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Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


Para mais detalhes sobre o CopySpider, acesse: https://copyspider.com.br

Instruções
Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo
de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

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Relatório gerado por: igorluzgoncalves@gmail.com
Modo: web / normal

Arquivos Termos comuns Similaridade


TP1_5298_5311_6496.pdf X 750 10,51
https://publicacoes.ifba.edu.br/etc/article/view/8/12
TP1_5298_5311_6496.pdf X 349 7,10
https://sobreasaguas.com/2023/04/20/como-determinar-a-
vazao-de-referencia-q-710
TP1_5298_5311_6496.pdf X 177 3,33
https://brunharawater.com.br/corrosao-em-tubulacoes-de-agua-
industrial-e-ou-potavel
TP1_5298_5311_6496.pdf X 719 3,15
http://mais-cidadania-itapetinga.comunidades.net/index.php
TP1_5298_5311_6496.pdf X 103 1,77
https://www.naturoterapias.com/blog/a-importancia-do-ph-no-
corpo-humano
TP1_5298_5311_6496.pdf X 49 0,65
https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/educere/article/down
load/10517/5062
TP1_5298_5311_6496.pdf X 25 0,53
https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/educere/article/view/
10517
TP1_5298_5311_6496.pdf X 15 0,35
http://www.daee.sp.gov.br/site/hidrologia
TP1_5298_5311_6496.pdf X 13 0,23
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4371420/mod_resource
/content/1/SISTEMA END%C3%93CRINO.pdf
TP1_5298_5311_6496.pdf X 7 0,11
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/hipofise
Arquivos com problema de download
http://www.daee.sp.gov.br Não foi possível baixar o arquivo. É
recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). HTTP
response code: 302 - Index 30 out of
bounds for length 30

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=================================================================================
Arquivo 1: TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Arquivo 2: https://publicacoes.ifba.edu.br/etc/article/view/8/12 (4377 termos)
Termos comuns: 750
Similaridade: 10,51%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://publicacoes.ifba.edu.br/etc/article/view/8/12 (4377 termos)

=================================================================================
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CAMPUS RIO PARANAÍBA
MARIA ISABEL RODRIGUES - 5298
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS - 5311
LUCAS DUARTE PEREIRA - 6496
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
TRABALHO PRÁTICO 1
Minas Gerais
2023
MARIA ISABEL RODRIGUES
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS
LUCAS DUARTE PEREIRA
TRABALHO PRÁTICO 1- CIDADE JABOTICABAL
Trabalho apresentado à
Universidade Federal de Viçosa,
Campus Rio Paranaíba, como
parcela do modo de avaliação da
disciplina Sistemas de
Abastecimento de Água. Curso:
Engenharia Civil.
Professor Responsável: Igor Luz.
Minas Gerais
Novembro - 2023
1
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO 3
2- OBJETIVO 3
3- DADOS E METODOLOGIA 5
4- RESULTADOS 7
5- CONCLUSÕES 9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH 10
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
2

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1- INTRODUÇÃO
A ausência de planejamento para a utilização dos recursos naturais, em
especial dos recursos hídricos (RH), muitas vezes por causa da ilusão da farta
disponibilidade, faz com que o uso de técnicas inadequadas acabe gerando um ciclo
de consequências negativas, resultando em perdas econômicas, sociais e
ambientais, e assim ocasionando o declínio do desenvolvimento e do bem-estar
social.
Devido ao crescimento populacional e econômico esperado para as próximas
décadas, a demanda por RH tende a crescer e a intensificar os problemas
relacionados a esses recursos, tanto em regiões que já sofrem quanto em regiões
que passarão a sofrer com eventos de escassez. Uma forma de tentar contornar,
adequadamente, essa possível situação é gerir os RH e o meio ambiente como um
todo.
Segundo Ribeiro, Marques e Silva (2005), o conhecimento da disponibilidade
hídrica no âmbito de uma bacia hidrográfica é parte fundamental dos estudos
hidrológicos. Pode-se compreender a bacia hidrográfica como sendo a unidade,
onde são modelados os processos físicos sob a perspectiva de gestão dos recursos
hídricos e do planejamento urbano e regional.
Os vários processos que comandam a característica hídrica de determinado
manancial fazem parte de um frágil equilíbrio, motivo pelo qual, alterações de ordem
física, química ou climática, podem modificar a sua qualidade. Tundisi (2003), afirma
que as alterações na abundância, distribuição e qualidade dos recursos hídricos
ameaçam a sobrevivência do Homem e as demais espécies do planeta, estando o
desenvolvimento sócio econômico dos países fundamentados na disponibilidade de
água de boa qualidade e na capacidade de sua conservação e proteção.
Para estudo, temos o município de Jaboticabal, localizado na porção nordeste
do Estado de São Paulo, onde é abastecido pela Bacia Hidrográfica do Córrego
Rico, tributária da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu, onde 70% da água que
abastece a cidade vêm do Córrego Rico (fonte superficial), 25% dos poços
artesianos e semi-artesianos (fonte profunda), e 5% do dreno da Estiva. A
população a ser abastecida neste município é de 71.821 habitantes de acordo com o
censo do IBGE no ano de 2022.
2- OBJETIVO
O estudo da vazão é de fundamental importância para o planejamento,
operação e gestão eficaz de sistemas de abastecimento de água. Aqui estão
3
algumas razões pelas quais o estudo da vazão é crucial para sistemas de
abastecimento de água:
1- Dimensionamento de captações - A vazão é essencial para dimensionar o
aprimoramento das captações de água. Com base na vazão disponível em
fontes hídricas, como rios ou aquíferos, é possível determinar a quantidade
máxima de água que pode ser captada de forma sustentável.
2- Planejamento de Estações de Tratamento de Água (ETAs) - A vazão influencia
diretamente o projeto e a operação das estações de tratamento de água.

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Conhecer a vazão permite dimensionar as ETAs para tratar a quantidade


adequada de água necessária para atender à demanda da população.
3- Reservas Hídricas e Armazenamento - O estudo da vazão é crucial para
determinar a quantidade de água que deve ser armazenada em reservatórios.
Isso garante um abastecimento contínuo durante períodos de demanda elevada
ou em épocas de vazões reduzidas.
4- Planejamento da Distribuição - Conhecendo a vazão, os sistemas de distribuição
podem ser planejados para melhorar a entrega de água à população. Isso inclui
a seleção de diâmetros de tubos e o dimensionamento de bombas.
5- Gestão da Demanda e Eficiência - A variação da vazão ao longo do tempo
influencia a gestão da demanda. Compreender as flutuações na vazão ajuda na
implementação de estratégias para gerenciar eficientemente o uso da água.
6- Previsão de Desempenho do Sistema - O estudo crucial para prever o
desempenho do sistema em diferentes condições, incluindo situações de
estimativa ou eventos climáticos extremos.
A Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433 de 1997, estabelece
cinco instrumentos de gestão, sendo a Outorga de direito de uso da água um dos
instrumentos (BRASIL, 1997). Neste instrumento, a Administração Pública autoriza
uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada a usar a água de um manancial
para determinada finalidade, como abastecimento humano ou animal ou para
alguma atividade econômica (ANA, 2019).
Análises técnicas são realizadas para avaliar as solicitações de Outorgas de
usos da água, como (ANA, 2019):
· Análise técnica de uso racional ou análise de empreendimento; e
· Análise de disponibilidade hídrica.
4
Na primeira, verifica se existe compatibilidade entre a vazão que está sendo
pleiteada com o tipo de empreendimento. Na segunda, analisa se o manancial tem
capacidade hídrica para atender à nova demanda.
As literaturas brasileiras na área de hidrologia, drenagem e hidráulica
amplamente utilizam vazões de referências em estudos para a determinação de
vazões mínimas (Q90, Q95 e Q7,10) que servem de subsídio nas análises técnicas
(DURANT et al., 2017; RIBEIRO et al., 2017; ULIANA et al., 2017).
Cada Estado e comitês estabelecem a vazão de referência para a concessão
de outorga. A partir de 2018, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema
(CBH-ALPA), do estado de São Paulo, passou a utilizar a Q90 (SÃO PAULO;
CBH-ALPA, 2018). O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) utiliza a vazão
de referência Q7,10 em base anual, para a concessão de outorga em Minas Gerais.
Porém, somente para a Bacia do rio Doce, a partir de setembro de 2022, foi
instituída a Q7,10 mensal como base de disponibilidade hídrica oficial do Igam
(GOMES, 2022).
A determinação das vazões Q90 e Q95 foram alvo de abordagem no artigo
?Como determinar vazões mínimas com curva de permanência??. Desse modo, o
método de determinação da vazão de referência Q7,10 será detalhadamente

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descrito, devido a sua relevância.


Para estudo, devemos obter a vazão Q7,10, onde esta pode ser entendida
como o valor anual da média de 7 vazões diárias consecutivas que pode se repetir,
em média, uma só vez a cada dez anos, ou seja, período de retorno de 10 anos
(VON SPERLING, 2007).
Essa vazão de referência estipula a vazão que ocorre a maior parte do
tempo, em um curso d'água, independente se for períodos de seca ou de chuva. A
vazão Q7,10 é considerada mais criteriosa em relação ao quesito segurança, se
comparada a Q90. Apesar disso, as formas de determinação de ambas são
semelhantes.
3- DADOS E METODOLOGIA
Os dados utilizados para os cálculos do presente estudo foram retirados do
site do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica, disponível nas
referências bibliográficas do documento. A série histórica de vazões médias diárias
disponível contempla o período de 1998 a 2020 sendo foi trabalhada de forma que
pudessem ser padronizados os valores. Alguns meses não haviam dados, sendo
estes, retirados das contas para uma maior precisão e assertividade quanto aos
cálculos.
5
A metodologia para a resolução do trabalho seguiu um passo a passo
pré-estabelecido em sala de aula pelo Professor Igor Luz, que seguia o seguinte
roteiro:
I. Acessar o site do DAEE: http://www.hidrologia.dace.sp.gov.br/ e fazer o
download da série histórica de vazões médias diárias de sua respectiva
cidade.
II. Plotar o gráfico das vazões no tempo (hidrograma);
III. Ordenar as vazões Q em N dias de registros em ordem decrescente;
IV. Dividir a série em 10 intervalos regulares entre a vazão máxima atingida e a
vazão mínima atingida;
V. A partir do passo 4 plotar o histograma de frequência:
VI. A partir do passo 3 - Atribuir a cada vazão ordenada Om a sua ordem de
classificação m;
VII. Calcular a sua probabilidade empírica de ser igualada ou superada P (O >=
Qm). que é calculada pela razão (m/N);
VIII. Plotar um gráfico de vazões ordenadas e suas respectivas probabilidades;
IX. Determinar a Q90 deste rio.
X. Obter a série de dados diários de vazão - lembrar de excluir os anos com
dados faltosos;
XI. Calcular as médias móveis de 7 dias para toda a série;
XII. Encontrar as mínimas médias móveis de 7 dias para cada ano;
XIII. Calcular a média e o desvio padrão das mínimas médias móveis anuais:
XIV. Substituir na fórmula de Gumbel para vazões mínimas descrita abaixo - esse
valor corresponderá a Q7,10 do seu curso d'água. Lembrando que o TR
utilizado no cálculo da Q710 é de 10 anos.

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Assim, seguindo o roteiro de cálculo solicitado, foram realizados os


procedimentos para obtenção dos dados procurados que serão expostos a seguir.
HIDROGRAMA
Para o cálculo do Hidrograma foram trabalhados os dados obtidos da (DAEE,
2023) de ano e suas respectivas vazões médias e plotado um gráfico Ano x Vazão
média, obtendo assim o gráfico do hidrograma desejado.
HISTOGRAMA
De forma a representar a frequência com que uma vazão acontece no curso
d?água em análise é construído o histograma. Sendo obtida a maior vazão e a
menor, e obtido o valor em 10 intervalos de regulares dentre a máxima vazão e a
mínima. Assim, para a construção do gráfico é plotado os intervalos no eixo das
ordenadas e os valores de vazão no eixo das abscissas.
6
CURVA DE PERMANÊNCIA
A curva de permanência representa a relação entre a vazão e a frequência
com a qual esta vazão é superada referente aos dados analisados. Por meio dela se
obtém o valor da Q90, que representa a vazão do rio que é maior ou igual a um
valor x que acontece 90% do tempo no ano. Sendo assim, no eixo vertical são
plotadas as vazões (m³/s) em escala logarítmica e no eixo horizontal as
probabilidades das vazões acontecerem de 0% a 100%.
VAZÃO Q 7,10
O valor referente a vazão Q7,10 representa a vazão mínima em 7 dias, com um
tempo de retorno de 10 anos para fins de cálculo. Sendo assim, para o cálculo foram
feitas iterações considerando médias móveis de 7 dias para todos os dados.
Obtendo-se o valor mínimo para cada ano em específico, e logo em seguida
calculando a média destes dados obtidos. Logo em seguida foi calculado o desvio
padrão destes dados utilizados para o cálculo da média. Por fim, utilizando a fórmula
de Gumbel:
(Eq. 1)? = ? + ? * 0, 45 + 0, 7797 * ?? ?? ( ???? ? 1 )?? ?? { }
Sendo:
? x ? valor de probabilidade de ocorrência (Q7,10 (m³/s));
? ? média amostral;?
? S ? desvio padrão;
? TR ? tempo de recorrência.
4- RESULTADOS
Após a realização do passo a passo descrito anteriormente, foram obtidos os
seguintes resultados, para Hidrograma, Histograma, Curva de Permanência e Vazão
Q7,10.
7
HIDROGRAMA
Figura 01 - Hidrograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Pelos resultados obtidos nota-se que a média de vazões é fica compreendida
entre 5 m³/s e 10 m³/s, mas com certos picos de 10 em 10 anos aproximadamente.

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HISTOGRAMA
Figura 02 - Histograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
8
O histograma representa uma assimetria de valor positivo e não obedece a
curva de distribuição normal.
CURVA DE PERMANÊNCIA
Figura 03 - Curva de Permanencia do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Ao analisar o gráfico da curva de permanência obtemos o valor da Q90 em
1,97; ou seja, em 90% do tempo o rio mantém uma vazão média de 1,97 m³/s.
VAZÃO Q 7,10
Trabalhando os dados e aplicando a Eq. 1 descrita anteriormente como
fórmula de Gumbel encontramos o valor de 3,2967 m³/s.
5- CONCLUSÕES
Analisando as duas vazões calculadas pode-se concluir e comprovar que a
Q7,10 é um dado mais conservador, em relação a Q90 obtida. Faz-se necessária a
análise criteriosa do uso do recurso hídrico do rio Mogi-Guaçu, uma vez que o
mesmo representa 70% do abastecimento da cidade de JABOTICABAL.
A antropização causada pelo ser humano em todas as frentes do meio
ambiente se faz preocupante nos dias de hoje, causando mudanças climáticas
intensas e clamando por um uso mais racional e consciente de todo e qualquer
recurso advindo da natureza.
9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH
A utilização de índices de qualidade da água (IQA) consolidou-se em nível
internacional nos últimos 30 anos, devido à sua aplicabilidade em transmitir
informações sobre o grau de poluição de mananciais utilizados pelos seres humanos
(Benetti e Bidone, 2001). A informação transmitida por meio de índices de qualidade
de água deve ser utilizada na avaliação média, de longo prazo, das condições de
qualidade em determinados cursos d?água, no intuito de subsidiar tomadas de
decisão em fase de planejamento. Para a identificação de problemas específicos de
qualidade de um determinado corpo hídrico e estudos mais detalhados, torna-se
necessária a avaliação individual dos parâmetros de interesse (Porto, 1991).
O Índice de Qualidade de Água (IQA) consiste, basicamente, em uma média
ponderada, na qual o resultado de múltiplos testes é representado em um único
valor. Este índice se tornou uma importante ferramenta para a avaliação da
qualidade das águas em diversos pontos de rios e lagos ao longo do tempo,
permitindo, ainda, a comparação com os corpos d?água de outras regiões e países
(NSF, 2006).
A limitação da utilização dos IQA consiste na influência que um parâmetro de
qualidade da água integrante do índice pode gerar na classificação final, mesmo
quando o mesmo apresenta condições compatíveis com as especificidades de
determinada área estudada.

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No caso do pH, essa influência pode ser significativa, pois apresenta o


terceiro peso mais elevado no cálculo do IQA, além de sua grande variabilidade
natural, decorrente da variação de dissolução de matéria orgânica e oscilações de
temperatura e radiação solar.
O pH é a medida do balanço ácido de uma solução, definida como o
logaritmo negativo da concentração de íons de hidrogênio. O pH é a sigla usada
para potencial (ou potência) hidrogeniônico, porque se refere à concentração de
[H+] (ou de H3O+) em uma solução.
A escala de pH varia de 0 a 14, sendo que os valores abaixo de 7 e próximos
de zero indicam aumento de acidez, enquanto os valores de 7 a 14 indicam aumento
da alcalinidade (Chapman e Kimstach, 1996). Os valores de pH estão relacionados
a fatores naturais, como dissolução de rochas, absorção de gases atmosféricos,
oxidação da matéria orgânica e fotossíntese, e a fatores antropogênicos pelo
despejo de esgotos domésticos e industriais, devido à oxidação da matéria orgânica
e a lavagem ácida de tanques, respectivamente (Sperling, 2005).
A escala de pH é a seguinte:
· De 0 a 6,5 = água ácida = (muito mais átomos de hidrogênio);
10
· De 6,5 a 7,0 = água levemente ácida = (mais átomos de hidrogênio);
· 7,0 = neutro (o equilíbrio entre átomos de oxigênio e de hidrogênio);
· De 7.1 a 7.5 = água levemente alcalina = (mais átomos de oxigênio);
· De 7,6 a 14 = água alcalina = (muito mais átomos de oxigênio).
Figura 04 - Escala de pH
Fonte: site-Toda Matéria.
A água pura e de boa qualidade (pH alcalino), é a melhor forma de manter o
organismo hidratado. O organismo não possui mecanismo para armazenamento de
água, a quantidade perdida em cada momento deve ser reposta gradativamente
para manter a eficiência metabólica do mesmo e a saúde.
A preocupação da medicina preventiva com o equilíbrio do pH corporal,
surgiu a partir de um trabalho científico do médico e doutor americano William
Howard Hay (HAY 1993). Seguindo Dr. Hay, outro médico e doutor norte-americano,
o Dr. Theodore A. Baroody (BAROODY 2006), publicou o livro Alkalize or Die
(Alcalinize ou Morra), no qual reafirma a teoria de seu colega. "Os incontáveis
nomes de doenças realmente não importam. O que realmente importa é que elas
todas vêm da mesma causa-raiz: excesso de resíduos ácidos no organismo".
O pH ideal para o sangue humano é 7,4 (levemente alcalino), para que
absorva bem e armazene na medula óssea os minerais necessários à saúde e
permaneça livre da acidez e suas complicações. Todo e qualquer alimento sólido ou
líquido que venha prejudicar o equilíbrio do pH ideal, estará comprometendo a
saúde do organismo. O pH do sangue humano está inteiramente relacionado à
saúde. Uma pequena variação do pH a menor reduz o sistema imunológico, dando
oportunidade para que seres prejudiciais à saúde como vírus, bactérias e fungos,
11
aqueles que vivem em meios ácidos com pH abaixo de 7,0, que são os mais

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nocivos, encontrem ambiente propício para viver e reproduzir.


Se o pH do corpo não estiver alcalino, não conseguirá absorver bem as
vitaminas, minerais e suplementos alimentares. O pH do corpo afeta tudo, de tal
forma que o corpo tem que ter um pH equilibrado ou não funcionar corretamente.
Segundo Robert Young (YONG 2002) doutor em microbiologia e nutrição,
autor do livro The pH Miracle (O Milagre do pH), o câncer não é uma doença como
comumente se pensa. É um efeito dos ácidos metabólicos que são acumulados no
sangue, e em seguida, liberados para os tecidos. Câncer, de acordo com o Dr.
Young, é na verdade um líquido ácido que se espalha nas células, tecidos e órgãos,
causando a degeneração dos mesmos. Não é uma mutação celular.
Quando o pH do corpo está baixo (ácido, menor que 7,0), o organismo
sabiamente, rouba minerais disponíveis da medula óssea dos ossos do esqueleto
para tentar elevar ao máximo esse pH, para um patamar menos ácido, tentando
evitar assim a irrigação das células com ácido e fazendo com que o pH do sangue
se aproxime ao máximo do ideal (7,45). Só que, quando ingerimos de forma
contínua a água ácida, o organismo entra em fadiga e não consegue efetivar essa
correção plenamente, o pH do sangue é reduzido conduzindo ácido no transporte de
nutrientes e irrigação das células.
A maioria das bactérias patogênicas (responsáveis por inúmeras doenças
graves como: tétano, febre tifóide, tuberculose, câncer de estômago etc.),
encontradas no ar, alimentos, água, etc., crescem e se multiplicam em ambientes
ácidos (com pH entre 0 e 6,5). Porém, há famílias de bactérias que só se mantêm
vivas em ambiente neutro e outras em ambiente alcalino.
O pH da saliva de uma pessoa com câncer é 4,5 (ácido), enquanto o de uma
pessoa sadia fica em torno de 7,0 (neutro), para facilitar na mastigação o processo
de degradação dos alimentos. Normalmente o pH salivar não passa de 6,0 em
função da constante ingestão de água ácida, café, refrigerante, cerveja, álcool,
fumo, etc. Para quem só toma água alcalina o pH corporal pode chegar a 7,4 ?
levemente alcalino.
Veja como na maioria das pessoas, a acidez em excesso interfere no
metabolismo gerando além de doenças, obesidade ou sobrepeso: com super acidez
o estômago absorve rapidamente os alimentos (como acontece quando se toma
coca-cola após a refeição), com isso a fome retorna rapidamente, mais alimento se
ingere e é digerido com rapidez. Esse ciclo se repete ao longo do tempo e
consequentemente, levando a obesidade ou ao desequilíbrio do peso. A acidez
também ataca o sistema endócrino do corpo, (as glândulas tireóide, pineal, hipófise,
adrenal, pâncreas, timo, fígado), coração, testículos, ovários, etc. Para se proteger
contra a acidez, o corpo armazena água (pH neutro). (YOUNG 2002).
12
Por tudo isso podemos concluir que, ter um controle do pH da água é de
suma importância e pode afetar drasticamente a vida humana devido a vários
fatores. Dessa forma, ter um controle de excelência neste aspecto e formos
disciplinados no que diz respeito à oxigenação do nosso sangue e células, ingerindo
sempre uma água com pH alcalino (entre 7,5 e 8,5), estaremos proporcionando uma

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mudança positiva no nosso metabolismo, o que nos torna imunes a grande maioria
das enfermidades, contemplando com isso drástica redução de custos com
assistência médica e medicamentos em geral.
Outro problema em questão está relacionado a tubulações de água em geral,
industrial, potável, de incêndio, etc., onde são muito suscetíveis à corrosão, pois na
grande maioria das vezes, não recebem nenhum tipo de tratamento químico e só é
motivo de preocupação quando ocorrem os primeiros vazamentos e geralmente, já é
muito tarde para qualquer ação preventiva. A corrosão ocorre não apenas em aço
carbono, mas em qualquer tipo de metalurgia, inclusive em aço inoxidável, que é
uma condição ainda mais crítica, pois o comprometimento do sistema/tubulação
pode ocorrer em menor período de operação causado por cloretos e/ou pH e pelo
maior custo envolvido.
As tubulações de água quando apresentam processo corrosivo severo
causado pela forte tendência corrosiva da água, é acelerada pelo baixo pH, que
além de comprometer o sistema, também provocará a elevação da concentração de
ferro total na água, podendo muitas vezes, ultrapassar seu limite máximo
estabelecido pelos padrões de potabilidade, tornando a água não potável, além de
comprometer sua qualidade para uso industrial; sistemas de troca iônica; osmose
reversa; entre outros.
Os sistemas de tubulações de metal, suportam aplicações de processamento
de água de pH próximo a neutro (apesar de sal e água salobra). No entanto, assim
que os níveis de pH de um fluido ultrapassam os níveis neutros (+/- 7) ou o sal é
introduzido (por exemplo, água salobra ou salgada), os metais começam a corroer e
podem degradar de maneira relativamente rápida.
A razão é que os íons que estão dentro dos fluidos ácidos (pH <7) e alcalino
(pH> 7), bem como as soluções salinas, atacam elementos metálicos específicos
em nível molecular, consumindo o material. Este ataque acelera quando há oxigênio
dissolvido.
Dessa forma, o pH pode prejudicar o bom funcionamento de tubulações
metálicas, diminuindo a vida útil destas, deixando com o tempo as tubulações mais
frágeis ou até mesmo entupi-las, dependendo do diâmetro e do nível de corrosão
que se encontra. Para isso, o controle de pH se torna importante neste aspecto para
um abastecimento de água.
13
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIREDO PEREIRA, M. A.; LIPPO BARBIEIRO, B.; MULLER DE QUEVEDO, D.
Importância do monitoramento e disponibilização de dados hidrológicos para
a gestão integrada dos recursos hídricos. Sociedade & natureza, v. 32, p.
308?320, 2020.
ULIANA, E. M. et al. ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA DETERMINAÇÃO DA Q NA
BACIA DO RIO SÃO MATEUS-ES. Disponível em:
<https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0566_0540_01.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS

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BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E


RECURSOS NATURAIS DANILO SINHEI IHA CARACTERÍSTICAS
LIMNOLÓGICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO RICO,
JABOTICABAL, SP. Disponível em:
<https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/1977/2887.pdf?sequence=1&is
Allowed=y>. Acesso em: 10 nov. 2023.
WAGNER, F.; LOPES, A.; PEREIRA, A. CONDIÇÕES NATURAIS DE PH EM
ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUA INTERFERÊNCIA SOBRE O ÍNDICE DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA): ESTUDO DE CASO NA BACIA DO RIBEIRÃO
DE CARRANCAS-MG. Disponível em: <http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/8/1/33.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
CRUZ NETO, Prof. Dr. Bernardo F. da. BENEFÍCIOS DA ÁGUA COM pH
ALCALINO: Saúde ou doença, você decide. Área de Conhecimento Manutenção,
[s. l.], v. 15, p. 250-262, ago. 2020.
Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE-SP).
Hidrologia. Disponível em: <http://www.hidrologia.daee.sp.gov.br/>. Acesso em: 10
de novembro de 2023.
SOLORIO, Jorge. Como eliminar a corrosão de tubulações em aplicações
de processamento industrial. Material Hidráulico e Sistemas de Recalque,
Portal Tratamento de Água, 22 out. 2018.
14

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=================================================================================
Arquivo 1: TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Arquivo 2: https://sobreasaguas.com/2023/04/20/como-determinar-a-vazao-de-referencia-q-710 (1752
termos)
Termos comuns: 349
Similaridade: 7,10%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://sobreasaguas.com/2023/04/20/como-determinar-a-vazao-de-referencia-q-710 (1752 termos)

=================================================================================
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CAMPUS RIO PARANAÍBA
MARIA ISABEL RODRIGUES - 5298
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS - 5311
LUCAS DUARTE PEREIRA - 6496
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
TRABALHO PRÁTICO 1
Minas Gerais
2023
MARIA ISABEL RODRIGUES
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS
LUCAS DUARTE PEREIRA
TRABALHO PRÁTICO 1- CIDADE JABOTICABAL
Trabalho apresentado à
Universidade Federal de Viçosa,
Campus Rio Paranaíba, como
parcela do modo de avaliação da
disciplina Sistemas de
Abastecimento de Água. Curso:
Engenharia Civil.
Professor Responsável: Igor Luz.
Minas Gerais
Novembro - 2023
1
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO 3
2- OBJETIVO 3
3- DADOS E METODOLOGIA 5
4- RESULTADOS 7
5- CONCLUSÕES 9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH 10
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14

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2
1- INTRODUÇÃO
A ausência de planejamento para a utilização dos recursos naturais, em
especial dos recursos hídricos (RH), muitas vezes por causa da ilusão da farta
disponibilidade, faz com que o uso de técnicas inadequadas acabe gerando um ciclo
de consequências negativas, resultando em perdas econômicas, sociais e
ambientais, e assim ocasionando o declínio do desenvolvimento e do bem-estar
social.
Devido ao crescimento populacional e econômico esperado para as próximas
décadas, a demanda por RH tende a crescer e a intensificar os problemas
relacionados a esses recursos, tanto em regiões que já sofrem quanto em regiões
que passarão a sofrer com eventos de escassez. Uma forma de tentar contornar,
adequadamente, essa possível situação é gerir os RH e o meio ambiente como um
todo.
Segundo Ribeiro, Marques e Silva (2005), o conhecimento da disponibilidade
hídrica no âmbito de uma bacia hidrográfica é parte fundamental dos estudos
hidrológicos. Pode-se compreender a bacia hidrográfica como sendo a unidade,
onde são modelados os processos físicos sob a perspectiva de gestão dos recursos
hídricos e do planejamento urbano e regional.
Os vários processos que comandam a característica hídrica de determinado
manancial fazem parte de um frágil equilíbrio, motivo pelo qual, alterações de ordem
física, química ou climática, podem modificar a sua qualidade. Tundisi (2003), afirma
que as alterações na abundância, distribuição e qualidade dos recursos hídricos
ameaçam a sobrevivência do Homem e as demais espécies do planeta, estando o
desenvolvimento sócio econômico dos países fundamentados na disponibilidade de
água de boa qualidade e na capacidade de sua conservação e proteção.
Para estudo, temos o município de Jaboticabal, localizado na porção nordeste
do Estado de São Paulo, onde é abastecido pela Bacia Hidrográfica do Córrego
Rico, tributária da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu, onde 70% da água que
abastece a cidade vêm do Córrego Rico (fonte superficial), 25% dos poços
artesianos e semi-artesianos (fonte profunda), e 5% do dreno da Estiva. A
população a ser abastecida neste município é de 71.821 habitantes de acordo com o
censo do IBGE no ano de 2022.
2- OBJETIVO
O estudo da vazão é de fundamental importância para o planejamento,
operação e gestão eficaz de sistemas de abastecimento de água. Aqui estão
3
algumas razões pelas quais o estudo da vazão é crucial para sistemas de
abastecimento de água:
1- Dimensionamento de captações - A vazão é essencial para dimensionar o
aprimoramento das captações de água. Com base na vazão disponível em
fontes hídricas, como rios ou aquíferos, é possível determinar a quantidade
máxima de água que pode ser captada de forma sustentável.
2- Planejamento de Estações de Tratamento de Água (ETAs) - A vazão influencia

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diretamente o projeto e a operação das estações de tratamento de água.


