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Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


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Instruções
Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo
de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

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Versão do CopySpider: 2.1.1


Relatório gerado por: neto_gandra@live.com
Modo: web / normal

Arquivos Termos comuns Similaridade


A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx X 328 7,70
https://www.editorajc.com.br/pos-graduacao-no-brasil-genese-
funcao-e-preocupacoes
A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx X 278 4,18
https://www.indexlaw.org/index.php/rpej/article/download/5543/
pdf
A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx X 30 1,20
http://ojs2-testes.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3
A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx X 27 1,15
https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3
A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx X 30 0,74
https://www.academia.edu/34992909/A_EVOLU%C3%87%C3
%83O_DA_P%C3%93S_GRADUA%C3%87%C3%83O_NO_B
RASIL_HIST%C3%93RICO_POL%C3%8DTICAS_E_AVALIA
%C3%87%C3%83O_pdf
A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx X 12 0,35
https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumS/article/do
wnload/2503/2165
A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx X 7 0,32
https://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/anaisevinci
/article/view/5652
A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx X 5 0,18
https://1library.org/article/rela%C3%A7%C3%B5es-
jur%C3%ADdicas-sucessivas-rela%C3%A7%C3%B5es-
jur%C3%ADdicas-de-trato-continuado.q02ml3vy
A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx X 5 0,16
https://famez.ufms.br/files/2015/09/FETOTOMIA-EM-
%C3%81GUA-COM-PARTO-DIST%C3%93CICO-1.pdf
Arquivos com problema de download
https://www.researchgate.net/publication/49618281_Pesquisa_j Não foi possível baixar o arquivo. É
uridica_no_Brasil_diagnostico_e_perspectivas recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - Erro: Parece
que o documento não existe ou não pode
ser acessado. HTTP response code: 403 -
Server returned HTTP response code:
403 for URL:
https://www.researchgate.net/publication/
49618281_Pesquisa_juridica_no_Brasil_d
iagnostico_e_perspectivas
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/XgnqcgDkJZ8jc4BVfBpDYvt/%3 Não foi possível baixar o arquivo. É
Flang%3Dpt recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - Erro: Parece
que o documento foi removido do site ou
nunca existiu. HTTP response code: 404 -
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/XgnqcgDkJ
Z8jc4BVfBpDYvt/%3Flang%3Dpt

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https://brainly.com.br/tarefa/53696633 Não foi possível baixar o arquivo. É


recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). HTTP
response code: 200 - Server returned
HTTP response code: 403 for URL:
https://brainly.com.br/tarefa/53696633
https://www.significados.com.br/autoritarismo Não foi possível baixar o arquivo. É
recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). HTTP
response code: 301 - 30

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Arquivo 1: A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552 termos)
Arquivo 2: https://www.editorajc.com.br/pos-graduacao-no-brasil-genese-funcao-e-preocupacoes (3034
termos)
Termos comuns: 328
Similaridade: 7,70%
O texto abaixo é o conteúdo do documento A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552
termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.editorajc.com.br/pos-
graduacao-no-brasil-genese-funcao-e-preocupacoes (3034 termos)

=================================================================================
FACULDADE AUTÔNOMA DE DIREITO-FADISP

Mestrado em Função Social do Direito


Disciplina: METODOLOGIA DE PESQUISA E DO ENSINO DO DIREITO
Professor Dr.: Lauro Ishikawa
Mestranda: Circe Maria Lima Gandra Baptista
A PESQUISA JURÍDICA E A
PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL
Introdução
Pesquisar é quase que sinônimo de estudar, significando quando muito, uma forma especial de fazer
estudo. O advogado que melhor estuda para fundamentar sua argumentação no processo faz pesquisa,
sem dúvida. Indubitavelmente o trabalho de pesquisa é mais ambicioso, apresentando-se de forma
sistemática, com pretensões de racionalidade e aplicação generalizada. ?
Estudos mostram a implementação da pesquisa jurídica no Brasil, vindo a reboque de uma política de pós-
graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) implantada entre os anos 1960 e 1970, da quais o
Parecer/CFE no 977/1965 é um dos marcos referenciais mais importantes. A grande verdade é que nas
Ciências Jurídicas a pós-graduação cresceu sem estar organicamente articulada com a investigação
científica e com o ensino jurídico em nível de graduação. ?

A pós-graduação strictu sensu é uma etapa da educação formal e está diretamente ligada aos demais
níveis de ensino, uma vez que seus alunos são oriundos das etapas de ensino anteriores. Em 40 anos, a
pós-graduação brasileira passou de 699 cursos em 1976, para cerca de 6131 em 2016, um crescimento
de mais de 800%. ¹?

Este trabalho tem por objetivo principal relatar os marcos da pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil
. Para tanto, foi dividido em etapas: o capítulo 1 trata das fases vivenciadas para a formação de
professores para o ensino superior de Direito no Brasil; o capítulo 2 trata das instalações do curso de pós-
graduação no Brasil; o capítulo 3 trata das pesquisas jurídicas no Brasil; por fim, o capítulo 4 trata da
Constituição da República de 1988.
1. Fases vivenciadas para a formação de professores para o ensino superior de Direito no Brasil ¹
A que sucede à implantação dos cursos jurídicos no Brasil (1827);

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A que sucede à Reforma Francisco Campos (1931);


A subsequente à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, combinada com a Reforma
Universitária de 1968/1969.

Com a lei de 11 de agosto de 1827 houve a criação dos cursos jurídicos, a qual em seu art. 9º estabeleceu
: ?Os que frequentarem os cincos anos de qualquer dos cursos (Olinda ou Recife), com aprovação,
conseguirão o grau de bacharéis formados. [...]? As reformas sucessivas não modificaram
substancialmente esse quadro. Esta orientação prevaleceu até a República, cujas leis ou decretos sobre o
ensino jurídico não destacaram a questão docente ou do doutorado. ¹

A segunda fase, que sucede à Reforma de Francisco Campos (1931), sistematizou e definiu o doutorado
como um sistema de estudos de disciplinas predefinidas, com duração determinada e com defesa de tese
real, valor técnico ou puramente científico. Ressalte-se que esse curso de doutorado não estava
explicitamente vinculado ao acesso à carreira docente, só em 1935 tornou-se uma disposição opcional
para as faculdades, pela enorme falta de professores e de novos docentes. ¹

Próxima e terceira fase, a qual se inaugura com a publicação da Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 69 dispôs: ?Nas universidades e nos
estabelecimentos isolados de ensino superior poderão ser ministradas as seguintes modalidades de curso
: a) de graduação; b) de pós-graduação, [...]; c) de especialização e aperfeiçoamento [...]; d) de extensão e
outros [...].? ¹
A Reforma de Francisco Campos reconheceu o papel da livre-docência no ensino superior brasileiro.

O Parecer CFE nº 977 de 1965 (sobre o conceito de pós-graduação) ² e o Parecer CFE nº 269 de 1967 (
sobre a livre docência) ³, do Conselheiro Newton Sucupira, tornaram-se o marco da educação de pós-
graduação no Brasil moderno.

2.Das instalações do curso de pós-graduação no Brasil


1972 ? Curso de pós-graduação da Universidade de Pernambuco e da Universidade de São Paulo. ¹
Parecer nº 600 de 30 de novembro de 1982 ? avaliou a situação geral da pós-graduação no Brasil, sendo
o último nesse gênero até os dias de hoje. ¹
Quando e como surgiu a pós-graduação no Brasil?
Sobre os escombros do velho doutorado proveniente da Reforma Francisco Campos/Gustavo Capanema
(1931/1936), que começaram a se instalar os cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Direito
. ¹²
Sobrepondo-se ao antigo modelo de doutorado vieram, também, por volta de 1972, o curso de pós-
graduação da Universidade do Pernambuco e da Universidade de São Paulo, que se implantou em 1971,
como desmembramento do antigo curso de doutorado, juntamente com o da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. ¹

Em 1975, com base nos PNDs e nos PBDCTs o I PNPG, objetivou a institucionalização, qualificação e
planejamento de Pós-Graduação, pela formação de mestres e doutores, bolsas de estudos, capacitação
de docentes e obtenção de recursos via MEC, FINEP, CNPq e CAPES.

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Fonte: MOROSINI, M. C. (1995)

ANOS 70

ANOS 80/85

PÓS 85

I Plano Nacional de Pós-graduação


(I PNPG 1975/79)

II Plano Nacional de Pós-graduação


(II PNPG 1982/85)

Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
(PADCT 1980/85)

III Plano Nacional de Pós-graduação


(III PNPG 1986/89)

Plano de Capacitação
Tecnológica
(PCT 1990)

Criação das Fundações de Amparo à


Pesquisa Estaduais
(FAP´s 1990)
3.As pesquisas jurídicas no Brasil
O desenvolvimento das pesquisas jurídicas no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida

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política. ¹
O Relatório CNPq/1978 ? a teoria jurídica precisa acompanhar o desenvolvimento socioeconômico. ¹
Vieira ? ? "a pesquisa jurídica foi, de uma certa forma, compreendida como se pudéssemos realizar
investigação científica com metodologias e técnicas de pesquisa diferente das adotadas tradicionalmente
na área de ciências sociais."
A pesquisa jurídica nas sociedades politicamente autoritárias não consegue classificar-se como pesquisa
jurídica, mas arremedo de investigação: o seu pleno desenvolvimento só é possível com o funcionamento
democrático estável, abertas as possibilidades de verificação aleatória do conhecimento e seus resultados

Pesquisar juridicamente significa identificar nos fenômenos sociais emergentes as vertentes suscetíveis de
proteção legal e as formas e vias de se instrumentalizar a sua aplicação no contexto geral da ordem
jurídica, bem como significa identificar na ordem jurídica consolidada e nos seus instrumentos de
viabilização as fraturas, vazamentos e calcificações que impedem a sua intercomunicação com a
sociedade.
Quando e como surgiu a pesquisa jurídica no Brasil?

Fonte: FERREIRA, 2015.


ANO
REFERENCIAL
ALCANCE

1960 / 1970

Parecer/CFE no 977/1965

A pesquisa jurídica pleiteou uma autonomia científico-metodológica absolutamente insustentável, e


somente explicada pela expressão política e social inerente à própria história do ensino jurídico no País.

1970/ 1990
Ciência Jurídica
Operar metodologias e técnicas de pesquisas absolutamente diferentes daquelas desenvolvidas no campo
mais amplo das Ciências Sociais.
4.A Constituição Brasileira de 1988
Significativos espaços foram abertos com a promulgação da CF/88, para repensarmos as normas e as
instituições e, principalmente, as conexões entre as instituições políticas e jurídicas tradicionais e
autoritárias e os modelos democráticos de decisão, o que, necessariamente, permitirá rediscutir os

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parâmetros jurídicos e sociológicos que presidiram a própria formulação constitucional.

A pesquisa jurídica nas faculdades de Direito deveria ser a instância crítica da produção cotidiana dos
tribunais, a fórmula possível de se identificarem os mecanismos de transformação da ordem dentro da
própria ordem jurídica, significativamente ampliados com os novos instrumentos processuais introduzidos
pela Constituição brasileira de 1988.
Discussão
Pouco a pouco a legislação educacional registrou o esforço por transformar o modelo de transmissão de
conhecimento em um modelo de produção e transmissão do saber científico, aliando pesquisa e ensino,
como decorrência das pressões por democratização do acesso às universidades. ?
Santos e Puga ? ressaltam que para a área do Direito, o desafio está em tornar compreensível e até
mesmo natural, questões afetas à pesquisa e extensão jurídicas, em um curso apegado ao tradicionalismo
e, por vezes voltado apenas para uma compreensão de que o direito restringir-se-ia às leis e ao
ordenamento jurídico.
Engelman ? ressalta que uma parte dos critérios de reconhecimento da comunidade dos ?juristas?,
?pesquisadores de direito?, ?cientistas do direito?, ?jus-acadêmicos? etc., vem de valores socialmente
vigentes, e que filtram, de maneira desigual e injusta aliás, quem pode ou não pode ostentar essa honraria
.
O desenvolvimento da pesquisa jurídica no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹
Considerações Finais
Da esteira posta em desfile, observou-se que a pesquisa jurídica, como mecanismo de percepção da
realidade em que o estudante está imerso e forma de assimilação do conteúdo desenvolvido durante o
pilar do ensino, passou a ganhar formas e contornos de importância apenas com a sua positivação na
Constituição Federal de 1988.
Indubitavelmente, a pesquisa jurídica, de todo o exposto, é o mecanismo apto a fornecer um intercâmbio
científico de poder formativo inestimável, o qual se processa não só por congressos e reuniões científicas
de diversas naturezas, mas também por vários mecanismos como estágios, professores visitantes,
desenvolvimento de projetos interinstitucionais, participações em redes de pesquisadores em temas
correlatos, participação em grupos de pesquisa, entre outros.

Referências Bibliográficas
1.BASTOS, Aurélio Wander. O ENSINO JURÍDICO NO BRASIL. Lumen Juris. 1998. Disponível em: <
https://pdfcoffee.com/bastos-aurelio-wander-o-ensino-juridico-no-brasil-pdf-free.html>. Acesso em:
11/09/2022.
2.CFE, Brasília (44): 67-85, dez. 1965;
3. CFE, Brasília. v. 73, p. 53., (julho) 1967;
4. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica, Seminário Nacional de Pós·-Graduação e
Pesquisa Jurídica. CONPEDI/lffSC, 1993.
5. SILVA, Maria das Grac?as. Universidade e sociedade: cena?rio da extensa?o universita?ria? In:
REUNIA?O ANUAL DA ANPED, 23., Caxambu, 2000. Anais... Caxambu: ANPEd, 2000.
6. SANTOS, Larissa Dias Puerta dos; PUGA, Bruna Azzari. A PESQUISA JURÍDICA BRASILEIRA E
SUAS PECULIARIDADES NO SÉCULO XXI: os atuais mecanismos de apuração da qualidade e os

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desvirtuamentos dos seus objetivos. 2019. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/ pdf


/232939691.pdf>. Acesso em: 10/09/2022.
7. ENGELMAN, Fabiano. Globalização e poder de estado: circulação internacional de elites e hierarquias
do campo jurídico brasileiro. Dados, v. 55, pp. 487-516. 2012.
8. ADEODATO, João Maurício. BASES PARA UMA METODOLOGIA DA PESQUISA EM DIREITO. 2015.
Disponível em: http://191.252.194.60:8080/bits tream/fdv/1160/1/Ade_Bases%20para%20uma
%20metodologia%20da%20pesquisa%20do%20direito2198-1-10-20151014.pdf. Acesso em: 17/09/2022.
9. FERREIRA, Lier Pires. Reflexões sobre o ensino e a pesquisa jurídica no Brasil. 16 de setembro de
2015. Rev. Justiça & Cidadania. Disponível em: <https://www.editorajc.com.br/reflexoes-sobre-o-ensino-
e-a-pesquisa-juridica-no-brasil/>. Acesso em: 17/09/2022.
10. NOBRE, Lorena Neves; FREITAS, Rodrigo Randow. A EVOLUÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO NO
BRASIL:HISTÓRICO, POLÍTICAS EAVALIAÇÃO. Brazilian Journal of Production Engineering, São Mateus
, Vol. 3, N.º 2, p. 18-30. (2017). Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3/pdf&gt
;. Acesso em: 18/09/2022.
11. MOROSINI, M. C. (1995). Universidade e Política Nacional de Ciência e Tecnologia pós 70. Porto
Alegre: UFRGS, 1995. p. 192.
12. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica. In: Seminário Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa Jurídica. Florianópolis: CONPEDI-UFSC

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Arquivo 1: A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552 termos)
Arquivo 2: https://www.indexlaw.org/index.php/rpej/article/download/5543/pdf (5366 termos)
Termos comuns: 278
Similaridade: 4,18%
O texto abaixo é o conteúdo do documento A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552
termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://www.indexlaw.org/index.php/rpej/article/download/5543/pdf (5366 termos)

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FACULDADE AUTÔNOMA DE DIREITO-FADISP

Mestrado em Função Social do Direito


Disciplina: METODOLOGIA DE PESQUISA E DO ENSINO DO DIREITO
Professor Dr.: Lauro Ishikawa
Mestranda: Circe Maria Lima Gandra Baptista
A PESQUISA JURÍDICA E A
PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL
Introdução
Pesquisar é quase que sinônimo de estudar, significando quando muito, uma forma especial de fazer
estudo. O advogado que melhor estuda para fundamentar sua argumentação no processo faz pesquisa,
sem dúvida. Indubitavelmente o trabalho de pesquisa é mais ambicioso, apresentando-se de forma
sistemática, com pretensões de racionalidade e aplicação generalizada. ?
Estudos mostram a implementação da pesquisa jurídica no Brasil, vindo a reboque de uma política de pós-
graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) implantada entre os anos 1960 e 1970, da quais o
Parecer/CFE no 977/1965 é um dos marcos referenciais mais importantes. A grande verdade é que nas
Ciências Jurídicas a pós-graduação cresceu sem estar organicamente articulada com a investigação
científica e com o ensino jurídico em nível de graduação. ?

