crédito é o principal tipo de dívida, representando 84,9% dos inadimplentes no país.(BACEN)

Esta situação de grande parte dos indivíduos traz a tona questionamentos sobre a necessidade de
alfabetização e educação financeira:

[...] os dados são preocupantes e levam a crer que, a menos que medidas sérias sejam tomadas no
sentido da conscientização e alfabetização financeira da população brasileira, a vulnerabilidade do
consumidor e sua propensão ao endividamento tenderão a crescer mais e mais, podendo levar a graves
consequências, tanto no âmbito pessoal e familiar do cidadão, como também no âmbito da sociedade
como um todo, caso esses fatos realmente desencadeiem uma crise de crédito no país [...] (DONADIO,
2012, p. 85)

Considerando essa problemática, de altas taxas de endividamento provenientes de cartão de crédito, a


pesquisa busca mostrar os caminhos mais viáveis para contornar essa situação, trazendo à tona o
questionamento de ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do cartão de crédito??.
Dessa forma, trata-se de um tema altamente relevante, e que traz dados alarmantes sobre a falta de
educação financeira em nosso país, e as consequências disso.
De forma geral, o impacto da Educação Financeira precisa ser visto como um tema de grande relevância
no futuro das pessoas. (PELICIOLI, 2011, p. 35)

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2.4 EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO QUALIDADE DE VIDA

A educação financeira é fundamental no Brasil contemporâneo, pois impacta de forma direta nas decisões
financeiras e econômicas de pessoas e famílias. (SAVOIA, 2007, p. 1125)
De acordo com Roberts e Jones (2001) apud Donadio (2012, p. 83), o uso do cartão de crédito pode levar
a gastos desnecessários, já que torna as transações financeiras mais fáceis e nos faz esquecer que
estamos gastando dinheiro de verdade
Para Pelicioli (2011, p. 28), o ato de consumir traz prazer ao indivíduo, e ocorre uma identificação entre
esses momentos, restando poucos diálogos racionais neste tipo de consumo.
À medida que mais pessoas têm acesso ao cartão de crédito, especialmente aquelas que antes não
tinham, mudanças de comportamento são observadas. Infelizmente, isso também leva a um aumento no
número de pessoas que não conseguem pagar suas dívidas. (DONADIO, 2012, p. 83)
O aspecto financeiro é fortemente valorizado em uma economia de mercado - vivenciada atualmente em
grande parte do mundo - e nesse sistema, a tendência é o acúmulo de supérfluos. Há a deformação de
valores pessoais e o consumismo é visto como elemento da ?felicidade?. (PELICIOLI, 2011, p. 24)
Em contrapartida, o planejamento financeiro permite consumir mais, e consumir melhor. De acordo com o
BACEN, "Consumir mais por meio da potencialização do dinheiro e melhor via eliminação de desperdícios
.?
De acordo com Donadio (2012, p. 77) o aumento das dívidas dos brasileiros pode ser atribuído à falta de
conhecimento financeiro da maioria da população. Segundo o autor, ?ser financeiramente alfabetizado
significa ser capaz de usar o conhecimento adquirido de forma competente. No entanto, é difícil medir
diretamente a alfabetização financeira [...]?.

Nas palavras de Pelicioli (2011, p. 3), a consciência financeira é uma constante batalha entre desejo e
necessidade. Enquanto há consciência de suas finanças, a necessidade é priorizada, enquanto quando a
educação relacionada às finanças não está presente, prioriza-se o desejo.

A alfabetização financeira traz muitos questionamentos aos indivíduos, como:

qual seu nível de alfabetização financeira; se existe a consciência da proporção que dívidas tomam
quando mal administradas; se há conhecimento das tarifas, taxas e outros custos quanto ao cartão de
crédito; se o uso do cartão ultrapassa o nível de renda, levando o indivíduo a gastar mais do que ganha.
(Donadio, 2012, p. 78)

Para isso, a participação das instituições financeiras é fundamental:

O envolvimento das instituições financeiras no processo de educação financeira deve ser estimulado, de
tal forma que a adotem como parte integrante de suas práticas de relacionamento com seus clientes,
provendo informações financeiras que estimulem a compreensão de suas decisões, principalmente nos
negócios de longo prazo e naqueles que comprometam expressivamente a renda atual e futura de seus
consumidores. A educação financeira deve ser um processo contínuo, acompanhando a evolução dos
mercados e a crescente complexidade das informações que os caracterizam. (SAVOIA, 2007, p. 1129)

A pesquisa evidencia que a conscientização da população faz-se necessária, bem como a educação

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financeira, pois é capaz de dar às pessoas mais conhecimento e instrumentos que mostram todos os
fatores relevantes em uma decisão financeira eficiente. (LUCCI, 2006, p. 5)
Quando você entende mais sobre finanças, pode fazer escolhas de consumo mais conscientes. ?Isso é
bom para você, para a sociedade e para o meio ambiente. Consumo consciente significa levar em conta
não apenas o dinheiro, mas também questões sociais e ambientais ao decidir o que comprar.? (BACEN)
Para Lucci (2006, p. 4), a educação financeira pode afetar muitas áreas da nossa vida. Ela nos ajuda a
tomar decisões mais conscientes e a ter mais bem-estar. Por outro lado, se não aprendemos sobre
finanças, podemos ter problemas com compras, acesso ao crédito e até mesmo na carreira.
Além disso, podemos ter dificuldades em organizar nossas contas e acabar com o nome sujo no SPC ou
SERASA.
Por este motivo, é muito importante tratar da educação financeira dos indivíduos, especialmente em um
mundo onde somos incentivados a comprar coisas que não precisamos. Isso pode nos ajudar a ter uma
vida melhor.

3 CAMINHOS METODOLÓGICOS

Para alcançar os resultados esperados, a pesquisadora realizou uma pesquisa bibliográfica, inicialmente.
De acordo com Mazucato (2018, p. 46) ?nesta modalidade as principais fontes para a realização da
pesquisa são bibliográficas (livros, capítulos de livros, artigos científicos etc.); [...]?
Fonseca (2002, p. 32) afirma que ?a pesquisa bibliográfica é feita a partir de materiais já publicados, como
livros e artigos científicos que podem ser encontrados em bibliotecas.?
Para tornar o trabalho mais completo e com informações reais sobre a situação financeira dos brasileiros,
também foi feita uma pesquisa com documentos, que segundo Mazucato (2018, p. 46) ?esse tipo de
pesquisa é feito a partir de documentos como fonte principal de informação.?
Para Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa documental é feita a partir de muitas fontes diferentes, como
?tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais e até mesmo filmes, fotos e pinturas
,etc.?
Para ter o melhor resultado possível, a pesquisadora usou tanto a pesquisa bibliográfica quanto a
documental. Isso permitiu que ela reunisse conhecimentos teóricos e também informações reais sobre a
situação financeira no Brasil.
A metodologia usada é a indutiva, que permite juntar informações de diferentes fontes para chegar a um
resultado satisfatório sobre um assunto específico. Nas palavras de Mazucato (2018, p. 54):

O método indutivo indica que o caminho que a pesquisa deverá percorrer passará pela seguinte trajetória:
a partir da constatação ou levantamento de informações particulares, a pesquisa buscará chegar a um
conhecimento mais generalizado. A partir da observação de um conjunto razoável de fenômenos
semelhantes, o estudante tentará descobrir uma relação existente entre estes fenômenos e elaborar uma
explicação mais generalizante que abarque todos os fenômenos observados (e, também, que possa ser
aplicada aos fenômenos semelhantes ainda não observados).

A principal ferramenta usada nessa pesquisa é a análise de documentos já existentes para encontrar as
informações necessárias.
De acordo com Barbosa (1999): ?Usar documentos já existentes para fazer uma pesquisa pode

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economizar tempo e dinheiro. Além disso, essas informações são confiáveis e não precisam ser coletadas
de uma maneira específica.?
Muitas vezes, existem informações que não são usadas de maneira eficiente. A pesquisa documental
pode ajudar a explorar essas informações e torná-las relevantes para a área de conhecimento da pesquisa
.

4 A EF NO CONTROLE DO CARTÃO DE CRÉDITO

Neste capítulo, vamos estudar o endividamento causado pelo uso do cartão de crédito. Vamos analisar os
fatores que contribuem para isso, com base em hipóteses levantadas em estudos anteriores.

4.1 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Neste subtítulo, vamos ver alguns fatores que podem levar ao endividamento pelo uso do cartão de crédito
. São oito fatores no total e vamos analisar cada um deles.
4.1.1 Atitude Financeira
Para Ajzen (1991) as atitudes financeiras de uma pessoa são influenciadas por suas crenças econômicas
e não econômicas. Essas crenças podem levar a pessoa a tomar certas decisões financeiras, sendo a
chave do processo de tomada de decisão.
O estudo de Kim e De Vaney (2001) as atitudes de uma pessoa estão relacionadas às suas intenções de
comportamento. Isso significa que a atitude financeira de uma pessoa pode influenciar como ela lida com
suas finanças, incluindo o uso do cartão de crédito. Norvilitis et al. (2006) propõe em seu estudo que
comportamentos menos controlados em relação ao uso de crédito geram maiores riscos de endividamento
.
Montalto et al. (2019) afirma que ensinar sobre finanças nas universidades pode ajudar a melhorar as
atitudes financeiras dos jovens.

4.1.2 Comportamento Financeiro

O comportamento financeiro está diretamente relacionado ao grau de alfabetização financeira. Para Hung
et al. (2009) a alfabetização financeira significa ter conhecimento e habilidade para gerenciar suas
finanças. Isso inclui saber como usar esse conhecimento para tomar boas decisões financeiras. Já para
Criddle (2006) trata-se de dominar alternativas que possibilitem o estabelecimento de metas financeiras.
A alfabetização financeira proporciona tomada de decisão mais assertivas no contexto monetário de suas
vidas (POTRICH et al., 2015). Atkinson e Messy (2012) Ser financeiramente alfabetizado tem muitos
benefícios. Pessoas que entendem de finanças conseguem controlar seus gastos e ter segurança
financeira. Por outro lado, quem não tem conhecimento financeiro pode gastar demais e usar o crédito de
maneira exagerada. Segundo Norvilitis et al. (2006) pessoas não alfabetizadas financeiramente são
incapazes de tomar decisões adequadas quando se trata do uso do dinheiro.
Bartley (2011) e Hung et al. (2009) idade, renda familiar e experiências financeiras podem influenciar
positivamente o comportamento financeiro de uma pessoa. Xiao et al. (2011) indicam que cursos de
educação financeira no ensino médio e faculdade agregavam maior conhecimento subjetivo, embora o não
estivessem associados ao conhecimento objetivo dos alunos.

4.1.3 Comportamento de Uso de Cartão de Crédito

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Trazendo alta conveniência, comodidade e possíveis vantagens em situações de perda ou roubo, o cartão
de crédito foi rapidamente difundido na sociedade (LEE; KWON, 2002). Entretanto, Schor (1998) acredita
que a facilidade de compra e obtenção de crédito que os cartões trazem geram gastos excessivos na
população.

O aumento das dívidas de cartão de crédito entre os jovens tem gerado preocupação sobre a falta de
conhecimento sobre como usar o cartão de maneira responsável (DANES; HIRA, 1987).

Atualmente vive-se em uma sociedade de cartões de crédito, onde jovens crescem usando a ferramenta
fazendo dívidas livremente (RITZER, 1995). Wang e Xiao (2009) associam o uso do cartão de crédito a
gastos compulsivo.
Foi descoberto que existe uma relação entre dívidas de cartão de crédito e a sensação de controle sobre a
vida e autoestima. Muitas vezes, os jovens veem suas dívidas como um investimento no futuro.
(HODSON et al., 2014).
Lea et al. (1995) alertam sobre o crescimento da ?cultura do endividamento?. É amplamente aceito que a
maneira como as pessoas veem as dívidas mudou muito no final do século XX. As pessoas passaram a
ter menos medo de se endividar e a aceitar dívidas causadas pelo consumo (ZUCKEMAN, 2000). Para
Gross e Souleles (2002) um dos motivos para o aumento das dívidas foi o aumento dos limites dos cartões
de crédito.

4.1.4 Compras compulsivas

Para O?Guinn e Faber (1989), compras compulsivas são quando uma pessoa compra de maneira
repetitiva e crônica como uma forma de lidar com sentimentos e situações negativas. Brougham et al.
(2011) descreve o comportamento como a incapacidade de controlar o desejo de compra dos
consumidores compulsivos e McElroy et al (1994) o tema é aprofundado ao abordar a preocupação mal
adaptativa com compras, que leva a impulsos incontroláveis de comprar coisas desnecessárias que muitas
vezes não se encaixam no padrão social do indivíduo. Isso causa angústia e problemas financeiros.
Segundo estudo de Veludo-de-Oliveira et al. (2014) em relação aos jovens brasileiros com
comportamentos compulsivos, concluiu-se que a ansiedade é uma das causas da compra compulsiva,
agravada pelo uso inadequado de cartões de crédito. Roberts e Jones (2001) evidenciam o peso do cartão
de crédito sobre a compra compulsiva e três atitudes sobre uso do dinheiro trabalhadas por Yamauchi e
Templer (1982), poder (prestígio), desconfiança e ansiedade.
Por fim, os mercados capitalistas incentivam as compras compulsórias, levando a um maior endividamento
. Wang e Xiao (2009) afirmam que as compras compulsivas são uma causa de endividamento, enfocando
especificamente o papel dos cartões de crédito no estímulo às compras.

4.1.5 Compras Impulsivas

Valence, D?Astous e Fortier (1988) explicam a distinção entre compra compulsiva e impulsiva, está nos
processos cognitivos que levam a cada tipo de comportamento de compra. Wang e Xiao (2009) a compra
impulsiva é descrita como o ato de ceder a um forte desejo de adquirir um produto imediatamente.

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Comportamentos impulsivos podem afetar o consumo de produtos e, em casos mais extremos, levar a
padrões graves de consumo excessivo e descontrolado (WANSINK, 1994). Segundo Norvilitis et al.
(2006), problemas com falta de controle sobre impulsos tendem a contribuir para o endividamento do
indivíduo.

4.1.6 Materialismo

Rassuli e Hollander (1986) o materialismo é descrito como uma mentalidade focada em adquirir e gastar.
É um valor para o consumidor que se baseia em três componentes: a importância da aquisição, a busca
da felicidade através da aquisição e o sucesso medido pela posse. (RICHINS; DAWSON, 1992).
Richins e Dawson (1992) seu estudo mostrou que pessoas mais materialistas tendem a desejar uma renda
maior e valorizam mais a segurança financeira do que as relações interpessoais. Isso pode resultar em
uma vida menos satisfatória do que a de pessoas menos materialistas. Segundo Fox e Lears (1983) as
pessoas estão constantemente buscando uma vida melhor através do consumo. Há um desejo insaciável
de adquirir cada vez mais bens. Para Drentea e Lavrakas (2000), o aumento do consumo nas últimas
décadas tem levado ao endividamento através do uso do cartão de crédito. Isso mostra uma ligação direta
entre o materialismo e o endividamento do cartão de crédito, causado por uma má gestão e compras
compulsivas.

4.1.7 Percepção de risco

Pigdeon et al. (1992) define percepção de risco a forma como as pessoas pensam e reagem a um
acontecimento ameaçador. Tal reação é baseada em um conjunto de crenças e valores do indivíduo.
Slovic et al. (2004) completa que seres humanos avaliam o risco através de sentimentos intuitivos.
Finucane et al (2000) afirma que o nível de educação e racionalidade de uma pessoa pode influenciar
diretamente sua percepção de risco.
De acordo com uma pesquisa realizada com bolsistas e residentes em um centro médico acadêmico de
duas universidades americanas, concluiu-se que há baixa tolerância ao risco de investimento
acompanhada de baixa alfabetização financeira entre os alunos (AHMAD et al. 2017). A idade dos
bolsistas e residentes pesquisados era entre 28 e 33 anos.
Olivato e Souza (2007) afirmam que aspectos comportamentais associados a percepção de risco do
consumo podem desencadear endividamentos. Já Nelson et al. (2008) aponta que a falta de gestão de
riscos na área financeira pode levar ao endividamento e outros riscos à saúde do indivíduo. Conclui-se,
portanto, que a percepção do risco tem impacto direto na vida pessoal.

4.1.8 Ansiedade

Margis et, al (2013) define a ansiedade como sentimento natural do ser humano em situações de reação a
qualquer perigo percebido. Drentea (2000) relata que dificuldades financeiras causam ansiedade,
principalmente quando há endividamento.
Segundo Heckman et al. (2014) e Ross et al. (1999), pesquisas realizadas em universidades norte-
americanas mostram que aproximadamente 70% dos estudantes universitários estão estressados com
suas finanças pessoais. Aqueles que apresentam maior estresse financeiro têm maior probabilidade de
enfrentar dificuldades acadêmicas e desafios para concluir seus estudos universitários, além de terem seu

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bem-estar afetado (ROBB, 2017). Montalto et al. (2019) conclui que o uso de empréstimos financeiros
influencia o bem-estar de alunos universitários, como ansiedade e autoeficácia.
Percebe-se, segundo proposto por Roberts e Jones (2001), que o dinheiro representa uma linha muito
tênue na vida das pessoas, pois a acumulação de capital é vista como uma forma de proteção contra a
ansiedade, enquanto a falta de capital é vista como uma fonte de ansiedade.
Drentea (2000), o endividamento pode aumentar a ansiedade. Para Roberts e Jones (2001), também
descobriram que a relação entre ansiedade e compras compulsivas é mais forte em pessoas que usam
cartão de crédito.

4.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Embora muitas pessoas falem sobre educação financeira e como é fácil se organizar financeiramente,
nem sempre é tão simples assim. Pode ser difícil para aqueles que não têm familiaridade com conceitos
financeiros. Existem armadilhas que nem sempre são mencionadas, mas superá-las pode realmente
ajudar a colocar as finanças em ordem.
Os próprios bancos, preocupados com o grande número de pessoas endividadas com cartão de crédito,
fornecem orientações sobre como controlar as finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de
crédito. Vejamos.

1- O começo pode ser desconfortável

Preencher uma planilha de gastos pode ser desconfortável e você pode pensar em desistir. Se você já
tentou antes, sabe do que estamos falando. Mas por que é desconfortável? Porque colocar renda e gastos
no papel mostra duas coisas: 1) todos os gastos desnecessários que consomem boa parte da sua renda;
2) e que mudar esse cenário não é fácil.
Quer um exemplo do cotidiano? Você sabe que pegar 10 Ubers por mês pagando R$ 7 vai dar R$ 70 no
final do mês, mas no dia a dia é só mais R$ 7. Quando você descreve o gasto total na planilha, dói no
bolso, pela primeira vez. Você começa a visualizar todos os pequenos gastos diários, que multiplicados,
dão um valor maior. O resultado é: você gastou mais que ganhou.

2- Trabalhoso

Por que aplicar educação financeira na vida pode ser trabalhoso? Porque é preciso ter controle de todos
os gastos e ganhos. Isso significa atualizar o controle financeiro pelo menos uma vez a cada dois dias
para ter certeza de que tudo está registrado.
Precisamos ter uma relação próxima com nosso dinheiro, ou com a falta dele. Sabe o famoso tema do
gasto fixo, gasto variável etc.? Ele é real e precisa ser feito.
Sabe as assinaturas de streaming, música, podcast, cosméticos? Chegou a hora de analisar se elas
realmente valem a pena e cancelar ou suspender se achar que o custo benefício não está compensando.
É importante conhecer e avaliar as contas que estão em débito automático, incluindo os valores e datas de
vencimento. Isso porque o banco não verifica se você tem saldo suficiente ou se vai entrar no cheque
especial com aquele débito, o que pode resultar em cobranças de juros. Isso pode ser evitado se você
tiver saldo em outra conta para pagar a fatura manualmente. Isso nos leva ao próximo ponto.
3- Pode sim atrasar contas

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Se você gastar mais do que ganha, algum boleto ficará sem pagamento. É importante respirar e escolher
quais boletos pagar. Para isso, é preciso saber tudo sobre os gastos e responder a três perguntas: 1).
Quais são as taxas de juros cobradas em caso de atraso?; 2). Quantas contas posso atrasar antes que o
serviço seja suspenso?; 3). Quais desses serviços são essenciais para minha sobrevivência?"
Aprender sobre seus gastos é importante para decidir se deve ou não pagar uma fatura. Além disso,
apenas as contas que não estão em débito automático podem ser adiadas.

Contas de telefone e energia geralmente têm juros mais baixos do que faturas de cartão de crédito, mas o
serviço pode ser suspenso após o atraso de duas faturas e só é religado após o pagamento integral da
dívida, dependendo da cidade onde você mora
4- Respeite seu Limite
Sabe como funciona um cartão de crédito? Com ele é possível fazer compras até o valor total do limite
liberado. Assim como um cartão de crédito, você também tem um limite de gastos. Esse limite é seu
salário.
Se você ganha R$ 2.200 por mês, pode gastar R$ 2.200. Se comprar algo parcelado em três vezes de R$
200, nos próximos três meses, seu limite de gastos será de R$ 2.000. Isso vale para todas as suas
despesas. Uma dica importante é projetar seus gastos futuros para entender como seu limite de gastos
estará nos próximos meses e tomar boas decisões de compras e pagamento de dívidas.
5- Esqueci de preencher a planilha, e agora?
Como o cotidiano é corrido, o esquecimento ocorrerá. Logo, vai acontecer de não fazer nenhuma anotação
na sua planilha de controle. Então a pessoa pode perder os comprovantes ou não lembrar os valores
exatos na hora de atualizar. E aí, o que fazer? Se você não se lembra dos valores exatos, pode 'chutar' os
valores. Algumas dicas são: 1) nos gastos, arredonde para mais. Por exemplo, se o café custou R$ 2 e
você comeu um docinho que não lembra o preço, coloque R$ 6. Assim, você não corre o risco de registrar
menos do que gastou; 2) nos ganhos, arredonde para menos. Se alguém te pagou por um serviço e você
lembra que foram 30 e poucos reais, anote R$ 30. Isso evita registrar um ganho maior do que o real e
evita surpresas ruins como gastar mais do que previsto
E quanto ao controle especificamente do cartão de crédito, talvez haja o seguinte questionamento: ?como
usar o cartão de crédito da forma certa??. Para se conseguir tal feito, segundo a maioria dos educadores
financeiros, faz-se necessário seguir os seguintes passos:
1. Estabelecer um teto para compras
Defina um limite para as compras para manter o controle do cartão de crédito. A recomendação geral é
não comprometer mais do que 30% da renda com a fatura. Se o limite for maior do que esse valor, ajuste-
o para coincidir com a porcentagem. Assim, se você gastar tudo o que pode e tentar extrapolar o limite, o
próprio cartão bloqueará a compra. Pode ser constrangedor se você não perceber que chegou ao limite,
mas suas finanças agradecerão.
2. Usar o pagamento automático de fatura
Muitas pessoas acabam atrasando o pagamento da fatura e pagando juros por esquecer o dia do
vencimento. Isso pode acontecer na correria do dia a dia ou por causa de contratempos. Para evitar isso, é
melhor cadastrar o pagamento da fatura em débito automático. Assim, se houver dinheiro na conta, o
valor será descontado automaticamente no dia do vencimento da fatura.
3. Ter atenção aos parcelamentos
Ter um grande limite no cartão de crédito não significa que você pode parcelar tudo o que quiser. Em vez
disso, tente fazer compras à vista e usar o cartão apenas para compras que não podem ser pagas na hora

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. Mas tenha cuidado com o valor da fatura. Se for necessário parcelar, faça-o em um número maior de
vezes e tenha certeza de que conseguirá pagar em dia. Se o seu cartão permitir e você tiver dinheiro
disponível, pode adiantar alguns pagamentos. Algumas empresas até oferecem descontos nesses casos.
4. Lembrar de que o saldo do cartão é um empréstimo
Lembre-se de que o limite do seu cartão de crédito não é dinheiro seu. É uma quantia emprestada que
você terá que devolver mais tarde. Se ajudar, imagine o cartão de crédito como um personagem a quem
você recorre quando precisa de um empréstimo.
Lembrar disso frequentemente pode ajudá-lo a pensar duas vezes antes de usar o cartão, pois você terá
que devolver o dinheiro e comprometer seu salário nos meses seguintes.
Isso pode significar abrir mão de algo que você quer muito fazer no futuro.
5. Pagar o total da fatura
Se você seguir os passos anteriores, verá que o valor total da fatura será sempre acessível. Seja com
parcelas menores que cabem no seu orçamento ou com contas que você decidiu pagar à vista, isso dará
um alívio no fim do mês. Assim, você evita parcelar ou atrasar pagamentos e deixa de pagar juros altos.
Se a fatura estiver muito alta, pode ser um sinal de que é hora de revisar sua estratégia.
6. Pesquisar os cartões certos para você
Muitos cartões de crédito não cobram anuidade e isentam de várias taxas. Por isso, é importante
pesquisar quais são os mais vantajosos para o seu bolso. Faça um levantamento dos principais cartões
disponíveis e compare benefícios, programas de pontos e taxas cobradas por parcelamento, atraso e
rotativo. Isso pode ajudar a reduzir os gastos mensais e minimizar o impacto caso seja impossível evitar
um atraso.
7. Preferir o débito sempre que possível
Sempre que tiver saldo na conta e o dinheiro não estiver comprometido, prefira pagar as compras no
débito. Lembre-se de que o crédito concedido pelo cartão é um dinheiro que você terá que devolver mais
tarde. Por isso, pode não ser uma boa ideia assumir esse compromisso para o futuro. Se ocorrer algum
imprevisto ao longo do mês e você tiver que pagar no crédito, terá que lidar com uma fatura menor.
O cartão de crédito pode ser um ótimo recurso financeiro se usado de maneira estratégica e não como
desculpa para comprar o que não pode pagar. É preciso ter disciplina e controle financeiro ao usá-lo.
Seguindo o roteiro que vimos até aqui, será cada vez mais fácil se acostumar com o cartão. Com o tempo,
será natural avaliar quando vale a pena comprar no crédito. E não se esqueça de monitorar seus gastos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo demonstrar a importância da educação financeira
para a população e como ela influencia o uso do cartão de crédito e o dia a dia. O estudo mostrou que o
nível de conhecimento dos conceitos financeiros está diretamente relacionado ao nível de educação
financeira. Inicialmente, foi abordada a educação financeira no Brasil e, em seguida, discutido o uso do
cartão de crédito e o endividamento relacionado a ele. Uma pesquisa realizada em 2021 pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostrou uma alta taxa de inadimplência
com cartões de crédito, reforçando a importância da educação financeira. A educação financeira é
fundamental para tomar decisões financeiras e econômicas pessoais e familiares. Este trabalho destaca 8
fatores que contribuem para o endividamento com cartões de crédito e oferece dicas para controlar as
finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de crédito. As informações apresentadas neste artigo
são úteis não apenas em relação ao uso do cartão de crédito, mas também às finanças pessoais em geral.

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Arquivo 1: TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Arquivo 2: https://www.scielo.br/j/rap/a/XhqxBt4Cr9FLctVvzh8gLPb (5602 termos)
Termos comuns: 170
Similaridade: 1,45%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://www.scielo.br/j/rap/a/XhqxBt4Cr9FLctVvzh8gLPb (5602 termos)

=================================================================================
EDUCAÇÃO FINANCEIRA: A INFLUÊNCIA NA DECISÃO DE USAR O CARTÃO DE CRÉDITO

Larissa Pires Dos Passos


[1: Acadêmica de matemática da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]
Jefferson Ferreira Mesquita
[2: Professor Mestre e Doutorando em Ciências Exatas da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]

Resumo

Introdução: Tendo em vista que hoje o cartão de crédito é um dos métodos mais utilizado como forma de
pagamento, e, muitas das vezes utilizado de forma incorreta, e irresponsável por parte de alguns
individuos, fez-se necessário abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir
no uso racional do cartão de crédito??. O objetivo Geral da pesquisa é mostrar como a aplicação da
educação financeira é capaz de influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de
crédito. Para tanto foi necessário Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela
impacta a vida dos brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação
Financeira, Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito e de que forma a Educação
Financeira ajuda desenvolver habitos saudaveis relacionados ao cartão de Crédito. A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, a
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base em informações
diversas sobre um determinado assunto. Resultados: os resultados foram divididos em quatro seções. Na
primeira apresenta-se o contexto e as principais observações sobre a educação financeira no Brasil. Na
segunda aborda-se as relações entre o cartão de crédito e o endividamento. Na terceira, a educação
financeira como qualidade de vida e, por fim, na quarta seção os fatores que influenciam no endividamento
no cartão de crédito. Considerações finais: Diante disso, verificou-se que a Educação Financeira contribui
para o controle de gasto com o cartão de crédito, onde foi possível concluir que a educação financeira não
se trata apenas de gestão do dinheiro, mas também de qualidadede vida que pode ser adquirida junto a
hábitos simples como controlar, poupar, investir e fazer escolhas que mantenham a saúde financeira do
individuo.

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Palavras chaves: Educação Financeira, Cartão de Crédito, Endividamento.

INTRODUÇÃO

Entende-se como educação financeira a maneira pela qual o indivíduo busca conhecimento para a gestão
dos seus bens. Essa temática tem sido muito abordada devido a cultura do consumismo, principalmente
influenciada pelos atuais canais de comunicação. Associado a isso, discute-se sobre o endividamento, em
especial relacionando com a facilidade de acesso ao crédito e materialismo no ato das compras de
serviços e produtos (CAMASSO et al., 2018).
A educação financeira envolve conhecimentos e competências que nos ajudam a fazer escolhas
inteligentes a respeito do dinheiro, transações financeiras e consumo. Dentre suas práticas inclui: poder
fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda, adotar ações que melhorem o seu bem-estar,
planejamento financeiro, independência financeira, entre outras (FERREIRA, 2017).
O uso do cartão de crédito faz com que o seu usuário fique suscetível a tomada de decisões, e muitas
delas de forma inadequadas. Dentre as decisões pessoais, a tomada de decisão financeira que tem
recebido mais atenção é o comportamento em relação ao uso do cartão de crédito (HAMID e LOKE,
2021).
Portanto, é importante adquirir conhecimentos relevantes sobre o setor financeiro com o objetivo de
reduzir o risco na escolha de investimentos e produtos financeiros. Além disso, há ampla evidência de que
, quanto maior for o nivel de conhecimento sobre Educação financeira, menor o risco de acúmulo de
dívidas. (LUSARDI e TUFANO, 2015; STNGO e Zinman, 2008).
Visando abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do
cartão de crédito??, este trabalho justifica-se por trata-se de um tema altamente relevante, e que traz
dados alarmantes sobre a falta de educação financeira, e as consequências disso.
A alfabetização financeira também aumenta a conscientização do consumidor sobre questões
Compensações risco-recompensa que permitem aos indivíduos avaliar melhor a tomada de decisões
economicamente (KLAPPER e LUSARDI, 2020).
Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é mostrar como a aplicação da educação financeira é capaz de
influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de crédito. De forma mais específica
, buscou-se Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela impacta a vida dos
brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação Financeira, Entender
como o baixo conhecimento sobre financias está relacionado com o excesso de gasto e endividamento
com o cartão de crédito. Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito.A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, A
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base eminformações
diversas sobre um determinado assunto.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

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Há muita discussão sobre a qualidade do ensino no Brasil. Em um mundo globalizado, é importante que as
pessoas tenham conhecimento e habilidades para lidar com questões do dia a dia, no trabalho, na
economia e em outros aspectos da sociedade. Para isso, é fundamental que as pessoas tenham
habilidades em interpretação de textos e matemática, pois essas áreas estão presentes em nosso
cotidiano.

