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Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


Para mais detalhes sobre o CopySpider, acesse: https://copyspider.com.br

Instruções
Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo
de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

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Modo: web / normal

Arquivos Termos comuns Similaridade


TCC referencial.docx X 20 0,33
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1573521419
301769
TCC referencial.docx X 16 0,22
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https://www.mdpi.com/1996-1073/15/1/217
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https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpls.2017.01111/full
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https://link.springer.com/journal/11119/volumes-and-issues
TCC referencial.docx X 2 0,03
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TCC referencial.docx X 0 0,00
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plane-swing-
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N%26qo%3DserpIndex&ueid=ba0731fd-6a09-48a2-bcfc-
51a58355630b
TCC referencial.docx X 0 0,00
https://finance.yahoo.com/quote/FRU.HM/summary
Arquivos com problema de download
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4bc6-87d2-1e55d0eac0a7

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80/01431161.2017.1410300
https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1016/j.njas.2019.100315 Não foi possível baixar o arquivo. É
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https://www.tandfonline.com/doi/full/10.10
16/j.njas.2019.100315

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Arquivo 1: TCC referencial.docx (5406 termos)
Arquivo 2: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1573521419301769 (605 termos)
Termos comuns: 20
Similaridade: 0,33%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC referencial.docx (5406 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1573521419301769 (605 termos)

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Resumo
Com a evolução do setor agrícola, a agricultura atual, ou digital, inclui novos avanços tecnológicos com o
potencial de revolucionar a forma como os produtores gerenciam suas culturas, aumentando a eficiência, a
produtividade e a sustentabilidade no campo. A adoção e aplicação da Agricultura de Precisão permitem o
uso de inovações e transformações promissoras, como os drones, veículos aéreos não tripulados que
processam inúmeros dados e informações, com o intuito de otimizar as operações. Os drones possuem
diversas utilidades no campo, como o monitoramento de culturas, a detecção de pragas e doenças, bem
como a pulverização precisa de insumos agrícolas. Suas aplicações impulsionam a eficiência e
produtividade no setor agronômico, além de reduzir os custos operacionais, tais como os gastos com
combustíveis e mão de obra, minimizando os impactos ambientais ao diminuir o uso excessivo de
produtos químicos e a emissão de poluentes. Portanto, a implementação na agricultura enfrenta desafios,
como os altos custos iniciais e questões regulatórias. Assim, o presente estudo teve como objetivo
evidenciar, através de revisão bibliográfica, os impactos e desafios da implementação de drones na
agricultura. O resultado da interpretação dos estudos demonstrou que essas ferramentas impactam
positivamente na agricultura e enfrentam desafios, como o custo inicial e questões regulamentares.
Palavras chave: evolução, Agricultura de Precisão, veículos aéreos não tripulados.

Introdução
A agricultura é uma das atividades mais arcaica e crucial para a humanidade, desempenhando um papel

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fundamental ao longo da história, ao promover alimentos e recursos essenciais para a sobrevivência e o


progresso da sociedade. O crescimento populacional global e o aumento das demandas por produtos
agrícolas tem levado a uma complexidade dos desafios enfrentados pelos agricultores. Neste cenário, a
busca por soluções inovadoras e tecnologias avançadas, que impulsionem a produtividade e a eficiência
agrícola, tornou-se uma prioridade para o setor (CARNEIRO, 2017).
Segundo Alves (2023), a agricultura passou por transformações e adotou a modernidade, incorporando
novas tecnologias para garantir sustentabilidade e produtividade. Dessa forma, o autor afirma que
ferramentas inovadoras, como a Agricultura de Precisão (AP) e os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT
?s) ou drones, permitem um monitoramento preciso e em tempo real da produção, tornando-a mais segura
e proporcionando melhores decisões.
Nesse contexto, a implementação de drones na agricultura proporciona vantagens significativas, tais como
o monitoramento e a obtenção de imagens detalhadas e precisas, bem como a gestão de culturas. Com a
capacidade de sobrevoar áreas extensas em tempo reduzido e capturar imagens minuciosas e precisas,
esses dispositivos possibilitam aos agricultores uma visão abrangente da lavoura. Isso inclui a
identificação de problemas, como doenças, pragas, estresse hídrico e a deficiência nutricional, ao mesmo
tempo em que fornece informações essenciais para o planejamento da colheita (ALARCÃO; NUÑES,
2023).
Além do monitoramento, os drones têm se revelado eficazes na aplicação precisa e direcionada de
insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas. Essa abordagem, denominada pulverização inteligente,
visa a redução do desperdício de produtos químicos, a diminuição dos custos operacionais e a
minimização dos impactos ambientais negativos. Isso contribui para tornar a agricultura mais sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura também apresenta desafios, como o alto
investimento inicial, a necessidade de treinamento dos operadores e as questões regulatórias relacionadas
ao uso do espaço aéreo (SOUZA, 2021; INGUAGGIATO, 2020; GOLÇALVES, 2021).
Considerando a relevância e aplicação dos drones nas lavouras, o objetivo deste estudo de revisão
bibliográfica é avaliar os impactos e desafios associados a essa tecnologia quando implementada na
agricultura. Espera-se que os resultados deste estudo possam demonstrar suas aplicações, vantagens e
desvantagens na implementação de drones nas atividades agrícolas.

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Fundamentação teórica

Origem e modernização da agricultura


A agricultura teve seus primeiros indícios no período Neolítico entre 8.000 e
5.000 a.C., em que começa o domínio dos metais e, assim, surgem as primeiras ferramentas. Na
antiguidade, as máquinas primitivas eram criadas pela capacidade humana, e usadas através da força
muscular do homem e animal, que permitiam o cultivo. Na Idade Média, a agricultura movimentava a
economia que era praticamente dependente desse setor. Com isso, apareceram algumas inovações como
o surgimento de moinho, o rodízio nas áreas de produção e o arado de ferro (FELDENS, 2018).
A agricultura já foi bastante rudimentar, feita por trabalhadores braçais com máquinas pouco sofisticadas
(VIVO, 2022). E desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das civilizações, permitiu que o
homem deixasse de ser nômade e passasse a fixar-se em áreas férteis (FELDENS, 2018). Com o avanço
exorbitante da urbanização e da indústria, tornou-se necessária a modernização do setor agrário com a
finalidade de produzir alimentos e produtos (TEIXEIRA, 2005).
A partir desse cenário, entre as décadas de 1960 e 1970, ocorreu um processo conhecido como
Revolução Verde que transformou, sobretudo, a evolução de técnicas e equipamentos (BECKMANN;
SANTANA, 2019). Segundo Feldens (2018), o país desenvolveu tecnologias próprias que, em 1990, com a
inovação e o crescente desenvolvimento agrícola, se tornou recordista em produtividade e exportação.
Além disso, se configurou também pela necessidade da utilização de insumos como forma de aumentar a
produtividade (VIEITES, 2010).
A disponibilidade de insumos modernos e sistemas eficientes de correção de solos contribuíram para
elevar a produtividade da terra, do trabalho e do capital (CUNHA et. al., 2008). Além disso, a mecanização
agrícola foi fator relevante no acréscimo da produção podendo ser considerada um índice de
desenvolvimento do setor agrário (NOGUEIRA, 2001).
O agronegócio sempre contou com a inovação para ampliar sua produção de alimentos e superar desafios
como pragas, variações climáticas e as próprias restrições naturais de plantio (MAFRA, 2022). Para
Rocha (2021), a agricultura se modernizou e desenvolveu conforme a revolução da indústria. Sendo
responsável pelas transformações tecnológicas em diversos setores, além da agricultura (LIU et al., 2021).

Ainda segundo Liu et al. (2021), a agricultura recebeu definições ao longo de suas evoluções. As práticas
tradicionais utilizando ferramentas produzidas pelo próprio homem, é definida como Agricultura 1.0.
Posteriormente, com a Primeira Revolução Industrial, que possibilitou novas transformações como a
introdução da mecanização agrícola, foi designada Agricultura 2.0. Já no século XX, acontecia a Segunda
Revolução Industrial, trazendo novas fontes energéticas e inovações no transporte, que influenciaram o
mercado e, consequentemente, a produção em maiores escalas, que somadas ao desenvolvimento da
Indústria 3.0, resultaram na chegada de TI, software, melhoramento das máquinas conhecido como
Agricultura 3.0.
Nesse contexto, se faz presente nos dias atuais a agricultura 4.0, que faz uso de métodos também

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empregados na indústria 4.0, englobando a agricultura e a pecuária de precisão, a automação e a robótica


agrícola. (MASSRUHÁ; LEITE, 2017). Segue na tabela 1, as fases e os acontecimentos relevantes da
evolução da agricultura brasileira.
Tabela 1- Fases e acontecimentos relevantes da evolução da agricultura brasileira.
Fonte: Massruhá; Leite (2017), Vieira Filho (2014).
A revolução no agronegócio mundial tem crescido, tendo como base o uso de novas tecnologias para
melhorias nos modelos de produção rural (JARDIM, 2019). Segundo Beckmann e Santana (2019) o
processo de inovação vem sendo o grande diferencial, no crescimento da agricultura nacional, atrelado
cada vez mais a modernização no setor agrícola.

Agricultura 4.0
A Agricultura 4.0 refere-se aos desenvolvimentos na mais recente fronteira tecnológica, sob modelo da
Indústria 4.0. Assim, pode ser compreendida como a aplicação de tecnologias como big data, a internet
das coisas a robótica, os sensores, a impressão 3D, a integração de sistemas, a inteligência artificial, o
aprendizado de máquina, entre outras tecnologias, à agricultura. É notório que a elevada produtividade,
lucratividade, a redução de impactos ambientais e do modelo de manejo das propriedades, justificam-se
devido aos avanços tecnológicos que são empregados pela Agricultura 4.0 (KLERKX et al., 2019; ROSE;
CHILVERS, 2018; DENVER, 2019).
O Brasil está entre um dos países que mais produz alimentos no mundo e
com o crescimento da população mundial, a produção de alimentos
automaticamente cresce. Entretanto, existem empecilhos que interferem na
produtividade e, assim, impulsionam a criação de novas formas de manejo para uma lavoura. Essas
inovações e transformações no agronegócio são promissoras para melhorar as condições de produção e
aumentar a produtividade para suprir a crescente demanda (VILLAFUERTE et al., 2018).
É válido ressaltar que tal revolução tecnológica possibilitou avanços não somente voltados às fábricas,
mas também em outros setores, como na agricultura. Diversas tecnologias têm apoiado no sentido de
aprimorar o monitoramento e tomada de decisões, como navegação por satélite e rede de sensores,
computação em rede, computação onipresente e computação sensível ao contexto estão apoiando o dito
domínio para melhorar o monitoramento e tomada de decisões no campo (AQEEL-UR-REHMAN; SHAIKH
, 2009). Segundo Bongomin et al. (2020), a Agricultura 4.0 usa tecnologias da Industria 4.0, buscando uma
autonomia, com abastecimento confiável dos alimentos, uso de sensores e com fornecimento de
informações para que o agricultor usuário dos sistemas possa ter apoio na tomada de decisão, a força
impulsionadora é a necessidade do aumento de produção eficiência nos processos, qualidade e redução
dos impactos ambientais.
Com a utilização dessas tecnologias, será possível utilizar apenas as quantidades mínimas necessárias,
aplicadas em áreas específicas (CLERCQ et al., 2018). Além da introdução de novas ferramentas e
práticas, a verdadeira promessa da Agricultura 4.0 é em termos de aumento da produtividade e reside na
capacidade de coletar, usar e trocar dados remotamente. A transformação chave reside na capacidade de
coletar mais dados e medição sobre a produção: qualidade do solo, níveis de irrigação, clima, presença de
insetos e pragas. Sendo os dados obtidos a partir de sensores implantados em tratores e implementados
diretamente no campo e no solo ou com o uso de drones ou imagens de satélite (BONNEAU, et al. 2017).

Agricultura de Precisão
A agricultura de precisão (AP) pode ser definida como práticas agrícolas com base nas tecnologias de

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informação (TI) e ferramentas da mecanização e automação, considerando a variabilidade do espaço e do


tempo sobre a produtividade das culturas. Ela pode ser entendida como um ciclo que se inicia na coleta
dos dados, análises e interpretação dessas informações, geração das recomendações, aplicação no
campo e avaliação dos resultados (GEEBERS; ADAMCHUK, 2010). Dessa forma, a AP é uma ferramenta
que auxilia os produtores na tomada de decisões no manejo das culturas, levando em conta a
variabilidade espacial e temporal da lavoura para obter máximo retorno econômico e reduzir o impacto
ambiental (INAMASU et al., 2011). É, portanto, uma cadeia de conhecimentos, na qual máquinas,
dispositivos, equipamentos e softwares são ferramentas para a coleta de dados, os quais devem ser
organizados e interpretados, gerando informações para apoiar a gestão (INAMASU; BERNARDI, 2014).
O conceito de Agricultura de Precisão está ligado a um processo de gestão produtiva que envolve
multidisciplinaridade como segmentos da agronomia, mecatrônica, geometria, informática e meio ambiente
, e teve início com a introdução de GPS e mapas de produtividade. Ainda dentro desse cenário, o
sensoriamento remoto (SR) torna-se importante para a capitação e gerenciamento de dados recolhidos
nas lavouras (INAMASSU et al., 2011, SHIRATSUCHI, 2014).
O sensoriamento remoto encaixou de forma perfeita na agricultura e transformou-se em uma subsídio para
AP. Monitorar grandes áreas, identificar as necessidades de manejo, com capacidade de revisita diária,
está transformando o SR um aliado com a capacidade de dar repostas para agricultura com uma
velocidade suficiente para ampliar produtividade com capacidade de extrair informação menor que 100 m
². Esse processo torna a SR um elemento chave dentro da agricultura de precisão, cobrindo áreas em
escala regional com detalhamento dentro do talhão (SHEFFIELD, 2018).
Segundo Costa e Guilhoto (2003) analisaram o impacto potencial da adoção das principais técnicas de
agricultura de precisão na economia brasileira e observaram resultados consideráveis. Segundo os
autores, a utilização da tecnologia proporcionou o aumento de 10% de produtividade nas culturas de soja,
milho e cana-de-açúcar. A gestão do conhecimento derivado da agricultura de precisão tem tomado novas
fronteiras dentro do contexto de produção e desafios antes não existentes (FRASER, 2018).
Entretanto, quando se trata de propriedades rurais de pequeno porte, a agricultura de precisão muitas
vezes torna-se praticamente impossível de ser implantada devido à dificuldade de identificar técnicas
economicamente viáveis para que o agricultor familiar possa utilizar dentro do seu contexto agrícola,
principalmente em um país em desenvolvimento, onde o custo de aquisição de hardwares e serviços
associados ainda é caro (VIANA et al., 2019). Contudo, existem técnicos que se dedicam a desenvolver
alternativas para realizar AP em áreas com menor porte. Sendo assim, AP torna-se um divisor de águas e
vem se destacando a cada dia para uma produção racional, além disso, o mapeamento da propriedade na
questão fertilidade de solo pode auxiliar no uso racional de insumos, minimizando perdas e contribuindo
para a sustentabilidade dos campos brasileiros (BONGIOVANNI; LOWENBER-DEBOER, 2004).
Diante das diversas tecnologias e serviços disponíveis no mercado da Agricultura de Precisão, podem-se
identificar ferramentas que sejam eficientes e ajustadas a cada tipo de sistema de produção (BERNARDI
et al. 2014; OLIVEIRA, 2016). Essas novas tecnologias associam as informações com uma agricultura
comercial madura, surgindo um sistema de manejo de produção integrado, tentando igualar o tipo e a
quantia de insumos que chegam à propriedade com as reais necessidades que a cultura precisa. Nos dias
atuais a quantidade de novas tecnologias disponíveis para se usar na AP vem crescendo gradativamente,
e entre as mesmas, se destaca os Drones, pois traz ao agricultor inúmeros benefícios pelo seus usos
(NUNES, 2016).

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Utilização do Sensoriamento Remoto no manejo das lavouras

O Sensoriamento Remoto (SR) pode ser definido como a ciência que permite com que dados sejam
adquiridos de uma superfície sem que haja contato direto entre o objeto que capta os dados (sensor) e o
alvo, não sendo esses dados necessariamente imagens. Uma das classificações possíveis para a
aquisição de dados através de SR é realizada de acordo com o nível em que os sensores estão
localizados, ou seja, quanto ao nível de aquisição de dados. Nesse sentido, pode-se estratificar o SR em
orbital, aéreo e proximal (terrestre). O nível de aquisição de dados no sensoriamento remoto, quando os
dados são em formato matricial, exerce forte influência no tamanho da área que será monitorada pelo
sensor, na resolução espacial, resolução temporal e na escala das imagens captadas. Quanto mais alto
estiver um sensor, maior será a superfície alcançada e, consequentemente, maior será a resolução
temporal desse sensor, ou seja, maior será a frequência do monitoramento sobre determinada superfície.
Quando se diminui a altitude, menor será a área coberta, entretanto, maior será a riqueza de detalhes
captados pelo sensor, isto é, maior resolução espacial (FLORENZANO, 2011).
No Brasil o mercado agrícola é o maior impulsionador das aeronaves remotamente pilotada (RPA)
atualmente (DE OLIVEIRA, 2020). A realidade operacional incentiva que as pesquisas e os novos estudos
de SR para agricultura sejam elaborados de forma contínua. A agricultura de precisão é um exemplo claro
, que evolui a cada ano, e o SR está inserido nesse contexto, pois trata o manejo agrícola dividido em
células geográficas de acordo com a resolução espacial do sensor, ou seja, o tamanho do pixel passar a
ser a unidade de análise (SHIRATSUCHI, 2014).
A sustentabilidade do meio ambiente e o aumento de produtividade no setor agrícola é uma demanda
constante, e o SR tem a capacidade de ampliar a ação dos dois temas. Com a aplicação de SR, o tempo
resposta para uma ação é maior e mais precisa que qualquer método de campo adotado. Esse fator
direciona as ações do dia a dia (HUNT JR, 2018).

Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT?s) ou Drones

A evolução das tecnologias em geoprocessamento e informática estão permitindo à agricultura, mudanças


em que o produtor controla muito mais a sua linha de produção (TSCHIEDEL; FERREIRA, 2002). Ainda
nesse cenário, com a inovação crescente, novas ferramentas podem ser usadas nas lavouras, como os
VANT?s ou drones, equipamentos eletrônicos movidos à bateria (OLIVEIRA et al., 2020).
A expressão que conhecemos por drone, é um termo genérico que não possui definição técnica, este
nome foi popularizado principalmente nos Estados Unidos e a partir daí foi difundido, para denominar
qualquer objeto voador não tripulado, seja ele usado para fins produtivos, comerciais ou quaisquer
outros (GALVÃO, 2017).
Segundo Pereira (2017), surgiram por uma necessidade militar na época da Segunda Guerra Mundial,
sendo a Alemanha o país onde foi desenvolvido o primeiro drone. Os modelos atuais foram projetados por
Abe Karem nas décadas de 70. No Brasil, o primeiro voo se deu em 1983, nomeado de BQM1BR,
capturava imagens e vídeos, funções básicas comparadas aos modelos mais recentes.
O desenvolvimento desses dispositivos voadores surgiu como uma importante opção na AP. A aplicação
dos mesmos em áreas agrícolas vem se tornando facilitada devido o atual estágio de desenvolvimento
tecnológico, além de serem relativamente baratos, possuírem tamanho pequeno e pela necessidade de
otimização da produção. Mundialmente reconhecido, o termo ?Veículo Aéreo Não Tripulado? inclui uma
ampla variedade de aeronaves que são autônomas, semiautônomas ou remotamente operadas (RASI,

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2008).
São classificados como drone de asas fixas e asas rotativas, com aplicabilidade na agricultura e diferenças
entre si. Os de asas fixas, representado na Figura 01, são projetados para atender médias e grandes
áreas, voltados para mapeamento e monitoramento. Em relação ao modelo de asas rotativas, possuem
velocidade de voo, autonomia de bateria e área de cobertura maior, com pilotagem manual mais difícil;
quanto à decolagem e pouso, são na horizontal e a orientação das imagem são na vertical de cima para
baixo. Já os de asas rotativas, conforme a Figura 02, são essenciais para menores áreas, com pilotagem
mais fácil, decolagem e pouso na vertical e suas imagens são panorâmica (SENAR, 2018).

Figura 01. Drone de asas fixas com aplicação na agricultura.


Fonte: ALAVOURA (2020).

Figura 2. Drone de asas rotativas na agricultura.


Fonte: ANAC (2017)

Atualmente os drones possuem uma tecnologia que revolucionou as práticas de manejo na agricultura,
facilitando o monitoramento das culturas diariamente, possibilitando uma produção mais segura, otimizada
e sustentável (GONZÁLEZ et al., 2015).

Aplicações na agricultura
Uma das últimas tecnologias implantadas no setor agrícola são os drones, esses objetos disponibilizam a
possibilidade de acompanhar a lavoura em tempo real, realizando coleta de dados, identificando pragas e
doenças, estresse hídrico, deficiência nutricional, falhas no plantio, podendo realizar pulverizações de
defensivos e observar dificuldades na produção, essas ferramentas auxiliam na otimização do tempo, além
de facilitarem a tomada de decisão pelos produtores, reduzindo perdas e aumentando a performance
(GIRALDELI, 2019). Além disso, a polinização de culturas com drones, em ambientes controlados, estão
sendo testados para polinizar culturas, auxiliando na ausência ou declínio de polinizadores naturais, como
as abelhas (REDES AVANZADAS, 2017).
Diante do exposto, é notório que a evolução tecnológica e a crescente acessibilidade desses dispositivos
que apresentam sensores e recursos de imagem cada vez mais avançados, auxiliam no aumento de
produtividades e permitem reduzir danos nas lavouras, uma vez que possibilitam o monitoramento em
tempo real (RODRIGO, 2016).

Impactos e desafios da implementação de drone na agricultura


Impactos
A implementação de drones na agricultura traz uma série de vantagens, eles viabilizam o monitoramento
em tempo real das plantações, fornecendo informações atualizadas sobre o estado das atividades
agrícolas, essa capacidade ajuda a embasar decisões mais precisas para melhorar a gestão agrícola e
otimizar a produtividade (VELUSAMY et al., 2021).
Além disso, para a economia inteligente de insumos traz benefícios eficazes comparado aos modelos
convencionais. A pulverização com drones reduz a utilização de produtos químicos em excesso,
resultando em economia de insumos, diminuição de impactos no ambiente e aprimoramento da segurança

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de operadores (SOUZA, 2021).


Outro impacto positivo, segundo Gonçalves (2021), é a eficácia e rapidez com que os drones conseguem
abranger áreas extensas, eles permitem o mapeamento eficiente de grandes áreas agrícolas e em prazos
reduzidos, tornando-se valioso para regiões distantes e de difícil alcance.
Os drones desempenham um papel importante na obtenção de dados topográficos que dão suporte à
administração de recursos hídricos e à avaliação da configuração do terreno, tornando-se, dessa forma,
mais um aplicação significativa na agricultura (FENG et al., 2015).
Para Espinoza et al. (2017), também podem ser usados para a criação de mapas de zonas de cultivo,
permitindo aos agricultores detectarem áreas problemáticas que requerem maior atenção.
Desafios
Dentre os benefícios da implementação dos drones na agricultura, também surgem desafios que devem
ser considerados. Um deles reside na necessidade de capacitar tecnicamente os operadores de drone.
Para a utilização eficaz desse equipamento na agricultura, é crucial que os operadores possuam o
conhecimento técnico necessário para operá-los e interpretar os dados coletados (CARDOSO, 2021).
Além disso, segundo Inguaggiato (2020), a legislação e regulamentação sobre o uso de drones no setor
agrícola estão ainda em processo de evolução e podem divergir conforme o país ou localidade, podendo
resultar em limitações e restrições para as operações.
Uma outra restrição está associada ao custo inicial elevado de compra e manutenção dos drones, assim
como dos sistemas de sensoriamento remoto incorporados (GONÇALVES, 2021).

Materiais e métodos

O presente estudo foi conduzido usando a metodologia de revisão de literatura por meio de uma pesquisa
qualitativa de dados bibliográficos que abordam o uso de drone na agricultura. Para a coleta de dados
foram utilizados fontes nacionais e internacionais, icluindo artigos, teses de doutorado, dissertações, livros
e periódicos disponíveis em bancos de dados, como a Scientific Electronic Library Online (SciELO), a
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Doutorados (BDTD), o Google Acadêmico, e órgãos
governamentais, como a Associação Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa Brasileira de
Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA). Foram aplicados os descritores ?agricultura 4.0?, ?drones?,
?agricultura de precisão? e ?agronegócio?. A limitação de tempo para os artigos e trabalhos científicos foi
de 2000 a 2023.

Resultado e discussão
O acelerado desenvolvimento do planeta e a crescente demanda por métodos que promovam o
desempenho agrícola com responsabilidade ambiental, tem demonstrado resultados cada vez mais
satisfatórios no uso de recursos agrícolas e naturais. Diante dessa nova necessidade, uma abordagem
encontrada foi a Agricultura de Precisão, que atualmente se destaca como uma ferramenta amplamente
utilizada para proporcionar aos produtores direcionamentos mais eficientes e sustentáveis em suas
atividades agrícolas (ARANTES et al., 2019).
Conforme destacado por Russo (2020), a Agricultura de Precisão encara desafios, como a necessidade de

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investir em tecnologias avançadas, treinar agricultores e lidar com a integração de dados complexos. No
entanto, seu potencial para aprimorar a eficiência agrícola, são seus pontos positivos, reduzir custos e
minimizar o impacto ambiental a torna uma abordagem essencial para o futuro da agricultura sustentável.
Além disso, Almeida (2023) explica que o Sensoriamento Remoto desempenha um papel essencial na
Agricultura de Precisão atual, possibilitando a obtenção de informações detalhadas e abrangentes sobre
as condições das culturas e do ambiente. Isso compreende a coleta de dados através de sensores
instalados em aeronaves, satélites ou mesmo drones, permitindo a obtenção de informações sobre a
superfície terrestre e a vegetação com base em radiações eletromagnéticas refletidas ou emitidas.
A implementação de drones tem apresentado resultado promissores e significativos na agricultura. De
maneira resumida, os drones capturam imagens aéreas da plantação que posteriormente são submetidas
à análise de imagens. Isso permite a visualização da plantação de ângulos diferentes e facilita a
identificação de problemas que anteriormente seriam mais desafiadores de detectar (GOMES et al., 2019).