Conhecer a vazão permite dimensionar as ETAs para tratar a quantidade
adequada de água necessária para atender à demanda da população.
3- Reservas Hídricas e Armazenamento - O estudo da vazão é crucial para
determinar a quantidade de água que deve ser armazenada em reservatórios.
Isso garante um abastecimento contínuo durante períodos de demanda elevada
ou em épocas de vazões reduzidas.
4- Planejamento da Distribuição - Conhecendo a vazão, os sistemas de distribuição
podem ser planejados para melhorar a entrega de água à população. Isso inclui
a seleção de diâmetros de tubos e o dimensionamento de bombas.
5- Gestão da Demanda e Eficiência - A variação da vazão ao longo do tempo
influencia a gestão da demanda. Compreender as flutuações na vazão ajuda na
implementação de estratégias para gerenciar eficientemente o uso da água.
6- Previsão de Desempenho do Sistema - O estudo crucial para prever o
desempenho do sistema em diferentes condições, incluindo situações de
estimativa ou eventos climáticos extremos.
A Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433 de 1997, estabelece
cinco instrumentos de gestão, sendo a Outorga de direito de uso da água um dos
instrumentos (BRASIL, 1997). Neste instrumento, a Administração Pública autoriza
uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada a usar a água de um manancial
para determinada finalidade, como abastecimento humano ou animal ou para
alguma atividade econômica (ANA, 2019).
Análises técnicas são realizadas para avaliar as solicitações de Outorgas de
usos da água, como (ANA, 2019):
· Análise técnica de uso racional ou análise de empreendimento; e
· Análise de disponibilidade hídrica.
4
Na primeira, verifica se existe compatibilidade entre a vazão que está sendo
pleiteada com o tipo de empreendimento. Na segunda, analisa se o manancial tem
capacidade hídrica para atender à nova demanda.
As literaturas brasileiras na área de hidrologia, drenagem e hidráulica
amplamente utilizam vazões de referências em estudos para a determinação de
vazões mínimas (Q90, Q95 e Q7,10) que servem de subsídio nas análises técnicas
(DURANT et al., 2017; RIBEIRO et al., 2017; ULIANA et al., 2017).
Cada Estado e comitês estabelecem a vazão de referência para a concessão
de outorga. A partir de 2018, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema
(CBH-ALPA), do estado de São Paulo, passou a utilizar a Q90 (SÃO PAULO;
CBH-ALPA, 2018). O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) utiliza a vazão
de referência Q7,10 em base anual, para a concessão de outorga em Minas Gerais.
Porém, somente para a Bacia do rio Doce, a partir de setembro de 2022, foi
instituída a Q7,10 mensal como base de disponibilidade hídrica oficial do Igam
(GOMES, 2022).
A determinação das vazões Q90 e Q95 foram alvo de abordagem no artigo
?Como determinar vazões mínimas com curva de permanência??. Desse modo, o

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método de determinação da vazão de referência Q7,10 será detalhadamente


descrito, devido a sua relevância.
Para estudo, devemos obter a vazão Q7,10, onde esta pode ser entendida
como o valor anual da média de 7 vazões diárias consecutivas que pode se repetir,
em média, uma só vez a cada dez anos, ou seja, período de retorno de 10 anos
(VON SPERLING, 2007).
Essa vazão de referência estipula a vazão que ocorre a maior parte do
tempo, em um curso d'água, independente se for períodos de seca ou de chuva. A
vazão Q7,10 é considerada mais criteriosa em relação ao quesito segurança, se
comparada a Q90. Apesar disso, as formas de determinação de ambas são
semelhantes.
3- DADOS E METODOLOGIA
Os dados utilizados para os cálculos do presente estudo foram retirados do
site do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica, disponível nas
referências bibliográficas do documento. A série histórica de vazões médias diárias
disponível contempla o período de 1998 a 2020 sendo foi trabalhada de forma que
pudessem ser padronizados os valores. Alguns meses não haviam dados, sendo
estes, retirados das contas para uma maior precisão e assertividade quanto aos
cálculos.
5
A metodologia para a resolução do trabalho seguiu um passo a passo
pré-estabelecido em sala de aula pelo Professor Igor Luz, que seguia o seguinte
roteiro:
I. Acessar o site do DAEE: http://www.hidrologia.dace.sp.gov.br/ e fazer o
download da série histórica de vazões médias diárias de sua respectiva
cidade.
II. Plotar o gráfico das vazões no tempo (hidrograma);
III. Ordenar as vazões Q em N dias de registros em ordem decrescente;
IV. Dividir a série em 10 intervalos regulares entre a vazão máxima atingida e a
vazão mínima atingida;
V. A partir do passo 4 plotar o histograma de frequência:
VI. A partir do passo 3 - Atribuir a cada vazão ordenada Om a sua ordem de
classificação m;
VII. Calcular a sua probabilidade empírica de ser igualada ou superada P (O >=
Qm). que é calculada pela razão (m/N);
VIII. Plotar um gráfico de vazões ordenadas e suas respectivas probabilidades;
IX. Determinar a Q90 deste rio.
X. Obter a série de dados diários de vazão - lembrar de excluir os anos com
dados faltosos;
XI. Calcular as médias móveis de 7 dias para toda a série;
XII. Encontrar as mínimas médias móveis de 7 dias para cada ano;
XIII. Calcular a média e o desvio padrão das mínimas médias móveis anuais:
XIV. Substituir na fórmula de Gumbel para vazões mínimas descrita abaixo - esse
valor corresponderá a Q7,10 do seu curso d'água. Lembrando que o TR

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utilizado no cálculo da Q710 é de 10 anos.


Assim, seguindo o roteiro de cálculo solicitado, foram realizados os
procedimentos para obtenção dos dados procurados que serão expostos a seguir.
HIDROGRAMA
Para o cálculo do Hidrograma foram trabalhados os dados obtidos da (DAEE,
2023) de ano e suas respectivas vazões médias e plotado um gráfico Ano x Vazão
média, obtendo assim o gráfico do hidrograma desejado.
HISTOGRAMA
De forma a representar a frequência com que uma vazão acontece no curso
d?água em análise é construído o histograma. Sendo obtida a maior vazão e a
menor, e obtido o valor em 10 intervalos de regulares dentre a máxima vazão e a
mínima. Assim, para a construção do gráfico é plotado os intervalos no eixo das
ordenadas e os valores de vazão no eixo das abscissas.
6
CURVA DE PERMANÊNCIA
A curva de permanência representa a relação entre a vazão e a frequência
com a qual esta vazão é superada referente aos dados analisados. Por meio dela se
obtém o valor da Q90, que representa a vazão do rio que é maior ou igual a um
valor x que acontece 90% do tempo no ano. Sendo assim, no eixo vertical são
plotadas as vazões (m³/s) em escala logarítmica e no eixo horizontal as
probabilidades das vazões acontecerem de 0% a 100%.
VAZÃO Q 7,10
O valor referente a vazão Q7,10 representa a vazão mínima em 7 dias, com um
tempo de retorno de 10 anos para fins de cálculo. Sendo assim, para o cálculo foram
feitas iterações considerando médias móveis de 7 dias para todos os dados.
Obtendo-se o valor mínimo para cada ano em específico, e logo em seguida
calculando a média destes dados obtidos. Logo em seguida foi calculado o desvio
padrão destes dados utilizados para o cálculo da média. Por fim, utilizando a fórmula
de Gumbel:
(Eq. 1)? = ? + ? * 0, 45 + 0, 7797 * ?? ?? ( ???? ? 1 )?? ?? { }
Sendo:
? x ? valor de probabilidade de ocorrência (Q7,10 (m³/s));
? ? média amostral;?
? S ? desvio padrão;
? TR ? tempo de recorrência.
4- RESULTADOS
Após a realização do passo a passo descrito anteriormente, foram obtidos os
seguintes resultados, para Hidrograma, Histograma, Curva de Permanência e Vazão
Q7,10.
7
HIDROGRAMA
Figura 01 - Hidrograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Pelos resultados obtidos nota-se que a média de vazões é fica compreendida

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entre 5 m³/s e 10 m³/s, mas com certos picos de 10 em 10 anos aproximadamente.


HISTOGRAMA
Figura 02 - Histograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
8
O histograma representa uma assimetria de valor positivo e não obedece a
curva de distribuição normal.
CURVA DE PERMANÊNCIA
Figura 03 - Curva de Permanencia do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Ao analisar o gráfico da curva de permanência obtemos o valor da Q90 em
1,97; ou seja, em 90% do tempo o rio mantém uma vazão média de 1,97 m³/s.
VAZÃO Q 7,10
Trabalhando os dados e aplicando a Eq. 1 descrita anteriormente como
fórmula de Gumbel encontramos o valor de 3,2967 m³/s.
5- CONCLUSÕES
Analisando as duas vazões calculadas pode-se concluir e comprovar que a
Q7,10 é um dado mais conservador, em relação a Q90 obtida. Faz-se necessária a
análise criteriosa do uso do recurso hídrico do rio Mogi-Guaçu, uma vez que o
mesmo representa 70% do abastecimento da cidade de JABOTICABAL.
A antropização causada pelo ser humano em todas as frentes do meio
ambiente se faz preocupante nos dias de hoje, causando mudanças climáticas
intensas e clamando por um uso mais racional e consciente de todo e qualquer
recurso advindo da natureza.
9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH
A utilização de índices de qualidade da água (IQA) consolidou-se em nível
internacional nos últimos 30 anos, devido à sua aplicabilidade em transmitir
informações sobre o grau de poluição de mananciais utilizados pelos seres humanos
(Benetti e Bidone, 2001). A informação transmitida por meio de índices de qualidade
de água deve ser utilizada na avaliação média, de longo prazo, das condições de
qualidade em determinados cursos d?água, no intuito de subsidiar tomadas de
decisão em fase de planejamento. Para a identificação de problemas específicos de
qualidade de um determinado corpo hídrico e estudos mais detalhados, torna-se
necessária a avaliação individual dos parâmetros de interesse (Porto, 1991).
O Índice de Qualidade de Água (IQA) consiste, basicamente, em uma média
ponderada, na qual o resultado de múltiplos testes é representado em um único
valor. Este índice se tornou uma importante ferramenta para a avaliação da
qualidade das águas em diversos pontos de rios e lagos ao longo do tempo,
permitindo, ainda, a comparação com os corpos d?água de outras regiões e países
(NSF, 2006).
A limitação da utilização dos IQA consiste na influência que um parâmetro de
qualidade da água integrante do índice pode gerar na classificação final, mesmo
quando o mesmo apresenta condições compatíveis com as especificidades de

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determinada área estudada.


No caso do pH, essa influência pode ser significativa, pois apresenta o
terceiro peso mais elevado no cálculo do IQA, além de sua grande variabilidade
natural, decorrente da variação de dissolução de matéria orgânica e oscilações de
temperatura e radiação solar.
O pH é a medida do balanço ácido de uma solução, definida como o
logaritmo negativo da concentração de íons de hidrogênio. O pH é a sigla usada
para potencial (ou potência) hidrogeniônico, porque se refere à concentração de
[H+] (ou de H3O+) em uma solução.
A escala de pH varia de 0 a 14, sendo que os valores abaixo de 7 e próximos
de zero indicam aumento de acidez, enquanto os valores de 7 a 14 indicam aumento
da alcalinidade (Chapman e Kimstach, 1996). Os valores de pH estão relacionados
a fatores naturais, como dissolução de rochas, absorção de gases atmosféricos,
oxidação da matéria orgânica e fotossíntese, e a fatores antropogênicos pelo
despejo de esgotos domésticos e industriais, devido à oxidação da matéria orgânica
e a lavagem ácida de tanques, respectivamente (Sperling, 2005).
A escala de pH é a seguinte:
· De 0 a 6,5 = água ácida = (muito mais átomos de hidrogênio);
10
· De 6,5 a 7,0 = água levemente ácida = (mais átomos de hidrogênio);
· 7,0 = neutro (o equilíbrio entre átomos de oxigênio e de hidrogênio);
· De 7.1 a 7.5 = água levemente alcalina = (mais átomos de oxigênio);
· De 7,6 a 14 = água alcalina = (muito mais átomos de oxigênio).
Figura 04 - Escala de pH
Fonte: site-Toda Matéria.
A água pura e de boa qualidade (pH alcalino), é a melhor forma de manter o
organismo hidratado. O organismo não possui mecanismo para armazenamento de
água, a quantidade perdida em cada momento deve ser reposta gradativamente
para manter a eficiência metabólica do mesmo e a saúde.
A preocupação da medicina preventiva com o equilíbrio do pH corporal,
surgiu a partir de um trabalho científico do médico e doutor americano William
Howard Hay (HAY 1993). Seguindo Dr. Hay, outro médico e doutor norte-americano,
o Dr. Theodore A. Baroody (BAROODY 2006), publicou o livro Alkalize or Die
(Alcalinize ou Morra), no qual reafirma a teoria de seu colega. "Os incontáveis
nomes de doenças realmente não importam. O que realmente importa é que elas
todas vêm da mesma causa-raiz: excesso de resíduos ácidos no organismo".
O pH ideal para o sangue humano é 7,4 (levemente alcalino), para que
absorva bem e armazene na medula óssea os minerais necessários à saúde e
permaneça livre da acidez e suas complicações. Todo e qualquer alimento sólido ou
líquido que venha prejudicar o equilíbrio do pH ideal, estará comprometendo a
saúde do organismo. O pH do sangue humano está inteiramente relacionado à
saúde. Uma pequena variação do pH a menor reduz o sistema imunológico, dando
oportunidade para que seres prejudiciais à saúde como vírus, bactérias e fungos,
11

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aqueles que vivem em meios ácidos com pH abaixo de 7,0, que são os mais
nocivos, encontrem ambiente propício para viver e reproduzir.
Se o pH do corpo não estiver alcalino, não conseguirá absorver bem as
vitaminas, minerais e suplementos alimentares. O pH do corpo afeta tudo, de tal
forma que o corpo tem que ter um pH equilibrado ou não funcionar corretamente.
Segundo Robert Young (YONG 2002) doutor em microbiologia e nutrição,
autor do livro The pH Miracle (O Milagre do pH), o câncer não é uma doença como
comumente se pensa. É um efeito dos ácidos metabólicos que são acumulados no
sangue, e em seguida, liberados para os tecidos. Câncer, de acordo com o Dr.
Young, é na verdade um líquido ácido que se espalha nas células, tecidos e órgãos,
causando a degeneração dos mesmos. Não é uma mutação celular.
Quando o pH do corpo está baixo (ácido, menor que 7,0), o organismo
sabiamente, rouba minerais disponíveis da medula óssea dos ossos do esqueleto
para tentar elevar ao máximo esse pH, para um patamar menos ácido, tentando
evitar assim a irrigação das células com ácido e fazendo com que o pH do sangue
se aproxime ao máximo do ideal (7,45). Só que, quando ingerimos de forma
contínua a água ácida, o organismo entra em fadiga e não consegue efetivar essa
correção plenamente, o pH do sangue é reduzido conduzindo ácido no transporte de
nutrientes e irrigação das células.
A maioria das bactérias patogênicas (responsáveis por inúmeras doenças
graves como: tétano, febre tifóide, tuberculose, câncer de estômago etc.),
encontradas no ar, alimentos, água, etc., crescem e se multiplicam em ambientes
ácidos (com pH entre 0 e 6,5). Porém, há famílias de bactérias que só se mantêm
vivas em ambiente neutro e outras em ambiente alcalino.
O pH da saliva de uma pessoa com câncer é 4,5 (ácido), enquanto o de uma
pessoa sadia fica em torno de 7,0 (neutro), para facilitar na mastigação o processo
de degradação dos alimentos. Normalmente o pH salivar não passa de 6,0 em
função da constante ingestão de água ácida, café, refrigerante, cerveja, álcool,
fumo, etc. Para quem só toma água alcalina o pH corporal pode chegar a 7,4 ?
levemente alcalino.
Veja como na maioria das pessoas, a acidez em excesso interfere no
metabolismo gerando além de doenças, obesidade ou sobrepeso: com super acidez
o estômago absorve rapidamente os alimentos (como acontece quando se toma
coca-cola após a refeição), com isso a fome retorna rapidamente, mais alimento se
ingere e é digerido com rapidez. Esse ciclo se repete ao longo do tempo e
consequentemente, levando a obesidade ou ao desequilíbrio do peso. A acidez
também ataca o sistema endócrino do corpo, (as glândulas tireóide, pineal, hipófise,
adrenal, pâncreas, timo, fígado), coração, testículos, ovários, etc. Para se proteger
contra a acidez, o corpo armazena água (pH neutro). (YOUNG 2002).
12
Por tudo isso podemos concluir que, ter um controle do pH da água é de
suma importância e pode afetar drasticamente a vida humana devido a vários
fatores. Dessa forma, ter um controle de excelência neste aspecto e formos
disciplinados no que diz respeito à oxigenação do nosso sangue e células, ingerindo

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sempre uma água com pH alcalino (entre 7,5 e 8,5), estaremos proporcionando uma
mudança positiva no nosso metabolismo, o que nos torna imunes a grande maioria
das enfermidades, contemplando com isso drástica redução de custos com
assistência médica e medicamentos em geral.
Outro problema em questão está relacionado a tubulações de água em geral,
industrial, potável, de incêndio, etc., onde são muito suscetíveis à corrosão, pois na
grande maioria das vezes, não recebem nenhum tipo de tratamento químico e só é
motivo de preocupação quando ocorrem os primeiros vazamentos e geralmente, já é
muito tarde para qualquer ação preventiva. A corrosão ocorre não apenas em aço
carbono, mas em qualquer tipo de metalurgia, inclusive em aço inoxidável, que é
uma condição ainda mais crítica, pois o comprometimento do sistema/tubulação
pode ocorrer em menor período de operação causado por cloretos e/ou pH e pelo
maior custo envolvido.
As tubulações de água quando apresentam processo corrosivo severo
causado pela forte tendência corrosiva da água, é acelerada pelo baixo pH, que
além de comprometer o sistema, também provocará a elevação da concentração de
ferro total na água, podendo muitas vezes, ultrapassar seu limite máximo
estabelecido pelos padrões de potabilidade, tornando a água não potável, além de
comprometer sua qualidade para uso industrial; sistemas de troca iônica; osmose
reversa; entre outros.
Os sistemas de tubulações de metal, suportam aplicações de processamento
de água de pH próximo a neutro (apesar de sal e água salobra). No entanto, assim
que os níveis de pH de um fluido ultrapassam os níveis neutros (+/- 7) ou o sal é
introduzido (por exemplo, água salobra ou salgada), os metais começam a corroer e
podem degradar de maneira relativamente rápida.
A razão é que os íons que estão dentro dos fluidos ácidos (pH <7) e alcalino
(pH> 7), bem como as soluções salinas, atacam elementos metálicos específicos
em nível molecular, consumindo o material. Este ataque acelera quando há oxigênio
dissolvido.
Dessa forma, o pH pode prejudicar o bom funcionamento de tubulações
metálicas, diminuindo a vida útil destas, deixando com o tempo as tubulações mais
frágeis ou até mesmo entupi-las, dependendo do diâmetro e do nível de corrosão
que se encontra. Para isso, o controle de pH se torna importante neste aspecto para
um abastecimento de água.
13
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIREDO PEREIRA, M. A.; LIPPO BARBIEIRO, B.; MULLER DE QUEVEDO, D.
Importância do monitoramento e disponibilização de dados hidrológicos para
a gestão integrada dos recursos hídricos. Sociedade & natureza, v. 32, p.
308?320, 2020.
ULIANA, E. M. et al. ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA DETERMINAÇÃO DA Q NA
BACIA DO RIO SÃO MATEUS-ES. Disponível em:
<https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0566_0540_01.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS


BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E
RECURSOS NATURAIS DANILO SINHEI IHA CARACTERÍSTICAS
LIMNOLÓGICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO RICO,
JABOTICABAL, SP. Disponível em:
<https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/1977/2887.pdf?sequence=1&is
Allowed=y>. Acesso em: 10 nov. 2023.
WAGNER, F.; LOPES, A.; PEREIRA, A. CONDIÇÕES NATURAIS DE PH EM
ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUA INTERFERÊNCIA SOBRE O ÍNDICE DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA): ESTUDO DE CASO NA BACIA DO RIBEIRÃO
DE CARRANCAS-MG. Disponível em: <http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/8/1/33.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
CRUZ NETO, Prof. Dr. Bernardo F. da. BENEFÍCIOS DA ÁGUA COM pH
ALCALINO: Saúde ou doença, você decide. Área de Conhecimento Manutenção,
[s. l.], v. 15, p. 250-262, ago. 2020.
Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE-SP).
Hidrologia. Disponível em: <http://www.hidrologia.daee.sp.gov.br/>. Acesso em: 10
de novembro de 2023.
SOLORIO, Jorge. Como eliminar a corrosão de tubulações em aplicações
de processamento industrial. Material Hidráulico e Sistemas de Recalque,
Portal Tratamento de Água, 22 out. 2018.
14

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=================================================================================
Arquivo 1: TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Arquivo 2: https://brunharawater.com.br/corrosao-em-tubulacoes-de-agua-industrial-e-ou-potavel (1981
termos)
Termos comuns: 177
Similaridade: 3,33%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://brunharawater.com.br/corrosao-em-
tubulacoes-de-agua-industrial-e-ou-potavel (1981 termos)

=================================================================================
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CAMPUS RIO PARANAÍBA
MARIA ISABEL RODRIGUES - 5298
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS - 5311
LUCAS DUARTE PEREIRA - 6496
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
TRABALHO PRÁTICO 1
Minas Gerais
2023
MARIA ISABEL RODRIGUES
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS
LUCAS DUARTE PEREIRA
TRABALHO PRÁTICO 1- CIDADE JABOTICABAL
Trabalho apresentado à
Universidade Federal de Viçosa,
Campus Rio Paranaíba, como
parcela do modo de avaliação da
disciplina Sistemas de
Abastecimento de Água. Curso:
Engenharia Civil.
Professor Responsável: Igor Luz.
Minas Gerais
Novembro - 2023
1
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO 3
2- OBJETIVO 3
3- DADOS E METODOLOGIA 5
4- RESULTADOS 7
5- CONCLUSÕES 9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH 10
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14

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2
1- INTRODUÇÃO
A ausência de planejamento para a utilização dos recursos naturais, em
especial dos recursos hídricos (RH), muitas vezes por causa da ilusão da farta
disponibilidade, faz com que o uso de técnicas inadequadas acabe gerando um ciclo
de consequências negativas, resultando em perdas econômicas, sociais e
ambientais, e assim ocasionando o declínio do desenvolvimento e do bem-estar
social.
Devido ao crescimento populacional e econômico esperado para as próximas
décadas, a demanda por RH tende a crescer e a intensificar os problemas
relacionados a esses recursos, tanto em regiões que já sofrem quanto em regiões
que passarão a sofrer com eventos de escassez. Uma forma de tentar contornar,
adequadamente, essa possível situação é gerir os RH e o meio ambiente como um
todo.
Segundo Ribeiro, Marques e Silva (2005), o conhecimento da disponibilidade
hídrica no âmbito de uma bacia hidrográfica é parte fundamental dos estudos
hidrológicos. Pode-se compreender a bacia hidrográfica como sendo a unidade,
onde são modelados os processos físicos sob a perspectiva de gestão dos recursos
hídricos e do planejamento urbano e regional.
Os vários processos que comandam a característica hídrica de determinado
manancial fazem parte de um frágil equilíbrio, motivo pelo qual, alterações de ordem
física, química ou climática, podem modificar a sua qualidade. Tundisi (2003), afirma
que as alterações na abundância, distribuição e qualidade dos recursos hídricos
ameaçam a sobrevivência do Homem e as demais espécies do planeta, estando o
desenvolvimento sócio econômico dos países fundamentados na disponibilidade de
água de boa qualidade e na capacidade de sua conservação e proteção.
Para estudo, temos o município de Jaboticabal, localizado na porção nordeste
do Estado de São Paulo, onde é abastecido pela Bacia Hidrográfica do Córrego
Rico, tributária da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu, onde 70% da água que
abastece a cidade vêm do Córrego Rico (fonte superficial), 25% dos poços
artesianos e semi-artesianos (fonte profunda), e 5% do dreno da Estiva. A
população a ser abastecida neste município é de 71.821 habitantes de acordo com o
censo do IBGE no ano de 2022.
2- OBJETIVO
O estudo da vazão é de fundamental importância para o planejamento,
operação e gestão eficaz de sistemas de abastecimento de água. Aqui estão
3
algumas razões pelas quais o estudo da vazão é crucial para sistemas de
abastecimento de água:
1- Dimensionamento de captações - A vazão é essencial para dimensionar o
aprimoramento das captações de água. Com base na vazão disponível em
fontes hídricas, como rios ou aquíferos, é possível determinar a quantidade
máxima de água que pode ser captada de forma sustentável.
2- Planejamento de Estações de Tratamento de Água (ETAs) - A vazão influencia

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diretamente o projeto e a operação das estações de tratamento de água.


Conhecer a vazão permite dimensionar as ETAs para tratar a quantidade
adequada de água necessária para atender à demanda da população.
3- Reservas Hídricas e Armazenamento - O estudo da vazão é crucial para
determinar a quantidade de água que deve ser armazenada em reservatórios.
Isso garante um abastecimento contínuo durante períodos de demanda elevada
ou em épocas de vazões reduzidas.
4- Planejamento da Distribuição - Conhecendo a vazão, os sistemas de distribuição
podem ser planejados para melhorar a entrega de água à população. Isso inclui
a seleção de diâmetros de tubos e o dimensionamento de bombas.
5- Gestão da Demanda e Eficiência - A variação da vazão ao longo do tempo
influencia a gestão da demanda. Compreender as flutuações na vazão ajuda na
implementação de estratégias para gerenciar eficientemente o uso da água.
6- Previsão de Desempenho do Sistema - O estudo crucial para prever o
desempenho do sistema em diferentes condições, incluindo situações de
estimativa ou eventos climáticos extremos.
A Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433 de 1997, estabelece
cinco instrumentos de gestão, sendo a Outorga de direito de uso da água um dos
instrumentos (BRASIL, 1997). Neste instrumento, a Administração Pública autoriza
uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada a usar a água de um manancial
para determinada finalidade, como abastecimento humano ou animal ou para
alguma atividade econômica (ANA, 2019).
Análises técnicas são realizadas para avaliar as solicitações de Outorgas de
usos da água, como (ANA, 2019):
· Análise técnica de uso racional ou análise de empreendimento; e
· Análise de disponibilidade hídrica.
4
Na primeira, verifica se existe compatibilidade entre a vazão que está sendo
pleiteada com o tipo de empreendimento. Na segunda, analisa se o manancial tem
capacidade hídrica para atender à nova demanda.
As literaturas brasileiras na área de hidrologia, drenagem e hidráulica
amplamente utilizam vazões de referências em estudos para a determinação de
vazões mínimas (Q90, Q95 e Q7,10) que servem de subsídio nas análises técnicas
(DURANT et al., 2017; RIBEIRO et al., 2017; ULIANA et al., 2017).
Cada Estado e comitês estabelecem a vazão de referência para a concessão
de outorga. A partir de 2018, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema
(CBH-ALPA), do estado de São Paulo, passou a utilizar a Q90 (SÃO PAULO;
CBH-ALPA, 2018). O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) utiliza a vazão
de referência Q7,10 em base anual, para a concessão de outorga em Minas Gerais.
Porém, somente para a Bacia do rio Doce, a partir de setembro de 2022, foi
instituída a Q7,10 mensal como base de disponibilidade hídrica oficial do Igam
(GOMES, 2022).
A determinação das vazões Q90 e Q95 foram alvo de abordagem no artigo
?Como determinar vazões mínimas com curva de permanência??. Desse modo, o

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método de determinação da vazão de referência Q7,10 será detalhadamente


descrito, devido a sua relevância.
Para estudo, devemos obter a vazão Q7,10, onde esta pode ser entendida
como o valor anual da média de 7 vazões diárias consecutivas que pode se repetir,
em média, uma só vez a cada dez anos, ou seja, período de retorno de 10 anos
(VON SPERLING, 2007).
Essa vazão de referência estipula a vazão que ocorre a maior parte do
tempo, em um curso d'água, independente se for períodos de seca ou de chuva. A
vazão Q7,10 é considerada mais criteriosa em relação ao quesito segurança, se
comparada a Q90. Apesar disso, as formas de determinação de ambas são
semelhantes.
3- DADOS E METODOLOGIA
Os dados utilizados para os cálculos do presente estudo foram retirados do
site do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica, disponível nas
referências bibliográficas do documento. A série histórica de vazões médias diárias
disponível contempla o período de 1998 a 2020 sendo foi trabalhada de forma que
pudessem ser padronizados os valores. Alguns meses não haviam dados, sendo
estes, retirados das contas para uma maior precisão e assertividade quanto aos
cálculos.
5
A metodologia para a resolução do trabalho seguiu um passo a passo
pré-estabelecido em sala de aula pelo Professor Igor Luz, que seguia o seguinte
roteiro:
I. Acessar o site do DAEE: http://www.hidrologia.dace.sp.gov.br/ e fazer o
download da série histórica de vazões médias diárias de sua respectiva
cidade.
II. Plotar o gráfico das vazões no tempo (hidrograma);
III. Ordenar as vazões Q em N dias de registros em ordem decrescente;
IV. Dividir a série em 10 intervalos regulares entre a vazão máxima atingida e a
vazão mínima atingida;
V. A partir do passo 4 plotar o histograma de frequência:
VI. A partir do passo 3 - Atribuir a cada vazão ordenada Om a sua ordem de
classificação m;
VII. Calcular a sua probabilidade empírica de ser igualada ou superada P (O >=
Qm). que é calculada pela razão (m/N);
VIII. Plotar um gráfico de vazões ordenadas e suas respectivas probabilidades;
IX. Determinar a Q90 deste rio.
X. Obter a série de dados diários de vazão - lembrar de excluir os anos com
dados faltosos;
XI. Calcular as médias móveis de 7 dias para toda a série;
XII. Encontrar as mínimas médias móveis de 7 dias para cada ano;
XIII. Calcular a média e o desvio padrão das mínimas médias móveis anuais:
XIV. Substituir na fórmula de Gumbel para vazões mínimas descrita abaixo - esse
valor corresponderá a Q7,10 do seu curso d'água. Lembrando que o TR

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utilizado no cálculo da Q710 é de 10 anos.


Assim, seguindo o roteiro de cálculo solicitado, foram realizados os
procedimentos para obtenção dos dados procurados que serão expostos a seguir.
HIDROGRAMA
Para o cálculo do Hidrograma foram trabalhados os dados obtidos da (DAEE,
2023) de ano e suas respectivas vazões médias e plotado um gráfico Ano x Vazão
média, obtendo assim o gráfico do hidrograma desejado.
HISTOGRAMA
De forma a representar a frequência com que uma vazão acontece no curso
d?água em análise é construído o histograma. Sendo obtida a maior vazão e a
menor, e obtido o valor em 10 intervalos de regulares dentre a máxima vazão e a
mínima. Assim, para a construção do gráfico é plotado os intervalos no eixo das
ordenadas e os valores de vazão no eixo das abscissas.
6
CURVA DE PERMANÊNCIA
A curva de permanência representa a relação entre a vazão e a frequência
com a qual esta vazão é superada referente aos dados analisados. Por meio dela se
obtém o valor da Q90, que representa a vazão do rio que é maior ou igual a um
valor x que acontece 90% do tempo no ano. Sendo assim, no eixo vertical são
plotadas as vazões (m³/s) em escala logarítmica e no eixo horizontal as
probabilidades das vazões acontecerem de 0% a 100%.
VAZÃO Q 7,10
O valor referente a vazão Q7,10 representa a vazão mínima em 7 dias, com um
tempo de retorno de 10 anos para fins de cálculo. Sendo assim, para o cálculo foram
feitas iterações considerando médias móveis de 7 dias para todos os dados.
Obtendo-se o valor mínimo para cada ano em específico, e logo em seguida
calculando a média destes dados obtidos. Logo em seguida foi calculado o desvio
padrão destes dados utilizados para o cálculo da média. Por fim, utilizando a fórmula
de Gumbel:
(Eq. 1)? = ? + ? * 0, 45 + 0, 7797 * ?? ?? ( ???? ? 1 )?? ?? { }
Sendo:
? x ? valor de probabilidade de ocorrência (Q7,10 (m³/s));
? ? média amostral;?
? S ? desvio padrão;
? TR ? tempo de recorrência.
4- RESULTADOS
Após a realização do passo a passo descrito anteriormente, foram obtidos os
seguintes resultados, para Hidrograma, Histograma, Curva de Permanência e Vazão
Q7,10.
7
HIDROGRAMA
Figura 01 - Hidrograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Pelos resultados obtidos nota-se que a média de vazões é fica compreendida

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entre 5 m³/s e 10 m³/s, mas com certos picos de 10 em 10 anos aproximadamente.