2.1 A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL


E como está o sistema de ensino brasileiro nesse aspecto? As pessoas estão conseguindo adquirir o
conhecimento mínimo necessário para se adaptar ao mundo tecnológico e dinâmico em que vivemos?
A preocupação com a educação é tão importante que a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) trabalha para promover padrões internacionais para resolver
problemas ou situações nos setores econômico, financeiro, comercial, social e até ambiental. Essa
instituição foi criada em 1948 como Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OECE) e,
devido ao seu sucesso, os Estados Unidos e o Canadá se juntaram às nações que já faziam parte da
OECE. Em 1961, surgiu a OCDE, com sede em Paris, na França.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem dado muita atenção à
educação e, em 1997, desenvolveu o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que visa
avaliar o desempenho dos alunos em três áreas-chave: leitura, matemática e ciências. Desde a primeira
edição, em 2000, o Brasil participa voluntariamente. Os resultados mostram que o Brasil sempre se
classificou pior desde o primeiro teste.
Devido ao baixo desempenho em alguns países, a OCDE cria alternativas para ajudá-los a melhorar o
conhecimento dos alunos. Uma das ações sugeridas é a Educação Financeira, que pode ajudar a
melhorar a interpretação e a matemática.
Até 2010, havia poucas ações voltadas para a Educação Financeira no Brasil. Isso mudou com a criação
da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) com o Decreto 7397/2010, publicado no Diário
Oficial de União de 22 de dezembro de 2010. Desde então, a Educação Financeira começou a ganhar
importância, inclusive nas escolas. O site oficial da ENEF utiliza o seguinte conceito para EF:

Educação Financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua


compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação,
formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem
mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem
informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim,
podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis,
comprometidos com o futuro (OCDE, 2005).
Ainda, tratando de recursos pedagógicos com ênfase voltada para o seu ensino, pode-se dizer que,
Educação Financeira é um processo educativo que, por meio de aplicação de métodos próprios,
desenvolve atividades para auxiliar os consumidores a orçar e gerir a sua renda, a poupar e a investir; são
informações e formações significativas para que um cidadão exerça uma atividade, trabalho, profissão e
lazer, evitando tornarem-se vulneráveis às armadilhas impostas pelo capitalismo (NEGRI, 2010, p.19).

A EF no Brasil começou a ganhar força com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

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em 2017, na qual contempla a EF na Educação Básica.

2.2 CARTÃO DE CRÉDITO

Os cartões de crédito surgiram na década de 1920, quando bares e comércios ofereciam crédito aos
clientes fiéis. Mas, segundo a ABECS (2019) ?(Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços), o
cartão de crédito como conhecemos hoje começou em 1950. Frank MacNamara esqueceu seu talão de
cheques e dinheiro em um jantar com executivos financeiros em Nova York. O dono do restaurante aceitou
que a conta fosse paga no dia seguinte, desde que os convidados assinassem a fatura. Foi aí que Frank
teve a ideia de criar um mecanismo de controle para pagar contas de forma mais concentrada.

Foi assim que surgiu o primeiro cartão de crédito, o "Diners Club Card". Era um cartão de papel aceito em
27 restaurantes nos EUA e usado por 200 pessoas, principalmente amigos de MacNamara. Em 1952, o
cartão ganhou popularidade e passou a ser aceito em vários estabelecimentos.
Conforme argumenta Coelho (2010, p. 518), ?O cartão de crédito, propriamente dito, é o documento pelo
qual o titular prova, perante o fornecedor, a existência do contrato com a instituição financeira emissora?.
O cartão de crédito é fornecido por uma instituição financeira - IF. O cliente assina um contrato que
estabelece os termos de uso, taxas e juros. Hoje em dia, as instituições financeiras oferecem cartões de
débito e crédito com bandeiras nacionais e internacionais, permitindo movimentações dentro e fora do país
.
Cartões de crédito e débito oferecem facilidades como saques e pagamentos à vista ou parcelados. Com o
cartão de crédito, o consumidor pode escolher pagar o mínimo ou o total da fatura. A fatura é fechada em
um dia acordado com a instituição financeira. Compras feitas após o fechamento da fatura são cobradas
no próximo mês. Se o cliente pagar apenas o mínimo, a próxima fatura incluirá juros e taxas, o que pode
levar ao endividamento.

Para usar um cartão de débito, é preciso ter dinheiro na conta. Algumas instituições financeiras oferecem
cheque especial, que funciona como um empréstimo para situações urgentes, mas cobra juros. Já o cartão
de crédito tem um limite de crédito definido pela instituição financeira. A cada compra, o limite diminui e só
é liberado novamente quando a fatura é paga. Se o limite for atingido, compras futuras são negadas.

2.3 ENDIVIDAMENTO COM CARTÃO DE CRÉDITO

No mercado financeiro hoje, percebe-se um aumento e facilidade dos consumidores em ter acesso ao
crédito. Seja a partir de bancos ou fintechs, aumentar o poder de compra se tornou uma coisa simples, e
com menos burocracia que há algum tempo atrás.
Com o avanço da tecnologia, os bancos conseguem cruzar dados com o Banco Central e a Receita
Federal para facilitar a aquisição de cartões de crédito, empréstimos e outros serviços financeiros. Muitas
pessoas são atraídas pela facilidade e comodidade que os cartões de crédito oferecem.
[3: Dados abertos. Banco Central do Brasil. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao
/dadosabertos>. Acesso em: 23/11/2021.]
Consequentemente, as pessoas tendem a se tornarem mais consumistas, seja no mercado digital ou físico
. No entanto, esse consumo em excesso acaba comprometendo a integralidade de seus rendimentos e a

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saúde financeira da pessoa.


O cartão de crédito pode ser um grande aliado quando usado de forma responsável e inteligente. Com
planejamento adequado, ele pode ajudar em situações de emergência ou na compra de itens de alto valor.
Infelizmente, nem todos usam o cartão de crédito de forma responsável, o que pode levar a atrasos no
pagamento e endividamento. Por isso, é importante falar sobre o uso consciente do cartão de crédito para
evitar problemas financeiros.

E o consumo consciente está diretamente relacionado com a educação financeira. Nos dias atuais, com o
alto índice de endividamento, que atinge quase 75% das famílias brasileiras, esse tema necessita ganhar
mais relevância para mudar essa realidade.
[4: Com 74,6%, o endividamento dos brasileiros alcança o maior percentual em 11 anos. Disponível em:
<https://www.cut.org.br/noticias/com-74-6-endividamento-dos-brasileiros-alcanca-o-maior-percentual-em-
11-anos-e59b>. Acesso em: 20/11/2021.]
De acordo com pesquisa realizada em 2021, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo, dados obtidos com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor-PEIC, o
número de brasileiros endividados atingiu 74,6%, a maior taxa em 11 anos.
[5: Endividamento bate novo recorde e atinge 74,6% das famílias, aponta CNC. Disponível em: <https
://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/04/endividamento-bate-novo-recorde-e-atinge-746percent-das-
familias-aponta-cnc.ghtml>. Acesso em: 25/11/2021.]
A pesquisa mostrou que 12,2 milhões de famílias têm dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito,
cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e casa. O
cartão de crédito é o principal tipo de dívida, representando 84,9% dos inadimplentes no país.(BACEN)

Esta situação de grande parte dos indivíduos traz a tona questionamentos sobre a necessidade de
alfabetização e educação financeira:

[...] os dados são preocupantes e levam a crer que, a menos que medidas sérias sejam tomadas no
sentido da conscientização e alfabetização financeira da população brasileira, a vulnerabilidade do
consumidor e sua propensão ao endividamento tenderão a crescer mais e mais, podendo levar a graves
consequências, tanto no âmbito pessoal e familiar do cidadão, como também no âmbito da sociedade
como um todo, caso esses fatos realmente desencadeiem uma crise de crédito no país [...] (DONADIO,
2012, p. 85)

Considerando essa problemática, de altas taxas de endividamento provenientes de cartão de crédito, a


pesquisa busca mostrar os caminhos mais viáveis para contornar essa situação, trazendo à tona o
questionamento de ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do cartão de crédito??.
Dessa forma, trata-se de um tema altamente relevante, e que traz dados alarmantes sobre a falta de
educação financeira em nosso país, e as consequências disso.
De forma geral, o impacto da Educação Financeira precisa ser visto como um tema de grande relevância
no futuro das pessoas. (PELICIOLI, 2011, p. 35)

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2.4 EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO QUALIDADE DE VIDA

A educação financeira é fundamental no Brasil contemporâneo, pois impacta de forma direta nas decisões
financeiras e econômicas de pessoas e famílias. (SAVOIA, 2007, p. 1125)
De acordo com Roberts e Jones (2001) apud Donadio (2012, p. 83), o uso do cartão de crédito pode levar
a gastos desnecessários, já que torna as transações financeiras mais fáceis e nos faz esquecer que
estamos gastando dinheiro de verdade
Para Pelicioli (2011, p. 28), o ato de consumir traz prazer ao indivíduo, e ocorre uma identificação entre
esses momentos, restando poucos diálogos racionais neste tipo de consumo.
À medida que mais pessoas têm acesso ao cartão de crédito, especialmente aquelas que antes não
tinham, mudanças de comportamento são observadas. Infelizmente, isso também leva a um aumento no
número de pessoas que não conseguem pagar suas dívidas. (DONADIO, 2012, p. 83)
O aspecto financeiro é fortemente valorizado em uma economia de mercado - vivenciada atualmente em
grande parte do mundo - e nesse sistema, a tendência é o acúmulo de supérfluos. Há a deformação de
valores pessoais e o consumismo é visto como elemento da ?felicidade?. (PELICIOLI, 2011, p. 24)
Em contrapartida, o planejamento financeiro permite consumir mais, e consumir melhor. De acordo com o
BACEN, "Consumir mais por meio da potencialização do dinheiro e melhor via eliminação de desperdícios
.?
De acordo com Donadio (2012, p. 77) o aumento das dívidas dos brasileiros pode ser atribuído à falta de
conhecimento financeiro da maioria da população. Segundo o autor, ?ser financeiramente alfabetizado
significa ser capaz de usar o conhecimento adquirido de forma competente. No entanto, é difícil medir
diretamente a alfabetização financeira [...]?.

Nas palavras de Pelicioli (2011, p. 3), a consciência financeira é uma constante batalha entre desejo e
necessidade. Enquanto há consciência de suas finanças, a necessidade é priorizada, enquanto quando a
educação relacionada às finanças não está presente, prioriza-se o desejo.

A alfabetização financeira traz muitos questionamentos aos indivíduos, como:

qual seu nível de alfabetização financeira; se existe a consciência da proporção que dívidas tomam
quando mal administradas; se há conhecimento das tarifas, taxas e outros custos quanto ao cartão de
crédito; se o uso do cartão ultrapassa o nível de renda, levando o indivíduo a gastar mais do que ganha.
(Donadio, 2012, p. 78)

Para isso, a participação das instituições financeiras é fundamental:

O envolvimento das instituições financeiras no processo de educação financeira deve ser estimulado, de
tal forma que a adotem como parte integrante de suas práticas de relacionamento com seus clientes,
provendo informações financeiras que estimulem a compreensão de suas decisões, principalmente nos
negócios de longo prazo e naqueles que comprometam expressivamente a renda atual e futura de seus
consumidores. A educação financeira deve ser um processo contínuo, acompanhando a evolução dos
mercados e a crescente complexidade das informações que os caracterizam. (SAVOIA, 2007, p. 1129)

A pesquisa evidencia que a conscientização da população faz-se necessária, bem como a educação

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financeira, pois é capaz de dar às pessoas mais conhecimento e instrumentos que mostram todos os
fatores relevantes em uma decisão financeira eficiente. (LUCCI, 2006, p. 5)
Quando você entende mais sobre finanças, pode fazer escolhas de consumo mais conscientes. ?Isso é
bom para você, para a sociedade e para o meio ambiente. Consumo consciente significa levar em conta
não apenas o dinheiro, mas também questões sociais e ambientais ao decidir o que comprar.? (BACEN)
Para Lucci (2006, p. 4), a educação financeira pode afetar muitas áreas da nossa vida. Ela nos ajuda a
tomar decisões mais conscientes e a ter mais bem-estar. Por outro lado, se não aprendemos sobre
finanças, podemos ter problemas com compras, acesso ao crédito e até mesmo na carreira.
Além disso, podemos ter dificuldades em organizar nossas contas e acabar com o nome sujo no SPC ou
SERASA.
Por este motivo, é muito importante tratar da educação financeira dos indivíduos, especialmente em um
mundo onde somos incentivados a comprar coisas que não precisamos. Isso pode nos ajudar a ter uma
vida melhor.

3 CAMINHOS METODOLÓGICOS

Para alcançar os resultados esperados, a pesquisadora realizou uma pesquisa bibliográfica, inicialmente.
De acordo com Mazucato (2018, p. 46) ?nesta modalidade as principais fontes para a realização da
pesquisa são bibliográficas (livros, capítulos de livros, artigos científicos etc.); [...]?
Fonseca (2002, p. 32) afirma que ?a pesquisa bibliográfica é feita a partir de materiais já publicados, como
livros e artigos científicos que podem ser encontrados em bibliotecas.?
Para tornar o trabalho mais completo e com informações reais sobre a situação financeira dos brasileiros,
também foi feita uma pesquisa com documentos, que segundo Mazucato (2018, p. 46) ?esse tipo de
pesquisa é feito a partir de documentos como fonte principal de informação.?
Para Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa documental é feita a partir de muitas fontes diferentes, como
?tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais e até mesmo filmes, fotos e pinturas
,etc.?
Para ter o melhor resultado possível, a pesquisadora usou tanto a pesquisa bibliográfica quanto a
documental. Isso permitiu que ela reunisse conhecimentos teóricos e também informações reais sobre a
situação financeira no Brasil.
A metodologia usada é a indutiva, que permite juntar informações de diferentes fontes para chegar a um
resultado satisfatório sobre um assunto específico. Nas palavras de Mazucato (2018, p. 54):

O método indutivo indica que o caminho que a pesquisa deverá percorrer passará pela seguinte trajetória:
a partir da constatação ou levantamento de informações particulares, a pesquisa buscará chegar a um
conhecimento mais generalizado. A partir da observação de um conjunto razoável de fenômenos
semelhantes, o estudante tentará descobrir uma relação existente entre estes fenômenos e elaborar uma
explicação mais generalizante que abarque todos os fenômenos observados (e, também, que possa ser
aplicada aos fenômenos semelhantes ainda não observados).

A principal ferramenta usada nessa pesquisa é a análise de documentos já existentes para encontrar as
informações necessárias.
De acordo com Barbosa (1999): ?Usar documentos já existentes para fazer uma pesquisa pode

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economizar tempo e dinheiro. Além disso, essas informações são confiáveis e não precisam ser coletadas
de uma maneira específica.?
Muitas vezes, existem informações que não são usadas de maneira eficiente. A pesquisa documental
pode ajudar a explorar essas informações e torná-las relevantes para a área de conhecimento da pesquisa
.

4 A EF NO CONTROLE DO CARTÃO DE CRÉDITO

Neste capítulo, vamos estudar o endividamento causado pelo uso do cartão de crédito. Vamos analisar os
fatores que contribuem para isso, com base em hipóteses levantadas em estudos anteriores.

4.1 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Neste subtítulo, vamos ver alguns fatores que podem levar ao endividamento pelo uso do cartão de crédito
. São oito fatores no total e vamos analisar cada um deles.
4.1.1 Atitude Financeira
Para Ajzen (1991) as atitudes financeiras de uma pessoa são influenciadas por suas crenças econômicas
e não econômicas. Essas crenças podem levar a pessoa a tomar certas decisões financeiras, sendo a
chave do processo de tomada de decisão.
O estudo de Kim e De Vaney (2001) as atitudes de uma pessoa estão relacionadas às suas intenções de
comportamento. Isso significa que a atitude financeira de uma pessoa pode influenciar como ela lida com
suas finanças, incluindo o uso do cartão de crédito. Norvilitis et al. (2006) propõe em seu estudo que
comportamentos menos controlados em relação ao uso de crédito geram maiores riscos de endividamento
.
Montalto et al. (2019) afirma que ensinar sobre finanças nas universidades pode ajudar a melhorar as
atitudes financeiras dos jovens.

4.1.2 Comportamento Financeiro

O comportamento financeiro está diretamente relacionado ao grau de alfabetização financeira. Para Hung
et al. (2009) a alfabetização financeira significa ter conhecimento e habilidade para gerenciar suas
finanças. Isso inclui saber como usar esse conhecimento para tomar boas decisões financeiras. Já para
Criddle (2006) trata-se de dominar alternativas que possibilitem o estabelecimento de metas financeiras.
A alfabetização financeira proporciona tomada de decisão mais assertivas no contexto monetário de suas
vidas (POTRICH et al., 2015). Atkinson e Messy (2012) Ser financeiramente alfabetizado tem muitos
benefícios. Pessoas que entendem de finanças conseguem controlar seus gastos e ter segurança
financeira. Por outro lado, quem não tem conhecimento financeiro pode gastar demais e usar o crédito de
maneira exagerada. Segundo Norvilitis et al. (2006) pessoas não alfabetizadas financeiramente são
incapazes de tomar decisões adequadas quando se trata do uso do dinheiro.
Bartley (2011) e Hung et al. (2009) idade, renda familiar e experiências financeiras podem influenciar
positivamente o comportamento financeiro de uma pessoa. Xiao et al. (2011) indicam que cursos de
educação financeira no ensino médio e faculdade agregavam maior conhecimento subjetivo, embora o não
estivessem associados ao conhecimento objetivo dos alunos.

4.1.3 Comportamento de Uso de Cartão de Crédito

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Trazendo alta conveniência, comodidade e possíveis vantagens em situações de perda ou roubo, o cartão
de crédito foi rapidamente difundido na sociedade (LEE; KWON, 2002). Entretanto, Schor (1998) acredita
que a facilidade de compra e obtenção de crédito que os cartões trazem geram gastos excessivos na
população.

O aumento das dívidas de cartão de crédito entre os jovens tem gerado preocupação sobre a falta de
conhecimento sobre como usar o cartão de maneira responsável (DANES; HIRA, 1987).

Atualmente vive-se em uma sociedade de cartões de crédito, onde jovens crescem usando a ferramenta
fazendo dívidas livremente (RITZER, 1995). Wang e Xiao (2009) associam o uso do cartão de crédito a
gastos compulsivo.
Foi descoberto que existe uma relação entre dívidas de cartão de crédito e a sensação de controle sobre a
vida e autoestima. Muitas vezes, os jovens veem suas dívidas como um investimento no futuro.
(HODSON et al., 2014).
Lea et al. (1995) alertam sobre o crescimento da ?cultura do endividamento?. É amplamente aceito que a
maneira como as pessoas veem as dívidas mudou muito no final do século XX. As pessoas passaram a
ter menos medo de se endividar e a aceitar dívidas causadas pelo consumo (ZUCKEMAN, 2000). Para
Gross e Souleles (2002) um dos motivos para o aumento das dívidas foi o aumento dos limites dos cartões
de crédito.

4.1.4 Compras compulsivas

Para O?Guinn e Faber (1989), compras compulsivas são quando uma pessoa compra de maneira
repetitiva e crônica como uma forma de lidar com sentimentos e situações negativas. Brougham et al.
(2011) descreve o comportamento como a incapacidade de controlar o desejo de compra dos
consumidores compulsivos e McElroy et al (1994) o tema é aprofundado ao abordar a preocupação mal
adaptativa com compras, que leva a impulsos incontroláveis de comprar coisas desnecessárias que muitas
vezes não se encaixam no padrão social do indivíduo. Isso causa angústia e problemas financeiros.
Segundo estudo de Veludo-de-Oliveira et al. (2014) em relação aos jovens brasileiros com
comportamentos compulsivos, concluiu-se que a ansiedade é uma das causas da compra compulsiva,
agravada pelo uso inadequado de cartões de crédito. Roberts e Jones (2001) evidenciam o peso do cartão
de crédito sobre a compra compulsiva e três atitudes sobre uso do dinheiro trabalhadas por Yamauchi e
Templer (1982), poder (prestígio), desconfiança e ansiedade.
Por fim, os mercados capitalistas incentivam as compras compulsórias, levando a um maior endividamento
. Wang e Xiao (2009) afirmam que as compras compulsivas são uma causa de endividamento, enfocando
especificamente o papel dos cartões de crédito no estímulo às compras.

4.1.5 Compras Impulsivas

Valence, D?Astous e Fortier (1988) explicam a distinção entre compra compulsiva e impulsiva, está nos
processos cognitivos que levam a cada tipo de comportamento de compra. Wang e Xiao (2009) a compra
impulsiva é descrita como o ato de ceder a um forte desejo de adquirir um produto imediatamente.

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Comportamentos impulsivos podem afetar o consumo de produtos e, em casos mais extremos, levar a
padrões graves de consumo excessivo e descontrolado (WANSINK, 1994). Segundo Norvilitis et al.
(2006), problemas com falta de controle sobre impulsos tendem a contribuir para o endividamento do
indivíduo.

4.1.6 Materialismo

Rassuli e Hollander (1986) o materialismo é descrito como uma mentalidade focada em adquirir e gastar.
É um valor para o consumidor que se baseia em três componentes: a importância da aquisição, a busca
da felicidade através da aquisição e o sucesso medido pela posse. (RICHINS; DAWSON, 1992).
Richins e Dawson (1992) seu estudo mostrou que pessoas mais materialistas tendem a desejar uma renda
maior e valorizam mais a segurança financeira do que as relações interpessoais. Isso pode resultar em
uma vida menos satisfatória do que a de pessoas menos materialistas. Segundo Fox e Lears (1983) as
pessoas estão constantemente buscando uma vida melhor através do consumo. Há um desejo insaciável
de adquirir cada vez mais bens. Para Drentea e Lavrakas (2000), o aumento do consumo nas últimas
décadas tem levado ao endividamento através do uso do cartão de crédito. Isso mostra uma ligação direta
entre o materialismo e o endividamento do cartão de crédito, causado por uma má gestão e compras
compulsivas.

4.1.7 Percepção de risco

Pigdeon et al. (1992) define percepção de risco a forma como as pessoas pensam e reagem a um
acontecimento ameaçador. Tal reação é baseada em um conjunto de crenças e valores do indivíduo.
Slovic et al. (2004) completa que seres humanos avaliam o risco através de sentimentos intuitivos.
Finucane et al (2000) afirma que o nível de educação e racionalidade de uma pessoa pode influenciar
diretamente sua percepção de risco.
De acordo com uma pesquisa realizada com bolsistas e residentes em um centro médico acadêmico de
duas universidades americanas, concluiu-se que há baixa tolerância ao risco de investimento
acompanhada de baixa alfabetização financeira entre os alunos (AHMAD et al. 2017). A idade dos
bolsistas e residentes pesquisados era entre 28 e 33 anos.
Olivato e Souza (2007) afirmam que aspectos comportamentais associados a percepção de risco do
consumo podem desencadear endividamentos. Já Nelson et al. (2008) aponta que a falta de gestão de
riscos na área financeira pode levar ao endividamento e outros riscos à saúde do indivíduo. Conclui-se,
portanto, que a percepção do risco tem impacto direto na vida pessoal.

4.1.8 Ansiedade

Margis et, al (2013) define a ansiedade como sentimento natural do ser humano em situações de reação a
qualquer perigo percebido. Drentea (2000) relata que dificuldades financeiras causam ansiedade,
principalmente quando há endividamento.
Segundo Heckman et al. (2014) e Ross et al. (1999), pesquisas realizadas em universidades norte-
americanas mostram que aproximadamente 70% dos estudantes universitários estão estressados com
suas finanças pessoais. Aqueles que apresentam maior estresse financeiro têm maior probabilidade de
enfrentar dificuldades acadêmicas e desafios para concluir seus estudos universitários, além de terem seu

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bem-estar afetado (ROBB, 2017). Montalto et al. (2019) conclui que o uso de empréstimos financeiros
influencia o bem-estar de alunos universitários, como ansiedade e autoeficácia.
Percebe-se, segundo proposto por Roberts e Jones (2001), que o dinheiro representa uma linha muito
tênue na vida das pessoas, pois a acumulação de capital é vista como uma forma de proteção contra a
ansiedade, enquanto a falta de capital é vista como uma fonte de ansiedade.
Drentea (2000), o endividamento pode aumentar a ansiedade. Para Roberts e Jones (2001), também
descobriram que a relação entre ansiedade e compras compulsivas é mais forte em pessoas que usam
cartão de crédito.

4.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Embora muitas pessoas falem sobre educação financeira e como é fácil se organizar financeiramente,
nem sempre é tão simples assim. Pode ser difícil para aqueles que não têm familiaridade com conceitos
financeiros. Existem armadilhas que nem sempre são mencionadas, mas superá-las pode realmente
ajudar a colocar as finanças em ordem.
Os próprios bancos, preocupados com o grande número de pessoas endividadas com cartão de crédito,
fornecem orientações sobre como controlar as finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de
crédito. Vejamos.

1- O começo pode ser desconfortável

Preencher uma planilha de gastos pode ser desconfortável e você pode pensar em desistir. Se você já
tentou antes, sabe do que estamos falando. Mas por que é desconfortável? Porque colocar renda e gastos
no papel mostra duas coisas: 1) todos os gastos desnecessários que consomem boa parte da sua renda;
2) e que mudar esse cenário não é fácil.
Quer um exemplo do cotidiano? Você sabe que pegar 10 Ubers por mês pagando R$ 7 vai dar R$ 70 no
final do mês, mas no dia a dia é só mais R$ 7. Quando você descreve o gasto total na planilha, dói no
bolso, pela primeira vez. Você começa a visualizar todos os pequenos gastos diários, que multiplicados,
dão um valor maior. O resultado é: você gastou mais que ganhou.

2- Trabalhoso

Por que aplicar educação financeira na vida pode ser trabalhoso? Porque é preciso ter controle de todos
os gastos e ganhos. Isso significa atualizar o controle financeiro pelo menos uma vez a cada dois dias
para ter certeza de que tudo está registrado.
Precisamos ter uma relação próxima com nosso dinheiro, ou com a falta dele. Sabe o famoso tema do
gasto fixo, gasto variável etc.? Ele é real e precisa ser feito.
Sabe as assinaturas de streaming, música, podcast, cosméticos? Chegou a hora de analisar se elas
realmente valem a pena e cancelar ou suspender se achar que o custo benefício não está compensando.
É importante conhecer e avaliar as contas que estão em débito automático, incluindo os valores e datas de
vencimento. Isso porque o banco não verifica se você tem saldo suficiente ou se vai entrar no cheque
especial com aquele débito, o que pode resultar em cobranças de juros. Isso pode ser evitado se você
tiver saldo em outra conta para pagar a fatura manualmente. Isso nos leva ao próximo ponto.
3- Pode sim atrasar contas

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Se você gastar mais do que ganha, algum boleto ficará sem pagamento. É importante respirar e escolher
quais boletos pagar. Para isso, é preciso saber tudo sobre os gastos e responder a três perguntas: 1).
Quais são as taxas de juros cobradas em caso de atraso?; 2). Quantas contas posso atrasar antes que o
serviço seja suspenso?; 3). Quais desses serviços são essenciais para minha sobrevivência?"
Aprender sobre seus gastos é importante para decidir se deve ou não pagar uma fatura. Além disso,
apenas as contas que não estão em débito automático podem ser adiadas.

Contas de telefone e energia geralmente têm juros mais baixos do que faturas de cartão de crédito, mas o
serviço pode ser suspenso após o atraso de duas faturas e só é religado após o pagamento integral da
dívida, dependendo da cidade onde você mora
4- Respeite seu Limite
Sabe como funciona um cartão de crédito? Com ele é possível fazer compras até o valor total do limite
liberado. Assim como um cartão de crédito, você também tem um limite de gastos. Esse limite é seu
salário.
Se você ganha R$ 2.200 por mês, pode gastar R$ 2.200. Se comprar algo parcelado em três vezes de R$
200, nos próximos três meses, seu limite de gastos será de R$ 2.000. Isso vale para todas as suas
despesas. Uma dica importante é projetar seus gastos futuros para entender como seu limite de gastos
estará nos próximos meses e tomar boas decisões de compras e pagamento de dívidas.
5- Esqueci de preencher a planilha, e agora?
Como o cotidiano é corrido, o esquecimento ocorrerá. Logo, vai acontecer de não fazer nenhuma anotação
na sua planilha de controle. Então a pessoa pode perder os comprovantes ou não lembrar os valores
exatos na hora de atualizar. E aí, o que fazer? Se você não se lembra dos valores exatos, pode 'chutar' os
valores. Algumas dicas são: 1) nos gastos, arredonde para mais. Por exemplo, se o café custou R$ 2 e
você comeu um docinho que não lembra o preço, coloque R$ 6. Assim, você não corre o risco de registrar
menos do que gastou; 2) nos ganhos, arredonde para menos. Se alguém te pagou por um serviço e você
lembra que foram 30 e poucos reais, anote R$ 30. Isso evita registrar um ganho maior do que o real e
evita surpresas ruins como gastar mais do que previsto
E quanto ao controle especificamente do cartão de crédito, talvez haja o seguinte questionamento: ?como
usar o cartão de crédito da forma certa??. Para se conseguir tal feito, segundo a maioria dos educadores
financeiros, faz-se necessário seguir os seguintes passos:
1. Estabelecer um teto para compras
Defina um limite para as compras para manter o controle do cartão de crédito. A recomendação geral é
não comprometer mais do que 30% da renda com a fatura. Se o limite for maior do que esse valor, ajuste-
o para coincidir com a porcentagem. Assim, se você gastar tudo o que pode e tentar extrapolar o limite, o
próprio cartão bloqueará a compra. Pode ser constrangedor se você não perceber que chegou ao limite,
mas suas finanças agradecerão.
2. Usar o pagamento automático de fatura
Muitas pessoas acabam atrasando o pagamento da fatura e pagando juros por esquecer o dia do
vencimento. Isso pode acontecer na correria do dia a dia ou por causa de contratempos. Para evitar isso, é
melhor cadastrar o pagamento da fatura em débito automático. Assim, se houver dinheiro na conta, o
valor será descontado automaticamente no dia do vencimento da fatura.
3. Ter atenção aos parcelamentos
Ter um grande limite no cartão de crédito não significa que você pode parcelar tudo o que quiser. Em vez
disso, tente fazer compras à vista e usar o cartão apenas para compras que não podem ser pagas na hora

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. Mas tenha cuidado com o valor da fatura. Se for necessário parcelar, faça-o em um número maior de
vezes e tenha certeza de que conseguirá pagar em dia. Se o seu cartão permitir e você tiver dinheiro
disponível, pode adiantar alguns pagamentos. Algumas empresas até oferecem descontos nesses casos.
4. Lembrar de que o saldo do cartão é um empréstimo
Lembre-se de que o limite do seu cartão de crédito não é dinheiro seu. É uma quantia emprestada que
você terá que devolver mais tarde. Se ajudar, imagine o cartão de crédito como um personagem a quem
você recorre quando precisa de um empréstimo.
Lembrar disso frequentemente pode ajudá-lo a pensar duas vezes antes de usar o cartão, pois você terá
que devolver o dinheiro e comprometer seu salário nos meses seguintes.
Isso pode significar abrir mão de algo que você quer muito fazer no futuro.
5. Pagar o total da fatura
Se você seguir os passos anteriores, verá que o valor total da fatura será sempre acessível. Seja com
parcelas menores que cabem no seu orçamento ou com contas que você decidiu pagar à vista, isso dará
um alívio no fim do mês. Assim, você evita parcelar ou atrasar pagamentos e deixa de pagar juros altos.
Se a fatura estiver muito alta, pode ser um sinal de que é hora de revisar sua estratégia.
6. Pesquisar os cartões certos para você
Muitos cartões de crédito não cobram anuidade e isentam de várias taxas. Por isso, é importante
pesquisar quais são os mais vantajosos para o seu bolso. Faça um levantamento dos principais cartões
disponíveis e compare benefícios, programas de pontos e taxas cobradas por parcelamento, atraso e
rotativo. Isso pode ajudar a reduzir os gastos mensais e minimizar o impacto caso seja impossível evitar
um atraso.
7. Preferir o débito sempre que possível
Sempre que tiver saldo na conta e o dinheiro não estiver comprometido, prefira pagar as compras no
débito. Lembre-se de que o crédito concedido pelo cartão é um dinheiro que você terá que devolver mais
tarde. Por isso, pode não ser uma boa ideia assumir esse compromisso para o futuro. Se ocorrer algum
imprevisto ao longo do mês e você tiver que pagar no crédito, terá que lidar com uma fatura menor.
O cartão de crédito pode ser um ótimo recurso financeiro se usado de maneira estratégica e não como
desculpa para comprar o que não pode pagar. É preciso ter disciplina e controle financeiro ao usá-lo.
Seguindo o roteiro que vimos até aqui, será cada vez mais fácil se acostumar com o cartão. Com o tempo,
será natural avaliar quando vale a pena comprar no crédito. E não se esqueça de monitorar seus gastos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo demonstrar a importância da educação financeira
para a população e como ela influencia o uso do cartão de crédito e o dia a dia. O estudo mostrou que o
nível de conhecimento dos conceitos financeiros está diretamente relacionado ao nível de educação
financeira. Inicialmente, foi abordada a educação financeira no Brasil e, em seguida, discutido o uso do
cartão de crédito e o endividamento relacionado a ele. Uma pesquisa realizada em 2021 pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostrou uma alta taxa de inadimplência
com cartões de crédito, reforçando a importância da educação financeira. A educação financeira é
fundamental para tomar decisões financeiras e econômicas pessoais e familiares. Este trabalho destaca 8
fatores que contribuem para o endividamento com cartões de crédito e oferece dicas para controlar as
finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de crédito. As informações apresentadas neste artigo
são úteis não apenas em relação ao uso do cartão de crédito, mas também às finanças pessoais em geral.