Do ponto de vista econômico, estudos tem indicado que a implementação de drones na agricultura pode
resultar em uma redução significativa dos custos operacionais. Conforme Tremea (2023), a utilização de
drones para monitorar e detectar problemas nas lavouras permite respostas mais ágeis e direcionadas,
diminuindo o desperdício de insumos agrícolas e, por conseguinte, reduzindo os custos de produção.
Adicionalmente, a aplicação precisa de fertilizantes e pesticidas com a ajuda de drones tem se destacado
em termos de eficiência quando comparada aos métodos convencionais de aplicação em grande escala.
Conforme Santos (2023) observa, a pulverização inteligente conduzida por drones possibilita a aplicação
somente nas áreas que realmente demandam, evitando a sobreposição de produtos químicos e reduzindo
os custos com insumos. É importante ressaltar que, a aplicação precisa e controlada desses insumos
contribui significativamente para a diminuição do impacto ambiental, uma vez que reduz a contaminação
do solo e da água, bem como minimiza a exposição de seres humanos e outros organismos aos produtos
químicos (YANG ET AL., 2017).
Seundo Alarcão, Nuñez (2023), a legislação atual no Brasil demanda autorização para a utilização de
drones em zonas rurais, além de estabelecer diretrizes de segurança e respeito à privacidade. Entretanto,
há iniciativas em andamento para melhorar a regulamentação e facilitar o uso dessa tecnologia na
agricultura.
Recomenda-se investir em políticas públicas direcionadas para a capacitação de profissionais. A
legislação Nº 298 de 22/09/2021 estipula diversos critérios para a utilização de drones na agricultura.
Dentre eles, é essencial destacar a obrigatoriedade de que o operador seja maior de idade, devidamente
habilitados, capacitado e registrado para operar a aeronave. Além disso, é imprescindível observar e
cumprir as normas de segurança e privacidade estabelecidas pela legislação brasileira (MAPA, 2021).
Um dos principais obstáculos enfrentados no Brasil para a implementação de drones na agricultura está
vinculado a legislação, que permanece bastante limitada. No entando, existem esforços em andamento
para aprimorar a regulamentação e simplificar o uso de dornes no setor agrícola (ALVES; NUÑEZ, 2023).
Entretando, Veluzamy et al. (2021), destacam a importância de levar em conta os custos iniciais de
aquisição e manutenção dos drones, assim como a necessidade de treinar adequadamente os operadores
para usufruir dessa tecnologia. Assim, tais aspectos podem influenciar a sustentabilidade financeira da
implementação de drones na propriedade, particularmente para pequenos agricultores.

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Considerações finais
Conforme a revisão, pode-se observar que a modernização da agricultura
está cada vez mais avançada, com uma diversidade de tecnologias que geram
benefícios econômicos e sustentáveis ao produtor e ao meio ambiente. A Agricultura de Precisão, por
exemplo, abrange muitas inovações que trazem segurança e agilidade, como os drones. São ferramentas
revolucionárias no campo, sendo veículos aéreos não tripulados (VANT) que desempenham um papel
crucial no monitoramento de lavouras e em outras atividades que promovem melhorias e eficiência no
processo agrícola.
Os drones oferecem uma ampla gama de aplicações, que abrangem desde o mapeamento e
monitoramento das culturas até a aplicação precisa de insumos agrícolas. Essas tecnologias fornecem aos
agricultores informações em tempo real, permitindo decisões mais assertivas e um aumento na
produtividade. Adicionalmente, contribuem para a redução dos custos operacionais ao otimizar o uso de
insumos agrícolas e minimizar o desperdício. Além de contribuir para um cultivo mais eficiente e
sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura enfrenta desafios significativos, como custos iniciais
elevados e complexidades regulatórias. Isso pode dificultar a implementação, especialmente em
propriedades de menor porte. Portanto, investimentos em treinamento e infraestrutura desempenham um
papel fundamental, assim como a conscientização dos benefícios dessa tecnologia para os produtores.

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FaseAcontecimento
Tração animal(Antes de 1960)Agricultura 1.0Produção e comercialização manuais, tendo propriedades
com baixo índice de produtividade, dependência da agricultura familiar, equipamentos manuais e produção
voltada para subsistência e venda excedente.
Modernização da agricultura(1960-1970)Agricultura 2.0Desenvolvimento de diversos métodos de gestão e
de controle de meta. O trabalho temporário, também conhecido como ?boia-fria?, se consolida em função
da especialização no plantio, trato cultural e colheita. Em 1965, ocorreu a criação do Sistema Nacional de
Créditos Rurais (SNCR), com oferta de créditos e juros diferenciado. E promove-se, pelo Governo Federal
, a mecanização.
Revolução Verde(1970-1990)Agricultura 2.0Crescimento da agricultura principalmente devido à expansão

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de áreas cultivadas, com predominância de áreas planas que favoreceram a mecanização do trabalho.
Em 1973, se consolida a criação da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, fundamental
para a organização da estratégia nacional de pesquisa no setor agropecuário. Em 1975, o Estado atua
fortemente a favor do produtor, com a criação da Embrapa Soja, do Programa Nacional do Álcool, da
realização de pesquisas para adaptar mudas e semente resistentes ao clima mais seco, fundamental para
a expansão da fronteira agrícola no Brasil, em direção ao Centro-Oeste. Por fim, em 1980, o crescimento
de produção aumenta, derivado das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa.
Agricultura de Precisão(1990-2014)Agricultura 3.0Nos anos de 1990, a computação permitiu a otimizar os
processos e a automações. Em 1996, instituiu-se o Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrotas), aumentando o volume de créditos ao
longo de 15 anos e promovendo renovação das máquinas no campo. Em 1997, houve o melhoramento
genético de sementes. E a partir de 2002, o plantio de transgênicos.
Integração das tecnologias(A partir de 2014)Agricultura 4.0Consolida-se a automação oportunizando o
desenvolvimento de sistemas autônomos, o controle de fatores locacionais, ferramentas geoespaciais, o
Sistema Diagnose Virtual, uso de cartilhas, folders e dias de campo. E a partir de 2019, há a
implementação das tecnologias 4.0.

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=================================================================================
Arquivo 1: TCC referencial.docx (5406 termos)
Arquivo 2: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28713402 (1882 termos)
Termos comuns: 16
Similaridade: 0,22%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC referencial.docx (5406 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28713402 (1882 termos)

=================================================================================
Resumo
Com a evolução do setor agrícola, a agricultura atual, ou digital, inclui novos avanços tecnológicos com o
potencial de revolucionar a forma como os produtores gerenciam suas culturas, aumentando a eficiência, a
produtividade e a sustentabilidade no campo. A adoção e aplicação da Agricultura de Precisão permitem o
uso de inovações e transformações promissoras, como os drones, veículos aéreos não tripulados que
processam inúmeros dados e informações, com o intuito de otimizar as operações. Os drones possuem
diversas utilidades no campo, como o monitoramento de culturas, a detecção de pragas e doenças, bem
como a pulverização precisa de insumos agrícolas. Suas aplicações impulsionam a eficiência e
produtividade no setor agronômico, além de reduzir os custos operacionais, tais como os gastos com
combustíveis e mão de obra, minimizando os impactos ambientais ao diminuir o uso excessivo de
produtos químicos e a emissão de poluentes. Portanto, a implementação na agricultura enfrenta desafios,
como os altos custos iniciais e questões regulatórias. Assim, o presente estudo teve como objetivo
evidenciar, através de revisão bibliográfica, os impactos e desafios da implementação de drones na
agricultura. O resultado da interpretação dos estudos demonstrou que essas ferramentas impactam
positivamente na agricultura e enfrentam desafios, como o custo inicial e questões regulamentares.
Palavras chave: evolução, Agricultura de Precisão, veículos aéreos não tripulados.

Introdução
A agricultura é uma das atividades mais arcaica e crucial para a humanidade, desempenhando um papel

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fundamental ao longo da história, ao promover alimentos e recursos essenciais para a sobrevivência e o


progresso da sociedade. O crescimento populacional global e o aumento das demandas por produtos
agrícolas tem levado a uma complexidade dos desafios enfrentados pelos agricultores. Neste cenário, a
busca por soluções inovadoras e tecnologias avançadas, que impulsionem a produtividade e a eficiência
agrícola, tornou-se uma prioridade para o setor (CARNEIRO, 2017).
Segundo Alves (2023), a agricultura passou por transformações e adotou a modernidade, incorporando
novas tecnologias para garantir sustentabilidade e produtividade. Dessa forma, o autor afirma que
ferramentas inovadoras, como a Agricultura de Precisão (AP) e os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT
?s) ou drones, permitem um monitoramento preciso e em tempo real da produção, tornando-a mais segura
e proporcionando melhores decisões.
Nesse contexto, a implementação de drones na agricultura proporciona vantagens significativas, tais como
o monitoramento e a obtenção de imagens detalhadas e precisas, bem como a gestão de culturas. Com a
capacidade de sobrevoar áreas extensas em tempo reduzido e capturar imagens minuciosas e precisas,
esses dispositivos possibilitam aos agricultores uma visão abrangente da lavoura. Isso inclui a
identificação de problemas, como doenças, pragas, estresse hídrico e a deficiência nutricional, ao mesmo
tempo em que fornece informações essenciais para o planejamento da colheita (ALARCÃO; NUÑES,
2023).
Além do monitoramento, os drones têm se revelado eficazes na aplicação precisa e direcionada de
insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas. Essa abordagem, denominada pulverização inteligente,
visa a redução do desperdício de produtos químicos, a diminuição dos custos operacionais e a
minimização dos impactos ambientais negativos. Isso contribui para tornar a agricultura mais sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura também apresenta desafios, como o alto
investimento inicial, a necessidade de treinamento dos operadores e as questões regulatórias relacionadas
ao uso do espaço aéreo (SOUZA, 2021; INGUAGGIATO, 2020; GOLÇALVES, 2021).
Considerando a relevância e aplicação dos drones nas lavouras, o objetivo deste estudo de revisão
bibliográfica é avaliar os impactos e desafios associados a essa tecnologia quando implementada na
agricultura. Espera-se que os resultados deste estudo possam demonstrar suas aplicações, vantagens e
desvantagens na implementação de drones nas atividades agrícolas.

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Fundamentação teórica

Origem e modernização da agricultura


A agricultura teve seus primeiros indícios no período Neolítico entre 8.000 e
5.000 a.C., em que começa o domínio dos metais e, assim, surgem as primeiras ferramentas. Na
antiguidade, as máquinas primitivas eram criadas pela capacidade humana, e usadas através da força
muscular do homem e animal, que permitiam o cultivo. Na Idade Média, a agricultura movimentava a
economia que era praticamente dependente desse setor. Com isso, apareceram algumas inovações como
o surgimento de moinho, o rodízio nas áreas de produção e o arado de ferro (FELDENS, 2018).
A agricultura já foi bastante rudimentar, feita por trabalhadores braçais com máquinas pouco sofisticadas
(VIVO, 2022). E desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das civilizações, permitiu que o
homem deixasse de ser nômade e passasse a fixar-se em áreas férteis (FELDENS, 2018). Com o avanço
exorbitante da urbanização e da indústria, tornou-se necessária a modernização do setor agrário com a
finalidade de produzir alimentos e produtos (TEIXEIRA, 2005).
A partir desse cenário, entre as décadas de 1960 e 1970, ocorreu um processo conhecido como
Revolução Verde que transformou, sobretudo, a evolução de técnicas e equipamentos (BECKMANN;
SANTANA, 2019). Segundo Feldens (2018), o país desenvolveu tecnologias próprias que, em 1990, com a
inovação e o crescente desenvolvimento agrícola, se tornou recordista em produtividade e exportação.
Além disso, se configurou também pela necessidade da utilização de insumos como forma de aumentar a
produtividade (VIEITES, 2010).
A disponibilidade de insumos modernos e sistemas eficientes de correção de solos contribuíram para
elevar a produtividade da terra, do trabalho e do capital (CUNHA et. al., 2008). Além disso, a mecanização
agrícola foi fator relevante no acréscimo da produção podendo ser considerada um índice de
desenvolvimento do setor agrário (NOGUEIRA, 2001).
O agronegócio sempre contou com a inovação para ampliar sua produção de alimentos e superar desafios
como pragas, variações climáticas e as próprias restrições naturais de plantio (MAFRA, 2022). Para
Rocha (2021), a agricultura se modernizou e desenvolveu conforme a revolução da indústria. Sendo
responsável pelas transformações tecnológicas em diversos setores, além da agricultura (LIU et al., 2021).

Ainda segundo Liu et al. (2021), a agricultura recebeu definições ao longo de suas evoluções. As práticas
tradicionais utilizando ferramentas produzidas pelo próprio homem, é definida como Agricultura 1.0.
Posteriormente, com a Primeira Revolução Industrial, que possibilitou novas transformações como a
introdução da mecanização agrícola, foi designada Agricultura 2.0. Já no século XX, acontecia a Segunda
Revolução Industrial, trazendo novas fontes energéticas e inovações no transporte, que influenciaram o
mercado e, consequentemente, a produção em maiores escalas, que somadas ao desenvolvimento da
Indústria 3.0, resultaram na chegada de TI, software, melhoramento das máquinas conhecido como
Agricultura 3.0.
Nesse contexto, se faz presente nos dias atuais a agricultura 4.0, que faz uso de métodos também

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empregados na indústria 4.0, englobando a agricultura e a pecuária de precisão, a automação e a robótica


agrícola. (MASSRUHÁ; LEITE, 2017). Segue na tabela 1, as fases e os acontecimentos relevantes da
evolução da agricultura brasileira.
Tabela 1- Fases e acontecimentos relevantes da evolução da agricultura brasileira.
Fonte: Massruhá; Leite (2017), Vieira Filho (2014).
A revolução no agronegócio mundial tem crescido, tendo como base o uso de novas tecnologias para
melhorias nos modelos de produção rural (JARDIM, 2019). Segundo Beckmann e Santana (2019) o
processo de inovação vem sendo o grande diferencial, no crescimento da agricultura nacional, atrelado
cada vez mais a modernização no setor agrícola.

Agricultura 4.0
A Agricultura 4.0 refere-se aos desenvolvimentos na mais recente fronteira tecnológica, sob modelo da
Indústria 4.0. Assim, pode ser compreendida como a aplicação de tecnologias como big data, a internet
das coisas a robótica, os sensores, a impressão 3D, a integração de sistemas, a inteligência artificial, o
aprendizado de máquina, entre outras tecnologias, à agricultura. É notório que a elevada produtividade,
lucratividade, a redução de impactos ambientais e do modelo de manejo das propriedades, justificam-se
devido aos avanços tecnológicos que são empregados pela Agricultura 4.0 (KLERKX et al., 2019; ROSE;
CHILVERS, 2018; DENVER, 2019).
O Brasil está entre um dos países que mais produz alimentos no mundo e
com o crescimento da população mundial, a produção de alimentos
automaticamente cresce. Entretanto, existem empecilhos que interferem na
produtividade e, assim, impulsionam a criação de novas formas de manejo para uma lavoura. Essas
inovações e transformações no agronegócio são promissoras para melhorar as condições de produção e
aumentar a produtividade para suprir a crescente demanda (VILLAFUERTE et al., 2018).
É válido ressaltar que tal revolução tecnológica possibilitou avanços não somente voltados às fábricas,
mas também em outros setores, como na agricultura. Diversas tecnologias têm apoiado no sentido de
aprimorar o monitoramento e tomada de decisões, como navegação por satélite e rede de sensores,
computação em rede, computação onipresente e computação sensível ao contexto estão apoiando o dito
domínio para melhorar o monitoramento e tomada de decisões no campo (AQEEL-UR-REHMAN; SHAIKH
, 2009). Segundo Bongomin et al. (2020), a Agricultura 4.0 usa tecnologias da Industria 4.0, buscando uma
autonomia, com abastecimento confiável dos alimentos, uso de sensores e com fornecimento de
informações para que o agricultor usuário dos sistemas possa ter apoio na tomada de decisão, a força
impulsionadora é a necessidade do aumento de produção eficiência nos processos, qualidade e redução
dos impactos ambientais.
Com a utilização dessas tecnologias, será possível utilizar apenas as quantidades mínimas necessárias,
aplicadas em áreas específicas (CLERCQ et al., 2018). Além da introdução de novas ferramentas e
práticas, a verdadeira promessa da Agricultura 4.0 é em termos de aumento da produtividade e reside na
capacidade de coletar, usar e trocar dados remotamente. A transformação chave reside na capacidade de
coletar mais dados e medição sobre a produção: qualidade do solo, níveis de irrigação, clima, presença de
insetos e pragas. Sendo os dados obtidos a partir de sensores implantados em tratores e implementados
diretamente no campo e no solo ou com o uso de drones ou imagens de satélite (BONNEAU, et al. 2017).

Agricultura de Precisão
A agricultura de precisão (AP) pode ser definida como práticas agrícolas com base nas tecnologias de

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informação (TI) e ferramentas da mecanização e automação, considerando a variabilidade do espaço e do


tempo sobre a produtividade das culturas. Ela pode ser entendida como um ciclo que se inicia na coleta
dos dados, análises e interpretação dessas informações, geração das recomendações, aplicação no
campo e avaliação dos resultados (GEEBERS; ADAMCHUK, 2010). Dessa forma, a AP é uma ferramenta
que auxilia os produtores na tomada de decisões no manejo das culturas, levando em conta a
variabilidade espacial e temporal da lavoura para obter máximo retorno econômico e reduzir o impacto
ambiental (INAMASU et al., 2011). É, portanto, uma cadeia de conhecimentos, na qual máquinas,
dispositivos, equipamentos e softwares são ferramentas para a coleta de dados, os quais devem ser
organizados e interpretados, gerando informações para apoiar a gestão (INAMASU; BERNARDI, 2014).
O conceito de Agricultura de Precisão está ligado a um processo de gestão produtiva que envolve
multidisciplinaridade como segmentos da agronomia, mecatrônica, geometria, informática e meio ambiente
, e teve início com a introdução de GPS e mapas de produtividade. Ainda dentro desse cenário, o
sensoriamento remoto (SR) torna-se importante para a capitação e gerenciamento de dados recolhidos
nas lavouras (INAMASSU et al., 2011, SHIRATSUCHI, 2014).
O sensoriamento remoto encaixou de forma perfeita na agricultura e transformou-se em uma subsídio para
AP. Monitorar grandes áreas, identificar as necessidades de manejo, com capacidade de revisita diária,
está transformando o SR um aliado com a capacidade de dar repostas para agricultura com uma
velocidade suficiente para ampliar produtividade com capacidade de extrair informação menor que 100 m
². Esse processo torna a SR um elemento chave dentro da agricultura de precisão, cobrindo áreas em
escala regional com detalhamento dentro do talhão (SHEFFIELD, 2018).
Segundo Costa e Guilhoto (2003) analisaram o impacto potencial da adoção das principais técnicas de
agricultura de precisão na economia brasileira e observaram resultados consideráveis. Segundo os
autores, a utilização da tecnologia proporcionou o aumento de 10% de produtividade nas culturas de soja,
milho e cana-de-açúcar. A gestão do conhecimento derivado da agricultura de precisão tem tomado novas
fronteiras dentro do contexto de produção e desafios antes não existentes (FRASER, 2018).
Entretanto, quando se trata de propriedades rurais de pequeno porte, a agricultura de precisão muitas
vezes torna-se praticamente impossível de ser implantada devido à dificuldade de identificar técnicas
economicamente viáveis para que o agricultor familiar possa utilizar dentro do seu contexto agrícola,
principalmente em um país em desenvolvimento, onde o custo de aquisição de hardwares e serviços
associados ainda é caro (VIANA et al., 2019). Contudo, existem técnicos que se dedicam a desenvolver
alternativas para realizar AP em áreas com menor porte. Sendo assim, AP torna-se um divisor de águas e
vem se destacando a cada dia para uma produção racional, além disso, o mapeamento da propriedade na
questão fertilidade de solo pode auxiliar no uso racional de insumos, minimizando perdas e contribuindo
para a sustentabilidade dos campos brasileiros (BONGIOVANNI; LOWENBER-DEBOER, 2004).
Diante das diversas tecnologias e serviços disponíveis no mercado da Agricultura de Precisão, podem-se
identificar ferramentas que sejam eficientes e ajustadas a cada tipo de sistema de produção (BERNARDI
et al. 2014; OLIVEIRA, 2016). Essas novas tecnologias associam as informações com uma agricultura
comercial madura, surgindo um sistema de manejo de produção integrado, tentando igualar o tipo e a
quantia de insumos que chegam à propriedade com as reais necessidades que a cultura precisa. Nos dias
atuais a quantidade de novas tecnologias disponíveis para se usar na AP vem crescendo gradativamente,
e entre as mesmas, se destaca os Drones, pois traz ao agricultor inúmeros benefícios pelo seus usos
(NUNES, 2016).

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Utilização do Sensoriamento Remoto no manejo das lavouras

O Sensoriamento Remoto (SR) pode ser definido como a ciência que permite com que dados sejam
adquiridos de uma superfície sem que haja contato direto entre o objeto que capta os dados (sensor) e o
alvo, não sendo esses dados necessariamente imagens. Uma das classificações possíveis para a
aquisição de dados através de SR é realizada de acordo com o nível em que os sensores estão
localizados, ou seja, quanto ao nível de aquisição de dados. Nesse sentido, pode-se estratificar o SR em
orbital, aéreo e proximal (terrestre). O nível de aquisição de dados no sensoriamento remoto, quando os
dados são em formato matricial, exerce forte influência no tamanho da área que será monitorada pelo
sensor, na resolução espacial, resolução temporal e na escala das imagens captadas. Quanto mais alto
estiver um sensor, maior será a superfície alcançada e, consequentemente, maior será a resolução
temporal desse sensor, ou seja, maior será a frequência do monitoramento sobre determinada superfície.
Quando se diminui a altitude, menor será a área coberta, entretanto, maior será a riqueza de detalhes
captados pelo sensor, isto é, maior resolução espacial (FLORENZANO, 2011).
No Brasil o mercado agrícola é o maior impulsionador das aeronaves remotamente pilotada (RPA)
atualmente (DE OLIVEIRA, 2020). A realidade operacional incentiva que as pesquisas e os novos estudos
de SR para agricultura sejam elaborados de forma contínua. A agricultura de precisão é um exemplo claro
, que evolui a cada ano, e o SR está inserido nesse contexto, pois trata o manejo agrícola dividido em
células geográficas de acordo com a resolução espacial do sensor, ou seja, o tamanho do pixel passar a
ser a unidade de análise (SHIRATSUCHI, 2014).
A sustentabilidade do meio ambiente e o aumento de produtividade no setor agrícola é uma demanda
constante, e o SR tem a capacidade de ampliar a ação dos dois temas. Com a aplicação de SR, o tempo
resposta para uma ação é maior e mais precisa que qualquer método de campo adotado. Esse fator
direciona as ações do dia a dia (HUNT JR, 2018).

Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT?s) ou Drones

A evolução das tecnologias em geoprocessamento e informática estão permitindo à agricultura, mudanças


em que o produtor controla muito mais a sua linha de produção (TSCHIEDEL; FERREIRA, 2002). Ainda
nesse cenário, com a inovação crescente, novas ferramentas podem ser usadas nas lavouras, como os
VANT?s ou drones, equipamentos eletrônicos movidos à bateria (OLIVEIRA et al., 2020).
A expressão que conhecemos por drone, é um termo genérico que não possui definição técnica, este
nome foi popularizado principalmente nos Estados Unidos e a partir daí foi difundido, para denominar
qualquer objeto voador não tripulado, seja ele usado para fins produtivos, comerciais ou quaisquer
outros (GALVÃO, 2017).
Segundo Pereira (2017), surgiram por uma necessidade militar na época da Segunda Guerra Mundial,
sendo a Alemanha o país onde foi desenvolvido o primeiro drone. Os modelos atuais foram projetados por
Abe Karem nas décadas de 70. No Brasil, o primeiro voo se deu em 1983, nomeado de BQM1BR,
capturava imagens e vídeos, funções básicas comparadas aos modelos mais recentes.
O desenvolvimento desses dispositivos voadores surgiu como uma importante opção na AP. A aplicação
dos mesmos em áreas agrícolas vem se tornando facilitada devido o atual estágio de desenvolvimento
tecnológico, além de serem relativamente baratos, possuírem tamanho pequeno e pela necessidade de
otimização da produção. Mundialmente reconhecido, o termo ?Veículo Aéreo Não Tripulado? inclui uma
ampla variedade de aeronaves que são autônomas, semiautônomas ou remotamente operadas (RASI,

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2008).
São classificados como drone de asas fixas e asas rotativas, com aplicabilidade na agricultura e diferenças
entre si. Os de asas fixas, representado na Figura 01, são projetados para atender médias e grandes
áreas, voltados para mapeamento e monitoramento. Em relação ao modelo de asas rotativas, possuem
velocidade de voo, autonomia de bateria e área de cobertura maior, com pilotagem manual mais difícil;
quanto à decolagem e pouso, são na horizontal e a orientação das imagem são na vertical de cima para
baixo. Já os de asas rotativas, conforme a Figura 02, são essenciais para menores áreas, com pilotagem
mais fácil, decolagem e pouso na vertical e suas imagens são panorâmica (SENAR, 2018).

Figura 01. Drone de asas fixas com aplicação na agricultura.


Fonte: ALAVOURA (2020).

Figura 2. Drone de asas rotativas na agricultura.


Fonte: ANAC (2017)

Atualmente os drones possuem uma tecnologia que revolucionou as práticas de manejo na agricultura,
facilitando o monitoramento das culturas diariamente, possibilitando uma produção mais segura, otimizada
e sustentável (GONZÁLEZ et al., 2015).

Aplicações na agricultura
Uma das últimas tecnologias implantadas no setor agrícola são os drones, esses objetos disponibilizam a
possibilidade de acompanhar a lavoura em tempo real, realizando coleta de dados, identificando pragas e
doenças, estresse hídrico, deficiência nutricional, falhas no plantio, podendo realizar pulverizações de
defensivos e observar dificuldades na produção, essas ferramentas auxiliam na otimização do tempo, além
de facilitarem a tomada de decisão pelos produtores, reduzindo perdas e aumentando a performance
(GIRALDELI, 2019). Além disso, a polinização de culturas com drones, em ambientes controlados, estão
sendo testados para polinizar culturas, auxiliando na ausência ou declínio de polinizadores naturais, como
as abelhas (REDES AVANZADAS, 2017).
Diante do exposto, é notório que a evolução tecnológica e a crescente acessibilidade desses dispositivos
que apresentam sensores e recursos de imagem cada vez mais avançados, auxiliam no aumento de
produtividades e permitem reduzir danos nas lavouras, uma vez que possibilitam o monitoramento em
tempo real (RODRIGO, 2016).

Impactos e desafios da implementação de drone na agricultura


Impactos
A implementação de drones na agricultura traz uma série de vantagens, eles viabilizam o monitoramento
em tempo real das plantações, fornecendo informações atualizadas sobre o estado das atividades
agrícolas, essa capacidade ajuda a embasar decisões mais precisas para melhorar a gestão agrícola e
otimizar a produtividade (VELUSAMY et al., 2021).
Além disso, para a economia inteligente de insumos traz benefícios eficazes comparado aos modelos
convencionais. A pulverização com drones reduz a utilização de produtos químicos em excesso,
resultando em economia de insumos, diminuição de impactos no ambiente e aprimoramento da segurança

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de operadores (SOUZA, 2021).