A pós-graduação strictu sensu é uma etapa da educação formal e está diretamente ligada aos demais
níveis de ensino, uma vez que seus alunos são oriundos das etapas de ensino anteriores. Em 40 anos, a
pós-graduação brasileira passou de 699 cursos em 1976, para cerca de 6131 em 2016, um crescimento
de mais de 800%. ¹?

Este trabalho tem por objetivo principal relatar os marcos da pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil
. Para tanto, foi dividido em etapas: o capítulo 1 trata das fases vivenciadas para a formação de
professores para o ensino superior de Direito no Brasil; o capítulo 2 trata das instalações do curso de pós-
graduação no Brasil; o capítulo 3 trata das pesquisas jurídicas no Brasil; por fim, o capítulo 4 trata da
Constituição da República de 1988.
1. Fases vivenciadas para a formação de professores para o ensino superior de Direito no Brasil ¹
A que sucede à implantação dos cursos jurídicos no Brasil (1827);
A que sucede à Reforma Francisco Campos (1931);

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A subsequente à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, combinada com a Reforma
Universitária de 1968/1969.

Com a lei de 11 de agosto de 1827 houve a criação dos cursos jurídicos, a qual em seu art. 9º estabeleceu
: ?Os que frequentarem os cincos anos de qualquer dos cursos (Olinda ou Recife), com aprovação,
conseguirão o grau de bacharéis formados. [...]? As reformas sucessivas não modificaram
substancialmente esse quadro. Esta orientação prevaleceu até a República, cujas leis ou decretos sobre o
ensino jurídico não destacaram a questão docente ou do doutorado. ¹

A segunda fase, que sucede à Reforma de Francisco Campos (1931), sistematizou e definiu o doutorado
como um sistema de estudos de disciplinas predefinidas, com duração determinada e com defesa de tese
real, valor técnico ou puramente científico. Ressalte-se que esse curso de doutorado não estava
explicitamente vinculado ao acesso à carreira docente, só em 1935 tornou-se uma disposição opcional
para as faculdades, pela enorme falta de professores e de novos docentes. ¹

Próxima e terceira fase, a qual se inaugura com a publicação da Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 69 dispôs: ?Nas universidades e nos
estabelecimentos isolados de ensino superior poderão ser ministradas as seguintes modalidades de curso
: a) de graduação; b) de pós-graduação, [...]; c) de especialização e aperfeiçoamento [...]; d) de extensão e
outros [...].? ¹
A Reforma de Francisco Campos reconheceu o papel da livre-docência no ensino superior brasileiro.

O Parecer CFE nº 977 de 1965 (sobre o conceito de pós-graduação) ² e o Parecer CFE nº 269 de 1967
(sobre a livre docência) ³, do Conselheiro Newton Sucupira, tornaram-se o marco da educação de pós-
graduação no Brasil moderno.

2.Das instalações do curso de pós-graduação no Brasil


1972 ? Curso de pós-graduação da Universidade de Pernambuco e da Universidade de São Paulo. ¹
Parecer nº 600 de 30 de novembro de 1982 ? avaliou a situação geral da pós-graduação no Brasil, sendo
o último nesse gênero até os dias de hoje. ¹
Quando e como surgiu a pós-graduação no Brasil?
Sobre os escombros do velho doutorado proveniente da Reforma Francisco Campos/Gustavo Capanema
(1931/1936), que começaram a se instalar os cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Direito
. ¹²
Sobrepondo-se ao antigo modelo de doutorado vieram, também, por volta de 1972, o curso de pós-
graduação da Universidade do Pernambuco e da Universidade de São Paulo, que se implantou em 1971,
como desmembramento do antigo curso de doutorado, juntamente com o da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. ¹

Em 1975, com base nos PNDs e nos PBDCTs o I PNPG, objetivou a institucionalização, qualificação e
planejamento de Pós-Graduação, pela formação de mestres e doutores, bolsas de estudos, capacitação
de docentes e obtenção de recursos via MEC, FINEP, CNPq e CAPES.

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Fonte: MOROSINI, M. C. (1995)

ANOS 70

ANOS 80/85

PÓS 85

I Plano Nacional de Pós-graduação


(I PNPG 1975/79)

II Plano Nacional de Pós-graduação


(II PNPG 1982/85)

Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
(PADCT 1980/85)

III Plano Nacional de Pós-graduação


(III PNPG 1986/89)

Plano de Capacitação
Tecnológica
(PCT 1990)

Criação das Fundações de Amparo à


Pesquisa Estaduais
(FAP´s 1990)
3.As pesquisas jurídicas no Brasil
O desenvolvimento das pesquisas jurídicas no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹

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O Relatório CNPq/1978 ? a teoria jurídica precisa acompanhar o desenvolvimento socioeconômico. ¹


Vieira ? ? "a pesquisa jurídica foi, de uma certa forma, compreendida como se pudéssemos realizar
investigação científica com metodologias e técnicas de pesquisa diferente das adotadas tradicionalmente
na área de ciências sociais."
A pesquisa jurídica nas sociedades politicamente autoritárias não consegue classificar-se como pesquisa
jurídica, mas arremedo de investigação: o seu pleno desenvolvimento só é possível com o funcionamento
democrático estável, abertas as possibilidades de verificação aleatória do conhecimento e seus resultados

Pesquisar juridicamente significa identificar nos fenômenos sociais emergentes as vertentes suscetíveis de
proteção legal e as formas e vias de se instrumentalizar a sua aplicação no contexto geral da ordem
jurídica, bem como significa identificar na ordem jurídica consolidada e nos seus instrumentos de
viabilização as fraturas, vazamentos e calcificações que impedem a sua intercomunicação com a
sociedade.
Quando e como surgiu a pesquisa jurídica no Brasil?

Fonte: FERREIRA, 2015.


ANO
REFERENCIAL
ALCANCE

1960 / 1970

Parecer/CFE no 977/1965

A pesquisa jurídica pleiteou uma autonomia científico-metodológica absolutamente insustentável, e


somente explicada pela expressão política e social inerente à própria história do ensino jurídico no País.

1970/ 1990
Ciência Jurídica
Operar metodologias e técnicas de pesquisas absolutamente diferentes daquelas desenvolvidas no campo
mais amplo das Ciências Sociais.
4.A Constituição Brasileira de 1988
Significativos espaços foram abertos com a promulgação da CF/88, para repensarmos as normas e as
instituições e, principalmente, as conexões entre as instituições políticas e jurídicas tradicionais e
autoritárias e os modelos democráticos de decisão, o que, necessariamente, permitirá rediscutir os
parâmetros jurídicos e sociológicos que presidiram a própria formulação constitucional.

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A pesquisa jurídica nas faculdades de Direito deveria ser a instância crítica da produção cotidiana dos
tribunais, a fórmula possível de se identificarem os mecanismos de transformação da ordem dentro da
própria ordem jurídica, significativamente ampliados com os novos instrumentos processuais introduzidos
pela Constituição brasileira de 1988.
Discussão
Pouco a pouco a legislação educacional registrou o esforço por transformar o modelo de transmissão de
conhecimento em um modelo de produção e transmissão do saber científico, aliando pesquisa e ensino,
como decorrência das pressões por democratização do acesso às universidades. ?
Santos e Puga ? ressaltam que para a área do Direito, o desafio está em tornar compreensível e até
mesmo natural, questões afetas à pesquisa e extensão jurídicas, em um curso apegado ao tradicionalismo
e, por vezes voltado apenas para uma compreensão de que o direito restringir-se-ia às leis e ao
ordenamento jurídico.
Engelman ? ressalta que uma parte dos critérios de reconhecimento da comunidade dos ?juristas?,
?pesquisadores de direito?, ?cientistas do direito?, ?jus-acadêmicos? etc., vem de valores socialmente
vigentes, e que filtram, de maneira desigual e injusta aliás, quem pode ou não pode ostentar essa honraria
.
O desenvolvimento da pesquisa jurídica no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹
Considerações Finais
Da esteira posta em desfile, observou-se que a pesquisa jurídica, como mecanismo de percepção da
realidade em que o estudante está imerso e forma de assimilação do conteúdo desenvolvido durante o
pilar do ensino, passou a ganhar formas e contornos de importância apenas com a sua positivação na
Constituição Federal de 1988.
Indubitavelmente, a pesquisa jurídica, de todo o exposto, é o mecanismo apto a fornecer um intercâmbio
científico de poder formativo inestimável, o qual se processa não só por congressos e reuniões científicas
de diversas naturezas, mas também por vários mecanismos como estágios, professores visitantes,
desenvolvimento de projetos interinstitucionais, participações em redes de pesquisadores em temas
correlatos, participação em grupos de pesquisa, entre outros.

Referências Bibliográficas
1.BASTOS, Aurélio Wander. O ENSINO JURÍDICO NO BRASIL. Lumen Juris. 1998. Disponível em: <
https://pdfcoffee.com/bastos-aurelio-wander-o-ensino-juridico-no-brasil-pdf-free.html>. Acesso em:
11/09/2022.
2.CFE, Brasília (44): 67-85, dez. 1965;
3. CFE, Brasília. v. 73, p. 53., (julho) 1967;
4. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica, Seminário Nacional de Pós·-Graduação e
Pesquisa Jurídica. CONPEDI/lffSC, 1993.
5. SILVA, Maria das Grac?as. Universidade e sociedade: cena?rio da extensa?o universita?ria? In:
REUNIA?O ANUAL DA ANPED, 23., Caxambu, 2000. Anais... Caxambu: ANPEd, 2000.
6. SANTOS, Larissa Dias Puerta dos; PUGA, Bruna Azzari. A PESQUISA JURÍDICA BRASILEIRA E
SUAS PECULIARIDADES NO SÉCULO XXI: os atuais mecanismos de apuração da qualidade e os
desvirtuamentos dos seus objetivos. 2019. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/ pdf

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/232939691.pdf>. Acesso em: 10/09/2022.


7. ENGELMAN, Fabiano. Globalização e poder de estado: circulação internacional de elites e hierarquias
do campo jurídico brasileiro. Dados, v. 55, pp. 487-516. 2012.
8. ADEODATO, João Maurício. BASES PARA UMA METODOLOGIA DA PESQUISA EM DIREITO. 2015.
Disponível em: http://191.252.194.60:8080/bits tream/fdv/1160/1/Ade_Bases%20para%20uma
%20metodologia%20da%20pesquisa%20do%20direito2198-1-10-20151014.pdf. Acesso em: 17/09/2022.
9. FERREIRA, Lier Pires. Reflexões sobre o ensino e a pesquisa jurídica no Brasil. 16 de setembro de
2015. Rev. Justiça & Cidadania. Disponível em: <https://www.editorajc.com.br/reflexoes-sobre-o-ensino-
e-a-pesquisa-juridica-no-brasil/>. Acesso em: 17/09/2022.
10. NOBRE, Lorena Neves; FREITAS, Rodrigo Randow. A EVOLUÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO NO
BRASIL:HISTÓRICO, POLÍTICAS EAVALIAÇÃO. Brazilian Journal of Production Engineering, São Mateus
, Vol. 3, N.º 2, p. 18-30. (2017). Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3/pdf&gt
;. Acesso em: 18/09/2022.
11. MOROSINI, M. C. (1995). Universidade e Política Nacional de Ciência e Tecnologia pós 70. Porto
Alegre: UFRGS, 1995. p. 192.
12. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica. In: Seminário Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa Jurídica. Florianópolis: CONPEDI-UFSC

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Arquivo 1: A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552 termos)
Arquivo 2: http://ojs2-testes.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3 (974 termos)
Termos comuns: 30
Similaridade: 1,20%
O texto abaixo é o conteúdo do documento A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552
termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento http://ojs2-
testes.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3 (974 termos)

=================================================================================
FACULDADE AUTÔNOMA DE DIREITO-FADISP

Mestrado em Função Social do Direito


Disciplina: METODOLOGIA DE PESQUISA E DO ENSINO DO DIREITO
Professor Dr.: Lauro Ishikawa
Mestranda: Circe Maria Lima Gandra Baptista
A PESQUISA JURÍDICA E A
PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL
Introdução
Pesquisar é quase que sinônimo de estudar, significando quando muito, uma forma especial de fazer
estudo. O advogado que melhor estuda para fundamentar sua argumentação no processo faz pesquisa,
sem dúvida. Indubitavelmente o trabalho de pesquisa é mais ambicioso, apresentando-se de forma
sistemática, com pretensões de racionalidade e aplicação generalizada. ?
Estudos mostram a implementação da pesquisa jurídica no Brasil, vindo a reboque de uma política de pós-
graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) implantada entre os anos 1960 e 1970, da quais o
Parecer/CFE no 977/1965 é um dos marcos referenciais mais importantes. A grande verdade é que nas
Ciências Jurídicas a pós-graduação cresceu sem estar organicamente articulada com a investigação
científica e com o ensino jurídico em nível de graduação. ?