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Arquivo 1: TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Arquivo 2: https://direcional.com.br/blog/financas/educacao-financeira (4621 termos)
Termos comuns: 117
Similaridade: 1,08%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://direcional.com.br/blog/financas/educacao-financeira (4621 termos)

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA: A INFLUÊNCIA NA DECISÃO DE USAR O CARTÃO DE CRÉDITO

Larissa Pires Dos Passos


[1: Acadêmica de matemática da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]
Jefferson Ferreira Mesquita
[2: Professor Mestre e Doutorando em Ciências Exatas da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]

Resumo

Introdução: Tendo em vista que hoje o cartão de crédito é um dos métodos mais utilizado como forma de
pagamento, e, muitas das vezes utilizado de forma incorreta, e irresponsável por parte de alguns
individuos, fez-se necessário abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir
no uso racional do cartão de crédito??. O objetivo Geral da pesquisa é mostrar como a aplicação da
educação financeira é capaz de influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de
crédito. Para tanto foi necessário Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela
impacta a vida dos brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação
Financeira, Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito e de que forma a Educação
Financeira ajuda desenvolver habitos saudaveis relacionados ao cartão de Crédito. A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, a
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base em informações
diversas sobre um determinado assunto. Resultados: os resultados foram divididos em quatro seções. Na
primeira apresenta-se o contexto e as principais observações sobre a educação financeira no Brasil. Na
segunda aborda-se as relações entre o cartão de crédito e o endividamento. Na terceira, a educação
financeira como qualidade de vida e, por fim, na quarta seção os fatores que influenciam no endividamento
no cartão de crédito. Considerações finais: Diante disso, verificou-se que a Educação Financeira contribui
para o controle de gasto com o cartão de crédito, onde foi possível concluir que a educação financeira não
se trata apenas de gestão do dinheiro, mas também de qualidadede vida que pode ser adquirida junto a
hábitos simples como controlar, poupar, investir e fazer escolhas que mantenham a saúde financeira do
individuo.

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Palavras chaves: Educação Financeira, Cartão de Crédito, Endividamento.

INTRODUÇÃO

Entende-se como educação financeira a maneira pela qual o indivíduo busca conhecimento para a gestão
dos seus bens. Essa temática tem sido muito abordada devido a cultura do consumismo, principalmente
influenciada pelos atuais canais de comunicação. Associado a isso, discute-se sobre o endividamento, em
especial relacionando com a facilidade de acesso ao crédito e materialismo no ato das compras de
serviços e produtos (CAMASSO et al., 2018).
A educação financeira envolve conhecimentos e competências que nos ajudam a fazer escolhas
inteligentes a respeito do dinheiro, transações financeiras e consumo. Dentre suas práticas inclui: poder
fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda, adotar ações que melhorem o seu bem-estar,
planejamento financeiro, independência financeira, entre outras (FERREIRA, 2017).
O uso do cartão de crédito faz com que o seu usuário fique suscetível a tomada de decisões, e muitas
delas de forma inadequadas. Dentre as decisões pessoais, a tomada de decisão financeira que tem
recebido mais atenção é o comportamento em relação ao uso do cartão de crédito (HAMID e LOKE,
2021).
Portanto, é importante adquirir conhecimentos relevantes sobre o setor financeiro com o objetivo de
reduzir o risco na escolha de investimentos e produtos financeiros. Além disso, há ampla evidência de que
, quanto maior for o nivel de conhecimento sobre Educação financeira, menor o risco de acúmulo de
dívidas. (LUSARDI e TUFANO, 2015; STNGO e Zinman, 2008).
Visando abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do
cartão de crédito??, este trabalho justifica-se por trata-se de um tema altamente relevante, e que traz
dados alarmantes sobre a falta de educação financeira, e as consequências disso.
A alfabetização financeira também aumenta a conscientização do consumidor sobre questões
Compensações risco-recompensa que permitem aos indivíduos avaliar melhor a tomada de decisões
economicamente (KLAPPER e LUSARDI, 2020).
Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é mostrar como a aplicação da educação financeira é capaz de
influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de crédito. De forma mais específica
, buscou-se Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela impacta a vida dos
brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação Financeira, Entender
como o baixo conhecimento sobre financias está relacionado com o excesso de gasto e endividamento
com o cartão de crédito. Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito.A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, A
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base eminformações
diversas sobre um determinado assunto.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

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Há muita discussão sobre a qualidade do ensino no Brasil. Em um mundo globalizado, é importante que as
pessoas tenham conhecimento e habilidades para lidar com questões do dia a dia, no trabalho, na
economia e em outros aspectos da sociedade. Para isso, é fundamental que as pessoas tenham
habilidades em interpretação de textos e matemática, pois essas áreas estão presentes em nosso
cotidiano.

2.1 A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL


E como está o sistema de ensino brasileiro nesse aspecto? As pessoas estão conseguindo adquirir o
conhecimento mínimo necessário para se adaptar ao mundo tecnológico e dinâmico em que vivemos?
A preocupação com a educação é tão importante que a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) trabalha para promover padrões internacionais para resolver
problemas ou situações nos setores econômico, financeiro, comercial, social e até ambiental. Essa
instituição foi criada em 1948 como Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OECE) e,
devido ao seu sucesso, os Estados Unidos e o Canadá se juntaram às nações que já faziam parte da
OECE. Em 1961, surgiu a OCDE, com sede em Paris, na França.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem dado muita atenção à
educação e, em 1997, desenvolveu o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que visa
avaliar o desempenho dos alunos em três áreas-chave: leitura, matemática e ciências. Desde a primeira
edição, em 2000, o Brasil participa voluntariamente. Os resultados mostram que o Brasil sempre se
classificou pior desde o primeiro teste.
Devido ao baixo desempenho em alguns países, a OCDE cria alternativas para ajudá-los a melhorar o
conhecimento dos alunos. Uma das ações sugeridas é a Educação Financeira, que pode ajudar a
melhorar a interpretação e a matemática.
Até 2010, havia poucas ações voltadas para a Educação Financeira no Brasil. Isso mudou com a criação
da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) com o Decreto 7397/2010, publicado no Diário
Oficial de União de 22 de dezembro de 2010. Desde então, a Educação Financeira começou a ganhar
importância, inclusive nas escolas. O site oficial da ENEF utiliza o seguinte conceito para EF:

Educação Financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua


compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação,
formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem
mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem
informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim,
podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis,
comprometidos com o futuro (OCDE, 2005).
Ainda, tratando de recursos pedagógicos com ênfase voltada para o seu ensino, pode-se dizer que,
Educação Financeira é um processo educativo que, por meio de aplicação de métodos próprios,
desenvolve atividades para auxiliar os consumidores a orçar e gerir a sua renda, a poupar e a investir; são
informações e formações significativas para que um cidadão exerça uma atividade, trabalho, profissão e
lazer, evitando tornarem-se vulneráveis às armadilhas impostas pelo capitalismo (NEGRI, 2010, p.19).

A EF no Brasil começou a ganhar força com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

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em 2017, na qual contempla a EF na Educação Básica.

2.2 CARTÃO DE CRÉDITO

Os cartões de crédito surgiram na década de 1920, quando bares e comércios ofereciam crédito aos
clientes fiéis. Mas, segundo a ABECS (2019) ?(Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços), o
cartão de crédito como conhecemos hoje começou em 1950. Frank MacNamara esqueceu seu talão de
cheques e dinheiro em um jantar com executivos financeiros em Nova York. O dono do restaurante aceitou
que a conta fosse paga no dia seguinte, desde que os convidados assinassem a fatura. Foi aí que Frank
teve a ideia de criar um mecanismo de controle para pagar contas de forma mais concentrada.

Foi assim que surgiu o primeiro cartão de crédito, o "Diners Club Card". Era um cartão de papel aceito em
27 restaurantes nos EUA e usado por 200 pessoas, principalmente amigos de MacNamara. Em 1952, o
cartão ganhou popularidade e passou a ser aceito em vários estabelecimentos.
Conforme argumenta Coelho (2010, p. 518), ?O cartão de crédito, propriamente dito, é o documento pelo
qual o titular prova, perante o fornecedor, a existência do contrato com a instituição financeira emissora?.
O cartão de crédito é fornecido por uma instituição financeira - IF. O cliente assina um contrato que
estabelece os termos de uso, taxas e juros. Hoje em dia, as instituições financeiras oferecem cartões de
débito e crédito com bandeiras nacionais e internacionais, permitindo movimentações dentro e fora do país
.
Cartões de crédito e débito oferecem facilidades como saques e pagamentos à vista ou parcelados. Com o
cartão de crédito, o consumidor pode escolher pagar o mínimo ou o total da fatura. A fatura é fechada em
um dia acordado com a instituição financeira. Compras feitas após o fechamento da fatura são cobradas
no próximo mês. Se o cliente pagar apenas o mínimo, a próxima fatura incluirá juros e taxas, o que pode
levar ao endividamento.

Para usar um cartão de débito, é preciso ter dinheiro na conta. Algumas instituições financeiras oferecem
cheque especial, que funciona como um empréstimo para situações urgentes, mas cobra juros. Já o cartão
de crédito tem um limite de crédito definido pela instituição financeira. A cada compra, o limite diminui e só
é liberado novamente quando a fatura é paga. Se o limite for atingido, compras futuras são negadas.

2.3 ENDIVIDAMENTO COM CARTÃO DE CRÉDITO

No mercado financeiro hoje, percebe-se um aumento e facilidade dos consumidores em ter acesso ao
crédito. Seja a partir de bancos ou fintechs, aumentar o poder de compra se tornou uma coisa simples, e
com menos burocracia que há algum tempo atrás.
Com o avanço da tecnologia, os bancos conseguem cruzar dados com o Banco Central e a Receita
Federal para facilitar a aquisição de cartões de crédito, empréstimos e outros serviços financeiros. Muitas
pessoas são atraídas pela facilidade e comodidade que os cartões de crédito oferecem.
[3: Dados abertos. Banco Central do Brasil. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao
/dadosabertos>. Acesso em: 23/11/2021.]
Consequentemente, as pessoas tendem a se tornarem mais consumistas, seja no mercado digital ou físico
. No entanto, esse consumo em excesso acaba comprometendo a integralidade de seus rendimentos e a

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saúde financeira da pessoa.


O cartão de crédito pode ser um grande aliado quando usado de forma responsável e inteligente. Com
planejamento adequado, ele pode ajudar em situações de emergência ou na compra de itens de alto valor.
Infelizmente, nem todos usam o cartão de crédito de forma responsável, o que pode levar a atrasos no
pagamento e endividamento. Por isso, é importante falar sobre o uso consciente do cartão de crédito para
evitar problemas financeiros.

E o consumo consciente está diretamente relacionado com a educação financeira. Nos dias atuais, com o
alto índice de endividamento, que atinge quase 75% das famílias brasileiras, esse tema necessita ganhar
mais relevância para mudar essa realidade.
[4: Com 74,6%, o endividamento dos brasileiros alcança o maior percentual em 11 anos. Disponível em:
<https://www.cut.org.br/noticias/com-74-6-endividamento-dos-brasileiros-alcanca-o-maior-percentual-em-
11-anos-e59b>. Acesso em: 20/11/2021.]
De acordo com pesquisa realizada em 2021, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo, dados obtidos com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor-PEIC, o
número de brasileiros endividados atingiu 74,6%, a maior taxa em 11 anos.
[5: Endividamento bate novo recorde e atinge 74,6% das famílias, aponta CNC. Disponível em: <https
://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/04/endividamento-bate-novo-recorde-e-atinge-746percent-das-
familias-aponta-cnc.ghtml>. Acesso em: 25/11/2021.]
A pesquisa mostrou que 12,2 milhões de famílias têm dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito,
cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e casa. O
cartão de crédito é o principal tipo de dívida, representando 84,9% dos inadimplentes no país.(BACEN)

Esta situação de grande parte dos indivíduos traz a tona questionamentos sobre a necessidade de
alfabetização e educação financeira:

[...] os dados são preocupantes e levam a crer que, a menos que medidas sérias sejam tomadas no
sentido da conscientização e alfabetização financeira da população brasileira, a vulnerabilidade do
consumidor e sua propensão ao endividamento tenderão a crescer mais e mais, podendo levar a graves
consequências, tanto no âmbito pessoal e familiar do cidadão, como também no âmbito da sociedade
como um todo, caso esses fatos realmente desencadeiem uma crise de crédito no país [...] (DONADIO,
2012, p. 85)

Considerando essa problemática, de altas taxas de endividamento provenientes de cartão de crédito, a


pesquisa busca mostrar os caminhos mais viáveis para contornar essa situação, trazendo à tona o
questionamento de ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do cartão de crédito??.
Dessa forma, trata-se de um tema altamente relevante, e que traz dados alarmantes sobre a falta de
educação financeira em nosso país, e as consequências disso.
De forma geral, o impacto da Educação Financeira precisa ser visto como um tema de grande relevância
no futuro das pessoas. (PELICIOLI, 2011, p. 35)

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2.4 EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO QUALIDADE DE VIDA

A educação financeira é fundamental no Brasil contemporâneo, pois impacta de forma direta nas decisões
financeiras e econômicas de pessoas e famílias. (SAVOIA, 2007, p. 1125)
De acordo com Roberts e Jones (2001) apud Donadio (2012, p. 83), o uso do cartão de crédito pode levar
a gastos desnecessários, já que torna as transações financeiras mais fáceis e nos faz esquecer que
estamos gastando dinheiro de verdade
Para Pelicioli (2011, p. 28), o ato de consumir traz prazer ao indivíduo, e ocorre uma identificação entre
esses momentos, restando poucos diálogos racionais neste tipo de consumo.
À medida que mais pessoas têm acesso ao cartão de crédito, especialmente aquelas que antes não
tinham, mudanças de comportamento são observadas. Infelizmente, isso também leva a um aumento no
número de pessoas que não conseguem pagar suas dívidas. (DONADIO, 2012, p. 83)
O aspecto financeiro é fortemente valorizado em uma economia de mercado - vivenciada atualmente em
grande parte do mundo - e nesse sistema, a tendência é o acúmulo de supérfluos. Há a deformação de
valores pessoais e o consumismo é visto como elemento da ?felicidade?. (PELICIOLI, 2011, p. 24)
Em contrapartida, o planejamento financeiro permite consumir mais, e consumir melhor. De acordo com o
BACEN, "Consumir mais por meio da potencialização do dinheiro e melhor via eliminação de desperdícios
.?
De acordo com Donadio (2012, p. 77) o aumento das dívidas dos brasileiros pode ser atribuído à falta de
conhecimento financeiro da maioria da população. Segundo o autor, ?ser financeiramente alfabetizado
significa ser capaz de usar o conhecimento adquirido de forma competente. No entanto, é difícil medir
diretamente a alfabetização financeira [...]?.

Nas palavras de Pelicioli (2011, p. 3), a consciência financeira é uma constante batalha entre desejo e
necessidade. Enquanto há consciência de suas finanças, a necessidade é priorizada, enquanto quando a
educação relacionada às finanças não está presente, prioriza-se o desejo.

A alfabetização financeira traz muitos questionamentos aos indivíduos, como:

qual seu nível de alfabetização financeira; se existe a consciência da proporção que dívidas tomam
quando mal administradas; se há conhecimento das tarifas, taxas e outros custos quanto ao cartão de
crédito; se o uso do cartão ultrapassa o nível de renda, levando o indivíduo a gastar mais do que ganha.
(Donadio, 2012, p. 78)

Para isso, a participação das instituições financeiras é fundamental:

O envolvimento das instituições financeiras no processo de educação financeira deve ser estimulado, de
tal forma que a adotem como parte integrante de suas práticas de relacionamento com seus clientes,
provendo informações financeiras que estimulem a compreensão de suas decisões, principalmente nos
negócios de longo prazo e naqueles que comprometam expressivamente a renda atual e futura de seus
consumidores. A educação financeira deve ser um processo contínuo, acompanhando a evolução dos
mercados e a crescente complexidade das informações que os caracterizam. (SAVOIA, 2007, p. 1129)

A pesquisa evidencia que a conscientização da população faz-se necessária, bem como a educação

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financeira, pois é capaz de dar às pessoas mais conhecimento e instrumentos que mostram todos os
fatores relevantes em uma decisão financeira eficiente. (LUCCI, 2006, p. 5)
Quando você entende mais sobre finanças, pode fazer escolhas de consumo mais conscientes. ?Isso é
bom para você, para a sociedade e para o meio ambiente. Consumo consciente significa levar em conta
não apenas o dinheiro, mas também questões sociais e ambientais ao decidir o que comprar.? (BACEN)
Para Lucci (2006, p. 4), a educação financeira pode afetar muitas áreas da nossa vida. Ela nos ajuda a
tomar decisões mais conscientes e a ter mais bem-estar. Por outro lado, se não aprendemos sobre
finanças, podemos ter problemas com compras, acesso ao crédito e até mesmo na carreira.
Além disso, podemos ter dificuldades em organizar nossas contas e acabar com o nome sujo no SPC ou
SERASA.
Por este motivo, é muito importante tratar da educação financeira dos indivíduos, especialmente em um
mundo onde somos incentivados a comprar coisas que não precisamos. Isso pode nos ajudar a ter uma
vida melhor.

3 CAMINHOS METODOLÓGICOS

Para alcançar os resultados esperados, a pesquisadora realizou uma pesquisa bibliográfica, inicialmente.
De acordo com Mazucato (2018, p. 46) ?nesta modalidade as principais fontes para a realização da
pesquisa são bibliográficas (livros, capítulos de livros, artigos científicos etc.); [...]?
Fonseca (2002, p. 32) afirma que ?a pesquisa bibliográfica é feita a partir de materiais já publicados, como
livros e artigos científicos que podem ser encontrados em bibliotecas.?
Para tornar o trabalho mais completo e com informações reais sobre a situação financeira dos brasileiros,
também foi feita uma pesquisa com documentos, que segundo Mazucato (2018, p. 46) ?esse tipo de
pesquisa é feito a partir de documentos como fonte principal de informação.?
Para Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa documental é feita a partir de muitas fontes diferentes, como
?tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais e até mesmo filmes, fotos e pinturas
,etc.?
Para ter o melhor resultado possível, a pesquisadora usou tanto a pesquisa bibliográfica quanto a
documental. Isso permitiu que ela reunisse conhecimentos teóricos e também informações reais sobre a
situação financeira no Brasil.
A metodologia usada é a indutiva, que permite juntar informações de diferentes fontes para chegar a um
resultado satisfatório sobre um assunto específico. Nas palavras de Mazucato (2018, p. 54):

O método indutivo indica que o caminho que a pesquisa deverá percorrer passará pela seguinte trajetória:
a partir da constatação ou levantamento de informações particulares, a pesquisa buscará chegar a um
conhecimento mais generalizado. A partir da observação de um conjunto razoável de fenômenos
semelhantes, o estudante tentará descobrir uma relação existente entre estes fenômenos e elaborar uma
explicação mais generalizante que abarque todos os fenômenos observados (e, também, que possa ser
aplicada aos fenômenos semelhantes ainda não observados).

A principal ferramenta usada nessa pesquisa é a análise de documentos já existentes para encontrar as
informações necessárias.
De acordo com Barbosa (1999): ?Usar documentos já existentes para fazer uma pesquisa pode

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economizar tempo e dinheiro. Além disso, essas informações são confiáveis e não precisam ser coletadas
de uma maneira específica.?
Muitas vezes, existem informações que não são usadas de maneira eficiente. A pesquisa documental
pode ajudar a explorar essas informações e torná-las relevantes para a área de conhecimento da pesquisa
.

4 A EF NO CONTROLE DO CARTÃO DE CRÉDITO

Neste capítulo, vamos estudar o endividamento causado pelo uso do cartão de crédito. Vamos analisar os
fatores que contribuem para isso, com base em hipóteses levantadas em estudos anteriores.

4.1 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Neste subtítulo, vamos ver alguns fatores que podem levar ao endividamento pelo uso do cartão de crédito
. São oito fatores no total e vamos analisar cada um deles.
4.1.1 Atitude Financeira
Para Ajzen (1991) as atitudes financeiras de uma pessoa são influenciadas por suas crenças econômicas
e não econômicas. Essas crenças podem levar a pessoa a tomar certas decisões financeiras, sendo a
chave do processo de tomada de decisão.
O estudo de Kim e De Vaney (2001) as atitudes de uma pessoa estão relacionadas às suas intenções de
comportamento. Isso significa que a atitude financeira de uma pessoa pode influenciar como ela lida com
suas finanças, incluindo o uso do cartão de crédito. Norvilitis et al. (2006) propõe em seu estudo que
comportamentos menos controlados em relação ao uso de crédito geram maiores riscos de endividamento
.
Montalto et al. (2019) afirma que ensinar sobre finanças nas universidades pode ajudar a melhorar as
atitudes financeiras dos jovens.

4.1.2 Comportamento Financeiro

O comportamento financeiro está diretamente relacionado ao grau de alfabetização financeira. Para Hung
et al. (2009) a alfabetização financeira significa ter conhecimento e habilidade para gerenciar suas
finanças. Isso inclui saber como usar esse conhecimento para tomar boas decisões financeiras. Já para
Criddle (2006) trata-se de dominar alternativas que possibilitem o estabelecimento de metas financeiras.
A alfabetização financeira proporciona tomada de decisão mais assertivas no contexto monetário de suas
vidas (POTRICH et al., 2015). Atkinson e Messy (2012) Ser financeiramente alfabetizado tem muitos
benefícios. Pessoas que entendem de finanças conseguem controlar seus gastos e ter segurança
financeira. Por outro lado, quem não tem conhecimento financeiro pode gastar demais e usar o crédito de
maneira exagerada. Segundo Norvilitis et al. (2006) pessoas não alfabetizadas financeiramente são
incapazes de tomar decisões adequadas quando se trata do uso do dinheiro.
Bartley (2011) e Hung et al. (2009) idade, renda familiar e experiências financeiras podem influenciar
positivamente o comportamento financeiro de uma pessoa. Xiao et al. (2011) indicam que cursos de
educação financeira no ensino médio e faculdade agregavam maior conhecimento subjetivo, embora o não
estivessem associados ao conhecimento objetivo dos alunos.

4.1.3 Comportamento de Uso de Cartão de Crédito

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Trazendo alta conveniência, comodidade e possíveis vantagens em situações de perda ou roubo, o cartão
de crédito foi rapidamente difundido na sociedade (LEE; KWON, 2002). Entretanto, Schor (1998) acredita
que a facilidade de compra e obtenção de crédito que os cartões trazem geram gastos excessivos na
população.

O aumento das dívidas de cartão de crédito entre os jovens tem gerado preocupação sobre a falta de
conhecimento sobre como usar o cartão de maneira responsável (DANES; HIRA, 1987).

Atualmente vive-se em uma sociedade de cartões de crédito, onde jovens crescem usando a ferramenta
fazendo dívidas livremente (RITZER, 1995). Wang e Xiao (2009) associam o uso do cartão de crédito a
gastos compulsivo.
Foi descoberto que existe uma relação entre dívidas de cartão de crédito e a sensação de controle sobre a
vida e autoestima. Muitas vezes, os jovens veem suas dívidas como um investimento no futuro.
(HODSON et al., 2014).
Lea et al. (1995) alertam sobre o crescimento da ?cultura do endividamento?. É amplamente aceito que a
maneira como as pessoas veem as dívidas mudou muito no final do século XX. As pessoas passaram a
ter menos medo de se endividar e a aceitar dívidas causadas pelo consumo (ZUCKEMAN, 2000). Para
Gross e Souleles (2002) um dos motivos para o aumento das dívidas foi o aumento dos limites dos cartões
de crédito.

4.1.4 Compras compulsivas

Para O?Guinn e Faber (1989), compras compulsivas são quando uma pessoa compra de maneira
repetitiva e crônica como uma forma de lidar com sentimentos e situações negativas. Brougham et al.
(2011) descreve o comportamento como a incapacidade de controlar o desejo de compra dos
consumidores compulsivos e McElroy et al (1994) o tema é aprofundado ao abordar a preocupação mal
adaptativa com compras, que leva a impulsos incontroláveis de comprar coisas desnecessárias que muitas
vezes não se encaixam no padrão social do indivíduo. Isso causa angústia e problemas financeiros.
Segundo estudo de Veludo-de-Oliveira et al. (2014) em relação aos jovens brasileiros com
comportamentos compulsivos, concluiu-se que a ansiedade é uma das causas da compra compulsiva,
agravada pelo uso inadequado de cartões de crédito. Roberts e Jones (2001) evidenciam o peso do cartão
de crédito sobre a compra compulsiva e três atitudes sobre uso do dinheiro trabalhadas por Yamauchi e
Templer (1982), poder (prestígio), desconfiança e ansiedade.
Por fim, os mercados capitalistas incentivam as compras compulsórias, levando a um maior endividamento
. Wang e Xiao (2009) afirmam que as compras compulsivas são uma causa de endividamento, enfocando
especificamente o papel dos cartões de crédito no estímulo às compras.

4.1.5 Compras Impulsivas

Valence, D?Astous e Fortier (1988) explicam a distinção entre compra compulsiva e impulsiva, está nos
processos cognitivos que levam a cada tipo de comportamento de compra. Wang e Xiao (2009) a compra
impulsiva é descrita como o ato de ceder a um forte desejo de adquirir um produto imediatamente.

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Comportamentos impulsivos podem afetar o consumo de produtos e, em casos mais extremos, levar a
padrões graves de consumo excessivo e descontrolado (WANSINK, 1994). Segundo Norvilitis et al.
(2006), problemas com falta de controle sobre impulsos tendem a contribuir para o endividamento do
indivíduo.

4.1.6 Materialismo

Rassuli e Hollander (1986) o materialismo é descrito como uma mentalidade focada em adquirir e gastar.
É um valor para o consumidor que se baseia em três componentes: a importância da aquisição, a busca
da felicidade através da aquisição e o sucesso medido pela posse. (RICHINS; DAWSON, 1992).
Richins e Dawson (1992) seu estudo mostrou que pessoas mais materialistas tendem a desejar uma renda
maior e valorizam mais a segurança financeira do que as relações interpessoais. Isso pode resultar em
uma vida menos satisfatória do que a de pessoas menos materialistas. Segundo Fox e Lears (1983) as
pessoas estão constantemente buscando uma vida melhor através do consumo. Há um desejo insaciável
de adquirir cada vez mais bens. Para Drentea e Lavrakas (2000), o aumento do consumo nas últimas
décadas tem levado ao endividamento através do uso do cartão de crédito. Isso mostra uma ligação direta
entre o materialismo e o endividamento do cartão de crédito, causado por uma má gestão e compras
compulsivas.

4.1.7 Percepção de risco

Pigdeon et al. (1992) define percepção de risco a forma como as pessoas pensam e reagem a um
acontecimento ameaçador. Tal reação é baseada em um conjunto de crenças e valores do indivíduo.
Slovic et al. (2004) completa que seres humanos avaliam o risco através de sentimentos intuitivos.
Finucane et al (2000) afirma que o nível de educação e racionalidade de uma pessoa pode influenciar
diretamente sua percepção de risco.
De acordo com uma pesquisa realizada com bolsistas e residentes em um centro médico acadêmico de
duas universidades americanas, concluiu-se que há baixa tolerância ao risco de investimento
acompanhada de baixa alfabetização financeira entre os alunos (AHMAD et al. 2017). A idade dos
bolsistas e residentes pesquisados era entre 28 e 33 anos.
Olivato e Souza (2007) afirmam que aspectos comportamentais associados a percepção de risco do
consumo podem desencadear endividamentos. Já Nelson et al. (2008) aponta que a falta de gestão de
riscos na área financeira pode levar ao endividamento e outros riscos à saúde do indivíduo. Conclui-se,
portanto, que a percepção do risco tem impacto direto na vida pessoal.

4.1.8 Ansiedade

Margis et, al (2013) define a ansiedade como sentimento natural do ser humano em situações de reação a
qualquer perigo percebido. Drentea (2000) relata que dificuldades financeiras causam ansiedade,
principalmente quando há endividamento.
Segundo Heckman et al. (2014) e Ross et al. (1999), pesquisas realizadas em universidades norte-
americanas mostram que aproximadamente 70% dos estudantes universitários estão estressados com
suas finanças pessoais. Aqueles que apresentam maior estresse financeiro têm maior probabilidade de
enfrentar dificuldades acadêmicas e desafios para concluir seus estudos universitários, além de terem seu

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bem-estar afetado (ROBB, 2017). Montalto et al. (2019) conclui que o uso de empréstimos financeiros
influencia o bem-estar de alunos universitários, como ansiedade e autoeficácia.
Percebe-se, segundo proposto por Roberts e Jones (2001), que o dinheiro representa uma linha muito
tênue na vida das pessoas, pois a acumulação de capital é vista como uma forma de proteção contra a
ansiedade, enquanto a falta de capital é vista como uma fonte de ansiedade.
Drentea (2000), o endividamento pode aumentar a ansiedade. Para Roberts e Jones (2001), também
descobriram que a relação entre ansiedade e compras compulsivas é mais forte em pessoas que usam
cartão de crédito.

4.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Embora muitas pessoas falem sobre educação financeira e como é fácil se organizar financeiramente,
nem sempre é tão simples assim. Pode ser difícil para aqueles que não têm familiaridade com conceitos
financeiros. Existem armadilhas que nem sempre são mencionadas, mas superá-las pode realmente
ajudar a colocar as finanças em ordem.
Os próprios bancos, preocupados com o grande número de pessoas endividadas com cartão de crédito,
fornecem orientações sobre como controlar as finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de
crédito. Vejamos.

1- O começo pode ser desconfortável

Preencher uma planilha de gastos pode ser desconfortável e você pode pensar em desistir. Se você já
tentou antes, sabe do que estamos falando. Mas por que é desconfortável? Porque colocar renda e gastos
no papel mostra duas coisas: 1) todos os gastos desnecessários que consomem boa parte da sua renda;
2) e que mudar esse cenário não é fácil.
Quer um exemplo do cotidiano? Você sabe que pegar 10 Ubers por mês pagando R$ 7 vai dar R$ 70 no
final do mês, mas no dia a dia é só mais R$ 7. Quando você descreve o gasto total na planilha, dói no
bolso, pela primeira vez. Você começa a visualizar todos os pequenos gastos diários, que multiplicados,
dão um valor maior. O resultado é: você gastou mais que ganhou.

2- Trabalhoso

Por que aplicar educação financeira na vida pode ser trabalhoso? Porque é preciso ter controle de todos
os gastos e ganhos. Isso significa atualizar o controle financeiro pelo menos uma vez a cada dois dias
para ter certeza de que tudo está registrado.
Precisamos ter uma relação próxima com nosso dinheiro, ou com a falta dele. Sabe o famoso tema do
gasto fixo, gasto variável etc.? Ele é real e precisa ser feito.
Sabe as assinaturas de streaming, música, podcast, cosméticos? Chegou a hora de analisar se elas
realmente valem a pena e cancelar ou suspender se achar que o custo benefício não está compensando.
É importante conhecer e avaliar as contas que estão em débito automático, incluindo os valores e datas de
vencimento. Isso porque o banco não verifica se você tem saldo suficiente ou se vai entrar no cheque
especial com aquele débito, o que pode resultar em cobranças de juros. Isso pode ser evitado se você
tiver saldo em outra conta para pagar a fatura manualmente. Isso nos leva ao próximo ponto.
3- Pode sim atrasar contas

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Se você gastar mais do que ganha, algum boleto ficará sem pagamento. É importante respirar e escolher
quais boletos pagar. Para isso, é preciso saber tudo sobre os gastos e responder a três perguntas: 1).
Quais são as taxas de juros cobradas em caso de atraso?; 2). Quantas contas posso atrasar antes que o
serviço seja suspenso?; 3). Quais desses serviços são essenciais para minha sobrevivência?"
Aprender sobre seus gastos é importante para decidir se deve ou não pagar uma fatura. Além disso,
apenas as contas que não estão em débito automático podem ser adiadas.