HISTOGRAMA
Figura 02 - Histograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
8
O histograma representa uma assimetria de valor positivo e não obedece a
curva de distribuição normal.
CURVA DE PERMANÊNCIA
Figura 03 - Curva de Permanencia do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Ao analisar o gráfico da curva de permanência obtemos o valor da Q90 em
1,97; ou seja, em 90% do tempo o rio mantém uma vazão média de 1,97 m³/s.
VAZÃO Q 7,10
Trabalhando os dados e aplicando a Eq. 1 descrita anteriormente como
fórmula de Gumbel encontramos o valor de 3,2967 m³/s.
5- CONCLUSÕES
Analisando as duas vazões calculadas pode-se concluir e comprovar que a
Q7,10 é um dado mais conservador, em relação a Q90 obtida. Faz-se necessária a
análise criteriosa do uso do recurso hídrico do rio Mogi-Guaçu, uma vez que o
mesmo representa 70% do abastecimento da cidade de JABOTICABAL.
A antropização causada pelo ser humano em todas as frentes do meio
ambiente se faz preocupante nos dias de hoje, causando mudanças climáticas
intensas e clamando por um uso mais racional e consciente de todo e qualquer
recurso advindo da natureza.
9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH
A utilização de índices de qualidade da água (IQA) consolidou-se em nível
internacional nos últimos 30 anos, devido à sua aplicabilidade em transmitir
informações sobre o grau de poluição de mananciais utilizados pelos seres humanos
(Benetti e Bidone, 2001). A informação transmitida por meio de índices de qualidade
de água deve ser utilizada na avaliação média, de longo prazo, das condições de
qualidade em determinados cursos d?água, no intuito de subsidiar tomadas de
decisão em fase de planejamento. Para a identificação de problemas específicos de
qualidade de um determinado corpo hídrico e estudos mais detalhados, torna-se
necessária a avaliação individual dos parâmetros de interesse (Porto, 1991).
O Índice de Qualidade de Água (IQA) consiste, basicamente, em uma média
ponderada, na qual o resultado de múltiplos testes é representado em um único
valor. Este índice se tornou uma importante ferramenta para a avaliação da
qualidade das águas em diversos pontos de rios e lagos ao longo do tempo,
permitindo, ainda, a comparação com os corpos d?água de outras regiões e países
(NSF, 2006).
A limitação da utilização dos IQA consiste na influência que um parâmetro de
qualidade da água integrante do índice pode gerar na classificação final, mesmo
quando o mesmo apresenta condições compatíveis com as especificidades de

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determinada área estudada.


No caso do pH, essa influência pode ser significativa, pois apresenta o
terceiro peso mais elevado no cálculo do IQA, além de sua grande variabilidade
natural, decorrente da variação de dissolução de matéria orgânica e oscilações de
temperatura e radiação solar.
O pH é a medida do balanço ácido de uma solução, definida como o
logaritmo negativo da concentração de íons de hidrogênio. O pH é a sigla usada
para potencial (ou potência) hidrogeniônico, porque se refere à concentração de
[H+] (ou de H3O+) em uma solução.
A escala de pH varia de 0 a 14, sendo que os valores abaixo de 7 e próximos
de zero indicam aumento de acidez, enquanto os valores de 7 a 14 indicam aumento
da alcalinidade (Chapman e Kimstach, 1996). Os valores de pH estão relacionados
a fatores naturais, como dissolução de rochas, absorção de gases atmosféricos,
oxidação da matéria orgânica e fotossíntese, e a fatores antropogênicos pelo
despejo de esgotos domésticos e industriais, devido à oxidação da matéria orgânica
e a lavagem ácida de tanques, respectivamente (Sperling, 2005).
A escala de pH é a seguinte:
· De 0 a 6,5 = água ácida = (muito mais átomos de hidrogênio);
10
· De 6,5 a 7,0 = água levemente ácida = (mais átomos de hidrogênio);
· 7,0 = neutro (o equilíbrio entre átomos de oxigênio e de hidrogênio);
· De 7.1 a 7.5 = água levemente alcalina = (mais átomos de oxigênio);
· De 7,6 a 14 = água alcalina = (muito mais átomos de oxigênio).
Figura 04 - Escala de pH
Fonte: site-Toda Matéria.
A água pura e de boa qualidade (pH alcalino), é a melhor forma de manter o
organismo hidratado. O organismo não possui mecanismo para armazenamento de
água, a quantidade perdida em cada momento deve ser reposta gradativamente
para manter a eficiência metabólica do mesmo e a saúde.
A preocupação da medicina preventiva com o equilíbrio do pH corporal,
surgiu a partir de um trabalho científico do médico e doutor americano William
Howard Hay (HAY 1993). Seguindo Dr. Hay, outro médico e doutor norte-americano,
o Dr. Theodore A. Baroody (BAROODY 2006), publicou o livro Alkalize or Die
(Alcalinize ou Morra), no qual reafirma a teoria de seu colega. "Os incontáveis
nomes de doenças realmente não importam. O que realmente importa é que elas
todas vêm da mesma causa-raiz: excesso de resíduos ácidos no organismo".
O pH ideal para o sangue humano é 7,4 (levemente alcalino), para que
absorva bem e armazene na medula óssea os minerais necessários à saúde e
permaneça livre da acidez e suas complicações. Todo e qualquer alimento sólido ou
líquido que venha prejudicar o equilíbrio do pH ideal, estará comprometendo a
saúde do organismo. O pH do sangue humano está inteiramente relacionado à
saúde. Uma pequena variação do pH a menor reduz o sistema imunológico, dando
oportunidade para que seres prejudiciais à saúde como vírus, bactérias e fungos,
11

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aqueles que vivem em meios ácidos com pH abaixo de 7,0, que são os mais
nocivos, encontrem ambiente propício para viver e reproduzir.
Se o pH do corpo não estiver alcalino, não conseguirá absorver bem as
vitaminas, minerais e suplementos alimentares. O pH do corpo afeta tudo, de tal
forma que o corpo tem que ter um pH equilibrado ou não funcionar corretamente.
Segundo Robert Young (YONG 2002) doutor em microbiologia e nutrição,
autor do livro The pH Miracle (O Milagre do pH), o câncer não é uma doença como
comumente se pensa. É um efeito dos ácidos metabólicos que são acumulados no
sangue, e em seguida, liberados para os tecidos. Câncer, de acordo com o Dr.
Young, é na verdade um líquido ácido que se espalha nas células, tecidos e órgãos,
causando a degeneração dos mesmos. Não é uma mutação celular.
Quando o pH do corpo está baixo (ácido, menor que 7,0), o organismo
sabiamente, rouba minerais disponíveis da medula óssea dos ossos do esqueleto
para tentar elevar ao máximo esse pH, para um patamar menos ácido, tentando
evitar assim a irrigação das células com ácido e fazendo com que o pH do sangue
se aproxime ao máximo do ideal (7,45). Só que, quando ingerimos de forma
contínua a água ácida, o organismo entra em fadiga e não consegue efetivar essa
correção plenamente, o pH do sangue é reduzido conduzindo ácido no transporte de
nutrientes e irrigação das células.
A maioria das bactérias patogênicas (responsáveis por inúmeras doenças
graves como: tétano, febre tifóide, tuberculose, câncer de estômago etc.),
encontradas no ar, alimentos, água, etc., crescem e se multiplicam em ambientes
ácidos (com pH entre 0 e 6,5). Porém, há famílias de bactérias que só se mantêm
vivas em ambiente neutro e outras em ambiente alcalino.
O pH da saliva de uma pessoa com câncer é 4,5 (ácido), enquanto o de uma
pessoa sadia fica em torno de 7,0 (neutro), para facilitar na mastigação o processo
de degradação dos alimentos. Normalmente o pH salivar não passa de 6,0 em
função da constante ingestão de água ácida, café, refrigerante, cerveja, álcool,
fumo, etc. Para quem só toma água alcalina o pH corporal pode chegar a 7,4 ?
levemente alcalino.
Veja como na maioria das pessoas, a acidez em excesso interfere no
metabolismo gerando além de doenças, obesidade ou sobrepeso: com super acidez
o estômago absorve rapidamente os alimentos (como acontece quando se toma
coca-cola após a refeição), com isso a fome retorna rapidamente, mais alimento se
ingere e é digerido com rapidez. Esse ciclo se repete ao longo do tempo e
consequentemente, levando a obesidade ou ao desequilíbrio do peso. A acidez
também ataca o sistema endócrino do corpo, (as glândulas tireóide, pineal, hipófise,
adrenal, pâncreas, timo, fígado), coração, testículos, ovários, etc. Para se proteger
contra a acidez, o corpo armazena água (pH neutro). (YOUNG 2002).
12
Por tudo isso podemos concluir que, ter um controle do pH da água é de
suma importância e pode afetar drasticamente a vida humana devido a vários
fatores. Dessa forma, ter um controle de excelência neste aspecto e formos
disciplinados no que diz respeito à oxigenação do nosso sangue e células, ingerindo

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sempre uma água com pH alcalino (entre 7,5 e 8,5), estaremos proporcionando uma
mudança positiva no nosso metabolismo, o que nos torna imunes a grande maioria
das enfermidades, contemplando com isso drástica redução de custos com
assistência médica e medicamentos em geral.
Outro problema em questão está relacionado a tubulações de água em geral,
industrial, potável, de incêndio, etc., onde são muito suscetíveis à corrosão, pois na
grande maioria das vezes, não recebem nenhum tipo de tratamento químico e só é
motivo de preocupação quando ocorrem os primeiros vazamentos e geralmente, já é
muito tarde para qualquer ação preventiva. A corrosão ocorre não apenas em aço
carbono, mas em qualquer tipo de metalurgia, inclusive em aço inoxidável, que é
uma condição ainda mais crítica, pois o comprometimento do sistema/tubulação
pode ocorrer em menor período de operação causado por cloretos e/ou pH e pelo
maior custo envolvido.
As tubulações de água quando apresentam processo corrosivo severo
causado pela forte tendência corrosiva da água, é acelerada pelo baixo pH, que
além de comprometer o sistema, também provocará a elevação da concentração de
ferro total na água, podendo muitas vezes, ultrapassar seu limite máximo
estabelecido pelos padrões de potabilidade, tornando a água não potável, além de
comprometer sua qualidade para uso industrial; sistemas de troca iônica; osmose
reversa; entre outros.
Os sistemas de tubulações de metal, suportam aplicações de processamento
de água de pH próximo a neutro (apesar de sal e água salobra). No entanto, assim
que os níveis de pH de um fluido ultrapassam os níveis neutros (+/- 7) ou o sal é
introduzido (por exemplo, água salobra ou salgada), os metais começam a corroer e
podem degradar de maneira relativamente rápida.
A razão é que os íons que estão dentro dos fluidos ácidos (pH <7) e alcalino
(pH> 7), bem como as soluções salinas, atacam elementos metálicos específicos
em nível molecular, consumindo o material. Este ataque acelera quando há oxigênio
dissolvido.
Dessa forma, o pH pode prejudicar o bom funcionamento de tubulações
metálicas, diminuindo a vida útil destas, deixando com o tempo as tubulações mais
frágeis ou até mesmo entupi-las, dependendo do diâmetro e do nível de corrosão
que se encontra. Para isso, o controle de pH se torna importante neste aspecto para
um abastecimento de água.
13
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIREDO PEREIRA, M. A.; LIPPO BARBIEIRO, B.; MULLER DE QUEVEDO, D.
Importância do monitoramento e disponibilização de dados hidrológicos para
a gestão integrada dos recursos hídricos. Sociedade & natureza, v. 32, p.
308?320, 2020.
ULIANA, E. M. et al. ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA DETERMINAÇÃO DA Q NA
BACIA DO RIO SÃO MATEUS-ES. Disponível em:
<https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0566_0540_01.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.

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BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E
RECURSOS NATURAIS DANILO SINHEI IHA CARACTERÍSTICAS
LIMNOLÓGICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO RICO,
JABOTICABAL, SP. Disponível em:
<https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/1977/2887.pdf?sequence=1&is
Allowed=y>. Acesso em: 10 nov. 2023.
WAGNER, F.; LOPES, A.; PEREIRA, A. CONDIÇÕES NATURAIS DE PH EM
ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUA INTERFERÊNCIA SOBRE O ÍNDICE DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA): ESTUDO DE CASO NA BACIA DO RIBEIRÃO
DE CARRANCAS-MG. Disponível em: <http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/8/1/33.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
CRUZ NETO, Prof. Dr. Bernardo F. da. BENEFÍCIOS DA ÁGUA COM pH
ALCALINO: Saúde ou doença, você decide. Área de Conhecimento Manutenção,
[s. l.], v. 15, p. 250-262, ago. 2020.
Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE-SP).
Hidrologia. Disponível em: <http://www.hidrologia.daee.sp.gov.br/>. Acesso em: 10
de novembro de 2023.
SOLORIO, Jorge. Como eliminar a corrosão de tubulações em aplicações
de processamento industrial. Material Hidráulico e Sistemas de Recalque,
Portal Tratamento de Água, 22 out. 2018.
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Arquivo 1: TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Arquivo 2: http://mais-cidadania-itapetinga.comunidades.net/index.php (19982 termos)
Termos comuns: 719
Similaridade: 3,15%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento http://mais-cidadania-
itapetinga.comunidades.net/index.php (19982 termos)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CAMPUS RIO PARANAÍBA
MARIA ISABEL RODRIGUES - 5298
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS - 5311
LUCAS DUARTE PEREIRA - 6496
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
TRABALHO PRÁTICO 1
Minas Gerais
2023
MARIA ISABEL RODRIGUES
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS
LUCAS DUARTE PEREIRA
TRABALHO PRÁTICO 1- CIDADE JABOTICABAL
Trabalho apresentado à
Universidade Federal de Viçosa,
Campus Rio Paranaíba, como
parcela do modo de avaliação da
disciplina Sistemas de
Abastecimento de Água. Curso:
Engenharia Civil.
Professor Responsável: Igor Luz.
Minas Gerais
Novembro - 2023
1
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO 3
2- OBJETIVO 3
3- DADOS E METODOLOGIA 5
4- RESULTADOS 7
5- CONCLUSÕES 9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH 10
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
2

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1- INTRODUÇÃO
A ausência de planejamento para a utilização dos recursos naturais, em
especial dos recursos hídricos (RH), muitas vezes por causa da ilusão da farta
disponibilidade, faz com que o uso de técnicas inadequadas acabe gerando um ciclo
de consequências negativas, resultando em perdas econômicas, sociais e
ambientais, e assim ocasionando o declínio do desenvolvimento e do bem-estar
social.
Devido ao crescimento populacional e econômico esperado para as próximas
décadas, a demanda por RH tende a crescer e a intensificar os problemas
relacionados a esses recursos, tanto em regiões que já sofrem quanto em regiões
que passarão a sofrer com eventos de escassez. Uma forma de tentar contornar,
adequadamente, essa possível situação é gerir os RH e o meio ambiente como um
todo.
Segundo Ribeiro, Marques e Silva (2005), o conhecimento da disponibilidade
hídrica no âmbito de uma bacia hidrográfica é parte fundamental dos estudos
hidrológicos. Pode-se compreender a bacia hidrográfica como sendo a unidade,
onde são modelados os processos físicos sob a perspectiva de gestão dos recursos
hídricos e do planejamento urbano e regional.
Os vários processos que comandam a característica hídrica de determinado
manancial fazem parte de um frágil equilíbrio, motivo pelo qual, alterações de ordem
física, química ou climática, podem modificar a sua qualidade. Tundisi (2003), afirma
que as alterações na abundância, distribuição e qualidade dos recursos hídricos
ameaçam a sobrevivência do Homem e as demais espécies do planeta, estando o
desenvolvimento sócio econômico dos países fundamentados na disponibilidade de
água de boa qualidade e na capacidade de sua conservação e proteção.
Para estudo, temos o município de Jaboticabal, localizado na porção nordeste
do Estado de São Paulo, onde é abastecido pela Bacia Hidrográfica do Córrego
Rico, tributária da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu, onde 70% da água que
abastece a cidade vêm do Córrego Rico (fonte superficial), 25% dos poços
artesianos e semi-artesianos (fonte profunda), e 5% do dreno da Estiva. A
população a ser abastecida neste município é de 71.821 habitantes de acordo com o
censo do IBGE no ano de 2022.
2- OBJETIVO
O estudo da vazão é de fundamental importância para o planejamento,
operação e gestão eficaz de sistemas de abastecimento de água. Aqui estão
3
algumas razões pelas quais o estudo da vazão é crucial para sistemas de
abastecimento de água:
1- Dimensionamento de captações - A vazão é essencial para dimensionar o
aprimoramento das captações de água. Com base na vazão disponível em
fontes hídricas, como rios ou aquíferos, é possível determinar a quantidade
máxima de água que pode ser captada de forma sustentável.
2- Planejamento de Estações de Tratamento de Água (ETAs) - A vazão influencia
diretamente o projeto e a operação das estações de tratamento de água.

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Conhecer a vazão permite dimensionar as ETAs para tratar a quantidade


adequada de água necessária para atender à demanda da população.
3- Reservas Hídricas e Armazenamento - O estudo da vazão é crucial para
determinar a quantidade de água que deve ser armazenada em reservatórios.
Isso garante um abastecimento contínuo durante períodos de demanda elevada
ou em épocas de vazões reduzidas.
4- Planejamento da Distribuição - Conhecendo a vazão, os sistemas de distribuição
podem ser planejados para melhorar a entrega de água à população. Isso inclui
a seleção de diâmetros de tubos e o dimensionamento de bombas.
5- Gestão da Demanda e Eficiência - A variação da vazão ao longo do tempo
influencia a gestão da demanda. Compreender as flutuações na vazão ajuda na
implementação de estratégias para gerenciar eficientemente o uso da água.
6- Previsão de Desempenho do Sistema - O estudo crucial para prever o
desempenho do sistema em diferentes condições, incluindo situações de
estimativa ou eventos climáticos extremos.
A Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433 de 1997, estabelece
cinco instrumentos de gestão, sendo a Outorga de direito de uso da água um dos
instrumentos (BRASIL, 1997). Neste instrumento, a Administração Pública autoriza
uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada a usar a água de um manancial
para determinada finalidade, como abastecimento humano ou animal ou para
alguma atividade econômica (ANA, 2019).
Análises técnicas são realizadas para avaliar as solicitações de Outorgas de
usos da água, como (ANA, 2019):
· Análise técnica de uso racional ou análise de empreendimento; e
· Análise de disponibilidade hídrica.
4
Na primeira, verifica se existe compatibilidade entre a vazão que está sendo
pleiteada com o tipo de empreendimento. Na segunda, analisa se o manancial tem
capacidade hídrica para atender à nova demanda.
As literaturas brasileiras na área de hidrologia, drenagem e hidráulica
amplamente utilizam vazões de referências em estudos para a determinação de
vazões mínimas (Q90, Q95 e Q7,10) que servem de subsídio nas análises técnicas
(DURANT et al., 2017; RIBEIRO et al., 2017; ULIANA et al., 2017).
Cada Estado e comitês estabelecem a vazão de referência para a concessão
de outorga. A partir de 2018, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema
(CBH-ALPA), do estado de São Paulo, passou a utilizar a Q90 (SÃO PAULO;
CBH-ALPA, 2018). O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) utiliza a vazão
de referência Q7,10 em base anual, para a concessão de outorga em Minas Gerais.
Porém, somente para a Bacia do rio Doce, a partir de setembro de 2022, foi
instituída a Q7,10 mensal como base de disponibilidade hídrica oficial do Igam
(GOMES, 2022).
A determinação das vazões Q90 e Q95 foram alvo de abordagem no artigo
?Como determinar vazões mínimas com curva de permanência??. Desse modo, o
método de determinação da vazão de referência Q7,10 será detalhadamente

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descrito, devido a sua relevância.


Para estudo, devemos obter a vazão Q7,10, onde esta pode ser entendida
como o valor anual da média de 7 vazões diárias consecutivas que pode se repetir,
em média, uma só vez a cada dez anos, ou seja, período de retorno de 10 anos
(VON SPERLING, 2007).
Essa vazão de referência estipula a vazão que ocorre a maior parte do
tempo, em um curso d'água, independente se for períodos de seca ou de chuva. A
vazão Q7,10 é considerada mais criteriosa em relação ao quesito segurança, se
comparada a Q90. Apesar disso, as formas de determinação de ambas são
semelhantes.
3- DADOS E METODOLOGIA
Os dados utilizados para os cálculos do presente estudo foram retirados do
site do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica, disponível nas
referências bibliográficas do documento. A série histórica de vazões médias diárias
disponível contempla o período de 1998 a 2020 sendo foi trabalhada de forma que
pudessem ser padronizados os valores. Alguns meses não haviam dados, sendo
estes, retirados das contas para uma maior precisão e assertividade quanto aos
cálculos.
5
A metodologia para a resolução do trabalho seguiu um passo a passo
pré-estabelecido em sala de aula pelo Professor Igor Luz, que seguia o seguinte
roteiro:
I. Acessar o site do DAEE: http://www.hidrologia.dace.sp.gov.br/ e fazer o
download da série histórica de vazões médias diárias de sua respectiva
cidade.
II. Plotar o gráfico das vazões no tempo (hidrograma);
III. Ordenar as vazões Q em N dias de registros em ordem decrescente;
IV. Dividir a série em 10 intervalos regulares entre a vazão máxima atingida e a
vazão mínima atingida;
V. A partir do passo 4 plotar o histograma de frequência:
VI. A partir do passo 3 - Atribuir a cada vazão ordenada Om a sua ordem de
classificação m;
VII. Calcular a sua probabilidade empírica de ser igualada ou superada P (O >=
Qm). que é calculada pela razão (m/N);
VIII. Plotar um gráfico de vazões ordenadas e suas respectivas probabilidades;
IX. Determinar a Q90 deste rio.
X. Obter a série de dados diários de vazão - lembrar de excluir os anos com
dados faltosos;
XI. Calcular as médias móveis de 7 dias para toda a série;
XII. Encontrar as mínimas médias móveis de 7 dias para cada ano;
XIII. Calcular a média e o desvio padrão das mínimas médias móveis anuais:
XIV. Substituir na fórmula de Gumbel para vazões mínimas descrita abaixo - esse
valor corresponderá a Q7,10 do seu curso d'água. Lembrando que o TR
utilizado no cálculo da Q710 é de 10 anos.

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Assim, seguindo o roteiro de cálculo solicitado, foram realizados os


procedimentos para obtenção dos dados procurados que serão expostos a seguir.
HIDROGRAMA
Para o cálculo do Hidrograma foram trabalhados os dados obtidos da (DAEE,
2023) de ano e suas respectivas vazões médias e plotado um gráfico Ano x Vazão
média, obtendo assim o gráfico do hidrograma desejado.
HISTOGRAMA
De forma a representar a frequência com que uma vazão acontece no curso
d?água em análise é construído o histograma. Sendo obtida a maior vazão e a
menor, e obtido o valor em 10 intervalos de regulares dentre a máxima vazão e a
mínima. Assim, para a construção do gráfico é plotado os intervalos no eixo das
ordenadas e os valores de vazão no eixo das abscissas.
6
CURVA DE PERMANÊNCIA
A curva de permanência representa a relação entre a vazão e a frequência
com a qual esta vazão é superada referente aos dados analisados. Por meio dela se
obtém o valor da Q90, que representa a vazão do rio que é maior ou igual a um
valor x que acontece 90% do tempo no ano. Sendo assim, no eixo vertical são
plotadas as vazões (m³/s) em escala logarítmica e no eixo horizontal as
probabilidades das vazões acontecerem de 0% a 100%.
VAZÃO Q 7,10
O valor referente a vazão Q7,10 representa a vazão mínima em 7 dias, com um
tempo de retorno de 10 anos para fins de cálculo. Sendo assim, para o cálculo foram
feitas iterações considerando médias móveis de 7 dias para todos os dados.
Obtendo-se o valor mínimo para cada ano em específico, e logo em seguida
calculando a média destes dados obtidos. Logo em seguida foi calculado o desvio
padrão destes dados utilizados para o cálculo da média. Por fim, utilizando a fórmula
de Gumbel:
(Eq. 1)? = ? + ? * 0, 45 + 0, 7797 * ?? ?? ( ???? ? 1 )?? ?? { }
Sendo:
? x ? valor de probabilidade de ocorrência (Q7,10 (m³/s));
? ? média amostral;?
? S ? desvio padrão;
? TR ? tempo de recorrência.
4- RESULTADOS
Após a realização do passo a passo descrito anteriormente, foram obtidos os
seguintes resultados, para Hidrograma, Histograma, Curva de Permanência e Vazão
Q7,10.
7
HIDROGRAMA
Figura 01 - Hidrograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Pelos resultados obtidos nota-se que a média de vazões é fica compreendida
entre 5 m³/s e 10 m³/s, mas com certos picos de 10 em 10 anos aproximadamente.

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HISTOGRAMA
Figura 02 - Histograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
8
O histograma representa uma assimetria de valor positivo e não obedece a
curva de distribuição normal.
CURVA DE PERMANÊNCIA
Figura 03 - Curva de Permanencia do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Ao analisar o gráfico da curva de permanência obtemos o valor da Q90 em
1,97; ou seja, em 90% do tempo o rio mantém uma vazão média de 1,97 m³/s.
VAZÃO Q 7,10
Trabalhando os dados e aplicando a Eq. 1 descrita anteriormente como
fórmula de Gumbel encontramos o valor de 3,2967 m³/s.
5- CONCLUSÕES
Analisando as duas vazões calculadas pode-se concluir e comprovar que a
Q7,10 é um dado mais conservador, em relação a Q90 obtida. Faz-se necessária a
análise criteriosa do uso do recurso hídrico do rio Mogi-Guaçu, uma vez que o
mesmo representa 70% do abastecimento da cidade de JABOTICABAL.
A antropização causada pelo ser humano em todas as frentes do meio
ambiente se faz preocupante nos dias de hoje, causando mudanças climáticas
intensas e clamando por um uso mais racional e consciente de todo e qualquer
recurso advindo da natureza.
9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH
A utilização de índices de qualidade da água (IQA) consolidou-se em nível
internacional nos últimos 30 anos, devido à sua aplicabilidade em transmitir
informações sobre o grau de poluição de mananciais utilizados pelos seres humanos
(Benetti e Bidone, 2001). A informação transmitida por meio de índices de qualidade
de água deve ser utilizada na avaliação média, de longo prazo, das condições de
qualidade em determinados cursos d?água, no intuito de subsidiar tomadas de
decisão em fase de planejamento. Para a identificação de problemas específicos de
qualidade de um determinado corpo hídrico e estudos mais detalhados, torna-se
necessária a avaliação individual dos parâmetros de interesse (Porto, 1991).
O Índice de Qualidade de Água (IQA) consiste, basicamente, em uma média
ponderada, na qual o resultado de múltiplos testes é representado em um único
valor. Este índice se tornou uma importante ferramenta para a avaliação da
qualidade das águas em diversos pontos de rios e lagos ao longo do tempo,
permitindo, ainda, a comparação com os corpos d?água de outras regiões e países
(NSF, 2006).
A limitação da utilização dos IQA consiste na influência que um parâmetro de
qualidade da água integrante do índice pode gerar na classificação final, mesmo
quando o mesmo apresenta condições compatíveis com as especificidades de
determinada área estudada.

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No caso do pH, essa influência pode ser significativa, pois apresenta o


terceiro peso mais elevado no cálculo do IQA, além de sua grande variabilidade
natural, decorrente da variação de dissolução de matéria orgânica e oscilações de
temperatura e radiação solar.
O pH é a medida do balanço ácido de uma solução, definida como o
logaritmo negativo da concentração de íons de hidrogênio. O pH é a sigla usada
para potencial (ou potência) hidrogeniônico, porque se refere à concentração de
[H+] (ou de H3O+) em uma solução.
A escala de pH varia de 0 a 14, sendo que os valores abaixo de 7 e próximos
de zero indicam aumento de acidez, enquanto os valores de 7 a 14 indicam aumento
da alcalinidade (Chapman e Kimstach, 1996). Os valores de pH estão relacionados
a fatores naturais, como dissolução de rochas, absorção de gases atmosféricos,
oxidação da matéria orgânica e fotossíntese, e a fatores antropogênicos pelo
despejo de esgotos domésticos e industriais, devido à oxidação da matéria orgânica
e a lavagem ácida de tanques, respectivamente (Sperling, 2005).
A escala de pH é a seguinte:
· De 0 a 6,5 = água ácida = (muito mais átomos de hidrogênio);
10
· De 6,5 a 7,0 = água levemente ácida = (mais átomos de hidrogênio);
· 7,0 = neutro (o equilíbrio entre átomos de oxigênio e de hidrogênio);
· De 7.1 a 7.5 = água levemente alcalina = (mais átomos de oxigênio);
· De 7,6 a 14 = água alcalina = (muito mais átomos de oxigênio).
Figura 04 - Escala de pH
Fonte: site-Toda Matéria.
A água pura e de boa qualidade (pH alcalino), é a melhor forma de manter o
organismo hidratado. O organismo não possui mecanismo para armazenamento de
água, a quantidade perdida em cada momento deve ser reposta gradativamente
para manter a eficiência metabólica do mesmo e a saúde.
A preocupação da medicina preventiva com o equilíbrio do pH corporal,
surgiu a partir de um trabalho científico do médico e doutor americano William
Howard Hay (HAY 1993). Seguindo Dr. Hay, outro médico e doutor norte-americano,
o Dr. Theodore A. Baroody (BAROODY 2006), publicou o livro Alkalize or Die
(Alcalinize ou Morra), no qual reafirma a teoria de seu colega. "Os incontáveis
nomes de doenças realmente não importam. O que realmente importa é que elas
todas vêm da mesma causa-raiz: excesso de resíduos ácidos no organismo".
O pH ideal para o sangue humano é 7,4 (levemente alcalino), para que
absorva bem e armazene na medula óssea os minerais necessários à saúde e
permaneça livre da acidez e suas complicações. Todo e qualquer alimento sólido ou
líquido que venha prejudicar o equilíbrio do pH ideal, estará comprometendo a
saúde do organismo. O pH do sangue humano está inteiramente relacionado à
saúde. Uma pequena variação do pH a menor reduz o sistema imunológico, dando
oportunidade para que seres prejudiciais à saúde como vírus, bactérias e fungos,
11
aqueles que vivem em meios ácidos com pH abaixo de 7,0, que são os mais

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nocivos, encontrem ambiente propício para viver e reproduzir.