A pós-graduação strictu sensu é uma etapa da educação formal e está diretamente ligada aos demais
níveis de ensino, uma vez que seus alunos são oriundos das etapas de ensino anteriores. Em 40 anos, a
pós-graduação brasileira passou de 699 cursos em 1976, para cerca de 6131 em 2016, um crescimento
de mais de 800%. ¹?

Este trabalho tem por objetivo principal relatar os marcos da pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil
. Para tanto, foi dividido em etapas: o capítulo 1 trata das fases vivenciadas para a formação de
professores para o ensino superior de Direito no Brasil; o capítulo 2 trata das instalações do curso de pós-
graduação no Brasil; o capítulo 3 trata das pesquisas jurídicas no Brasil; por fim, o capítulo 4 trata da
Constituição da República de 1988.
1. Fases vivenciadas para a formação de professores para o ensino superior de Direito no Brasil ¹
A que sucede à implantação dos cursos jurídicos no Brasil (1827);
A que sucede à Reforma Francisco Campos (1931);

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A subsequente à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, combinada com a Reforma
Universitária de 1968/1969.

Com a lei de 11 de agosto de 1827 houve a criação dos cursos jurídicos, a qual em seu art. 9º estabeleceu
: ?Os que frequentarem os cincos anos de qualquer dos cursos (Olinda ou Recife), com aprovação,
conseguirão o grau de bacharéis formados. [...]? As reformas sucessivas não modificaram
substancialmente esse quadro. Esta orientação prevaleceu até a República, cujas leis ou decretos sobre o
ensino jurídico não destacaram a questão docente ou do doutorado. ¹

A segunda fase, que sucede à Reforma de Francisco Campos (1931), sistematizou e definiu o doutorado
como um sistema de estudos de disciplinas predefinidas, com duração determinada e com defesa de tese
real, valor técnico ou puramente científico. Ressalte-se que esse curso de doutorado não estava
explicitamente vinculado ao acesso à carreira docente, só em 1935 tornou-se uma disposição opcional
para as faculdades, pela enorme falta de professores e de novos docentes. ¹

Próxima e terceira fase, a qual se inaugura com a publicação da Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 69 dispôs: ?Nas universidades e nos
estabelecimentos isolados de ensino superior poderão ser ministradas as seguintes modalidades de curso
: a) de graduação; b) de pós-graduação, [...]; c) de especialização e aperfeiçoamento [...]; d) de extensão e
outros [...].? ¹
A Reforma de Francisco Campos reconheceu o papel da livre-docência no ensino superior brasileiro.

O Parecer CFE nº 977 de 1965 (sobre o conceito de pós-graduação) ² e o Parecer CFE nº 269 de 1967
(sobre a livre docência) ³, do Conselheiro Newton Sucupira, tornaram-se o marco da educação de pós-
graduação no Brasil moderno.

2.Das instalações do curso de pós-graduação no Brasil


1972 ? Curso de pós-graduação da Universidade de Pernambuco e da Universidade de São Paulo. ¹
Parecer nº 600 de 30 de novembro de 1982 ? avaliou a situação geral da pós-graduação no Brasil, sendo
o último nesse gênero até os dias de hoje. ¹
Quando e como surgiu a pós-graduação no Brasil?
Sobre os escombros do velho doutorado proveniente da Reforma Francisco Campos/Gustavo Capanema
(1931/1936), que começaram a se instalar os cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Direito
. ¹²
Sobrepondo-se ao antigo modelo de doutorado vieram, também, por volta de 1972, o curso de pós-
graduação da Universidade do Pernambuco e da Universidade de São Paulo, que se implantou em 1971,
como desmembramento do antigo curso de doutorado, juntamente com o da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. ¹

Em 1975, com base nos PNDs e nos PBDCTs o I PNPG, objetivou a institucionalização, qualificação e
planejamento de Pós-Graduação, pela formação de mestres e doutores, bolsas de estudos, capacitação
de docentes e obtenção de recursos via MEC, FINEP, CNPq e CAPES.

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Fonte: MOROSINI, M. C. (1995)

ANOS 70

ANOS 80/85

PÓS 85

I Plano Nacional de Pós-graduação


(I PNPG 1975/79)

II Plano Nacional de Pós-graduação


(II PNPG 1982/85)

Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
(PADCT 1980/85)

III Plano Nacional de Pós-graduação


(III PNPG 1986/89)

Plano de Capacitação
Tecnológica
(PCT 1990)

Criação das Fundações de Amparo à


Pesquisa Estaduais
(FAP´s 1990)
3.As pesquisas jurídicas no Brasil
O desenvolvimento das pesquisas jurídicas no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹

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O Relatório CNPq/1978 ? a teoria jurídica precisa acompanhar o desenvolvimento socioeconômico. ¹


Vieira ? ? "a pesquisa jurídica foi, de uma certa forma, compreendida como se pudéssemos realizar
investigação científica com metodologias e técnicas de pesquisa diferente das adotadas tradicionalmente
na área de ciências sociais."
A pesquisa jurídica nas sociedades politicamente autoritárias não consegue classificar-se como pesquisa
jurídica, mas arremedo de investigação: o seu pleno desenvolvimento só é possível com o funcionamento
democrático estável, abertas as possibilidades de verificação aleatória do conhecimento e seus resultados

Pesquisar juridicamente significa identificar nos fenômenos sociais emergentes as vertentes suscetíveis de
proteção legal e as formas e vias de se instrumentalizar a sua aplicação no contexto geral da ordem
jurídica, bem como significa identificar na ordem jurídica consolidada e nos seus instrumentos de
viabilização as fraturas, vazamentos e calcificações que impedem a sua intercomunicação com a
sociedade.
Quando e como surgiu a pesquisa jurídica no Brasil?

Fonte: FERREIRA, 2015.


ANO
REFERENCIAL
ALCANCE

1960 / 1970

Parecer/CFE no 977/1965

A pesquisa jurídica pleiteou uma autonomia científico-metodológica absolutamente insustentável, e


somente explicada pela expressão política e social inerente à própria história do ensino jurídico no País.

1970/ 1990
Ciência Jurídica
Operar metodologias e técnicas de pesquisas absolutamente diferentes daquelas desenvolvidas no campo
mais amplo das Ciências Sociais.
4.A Constituição Brasileira de 1988
Significativos espaços foram abertos com a promulgação da CF/88, para repensarmos as normas e as
instituições e, principalmente, as conexões entre as instituições políticas e jurídicas tradicionais e
autoritárias e os modelos democráticos de decisão, o que, necessariamente, permitirá rediscutir os
parâmetros jurídicos e sociológicos que presidiram a própria formulação constitucional.

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A pesquisa jurídica nas faculdades de Direito deveria ser a instância crítica da produção cotidiana dos
tribunais, a fórmula possível de se identificarem os mecanismos de transformação da ordem dentro da
própria ordem jurídica, significativamente ampliados com os novos instrumentos processuais introduzidos
pela Constituição brasileira de 1988.
Discussão
Pouco a pouco a legislação educacional registrou o esforço por transformar o modelo de transmissão de
conhecimento em um modelo de produção e transmissão do saber científico, aliando pesquisa e ensino,
como decorrência das pressões por democratização do acesso às universidades. ?
Santos e Puga ? ressaltam que para a área do Direito, o desafio está em tornar compreensível e até
mesmo natural, questões afetas à pesquisa e extensão jurídicas, em um curso apegado ao tradicionalismo
e, por vezes voltado apenas para uma compreensão de que o direito restringir-se-ia às leis e ao
ordenamento jurídico.
Engelman ? ressalta que uma parte dos critérios de reconhecimento da comunidade dos ?juristas?,
?pesquisadores de direito?, ?cientistas do direito?, ?jus-acadêmicos? etc., vem de valores socialmente
vigentes, e que filtram, de maneira desigual e injusta aliás, quem pode ou não pode ostentar essa honraria
.
O desenvolvimento da pesquisa jurídica no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹
Considerações Finais
Da esteira posta em desfile, observou-se que a pesquisa jurídica, como mecanismo de percepção da
realidade em que o estudante está imerso e forma de assimilação do conteúdo desenvolvido durante o
pilar do ensino, passou a ganhar formas e contornos de importância apenas com a sua positivação na
Constituição Federal de 1988.
Indubitavelmente, a pesquisa jurídica, de todo o exposto, é o mecanismo apto a fornecer um intercâmbio
científico de poder formativo inestimável, o qual se processa não só por congressos e reuniões científicas
de diversas naturezas, mas também por vários mecanismos como estágios, professores visitantes,
desenvolvimento de projetos interinstitucionais, participações em redes de pesquisadores em temas
correlatos, participação em grupos de pesquisa, entre outros.

Referências Bibliográficas
1.BASTOS, Aurélio Wander. O ENSINO JURÍDICO NO BRASIL. Lumen Juris. 1998. Disponível em: <
https://pdfcoffee.com/bastos-aurelio-wander-o-ensino-juridico-no-brasil-pdf-free.html>. Acesso em:
11/09/2022.
2.CFE, Brasília (44): 67-85, dez. 1965;
3. CFE, Brasília. v. 73, p. 53., (julho) 1967;
4. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica, Seminário Nacional de Pós·-Graduação e
Pesquisa Jurídica. CONPEDI/lffSC, 1993.
5. SILVA, Maria das Grac?as. Universidade e sociedade: cena?rio da extensa?o universita?ria? In:
REUNIA?O ANUAL DA ANPED, 23., Caxambu, 2000. Anais... Caxambu: ANPEd, 2000.
6. SANTOS, Larissa Dias Puerta dos; PUGA, Bruna Azzari. A PESQUISA JURÍDICA BRASILEIRA E
SUAS PECULIARIDADES NO SÉCULO XXI: os atuais mecanismos de apuração da qualidade e os
desvirtuamentos dos seus objetivos. 2019. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/ pdf

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/232939691.pdf>. Acesso em: 10/09/2022.


7. ENGELMAN, Fabiano. Globalização e poder de estado: circulação internacional de elites e hierarquias
do campo jurídico brasileiro. Dados, v. 55, pp. 487-516. 2012.
8. ADEODATO, João Maurício. BASES PARA UMA METODOLOGIA DA PESQUISA EM DIREITO. 2015.
Disponível em: http://191.252.194.60:8080/bits tream/fdv/1160/1/Ade_Bases%20para%20uma
%20metodologia%20da%20pesquisa%20do%20direito2198-1-10-20151014.pdf. Acesso em: 17/09/2022.
9. FERREIRA, Lier Pires. Reflexões sobre o ensino e a pesquisa jurídica no Brasil. 16 de setembro de
2015. Rev. Justiça & Cidadania. Disponível em: <https://www.editorajc.com.br/reflexoes-sobre-o-ensino-
e-a-pesquisa-juridica-no-brasil/>. Acesso em: 17/09/2022.
10. NOBRE, Lorena Neves; FREITAS, Rodrigo Randow. A EVOLUÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO NO
BRASIL:HISTÓRICO, POLÍTICAS EAVALIAÇÃO. Brazilian Journal of Production Engineering, São Mateus
, Vol. 3, N.º 2, p. 18-30. (2017). Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3/pdf&gt
;. Acesso em: 18/09/2022.
11. MOROSINI, M. C. (1995). Universidade e Política Nacional de Ciência e Tecnologia pós 70. Porto
Alegre: UFRGS, 1995. p. 192.
12. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica. In: Seminário Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa Jurídica. Florianópolis: CONPEDI-UFSC

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Arquivo 1: A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552 termos)
Arquivo 2: https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3 (822 termos)
Termos comuns: 27
Similaridade: 1,15%
O texto abaixo é o conteúdo do documento A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552
termos)
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https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3 (822 termos)

=================================================================================
FACULDADE AUTÔNOMA DE DIREITO-FADISP

Mestrado em Função Social do Direito


Disciplina: METODOLOGIA DE PESQUISA E DO ENSINO DO DIREITO
Professor Dr.: Lauro Ishikawa
Mestranda: Circe Maria Lima Gandra Baptista
A PESQUISA JURÍDICA E A
PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL
Introdução
Pesquisar é quase que sinônimo de estudar, significando quando muito, uma forma especial de fazer
estudo. O advogado que melhor estuda para fundamentar sua argumentação no processo faz pesquisa,
sem dúvida. Indubitavelmente o trabalho de pesquisa é mais ambicioso, apresentando-se de forma
sistemática, com pretensões de racionalidade e aplicação generalizada. ?
Estudos mostram a implementação da pesquisa jurídica no Brasil, vindo a reboque de uma política de pós-
graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) implantada entre os anos 1960 e 1970, da quais o
Parecer/CFE no 977/1965 é um dos marcos referenciais mais importantes. A grande verdade é que nas
Ciências Jurídicas a pós-graduação cresceu sem estar organicamente articulada com a investigação
científica e com o ensino jurídico em nível de graduação. ?

A pós-graduação strictu sensu é uma etapa da educação formal e está diretamente ligada aos demais
níveis de ensino, uma vez que seus alunos são oriundos das etapas de ensino anteriores. Em 40 anos, a
pós-graduação brasileira passou de 699 cursos em 1976, para cerca de 6131 em 2016, um crescimento
de mais de 800%. ¹?

Este trabalho tem por objetivo principal relatar os marcos da pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil
. Para tanto, foi dividido em etapas: o capítulo 1 trata das fases vivenciadas para a formação de
professores para o ensino superior de Direito no Brasil; o capítulo 2 trata das instalações do curso de pós-
graduação no Brasil; o capítulo 3 trata das pesquisas jurídicas no Brasil; por fim, o capítulo 4 trata da
Constituição da República de 1988.
1. Fases vivenciadas para a formação de professores para o ensino superior de Direito no Brasil ¹
A que sucede à implantação dos cursos jurídicos no Brasil (1827);
A que sucede à Reforma Francisco Campos (1931);

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A subsequente à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, combinada com a Reforma
Universitária de 1968/1969.

Com a lei de 11 de agosto de 1827 houve a criação dos cursos jurídicos, a qual em seu art. 9º estabeleceu
: ?Os que frequentarem os cincos anos de qualquer dos cursos (Olinda ou Recife), com aprovação,
conseguirão o grau de bacharéis formados. [...]? As reformas sucessivas não modificaram
substancialmente esse quadro. Esta orientação prevaleceu até a República, cujas leis ou decretos sobre o
ensino jurídico não destacaram a questão docente ou do doutorado. ¹

A segunda fase, que sucede à Reforma de Francisco Campos (1931), sistematizou e definiu o doutorado
como um sistema de estudos de disciplinas predefinidas, com duração determinada e com defesa de tese
real, valor técnico ou puramente científico. Ressalte-se que esse curso de doutorado não estava
explicitamente vinculado ao acesso à carreira docente, só em 1935 tornou-se uma disposição opcional
para as faculdades, pela enorme falta de professores e de novos docentes. ¹

Próxima e terceira fase, a qual se inaugura com a publicação da Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 69 dispôs: ?Nas universidades e nos
estabelecimentos isolados de ensino superior poderão ser ministradas as seguintes modalidades de curso
: a) de graduação; b) de pós-graduação, [...]; c) de especialização e aperfeiçoamento [...]; d) de extensão e
outros [...].? ¹
A Reforma de Francisco Campos reconheceu o papel da livre-docência no ensino superior brasileiro.