Contas de telefone e energia geralmente têm juros mais baixos do que faturas de cartão de crédito, mas o
serviço pode ser suspenso após o atraso de duas faturas e só é religado após o pagamento integral da
dívida, dependendo da cidade onde você mora
4- Respeite seu Limite
Sabe como funciona um cartão de crédito? Com ele é possível fazer compras até o valor total do limite
liberado. Assim como um cartão de crédito, você também tem um limite de gastos. Esse limite é seu
salário.
Se você ganha R$ 2.200 por mês, pode gastar R$ 2.200. Se comprar algo parcelado em três vezes de R$
200, nos próximos três meses, seu limite de gastos será de R$ 2.000. Isso vale para todas as suas
despesas. Uma dica importante é projetar seus gastos futuros para entender como seu limite de gastos
estará nos próximos meses e tomar boas decisões de compras e pagamento de dívidas.
5- Esqueci de preencher a planilha, e agora?
Como o cotidiano é corrido, o esquecimento ocorrerá. Logo, vai acontecer de não fazer nenhuma anotação
na sua planilha de controle. Então a pessoa pode perder os comprovantes ou não lembrar os valores
exatos na hora de atualizar. E aí, o que fazer? Se você não se lembra dos valores exatos, pode 'chutar' os
valores. Algumas dicas são: 1) nos gastos, arredonde para mais. Por exemplo, se o café custou R$ 2 e
você comeu um docinho que não lembra o preço, coloque R$ 6. Assim, você não corre o risco de registrar
menos do que gastou; 2) nos ganhos, arredonde para menos. Se alguém te pagou por um serviço e você
lembra que foram 30 e poucos reais, anote R$ 30. Isso evita registrar um ganho maior do que o real e
evita surpresas ruins como gastar mais do que previsto
E quanto ao controle especificamente do cartão de crédito, talvez haja o seguinte questionamento: ?como
usar o cartão de crédito da forma certa??. Para se conseguir tal feito, segundo a maioria dos educadores
financeiros, faz-se necessário seguir os seguintes passos:
1. Estabelecer um teto para compras
Defina um limite para as compras para manter o controle do cartão de crédito. A recomendação geral é
não comprometer mais do que 30% da renda com a fatura. Se o limite for maior do que esse valor, ajuste-
o para coincidir com a porcentagem. Assim, se você gastar tudo o que pode e tentar extrapolar o limite, o
próprio cartão bloqueará a compra. Pode ser constrangedor se você não perceber que chegou ao limite,
mas suas finanças agradecerão.
2. Usar o pagamento automático de fatura
Muitas pessoas acabam atrasando o pagamento da fatura e pagando juros por esquecer o dia do
vencimento. Isso pode acontecer na correria do dia a dia ou por causa de contratempos. Para evitar isso, é
melhor cadastrar o pagamento da fatura em débito automático. Assim, se houver dinheiro na conta, o
valor será descontado automaticamente no dia do vencimento da fatura.
3. Ter atenção aos parcelamentos
Ter um grande limite no cartão de crédito não significa que você pode parcelar tudo o que quiser. Em vez
disso, tente fazer compras à vista e usar o cartão apenas para compras que não podem ser pagas na hora

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. Mas tenha cuidado com o valor da fatura. Se for necessário parcelar, faça-o em um número maior de
vezes e tenha certeza de que conseguirá pagar em dia. Se o seu cartão permitir e você tiver dinheiro
disponível, pode adiantar alguns pagamentos. Algumas empresas até oferecem descontos nesses casos.
4. Lembrar de que o saldo do cartão é um empréstimo
Lembre-se de que o limite do seu cartão de crédito não é dinheiro seu. É uma quantia emprestada que
você terá que devolver mais tarde. Se ajudar, imagine o cartão de crédito como um personagem a quem
você recorre quando precisa de um empréstimo.
Lembrar disso frequentemente pode ajudá-lo a pensar duas vezes antes de usar o cartão, pois você terá
que devolver o dinheiro e comprometer seu salário nos meses seguintes.
Isso pode significar abrir mão de algo que você quer muito fazer no futuro.
5. Pagar o total da fatura
Se você seguir os passos anteriores, verá que o valor total da fatura será sempre acessível. Seja com
parcelas menores que cabem no seu orçamento ou com contas que você decidiu pagar à vista, isso dará
um alívio no fim do mês. Assim, você evita parcelar ou atrasar pagamentos e deixa de pagar juros altos.
Se a fatura estiver muito alta, pode ser um sinal de que é hora de revisar sua estratégia.
6. Pesquisar os cartões certos para você
Muitos cartões de crédito não cobram anuidade e isentam de várias taxas. Por isso, é importante
pesquisar quais são os mais vantajosos para o seu bolso. Faça um levantamento dos principais cartões
disponíveis e compare benefícios, programas de pontos e taxas cobradas por parcelamento, atraso e
rotativo. Isso pode ajudar a reduzir os gastos mensais e minimizar o impacto caso seja impossível evitar
um atraso.
7. Preferir o débito sempre que possível
Sempre que tiver saldo na conta e o dinheiro não estiver comprometido, prefira pagar as compras no
débito. Lembre-se de que o crédito concedido pelo cartão é um dinheiro que você terá que devolver mais
tarde. Por isso, pode não ser uma boa ideia assumir esse compromisso para o futuro. Se ocorrer algum
imprevisto ao longo do mês e você tiver que pagar no crédito, terá que lidar com uma fatura menor.
O cartão de crédito pode ser um ótimo recurso financeiro se usado de maneira estratégica e não como
desculpa para comprar o que não pode pagar. É preciso ter disciplina e controle financeiro ao usá-lo.
Seguindo o roteiro que vimos até aqui, será cada vez mais fácil se acostumar com o cartão. Com o tempo,
será natural avaliar quando vale a pena comprar no crédito. E não se esqueça de monitorar seus gastos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo demonstrar a importância da educação financeira
para a população e como ela influencia o uso do cartão de crédito e o dia a dia. O estudo mostrou que o
nível de conhecimento dos conceitos financeiros está diretamente relacionado ao nível de educação
financeira. Inicialmente, foi abordada a educação financeira no Brasil e, em seguida, discutido o uso do
cartão de crédito e o endividamento relacionado a ele. Uma pesquisa realizada em 2021 pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostrou uma alta taxa de inadimplência
com cartões de crédito, reforçando a importância da educação financeira. A educação financeira é
fundamental para tomar decisões financeiras e econômicas pessoais e familiares. Este trabalho destaca 8
fatores que contribuem para o endividamento com cartões de crédito e oferece dicas para controlar as
finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de crédito. As informações apresentadas neste artigo
são úteis não apenas em relação ao uso do cartão de crédito, mas também às finanças pessoais em geral.

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Disponível em: <http://portal.inep.gov.br> Acesso em: 01 de maio de 2020.

CAMPOS, Marcelo Bergamini. SILVA, Amarildo Melchiades da. A Produção de Significados de Estudantes
do Ensino Fundamental para Tarefas de Educação Financeira. Perspectivas da Educação matemática, v.
7, n. 14, p. 283-298, 2014.

NEGRI, A. L. L. Educação Financeira para o Ensino Médio da Rede Pública: uma proposta inovadora. 73 f
. Dissertação (Mestrado em educação). Centro Universitário Salesiano de São Paulo: UNISAL, Americana
, 2010.

ORGANIZAÇÃO DE COOPERAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO-OCDE.


Recommendation on Principles and Good Practices for Financial Education and Awareness. OCDE, 2005.
Disponível em: Acesso em: 07 de março de 2019.

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Arquivo 1: TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Arquivo 2: https://www.bv.com.br/bv-inspira/orientacao-financeira/a-importancia-de-saber-mais-sobre-
financas-pessoais (3629 termos)
Termos comuns: 89
Similaridade: 0,90%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.bv.com.br/bv-
inspira/orientacao-financeira/a-importancia-de-saber-mais-sobre-financas-pessoais (3629 termos)

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA: A INFLUÊNCIA NA DECISÃO DE USAR O CARTÃO DE CRÉDITO

Larissa Pires Dos Passos


[1: Acadêmica de matemática da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]
Jefferson Ferreira Mesquita
[2: Professor Mestre e Doutorando em Ciências Exatas da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]

Resumo

Introdução: Tendo em vista que hoje o cartão de crédito é um dos métodos mais utilizado como forma de
pagamento, e, muitas das vezes utilizado de forma incorreta, e irresponsável por parte de alguns
individuos, fez-se necessário abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir
no uso racional do cartão de crédito??. O objetivo Geral da pesquisa é mostrar como a aplicação da
educação financeira é capaz de influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de
crédito. Para tanto foi necessário Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela
impacta a vida dos brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação
Financeira, Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito e de que forma a Educação
Financeira ajuda desenvolver habitos saudaveis relacionados ao cartão de Crédito. A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, a
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base em informações
diversas sobre um determinado assunto. Resultados: os resultados foram divididos em quatro seções. Na
primeira apresenta-se o contexto e as principais observações sobre a educação financeira no Brasil. Na
segunda aborda-se as relações entre o cartão de crédito e o endividamento. Na terceira, a educação
financeira como qualidade de vida e, por fim, na quarta seção os fatores que influenciam no endividamento
no cartão de crédito. Considerações finais: Diante disso, verificou-se que a Educação Financeira contribui
para o controle de gasto com o cartão de crédito, onde foi possível concluir que a educação financeira não
se trata apenas de gestão do dinheiro, mas também de qualidadede vida que pode ser adquirida junto a
hábitos simples como controlar, poupar, investir e fazer escolhas que mantenham a saúde financeira do
individuo.

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Palavras chaves: Educação Financeira, Cartão de Crédito, Endividamento.

INTRODUÇÃO

Entende-se como educação financeira a maneira pela qual o indivíduo busca conhecimento para a gestão
dos seus bens. Essa temática tem sido muito abordada devido a cultura do consumismo, principalmente
influenciada pelos atuais canais de comunicação. Associado a isso, discute-se sobre o endividamento, em
especial relacionando com a facilidade de acesso ao crédito e materialismo no ato das compras de
serviços e produtos (CAMASSO et al., 2018).
A educação financeira envolve conhecimentos e competências que nos ajudam a fazer escolhas
inteligentes a respeito do dinheiro, transações financeiras e consumo. Dentre suas práticas inclui: poder
fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda, adotar ações que melhorem o seu bem-estar,
planejamento financeiro, independência financeira, entre outras (FERREIRA, 2017).
O uso do cartão de crédito faz com que o seu usuário fique suscetível a tomada de decisões, e muitas
delas de forma inadequadas. Dentre as decisões pessoais, a tomada de decisão financeira que tem
recebido mais atenção é o comportamento em relação ao uso do cartão de crédito (HAMID e LOKE,
2021).
Portanto, é importante adquirir conhecimentos relevantes sobre o setor financeiro com o objetivo de
reduzir o risco na escolha de investimentos e produtos financeiros. Além disso, há ampla evidência de que
, quanto maior for o nivel de conhecimento sobre Educação financeira, menor o risco de acúmulo de
dívidas. (LUSARDI e TUFANO, 2015; STNGO e Zinman, 2008).
Visando abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do
cartão de crédito??, este trabalho justifica-se por trata-se de um tema altamente relevante, e que traz
dados alarmantes sobre a falta de educação financeira, e as consequências disso.
A alfabetização financeira também aumenta a conscientização do consumidor sobre questões
Compensações risco-recompensa que permitem aos indivíduos avaliar melhor a tomada de decisões
economicamente (KLAPPER e LUSARDI, 2020).
Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é mostrar como a aplicação da educação financeira é capaz de
influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de crédito. De forma mais específica
, buscou-se Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela impacta a vida dos
brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação Financeira, Entender
como o baixo conhecimento sobre financias está relacionado com o excesso de gasto e endividamento
com o cartão de crédito. Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito.A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, A
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base eminformações
diversas sobre um determinado assunto.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

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Há muita discussão sobre a qualidade do ensino no Brasil. Em um mundo globalizado, é importante que as
pessoas tenham conhecimento e habilidades para lidar com questões do dia a dia, no trabalho, na
economia e em outros aspectos da sociedade. Para isso, é fundamental que as pessoas tenham
habilidades em interpretação de textos e matemática, pois essas áreas estão presentes em nosso
cotidiano.

2.1 A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL


E como está o sistema de ensino brasileiro nesse aspecto? As pessoas estão conseguindo adquirir o
conhecimento mínimo necessário para se adaptar ao mundo tecnológico e dinâmico em que vivemos?
A preocupação com a educação é tão importante que a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) trabalha para promover padrões internacionais para resolver
problemas ou situações nos setores econômico, financeiro, comercial, social e até ambiental. Essa
instituição foi criada em 1948 como Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OECE) e,
devido ao seu sucesso, os Estados Unidos e o Canadá se juntaram às nações que já faziam parte da
OECE. Em 1961, surgiu a OCDE, com sede em Paris, na França.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem dado muita atenção à
educação e, em 1997, desenvolveu o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que visa
avaliar o desempenho dos alunos em três áreas-chave: leitura, matemática e ciências. Desde a primeira
edição, em 2000, o Brasil participa voluntariamente. Os resultados mostram que o Brasil sempre se
classificou pior desde o primeiro teste.
Devido ao baixo desempenho em alguns países, a OCDE cria alternativas para ajudá-los a melhorar o
conhecimento dos alunos. Uma das ações sugeridas é a Educação Financeira, que pode ajudar a
melhorar a interpretação e a matemática.
Até 2010, havia poucas ações voltadas para a Educação Financeira no Brasil. Isso mudou com a criação
da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) com o Decreto 7397/2010, publicado no Diário
Oficial de União de 22 de dezembro de 2010. Desde então, a Educação Financeira começou a ganhar
importância, inclusive nas escolas. O site oficial da ENEF utiliza o seguinte conceito para EF:

Educação Financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua


compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação,
formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem
mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem
informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim,
podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis,
comprometidos com o futuro (OCDE, 2005).
Ainda, tratando de recursos pedagógicos com ênfase voltada para o seu ensino, pode-se dizer que,
Educação Financeira é um processo educativo que, por meio de aplicação de métodos próprios,
desenvolve atividades para auxiliar os consumidores a orçar e gerir a sua renda, a poupar e a investir; são
informações e formações significativas para que um cidadão exerça uma atividade, trabalho, profissão e
lazer, evitando tornarem-se vulneráveis às armadilhas impostas pelo capitalismo (NEGRI, 2010, p.19).

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A EF no Brasil começou a ganhar força com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
em 2017, na qual contempla a EF na Educação Básica.

2.2 CARTÃO DE CRÉDITO

Os cartões de crédito surgiram na década de 1920, quando bares e comércios ofereciam crédito aos
clientes fiéis. Mas, segundo a ABECS (2019) ?(Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços), o
cartão de crédito como conhecemos hoje começou em 1950. Frank MacNamara esqueceu seu talão de
cheques e dinheiro em um jantar com executivos financeiros em Nova York. O dono do restaurante aceitou
que a conta fosse paga no dia seguinte, desde que os convidados assinassem a fatura. Foi aí que Frank
teve a ideia de criar um mecanismo de controle para pagar contas de forma mais concentrada.

Foi assim que surgiu o primeiro cartão de crédito, o "Diners Club Card". Era um cartão de papel aceito em
27 restaurantes nos EUA e usado por 200 pessoas, principalmente amigos de MacNamara. Em 1952, o
cartão ganhou popularidade e passou a ser aceito em vários estabelecimentos.
Conforme argumenta Coelho (2010, p. 518), ?O cartão de crédito, propriamente dito, é o documento pelo
qual o titular prova, perante o fornecedor, a existência do contrato com a instituição financeira emissora?.
O cartão de crédito é fornecido por uma instituição financeira - IF. O cliente assina um contrato que
estabelece os termos de uso, taxas e juros. Hoje em dia, as instituições financeiras oferecem cartões de
débito e crédito com bandeiras nacionais e internacionais, permitindo movimentações dentro e fora do país
.
Cartões de crédito e débito oferecem facilidades como saques e pagamentos à vista ou parcelados. Com o
cartão de crédito, o consumidor pode escolher pagar o mínimo ou o total da fatura. A fatura é fechada em
um dia acordado com a instituição financeira. Compras feitas após o fechamento da fatura são cobradas
no próximo mês. Se o cliente pagar apenas o mínimo, a próxima fatura incluirá juros e taxas, o que pode
levar ao endividamento.

Para usar um cartão de débito, é preciso ter dinheiro na conta. Algumas instituições financeiras oferecem
cheque especial, que funciona como um empréstimo para situações urgentes, mas cobra juros. Já o cartão
de crédito tem um limite de crédito definido pela instituição financeira. A cada compra, o limite diminui e só
é liberado novamente quando a fatura é paga. Se o limite for atingido, compras futuras são negadas.

2.3 ENDIVIDAMENTO COM CARTÃO DE CRÉDITO

No mercado financeiro hoje, percebe-se um aumento e facilidade dos consumidores em ter acesso ao
crédito. Seja a partir de bancos ou fintechs, aumentar o poder de compra se tornou uma coisa simples, e
com menos burocracia que há algum tempo atrás.
Com o avanço da tecnologia, os bancos conseguem cruzar dados com o Banco Central e a Receita
Federal para facilitar a aquisição de cartões de crédito, empréstimos e outros serviços financeiros. Muitas
pessoas são atraídas pela facilidade e comodidade que os cartões de crédito oferecem.
[3: Dados abertos. Banco Central do Brasil. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao
/dadosabertos>. Acesso em: 23/11/2021.]
Consequentemente, as pessoas tendem a se tornarem mais consumistas, seja no mercado digital ou físico

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. No entanto, esse consumo em excesso acaba comprometendo a integralidade de seus rendimentos e a


saúde financeira da pessoa.
O cartão de crédito pode ser um grande aliado quando usado de forma responsável e inteligente. Com
planejamento adequado, ele pode ajudar em situações de emergência ou na compra de itens de alto valor.
Infelizmente, nem todos usam o cartão de crédito de forma responsável, o que pode levar a atrasos no
pagamento e endividamento. Por isso, é importante falar sobre o uso consciente do cartão de crédito para
evitar problemas financeiros.

E o consumo consciente está diretamente relacionado com a educação financeira. Nos dias atuais, com o
alto índice de endividamento, que atinge quase 75% das famílias brasileiras, esse tema necessita ganhar
mais relevância para mudar essa realidade.
[4: Com 74,6%, o endividamento dos brasileiros alcança o maior percentual em 11 anos. Disponível em:
<https://www.cut.org.br/noticias/com-74-6-endividamento-dos-brasileiros-alcanca-o-maior-percentual-em-
11-anos-e59b>. Acesso em: 20/11/2021.]
De acordo com pesquisa realizada em 2021, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo, dados obtidos com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor-PEIC, o
número de brasileiros endividados atingiu 74,6%, a maior taxa em 11 anos.
[5: Endividamento bate novo recorde e atinge 74,6% das famílias, aponta CNC. Disponível em: <https
://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/04/endividamento-bate-novo-recorde-e-atinge-746percent-das-
familias-aponta-cnc.ghtml>. Acesso em: 25/11/2021.]
A pesquisa mostrou que 12,2 milhões de famílias têm dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito,
cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e casa. O
cartão de crédito é o principal tipo de dívida, representando 84,9% dos inadimplentes no país.(BACEN)

Esta situação de grande parte dos indivíduos traz a tona questionamentos sobre a necessidade de
alfabetização e educação financeira:

[...] os dados são preocupantes e levam a crer que, a menos que medidas sérias sejam tomadas no
sentido da conscientização e alfabetização financeira da população brasileira, a vulnerabilidade do
consumidor e sua propensão ao endividamento tenderão a crescer mais e mais, podendo levar a graves
consequências, tanto no âmbito pessoal e familiar do cidadão, como também no âmbito da sociedade
como um todo, caso esses fatos realmente desencadeiem uma crise de crédito no país [...] (DONADIO,
2012, p. 85)

Considerando essa problemática, de altas taxas de endividamento provenientes de cartão de crédito, a


pesquisa busca mostrar os caminhos mais viáveis para contornar essa situação, trazendo à tona o
questionamento de ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do cartão de crédito??.
Dessa forma, trata-se de um tema altamente relevante, e que traz dados alarmantes sobre a falta de
educação financeira em nosso país, e as consequências disso.
De forma geral, o impacto da Educação Financeira precisa ser visto como um tema de grande relevância
no futuro das pessoas. (PELICIOLI, 2011, p. 35)

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2.4 EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO QUALIDADE DE VIDA

A educação financeira é fundamental no Brasil contemporâneo, pois impacta de forma direta nas decisões
financeiras e econômicas de pessoas e famílias. (SAVOIA, 2007, p. 1125)
De acordo com Roberts e Jones (2001) apud Donadio (2012, p. 83), o uso do cartão de crédito pode levar
a gastos desnecessários, já que torna as transações financeiras mais fáceis e nos faz esquecer que
estamos gastando dinheiro de verdade
Para Pelicioli (2011, p. 28), o ato de consumir traz prazer ao indivíduo, e ocorre uma identificação entre
esses momentos, restando poucos diálogos racionais neste tipo de consumo.
À medida que mais pessoas têm acesso ao cartão de crédito, especialmente aquelas que antes não
tinham, mudanças de comportamento são observadas. Infelizmente, isso também leva a um aumento no
número de pessoas que não conseguem pagar suas dívidas. (DONADIO, 2012, p. 83)
O aspecto financeiro é fortemente valorizado em uma economia de mercado - vivenciada atualmente em
grande parte do mundo - e nesse sistema, a tendência é o acúmulo de supérfluos. Há a deformação de
valores pessoais e o consumismo é visto como elemento da ?felicidade?. (PELICIOLI, 2011, p. 24)
Em contrapartida, o planejamento financeiro permite consumir mais, e consumir melhor. De acordo com o
BACEN, "Consumir mais por meio da potencialização do dinheiro e melhor via eliminação de desperdícios
.?
De acordo com Donadio (2012, p. 77) o aumento das dívidas dos brasileiros pode ser atribuído à falta de
conhecimento financeiro da maioria da população. Segundo o autor, ?ser financeiramente alfabetizado
significa ser capaz de usar o conhecimento adquirido de forma competente. No entanto, é difícil medir
diretamente a alfabetização financeira [...]?.

Nas palavras de Pelicioli (2011, p. 3), a consciência financeira é uma constante batalha entre desejo e
necessidade. Enquanto há consciência de suas finanças, a necessidade é priorizada, enquanto quando a
educação relacionada às finanças não está presente, prioriza-se o desejo.

A alfabetização financeira traz muitos questionamentos aos indivíduos, como:

qual seu nível de alfabetização financeira; se existe a consciência da proporção que dívidas tomam
quando mal administradas; se há conhecimento das tarifas, taxas e outros custos quanto ao cartão de
crédito; se o uso do cartão ultrapassa o nível de renda, levando o indivíduo a gastar mais do que ganha.
(Donadio, 2012, p. 78)

Para isso, a participação das instituições financeiras é fundamental:

O envolvimento das instituições financeiras no processo de educação financeira deve ser estimulado, de
tal forma que a adotem como parte integrante de suas práticas de relacionamento com seus clientes,
provendo informações financeiras que estimulem a compreensão de suas decisões, principalmente nos
negócios de longo prazo e naqueles que comprometam expressivamente a renda atual e futura de seus
consumidores. A educação financeira deve ser um processo contínuo, acompanhando a evolução dos
mercados e a crescente complexidade das informações que os caracterizam. (SAVOIA, 2007, p. 1129)

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A pesquisa evidencia que a conscientização da população faz-se necessária, bem como a educação
financeira, pois é capaz de dar às pessoas mais conhecimento e instrumentos que mostram todos os
fatores relevantes em uma decisão financeira eficiente. (LUCCI, 2006, p. 5)
Quando você entende mais sobre finanças, pode fazer escolhas de consumo mais conscientes. ?Isso é
bom para você, para a sociedade e para o meio ambiente. Consumo consciente significa levar em conta
não apenas o dinheiro, mas também questões sociais e ambientais ao decidir o que comprar.? (BACEN)
Para Lucci (2006, p. 4), a educação financeira pode afetar muitas áreas da nossa vida. Ela nos ajuda a
tomar decisões mais conscientes e a ter mais bem-estar. Por outro lado, se não aprendemos sobre
finanças, podemos ter problemas com compras, acesso ao crédito e até mesmo na carreira.
Além disso, podemos ter dificuldades em organizar nossas contas e acabar com o nome sujo no SPC ou
SERASA.
Por este motivo, é muito importante tratar da educação financeira dos indivíduos, especialmente em um
mundo onde somos incentivados a comprar coisas que não precisamos. Isso pode nos ajudar a ter uma
vida melhor.

3 CAMINHOS METODOLÓGICOS

Para alcançar os resultados esperados, a pesquisadora realizou uma pesquisa bibliográfica, inicialmente.
De acordo com Mazucato (2018, p. 46) ?nesta modalidade as principais fontes para a realização da
pesquisa são bibliográficas (livros, capítulos de livros, artigos científicos etc.); [...]?
Fonseca (2002, p. 32) afirma que ?a pesquisa bibliográfica é feita a partir de materiais já publicados, como
livros e artigos científicos que podem ser encontrados em bibliotecas.?
Para tornar o trabalho mais completo e com informações reais sobre a situação financeira dos brasileiros,
também foi feita uma pesquisa com documentos, que segundo Mazucato (2018, p. 46) ?esse tipo de
pesquisa é feito a partir de documentos como fonte principal de informação.?
Para Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa documental é feita a partir de muitas fontes diferentes, como
?tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais e até mesmo filmes, fotos e pinturas
,etc.?
Para ter o melhor resultado possível, a pesquisadora usou tanto a pesquisa bibliográfica quanto a
documental. Isso permitiu que ela reunisse conhecimentos teóricos e também informações reais sobre a
situação financeira no Brasil.
A metodologia usada é a indutiva, que permite juntar informações de diferentes fontes para chegar a um
resultado satisfatório sobre um assunto específico. Nas palavras de Mazucato (2018, p. 54):

O método indutivo indica que o caminho que a pesquisa deverá percorrer passará pela seguinte trajetória:
a partir da constatação ou levantamento de informações particulares, a pesquisa buscará chegar a um
conhecimento mais generalizado. A partir da observação de um conjunto razoável de fenômenos
semelhantes, o estudante tentará descobrir uma relação existente entre estes fenômenos e elaborar uma
explicação mais generalizante que abarque todos os fenômenos observados (e, também, que possa ser
aplicada aos fenômenos semelhantes ainda não observados).

A principal ferramenta usada nessa pesquisa é a análise de documentos já existentes para encontrar as
informações necessárias.

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De acordo com Barbosa (1999): ?Usar documentos já existentes para fazer uma pesquisa pode
economizar tempo e dinheiro. Além disso, essas informações são confiáveis e não precisam ser coletadas
de uma maneira específica.?
Muitas vezes, existem informações que não são usadas de maneira eficiente. A pesquisa documental
pode ajudar a explorar essas informações e torná-las relevantes para a área de conhecimento da pesquisa
.

4 A EF NO CONTROLE DO CARTÃO DE CRÉDITO

Neste capítulo, vamos estudar o endividamento causado pelo uso do cartão de crédito. Vamos analisar os
fatores que contribuem para isso, com base em hipóteses levantadas em estudos anteriores.

4.1 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Neste subtítulo, vamos ver alguns fatores que podem levar ao endividamento pelo uso do cartão de crédito
. São oito fatores no total e vamos analisar cada um deles.
4.1.1 Atitude Financeira
Para Ajzen (1991) as atitudes financeiras de uma pessoa são influenciadas por suas crenças econômicas
e não econômicas. Essas crenças podem levar a pessoa a tomar certas decisões financeiras, sendo a
chave do processo de tomada de decisão.
O estudo de Kim e De Vaney (2001) as atitudes de uma pessoa estão relacionadas às suas intenções de
comportamento. Isso significa que a atitude financeira de uma pessoa pode influenciar como ela lida com
suas finanças, incluindo o uso do cartão de crédito. Norvilitis et al. (2006) propõe em seu estudo que
comportamentos menos controlados em relação ao uso de crédito geram maiores riscos de endividamento
.
Montalto et al. (2019) afirma que ensinar sobre finanças nas universidades pode ajudar a melhorar as
atitudes financeiras dos jovens.

4.1.2 Comportamento Financeiro

O comportamento financeiro está diretamente relacionado ao grau de alfabetização financeira. Para Hung
et al. (2009) a alfabetização financeira significa ter conhecimento e habilidade para gerenciar suas
finanças. Isso inclui saber como usar esse conhecimento para tomar boas decisões financeiras. Já para
Criddle (2006) trata-se de dominar alternativas que possibilitem o estabelecimento de metas financeiras.
A alfabetização financeira proporciona tomada de decisão mais assertivas no contexto monetário de suas
vidas (POTRICH et al., 2015). Atkinson e Messy (2012) Ser financeiramente alfabetizado tem muitos
benefícios. Pessoas que entendem de finanças conseguem controlar seus gastos e ter segurança
financeira. Por outro lado, quem não tem conhecimento financeiro pode gastar demais e usar o crédito de
maneira exagerada. Segundo Norvilitis et al. (2006) pessoas não alfabetizadas financeiramente são
incapazes de tomar decisões adequadas quando se trata do uso do dinheiro.
Bartley (2011) e Hung et al. (2009) idade, renda familiar e experiências financeiras podem influenciar
positivamente o comportamento financeiro de uma pessoa. Xiao et al. (2011) indicam que cursos de
educação financeira no ensino médio e faculdade agregavam maior conhecimento subjetivo, embora o não
estivessem associados ao conhecimento objetivo dos alunos.

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4.1.3 Comportamento de Uso de Cartão de Crédito

Trazendo alta conveniência, comodidade e possíveis vantagens em situações de perda ou roubo, o cartão
de crédito foi rapidamente difundido na sociedade (LEE; KWON, 2002). Entretanto, Schor (1998) acredita
que a facilidade de compra e obtenção de crédito que os cartões trazem geram gastos excessivos na
população.

O aumento das dívidas de cartão de crédito entre os jovens tem gerado preocupação sobre a falta de
conhecimento sobre como usar o cartão de maneira responsável (DANES; HIRA, 1987).

Atualmente vive-se em uma sociedade de cartões de crédito, onde jovens crescem usando a ferramenta
fazendo dívidas livremente (RITZER, 1995). Wang e Xiao (2009) associam o uso do cartão de crédito a
gastos compulsivo.
Foi descoberto que existe uma relação entre dívidas de cartão de crédito e a sensação de controle sobre a
vida e autoestima. Muitas vezes, os jovens veem suas dívidas como um investimento no futuro.
(HODSON et al., 2014).
Lea et al. (1995) alertam sobre o crescimento da ?cultura do endividamento?. É amplamente aceito que a
maneira como as pessoas veem as dívidas mudou muito no final do século XX. As pessoas passaram a
ter menos medo de se endividar e a aceitar dívidas causadas pelo consumo (ZUCKEMAN, 2000). Para
Gross e Souleles (2002) um dos motivos para o aumento das dívidas foi o aumento dos limites dos cartões
de crédito.

4.1.4 Compras compulsivas

Para O?Guinn e Faber (1989), compras compulsivas são quando uma pessoa compra de maneira
repetitiva e crônica como uma forma de lidar com sentimentos e situações negativas. Brougham et al.
(2011) descreve o comportamento como a incapacidade de controlar o desejo de compra dos
consumidores compulsivos e McElroy et al (1994) o tema é aprofundado ao abordar a preocupação mal
adaptativa com compras, que leva a impulsos incontroláveis de comprar coisas desnecessárias que muitas
vezes não se encaixam no padrão social do indivíduo. Isso causa angústia e problemas financeiros.
Segundo estudo de Veludo-de-Oliveira et al. (2014) em relação aos jovens brasileiros com
comportamentos compulsivos, concluiu-se que a ansiedade é uma das causas da compra compulsiva,
agravada pelo uso inadequado de cartões de crédito. Roberts e Jones (2001) evidenciam o peso do cartão
de crédito sobre a compra compulsiva e três atitudes sobre uso do dinheiro trabalhadas por Yamauchi e
Templer (1982), poder (prestígio), desconfiança e ansiedade.
Por fim, os mercados capitalistas incentivam as compras compulsórias, levando a um maior endividamento
. Wang e Xiao (2009) afirmam que as compras compulsivas são uma causa de endividamento, enfocando
especificamente o papel dos cartões de crédito no estímulo às compras.