Se o pH do corpo não estiver alcalino, não conseguirá absorver bem as
vitaminas, minerais e suplementos alimentares. O pH do corpo afeta tudo, de tal
forma que o corpo tem que ter um pH equilibrado ou não funcionar corretamente.
Segundo Robert Young (YONG 2002) doutor em microbiologia e nutrição,
autor do livro The pH Miracle (O Milagre do pH), o câncer não é uma doença como
comumente se pensa. É um efeito dos ácidos metabólicos que são acumulados no
sangue, e em seguida, liberados para os tecidos. Câncer, de acordo com o Dr.
Young, é na verdade um líquido ácido que se espalha nas células, tecidos e órgãos,
causando a degeneração dos mesmos. Não é uma mutação celular.
Quando o pH do corpo está baixo (ácido, menor que 7,0), o organismo
sabiamente, rouba minerais disponíveis da medula óssea dos ossos do esqueleto
para tentar elevar ao máximo esse pH, para um patamar menos ácido, tentando
evitar assim a irrigação das células com ácido e fazendo com que o pH do sangue
se aproxime ao máximo do ideal (7,45). Só que, quando ingerimos de forma
contínua a água ácida, o organismo entra em fadiga e não consegue efetivar essa
correção plenamente, o pH do sangue é reduzido conduzindo ácido no transporte de
nutrientes e irrigação das células.
A maioria das bactérias patogênicas (responsáveis por inúmeras doenças
graves como: tétano, febre tifóide, tuberculose, câncer de estômago etc.),
encontradas no ar, alimentos, água, etc., crescem e se multiplicam em ambientes
ácidos (com pH entre 0 e 6,5). Porém, há famílias de bactérias que só se mantêm
vivas em ambiente neutro e outras em ambiente alcalino.
O pH da saliva de uma pessoa com câncer é 4,5 (ácido), enquanto o de uma
pessoa sadia fica em torno de 7,0 (neutro), para facilitar na mastigação o processo
de degradação dos alimentos. Normalmente o pH salivar não passa de 6,0 em
função da constante ingestão de água ácida, café, refrigerante, cerveja, álcool,
fumo, etc. Para quem só toma água alcalina o pH corporal pode chegar a 7,4 ?
levemente alcalino.
Veja como na maioria das pessoas, a acidez em excesso interfere no
metabolismo gerando além de doenças, obesidade ou sobrepeso: com super acidez
o estômago absorve rapidamente os alimentos (como acontece quando se toma
coca-cola após a refeição), com isso a fome retorna rapidamente, mais alimento se
ingere e é digerido com rapidez. Esse ciclo se repete ao longo do tempo e
consequentemente, levando a obesidade ou ao desequilíbrio do peso. A acidez
também ataca o sistema endócrino do corpo, (as glândulas tireóide, pineal, hipófise,
adrenal, pâncreas, timo, fígado), coração, testículos, ovários, etc. Para se proteger
contra a acidez, o corpo armazena água (pH neutro). (YOUNG 2002).
12
Por tudo isso podemos concluir que, ter um controle do pH da água é de
suma importância e pode afetar drasticamente a vida humana devido a vários
fatores. Dessa forma, ter um controle de excelência neste aspecto e formos
disciplinados no que diz respeito à oxigenação do nosso sangue e células, ingerindo
sempre uma água com pH alcalino (entre 7,5 e 8,5), estaremos proporcionando uma

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mudança positiva no nosso metabolismo, o que nos torna imunes a grande maioria
das enfermidades, contemplando com isso drástica redução de custos com
assistência médica e medicamentos em geral.
Outro problema em questão está relacionado a tubulações de água em geral,
industrial, potável, de incêndio, etc., onde são muito suscetíveis à corrosão, pois na
grande maioria das vezes, não recebem nenhum tipo de tratamento químico e só é
motivo de preocupação quando ocorrem os primeiros vazamentos e geralmente, já é
muito tarde para qualquer ação preventiva. A corrosão ocorre não apenas em aço
carbono, mas em qualquer tipo de metalurgia, inclusive em aço inoxidável, que é
uma condição ainda mais crítica, pois o comprometimento do sistema/tubulação
pode ocorrer em menor período de operação causado por cloretos e/ou pH e pelo
maior custo envolvido.
As tubulações de água quando apresentam processo corrosivo severo
causado pela forte tendência corrosiva da água, é acelerada pelo baixo pH, que
além de comprometer o sistema, também provocará a elevação da concentração de
ferro total na água, podendo muitas vezes, ultrapassar seu limite máximo
estabelecido pelos padrões de potabilidade, tornando a água não potável, além de
comprometer sua qualidade para uso industrial; sistemas de troca iônica; osmose
reversa; entre outros.
Os sistemas de tubulações de metal, suportam aplicações de processamento
de água de pH próximo a neutro (apesar de sal e água salobra). No entanto, assim
que os níveis de pH de um fluido ultrapassam os níveis neutros (+/- 7) ou o sal é
introduzido (por exemplo, água salobra ou salgada), os metais começam a corroer e
podem degradar de maneira relativamente rápida.
A razão é que os íons que estão dentro dos fluidos ácidos (pH <7) e alcalino
(pH> 7), bem como as soluções salinas, atacam elementos metálicos específicos
em nível molecular, consumindo o material. Este ataque acelera quando há oxigênio
dissolvido.
Dessa forma, o pH pode prejudicar o bom funcionamento de tubulações
metálicas, diminuindo a vida útil destas, deixando com o tempo as tubulações mais
frágeis ou até mesmo entupi-las, dependendo do diâmetro e do nível de corrosão
que se encontra. Para isso, o controle de pH se torna importante neste aspecto para
um abastecimento de água.
13
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIREDO PEREIRA, M. A.; LIPPO BARBIEIRO, B.; MULLER DE QUEVEDO, D.
Importância do monitoramento e disponibilização de dados hidrológicos para
a gestão integrada dos recursos hídricos. Sociedade & natureza, v. 32, p.
308?320, 2020.
ULIANA, E. M. et al. ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA DETERMINAÇÃO DA Q NA
BACIA DO RIO SÃO MATEUS-ES. Disponível em:
<https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0566_0540_01.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS

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BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E


RECURSOS NATURAIS DANILO SINHEI IHA CARACTERÍSTICAS
LIMNOLÓGICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO RICO,
JABOTICABAL, SP. Disponível em:
<https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/1977/2887.pdf?sequence=1&is
Allowed=y>. Acesso em: 10 nov. 2023.
WAGNER, F.; LOPES, A.; PEREIRA, A. CONDIÇÕES NATURAIS DE PH EM
ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUA INTERFERÊNCIA SOBRE O ÍNDICE DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA): ESTUDO DE CASO NA BACIA DO RIBEIRÃO
DE CARRANCAS-MG. Disponível em: <http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/8/1/33.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
CRUZ NETO, Prof. Dr. Bernardo F. da. BENEFÍCIOS DA ÁGUA COM pH
ALCALINO: Saúde ou doença, você decide. Área de Conhecimento Manutenção,
[s. l.], v. 15, p. 250-262, ago. 2020.
Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE-SP).
Hidrologia. Disponível em: <http://www.hidrologia.daee.sp.gov.br/>. Acesso em: 10
de novembro de 2023.
SOLORIO, Jorge. Como eliminar a corrosão de tubulações em aplicações
de processamento industrial. Material Hidráulico e Sistemas de Recalque,
Portal Tratamento de Água, 22 out. 2018.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CAMPUS RIO PARANAÍBA
MARIA ISABEL RODRIGUES - 5298
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS - 5311
LUCAS DUARTE PEREIRA - 6496
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
TRABALHO PRÁTICO 1
Minas Gerais
2023
MARIA ISABEL RODRIGUES
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS
LUCAS DUARTE PEREIRA
TRABALHO PRÁTICO 1- CIDADE JABOTICABAL
Trabalho apresentado à
Universidade Federal de Viçosa,
Campus Rio Paranaíba, como
parcela do modo de avaliação da
disciplina Sistemas de
Abastecimento de Água. Curso:
Engenharia Civil.
Professor Responsável: Igor Luz.
Minas Gerais
Novembro - 2023
1
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO 3
2- OBJETIVO 3
3- DADOS E METODOLOGIA 5
4- RESULTADOS 7
5- CONCLUSÕES 9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH 10
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
2

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1- INTRODUÇÃO
A ausência de planejamento para a utilização dos recursos naturais, em
especial dos recursos hídricos (RH), muitas vezes por causa da ilusão da farta
disponibilidade, faz com que o uso de técnicas inadequadas acabe gerando um ciclo
de consequências negativas, resultando em perdas econômicas, sociais e
ambientais, e assim ocasionando o declínio do desenvolvimento e do bem-estar
social.
Devido ao crescimento populacional e econômico esperado para as próximas
décadas, a demanda por RH tende a crescer e a intensificar os problemas
relacionados a esses recursos, tanto em regiões que já sofrem quanto em regiões
que passarão a sofrer com eventos de escassez. Uma forma de tentar contornar,
adequadamente, essa possível situação é gerir os RH e o meio ambiente como um
todo.
Segundo Ribeiro, Marques e Silva (2005), o conhecimento da disponibilidade
hídrica no âmbito de uma bacia hidrográfica é parte fundamental dos estudos
hidrológicos. Pode-se compreender a bacia hidrográfica como sendo a unidade,
onde são modelados os processos físicos sob a perspectiva de gestão dos recursos
hídricos e do planejamento urbano e regional.
Os vários processos que comandam a característica hídrica de determinado
manancial fazem parte de um frágil equilíbrio, motivo pelo qual, alterações de ordem
física, química ou climática, podem modificar a sua qualidade. Tundisi (2003), afirma
que as alterações na abundância, distribuição e qualidade dos recursos hídricos
ameaçam a sobrevivência do Homem e as demais espécies do planeta, estando o
desenvolvimento sócio econômico dos países fundamentados na disponibilidade de
água de boa qualidade e na capacidade de sua conservação e proteção.
Para estudo, temos o município de Jaboticabal, localizado na porção nordeste
do Estado de São Paulo, onde é abastecido pela Bacia Hidrográfica do Córrego
Rico, tributária da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu, onde 70% da água que
abastece a cidade vêm do Córrego Rico (fonte superficial), 25% dos poços
artesianos e semi-artesianos (fonte profunda), e 5% do dreno da Estiva. A
população a ser abastecida neste município é de 71.821 habitantes de acordo com o
censo do IBGE no ano de 2022.
2- OBJETIVO
O estudo da vazão é de fundamental importância para o planejamento,
operação e gestão eficaz de sistemas de abastecimento de água. Aqui estão
3
algumas razões pelas quais o estudo da vazão é crucial para sistemas de
abastecimento de água:
1- Dimensionamento de captações - A vazão é essencial para dimensionar o
aprimoramento das captações de água. Com base na vazão disponível em
fontes hídricas, como rios ou aquíferos, é possível determinar a quantidade
máxima de água que pode ser captada de forma sustentável.
2- Planejamento de Estações de Tratamento de Água (ETAs) - A vazão influencia
diretamente o projeto e a operação das estações de tratamento de água.

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Conhecer a vazão permite dimensionar as ETAs para tratar a quantidade


adequada de água necessária para atender à demanda da população.
3- Reservas Hídricas e Armazenamento - O estudo da vazão é crucial para
determinar a quantidade de água que deve ser armazenada em reservatórios.
Isso garante um abastecimento contínuo durante períodos de demanda elevada
ou em épocas de vazões reduzidas.
4- Planejamento da Distribuição - Conhecendo a vazão, os sistemas de distribuição
podem ser planejados para melhorar a entrega de água à população. Isso inclui
a seleção de diâmetros de tubos e o dimensionamento de bombas.
5- Gestão da Demanda e Eficiência - A variação da vazão ao longo do tempo
influencia a gestão da demanda. Compreender as flutuações na vazão ajuda na
implementação de estratégias para gerenciar eficientemente o uso da água.
6- Previsão de Desempenho do Sistema - O estudo crucial para prever o
desempenho do sistema em diferentes condições, incluindo situações de
estimativa ou eventos climáticos extremos.
A Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433 de 1997, estabelece
cinco instrumentos de gestão, sendo a Outorga de direito de uso da água um dos
instrumentos (BRASIL, 1997). Neste instrumento, a Administração Pública autoriza
uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada a usar a água de um manancial
para determinada finalidade, como abastecimento humano ou animal ou para
alguma atividade econômica (ANA, 2019).
Análises técnicas são realizadas para avaliar as solicitações de Outorgas de
usos da água, como (ANA, 2019):
· Análise técnica de uso racional ou análise de empreendimento; e
· Análise de disponibilidade hídrica.
4
Na primeira, verifica se existe compatibilidade entre a vazão que está sendo
pleiteada com o tipo de empreendimento. Na segunda, analisa se o manancial tem
capacidade hídrica para atender à nova demanda.
As literaturas brasileiras na área de hidrologia, drenagem e hidráulica
amplamente utilizam vazões de referências em estudos para a determinação de
vazões mínimas (Q90, Q95 e Q7,10) que servem de subsídio nas análises técnicas
(DURANT et al., 2017; RIBEIRO et al., 2017; ULIANA et al., 2017).
Cada Estado e comitês estabelecem a vazão de referência para a concessão
de outorga. A partir de 2018, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema
(CBH-ALPA), do estado de São Paulo, passou a utilizar a Q90 (SÃO PAULO;
CBH-ALPA, 2018). O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) utiliza a vazão
de referência Q7,10 em base anual, para a concessão de outorga em Minas Gerais.
Porém, somente para a Bacia do rio Doce, a partir de setembro de 2022, foi
instituída a Q7,10 mensal como base de disponibilidade hídrica oficial do Igam
(GOMES, 2022).
A determinação das vazões Q90 e Q95 foram alvo de abordagem no artigo
?Como determinar vazões mínimas com curva de permanência??. Desse modo, o
método de determinação da vazão de referência Q7,10 será detalhadamente

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descrito, devido a sua relevância.


Para estudo, devemos obter a vazão Q7,10, onde esta pode ser entendida
como o valor anual da média de 7 vazões diárias consecutivas que pode se repetir,
em média, uma só vez a cada dez anos, ou seja, período de retorno de 10 anos
(VON SPERLING, 2007).
Essa vazão de referência estipula a vazão que ocorre a maior parte do
tempo, em um curso d'água, independente se for períodos de seca ou de chuva. A
vazão Q7,10 é considerada mais criteriosa em relação ao quesito segurança, se
comparada a Q90. Apesar disso, as formas de determinação de ambas são
semelhantes.
3- DADOS E METODOLOGIA
Os dados utilizados para os cálculos do presente estudo foram retirados do
site do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica, disponível nas
referências bibliográficas do documento. A série histórica de vazões médias diárias
disponível contempla o período de 1998 a 2020 sendo foi trabalhada de forma que
pudessem ser padronizados os valores. Alguns meses não haviam dados, sendo
estes, retirados das contas para uma maior precisão e assertividade quanto aos
cálculos.
5
A metodologia para a resolução do trabalho seguiu um passo a passo
pré-estabelecido em sala de aula pelo Professor Igor Luz, que seguia o seguinte
roteiro:
I. Acessar o site do DAEE: http://www.hidrologia.dace.sp.gov.br/ e fazer o
download da série histórica de vazões médias diárias de sua respectiva
cidade.
II. Plotar o gráfico das vazões no tempo (hidrograma);
III. Ordenar as vazões Q em N dias de registros em ordem decrescente;
IV. Dividir a série em 10 intervalos regulares entre a vazão máxima atingida e a
vazão mínima atingida;
V. A partir do passo 4 plotar o histograma de frequência:
VI. A partir do passo 3 - Atribuir a cada vazão ordenada Om a sua ordem de
classificação m;
VII. Calcular a sua probabilidade empírica de ser igualada ou superada P (O >=
Qm). que é calculada pela razão (m/N);
VIII. Plotar um gráfico de vazões ordenadas e suas respectivas probabilidades;
IX. Determinar a Q90 deste rio.
X. Obter a série de dados diários de vazão - lembrar de excluir os anos com
dados faltosos;
XI. Calcular as médias móveis de 7 dias para toda a série;
XII. Encontrar as mínimas médias móveis de 7 dias para cada ano;
XIII. Calcular a média e o desvio padrão das mínimas médias móveis anuais:
XIV. Substituir na fórmula de Gumbel para vazões mínimas descrita abaixo - esse
valor corresponderá a Q7,10 do seu curso d'água. Lembrando que o TR
utilizado no cálculo da Q710 é de 10 anos.

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Assim, seguindo o roteiro de cálculo solicitado, foram realizados os


procedimentos para obtenção dos dados procurados que serão expostos a seguir.
HIDROGRAMA
Para o cálculo do Hidrograma foram trabalhados os dados obtidos da (DAEE,
2023) de ano e suas respectivas vazões médias e plotado um gráfico Ano x Vazão
média, obtendo assim o gráfico do hidrograma desejado.
HISTOGRAMA
De forma a representar a frequência com que uma vazão acontece no curso
d?água em análise é construído o histograma. Sendo obtida a maior vazão e a
menor, e obtido o valor em 10 intervalos de regulares dentre a máxima vazão e a
mínima. Assim, para a construção do gráfico é plotado os intervalos no eixo das
ordenadas e os valores de vazão no eixo das abscissas.
6
CURVA DE PERMANÊNCIA
A curva de permanência representa a relação entre a vazão e a frequência
com a qual esta vazão é superada referente aos dados analisados. Por meio dela se
obtém o valor da Q90, que representa a vazão do rio que é maior ou igual a um
valor x que acontece 90% do tempo no ano. Sendo assim, no eixo vertical são
plotadas as vazões (m³/s) em escala logarítmica e no eixo horizontal as
probabilidades das vazões acontecerem de 0% a 100%.
VAZÃO Q 7,10
O valor referente a vazão Q7,10 representa a vazão mínima em 7 dias, com um
tempo de retorno de 10 anos para fins de cálculo. Sendo assim, para o cálculo foram
feitas iterações considerando médias móveis de 7 dias para todos os dados.
Obtendo-se o valor mínimo para cada ano em específico, e logo em seguida
calculando a média destes dados obtidos. Logo em seguida foi calculado o desvio
padrão destes dados utilizados para o cálculo da média. Por fim, utilizando a fórmula
de Gumbel:
(Eq. 1)? = ? + ? * 0, 45 + 0, 7797 * ?? ?? ( ???? ? 1 )?? ?? { }
Sendo:
? x ? valor de probabilidade de ocorrência (Q7,10 (m³/s));
? ? média amostral;?
? S ? desvio padrão;
? TR ? tempo de recorrência.
4- RESULTADOS
Após a realização do passo a passo descrito anteriormente, foram obtidos os
seguintes resultados, para Hidrograma, Histograma, Curva de Permanência e Vazão
Q7,10.
7
HIDROGRAMA
Figura 01 - Hidrograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Pelos resultados obtidos nota-se que a média de vazões é fica compreendida
entre 5 m³/s e 10 m³/s, mas com certos picos de 10 em 10 anos aproximadamente.

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HISTOGRAMA
Figura 02 - Histograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
8
O histograma representa uma assimetria de valor positivo e não obedece a
curva de distribuição normal.
CURVA DE PERMANÊNCIA
Figura 03 - Curva de Permanencia do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Ao analisar o gráfico da curva de permanência obtemos o valor da Q90 em
1,97; ou seja, em 90% do tempo o rio mantém uma vazão média de 1,97 m³/s.
VAZÃO Q 7,10
Trabalhando os dados e aplicando a Eq. 1 descrita anteriormente como
fórmula de Gumbel encontramos o valor de 3,2967 m³/s.
5- CONCLUSÕES
Analisando as duas vazões calculadas pode-se concluir e comprovar que a
Q7,10 é um dado mais conservador, em relação a Q90 obtida. Faz-se necessária a
análise criteriosa do uso do recurso hídrico do rio Mogi-Guaçu, uma vez que o
mesmo representa 70% do abastecimento da cidade de JABOTICABAL.
A antropização causada pelo ser humano em todas as frentes do meio
ambiente se faz preocupante nos dias de hoje, causando mudanças climáticas
intensas e clamando por um uso mais racional e consciente de todo e qualquer
recurso advindo da natureza.
9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH
A utilização de índices de qualidade da água (IQA) consolidou-se em nível
internacional nos últimos 30 anos, devido à sua aplicabilidade em transmitir
informações sobre o grau de poluição de mananciais utilizados pelos seres humanos
(Benetti e Bidone, 2001). A informação transmitida por meio de índices de qualidade
de água deve ser utilizada na avaliação média, de longo prazo, das condições de
qualidade em determinados cursos d?água, no intuito de subsidiar tomadas de
decisão em fase de planejamento. Para a identificação de problemas específicos de
qualidade de um determinado corpo hídrico e estudos mais detalhados, torna-se
necessária a avaliação individual dos parâmetros de interesse (Porto, 1991).
O Índice de Qualidade de Água (IQA) consiste, basicamente, em uma média
ponderada, na qual o resultado de múltiplos testes é representado em um único
valor. Este índice se tornou uma importante ferramenta para a avaliação da
qualidade das águas em diversos pontos de rios e lagos ao longo do tempo,
permitindo, ainda, a comparação com os corpos d?água de outras regiões e países
(NSF, 2006).
A limitação da utilização dos IQA consiste na influência que um parâmetro de
qualidade da água integrante do índice pode gerar na classificação final, mesmo
quando o mesmo apresenta condições compatíveis com as especificidades de
determinada área estudada.

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No caso do pH, essa influência pode ser significativa, pois apresenta o


terceiro peso mais elevado no cálculo do IQA, além de sua grande variabilidade
natural, decorrente da variação de dissolução de matéria orgânica e oscilações de
temperatura e radiação solar.
O pH é a medida do balanço ácido de uma solução, definida como o
logaritmo negativo da concentração de íons de hidrogênio. O pH é a sigla usada
para potencial (ou potência) hidrogeniônico, porque se refere à concentração de
[H+] (ou de H3O+) em uma solução.
A escala de pH varia de 0 a 14, sendo que os valores abaixo de 7 e próximos
de zero indicam aumento de acidez, enquanto os valores de 7 a 14 indicam aumento
da alcalinidade (Chapman e Kimstach, 1996). Os valores de pH estão relacionados
a fatores naturais, como dissolução de rochas, absorção de gases atmosféricos,
oxidação da matéria orgânica e fotossíntese, e a fatores antropogênicos pelo
despejo de esgotos domésticos e industriais, devido à oxidação da matéria orgânica
e a lavagem ácida de tanques, respectivamente (Sperling, 2005).
A escala de pH é a seguinte:
· De 0 a 6,5 = água ácida = (muito mais átomos de hidrogênio);
10
· De 6,5 a 7,0 = água levemente ácida = (mais átomos de hidrogênio);
· 7,0 = neutro (o equilíbrio entre átomos de oxigênio e de hidrogênio);
· De 7.1 a 7.5 = água levemente alcalina = (mais átomos de oxigênio);
· De 7,6 a 14 = água alcalina = (muito mais átomos de oxigênio).
Figura 04 - Escala de pH
Fonte: site-Toda Matéria.
A água pura e de boa qualidade (pH alcalino), é a melhor forma de manter o
organismo hidratado. O organismo não possui mecanismo para armazenamento de
água, a quantidade perdida em cada momento deve ser reposta gradativamente
para manter a eficiência metabólica do mesmo e a saúde.
A preocupação da medicina preventiva com o equilíbrio do pH corporal,
surgiu a partir de um trabalho científico do médico e doutor americano William
Howard Hay (HAY 1993). Seguindo Dr. Hay, outro médico e doutor norte-americano,
o Dr. Theodore A. Baroody (BAROODY 2006), publicou o livro Alkalize or Die
(Alcalinize ou Morra), no qual reafirma a teoria de seu colega. "Os incontáveis
nomes de doenças realmente não importam. O que realmente importa é que elas
todas vêm da mesma causa-raiz: excesso de resíduos ácidos no organismo".
O pH ideal para o sangue humano é 7,4 (levemente alcalino), para que
absorva bem e armazene na medula óssea os minerais necessários à saúde e
permaneça livre da acidez e suas complicações. Todo e qualquer alimento sólido ou
líquido que venha prejudicar o equilíbrio do pH ideal, estará comprometendo a
saúde do organismo. O pH do sangue humano está inteiramente relacionado à
saúde. Uma pequena variação do pH a menor reduz o sistema imunológico, dando
oportunidade para que seres prejudiciais à saúde como vírus, bactérias e fungos,
11
aqueles que vivem em meios ácidos com pH abaixo de 7,0, que são os mais

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nocivos, encontrem ambiente propício para viver e reproduzir.


Se o pH do corpo não estiver alcalino, não conseguirá absorver bem as
vitaminas, minerais e suplementos alimentares. O pH do corpo afeta tudo, de tal
forma que o corpo tem que ter um pH equilibrado ou não funcionar corretamente.
Segundo Robert Young (YONG 2002) doutor em microbiologia e nutrição,
autor do livro The pH Miracle (O Milagre do pH), o câncer não é uma doença como
comumente se pensa. É um efeito dos ácidos metabólicos que são acumulados no
sangue, e em seguida, liberados para os tecidos. Câncer, de acordo com o Dr.
Young, é na verdade um líquido ácido que se espalha nas células, tecidos e órgãos,
causando a degeneração dos mesmos. Não é uma mutação celular.
Quando o pH do corpo está baixo (ácido, menor que 7,0), o organismo
sabiamente, rouba minerais disponíveis da medula óssea dos ossos do esqueleto
para tentar elevar ao máximo esse pH, para um patamar menos ácido, tentando
evitar assim a irrigação das células com ácido e fazendo com que o pH do sangue
se aproxime ao máximo do ideal (7,45). Só que, quando ingerimos de forma
contínua a água ácida, o organismo entra em fadiga e não consegue efetivar essa
correção plenamente, o pH do sangue é reduzido conduzindo ácido no transporte de
nutrientes e irrigação das células.
A maioria das bactérias patogênicas (responsáveis por inúmeras doenças
graves como: tétano, febre tifóide, tuberculose, câncer de estômago etc.),
encontradas no ar, alimentos, água, etc., crescem e se multiplicam em ambientes
ácidos (com pH entre 0 e 6,5). Porém, há famílias de bactérias que só se mantêm
vivas em ambiente neutro e outras em ambiente alcalino.
O pH da saliva de uma pessoa com câncer é 4,5 (ácido), enquanto o de uma
pessoa sadia fica em torno de 7,0 (neutro), para facilitar na mastigação o processo
de degradação dos alimentos. Normalmente o pH salivar não passa de 6,0 em
função da constante ingestão de água ácida, café, refrigerante, cerveja, álcool,
fumo, etc. Para quem só toma água alcalina o pH corporal pode chegar a 7,4 ?
levemente alcalino.
Veja como na maioria das pessoas, a acidez em excesso interfere no
metabolismo gerando além de doenças, obesidade ou sobrepeso: com super acidez
o estômago absorve rapidamente os alimentos (como acontece quando se toma
coca-cola após a refeição), com isso a fome retorna rapidamente, mais alimento se
ingere e é digerido com rapidez. Esse ciclo se repete ao longo do tempo e
consequentemente, levando a obesidade ou ao desequilíbrio do peso. A acidez
também ataca o sistema endócrino do corpo, (as glândulas tireóide, pineal, hipófise,
adrenal, pâncreas, timo, fígado), coração, testículos, ovários, etc. Para se proteger
contra a acidez, o corpo armazena água (pH neutro). (YOUNG 2002).
12
Por tudo isso podemos concluir que, ter um controle do pH da água é de
suma importância e pode afetar drasticamente a vida humana devido a vários
fatores. Dessa forma, ter um controle de excelência neste aspecto e formos
disciplinados no que diz respeito à oxigenação do nosso sangue e células, ingerindo
sempre uma água com pH alcalino (entre 7,5 e 8,5), estaremos proporcionando uma

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mudança positiva no nosso metabolismo, o que nos torna imunes a grande maioria
das enfermidades, contemplando com isso drástica redução de custos com
assistência médica e medicamentos em geral.
Outro problema em questão está relacionado a tubulações de água em geral,
industrial, potável, de incêndio, etc., onde são muito suscetíveis à corrosão, pois na
grande maioria das vezes, não recebem nenhum tipo de tratamento químico e só é
motivo de preocupação quando ocorrem os primeiros vazamentos e geralmente, já é
muito tarde para qualquer ação preventiva. A corrosão ocorre não apenas em aço
carbono, mas em qualquer tipo de metalurgia, inclusive em aço inoxidável, que é
uma condição ainda mais crítica, pois o comprometimento do sistema/tubulação
pode ocorrer em menor período de operação causado por cloretos e/ou pH e pelo
maior custo envolvido.
As tubulações de água quando apresentam processo corrosivo severo
causado pela forte tendência corrosiva da água, é acelerada pelo baixo pH, que
além de comprometer o sistema, também provocará a elevação da concentração de
ferro total na água, podendo muitas vezes, ultrapassar seu limite máximo
estabelecido pelos padrões de potabilidade, tornando a água não potável, além de
comprometer sua qualidade para uso industrial; sistemas de troca iônica; osmose
reversa; entre outros.
Os sistemas de tubulações de metal, suportam aplicações de processamento
de água de pH próximo a neutro (apesar de sal e água salobra). No entanto, assim
que os níveis de pH de um fluido ultrapassam os níveis neutros (+/- 7) ou o sal é
introduzido (por exemplo, água salobra ou salgada), os metais começam a corroer e
podem degradar de maneira relativamente rápida.
A razão é que os íons que estão dentro dos fluidos ácidos (pH <7) e alcalino
(pH> 7), bem como as soluções salinas, atacam elementos metálicos específicos
em nível molecular, consumindo o material. Este ataque acelera quando há oxigênio
dissolvido.
Dessa forma, o pH pode prejudicar o bom funcionamento de tubulações
metálicas, diminuindo a vida útil destas, deixando com o tempo as tubulações mais
frágeis ou até mesmo entupi-las, dependendo do diâmetro e do nível de corrosão
que se encontra. Para isso, o controle de pH se torna importante neste aspecto para
um abastecimento de água.
13
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIREDO PEREIRA, M. A.; LIPPO BARBIEIRO, B.; MULLER DE QUEVEDO, D.
Importância do monitoramento e disponibilização de dados hidrológicos para
a gestão integrada dos recursos hídricos. Sociedade & natureza, v. 32, p.
308?320, 2020.
ULIANA, E. M. et al. ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA DETERMINAÇÃO DA Q NA
BACIA DO RIO SÃO MATEUS-ES. Disponível em:
<https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0566_0540_01.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS

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BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E


RECURSOS NATURAIS DANILO SINHEI IHA CARACTERÍSTICAS
LIMNOLÓGICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO RICO,
JABOTICABAL, SP. Disponível em:
<https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/1977/2887.pdf?sequence=1&is
Allowed=y>. Acesso em: 10 nov. 2023.
WAGNER, F.; LOPES, A.; PEREIRA, A. CONDIÇÕES NATURAIS DE PH EM
ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUA INTERFERÊNCIA SOBRE O ÍNDICE DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA): ESTUDO DE CASO NA BACIA DO RIBEIRÃO
DE CARRANCAS-MG. Disponível em: <http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/8/1/33.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
CRUZ NETO, Prof. Dr. Bernardo F. da. BENEFÍCIOS DA ÁGUA COM pH
ALCALINO: Saúde ou doença, você decide. Área de Conhecimento Manutenção,
[s. l.], v. 15, p. 250-262, ago. 2020.
Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE-SP).
Hidrologia. Disponível em: <http://www.hidrologia.daee.sp.gov.br/>. Acesso em: 10
de novembro de 2023.
SOLORIO, Jorge. Como eliminar a corrosão de tubulações em aplicações
de processamento industrial. Material Hidráulico e Sistemas de Recalque,
Portal Tratamento de Água, 22 out. 2018.
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MARIA ISABEL RODRIGUES
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS
LUCAS DUARTE PEREIRA
TRABALHO PRÁTICO 1- CIDADE JABOTICABAL
Trabalho apresentado à
Universidade Federal de Viçosa,
Campus Rio Paranaíba, como
parcela do modo de avaliação da
disciplina Sistemas de
Abastecimento de Água. Curso:
Engenharia Civil.
Professor Responsável: Igor Luz.
Minas Gerais
Novembro - 2023
1
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO 3
2- OBJETIVO 3
3- DADOS E METODOLOGIA 5
4- RESULTADOS 7
5- CONCLUSÕES 9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH 10
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
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1- INTRODUÇÃO
A ausência de planejamento para a utilização dos recursos naturais, em
especial dos recursos hídricos (RH), muitas vezes por causa da ilusão da farta
disponibilidade, faz com que o uso de técnicas inadequadas acabe gerando um ciclo
de consequências negativas, resultando em perdas econômicas, sociais e
ambientais, e assim ocasionando o declínio do desenvolvimento e do bem-estar
social.
Devido ao crescimento populacional e econômico esperado para as próximas
décadas, a demanda por RH tende a crescer e a intensificar os problemas
relacionados a esses recursos, tanto em regiões que já sofrem quanto em regiões
que passarão a sofrer com eventos de escassez. Uma forma de tentar contornar,
adequadamente, essa possível situação é gerir os RH e o meio ambiente como um
todo.
Segundo Ribeiro, Marques e Silva (2005), o conhecimento da disponibilidade
hídrica no âmbito de uma bacia hidrográfica é parte fundamental dos estudos
hidrológicos. Pode-se compreender a bacia hidrográfica como sendo a unidade,
onde são modelados os processos físicos sob a perspectiva de gestão dos recursos
hídricos e do planejamento urbano e regional.
Os vários processos que comandam a característica hídrica de determinado
manancial fazem parte de um frágil equilíbrio, motivo pelo qual, alterações de ordem
física, química ou climática, podem modificar a sua qualidade. Tundisi (2003), afirma
que as alterações na abundância, distribuição e qualidade dos recursos hídricos
ameaçam a sobrevivência do Homem e as demais espécies do planeta, estando o
desenvolvimento sócio econômico dos países fundamentados na disponibilidade de
água de boa qualidade e na capacidade de sua conservação e proteção.
Para estudo, temos o município de Jaboticabal, localizado na porção nordeste
do Estado de São Paulo, onde é abastecido pela Bacia Hidrográfica do Córrego
Rico, tributária da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu, onde 70% da água que
abastece a cidade vêm do Córrego Rico (fonte superficial), 25% dos poços
artesianos e semi-artesianos (fonte profunda), e 5% do dreno da Estiva. A
população a ser abastecida neste município é de 71.821 habitantes de acordo com o
censo do IBGE no ano de 2022.
2- OBJETIVO
O estudo da vazão é de fundamental importância para o planejamento,
operação e gestão eficaz de sistemas de abastecimento de água. Aqui estão
3
algumas razões pelas quais o estudo da vazão é crucial para sistemas de
abastecimento de água:
1- Dimensionamento de captações - A vazão é essencial para dimensionar o
aprimoramento das captações de água. Com base na vazão disponível em
fontes hídricas, como rios ou aquíferos, é possível determinar a quantidade
máxima de água que pode ser captada de forma sustentável.
2- Planejamento de Estações de Tratamento de Água (ETAs) - A vazão influencia
diretamente o projeto e a operação das estações de tratamento de água.