O Parecer CFE nº 977 de 1965 (sobre o conceito de pós-graduação) ² e o Parecer CFE nº 269 de 1967
(sobre a livre docência) ³, do Conselheiro Newton Sucupira, tornaram-se o marco da educação de pós-
graduação no Brasil moderno.

2.Das instalações do curso de pós-graduação no Brasil


1972 ? Curso de pós-graduação da Universidade de Pernambuco e da Universidade de São Paulo. ¹
Parecer nº 600 de 30 de novembro de 1982 ? avaliou a situação geral da pós-graduação no Brasil, sendo
o último nesse gênero até os dias de hoje. ¹
Quando e como surgiu a pós-graduação no Brasil?
Sobre os escombros do velho doutorado proveniente da Reforma Francisco Campos/Gustavo Capanema
(1931/1936), que começaram a se instalar os cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Direito
. ¹²
Sobrepondo-se ao antigo modelo de doutorado vieram, também, por volta de 1972, o curso de pós-
graduação da Universidade do Pernambuco e da Universidade de São Paulo, que se implantou em 1971,
como desmembramento do antigo curso de doutorado, juntamente com o da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. ¹

Em 1975, com base nos PNDs e nos PBDCTs o I PNPG, objetivou a institucionalização, qualificação e
planejamento de Pós-Graduação, pela formação de mestres e doutores, bolsas de estudos, capacitação
de docentes e obtenção de recursos via MEC, FINEP, CNPq e CAPES.

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Fonte: MOROSINI, M. C. (1995)

ANOS 70

ANOS 80/85

PÓS 85

I Plano Nacional de Pós-graduação


(I PNPG 1975/79)

II Plano Nacional de Pós-graduação


(II PNPG 1982/85)

Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
(PADCT 1980/85)

III Plano Nacional de Pós-graduação


(III PNPG 1986/89)

Plano de Capacitação
Tecnológica
(PCT 1990)

Criação das Fundações de Amparo à


Pesquisa Estaduais
(FAP´s 1990)
3.As pesquisas jurídicas no Brasil
O desenvolvimento das pesquisas jurídicas no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹

Relatório gerado por CopySpider Software 2022-09-25 13:00:11


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O Relatório CNPq/1978 ? a teoria jurídica precisa acompanhar o desenvolvimento socioeconômico. ¹


Vieira ? ? "a pesquisa jurídica foi, de uma certa forma, compreendida como se pudéssemos realizar
investigação científica com metodologias e técnicas de pesquisa diferente das adotadas tradicionalmente
na área de ciências sociais."
A pesquisa jurídica nas sociedades politicamente autoritárias não consegue classificar-se como pesquisa
jurídica, mas arremedo de investigação: o seu pleno desenvolvimento só é possível com o funcionamento
democrático estável, abertas as possibilidades de verificação aleatória do conhecimento e seus resultados

Pesquisar juridicamente significa identificar nos fenômenos sociais emergentes as vertentes suscetíveis de
proteção legal e as formas e vias de se instrumentalizar a sua aplicação no contexto geral da ordem
jurídica, bem como significa identificar na ordem jurídica consolidada e nos seus instrumentos de
viabilização as fraturas, vazamentos e calcificações que impedem a sua intercomunicação com a
sociedade.
Quando e como surgiu a pesquisa jurídica no Brasil?

Fonte: FERREIRA, 2015.


ANO
REFERENCIAL
ALCANCE

1960 / 1970

Parecer/CFE no 977/1965

A pesquisa jurídica pleiteou uma autonomia científico-metodológica absolutamente insustentável, e


somente explicada pela expressão política e social inerente à própria história do ensino jurídico no País.

1970/ 1990
Ciência Jurídica
Operar metodologias e técnicas de pesquisas absolutamente diferentes daquelas desenvolvidas no campo
mais amplo das Ciências Sociais.
4.A Constituição Brasileira de 1988
Significativos espaços foram abertos com a promulgação da CF/88, para repensarmos as normas e as
instituições e, principalmente, as conexões entre as instituições políticas e jurídicas tradicionais e
autoritárias e os modelos democráticos de decisão, o que, necessariamente, permitirá rediscutir os
parâmetros jurídicos e sociológicos que presidiram a própria formulação constitucional.

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A pesquisa jurídica nas faculdades de Direito deveria ser a instância crítica da produção cotidiana dos
tribunais, a fórmula possível de se identificarem os mecanismos de transformação da ordem dentro da
própria ordem jurídica, significativamente ampliados com os novos instrumentos processuais introduzidos
pela Constituição brasileira de 1988.
Discussão
Pouco a pouco a legislação educacional registrou o esforço por transformar o modelo de transmissão de
conhecimento em um modelo de produção e transmissão do saber científico, aliando pesquisa e ensino,
como decorrência das pressões por democratização do acesso às universidades. ?
Santos e Puga ? ressaltam que para a área do Direito, o desafio está em tornar compreensível e até
mesmo natural, questões afetas à pesquisa e extensão jurídicas, em um curso apegado ao tradicionalismo
e, por vezes voltado apenas para uma compreensão de que o direito restringir-se-ia às leis e ao
ordenamento jurídico.
Engelman ? ressalta que uma parte dos critérios de reconhecimento da comunidade dos ?juristas?,
?pesquisadores de direito?, ?cientistas do direito?, ?jus-acadêmicos? etc., vem de valores socialmente
vigentes, e que filtram, de maneira desigual e injusta aliás, quem pode ou não pode ostentar essa honraria
.
O desenvolvimento da pesquisa jurídica no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹
Considerações Finais
Da esteira posta em desfile, observou-se que a pesquisa jurídica, como mecanismo de percepção da
realidade em que o estudante está imerso e forma de assimilação do conteúdo desenvolvido durante o
pilar do ensino, passou a ganhar formas e contornos de importância apenas com a sua positivação na
Constituição Federal de 1988.
Indubitavelmente, a pesquisa jurídica, de todo o exposto, é o mecanismo apto a fornecer um intercâmbio
científico de poder formativo inestimável, o qual se processa não só por congressos e reuniões científicas
de diversas naturezas, mas também por vários mecanismos como estágios, professores visitantes,
desenvolvimento de projetos interinstitucionais, participações em redes de pesquisadores em temas
correlatos, participação em grupos de pesquisa, entre outros.

Referências Bibliográficas
1.BASTOS, Aurélio Wander. O ENSINO JURÍDICO NO BRASIL. Lumen Juris. 1998. Disponível em: <
https://pdfcoffee.com/bastos-aurelio-wander-o-ensino-juridico-no-brasil-pdf-free.html>. Acesso em:
11/09/2022.
2.CFE, Brasília (44): 67-85, dez. 1965;
3. CFE, Brasília. v. 73, p. 53., (julho) 1967;
4. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica, Seminário Nacional de Pós·-Graduação e
Pesquisa Jurídica. CONPEDI/lffSC, 1993.
5. SILVA, Maria das Grac?as. Universidade e sociedade: cena?rio da extensa?o universita?ria? In:
REUNIA?O ANUAL DA ANPED, 23., Caxambu, 2000. Anais... Caxambu: ANPEd, 2000.
6. SANTOS, Larissa Dias Puerta dos; PUGA, Bruna Azzari. A PESQUISA JURÍDICA BRASILEIRA E
SUAS PECULIARIDADES NO SÉCULO XXI: os atuais mecanismos de apuração da qualidade e os
desvirtuamentos dos seus objetivos. 2019. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/ pdf

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/232939691.pdf>. Acesso em: 10/09/2022.


7. ENGELMAN, Fabiano. Globalização e poder de estado: circulação internacional de elites e hierarquias
do campo jurídico brasileiro. Dados, v. 55, pp. 487-516. 2012.
8. ADEODATO, João Maurício. BASES PARA UMA METODOLOGIA DA PESQUISA EM DIREITO. 2015.
Disponível em: http://191.252.194.60:8080/bits tream/fdv/1160/1/Ade_Bases%20para%20uma
%20metodologia%20da%20pesquisa%20do%20direito2198-1-10-20151014.pdf. Acesso em: 17/09/2022.
9. FERREIRA, Lier Pires. Reflexões sobre o ensino e a pesquisa jurídica no Brasil. 16 de setembro de
2015. Rev. Justiça & Cidadania. Disponível em: <https://www.editorajc.com.br/reflexoes-sobre-o-ensino-
e-a-pesquisa-juridica-no-brasil/>. Acesso em: 17/09/2022.
10. NOBRE, Lorena Neves; FREITAS, Rodrigo Randow. A EVOLUÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO NO
BRASIL:HISTÓRICO, POLÍTICAS EAVALIAÇÃO. Brazilian Journal of Production Engineering, São Mateus
, Vol. 3, N.º 2, p. 18-30. (2017). Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3/pdf&gt
;. Acesso em: 18/09/2022.
11. MOROSINI, M. C. (1995). Universidade e Política Nacional de Ciência e Tecnologia pós 70. Porto
Alegre: UFRGS, 1995. p. 192.
12. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica. In: Seminário Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa Jurídica. Florianópolis: CONPEDI-UFSC

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Arquivo 1: A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552 termos)
Arquivo 2:
https://www.academia.edu/34992909/A_EVOLU%C3%87%C3%83O_DA_P%C3%93S_GRADUA%C3%87
%C3%83O_NO_BRASIL_HIST%C3%93RICO_POL%C3%8DTICAS_E_AVALIA%C3%87%C3%83O_pdf
(2483 termos)
Termos comuns: 30
Similaridade: 0,74%
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termos)
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%C3%83O_NO_BRASIL_HIST%C3%93RICO_POL%C3%8DTICAS_E_AVALIA%C3%87%C3%83O_pdf
(2483 termos)

=================================================================================
FACULDADE AUTÔNOMA DE DIREITO-FADISP

Mestrado em Função Social do Direito


Disciplina: METODOLOGIA DE PESQUISA E DO ENSINO DO DIREITO
Professor Dr.: Lauro Ishikawa
Mestranda: Circe Maria Lima Gandra Baptista
A PESQUISA JURÍDICA E A
PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL
Introdução
Pesquisar é quase que sinônimo de estudar, significando quando muito, uma forma especial de fazer
estudo. O advogado que melhor estuda para fundamentar sua argumentação no processo faz pesquisa,
sem dúvida. Indubitavelmente o trabalho de pesquisa é mais ambicioso, apresentando-se de forma
sistemática, com pretensões de racionalidade e aplicação generalizada. ?
Estudos mostram a implementação da pesquisa jurídica no Brasil, vindo a reboque de uma política de pós-
graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) implantada entre os anos 1960 e 1970, da quais o
Parecer/CFE no 977/1965 é um dos marcos referenciais mais importantes. A grande verdade é que nas
Ciências Jurídicas a pós-graduação cresceu sem estar organicamente articulada com a investigação
científica e com o ensino jurídico em nível de graduação. ?

A pós-graduação strictu sensu é uma etapa da educação formal e está diretamente ligada aos demais
níveis de ensino, uma vez que seus alunos são oriundos das etapas de ensino anteriores. Em 40 anos, a
pós-graduação brasileira passou de 699 cursos em 1976, para cerca de 6131 em 2016, um crescimento
de mais de 800%. ¹?

Este trabalho tem por objetivo principal relatar os marcos da pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil
. Para tanto, foi dividido em etapas: o capítulo 1 trata das fases vivenciadas para a formação de
professores para o ensino superior de Direito no Brasil; o capítulo 2 trata das instalações do curso de pós-

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graduação no Brasil; o capítulo 3 trata das pesquisas jurídicas no Brasil; por fim, o capítulo 4 trata da
Constituição da República de 1988.
1. Fases vivenciadas para a formação de professores para o ensino superior de Direito no Brasil ¹
A que sucede à implantação dos cursos jurídicos no Brasil (1827);
A que sucede à Reforma Francisco Campos (1931);
A subsequente à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, combinada com a Reforma
Universitária de 1968/1969.

Com a lei de 11 de agosto de 1827 houve a criação dos cursos jurídicos, a qual em seu art. 9º estabeleceu
: ?Os que frequentarem os cincos anos de qualquer dos cursos (Olinda ou Recife), com aprovação,
conseguirão o grau de bacharéis formados. [...]? As reformas sucessivas não modificaram
substancialmente esse quadro. Esta orientação prevaleceu até a República, cujas leis ou decretos sobre o
ensino jurídico não destacaram a questão docente ou do doutorado. ¹

A segunda fase, que sucede à Reforma de Francisco Campos (1931), sistematizou e definiu o doutorado
como um sistema de estudos de disciplinas predefinidas, com duração determinada e com defesa de tese
real, valor técnico ou puramente científico. Ressalte-se que esse curso de doutorado não estava
explicitamente vinculado ao acesso à carreira docente, só em 1935 tornou-se uma disposição opcional
para as faculdades, pela enorme falta de professores e de novos docentes. ¹

Próxima e terceira fase, a qual se inaugura com a publicação da Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 69 dispôs: ?Nas universidades e nos
estabelecimentos isolados de ensino superior poderão ser ministradas as seguintes modalidades de curso
: a) de graduação; b) de pós-graduação, [...]; c) de especialização e aperfeiçoamento [...]; d) de extensão e
outros [...].? ¹
A Reforma de Francisco Campos reconheceu o papel da livre-docência no ensino superior brasileiro.

O Parecer CFE nº 977 de 1965 (sobre o conceito de pós-graduação) ² e o Parecer CFE nº 269 de 1967
(sobre a livre docência) ³, do Conselheiro Newton Sucupira, tornaram-se o marco da educação de pós-
graduação no Brasil moderno.

2.Das instalações do curso de pós-graduação no Brasil


1972 ? Curso de pós-graduação da Universidade de Pernambuco e da Universidade de São Paulo. ¹
Parecer nº 600 de 30 de novembro de 1982 ? avaliou a situação geral da pós-graduação no Brasil, sendo
o último nesse gênero até os dias de hoje. ¹
Quando e como surgiu a pós-graduação no Brasil?
Sobre os escombros do velho doutorado proveniente da Reforma Francisco Campos/Gustavo Capanema
(1931/1936), que começaram a se instalar os cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Direito
. ¹²
Sobrepondo-se ao antigo modelo de doutorado vieram, também, por volta de 1972, o curso de pós-
graduação da Universidade do Pernambuco e da Universidade de São Paulo, que se implantou em 1971,
como desmembramento do antigo curso de doutorado, juntamente com o da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. ¹

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Em 1975, com base nos PNDs e nos PBDCTs o I PNPG, objetivou a institucionalização, qualificação e
planejamento de Pós-Graduação, pela formação de mestres e doutores, bolsas de estudos, capacitação
de docentes e obtenção de recursos via MEC, FINEP, CNPq e CAPES.