Outro impacto positivo, segundo Gonçalves (2021), é a eficácia e rapidez com que os drones conseguem
abranger áreas extensas, eles permitem o mapeamento eficiente de grandes áreas agrícolas e em prazos
reduzidos, tornando-se valioso para regiões distantes e de difícil alcance.
Os drones desempenham um papel importante na obtenção de dados topográficos que dão suporte à
administração de recursos hídricos e à avaliação da configuração do terreno, tornando-se, dessa forma,
mais um aplicação significativa na agricultura (FENG et al., 2015).
Para Espinoza et al. (2017), também podem ser usados para a criação de mapas de zonas de cultivo,
permitindo aos agricultores detectarem áreas problemáticas que requerem maior atenção.
Desafios
Dentre os benefícios da implementação dos drones na agricultura, também surgem desafios que devem
ser considerados. Um deles reside na necessidade de capacitar tecnicamente os operadores de drone.
Para a utilização eficaz desse equipamento na agricultura, é crucial que os operadores possuam o
conhecimento técnico necessário para operá-los e interpretar os dados coletados (CARDOSO, 2021).
Além disso, segundo Inguaggiato (2020), a legislação e regulamentação sobre o uso de drones no setor
agrícola estão ainda em processo de evolução e podem divergir conforme o país ou localidade, podendo
resultar em limitações e restrições para as operações.
Uma outra restrição está associada ao custo inicial elevado de compra e manutenção dos drones, assim
como dos sistemas de sensoriamento remoto incorporados (GONÇALVES, 2021).

Materiais e métodos

O presente estudo foi conduzido usando a metodologia de revisão de literatura por meio de uma pesquisa
qualitativa de dados bibliográficos que abordam o uso de drone na agricultura. Para a coleta de dados
foram utilizados fontes nacionais e internacionais, icluindo artigos, teses de doutorado, dissertações, livros
e periódicos disponíveis em bancos de dados, como a Scientific Electronic Library Online (SciELO), a
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Doutorados (BDTD), o Google Acadêmico, e órgãos
governamentais, como a Associação Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa Brasileira de
Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA). Foram aplicados os descritores ?agricultura 4.0?, ?drones?,
?agricultura de precisão? e ?agronegócio?. A limitação de tempo para os artigos e trabalhos científicos foi
de 2000 a 2023.

Resultado e discussão
O acelerado desenvolvimento do planeta e a crescente demanda por métodos que promovam o
desempenho agrícola com responsabilidade ambiental, tem demonstrado resultados cada vez mais
satisfatórios no uso de recursos agrícolas e naturais. Diante dessa nova necessidade, uma abordagem
encontrada foi a Agricultura de Precisão, que atualmente se destaca como uma ferramenta amplamente
utilizada para proporcionar aos produtores direcionamentos mais eficientes e sustentáveis em suas
atividades agrícolas (ARANTES et al., 2019).
Conforme destacado por Russo (2020), a Agricultura de Precisão encara desafios, como a necessidade de

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investir em tecnologias avançadas, treinar agricultores e lidar com a integração de dados complexos. No
entanto, seu potencial para aprimorar a eficiência agrícola, são seus pontos positivos, reduzir custos e
minimizar o impacto ambiental a torna uma abordagem essencial para o futuro da agricultura sustentável.
Além disso, Almeida (2023) explica que o Sensoriamento Remoto desempenha um papel essencial na
Agricultura de Precisão atual, possibilitando a obtenção de informações detalhadas e abrangentes sobre
as condições das culturas e do ambiente. Isso compreende a coleta de dados através de sensores
instalados em aeronaves, satélites ou mesmo drones, permitindo a obtenção de informações sobre a
superfície terrestre e a vegetação com base em radiações eletromagnéticas refletidas ou emitidas.
A implementação de drones tem apresentado resultado promissores e significativos na agricultura. De
maneira resumida, os drones capturam imagens aéreas da plantação que posteriormente são submetidas
à análise de imagens. Isso permite a visualização da plantação de ângulos diferentes e facilita a
identificação de problemas que anteriormente seriam mais desafiadores de detectar (GOMES et al., 2019).

Do ponto de vista econômico, estudos tem indicado que a implementação de drones na agricultura pode
resultar em uma redução significativa dos custos operacionais. Conforme Tremea (2023), a utilização de
drones para monitorar e detectar problemas nas lavouras permite respostas mais ágeis e direcionadas,
diminuindo o desperdício de insumos agrícolas e, por conseguinte, reduzindo os custos de produção.
Adicionalmente, a aplicação precisa de fertilizantes e pesticidas com a ajuda de drones tem se destacado
em termos de eficiência quando comparada aos métodos convencionais de aplicação em grande escala.
Conforme Santos (2023) observa, a pulverização inteligente conduzida por drones possibilita a aplicação
somente nas áreas que realmente demandam, evitando a sobreposição de produtos químicos e reduzindo
os custos com insumos. É importante ressaltar que, a aplicação precisa e controlada desses insumos
contribui significativamente para a diminuição do impacto ambiental, uma vez que reduz a contaminação
do solo e da água, bem como minimiza a exposição de seres humanos e outros organismos aos produtos
químicos (YANG ET AL., 2017).
Seundo Alarcão, Nuñez (2023), a legislação atual no Brasil demanda autorização para a utilização de
drones em zonas rurais, além de estabelecer diretrizes de segurança e respeito à privacidade. Entretanto,
há iniciativas em andamento para melhorar a regulamentação e facilitar o uso dessa tecnologia na
agricultura.
Recomenda-se investir em políticas públicas direcionadas para a capacitação de profissionais. A
legislação Nº 298 de 22/09/2021 estipula diversos critérios para a utilização de drones na agricultura.
Dentre eles, é essencial destacar a obrigatoriedade de que o operador seja maior de idade, devidamente
habilitados, capacitado e registrado para operar a aeronave. Além disso, é imprescindível observar e
cumprir as normas de segurança e privacidade estabelecidas pela legislação brasileira (MAPA, 2021).
Um dos principais obstáculos enfrentados no Brasil para a implementação de drones na agricultura está
vinculado a legislação, que permanece bastante limitada. No entando, existem esforços em andamento
para aprimorar a regulamentação e simplificar o uso de dornes no setor agrícola (ALVES; NUÑEZ, 2023).
Entretando, Veluzamy et al. (2021), destacam a importância de levar em conta os custos iniciais de
aquisição e manutenção dos drones, assim como a necessidade de treinar adequadamente os operadores
para usufruir dessa tecnologia. Assim, tais aspectos podem influenciar a sustentabilidade financeira da
implementação de drones na propriedade, particularmente para pequenos agricultores.

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Considerações finais
Conforme a revisão, pode-se observar que a modernização da agricultura
está cada vez mais avançada, com uma diversidade de tecnologias que geram
benefícios econômicos e sustentáveis ao produtor e ao meio ambiente. A Agricultura de Precisão, por
exemplo, abrange muitas inovações que trazem segurança e agilidade, como os drones. São ferramentas
revolucionárias no campo, sendo veículos aéreos não tripulados (VANT) que desempenham um papel
crucial no monitoramento de lavouras e em outras atividades que promovem melhorias e eficiência no
processo agrícola.
Os drones oferecem uma ampla gama de aplicações, que abrangem desde o mapeamento e
monitoramento das culturas até a aplicação precisa de insumos agrícolas. Essas tecnologias fornecem aos
agricultores informações em tempo real, permitindo decisões mais assertivas e um aumento na
produtividade. Adicionalmente, contribuem para a redução dos custos operacionais ao otimizar o uso de
insumos agrícolas e minimizar o desperdício. Além de contribuir para um cultivo mais eficiente e
sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura enfrenta desafios significativos, como custos iniciais
elevados e complexidades regulatórias. Isso pode dificultar a implementação, especialmente em
propriedades de menor porte. Portanto, investimentos em treinamento e infraestrutura desempenham um
papel fundamental, assim como a conscientização dos benefícios dessa tecnologia para os produtores.

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RPAS .12 deabril de2023.

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FaseAcontecimento
Tração animal(Antes de 1960)Agricultura 1.0Produção e comercialização manuais, tendo propriedades
com baixo índice de produtividade, dependência da agricultura familiar, equipamentos manuais e produção
voltada para subsistência e venda excedente.
Modernização da agricultura(1960-1970)Agricultura 2.0Desenvolvimento de diversos métodos de gestão e
de controle de meta. O trabalho temporário, também conhecido como ?boia-fria?, se consolida em função
da especialização no plantio, trato cultural e colheita. Em 1965, ocorreu a criação do Sistema Nacional de
Créditos Rurais (SNCR), com oferta de créditos e juros diferenciado. E promove-se, pelo Governo Federal
, a mecanização.
Revolução Verde(1970-1990)Agricultura 2.0Crescimento da agricultura principalmente devido à expansão

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de áreas cultivadas, com predominância de áreas planas que favoreceram a mecanização do trabalho.
Em 1973, se consolida a criação da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, fundamental
para a organização da estratégia nacional de pesquisa no setor agropecuário. Em 1975, o Estado atua
fortemente a favor do produtor, com a criação da Embrapa Soja, do Programa Nacional do Álcool, da
realização de pesquisas para adaptar mudas e semente resistentes ao clima mais seco, fundamental para
a expansão da fronteira agrícola no Brasil, em direção ao Centro-Oeste. Por fim, em 1980, o crescimento
de produção aumenta, derivado das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa.
Agricultura de Precisão(1990-2014)Agricultura 3.0Nos anos de 1990, a computação permitiu a otimizar os
processos e a automações. Em 1996, instituiu-se o Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrotas), aumentando o volume de créditos ao
longo de 15 anos e promovendo renovação das máquinas no campo. Em 1997, houve o melhoramento
genético de sementes. E a partir de 2002, o plantio de transgênicos.
Integração das tecnologias(A partir de 2014)Agricultura 4.0Consolida-se a automação oportunizando o
desenvolvimento de sistemas autônomos, o controle de fatores locacionais, ferramentas geoespaciais, o
Sistema Diagnose Virtual, uso de cartilhas, folders e dias de campo. E a partir de 2019, há a
implementação das tecnologias 4.0.

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Arquivo 1: TCC referencial.docx (5406 termos)
Arquivo 2: https://www.mdpi.com/2072-4292/7/1/1074 (8115 termos)
Termos comuns: 26
Similaridade: 0,19%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC referencial.docx (5406 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.mdpi.com/2072-4292/7/1/1074
(8115 termos)

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Resumo
Com a evolução do setor agrícola, a agricultura atual, ou digital, inclui novos avanços tecnológicos com o
potencial de revolucionar a forma como os produtores gerenciam suas culturas, aumentando a eficiência, a
produtividade e a sustentabilidade no campo. A adoção e aplicação da Agricultura de Precisão permitem o
uso de inovações e transformações promissoras, como os drones, veículos aéreos não tripulados que
processam inúmeros dados e informações, com o intuito de otimizar as operações. Os drones possuem
diversas utilidades no campo, como o monitoramento de culturas, a detecção de pragas e doenças, bem
como a pulverização precisa de insumos agrícolas. Suas aplicações impulsionam a eficiência e
produtividade no setor agronômico, além de reduzir os custos operacionais, tais como os gastos com
combustíveis e mão de obra, minimizando os impactos ambientais ao diminuir o uso excessivo de
produtos químicos e a emissão de poluentes. Portanto, a implementação na agricultura enfrenta desafios,
como os altos custos iniciais e questões regulatórias. Assim, o presente estudo teve como objetivo
evidenciar, através de revisão bibliográfica, os impactos e desafios da implementação de drones na
agricultura. O resultado da interpretação dos estudos demonstrou que essas ferramentas impactam
positivamente na agricultura e enfrentam desafios, como o custo inicial e questões regulamentares.
Palavras chave: evolução, Agricultura de Precisão, veículos aéreos não tripulados.

Introdução
A agricultura é uma das atividades mais arcaica e crucial para a humanidade, desempenhando um papel

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fundamental ao longo da história, ao promover alimentos e recursos essenciais para a sobrevivência e o


progresso da sociedade. O crescimento populacional global e o aumento das demandas por produtos
agrícolas tem levado a uma complexidade dos desafios enfrentados pelos agricultores. Neste cenário, a
busca por soluções inovadoras e tecnologias avançadas, que impulsionem a produtividade e a eficiência
agrícola, tornou-se uma prioridade para o setor (CARNEIRO, 2017).
Segundo Alves (2023), a agricultura passou por transformações e adotou a modernidade, incorporando
novas tecnologias para garantir sustentabilidade e produtividade. Dessa forma, o autor afirma que
ferramentas inovadoras, como a Agricultura de Precisão (AP) e os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT
?s) ou drones, permitem um monitoramento preciso e em tempo real da produção, tornando-a mais segura
e proporcionando melhores decisões.
Nesse contexto, a implementação de drones na agricultura proporciona vantagens significativas, tais como
o monitoramento e a obtenção de imagens detalhadas e precisas, bem como a gestão de culturas. Com a
capacidade de sobrevoar áreas extensas em tempo reduzido e capturar imagens minuciosas e precisas,
esses dispositivos possibilitam aos agricultores uma visão abrangente da lavoura. Isso inclui a
identificação de problemas, como doenças, pragas, estresse hídrico e a deficiência nutricional, ao mesmo
tempo em que fornece informações essenciais para o planejamento da colheita (ALARCÃO; NUÑES,
2023).
Além do monitoramento, os drones têm se revelado eficazes na aplicação precisa e direcionada de
insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas. Essa abordagem, denominada pulverização inteligente,
visa a redução do desperdício de produtos químicos, a diminuição dos custos operacionais e a
minimização dos impactos ambientais negativos. Isso contribui para tornar a agricultura mais sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura também apresenta desafios, como o alto
investimento inicial, a necessidade de treinamento dos operadores e as questões regulatórias relacionadas
ao uso do espaço aéreo (SOUZA, 2021; INGUAGGIATO, 2020; GOLÇALVES, 2021).
Considerando a relevância e aplicação dos drones nas lavouras, o objetivo deste estudo de revisão
bibliográfica é avaliar os impactos e desafios associados a essa tecnologia quando implementada na
agricultura. Espera-se que os resultados deste estudo possam demonstrar suas aplicações, vantagens e
desvantagens na implementação de drones nas atividades agrícolas.

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Fundamentação teórica

Origem e modernização da agricultura


A agricultura teve seus primeiros indícios no período Neolítico entre 8.000 e
5.000 a.C., em que começa o domínio dos metais e, assim, surgem as primeiras ferramentas. Na
antiguidade, as máquinas primitivas eram criadas pela capacidade humana, e usadas através da força
muscular do homem e animal, que permitiam o cultivo. Na Idade Média, a agricultura movimentava a
economia que era praticamente dependente desse setor. Com isso, apareceram algumas inovações como
o surgimento de moinho, o rodízio nas áreas de produção e o arado de ferro (FELDENS, 2018).
A agricultura já foi bastante rudimentar, feita por trabalhadores braçais com máquinas pouco sofisticadas
(VIVO, 2022). E desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das civilizações, permitiu que o
homem deixasse de ser nômade e passasse a fixar-se em áreas férteis (FELDENS, 2018). Com o avanço
exorbitante da urbanização e da indústria, tornou-se necessária a modernização do setor agrário com a
finalidade de produzir alimentos e produtos (TEIXEIRA, 2005).
A partir desse cenário, entre as décadas de 1960 e 1970, ocorreu um processo conhecido como
Revolução Verde que transformou, sobretudo, a evolução de técnicas e equipamentos (BECKMANN;
SANTANA, 2019). Segundo Feldens (2018), o país desenvolveu tecnologias próprias que, em 1990, com a
inovação e o crescente desenvolvimento agrícola, se tornou recordista em produtividade e exportação.
Além disso, se configurou também pela necessidade da utilização de insumos como forma de aumentar a
produtividade (VIEITES, 2010).
A disponibilidade de insumos modernos e sistemas eficientes de correção de solos contribuíram para
elevar a produtividade da terra, do trabalho e do capital (CUNHA et. al., 2008). Além disso, a mecanização
agrícola foi fator relevante no acréscimo da produção podendo ser considerada um índice de
desenvolvimento do setor agrário (NOGUEIRA, 2001).
O agronegócio sempre contou com a inovação para ampliar sua produção de alimentos e superar desafios
como pragas, variações climáticas e as próprias restrições naturais de plantio (MAFRA, 2022). Para
Rocha (2021), a agricultura se modernizou e desenvolveu conforme a revolução da indústria. Sendo
responsável pelas transformações tecnológicas em diversos setores, além da agricultura (LIU et al., 2021).

Ainda segundo Liu et al. (2021), a agricultura recebeu definições ao longo de suas evoluções. As práticas
tradicionais utilizando ferramentas produzidas pelo próprio homem, é definida como Agricultura 1.0.
Posteriormente, com a Primeira Revolução Industrial, que possibilitou novas transformações como a
introdução da mecanização agrícola, foi designada Agricultura 2.0. Já no século XX, acontecia a Segunda
Revolução Industrial, trazendo novas fontes energéticas e inovações no transporte, que influenciaram o
mercado e, consequentemente, a produção em maiores escalas, que somadas ao desenvolvimento da
Indústria 3.0, resultaram na chegada de TI, software, melhoramento das máquinas conhecido como
Agricultura 3.0.
Nesse contexto, se faz presente nos dias atuais a agricultura 4.0, que faz uso de métodos também

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empregados na indústria 4.0, englobando a agricultura e a pecuária de precisão, a automação e a robótica


agrícola. (MASSRUHÁ; LEITE, 2017). Segue na tabela 1, as fases e os acontecimentos relevantes da
evolução da agricultura brasileira.
Tabela 1- Fases e acontecimentos relevantes da evolução da agricultura brasileira.
Fonte: Massruhá; Leite (2017), Vieira Filho (2014).
A revolução no agronegócio mundial tem crescido, tendo como base o uso de novas tecnologias para
melhorias nos modelos de produção rural (JARDIM, 2019). Segundo Beckmann e Santana (2019) o
processo de inovação vem sendo o grande diferencial, no crescimento da agricultura nacional, atrelado
cada vez mais a modernização no setor agrícola.

Agricultura 4.0
A Agricultura 4.0 refere-se aos desenvolvimentos na mais recente fronteira tecnológica, sob modelo da
Indústria 4.0. Assim, pode ser compreendida como a aplicação de tecnologias como big data, a internet
das coisas a robótica, os sensores, a impressão 3D, a integração de sistemas, a inteligência artificial, o
aprendizado de máquina, entre outras tecnologias, à agricultura. É notório que a elevada produtividade,
lucratividade, a redução de impactos ambientais e do modelo de manejo das propriedades, justificam-se
devido aos avanços tecnológicos que são empregados pela Agricultura 4.0 (KLERKX et al., 2019; ROSE;
CHILVERS, 2018; DENVER, 2019).
O Brasil está entre um dos países que mais produz alimentos no mundo e
com o crescimento da população mundial, a produção de alimentos
automaticamente cresce. Entretanto, existem empecilhos que interferem na
produtividade e, assim, impulsionam a criação de novas formas de manejo para uma lavoura. Essas
inovações e transformações no agronegócio são promissoras para melhorar as condições de produção e
aumentar a produtividade para suprir a crescente demanda (VILLAFUERTE et al., 2018).
É válido ressaltar que tal revolução tecnológica possibilitou avanços não somente voltados às fábricas,
mas também em outros setores, como na agricultura. Diversas tecnologias têm apoiado no sentido de
aprimorar o monitoramento e tomada de decisões, como navegação por satélite e rede de sensores,
computação em rede, computação onipresente e computação sensível ao contexto estão apoiando o dito
domínio para melhorar o monitoramento e tomada de decisões no campo (AQEEL-UR-REHMAN; SHAIKH
, 2009). Segundo Bongomin et al. (2020), a Agricultura 4.0 usa tecnologias da Industria 4.0, buscando uma
autonomia, com abastecimento confiável dos alimentos, uso de sensores e com fornecimento de
informações para que o agricultor usuário dos sistemas possa ter apoio na tomada de decisão, a força
impulsionadora é a necessidade do aumento de produção eficiência nos processos, qualidade e redução
dos impactos ambientais.
Com a utilização dessas tecnologias, será possível utilizar apenas as quantidades mínimas necessárias,
aplicadas em áreas específicas (CLERCQ et al., 2018). Além da introdução de novas ferramentas e
práticas, a verdadeira promessa da Agricultura 4.0 é em termos de aumento da produtividade e reside na
capacidade de coletar, usar e trocar dados remotamente. A transformação chave reside na capacidade de
coletar mais dados e medição sobre a produção: qualidade do solo, níveis de irrigação, clima, presença de
insetos e pragas. Sendo os dados obtidos a partir de sensores implantados em tratores e implementados
diretamente no campo e no solo ou com o uso de drones ou imagens de satélite (BONNEAU, et al. 2017).

Agricultura de Precisão
A agricultura de precisão (AP) pode ser definida como práticas agrícolas com base nas tecnologias de

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informação (TI) e ferramentas da mecanização e automação, considerando a variabilidade do espaço e do


tempo sobre a produtividade das culturas. Ela pode ser entendida como um ciclo que se inicia na coleta
dos dados, análises e interpretação dessas informações, geração das recomendações, aplicação no
campo e avaliação dos resultados (GEEBERS; ADAMCHUK, 2010). Dessa forma, a AP é uma ferramenta
que auxilia os produtores na tomada de decisões no manejo das culturas, levando em conta a
variabilidade espacial e temporal da lavoura para obter máximo retorno econômico e reduzir o impacto
ambiental (INAMASU et al., 2011). É, portanto, uma cadeia de conhecimentos, na qual máquinas,
dispositivos, equipamentos e softwares são ferramentas para a coleta de dados, os quais devem ser
organizados e interpretados, gerando informações para apoiar a gestão (INAMASU; BERNARDI, 2014).
O conceito de Agricultura de Precisão está ligado a um processo de gestão produtiva que envolve
multidisciplinaridade como segmentos da agronomia, mecatrônica, geometria, informática e meio ambiente
, e teve início com a introdução de GPS e mapas de produtividade. Ainda dentro desse cenário, o
sensoriamento remoto (SR) torna-se importante para a capitação e gerenciamento de dados recolhidos
nas lavouras (INAMASSU et al., 2011, SHIRATSUCHI, 2014).
O sensoriamento remoto encaixou de forma perfeita na agricultura e transformou-se em uma subsídio para
AP. Monitorar grandes áreas, identificar as necessidades de manejo, com capacidade de revisita diária,
está transformando o SR um aliado com a capacidade de dar repostas para agricultura com uma
velocidade suficiente para ampliar produtividade com capacidade de extrair informação menor que 100 m
². Esse processo torna a SR um elemento chave dentro da agricultura de precisão, cobrindo áreas em
escala regional com detalhamento dentro do talhão (SHEFFIELD, 2018).
Segundo Costa e Guilhoto (2003) analisaram o impacto potencial da adoção das principais técnicas de
agricultura de precisão na economia brasileira e observaram resultados consideráveis. Segundo os
autores, a utilização da tecnologia proporcionou o aumento de 10% de produtividade nas culturas de soja,
milho e cana-de-açúcar. A gestão do conhecimento derivado da agricultura de precisão tem tomado novas
fronteiras dentro do contexto de produção e desafios antes não existentes (FRASER, 2018).
Entretanto, quando se trata de propriedades rurais de pequeno porte, a agricultura de precisão muitas
vezes torna-se praticamente impossível de ser implantada devido à dificuldade de identificar técnicas
economicamente viáveis para que o agricultor familiar possa utilizar dentro do seu contexto agrícola,
principalmente em um país em desenvolvimento, onde o custo de aquisição de hardwares e serviços
associados ainda é caro (VIANA et al., 2019). Contudo, existem técnicos que se dedicam a desenvolver
alternativas para realizar AP em áreas com menor porte. Sendo assim, AP torna-se um divisor de águas e
vem se destacando a cada dia para uma produção racional, além disso, o mapeamento da propriedade na
questão fertilidade de solo pode auxiliar no uso racional de insumos, minimizando perdas e contribuindo
para a sustentabilidade dos campos brasileiros (BONGIOVANNI; LOWENBER-DEBOER, 2004).
Diante das diversas tecnologias e serviços disponíveis no mercado da Agricultura de Precisão, podem-se
identificar ferramentas que sejam eficientes e ajustadas a cada tipo de sistema de produção (BERNARDI
et al. 2014; OLIVEIRA, 2016). Essas novas tecnologias associam as informações com uma agricultura
comercial madura, surgindo um sistema de manejo de produção integrado, tentando igualar o tipo e a
quantia de insumos que chegam à propriedade com as reais necessidades que a cultura precisa. Nos dias
atuais a quantidade de novas tecnologias disponíveis para se usar na AP vem crescendo gradativamente,
e entre as mesmas, se destaca os Drones, pois traz ao agricultor inúmeros benefícios pelo seus usos
(NUNES, 2016).

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Utilização do Sensoriamento Remoto no manejo das lavouras

O Sensoriamento Remoto (SR) pode ser definido como a ciência que permite com que dados sejam
adquiridos de uma superfície sem que haja contato direto entre o objeto que capta os dados (sensor) e o
alvo, não sendo esses dados necessariamente imagens. Uma das classificações possíveis para a
aquisição de dados através de SR é realizada de acordo com o nível em que os sensores estão
localizados, ou seja, quanto ao nível de aquisição de dados. Nesse sentido, pode-se estratificar o SR em
orbital, aéreo e proximal (terrestre). O nível de aquisição de dados no sensoriamento remoto, quando os
dados são em formato matricial, exerce forte influência no tamanho da área que será monitorada pelo
sensor, na resolução espacial, resolução temporal e na escala das imagens captadas. Quanto mais alto
estiver um sensor, maior será a superfície alcançada e, consequentemente, maior será a resolução
temporal desse sensor, ou seja, maior será a frequência do monitoramento sobre determinada superfície.
Quando se diminui a altitude, menor será a área coberta, entretanto, maior será a riqueza de detalhes
captados pelo sensor, isto é, maior resolução espacial (FLORENZANO, 2011).
No Brasil o mercado agrícola é o maior impulsionador das aeronaves remotamente pilotada (RPA)
atualmente (DE OLIVEIRA, 2020). A realidade operacional incentiva que as pesquisas e os novos estudos
de SR para agricultura sejam elaborados de forma contínua. A agricultura de precisão é um exemplo claro
, que evolui a cada ano, e o SR está inserido nesse contexto, pois trata o manejo agrícola dividido em
células geográficas de acordo com a resolução espacial do sensor, ou seja, o tamanho do pixel passar a
ser a unidade de análise (SHIRATSUCHI, 2014).
A sustentabilidade do meio ambiente e o aumento de produtividade no setor agrícola é uma demanda
constante, e o SR tem a capacidade de ampliar a ação dos dois temas. Com a aplicação de SR, o tempo
resposta para uma ação é maior e mais precisa que qualquer método de campo adotado. Esse fator
direciona as ações do dia a dia (HUNT JR, 2018).

Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT?s) ou Drones

A evolução das tecnologias em geoprocessamento e informática estão permitindo à agricultura, mudanças


em que o produtor controla muito mais a sua linha de produção (TSCHIEDEL; FERREIRA, 2002). Ainda
nesse cenário, com a inovação crescente, novas ferramentas podem ser usadas nas lavouras, como os
VANT?s ou drones, equipamentos eletrônicos movidos à bateria (OLIVEIRA et al., 2020).
A expressão que conhecemos por drone, é um termo genérico que não possui definição técnica, este
nome foi popularizado principalmente nos Estados Unidos e a partir daí foi difundido, para denominar
qualquer objeto voador não tripulado, seja ele usado para fins produtivos, comerciais ou quaisquer
outros (GALVÃO, 2017).
Segundo Pereira (2017), surgiram por uma necessidade militar na época da Segunda Guerra Mundial,
sendo a Alemanha o país onde foi desenvolvido o primeiro drone. Os modelos atuais foram projetados por
Abe Karem nas décadas de 70. No Brasil, o primeiro voo se deu em 1983, nomeado de BQM1BR,
capturava imagens e vídeos, funções básicas comparadas aos modelos mais recentes.
O desenvolvimento desses dispositivos voadores surgiu como uma importante opção na AP. A aplicação
dos mesmos em áreas agrícolas vem se tornando facilitada devido o atual estágio de desenvolvimento
tecnológico, além de serem relativamente baratos, possuírem tamanho pequeno e pela necessidade de
otimização da produção. Mundialmente reconhecido, o termo ?Veículo Aéreo Não Tripulado? inclui uma
ampla variedade de aeronaves que são autônomas, semiautônomas ou remotamente operadas (RASI,

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2008).
São classificados como drone de asas fixas e asas rotativas, com aplicabilidade na agricultura e diferenças
entre si. Os de asas fixas, representado na Figura 01, são projetados para atender médias e grandes
áreas, voltados para mapeamento e monitoramento. Em relação ao modelo de asas rotativas, possuem
velocidade de voo, autonomia de bateria e área de cobertura maior, com pilotagem manual mais difícil;
quanto à decolagem e pouso, são na horizontal e a orientação das imagem são na vertical de cima para
baixo. Já os de asas rotativas, conforme a Figura 02, são essenciais para menores áreas, com pilotagem
mais fácil, decolagem e pouso na vertical e suas imagens são panorâmica (SENAR, 2018).

Figura 01. Drone de asas fixas com aplicação na agricultura.


Fonte: ALAVOURA (2020).

Figura 2. Drone de asas rotativas na agricultura.


Fonte: ANAC (2017)

Atualmente os drones possuem uma tecnologia que revolucionou as práticas de manejo na agricultura,
facilitando o monitoramento das culturas diariamente, possibilitando uma produção mais segura, otimizada
e sustentável (GONZÁLEZ et al., 2015).

Aplicações na agricultura
Uma das últimas tecnologias implantadas no setor agrícola são os drones, esses objetos disponibilizam a
possibilidade de acompanhar a lavoura em tempo real, realizando coleta de dados, identificando pragas e
doenças, estresse hídrico, deficiência nutricional, falhas no plantio, podendo realizar pulverizações de
defensivos e observar dificuldades na produção, essas ferramentas auxiliam na otimização do tempo, além
de facilitarem a tomada de decisão pelos produtores, reduzindo perdas e aumentando a performance
(GIRALDELI, 2019). Além disso, a polinização de culturas com drones, em ambientes controlados, estão
sendo testados para polinizar culturas, auxiliando na ausência ou declínio de polinizadores naturais, como
as abelhas (REDES AVANZADAS, 2017).
Diante do exposto, é notório que a evolução tecnológica e a crescente acessibilidade desses dispositivos
que apresentam sensores e recursos de imagem cada vez mais avançados, auxiliam no aumento de
produtividades e permitem reduzir danos nas lavouras, uma vez que possibilitam o monitoramento em
tempo real (RODRIGO, 2016).

Impactos e desafios da implementação de drone na agricultura


Impactos
A implementação de drones na agricultura traz uma série de vantagens, eles viabilizam o monitoramento
em tempo real das plantações, fornecendo informações atualizadas sobre o estado das atividades
agrícolas, essa capacidade ajuda a embasar decisões mais precisas para melhorar a gestão agrícola e
otimizar a produtividade (VELUSAMY et al., 2021).
Além disso, para a economia inteligente de insumos traz benefícios eficazes comparado aos modelos
convencionais. A pulverização com drones reduz a utilização de produtos químicos em excesso,
resultando em economia de insumos, diminuição de impactos no ambiente e aprimoramento da segurança

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de operadores (SOUZA, 2021).


Outro impacto positivo, segundo Gonçalves (2021), é a eficácia e rapidez com que os drones conseguem
abranger áreas extensas, eles permitem o mapeamento eficiente de grandes áreas agrícolas e em prazos
reduzidos, tornando-se valioso para regiões distantes e de difícil alcance.
Os drones desempenham um papel importante na obtenção de dados topográficos que dão suporte à
administração de recursos hídricos e à avaliação da configuração do terreno, tornando-se, dessa forma,
mais um aplicação significativa na agricultura (FENG et al., 2015).
Para Espinoza et al. (2017), também podem ser usados para a criação de mapas de zonas de cultivo,
permitindo aos agricultores detectarem áreas problemáticas que requerem maior atenção.
Desafios
Dentre os benefícios da implementação dos drones na agricultura, também surgem desafios que devem
ser considerados. Um deles reside na necessidade de capacitar tecnicamente os operadores de drone.
Para a utilização eficaz desse equipamento na agricultura, é crucial que os operadores possuam o
conhecimento técnico necessário para operá-los e interpretar os dados coletados (CARDOSO, 2021).
Além disso, segundo Inguaggiato (2020), a legislação e regulamentação sobre o uso de drones no setor
agrícola estão ainda em processo de evolução e podem divergir conforme o país ou localidade, podendo
resultar em limitações e restrições para as operações.
Uma outra restrição está associada ao custo inicial elevado de compra e manutenção dos drones, assim
como dos sistemas de sensoriamento remoto incorporados (GONÇALVES, 2021).

Materiais e métodos

O presente estudo foi conduzido usando a metodologia de revisão de literatura por meio de uma pesquisa
qualitativa de dados bibliográficos que abordam o uso de drone na agricultura. Para a coleta de dados
foram utilizados fontes nacionais e internacionais, icluindo artigos, teses de doutorado, dissertações, livros
e periódicos disponíveis em bancos de dados, como a Scientific Electronic Library Online (SciELO), a
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Doutorados (BDTD), o Google Acadêmico, e órgãos
governamentais, como a Associação Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa Brasileira de
Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA). Foram aplicados os descritores ?agricultura 4.0?, ?drones?,
?agricultura de precisão? e ?agronegócio?. A limitação de tempo para os artigos e trabalhos científicos foi
de 2000 a 2023.

Resultado e discussão
O acelerado desenvolvimento do planeta e a crescente demanda por métodos que promovam o
desempenho agrícola com responsabilidade ambiental, tem demonstrado resultados cada vez mais
satisfatórios no uso de recursos agrícolas e naturais. Diante dessa nova necessidade, uma abordagem
encontrada foi a Agricultura de Precisão, que atualmente se destaca como uma ferramenta amplamente
utilizada para proporcionar aos produtores direcionamentos mais eficientes e sustentáveis em suas
atividades agrícolas (ARANTES et al., 2019).
Conforme destacado por Russo (2020), a Agricultura de Precisão encara desafios, como a necessidade de

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investir em tecnologias avançadas, treinar agricultores e lidar com a integração de dados complexos. No
entanto, seu potencial para aprimorar a eficiência agrícola, são seus pontos positivos, reduzir custos e
minimizar o impacto ambiental a torna uma abordagem essencial para o futuro da agricultura sustentável.
Além disso, Almeida (2023) explica que o Sensoriamento Remoto desempenha um papel essencial na
Agricultura de Precisão atual, possibilitando a obtenção de informações detalhadas e abrangentes sobre
as condições das culturas e do ambiente. Isso compreende a coleta de dados através de sensores
instalados em aeronaves, satélites ou mesmo drones, permitindo a obtenção de informações sobre a
superfície terrestre e a vegetação com base em radiações eletromagnéticas refletidas ou emitidas.
A implementação de drones tem apresentado resultado promissores e significativos na agricultura. De
maneira resumida, os drones capturam imagens aéreas da plantação que posteriormente são submetidas
à análise de imagens. Isso permite a visualização da plantação de ângulos diferentes e facilita a
identificação de problemas que anteriormente seriam mais desafiadores de detectar (GOMES et al., 2019).

Do ponto de vista econômico, estudos tem indicado que a implementação de drones na agricultura pode
resultar em uma redução significativa dos custos operacionais. Conforme Tremea (2023), a utilização de
drones para monitorar e detectar problemas nas lavouras permite respostas mais ágeis e direcionadas,
diminuindo o desperdício de insumos agrícolas e, por conseguinte, reduzindo os custos de produção.
Adicionalmente, a aplicação precisa de fertilizantes e pesticidas com a ajuda de drones tem se destacado
em termos de eficiência quando comparada aos métodos convencionais de aplicação em grande escala.
Conforme Santos (2023) observa, a pulverização inteligente conduzida por drones possibilita a aplicação
somente nas áreas que realmente demandam, evitando a sobreposição de produtos químicos e reduzindo
os custos com insumos. É importante ressaltar que, a aplicação precisa e controlada desses insumos
contribui significativamente para a diminuição do impacto ambiental, uma vez que reduz a contaminação
do solo e da água, bem como minimiza a exposição de seres humanos e outros organismos aos produtos
químicos (YANG ET AL., 2017).
Seundo Alarcão, Nuñez (2023), a legislação atual no Brasil demanda autorização para a utilização de
drones em zonas rurais, além de estabelecer diretrizes de segurança e respeito à privacidade. Entretanto,
há iniciativas em andamento para melhorar a regulamentação e facilitar o uso dessa tecnologia na
agricultura.
Recomenda-se investir em políticas públicas direcionadas para a capacitação de profissionais. A
legislação Nº 298 de 22/09/2021 estipula diversos critérios para a utilização de drones na agricultura.
Dentre eles, é essencial destacar a obrigatoriedade de que o operador seja maior de idade, devidamente
habilitados, capacitado e registrado para operar a aeronave. Além disso, é imprescindível observar e
cumprir as normas de segurança e privacidade estabelecidas pela legislação brasileira (MAPA, 2021).
Um dos principais obstáculos enfrentados no Brasil para a implementação de drones na agricultura está
vinculado a legislação, que permanece bastante limitada. No entando, existem esforços em andamento
para aprimorar a regulamentação e simplificar o uso de dornes no setor agrícola (ALVES; NUÑEZ, 2023).
Entretando, Veluzamy et al. (2021), destacam a importância de levar em conta os custos iniciais de
aquisição e manutenção dos drones, assim como a necessidade de treinar adequadamente os operadores
para usufruir dessa tecnologia. Assim, tais aspectos podem influenciar a sustentabilidade financeira da
implementação de drones na propriedade, particularmente para pequenos agricultores.

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Considerações finais
Conforme a revisão, pode-se observar que a modernização da agricultura
está cada vez mais avançada, com uma diversidade de tecnologias que geram
benefícios econômicos e sustentáveis ao produtor e ao meio ambiente. A Agricultura de Precisão, por
exemplo, abrange muitas inovações que trazem segurança e agilidade, como os drones. São ferramentas
revolucionárias no campo, sendo veículos aéreos não tripulados (VANT) que desempenham um papel
crucial no monitoramento de lavouras e em outras atividades que promovem melhorias e eficiência no
processo agrícola.
Os drones oferecem uma ampla gama de aplicações, que abrangem desde o mapeamento e
monitoramento das culturas até a aplicação precisa de insumos agrícolas. Essas tecnologias fornecem aos
agricultores informações em tempo real, permitindo decisões mais assertivas e um aumento na
produtividade. Adicionalmente, contribuem para a redução dos custos operacionais ao otimizar o uso de
insumos agrícolas e minimizar o desperdício. Além de contribuir para um cultivo mais eficiente e
sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura enfrenta desafios significativos, como custos iniciais
elevados e complexidades regulatórias. Isso pode dificultar a implementação, especialmente em
propriedades de menor porte. Portanto, investimentos em treinamento e infraestrutura desempenham um
papel fundamental, assim como a conscientização dos benefícios dessa tecnologia para os produtores.

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FaseAcontecimento
Tração animal(Antes de 1960)Agricultura 1.0Produção e comercialização manuais, tendo propriedades
com baixo índice de produtividade, dependência da agricultura familiar, equipamentos manuais e produção
voltada para subsistência e venda excedente.
Modernização da agricultura(1960-1970)Agricultura 2.0Desenvolvimento de diversos métodos de gestão e
de controle de meta. O trabalho temporário, também conhecido como ?boia-fria?, se consolida em função
da especialização no plantio, trato cultural e colheita. Em 1965, ocorreu a criação do Sistema Nacional de
Créditos Rurais (SNCR), com oferta de créditos e juros diferenciado. E promove-se, pelo Governo Federal
, a mecanização.
Revolução Verde(1970-1990)Agricultura 2.0Crescimento da agricultura principalmente devido à expansão

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de áreas cultivadas, com predominância de áreas planas que favoreceram a mecanização do trabalho.
Em 1973, se consolida a criação da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, fundamental
para a organização da estratégia nacional de pesquisa no setor agropecuário. Em 1975, o Estado atua
fortemente a favor do produtor, com a criação da Embrapa Soja, do Programa Nacional do Álcool, da
realização de pesquisas para adaptar mudas e semente resistentes ao clima mais seco, fundamental para
a expansão da fronteira agrícola no Brasil, em direção ao Centro-Oeste. Por fim, em 1980, o crescimento
de produção aumenta, derivado das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa.
Agricultura de Precisão(1990-2014)Agricultura 3.0Nos anos de 1990, a computação permitiu a otimizar os
processos e a automações. Em 1996, instituiu-se o Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrotas), aumentando o volume de créditos ao
longo de 15 anos e promovendo renovação das máquinas no campo. Em 1997, houve o melhoramento
genético de sementes. E a partir de 2002, o plantio de transgênicos.
Integração das tecnologias(A partir de 2014)Agricultura 4.0Consolida-se a automação oportunizando o
desenvolvimento de sistemas autônomos, o controle de fatores locacionais, ferramentas geoespaciais, o
Sistema Diagnose Virtual, uso de cartilhas, folders e dias de campo. E a partir de 2019, há a
implementação das tecnologias 4.0.

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=================================================================================
Arquivo 1: TCC referencial.docx (5406 termos)
Arquivo 2: https://www.mdpi.com/1996-1073/15/1/217 (9529 termos)
Termos comuns: 26
Similaridade: 0,17%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC referencial.docx (5406 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.mdpi.com/1996-1073/15/1/217
(9529 termos)

=================================================================================
Resumo
Com a evolução do setor agrícola, a agricultura atual, ou digital, inclui novos avanços tecnológicos com o
potencial de revolucionar a forma como os produtores gerenciam suas culturas, aumentando a eficiência, a
produtividade e a sustentabilidade no campo. A adoção e aplicação da Agricultura de Precisão permitem o
uso de inovações e transformações promissoras, como os drones, veículos aéreos não tripulados que
processam inúmeros dados e informações, com o intuito de otimizar as operações. Os drones possuem
diversas utilidades no campo, como o monitoramento de culturas, a detecção de pragas e doenças, bem
como a pulverização precisa de insumos agrícolas. Suas aplicações impulsionam a eficiência e
produtividade no setor agronômico, além de reduzir os custos operacionais, tais como os gastos com
combustíveis e mão de obra, minimizando os impactos ambientais ao diminuir o uso excessivo de
produtos químicos e a emissão de poluentes. Portanto, a implementação na agricultura enfrenta desafios,
como os altos custos iniciais e questões regulatórias. Assim, o presente estudo teve como objetivo
evidenciar, através de revisão bibliográfica, os impactos e desafios da implementação de drones na
agricultura. O resultado da interpretação dos estudos demonstrou que essas ferramentas impactam
positivamente na agricultura e enfrentam desafios, como o custo inicial e questões regulamentares.
Palavras chave: evolução, Agricultura de Precisão, veículos aéreos não tripulados.

Introdução
A agricultura é uma das atividades mais arcaica e crucial para a humanidade, desempenhando um papel

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fundamental ao longo da história, ao promover alimentos e recursos essenciais para a sobrevivência e o


progresso da sociedade. O crescimento populacional global e o aumento das demandas por produtos
agrícolas tem levado a uma complexidade dos desafios enfrentados pelos agricultores. Neste cenário, a
busca por soluções inovadoras e tecnologias avançadas, que impulsionem a produtividade e a eficiência
agrícola, tornou-se uma prioridade para o setor (CARNEIRO, 2017).
Segundo Alves (2023), a agricultura passou por transformações e adotou a modernidade, incorporando
novas tecnologias para garantir sustentabilidade e produtividade. Dessa forma, o autor afirma que
ferramentas inovadoras, como a Agricultura de Precisão (AP) e os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT
?s) ou drones, permitem um monitoramento preciso e em tempo real da produção, tornando-a mais segura
e proporcionando melhores decisões.
Nesse contexto, a implementação de drones na agricultura proporciona vantagens significativas, tais como
o monitoramento e a obtenção de imagens detalhadas e precisas, bem como a gestão de culturas. Com a
capacidade de sobrevoar áreas extensas em tempo reduzido e capturar imagens minuciosas e precisas,
esses dispositivos possibilitam aos agricultores uma visão abrangente da lavoura. Isso inclui a
identificação de problemas, como doenças, pragas, estresse hídrico e a deficiência nutricional, ao mesmo
tempo em que fornece informações essenciais para o planejamento da colheita (ALARCÃO; NUÑES,
2023).
Além do monitoramento, os drones têm se revelado eficazes na aplicação precisa e direcionada de
insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas. Essa abordagem, denominada pulverização inteligente,
visa a redução do desperdício de produtos químicos, a diminuição dos custos operacionais e a
minimização dos impactos ambientais negativos. Isso contribui para tornar a agricultura mais sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura também apresenta desafios, como o alto
investimento inicial, a necessidade de treinamento dos operadores e as questões regulatórias relacionadas
ao uso do espaço aéreo (SOUZA, 2021; INGUAGGIATO, 2020; GOLÇALVES, 2021).
Considerando a relevância e aplicação dos drones nas lavouras, o objetivo deste estudo de revisão
bibliográfica é avaliar os impactos e desafios associados a essa tecnologia quando implementada na
agricultura. Espera-se que os resultados deste estudo possam demonstrar suas aplicações, vantagens e
desvantagens na implementação de drones nas atividades agrícolas.

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Fundamentação teórica

Origem e modernização da agricultura


A agricultura teve seus primeiros indícios no período Neolítico entre 8.000 e
5.000 a.C., em que começa o domínio dos metais e, assim, surgem as primeiras ferramentas. Na
antiguidade, as máquinas primitivas eram criadas pela capacidade humana, e usadas através da força
muscular do homem e animal, que permitiam o cultivo. Na Idade Média, a agricultura movimentava a
economia que era praticamente dependente desse setor. Com isso, apareceram algumas inovações como
o surgimento de moinho, o rodízio nas áreas de produção e o arado de ferro (FELDENS, 2018).
A agricultura já foi bastante rudimentar, feita por trabalhadores braçais com máquinas pouco sofisticadas
(VIVO, 2022). E desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das civilizações, permitiu que o
homem deixasse de ser nômade e passasse a fixar-se em áreas férteis (FELDENS, 2018). Com o avanço
exorbitante da urbanização e da indústria, tornou-se necessária a modernização do setor agrário com a
finalidade de produzir alimentos e produtos (TEIXEIRA, 2005).
A partir desse cenário, entre as décadas de 1960 e 1970, ocorreu um processo conhecido como
Revolução Verde que transformou, sobretudo, a evolução de técnicas e equipamentos (BECKMANN;
SANTANA, 2019). Segundo Feldens (2018), o país desenvolveu tecnologias próprias que, em 1990, com a
inovação e o crescente desenvolvimento agrícola, se tornou recordista em produtividade e exportação.
Além disso, se configurou também pela necessidade da utilização de insumos como forma de aumentar a
produtividade (VIEITES, 2010).
A disponibilidade de insumos modernos e sistemas eficientes de correção de solos contribuíram para
elevar a produtividade da terra, do trabalho e do capital (CUNHA et. al., 2008). Além disso, a mecanização
agrícola foi fator relevante no acréscimo da produção podendo ser considerada um índice de
desenvolvimento do setor agrário (NOGUEIRA, 2001).
O agronegócio sempre contou com a inovação para ampliar sua produção de alimentos e superar desafios
como pragas, variações climáticas e as próprias restrições naturais de plantio (MAFRA, 2022). Para
Rocha (2021), a agricultura se modernizou e desenvolveu conforme a revolução da indústria. Sendo
responsável pelas transformações tecnológicas em diversos setores, além da agricultura (LIU et al., 2021).

Ainda segundo Liu et al. (2021), a agricultura recebeu definições ao longo de suas evoluções. As práticas
tradicionais utilizando ferramentas produzidas pelo próprio homem, é definida como Agricultura 1.0.
Posteriormente, com a Primeira Revolução Industrial, que possibilitou novas transformações como a
introdução da mecanização agrícola, foi designada Agricultura 2.0. Já no século XX, acontecia a Segunda
Revolução Industrial, trazendo novas fontes energéticas e inovações no transporte, que influenciaram o
mercado e, consequentemente, a produção em maiores escalas, que somadas ao desenvolvimento da
Indústria 3.0, resultaram na chegada de TI, software, melhoramento das máquinas conhecido como
Agricultura 3.0.
Nesse contexto, se faz presente nos dias atuais a agricultura 4.0, que faz uso de métodos também

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empregados na indústria 4.0, englobando a agricultura e a pecuária de precisão, a automação e a robótica


agrícola. (MASSRUHÁ; LEITE, 2017). Segue na tabela 1, as fases e os acontecimentos relevantes da
evolução da agricultura brasileira.
Tabela 1- Fases e acontecimentos relevantes da evolução da agricultura brasileira.
Fonte: Massruhá; Leite (2017), Vieira Filho (2014).
A revolução no agronegócio mundial tem crescido, tendo como base o uso de novas tecnologias para
melhorias nos modelos de produção rural (JARDIM, 2019). Segundo Beckmann e Santana (2019) o
processo de inovação vem sendo o grande diferencial, no crescimento da agricultura nacional, atrelado
cada vez mais a modernização no setor agrícola.

Agricultura 4.0
A Agricultura 4.0 refere-se aos desenvolvimentos na mais recente fronteira tecnológica, sob modelo da
Indústria 4.0. Assim, pode ser compreendida como a aplicação de tecnologias como big data, a internet
das coisas a robótica, os sensores, a impressão 3D, a integração de sistemas, a inteligência artificial, o
aprendizado de máquina, entre outras tecnologias, à agricultura. É notório que a elevada produtividade,
lucratividade, a redução de impactos ambientais e do modelo de manejo das propriedades, justificam-se
devido aos avanços tecnológicos que são empregados pela Agricultura 4.0 (KLERKX et al., 2019; ROSE;
CHILVERS, 2018; DENVER, 2019).
O Brasil está entre um dos países que mais produz alimentos no mundo e
com o crescimento da população mundial, a produção de alimentos
automaticamente cresce. Entretanto, existem empecilhos que interferem na
produtividade e, assim, impulsionam a criação de novas formas de manejo para uma lavoura. Essas
inovações e transformações no agronegócio são promissoras para melhorar as condições de produção e
aumentar a produtividade para suprir a crescente demanda (VILLAFUERTE et al., 2018).
É válido ressaltar que tal revolução tecnológica possibilitou avanços não somente voltados às fábricas,
mas também em outros setores, como na agricultura. Diversas tecnologias têm apoiado no sentido de
aprimorar o monitoramento e tomada de decisões, como navegação por satélite e rede de sensores,
computação em rede, computação onipresente e computação sensível ao contexto estão apoiando o dito
domínio para melhorar o monitoramento e tomada de decisões no campo (AQEEL-UR-REHMAN; SHAIKH
, 2009). Segundo Bongomin et al. (2020), a Agricultura 4.0 usa tecnologias da Industria 4.0, buscando uma
autonomia, com abastecimento confiável dos alimentos, uso de sensores e com fornecimento de
informações para que o agricultor usuário dos sistemas possa ter apoio na tomada de decisão, a força
impulsionadora é a necessidade do aumento de produção eficiência nos processos, qualidade e redução
dos impactos ambientais.
Com a utilização dessas tecnologias, será possível utilizar apenas as quantidades mínimas necessárias,
aplicadas em áreas específicas (CLERCQ et al., 2018). Além da introdução de novas ferramentas e
práticas, a verdadeira promessa da Agricultura 4.0 é em termos de aumento da produtividade e reside na
capacidade de coletar, usar e trocar dados remotamente. A transformação chave reside na capacidade de
coletar mais dados e medição sobre a produção: qualidade do solo, níveis de irrigação, clima, presença de
insetos e pragas. Sendo os dados obtidos a partir de sensores implantados em tratores e implementados
diretamente no campo e no solo ou com o uso de drones ou imagens de satélite (BONNEAU, et al. 2017).