4.1.5 Compras Impulsivas

Valence, D?Astous e Fortier (1988) explicam a distinção entre compra compulsiva e impulsiva, está nos
processos cognitivos que levam a cada tipo de comportamento de compra. Wang e Xiao (2009) a compra

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impulsiva é descrita como o ato de ceder a um forte desejo de adquirir um produto imediatamente.
Comportamentos impulsivos podem afetar o consumo de produtos e, em casos mais extremos, levar a
padrões graves de consumo excessivo e descontrolado (WANSINK, 1994). Segundo Norvilitis et al.
(2006), problemas com falta de controle sobre impulsos tendem a contribuir para o endividamento do
indivíduo.

4.1.6 Materialismo

Rassuli e Hollander (1986) o materialismo é descrito como uma mentalidade focada em adquirir e gastar.
É um valor para o consumidor que se baseia em três componentes: a importância da aquisição, a busca
da felicidade através da aquisição e o sucesso medido pela posse. (RICHINS; DAWSON, 1992).
Richins e Dawson (1992) seu estudo mostrou que pessoas mais materialistas tendem a desejar uma renda
maior e valorizam mais a segurança financeira do que as relações interpessoais. Isso pode resultar em
uma vida menos satisfatória do que a de pessoas menos materialistas. Segundo Fox e Lears (1983) as
pessoas estão constantemente buscando uma vida melhor através do consumo. Há um desejo insaciável
de adquirir cada vez mais bens. Para Drentea e Lavrakas (2000), o aumento do consumo nas últimas
décadas tem levado ao endividamento através do uso do cartão de crédito. Isso mostra uma ligação direta
entre o materialismo e o endividamento do cartão de crédito, causado por uma má gestão e compras
compulsivas.

4.1.7 Percepção de risco

Pigdeon et al. (1992) define percepção de risco a forma como as pessoas pensam e reagem a um
acontecimento ameaçador. Tal reação é baseada em um conjunto de crenças e valores do indivíduo.
Slovic et al. (2004) completa que seres humanos avaliam o risco através de sentimentos intuitivos.
Finucane et al (2000) afirma que o nível de educação e racionalidade de uma pessoa pode influenciar
diretamente sua percepção de risco.
De acordo com uma pesquisa realizada com bolsistas e residentes em um centro médico acadêmico de
duas universidades americanas, concluiu-se que há baixa tolerância ao risco de investimento
acompanhada de baixa alfabetização financeira entre os alunos (AHMAD et al. 2017). A idade dos
bolsistas e residentes pesquisados era entre 28 e 33 anos.
Olivato e Souza (2007) afirmam que aspectos comportamentais associados a percepção de risco do
consumo podem desencadear endividamentos. Já Nelson et al. (2008) aponta que a falta de gestão de
riscos na área financeira pode levar ao endividamento e outros riscos à saúde do indivíduo. Conclui-se,
portanto, que a percepção do risco tem impacto direto na vida pessoal.

4.1.8 Ansiedade

Margis et, al (2013) define a ansiedade como sentimento natural do ser humano em situações de reação a
qualquer perigo percebido. Drentea (2000) relata que dificuldades financeiras causam ansiedade,
principalmente quando há endividamento.
Segundo Heckman et al. (2014) e Ross et al. (1999), pesquisas realizadas em universidades norte-
americanas mostram que aproximadamente 70% dos estudantes universitários estão estressados com
suas finanças pessoais. Aqueles que apresentam maior estresse financeiro têm maior probabilidade de

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enfrentar dificuldades acadêmicas e desafios para concluir seus estudos universitários, além de terem seu
bem-estar afetado (ROBB, 2017). Montalto et al. (2019) conclui que o uso de empréstimos financeiros
influencia o bem-estar de alunos universitários, como ansiedade e autoeficácia.
Percebe-se, segundo proposto por Roberts e Jones (2001), que o dinheiro representa uma linha muito
tênue na vida das pessoas, pois a acumulação de capital é vista como uma forma de proteção contra a
ansiedade, enquanto a falta de capital é vista como uma fonte de ansiedade.
Drentea (2000), o endividamento pode aumentar a ansiedade. Para Roberts e Jones (2001), também
descobriram que a relação entre ansiedade e compras compulsivas é mais forte em pessoas que usam
cartão de crédito.

4.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Embora muitas pessoas falem sobre educação financeira e como é fácil se organizar financeiramente,
nem sempre é tão simples assim. Pode ser difícil para aqueles que não têm familiaridade com conceitos
financeiros. Existem armadilhas que nem sempre são mencionadas, mas superá-las pode realmente
ajudar a colocar as finanças em ordem.
Os próprios bancos, preocupados com o grande número de pessoas endividadas com cartão de crédito,
fornecem orientações sobre como controlar as finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de
crédito. Vejamos.

1- O começo pode ser desconfortável

Preencher uma planilha de gastos pode ser desconfortável e você pode pensar em desistir. Se você já
tentou antes, sabe do que estamos falando. Mas por que é desconfortável? Porque colocar renda e gastos
no papel mostra duas coisas: 1) todos os gastos desnecessários que consomem boa parte da sua renda;
2) e que mudar esse cenário não é fácil.
Quer um exemplo do cotidiano? Você sabe que pegar 10 Ubers por mês pagando R$ 7 vai dar R$ 70 no
final do mês, mas no dia a dia é só mais R$ 7. Quando você descreve o gasto total na planilha, dói no
bolso, pela primeira vez. Você começa a visualizar todos os pequenos gastos diários, que multiplicados,
dão um valor maior. O resultado é: você gastou mais que ganhou.

2- Trabalhoso

Por que aplicar educação financeira na vida pode ser trabalhoso? Porque é preciso ter controle de todos
os gastos e ganhos. Isso significa atualizar o controle financeiro pelo menos uma vez a cada dois dias
para ter certeza de que tudo está registrado.
Precisamos ter uma relação próxima com nosso dinheiro, ou com a falta dele. Sabe o famoso tema do
gasto fixo, gasto variável etc.? Ele é real e precisa ser feito.
Sabe as assinaturas de streaming, música, podcast, cosméticos? Chegou a hora de analisar se elas
realmente valem a pena e cancelar ou suspender se achar que o custo benefício não está compensando.
É importante conhecer e avaliar as contas que estão em débito automático, incluindo os valores e datas de
vencimento. Isso porque o banco não verifica se você tem saldo suficiente ou se vai entrar no cheque
especial com aquele débito, o que pode resultar em cobranças de juros. Isso pode ser evitado se você
tiver saldo em outra conta para pagar a fatura manualmente. Isso nos leva ao próximo ponto.

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3- Pode sim atrasar contas


Se você gastar mais do que ganha, algum boleto ficará sem pagamento. É importante respirar e escolher
quais boletos pagar. Para isso, é preciso saber tudo sobre os gastos e responder a três perguntas: 1).
Quais são as taxas de juros cobradas em caso de atraso?; 2). Quantas contas posso atrasar antes que o
serviço seja suspenso?; 3). Quais desses serviços são essenciais para minha sobrevivência?"
Aprender sobre seus gastos é importante para decidir se deve ou não pagar uma fatura. Além disso,
apenas as contas que não estão em débito automático podem ser adiadas.

Contas de telefone e energia geralmente têm juros mais baixos do que faturas de cartão de crédito, mas o
serviço pode ser suspenso após o atraso de duas faturas e só é religado após o pagamento integral da
dívida, dependendo da cidade onde você mora
4- Respeite seu Limite
Sabe como funciona um cartão de crédito? Com ele é possível fazer compras até o valor total do limite
liberado. Assim como um cartão de crédito, você também tem um limite de gastos. Esse limite é seu
salário.
Se você ganha R$ 2.200 por mês, pode gastar R$ 2.200. Se comprar algo parcelado em três vezes de R$
200, nos próximos três meses, seu limite de gastos será de R$ 2.000. Isso vale para todas as suas
despesas. Uma dica importante é projetar seus gastos futuros para entender como seu limite de gastos
estará nos próximos meses e tomar boas decisões de compras e pagamento de dívidas.
5- Esqueci de preencher a planilha, e agora?
Como o cotidiano é corrido, o esquecimento ocorrerá. Logo, vai acontecer de não fazer nenhuma anotação
na sua planilha de controle. Então a pessoa pode perder os comprovantes ou não lembrar os valores
exatos na hora de atualizar. E aí, o que fazer? Se você não se lembra dos valores exatos, pode 'chutar' os
valores. Algumas dicas são: 1) nos gastos, arredonde para mais. Por exemplo, se o café custou R$ 2 e
você comeu um docinho que não lembra o preço, coloque R$ 6. Assim, você não corre o risco de registrar
menos do que gastou; 2) nos ganhos, arredonde para menos. Se alguém te pagou por um serviço e você
lembra que foram 30 e poucos reais, anote R$ 30. Isso evita registrar um ganho maior do que o real e
evita surpresas ruins como gastar mais do que previsto
E quanto ao controle especificamente do cartão de crédito, talvez haja o seguinte questionamento: ?como
usar o cartão de crédito da forma certa??. Para se conseguir tal feito, segundo a maioria dos educadores
financeiros, faz-se necessário seguir os seguintes passos:
1. Estabelecer um teto para compras
Defina um limite para as compras para manter o controle do cartão de crédito. A recomendação geral é
não comprometer mais do que 30% da renda com a fatura. Se o limite for maior do que esse valor, ajuste-
o para coincidir com a porcentagem. Assim, se você gastar tudo o que pode e tentar extrapolar o limite, o
próprio cartão bloqueará a compra. Pode ser constrangedor se você não perceber que chegou ao limite,
mas suas finanças agradecerão.
2. Usar o pagamento automático de fatura
Muitas pessoas acabam atrasando o pagamento da fatura e pagando juros por esquecer o dia do
vencimento. Isso pode acontecer na correria do dia a dia ou por causa de contratempos. Para evitar isso, é
melhor cadastrar o pagamento da fatura em débito automático. Assim, se houver dinheiro na conta, o
valor será descontado automaticamente no dia do vencimento da fatura.
3. Ter atenção aos parcelamentos
Ter um grande limite no cartão de crédito não significa que você pode parcelar tudo o que quiser. Em vez

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disso, tente fazer compras à vista e usar o cartão apenas para compras que não podem ser pagas na hora
. Mas tenha cuidado com o valor da fatura. Se for necessário parcelar, faça-o em um número maior de
vezes e tenha certeza de que conseguirá pagar em dia. Se o seu cartão permitir e você tiver dinheiro
disponível, pode adiantar alguns pagamentos. Algumas empresas até oferecem descontos nesses casos.
4. Lembrar de que o saldo do cartão é um empréstimo
Lembre-se de que o limite do seu cartão de crédito não é dinheiro seu. É uma quantia emprestada que
você terá que devolver mais tarde. Se ajudar, imagine o cartão de crédito como um personagem a quem
você recorre quando precisa de um empréstimo.
Lembrar disso frequentemente pode ajudá-lo a pensar duas vezes antes de usar o cartão, pois você terá
que devolver o dinheiro e comprometer seu salário nos meses seguintes.
Isso pode significar abrir mão de algo que você quer muito fazer no futuro.
5. Pagar o total da fatura
Se você seguir os passos anteriores, verá que o valor total da fatura será sempre acessível. Seja com
parcelas menores que cabem no seu orçamento ou com contas que você decidiu pagar à vista, isso dará
um alívio no fim do mês. Assim, você evita parcelar ou atrasar pagamentos e deixa de pagar juros altos.
Se a fatura estiver muito alta, pode ser um sinal de que é hora de revisar sua estratégia.
6. Pesquisar os cartões certos para você
Muitos cartões de crédito não cobram anuidade e isentam de várias taxas. Por isso, é importante
pesquisar quais são os mais vantajosos para o seu bolso. Faça um levantamento dos principais cartões
disponíveis e compare benefícios, programas de pontos e taxas cobradas por parcelamento, atraso e
rotativo. Isso pode ajudar a reduzir os gastos mensais e minimizar o impacto caso seja impossível evitar
um atraso.
7. Preferir o débito sempre que possível
Sempre que tiver saldo na conta e o dinheiro não estiver comprometido, prefira pagar as compras no
débito. Lembre-se de que o crédito concedido pelo cartão é um dinheiro que você terá que devolver mais
tarde. Por isso, pode não ser uma boa ideia assumir esse compromisso para o futuro. Se ocorrer algum
imprevisto ao longo do mês e você tiver que pagar no crédito, terá que lidar com uma fatura menor.
O cartão de crédito pode ser um ótimo recurso financeiro se usado de maneira estratégica e não como
desculpa para comprar o que não pode pagar. É preciso ter disciplina e controle financeiro ao usá-lo.
Seguindo o roteiro que vimos até aqui, será cada vez mais fácil se acostumar com o cartão. Com o tempo,
será natural avaliar quando vale a pena comprar no crédito. E não se esqueça de monitorar seus gastos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo demonstrar a importância da educação financeira
para a população e como ela influencia o uso do cartão de crédito e o dia a dia. O estudo mostrou que o
nível de conhecimento dos conceitos financeiros está diretamente relacionado ao nível de educação
financeira. Inicialmente, foi abordada a educação financeira no Brasil e, em seguida, discutido o uso do
cartão de crédito e o endividamento relacionado a ele. Uma pesquisa realizada em 2021 pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostrou uma alta taxa de inadimplência
com cartões de crédito, reforçando a importância da educação financeira. A educação financeira é
fundamental para tomar decisões financeiras e econômicas pessoais e familiares. Este trabalho destaca 8
fatores que contribuem para o endividamento com cartões de crédito e oferece dicas para controlar as
finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de crédito. As informações apresentadas neste artigo

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são úteis não apenas em relação ao uso do cartão de crédito, mas também às finanças pessoais em geral.

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Arquivo 1: TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Arquivo 2: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/ocde.htm (2339 termos)
Termos comuns: 65
Similaridade: 0,76%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/ocde.htm (2339 termos)

=================================================================================
EDUCAÇÃO FINANCEIRA: A INFLUÊNCIA NA DECISÃO DE USAR O CARTÃO DE CRÉDITO

Larissa Pires Dos Passos


[1: Acadêmica de matemática da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]
Jefferson Ferreira Mesquita
[2: Professor Mestre e Doutorando em Ciências Exatas da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]

Resumo

Introdução: Tendo em vista que hoje o cartão de crédito é um dos métodos mais utilizado como forma de
pagamento, e, muitas das vezes utilizado de forma incorreta, e irresponsável por parte de alguns
individuos, fez-se necessário abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir
no uso racional do cartão de crédito??. O objetivo Geral da pesquisa é mostrar como a aplicação da
educação financeira é capaz de influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de
crédito. Para tanto foi necessário Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela
impacta a vida dos brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação
Financeira, Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito e de que forma a Educação
Financeira ajuda desenvolver habitos saudaveis relacionados ao cartão de Crédito. A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, a
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base em informações
diversas sobre um determinado assunto. Resultados: os resultados foram divididos em quatro seções. Na
primeira apresenta-se o contexto e as principais observações sobre a educação financeira no Brasil. Na
segunda aborda-se as relações entre o cartão de crédito e o endividamento. Na terceira, a educação
financeira como qualidade de vida e, por fim, na quarta seção os fatores que influenciam no endividamento
no cartão de crédito. Considerações finais: Diante disso, verificou-se que a Educação Financeira contribui
para o controle de gasto com o cartão de crédito, onde foi possível concluir que a educação financeira não
se trata apenas de gestão do dinheiro, mas também de qualidadede vida que pode ser adquirida junto a
hábitos simples como controlar, poupar, investir e fazer escolhas que mantenham a saúde financeira do
individuo.

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Palavras chaves: Educação Financeira, Cartão de Crédito, Endividamento.

INTRODUÇÃO

Entende-se como educação financeira a maneira pela qual o indivíduo busca conhecimento para a gestão
dos seus bens. Essa temática tem sido muito abordada devido a cultura do consumismo, principalmente
influenciada pelos atuais canais de comunicação. Associado a isso, discute-se sobre o endividamento, em
especial relacionando com a facilidade de acesso ao crédito e materialismo no ato das compras de
serviços e produtos (CAMASSO et al., 2018).
A educação financeira envolve conhecimentos e competências que nos ajudam a fazer escolhas
inteligentes a respeito do dinheiro, transações financeiras e consumo. Dentre suas práticas inclui: poder
fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda, adotar ações que melhorem o seu bem-estar,
planejamento financeiro, independência financeira, entre outras (FERREIRA, 2017).
O uso do cartão de crédito faz com que o seu usuário fique suscetível a tomada de decisões, e muitas
delas de forma inadequadas. Dentre as decisões pessoais, a tomada de decisão financeira que tem
recebido mais atenção é o comportamento em relação ao uso do cartão de crédito (HAMID e LOKE,
2021).
Portanto, é importante adquirir conhecimentos relevantes sobre o setor financeiro com o objetivo de
reduzir o risco na escolha de investimentos e produtos financeiros. Além disso, há ampla evidência de que
, quanto maior for o nivel de conhecimento sobre Educação financeira, menor o risco de acúmulo de
dívidas. (LUSARDI e TUFANO, 2015; STNGO e Zinman, 2008).
Visando abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do
cartão de crédito??, este trabalho justifica-se por trata-se de um tema altamente relevante, e que traz
dados alarmantes sobre a falta de educação financeira, e as consequências disso.
A alfabetização financeira também aumenta a conscientização do consumidor sobre questões
Compensações risco-recompensa que permitem aos indivíduos avaliar melhor a tomada de decisões
economicamente (KLAPPER e LUSARDI, 2020).
Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é mostrar como a aplicação da educação financeira é capaz de
influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de crédito. De forma mais específica
, buscou-se Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela impacta a vida dos
brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação Financeira, Entender
como o baixo conhecimento sobre financias está relacionado com o excesso de gasto e endividamento
com o cartão de crédito. Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito.A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, A
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base eminformações
diversas sobre um determinado assunto.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

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Há muita discussão sobre a qualidade do ensino no Brasil. Em um mundo globalizado, é importante que as
pessoas tenham conhecimento e habilidades para lidar com questões do dia a dia, no trabalho, na
economia e em outros aspectos da sociedade. Para isso, é fundamental que as pessoas tenham
habilidades em interpretação de textos e matemática, pois essas áreas estão presentes em nosso
cotidiano.

2.1 A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL


E como está o sistema de ensino brasileiro nesse aspecto? As pessoas estão conseguindo adquirir o
conhecimento mínimo necessário para se adaptar ao mundo tecnológico e dinâmico em que vivemos?
A preocupação com a educação é tão importante que a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) trabalha para promover padrões internacionais para resolver
problemas ou situações nos setores econômico, financeiro, comercial, social e até ambiental. Essa
instituição foi criada em 1948 como Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OECE) e,
devido ao seu sucesso, os Estados Unidos e o Canadá se juntaram às nações que já faziam parte da
OECE. Em 1961, surgiu a OCDE, com sede em Paris, na França.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem dado muita atenção à
educação e, em 1997, desenvolveu o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que visa
avaliar o desempenho dos alunos em três áreas-chave: leitura, matemática e ciências. Desde a primeira
edição, em 2000, o Brasil participa voluntariamente. Os resultados mostram que o Brasil sempre se
classificou pior desde o primeiro teste.
Devido ao baixo desempenho em alguns países, a OCDE cria alternativas para ajudá-los a melhorar o
conhecimento dos alunos. Uma das ações sugeridas é a Educação Financeira, que pode ajudar a
melhorar a interpretação e a matemática.
Até 2010, havia poucas ações voltadas para a Educação Financeira no Brasil. Isso mudou com a criação
da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) com o Decreto 7397/2010, publicado no Diário
Oficial de União de 22 de dezembro de 2010. Desde então, a Educação Financeira começou a ganhar
importância, inclusive nas escolas. O site oficial da ENEF utiliza o seguinte conceito para EF:

Educação Financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua


compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação,
formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem
mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem
informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim,
podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis,
comprometidos com o futuro (OCDE, 2005).
Ainda, tratando de recursos pedagógicos com ênfase voltada para o seu ensino, pode-se dizer que,
Educação Financeira é um processo educativo que, por meio de aplicação de métodos próprios,
desenvolve atividades para auxiliar os consumidores a orçar e gerir a sua renda, a poupar e a investir; são
informações e formações significativas para que um cidadão exerça uma atividade, trabalho, profissão e
lazer, evitando tornarem-se vulneráveis às armadilhas impostas pelo capitalismo (NEGRI, 2010, p.19).

A EF no Brasil começou a ganhar força com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

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em 2017, na qual contempla a EF na Educação Básica.

2.2 CARTÃO DE CRÉDITO

Os cartões de crédito surgiram na década de 1920, quando bares e comércios ofereciam crédito aos
clientes fiéis. Mas, segundo a ABECS (2019) ?(Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços), o
cartão de crédito como conhecemos hoje começou em 1950. Frank MacNamara esqueceu seu talão de
cheques e dinheiro em um jantar com executivos financeiros em Nova York. O dono do restaurante aceitou
que a conta fosse paga no dia seguinte, desde que os convidados assinassem a fatura. Foi aí que Frank
teve a ideia de criar um mecanismo de controle para pagar contas de forma mais concentrada.

Foi assim que surgiu o primeiro cartão de crédito, o "Diners Club Card". Era um cartão de papel aceito em
27 restaurantes nos EUA e usado por 200 pessoas, principalmente amigos de MacNamara. Em 1952, o
cartão ganhou popularidade e passou a ser aceito em vários estabelecimentos.
Conforme argumenta Coelho (2010, p. 518), ?O cartão de crédito, propriamente dito, é o documento pelo
qual o titular prova, perante o fornecedor, a existência do contrato com a instituição financeira emissora?.
O cartão de crédito é fornecido por uma instituição financeira - IF. O cliente assina um contrato que
estabelece os termos de uso, taxas e juros. Hoje em dia, as instituições financeiras oferecem cartões de
débito e crédito com bandeiras nacionais e internacionais, permitindo movimentações dentro e fora do país
.
Cartões de crédito e débito oferecem facilidades como saques e pagamentos à vista ou parcelados. Com o
cartão de crédito, o consumidor pode escolher pagar o mínimo ou o total da fatura. A fatura é fechada em
um dia acordado com a instituição financeira. Compras feitas após o fechamento da fatura são cobradas
no próximo mês. Se o cliente pagar apenas o mínimo, a próxima fatura incluirá juros e taxas, o que pode
levar ao endividamento.

Para usar um cartão de débito, é preciso ter dinheiro na conta. Algumas instituições financeiras oferecem
cheque especial, que funciona como um empréstimo para situações urgentes, mas cobra juros. Já o cartão
de crédito tem um limite de crédito definido pela instituição financeira. A cada compra, o limite diminui e só
é liberado novamente quando a fatura é paga. Se o limite for atingido, compras futuras são negadas.

2.3 ENDIVIDAMENTO COM CARTÃO DE CRÉDITO

No mercado financeiro hoje, percebe-se um aumento e facilidade dos consumidores em ter acesso ao
crédito. Seja a partir de bancos ou fintechs, aumentar o poder de compra se tornou uma coisa simples, e
com menos burocracia que há algum tempo atrás.
Com o avanço da tecnologia, os bancos conseguem cruzar dados com o Banco Central e a Receita
Federal para facilitar a aquisição de cartões de crédito, empréstimos e outros serviços financeiros. Muitas
pessoas são atraídas pela facilidade e comodidade que os cartões de crédito oferecem.
[3: Dados abertos. Banco Central do Brasil. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao
/dadosabertos>. Acesso em: 23/11/2021.]
Consequentemente, as pessoas tendem a se tornarem mais consumistas, seja no mercado digital ou físico
. No entanto, esse consumo em excesso acaba comprometendo a integralidade de seus rendimentos e a

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saúde financeira da pessoa.


O cartão de crédito pode ser um grande aliado quando usado de forma responsável e inteligente. Com
planejamento adequado, ele pode ajudar em situações de emergência ou na compra de itens de alto valor.
Infelizmente, nem todos usam o cartão de crédito de forma responsável, o que pode levar a atrasos no
pagamento e endividamento. Por isso, é importante falar sobre o uso consciente do cartão de crédito para
evitar problemas financeiros.

E o consumo consciente está diretamente relacionado com a educação financeira. Nos dias atuais, com o
alto índice de endividamento, que atinge quase 75% das famílias brasileiras, esse tema necessita ganhar
mais relevância para mudar essa realidade.
[4: Com 74,6%, o endividamento dos brasileiros alcança o maior percentual em 11 anos. Disponível em:
<https://www.cut.org.br/noticias/com-74-6-endividamento-dos-brasileiros-alcanca-o-maior-percentual-em-
11-anos-e59b>. Acesso em: 20/11/2021.]
De acordo com pesquisa realizada em 2021, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo, dados obtidos com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor-PEIC, o
número de brasileiros endividados atingiu 74,6%, a maior taxa em 11 anos.
[5: Endividamento bate novo recorde e atinge 74,6% das famílias, aponta CNC. Disponível em: <https
://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/04/endividamento-bate-novo-recorde-e-atinge-746percent-das-
familias-aponta-cnc.ghtml>. Acesso em: 25/11/2021.]
A pesquisa mostrou que 12,2 milhões de famílias têm dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito,
cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e casa. O
cartão de crédito é o principal tipo de dívida, representando 84,9% dos inadimplentes no país.(BACEN)

Esta situação de grande parte dos indivíduos traz a tona questionamentos sobre a necessidade de
alfabetização e educação financeira:

[...] os dados são preocupantes e levam a crer que, a menos que medidas sérias sejam tomadas no
sentido da conscientização e alfabetização financeira da população brasileira, a vulnerabilidade do
consumidor e sua propensão ao endividamento tenderão a crescer mais e mais, podendo levar a graves
consequências, tanto no âmbito pessoal e familiar do cidadão, como também no âmbito da sociedade
como um todo, caso esses fatos realmente desencadeiem uma crise de crédito no país [...] (DONADIO,
2012, p. 85)

Considerando essa problemática, de altas taxas de endividamento provenientes de cartão de crédito, a


pesquisa busca mostrar os caminhos mais viáveis para contornar essa situação, trazendo à tona o
questionamento de ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do cartão de crédito??.
Dessa forma, trata-se de um tema altamente relevante, e que traz dados alarmantes sobre a falta de
educação financeira em nosso país, e as consequências disso.
De forma geral, o impacto da Educação Financeira precisa ser visto como um tema de grande relevância
no futuro das pessoas. (PELICIOLI, 2011, p. 35)

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2.4 EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO QUALIDADE DE VIDA

A educação financeira é fundamental no Brasil contemporâneo, pois impacta de forma direta nas decisões
financeiras e econômicas de pessoas e famílias. (SAVOIA, 2007, p. 1125)
De acordo com Roberts e Jones (2001) apud Donadio (2012, p. 83), o uso do cartão de crédito pode levar
a gastos desnecessários, já que torna as transações financeiras mais fáceis e nos faz esquecer que
estamos gastando dinheiro de verdade
Para Pelicioli (2011, p. 28), o ato de consumir traz prazer ao indivíduo, e ocorre uma identificação entre
esses momentos, restando poucos diálogos racionais neste tipo de consumo.
À medida que mais pessoas têm acesso ao cartão de crédito, especialmente aquelas que antes não
tinham, mudanças de comportamento são observadas. Infelizmente, isso também leva a um aumento no
número de pessoas que não conseguem pagar suas dívidas. (DONADIO, 2012, p. 83)
O aspecto financeiro é fortemente valorizado em uma economia de mercado - vivenciada atualmente em
grande parte do mundo - e nesse sistema, a tendência é o acúmulo de supérfluos. Há a deformação de
valores pessoais e o consumismo é visto como elemento da ?felicidade?. (PELICIOLI, 2011, p. 24)
Em contrapartida, o planejamento financeiro permite consumir mais, e consumir melhor. De acordo com o
BACEN, "Consumir mais por meio da potencialização do dinheiro e melhor via eliminação de desperdícios
.?
De acordo com Donadio (2012, p. 77) o aumento das dívidas dos brasileiros pode ser atribuído à falta de
conhecimento financeiro da maioria da população. Segundo o autor, ?ser financeiramente alfabetizado
significa ser capaz de usar o conhecimento adquirido de forma competente. No entanto, é difícil medir
diretamente a alfabetização financeira [...]?.

Nas palavras de Pelicioli (2011, p. 3), a consciência financeira é uma constante batalha entre desejo e
necessidade. Enquanto há consciência de suas finanças, a necessidade é priorizada, enquanto quando a
educação relacionada às finanças não está presente, prioriza-se o desejo.

A alfabetização financeira traz muitos questionamentos aos indivíduos, como:

qual seu nível de alfabetização financeira; se existe a consciência da proporção que dívidas tomam
quando mal administradas; se há conhecimento das tarifas, taxas e outros custos quanto ao cartão de
crédito; se o uso do cartão ultrapassa o nível de renda, levando o indivíduo a gastar mais do que ganha.
(Donadio, 2012, p. 78)

Para isso, a participação das instituições financeiras é fundamental:

O envolvimento das instituições financeiras no processo de educação financeira deve ser estimulado, de
tal forma que a adotem como parte integrante de suas práticas de relacionamento com seus clientes,
provendo informações financeiras que estimulem a compreensão de suas decisões, principalmente nos
negócios de longo prazo e naqueles que comprometam expressivamente a renda atual e futura de seus
consumidores. A educação financeira deve ser um processo contínuo, acompanhando a evolução dos
mercados e a crescente complexidade das informações que os caracterizam. (SAVOIA, 2007, p. 1129)

A pesquisa evidencia que a conscientização da população faz-se necessária, bem como a educação

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financeira, pois é capaz de dar às pessoas mais conhecimento e instrumentos que mostram todos os
fatores relevantes em uma decisão financeira eficiente. (LUCCI, 2006, p. 5)
Quando você entende mais sobre finanças, pode fazer escolhas de consumo mais conscientes. ?Isso é
bom para você, para a sociedade e para o meio ambiente. Consumo consciente significa levar em conta
não apenas o dinheiro, mas também questões sociais e ambientais ao decidir o que comprar.? (BACEN)
Para Lucci (2006, p. 4), a educação financeira pode afetar muitas áreas da nossa vida. Ela nos ajuda a
tomar decisões mais conscientes e a ter mais bem-estar. Por outro lado, se não aprendemos sobre
finanças, podemos ter problemas com compras, acesso ao crédito e até mesmo na carreira.
Além disso, podemos ter dificuldades em organizar nossas contas e acabar com o nome sujo no SPC ou
SERASA.
Por este motivo, é muito importante tratar da educação financeira dos indivíduos, especialmente em um
mundo onde somos incentivados a comprar coisas que não precisamos. Isso pode nos ajudar a ter uma
vida melhor.

3 CAMINHOS METODOLÓGICOS

Para alcançar os resultados esperados, a pesquisadora realizou uma pesquisa bibliográfica, inicialmente.
De acordo com Mazucato (2018, p. 46) ?nesta modalidade as principais fontes para a realização da
pesquisa são bibliográficas (livros, capítulos de livros, artigos científicos etc.); [...]?
Fonseca (2002, p. 32) afirma que ?a pesquisa bibliográfica é feita a partir de materiais já publicados, como
livros e artigos científicos que podem ser encontrados em bibliotecas.?
Para tornar o trabalho mais completo e com informações reais sobre a situação financeira dos brasileiros,
também foi feita uma pesquisa com documentos, que segundo Mazucato (2018, p. 46) ?esse tipo de
pesquisa é feito a partir de documentos como fonte principal de informação.?
Para Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa documental é feita a partir de muitas fontes diferentes, como
?tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais e até mesmo filmes, fotos e pinturas
,etc.?
Para ter o melhor resultado possível, a pesquisadora usou tanto a pesquisa bibliográfica quanto a
documental. Isso permitiu que ela reunisse conhecimentos teóricos e também informações reais sobre a
situação financeira no Brasil.
A metodologia usada é a indutiva, que permite juntar informações de diferentes fontes para chegar a um
resultado satisfatório sobre um assunto específico. Nas palavras de Mazucato (2018, p. 54):

O método indutivo indica que o caminho que a pesquisa deverá percorrer passará pela seguinte trajetória:
a partir da constatação ou levantamento de informações particulares, a pesquisa buscará chegar a um
conhecimento mais generalizado. A partir da observação de um conjunto razoável de fenômenos
semelhantes, o estudante tentará descobrir uma relação existente entre estes fenômenos e elaborar uma
explicação mais generalizante que abarque todos os fenômenos observados (e, também, que possa ser
aplicada aos fenômenos semelhantes ainda não observados).