Fonte: MOROSINI, M. C. (1995)

ANOS 70

ANOS 80/85

PÓS 85

I Plano Nacional de Pós-graduação


(I PNPG 1975/79)

II Plano Nacional de Pós-graduação


(II PNPG 1982/85)

Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
(PADCT 1980/85)

III Plano Nacional de Pós-graduação


(III PNPG 1986/89)

Plano de Capacitação
Tecnológica
(PCT 1990)

Criação das Fundações de Amparo à


Pesquisa Estaduais

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(FAP´s 1990)
3.As pesquisas jurídicas no Brasil
O desenvolvimento das pesquisas jurídicas no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹
O Relatório CNPq/1978 ? a teoria jurídica precisa acompanhar o desenvolvimento socioeconômico. ¹
Vieira ? ? "a pesquisa jurídica foi, de uma certa forma, compreendida como se pudéssemos realizar
investigação científica com metodologias e técnicas de pesquisa diferente das adotadas tradicionalmente
na área de ciências sociais."
A pesquisa jurídica nas sociedades politicamente autoritárias não consegue classificar-se como pesquisa
jurídica, mas arremedo de investigação: o seu pleno desenvolvimento só é possível com o funcionamento
democrático estável, abertas as possibilidades de verificação aleatória do conhecimento e seus resultados

Pesquisar juridicamente significa identificar nos fenômenos sociais emergentes as vertentes suscetíveis de
proteção legal e as formas e vias de se instrumentalizar a sua aplicação no contexto geral da ordem
jurídica, bem como significa identificar na ordem jurídica consolidada e nos seus instrumentos de
viabilização as fraturas, vazamentos e calcificações que impedem a sua intercomunicação com a
sociedade.
Quando e como surgiu a pesquisa jurídica no Brasil?

Fonte: FERREIRA, 2015.


ANO
REFERENCIAL
ALCANCE

1960 / 1970

Parecer/CFE no 977/1965

A pesquisa jurídica pleiteou uma autonomia científico-metodológica absolutamente insustentável, e


somente explicada pela expressão política e social inerente à própria história do ensino jurídico no País.

1970/ 1990
Ciência Jurídica
Operar metodologias e técnicas de pesquisas absolutamente diferentes daquelas desenvolvidas no campo
mais amplo das Ciências Sociais.

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4.A Constituição Brasileira de 1988


Significativos espaços foram abertos com a promulgação da CF/88, para repensarmos as normas e as
instituições e, principalmente, as conexões entre as instituições políticas e jurídicas tradicionais e
autoritárias e os modelos democráticos de decisão, o que, necessariamente, permitirá rediscutir os
parâmetros jurídicos e sociológicos que presidiram a própria formulação constitucional.

A pesquisa jurídica nas faculdades de Direito deveria ser a instância crítica da produção cotidiana dos
tribunais, a fórmula possível de se identificarem os mecanismos de transformação da ordem dentro da
própria ordem jurídica, significativamente ampliados com os novos instrumentos processuais introduzidos
pela Constituição brasileira de 1988.
Discussão
Pouco a pouco a legislação educacional registrou o esforço por transformar o modelo de transmissão de
conhecimento em um modelo de produção e transmissão do saber científico, aliando pesquisa e ensino,
como decorrência das pressões por democratização do acesso às universidades. ?
Santos e Puga ? ressaltam que para a área do Direito, o desafio está em tornar compreensível e até
mesmo natural, questões afetas à pesquisa e extensão jurídicas, em um curso apegado ao tradicionalismo
e, por vezes voltado apenas para uma compreensão de que o direito restringir-se-ia às leis e ao
ordenamento jurídico.
Engelman ? ressalta que uma parte dos critérios de reconhecimento da comunidade dos ?juristas?,
?pesquisadores de direito?, ?cientistas do direito?, ?jus-acadêmicos? etc., vem de valores socialmente
vigentes, e que filtram, de maneira desigual e injusta aliás, quem pode ou não pode ostentar essa honraria
.
O desenvolvimento da pesquisa jurídica no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹
Considerações Finais
Da esteira posta em desfile, observou-se que a pesquisa jurídica, como mecanismo de percepção da
realidade em que o estudante está imerso e forma de assimilação do conteúdo desenvolvido durante o
pilar do ensino, passou a ganhar formas e contornos de importância apenas com a sua positivação na
Constituição Federal de 1988.
Indubitavelmente, a pesquisa jurídica, de todo o exposto, é o mecanismo apto a fornecer um intercâmbio
científico de poder formativo inestimável, o qual se processa não só por congressos e reuniões científicas
de diversas naturezas, mas também por vários mecanismos como estágios, professores visitantes,
desenvolvimento de projetos interinstitucionais, participações em redes de pesquisadores em temas
correlatos, participação em grupos de pesquisa, entre outros.

Referências Bibliográficas
1.BASTOS, Aurélio Wander. O ENSINO JURÍDICO NO BRASIL. Lumen Juris. 1998. Disponível em: <
https://pdfcoffee.com/bastos-aurelio-wander-o-ensino-juridico-no-brasil-pdf-free.html>. Acesso em:
11/09/2022.
2.CFE, Brasília (44): 67-85, dez. 1965;
3. CFE, Brasília. v. 73, p. 53., (julho) 1967;
4. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica, Seminário Nacional de Pós·-Graduação e
Pesquisa Jurídica. CONPEDI/lffSC, 1993.

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5. SILVA, Maria das Grac?as. Universidade e sociedade: cena?rio da extensa?o universita?ria? In:
REUNIA?O ANUAL DA ANPED, 23., Caxambu, 2000. Anais... Caxambu: ANPEd, 2000.
6. SANTOS, Larissa Dias Puerta dos; PUGA, Bruna Azzari. A PESQUISA JURÍDICA BRASILEIRA E
SUAS PECULIARIDADES NO SÉCULO XXI: os atuais mecanismos de apuração da qualidade e os
desvirtuamentos dos seus objetivos. 2019. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/ pdf
/232939691.pdf>. Acesso em: 10/09/2022.
7. ENGELMAN, Fabiano. Globalização e poder de estado: circulação internacional de elites e hierarquias
do campo jurídico brasileiro. Dados, v. 55, pp. 487-516. 2012.
8. ADEODATO, João Maurício. BASES PARA UMA METODOLOGIA DA PESQUISA EM DIREITO. 2015.
Disponível em: http://191.252.194.60:8080/bits tream/fdv/1160/1/Ade_Bases%20para%20uma
%20metodologia%20da%20pesquisa%20do%20direito2198-1-10-20151014.pdf. Acesso em: 17/09/2022.
9. FERREIRA, Lier Pires. Reflexões sobre o ensino e a pesquisa jurídica no Brasil. 16 de setembro de
2015. Rev. Justiça & Cidadania. Disponível em: <https://www.editorajc.com.br/reflexoes-sobre-o-ensino-
e-a-pesquisa-juridica-no-brasil/>. Acesso em: 17/09/2022.
10. NOBRE, Lorena Neves; FREITAS, Rodrigo Randow. A EVOLUÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO NO
BRASIL:HISTÓRICO, POLÍTICAS EAVALIAÇÃO. Brazilian Journal of Production Engineering, São Mateus
, Vol. 3, N.º 2, p. 18-30. (2017). Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3/pdf&gt
;. Acesso em: 18/09/2022.
11. MOROSINI, M. C. (1995). Universidade e Política Nacional de Ciência e Tecnologia pós 70. Porto
Alegre: UFRGS, 1995. p. 192.
12. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica. In: Seminário Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa Jurídica. Florianópolis: CONPEDI-UFSC

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Arquivo 1: A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552 termos)
Arquivo 2: https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumS/article/download/2503/2165 (1826
termos)
Termos comuns: 12
Similaridade: 0,35%
O texto abaixo é o conteúdo do documento A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552
termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumS/article/download/2503/2165 (1826 termos)

=================================================================================
FACULDADE AUTÔNOMA DE DIREITO-FADISP

Mestrado em Função Social do Direito


Disciplina: METODOLOGIA DE PESQUISA E DO ENSINO DO DIREITO
Professor Dr.: Lauro Ishikawa
Mestranda: Circe Maria Lima Gandra Baptista
A PESQUISA JURÍDICA E A
PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL
Introdução
Pesquisar é quase que sinônimo de estudar, significando quando muito, uma forma especial de fazer
estudo. O advogado que melhor estuda para fundamentar sua argumentação no processo faz pesquisa,
sem dúvida. Indubitavelmente o trabalho de pesquisa é mais ambicioso, apresentando-se de forma
sistemática, com pretensões de racionalidade e aplicação generalizada. ?
Estudos mostram a implementação da pesquisa jurídica no Brasil, vindo a reboque de uma política de pós-
graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) implantada entre os anos 1960 e 1970, da quais o
Parecer/CFE no 977/1965 é um dos marcos referenciais mais importantes. A grande verdade é que nas
Ciências Jurídicas a pós-graduação cresceu sem estar organicamente articulada com a investigação
científica e com o ensino jurídico em nível de graduação. ?

A pós-graduação strictu sensu é uma etapa da educação formal e está diretamente ligada aos demais
níveis de ensino, uma vez que seus alunos são oriundos das etapas de ensino anteriores. Em 40 anos, a
pós-graduação brasileira passou de 699 cursos em 1976, para cerca de 6131 em 2016, um crescimento
de mais de 800%. ¹?

Este trabalho tem por objetivo principal relatar os marcos da pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil
. Para tanto, foi dividido em etapas: o capítulo 1 trata das fases vivenciadas para a formação de
professores para o ensino superior de Direito no Brasil; o capítulo 2 trata das instalações do curso de pós-
graduação no Brasil; o capítulo 3 trata das pesquisas jurídicas no Brasil; por fim, o capítulo 4 trata da
Constituição da República de 1988.
1. Fases vivenciadas para a formação de professores para o ensino superior de Direito no Brasil ¹
A que sucede à implantação dos cursos jurídicos no Brasil (1827);

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A que sucede à Reforma Francisco Campos (1931);


A subsequente à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, combinada com a Reforma
Universitária de 1968/1969.

Com a lei de 11 de agosto de 1827 houve a criação dos cursos jurídicos, a qual em seu art. 9º estabeleceu
: ?Os que frequentarem os cincos anos de qualquer dos cursos (Olinda ou Recife), com aprovação,
conseguirão o grau de bacharéis formados. [...]? As reformas sucessivas não modificaram
substancialmente esse quadro. Esta orientação prevaleceu até a República, cujas leis ou decretos sobre o
ensino jurídico não destacaram a questão docente ou do doutorado. ¹

A segunda fase, que sucede à Reforma de Francisco Campos (1931), sistematizou e definiu o doutorado
como um sistema de estudos de disciplinas predefinidas, com duração determinada e com defesa de tese
real, valor técnico ou puramente científico. Ressalte-se que esse curso de doutorado não estava
explicitamente vinculado ao acesso à carreira docente, só em 1935 tornou-se uma disposição opcional
para as faculdades, pela enorme falta de professores e de novos docentes. ¹

Próxima e terceira fase, a qual se inaugura com a publicação da Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 69 dispôs: ?Nas universidades e nos
estabelecimentos isolados de ensino superior poderão ser ministradas as seguintes modalidades de curso
: a) de graduação; b) de pós-graduação, [...]; c) de especialização e aperfeiçoamento [...]; d) de extensão e
outros [...].? ¹
A Reforma de Francisco Campos reconheceu o papel da livre-docência no ensino superior brasileiro.

O Parecer CFE nº 977 de 1965 (sobre o conceito de pós-graduação) ² e o Parecer CFE nº 269 de 1967
(sobre a livre docência) ³, do Conselheiro Newton Sucupira, tornaram-se o marco da educação de pós-
graduação no Brasil moderno.

2.Das instalações do curso de pós-graduação no Brasil


1972 ? Curso de pós-graduação da Universidade de Pernambuco e da Universidade de São Paulo. ¹
Parecer nº 600 de 30 de novembro de 1982 ? avaliou a situação geral da pós-graduação no Brasil, sendo
o último nesse gênero até os dias de hoje. ¹
Quando e como surgiu a pós-graduação no Brasil?
Sobre os escombros do velho doutorado proveniente da Reforma Francisco Campos/Gustavo Capanema
(1931/1936), que começaram a se instalar os cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Direito
. ¹²
Sobrepondo-se ao antigo modelo de doutorado vieram, também, por volta de 1972, o curso de pós-
graduação da Universidade do Pernambuco e da Universidade de São Paulo, que se implantou em 1971,
como desmembramento do antigo curso de doutorado, juntamente com o da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. ¹

Em 1975, com base nos PNDs e nos PBDCTs o I PNPG, objetivou a institucionalização, qualificação e
planejamento de Pós-Graduação, pela formação de mestres e doutores, bolsas de estudos, capacitação
de docentes e obtenção de recursos via MEC, FINEP, CNPq e CAPES.

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Fonte: MOROSINI, M. C. (1995)

ANOS 70

ANOS 80/85

PÓS 85

I Plano Nacional de Pós-graduação


(I PNPG 1975/79)

II Plano Nacional de Pós-graduação


(II PNPG 1982/85)

Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
(PADCT 1980/85)

III Plano Nacional de Pós-graduação


(III PNPG 1986/89)

Plano de Capacitação
Tecnológica
(PCT 1990)

Criação das Fundações de Amparo à


Pesquisa Estaduais
(FAP´s 1990)
3.As pesquisas jurídicas no Brasil
O desenvolvimento das pesquisas jurídicas no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida

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política. ¹
O Relatório CNPq/1978 ? a teoria jurídica precisa acompanhar o desenvolvimento socioeconômico. ¹
Vieira ? ? "a pesquisa jurídica foi, de uma certa forma, compreendida como se pudéssemos realizar
investigação científica com metodologias e técnicas de pesquisa diferente das adotadas tradicionalmente
na área de ciências sociais."
A pesquisa jurídica nas sociedades politicamente autoritárias não consegue classificar-se como pesquisa
jurídica, mas arremedo de investigação: o seu pleno desenvolvimento só é possível com o funcionamento
democrático estável, abertas as possibilidades de verificação aleatória do conhecimento e seus resultados

Pesquisar juridicamente significa identificar nos fenômenos sociais emergentes as vertentes suscetíveis de
proteção legal e as formas e vias de se instrumentalizar a sua aplicação no contexto geral da ordem
jurídica, bem como significa identificar na ordem jurídica consolidada e nos seus instrumentos de
viabilização as fraturas, vazamentos e calcificações que impedem a sua intercomunicação com a
sociedade.
Quando e como surgiu a pesquisa jurídica no Brasil?

Fonte: FERREIRA, 2015.


ANO
REFERENCIAL
ALCANCE

1960 / 1970

Parecer/CFE no 977/1965

A pesquisa jurídica pleiteou uma autonomia científico-metodológica absolutamente insustentável, e


somente explicada pela expressão política e social inerente à própria história do ensino jurídico no País.