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Conhecer a vazão permite dimensionar as ETAs para tratar a quantidade


adequada de água necessária para atender à demanda da população.
3- Reservas Hídricas e Armazenamento - O estudo da vazão é crucial para
determinar a quantidade de água que deve ser armazenada em reservatórios.
Isso garante um abastecimento contínuo durante períodos de demanda elevada
ou em épocas de vazões reduzidas.
4- Planejamento da Distribuição - Conhecendo a vazão, os sistemas de distribuição
podem ser planejados para melhorar a entrega de água à população. Isso inclui
a seleção de diâmetros de tubos e o dimensionamento de bombas.
5- Gestão da Demanda e Eficiência - A variação da vazão ao longo do tempo
influencia a gestão da demanda. Compreender as flutuações na vazão ajuda na
implementação de estratégias para gerenciar eficientemente o uso da água.
6- Previsão de Desempenho do Sistema - O estudo crucial para prever o
desempenho do sistema em diferentes condições, incluindo situações de
estimativa ou eventos climáticos extremos.
A Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433 de 1997, estabelece
cinco instrumentos de gestão, sendo a Outorga de direito de uso da água um dos
instrumentos (BRASIL, 1997). Neste instrumento, a Administração Pública autoriza
uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada a usar a água de um manancial
para determinada finalidade, como abastecimento humano ou animal ou para
alguma atividade econômica (ANA, 2019).
Análises técnicas são realizadas para avaliar as solicitações de Outorgas de
usos da água, como (ANA, 2019):
· Análise técnica de uso racional ou análise de empreendimento; e
· Análise de disponibilidade hídrica.
4
Na primeira, verifica se existe compatibilidade entre a vazão que está sendo
pleiteada com o tipo de empreendimento. Na segunda, analisa se o manancial tem
capacidade hídrica para atender à nova demanda.
As literaturas brasileiras na área de hidrologia, drenagem e hidráulica
amplamente utilizam vazões de referências em estudos para a determinação de
vazões mínimas (Q90, Q95 e Q7,10) que servem de subsídio nas análises técnicas
(DURANT et al., 2017; RIBEIRO et al., 2017; ULIANA et al., 2017).
Cada Estado e comitês estabelecem a vazão de referência para a concessão
de outorga. A partir de 2018, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema
(CBH-ALPA), do estado de São Paulo, passou a utilizar a Q90 (SÃO PAULO;
CBH-ALPA, 2018). O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) utiliza a vazão
de referência Q7,10 em base anual, para a concessão de outorga em Minas Gerais.
Porém, somente para a Bacia do rio Doce, a partir de setembro de 2022, foi
instituída a Q7,10 mensal como base de disponibilidade hídrica oficial do Igam
(GOMES, 2022).
A determinação das vazões Q90 e Q95 foram alvo de abordagem no artigo
?Como determinar vazões mínimas com curva de permanência??. Desse modo, o
método de determinação da vazão de referência Q7,10 será detalhadamente

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descrito, devido a sua relevância.


Para estudo, devemos obter a vazão Q7,10, onde esta pode ser entendida
como o valor anual da média de 7 vazões diárias consecutivas que pode se repetir,
em média, uma só vez a cada dez anos, ou seja, período de retorno de 10 anos
(VON SPERLING, 2007).
Essa vazão de referência estipula a vazão que ocorre a maior parte do
tempo, em um curso d'água, independente se for períodos de seca ou de chuva. A
vazão Q7,10 é considerada mais criteriosa em relação ao quesito segurança, se
comparada a Q90. Apesar disso, as formas de determinação de ambas são
semelhantes.
3- DADOS E METODOLOGIA
Os dados utilizados para os cálculos do presente estudo foram retirados do
site do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica, disponível nas
referências bibliográficas do documento. A série histórica de vazões médias diárias
disponível contempla o período de 1998 a 2020 sendo foi trabalhada de forma que
pudessem ser padronizados os valores. Alguns meses não haviam dados, sendo
estes, retirados das contas para uma maior precisão e assertividade quanto aos
cálculos.
5
A metodologia para a resolução do trabalho seguiu um passo a passo
pré-estabelecido em sala de aula pelo Professor Igor Luz, que seguia o seguinte
roteiro:
I. Acessar o site do DAEE: http://www.hidrologia.dace.sp.gov.br/ e fazer o
download da série histórica de vazões médias diárias de sua respectiva
cidade.
II. Plotar o gráfico das vazões no tempo (hidrograma);
III. Ordenar as vazões Q em N dias de registros em ordem decrescente;
IV. Dividir a série em 10 intervalos regulares entre a vazão máxima atingida e a
vazão mínima atingida;
V. A partir do passo 4 plotar o histograma de frequência:
VI. A partir do passo 3 - Atribuir a cada vazão ordenada Om a sua ordem de
classificação m;
VII. Calcular a sua probabilidade empírica de ser igualada ou superada P (O >=
Qm). que é calculada pela razão (m/N);
VIII. Plotar um gráfico de vazões ordenadas e suas respectivas probabilidades;
IX. Determinar a Q90 deste rio.
X. Obter a série de dados diários de vazão - lembrar de excluir os anos com
dados faltosos;
XI. Calcular as médias móveis de 7 dias para toda a série;
XII. Encontrar as mínimas médias móveis de 7 dias para cada ano;
XIII. Calcular a média e o desvio padrão das mínimas médias móveis anuais:
XIV. Substituir na fórmula de Gumbel para vazões mínimas descrita abaixo - esse
valor corresponderá a Q7,10 do seu curso d'água. Lembrando que o TR
utilizado no cálculo da Q710 é de 10 anos.

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Assim, seguindo o roteiro de cálculo solicitado, foram realizados os


procedimentos para obtenção dos dados procurados que serão expostos a seguir.
HIDROGRAMA
Para o cálculo do Hidrograma foram trabalhados os dados obtidos da (DAEE,
2023) de ano e suas respectivas vazões médias e plotado um gráfico Ano x Vazão
média, obtendo assim o gráfico do hidrograma desejado.
HISTOGRAMA
De forma a representar a frequência com que uma vazão acontece no curso
d?água em análise é construído o histograma. Sendo obtida a maior vazão e a
menor, e obtido o valor em 10 intervalos de regulares dentre a máxima vazão e a
mínima. Assim, para a construção do gráfico é plotado os intervalos no eixo das
ordenadas e os valores de vazão no eixo das abscissas.
6
CURVA DE PERMANÊNCIA
A curva de permanência representa a relação entre a vazão e a frequência
com a qual esta vazão é superada referente aos dados analisados. Por meio dela se
obtém o valor da Q90, que representa a vazão do rio que é maior ou igual a um
valor x que acontece 90% do tempo no ano. Sendo assim, no eixo vertical são
plotadas as vazões (m³/s) em escala logarítmica e no eixo horizontal as
probabilidades das vazões acontecerem de 0% a 100%.
VAZÃO Q 7,10
O valor referente a vazão Q7,10 representa a vazão mínima em 7 dias, com um
tempo de retorno de 10 anos para fins de cálculo. Sendo assim, para o cálculo foram
feitas iterações considerando médias móveis de 7 dias para todos os dados.
Obtendo-se o valor mínimo para cada ano em específico, e logo em seguida
calculando a média destes dados obtidos. Logo em seguida foi calculado o desvio
padrão destes dados utilizados para o cálculo da média. Por fim, utilizando a fórmula
de Gumbel:
(Eq. 1)? = ? + ? * 0, 45 + 0, 7797 * ?? ?? ( ???? ? 1 )?? ?? { }
Sendo:
? x ? valor de probabilidade de ocorrência (Q7,10 (m³/s));
? ? média amostral;?
? S ? desvio padrão;
? TR ? tempo de recorrência.
4- RESULTADOS
Após a realização do passo a passo descrito anteriormente, foram obtidos os
seguintes resultados, para Hidrograma, Histograma, Curva de Permanência e Vazão
Q7,10.
7
HIDROGRAMA
Figura 01 - Hidrograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Pelos resultados obtidos nota-se que a média de vazões é fica compreendida
entre 5 m³/s e 10 m³/s, mas com certos picos de 10 em 10 anos aproximadamente.

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HISTOGRAMA
Figura 02 - Histograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
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O histograma representa uma assimetria de valor positivo e não obedece a
curva de distribuição normal.
CURVA DE PERMANÊNCIA
Figura 03 - Curva de Permanencia do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Ao analisar o gráfico da curva de permanência obtemos o valor da Q90 em
1,97; ou seja, em 90% do tempo o rio mantém uma vazão média de 1,97 m³/s.
VAZÃO Q 7,10
Trabalhando os dados e aplicando a Eq. 1 descrita anteriormente como
fórmula de Gumbel encontramos o valor de 3,2967 m³/s.
5- CONCLUSÕES
Analisando as duas vazões calculadas pode-se concluir e comprovar que a
Q7,10 é um dado mais conservador, em relação a Q90 obtida. Faz-se necessária a
análise criteriosa do uso do recurso hídrico do rio Mogi-Guaçu, uma vez que o
mesmo representa 70% do abastecimento da cidade de JABOTICABAL.
A antropização causada pelo ser humano em todas as frentes do meio
ambiente se faz preocupante nos dias de hoje, causando mudanças climáticas
intensas e clamando por um uso mais racional e consciente de todo e qualquer
recurso advindo da natureza.
9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH
A utilização de índices de qualidade da água (IQA) consolidou-se em nível
internacional nos últimos 30 anos, devido à sua aplicabilidade em transmitir
informações sobre o grau de poluição de mananciais utilizados pelos seres humanos
(Benetti e Bidone, 2001). A informação transmitida por meio de índices de qualidade
de água deve ser utilizada na avaliação média, de longo prazo, das condições de
qualidade em determinados cursos d?água, no intuito de subsidiar tomadas de
decisão em fase de planejamento. Para a identificação de problemas específicos de
qualidade de um determinado corpo hídrico e estudos mais detalhados, torna-se
necessária a avaliação individual dos parâmetros de interesse (Porto, 1991).
O Índice de Qualidade de Água (IQA) consiste, basicamente, em uma média
ponderada, na qual o resultado de múltiplos testes é representado em um único
valor. Este índice se tornou uma importante ferramenta para a avaliação da
qualidade das águas em diversos pontos de rios e lagos ao longo do tempo,
permitindo, ainda, a comparação com os corpos d?água de outras regiões e países
(NSF, 2006).
A limitação da utilização dos IQA consiste na influência que um parâmetro de
qualidade da água integrante do índice pode gerar na classificação final, mesmo
quando o mesmo apresenta condições compatíveis com as especificidades de
determinada área estudada.

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No caso do pH, essa influência pode ser significativa, pois apresenta o


terceiro peso mais elevado no cálculo do IQA, além de sua grande variabilidade
natural, decorrente da variação de dissolução de matéria orgânica e oscilações de
temperatura e radiação solar.
O pH é a medida do balanço ácido de uma solução, definida como o
logaritmo negativo da concentração de íons de hidrogênio. O pH é a sigla usada
para potencial (ou potência) hidrogeniônico, porque se refere à concentração de
[H+] (ou de H3O+) em uma solução.
A escala de pH varia de 0 a 14, sendo que os valores abaixo de 7 e próximos
de zero indicam aumento de acidez, enquanto os valores de 7 a 14 indicam aumento
da alcalinidade (Chapman e Kimstach, 1996). Os valores de pH estão relacionados
a fatores naturais, como dissolução de rochas, absorção de gases atmosféricos,
oxidação da matéria orgânica e fotossíntese, e a fatores antropogênicos pelo
despejo de esgotos domésticos e industriais, devido à oxidação da matéria orgânica
e a lavagem ácida de tanques, respectivamente (Sperling, 2005).
A escala de pH é a seguinte:
· De 0 a 6,5 = água ácida = (muito mais átomos de hidrogênio);
10
· De 6,5 a 7,0 = água levemente ácida = (mais átomos de hidrogênio);
· 7,0 = neutro (o equilíbrio entre átomos de oxigênio e de hidrogênio);
· De 7.1 a 7.5 = água levemente alcalina = (mais átomos de oxigênio);
· De 7,6 a 14 = água alcalina = (muito mais átomos de oxigênio).
Figura 04 - Escala de pH
Fonte: site-Toda Matéria.
A água pura e de boa qualidade (pH alcalino), é a melhor forma de manter o
organismo hidratado. O organismo não possui mecanismo para armazenamento de
água, a quantidade perdida em cada momento deve ser reposta gradativamente
para manter a eficiência metabólica do mesmo e a saúde.
A preocupação da medicina preventiva com o equilíbrio do pH corporal,
surgiu a partir de um trabalho científico do médico e doutor americano William
Howard Hay (HAY 1993). Seguindo Dr. Hay, outro médico e doutor norte-americano,
o Dr. Theodore A. Baroody (BAROODY 2006), publicou o livro Alkalize or Die
(Alcalinize ou Morra), no qual reafirma a teoria de seu colega. "Os incontáveis
nomes de doenças realmente não importam. O que realmente importa é que elas
todas vêm da mesma causa-raiz: excesso de resíduos ácidos no organismo".
O pH ideal para o sangue humano é 7,4 (levemente alcalino), para que
absorva bem e armazene na medula óssea os minerais necessários à saúde e
permaneça livre da acidez e suas complicações. Todo e qualquer alimento sólido ou
líquido que venha prejudicar o equilíbrio do pH ideal, estará comprometendo a
saúde do organismo. O pH do sangue humano está inteiramente relacionado à
saúde. Uma pequena variação do pH a menor reduz o sistema imunológico, dando
oportunidade para que seres prejudiciais à saúde como vírus, bactérias e fungos,
11
aqueles que vivem em meios ácidos com pH abaixo de 7,0, que são os mais

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nocivos, encontrem ambiente propício para viver e reproduzir.


Se o pH do corpo não estiver alcalino, não conseguirá absorver bem as
vitaminas, minerais e suplementos alimentares. O pH do corpo afeta tudo, de tal
forma que o corpo tem que ter um pH equilibrado ou não funcionar corretamente.
Segundo Robert Young (YONG 2002) doutor em microbiologia e nutrição,
autor do livro The pH Miracle (O Milagre do pH), o câncer não é uma doença como
comumente se pensa. É um efeito dos ácidos metabólicos que são acumulados no
sangue, e em seguida, liberados para os tecidos. Câncer, de acordo com o Dr.
Young, é na verdade um líquido ácido que se espalha nas células, tecidos e órgãos,
causando a degeneração dos mesmos. Não é uma mutação celular.
Quando o pH do corpo está baixo (ácido, menor que 7,0), o organismo
sabiamente, rouba minerais disponíveis da medula óssea dos ossos do esqueleto
para tentar elevar ao máximo esse pH, para um patamar menos ácido, tentando
evitar assim a irrigação das células com ácido e fazendo com que o pH do sangue
se aproxime ao máximo do ideal (7,45). Só que, quando ingerimos de forma
contínua a água ácida, o organismo entra em fadiga e não consegue efetivar essa
correção plenamente, o pH do sangue é reduzido conduzindo ácido no transporte de
nutrientes e irrigação das células.
A maioria das bactérias patogênicas (responsáveis por inúmeras doenças
graves como: tétano, febre tifóide, tuberculose, câncer de estômago etc.),
encontradas no ar, alimentos, água, etc., crescem e se multiplicam em ambientes
ácidos (com pH entre 0 e 6,5). Porém, há famílias de bactérias que só se mantêm
vivas em ambiente neutro e outras em ambiente alcalino.
O pH da saliva de uma pessoa com câncer é 4,5 (ácido), enquanto o de uma
pessoa sadia fica em torno de 7,0 (neutro), para facilitar na mastigação o processo
de degradação dos alimentos. Normalmente o pH salivar não passa de 6,0 em
função da constante ingestão de água ácida, café, refrigerante, cerveja, álcool,
fumo, etc. Para quem só toma água alcalina o pH corporal pode chegar a 7,4 ?
levemente alcalino.
Veja como na maioria das pessoas, a acidez em excesso interfere no
metabolismo gerando além de doenças, obesidade ou sobrepeso: com super acidez
o estômago absorve rapidamente os alimentos (como acontece quando se toma
coca-cola após a refeição), com isso a fome retorna rapidamente, mais alimento se
ingere e é digerido com rapidez. Esse ciclo se repete ao longo do tempo e
consequentemente, levando a obesidade ou ao desequilíbrio do peso. A acidez
também ataca o sistema endócrino do corpo, (as glândulas tireóide, pineal, hipófise,
adrenal, pâncreas, timo, fígado), coração, testículos, ovários, etc. Para se proteger
contra a acidez, o corpo armazena água (pH neutro). (YOUNG 2002).
12
Por tudo isso podemos concluir que, ter um controle do pH da água é de
suma importância e pode afetar drasticamente a vida humana devido a vários
fatores. Dessa forma, ter um controle de excelência neste aspecto e formos
disciplinados no que diz respeito à oxigenação do nosso sangue e células, ingerindo
sempre uma água com pH alcalino (entre 7,5 e 8,5), estaremos proporcionando uma

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mudança positiva no nosso metabolismo, o que nos torna imunes a grande maioria
das enfermidades, contemplando com isso drástica redução de custos com
assistência médica e medicamentos em geral.
Outro problema em questão está relacionado a tubulações de água em geral,
industrial, potável, de incêndio, etc., onde são muito suscetíveis à corrosão, pois na
grande maioria das vezes, não recebem nenhum tipo de tratamento químico e só é
motivo de preocupação quando ocorrem os primeiros vazamentos e geralmente, já é
muito tarde para qualquer ação preventiva. A corrosão ocorre não apenas em aço
carbono, mas em qualquer tipo de metalurgia, inclusive em aço inoxidável, que é
uma condição ainda mais crítica, pois o comprometimento do sistema/tubulação
pode ocorrer em menor período de operação causado por cloretos e/ou pH e pelo
maior custo envolvido.
As tubulações de água quando apresentam processo corrosivo severo
causado pela forte tendência corrosiva da água, é acelerada pelo baixo pH, que
além de comprometer o sistema, também provocará a elevação da concentração de
ferro total na água, podendo muitas vezes, ultrapassar seu limite máximo
estabelecido pelos padrões de potabilidade, tornando a água não potável, além de
comprometer sua qualidade para uso industrial; sistemas de troca iônica; osmose
reversa; entre outros.
Os sistemas de tubulações de metal, suportam aplicações de processamento
de água de pH próximo a neutro (apesar de sal e água salobra). No entanto, assim
que os níveis de pH de um fluido ultrapassam os níveis neutros (+/- 7) ou o sal é
introduzido (por exemplo, água salobra ou salgada), os metais começam a corroer e
podem degradar de maneira relativamente rápida.
A razão é que os íons que estão dentro dos fluidos ácidos (pH <7) e alcalino
(pH> 7), bem como as soluções salinas, atacam elementos metálicos específicos
em nível molecular, consumindo o material. Este ataque acelera quando há oxigênio
dissolvido.
Dessa forma, o pH pode prejudicar o bom funcionamento de tubulações
metálicas, diminuindo a vida útil destas, deixando com o tempo as tubulações mais
frágeis ou até mesmo entupi-las, dependendo do diâmetro e do nível de corrosão
que se encontra. Para isso, o controle de pH se torna importante neste aspecto para
um abastecimento de água.
13
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIREDO PEREIRA, M. A.; LIPPO BARBIEIRO, B.; MULLER DE QUEVEDO, D.
Importância do monitoramento e disponibilização de dados hidrológicos para
a gestão integrada dos recursos hídricos. Sociedade & natureza, v. 32, p.
308?320, 2020.
ULIANA, E. M. et al. ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA DETERMINAÇÃO DA Q NA
BACIA DO RIO SÃO MATEUS-ES. Disponível em:
<https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0566_0540_01.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS

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BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E


RECURSOS NATURAIS DANILO SINHEI IHA CARACTERÍSTICAS
LIMNOLÓGICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO RICO,
JABOTICABAL, SP. Disponível em:
<https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/1977/2887.pdf?sequence=1&is
Allowed=y>. Acesso em: 10 nov. 2023.
WAGNER, F.; LOPES, A.; PEREIRA, A. CONDIÇÕES NATURAIS DE PH EM
ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUA INTERFERÊNCIA SOBRE O ÍNDICE DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA): ESTUDO DE CASO NA BACIA DO RIBEIRÃO
DE CARRANCAS-MG. Disponível em: <http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/8/1/33.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
CRUZ NETO, Prof. Dr. Bernardo F. da. BENEFÍCIOS DA ÁGUA COM pH
ALCALINO: Saúde ou doença, você decide. Área de Conhecimento Manutenção,
[s. l.], v. 15, p. 250-262, ago. 2020.
Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE-SP).
Hidrologia. Disponível em: <http://www.hidrologia.daee.sp.gov.br/>. Acesso em: 10
de novembro de 2023.
SOLORIO, Jorge. Como eliminar a corrosão de tubulações em aplicações
de processamento industrial. Material Hidráulico e Sistemas de Recalque,
Portal Tratamento de Água, 22 out. 2018.
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Arquivo 1: TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Arquivo 2: https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/educere/article/view/10517 (1214 termos)
Termos comuns: 25
Similaridade: 0,53%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/educere/article/view/10517 (1214 termos)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CAMPUS RIO PARANAÍBA
MARIA ISABEL RODRIGUES - 5298
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS - 5311
LUCAS DUARTE PEREIRA - 6496
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
TRABALHO PRÁTICO 1
Minas Gerais
2023
MARIA ISABEL RODRIGUES
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS
LUCAS DUARTE PEREIRA
TRABALHO PRÁTICO 1- CIDADE JABOTICABAL
Trabalho apresentado à
Universidade Federal de Viçosa,
Campus Rio Paranaíba, como
parcela do modo de avaliação da
disciplina Sistemas de
Abastecimento de Água. Curso:
Engenharia Civil.
Professor Responsável: Igor Luz.
Minas Gerais
Novembro - 2023
1
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO 3
2- OBJETIVO 3
3- DADOS E METODOLOGIA 5
4- RESULTADOS 7
5- CONCLUSÕES 9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH 10
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1- INTRODUÇÃO
A ausência de planejamento para a utilização dos recursos naturais, em
especial dos recursos hídricos (RH), muitas vezes por causa da ilusão da farta
disponibilidade, faz com que o uso de técnicas inadequadas acabe gerando um ciclo
de consequências negativas, resultando em perdas econômicas, sociais e
ambientais, e assim ocasionando o declínio do desenvolvimento e do bem-estar
social.
Devido ao crescimento populacional e econômico esperado para as próximas
décadas, a demanda por RH tende a crescer e a intensificar os problemas
relacionados a esses recursos, tanto em regiões que já sofrem quanto em regiões
que passarão a sofrer com eventos de escassez. Uma forma de tentar contornar,
adequadamente, essa possível situação é gerir os RH e o meio ambiente como um
todo.
Segundo Ribeiro, Marques e Silva (2005), o conhecimento da disponibilidade
hídrica no âmbito de uma bacia hidrográfica é parte fundamental dos estudos
hidrológicos. Pode-se compreender a bacia hidrográfica como sendo a unidade,
onde são modelados os processos físicos sob a perspectiva de gestão dos recursos
hídricos e do planejamento urbano e regional.
Os vários processos que comandam a característica hídrica de determinado
manancial fazem parte de um frágil equilíbrio, motivo pelo qual, alterações de ordem
física, química ou climática, podem modificar a sua qualidade. Tundisi (2003), afirma
que as alterações na abundância, distribuição e qualidade dos recursos hídricos
ameaçam a sobrevivência do Homem e as demais espécies do planeta, estando o
desenvolvimento sócio econômico dos países fundamentados na disponibilidade de
água de boa qualidade e na capacidade de sua conservação e proteção.
Para estudo, temos o município de Jaboticabal, localizado na porção nordeste
do Estado de São Paulo, onde é abastecido pela Bacia Hidrográfica do Córrego
Rico, tributária da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu, onde 70% da água que
abastece a cidade vêm do Córrego Rico (fonte superficial), 25% dos poços
artesianos e semi-artesianos (fonte profunda), e 5% do dreno da Estiva. A
população a ser abastecida neste município é de 71.821 habitantes de acordo com o
censo do IBGE no ano de 2022.
2- OBJETIVO
O estudo da vazão é de fundamental importância para o planejamento,
operação e gestão eficaz de sistemas de abastecimento de água. Aqui estão
3
algumas razões pelas quais o estudo da vazão é crucial para sistemas de
abastecimento de água:
1- Dimensionamento de captações - A vazão é essencial para dimensionar o
aprimoramento das captações de água. Com base na vazão disponível em
fontes hídricas, como rios ou aquíferos, é possível determinar a quantidade
máxima de água que pode ser captada de forma sustentável.
2- Planejamento de Estações de Tratamento de Água (ETAs) - A vazão influencia
diretamente o projeto e a operação das estações de tratamento de água.

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Conhecer a vazão permite dimensionar as ETAs para tratar a quantidade


adequada de água necessária para atender à demanda da população.
3- Reservas Hídricas e Armazenamento - O estudo da vazão é crucial para
determinar a quantidade de água que deve ser armazenada em reservatórios.
Isso garante um abastecimento contínuo durante períodos de demanda elevada
ou em épocas de vazões reduzidas.
4- Planejamento da Distribuição - Conhecendo a vazão, os sistemas de distribuição
podem ser planejados para melhorar a entrega de água à população. Isso inclui
a seleção de diâmetros de tubos e o dimensionamento de bombas.
5- Gestão da Demanda e Eficiência - A variação da vazão ao longo do tempo
influencia a gestão da demanda. Compreender as flutuações na vazão ajuda na
implementação de estratégias para gerenciar eficientemente o uso da água.
6- Previsão de Desempenho do Sistema - O estudo crucial para prever o
desempenho do sistema em diferentes condições, incluindo situações de
estimativa ou eventos climáticos extremos.
A Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433 de 1997, estabelece
cinco instrumentos de gestão, sendo a Outorga de direito de uso da água um dos
instrumentos (BRASIL, 1997). Neste instrumento, a Administração Pública autoriza
uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada a usar a água de um manancial
para determinada finalidade, como abastecimento humano ou animal ou para
alguma atividade econômica (ANA, 2019).
Análises técnicas são realizadas para avaliar as solicitações de Outorgas de
usos da água, como (ANA, 2019):
· Análise técnica de uso racional ou análise de empreendimento; e
· Análise de disponibilidade hídrica.
4
Na primeira, verifica se existe compatibilidade entre a vazão que está sendo
pleiteada com o tipo de empreendimento. Na segunda, analisa se o manancial tem
capacidade hídrica para atender à nova demanda.
As literaturas brasileiras na área de hidrologia, drenagem e hidráulica
amplamente utilizam vazões de referências em estudos para a determinação de
vazões mínimas (Q90, Q95 e Q7,10) que servem de subsídio nas análises técnicas
(DURANT et al., 2017; RIBEIRO et al., 2017; ULIANA et al., 2017).
Cada Estado e comitês estabelecem a vazão de referência para a concessão
de outorga. A partir de 2018, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema
(CBH-ALPA), do estado de São Paulo, passou a utilizar a Q90 (SÃO PAULO;
CBH-ALPA, 2018). O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) utiliza a vazão
de referência Q7,10 em base anual, para a concessão de outorga em Minas Gerais.
Porém, somente para a Bacia do rio Doce, a partir de setembro de 2022, foi
instituída a Q7,10 mensal como base de disponibilidade hídrica oficial do Igam
(GOMES, 2022).
A determinação das vazões Q90 e Q95 foram alvo de abordagem no artigo
?Como determinar vazões mínimas com curva de permanência??. Desse modo, o
método de determinação da vazão de referência Q7,10 será detalhadamente

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descrito, devido a sua relevância.