A principal ferramenta usada nessa pesquisa é a análise de documentos já existentes para encontrar as
informações necessárias.
De acordo com Barbosa (1999): ?Usar documentos já existentes para fazer uma pesquisa pode

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economizar tempo e dinheiro. Além disso, essas informações são confiáveis e não precisam ser coletadas
de uma maneira específica.?
Muitas vezes, existem informações que não são usadas de maneira eficiente. A pesquisa documental
pode ajudar a explorar essas informações e torná-las relevantes para a área de conhecimento da pesquisa
.

4 A EF NO CONTROLE DO CARTÃO DE CRÉDITO

Neste capítulo, vamos estudar o endividamento causado pelo uso do cartão de crédito. Vamos analisar os
fatores que contribuem para isso, com base em hipóteses levantadas em estudos anteriores.

4.1 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Neste subtítulo, vamos ver alguns fatores que podem levar ao endividamento pelo uso do cartão de crédito
. São oito fatores no total e vamos analisar cada um deles.
4.1.1 Atitude Financeira
Para Ajzen (1991) as atitudes financeiras de uma pessoa são influenciadas por suas crenças econômicas
e não econômicas. Essas crenças podem levar a pessoa a tomar certas decisões financeiras, sendo a
chave do processo de tomada de decisão.
O estudo de Kim e De Vaney (2001) as atitudes de uma pessoa estão relacionadas às suas intenções de
comportamento. Isso significa que a atitude financeira de uma pessoa pode influenciar como ela lida com
suas finanças, incluindo o uso do cartão de crédito. Norvilitis et al. (2006) propõe em seu estudo que
comportamentos menos controlados em relação ao uso de crédito geram maiores riscos de endividamento
.
Montalto et al. (2019) afirma que ensinar sobre finanças nas universidades pode ajudar a melhorar as
atitudes financeiras dos jovens.

4.1.2 Comportamento Financeiro

O comportamento financeiro está diretamente relacionado ao grau de alfabetização financeira. Para Hung
et al. (2009) a alfabetização financeira significa ter conhecimento e habilidade para gerenciar suas
finanças. Isso inclui saber como usar esse conhecimento para tomar boas decisões financeiras. Já para
Criddle (2006) trata-se de dominar alternativas que possibilitem o estabelecimento de metas financeiras.
A alfabetização financeira proporciona tomada de decisão mais assertivas no contexto monetário de suas
vidas (POTRICH et al., 2015). Atkinson e Messy (2012) Ser financeiramente alfabetizado tem muitos
benefícios. Pessoas que entendem de finanças conseguem controlar seus gastos e ter segurança
financeira. Por outro lado, quem não tem conhecimento financeiro pode gastar demais e usar o crédito de
maneira exagerada. Segundo Norvilitis et al. (2006) pessoas não alfabetizadas financeiramente são
incapazes de tomar decisões adequadas quando se trata do uso do dinheiro.
Bartley (2011) e Hung et al. (2009) idade, renda familiar e experiências financeiras podem influenciar
positivamente o comportamento financeiro de uma pessoa. Xiao et al. (2011) indicam que cursos de
educação financeira no ensino médio e faculdade agregavam maior conhecimento subjetivo, embora o não
estivessem associados ao conhecimento objetivo dos alunos.

4.1.3 Comportamento de Uso de Cartão de Crédito

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Trazendo alta conveniência, comodidade e possíveis vantagens em situações de perda ou roubo, o cartão
de crédito foi rapidamente difundido na sociedade (LEE; KWON, 2002). Entretanto, Schor (1998) acredita
que a facilidade de compra e obtenção de crédito que os cartões trazem geram gastos excessivos na
população.

O aumento das dívidas de cartão de crédito entre os jovens tem gerado preocupação sobre a falta de
conhecimento sobre como usar o cartão de maneira responsável (DANES; HIRA, 1987).

Atualmente vive-se em uma sociedade de cartões de crédito, onde jovens crescem usando a ferramenta
fazendo dívidas livremente (RITZER, 1995). Wang e Xiao (2009) associam o uso do cartão de crédito a
gastos compulsivo.
Foi descoberto que existe uma relação entre dívidas de cartão de crédito e a sensação de controle sobre a
vida e autoestima. Muitas vezes, os jovens veem suas dívidas como um investimento no futuro.
(HODSON et al., 2014).
Lea et al. (1995) alertam sobre o crescimento da ?cultura do endividamento?. É amplamente aceito que a
maneira como as pessoas veem as dívidas mudou muito no final do século XX. As pessoas passaram a
ter menos medo de se endividar e a aceitar dívidas causadas pelo consumo (ZUCKEMAN, 2000). Para
Gross e Souleles (2002) um dos motivos para o aumento das dívidas foi o aumento dos limites dos cartões
de crédito.

4.1.4 Compras compulsivas

Para O?Guinn e Faber (1989), compras compulsivas são quando uma pessoa compra de maneira
repetitiva e crônica como uma forma de lidar com sentimentos e situações negativas. Brougham et al.
(2011) descreve o comportamento como a incapacidade de controlar o desejo de compra dos
consumidores compulsivos e McElroy et al (1994) o tema é aprofundado ao abordar a preocupação mal
adaptativa com compras, que leva a impulsos incontroláveis de comprar coisas desnecessárias que muitas
vezes não se encaixam no padrão social do indivíduo. Isso causa angústia e problemas financeiros.
Segundo estudo de Veludo-de-Oliveira et al. (2014) em relação aos jovens brasileiros com
comportamentos compulsivos, concluiu-se que a ansiedade é uma das causas da compra compulsiva,
agravada pelo uso inadequado de cartões de crédito. Roberts e Jones (2001) evidenciam o peso do cartão
de crédito sobre a compra compulsiva e três atitudes sobre uso do dinheiro trabalhadas por Yamauchi e
Templer (1982), poder (prestígio), desconfiança e ansiedade.
Por fim, os mercados capitalistas incentivam as compras compulsórias, levando a um maior endividamento
. Wang e Xiao (2009) afirmam que as compras compulsivas são uma causa de endividamento, enfocando
especificamente o papel dos cartões de crédito no estímulo às compras.

4.1.5 Compras Impulsivas

Valence, D?Astous e Fortier (1988) explicam a distinção entre compra compulsiva e impulsiva, está nos
processos cognitivos que levam a cada tipo de comportamento de compra. Wang e Xiao (2009) a compra
impulsiva é descrita como o ato de ceder a um forte desejo de adquirir um produto imediatamente.

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Comportamentos impulsivos podem afetar o consumo de produtos e, em casos mais extremos, levar a
padrões graves de consumo excessivo e descontrolado (WANSINK, 1994). Segundo Norvilitis et al.
(2006), problemas com falta de controle sobre impulsos tendem a contribuir para o endividamento do
indivíduo.

4.1.6 Materialismo

Rassuli e Hollander (1986) o materialismo é descrito como uma mentalidade focada em adquirir e gastar.
É um valor para o consumidor que se baseia em três componentes: a importância da aquisição, a busca
da felicidade através da aquisição e o sucesso medido pela posse. (RICHINS; DAWSON, 1992).
Richins e Dawson (1992) seu estudo mostrou que pessoas mais materialistas tendem a desejar uma renda
maior e valorizam mais a segurança financeira do que as relações interpessoais. Isso pode resultar em
uma vida menos satisfatória do que a de pessoas menos materialistas. Segundo Fox e Lears (1983) as
pessoas estão constantemente buscando uma vida melhor através do consumo. Há um desejo insaciável
de adquirir cada vez mais bens. Para Drentea e Lavrakas (2000), o aumento do consumo nas últimas
décadas tem levado ao endividamento através do uso do cartão de crédito. Isso mostra uma ligação direta
entre o materialismo e o endividamento do cartão de crédito, causado por uma má gestão e compras
compulsivas.

4.1.7 Percepção de risco

Pigdeon et al. (1992) define percepção de risco a forma como as pessoas pensam e reagem a um
acontecimento ameaçador. Tal reação é baseada em um conjunto de crenças e valores do indivíduo.
Slovic et al. (2004) completa que seres humanos avaliam o risco através de sentimentos intuitivos.
Finucane et al (2000) afirma que o nível de educação e racionalidade de uma pessoa pode influenciar
diretamente sua percepção de risco.
De acordo com uma pesquisa realizada com bolsistas e residentes em um centro médico acadêmico de
duas universidades americanas, concluiu-se que há baixa tolerância ao risco de investimento
acompanhada de baixa alfabetização financeira entre os alunos (AHMAD et al. 2017). A idade dos
bolsistas e residentes pesquisados era entre 28 e 33 anos.
Olivato e Souza (2007) afirmam que aspectos comportamentais associados a percepção de risco do
consumo podem desencadear endividamentos. Já Nelson et al. (2008) aponta que a falta de gestão de
riscos na área financeira pode levar ao endividamento e outros riscos à saúde do indivíduo. Conclui-se,
portanto, que a percepção do risco tem impacto direto na vida pessoal.

4.1.8 Ansiedade

Margis et, al (2013) define a ansiedade como sentimento natural do ser humano em situações de reação a
qualquer perigo percebido. Drentea (2000) relata que dificuldades financeiras causam ansiedade,
principalmente quando há endividamento.
Segundo Heckman et al. (2014) e Ross et al. (1999), pesquisas realizadas em universidades norte-
americanas mostram que aproximadamente 70% dos estudantes universitários estão estressados com
suas finanças pessoais. Aqueles que apresentam maior estresse financeiro têm maior probabilidade de
enfrentar dificuldades acadêmicas e desafios para concluir seus estudos universitários, além de terem seu

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bem-estar afetado (ROBB, 2017). Montalto et al. (2019) conclui que o uso de empréstimos financeiros
influencia o bem-estar de alunos universitários, como ansiedade e autoeficácia.
Percebe-se, segundo proposto por Roberts e Jones (2001), que o dinheiro representa uma linha muito
tênue na vida das pessoas, pois a acumulação de capital é vista como uma forma de proteção contra a
ansiedade, enquanto a falta de capital é vista como uma fonte de ansiedade.
Drentea (2000), o endividamento pode aumentar a ansiedade. Para Roberts e Jones (2001), também
descobriram que a relação entre ansiedade e compras compulsivas é mais forte em pessoas que usam
cartão de crédito.

4.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Embora muitas pessoas falem sobre educação financeira e como é fácil se organizar financeiramente,
nem sempre é tão simples assim. Pode ser difícil para aqueles que não têm familiaridade com conceitos
financeiros. Existem armadilhas que nem sempre são mencionadas, mas superá-las pode realmente
ajudar a colocar as finanças em ordem.
Os próprios bancos, preocupados com o grande número de pessoas endividadas com cartão de crédito,
fornecem orientações sobre como controlar as finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de
crédito. Vejamos.

1- O começo pode ser desconfortável

Preencher uma planilha de gastos pode ser desconfortável e você pode pensar em desistir. Se você já
tentou antes, sabe do que estamos falando. Mas por que é desconfortável? Porque colocar renda e gastos
no papel mostra duas coisas: 1) todos os gastos desnecessários que consomem boa parte da sua renda;
2) e que mudar esse cenário não é fácil.
Quer um exemplo do cotidiano? Você sabe que pegar 10 Ubers por mês pagando R$ 7 vai dar R$ 70 no
final do mês, mas no dia a dia é só mais R$ 7. Quando você descreve o gasto total na planilha, dói no
bolso, pela primeira vez. Você começa a visualizar todos os pequenos gastos diários, que multiplicados,
dão um valor maior. O resultado é: você gastou mais que ganhou.

2- Trabalhoso

Por que aplicar educação financeira na vida pode ser trabalhoso? Porque é preciso ter controle de todos
os gastos e ganhos. Isso significa atualizar o controle financeiro pelo menos uma vez a cada dois dias
para ter certeza de que tudo está registrado.
Precisamos ter uma relação próxima com nosso dinheiro, ou com a falta dele. Sabe o famoso tema do
gasto fixo, gasto variável etc.? Ele é real e precisa ser feito.
Sabe as assinaturas de streaming, música, podcast, cosméticos? Chegou a hora de analisar se elas
realmente valem a pena e cancelar ou suspender se achar que o custo benefício não está compensando.
É importante conhecer e avaliar as contas que estão em débito automático, incluindo os valores e datas de
vencimento. Isso porque o banco não verifica se você tem saldo suficiente ou se vai entrar no cheque
especial com aquele débito, o que pode resultar em cobranças de juros. Isso pode ser evitado se você
tiver saldo em outra conta para pagar a fatura manualmente. Isso nos leva ao próximo ponto.
3- Pode sim atrasar contas

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Se você gastar mais do que ganha, algum boleto ficará sem pagamento. É importante respirar e escolher
quais boletos pagar. Para isso, é preciso saber tudo sobre os gastos e responder a três perguntas: 1).
Quais são as taxas de juros cobradas em caso de atraso?; 2). Quantas contas posso atrasar antes que o
serviço seja suspenso?; 3). Quais desses serviços são essenciais para minha sobrevivência?"
Aprender sobre seus gastos é importante para decidir se deve ou não pagar uma fatura. Além disso,
apenas as contas que não estão em débito automático podem ser adiadas.

Contas de telefone e energia geralmente têm juros mais baixos do que faturas de cartão de crédito, mas o
serviço pode ser suspenso após o atraso de duas faturas e só é religado após o pagamento integral da
dívida, dependendo da cidade onde você mora
4- Respeite seu Limite
Sabe como funciona um cartão de crédito? Com ele é possível fazer compras até o valor total do limite
liberado. Assim como um cartão de crédito, você também tem um limite de gastos. Esse limite é seu
salário.
Se você ganha R$ 2.200 por mês, pode gastar R$ 2.200. Se comprar algo parcelado em três vezes de R$
200, nos próximos três meses, seu limite de gastos será de R$ 2.000. Isso vale para todas as suas
despesas. Uma dica importante é projetar seus gastos futuros para entender como seu limite de gastos
estará nos próximos meses e tomar boas decisões de compras e pagamento de dívidas.
5- Esqueci de preencher a planilha, e agora?
Como o cotidiano é corrido, o esquecimento ocorrerá. Logo, vai acontecer de não fazer nenhuma anotação
na sua planilha de controle. Então a pessoa pode perder os comprovantes ou não lembrar os valores
exatos na hora de atualizar. E aí, o que fazer? Se você não se lembra dos valores exatos, pode 'chutar' os
valores. Algumas dicas são: 1) nos gastos, arredonde para mais. Por exemplo, se o café custou R$ 2 e
você comeu um docinho que não lembra o preço, coloque R$ 6. Assim, você não corre o risco de registrar
menos do que gastou; 2) nos ganhos, arredonde para menos. Se alguém te pagou por um serviço e você
lembra que foram 30 e poucos reais, anote R$ 30. Isso evita registrar um ganho maior do que o real e
evita surpresas ruins como gastar mais do que previsto
E quanto ao controle especificamente do cartão de crédito, talvez haja o seguinte questionamento: ?como
usar o cartão de crédito da forma certa??. Para se conseguir tal feito, segundo a maioria dos educadores
financeiros, faz-se necessário seguir os seguintes passos:
1. Estabelecer um teto para compras
Defina um limite para as compras para manter o controle do cartão de crédito. A recomendação geral é
não comprometer mais do que 30% da renda com a fatura. Se o limite for maior do que esse valor, ajuste-
o para coincidir com a porcentagem. Assim, se você gastar tudo o que pode e tentar extrapolar o limite, o
próprio cartão bloqueará a compra. Pode ser constrangedor se você não perceber que chegou ao limite,
mas suas finanças agradecerão.
2. Usar o pagamento automático de fatura
Muitas pessoas acabam atrasando o pagamento da fatura e pagando juros por esquecer o dia do
vencimento. Isso pode acontecer na correria do dia a dia ou por causa de contratempos. Para evitar isso, é
melhor cadastrar o pagamento da fatura em débito automático. Assim, se houver dinheiro na conta, o
valor será descontado automaticamente no dia do vencimento da fatura.
3. Ter atenção aos parcelamentos
Ter um grande limite no cartão de crédito não significa que você pode parcelar tudo o que quiser. Em vez
disso, tente fazer compras à vista e usar o cartão apenas para compras que não podem ser pagas na hora

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. Mas tenha cuidado com o valor da fatura. Se for necessário parcelar, faça-o em um número maior de
vezes e tenha certeza de que conseguirá pagar em dia. Se o seu cartão permitir e você tiver dinheiro
disponível, pode adiantar alguns pagamentos. Algumas empresas até oferecem descontos nesses casos.
4. Lembrar de que o saldo do cartão é um empréstimo
Lembre-se de que o limite do seu cartão de crédito não é dinheiro seu. É uma quantia emprestada que
você terá que devolver mais tarde. Se ajudar, imagine o cartão de crédito como um personagem a quem
você recorre quando precisa de um empréstimo.
Lembrar disso frequentemente pode ajudá-lo a pensar duas vezes antes de usar o cartão, pois você terá
que devolver o dinheiro e comprometer seu salário nos meses seguintes.
Isso pode significar abrir mão de algo que você quer muito fazer no futuro.
5. Pagar o total da fatura
Se você seguir os passos anteriores, verá que o valor total da fatura será sempre acessível. Seja com
parcelas menores que cabem no seu orçamento ou com contas que você decidiu pagar à vista, isso dará
um alívio no fim do mês. Assim, você evita parcelar ou atrasar pagamentos e deixa de pagar juros altos.
Se a fatura estiver muito alta, pode ser um sinal de que é hora de revisar sua estratégia.
6. Pesquisar os cartões certos para você
Muitos cartões de crédito não cobram anuidade e isentam de várias taxas. Por isso, é importante
pesquisar quais são os mais vantajosos para o seu bolso. Faça um levantamento dos principais cartões
disponíveis e compare benefícios, programas de pontos e taxas cobradas por parcelamento, atraso e
rotativo. Isso pode ajudar a reduzir os gastos mensais e minimizar o impacto caso seja impossível evitar
um atraso.
7. Preferir o débito sempre que possível
Sempre que tiver saldo na conta e o dinheiro não estiver comprometido, prefira pagar as compras no
débito. Lembre-se de que o crédito concedido pelo cartão é um dinheiro que você terá que devolver mais
tarde. Por isso, pode não ser uma boa ideia assumir esse compromisso para o futuro. Se ocorrer algum
imprevisto ao longo do mês e você tiver que pagar no crédito, terá que lidar com uma fatura menor.
O cartão de crédito pode ser um ótimo recurso financeiro se usado de maneira estratégica e não como
desculpa para comprar o que não pode pagar. É preciso ter disciplina e controle financeiro ao usá-lo.
Seguindo o roteiro que vimos até aqui, será cada vez mais fácil se acostumar com o cartão. Com o tempo,
será natural avaliar quando vale a pena comprar no crédito. E não se esqueça de monitorar seus gastos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo demonstrar a importância da educação financeira
para a população e como ela influencia o uso do cartão de crédito e o dia a dia. O estudo mostrou que o
nível de conhecimento dos conceitos financeiros está diretamente relacionado ao nível de educação
financeira. Inicialmente, foi abordada a educação financeira no Brasil e, em seguida, discutido o uso do
cartão de crédito e o endividamento relacionado a ele. Uma pesquisa realizada em 2021 pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostrou uma alta taxa de inadimplência
com cartões de crédito, reforçando a importância da educação financeira. A educação financeira é
fundamental para tomar decisões financeiras e econômicas pessoais e familiares. Este trabalho destaca 8
fatores que contribuem para o endividamento com cartões de crédito e oferece dicas para controlar as
finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de crédito. As informações apresentadas neste artigo
são úteis não apenas em relação ao uso do cartão de crédito, mas também às finanças pessoais em geral.

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Arquivo 1: TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Arquivo 2: https://www.revistarefas.com.br/RevFATECZS/article/view/332 (990 termos)
Termos comuns: 25
Similaridade: 0,34%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC FINAL 2023 LARISSA.docx (6250 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://www.revistarefas.com.br/RevFATECZS/article/view/332 (990 termos)

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA: A INFLUÊNCIA NA DECISÃO DE USAR O CARTÃO DE CRÉDITO

Larissa Pires Dos Passos


[1: Acadêmica de matemática da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]
Jefferson Ferreira Mesquita
[2: Professor Mestre e Doutorando em Ciências Exatas da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]

Resumo

Introdução: Tendo em vista que hoje o cartão de crédito é um dos métodos mais utilizado como forma de
pagamento, e, muitas das vezes utilizado de forma incorreta, e irresponsável por parte de alguns
individuos, fez-se necessário abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir
no uso racional do cartão de crédito??. O objetivo Geral da pesquisa é mostrar como a aplicação da
educação financeira é capaz de influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de
crédito. Para tanto foi necessário Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela
impacta a vida dos brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação
Financeira, Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito e de que forma a Educação
Financeira ajuda desenvolver habitos saudaveis relacionados ao cartão de Crédito. A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, a
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base em informações
diversas sobre um determinado assunto. Resultados: os resultados foram divididos em quatro seções. Na
primeira apresenta-se o contexto e as principais observações sobre a educação financeira no Brasil. Na
segunda aborda-se as relações entre o cartão de crédito e o endividamento. Na terceira, a educação
financeira como qualidade de vida e, por fim, na quarta seção os fatores que influenciam no endividamento
no cartão de crédito. Considerações finais: Diante disso, verificou-se que a Educação Financeira contribui
para o controle de gasto com o cartão de crédito, onde foi possível concluir que a educação financeira não
se trata apenas de gestão do dinheiro, mas também de qualidadede vida que pode ser adquirida junto a
hábitos simples como controlar, poupar, investir e fazer escolhas que mantenham a saúde financeira do
individuo.

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Palavras chaves: Educação Financeira, Cartão de Crédito, Endividamento.

INTRODUÇÃO

Entende-se como educação financeira a maneira pela qual o indivíduo busca conhecimento para a gestão
dos seus bens. Essa temática tem sido muito abordada devido a cultura do consumismo, principalmente
influenciada pelos atuais canais de comunicação. Associado a isso, discute-se sobre o endividamento, em
especial relacionando com a facilidade de acesso ao crédito e materialismo no ato das compras de
serviços e produtos (CAMASSO et al., 2018).
A educação financeira envolve conhecimentos e competências que nos ajudam a fazer escolhas
inteligentes a respeito do dinheiro, transações financeiras e consumo. Dentre suas práticas inclui: poder
fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda, adotar ações que melhorem o seu bem-estar,
planejamento financeiro, independência financeira, entre outras (FERREIRA, 2017).
O uso do cartão de crédito faz com que o seu usuário fique suscetível a tomada de decisões, e muitas
delas de forma inadequadas. Dentre as decisões pessoais, a tomada de decisão financeira que tem
recebido mais atenção é o comportamento em relação ao uso do cartão de crédito (HAMID e LOKE,
2021).
Portanto, é importante adquirir conhecimentos relevantes sobre o setor financeiro com o objetivo de
reduzir o risco na escolha de investimentos e produtos financeiros. Além disso, há ampla evidência de que
, quanto maior for o nivel de conhecimento sobre Educação financeira, menor o risco de acúmulo de
dívidas. (LUSARDI e TUFANO, 2015; STNGO e Zinman, 2008).
Visando abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do
cartão de crédito??, este trabalho justifica-se por trata-se de um tema altamente relevante, e que traz
dados alarmantes sobre a falta de educação financeira, e as consequências disso.
A alfabetização financeira também aumenta a conscientização do consumidor sobre questões
Compensações risco-recompensa que permitem aos indivíduos avaliar melhor a tomada de decisões
economicamente (KLAPPER e LUSARDI, 2020).
Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é mostrar como a aplicação da educação financeira é capaz de
influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de crédito. De forma mais específica
, buscou-se Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela impacta a vida dos
brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação Financeira, Entender
como o baixo conhecimento sobre financias está relacionado com o excesso de gasto e endividamento
com o cartão de crédito. Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito.A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, A
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base eminformações
diversas sobre um determinado assunto.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

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Há muita discussão sobre a qualidade do ensino no Brasil. Em um mundo globalizado, é importante que as
pessoas tenham conhecimento e habilidades para lidar com questões do dia a dia, no trabalho, na
economia e em outros aspectos da sociedade. Para isso, é fundamental que as pessoas tenham
habilidades em interpretação de textos e matemática, pois essas áreas estão presentes em nosso
cotidiano.

2.1 A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL


E como está o sistema de ensino brasileiro nesse aspecto? As pessoas estão conseguindo adquirir o
conhecimento mínimo necessário para se adaptar ao mundo tecnológico e dinâmico em que vivemos?
A preocupação com a educação é tão importante que a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) trabalha para promover padrões internacionais para resolver
problemas ou situações nos setores econômico, financeiro, comercial, social e até ambiental. Essa
instituição foi criada em 1948 como Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OECE) e,
devido ao seu sucesso, os Estados Unidos e o Canadá se juntaram às nações que já faziam parte da
OECE. Em 1961, surgiu a OCDE, com sede em Paris, na França.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem dado muita atenção à
educação e, em 1997, desenvolveu o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que visa
avaliar o desempenho dos alunos em três áreas-chave: leitura, matemática e ciências. Desde a primeira
edição, em 2000, o Brasil participa voluntariamente. Os resultados mostram que o Brasil sempre se
classificou pior desde o primeiro teste.
Devido ao baixo desempenho em alguns países, a OCDE cria alternativas para ajudá-los a melhorar o
conhecimento dos alunos. Uma das ações sugeridas é a Educação Financeira, que pode ajudar a
melhorar a interpretação e a matemática.
Até 2010, havia poucas ações voltadas para a Educação Financeira no Brasil. Isso mudou com a criação
da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) com o Decreto 7397/2010, publicado no Diário
Oficial de União de 22 de dezembro de 2010. Desde então, a Educação Financeira começou a ganhar
importância, inclusive nas escolas. O site oficial da ENEF utiliza o seguinte conceito para EF:

Educação Financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua


compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação,
formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem
mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem
informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim,
podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis,
comprometidos com o futuro (OCDE, 2005).
Ainda, tratando de recursos pedagógicos com ênfase voltada para o seu ensino, pode-se dizer que,
Educação Financeira é um processo educativo que, por meio de aplicação de métodos próprios,
desenvolve atividades para auxiliar os consumidores a orçar e gerir a sua renda, a poupar e a investir; são
informações e formações significativas para que um cidadão exerça uma atividade, trabalho, profissão e
lazer, evitando tornarem-se vulneráveis às armadilhas impostas pelo capitalismo (NEGRI, 2010, p.19).

A EF no Brasil começou a ganhar força com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

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em 2017, na qual contempla a EF na Educação Básica.

2.2 CARTÃO DE CRÉDITO

Os cartões de crédito surgiram na década de 1920, quando bares e comércios ofereciam crédito aos
clientes fiéis. Mas, segundo a ABECS (2019) ?(Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços), o
cartão de crédito como conhecemos hoje começou em 1950. Frank MacNamara esqueceu seu talão de
cheques e dinheiro em um jantar com executivos financeiros em Nova York. O dono do restaurante aceitou
que a conta fosse paga no dia seguinte, desde que os convidados assinassem a fatura. Foi aí que Frank
teve a ideia de criar um mecanismo de controle para pagar contas de forma mais concentrada.

Foi assim que surgiu o primeiro cartão de crédito, o "Diners Club Card". Era um cartão de papel aceito em
27 restaurantes nos EUA e usado por 200 pessoas, principalmente amigos de MacNamara. Em 1952, o
cartão ganhou popularidade e passou a ser aceito em vários estabelecimentos.
Conforme argumenta Coelho (2010, p. 518), ?O cartão de crédito, propriamente dito, é o documento pelo
qual o titular prova, perante o fornecedor, a existência do contrato com a instituição financeira emissora?.
O cartão de crédito é fornecido por uma instituição financeira - IF. O cliente assina um contrato que
estabelece os termos de uso, taxas e juros. Hoje em dia, as instituições financeiras oferecem cartões de
débito e crédito com bandeiras nacionais e internacionais, permitindo movimentações dentro e fora do país
.
Cartões de crédito e débito oferecem facilidades como saques e pagamentos à vista ou parcelados. Com o
cartão de crédito, o consumidor pode escolher pagar o mínimo ou o total da fatura. A fatura é fechada em
um dia acordado com a instituição financeira. Compras feitas após o fechamento da fatura são cobradas
no próximo mês. Se o cliente pagar apenas o mínimo, a próxima fatura incluirá juros e taxas, o que pode
levar ao endividamento.

Para usar um cartão de débito, é preciso ter dinheiro na conta. Algumas instituições financeiras oferecem
cheque especial, que funciona como um empréstimo para situações urgentes, mas cobra juros. Já o cartão
de crédito tem um limite de crédito definido pela instituição financeira. A cada compra, o limite diminui e só
é liberado novamente quando a fatura é paga. Se o limite for atingido, compras futuras são negadas.

2.3 ENDIVIDAMENTO COM CARTÃO DE CRÉDITO

No mercado financeiro hoje, percebe-se um aumento e facilidade dos consumidores em ter acesso ao
crédito. Seja a partir de bancos ou fintechs, aumentar o poder de compra se tornou uma coisa simples, e
com menos burocracia que há algum tempo atrás.
Com o avanço da tecnologia, os bancos conseguem cruzar dados com o Banco Central e a Receita
Federal para facilitar a aquisição de cartões de crédito, empréstimos e outros serviços financeiros. Muitas
pessoas são atraídas pela facilidade e comodidade que os cartões de crédito oferecem.
[3: Dados abertos. Banco Central do Brasil. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao
/dadosabertos>. Acesso em: 23/11/2021.]
Consequentemente, as pessoas tendem a se tornarem mais consumistas, seja no mercado digital ou físico
. No entanto, esse consumo em excesso acaba comprometendo a integralidade de seus rendimentos e a

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saúde financeira da pessoa.


O cartão de crédito pode ser um grande aliado quando usado de forma responsável e inteligente. Com
planejamento adequado, ele pode ajudar em situações de emergência ou na compra de itens de alto valor.
Infelizmente, nem todos usam o cartão de crédito de forma responsável, o que pode levar a atrasos no
pagamento e endividamento. Por isso, é importante falar sobre o uso consciente do cartão de crédito para
evitar problemas financeiros.

E o consumo consciente está diretamente relacionado com a educação financeira. Nos dias atuais, com o
alto índice de endividamento, que atinge quase 75% das famílias brasileiras, esse tema necessita ganhar
mais relevância para mudar essa realidade.
[4: Com 74,6%, o endividamento dos brasileiros alcança o maior percentual em 11 anos. Disponível em:
<https://www.cut.org.br/noticias/com-74-6-endividamento-dos-brasileiros-alcanca-o-maior-percentual-em-
11-anos-e59b>. Acesso em: 20/11/2021.]
De acordo com pesquisa realizada em 2021, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo, dados obtidos com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor-PEIC, o
número de brasileiros endividados atingiu 74,6%, a maior taxa em 11 anos.
[5: Endividamento bate novo recorde e atinge 74,6% das famílias, aponta CNC. Disponível em: <https
://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/04/endividamento-bate-novo-recorde-e-atinge-746percent-das-
familias-aponta-cnc.ghtml>. Acesso em: 25/11/2021.]
A pesquisa mostrou que 12,2 milhões de famílias têm dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito,
cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e casa. O
cartão de crédito é o principal tipo de dívida, representando 84,9% dos inadimplentes no país.(BACEN)

Esta situação de grande parte dos indivíduos traz a tona questionamentos sobre a necessidade de
alfabetização e educação financeira:

[...] os dados são preocupantes e levam a crer que, a menos que medidas sérias sejam tomadas no
sentido da conscientização e alfabetização financeira da população brasileira, a vulnerabilidade do
consumidor e sua propensão ao endividamento tenderão a crescer mais e mais, podendo levar a graves
consequências, tanto no âmbito pessoal e familiar do cidadão, como também no âmbito da sociedade
como um todo, caso esses fatos realmente desencadeiem uma crise de crédito no país [...] (DONADIO,
2012, p. 85)

Considerando essa problemática, de altas taxas de endividamento provenientes de cartão de crédito, a


pesquisa busca mostrar os caminhos mais viáveis para contornar essa situação, trazendo à tona o
questionamento de ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do cartão de crédito??.
Dessa forma, trata-se de um tema altamente relevante, e que traz dados alarmantes sobre a falta de
educação financeira em nosso país, e as consequências disso.
De forma geral, o impacto da Educação Financeira precisa ser visto como um tema de grande relevância
no futuro das pessoas. (PELICIOLI, 2011, p. 35)

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2.4 EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO QUALIDADE DE VIDA

A educação financeira é fundamental no Brasil contemporâneo, pois impacta de forma direta nas decisões
financeiras e econômicas de pessoas e famílias. (SAVOIA, 2007, p. 1125)
De acordo com Roberts e Jones (2001) apud Donadio (2012, p. 83), o uso do cartão de crédito pode levar
a gastos desnecessários, já que torna as transações financeiras mais fáceis e nos faz esquecer que
estamos gastando dinheiro de verdade
Para Pelicioli (2011, p. 28), o ato de consumir traz prazer ao indivíduo, e ocorre uma identificação entre
esses momentos, restando poucos diálogos racionais neste tipo de consumo.
À medida que mais pessoas têm acesso ao cartão de crédito, especialmente aquelas que antes não
tinham, mudanças de comportamento são observadas. Infelizmente, isso também leva a um aumento no
número de pessoas que não conseguem pagar suas dívidas. (DONADIO, 2012, p. 83)
O aspecto financeiro é fortemente valorizado em uma economia de mercado - vivenciada atualmente em
grande parte do mundo - e nesse sistema, a tendência é o acúmulo de supérfluos. Há a deformação de
valores pessoais e o consumismo é visto como elemento da ?felicidade?. (PELICIOLI, 2011, p. 24)
Em contrapartida, o planejamento financeiro permite consumir mais, e consumir melhor. De acordo com o
BACEN, "Consumir mais por meio da potencialização do dinheiro e melhor via eliminação de desperdícios
.?
De acordo com Donadio (2012, p. 77) o aumento das dívidas dos brasileiros pode ser atribuído à falta de
conhecimento financeiro da maioria da população. Segundo o autor, ?ser financeiramente alfabetizado
significa ser capaz de usar o conhecimento adquirido de forma competente. No entanto, é difícil medir
diretamente a alfabetização financeira [...]?.