1970/ 1990
Ciência Jurídica
Operar metodologias e técnicas de pesquisas absolutamente diferentes daquelas desenvolvidas no campo
mais amplo das Ciências Sociais.
4.A Constituição Brasileira de 1988
Significativos espaços foram abertos com a promulgação da CF/88, para repensarmos as normas e as
instituições e, principalmente, as conexões entre as instituições políticas e jurídicas tradicionais e
autoritárias e os modelos democráticos de decisão, o que, necessariamente, permitirá rediscutir os

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parâmetros jurídicos e sociológicos que presidiram a própria formulação constitucional.

A pesquisa jurídica nas faculdades de Direito deveria ser a instância crítica da produção cotidiana dos
tribunais, a fórmula possível de se identificarem os mecanismos de transformação da ordem dentro da
própria ordem jurídica, significativamente ampliados com os novos instrumentos processuais introduzidos
pela Constituição brasileira de 1988.
Discussão
Pouco a pouco a legislação educacional registrou o esforço por transformar o modelo de transmissão de
conhecimento em um modelo de produção e transmissão do saber científico, aliando pesquisa e ensino,
como decorrência das pressões por democratização do acesso às universidades. ?
Santos e Puga ? ressaltam que para a área do Direito, o desafio está em tornar compreensível e até
mesmo natural, questões afetas à pesquisa e extensão jurídicas, em um curso apegado ao tradicionalismo
e, por vezes voltado apenas para uma compreensão de que o direito restringir-se-ia às leis e ao
ordenamento jurídico.
Engelman ? ressalta que uma parte dos critérios de reconhecimento da comunidade dos ?juristas?,
?pesquisadores de direito?, ?cientistas do direito?, ?jus-acadêmicos? etc., vem de valores socialmente
vigentes, e que filtram, de maneira desigual e injusta aliás, quem pode ou não pode ostentar essa honraria
.
O desenvolvimento da pesquisa jurídica no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹
Considerações Finais
Da esteira posta em desfile, observou-se que a pesquisa jurídica, como mecanismo de percepção da
realidade em que o estudante está imerso e forma de assimilação do conteúdo desenvolvido durante o
pilar do ensino, passou a ganhar formas e contornos de importância apenas com a sua positivação na
Constituição Federal de 1988.
Indubitavelmente, a pesquisa jurídica, de todo o exposto, é o mecanismo apto a fornecer um intercâmbio
científico de poder formativo inestimável, o qual se processa não só por congressos e reuniões científicas
de diversas naturezas, mas também por vários mecanismos como estágios, professores visitantes,
desenvolvimento de projetos interinstitucionais, participações em redes de pesquisadores em temas
correlatos, participação em grupos de pesquisa, entre outros.

Referências Bibliográficas
1.BASTOS, Aurélio Wander. O ENSINO JURÍDICO NO BRASIL. Lumen Juris. 1998. Disponível em: <
https://pdfcoffee.com/bastos-aurelio-wander-o-ensino-juridico-no-brasil-pdf-free.html>. Acesso em:
11/09/2022.
2.CFE, Brasília (44): 67-85, dez. 1965;
3. CFE, Brasília. v. 73, p. 53., (julho) 1967;
4. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica, Seminário Nacional de Pós·-Graduação e
Pesquisa Jurídica. CONPEDI/lffSC, 1993.
5. SILVA, Maria das Grac?as. Universidade e sociedade: cena?rio da extensa?o universita?ria? In:
REUNIA?O ANUAL DA ANPED, 23., Caxambu, 2000. Anais... Caxambu: ANPEd, 2000.
6. SANTOS, Larissa Dias Puerta dos; PUGA, Bruna Azzari. A PESQUISA JURÍDICA BRASILEIRA E
SUAS PECULIARIDADES NO SÉCULO XXI: os atuais mecanismos de apuração da qualidade e os

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desvirtuamentos dos seus objetivos. 2019. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/ pdf


/232939691.pdf>. Acesso em: 10/09/2022.
7. ENGELMAN, Fabiano. Globalização e poder de estado: circulação internacional de elites e hierarquias
do campo jurídico brasileiro. Dados, v. 55, pp. 487-516. 2012.
8. ADEODATO, João Maurício. BASES PARA UMA METODOLOGIA DA PESQUISA EM DIREITO. 2015.
Disponível em: http://191.252.194.60:8080/bits tream/fdv/1160/1/Ade_Bases%20para%20uma
%20metodologia%20da%20pesquisa%20do%20direito2198-1-10-20151014.pdf. Acesso em: 17/09/2022.
9. FERREIRA, Lier Pires. Reflexões sobre o ensino e a pesquisa jurídica no Brasil. 16 de setembro de
2015. Rev. Justiça & Cidadania. Disponível em: <https://www.editorajc.com.br/reflexoes-sobre-o-ensino-
e-a-pesquisa-juridica-no-brasil/>. Acesso em: 17/09/2022.
10. NOBRE, Lorena Neves; FREITAS, Rodrigo Randow. A EVOLUÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO NO
BRASIL:HISTÓRICO, POLÍTICAS EAVALIAÇÃO. Brazilian Journal of Production Engineering, São Mateus
, Vol. 3, N.º 2, p. 18-30. (2017). Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3/pdf&gt
;. Acesso em: 18/09/2022.
11. MOROSINI, M. C. (1995). Universidade e Política Nacional de Ciência e Tecnologia pós 70. Porto
Alegre: UFRGS, 1995. p. 192.
12. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica. In: Seminário Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa Jurídica. Florianópolis: CONPEDI-UFSC

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Arquivo 1: A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552 termos)
Arquivo 2: https://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/anaisevinci/article/view/5652 (594 termos)
Termos comuns: 7
Similaridade: 0,32%
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termos)
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=================================================================================
FACULDADE AUTÔNOMA DE DIREITO-FADISP

Mestrado em Função Social do Direito


Disciplina: METODOLOGIA DE PESQUISA E DO ENSINO DO DIREITO
Professor Dr.: Lauro Ishikawa
Mestranda: Circe Maria Lima Gandra Baptista
A PESQUISA JURÍDICA E A
PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL
Introdução
Pesquisar é quase que sinônimo de estudar, significando quando muito, uma forma especial de fazer
estudo. O advogado que melhor estuda para fundamentar sua argumentação no processo faz pesquisa,
sem dúvida. Indubitavelmente o trabalho de pesquisa é mais ambicioso, apresentando-se de forma
sistemática, com pretensões de racionalidade e aplicação generalizada. ?
Estudos mostram a implementação da pesquisa jurídica no Brasil, vindo a reboque de uma política de pós-
graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) implantada entre os anos 1960 e 1970, da quais o
Parecer/CFE no 977/1965 é um dos marcos referenciais mais importantes. A grande verdade é que nas
Ciências Jurídicas a pós-graduação cresceu sem estar organicamente articulada com a investigação
científica e com o ensino jurídico em nível de graduação. ?

A pós-graduação strictu sensu é uma etapa da educação formal e está diretamente ligada aos demais
níveis de ensino, uma vez que seus alunos são oriundos das etapas de ensino anteriores. Em 40 anos, a
pós-graduação brasileira passou de 699 cursos em 1976, para cerca de 6131 em 2016, um crescimento
de mais de 800%. ¹?

Este trabalho tem por objetivo principal relatar os marcos da pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil
. Para tanto, foi dividido em etapas: o capítulo 1 trata das fases vivenciadas para a formação de
professores para o ensino superior de Direito no Brasil; o capítulo 2 trata das instalações do curso de pós-
graduação no Brasil; o capítulo 3 trata das pesquisas jurídicas no Brasil; por fim, o capítulo 4 trata da
Constituição da República de 1988.
1. Fases vivenciadas para a formação de professores para o ensino superior de Direito no Brasil ¹
A que sucede à implantação dos cursos jurídicos no Brasil (1827);
A que sucede à Reforma Francisco Campos (1931);

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A subsequente à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, combinada com a Reforma
Universitária de 1968/1969.

Com a lei de 11 de agosto de 1827 houve a criação dos cursos jurídicos, a qual em seu art. 9º estabeleceu
: ?Os que frequentarem os cincos anos de qualquer dos cursos (Olinda ou Recife), com aprovação,
conseguirão o grau de bacharéis formados. [...]? As reformas sucessivas não modificaram
substancialmente esse quadro. Esta orientação prevaleceu até a República, cujas leis ou decretos sobre o
ensino jurídico não destacaram a questão docente ou do doutorado. ¹

A segunda fase, que sucede à Reforma de Francisco Campos (1931), sistematizou e definiu o doutorado
como um sistema de estudos de disciplinas predefinidas, com duração determinada e com defesa de tese
real, valor técnico ou puramente científico. Ressalte-se que esse curso de doutorado não estava
explicitamente vinculado ao acesso à carreira docente, só em 1935 tornou-se uma disposição opcional
para as faculdades, pela enorme falta de professores e de novos docentes. ¹

Próxima e terceira fase, a qual se inaugura com a publicação da Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 69 dispôs: ?Nas universidades e nos
estabelecimentos isolados de ensino superior poderão ser ministradas as seguintes modalidades de curso
: a) de graduação; b) de pós-graduação, [...]; c) de especialização e aperfeiçoamento [...]; d) de extensão e
outros [...].? ¹
A Reforma de Francisco Campos reconheceu o papel da livre-docência no ensino superior brasileiro.

O Parecer CFE nº 977 de 1965 (sobre o conceito de pós-graduação) ² e o Parecer CFE nº 269 de 1967
(sobre a livre docência) ³, do Conselheiro Newton Sucupira, tornaram-se o marco da educação de pós-
graduação no Brasil moderno.

2.Das instalações do curso de pós-graduação no Brasil


1972 ? Curso de pós-graduação da Universidade de Pernambuco e da Universidade de São Paulo. ¹
Parecer nº 600 de 30 de novembro de 1982 ? avaliou a situação geral da pós-graduação no Brasil, sendo
o último nesse gênero até os dias de hoje. ¹
Quando e como surgiu a pós-graduação no Brasil?
Sobre os escombros do velho doutorado proveniente da Reforma Francisco Campos/Gustavo Capanema
(1931/1936), que começaram a se instalar os cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Direito
. ¹²
Sobrepondo-se ao antigo modelo de doutorado vieram, também, por volta de 1972, o curso de pós-
graduação da Universidade do Pernambuco e da Universidade de São Paulo, que se implantou em 1971,
como desmembramento do antigo curso de doutorado, juntamente com o da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. ¹

Em 1975, com base nos PNDs e nos PBDCTs o I PNPG, objetivou a institucionalização, qualificação e
planejamento de Pós-Graduação, pela formação de mestres e doutores, bolsas de estudos, capacitação
de docentes e obtenção de recursos via MEC, FINEP, CNPq e CAPES.

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Fonte: MOROSINI, M. C. (1995)

ANOS 70

ANOS 80/85

PÓS 85

I Plano Nacional de Pós-graduação


(I PNPG 1975/79)

II Plano Nacional de Pós-graduação


(II PNPG 1982/85)

Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
(PADCT 1980/85)

III Plano Nacional de Pós-graduação


(III PNPG 1986/89)

Plano de Capacitação
Tecnológica
(PCT 1990)

Criação das Fundações de Amparo à


Pesquisa Estaduais
(FAP´s 1990)
3.As pesquisas jurídicas no Brasil
O desenvolvimento das pesquisas jurídicas no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹

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O Relatório CNPq/1978 ? a teoria jurídica precisa acompanhar o desenvolvimento socioeconômico. ¹


Vieira ? ? "a pesquisa jurídica foi, de uma certa forma, compreendida como se pudéssemos realizar
investigação científica com metodologias e técnicas de pesquisa diferente das adotadas tradicionalmente
na área de ciências sociais."
A pesquisa jurídica nas sociedades politicamente autoritárias não consegue classificar-se como pesquisa
jurídica, mas arremedo de investigação: o seu pleno desenvolvimento só é possível com o funcionamento
democrático estável, abertas as possibilidades de verificação aleatória do conhecimento e seus resultados

Pesquisar juridicamente significa identificar nos fenômenos sociais emergentes as vertentes suscetíveis de
proteção legal e as formas e vias de se instrumentalizar a sua aplicação no contexto geral da ordem
jurídica, bem como significa identificar na ordem jurídica consolidada e nos seus instrumentos de
viabilização as fraturas, vazamentos e calcificações que impedem a sua intercomunicação com a
sociedade.
Quando e como surgiu a pesquisa jurídica no Brasil?

Fonte: FERREIRA, 2015.


ANO
REFERENCIAL
ALCANCE

1960 / 1970

Parecer/CFE no 977/1965

A pesquisa jurídica pleiteou uma autonomia científico-metodológica absolutamente insustentável, e


somente explicada pela expressão política e social inerente à própria história do ensino jurídico no País.

1970/ 1990
Ciência Jurídica
Operar metodologias e técnicas de pesquisas absolutamente diferentes daquelas desenvolvidas no campo
mais amplo das Ciências Sociais.
4.A Constituição Brasileira de 1988
Significativos espaços foram abertos com a promulgação da CF/88, para repensarmos as normas e as
instituições e, principalmente, as conexões entre as instituições políticas e jurídicas tradicionais e
autoritárias e os modelos democráticos de decisão, o que, necessariamente, permitirá rediscutir os
parâmetros jurídicos e sociológicos que presidiram a própria formulação constitucional.

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A pesquisa jurídica nas faculdades de Direito deveria ser a instância crítica da produção cotidiana dos
tribunais, a fórmula possível de se identificarem os mecanismos de transformação da ordem dentro da
própria ordem jurídica, significativamente ampliados com os novos instrumentos processuais introduzidos
pela Constituição brasileira de 1988.
Discussão
Pouco a pouco a legislação educacional registrou o esforço por transformar o modelo de transmissão de
conhecimento em um modelo de produção e transmissão do saber científico, aliando pesquisa e ensino,
como decorrência das pressões por democratização do acesso às universidades. ?
Santos e Puga ? ressaltam que para a área do Direito, o desafio está em tornar compreensível e até
mesmo natural, questões afetas à pesquisa e extensão jurídicas, em um curso apegado ao tradicionalismo
e, por vezes voltado apenas para uma compreensão de que o direito restringir-se-ia às leis e ao
ordenamento jurídico.
Engelman ? ressalta que uma parte dos critérios de reconhecimento da comunidade dos ?juristas?,
?pesquisadores de direito?, ?cientistas do direito?, ?jus-acadêmicos? etc., vem de valores socialmente
vigentes, e que filtram, de maneira desigual e injusta aliás, quem pode ou não pode ostentar essa honraria
.
O desenvolvimento da pesquisa jurídica no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹
Considerações Finais
Da esteira posta em desfile, observou-se que a pesquisa jurídica, como mecanismo de percepção da
realidade em que o estudante está imerso e forma de assimilação do conteúdo desenvolvido durante o
pilar do ensino, passou a ganhar formas e contornos de importância apenas com a sua positivação na
Constituição Federal de 1988.
Indubitavelmente, a pesquisa jurídica, de todo o exposto, é o mecanismo apto a fornecer um intercâmbio
científico de poder formativo inestimável, o qual se processa não só por congressos e reuniões científicas
de diversas naturezas, mas também por vários mecanismos como estágios, professores visitantes,
desenvolvimento de projetos interinstitucionais, participações em redes de pesquisadores em temas
correlatos, participação em grupos de pesquisa, entre outros.