Para estudo, devemos obter a vazão Q7,10, onde esta pode ser entendida
como o valor anual da média de 7 vazões diárias consecutivas que pode se repetir,
em média, uma só vez a cada dez anos, ou seja, período de retorno de 10 anos
(VON SPERLING, 2007).
Essa vazão de referência estipula a vazão que ocorre a maior parte do
tempo, em um curso d'água, independente se for períodos de seca ou de chuva. A
vazão Q7,10 é considerada mais criteriosa em relação ao quesito segurança, se
comparada a Q90. Apesar disso, as formas de determinação de ambas são
semelhantes.
3- DADOS E METODOLOGIA
Os dados utilizados para os cálculos do presente estudo foram retirados do
site do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica, disponível nas
referências bibliográficas do documento. A série histórica de vazões médias diárias
disponível contempla o período de 1998 a 2020 sendo foi trabalhada de forma que
pudessem ser padronizados os valores. Alguns meses não haviam dados, sendo
estes, retirados das contas para uma maior precisão e assertividade quanto aos
cálculos.
5
A metodologia para a resolução do trabalho seguiu um passo a passo
pré-estabelecido em sala de aula pelo Professor Igor Luz, que seguia o seguinte
roteiro:
I. Acessar o site do DAEE: http://www.hidrologia.dace.sp.gov.br/ e fazer o
download da série histórica de vazões médias diárias de sua respectiva
cidade.
II. Plotar o gráfico das vazões no tempo (hidrograma);
III. Ordenar as vazões Q em N dias de registros em ordem decrescente;
IV. Dividir a série em 10 intervalos regulares entre a vazão máxima atingida e a
vazão mínima atingida;
V. A partir do passo 4 plotar o histograma de frequência:
VI. A partir do passo 3 - Atribuir a cada vazão ordenada Om a sua ordem de
classificação m;
VII. Calcular a sua probabilidade empírica de ser igualada ou superada P (O >=
Qm). que é calculada pela razão (m/N);
VIII. Plotar um gráfico de vazões ordenadas e suas respectivas probabilidades;
IX. Determinar a Q90 deste rio.
X. Obter a série de dados diários de vazão - lembrar de excluir os anos com
dados faltosos;
XI. Calcular as médias móveis de 7 dias para toda a série;
XII. Encontrar as mínimas médias móveis de 7 dias para cada ano;
XIII. Calcular a média e o desvio padrão das mínimas médias móveis anuais:
XIV. Substituir na fórmula de Gumbel para vazões mínimas descrita abaixo - esse
valor corresponderá a Q7,10 do seu curso d'água. Lembrando que o TR
utilizado no cálculo da Q710 é de 10 anos.

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Assim, seguindo o roteiro de cálculo solicitado, foram realizados os


procedimentos para obtenção dos dados procurados que serão expostos a seguir.
HIDROGRAMA
Para o cálculo do Hidrograma foram trabalhados os dados obtidos da (DAEE,
2023) de ano e suas respectivas vazões médias e plotado um gráfico Ano x Vazão
média, obtendo assim o gráfico do hidrograma desejado.
HISTOGRAMA
De forma a representar a frequência com que uma vazão acontece no curso
d?água em análise é construído o histograma. Sendo obtida a maior vazão e a
menor, e obtido o valor em 10 intervalos de regulares dentre a máxima vazão e a
mínima. Assim, para a construção do gráfico é plotado os intervalos no eixo das
ordenadas e os valores de vazão no eixo das abscissas.
6
CURVA DE PERMANÊNCIA
A curva de permanência representa a relação entre a vazão e a frequência
com a qual esta vazão é superada referente aos dados analisados. Por meio dela se
obtém o valor da Q90, que representa a vazão do rio que é maior ou igual a um
valor x que acontece 90% do tempo no ano. Sendo assim, no eixo vertical são
plotadas as vazões (m³/s) em escala logarítmica e no eixo horizontal as
probabilidades das vazões acontecerem de 0% a 100%.
VAZÃO Q 7,10
O valor referente a vazão Q7,10 representa a vazão mínima em 7 dias, com um
tempo de retorno de 10 anos para fins de cálculo. Sendo assim, para o cálculo foram
feitas iterações considerando médias móveis de 7 dias para todos os dados.
Obtendo-se o valor mínimo para cada ano em específico, e logo em seguida
calculando a média destes dados obtidos. Logo em seguida foi calculado o desvio
padrão destes dados utilizados para o cálculo da média. Por fim, utilizando a fórmula
de Gumbel:
(Eq. 1)? = ? + ? * 0, 45 + 0, 7797 * ?? ?? ( ???? ? 1 )?? ?? { }
Sendo:
? x ? valor de probabilidade de ocorrência (Q7,10 (m³/s));
? ? média amostral;?
? S ? desvio padrão;
? TR ? tempo de recorrência.
4- RESULTADOS
Após a realização do passo a passo descrito anteriormente, foram obtidos os
seguintes resultados, para Hidrograma, Histograma, Curva de Permanência e Vazão
Q7,10.
7
HIDROGRAMA
Figura 01 - Hidrograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Pelos resultados obtidos nota-se que a média de vazões é fica compreendida
entre 5 m³/s e 10 m³/s, mas com certos picos de 10 em 10 anos aproximadamente.

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HISTOGRAMA
Figura 02 - Histograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
8
O histograma representa uma assimetria de valor positivo e não obedece a
curva de distribuição normal.
CURVA DE PERMANÊNCIA
Figura 03 - Curva de Permanencia do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Ao analisar o gráfico da curva de permanência obtemos o valor da Q90 em
1,97; ou seja, em 90% do tempo o rio mantém uma vazão média de 1,97 m³/s.
VAZÃO Q 7,10
Trabalhando os dados e aplicando a Eq. 1 descrita anteriormente como
fórmula de Gumbel encontramos o valor de 3,2967 m³/s.
5- CONCLUSÕES
Analisando as duas vazões calculadas pode-se concluir e comprovar que a
Q7,10 é um dado mais conservador, em relação a Q90 obtida. Faz-se necessária a
análise criteriosa do uso do recurso hídrico do rio Mogi-Guaçu, uma vez que o
mesmo representa 70% do abastecimento da cidade de JABOTICABAL.
A antropização causada pelo ser humano em todas as frentes do meio
ambiente se faz preocupante nos dias de hoje, causando mudanças climáticas
intensas e clamando por um uso mais racional e consciente de todo e qualquer
recurso advindo da natureza.
9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH
A utilização de índices de qualidade da água (IQA) consolidou-se em nível
internacional nos últimos 30 anos, devido à sua aplicabilidade em transmitir
informações sobre o grau de poluição de mananciais utilizados pelos seres humanos
(Benetti e Bidone, 2001). A informação transmitida por meio de índices de qualidade
de água deve ser utilizada na avaliação média, de longo prazo, das condições de
qualidade em determinados cursos d?água, no intuito de subsidiar tomadas de
decisão em fase de planejamento. Para a identificação de problemas específicos de
qualidade de um determinado corpo hídrico e estudos mais detalhados, torna-se
necessária a avaliação individual dos parâmetros de interesse (Porto, 1991).
O Índice de Qualidade de Água (IQA) consiste, basicamente, em uma média
ponderada, na qual o resultado de múltiplos testes é representado em um único
valor. Este índice se tornou uma importante ferramenta para a avaliação da
qualidade das águas em diversos pontos de rios e lagos ao longo do tempo,
permitindo, ainda, a comparação com os corpos d?água de outras regiões e países
(NSF, 2006).
A limitação da utilização dos IQA consiste na influência que um parâmetro de
qualidade da água integrante do índice pode gerar na classificação final, mesmo
quando o mesmo apresenta condições compatíveis com as especificidades de
determinada área estudada.

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No caso do pH, essa influência pode ser significativa, pois apresenta o


terceiro peso mais elevado no cálculo do IQA, além de sua grande variabilidade
natural, decorrente da variação de dissolução de matéria orgânica e oscilações de
temperatura e radiação solar.
O pH é a medida do balanço ácido de uma solução, definida como o
logaritmo negativo da concentração de íons de hidrogênio. O pH é a sigla usada
para potencial (ou potência) hidrogeniônico, porque se refere à concentração de
[H+] (ou de H3O+) em uma solução.
A escala de pH varia de 0 a 14, sendo que os valores abaixo de 7 e próximos
de zero indicam aumento de acidez, enquanto os valores de 7 a 14 indicam aumento
da alcalinidade (Chapman e Kimstach, 1996). Os valores de pH estão relacionados
a fatores naturais, como dissolução de rochas, absorção de gases atmosféricos,
oxidação da matéria orgânica e fotossíntese, e a fatores antropogênicos pelo
despejo de esgotos domésticos e industriais, devido à oxidação da matéria orgânica
e a lavagem ácida de tanques, respectivamente (Sperling, 2005).
A escala de pH é a seguinte:
· De 0 a 6,5 = água ácida = (muito mais átomos de hidrogênio);
10
· De 6,5 a 7,0 = água levemente ácida = (mais átomos de hidrogênio);
· 7,0 = neutro (o equilíbrio entre átomos de oxigênio e de hidrogênio);
· De 7.1 a 7.5 = água levemente alcalina = (mais átomos de oxigênio);
· De 7,6 a 14 = água alcalina = (muito mais átomos de oxigênio).
Figura 04 - Escala de pH
Fonte: site-Toda Matéria.
A água pura e de boa qualidade (pH alcalino), é a melhor forma de manter o
organismo hidratado. O organismo não possui mecanismo para armazenamento de
água, a quantidade perdida em cada momento deve ser reposta gradativamente
para manter a eficiência metabólica do mesmo e a saúde.
A preocupação da medicina preventiva com o equilíbrio do pH corporal,
surgiu a partir de um trabalho científico do médico e doutor americano William
Howard Hay (HAY 1993). Seguindo Dr. Hay, outro médico e doutor norte-americano,
o Dr. Theodore A. Baroody (BAROODY 2006), publicou o livro Alkalize or Die
(Alcalinize ou Morra), no qual reafirma a teoria de seu colega. "Os incontáveis
nomes de doenças realmente não importam. O que realmente importa é que elas
todas vêm da mesma causa-raiz: excesso de resíduos ácidos no organismo".
O pH ideal para o sangue humano é 7,4 (levemente alcalino), para que
absorva bem e armazene na medula óssea os minerais necessários à saúde e
permaneça livre da acidez e suas complicações. Todo e qualquer alimento sólido ou
líquido que venha prejudicar o equilíbrio do pH ideal, estará comprometendo a
saúde do organismo. O pH do sangue humano está inteiramente relacionado à
saúde. Uma pequena variação do pH a menor reduz o sistema imunológico, dando
oportunidade para que seres prejudiciais à saúde como vírus, bactérias e fungos,
11
aqueles que vivem em meios ácidos com pH abaixo de 7,0, que são os mais

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nocivos, encontrem ambiente propício para viver e reproduzir.


Se o pH do corpo não estiver alcalino, não conseguirá absorver bem as
vitaminas, minerais e suplementos alimentares. O pH do corpo afeta tudo, de tal
forma que o corpo tem que ter um pH equilibrado ou não funcionar corretamente.
Segundo Robert Young (YONG 2002) doutor em microbiologia e nutrição,
autor do livro The pH Miracle (O Milagre do pH), o câncer não é uma doença como
comumente se pensa. É um efeito dos ácidos metabólicos que são acumulados no
sangue, e em seguida, liberados para os tecidos. Câncer, de acordo com o Dr.
Young, é na verdade um líquido ácido que se espalha nas células, tecidos e órgãos,
causando a degeneração dos mesmos. Não é uma mutação celular.
Quando o pH do corpo está baixo (ácido, menor que 7,0), o organismo
sabiamente, rouba minerais disponíveis da medula óssea dos ossos do esqueleto
para tentar elevar ao máximo esse pH, para um patamar menos ácido, tentando
evitar assim a irrigação das células com ácido e fazendo com que o pH do sangue
se aproxime ao máximo do ideal (7,45). Só que, quando ingerimos de forma
contínua a água ácida, o organismo entra em fadiga e não consegue efetivar essa
correção plenamente, o pH do sangue é reduzido conduzindo ácido no transporte de
nutrientes e irrigação das células.
A maioria das bactérias patogênicas (responsáveis por inúmeras doenças
graves como: tétano, febre tifóide, tuberculose, câncer de estômago etc.),
encontradas no ar, alimentos, água, etc., crescem e se multiplicam em ambientes
ácidos (com pH entre 0 e 6,5). Porém, há famílias de bactérias que só se mantêm
vivas em ambiente neutro e outras em ambiente alcalino.
O pH da saliva de uma pessoa com câncer é 4,5 (ácido), enquanto o de uma
pessoa sadia fica em torno de 7,0 (neutro), para facilitar na mastigação o processo
de degradação dos alimentos. Normalmente o pH salivar não passa de 6,0 em
função da constante ingestão de água ácida, café, refrigerante, cerveja, álcool,
fumo, etc. Para quem só toma água alcalina o pH corporal pode chegar a 7,4 ?
levemente alcalino.
Veja como na maioria das pessoas, a acidez em excesso interfere no
metabolismo gerando além de doenças, obesidade ou sobrepeso: com super acidez
o estômago absorve rapidamente os alimentos (como acontece quando se toma
coca-cola após a refeição), com isso a fome retorna rapidamente, mais alimento se
ingere e é digerido com rapidez. Esse ciclo se repete ao longo do tempo e
consequentemente, levando a obesidade ou ao desequilíbrio do peso. A acidez
também ataca o sistema endócrino do corpo, (as glândulas tireóide, pineal, hipófise,
adrenal, pâncreas, timo, fígado), coração, testículos, ovários, etc. Para se proteger
contra a acidez, o corpo armazena água (pH neutro). (YOUNG 2002).
12
Por tudo isso podemos concluir que, ter um controle do pH da água é de
suma importância e pode afetar drasticamente a vida humana devido a vários
fatores. Dessa forma, ter um controle de excelência neste aspecto e formos
disciplinados no que diz respeito à oxigenação do nosso sangue e células, ingerindo
sempre uma água com pH alcalino (entre 7,5 e 8,5), estaremos proporcionando uma

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mudança positiva no nosso metabolismo, o que nos torna imunes a grande maioria
das enfermidades, contemplando com isso drástica redução de custos com
assistência médica e medicamentos em geral.
Outro problema em questão está relacionado a tubulações de água em geral,
industrial, potável, de incêndio, etc., onde são muito suscetíveis à corrosão, pois na
grande maioria das vezes, não recebem nenhum tipo de tratamento químico e só é
motivo de preocupação quando ocorrem os primeiros vazamentos e geralmente, já é
muito tarde para qualquer ação preventiva. A corrosão ocorre não apenas em aço
carbono, mas em qualquer tipo de metalurgia, inclusive em aço inoxidável, que é
uma condição ainda mais crítica, pois o comprometimento do sistema/tubulação
pode ocorrer em menor período de operação causado por cloretos e/ou pH e pelo
maior custo envolvido.
As tubulações de água quando apresentam processo corrosivo severo
causado pela forte tendência corrosiva da água, é acelerada pelo baixo pH, que
além de comprometer o sistema, também provocará a elevação da concentração de
ferro total na água, podendo muitas vezes, ultrapassar seu limite máximo
estabelecido pelos padrões de potabilidade, tornando a água não potável, além de
comprometer sua qualidade para uso industrial; sistemas de troca iônica; osmose
reversa; entre outros.
Os sistemas de tubulações de metal, suportam aplicações de processamento
de água de pH próximo a neutro (apesar de sal e água salobra). No entanto, assim
que os níveis de pH de um fluido ultrapassam os níveis neutros (+/- 7) ou o sal é
introduzido (por exemplo, água salobra ou salgada), os metais começam a corroer e
podem degradar de maneira relativamente rápida.
A razão é que os íons que estão dentro dos fluidos ácidos (pH <7) e alcalino
(pH> 7), bem como as soluções salinas, atacam elementos metálicos específicos
em nível molecular, consumindo o material. Este ataque acelera quando há oxigênio
dissolvido.
Dessa forma, o pH pode prejudicar o bom funcionamento de tubulações
metálicas, diminuindo a vida útil destas, deixando com o tempo as tubulações mais
frágeis ou até mesmo entupi-las, dependendo do diâmetro e do nível de corrosão
que se encontra. Para isso, o controle de pH se torna importante neste aspecto para
um abastecimento de água.
13
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIREDO PEREIRA, M. A.; LIPPO BARBIEIRO, B.; MULLER DE QUEVEDO, D.
Importância do monitoramento e disponibilização de dados hidrológicos para
a gestão integrada dos recursos hídricos. Sociedade & natureza, v. 32, p.
308?320, 2020.
ULIANA, E. M. et al. ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA DETERMINAÇÃO DA Q NA
BACIA DO RIO SÃO MATEUS-ES. Disponível em:
<https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0566_0540_01.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS

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BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E


RECURSOS NATURAIS DANILO SINHEI IHA CARACTERÍSTICAS
LIMNOLÓGICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO RICO,
JABOTICABAL, SP. Disponível em:
<https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/1977/2887.pdf?sequence=1&is
Allowed=y>. Acesso em: 10 nov. 2023.
WAGNER, F.; LOPES, A.; PEREIRA, A. CONDIÇÕES NATURAIS DE PH EM
ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUA INTERFERÊNCIA SOBRE O ÍNDICE DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA): ESTUDO DE CASO NA BACIA DO RIBEIRÃO
DE CARRANCAS-MG. Disponível em: <http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/8/1/33.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
CRUZ NETO, Prof. Dr. Bernardo F. da. BENEFÍCIOS DA ÁGUA COM pH
ALCALINO: Saúde ou doença, você decide. Área de Conhecimento Manutenção,
[s. l.], v. 15, p. 250-262, ago. 2020.
Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE-SP).
Hidrologia. Disponível em: <http://www.hidrologia.daee.sp.gov.br/>. Acesso em: 10
de novembro de 2023.
SOLORIO, Jorge. Como eliminar a corrosão de tubulações em aplicações
de processamento industrial. Material Hidráulico e Sistemas de Recalque,
Portal Tratamento de Água, 22 out. 2018.
14

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=================================================================================
Arquivo 1: TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Arquivo 2: http://www.daee.sp.gov.br/site/hidrologia (705 termos)
Termos comuns: 15
Similaridade: 0,35%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento http://www.daee.sp.gov.br/site/hidrologia
(705 termos)

=================================================================================
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CAMPUS RIO PARANAÍBA
MARIA ISABEL RODRIGUES - 5298
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS - 5311
LUCAS DUARTE PEREIRA - 6496
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
TRABALHO PRÁTICO 1
Minas Gerais
2023
MARIA ISABEL RODRIGUES
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS
LUCAS DUARTE PEREIRA
TRABALHO PRÁTICO 1- CIDADE JABOTICABAL
Trabalho apresentado à
Universidade Federal de Viçosa,
Campus Rio Paranaíba, como
parcela do modo de avaliação da
disciplina Sistemas de
Abastecimento de Água. Curso:
Engenharia Civil.
Professor Responsável: Igor Luz.
Minas Gerais
Novembro - 2023
1
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO 3
2- OBJETIVO 3
3- DADOS E METODOLOGIA 5
4- RESULTADOS 7
5- CONCLUSÕES 9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH 10
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
2

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1- INTRODUÇÃO
A ausência de planejamento para a utilização dos recursos naturais, em
especial dos recursos hídricos (RH), muitas vezes por causa da ilusão da farta
disponibilidade, faz com que o uso de técnicas inadequadas acabe gerando um ciclo
de consequências negativas, resultando em perdas econômicas, sociais e
ambientais, e assim ocasionando o declínio do desenvolvimento e do bem-estar
social.
Devido ao crescimento populacional e econômico esperado para as próximas
décadas, a demanda por RH tende a crescer e a intensificar os problemas
relacionados a esses recursos, tanto em regiões que já sofrem quanto em regiões
que passarão a sofrer com eventos de escassez. Uma forma de tentar contornar,
adequadamente, essa possível situação é gerir os RH e o meio ambiente como um
todo.
Segundo Ribeiro, Marques e Silva (2005), o conhecimento da disponibilidade
hídrica no âmbito de uma bacia hidrográfica é parte fundamental dos estudos
hidrológicos. Pode-se compreender a bacia hidrográfica como sendo a unidade,
onde são modelados os processos físicos sob a perspectiva de gestão dos recursos
hídricos e do planejamento urbano e regional.
Os vários processos que comandam a característica hídrica de determinado
manancial fazem parte de um frágil equilíbrio, motivo pelo qual, alterações de ordem
física, química ou climática, podem modificar a sua qualidade. Tundisi (2003), afirma
que as alterações na abundância, distribuição e qualidade dos recursos hídricos
ameaçam a sobrevivência do Homem e as demais espécies do planeta, estando o
desenvolvimento sócio econômico dos países fundamentados na disponibilidade de
água de boa qualidade e na capacidade de sua conservação e proteção.
Para estudo, temos o município de Jaboticabal, localizado na porção nordeste
do Estado de São Paulo, onde é abastecido pela Bacia Hidrográfica do Córrego
Rico, tributária da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu, onde 70% da água que
abastece a cidade vêm do Córrego Rico (fonte superficial), 25% dos poços
artesianos e semi-artesianos (fonte profunda), e 5% do dreno da Estiva. A
população a ser abastecida neste município é de 71.821 habitantes de acordo com o
censo do IBGE no ano de 2022.
2- OBJETIVO
O estudo da vazão é de fundamental importância para o planejamento,
operação e gestão eficaz de sistemas de abastecimento de água. Aqui estão
3
algumas razões pelas quais o estudo da vazão é crucial para sistemas de
abastecimento de água:
1- Dimensionamento de captações - A vazão é essencial para dimensionar o
aprimoramento das captações de água. Com base na vazão disponível em
fontes hídricas, como rios ou aquíferos, é possível determinar a quantidade
máxima de água que pode ser captada de forma sustentável.
2- Planejamento de Estações de Tratamento de Água (ETAs) - A vazão influencia
diretamente o projeto e a operação das estações de tratamento de água.

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Conhecer a vazão permite dimensionar as ETAs para tratar a quantidade


adequada de água necessária para atender à demanda da população.
3- Reservas Hídricas e Armazenamento - O estudo da vazão é crucial para
determinar a quantidade de água que deve ser armazenada em reservatórios.
Isso garante um abastecimento contínuo durante períodos de demanda elevada
ou em épocas de vazões reduzidas.
4- Planejamento da Distribuição - Conhecendo a vazão, os sistemas de distribuição
podem ser planejados para melhorar a entrega de água à população. Isso inclui
a seleção de diâmetros de tubos e o dimensionamento de bombas.
5- Gestão da Demanda e Eficiência - A variação da vazão ao longo do tempo
influencia a gestão da demanda. Compreender as flutuações na vazão ajuda na
implementação de estratégias para gerenciar eficientemente o uso da água.
6- Previsão de Desempenho do Sistema - O estudo crucial para prever o
desempenho do sistema em diferentes condições, incluindo situações de
estimativa ou eventos climáticos extremos.
A Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433 de 1997, estabelece
cinco instrumentos de gestão, sendo a Outorga de direito de uso da água um dos
instrumentos (BRASIL, 1997). Neste instrumento, a Administração Pública autoriza
uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada a usar a água de um manancial
para determinada finalidade, como abastecimento humano ou animal ou para
alguma atividade econômica (ANA, 2019).
Análises técnicas são realizadas para avaliar as solicitações de Outorgas de
usos da água, como (ANA, 2019):
· Análise técnica de uso racional ou análise de empreendimento; e
· Análise de disponibilidade hídrica.
4
Na primeira, verifica se existe compatibilidade entre a vazão que está sendo
pleiteada com o tipo de empreendimento. Na segunda, analisa se o manancial tem
capacidade hídrica para atender à nova demanda.
As literaturas brasileiras na área de hidrologia, drenagem e hidráulica
amplamente utilizam vazões de referências em estudos para a determinação de
vazões mínimas (Q90, Q95 e Q7,10) que servem de subsídio nas análises técnicas
(DURANT et al., 2017; RIBEIRO et al., 2017; ULIANA et al., 2017).
Cada Estado e comitês estabelecem a vazão de referência para a concessão
de outorga. A partir de 2018, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema
(CBH-ALPA), do estado de São Paulo, passou a utilizar a Q90 (SÃO PAULO;
CBH-ALPA, 2018). O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) utiliza a vazão
de referência Q7,10 em base anual, para a concessão de outorga em Minas Gerais.
Porém, somente para a Bacia do rio Doce, a partir de setembro de 2022, foi
instituída a Q7,10 mensal como base de disponibilidade hídrica oficial do Igam
(GOMES, 2022).
A determinação das vazões Q90 e Q95 foram alvo de abordagem no artigo
?Como determinar vazões mínimas com curva de permanência??. Desse modo, o
método de determinação da vazão de referência Q7,10 será detalhadamente

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descrito, devido a sua relevância.


Para estudo, devemos obter a vazão Q7,10, onde esta pode ser entendida
como o valor anual da média de 7 vazões diárias consecutivas que pode se repetir,
em média, uma só vez a cada dez anos, ou seja, período de retorno de 10 anos
(VON SPERLING, 2007).
Essa vazão de referência estipula a vazão que ocorre a maior parte do
tempo, em um curso d'água, independente se for períodos de seca ou de chuva. A
vazão Q7,10 é considerada mais criteriosa em relação ao quesito segurança, se
comparada a Q90. Apesar disso, as formas de determinação de ambas são
semelhantes.
3- DADOS E METODOLOGIA
Os dados utilizados para os cálculos do presente estudo foram retirados do
site do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica, disponível nas
referências bibliográficas do documento. A série histórica de vazões médias diárias
disponível contempla o período de 1998 a 2020 sendo foi trabalhada de forma que
pudessem ser padronizados os valores. Alguns meses não haviam dados, sendo
estes, retirados das contas para uma maior precisão e assertividade quanto aos
cálculos.
5
A metodologia para a resolução do trabalho seguiu um passo a passo
pré-estabelecido em sala de aula pelo Professor Igor Luz, que seguia o seguinte
roteiro:
I. Acessar o site do DAEE: http://www.hidrologia.dace.sp.gov.br/ e fazer o
download da série histórica de vazões médias diárias de sua respectiva
cidade.
II. Plotar o gráfico das vazões no tempo (hidrograma);
III. Ordenar as vazões Q em N dias de registros em ordem decrescente;
IV. Dividir a série em 10 intervalos regulares entre a vazão máxima atingida e a
vazão mínima atingida;
V. A partir do passo 4 plotar o histograma de frequência:
VI. A partir do passo 3 - Atribuir a cada vazão ordenada Om a sua ordem de
classificação m;
VII. Calcular a sua probabilidade empírica de ser igualada ou superada P (O >=
Qm). que é calculada pela razão (m/N);
VIII. Plotar um gráfico de vazões ordenadas e suas respectivas probabilidades;
IX. Determinar a Q90 deste rio.
X. Obter a série de dados diários de vazão - lembrar de excluir os anos com
dados faltosos;
XI. Calcular as médias móveis de 7 dias para toda a série;
XII. Encontrar as mínimas médias móveis de 7 dias para cada ano;
XIII. Calcular a média e o desvio padrão das mínimas médias móveis anuais:
XIV. Substituir na fórmula de Gumbel para vazões mínimas descrita abaixo - esse
valor corresponderá a Q7,10 do seu curso d'água. Lembrando que o TR
utilizado no cálculo da Q710 é de 10 anos.

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Assim, seguindo o roteiro de cálculo solicitado, foram realizados os


procedimentos para obtenção dos dados procurados que serão expostos a seguir.
HIDROGRAMA
Para o cálculo do Hidrograma foram trabalhados os dados obtidos da (DAEE,
2023) de ano e suas respectivas vazões médias e plotado um gráfico Ano x Vazão
média, obtendo assim o gráfico do hidrograma desejado.
HISTOGRAMA
De forma a representar a frequência com que uma vazão acontece no curso
d?água em análise é construído o histograma. Sendo obtida a maior vazão e a
menor, e obtido o valor em 10 intervalos de regulares dentre a máxima vazão e a
mínima. Assim, para a construção do gráfico é plotado os intervalos no eixo das
ordenadas e os valores de vazão no eixo das abscissas.
6
CURVA DE PERMANÊNCIA
A curva de permanência representa a relação entre a vazão e a frequência
com a qual esta vazão é superada referente aos dados analisados. Por meio dela se
obtém o valor da Q90, que representa a vazão do rio que é maior ou igual a um
valor x que acontece 90% do tempo no ano. Sendo assim, no eixo vertical são
plotadas as vazões (m³/s) em escala logarítmica e no eixo horizontal as
probabilidades das vazões acontecerem de 0% a 100%.
VAZÃO Q 7,10
O valor referente a vazão Q7,10 representa a vazão mínima em 7 dias, com um
tempo de retorno de 10 anos para fins de cálculo. Sendo assim, para o cálculo foram
feitas iterações considerando médias móveis de 7 dias para todos os dados.
Obtendo-se o valor mínimo para cada ano em específico, e logo em seguida
calculando a média destes dados obtidos. Logo em seguida foi calculado o desvio
padrão destes dados utilizados para o cálculo da média. Por fim, utilizando a fórmula
de Gumbel:
(Eq. 1)? = ? + ? * 0, 45 + 0, 7797 * ?? ?? ( ???? ? 1 )?? ?? { }
Sendo:
? x ? valor de probabilidade de ocorrência (Q7,10 (m³/s));
? ? média amostral;?
? S ? desvio padrão;
? TR ? tempo de recorrência.
4- RESULTADOS
Após a realização do passo a passo descrito anteriormente, foram obtidos os
seguintes resultados, para Hidrograma, Histograma, Curva de Permanência e Vazão
Q7,10.
7
HIDROGRAMA
Figura 01 - Hidrograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Pelos resultados obtidos nota-se que a média de vazões é fica compreendida
entre 5 m³/s e 10 m³/s, mas com certos picos de 10 em 10 anos aproximadamente.