Nas palavras de Pelicioli (2011, p. 3), a consciência financeira é uma constante batalha entre desejo e
necessidade. Enquanto há consciência de suas finanças, a necessidade é priorizada, enquanto quando a
educação relacionada às finanças não está presente, prioriza-se o desejo.

A alfabetização financeira traz muitos questionamentos aos indivíduos, como:

qual seu nível de alfabetização financeira; se existe a consciência da proporção que dívidas tomam
quando mal administradas; se há conhecimento das tarifas, taxas e outros custos quanto ao cartão de
crédito; se o uso do cartão ultrapassa o nível de renda, levando o indivíduo a gastar mais do que ganha.
(Donadio, 2012, p. 78)

Para isso, a participação das instituições financeiras é fundamental:

O envolvimento das instituições financeiras no processo de educação financeira deve ser estimulado, de
tal forma que a adotem como parte integrante de suas práticas de relacionamento com seus clientes,
provendo informações financeiras que estimulem a compreensão de suas decisões, principalmente nos
negócios de longo prazo e naqueles que comprometam expressivamente a renda atual e futura de seus
consumidores. A educação financeira deve ser um processo contínuo, acompanhando a evolução dos
mercados e a crescente complexidade das informações que os caracterizam. (SAVOIA, 2007, p. 1129)

A pesquisa evidencia que a conscientização da população faz-se necessária, bem como a educação

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financeira, pois é capaz de dar às pessoas mais conhecimento e instrumentos que mostram todos os
fatores relevantes em uma decisão financeira eficiente. (LUCCI, 2006, p. 5)
Quando você entende mais sobre finanças, pode fazer escolhas de consumo mais conscientes. ?Isso é
bom para você, para a sociedade e para o meio ambiente. Consumo consciente significa levar em conta
não apenas o dinheiro, mas também questões sociais e ambientais ao decidir o que comprar.? (BACEN)
Para Lucci (2006, p. 4), a educação financeira pode afetar muitas áreas da nossa vida. Ela nos ajuda a
tomar decisões mais conscientes e a ter mais bem-estar. Por outro lado, se não aprendemos sobre
finanças, podemos ter problemas com compras, acesso ao crédito e até mesmo na carreira.
Além disso, podemos ter dificuldades em organizar nossas contas e acabar com o nome sujo no SPC ou
SERASA.
Por este motivo, é muito importante tratar da educação financeira dos indivíduos, especialmente em um
mundo onde somos incentivados a comprar coisas que não precisamos. Isso pode nos ajudar a ter uma
vida melhor.

3 CAMINHOS METODOLÓGICOS

Para alcançar os resultados esperados, a pesquisadora realizou uma pesquisa bibliográfica, inicialmente.
De acordo com Mazucato (2018, p. 46) ?nesta modalidade as principais fontes para a realização da
pesquisa são bibliográficas (livros, capítulos de livros, artigos científicos etc.); [...]?
Fonseca (2002, p. 32) afirma que ?a pesquisa bibliográfica é feita a partir de materiais já publicados, como
livros e artigos científicos que podem ser encontrados em bibliotecas.?
Para tornar o trabalho mais completo e com informações reais sobre a situação financeira dos brasileiros,
também foi feita uma pesquisa com documentos, que segundo Mazucato (2018, p. 46) ?esse tipo de
pesquisa é feito a partir de documentos como fonte principal de informação.?
Para Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa documental é feita a partir de muitas fontes diferentes, como
?tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais e até mesmo filmes, fotos e pinturas
,etc.?
Para ter o melhor resultado possível, a pesquisadora usou tanto a pesquisa bibliográfica quanto a
documental. Isso permitiu que ela reunisse conhecimentos teóricos e também informações reais sobre a
situação financeira no Brasil.
A metodologia usada é a indutiva, que permite juntar informações de diferentes fontes para chegar a um
resultado satisfatório sobre um assunto específico. Nas palavras de Mazucato (2018, p. 54):

O método indutivo indica que o caminho que a pesquisa deverá percorrer passará pela seguinte trajetória:
a partir da constatação ou levantamento de informações particulares, a pesquisa buscará chegar a um
conhecimento mais generalizado. A partir da observação de um conjunto razoável de fenômenos
semelhantes, o estudante tentará descobrir uma relação existente entre estes fenômenos e elaborar uma
explicação mais generalizante que abarque todos os fenômenos observados (e, também, que possa ser
aplicada aos fenômenos semelhantes ainda não observados).

A principal ferramenta usada nessa pesquisa é a análise de documentos já existentes para encontrar as
informações necessárias.
De acordo com Barbosa (1999): ?Usar documentos já existentes para fazer uma pesquisa pode

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economizar tempo e dinheiro. Além disso, essas informações são confiáveis e não precisam ser coletadas
de uma maneira específica.?
Muitas vezes, existem informações que não são usadas de maneira eficiente. A pesquisa documental
pode ajudar a explorar essas informações e torná-las relevantes para a área de conhecimento da pesquisa
.

4 A EF NO CONTROLE DO CARTÃO DE CRÉDITO

Neste capítulo, vamos estudar o endividamento causado pelo uso do cartão de crédito. Vamos analisar os
fatores que contribuem para isso, com base em hipóteses levantadas em estudos anteriores.

4.1 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Neste subtítulo, vamos ver alguns fatores que podem levar ao endividamento pelo uso do cartão de crédito
. São oito fatores no total e vamos analisar cada um deles.
4.1.1 Atitude Financeira
Para Ajzen (1991) as atitudes financeiras de uma pessoa são influenciadas por suas crenças econômicas
e não econômicas. Essas crenças podem levar a pessoa a tomar certas decisões financeiras, sendo a
chave do processo de tomada de decisão.
O estudo de Kim e De Vaney (2001) as atitudes de uma pessoa estão relacionadas às suas intenções de
comportamento. Isso significa que a atitude financeira de uma pessoa pode influenciar como ela lida com
suas finanças, incluindo o uso do cartão de crédito. Norvilitis et al. (2006) propõe em seu estudo que
comportamentos menos controlados em relação ao uso de crédito geram maiores riscos de endividamento
.
Montalto et al. (2019) afirma que ensinar sobre finanças nas universidades pode ajudar a melhorar as
atitudes financeiras dos jovens.

4.1.2 Comportamento Financeiro

O comportamento financeiro está diretamente relacionado ao grau de alfabetização financeira. Para Hung
et al. (2009) a alfabetização financeira significa ter conhecimento e habilidade para gerenciar suas
finanças. Isso inclui saber como usar esse conhecimento para tomar boas decisões financeiras. Já para
Criddle (2006) trata-se de dominar alternativas que possibilitem o estabelecimento de metas financeiras.
A alfabetização financeira proporciona tomada de decisão mais assertivas no contexto monetário de suas
vidas (POTRICH et al., 2015). Atkinson e Messy (2012) Ser financeiramente alfabetizado tem muitos
benefícios. Pessoas que entendem de finanças conseguem controlar seus gastos e ter segurança
financeira. Por outro lado, quem não tem conhecimento financeiro pode gastar demais e usar o crédito de
maneira exagerada. Segundo Norvilitis et al. (2006) pessoas não alfabetizadas financeiramente são
incapazes de tomar decisões adequadas quando se trata do uso do dinheiro.
Bartley (2011) e Hung et al. (2009) idade, renda familiar e experiências financeiras podem influenciar
positivamente o comportamento financeiro de uma pessoa. Xiao et al. (2011) indicam que cursos de
educação financeira no ensino médio e faculdade agregavam maior conhecimento subjetivo, embora o não
estivessem associados ao conhecimento objetivo dos alunos.

4.1.3 Comportamento de Uso de Cartão de Crédito

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Trazendo alta conveniência, comodidade e possíveis vantagens em situações de perda ou roubo, o cartão
de crédito foi rapidamente difundido na sociedade (LEE; KWON, 2002). Entretanto, Schor (1998) acredita
que a facilidade de compra e obtenção de crédito que os cartões trazem geram gastos excessivos na
população.

O aumento das dívidas de cartão de crédito entre os jovens tem gerado preocupação sobre a falta de
conhecimento sobre como usar o cartão de maneira responsável (DANES; HIRA, 1987).

Atualmente vive-se em uma sociedade de cartões de crédito, onde jovens crescem usando a ferramenta
fazendo dívidas livremente (RITZER, 1995). Wang e Xiao (2009) associam o uso do cartão de crédito a
gastos compulsivo.
Foi descoberto que existe uma relação entre dívidas de cartão de crédito e a sensação de controle sobre a
vida e autoestima. Muitas vezes, os jovens veem suas dívidas como um investimento no futuro.
(HODSON et al., 2014).
Lea et al. (1995) alertam sobre o crescimento da ?cultura do endividamento?. É amplamente aceito que a
maneira como as pessoas veem as dívidas mudou muito no final do século XX. As pessoas passaram a
ter menos medo de se endividar e a aceitar dívidas causadas pelo consumo (ZUCKEMAN, 2000). Para
Gross e Souleles (2002) um dos motivos para o aumento das dívidas foi o aumento dos limites dos cartões
de crédito.

4.1.4 Compras compulsivas

Para O?Guinn e Faber (1989), compras compulsivas são quando uma pessoa compra de maneira
repetitiva e crônica como uma forma de lidar com sentimentos e situações negativas. Brougham et al.
(2011) descreve o comportamento como a incapacidade de controlar o desejo de compra dos
consumidores compulsivos e McElroy et al (1994) o tema é aprofundado ao abordar a preocupação mal
adaptativa com compras, que leva a impulsos incontroláveis de comprar coisas desnecessárias que muitas
vezes não se encaixam no padrão social do indivíduo. Isso causa angústia e problemas financeiros.
Segundo estudo de Veludo-de-Oliveira et al. (2014) em relação aos jovens brasileiros com
comportamentos compulsivos, concluiu-se que a ansiedade é uma das causas da compra compulsiva,
agravada pelo uso inadequado de cartões de crédito. Roberts e Jones (2001) evidenciam o peso do cartão
de crédito sobre a compra compulsiva e três atitudes sobre uso do dinheiro trabalhadas por Yamauchi e
Templer (1982), poder (prestígio), desconfiança e ansiedade.
Por fim, os mercados capitalistas incentivam as compras compulsórias, levando a um maior endividamento
. Wang e Xiao (2009) afirmam que as compras compulsivas são uma causa de endividamento, enfocando
especificamente o papel dos cartões de crédito no estímulo às compras.

4.1.5 Compras Impulsivas

Valence, D?Astous e Fortier (1988) explicam a distinção entre compra compulsiva e impulsiva, está nos
processos cognitivos que levam a cada tipo de comportamento de compra. Wang e Xiao (2009) a compra
impulsiva é descrita como o ato de ceder a um forte desejo de adquirir um produto imediatamente.

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Comportamentos impulsivos podem afetar o consumo de produtos e, em casos mais extremos, levar a
padrões graves de consumo excessivo e descontrolado (WANSINK, 1994). Segundo Norvilitis et al.
(2006), problemas com falta de controle sobre impulsos tendem a contribuir para o endividamento do
indivíduo.

4.1.6 Materialismo

Rassuli e Hollander (1986) o materialismo é descrito como uma mentalidade focada em adquirir e gastar.
É um valor para o consumidor que se baseia em três componentes: a importância da aquisição, a busca
da felicidade através da aquisição e o sucesso medido pela posse. (RICHINS; DAWSON, 1992).
Richins e Dawson (1992) seu estudo mostrou que pessoas mais materialistas tendem a desejar uma renda
maior e valorizam mais a segurança financeira do que as relações interpessoais. Isso pode resultar em
uma vida menos satisfatória do que a de pessoas menos materialistas. Segundo Fox e Lears (1983) as
pessoas estão constantemente buscando uma vida melhor através do consumo. Há um desejo insaciável
de adquirir cada vez mais bens. Para Drentea e Lavrakas (2000), o aumento do consumo nas últimas
décadas tem levado ao endividamento através do uso do cartão de crédito. Isso mostra uma ligação direta
entre o materialismo e o endividamento do cartão de crédito, causado por uma má gestão e compras
compulsivas.

4.1.7 Percepção de risco

Pigdeon et al. (1992) define percepção de risco a forma como as pessoas pensam e reagem a um
acontecimento ameaçador. Tal reação é baseada em um conjunto de crenças e valores do indivíduo.
Slovic et al. (2004) completa que seres humanos avaliam o risco através de sentimentos intuitivos.
Finucane et al (2000) afirma que o nível de educação e racionalidade de uma pessoa pode influenciar
diretamente sua percepção de risco.
De acordo com uma pesquisa realizada com bolsistas e residentes em um centro médico acadêmico de
duas universidades americanas, concluiu-se que há baixa tolerância ao risco de investimento
acompanhada de baixa alfabetização financeira entre os alunos (AHMAD et al. 2017). A idade dos
bolsistas e residentes pesquisados era entre 28 e 33 anos.
Olivato e Souza (2007) afirmam que aspectos comportamentais associados a percepção de risco do
consumo podem desencadear endividamentos. Já Nelson et al. (2008) aponta que a falta de gestão de
riscos na área financeira pode levar ao endividamento e outros riscos à saúde do indivíduo. Conclui-se,
portanto, que a percepção do risco tem impacto direto na vida pessoal.

4.1.8 Ansiedade

Margis et, al (2013) define a ansiedade como sentimento natural do ser humano em situações de reação a
qualquer perigo percebido. Drentea (2000) relata que dificuldades financeiras causam ansiedade,
principalmente quando há endividamento.
Segundo Heckman et al. (2014) e Ross et al. (1999), pesquisas realizadas em universidades norte-
americanas mostram que aproximadamente 70% dos estudantes universitários estão estressados com
suas finanças pessoais. Aqueles que apresentam maior estresse financeiro têm maior probabilidade de
enfrentar dificuldades acadêmicas e desafios para concluir seus estudos universitários, além de terem seu

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bem-estar afetado (ROBB, 2017). Montalto et al. (2019) conclui que o uso de empréstimos financeiros
influencia o bem-estar de alunos universitários, como ansiedade e autoeficácia.
Percebe-se, segundo proposto por Roberts e Jones (2001), que o dinheiro representa uma linha muito
tênue na vida das pessoas, pois a acumulação de capital é vista como uma forma de proteção contra a
ansiedade, enquanto a falta de capital é vista como uma fonte de ansiedade.
Drentea (2000), o endividamento pode aumentar a ansiedade. Para Roberts e Jones (2001), também
descobriram que a relação entre ansiedade e compras compulsivas é mais forte em pessoas que usam
cartão de crédito.

4.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Embora muitas pessoas falem sobre educação financeira e como é fácil se organizar financeiramente,
nem sempre é tão simples assim. Pode ser difícil para aqueles que não têm familiaridade com conceitos
financeiros. Existem armadilhas que nem sempre são mencionadas, mas superá-las pode realmente
ajudar a colocar as finanças em ordem.
Os próprios bancos, preocupados com o grande número de pessoas endividadas com cartão de crédito,
fornecem orientações sobre como controlar as finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de
crédito. Vejamos.

1- O começo pode ser desconfortável

Preencher uma planilha de gastos pode ser desconfortável e você pode pensar em desistir. Se você já
tentou antes, sabe do que estamos falando. Mas por que é desconfortável? Porque colocar renda e gastos
no papel mostra duas coisas: 1) todos os gastos desnecessários que consomem boa parte da sua renda;
2) e que mudar esse cenário não é fácil.
Quer um exemplo do cotidiano? Você sabe que pegar 10 Ubers por mês pagando R$ 7 vai dar R$ 70 no
final do mês, mas no dia a dia é só mais R$ 7. Quando você descreve o gasto total na planilha, dói no
bolso, pela primeira vez. Você começa a visualizar todos os pequenos gastos diários, que multiplicados,
dão um valor maior. O resultado é: você gastou mais que ganhou.

2- Trabalhoso

Por que aplicar educação financeira na vida pode ser trabalhoso? Porque é preciso ter controle de todos
os gastos e ganhos. Isso significa atualizar o controle financeiro pelo menos uma vez a cada dois dias
para ter certeza de que tudo está registrado.
Precisamos ter uma relação próxima com nosso dinheiro, ou com a falta dele. Sabe o famoso tema do
gasto fixo, gasto variável etc.? Ele é real e precisa ser feito.
Sabe as assinaturas de streaming, música, podcast, cosméticos? Chegou a hora de analisar se elas
realmente valem a pena e cancelar ou suspender se achar que o custo benefício não está compensando.
É importante conhecer e avaliar as contas que estão em débito automático, incluindo os valores e datas de
vencimento. Isso porque o banco não verifica se você tem saldo suficiente ou se vai entrar no cheque
especial com aquele débito, o que pode resultar em cobranças de juros. Isso pode ser evitado se você
tiver saldo em outra conta para pagar a fatura manualmente. Isso nos leva ao próximo ponto.
3- Pode sim atrasar contas

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Se você gastar mais do que ganha, algum boleto ficará sem pagamento. É importante respirar e escolher
quais boletos pagar. Para isso, é preciso saber tudo sobre os gastos e responder a três perguntas: 1).
Quais são as taxas de juros cobradas em caso de atraso?; 2). Quantas contas posso atrasar antes que o
serviço seja suspenso?; 3). Quais desses serviços são essenciais para minha sobrevivência?"
Aprender sobre seus gastos é importante para decidir se deve ou não pagar uma fatura. Além disso,
apenas as contas que não estão em débito automático podem ser adiadas.

Contas de telefone e energia geralmente têm juros mais baixos do que faturas de cartão de crédito, mas o
serviço pode ser suspenso após o atraso de duas faturas e só é religado após o pagamento integral da
dívida, dependendo da cidade onde você mora
4- Respeite seu Limite
Sabe como funciona um cartão de crédito? Com ele é possível fazer compras até o valor total do limite
liberado. Assim como um cartão de crédito, você também tem um limite de gastos. Esse limite é seu
salário.
Se você ganha R$ 2.200 por mês, pode gastar R$ 2.200. Se comprar algo parcelado em três vezes de R$
200, nos próximos três meses, seu limite de gastos será de R$ 2.000. Isso vale para todas as suas
despesas. Uma dica importante é projetar seus gastos futuros para entender como seu limite de gastos
estará nos próximos meses e tomar boas decisões de compras e pagamento de dívidas.
5- Esqueci de preencher a planilha, e agora?
Como o cotidiano é corrido, o esquecimento ocorrerá. Logo, vai acontecer de não fazer nenhuma anotação
na sua planilha de controle. Então a pessoa pode perder os comprovantes ou não lembrar os valores
exatos na hora de atualizar. E aí, o que fazer? Se você não se lembra dos valores exatos, pode 'chutar' os
valores. Algumas dicas são: 1) nos gastos, arredonde para mais. Por exemplo, se o café custou R$ 2 e
você comeu um docinho que não lembra o preço, coloque R$ 6. Assim, você não corre o risco de registrar
menos do que gastou; 2) nos ganhos, arredonde para menos. Se alguém te pagou por um serviço e você
lembra que foram 30 e poucos reais, anote R$ 30. Isso evita registrar um ganho maior do que o real e
evita surpresas ruins como gastar mais do que previsto
E quanto ao controle especificamente do cartão de crédito, talvez haja o seguinte questionamento: ?como
usar o cartão de crédito da forma certa??. Para se conseguir tal feito, segundo a maioria dos educadores
financeiros, faz-se necessário seguir os seguintes passos:
1. Estabelecer um teto para compras
Defina um limite para as compras para manter o controle do cartão de crédito. A recomendação geral é
não comprometer mais do que 30% da renda com a fatura. Se o limite for maior do que esse valor, ajuste-
o para coincidir com a porcentagem. Assim, se você gastar tudo o que pode e tentar extrapolar o limite, o
próprio cartão bloqueará a compra. Pode ser constrangedor se você não perceber que chegou ao limite,
mas suas finanças agradecerão.
2. Usar o pagamento automático de fatura
Muitas pessoas acabam atrasando o pagamento da fatura e pagando juros por esquecer o dia do
vencimento. Isso pode acontecer na correria do dia a dia ou por causa de contratempos. Para evitar isso, é
melhor cadastrar o pagamento da fatura em débito automático. Assim, se houver dinheiro na conta, o
valor será descontado automaticamente no dia do vencimento da fatura.
3. Ter atenção aos parcelamentos
Ter um grande limite no cartão de crédito não significa que você pode parcelar tudo o que quiser. Em vez
disso, tente fazer compras à vista e usar o cartão apenas para compras que não podem ser pagas na hora

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. Mas tenha cuidado com o valor da fatura. Se for necessário parcelar, faça-o em um número maior de
vezes e tenha certeza de que conseguirá pagar em dia. Se o seu cartão permitir e você tiver dinheiro
disponível, pode adiantar alguns pagamentos. Algumas empresas até oferecem descontos nesses casos.
4. Lembrar de que o saldo do cartão é um empréstimo
Lembre-se de que o limite do seu cartão de crédito não é dinheiro seu. É uma quantia emprestada que
você terá que devolver mais tarde. Se ajudar, imagine o cartão de crédito como um personagem a quem
você recorre quando precisa de um empréstimo.
Lembrar disso frequentemente pode ajudá-lo a pensar duas vezes antes de usar o cartão, pois você terá
que devolver o dinheiro e comprometer seu salário nos meses seguintes.
Isso pode significar abrir mão de algo que você quer muito fazer no futuro.
5. Pagar o total da fatura
Se você seguir os passos anteriores, verá que o valor total da fatura será sempre acessível. Seja com
parcelas menores que cabem no seu orçamento ou com contas que você decidiu pagar à vista, isso dará
um alívio no fim do mês. Assim, você evita parcelar ou atrasar pagamentos e deixa de pagar juros altos.
Se a fatura estiver muito alta, pode ser um sinal de que é hora de revisar sua estratégia.
6. Pesquisar os cartões certos para você
Muitos cartões de crédito não cobram anuidade e isentam de várias taxas. Por isso, é importante
pesquisar quais são os mais vantajosos para o seu bolso. Faça um levantamento dos principais cartões
disponíveis e compare benefícios, programas de pontos e taxas cobradas por parcelamento, atraso e
rotativo. Isso pode ajudar a reduzir os gastos mensais e minimizar o impacto caso seja impossível evitar
um atraso.
7. Preferir o débito sempre que possível
Sempre que tiver saldo na conta e o dinheiro não estiver comprometido, prefira pagar as compras no
débito. Lembre-se de que o crédito concedido pelo cartão é um dinheiro que você terá que devolver mais
tarde. Por isso, pode não ser uma boa ideia assumir esse compromisso para o futuro. Se ocorrer algum
imprevisto ao longo do mês e você tiver que pagar no crédito, terá que lidar com uma fatura menor.
O cartão de crédito pode ser um ótimo recurso financeiro se usado de maneira estratégica e não como
desculpa para comprar o que não pode pagar. É preciso ter disciplina e controle financeiro ao usá-lo.
Seguindo o roteiro que vimos até aqui, será cada vez mais fácil se acostumar com o cartão. Com o tempo,
será natural avaliar quando vale a pena comprar no crédito. E não se esqueça de monitorar seus gastos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo demonstrar a importância da educação financeira
para a população e como ela influencia o uso do cartão de crédito e o dia a dia. O estudo mostrou que o
nível de conhecimento dos conceitos financeiros está diretamente relacionado ao nível de educação
financeira. Inicialmente, foi abordada a educação financeira no Brasil e, em seguida, discutido o uso do
cartão de crédito e o endividamento relacionado a ele. Uma pesquisa realizada em 2021 pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostrou uma alta taxa de inadimplência
com cartões de crédito, reforçando a importância da educação financeira. A educação financeira é
fundamental para tomar decisões financeiras e econômicas pessoais e familiares. Este trabalho destaca 8
fatores que contribuem para o endividamento com cartões de crédito e oferece dicas para controlar as
finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de crédito. As informações apresentadas neste artigo
são úteis não apenas em relação ao uso do cartão de crédito, mas também às finanças pessoais em geral.

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Termos comuns: 9
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education/46193051.pdf (3753 termos)

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA: A INFLUÊNCIA NA DECISÃO DE USAR O CARTÃO DE CRÉDITO

Larissa Pires Dos Passos


[1: Acadêmica de matemática da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]
Jefferson Ferreira Mesquita
[2: Professor Mestre e Doutorando em Ciências Exatas da Universidade do Estado do Amapá-UEAP]

Resumo

Introdução: Tendo em vista que hoje o cartão de crédito é um dos métodos mais utilizado como forma de
pagamento, e, muitas das vezes utilizado de forma incorreta, e irresponsável por parte de alguns
individuos, fez-se necessário abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir
no uso racional do cartão de crédito??. O objetivo Geral da pesquisa é mostrar como a aplicação da
educação financeira é capaz de influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de
crédito. Para tanto foi necessário Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela
impacta a vida dos brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação
Financeira, Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito e de que forma a Educação
Financeira ajuda desenvolver habitos saudaveis relacionados ao cartão de Crédito. A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, a
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base em informações
diversas sobre um determinado assunto. Resultados: os resultados foram divididos em quatro seções. Na
primeira apresenta-se o contexto e as principais observações sobre a educação financeira no Brasil. Na
segunda aborda-se as relações entre o cartão de crédito e o endividamento. Na terceira, a educação
financeira como qualidade de vida e, por fim, na quarta seção os fatores que influenciam no endividamento
no cartão de crédito. Considerações finais: Diante disso, verificou-se que a Educação Financeira contribui
para o controle de gasto com o cartão de crédito, onde foi possível concluir que a educação financeira não
se trata apenas de gestão do dinheiro, mas também de qualidadede vida que pode ser adquirida junto a
hábitos simples como controlar, poupar, investir e fazer escolhas que mantenham a saúde financeira do
individuo.

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Palavras chaves: Educação Financeira, Cartão de Crédito, Endividamento.

INTRODUÇÃO

Entende-se como educação financeira a maneira pela qual o indivíduo busca conhecimento para a gestão
dos seus bens. Essa temática tem sido muito abordada devido a cultura do consumismo, principalmente
influenciada pelos atuais canais de comunicação. Associado a isso, discute-se sobre o endividamento, em
especial relacionando com a facilidade de acesso ao crédito e materialismo no ato das compras de
serviços e produtos (CAMASSO et al., 2018).
A educação financeira envolve conhecimentos e competências que nos ajudam a fazer escolhas
inteligentes a respeito do dinheiro, transações financeiras e consumo. Dentre suas práticas inclui: poder
fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda, adotar ações que melhorem o seu bem-estar,
planejamento financeiro, independência financeira, entre outras (FERREIRA, 2017).
O uso do cartão de crédito faz com que o seu usuário fique suscetível a tomada de decisões, e muitas
delas de forma inadequadas. Dentre as decisões pessoais, a tomada de decisão financeira que tem
recebido mais atenção é o comportamento em relação ao uso do cartão de crédito (HAMID e LOKE,
2021).
Portanto, é importante adquirir conhecimentos relevantes sobre o setor financeiro com o objetivo de
reduzir o risco na escolha de investimentos e produtos financeiros. Além disso, há ampla evidência de que
, quanto maior for o nivel de conhecimento sobre Educação financeira, menor o risco de acúmulo de
dívidas. (LUSARDI e TUFANO, 2015; STNGO e Zinman, 2008).
Visando abordar a problemática sobre ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do
cartão de crédito??, este trabalho justifica-se por trata-se de um tema altamente relevante, e que traz
dados alarmantes sobre a falta de educação financeira, e as consequências disso.
A alfabetização financeira também aumenta a conscientização do consumidor sobre questões
Compensações risco-recompensa que permitem aos indivíduos avaliar melhor a tomada de decisões
economicamente (KLAPPER e LUSARDI, 2020).
Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é mostrar como a aplicação da educação financeira é capaz de
influenciar a decisão dos consumidores em relação ao uso do cartão de crédito. De forma mais específica
, buscou-se Analisar a importância da educação financeira e de que maneira ela impacta a vida dos
brasileiros, Mostrar qual a relação entre o uso do cartão de crédito e a Educação Financeira, Entender
como o baixo conhecimento sobre financias está relacionado com o excesso de gasto e endividamento
com o cartão de crédito. Verificar fatores que levam ao uso compulsivo do cartão de crédito.A metodologia
utilizada compreendeu uma pesquisa básica, de abordagem bibliografica e documental inicialmente, A
metodologia a ser empregada é a indutiva, pois esta permite realizar uma associação lógica entre
conhecimentos mais generalizados, e assim alcançar um resultado satisfatório com base eminformações
diversas sobre um determinado assunto.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

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Há muita discussão sobre a qualidade do ensino no Brasil. Em um mundo globalizado, é importante que as
pessoas tenham conhecimento e habilidades para lidar com questões do dia a dia, no trabalho, na
economia e em outros aspectos da sociedade. Para isso, é fundamental que as pessoas tenham
habilidades em interpretação de textos e matemática, pois essas áreas estão presentes em nosso
cotidiano.

2.1 A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO BRASIL


E como está o sistema de ensino brasileiro nesse aspecto? As pessoas estão conseguindo adquirir o
conhecimento mínimo necessário para se adaptar ao mundo tecnológico e dinâmico em que vivemos?
A preocupação com a educação é tão importante que a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) trabalha para promover padrões internacionais para resolver
problemas ou situações nos setores econômico, financeiro, comercial, social e até ambiental. Essa
instituição foi criada em 1948 como Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OECE) e,
devido ao seu sucesso, os Estados Unidos e o Canadá se juntaram às nações que já faziam parte da
OECE. Em 1961, surgiu a OCDE, com sede em Paris, na França.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem dado muita atenção à
educação e, em 1997, desenvolveu o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que visa
avaliar o desempenho dos alunos em três áreas-chave: leitura, matemática e ciências. Desde a primeira
edição, em 2000, o Brasil participa voluntariamente. Os resultados mostram que o Brasil sempre se
classificou pior desde o primeiro teste.
Devido ao baixo desempenho em alguns países, a OCDE cria alternativas para ajudá-los a melhorar o
conhecimento dos alunos. Uma das ações sugeridas é a Educação Financeira, que pode ajudar a
melhorar a interpretação e a matemática.
Até 2010, havia poucas ações voltadas para a Educação Financeira no Brasil. Isso mudou com a criação
da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) com o Decreto 7397/2010, publicado no Diário
Oficial de União de 22 de dezembro de 2010. Desde então, a Educação Financeira começou a ganhar
importância, inclusive nas escolas. O site oficial da ENEF utiliza o seguinte conceito para EF:

Educação Financeira é o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua


compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação,
formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem
mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem
informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim,
podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis,
comprometidos com o futuro (OCDE, 2005).
Ainda, tratando de recursos pedagógicos com ênfase voltada para o seu ensino, pode-se dizer que,
Educação Financeira é um processo educativo que, por meio de aplicação de métodos próprios,
desenvolve atividades para auxiliar os consumidores a orçar e gerir a sua renda, a poupar e a investir; são
informações e formações significativas para que um cidadão exerça uma atividade, trabalho, profissão e
lazer, evitando tornarem-se vulneráveis às armadilhas impostas pelo capitalismo (NEGRI, 2010, p.19).