Agricultura de Precisão
A agricultura de precisão (AP) pode ser definida como práticas agrícolas com base nas tecnologias de

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informação (TI) e ferramentas da mecanização e automação, considerando a variabilidade do espaço e do


tempo sobre a produtividade das culturas. Ela pode ser entendida como um ciclo que se inicia na coleta
dos dados, análises e interpretação dessas informações, geração das recomendações, aplicação no
campo e avaliação dos resultados (GEEBERS; ADAMCHUK, 2010). Dessa forma, a AP é uma ferramenta
que auxilia os produtores na tomada de decisões no manejo das culturas, levando em conta a
variabilidade espacial e temporal da lavoura para obter máximo retorno econômico e reduzir o impacto
ambiental (INAMASU et al., 2011). É, portanto, uma cadeia de conhecimentos, na qual máquinas,
dispositivos, equipamentos e softwares são ferramentas para a coleta de dados, os quais devem ser
organizados e interpretados, gerando informações para apoiar a gestão (INAMASU; BERNARDI, 2014).
O conceito de Agricultura de Precisão está ligado a um processo de gestão produtiva que envolve
multidisciplinaridade como segmentos da agronomia, mecatrônica, geometria, informática e meio ambiente
, e teve início com a introdução de GPS e mapas de produtividade. Ainda dentro desse cenário, o
sensoriamento remoto (SR) torna-se importante para a capitação e gerenciamento de dados recolhidos
nas lavouras (INAMASSU et al., 2011, SHIRATSUCHI, 2014).
O sensoriamento remoto encaixou de forma perfeita na agricultura e transformou-se em uma subsídio para
AP. Monitorar grandes áreas, identificar as necessidades de manejo, com capacidade de revisita diária,
está transformando o SR um aliado com a capacidade de dar repostas para agricultura com uma
velocidade suficiente para ampliar produtividade com capacidade de extrair informação menor que 100 m
². Esse processo torna a SR um elemento chave dentro da agricultura de precisão, cobrindo áreas em
escala regional com detalhamento dentro do talhão (SHEFFIELD, 2018).
Segundo Costa e Guilhoto (2003) analisaram o impacto potencial da adoção das principais técnicas de
agricultura de precisão na economia brasileira e observaram resultados consideráveis. Segundo os
autores, a utilização da tecnologia proporcionou o aumento de 10% de produtividade nas culturas de soja,
milho e cana-de-açúcar. A gestão do conhecimento derivado da agricultura de precisão tem tomado novas
fronteiras dentro do contexto de produção e desafios antes não existentes (FRASER, 2018).
Entretanto, quando se trata de propriedades rurais de pequeno porte, a agricultura de precisão muitas
vezes torna-se praticamente impossível de ser implantada devido à dificuldade de identificar técnicas
economicamente viáveis para que o agricultor familiar possa utilizar dentro do seu contexto agrícola,
principalmente em um país em desenvolvimento, onde o custo de aquisição de hardwares e serviços
associados ainda é caro (VIANA et al., 2019). Contudo, existem técnicos que se dedicam a desenvolver
alternativas para realizar AP em áreas com menor porte. Sendo assim, AP torna-se um divisor de águas e
vem se destacando a cada dia para uma produção racional, além disso, o mapeamento da propriedade na
questão fertilidade de solo pode auxiliar no uso racional de insumos, minimizando perdas e contribuindo
para a sustentabilidade dos campos brasileiros (BONGIOVANNI; LOWENBER-DEBOER, 2004).
Diante das diversas tecnologias e serviços disponíveis no mercado da Agricultura de Precisão, podem-se
identificar ferramentas que sejam eficientes e ajustadas a cada tipo de sistema de produção (BERNARDI
et al. 2014; OLIVEIRA, 2016). Essas novas tecnologias associam as informações com uma agricultura
comercial madura, surgindo um sistema de manejo de produção integrado, tentando igualar o tipo e a
quantia de insumos que chegam à propriedade com as reais necessidades que a cultura precisa. Nos dias
atuais a quantidade de novas tecnologias disponíveis para se usar na AP vem crescendo gradativamente,
e entre as mesmas, se destaca os Drones, pois traz ao agricultor inúmeros benefícios pelo seus usos
(NUNES, 2016).

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Utilização do Sensoriamento Remoto no manejo das lavouras

O Sensoriamento Remoto (SR) pode ser definido como a ciência que permite com que dados sejam
adquiridos de uma superfície sem que haja contato direto entre o objeto que capta os dados (sensor) e o
alvo, não sendo esses dados necessariamente imagens. Uma das classificações possíveis para a
aquisição de dados através de SR é realizada de acordo com o nível em que os sensores estão
localizados, ou seja, quanto ao nível de aquisição de dados. Nesse sentido, pode-se estratificar o SR em
orbital, aéreo e proximal (terrestre). O nível de aquisição de dados no sensoriamento remoto, quando os
dados são em formato matricial, exerce forte influência no tamanho da área que será monitorada pelo
sensor, na resolução espacial, resolução temporal e na escala das imagens captadas. Quanto mais alto
estiver um sensor, maior será a superfície alcançada e, consequentemente, maior será a resolução
temporal desse sensor, ou seja, maior será a frequência do monitoramento sobre determinada superfície.
Quando se diminui a altitude, menor será a área coberta, entretanto, maior será a riqueza de detalhes
captados pelo sensor, isto é, maior resolução espacial (FLORENZANO, 2011).
No Brasil o mercado agrícola é o maior impulsionador das aeronaves remotamente pilotada (RPA)
atualmente (DE OLIVEIRA, 2020). A realidade operacional incentiva que as pesquisas e os novos estudos
de SR para agricultura sejam elaborados de forma contínua. A agricultura de precisão é um exemplo claro
, que evolui a cada ano, e o SR está inserido nesse contexto, pois trata o manejo agrícola dividido em
células geográficas de acordo com a resolução espacial do sensor, ou seja, o tamanho do pixel passar a
ser a unidade de análise (SHIRATSUCHI, 2014).
A sustentabilidade do meio ambiente e o aumento de produtividade no setor agrícola é uma demanda
constante, e o SR tem a capacidade de ampliar a ação dos dois temas. Com a aplicação de SR, o tempo
resposta para uma ação é maior e mais precisa que qualquer método de campo adotado. Esse fator
direciona as ações do dia a dia (HUNT JR, 2018).

Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT?s) ou Drones

A evolução das tecnologias em geoprocessamento e informática estão permitindo à agricultura, mudanças


em que o produtor controla muito mais a sua linha de produção (TSCHIEDEL; FERREIRA, 2002). Ainda
nesse cenário, com a inovação crescente, novas ferramentas podem ser usadas nas lavouras, como os
VANT?s ou drones, equipamentos eletrônicos movidos à bateria (OLIVEIRA et al., 2020).
A expressão que conhecemos por drone, é um termo genérico que não possui definição técnica, este
nome foi popularizado principalmente nos Estados Unidos e a partir daí foi difundido, para denominar
qualquer objeto voador não tripulado, seja ele usado para fins produtivos, comerciais ou quaisquer
outros (GALVÃO, 2017).
Segundo Pereira (2017), surgiram por uma necessidade militar na época da Segunda Guerra Mundial,
sendo a Alemanha o país onde foi desenvolvido o primeiro drone. Os modelos atuais foram projetados por
Abe Karem nas décadas de 70. No Brasil, o primeiro voo se deu em 1983, nomeado de BQM1BR,
capturava imagens e vídeos, funções básicas comparadas aos modelos mais recentes.
O desenvolvimento desses dispositivos voadores surgiu como uma importante opção na AP. A aplicação
dos mesmos em áreas agrícolas vem se tornando facilitada devido o atual estágio de desenvolvimento
tecnológico, além de serem relativamente baratos, possuírem tamanho pequeno e pela necessidade de
otimização da produção. Mundialmente reconhecido, o termo ?Veículo Aéreo Não Tripulado? inclui uma
ampla variedade de aeronaves que são autônomas, semiautônomas ou remotamente operadas (RASI,

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2008).
São classificados como drone de asas fixas e asas rotativas, com aplicabilidade na agricultura e diferenças
entre si. Os de asas fixas, representado na Figura 01, são projetados para atender médias e grandes
áreas, voltados para mapeamento e monitoramento. Em relação ao modelo de asas rotativas, possuem
velocidade de voo, autonomia de bateria e área de cobertura maior, com pilotagem manual mais difícil;
quanto à decolagem e pouso, são na horizontal e a orientação das imagem são na vertical de cima para
baixo. Já os de asas rotativas, conforme a Figura 02, são essenciais para menores áreas, com pilotagem
mais fácil, decolagem e pouso na vertical e suas imagens são panorâmica (SENAR, 2018).

Figura 01. Drone de asas fixas com aplicação na agricultura.


Fonte: ALAVOURA (2020).

Figura 2. Drone de asas rotativas na agricultura.


Fonte: ANAC (2017)

Atualmente os drones possuem uma tecnologia que revolucionou as práticas de manejo na agricultura,
facilitando o monitoramento das culturas diariamente, possibilitando uma produção mais segura, otimizada
e sustentável (GONZÁLEZ et al., 2015).

Aplicações na agricultura
Uma das últimas tecnologias implantadas no setor agrícola são os drones, esses objetos disponibilizam a
possibilidade de acompanhar a lavoura em tempo real, realizando coleta de dados, identificando pragas e
doenças, estresse hídrico, deficiência nutricional, falhas no plantio, podendo realizar pulverizações de
defensivos e observar dificuldades na produção, essas ferramentas auxiliam na otimização do tempo, além
de facilitarem a tomada de decisão pelos produtores, reduzindo perdas e aumentando a performance
(GIRALDELI, 2019). Além disso, a polinização de culturas com drones, em ambientes controlados, estão
sendo testados para polinizar culturas, auxiliando na ausência ou declínio de polinizadores naturais, como
as abelhas (REDES AVANZADAS, 2017).
Diante do exposto, é notório que a evolução tecnológica e a crescente acessibilidade desses dispositivos
que apresentam sensores e recursos de imagem cada vez mais avançados, auxiliam no aumento de
produtividades e permitem reduzir danos nas lavouras, uma vez que possibilitam o monitoramento em
tempo real (RODRIGO, 2016).

Impactos e desafios da implementação de drone na agricultura


Impactos
A implementação de drones na agricultura traz uma série de vantagens, eles viabilizam o monitoramento
em tempo real das plantações, fornecendo informações atualizadas sobre o estado das atividades
agrícolas, essa capacidade ajuda a embasar decisões mais precisas para melhorar a gestão agrícola e
otimizar a produtividade (VELUSAMY et al., 2021).
Além disso, para a economia inteligente de insumos traz benefícios eficazes comparado aos modelos
convencionais. A pulverização com drones reduz a utilização de produtos químicos em excesso,
resultando em economia de insumos, diminuição de impactos no ambiente e aprimoramento da segurança

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de operadores (SOUZA, 2021).


Outro impacto positivo, segundo Gonçalves (2021), é a eficácia e rapidez com que os drones conseguem
abranger áreas extensas, eles permitem o mapeamento eficiente de grandes áreas agrícolas e em prazos
reduzidos, tornando-se valioso para regiões distantes e de difícil alcance.
Os drones desempenham um papel importante na obtenção de dados topográficos que dão suporte à
administração de recursos hídricos e à avaliação da configuração do terreno, tornando-se, dessa forma,
mais um aplicação significativa na agricultura (FENG et al., 2015).
Para Espinoza et al. (2017), também podem ser usados para a criação de mapas de zonas de cultivo,
permitindo aos agricultores detectarem áreas problemáticas que requerem maior atenção.
Desafios
Dentre os benefícios da implementação dos drones na agricultura, também surgem desafios que devem
ser considerados. Um deles reside na necessidade de capacitar tecnicamente os operadores de drone.
Para a utilização eficaz desse equipamento na agricultura, é crucial que os operadores possuam o
conhecimento técnico necessário para operá-los e interpretar os dados coletados (CARDOSO, 2021).
Além disso, segundo Inguaggiato (2020), a legislação e regulamentação sobre o uso de drones no setor
agrícola estão ainda em processo de evolução e podem divergir conforme o país ou localidade, podendo
resultar em limitações e restrições para as operações.
Uma outra restrição está associada ao custo inicial elevado de compra e manutenção dos drones, assim
como dos sistemas de sensoriamento remoto incorporados (GONÇALVES, 2021).

Materiais e métodos

O presente estudo foi conduzido usando a metodologia de revisão de literatura por meio de uma pesquisa
qualitativa de dados bibliográficos que abordam o uso de drone na agricultura. Para a coleta de dados
foram utilizados fontes nacionais e internacionais, icluindo artigos, teses de doutorado, dissertações, livros
e periódicos disponíveis em bancos de dados, como a Scientific Electronic Library Online (SciELO), a
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Doutorados (BDTD), o Google Acadêmico, e órgãos
governamentais, como a Associação Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa Brasileira de
Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA). Foram aplicados os descritores ?agricultura 4.0?, ?drones?,
?agricultura de precisão? e ?agronegócio?. A limitação de tempo para os artigos e trabalhos científicos foi
de 2000 a 2023.

Resultado e discussão
O acelerado desenvolvimento do planeta e a crescente demanda por métodos que promovam o
desempenho agrícola com responsabilidade ambiental, tem demonstrado resultados cada vez mais
satisfatórios no uso de recursos agrícolas e naturais. Diante dessa nova necessidade, uma abordagem
encontrada foi a Agricultura de Precisão, que atualmente se destaca como uma ferramenta amplamente
utilizada para proporcionar aos produtores direcionamentos mais eficientes e sustentáveis em suas
atividades agrícolas (ARANTES et al., 2019).
Conforme destacado por Russo (2020), a Agricultura de Precisão encara desafios, como a necessidade de

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investir em tecnologias avançadas, treinar agricultores e lidar com a integração de dados complexos. No
entanto, seu potencial para aprimorar a eficiência agrícola, são seus pontos positivos, reduzir custos e
minimizar o impacto ambiental a torna uma abordagem essencial para o futuro da agricultura sustentável.
Além disso, Almeida (2023) explica que o Sensoriamento Remoto desempenha um papel essencial na
Agricultura de Precisão atual, possibilitando a obtenção de informações detalhadas e abrangentes sobre
as condições das culturas e do ambiente. Isso compreende a coleta de dados através de sensores
instalados em aeronaves, satélites ou mesmo drones, permitindo a obtenção de informações sobre a
superfície terrestre e a vegetação com base em radiações eletromagnéticas refletidas ou emitidas.
A implementação de drones tem apresentado resultado promissores e significativos na agricultura. De
maneira resumida, os drones capturam imagens aéreas da plantação que posteriormente são submetidas
à análise de imagens. Isso permite a visualização da plantação de ângulos diferentes e facilita a
identificação de problemas que anteriormente seriam mais desafiadores de detectar (GOMES et al., 2019).

Do ponto de vista econômico, estudos tem indicado que a implementação de drones na agricultura pode
resultar em uma redução significativa dos custos operacionais. Conforme Tremea (2023), a utilização de
drones para monitorar e detectar problemas nas lavouras permite respostas mais ágeis e direcionadas,
diminuindo o desperdício de insumos agrícolas e, por conseguinte, reduzindo os custos de produção.
Adicionalmente, a aplicação precisa de fertilizantes e pesticidas com a ajuda de drones tem se destacado
em termos de eficiência quando comparada aos métodos convencionais de aplicação em grande escala.
Conforme Santos (2023) observa, a pulverização inteligente conduzida por drones possibilita a aplicação
somente nas áreas que realmente demandam, evitando a sobreposição de produtos químicos e reduzindo
os custos com insumos. É importante ressaltar que, a aplicação precisa e controlada desses insumos
contribui significativamente para a diminuição do impacto ambiental, uma vez que reduz a contaminação
do solo e da água, bem como minimiza a exposição de seres humanos e outros organismos aos produtos
químicos (YANG ET AL., 2017).
Seundo Alarcão, Nuñez (2023), a legislação atual no Brasil demanda autorização para a utilização de
drones em zonas rurais, além de estabelecer diretrizes de segurança e respeito à privacidade. Entretanto,
há iniciativas em andamento para melhorar a regulamentação e facilitar o uso dessa tecnologia na
agricultura.
Recomenda-se investir em políticas públicas direcionadas para a capacitação de profissionais. A
legislação Nº 298 de 22/09/2021 estipula diversos critérios para a utilização de drones na agricultura.
Dentre eles, é essencial destacar a obrigatoriedade de que o operador seja maior de idade, devidamente
habilitados, capacitado e registrado para operar a aeronave. Além disso, é imprescindível observar e
cumprir as normas de segurança e privacidade estabelecidas pela legislação brasileira (MAPA, 2021).
Um dos principais obstáculos enfrentados no Brasil para a implementação de drones na agricultura está
vinculado a legislação, que permanece bastante limitada. No entando, existem esforços em andamento
para aprimorar a regulamentação e simplificar o uso de dornes no setor agrícola (ALVES; NUÑEZ, 2023).
Entretando, Veluzamy et al. (2021), destacam a importância de levar em conta os custos iniciais de
aquisição e manutenção dos drones, assim como a necessidade de treinar adequadamente os operadores
para usufruir dessa tecnologia. Assim, tais aspectos podem influenciar a sustentabilidade financeira da
implementação de drones na propriedade, particularmente para pequenos agricultores.

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Considerações finais
Conforme a revisão, pode-se observar que a modernização da agricultura
está cada vez mais avançada, com uma diversidade de tecnologias que geram
benefícios econômicos e sustentáveis ao produtor e ao meio ambiente. A Agricultura de Precisão, por
exemplo, abrange muitas inovações que trazem segurança e agilidade, como os drones. São ferramentas
revolucionárias no campo, sendo veículos aéreos não tripulados (VANT) que desempenham um papel
crucial no monitoramento de lavouras e em outras atividades que promovem melhorias e eficiência no
processo agrícola.
Os drones oferecem uma ampla gama de aplicações, que abrangem desde o mapeamento e
monitoramento das culturas até a aplicação precisa de insumos agrícolas. Essas tecnologias fornecem aos
agricultores informações em tempo real, permitindo decisões mais assertivas e um aumento na
produtividade. Adicionalmente, contribuem para a redução dos custos operacionais ao otimizar o uso de
insumos agrícolas e minimizar o desperdício. Além de contribuir para um cultivo mais eficiente e
sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura enfrenta desafios significativos, como custos iniciais
elevados e complexidades regulatórias. Isso pode dificultar a implementação, especialmente em
propriedades de menor porte. Portanto, investimentos em treinamento e infraestrutura desempenham um
papel fundamental, assim como a conscientização dos benefícios dessa tecnologia para os produtores.

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FaseAcontecimento
Tração animal(Antes de 1960)Agricultura 1.0Produção e comercialização manuais, tendo propriedades
com baixo índice de produtividade, dependência da agricultura familiar, equipamentos manuais e produção
voltada para subsistência e venda excedente.
Modernização da agricultura(1960-1970)Agricultura 2.0Desenvolvimento de diversos métodos de gestão e
de controle de meta. O trabalho temporário, também conhecido como ?boia-fria?, se consolida em função
da especialização no plantio, trato cultural e colheita. Em 1965, ocorreu a criação do Sistema Nacional de
Créditos Rurais (SNCR), com oferta de créditos e juros diferenciado. E promove-se, pelo Governo Federal
, a mecanização.
Revolução Verde(1970-1990)Agricultura 2.0Crescimento da agricultura principalmente devido à expansão

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de áreas cultivadas, com predominância de áreas planas que favoreceram a mecanização do trabalho.
Em 1973, se consolida a criação da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, fundamental
para a organização da estratégia nacional de pesquisa no setor agropecuário. Em 1975, o Estado atua
fortemente a favor do produtor, com a criação da Embrapa Soja, do Programa Nacional do Álcool, da
realização de pesquisas para adaptar mudas e semente resistentes ao clima mais seco, fundamental para
a expansão da fronteira agrícola no Brasil, em direção ao Centro-Oeste. Por fim, em 1980, o crescimento
de produção aumenta, derivado das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa.
Agricultura de Precisão(1990-2014)Agricultura 3.0Nos anos de 1990, a computação permitiu a otimizar os
processos e a automações. Em 1996, instituiu-se o Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrotas), aumentando o volume de créditos ao
longo de 15 anos e promovendo renovação das máquinas no campo. Em 1997, houve o melhoramento
genético de sementes. E a partir de 2002, o plantio de transgênicos.
Integração das tecnologias(A partir de 2014)Agricultura 4.0Consolida-se a automação oportunizando o
desenvolvimento de sistemas autônomos, o controle de fatores locacionais, ferramentas geoespaciais, o
Sistema Diagnose Virtual, uso de cartilhas, folders e dias de campo. E a partir de 2019, há a
implementação das tecnologias 4.0.

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Termos comuns: 32
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O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC referencial.docx (5406 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpls.2017.01111/full (15334 termos)

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Resumo
Com a evolução do setor agrícola, a agricultura atual, ou digital, inclui novos avanços tecnológicos com o
potencial de revolucionar a forma como os produtores gerenciam suas culturas, aumentando a eficiência, a
produtividade e a sustentabilidade no campo. A adoção e aplicação da Agricultura de Precisão permitem o
uso de inovações e transformações promissoras, como os drones, veículos aéreos não tripulados que
processam inúmeros dados e informações, com o intuito de otimizar as operações. Os drones possuem
diversas utilidades no campo, como o monitoramento de culturas, a detecção de pragas e doenças, bem
como a pulverização precisa de insumos agrícolas. Suas aplicações impulsionam a eficiência e
produtividade no setor agronômico, além de reduzir os custos operacionais, tais como os gastos com
combustíveis e mão de obra, minimizando os impactos ambientais ao diminuir o uso excessivo de
produtos químicos e a emissão de poluentes. Portanto, a implementação na agricultura enfrenta desafios,
como os altos custos iniciais e questões regulatórias. Assim, o presente estudo teve como objetivo
evidenciar, através de revisão bibliográfica, os impactos e desafios da implementação de drones na
agricultura. O resultado da interpretação dos estudos demonstrou que essas ferramentas impactam
positivamente na agricultura e enfrentam desafios, como o custo inicial e questões regulamentares.
Palavras chave: evolução, Agricultura de Precisão, veículos aéreos não tripulados.

Introdução
A agricultura é uma das atividades mais arcaica e crucial para a humanidade, desempenhando um papel

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fundamental ao longo da história, ao promover alimentos e recursos essenciais para a sobrevivência e o


progresso da sociedade. O crescimento populacional global e o aumento das demandas por produtos
agrícolas tem levado a uma complexidade dos desafios enfrentados pelos agricultores. Neste cenário, a
busca por soluções inovadoras e tecnologias avançadas, que impulsionem a produtividade e a eficiência
agrícola, tornou-se uma prioridade para o setor (CARNEIRO, 2017).
Segundo Alves (2023), a agricultura passou por transformações e adotou a modernidade, incorporando
novas tecnologias para garantir sustentabilidade e produtividade. Dessa forma, o autor afirma que
ferramentas inovadoras, como a Agricultura de Precisão (AP) e os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT
?s) ou drones, permitem um monitoramento preciso e em tempo real da produção, tornando-a mais segura
e proporcionando melhores decisões.
Nesse contexto, a implementação de drones na agricultura proporciona vantagens significativas, tais como
o monitoramento e a obtenção de imagens detalhadas e precisas, bem como a gestão de culturas. Com a
capacidade de sobrevoar áreas extensas em tempo reduzido e capturar imagens minuciosas e precisas,
esses dispositivos possibilitam aos agricultores uma visão abrangente da lavoura. Isso inclui a
identificação de problemas, como doenças, pragas, estresse hídrico e a deficiência nutricional, ao mesmo
tempo em que fornece informações essenciais para o planejamento da colheita (ALARCÃO; NUÑES,
2023).
Além do monitoramento, os drones têm se revelado eficazes na aplicação precisa e direcionada de
insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas. Essa abordagem, denominada pulverização inteligente,
visa a redução do desperdício de produtos químicos, a diminuição dos custos operacionais e a
minimização dos impactos ambientais negativos. Isso contribui para tornar a agricultura mais sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura também apresenta desafios, como o alto
investimento inicial, a necessidade de treinamento dos operadores e as questões regulatórias relacionadas
ao uso do espaço aéreo (SOUZA, 2021; INGUAGGIATO, 2020; GOLÇALVES, 2021).
Considerando a relevância e aplicação dos drones nas lavouras, o objetivo deste estudo de revisão
bibliográfica é avaliar os impactos e desafios associados a essa tecnologia quando implementada na
agricultura. Espera-se que os resultados deste estudo possam demonstrar suas aplicações, vantagens e
desvantagens na implementação de drones nas atividades agrícolas.

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Fundamentação teórica

Origem e modernização da agricultura


A agricultura teve seus primeiros indícios no período Neolítico entre 8.000 e
5.000 a.C., em que começa o domínio dos metais e, assim, surgem as primeiras ferramentas. Na
antiguidade, as máquinas primitivas eram criadas pela capacidade humana, e usadas através da força
muscular do homem e animal, que permitiam o cultivo. Na Idade Média, a agricultura movimentava a
economia que era praticamente dependente desse setor. Com isso, apareceram algumas inovações como
o surgimento de moinho, o rodízio nas áreas de produção e o arado de ferro (FELDENS, 2018).
A agricultura já foi bastante rudimentar, feita por trabalhadores braçais com máquinas pouco sofisticadas
(VIVO, 2022). E desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das civilizações, permitiu que o
homem deixasse de ser nômade e passasse a fixar-se em áreas férteis (FELDENS, 2018). Com o avanço
exorbitante da urbanização e da indústria, tornou-se necessária a modernização do setor agrário com a
finalidade de produzir alimentos e produtos (TEIXEIRA, 2005).
A partir desse cenário, entre as décadas de 1960 e 1970, ocorreu um processo conhecido como
Revolução Verde que transformou, sobretudo, a evolução de técnicas e equipamentos (BECKMANN;
SANTANA, 2019). Segundo Feldens (2018), o país desenvolveu tecnologias próprias que, em 1990, com a
inovação e o crescente desenvolvimento agrícola, se tornou recordista em produtividade e exportação.
Além disso, se configurou também pela necessidade da utilização de insumos como forma de aumentar a
produtividade (VIEITES, 2010).
A disponibilidade de insumos modernos e sistemas eficientes de correção de solos contribuíram para
elevar a produtividade da terra, do trabalho e do capital (CUNHA et. al., 2008). Além disso, a mecanização
agrícola foi fator relevante no acréscimo da produção podendo ser considerada um índice de
desenvolvimento do setor agrário (NOGUEIRA, 2001).
O agronegócio sempre contou com a inovação para ampliar sua produção de alimentos e superar desafios
como pragas, variações climáticas e as próprias restrições naturais de plantio (MAFRA, 2022). Para
Rocha (2021), a agricultura se modernizou e desenvolveu conforme a revolução da indústria. Sendo
responsável pelas transformações tecnológicas em diversos setores, além da agricultura (LIU et al., 2021).

Ainda segundo Liu et al. (2021), a agricultura recebeu definições ao longo de suas evoluções. As práticas
tradicionais utilizando ferramentas produzidas pelo próprio homem, é definida como Agricultura 1.0.
Posteriormente, com a Primeira Revolução Industrial, que possibilitou novas transformações como a
introdução da mecanização agrícola, foi designada Agricultura 2.0. Já no século XX, acontecia a Segunda
Revolução Industrial, trazendo novas fontes energéticas e inovações no transporte, que influenciaram o
mercado e, consequentemente, a produção em maiores escalas, que somadas ao desenvolvimento da
Indústria 3.0, resultaram na chegada de TI, software, melhoramento das máquinas conhecido como
Agricultura 3.0.
Nesse contexto, se faz presente nos dias atuais a agricultura 4.0, que faz uso de métodos também

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empregados na indústria 4.0, englobando a agricultura e a pecuária de precisão, a automação e a robótica


agrícola. (MASSRUHÁ; LEITE, 2017). Segue na tabela 1, as fases e os acontecimentos relevantes da
evolução da agricultura brasileira.
Tabela 1- Fases e acontecimentos relevantes da evolução da agricultura brasileira.
Fonte: Massruhá; Leite (2017), Vieira Filho (2014).
A revolução no agronegócio mundial tem crescido, tendo como base o uso de novas tecnologias para
melhorias nos modelos de produção rural (JARDIM, 2019). Segundo Beckmann e Santana (2019) o
processo de inovação vem sendo o grande diferencial, no crescimento da agricultura nacional, atrelado
cada vez mais a modernização no setor agrícola.