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HISTOGRAMA
Figura 02 - Histograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
8
O histograma representa uma assimetria de valor positivo e não obedece a
curva de distribuição normal.
CURVA DE PERMANÊNCIA
Figura 03 - Curva de Permanencia do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Ao analisar o gráfico da curva de permanência obtemos o valor da Q90 em
1,97; ou seja, em 90% do tempo o rio mantém uma vazão média de 1,97 m³/s.
VAZÃO Q 7,10
Trabalhando os dados e aplicando a Eq. 1 descrita anteriormente como
fórmula de Gumbel encontramos o valor de 3,2967 m³/s.
5- CONCLUSÕES
Analisando as duas vazões calculadas pode-se concluir e comprovar que a
Q7,10 é um dado mais conservador, em relação a Q90 obtida. Faz-se necessária a
análise criteriosa do uso do recurso hídrico do rio Mogi-Guaçu, uma vez que o
mesmo representa 70% do abastecimento da cidade de JABOTICABAL.
A antropização causada pelo ser humano em todas as frentes do meio
ambiente se faz preocupante nos dias de hoje, causando mudanças climáticas
intensas e clamando por um uso mais racional e consciente de todo e qualquer
recurso advindo da natureza.
9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH
A utilização de índices de qualidade da água (IQA) consolidou-se em nível
internacional nos últimos 30 anos, devido à sua aplicabilidade em transmitir
informações sobre o grau de poluição de mananciais utilizados pelos seres humanos
(Benetti e Bidone, 2001). A informação transmitida por meio de índices de qualidade
de água deve ser utilizada na avaliação média, de longo prazo, das condições de
qualidade em determinados cursos d?água, no intuito de subsidiar tomadas de
decisão em fase de planejamento. Para a identificação de problemas específicos de
qualidade de um determinado corpo hídrico e estudos mais detalhados, torna-se
necessária a avaliação individual dos parâmetros de interesse (Porto, 1991).
O Índice de Qualidade de Água (IQA) consiste, basicamente, em uma média
ponderada, na qual o resultado de múltiplos testes é representado em um único
valor. Este índice se tornou uma importante ferramenta para a avaliação da
qualidade das águas em diversos pontos de rios e lagos ao longo do tempo,
permitindo, ainda, a comparação com os corpos d?água de outras regiões e países
(NSF, 2006).
A limitação da utilização dos IQA consiste na influência que um parâmetro de
qualidade da água integrante do índice pode gerar na classificação final, mesmo
quando o mesmo apresenta condições compatíveis com as especificidades de
determinada área estudada.

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No caso do pH, essa influência pode ser significativa, pois apresenta o


terceiro peso mais elevado no cálculo do IQA, além de sua grande variabilidade
natural, decorrente da variação de dissolução de matéria orgânica e oscilações de
temperatura e radiação solar.
O pH é a medida do balanço ácido de uma solução, definida como o
logaritmo negativo da concentração de íons de hidrogênio. O pH é a sigla usada
para potencial (ou potência) hidrogeniônico, porque se refere à concentração de
[H+] (ou de H3O+) em uma solução.
A escala de pH varia de 0 a 14, sendo que os valores abaixo de 7 e próximos
de zero indicam aumento de acidez, enquanto os valores de 7 a 14 indicam aumento
da alcalinidade (Chapman e Kimstach, 1996). Os valores de pH estão relacionados
a fatores naturais, como dissolução de rochas, absorção de gases atmosféricos,
oxidação da matéria orgânica e fotossíntese, e a fatores antropogênicos pelo
despejo de esgotos domésticos e industriais, devido à oxidação da matéria orgânica
e a lavagem ácida de tanques, respectivamente (Sperling, 2005).
A escala de pH é a seguinte:
· De 0 a 6,5 = água ácida = (muito mais átomos de hidrogênio);
10
· De 6,5 a 7,0 = água levemente ácida = (mais átomos de hidrogênio);
· 7,0 = neutro (o equilíbrio entre átomos de oxigênio e de hidrogênio);
· De 7.1 a 7.5 = água levemente alcalina = (mais átomos de oxigênio);
· De 7,6 a 14 = água alcalina = (muito mais átomos de oxigênio).
Figura 04 - Escala de pH
Fonte: site-Toda Matéria.
A água pura e de boa qualidade (pH alcalino), é a melhor forma de manter o
organismo hidratado. O organismo não possui mecanismo para armazenamento de
água, a quantidade perdida em cada momento deve ser reposta gradativamente
para manter a eficiência metabólica do mesmo e a saúde.
A preocupação da medicina preventiva com o equilíbrio do pH corporal,
surgiu a partir de um trabalho científico do médico e doutor americano William
Howard Hay (HAY 1993). Seguindo Dr. Hay, outro médico e doutor norte-americano,
o Dr. Theodore A. Baroody (BAROODY 2006), publicou o livro Alkalize or Die
(Alcalinize ou Morra), no qual reafirma a teoria de seu colega. "Os incontáveis
nomes de doenças realmente não importam. O que realmente importa é que elas
todas vêm da mesma causa-raiz: excesso de resíduos ácidos no organismo".
O pH ideal para o sangue humano é 7,4 (levemente alcalino), para que
absorva bem e armazene na medula óssea os minerais necessários à saúde e
permaneça livre da acidez e suas complicações. Todo e qualquer alimento sólido ou
líquido que venha prejudicar o equilíbrio do pH ideal, estará comprometendo a
saúde do organismo. O pH do sangue humano está inteiramente relacionado à
saúde. Uma pequena variação do pH a menor reduz o sistema imunológico, dando
oportunidade para que seres prejudiciais à saúde como vírus, bactérias e fungos,
11
aqueles que vivem em meios ácidos com pH abaixo de 7,0, que são os mais

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nocivos, encontrem ambiente propício para viver e reproduzir.


Se o pH do corpo não estiver alcalino, não conseguirá absorver bem as
vitaminas, minerais e suplementos alimentares. O pH do corpo afeta tudo, de tal
forma que o corpo tem que ter um pH equilibrado ou não funcionar corretamente.
Segundo Robert Young (YONG 2002) doutor em microbiologia e nutrição,
autor do livro The pH Miracle (O Milagre do pH), o câncer não é uma doença como
comumente se pensa. É um efeito dos ácidos metabólicos que são acumulados no
sangue, e em seguida, liberados para os tecidos. Câncer, de acordo com o Dr.
Young, é na verdade um líquido ácido que se espalha nas células, tecidos e órgãos,
causando a degeneração dos mesmos. Não é uma mutação celular.
Quando o pH do corpo está baixo (ácido, menor que 7,0), o organismo
sabiamente, rouba minerais disponíveis da medula óssea dos ossos do esqueleto
para tentar elevar ao máximo esse pH, para um patamar menos ácido, tentando
evitar assim a irrigação das células com ácido e fazendo com que o pH do sangue
se aproxime ao máximo do ideal (7,45). Só que, quando ingerimos de forma
contínua a água ácida, o organismo entra em fadiga e não consegue efetivar essa
correção plenamente, o pH do sangue é reduzido conduzindo ácido no transporte de
nutrientes e irrigação das células.
A maioria das bactérias patogênicas (responsáveis por inúmeras doenças
graves como: tétano, febre tifóide, tuberculose, câncer de estômago etc.),
encontradas no ar, alimentos, água, etc., crescem e se multiplicam em ambientes
ácidos (com pH entre 0 e 6,5). Porém, há famílias de bactérias que só se mantêm
vivas em ambiente neutro e outras em ambiente alcalino.
O pH da saliva de uma pessoa com câncer é 4,5 (ácido), enquanto o de uma
pessoa sadia fica em torno de 7,0 (neutro), para facilitar na mastigação o processo
de degradação dos alimentos. Normalmente o pH salivar não passa de 6,0 em
função da constante ingestão de água ácida, café, refrigerante, cerveja, álcool,
fumo, etc. Para quem só toma água alcalina o pH corporal pode chegar a 7,4 ?
levemente alcalino.
Veja como na maioria das pessoas, a acidez em excesso interfere no
metabolismo gerando além de doenças, obesidade ou sobrepeso: com super acidez
o estômago absorve rapidamente os alimentos (como acontece quando se toma
coca-cola após a refeição), com isso a fome retorna rapidamente, mais alimento se
ingere e é digerido com rapidez. Esse ciclo se repete ao longo do tempo e
consequentemente, levando a obesidade ou ao desequilíbrio do peso. A acidez
também ataca o sistema endócrino do corpo, (as glândulas tireóide, pineal, hipófise,
adrenal, pâncreas, timo, fígado), coração, testículos, ovários, etc. Para se proteger
contra a acidez, o corpo armazena água (pH neutro). (YOUNG 2002).
12
Por tudo isso podemos concluir que, ter um controle do pH da água é de
suma importância e pode afetar drasticamente a vida humana devido a vários
fatores. Dessa forma, ter um controle de excelência neste aspecto e formos
disciplinados no que diz respeito à oxigenação do nosso sangue e células, ingerindo
sempre uma água com pH alcalino (entre 7,5 e 8,5), estaremos proporcionando uma

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mudança positiva no nosso metabolismo, o que nos torna imunes a grande maioria
das enfermidades, contemplando com isso drástica redução de custos com
assistência médica e medicamentos em geral.
Outro problema em questão está relacionado a tubulações de água em geral,
industrial, potável, de incêndio, etc., onde são muito suscetíveis à corrosão, pois na
grande maioria das vezes, não recebem nenhum tipo de tratamento químico e só é
motivo de preocupação quando ocorrem os primeiros vazamentos e geralmente, já é
muito tarde para qualquer ação preventiva. A corrosão ocorre não apenas em aço
carbono, mas em qualquer tipo de metalurgia, inclusive em aço inoxidável, que é
uma condição ainda mais crítica, pois o comprometimento do sistema/tubulação
pode ocorrer em menor período de operação causado por cloretos e/ou pH e pelo
maior custo envolvido.
As tubulações de água quando apresentam processo corrosivo severo
causado pela forte tendência corrosiva da água, é acelerada pelo baixo pH, que
além de comprometer o sistema, também provocará a elevação da concentração de
ferro total na água, podendo muitas vezes, ultrapassar seu limite máximo
estabelecido pelos padrões de potabilidade, tornando a água não potável, além de
comprometer sua qualidade para uso industrial; sistemas de troca iônica; osmose
reversa; entre outros.
Os sistemas de tubulações de metal, suportam aplicações de processamento
de água de pH próximo a neutro (apesar de sal e água salobra). No entanto, assim
que os níveis de pH de um fluido ultrapassam os níveis neutros (+/- 7) ou o sal é
introduzido (por exemplo, água salobra ou salgada), os metais começam a corroer e
podem degradar de maneira relativamente rápida.
A razão é que os íons que estão dentro dos fluidos ácidos (pH <7) e alcalino
(pH> 7), bem como as soluções salinas, atacam elementos metálicos específicos
em nível molecular, consumindo o material. Este ataque acelera quando há oxigênio
dissolvido.
Dessa forma, o pH pode prejudicar o bom funcionamento de tubulações
metálicas, diminuindo a vida útil destas, deixando com o tempo as tubulações mais
frágeis ou até mesmo entupi-las, dependendo do diâmetro e do nível de corrosão
que se encontra. Para isso, o controle de pH se torna importante neste aspecto para
um abastecimento de água.
13
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIREDO PEREIRA, M. A.; LIPPO BARBIEIRO, B.; MULLER DE QUEVEDO, D.
Importância do monitoramento e disponibilização de dados hidrológicos para
a gestão integrada dos recursos hídricos. Sociedade & natureza, v. 32, p.
308?320, 2020.
ULIANA, E. M. et al. ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA DETERMINAÇÃO DA Q NA
BACIA DO RIO SÃO MATEUS-ES. Disponível em:
<https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0566_0540_01.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS

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BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E


RECURSOS NATURAIS DANILO SINHEI IHA CARACTERÍSTICAS
LIMNOLÓGICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO RICO,
JABOTICABAL, SP. Disponível em:
<https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/1977/2887.pdf?sequence=1&is
Allowed=y>. Acesso em: 10 nov. 2023.
WAGNER, F.; LOPES, A.; PEREIRA, A. CONDIÇÕES NATURAIS DE PH EM
ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUA INTERFERÊNCIA SOBRE O ÍNDICE DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA): ESTUDO DE CASO NA BACIA DO RIBEIRÃO
DE CARRANCAS-MG. Disponível em: <http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/8/1/33.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
CRUZ NETO, Prof. Dr. Bernardo F. da. BENEFÍCIOS DA ÁGUA COM pH
ALCALINO: Saúde ou doença, você decide. Área de Conhecimento Manutenção,
[s. l.], v. 15, p. 250-262, ago. 2020.
Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE-SP).
Hidrologia. Disponível em: <http://www.hidrologia.daee.sp.gov.br/>. Acesso em: 10
de novembro de 2023.
SOLORIO, Jorge. Como eliminar a corrosão de tubulações em aplicações
de processamento industrial. Material Hidráulico e Sistemas de Recalque,
Portal Tratamento de Água, 22 out. 2018.
14

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=================================================================================
Arquivo 1: TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Arquivo 2: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4371420/mod_resource/content/1/SISTEMA
END%C3%93CRINO.pdf (1978 termos)
Termos comuns: 13
Similaridade: 0,23%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4371420/mod_resource/content/1/SISTEMA
END%C3%93CRINO.pdf (1978 termos)

=================================================================================
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CAMPUS RIO PARANAÍBA
MARIA ISABEL RODRIGUES - 5298
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS - 5311
LUCAS DUARTE PEREIRA - 6496
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
TRABALHO PRÁTICO 1
Minas Gerais
2023
MARIA ISABEL RODRIGUES
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS
LUCAS DUARTE PEREIRA
TRABALHO PRÁTICO 1- CIDADE JABOTICABAL
Trabalho apresentado à
Universidade Federal de Viçosa,
Campus Rio Paranaíba, como
parcela do modo de avaliação da
disciplina Sistemas de
Abastecimento de Água. Curso:
Engenharia Civil.
Professor Responsável: Igor Luz.
Minas Gerais
Novembro - 2023
1
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO 3
2- OBJETIVO 3
3- DADOS E METODOLOGIA 5
4- RESULTADOS 7
5- CONCLUSÕES 9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH 10

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7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
2
1- INTRODUÇÃO
A ausência de planejamento para a utilização dos recursos naturais, em
especial dos recursos hídricos (RH), muitas vezes por causa da ilusão da farta
disponibilidade, faz com que o uso de técnicas inadequadas acabe gerando um ciclo
de consequências negativas, resultando em perdas econômicas, sociais e
ambientais, e assim ocasionando o declínio do desenvolvimento e do bem-estar
social.
Devido ao crescimento populacional e econômico esperado para as próximas
décadas, a demanda por RH tende a crescer e a intensificar os problemas
relacionados a esses recursos, tanto em regiões que já sofrem quanto em regiões
que passarão a sofrer com eventos de escassez. Uma forma de tentar contornar,
adequadamente, essa possível situação é gerir os RH e o meio ambiente como um
todo.
Segundo Ribeiro, Marques e Silva (2005), o conhecimento da disponibilidade
hídrica no âmbito de uma bacia hidrográfica é parte fundamental dos estudos
hidrológicos. Pode-se compreender a bacia hidrográfica como sendo a unidade,
onde são modelados os processos físicos sob a perspectiva de gestão dos recursos
hídricos e do planejamento urbano e regional.
Os vários processos que comandam a característica hídrica de determinado
manancial fazem parte de um frágil equilíbrio, motivo pelo qual, alterações de ordem
física, química ou climática, podem modificar a sua qualidade. Tundisi (2003), afirma
que as alterações na abundância, distribuição e qualidade dos recursos hídricos
ameaçam a sobrevivência do Homem e as demais espécies do planeta, estando o
desenvolvimento sócio econômico dos países fundamentados na disponibilidade de
água de boa qualidade e na capacidade de sua conservação e proteção.
Para estudo, temos o município de Jaboticabal, localizado na porção nordeste
do Estado de São Paulo, onde é abastecido pela Bacia Hidrográfica do Córrego
Rico, tributária da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu, onde 70% da água que
abastece a cidade vêm do Córrego Rico (fonte superficial), 25% dos poços
artesianos e semi-artesianos (fonte profunda), e 5% do dreno da Estiva. A
população a ser abastecida neste município é de 71.821 habitantes de acordo com o
censo do IBGE no ano de 2022.
2- OBJETIVO
O estudo da vazão é de fundamental importância para o planejamento,
operação e gestão eficaz de sistemas de abastecimento de água. Aqui estão
3
algumas razões pelas quais o estudo da vazão é crucial para sistemas de
abastecimento de água:
1- Dimensionamento de captações - A vazão é essencial para dimensionar o
aprimoramento das captações de água. Com base na vazão disponível em
fontes hídricas, como rios ou aquíferos, é possível determinar a quantidade
máxima de água que pode ser captada de forma sustentável.

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2- Planejamento de Estações de Tratamento de Água (ETAs) - A vazão influencia


diretamente o projeto e a operação das estações de tratamento de água.
Conhecer a vazão permite dimensionar as ETAs para tratar a quantidade
adequada de água necessária para atender à demanda da população.
3- Reservas Hídricas e Armazenamento - O estudo da vazão é crucial para
determinar a quantidade de água que deve ser armazenada em reservatórios.
Isso garante um abastecimento contínuo durante períodos de demanda elevada
ou em épocas de vazões reduzidas.
4- Planejamento da Distribuição - Conhecendo a vazão, os sistemas de distribuição
podem ser planejados para melhorar a entrega de água à população. Isso inclui
a seleção de diâmetros de tubos e o dimensionamento de bombas.
5- Gestão da Demanda e Eficiência - A variação da vazão ao longo do tempo
influencia a gestão da demanda. Compreender as flutuações na vazão ajuda na
implementação de estratégias para gerenciar eficientemente o uso da água.
6- Previsão de Desempenho do Sistema - O estudo crucial para prever o
desempenho do sistema em diferentes condições, incluindo situações de
estimativa ou eventos climáticos extremos.
A Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433 de 1997, estabelece
cinco instrumentos de gestão, sendo a Outorga de direito de uso da água um dos
instrumentos (BRASIL, 1997). Neste instrumento, a Administração Pública autoriza
uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada a usar a água de um manancial
para determinada finalidade, como abastecimento humano ou animal ou para
alguma atividade econômica (ANA, 2019).
Análises técnicas são realizadas para avaliar as solicitações de Outorgas de
usos da água, como (ANA, 2019):
· Análise técnica de uso racional ou análise de empreendimento; e
· Análise de disponibilidade hídrica.
4
Na primeira, verifica se existe compatibilidade entre a vazão que está sendo
pleiteada com o tipo de empreendimento. Na segunda, analisa se o manancial tem
capacidade hídrica para atender à nova demanda.
As literaturas brasileiras na área de hidrologia, drenagem e hidráulica
amplamente utilizam vazões de referências em estudos para a determinação de
vazões mínimas (Q90, Q95 e Q7,10) que servem de subsídio nas análises técnicas
(DURANT et al., 2017; RIBEIRO et al., 2017; ULIANA et al., 2017).
Cada Estado e comitês estabelecem a vazão de referência para a concessão
de outorga. A partir de 2018, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema
(CBH-ALPA), do estado de São Paulo, passou a utilizar a Q90 (SÃO PAULO;
CBH-ALPA, 2018). O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) utiliza a vazão
de referência Q7,10 em base anual, para a concessão de outorga em Minas Gerais.
Porém, somente para a Bacia do rio Doce, a partir de setembro de 2022, foi
instituída a Q7,10 mensal como base de disponibilidade hídrica oficial do Igam
(GOMES, 2022).
A determinação das vazões Q90 e Q95 foram alvo de abordagem no artigo

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?Como determinar vazões mínimas com curva de permanência??. Desse modo, o


método de determinação da vazão de referência Q7,10 será detalhadamente
descrito, devido a sua relevância.
Para estudo, devemos obter a vazão Q7,10, onde esta pode ser entendida
como o valor anual da média de 7 vazões diárias consecutivas que pode se repetir,
em média, uma só vez a cada dez anos, ou seja, período de retorno de 10 anos
(VON SPERLING, 2007).
Essa vazão de referência estipula a vazão que ocorre a maior parte do
tempo, em um curso d'água, independente se for períodos de seca ou de chuva. A
vazão Q7,10 é considerada mais criteriosa em relação ao quesito segurança, se
comparada a Q90. Apesar disso, as formas de determinação de ambas são
semelhantes.
3- DADOS E METODOLOGIA
Os dados utilizados para os cálculos do presente estudo foram retirados do
site do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica, disponível nas
referências bibliográficas do documento. A série histórica de vazões médias diárias
disponível contempla o período de 1998 a 2020 sendo foi trabalhada de forma que
pudessem ser padronizados os valores. Alguns meses não haviam dados, sendo
estes, retirados das contas para uma maior precisão e assertividade quanto aos
cálculos.
5
A metodologia para a resolução do trabalho seguiu um passo a passo
pré-estabelecido em sala de aula pelo Professor Igor Luz, que seguia o seguinte
roteiro:
I. Acessar o site do DAEE: http://www.hidrologia.dace.sp.gov.br/ e fazer o
download da série histórica de vazões médias diárias de sua respectiva
cidade.
II. Plotar o gráfico das vazões no tempo (hidrograma);
III. Ordenar as vazões Q em N dias de registros em ordem decrescente;
IV. Dividir a série em 10 intervalos regulares entre a vazão máxima atingida e a
vazão mínima atingida;
V. A partir do passo 4 plotar o histograma de frequência:
VI. A partir do passo 3 - Atribuir a cada vazão ordenada Om a sua ordem de
classificação m;
VII. Calcular a sua probabilidade empírica de ser igualada ou superada P (O >=
Qm). que é calculada pela razão (m/N);
VIII. Plotar um gráfico de vazões ordenadas e suas respectivas probabilidades;
IX. Determinar a Q90 deste rio.
X. Obter a série de dados diários de vazão - lembrar de excluir os anos com
dados faltosos;
XI. Calcular as médias móveis de 7 dias para toda a série;
XII. Encontrar as mínimas médias móveis de 7 dias para cada ano;
XIII. Calcular a média e o desvio padrão das mínimas médias móveis anuais:
XIV. Substituir na fórmula de Gumbel para vazões mínimas descrita abaixo - esse

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valor corresponderá a Q7,10 do seu curso d'água. Lembrando que o TR


utilizado no cálculo da Q710 é de 10 anos.
Assim, seguindo o roteiro de cálculo solicitado, foram realizados os
procedimentos para obtenção dos dados procurados que serão expostos a seguir.
HIDROGRAMA
Para o cálculo do Hidrograma foram trabalhados os dados obtidos da (DAEE,
2023) de ano e suas respectivas vazões médias e plotado um gráfico Ano x Vazão
média, obtendo assim o gráfico do hidrograma desejado.
HISTOGRAMA
De forma a representar a frequência com que uma vazão acontece no curso
d?água em análise é construído o histograma. Sendo obtida a maior vazão e a
menor, e obtido o valor em 10 intervalos de regulares dentre a máxima vazão e a
mínima. Assim, para a construção do gráfico é plotado os intervalos no eixo das
ordenadas e os valores de vazão no eixo das abscissas.
6
CURVA DE PERMANÊNCIA
A curva de permanência representa a relação entre a vazão e a frequência
com a qual esta vazão é superada referente aos dados analisados. Por meio dela se
obtém o valor da Q90, que representa a vazão do rio que é maior ou igual a um
valor x que acontece 90% do tempo no ano. Sendo assim, no eixo vertical são
plotadas as vazões (m³/s) em escala logarítmica e no eixo horizontal as
probabilidades das vazões acontecerem de 0% a 100%.
VAZÃO Q 7,10
O valor referente a vazão Q7,10 representa a vazão mínima em 7 dias, com um
tempo de retorno de 10 anos para fins de cálculo. Sendo assim, para o cálculo foram
feitas iterações considerando médias móveis de 7 dias para todos os dados.
Obtendo-se o valor mínimo para cada ano em específico, e logo em seguida
calculando a média destes dados obtidos. Logo em seguida foi calculado o desvio
padrão destes dados utilizados para o cálculo da média. Por fim, utilizando a fórmula
de Gumbel:
(Eq. 1)? = ? + ? * 0, 45 + 0, 7797 * ?? ?? ( ???? ? 1 )?? ?? { }
Sendo:
? x ? valor de probabilidade de ocorrência (Q7,10 (m³/s));
? ? média amostral;?
? S ? desvio padrão;
? TR ? tempo de recorrência.
4- RESULTADOS
Após a realização do passo a passo descrito anteriormente, foram obtidos os
seguintes resultados, para Hidrograma, Histograma, Curva de Permanência e Vazão
Q7,10.
7
HIDROGRAMA
Figura 01 - Hidrograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).

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Pelos resultados obtidos nota-se que a média de vazões é fica compreendida


entre 5 m³/s e 10 m³/s, mas com certos picos de 10 em 10 anos aproximadamente.
HISTOGRAMA
Figura 02 - Histograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
8
O histograma representa uma assimetria de valor positivo e não obedece a
curva de distribuição normal.
CURVA DE PERMANÊNCIA
Figura 03 - Curva de Permanencia do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Ao analisar o gráfico da curva de permanência obtemos o valor da Q90 em
1,97; ou seja, em 90% do tempo o rio mantém uma vazão média de 1,97 m³/s.
VAZÃO Q 7,10
Trabalhando os dados e aplicando a Eq. 1 descrita anteriormente como
fórmula de Gumbel encontramos o valor de 3,2967 m³/s.
5- CONCLUSÕES
Analisando as duas vazões calculadas pode-se concluir e comprovar que a
Q7,10 é um dado mais conservador, em relação a Q90 obtida. Faz-se necessária a
análise criteriosa do uso do recurso hídrico do rio Mogi-Guaçu, uma vez que o
mesmo representa 70% do abastecimento da cidade de JABOTICABAL.
A antropização causada pelo ser humano em todas as frentes do meio
ambiente se faz preocupante nos dias de hoje, causando mudanças climáticas
intensas e clamando por um uso mais racional e consciente de todo e qualquer
recurso advindo da natureza.
9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH
A utilização de índices de qualidade da água (IQA) consolidou-se em nível
internacional nos últimos 30 anos, devido à sua aplicabilidade em transmitir
informações sobre o grau de poluição de mananciais utilizados pelos seres humanos
(Benetti e Bidone, 2001). A informação transmitida por meio de índices de qualidade
de água deve ser utilizada na avaliação média, de longo prazo, das condições de
qualidade em determinados cursos d?água, no intuito de subsidiar tomadas de
decisão em fase de planejamento. Para a identificação de problemas específicos de
qualidade de um determinado corpo hídrico e estudos mais detalhados, torna-se
necessária a avaliação individual dos parâmetros de interesse (Porto, 1991).
O Índice de Qualidade de Água (IQA) consiste, basicamente, em uma média
ponderada, na qual o resultado de múltiplos testes é representado em um único
valor. Este índice se tornou uma importante ferramenta para a avaliação da
qualidade das águas em diversos pontos de rios e lagos ao longo do tempo,
permitindo, ainda, a comparação com os corpos d?água de outras regiões e países
(NSF, 2006).
A limitação da utilização dos IQA consiste na influência que um parâmetro de
qualidade da água integrante do índice pode gerar na classificação final, mesmo

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quando o mesmo apresenta condições compatíveis com as especificidades de


determinada área estudada.
No caso do pH, essa influência pode ser significativa, pois apresenta o
terceiro peso mais elevado no cálculo do IQA, além de sua grande variabilidade
natural, decorrente da variação de dissolução de matéria orgânica e oscilações de
temperatura e radiação solar.
O pH é a medida do balanço ácido de uma solução, definida como o
logaritmo negativo da concentração de íons de hidrogênio. O pH é a sigla usada
para potencial (ou potência) hidrogeniônico, porque se refere à concentração de
[H+] (ou de H3O+) em uma solução.
A escala de pH varia de 0 a 14, sendo que os valores abaixo de 7 e próximos
de zero indicam aumento de acidez, enquanto os valores de 7 a 14 indicam aumento
da alcalinidade (Chapman e Kimstach, 1996). Os valores de pH estão relacionados
a fatores naturais, como dissolução de rochas, absorção de gases atmosféricos,
oxidação da matéria orgânica e fotossíntese, e a fatores antropogênicos pelo
despejo de esgotos domésticos e industriais, devido à oxidação da matéria orgânica
e a lavagem ácida de tanques, respectivamente (Sperling, 2005).
A escala de pH é a seguinte:
· De 0 a 6,5 = água ácida = (muito mais átomos de hidrogênio);
10
· De 6,5 a 7,0 = água levemente ácida = (mais átomos de hidrogênio);
· 7,0 = neutro (o equilíbrio entre átomos de oxigênio e de hidrogênio);
· De 7.1 a 7.5 = água levemente alcalina = (mais átomos de oxigênio);
· De 7,6 a 14 = água alcalina = (muito mais átomos de oxigênio).
Figura 04 - Escala de pH
Fonte: site-Toda Matéria.
A água pura e de boa qualidade (pH alcalino), é a melhor forma de manter o
organismo hidratado. O organismo não possui mecanismo para armazenamento de
água, a quantidade perdida em cada momento deve ser reposta gradativamente
para manter a eficiência metabólica do mesmo e a saúde.
A preocupação da medicina preventiva com o equilíbrio do pH corporal,
surgiu a partir de um trabalho científico do médico e doutor americano William
Howard Hay (HAY 1993). Seguindo Dr. Hay, outro médico e doutor norte-americano,
o Dr. Theodore A. Baroody (BAROODY 2006), publicou o livro Alkalize or Die
(Alcalinize ou Morra), no qual reafirma a teoria de seu colega. "Os incontáveis
nomes de doenças realmente não importam. O que realmente importa é que elas
todas vêm da mesma causa-raiz: excesso de resíduos ácidos no organismo".
O pH ideal para o sangue humano é 7,4 (levemente alcalino), para que
absorva bem e armazene na medula óssea os minerais necessários à saúde e
permaneça livre da acidez e suas complicações. Todo e qualquer alimento sólido ou
líquido que venha prejudicar o equilíbrio do pH ideal, estará comprometendo a
saúde do organismo. O pH do sangue humano está inteiramente relacionado à
saúde. Uma pequena variação do pH a menor reduz o sistema imunológico, dando
oportunidade para que seres prejudiciais à saúde como vírus, bactérias e fungos,