A EF no Brasil começou a ganhar força com a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

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em 2017, na qual contempla a EF na Educação Básica.

2.2 CARTÃO DE CRÉDITO

Os cartões de crédito surgiram na década de 1920, quando bares e comércios ofereciam crédito aos
clientes fiéis. Mas, segundo a ABECS (2019) ?(Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços), o
cartão de crédito como conhecemos hoje começou em 1950. Frank MacNamara esqueceu seu talão de
cheques e dinheiro em um jantar com executivos financeiros em Nova York. O dono do restaurante aceitou
que a conta fosse paga no dia seguinte, desde que os convidados assinassem a fatura. Foi aí que Frank
teve a ideia de criar um mecanismo de controle para pagar contas de forma mais concentrada.

Foi assim que surgiu o primeiro cartão de crédito, o "Diners Club Card". Era um cartão de papel aceito em
27 restaurantes nos EUA e usado por 200 pessoas, principalmente amigos de MacNamara. Em 1952, o
cartão ganhou popularidade e passou a ser aceito em vários estabelecimentos.
Conforme argumenta Coelho (2010, p. 518), ?O cartão de crédito, propriamente dito, é o documento pelo
qual o titular prova, perante o fornecedor, a existência do contrato com a instituição financeira emissora?.
O cartão de crédito é fornecido por uma instituição financeira - IF. O cliente assina um contrato que
estabelece os termos de uso, taxas e juros. Hoje em dia, as instituições financeiras oferecem cartões de
débito e crédito com bandeiras nacionais e internacionais, permitindo movimentações dentro e fora do país
.
Cartões de crédito e débito oferecem facilidades como saques e pagamentos à vista ou parcelados. Com o
cartão de crédito, o consumidor pode escolher pagar o mínimo ou o total da fatura. A fatura é fechada em
um dia acordado com a instituição financeira. Compras feitas após o fechamento da fatura são cobradas
no próximo mês. Se o cliente pagar apenas o mínimo, a próxima fatura incluirá juros e taxas, o que pode
levar ao endividamento.

Para usar um cartão de débito, é preciso ter dinheiro na conta. Algumas instituições financeiras oferecem
cheque especial, que funciona como um empréstimo para situações urgentes, mas cobra juros. Já o cartão
de crédito tem um limite de crédito definido pela instituição financeira. A cada compra, o limite diminui e só
é liberado novamente quando a fatura é paga. Se o limite for atingido, compras futuras são negadas.

2.3 ENDIVIDAMENTO COM CARTÃO DE CRÉDITO

No mercado financeiro hoje, percebe-se um aumento e facilidade dos consumidores em ter acesso ao
crédito. Seja a partir de bancos ou fintechs, aumentar o poder de compra se tornou uma coisa simples, e
com menos burocracia que há algum tempo atrás.
Com o avanço da tecnologia, os bancos conseguem cruzar dados com o Banco Central e a Receita
Federal para facilitar a aquisição de cartões de crédito, empréstimos e outros serviços financeiros. Muitas
pessoas são atraídas pela facilidade e comodidade que os cartões de crédito oferecem.
[3: Dados abertos. Banco Central do Brasil. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao
/dadosabertos>. Acesso em: 23/11/2021.]
Consequentemente, as pessoas tendem a se tornarem mais consumistas, seja no mercado digital ou físico
. No entanto, esse consumo em excesso acaba comprometendo a integralidade de seus rendimentos e a

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saúde financeira da pessoa.


O cartão de crédito pode ser um grande aliado quando usado de forma responsável e inteligente. Com
planejamento adequado, ele pode ajudar em situações de emergência ou na compra de itens de alto valor.
Infelizmente, nem todos usam o cartão de crédito de forma responsável, o que pode levar a atrasos no
pagamento e endividamento. Por isso, é importante falar sobre o uso consciente do cartão de crédito para
evitar problemas financeiros.

E o consumo consciente está diretamente relacionado com a educação financeira. Nos dias atuais, com o
alto índice de endividamento, que atinge quase 75% das famílias brasileiras, esse tema necessita ganhar
mais relevância para mudar essa realidade.
[4: Com 74,6%, o endividamento dos brasileiros alcança o maior percentual em 11 anos. Disponível em:
<https://www.cut.org.br/noticias/com-74-6-endividamento-dos-brasileiros-alcanca-o-maior-percentual-em-
11-anos-e59b>. Acesso em: 20/11/2021.]
De acordo com pesquisa realizada em 2021, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo, dados obtidos com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor-PEIC, o
número de brasileiros endividados atingiu 74,6%, a maior taxa em 11 anos.
[5: Endividamento bate novo recorde e atinge 74,6% das famílias, aponta CNC. Disponível em: <https
://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/04/endividamento-bate-novo-recorde-e-atinge-746percent-das-
familias-aponta-cnc.ghtml>. Acesso em: 25/11/2021.]
A pesquisa mostrou que 12,2 milhões de famílias têm dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito,
cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestação de carro e casa. O
cartão de crédito é o principal tipo de dívida, representando 84,9% dos inadimplentes no país.(BACEN)

Esta situação de grande parte dos indivíduos traz a tona questionamentos sobre a necessidade de
alfabetização e educação financeira:

[...] os dados são preocupantes e levam a crer que, a menos que medidas sérias sejam tomadas no
sentido da conscientização e alfabetização financeira da população brasileira, a vulnerabilidade do
consumidor e sua propensão ao endividamento tenderão a crescer mais e mais, podendo levar a graves
consequências, tanto no âmbito pessoal e familiar do cidadão, como também no âmbito da sociedade
como um todo, caso esses fatos realmente desencadeiem uma crise de crédito no país [...] (DONADIO,
2012, p. 85)

Considerando essa problemática, de altas taxas de endividamento provenientes de cartão de crédito, a


pesquisa busca mostrar os caminhos mais viáveis para contornar essa situação, trazendo à tona o
questionamento de ?Como a educação financeira pode contribuir no uso racional do cartão de crédito??.
Dessa forma, trata-se de um tema altamente relevante, e que traz dados alarmantes sobre a falta de
educação financeira em nosso país, e as consequências disso.
De forma geral, o impacto da Educação Financeira precisa ser visto como um tema de grande relevância
no futuro das pessoas. (PELICIOLI, 2011, p. 35)

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2.4 EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO QUALIDADE DE VIDA

A educação financeira é fundamental no Brasil contemporâneo, pois impacta de forma direta nas decisões
financeiras e econômicas de pessoas e famílias. (SAVOIA, 2007, p. 1125)
De acordo com Roberts e Jones (2001) apud Donadio (2012, p. 83), o uso do cartão de crédito pode levar
a gastos desnecessários, já que torna as transações financeiras mais fáceis e nos faz esquecer que
estamos gastando dinheiro de verdade
Para Pelicioli (2011, p. 28), o ato de consumir traz prazer ao indivíduo, e ocorre uma identificação entre
esses momentos, restando poucos diálogos racionais neste tipo de consumo.
À medida que mais pessoas têm acesso ao cartão de crédito, especialmente aquelas que antes não
tinham, mudanças de comportamento são observadas. Infelizmente, isso também leva a um aumento no
número de pessoas que não conseguem pagar suas dívidas. (DONADIO, 2012, p. 83)
O aspecto financeiro é fortemente valorizado em uma economia de mercado - vivenciada atualmente em
grande parte do mundo - e nesse sistema, a tendência é o acúmulo de supérfluos. Há a deformação de
valores pessoais e o consumismo é visto como elemento da ?felicidade?. (PELICIOLI, 2011, p. 24)
Em contrapartida, o planejamento financeiro permite consumir mais, e consumir melhor. De acordo com o
BACEN, "Consumir mais por meio da potencialização do dinheiro e melhor via eliminação de desperdícios
.?
De acordo com Donadio (2012, p. 77) o aumento das dívidas dos brasileiros pode ser atribuído à falta de
conhecimento financeiro da maioria da população. Segundo o autor, ?ser financeiramente alfabetizado
significa ser capaz de usar o conhecimento adquirido de forma competente. No entanto, é difícil medir
diretamente a alfabetização financeira [...]?.

Nas palavras de Pelicioli (2011, p. 3), a consciência financeira é uma constante batalha entre desejo e
necessidade. Enquanto há consciência de suas finanças, a necessidade é priorizada, enquanto quando a
educação relacionada às finanças não está presente, prioriza-se o desejo.

A alfabetização financeira traz muitos questionamentos aos indivíduos, como:

qual seu nível de alfabetização financeira; se existe a consciência da proporção que dívidas tomam
quando mal administradas; se há conhecimento das tarifas, taxas e outros custos quanto ao cartão de
crédito; se o uso do cartão ultrapassa o nível de renda, levando o indivíduo a gastar mais do que ganha.
(Donadio, 2012, p. 78)

Para isso, a participação das instituições financeiras é fundamental:

O envolvimento das instituições financeiras no processo de educação financeira deve ser estimulado, de
tal forma que a adotem como parte integrante de suas práticas de relacionamento com seus clientes,
provendo informações financeiras que estimulem a compreensão de suas decisões, principalmente nos
negócios de longo prazo e naqueles que comprometam expressivamente a renda atual e futura de seus
consumidores. A educação financeira deve ser um processo contínuo, acompanhando a evolução dos
mercados e a crescente complexidade das informações que os caracterizam. (SAVOIA, 2007, p. 1129)

A pesquisa evidencia que a conscientização da população faz-se necessária, bem como a educação

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financeira, pois é capaz de dar às pessoas mais conhecimento e instrumentos que mostram todos os
fatores relevantes em uma decisão financeira eficiente. (LUCCI, 2006, p. 5)
Quando você entende mais sobre finanças, pode fazer escolhas de consumo mais conscientes. ?Isso é
bom para você, para a sociedade e para o meio ambiente. Consumo consciente significa levar em conta
não apenas o dinheiro, mas também questões sociais e ambientais ao decidir o que comprar.? (BACEN)
Para Lucci (2006, p. 4), a educação financeira pode afetar muitas áreas da nossa vida. Ela nos ajuda a
tomar decisões mais conscientes e a ter mais bem-estar. Por outro lado, se não aprendemos sobre
finanças, podemos ter problemas com compras, acesso ao crédito e até mesmo na carreira.
Além disso, podemos ter dificuldades em organizar nossas contas e acabar com o nome sujo no SPC ou
SERASA.
Por este motivo, é muito importante tratar da educação financeira dos indivíduos, especialmente em um
mundo onde somos incentivados a comprar coisas que não precisamos. Isso pode nos ajudar a ter uma
vida melhor.

3 CAMINHOS METODOLÓGICOS

Para alcançar os resultados esperados, a pesquisadora realizou uma pesquisa bibliográfica, inicialmente.
De acordo com Mazucato (2018, p. 46) ?nesta modalidade as principais fontes para a realização da
pesquisa são bibliográficas (livros, capítulos de livros, artigos científicos etc.); [...]?
Fonseca (2002, p. 32) afirma que ?a pesquisa bibliográfica é feita a partir de materiais já publicados, como
livros e artigos científicos que podem ser encontrados em bibliotecas.?
Para tornar o trabalho mais completo e com informações reais sobre a situação financeira dos brasileiros,
também foi feita uma pesquisa com documentos, que segundo Mazucato (2018, p. 46) ?esse tipo de
pesquisa é feito a partir de documentos como fonte principal de informação.?
Para Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa documental é feita a partir de muitas fontes diferentes, como
?tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais e até mesmo filmes, fotos e pinturas
,etc.?
Para ter o melhor resultado possível, a pesquisadora usou tanto a pesquisa bibliográfica quanto a
documental. Isso permitiu que ela reunisse conhecimentos teóricos e também informações reais sobre a
situação financeira no Brasil.
A metodologia usada é a indutiva, que permite juntar informações de diferentes fontes para chegar a um
resultado satisfatório sobre um assunto específico. Nas palavras de Mazucato (2018, p. 54):

O método indutivo indica que o caminho que a pesquisa deverá percorrer passará pela seguinte trajetória:
a partir da constatação ou levantamento de informações particulares, a pesquisa buscará chegar a um
conhecimento mais generalizado. A partir da observação de um conjunto razoável de fenômenos
semelhantes, o estudante tentará descobrir uma relação existente entre estes fenômenos e elaborar uma
explicação mais generalizante que abarque todos os fenômenos observados (e, também, que possa ser
aplicada aos fenômenos semelhantes ainda não observados).

A principal ferramenta usada nessa pesquisa é a análise de documentos já existentes para encontrar as
informações necessárias.
De acordo com Barbosa (1999): ?Usar documentos já existentes para fazer uma pesquisa pode

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economizar tempo e dinheiro. Além disso, essas informações são confiáveis e não precisam ser coletadas
de uma maneira específica.?
Muitas vezes, existem informações que não são usadas de maneira eficiente. A pesquisa documental
pode ajudar a explorar essas informações e torná-las relevantes para a área de conhecimento da pesquisa
.

4 A EF NO CONTROLE DO CARTÃO DE CRÉDITO

Neste capítulo, vamos estudar o endividamento causado pelo uso do cartão de crédito. Vamos analisar os
fatores que contribuem para isso, com base em hipóteses levantadas em estudos anteriores.

4.1 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Neste subtítulo, vamos ver alguns fatores que podem levar ao endividamento pelo uso do cartão de crédito
. São oito fatores no total e vamos analisar cada um deles.
4.1.1 Atitude Financeira
Para Ajzen (1991) as atitudes financeiras de uma pessoa são influenciadas por suas crenças econômicas
e não econômicas. Essas crenças podem levar a pessoa a tomar certas decisões financeiras, sendo a
chave do processo de tomada de decisão.
O estudo de Kim e De Vaney (2001) as atitudes de uma pessoa estão relacionadas às suas intenções de
comportamento. Isso significa que a atitude financeira de uma pessoa pode influenciar como ela lida com
suas finanças, incluindo o uso do cartão de crédito. Norvilitis et al. (2006) propõe em seu estudo que
comportamentos menos controlados em relação ao uso de crédito geram maiores riscos de endividamento
.
Montalto et al. (2019) afirma que ensinar sobre finanças nas universidades pode ajudar a melhorar as
atitudes financeiras dos jovens.

4.1.2 Comportamento Financeiro

O comportamento financeiro está diretamente relacionado ao grau de alfabetização financeira. Para Hung
et al. (2009) a alfabetização financeira significa ter conhecimento e habilidade para gerenciar suas
finanças. Isso inclui saber como usar esse conhecimento para tomar boas decisões financeiras. Já para
Criddle (2006) trata-se de dominar alternativas que possibilitem o estabelecimento de metas financeiras.
A alfabetização financeira proporciona tomada de decisão mais assertivas no contexto monetário de suas
vidas (POTRICH et al., 2015). Atkinson e Messy (2012) Ser financeiramente alfabetizado tem muitos
benefícios. Pessoas que entendem de finanças conseguem controlar seus gastos e ter segurança
financeira. Por outro lado, quem não tem conhecimento financeiro pode gastar demais e usar o crédito de
maneira exagerada. Segundo Norvilitis et al. (2006) pessoas não alfabetizadas financeiramente são
incapazes de tomar decisões adequadas quando se trata do uso do dinheiro.
Bartley (2011) e Hung et al. (2009) idade, renda familiar e experiências financeiras podem influenciar
positivamente o comportamento financeiro de uma pessoa. Xiao et al. (2011) indicam que cursos de
educação financeira no ensino médio e faculdade agregavam maior conhecimento subjetivo, embora o não
estivessem associados ao conhecimento objetivo dos alunos.

4.1.3 Comportamento de Uso de Cartão de Crédito

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Trazendo alta conveniência, comodidade e possíveis vantagens em situações de perda ou roubo, o cartão
de crédito foi rapidamente difundido na sociedade (LEE; KWON, 2002). Entretanto, Schor (1998) acredita
que a facilidade de compra e obtenção de crédito que os cartões trazem geram gastos excessivos na
população.

O aumento das dívidas de cartão de crédito entre os jovens tem gerado preocupação sobre a falta de
conhecimento sobre como usar o cartão de maneira responsável (DANES; HIRA, 1987).

Atualmente vive-se em uma sociedade de cartões de crédito, onde jovens crescem usando a ferramenta
fazendo dívidas livremente (RITZER, 1995). Wang e Xiao (2009) associam o uso do cartão de crédito a
gastos compulsivo.
Foi descoberto que existe uma relação entre dívidas de cartão de crédito e a sensação de controle sobre a
vida e autoestima. Muitas vezes, os jovens veem suas dívidas como um investimento no futuro.
(HODSON et al., 2014).
Lea et al. (1995) alertam sobre o crescimento da ?cultura do endividamento?. É amplamente aceito que a
maneira como as pessoas veem as dívidas mudou muito no final do século XX. As pessoas passaram a
ter menos medo de se endividar e a aceitar dívidas causadas pelo consumo (ZUCKEMAN, 2000). Para
Gross e Souleles (2002) um dos motivos para o aumento das dívidas foi o aumento dos limites dos cartões
de crédito.

4.1.4 Compras compulsivas

Para O?Guinn e Faber (1989), compras compulsivas são quando uma pessoa compra de maneira
repetitiva e crônica como uma forma de lidar com sentimentos e situações negativas. Brougham et al.
(2011) descreve o comportamento como a incapacidade de controlar o desejo de compra dos
consumidores compulsivos e McElroy et al (1994) o tema é aprofundado ao abordar a preocupação mal
adaptativa com compras, que leva a impulsos incontroláveis de comprar coisas desnecessárias que muitas
vezes não se encaixam no padrão social do indivíduo. Isso causa angústia e problemas financeiros.
Segundo estudo de Veludo-de-Oliveira et al. (2014) em relação aos jovens brasileiros com
comportamentos compulsivos, concluiu-se que a ansiedade é uma das causas da compra compulsiva,
agravada pelo uso inadequado de cartões de crédito. Roberts e Jones (2001) evidenciam o peso do cartão
de crédito sobre a compra compulsiva e três atitudes sobre uso do dinheiro trabalhadas por Yamauchi e
Templer (1982), poder (prestígio), desconfiança e ansiedade.
Por fim, os mercados capitalistas incentivam as compras compulsórias, levando a um maior endividamento
. Wang e Xiao (2009) afirmam que as compras compulsivas são uma causa de endividamento, enfocando
especificamente o papel dos cartões de crédito no estímulo às compras.

4.1.5 Compras Impulsivas

Valence, D?Astous e Fortier (1988) explicam a distinção entre compra compulsiva e impulsiva, está nos
processos cognitivos que levam a cada tipo de comportamento de compra. Wang e Xiao (2009) a compra
impulsiva é descrita como o ato de ceder a um forte desejo de adquirir um produto imediatamente.

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Comportamentos impulsivos podem afetar o consumo de produtos e, em casos mais extremos, levar a
padrões graves de consumo excessivo e descontrolado (WANSINK, 1994). Segundo Norvilitis et al.
(2006), problemas com falta de controle sobre impulsos tendem a contribuir para o endividamento do
indivíduo.

4.1.6 Materialismo

Rassuli e Hollander (1986) o materialismo é descrito como uma mentalidade focada em adquirir e gastar.
É um valor para o consumidor que se baseia em três componentes: a importância da aquisição, a busca
da felicidade através da aquisição e o sucesso medido pela posse. (RICHINS; DAWSON, 1992).
Richins e Dawson (1992) seu estudo mostrou que pessoas mais materialistas tendem a desejar uma renda
maior e valorizam mais a segurança financeira do que as relações interpessoais. Isso pode resultar em
uma vida menos satisfatória do que a de pessoas menos materialistas. Segundo Fox e Lears (1983) as
pessoas estão constantemente buscando uma vida melhor através do consumo. Há um desejo insaciável
de adquirir cada vez mais bens. Para Drentea e Lavrakas (2000), o aumento do consumo nas últimas
décadas tem levado ao endividamento através do uso do cartão de crédito. Isso mostra uma ligação direta
entre o materialismo e o endividamento do cartão de crédito, causado por uma má gestão e compras
compulsivas.

4.1.7 Percepção de risco

Pigdeon et al. (1992) define percepção de risco a forma como as pessoas pensam e reagem a um
acontecimento ameaçador. Tal reação é baseada em um conjunto de crenças e valores do indivíduo.
Slovic et al. (2004) completa que seres humanos avaliam o risco através de sentimentos intuitivos.
Finucane et al (2000) afirma que o nível de educação e racionalidade de uma pessoa pode influenciar
diretamente sua percepção de risco.
De acordo com uma pesquisa realizada com bolsistas e residentes em um centro médico acadêmico de
duas universidades americanas, concluiu-se que há baixa tolerância ao risco de investimento
acompanhada de baixa alfabetização financeira entre os alunos (AHMAD et al. 2017). A idade dos
bolsistas e residentes pesquisados era entre 28 e 33 anos.
Olivato e Souza (2007) afirmam que aspectos comportamentais associados a percepção de risco do
consumo podem desencadear endividamentos. Já Nelson et al. (2008) aponta que a falta de gestão de
riscos na área financeira pode levar ao endividamento e outros riscos à saúde do indivíduo. Conclui-se,
portanto, que a percepção do risco tem impacto direto na vida pessoal.

4.1.8 Ansiedade

Margis et, al (2013) define a ansiedade como sentimento natural do ser humano em situações de reação a
qualquer perigo percebido. Drentea (2000) relata que dificuldades financeiras causam ansiedade,
principalmente quando há endividamento.
Segundo Heckman et al. (2014) e Ross et al. (1999), pesquisas realizadas em universidades norte-
americanas mostram que aproximadamente 70% dos estudantes universitários estão estressados com
suas finanças pessoais. Aqueles que apresentam maior estresse financeiro têm maior probabilidade de
enfrentar dificuldades acadêmicas e desafios para concluir seus estudos universitários, além de terem seu

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bem-estar afetado (ROBB, 2017). Montalto et al. (2019) conclui que o uso de empréstimos financeiros
influencia o bem-estar de alunos universitários, como ansiedade e autoeficácia.
Percebe-se, segundo proposto por Roberts e Jones (2001), que o dinheiro representa uma linha muito
tênue na vida das pessoas, pois a acumulação de capital é vista como uma forma de proteção contra a
ansiedade, enquanto a falta de capital é vista como uma fonte de ansiedade.
Drentea (2000), o endividamento pode aumentar a ansiedade. Para Roberts e Jones (2001), também
descobriram que a relação entre ansiedade e compras compulsivas é mais forte em pessoas que usam
cartão de crédito.

4.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NO ENDIVIDAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO


Embora muitas pessoas falem sobre educação financeira e como é fácil se organizar financeiramente,
nem sempre é tão simples assim. Pode ser difícil para aqueles que não têm familiaridade com conceitos
financeiros. Existem armadilhas que nem sempre são mencionadas, mas superá-las pode realmente
ajudar a colocar as finanças em ordem.
Os próprios bancos, preocupados com o grande número de pessoas endividadas com cartão de crédito,
fornecem orientações sobre como controlar as finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de
crédito. Vejamos.

1- O começo pode ser desconfortável

Preencher uma planilha de gastos pode ser desconfortável e você pode pensar em desistir. Se você já
tentou antes, sabe do que estamos falando. Mas por que é desconfortável? Porque colocar renda e gastos
no papel mostra duas coisas: 1) todos os gastos desnecessários que consomem boa parte da sua renda;
2) e que mudar esse cenário não é fácil.
Quer um exemplo do cotidiano? Você sabe que pegar 10 Ubers por mês pagando R$ 7 vai dar R$ 70 no
final do mês, mas no dia a dia é só mais R$ 7. Quando você descreve o gasto total na planilha, dói no
bolso, pela primeira vez. Você começa a visualizar todos os pequenos gastos diários, que multiplicados,
dão um valor maior. O resultado é: você gastou mais que ganhou.

2- Trabalhoso

Por que aplicar educação financeira na vida pode ser trabalhoso? Porque é preciso ter controle de todos
os gastos e ganhos. Isso significa atualizar o controle financeiro pelo menos uma vez a cada dois dias
para ter certeza de que tudo está registrado.
Precisamos ter uma relação próxima com nosso dinheiro, ou com a falta dele. Sabe o famoso tema do
gasto fixo, gasto variável etc.? Ele é real e precisa ser feito.
Sabe as assinaturas de streaming, música, podcast, cosméticos? Chegou a hora de analisar se elas
realmente valem a pena e cancelar ou suspender se achar que o custo benefício não está compensando.
É importante conhecer e avaliar as contas que estão em débito automático, incluindo os valores e datas de
vencimento. Isso porque o banco não verifica se você tem saldo suficiente ou se vai entrar no cheque
especial com aquele débito, o que pode resultar em cobranças de juros. Isso pode ser evitado se você
tiver saldo em outra conta para pagar a fatura manualmente. Isso nos leva ao próximo ponto.
3- Pode sim atrasar contas

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Se você gastar mais do que ganha, algum boleto ficará sem pagamento. É importante respirar e escolher
quais boletos pagar. Para isso, é preciso saber tudo sobre os gastos e responder a três perguntas: 1).
Quais são as taxas de juros cobradas em caso de atraso?; 2). Quantas contas posso atrasar antes que o
serviço seja suspenso?; 3). Quais desses serviços são essenciais para minha sobrevivência?"
Aprender sobre seus gastos é importante para decidir se deve ou não pagar uma fatura. Além disso,
apenas as contas que não estão em débito automático podem ser adiadas.

Contas de telefone e energia geralmente têm juros mais baixos do que faturas de cartão de crédito, mas o
serviço pode ser suspenso após o atraso de duas faturas e só é religado após o pagamento integral da
dívida, dependendo da cidade onde você mora
4- Respeite seu Limite
Sabe como funciona um cartão de crédito? Com ele é possível fazer compras até o valor total do limite
liberado. Assim como um cartão de crédito, você também tem um limite de gastos. Esse limite é seu
salário.
Se você ganha R$ 2.200 por mês, pode gastar R$ 2.200. Se comprar algo parcelado em três vezes de R$
200, nos próximos três meses, seu limite de gastos será de R$ 2.000. Isso vale para todas as suas
despesas. Uma dica importante é projetar seus gastos futuros para entender como seu limite de gastos
estará nos próximos meses e tomar boas decisões de compras e pagamento de dívidas.
5- Esqueci de preencher a planilha, e agora?
Como o cotidiano é corrido, o esquecimento ocorrerá. Logo, vai acontecer de não fazer nenhuma anotação
na sua planilha de controle. Então a pessoa pode perder os comprovantes ou não lembrar os valores
exatos na hora de atualizar. E aí, o que fazer? Se você não se lembra dos valores exatos, pode 'chutar' os
valores. Algumas dicas são: 1) nos gastos, arredonde para mais. Por exemplo, se o café custou R$ 2 e
você comeu um docinho que não lembra o preço, coloque R$ 6. Assim, você não corre o risco de registrar
menos do que gastou; 2) nos ganhos, arredonde para menos. Se alguém te pagou por um serviço e você
lembra que foram 30 e poucos reais, anote R$ 30. Isso evita registrar um ganho maior do que o real e
evita surpresas ruins como gastar mais do que previsto
E quanto ao controle especificamente do cartão de crédito, talvez haja o seguinte questionamento: ?como
usar o cartão de crédito da forma certa??. Para se conseguir tal feito, segundo a maioria dos educadores
financeiros, faz-se necessário seguir os seguintes passos:
1. Estabelecer um teto para compras
Defina um limite para as compras para manter o controle do cartão de crédito. A recomendação geral é
não comprometer mais do que 30% da renda com a fatura. Se o limite for maior do que esse valor, ajuste-
o para coincidir com a porcentagem. Assim, se você gastar tudo o que pode e tentar extrapolar o limite, o
próprio cartão bloqueará a compra. Pode ser constrangedor se você não perceber que chegou ao limite,
mas suas finanças agradecerão.
2. Usar o pagamento automático de fatura
Muitas pessoas acabam atrasando o pagamento da fatura e pagando juros por esquecer o dia do
vencimento. Isso pode acontecer na correria do dia a dia ou por causa de contratempos. Para evitar isso, é
melhor cadastrar o pagamento da fatura em débito automático. Assim, se houver dinheiro na conta, o
valor será descontado automaticamente no dia do vencimento da fatura.
3. Ter atenção aos parcelamentos
Ter um grande limite no cartão de crédito não significa que você pode parcelar tudo o que quiser. Em vez
disso, tente fazer compras à vista e usar o cartão apenas para compras que não podem ser pagas na hora

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. Mas tenha cuidado com o valor da fatura. Se for necessário parcelar, faça-o em um número maior de
vezes e tenha certeza de que conseguirá pagar em dia. Se o seu cartão permitir e você tiver dinheiro
disponível, pode adiantar alguns pagamentos. Algumas empresas até oferecem descontos nesses casos.
4. Lembrar de que o saldo do cartão é um empréstimo
Lembre-se de que o limite do seu cartão de crédito não é dinheiro seu. É uma quantia emprestada que
você terá que devolver mais tarde. Se ajudar, imagine o cartão de crédito como um personagem a quem
você recorre quando precisa de um empréstimo.
Lembrar disso frequentemente pode ajudá-lo a pensar duas vezes antes de usar o cartão, pois você terá
que devolver o dinheiro e comprometer seu salário nos meses seguintes.
Isso pode significar abrir mão de algo que você quer muito fazer no futuro.
5. Pagar o total da fatura
Se você seguir os passos anteriores, verá que o valor total da fatura será sempre acessível. Seja com
parcelas menores que cabem no seu orçamento ou com contas que você decidiu pagar à vista, isso dará
um alívio no fim do mês. Assim, você evita parcelar ou atrasar pagamentos e deixa de pagar juros altos.
Se a fatura estiver muito alta, pode ser um sinal de que é hora de revisar sua estratégia.
6. Pesquisar os cartões certos para você
Muitos cartões de crédito não cobram anuidade e isentam de várias taxas. Por isso, é importante
pesquisar quais são os mais vantajosos para o seu bolso. Faça um levantamento dos principais cartões
disponíveis e compare benefícios, programas de pontos e taxas cobradas por parcelamento, atraso e
rotativo. Isso pode ajudar a reduzir os gastos mensais e minimizar o impacto caso seja impossível evitar
um atraso.
7. Preferir o débito sempre que possível
Sempre que tiver saldo na conta e o dinheiro não estiver comprometido, prefira pagar as compras no
débito. Lembre-se de que o crédito concedido pelo cartão é um dinheiro que você terá que devolver mais
tarde. Por isso, pode não ser uma boa ideia assumir esse compromisso para o futuro. Se ocorrer algum
imprevisto ao longo do mês e você tiver que pagar no crédito, terá que lidar com uma fatura menor.
O cartão de crédito pode ser um ótimo recurso financeiro se usado de maneira estratégica e não como
desculpa para comprar o que não pode pagar. É preciso ter disciplina e controle financeiro ao usá-lo.
Seguindo o roteiro que vimos até aqui, será cada vez mais fácil se acostumar com o cartão. Com o tempo,
será natural avaliar quando vale a pena comprar no crédito. E não se esqueça de monitorar seus gastos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo demonstrar a importância da educação financeira
para a população e como ela influencia o uso do cartão de crédito e o dia a dia. O estudo mostrou que o
nível de conhecimento dos conceitos financeiros está diretamente relacionado ao nível de educação
financeira. Inicialmente, foi abordada a educação financeira no Brasil e, em seguida, discutido o uso do
cartão de crédito e o endividamento relacionado a ele. Uma pesquisa realizada em 2021 pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostrou uma alta taxa de inadimplência
com cartões de crédito, reforçando a importância da educação financeira. A educação financeira é
fundamental para tomar decisões financeiras e econômicas pessoais e familiares. Este trabalho destaca 8
fatores que contribuem para o endividamento com cartões de crédito e oferece dicas para controlar as
finanças pessoais, especialmente o uso do cartão de crédito. As informações apresentadas neste artigo
são úteis não apenas em relação ao uso do cartão de crédito, mas também às finanças pessoais em geral.

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