Referências Bibliográficas
1.BASTOS, Aurélio Wander. O ENSINO JURÍDICO NO BRASIL. Lumen Juris. 1998. Disponível em: <
https://pdfcoffee.com/bastos-aurelio-wander-o-ensino-juridico-no-brasil-pdf-free.html>. Acesso em:
11/09/2022.
2.CFE, Brasília (44): 67-85, dez. 1965;
3. CFE, Brasília. v. 73, p. 53., (julho) 1967;
4. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica, Seminário Nacional de Pós·-Graduação e
Pesquisa Jurídica. CONPEDI/lffSC, 1993.
5. SILVA, Maria das Grac?as. Universidade e sociedade: cena?rio da extensa?o universita?ria? In:
REUNIA?O ANUAL DA ANPED, 23., Caxambu, 2000. Anais... Caxambu: ANPEd, 2000.
6. SANTOS, Larissa Dias Puerta dos; PUGA, Bruna Azzari. A PESQUISA JURÍDICA BRASILEIRA E
SUAS PECULIARIDADES NO SÉCULO XXI: os atuais mecanismos de apuração da qualidade e os
desvirtuamentos dos seus objetivos. 2019. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/ pdf

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/232939691.pdf>. Acesso em: 10/09/2022.


7. ENGELMAN, Fabiano. Globalização e poder de estado: circulação internacional de elites e hierarquias
do campo jurídico brasileiro. Dados, v. 55, pp. 487-516. 2012.
8. ADEODATO, João Maurício. BASES PARA UMA METODOLOGIA DA PESQUISA EM DIREITO. 2015.
Disponível em: http://191.252.194.60:8080/bits tream/fdv/1160/1/Ade_Bases%20para%20uma
%20metodologia%20da%20pesquisa%20do%20direito2198-1-10-20151014.pdf. Acesso em: 17/09/2022.
9. FERREIRA, Lier Pires. Reflexões sobre o ensino e a pesquisa jurídica no Brasil. 16 de setembro de
2015. Rev. Justiça & Cidadania. Disponível em: <https://www.editorajc.com.br/reflexoes-sobre-o-ensino-
e-a-pesquisa-juridica-no-brasil/>. Acesso em: 17/09/2022.
10. NOBRE, Lorena Neves; FREITAS, Rodrigo Randow. A EVOLUÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO NO
BRASIL:HISTÓRICO, POLÍTICAS EAVALIAÇÃO. Brazilian Journal of Production Engineering, São Mateus
, Vol. 3, N.º 2, p. 18-30. (2017). Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3/pdf&gt
;. Acesso em: 18/09/2022.
11. MOROSINI, M. C. (1995). Universidade e Política Nacional de Ciência e Tecnologia pós 70. Porto
Alegre: UFRGS, 1995. p. 192.
12. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica. In: Seminário Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa Jurídica. Florianópolis: CONPEDI-UFSC

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Arquivo 1: A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552 termos)
Arquivo 2: https://1library.org/article/rela%C3%A7%C3%B5es-jur%C3%ADdicas-sucessivas-
rela%C3%A7%C3%B5es-jur%C3%ADdicas-de-trato-continuado.q02ml3vy (1097 termos)
Termos comuns: 5
Similaridade: 0,18%
O texto abaixo é o conteúdo do documento A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552
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rela%C3%A7%C3%B5es-jur%C3%ADdicas-de-trato-continuado.q02ml3vy (1097 termos)

=================================================================================
FACULDADE AUTÔNOMA DE DIREITO-FADISP

Mestrado em Função Social do Direito


Disciplina: METODOLOGIA DE PESQUISA E DO ENSINO DO DIREITO
Professor Dr.: Lauro Ishikawa
Mestranda: Circe Maria Lima Gandra Baptista
A PESQUISA JURÍDICA E A
PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL
Introdução
Pesquisar é quase que sinônimo de estudar, significando quando muito, uma forma especial de fazer
estudo. O advogado que melhor estuda para fundamentar sua argumentação no processo faz pesquisa,
sem dúvida. Indubitavelmente o trabalho de pesquisa é mais ambicioso, apresentando-se de forma
sistemática, com pretensões de racionalidade e aplicação generalizada. ?
Estudos mostram a implementação da pesquisa jurídica no Brasil, vindo a reboque de uma política de pós-
graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) implantada entre os anos 1960 e 1970, da quais o
Parecer/CFE no 977/1965 é um dos marcos referenciais mais importantes. A grande verdade é que nas
Ciências Jurídicas a pós-graduação cresceu sem estar organicamente articulada com a investigação
científica e com o ensino jurídico em nível de graduação. ?

A pós-graduação strictu sensu é uma etapa da educação formal e está diretamente ligada aos demais
níveis de ensino, uma vez que seus alunos são oriundos das etapas de ensino anteriores. Em 40 anos, a
pós-graduação brasileira passou de 699 cursos em 1976, para cerca de 6131 em 2016, um crescimento
de mais de 800%. ¹?

Este trabalho tem por objetivo principal relatar os marcos da pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil
. Para tanto, foi dividido em etapas: o capítulo 1 trata das fases vivenciadas para a formação de
professores para o ensino superior de Direito no Brasil; o capítulo 2 trata das instalações do curso de pós-
graduação no Brasil; o capítulo 3 trata das pesquisas jurídicas no Brasil; por fim, o capítulo 4 trata da
Constituição da República de 1988.
1. Fases vivenciadas para a formação de professores para o ensino superior de Direito no Brasil ¹

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A que sucede à implantação dos cursos jurídicos no Brasil (1827);


A que sucede à Reforma Francisco Campos (1931);
A subsequente à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, combinada com a Reforma
Universitária de 1968/1969.

Com a lei de 11 de agosto de 1827 houve a criação dos cursos jurídicos, a qual em seu art. 9º estabeleceu
: ?Os que frequentarem os cincos anos de qualquer dos cursos (Olinda ou Recife), com aprovação,
conseguirão o grau de bacharéis formados. [...]? As reformas sucessivas não modificaram
substancialmente esse quadro. Esta orientação prevaleceu até a República, cujas leis ou decretos sobre o
ensino jurídico não destacaram a questão docente ou do doutorado. ¹

A segunda fase, que sucede à Reforma de Francisco Campos (1931), sistematizou e definiu o doutorado
como um sistema de estudos de disciplinas predefinidas, com duração determinada e com defesa de tese
real, valor técnico ou puramente científico. Ressalte-se que esse curso de doutorado não estava
explicitamente vinculado ao acesso à carreira docente, só em 1935 tornou-se uma disposição opcional
para as faculdades, pela enorme falta de professores e de novos docentes. ¹

Próxima e terceira fase, a qual se inaugura com a publicação da Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 69 dispôs: ?Nas universidades e nos
estabelecimentos isolados de ensino superior poderão ser ministradas as seguintes modalidades de curso
: a) de graduação; b) de pós-graduação, [...]; c) de especialização e aperfeiçoamento [...]; d) de extensão e
outros [...].? ¹
A Reforma de Francisco Campos reconheceu o papel da livre-docência no ensino superior brasileiro.

O Parecer CFE nº 977 de 1965 (sobre o conceito de pós-graduação) ² e o Parecer CFE nº 269 de 1967
(sobre a livre docência) ³, do Conselheiro Newton Sucupira, tornaram-se o marco da educação de pós-
graduação no Brasil moderno.

2.Das instalações do curso de pós-graduação no Brasil


1972 ? Curso de pós-graduação da Universidade de Pernambuco e da Universidade de São Paulo. ¹
Parecer nº 600 de 30 de novembro de 1982 ? avaliou a situação geral da pós-graduação no Brasil, sendo
o último nesse gênero até os dias de hoje. ¹
Quando e como surgiu a pós-graduação no Brasil?
Sobre os escombros do velho doutorado proveniente da Reforma Francisco Campos/Gustavo Capanema
(1931/1936), que começaram a se instalar os cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Direito
. ¹²
Sobrepondo-se ao antigo modelo de doutorado vieram, também, por volta de 1972, o curso de pós-
graduação da Universidade do Pernambuco e da Universidade de São Paulo, que se implantou em 1971,
como desmembramento do antigo curso de doutorado, juntamente com o da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. ¹

Em 1975, com base nos PNDs e nos PBDCTs o I PNPG, objetivou a institucionalização, qualificação e
planejamento de Pós-Graduação, pela formação de mestres e doutores, bolsas de estudos, capacitação
de docentes e obtenção de recursos via MEC, FINEP, CNPq e CAPES.

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Fonte: MOROSINI, M. C. (1995)

ANOS 70

ANOS 80/85

PÓS 85

I Plano Nacional de Pós-graduação


(I PNPG 1975/79)

II Plano Nacional de Pós-graduação


(II PNPG 1982/85)

Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
(PADCT 1980/85)

III Plano Nacional de Pós-graduação


(III PNPG 1986/89)

Plano de Capacitação
Tecnológica
(PCT 1990)

Criação das Fundações de Amparo à


Pesquisa Estaduais
(FAP´s 1990)
3.As pesquisas jurídicas no Brasil
O desenvolvimento das pesquisas jurídicas no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão

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indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida


política. ¹
O Relatório CNPq/1978 ? a teoria jurídica precisa acompanhar o desenvolvimento socioeconômico. ¹
Vieira ? ? "a pesquisa jurídica foi, de uma certa forma, compreendida como se pudéssemos realizar
investigação científica com metodologias e técnicas de pesquisa diferente das adotadas tradicionalmente
na área de ciências sociais."
A pesquisa jurídica nas sociedades politicamente autoritárias não consegue classificar-se como pesquisa
jurídica, mas arremedo de investigação: o seu pleno desenvolvimento só é possível com o funcionamento
democrático estável, abertas as possibilidades de verificação aleatória do conhecimento e seus resultados

Pesquisar juridicamente significa identificar nos fenômenos sociais emergentes as vertentes suscetíveis de
proteção legal e as formas e vias de se instrumentalizar a sua aplicação no contexto geral da ordem
jurídica, bem como significa identificar na ordem jurídica consolidada e nos seus instrumentos de
viabilização as fraturas, vazamentos e calcificações que impedem a sua intercomunicação com a
sociedade.
Quando e como surgiu a pesquisa jurídica no Brasil?

Fonte: FERREIRA, 2015.


ANO
REFERENCIAL
ALCANCE

1960 / 1970

Parecer/CFE no 977/1965

A pesquisa jurídica pleiteou uma autonomia científico-metodológica absolutamente insustentável, e


somente explicada pela expressão política e social inerente à própria história do ensino jurídico no País.

1970/ 1990
Ciência Jurídica
Operar metodologias e técnicas de pesquisas absolutamente diferentes daquelas desenvolvidas no campo
mais amplo das Ciências Sociais.
4.A Constituição Brasileira de 1988
Significativos espaços foram abertos com a promulgação da CF/88, para repensarmos as normas e as
instituições e, principalmente, as conexões entre as instituições políticas e jurídicas tradicionais e

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autoritárias e os modelos democráticos de decisão, o que, necessariamente, permitirá rediscutir os


parâmetros jurídicos e sociológicos que presidiram a própria formulação constitucional.

A pesquisa jurídica nas faculdades de Direito deveria ser a instância crítica da produção cotidiana dos
tribunais, a fórmula possível de se identificarem os mecanismos de transformação da ordem dentro da
própria ordem jurídica, significativamente ampliados com os novos instrumentos processuais introduzidos
pela Constituição brasileira de 1988.
Discussão
Pouco a pouco a legislação educacional registrou o esforço por transformar o modelo de transmissão de
conhecimento em um modelo de produção e transmissão do saber científico, aliando pesquisa e ensino,
como decorrência das pressões por democratização do acesso às universidades. ?
Santos e Puga ? ressaltam que para a área do Direito, o desafio está em tornar compreensível e até
mesmo natural, questões afetas à pesquisa e extensão jurídicas, em um curso apegado ao tradicionalismo
e, por vezes voltado apenas para uma compreensão de que o direito restringir-se-ia às leis e ao
ordenamento jurídico.
Engelman ? ressalta que uma parte dos critérios de reconhecimento da comunidade dos ?juristas?,
?pesquisadores de direito?, ?cientistas do direito?, ?jus-acadêmicos? etc., vem de valores socialmente
vigentes, e que filtram, de maneira desigual e injusta aliás, quem pode ou não pode ostentar essa honraria
.
O desenvolvimento da pesquisa jurídica no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹
Considerações Finais
Da esteira posta em desfile, observou-se que a pesquisa jurídica, como mecanismo de percepção da
realidade em que o estudante está imerso e forma de assimilação do conteúdo desenvolvido durante o
pilar do ensino, passou a ganhar formas e contornos de importância apenas com a sua positivação na
Constituição Federal de 1988.
Indubitavelmente, a pesquisa jurídica, de todo o exposto, é o mecanismo apto a fornecer um intercâmbio
científico de poder formativo inestimável, o qual se processa não só por congressos e reuniões científicas
de diversas naturezas, mas também por vários mecanismos como estágios, professores visitantes,
desenvolvimento de projetos interinstitucionais, participações em redes de pesquisadores em temas
correlatos, participação em grupos de pesquisa, entre outros.