Agricultura 4.0
A Agricultura 4.0 refere-se aos desenvolvimentos na mais recente fronteira tecnológica, sob modelo da
Indústria 4.0. Assim, pode ser compreendida como a aplicação de tecnologias como big data, a internet
das coisas a robótica, os sensores, a impressão 3D, a integração de sistemas, a inteligência artificial, o
aprendizado de máquina, entre outras tecnologias, à agricultura. É notório que a elevada produtividade,
lucratividade, a redução de impactos ambientais e do modelo de manejo das propriedades, justificam-se
devido aos avanços tecnológicos que são empregados pela Agricultura 4.0 (KLERKX et al., 2019; ROSE;
CHILVERS, 2018; DENVER, 2019).
O Brasil está entre um dos países que mais produz alimentos no mundo e
com o crescimento da população mundial, a produção de alimentos
automaticamente cresce. Entretanto, existem empecilhos que interferem na
produtividade e, assim, impulsionam a criação de novas formas de manejo para uma lavoura. Essas
inovações e transformações no agronegócio são promissoras para melhorar as condições de produção e
aumentar a produtividade para suprir a crescente demanda (VILLAFUERTE et al., 2018).
É válido ressaltar que tal revolução tecnológica possibilitou avanços não somente voltados às fábricas,
mas também em outros setores, como na agricultura. Diversas tecnologias têm apoiado no sentido de
aprimorar o monitoramento e tomada de decisões, como navegação por satélite e rede de sensores,
computação em rede, computação onipresente e computação sensível ao contexto estão apoiando o dito
domínio para melhorar o monitoramento e tomada de decisões no campo (AQEEL-UR-REHMAN; SHAIKH
, 2009). Segundo Bongomin et al. (2020), a Agricultura 4.0 usa tecnologias da Industria 4.0, buscando uma
autonomia, com abastecimento confiável dos alimentos, uso de sensores e com fornecimento de
informações para que o agricultor usuário dos sistemas possa ter apoio na tomada de decisão, a força
impulsionadora é a necessidade do aumento de produção eficiência nos processos, qualidade e redução
dos impactos ambientais.
Com a utilização dessas tecnologias, será possível utilizar apenas as quantidades mínimas necessárias,
aplicadas em áreas específicas (CLERCQ et al., 2018). Além da introdução de novas ferramentas e
práticas, a verdadeira promessa da Agricultura 4.0 é em termos de aumento da produtividade e reside na
capacidade de coletar, usar e trocar dados remotamente. A transformação chave reside na capacidade de
coletar mais dados e medição sobre a produção: qualidade do solo, níveis de irrigação, clima, presença de
insetos e pragas. Sendo os dados obtidos a partir de sensores implantados em tratores e implementados
diretamente no campo e no solo ou com o uso de drones ou imagens de satélite (BONNEAU, et al. 2017).

Agricultura de Precisão
A agricultura de precisão (AP) pode ser definida como práticas agrícolas com base nas tecnologias de

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informação (TI) e ferramentas da mecanização e automação, considerando a variabilidade do espaço e do


tempo sobre a produtividade das culturas. Ela pode ser entendida como um ciclo que se inicia na coleta
dos dados, análises e interpretação dessas informações, geração das recomendações, aplicação no
campo e avaliação dos resultados (GEEBERS; ADAMCHUK, 2010). Dessa forma, a AP é uma ferramenta
que auxilia os produtores na tomada de decisões no manejo das culturas, levando em conta a
variabilidade espacial e temporal da lavoura para obter máximo retorno econômico e reduzir o impacto
ambiental (INAMASU et al., 2011). É, portanto, uma cadeia de conhecimentos, na qual máquinas,
dispositivos, equipamentos e softwares são ferramentas para a coleta de dados, os quais devem ser
organizados e interpretados, gerando informações para apoiar a gestão (INAMASU; BERNARDI, 2014).
O conceito de Agricultura de Precisão está ligado a um processo de gestão produtiva que envolve
multidisciplinaridade como segmentos da agronomia, mecatrônica, geometria, informática e meio ambiente
, e teve início com a introdução de GPS e mapas de produtividade. Ainda dentro desse cenário, o
sensoriamento remoto (SR) torna-se importante para a capitação e gerenciamento de dados recolhidos
nas lavouras (INAMASSU et al., 2011, SHIRATSUCHI, 2014).
O sensoriamento remoto encaixou de forma perfeita na agricultura e transformou-se em uma subsídio para
AP. Monitorar grandes áreas, identificar as necessidades de manejo, com capacidade de revisita diária,
está transformando o SR um aliado com a capacidade de dar repostas para agricultura com uma
velocidade suficiente para ampliar produtividade com capacidade de extrair informação menor que 100 m
². Esse processo torna a SR um elemento chave dentro da agricultura de precisão, cobrindo áreas em
escala regional com detalhamento dentro do talhão (SHEFFIELD, 2018).
Segundo Costa e Guilhoto (2003) analisaram o impacto potencial da adoção das principais técnicas de
agricultura de precisão na economia brasileira e observaram resultados consideráveis. Segundo os
autores, a utilização da tecnologia proporcionou o aumento de 10% de produtividade nas culturas de soja,
milho e cana-de-açúcar. A gestão do conhecimento derivado da agricultura de precisão tem tomado novas
fronteiras dentro do contexto de produção e desafios antes não existentes (FRASER, 2018).
Entretanto, quando se trata de propriedades rurais de pequeno porte, a agricultura de precisão muitas
vezes torna-se praticamente impossível de ser implantada devido à dificuldade de identificar técnicas
economicamente viáveis para que o agricultor familiar possa utilizar dentro do seu contexto agrícola,
principalmente em um país em desenvolvimento, onde o custo de aquisição de hardwares e serviços
associados ainda é caro (VIANA et al., 2019). Contudo, existem técnicos que se dedicam a desenvolver
alternativas para realizar AP em áreas com menor porte. Sendo assim, AP torna-se um divisor de águas e
vem se destacando a cada dia para uma produção racional, além disso, o mapeamento da propriedade na
questão fertilidade de solo pode auxiliar no uso racional de insumos, minimizando perdas e contribuindo
para a sustentabilidade dos campos brasileiros (BONGIOVANNI; LOWENBER-DEBOER, 2004).
Diante das diversas tecnologias e serviços disponíveis no mercado da Agricultura de Precisão, podem-se
identificar ferramentas que sejam eficientes e ajustadas a cada tipo de sistema de produção (BERNARDI
et al. 2014; OLIVEIRA, 2016). Essas novas tecnologias associam as informações com uma agricultura
comercial madura, surgindo um sistema de manejo de produção integrado, tentando igualar o tipo e a
quantia de insumos que chegam à propriedade com as reais necessidades que a cultura precisa. Nos dias
atuais a quantidade de novas tecnologias disponíveis para se usar na AP vem crescendo gradativamente,
e entre as mesmas, se destaca os Drones, pois traz ao agricultor inúmeros benefícios pelo seus usos
(NUNES, 2016).

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Utilização do Sensoriamento Remoto no manejo das lavouras

O Sensoriamento Remoto (SR) pode ser definido como a ciência que permite com que dados sejam
adquiridos de uma superfície sem que haja contato direto entre o objeto que capta os dados (sensor) e o
alvo, não sendo esses dados necessariamente imagens. Uma das classificações possíveis para a
aquisição de dados através de SR é realizada de acordo com o nível em que os sensores estão
localizados, ou seja, quanto ao nível de aquisição de dados. Nesse sentido, pode-se estratificar o SR em
orbital, aéreo e proximal (terrestre). O nível de aquisição de dados no sensoriamento remoto, quando os
dados são em formato matricial, exerce forte influência no tamanho da área que será monitorada pelo
sensor, na resolução espacial, resolução temporal e na escala das imagens captadas. Quanto mais alto
estiver um sensor, maior será a superfície alcançada e, consequentemente, maior será a resolução
temporal desse sensor, ou seja, maior será a frequência do monitoramento sobre determinada superfície.
Quando se diminui a altitude, menor será a área coberta, entretanto, maior será a riqueza de detalhes
captados pelo sensor, isto é, maior resolução espacial (FLORENZANO, 2011).
No Brasil o mercado agrícola é o maior impulsionador das aeronaves remotamente pilotada (RPA)
atualmente (DE OLIVEIRA, 2020). A realidade operacional incentiva que as pesquisas e os novos estudos
de SR para agricultura sejam elaborados de forma contínua. A agricultura de precisão é um exemplo claro
, que evolui a cada ano, e o SR está inserido nesse contexto, pois trata o manejo agrícola dividido em
células geográficas de acordo com a resolução espacial do sensor, ou seja, o tamanho do pixel passar a
ser a unidade de análise (SHIRATSUCHI, 2014).
A sustentabilidade do meio ambiente e o aumento de produtividade no setor agrícola é uma demanda
constante, e o SR tem a capacidade de ampliar a ação dos dois temas. Com a aplicação de SR, o tempo
resposta para uma ação é maior e mais precisa que qualquer método de campo adotado. Esse fator
direciona as ações do dia a dia (HUNT JR, 2018).

Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT?s) ou Drones

A evolução das tecnologias em geoprocessamento e informática estão permitindo à agricultura, mudanças


em que o produtor controla muito mais a sua linha de produção (TSCHIEDEL; FERREIRA, 2002). Ainda
nesse cenário, com a inovação crescente, novas ferramentas podem ser usadas nas lavouras, como os
VANT?s ou drones, equipamentos eletrônicos movidos à bateria (OLIVEIRA et al., 2020).
A expressão que conhecemos por drone, é um termo genérico que não possui definição técnica, este
nome foi popularizado principalmente nos Estados Unidos e a partir daí foi difundido, para denominar
qualquer objeto voador não tripulado, seja ele usado para fins produtivos, comerciais ou quaisquer
outros (GALVÃO, 2017).
Segundo Pereira (2017), surgiram por uma necessidade militar na época da Segunda Guerra Mundial,
sendo a Alemanha o país onde foi desenvolvido o primeiro drone. Os modelos atuais foram projetados por
Abe Karem nas décadas de 70. No Brasil, o primeiro voo se deu em 1983, nomeado de BQM1BR,
capturava imagens e vídeos, funções básicas comparadas aos modelos mais recentes.
O desenvolvimento desses dispositivos voadores surgiu como uma importante opção na AP. A aplicação
dos mesmos em áreas agrícolas vem se tornando facilitada devido o atual estágio de desenvolvimento
tecnológico, além de serem relativamente baratos, possuírem tamanho pequeno e pela necessidade de
otimização da produção. Mundialmente reconhecido, o termo ?Veículo Aéreo Não Tripulado? inclui uma
ampla variedade de aeronaves que são autônomas, semiautônomas ou remotamente operadas (RASI,

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2008).
São classificados como drone de asas fixas e asas rotativas, com aplicabilidade na agricultura e diferenças
entre si. Os de asas fixas, representado na Figura 01, são projetados para atender médias e grandes
áreas, voltados para mapeamento e monitoramento. Em relação ao modelo de asas rotativas, possuem
velocidade de voo, autonomia de bateria e área de cobertura maior, com pilotagem manual mais difícil;
quanto à decolagem e pouso, são na horizontal e a orientação das imagem são na vertical de cima para
baixo. Já os de asas rotativas, conforme a Figura 02, são essenciais para menores áreas, com pilotagem
mais fácil, decolagem e pouso na vertical e suas imagens são panorâmica (SENAR, 2018).

Figura 01. Drone de asas fixas com aplicação na agricultura.


Fonte: ALAVOURA (2020).

Figura 2. Drone de asas rotativas na agricultura.


Fonte: ANAC (2017)

Atualmente os drones possuem uma tecnologia que revolucionou as práticas de manejo na agricultura,
facilitando o monitoramento das culturas diariamente, possibilitando uma produção mais segura, otimizada
e sustentável (GONZÁLEZ et al., 2015).

Aplicações na agricultura
Uma das últimas tecnologias implantadas no setor agrícola são os drones, esses objetos disponibilizam a
possibilidade de acompanhar a lavoura em tempo real, realizando coleta de dados, identificando pragas e
doenças, estresse hídrico, deficiência nutricional, falhas no plantio, podendo realizar pulverizações de
defensivos e observar dificuldades na produção, essas ferramentas auxiliam na otimização do tempo, além
de facilitarem a tomada de decisão pelos produtores, reduzindo perdas e aumentando a performance
(GIRALDELI, 2019). Além disso, a polinização de culturas com drones, em ambientes controlados, estão
sendo testados para polinizar culturas, auxiliando na ausência ou declínio de polinizadores naturais, como
as abelhas (REDES AVANZADAS, 2017).
Diante do exposto, é notório que a evolução tecnológica e a crescente acessibilidade desses dispositivos
que apresentam sensores e recursos de imagem cada vez mais avançados, auxiliam no aumento de
produtividades e permitem reduzir danos nas lavouras, uma vez que possibilitam o monitoramento em
tempo real (RODRIGO, 2016).

Impactos e desafios da implementação de drone na agricultura


Impactos
A implementação de drones na agricultura traz uma série de vantagens, eles viabilizam o monitoramento
em tempo real das plantações, fornecendo informações atualizadas sobre o estado das atividades
agrícolas, essa capacidade ajuda a embasar decisões mais precisas para melhorar a gestão agrícola e
otimizar a produtividade (VELUSAMY et al., 2021).
Além disso, para a economia inteligente de insumos traz benefícios eficazes comparado aos modelos
convencionais. A pulverização com drones reduz a utilização de produtos químicos em excesso,
resultando em economia de insumos, diminuição de impactos no ambiente e aprimoramento da segurança

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de operadores (SOUZA, 2021).


Outro impacto positivo, segundo Gonçalves (2021), é a eficácia e rapidez com que os drones conseguem
abranger áreas extensas, eles permitem o mapeamento eficiente de grandes áreas agrícolas e em prazos
reduzidos, tornando-se valioso para regiões distantes e de difícil alcance.
Os drones desempenham um papel importante na obtenção de dados topográficos que dão suporte à
administração de recursos hídricos e à avaliação da configuração do terreno, tornando-se, dessa forma,
mais um aplicação significativa na agricultura (FENG et al., 2015).
Para Espinoza et al. (2017), também podem ser usados para a criação de mapas de zonas de cultivo,
permitindo aos agricultores detectarem áreas problemáticas que requerem maior atenção.
Desafios
Dentre os benefícios da implementação dos drones na agricultura, também surgem desafios que devem
ser considerados. Um deles reside na necessidade de capacitar tecnicamente os operadores de drone.
Para a utilização eficaz desse equipamento na agricultura, é crucial que os operadores possuam o
conhecimento técnico necessário para operá-los e interpretar os dados coletados (CARDOSO, 2021).
Além disso, segundo Inguaggiato (2020), a legislação e regulamentação sobre o uso de drones no setor
agrícola estão ainda em processo de evolução e podem divergir conforme o país ou localidade, podendo
resultar em limitações e restrições para as operações.
Uma outra restrição está associada ao custo inicial elevado de compra e manutenção dos drones, assim
como dos sistemas de sensoriamento remoto incorporados (GONÇALVES, 2021).

Materiais e métodos

O presente estudo foi conduzido usando a metodologia de revisão de literatura por meio de uma pesquisa
qualitativa de dados bibliográficos que abordam o uso de drone na agricultura. Para a coleta de dados
foram utilizados fontes nacionais e internacionais, icluindo artigos, teses de doutorado, dissertações, livros
e periódicos disponíveis em bancos de dados, como a Scientific Electronic Library Online (SciELO), a
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Doutorados (BDTD), o Google Acadêmico, e órgãos
governamentais, como a Associação Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa Brasileira de
Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA). Foram aplicados os descritores ?agricultura 4.0?, ?drones?,
?agricultura de precisão? e ?agronegócio?. A limitação de tempo para os artigos e trabalhos científicos foi
de 2000 a 2023.

Resultado e discussão
O acelerado desenvolvimento do planeta e a crescente demanda por métodos que promovam o
desempenho agrícola com responsabilidade ambiental, tem demonstrado resultados cada vez mais
satisfatórios no uso de recursos agrícolas e naturais. Diante dessa nova necessidade, uma abordagem
encontrada foi a Agricultura de Precisão, que atualmente se destaca como uma ferramenta amplamente
utilizada para proporcionar aos produtores direcionamentos mais eficientes e sustentáveis em suas
atividades agrícolas (ARANTES et al., 2019).
Conforme destacado por Russo (2020), a Agricultura de Precisão encara desafios, como a necessidade de

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investir em tecnologias avançadas, treinar agricultores e lidar com a integração de dados complexos. No
entanto, seu potencial para aprimorar a eficiência agrícola, são seus pontos positivos, reduzir custos e
minimizar o impacto ambiental a torna uma abordagem essencial para o futuro da agricultura sustentável.
Além disso, Almeida (2023) explica que o Sensoriamento Remoto desempenha um papel essencial na
Agricultura de Precisão atual, possibilitando a obtenção de informações detalhadas e abrangentes sobre
as condições das culturas e do ambiente. Isso compreende a coleta de dados através de sensores
instalados em aeronaves, satélites ou mesmo drones, permitindo a obtenção de informações sobre a
superfície terrestre e a vegetação com base em radiações eletromagnéticas refletidas ou emitidas.
A implementação de drones tem apresentado resultado promissores e significativos na agricultura. De
maneira resumida, os drones capturam imagens aéreas da plantação que posteriormente são submetidas
à análise de imagens. Isso permite a visualização da plantação de ângulos diferentes e facilita a
identificação de problemas que anteriormente seriam mais desafiadores de detectar (GOMES et al., 2019).

Do ponto de vista econômico, estudos tem indicado que a implementação de drones na agricultura pode
resultar em uma redução significativa dos custos operacionais. Conforme Tremea (2023), a utilização de
drones para monitorar e detectar problemas nas lavouras permite respostas mais ágeis e direcionadas,
diminuindo o desperdício de insumos agrícolas e, por conseguinte, reduzindo os custos de produção.
Adicionalmente, a aplicação precisa de fertilizantes e pesticidas com a ajuda de drones tem se destacado
em termos de eficiência quando comparada aos métodos convencionais de aplicação em grande escala.
Conforme Santos (2023) observa, a pulverização inteligente conduzida por drones possibilita a aplicação
somente nas áreas que realmente demandam, evitando a sobreposição de produtos químicos e reduzindo
os custos com insumos. É importante ressaltar que, a aplicação precisa e controlada desses insumos
contribui significativamente para a diminuição do impacto ambiental, uma vez que reduz a contaminação
do solo e da água, bem como minimiza a exposição de seres humanos e outros organismos aos produtos
químicos (YANG ET AL., 2017).
Seundo Alarcão, Nuñez (2023), a legislação atual no Brasil demanda autorização para a utilização de
drones em zonas rurais, além de estabelecer diretrizes de segurança e respeito à privacidade. Entretanto,
há iniciativas em andamento para melhorar a regulamentação e facilitar o uso dessa tecnologia na
agricultura.
Recomenda-se investir em políticas públicas direcionadas para a capacitação de profissionais. A
legislação Nº 298 de 22/09/2021 estipula diversos critérios para a utilização de drones na agricultura.
Dentre eles, é essencial destacar a obrigatoriedade de que o operador seja maior de idade, devidamente
habilitados, capacitado e registrado para operar a aeronave. Além disso, é imprescindível observar e
cumprir as normas de segurança e privacidade estabelecidas pela legislação brasileira (MAPA, 2021).
Um dos principais obstáculos enfrentados no Brasil para a implementação de drones na agricultura está
vinculado a legislação, que permanece bastante limitada. No entando, existem esforços em andamento
para aprimorar a regulamentação e simplificar o uso de dornes no setor agrícola (ALVES; NUÑEZ, 2023).
Entretando, Veluzamy et al. (2021), destacam a importância de levar em conta os custos iniciais de
aquisição e manutenção dos drones, assim como a necessidade de treinar adequadamente os operadores
para usufruir dessa tecnologia. Assim, tais aspectos podem influenciar a sustentabilidade financeira da
implementação de drones na propriedade, particularmente para pequenos agricultores.

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Considerações finais
Conforme a revisão, pode-se observar que a modernização da agricultura
está cada vez mais avançada, com uma diversidade de tecnologias que geram
benefícios econômicos e sustentáveis ao produtor e ao meio ambiente. A Agricultura de Precisão, por
exemplo, abrange muitas inovações que trazem segurança e agilidade, como os drones. São ferramentas
revolucionárias no campo, sendo veículos aéreos não tripulados (VANT) que desempenham um papel
crucial no monitoramento de lavouras e em outras atividades que promovem melhorias e eficiência no
processo agrícola.
Os drones oferecem uma ampla gama de aplicações, que abrangem desde o mapeamento e
monitoramento das culturas até a aplicação precisa de insumos agrícolas. Essas tecnologias fornecem aos
agricultores informações em tempo real, permitindo decisões mais assertivas e um aumento na
produtividade. Adicionalmente, contribuem para a redução dos custos operacionais ao otimizar o uso de
insumos agrícolas e minimizar o desperdício. Além de contribuir para um cultivo mais eficiente e
sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura enfrenta desafios significativos, como custos iniciais
elevados e complexidades regulatórias. Isso pode dificultar a implementação, especialmente em
propriedades de menor porte. Portanto, investimentos em treinamento e infraestrutura desempenham um
papel fundamental, assim como a conscientização dos benefícios dessa tecnologia para os produtores.

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FaseAcontecimento
Tração animal(Antes de 1960)Agricultura 1.0Produção e comercialização manuais, tendo propriedades
com baixo índice de produtividade, dependência da agricultura familiar, equipamentos manuais e produção
voltada para subsistência e venda excedente.
Modernização da agricultura(1960-1970)Agricultura 2.0Desenvolvimento de diversos métodos de gestão e
de controle de meta. O trabalho temporário, também conhecido como ?boia-fria?, se consolida em função
da especialização no plantio, trato cultural e colheita. Em 1965, ocorreu a criação do Sistema Nacional de
Créditos Rurais (SNCR), com oferta de créditos e juros diferenciado. E promove-se, pelo Governo Federal
, a mecanização.
Revolução Verde(1970-1990)Agricultura 2.0Crescimento da agricultura principalmente devido à expansão

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de áreas cultivadas, com predominância de áreas planas que favoreceram a mecanização do trabalho.
Em 1973, se consolida a criação da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, fundamental
para a organização da estratégia nacional de pesquisa no setor agropecuário. Em 1975, o Estado atua
fortemente a favor do produtor, com a criação da Embrapa Soja, do Programa Nacional do Álcool, da
realização de pesquisas para adaptar mudas e semente resistentes ao clima mais seco, fundamental para
a expansão da fronteira agrícola no Brasil, em direção ao Centro-Oeste. Por fim, em 1980, o crescimento
de produção aumenta, derivado das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa.
Agricultura de Precisão(1990-2014)Agricultura 3.0Nos anos de 1990, a computação permitiu a otimizar os
processos e a automações. Em 1996, instituiu-se o Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrotas), aumentando o volume de créditos ao
longo de 15 anos e promovendo renovação das máquinas no campo. Em 1997, houve o melhoramento
genético de sementes. E a partir de 2002, o plantio de transgênicos.
Integração das tecnologias(A partir de 2014)Agricultura 4.0Consolida-se a automação oportunizando o
desenvolvimento de sistemas autônomos, o controle de fatores locacionais, ferramentas geoespaciais, o
Sistema Diagnose Virtual, uso de cartilhas, folders e dias de campo. E a partir de 2019, há a
implementação das tecnologias 4.0.

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Arquivo 1: TCC referencial.docx (5406 termos)
Arquivo 2: https://link.springer.com/journal/11119/volumes-and-issues (406 termos)
Termos comuns: 3
Similaridade: 0,05%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC referencial.docx (5406 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://link.springer.com/journal/11119/volumes-and-issues (406 termos)

=================================================================================
Resumo
Com a evolução do setor agrícola, a agricultura atual, ou digital, inclui novos avanços tecnológicos com o
potencial de revolucionar a forma como os produtores gerenciam suas culturas, aumentando a eficiência, a
produtividade e a sustentabilidade no campo. A adoção e aplicação da Agricultura de Precisão permitem o
uso de inovações e transformações promissoras, como os drones, veículos aéreos não tripulados que
processam inúmeros dados e informações, com o intuito de otimizar as operações. Os drones possuem
diversas utilidades no campo, como o monitoramento de culturas, a detecção de pragas e doenças, bem
como a pulverização precisa de insumos agrícolas. Suas aplicações impulsionam a eficiência e
produtividade no setor agronômico, além de reduzir os custos operacionais, tais como os gastos com
combustíveis e mão de obra, minimizando os impactos ambientais ao diminuir o uso excessivo de
produtos químicos e a emissão de poluentes. Portanto, a implementação na agricultura enfrenta desafios,
como os altos custos iniciais e questões regulatórias. Assim, o presente estudo teve como objetivo
evidenciar, através de revisão bibliográfica, os impactos e desafios da implementação de drones na
agricultura. O resultado da interpretação dos estudos demonstrou que essas ferramentas impactam
positivamente na agricultura e enfrentam desafios, como o custo inicial e questões regulamentares.
Palavras chave: evolução, Agricultura de Precisão, veículos aéreos não tripulados.