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aqueles que vivem em meios ácidos com pH abaixo de 7,0, que são os mais
nocivos, encontrem ambiente propício para viver e reproduzir.
Se o pH do corpo não estiver alcalino, não conseguirá absorver bem as
vitaminas, minerais e suplementos alimentares. O pH do corpo afeta tudo, de tal
forma que o corpo tem que ter um pH equilibrado ou não funcionar corretamente.
Segundo Robert Young (YONG 2002) doutor em microbiologia e nutrição,
autor do livro The pH Miracle (O Milagre do pH), o câncer não é uma doença como
comumente se pensa. É um efeito dos ácidos metabólicos que são acumulados no
sangue, e em seguida, liberados para os tecidos. Câncer, de acordo com o Dr.
Young, é na verdade um líquido ácido que se espalha nas células, tecidos e órgãos,
causando a degeneração dos mesmos. Não é uma mutação celular.
Quando o pH do corpo está baixo (ácido, menor que 7,0), o organismo
sabiamente, rouba minerais disponíveis da medula óssea dos ossos do esqueleto
para tentar elevar ao máximo esse pH, para um patamar menos ácido, tentando
evitar assim a irrigação das células com ácido e fazendo com que o pH do sangue
se aproxime ao máximo do ideal (7,45). Só que, quando ingerimos de forma
contínua a água ácida, o organismo entra em fadiga e não consegue efetivar essa
correção plenamente, o pH do sangue é reduzido conduzindo ácido no transporte de
nutrientes e irrigação das células.
A maioria das bactérias patogênicas (responsáveis por inúmeras doenças
graves como: tétano, febre tifóide, tuberculose, câncer de estômago etc.),
encontradas no ar, alimentos, água, etc., crescem e se multiplicam em ambientes
ácidos (com pH entre 0 e 6,5). Porém, há famílias de bactérias que só se mantêm
vivas em ambiente neutro e outras em ambiente alcalino.
O pH da saliva de uma pessoa com câncer é 4,5 (ácido), enquanto o de uma
pessoa sadia fica em torno de 7,0 (neutro), para facilitar na mastigação o processo
de degradação dos alimentos. Normalmente o pH salivar não passa de 6,0 em
função da constante ingestão de água ácida, café, refrigerante, cerveja, álcool,
fumo, etc. Para quem só toma água alcalina o pH corporal pode chegar a 7,4 ?
levemente alcalino.
Veja como na maioria das pessoas, a acidez em excesso interfere no
metabolismo gerando além de doenças, obesidade ou sobrepeso: com super acidez
o estômago absorve rapidamente os alimentos (como acontece quando se toma
coca-cola após a refeição), com isso a fome retorna rapidamente, mais alimento se
ingere e é digerido com rapidez. Esse ciclo se repete ao longo do tempo e
consequentemente, levando a obesidade ou ao desequilíbrio do peso. A acidez
também ataca o sistema endócrino do corpo, (as glândulas tireóide, pineal, hipófise,
adrenal, pâncreas, timo, fígado), coração, testículos, ovários, etc. Para se proteger
contra a acidez, o corpo armazena água (pH neutro). (YOUNG 2002).
12
Por tudo isso podemos concluir que, ter um controle do pH da água é de
suma importância e pode afetar drasticamente a vida humana devido a vários
fatores. Dessa forma, ter um controle de excelência neste aspecto e formos

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disciplinados no que diz respeito à oxigenação do nosso sangue e células, ingerindo


sempre uma água com pH alcalino (entre 7,5 e 8,5), estaremos proporcionando uma
mudança positiva no nosso metabolismo, o que nos torna imunes a grande maioria
das enfermidades, contemplando com isso drástica redução de custos com
assistência médica e medicamentos em geral.
Outro problema em questão está relacionado a tubulações de água em geral,
industrial, potável, de incêndio, etc., onde são muito suscetíveis à corrosão, pois na
grande maioria das vezes, não recebem nenhum tipo de tratamento químico e só é
motivo de preocupação quando ocorrem os primeiros vazamentos e geralmente, já é
muito tarde para qualquer ação preventiva. A corrosão ocorre não apenas em aço
carbono, mas em qualquer tipo de metalurgia, inclusive em aço inoxidável, que é
uma condição ainda mais crítica, pois o comprometimento do sistema/tubulação
pode ocorrer em menor período de operação causado por cloretos e/ou pH e pelo
maior custo envolvido.
As tubulações de água quando apresentam processo corrosivo severo
causado pela forte tendência corrosiva da água, é acelerada pelo baixo pH, que
além de comprometer o sistema, também provocará a elevação da concentração de
ferro total na água, podendo muitas vezes, ultrapassar seu limite máximo
estabelecido pelos padrões de potabilidade, tornando a água não potável, além de
comprometer sua qualidade para uso industrial; sistemas de troca iônica; osmose
reversa; entre outros.
Os sistemas de tubulações de metal, suportam aplicações de processamento
de água de pH próximo a neutro (apesar de sal e água salobra). No entanto, assim
que os níveis de pH de um fluido ultrapassam os níveis neutros (+/- 7) ou o sal é
introduzido (por exemplo, água salobra ou salgada), os metais começam a corroer e
podem degradar de maneira relativamente rápida.
A razão é que os íons que estão dentro dos fluidos ácidos (pH <7) e alcalino
(pH> 7), bem como as soluções salinas, atacam elementos metálicos específicos
em nível molecular, consumindo o material. Este ataque acelera quando há oxigênio
dissolvido.
Dessa forma, o pH pode prejudicar o bom funcionamento de tubulações
metálicas, diminuindo a vida útil destas, deixando com o tempo as tubulações mais
frágeis ou até mesmo entupi-las, dependendo do diâmetro e do nível de corrosão
que se encontra. Para isso, o controle de pH se torna importante neste aspecto para
um abastecimento de água.
13
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIREDO PEREIRA, M. A.; LIPPO BARBIEIRO, B.; MULLER DE QUEVEDO, D.
Importância do monitoramento e disponibilização de dados hidrológicos para
a gestão integrada dos recursos hídricos. Sociedade & natureza, v. 32, p.
308?320, 2020.
ULIANA, E. M. et al. ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA DETERMINAÇÃO DA Q NA
BACIA DO RIO SÃO MATEUS-ES. Disponível em:
<https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0566_0540_01.pdf>.

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Acesso em: 10 nov. 2023.


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E
RECURSOS NATURAIS DANILO SINHEI IHA CARACTERÍSTICAS
LIMNOLÓGICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO RICO,
JABOTICABAL, SP. Disponível em:
<https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/1977/2887.pdf?sequence=1&is
Allowed=y>. Acesso em: 10 nov. 2023.
WAGNER, F.; LOPES, A.; PEREIRA, A. CONDIÇÕES NATURAIS DE PH EM
ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUA INTERFERÊNCIA SOBRE O ÍNDICE DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA): ESTUDO DE CASO NA BACIA DO RIBEIRÃO
DE CARRANCAS-MG. Disponível em: <http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/8/1/33.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
CRUZ NETO, Prof. Dr. Bernardo F. da. BENEFÍCIOS DA ÁGUA COM pH
ALCALINO: Saúde ou doença, você decide. Área de Conhecimento Manutenção,
[s. l.], v. 15, p. 250-262, ago. 2020.
Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE-SP).
Hidrologia. Disponível em: <http://www.hidrologia.daee.sp.gov.br/>. Acesso em: 10
de novembro de 2023.
SOLORIO, Jorge. Como eliminar a corrosão de tubulações em aplicações
de processamento industrial. Material Hidráulico e Sistemas de Recalque,
Portal Tratamento de Água, 22 out. 2018.
14

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=================================================================================
Arquivo 1: TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Arquivo 2: https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/hipofise (2499 termos)
Termos comuns: 7
Similaridade: 0,11%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TP1_5298_5311_6496.pdf (3509 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/hipofise (2499 termos)

=================================================================================
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CAMPUS RIO PARANAÍBA
MARIA ISABEL RODRIGUES - 5298
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS - 5311
LUCAS DUARTE PEREIRA - 6496
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
TRABALHO PRÁTICO 1
Minas Gerais
2023
MARIA ISABEL RODRIGUES
LUCAS PAULO DE CASTRO BARCELOS
LUCAS DUARTE PEREIRA
TRABALHO PRÁTICO 1- CIDADE JABOTICABAL
Trabalho apresentado à
Universidade Federal de Viçosa,
Campus Rio Paranaíba, como
parcela do modo de avaliação da
disciplina Sistemas de
Abastecimento de Água. Curso:
Engenharia Civil.
Professor Responsável: Igor Luz.
Minas Gerais
Novembro - 2023
1
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO 3
2- OBJETIVO 3
3- DADOS E METODOLOGIA 5
4- RESULTADOS 7
5- CONCLUSÕES 9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH 10
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
2

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1- INTRODUÇÃO
A ausência de planejamento para a utilização dos recursos naturais, em
especial dos recursos hídricos (RH), muitas vezes por causa da ilusão da farta
disponibilidade, faz com que o uso de técnicas inadequadas acabe gerando um ciclo
de consequências negativas, resultando em perdas econômicas, sociais e
ambientais, e assim ocasionando o declínio do desenvolvimento e do bem-estar
social.
Devido ao crescimento populacional e econômico esperado para as próximas
décadas, a demanda por RH tende a crescer e a intensificar os problemas
relacionados a esses recursos, tanto em regiões que já sofrem quanto em regiões
que passarão a sofrer com eventos de escassez. Uma forma de tentar contornar,
adequadamente, essa possível situação é gerir os RH e o meio ambiente como um
todo.
Segundo Ribeiro, Marques e Silva (2005), o conhecimento da disponibilidade
hídrica no âmbito de uma bacia hidrográfica é parte fundamental dos estudos
hidrológicos. Pode-se compreender a bacia hidrográfica como sendo a unidade,
onde são modelados os processos físicos sob a perspectiva de gestão dos recursos
hídricos e do planejamento urbano e regional.
Os vários processos que comandam a característica hídrica de determinado
manancial fazem parte de um frágil equilíbrio, motivo pelo qual, alterações de ordem
física, química ou climática, podem modificar a sua qualidade. Tundisi (2003), afirma
que as alterações na abundância, distribuição e qualidade dos recursos hídricos
ameaçam a sobrevivência do Homem e as demais espécies do planeta, estando o
desenvolvimento sócio econômico dos países fundamentados na disponibilidade de
água de boa qualidade e na capacidade de sua conservação e proteção.
Para estudo, temos o município de Jaboticabal, localizado na porção nordeste
do Estado de São Paulo, onde é abastecido pela Bacia Hidrográfica do Córrego
Rico, tributária da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu, onde 70% da água que
abastece a cidade vêm do Córrego Rico (fonte superficial), 25% dos poços
artesianos e semi-artesianos (fonte profunda), e 5% do dreno da Estiva. A
população a ser abastecida neste município é de 71.821 habitantes de acordo com o
censo do IBGE no ano de 2022.
2- OBJETIVO
O estudo da vazão é de fundamental importância para o planejamento,
operação e gestão eficaz de sistemas de abastecimento de água. Aqui estão
3
algumas razões pelas quais o estudo da vazão é crucial para sistemas de
abastecimento de água:
1- Dimensionamento de captações - A vazão é essencial para dimensionar o
aprimoramento das captações de água. Com base na vazão disponível em
fontes hídricas, como rios ou aquíferos, é possível determinar a quantidade
máxima de água que pode ser captada de forma sustentável.
2- Planejamento de Estações de Tratamento de Água (ETAs) - A vazão influencia
diretamente o projeto e a operação das estações de tratamento de água.

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Conhecer a vazão permite dimensionar as ETAs para tratar a quantidade


adequada de água necessária para atender à demanda da população.
3- Reservas Hídricas e Armazenamento - O estudo da vazão é crucial para
determinar a quantidade de água que deve ser armazenada em reservatórios.
Isso garante um abastecimento contínuo durante períodos de demanda elevada
ou em épocas de vazões reduzidas.
4- Planejamento da Distribuição - Conhecendo a vazão, os sistemas de distribuição
podem ser planejados para melhorar a entrega de água à população. Isso inclui
a seleção de diâmetros de tubos e o dimensionamento de bombas.
5- Gestão da Demanda e Eficiência - A variação da vazão ao longo do tempo
influencia a gestão da demanda. Compreender as flutuações na vazão ajuda na
implementação de estratégias para gerenciar eficientemente o uso da água.
6- Previsão de Desempenho do Sistema - O estudo crucial para prever o
desempenho do sistema em diferentes condições, incluindo situações de
estimativa ou eventos climáticos extremos.
A Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433 de 1997, estabelece
cinco instrumentos de gestão, sendo a Outorga de direito de uso da água um dos
instrumentos (BRASIL, 1997). Neste instrumento, a Administração Pública autoriza
uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada a usar a água de um manancial
para determinada finalidade, como abastecimento humano ou animal ou para
alguma atividade econômica (ANA, 2019).
Análises técnicas são realizadas para avaliar as solicitações de Outorgas de
usos da água, como (ANA, 2019):
· Análise técnica de uso racional ou análise de empreendimento; e
· Análise de disponibilidade hídrica.
4
Na primeira, verifica se existe compatibilidade entre a vazão que está sendo
pleiteada com o tipo de empreendimento. Na segunda, analisa se o manancial tem
capacidade hídrica para atender à nova demanda.
As literaturas brasileiras na área de hidrologia, drenagem e hidráulica
amplamente utilizam vazões de referências em estudos para a determinação de
vazões mínimas (Q90, Q95 e Q7,10) que servem de subsídio nas análises técnicas
(DURANT et al., 2017; RIBEIRO et al., 2017; ULIANA et al., 2017).
Cada Estado e comitês estabelecem a vazão de referência para a concessão
de outorga. A partir de 2018, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema
(CBH-ALPA), do estado de São Paulo, passou a utilizar a Q90 (SÃO PAULO;
CBH-ALPA, 2018). O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) utiliza a vazão
de referência Q7,10 em base anual, para a concessão de outorga em Minas Gerais.
Porém, somente para a Bacia do rio Doce, a partir de setembro de 2022, foi
instituída a Q7,10 mensal como base de disponibilidade hídrica oficial do Igam
(GOMES, 2022).
A determinação das vazões Q90 e Q95 foram alvo de abordagem no artigo
?Como determinar vazões mínimas com curva de permanência??. Desse modo, o
método de determinação da vazão de referência Q7,10 será detalhadamente

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descrito, devido a sua relevância.


Para estudo, devemos obter a vazão Q7,10, onde esta pode ser entendida
como o valor anual da média de 7 vazões diárias consecutivas que pode se repetir,
em média, uma só vez a cada dez anos, ou seja, período de retorno de 10 anos
(VON SPERLING, 2007).
Essa vazão de referência estipula a vazão que ocorre a maior parte do
tempo, em um curso d'água, independente se for períodos de seca ou de chuva. A
vazão Q7,10 é considerada mais criteriosa em relação ao quesito segurança, se
comparada a Q90. Apesar disso, as formas de determinação de ambas são
semelhantes.
3- DADOS E METODOLOGIA
Os dados utilizados para os cálculos do presente estudo foram retirados do
site do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica, disponível nas
referências bibliográficas do documento. A série histórica de vazões médias diárias
disponível contempla o período de 1998 a 2020 sendo foi trabalhada de forma que
pudessem ser padronizados os valores. Alguns meses não haviam dados, sendo
estes, retirados das contas para uma maior precisão e assertividade quanto aos
cálculos.
5
A metodologia para a resolução do trabalho seguiu um passo a passo
pré-estabelecido em sala de aula pelo Professor Igor Luz, que seguia o seguinte
roteiro:
I. Acessar o site do DAEE: http://www.hidrologia.dace.sp.gov.br/ e fazer o
download da série histórica de vazões médias diárias de sua respectiva
cidade.
II. Plotar o gráfico das vazões no tempo (hidrograma);
III. Ordenar as vazões Q em N dias de registros em ordem decrescente;
IV. Dividir a série em 10 intervalos regulares entre a vazão máxima atingida e a
vazão mínima atingida;
V. A partir do passo 4 plotar o histograma de frequência:
VI. A partir do passo 3 - Atribuir a cada vazão ordenada Om a sua ordem de
classificação m;
VII. Calcular a sua probabilidade empírica de ser igualada ou superada P (O >=
Qm). que é calculada pela razão (m/N);
VIII. Plotar um gráfico de vazões ordenadas e suas respectivas probabilidades;
IX. Determinar a Q90 deste rio.
X. Obter a série de dados diários de vazão - lembrar de excluir os anos com
dados faltosos;
XI. Calcular as médias móveis de 7 dias para toda a série;
XII. Encontrar as mínimas médias móveis de 7 dias para cada ano;
XIII. Calcular a média e o desvio padrão das mínimas médias móveis anuais:
XIV. Substituir na fórmula de Gumbel para vazões mínimas descrita abaixo - esse
valor corresponderá a Q7,10 do seu curso d'água. Lembrando que o TR
utilizado no cálculo da Q710 é de 10 anos.

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Assim, seguindo o roteiro de cálculo solicitado, foram realizados os


procedimentos para obtenção dos dados procurados que serão expostos a seguir.
HIDROGRAMA
Para o cálculo do Hidrograma foram trabalhados os dados obtidos da (DAEE,
2023) de ano e suas respectivas vazões médias e plotado um gráfico Ano x Vazão
média, obtendo assim o gráfico do hidrograma desejado.
HISTOGRAMA
De forma a representar a frequência com que uma vazão acontece no curso
d?água em análise é construído o histograma. Sendo obtida a maior vazão e a
menor, e obtido o valor em 10 intervalos de regulares dentre a máxima vazão e a
mínima. Assim, para a construção do gráfico é plotado os intervalos no eixo das
ordenadas e os valores de vazão no eixo das abscissas.
6
CURVA DE PERMANÊNCIA
A curva de permanência representa a relação entre a vazão e a frequência
com a qual esta vazão é superada referente aos dados analisados. Por meio dela se
obtém o valor da Q90, que representa a vazão do rio que é maior ou igual a um
valor x que acontece 90% do tempo no ano. Sendo assim, no eixo vertical são
plotadas as vazões (m³/s) em escala logarítmica e no eixo horizontal as
probabilidades das vazões acontecerem de 0% a 100%.
VAZÃO Q 7,10
O valor referente a vazão Q7,10 representa a vazão mínima em 7 dias, com um
tempo de retorno de 10 anos para fins de cálculo. Sendo assim, para o cálculo foram
feitas iterações considerando médias móveis de 7 dias para todos os dados.
Obtendo-se o valor mínimo para cada ano em específico, e logo em seguida
calculando a média destes dados obtidos. Logo em seguida foi calculado o desvio
padrão destes dados utilizados para o cálculo da média. Por fim, utilizando a fórmula
de Gumbel:
(Eq. 1)? = ? + ? * 0, 45 + 0, 7797 * ?? ?? ( ???? ? 1 )?? ?? { }
Sendo:
? x ? valor de probabilidade de ocorrência (Q7,10 (m³/s));
? ? média amostral;?
? S ? desvio padrão;
? TR ? tempo de recorrência.
4- RESULTADOS
Após a realização do passo a passo descrito anteriormente, foram obtidos os
seguintes resultados, para Hidrograma, Histograma, Curva de Permanência e Vazão
Q7,10.
7
HIDROGRAMA
Figura 01 - Hidrograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Pelos resultados obtidos nota-se que a média de vazões é fica compreendida
entre 5 m³/s e 10 m³/s, mas com certos picos de 10 em 10 anos aproximadamente.

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HISTOGRAMA
Figura 02 - Histograma do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
8
O histograma representa uma assimetria de valor positivo e não obedece a
curva de distribuição normal.
CURVA DE PERMANÊNCIA
Figura 03 - Curva de Permanencia do rio Mogi-Guaçu
Fonte: dos autores (2023).
Ao analisar o gráfico da curva de permanência obtemos o valor da Q90 em
1,97; ou seja, em 90% do tempo o rio mantém uma vazão média de 1,97 m³/s.
VAZÃO Q 7,10
Trabalhando os dados e aplicando a Eq. 1 descrita anteriormente como
fórmula de Gumbel encontramos o valor de 3,2967 m³/s.
5- CONCLUSÕES
Analisando as duas vazões calculadas pode-se concluir e comprovar que a
Q7,10 é um dado mais conservador, em relação a Q90 obtida. Faz-se necessária a
análise criteriosa do uso do recurso hídrico do rio Mogi-Guaçu, uma vez que o
mesmo representa 70% do abastecimento da cidade de JABOTICABAL.
A antropização causada pelo ser humano em todas as frentes do meio
ambiente se faz preocupante nos dias de hoje, causando mudanças climáticas
intensas e clamando por um uso mais racional e consciente de todo e qualquer
recurso advindo da natureza.
9
6- QUALIDADE DA ÁGUA - PH
A utilização de índices de qualidade da água (IQA) consolidou-se em nível
internacional nos últimos 30 anos, devido à sua aplicabilidade em transmitir
informações sobre o grau de poluição de mananciais utilizados pelos seres humanos
(Benetti e Bidone, 2001). A informação transmitida por meio de índices de qualidade
de água deve ser utilizada na avaliação média, de longo prazo, das condições de
qualidade em determinados cursos d?água, no intuito de subsidiar tomadas de
decisão em fase de planejamento. Para a identificação de problemas específicos de
qualidade de um determinado corpo hídrico e estudos mais detalhados, torna-se
necessária a avaliação individual dos parâmetros de interesse (Porto, 1991).
O Índice de Qualidade de Água (IQA) consiste, basicamente, em uma média
ponderada, na qual o resultado de múltiplos testes é representado em um único
valor. Este índice se tornou uma importante ferramenta para a avaliação da
qualidade das águas em diversos pontos de rios e lagos ao longo do tempo,
permitindo, ainda, a comparação com os corpos d?água de outras regiões e países
(NSF, 2006).
A limitação da utilização dos IQA consiste na influência que um parâmetro de
qualidade da água integrante do índice pode gerar na classificação final, mesmo
quando o mesmo apresenta condições compatíveis com as especificidades de
determinada área estudada.

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No caso do pH, essa influência pode ser significativa, pois apresenta o


terceiro peso mais elevado no cálculo do IQA, além de sua grande variabilidade
natural, decorrente da variação de dissolução de matéria orgânica e oscilações de
temperatura e radiação solar.
O pH é a medida do balanço ácido de uma solução, definida como o
logaritmo negativo da concentração de íons de hidrogênio. O pH é a sigla usada
para potencial (ou potência) hidrogeniônico, porque se refere à concentração de
[H+] (ou de H3O+) em uma solução.
A escala de pH varia de 0 a 14, sendo que os valores abaixo de 7 e próximos
de zero indicam aumento de acidez, enquanto os valores de 7 a 14 indicam aumento
da alcalinidade (Chapman e Kimstach, 1996). Os valores de pH estão relacionados
a fatores naturais, como dissolução de rochas, absorção de gases atmosféricos,
oxidação da matéria orgânica e fotossíntese, e a fatores antropogênicos pelo
despejo de esgotos domésticos e industriais, devido à oxidação da matéria orgânica
e a lavagem ácida de tanques, respectivamente (Sperling, 2005).
A escala de pH é a seguinte:
· De 0 a 6,5 = água ácida = (muito mais átomos de hidrogênio);
10
· De 6,5 a 7,0 = água levemente ácida = (mais átomos de hidrogênio);
· 7,0 = neutro (o equilíbrio entre átomos de oxigênio e de hidrogênio);
· De 7.1 a 7.5 = água levemente alcalina = (mais átomos de oxigênio);
· De 7,6 a 14 = água alcalina = (muito mais átomos de oxigênio).
Figura 04 - Escala de pH
Fonte: site-Toda Matéria.
A água pura e de boa qualidade (pH alcalino), é a melhor forma de manter o
organismo hidratado. O organismo não possui mecanismo para armazenamento de
água, a quantidade perdida em cada momento deve ser reposta gradativamente
para manter a eficiência metabólica do mesmo e a saúde.
A preocupação da medicina preventiva com o equilíbrio do pH corporal,
surgiu a partir de um trabalho científico do médico e doutor americano William
Howard Hay (HAY 1993). Seguindo Dr. Hay, outro médico e doutor norte-americano,
o Dr. Theodore A. Baroody (BAROODY 2006), publicou o livro Alkalize or Die
(Alcalinize ou Morra), no qual reafirma a teoria de seu colega. "Os incontáveis
nomes de doenças realmente não importam. O que realmente importa é que elas
todas vêm da mesma causa-raiz: excesso de resíduos ácidos no organismo".
O pH ideal para o sangue humano é 7,4 (levemente alcalino), para que
absorva bem e armazene na medula óssea os minerais necessários à saúde e
permaneça livre da acidez e suas complicações. Todo e qualquer alimento sólido ou
líquido que venha prejudicar o equilíbrio do pH ideal, estará comprometendo a
saúde do organismo. O pH do sangue humano está inteiramente relacionado à
saúde. Uma pequena variação do pH a menor reduz o sistema imunológico, dando
oportunidade para que seres prejudiciais à saúde como vírus, bactérias e fungos,
11
aqueles que vivem em meios ácidos com pH abaixo de 7,0, que são os mais

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nocivos, encontrem ambiente propício para viver e reproduzir.


Se o pH do corpo não estiver alcalino, não conseguirá absorver bem as
vitaminas, minerais e suplementos alimentares. O pH do corpo afeta tudo, de tal
forma que o corpo tem que ter um pH equilibrado ou não funcionar corretamente.
Segundo Robert Young (YONG 2002) doutor em microbiologia e nutrição,
autor do livro The pH Miracle (O Milagre do pH), o câncer não é uma doença como
comumente se pensa. É um efeito dos ácidos metabólicos que são acumulados no
sangue, e em seguida, liberados para os tecidos. Câncer, de acordo com o Dr.
Young, é na verdade um líquido ácido que se espalha nas células, tecidos e órgãos,
causando a degeneração dos mesmos. Não é uma mutação celular.
Quando o pH do corpo está baixo (ácido, menor que 7,0), o organismo
sabiamente, rouba minerais disponíveis da medula óssea dos ossos do esqueleto
para tentar elevar ao máximo esse pH, para um patamar menos ácido, tentando
evitar assim a irrigação das células com ácido e fazendo com que o pH do sangue
se aproxime ao máximo do ideal (7,45). Só que, quando ingerimos de forma
contínua a água ácida, o organismo entra em fadiga e não consegue efetivar essa
correção plenamente, o pH do sangue é reduzido conduzindo ácido no transporte de
nutrientes e irrigação das células.
A maioria das bactérias patogênicas (responsáveis por inúmeras doenças
graves como: tétano, febre tifóide, tuberculose, câncer de estômago etc.),
encontradas no ar, alimentos, água, etc., crescem e se multiplicam em ambientes
ácidos (com pH entre 0 e 6,5). Porém, há famílias de bactérias que só se mantêm
vivas em ambiente neutro e outras em ambiente alcalino.
O pH da saliva de uma pessoa com câncer é 4,5 (ácido), enquanto o de uma
pessoa sadia fica em torno de 7,0 (neutro), para facilitar na mastigação o processo
de degradação dos alimentos. Normalmente o pH salivar não passa de 6,0 em
função da constante ingestão de água ácida, café, refrigerante, cerveja, álcool,
fumo, etc. Para quem só toma água alcalina o pH corporal pode chegar a 7,4 ?
levemente alcalino.
Veja como na maioria das pessoas, a acidez em excesso interfere no
metabolismo gerando além de doenças, obesidade ou sobrepeso: com super acidez
o estômago absorve rapidamente os alimentos (como acontece quando se toma
coca-cola após a refeição), com isso a fome retorna rapidamente, mais alimento se
ingere e é digerido com rapidez. Esse ciclo se repete ao longo do tempo e
consequentemente, levando a obesidade ou ao desequilíbrio do peso. A acidez
também ataca o sistema endócrino do corpo, (as glândulas tireóide, pineal, hipófise,
adrenal, pâncreas, timo, fígado), coração, testículos, ovários, etc. Para se proteger
contra a acidez, o corpo armazena água (pH neutro). (YOUNG 2002).
12
Por tudo isso podemos concluir que, ter um controle do pH da água é de
suma importância e pode afetar drasticamente a vida humana devido a vários
fatores. Dessa forma, ter um controle de excelência neste aspecto e formos
disciplinados no que diz respeito à oxigenação do nosso sangue e células, ingerindo
sempre uma água com pH alcalino (entre 7,5 e 8,5), estaremos proporcionando uma

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mudança positiva no nosso metabolismo, o que nos torna imunes a grande maioria
das enfermidades, contemplando com isso drástica redução de custos com
assistência médica e medicamentos em geral.
Outro problema em questão está relacionado a tubulações de água em geral,
industrial, potável, de incêndio, etc., onde são muito suscetíveis à corrosão, pois na
grande maioria das vezes, não recebem nenhum tipo de tratamento químico e só é
motivo de preocupação quando ocorrem os primeiros vazamentos e geralmente, já é
muito tarde para qualquer ação preventiva. A corrosão ocorre não apenas em aço
carbono, mas em qualquer tipo de metalurgia, inclusive em aço inoxidável, que é
uma condição ainda mais crítica, pois o comprometimento do sistema/tubulação
pode ocorrer em menor período de operação causado por cloretos e/ou pH e pelo
maior custo envolvido.
As tubulações de água quando apresentam processo corrosivo severo
causado pela forte tendência corrosiva da água, é acelerada pelo baixo pH, que
além de comprometer o sistema, também provocará a elevação da concentração de
ferro total na água, podendo muitas vezes, ultrapassar seu limite máximo
estabelecido pelos padrões de potabilidade, tornando a água não potável, além de
comprometer sua qualidade para uso industrial; sistemas de troca iônica; osmose
reversa; entre outros.
Os sistemas de tubulações de metal, suportam aplicações de processamento
de água de pH próximo a neutro (apesar de sal e água salobra). No entanto, assim
que os níveis de pH de um fluido ultrapassam os níveis neutros (+/- 7) ou o sal é
introduzido (por exemplo, água salobra ou salgada), os metais começam a corroer e
podem degradar de maneira relativamente rápida.
A razão é que os íons que estão dentro dos fluidos ácidos (pH <7) e alcalino
(pH> 7), bem como as soluções salinas, atacam elementos metálicos específicos
em nível molecular, consumindo o material. Este ataque acelera quando há oxigênio
dissolvido.
Dessa forma, o pH pode prejudicar o bom funcionamento de tubulações
metálicas, diminuindo a vida útil destas, deixando com o tempo as tubulações mais
frágeis ou até mesmo entupi-las, dependendo do diâmetro e do nível de corrosão
que se encontra. Para isso, o controle de pH se torna importante neste aspecto para
um abastecimento de água.
13
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEIREDO PEREIRA, M. A.; LIPPO BARBIEIRO, B.; MULLER DE QUEVEDO, D.
Importância do monitoramento e disponibilização de dados hidrológicos para
a gestão integrada dos recursos hídricos. Sociedade & natureza, v. 32, p.
308?320, 2020.
ULIANA, E. M. et al. ANÁLISE ESTATÍSTICA PARA DETERMINAÇÃO DA Q NA
BACIA DO RIO SÃO MATEUS-ES. Disponível em:
<https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0566_0540_01.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS

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BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E


RECURSOS NATURAIS DANILO SINHEI IHA CARACTERÍSTICAS
LIMNOLÓGICAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO RICO,
JABOTICABAL, SP. Disponível em:
<https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/1977/2887.pdf?sequence=1&is
Allowed=y>. Acesso em: 10 nov. 2023.
WAGNER, F.; LOPES, A.; PEREIRA, A. CONDIÇÕES NATURAIS DE PH EM
ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUA INTERFERÊNCIA SOBRE O ÍNDICE DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS (IQA): ESTUDO DE CASO NA BACIA DO RIBEIRÃO
DE CARRANCAS-MG. Disponível em: <http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/8/1/33.pdf>.
Acesso em: 10 nov. 2023.
CRUZ NETO, Prof. Dr. Bernardo F. da. BENEFÍCIOS DA ÁGUA COM pH
ALCALINO: Saúde ou doença, você decide. Área de Conhecimento Manutenção,
[s. l.], v. 15, p. 250-262, ago. 2020.
Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE-SP).
Hidrologia. Disponível em: <http://www.hidrologia.daee.sp.gov.br/>. Acesso em: 10
de novembro de 2023.
SOLORIO, Jorge. Como eliminar a corrosão de tubulações em aplicações
de processamento industrial. Material Hidráulico e Sistemas de Recalque,
Portal Tratamento de Água, 22 out. 2018.
14

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