Referências Bibliográficas
1.BASTOS, Aurélio Wander. O ENSINO JURÍDICO NO BRASIL. Lumen Juris. 1998. Disponível em: <
https://pdfcoffee.com/bastos-aurelio-wander-o-ensino-juridico-no-brasil-pdf-free.html>. Acesso em:
11/09/2022.
2.CFE, Brasília (44): 67-85, dez. 1965;
3. CFE, Brasília. v. 73, p. 53., (julho) 1967;
4. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica, Seminário Nacional de Pós·-Graduação e
Pesquisa Jurídica. CONPEDI/lffSC, 1993.
5. SILVA, Maria das Grac?as. Universidade e sociedade: cena?rio da extensa?o universita?ria? In:
REUNIA?O ANUAL DA ANPED, 23., Caxambu, 2000. Anais... Caxambu: ANPEd, 2000.
6. SANTOS, Larissa Dias Puerta dos; PUGA, Bruna Azzari. A PESQUISA JURÍDICA BRASILEIRA E

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SUAS PECULIARIDADES NO SÉCULO XXI: os atuais mecanismos de apuração da qualidade e os


desvirtuamentos dos seus objetivos. 2019. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/ pdf
/232939691.pdf>. Acesso em: 10/09/2022.
7. ENGELMAN, Fabiano. Globalização e poder de estado: circulação internacional de elites e hierarquias
do campo jurídico brasileiro. Dados, v. 55, pp. 487-516. 2012.
8. ADEODATO, João Maurício. BASES PARA UMA METODOLOGIA DA PESQUISA EM DIREITO. 2015.
Disponível em: http://191.252.194.60:8080/bits tream/fdv/1160/1/Ade_Bases%20para%20uma
%20metodologia%20da%20pesquisa%20do%20direito2198-1-10-20151014.pdf. Acesso em: 17/09/2022.
9. FERREIRA, Lier Pires. Reflexões sobre o ensino e a pesquisa jurídica no Brasil. 16 de setembro de
2015. Rev. Justiça & Cidadania. Disponível em: <https://www.editorajc.com.br/reflexoes-sobre-o-ensino-
e-a-pesquisa-juridica-no-brasil/>. Acesso em: 17/09/2022.
10. NOBRE, Lorena Neves; FREITAS, Rodrigo Randow. A EVOLUÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO NO
BRASIL:HISTÓRICO, POLÍTICAS EAVALIAÇÃO. Brazilian Journal of Production Engineering, São Mateus
, Vol. 3, N.º 2, p. 18-30. (2017). Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3/pdf&gt
;. Acesso em: 18/09/2022.
11. MOROSINI, M. C. (1995). Universidade e Política Nacional de Ciência e Tecnologia pós 70. Porto
Alegre: UFRGS, 1995. p. 192.
12. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica. In: Seminário Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa Jurídica. Florianópolis: CONPEDI-UFSC

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=================================================================================
Arquivo 1: A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552 termos)
Arquivo 2: https://famez.ufms.br/files/2015/09/FETOTOMIA-EM-%C3%81GUA-COM-PARTO-
DIST%C3%93CICO-1.pdf (1410 termos)
Termos comuns: 5
Similaridade: 0,16%
O texto abaixo é o conteúdo do documento A pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil.pptx (1552
termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://famez.ufms.br/files/2015/09/FETOTOMIA-EM-%C3%81GUA-COM-PARTO-DIST%C3%93CICO-
1.pdf (1410 termos)

=================================================================================
FACULDADE AUTÔNOMA DE DIREITO-FADISP

Mestrado em Função Social do Direito


Disciplina: METODOLOGIA DE PESQUISA E DO ENSINO DO DIREITO
Professor Dr.: Lauro Ishikawa
Mestranda: Circe Maria Lima Gandra Baptista
A PESQUISA JURÍDICA E A
PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL
Introdução
Pesquisar é quase que sinônimo de estudar, significando quando muito, uma forma especial de fazer
estudo. O advogado que melhor estuda para fundamentar sua argumentação no processo faz pesquisa,
sem dúvida. Indubitavelmente o trabalho de pesquisa é mais ambicioso, apresentando-se de forma
sistemática, com pretensões de racionalidade e aplicação generalizada. ?
Estudos mostram a implementação da pesquisa jurídica no Brasil, vindo a reboque de uma política de pós-
graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) implantada entre os anos 1960 e 1970, da quais o
Parecer/CFE no 977/1965 é um dos marcos referenciais mais importantes. A grande verdade é que nas
Ciências Jurídicas a pós-graduação cresceu sem estar organicamente articulada com a investigação
científica e com o ensino jurídico em nível de graduação. ?

A pós-graduação strictu sensu é uma etapa da educação formal e está diretamente ligada aos demais
níveis de ensino, uma vez que seus alunos são oriundos das etapas de ensino anteriores. Em 40 anos, a
pós-graduação brasileira passou de 699 cursos em 1976, para cerca de 6131 em 2016, um crescimento
de mais de 800%. ¹?

Este trabalho tem por objetivo principal relatar os marcos da pesquisa jurídica e a pós-graduação no Brasil
. Para tanto, foi dividido em etapas: o capítulo 1 trata das fases vivenciadas para a formação de
professores para o ensino superior de Direito no Brasil; o capítulo 2 trata das instalações do curso de pós-
graduação no Brasil; o capítulo 3 trata das pesquisas jurídicas no Brasil; por fim, o capítulo 4 trata da
Constituição da República de 1988.
1. Fases vivenciadas para a formação de professores para o ensino superior de Direito no Brasil ¹

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A que sucede à implantação dos cursos jurídicos no Brasil (1827);


A que sucede à Reforma Francisco Campos (1931);
A subsequente à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, combinada com a Reforma
Universitária de 1968/1969.

Com a lei de 11 de agosto de 1827 houve a criação dos cursos jurídicos, a qual em seu art. 9º estabeleceu
: ?Os que frequentarem os cincos anos de qualquer dos cursos (Olinda ou Recife), com aprovação,
conseguirão o grau de bacharéis formados. [...]? As reformas sucessivas não modificaram
substancialmente esse quadro. Esta orientação prevaleceu até a República, cujas leis ou decretos sobre o
ensino jurídico não destacaram a questão docente ou do doutorado. ¹

A segunda fase, que sucede à Reforma de Francisco Campos (1931), sistematizou e definiu o doutorado
como um sistema de estudos de disciplinas predefinidas, com duração determinada e com defesa de tese
real, valor técnico ou puramente científico. Ressalte-se que esse curso de doutorado não estava
explicitamente vinculado ao acesso à carreira docente, só em 1935 tornou-se uma disposição opcional
para as faculdades, pela enorme falta de professores e de novos docentes. ¹

Próxima e terceira fase, a qual se inaugura com a publicação da Lei nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 69 dispôs: ?Nas universidades e nos
estabelecimentos isolados de ensino superior poderão ser ministradas as seguintes modalidades de curso
: a) de graduação; b) de pós-graduação, [...]; c) de especialização e aperfeiçoamento [...]; d) de extensão e
outros [...].? ¹
A Reforma de Francisco Campos reconheceu o papel da livre-docência no ensino superior brasileiro.

O Parecer CFE nº 977 de 1965 (sobre o conceito de pós-graduação) ² e o Parecer CFE nº 269 de 1967
(sobre a livre docência) ³, do Conselheiro Newton Sucupira, tornaram-se o marco da educação de pós-
graduação no Brasil moderno.

2.Das instalações do curso de pós-graduação no Brasil


1972 ? Curso de pós-graduação da Universidade de Pernambuco e da Universidade de São Paulo. ¹
Parecer nº 600 de 30 de novembro de 1982 ? avaliou a situação geral da pós-graduação no Brasil, sendo
o último nesse gênero até os dias de hoje. ¹
Quando e como surgiu a pós-graduação no Brasil?
Sobre os escombros do velho doutorado proveniente da Reforma Francisco Campos/Gustavo Capanema
(1931/1936), que começaram a se instalar os cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Direito
. ¹²
Sobrepondo-se ao antigo modelo de doutorado vieram, também, por volta de 1972, o curso de pós-
graduação da Universidade do Pernambuco e da Universidade de São Paulo, que se implantou em 1971,
como desmembramento do antigo curso de doutorado, juntamente com o da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. ¹

Em 1975, com base nos PNDs e nos PBDCTs o I PNPG, objetivou a institucionalização, qualificação e
planejamento de Pós-Graduação, pela formação de mestres e doutores, bolsas de estudos, capacitação
de docentes e obtenção de recursos via MEC, FINEP, CNPq e CAPES.

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Fonte: MOROSINI, M. C. (1995)

ANOS 70

ANOS 80/85

PÓS 85

I Plano Nacional de Pós-graduação


(I PNPG 1975/79)

II Plano Nacional de Pós-graduação


(II PNPG 1982/85)

Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
(PADCT 1980/85)

III Plano Nacional de Pós-graduação


(III PNPG 1986/89)

Plano de Capacitação
Tecnológica
(PCT 1990)

Criação das Fundações de Amparo à


Pesquisa Estaduais
(FAP´s 1990)
3.As pesquisas jurídicas no Brasil
O desenvolvimento das pesquisas jurídicas no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão

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indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida


política. ¹
O Relatório CNPq/1978 ? a teoria jurídica precisa acompanhar o desenvolvimento socioeconômico. ¹
Vieira ? ? "a pesquisa jurídica foi, de uma certa forma, compreendida como se pudéssemos realizar
investigação científica com metodologias e técnicas de pesquisa diferente das adotadas tradicionalmente
na área de ciências sociais."
A pesquisa jurídica nas sociedades politicamente autoritárias não consegue classificar-se como pesquisa
jurídica, mas arremedo de investigação: o seu pleno desenvolvimento só é possível com o funcionamento
democrático estável, abertas as possibilidades de verificação aleatória do conhecimento e seus resultados

Pesquisar juridicamente significa identificar nos fenômenos sociais emergentes as vertentes suscetíveis de
proteção legal e as formas e vias de se instrumentalizar a sua aplicação no contexto geral da ordem
jurídica, bem como significa identificar na ordem jurídica consolidada e nos seus instrumentos de
viabilização as fraturas, vazamentos e calcificações que impedem a sua intercomunicação com a
sociedade.
Quando e como surgiu a pesquisa jurídica no Brasil?

Fonte: FERREIRA, 2015.


ANO
REFERENCIAL
ALCANCE

1960 / 1970

Parecer/CFE no 977/1965

A pesquisa jurídica pleiteou uma autonomia científico-metodológica absolutamente insustentável, e


somente explicada pela expressão política e social inerente à própria história do ensino jurídico no País.

1970/ 1990
Ciência Jurídica
Operar metodologias e técnicas de pesquisas absolutamente diferentes daquelas desenvolvidas no campo
mais amplo das Ciências Sociais.
4.A Constituição Brasileira de 1988
Significativos espaços foram abertos com a promulgação da CF/88, para repensarmos as normas e as
instituições e, principalmente, as conexões entre as instituições políticas e jurídicas tradicionais e

Relatório gerado por CopySpider Software 2022-09-25 13:00:11


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autoritárias e os modelos democráticos de decisão, o que, necessariamente, permitirá rediscutir os


parâmetros jurídicos e sociológicos que presidiram a própria formulação constitucional.

A pesquisa jurídica nas faculdades de Direito deveria ser a instância crítica da produção cotidiana dos
tribunais, a fórmula possível de se identificarem os mecanismos de transformação da ordem dentro da
própria ordem jurídica, significativamente ampliados com os novos instrumentos processuais introduzidos
pela Constituição brasileira de 1988.
Discussão
Pouco a pouco a legislação educacional registrou o esforço por transformar o modelo de transmissão de
conhecimento em um modelo de produção e transmissão do saber científico, aliando pesquisa e ensino,
como decorrência das pressões por democratização do acesso às universidades. ?
Santos e Puga ? ressaltam que para a área do Direito, o desafio está em tornar compreensível e até
mesmo natural, questões afetas à pesquisa e extensão jurídicas, em um curso apegado ao tradicionalismo
e, por vezes voltado apenas para uma compreensão de que o direito restringir-se-ia às leis e ao
ordenamento jurídico.
Engelman ? ressalta que uma parte dos critérios de reconhecimento da comunidade dos ?juristas?,
?pesquisadores de direito?, ?cientistas do direito?, ?jus-acadêmicos? etc., vem de valores socialmente
vigentes, e que filtram, de maneira desigual e injusta aliás, quem pode ou não pode ostentar essa honraria
.
O desenvolvimento da pesquisa jurídica no Brasil, bem como os programas de pós-graduação estão
indissoluvelmente vinculados ao processo de modernização institucional e democratização da nossa vida
política. ¹
Considerações Finais
Da esteira posta em desfile, observou-se que a pesquisa jurídica, como mecanismo de percepção da
realidade em que o estudante está imerso e forma de assimilação do conteúdo desenvolvido durante o
pilar do ensino, passou a ganhar formas e contornos de importância apenas com a sua positivação na
Constituição Federal de 1988.
Indubitavelmente, a pesquisa jurídica, de todo o exposto, é o mecanismo apto a fornecer um intercâmbio
científico de poder formativo inestimável, o qual se processa não só por congressos e reuniões científicas
de diversas naturezas, mas também por vários mecanismos como estágios, professores visitantes,
desenvolvimento de projetos interinstitucionais, participações em redes de pesquisadores em temas
correlatos, participação em grupos de pesquisa, entre outros.

Referências Bibliográficas
1.BASTOS, Aurélio Wander. O ENSINO JURÍDICO NO BRASIL. Lumen Juris. 1998. Disponível em: <
https://pdfcoffee.com/bastos-aurelio-wander-o-ensino-juridico-no-brasil-pdf-free.html>. Acesso em:
11/09/2022.
2.CFE, Brasília (44): 67-85, dez. 1965;
3. CFE, Brasília. v. 73, p. 53., (julho) 1967;
4. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica, Seminário Nacional de Pós·-Graduação e
Pesquisa Jurídica. CONPEDI/lffSC, 1993.
5. SILVA, Maria das Grac?as. Universidade e sociedade: cena?rio da extensa?o universita?ria? In:
REUNIA?O ANUAL DA ANPED, 23., Caxambu, 2000. Anais... Caxambu: ANPEd, 2000.
6. SANTOS, Larissa Dias Puerta dos; PUGA, Bruna Azzari. A PESQUISA JURÍDICA BRASILEIRA E

Relatório gerado por CopySpider Software 2022-09-25 13:00:11


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SUAS PECULIARIDADES NO SÉCULO XXI: os atuais mecanismos de apuração da qualidade e os


desvirtuamentos dos seus objetivos. 2019. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/ pdf
/232939691.pdf>. Acesso em: 10/09/2022.
7. ENGELMAN, Fabiano. Globalização e poder de estado: circulação internacional de elites e hierarquias
do campo jurídico brasileiro. Dados, v. 55, pp. 487-516. 2012.
8. ADEODATO, João Maurício. BASES PARA UMA METODOLOGIA DA PESQUISA EM DIREITO. 2015.
Disponível em: http://191.252.194.60:8080/bits tream/fdv/1160/1/Ade_Bases%20para%20uma
%20metodologia%20da%20pesquisa%20do%20direito2198-1-10-20151014.pdf. Acesso em: 17/09/2022.
9. FERREIRA, Lier Pires. Reflexões sobre o ensino e a pesquisa jurídica no Brasil. 16 de setembro de
2015. Rev. Justiça & Cidadania. Disponível em: <https://www.editorajc.com.br/reflexoes-sobre-o-ensino-
e-a-pesquisa-juridica-no-brasil/>. Acesso em: 17/09/2022.
10. NOBRE, Lorena Neves; FREITAS, Rodrigo Randow. A EVOLUÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO NO
BRASIL:HISTÓRICO, POLÍTICAS EAVALIAÇÃO. Brazilian Journal of Production Engineering, São Mateus
, Vol. 3, N.º 2, p. 18-30. (2017). Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/v3n2_3/pdf&gt
;. Acesso em: 18/09/2022.
11. MOROSINI, M. C. (1995). Universidade e Política Nacional de Ciência e Tecnologia pós 70. Porto
Alegre: UFRGS, 1995. p. 192.
12. VIEIRA, José Ribas. Contribuições à Pesquisa Jurídica. In: Seminário Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa Jurídica. Florianópolis: CONPEDI-UFSC

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