Introdução
A agricultura é uma das atividades mais arcaica e crucial para a humanidade, desempenhando um papel

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fundamental ao longo da história, ao promover alimentos e recursos essenciais para a sobrevivência e o


progresso da sociedade. O crescimento populacional global e o aumento das demandas por produtos
agrícolas tem levado a uma complexidade dos desafios enfrentados pelos agricultores. Neste cenário, a
busca por soluções inovadoras e tecnologias avançadas, que impulsionem a produtividade e a eficiência
agrícola, tornou-se uma prioridade para o setor (CARNEIRO, 2017).
Segundo Alves (2023), a agricultura passou por transformações e adotou a modernidade, incorporando
novas tecnologias para garantir sustentabilidade e produtividade. Dessa forma, o autor afirma que
ferramentas inovadoras, como a Agricultura de Precisão (AP) e os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT
?s) ou drones, permitem um monitoramento preciso e em tempo real da produção, tornando-a mais segura
e proporcionando melhores decisões.
Nesse contexto, a implementação de drones na agricultura proporciona vantagens significativas, tais como
o monitoramento e a obtenção de imagens detalhadas e precisas, bem como a gestão de culturas. Com a
capacidade de sobrevoar áreas extensas em tempo reduzido e capturar imagens minuciosas e precisas,
esses dispositivos possibilitam aos agricultores uma visão abrangente da lavoura. Isso inclui a
identificação de problemas, como doenças, pragas, estresse hídrico e a deficiência nutricional, ao mesmo
tempo em que fornece informações essenciais para o planejamento da colheita (ALARCÃO; NUÑES,
2023).
Além do monitoramento, os drones têm se revelado eficazes na aplicação precisa e direcionada de
insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas. Essa abordagem, denominada pulverização inteligente,
visa a redução do desperdício de produtos químicos, a diminuição dos custos operacionais e a
minimização dos impactos ambientais negativos. Isso contribui para tornar a agricultura mais sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura também apresenta desafios, como o alto
investimento inicial, a necessidade de treinamento dos operadores e as questões regulatórias relacionadas
ao uso do espaço aéreo (SOUZA, 2021; INGUAGGIATO, 2020; GOLÇALVES, 2021).
Considerando a relevância e aplicação dos drones nas lavouras, o objetivo deste estudo de revisão
bibliográfica é avaliar os impactos e desafios associados a essa tecnologia quando implementada na
agricultura. Espera-se que os resultados deste estudo possam demonstrar suas aplicações, vantagens e
desvantagens na implementação de drones nas atividades agrícolas.

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Fundamentação teórica

Origem e modernização da agricultura


A agricultura teve seus primeiros indícios no período Neolítico entre 8.000 e
5.000 a.C., em que começa o domínio dos metais e, assim, surgem as primeiras ferramentas. Na
antiguidade, as máquinas primitivas eram criadas pela capacidade humana, e usadas através da força
muscular do homem e animal, que permitiam o cultivo. Na Idade Média, a agricultura movimentava a
economia que era praticamente dependente desse setor. Com isso, apareceram algumas inovações como
o surgimento de moinho, o rodízio nas áreas de produção e o arado de ferro (FELDENS, 2018).
A agricultura já foi bastante rudimentar, feita por trabalhadores braçais com máquinas pouco sofisticadas
(VIVO, 2022). E desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das civilizações, permitiu que o
homem deixasse de ser nômade e passasse a fixar-se em áreas férteis (FELDENS, 2018). Com o avanço
exorbitante da urbanização e da indústria, tornou-se necessária a modernização do setor agrário com a
finalidade de produzir alimentos e produtos (TEIXEIRA, 2005).
A partir desse cenário, entre as décadas de 1960 e 1970, ocorreu um processo conhecido como
Revolução Verde que transformou, sobretudo, a evolução de técnicas e equipamentos (BECKMANN;
SANTANA, 2019). Segundo Feldens (2018), o país desenvolveu tecnologias próprias que, em 1990, com a
inovação e o crescente desenvolvimento agrícola, se tornou recordista em produtividade e exportação.
Além disso, se configurou também pela necessidade da utilização de insumos como forma de aumentar a
produtividade (VIEITES, 2010).
A disponibilidade de insumos modernos e sistemas eficientes de correção de solos contribuíram para
elevar a produtividade da terra, do trabalho e do capital (CUNHA et. al., 2008). Além disso, a mecanização
agrícola foi fator relevante no acréscimo da produção podendo ser considerada um índice de
desenvolvimento do setor agrário (NOGUEIRA, 2001).
O agronegócio sempre contou com a inovação para ampliar sua produção de alimentos e superar desafios
como pragas, variações climáticas e as próprias restrições naturais de plantio (MAFRA, 2022). Para
Rocha (2021), a agricultura se modernizou e desenvolveu conforme a revolução da indústria. Sendo
responsável pelas transformações tecnológicas em diversos setores, além da agricultura (LIU et al., 2021).

Ainda segundo Liu et al. (2021), a agricultura recebeu definições ao longo de suas evoluções. As práticas
tradicionais utilizando ferramentas produzidas pelo próprio homem, é definida como Agricultura 1.0.
Posteriormente, com a Primeira Revolução Industrial, que possibilitou novas transformações como a
introdução da mecanização agrícola, foi designada Agricultura 2.0. Já no século XX, acontecia a Segunda
Revolução Industrial, trazendo novas fontes energéticas e inovações no transporte, que influenciaram o
mercado e, consequentemente, a produção em maiores escalas, que somadas ao desenvolvimento da
Indústria 3.0, resultaram na chegada de TI, software, melhoramento das máquinas conhecido como
Agricultura 3.0.
Nesse contexto, se faz presente nos dias atuais a agricultura 4.0, que faz uso de métodos também

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empregados na indústria 4.0, englobando a agricultura e a pecuária de precisão, a automação e a robótica


agrícola. (MASSRUHÁ; LEITE, 2017). Segue na tabela 1, as fases e os acontecimentos relevantes da
evolução da agricultura brasileira.
Tabela 1- Fases e acontecimentos relevantes da evolução da agricultura brasileira.
Fonte: Massruhá; Leite (2017), Vieira Filho (2014).
A revolução no agronegócio mundial tem crescido, tendo como base o uso de novas tecnologias para
melhorias nos modelos de produção rural (JARDIM, 2019). Segundo Beckmann e Santana (2019) o
processo de inovação vem sendo o grande diferencial, no crescimento da agricultura nacional, atrelado
cada vez mais a modernização no setor agrícola.

Agricultura 4.0
A Agricultura 4.0 refere-se aos desenvolvimentos na mais recente fronteira tecnológica, sob modelo da
Indústria 4.0. Assim, pode ser compreendida como a aplicação de tecnologias como big data, a internet
das coisas a robótica, os sensores, a impressão 3D, a integração de sistemas, a inteligência artificial, o
aprendizado de máquina, entre outras tecnologias, à agricultura. É notório que a elevada produtividade,
lucratividade, a redução de impactos ambientais e do modelo de manejo das propriedades, justificam-se
devido aos avanços tecnológicos que são empregados pela Agricultura 4.0 (KLERKX et al., 2019; ROSE;
CHILVERS, 2018; DENVER, 2019).
O Brasil está entre um dos países que mais produz alimentos no mundo e
com o crescimento da população mundial, a produção de alimentos
automaticamente cresce. Entretanto, existem empecilhos que interferem na
produtividade e, assim, impulsionam a criação de novas formas de manejo para uma lavoura. Essas
inovações e transformações no agronegócio são promissoras para melhorar as condições de produção e
aumentar a produtividade para suprir a crescente demanda (VILLAFUERTE et al., 2018).
É válido ressaltar que tal revolução tecnológica possibilitou avanços não somente voltados às fábricas,
mas também em outros setores, como na agricultura. Diversas tecnologias têm apoiado no sentido de
aprimorar o monitoramento e tomada de decisões, como navegação por satélite e rede de sensores,
computação em rede, computação onipresente e computação sensível ao contexto estão apoiando o dito
domínio para melhorar o monitoramento e tomada de decisões no campo (AQEEL-UR-REHMAN; SHAIKH
, 2009). Segundo Bongomin et al. (2020), a Agricultura 4.0 usa tecnologias da Industria 4.0, buscando uma
autonomia, com abastecimento confiável dos alimentos, uso de sensores e com fornecimento de
informações para que o agricultor usuário dos sistemas possa ter apoio na tomada de decisão, a força
impulsionadora é a necessidade do aumento de produção eficiência nos processos, qualidade e redução
dos impactos ambientais.
Com a utilização dessas tecnologias, será possível utilizar apenas as quantidades mínimas necessárias,
aplicadas em áreas específicas (CLERCQ et al., 2018). Além da introdução de novas ferramentas e
práticas, a verdadeira promessa da Agricultura 4.0 é em termos de aumento da produtividade e reside na
capacidade de coletar, usar e trocar dados remotamente. A transformação chave reside na capacidade de
coletar mais dados e medição sobre a produção: qualidade do solo, níveis de irrigação, clima, presença de
insetos e pragas. Sendo os dados obtidos a partir de sensores implantados em tratores e implementados
diretamente no campo e no solo ou com o uso de drones ou imagens de satélite (BONNEAU, et al. 2017).

Agricultura de Precisão
A agricultura de precisão (AP) pode ser definida como práticas agrícolas com base nas tecnologias de

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informação (TI) e ferramentas da mecanização e automação, considerando a variabilidade do espaço e do


tempo sobre a produtividade das culturas. Ela pode ser entendida como um ciclo que se inicia na coleta
dos dados, análises e interpretação dessas informações, geração das recomendações, aplicação no
campo e avaliação dos resultados (GEEBERS; ADAMCHUK, 2010). Dessa forma, a AP é uma ferramenta
que auxilia os produtores na tomada de decisões no manejo das culturas, levando em conta a
variabilidade espacial e temporal da lavoura para obter máximo retorno econômico e reduzir o impacto
ambiental (INAMASU et al., 2011). É, portanto, uma cadeia de conhecimentos, na qual máquinas,
dispositivos, equipamentos e softwares são ferramentas para a coleta de dados, os quais devem ser
organizados e interpretados, gerando informações para apoiar a gestão (INAMASU; BERNARDI, 2014).
O conceito de Agricultura de Precisão está ligado a um processo de gestão produtiva que envolve
multidisciplinaridade como segmentos da agronomia, mecatrônica, geometria, informática e meio ambiente
, e teve início com a introdução de GPS e mapas de produtividade. Ainda dentro desse cenário, o
sensoriamento remoto (SR) torna-se importante para a capitação e gerenciamento de dados recolhidos
nas lavouras (INAMASSU et al., 2011, SHIRATSUCHI, 2014).
O sensoriamento remoto encaixou de forma perfeita na agricultura e transformou-se em uma subsídio para
AP. Monitorar grandes áreas, identificar as necessidades de manejo, com capacidade de revisita diária,
está transformando o SR um aliado com a capacidade de dar repostas para agricultura com uma
velocidade suficiente para ampliar produtividade com capacidade de extrair informação menor que 100 m
². Esse processo torna a SR um elemento chave dentro da agricultura de precisão, cobrindo áreas em
escala regional com detalhamento dentro do talhão (SHEFFIELD, 2018).
Segundo Costa e Guilhoto (2003) analisaram o impacto potencial da adoção das principais técnicas de
agricultura de precisão na economia brasileira e observaram resultados consideráveis. Segundo os
autores, a utilização da tecnologia proporcionou o aumento de 10% de produtividade nas culturas de soja,
milho e cana-de-açúcar. A gestão do conhecimento derivado da agricultura de precisão tem tomado novas
fronteiras dentro do contexto de produção e desafios antes não existentes (FRASER, 2018).
Entretanto, quando se trata de propriedades rurais de pequeno porte, a agricultura de precisão muitas
vezes torna-se praticamente impossível de ser implantada devido à dificuldade de identificar técnicas
economicamente viáveis para que o agricultor familiar possa utilizar dentro do seu contexto agrícola,
principalmente em um país em desenvolvimento, onde o custo de aquisição de hardwares e serviços
associados ainda é caro (VIANA et al., 2019). Contudo, existem técnicos que se dedicam a desenvolver
alternativas para realizar AP em áreas com menor porte. Sendo assim, AP torna-se um divisor de águas e
vem se destacando a cada dia para uma produção racional, além disso, o mapeamento da propriedade na
questão fertilidade de solo pode auxiliar no uso racional de insumos, minimizando perdas e contribuindo
para a sustentabilidade dos campos brasileiros (BONGIOVANNI; LOWENBER-DEBOER, 2004).
Diante das diversas tecnologias e serviços disponíveis no mercado da Agricultura de Precisão, podem-se
identificar ferramentas que sejam eficientes e ajustadas a cada tipo de sistema de produção (BERNARDI
et al. 2014; OLIVEIRA, 2016). Essas novas tecnologias associam as informações com uma agricultura
comercial madura, surgindo um sistema de manejo de produção integrado, tentando igualar o tipo e a
quantia de insumos que chegam à propriedade com as reais necessidades que a cultura precisa. Nos dias
atuais a quantidade de novas tecnologias disponíveis para se usar na AP vem crescendo gradativamente,
e entre as mesmas, se destaca os Drones, pois traz ao agricultor inúmeros benefícios pelo seus usos
(NUNES, 2016).

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Utilização do Sensoriamento Remoto no manejo das lavouras

O Sensoriamento Remoto (SR) pode ser definido como a ciência que permite com que dados sejam
adquiridos de uma superfície sem que haja contato direto entre o objeto que capta os dados (sensor) e o
alvo, não sendo esses dados necessariamente imagens. Uma das classificações possíveis para a
aquisição de dados através de SR é realizada de acordo com o nível em que os sensores estão
localizados, ou seja, quanto ao nível de aquisição de dados. Nesse sentido, pode-se estratificar o SR em
orbital, aéreo e proximal (terrestre). O nível de aquisição de dados no sensoriamento remoto, quando os
dados são em formato matricial, exerce forte influência no tamanho da área que será monitorada pelo
sensor, na resolução espacial, resolução temporal e na escala das imagens captadas. Quanto mais alto
estiver um sensor, maior será a superfície alcançada e, consequentemente, maior será a resolução
temporal desse sensor, ou seja, maior será a frequência do monitoramento sobre determinada superfície.
Quando se diminui a altitude, menor será a área coberta, entretanto, maior será a riqueza de detalhes
captados pelo sensor, isto é, maior resolução espacial (FLORENZANO, 2011).
No Brasil o mercado agrícola é o maior impulsionador das aeronaves remotamente pilotada (RPA)
atualmente (DE OLIVEIRA, 2020). A realidade operacional incentiva que as pesquisas e os novos estudos
de SR para agricultura sejam elaborados de forma contínua. A agricultura de precisão é um exemplo claro
, que evolui a cada ano, e o SR está inserido nesse contexto, pois trata o manejo agrícola dividido em
células geográficas de acordo com a resolução espacial do sensor, ou seja, o tamanho do pixel passar a
ser a unidade de análise (SHIRATSUCHI, 2014).
A sustentabilidade do meio ambiente e o aumento de produtividade no setor agrícola é uma demanda
constante, e o SR tem a capacidade de ampliar a ação dos dois temas. Com a aplicação de SR, o tempo
resposta para uma ação é maior e mais precisa que qualquer método de campo adotado. Esse fator
direciona as ações do dia a dia (HUNT JR, 2018).

Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT?s) ou Drones

A evolução das tecnologias em geoprocessamento e informática estão permitindo à agricultura, mudanças


em que o produtor controla muito mais a sua linha de produção (TSCHIEDEL; FERREIRA, 2002). Ainda
nesse cenário, com a inovação crescente, novas ferramentas podem ser usadas nas lavouras, como os
VANT?s ou drones, equipamentos eletrônicos movidos à bateria (OLIVEIRA et al., 2020).
A expressão que conhecemos por drone, é um termo genérico que não possui definição técnica, este
nome foi popularizado principalmente nos Estados Unidos e a partir daí foi difundido, para denominar
qualquer objeto voador não tripulado, seja ele usado para fins produtivos, comerciais ou quaisquer
outros (GALVÃO, 2017).
Segundo Pereira (2017), surgiram por uma necessidade militar na época da Segunda Guerra Mundial,
sendo a Alemanha o país onde foi desenvolvido o primeiro drone. Os modelos atuais foram projetados por
Abe Karem nas décadas de 70. No Brasil, o primeiro voo se deu em 1983, nomeado de BQM1BR,
capturava imagens e vídeos, funções básicas comparadas aos modelos mais recentes.
O desenvolvimento desses dispositivos voadores surgiu como uma importante opção na AP. A aplicação
dos mesmos em áreas agrícolas vem se tornando facilitada devido o atual estágio de desenvolvimento
tecnológico, além de serem relativamente baratos, possuírem tamanho pequeno e pela necessidade de
otimização da produção. Mundialmente reconhecido, o termo ?Veículo Aéreo Não Tripulado? inclui uma
ampla variedade de aeronaves que são autônomas, semiautônomas ou remotamente operadas (RASI,

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2008).
São classificados como drone de asas fixas e asas rotativas, com aplicabilidade na agricultura e diferenças
entre si. Os de asas fixas, representado na Figura 01, são projetados para atender médias e grandes
áreas, voltados para mapeamento e monitoramento. Em relação ao modelo de asas rotativas, possuem
velocidade de voo, autonomia de bateria e área de cobertura maior, com pilotagem manual mais difícil;
quanto à decolagem e pouso, são na horizontal e a orientação das imagem são na vertical de cima para
baixo. Já os de asas rotativas, conforme a Figura 02, são essenciais para menores áreas, com pilotagem
mais fácil, decolagem e pouso na vertical e suas imagens são panorâmica (SENAR, 2018).

Figura 01. Drone de asas fixas com aplicação na agricultura.


Fonte: ALAVOURA (2020).

Figura 2. Drone de asas rotativas na agricultura.


Fonte: ANAC (2017)

Atualmente os drones possuem uma tecnologia que revolucionou as práticas de manejo na agricultura,
facilitando o monitoramento das culturas diariamente, possibilitando uma produção mais segura, otimizada
e sustentável (GONZÁLEZ et al., 2015).

Aplicações na agricultura
Uma das últimas tecnologias implantadas no setor agrícola são os drones, esses objetos disponibilizam a
possibilidade de acompanhar a lavoura em tempo real, realizando coleta de dados, identificando pragas e
doenças, estresse hídrico, deficiência nutricional, falhas no plantio, podendo realizar pulverizações de
defensivos e observar dificuldades na produção, essas ferramentas auxiliam na otimização do tempo, além
de facilitarem a tomada de decisão pelos produtores, reduzindo perdas e aumentando a performance
(GIRALDELI, 2019). Além disso, a polinização de culturas com drones, em ambientes controlados, estão
sendo testados para polinizar culturas, auxiliando na ausência ou declínio de polinizadores naturais, como
as abelhas (REDES AVANZADAS, 2017).
Diante do exposto, é notório que a evolução tecnológica e a crescente acessibilidade desses dispositivos
que apresentam sensores e recursos de imagem cada vez mais avançados, auxiliam no aumento de
produtividades e permitem reduzir danos nas lavouras, uma vez que possibilitam o monitoramento em
tempo real (RODRIGO, 2016).

Impactos e desafios da implementação de drone na agricultura


Impactos
A implementação de drones na agricultura traz uma série de vantagens, eles viabilizam o monitoramento
em tempo real das plantações, fornecendo informações atualizadas sobre o estado das atividades
agrícolas, essa capacidade ajuda a embasar decisões mais precisas para melhorar a gestão agrícola e
otimizar a produtividade (VELUSAMY et al., 2021).
Além disso, para a economia inteligente de insumos traz benefícios eficazes comparado aos modelos
convencionais. A pulverização com drones reduz a utilização de produtos químicos em excesso,
resultando em economia de insumos, diminuição de impactos no ambiente e aprimoramento da segurança

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de operadores (SOUZA, 2021).


Outro impacto positivo, segundo Gonçalves (2021), é a eficácia e rapidez com que os drones conseguem
abranger áreas extensas, eles permitem o mapeamento eficiente de grandes áreas agrícolas e em prazos
reduzidos, tornando-se valioso para regiões distantes e de difícil alcance.
Os drones desempenham um papel importante na obtenção de dados topográficos que dão suporte à
administração de recursos hídricos e à avaliação da configuração do terreno, tornando-se, dessa forma,
mais um aplicação significativa na agricultura (FENG et al., 2015).
Para Espinoza et al. (2017), também podem ser usados para a criação de mapas de zonas de cultivo,
permitindo aos agricultores detectarem áreas problemáticas que requerem maior atenção.
Desafios
Dentre os benefícios da implementação dos drones na agricultura, também surgem desafios que devem
ser considerados. Um deles reside na necessidade de capacitar tecnicamente os operadores de drone.
Para a utilização eficaz desse equipamento na agricultura, é crucial que os operadores possuam o
conhecimento técnico necessário para operá-los e interpretar os dados coletados (CARDOSO, 2021).
Além disso, segundo Inguaggiato (2020), a legislação e regulamentação sobre o uso de drones no setor
agrícola estão ainda em processo de evolução e podem divergir conforme o país ou localidade, podendo
resultar em limitações e restrições para as operações.
Uma outra restrição está associada ao custo inicial elevado de compra e manutenção dos drones, assim
como dos sistemas de sensoriamento remoto incorporados (GONÇALVES, 2021).

Materiais e métodos

O presente estudo foi conduzido usando a metodologia de revisão de literatura por meio de uma pesquisa
qualitativa de dados bibliográficos que abordam o uso de drone na agricultura. Para a coleta de dados
foram utilizados fontes nacionais e internacionais, icluindo artigos, teses de doutorado, dissertações, livros
e periódicos disponíveis em bancos de dados, como a Scientific Electronic Library Online (SciELO), a
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Doutorados (BDTD), o Google Acadêmico, e órgãos
governamentais, como a Associação Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa Brasileira de
Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA). Foram aplicados os descritores ?agricultura 4.0?, ?drones?,
?agricultura de precisão? e ?agronegócio?. A limitação de tempo para os artigos e trabalhos científicos foi
de 2000 a 2023.

Resultado e discussão
O acelerado desenvolvimento do planeta e a crescente demanda por métodos que promovam o
desempenho agrícola com responsabilidade ambiental, tem demonstrado resultados cada vez mais
satisfatórios no uso de recursos agrícolas e naturais. Diante dessa nova necessidade, uma abordagem
encontrada foi a Agricultura de Precisão, que atualmente se destaca como uma ferramenta amplamente
utilizada para proporcionar aos produtores direcionamentos mais eficientes e sustentáveis em suas
atividades agrícolas (ARANTES et al., 2019).
Conforme destacado por Russo (2020), a Agricultura de Precisão encara desafios, como a necessidade de

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investir em tecnologias avançadas, treinar agricultores e lidar com a integração de dados complexos. No
entanto, seu potencial para aprimorar a eficiência agrícola, são seus pontos positivos, reduzir custos e
minimizar o impacto ambiental a torna uma abordagem essencial para o futuro da agricultura sustentável.
Além disso, Almeida (2023) explica que o Sensoriamento Remoto desempenha um papel essencial na
Agricultura de Precisão atual, possibilitando a obtenção de informações detalhadas e abrangentes sobre
as condições das culturas e do ambiente. Isso compreende a coleta de dados através de sensores
instalados em aeronaves, satélites ou mesmo drones, permitindo a obtenção de informações sobre a
superfície terrestre e a vegetação com base em radiações eletromagnéticas refletidas ou emitidas.
A implementação de drones tem apresentado resultado promissores e significativos na agricultura. De
maneira resumida, os drones capturam imagens aéreas da plantação que posteriormente são submetidas
à análise de imagens. Isso permite a visualização da plantação de ângulos diferentes e facilita a
identificação de problemas que anteriormente seriam mais desafiadores de detectar (GOMES et al., 2019).

Do ponto de vista econômico, estudos tem indicado que a implementação de drones na agricultura pode
resultar em uma redução significativa dos custos operacionais. Conforme Tremea (2023), a utilização de
drones para monitorar e detectar problemas nas lavouras permite respostas mais ágeis e direcionadas,
diminuindo o desperdício de insumos agrícolas e, por conseguinte, reduzindo os custos de produção.
Adicionalmente, a aplicação precisa de fertilizantes e pesticidas com a ajuda de drones tem se destacado
em termos de eficiência quando comparada aos métodos convencionais de aplicação em grande escala.
Conforme Santos (2023) observa, a pulverização inteligente conduzida por drones possibilita a aplicação
somente nas áreas que realmente demandam, evitando a sobreposição de produtos químicos e reduzindo
os custos com insumos. É importante ressaltar que, a aplicação precisa e controlada desses insumos
contribui significativamente para a diminuição do impacto ambiental, uma vez que reduz a contaminação
do solo e da água, bem como minimiza a exposição de seres humanos e outros organismos aos produtos
químicos (YANG ET AL., 2017).
Seundo Alarcão, Nuñez (2023), a legislação atual no Brasil demanda autorização para a utilização de
drones em zonas rurais, além de estabelecer diretrizes de segurança e respeito à privacidade. Entretanto,
há iniciativas em andamento para melhorar a regulamentação e facilitar o uso dessa tecnologia na
agricultura.
Recomenda-se investir em políticas públicas direcionadas para a capacitação de profissionais. A
legislação Nº 298 de 22/09/2021 estipula diversos critérios para a utilização de drones na agricultura.
Dentre eles, é essencial destacar a obrigatoriedade de que o operador seja maior de idade, devidamente
habilitados, capacitado e registrado para operar a aeronave. Além disso, é imprescindível observar e
cumprir as normas de segurança e privacidade estabelecidas pela legislação brasileira (MAPA, 2021).
Um dos principais obstáculos enfrentados no Brasil para a implementação de drones na agricultura está
vinculado a legislação, que permanece bastante limitada. No entando, existem esforços em andamento
para aprimorar a regulamentação e simplificar o uso de dornes no setor agrícola (ALVES; NUÑEZ, 2023).
Entretando, Veluzamy et al. (2021), destacam a importância de levar em conta os custos iniciais de
aquisição e manutenção dos drones, assim como a necessidade de treinar adequadamente os operadores
para usufruir dessa tecnologia. Assim, tais aspectos podem influenciar a sustentabilidade financeira da
implementação de drones na propriedade, particularmente para pequenos agricultores.

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Considerações finais
Conforme a revisão, pode-se observar que a modernização da agricultura
está cada vez mais avançada, com uma diversidade de tecnologias que geram
benefícios econômicos e sustentáveis ao produtor e ao meio ambiente. A Agricultura de Precisão, por
exemplo, abrange muitas inovações que trazem segurança e agilidade, como os drones. São ferramentas
revolucionárias no campo, sendo veículos aéreos não tripulados (VANT) que desempenham um papel
crucial no monitoramento de lavouras e em outras atividades que promovem melhorias e eficiência no
processo agrícola.
Os drones oferecem uma ampla gama de aplicações, que abrangem desde o mapeamento e
monitoramento das culturas até a aplicação precisa de insumos agrícolas. Essas tecnologias fornecem aos
agricultores informações em tempo real, permitindo decisões mais assertivas e um aumento na
produtividade. Adicionalmente, contribuem para a redução dos custos operacionais ao otimizar o uso de
insumos agrícolas e minimizar o desperdício. Além de contribuir para um cultivo mais eficiente e
sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura enfrenta desafios significativos, como custos iniciais
elevados e complexidades regulatórias. Isso pode dificultar a implementação, especialmente em
propriedades de menor porte. Portanto, investimentos em treinamento e infraestrutura desempenham um
papel fundamental, assim como a conscientização dos benefícios dessa tecnologia para os produtores.

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FaseAcontecimento
Tração animal(Antes de 1960)Agricultura 1.0Produção e comercialização manuais, tendo propriedades
com baixo índice de produtividade, dependência da agricultura familiar, equipamentos manuais e produção
voltada para subsistência e venda excedente.
Modernização da agricultura(1960-1970)Agricultura 2.0Desenvolvimento de diversos métodos de gestão e
de controle de meta. O trabalho temporário, também conhecido como ?boia-fria?, se consolida em função
da especialização no plantio, trato cultural e colheita. Em 1965, ocorreu a criação do Sistema Nacional de
Créditos Rurais (SNCR), com oferta de créditos e juros diferenciado. E promove-se, pelo Governo Federal
, a mecanização.
Revolução Verde(1970-1990)Agricultura 2.0Crescimento da agricultura principalmente devido à expansão

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de áreas cultivadas, com predominância de áreas planas que favoreceram a mecanização do trabalho.
Em 1973, se consolida a criação da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, fundamental
para a organização da estratégia nacional de pesquisa no setor agropecuário. Em 1975, o Estado atua
fortemente a favor do produtor, com a criação da Embrapa Soja, do Programa Nacional do Álcool, da
realização de pesquisas para adaptar mudas e semente resistentes ao clima mais seco, fundamental para
a expansão da fronteira agrícola no Brasil, em direção ao Centro-Oeste. Por fim, em 1980, o crescimento
de produção aumenta, derivado das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa.
Agricultura de Precisão(1990-2014)Agricultura 3.0Nos anos de 1990, a computação permitiu a otimizar os
processos e a automações. Em 1996, instituiu-se o Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrotas), aumentando o volume de créditos ao
longo de 15 anos e promovendo renovação das máquinas no campo. Em 1997, houve o melhoramento
genético de sementes. E a partir de 2002, o plantio de transgênicos.
Integração das tecnologias(A partir de 2014)Agricultura 4.0Consolida-se a automação oportunizando o
desenvolvimento de sistemas autônomos, o controle de fatores locacionais, ferramentas geoespaciais, o
Sistema Diagnose Virtual, uso de cartilhas, folders e dias de campo. E a partir de 2019, há a
implementação das tecnologias 4.0.

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Arquivo 2: https://www.springer.com/journal/11119 (709 termos)
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O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC referencial.docx (5406 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.springer.com/journal/11119
(709 termos)

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Resumo
Com a evolução do setor agrícola, a agricultura atual, ou digital, inclui novos avanços tecnológicos com o
potencial de revolucionar a forma como os produtores gerenciam suas culturas, aumentando a eficiência, a
produtividade e a sustentabilidade no campo. A adoção e aplicação da Agricultura de Precisão permitem o
uso de inovações e transformações promissoras, como os drones, veículos aéreos não tripulados que
processam inúmeros dados e informações, com o intuito de otimizar as operações. Os drones possuem
diversas utilidades no campo, como o monitoramento de culturas, a detecção de pragas e doenças, bem
como a pulverização precisa de insumos agrícolas. Suas aplicações impulsionam a eficiência e
produtividade no setor agronômico, além de reduzir os custos operacionais, tais como os gastos com
combustíveis e mão de obra, minimizando os impactos ambientais ao diminuir o uso excessivo de
produtos químicos e a emissão de poluentes. Portanto, a implementação na agricultura enfrenta desafios,
como os altos custos iniciais e questões regulatórias. Assim, o presente estudo teve como objetivo
evidenciar, através de revisão bibliográfica, os impactos e desafios da implementação de drones na
agricultura. O resultado da interpretação dos estudos demonstrou que essas ferramentas impactam
positivamente na agricultura e enfrentam desafios, como o custo inicial e questões regulamentares.
Palavras chave: evolução, Agricultura de Precisão, veículos aéreos não tripulados.

Introdução
A agricultura é uma das atividades mais arcaica e crucial para a humanidade, desempenhando um papel

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fundamental ao longo da história, ao promover alimentos e recursos essenciais para a sobrevivência e o


progresso da sociedade. O crescimento populacional global e o aumento das demandas por produtos
agrícolas tem levado a uma complexidade dos desafios enfrentados pelos agricultores. Neste cenário, a
busca por soluções inovadoras e tecnologias avançadas, que impulsionem a produtividade e a eficiência
agrícola, tornou-se uma prioridade para o setor (CARNEIRO, 2017).
Segundo Alves (2023), a agricultura passou por transformações e adotou a modernidade, incorporando
novas tecnologias para garantir sustentabilidade e produtividade. Dessa forma, o autor afirma que
ferramentas inovadoras, como a Agricultura de Precisão (AP) e os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT
?s) ou drones, permitem um monitoramento preciso e em tempo real da produção, tornando-a mais segura
e proporcionando melhores decisões.
Nesse contexto, a implementação de drones na agricultura proporciona vantagens significativas, tais como
o monitoramento e a obtenção de imagens detalhadas e precisas, bem como a gestão de culturas. Com a
capacidade de sobrevoar áreas extensas em tempo reduzido e capturar imagens minuciosas e precisas,
esses dispositivos possibilitam aos agricultores uma visão abrangente da lavoura. Isso inclui a
identificação de problemas, como doenças, pragas, estresse hídrico e a deficiência nutricional, ao mesmo
tempo em que fornece informações essenciais para o planejamento da colheita (ALARCÃO; NUÑES,
2023).
Além do monitoramento, os drones têm se revelado eficazes na aplicação precisa e direcionada de
insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas. Essa abordagem, denominada pulverização inteligente,
visa a redução do desperdício de produtos químicos, a diminuição dos custos operacionais e a
minimização dos impactos ambientais negativos. Isso contribui para tornar a agricultura mais sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura também apresenta desafios, como o alto
investimento inicial, a necessidade de treinamento dos operadores e as questões regulatórias relacionadas
ao uso do espaço aéreo (SOUZA, 2021; INGUAGGIATO, 2020; GOLÇALVES, 2021).
Considerando a relevância e aplicação dos drones nas lavouras, o objetivo deste estudo de revisão
bibliográfica é avaliar os impactos e desafios associados a essa tecnologia quando implementada na
agricultura. Espera-se que os resultados deste estudo possam demonstrar suas aplicações, vantagens e
desvantagens na implementação de drones nas atividades agrícolas.

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Fundamentação teórica

Origem e modernização da agricultura


A agricultura teve seus primeiros indícios no período Neolítico entre 8.000 e
5.000 a.C., em que começa o domínio dos metais e, assim, surgem as primeiras ferramentas. Na
antiguidade, as máquinas primitivas eram criadas pela capacidade humana, e usadas através da força
muscular do homem e animal, que permitiam o cultivo. Na Idade Média, a agricultura movimentava a
economia que era praticamente dependente desse setor. Com isso, apareceram algumas inovações como
o surgimento de moinho, o rodízio nas áreas de produção e o arado de ferro (FELDENS, 2018).
A agricultura já foi bastante rudimentar, feita por trabalhadores braçais com máquinas pouco sofisticadas
(VIVO, 2022). E desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das civilizações, permitiu que o
homem deixasse de ser nômade e passasse a fixar-se em áreas férteis (FELDENS, 2018). Com o avanço
exorbitante da urbanização e da indústria, tornou-se necessária a modernização do setor agrário com a
finalidade de produzir alimentos e produtos (TEIXEIRA, 2005).
A partir desse cenário, entre as décadas de 1960 e 1970, ocorreu um processo conhecido como
Revolução Verde que transformou, sobretudo, a evolução de técnicas e equipamentos (BECKMANN;
SANTANA, 2019). Segundo Feldens (2018), o país desenvolveu tecnologias próprias que, em 1990, com a
inovação e o crescente desenvolvimento agrícola, se tornou recordista em produtividade e exportação.
Além disso, se configurou também pela necessidade da utilização de insumos como forma de aumentar a
produtividade (VIEITES, 2010).
A disponibilidade de insumos modernos e sistemas eficientes de correção de solos contribuíram para
elevar a produtividade da terra, do trabalho e do capital (CUNHA et. al., 2008). Além disso, a mecanização
agrícola foi fator relevante no acréscimo da produção podendo ser considerada um índice de
desenvolvimento do setor agrário (NOGUEIRA, 2001).
O agronegócio sempre contou com a inovação para ampliar sua produção de alimentos e superar desafios
como pragas, variações climáticas e as próprias restrições naturais de plantio (MAFRA, 2022). Para
Rocha (2021), a agricultura se modernizou e desenvolveu conforme a revolução da indústria. Sendo
responsável pelas transformações tecnológicas em diversos setores, além da agricultura (LIU et al., 2021).

Ainda segundo Liu et al. (2021), a agricultura recebeu definições ao longo de suas evoluções. As práticas
tradicionais utilizando ferramentas produzidas pelo próprio homem, é definida como Agricultura 1.0.
Posteriormente, com a Primeira Revolução Industrial, que possibilitou novas transformações como a
introdução da mecanização agrícola, foi designada Agricultura 2.0. Já no século XX, acontecia a Segunda
Revolução Industrial, trazendo novas fontes energéticas e inovações no transporte, que influenciaram o
mercado e, consequentemente, a produção em maiores escalas, que somadas ao desenvolvimento da
Indústria 3.0, resultaram na chegada de TI, software, melhoramento das máquinas conhecido como
Agricultura 3.0.
Nesse contexto, se faz presente nos dias atuais a agricultura 4.0, que faz uso de métodos também

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empregados na indústria 4.0, englobando a agricultura e a pecuária de precisão, a automação e a robótica


agrícola. (MASSRUHÁ; LEITE, 2017). Segue na tabela 1, as fases e os acontecimentos relevantes da
evolução da agricultura brasileira.
Tabela 1- Fases e acontecimentos relevantes da evolução da agricultura brasileira.
Fonte: Massruhá; Leite (2017), Vieira Filho (2014).
A revolução no agronegócio mundial tem crescido, tendo como base o uso de novas tecnologias para
melhorias nos modelos de produção rural (JARDIM, 2019). Segundo Beckmann e Santana (2019) o
processo de inovação vem sendo o grande diferencial, no crescimento da agricultura nacional, atrelado
cada vez mais a modernização no setor agrícola.

Agricultura 4.0
A Agricultura 4.0 refere-se aos desenvolvimentos na mais recente fronteira tecnológica, sob modelo da
Indústria 4.0. Assim, pode ser compreendida como a aplicação de tecnologias como big data, a internet
das coisas a robótica, os sensores, a impressão 3D, a integração de sistemas, a inteligência artificial, o
aprendizado de máquina, entre outras tecnologias, à agricultura. É notório que a elevada produtividade,
lucratividade, a redução de impactos ambientais e do modelo de manejo das propriedades, justificam-se
devido aos avanços tecnológicos que são empregados pela Agricultura 4.0 (KLERKX et al., 2019; ROSE;
CHILVERS, 2018; DENVER, 2019).
O Brasil está entre um dos países que mais produz alimentos no mundo e
com o crescimento da população mundial, a produção de alimentos
automaticamente cresce. Entretanto, existem empecilhos que interferem na
produtividade e, assim, impulsionam a criação de novas formas de manejo para uma lavoura. Essas
inovações e transformações no agronegócio são promissoras para melhorar as condições de produção e
aumentar a produtividade para suprir a crescente demanda (VILLAFUERTE et al., 2018).
É válido ressaltar que tal revolução tecnológica possibilitou avanços não somente voltados às fábricas,
mas também em outros setores, como na agricultura. Diversas tecnologias têm apoiado no sentido de
aprimorar o monitoramento e tomada de decisões, como navegação por satélite e rede de sensores,
computação em rede, computação onipresente e computação sensível ao contexto estão apoiando o dito
domínio para melhorar o monitoramento e tomada de decisões no campo (AQEEL-UR-REHMAN; SHAIKH
, 2009). Segundo Bongomin et al. (2020), a Agricultura 4.0 usa tecnologias da Industria 4.0, buscando uma
autonomia, com abastecimento confiável dos alimentos, uso de sensores e com fornecimento de
informações para que o agricultor usuário dos sistemas possa ter apoio na tomada de decisão, a força
impulsionadora é a necessidade do aumento de produção eficiência nos processos, qualidade e redução
dos impactos ambientais.
Com a utilização dessas tecnologias, será possível utilizar apenas as quantidades mínimas necessárias,
aplicadas em áreas específicas (CLERCQ et al., 2018). Além da introdução de novas ferramentas e
práticas, a verdadeira promessa da Agricultura 4.0 é em termos de aumento da produtividade e reside na
capacidade de coletar, usar e trocar dados remotamente. A transformação chave reside na capacidade de
coletar mais dados e medição sobre a produção: qualidade do solo, níveis de irrigação, clima, presença de
insetos e pragas. Sendo os dados obtidos a partir de sensores implantados em tratores e implementados
diretamente no campo e no solo ou com o uso de drones ou imagens de satélite (BONNEAU, et al. 2017).

Agricultura de Precisão
A agricultura de precisão (AP) pode ser definida como práticas agrícolas com base nas tecnologias de

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informação (TI) e ferramentas da mecanização e automação, considerando a variabilidade do espaço e do


tempo sobre a produtividade das culturas. Ela pode ser entendida como um ciclo que se inicia na coleta
dos dados, análises e interpretação dessas informações, geração das recomendações, aplicação no
campo e avaliação dos resultados (GEEBERS; ADAMCHUK, 2010). Dessa forma, a AP é uma ferramenta
que auxilia os produtores na tomada de decisões no manejo das culturas, levando em conta a
variabilidade espacial e temporal da lavoura para obter máximo retorno econômico e reduzir o impacto
ambiental (INAMASU et al., 2011). É, portanto, uma cadeia de conhecimentos, na qual máquinas,
dispositivos, equipamentos e softwares são ferramentas para a coleta de dados, os quais devem ser
organizados e interpretados, gerando informações para apoiar a gestão (INAMASU; BERNARDI, 2014).
O conceito de Agricultura de Precisão está ligado a um processo de gestão produtiva que envolve
multidisciplinaridade como segmentos da agronomia, mecatrônica, geometria, informática e meio ambiente
, e teve início com a introdução de GPS e mapas de produtividade. Ainda dentro desse cenário, o
sensoriamento remoto (SR) torna-se importante para a capitação e gerenciamento de dados recolhidos
nas lavouras (INAMASSU et al., 2011, SHIRATSUCHI, 2014).
O sensoriamento remoto encaixou de forma perfeita na agricultura e transformou-se em uma subsídio para
AP. Monitorar grandes áreas, identificar as necessidades de manejo, com capacidade de revisita diária,
está transformando o SR um aliado com a capacidade de dar repostas para agricultura com uma
velocidade suficiente para ampliar produtividade com capacidade de extrair informação menor que 100 m
². Esse processo torna a SR um elemento chave dentro da agricultura de precisão, cobrindo áreas em
escala regional com detalhamento dentro do talhão (SHEFFIELD, 2018).
Segundo Costa e Guilhoto (2003) analisaram o impacto potencial da adoção das principais técnicas de
agricultura de precisão na economia brasileira e observaram resultados consideráveis. Segundo os
autores, a utilização da tecnologia proporcionou o aumento de 10% de produtividade nas culturas de soja,
milho e cana-de-açúcar. A gestão do conhecimento derivado da agricultura de precisão tem tomado novas
fronteiras dentro do contexto de produção e desafios antes não existentes (FRASER, 2018).
Entretanto, quando se trata de propriedades rurais de pequeno porte, a agricultura de precisão muitas
vezes torna-se praticamente impossível de ser implantada devido à dificuldade de identificar técnicas
economicamente viáveis para que o agricultor familiar possa utilizar dentro do seu contexto agrícola,
principalmente em um país em desenvolvimento, onde o custo de aquisição de hardwares e serviços
associados ainda é caro (VIANA et al., 2019). Contudo, existem técnicos que se dedicam a desenvolver
alternativas para realizar AP em áreas com menor porte. Sendo assim, AP torna-se um divisor de águas e
vem se destacando a cada dia para uma produção racional, além disso, o mapeamento da propriedade na
questão fertilidade de solo pode auxiliar no uso racional de insumos, minimizando perdas e contribuindo
para a sustentabilidade dos campos brasileiros (BONGIOVANNI; LOWENBER-DEBOER, 2004).
Diante das diversas tecnologias e serviços disponíveis no mercado da Agricultura de Precisão, podem-se
identificar ferramentas que sejam eficientes e ajustadas a cada tipo de sistema de produção (BERNARDI
et al. 2014; OLIVEIRA, 2016). Essas novas tecnologias associam as informações com uma agricultura
comercial madura, surgindo um sistema de manejo de produção integrado, tentando igualar o tipo e a
quantia de insumos que chegam à propriedade com as reais necessidades que a cultura precisa. Nos dias
atuais a quantidade de novas tecnologias disponíveis para se usar na AP vem crescendo gradativamente,
e entre as mesmas, se destaca os Drones, pois traz ao agricultor inúmeros benefícios pelo seus usos
(NUNES, 2016).

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Utilização do Sensoriamento Remoto no manejo das lavouras

O Sensoriamento Remoto (SR) pode ser definido como a ciência que permite com que dados sejam
adquiridos de uma superfície sem que haja contato direto entre o objeto que capta os dados (sensor) e o
alvo, não sendo esses dados necessariamente imagens. Uma das classificações possíveis para a
aquisição de dados através de SR é realizada de acordo com o nível em que os sensores estão
localizados, ou seja, quanto ao nível de aquisição de dados. Nesse sentido, pode-se estratificar o SR em
orbital, aéreo e proximal (terrestre). O nível de aquisição de dados no sensoriamento remoto, quando os
dados são em formato matricial, exerce forte influência no tamanho da área que será monitorada pelo
sensor, na resolução espacial, resolução temporal e na escala das imagens captadas. Quanto mais alto
estiver um sensor, maior será a superfície alcançada e, consequentemente, maior será a resolução
temporal desse sensor, ou seja, maior será a frequência do monitoramento sobre determinada superfície.
Quando se diminui a altitude, menor será a área coberta, entretanto, maior será a riqueza de detalhes
captados pelo sensor, isto é, maior resolução espacial (FLORENZANO, 2011).
No Brasil o mercado agrícola é o maior impulsionador das aeronaves remotamente pilotada (RPA)
atualmente (DE OLIVEIRA, 2020). A realidade operacional incentiva que as pesquisas e os novos estudos
de SR para agricultura sejam elaborados de forma contínua. A agricultura de precisão é um exemplo claro
, que evolui a cada ano, e o SR está inserido nesse contexto, pois trata o manejo agrícola dividido em
células geográficas de acordo com a resolução espacial do sensor, ou seja, o tamanho do pixel passar a
ser a unidade de análise (SHIRATSUCHI, 2014).
A sustentabilidade do meio ambiente e o aumento de produtividade no setor agrícola é uma demanda
constante, e o SR tem a capacidade de ampliar a ação dos dois temas. Com a aplicação de SR, o tempo
resposta para uma ação é maior e mais precisa que qualquer método de campo adotado. Esse fator
direciona as ações do dia a dia (HUNT JR, 2018).

Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT?s) ou Drones

A evolução das tecnologias em geoprocessamento e informática estão permitindo à agricultura, mudanças


em que o produtor controla muito mais a sua linha de produção (TSCHIEDEL; FERREIRA, 2002). Ainda
nesse cenário, com a inovação crescente, novas ferramentas podem ser usadas nas lavouras, como os
VANT?s ou drones, equipamentos eletrônicos movidos à bateria (OLIVEIRA et al., 2020).
A expressão que conhecemos por drone, é um termo genérico que não possui definição técnica, este
nome foi popularizado principalmente nos Estados Unidos e a partir daí foi difundido, para denominar
qualquer objeto voador não tripulado, seja ele usado para fins produtivos, comerciais ou quaisquer
outros (GALVÃO, 2017).
Segundo Pereira (2017), surgiram por uma necessidade militar na época da Segunda Guerra Mundial,
sendo a Alemanha o país onde foi desenvolvido o primeiro drone. Os modelos atuais foram projetados por
Abe Karem nas décadas de 70. No Brasil, o primeiro voo se deu em 1983, nomeado de BQM1BR,
capturava imagens e vídeos, funções básicas comparadas aos modelos mais recentes.
O desenvolvimento desses dispositivos voadores surgiu como uma importante opção na AP. A aplicação
dos mesmos em áreas agrícolas vem se tornando facilitada devido o atual estágio de desenvolvimento
tecnológico, além de serem relativamente baratos, possuírem tamanho pequeno e pela necessidade de
otimização da produção. Mundialmente reconhecido, o termo ?Veículo Aéreo Não Tripulado? inclui uma
ampla variedade de aeronaves que são autônomas, semiautônomas ou remotamente operadas (RASI,

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2008).
São classificados como drone de asas fixas e asas rotativas, com aplicabilidade na agricultura e diferenças
entre si. Os de asas fixas, representado na Figura 01, são projetados para atender médias e grandes
áreas, voltados para mapeamento e monitoramento. Em relação ao modelo de asas rotativas, possuem
velocidade de voo, autonomia de bateria e área de cobertura maior, com pilotagem manual mais difícil;
quanto à decolagem e pouso, são na horizontal e a orientação das imagem são na vertical de cima para
baixo. Já os de asas rotativas, conforme a Figura 02, são essenciais para menores áreas, com pilotagem
mais fácil, decolagem e pouso na vertical e suas imagens são panorâmica (SENAR, 2018).

Figura 01. Drone de asas fixas com aplicação na agricultura.


Fonte: ALAVOURA (2020).

Figura 2. Drone de asas rotativas na agricultura.


Fonte: ANAC (2017)

Atualmente os drones possuem uma tecnologia que revolucionou as práticas de manejo na agricultura,
facilitando o monitoramento das culturas diariamente, possibilitando uma produção mais segura, otimizada
e sustentável (GONZÁLEZ et al., 2015).

Aplicações na agricultura
Uma das últimas tecnologias implantadas no setor agrícola são os drones, esses objetos disponibilizam a
possibilidade de acompanhar a lavoura em tempo real, realizando coleta de dados, identificando pragas e
doenças, estresse hídrico, deficiência nutricional, falhas no plantio, podendo realizar pulverizações de
defensivos e observar dificuldades na produção, essas ferramentas auxiliam na otimização do tempo, além
de facilitarem a tomada de decisão pelos produtores, reduzindo perdas e aumentando a performance
(GIRALDELI, 2019). Além disso, a polinização de culturas com drones, em ambientes controlados, estão
sendo testados para polinizar culturas, auxiliando na ausência ou declínio de polinizadores naturais, como
as abelhas (REDES AVANZADAS, 2017).
Diante do exposto, é notório que a evolução tecnológica e a crescente acessibilidade desses dispositivos
que apresentam sensores e recursos de imagem cada vez mais avançados, auxiliam no aumento de
produtividades e permitem reduzir danos nas lavouras, uma vez que possibilitam o monitoramento em
tempo real (RODRIGO, 2016).

Impactos e desafios da implementação de drone na agricultura


Impactos
A implementação de drones na agricultura traz uma série de vantagens, eles viabilizam o monitoramento
em tempo real das plantações, fornecendo informações atualizadas sobre o estado das atividades
agrícolas, essa capacidade ajuda a embasar decisões mais precisas para melhorar a gestão agrícola e
otimizar a produtividade (VELUSAMY et al., 2021).
Além disso, para a economia inteligente de insumos traz benefícios eficazes comparado aos modelos
convencionais. A pulverização com drones reduz a utilização de produtos químicos em excesso,
resultando em economia de insumos, diminuição de impactos no ambiente e aprimoramento da segurança

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de operadores (SOUZA, 2021).


Outro impacto positivo, segundo Gonçalves (2021), é a eficácia e rapidez com que os drones conseguem
abranger áreas extensas, eles permitem o mapeamento eficiente de grandes áreas agrícolas e em prazos
reduzidos, tornando-se valioso para regiões distantes e de difícil alcance.
Os drones desempenham um papel importante na obtenção de dados topográficos que dão suporte à
administração de recursos hídricos e à avaliação da configuração do terreno, tornando-se, dessa forma,
mais um aplicação significativa na agricultura (FENG et al., 2015).
Para Espinoza et al. (2017), também podem ser usados para a criação de mapas de zonas de cultivo,
permitindo aos agricultores detectarem áreas problemáticas que requerem maior atenção.
Desafios
Dentre os benefícios da implementação dos drones na agricultura, também surgem desafios que devem
ser considerados. Um deles reside na necessidade de capacitar tecnicamente os operadores de drone.
Para a utilização eficaz desse equipamento na agricultura, é crucial que os operadores possuam o
conhecimento técnico necessário para operá-los e interpretar os dados coletados (CARDOSO, 2021).
Além disso, segundo Inguaggiato (2020), a legislação e regulamentação sobre o uso de drones no setor
agrícola estão ainda em processo de evolução e podem divergir conforme o país ou localidade, podendo
resultar em limitações e restrições para as operações.
Uma outra restrição está associada ao custo inicial elevado de compra e manutenção dos drones, assim
como dos sistemas de sensoriamento remoto incorporados (GONÇALVES, 2021).

Materiais e métodos

O presente estudo foi conduzido usando a metodologia de revisão de literatura por meio de uma pesquisa
qualitativa de dados bibliográficos que abordam o uso de drone na agricultura. Para a coleta de dados
foram utilizados fontes nacionais e internacionais, icluindo artigos, teses de doutorado, dissertações, livros
e periódicos disponíveis em bancos de dados, como a Scientific Electronic Library Online (SciELO), a
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Doutorados (BDTD), o Google Acadêmico, e órgãos
governamentais, como a Associação Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa Brasileira de
Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA). Foram aplicados os descritores ?agricultura 4.0?, ?drones?,
?agricultura de precisão? e ?agronegócio?. A limitação de tempo para os artigos e trabalhos científicos foi
de 2000 a 2023.

Resultado e discussão
O acelerado desenvolvimento do planeta e a crescente demanda por métodos que promovam o
desempenho agrícola com responsabilidade ambiental, tem demonstrado resultados cada vez mais
satisfatórios no uso de recursos agrícolas e naturais. Diante dessa nova necessidade, uma abordagem
encontrada foi a Agricultura de Precisão, que atualmente se destaca como uma ferramenta amplamente
utilizada para proporcionar aos produtores direcionamentos mais eficientes e sustentáveis em suas
atividades agrícolas (ARANTES et al., 2019).
Conforme destacado por Russo (2020), a Agricultura de Precisão encara desafios, como a necessidade de

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investir em tecnologias avançadas, treinar agricultores e lidar com a integração de dados complexos. No
entanto, seu potencial para aprimorar a eficiência agrícola, são seus pontos positivos, reduzir custos e
minimizar o impacto ambiental a torna uma abordagem essencial para o futuro da agricultura sustentável.
Além disso, Almeida (2023) explica que o Sensoriamento Remoto desempenha um papel essencial na
Agricultura de Precisão atual, possibilitando a obtenção de informações detalhadas e abrangentes sobre
as condições das culturas e do ambiente. Isso compreende a coleta de dados através de sensores
instalados em aeronaves, satélites ou mesmo drones, permitindo a obtenção de informações sobre a
superfície terrestre e a vegetação com base em radiações eletromagnéticas refletidas ou emitidas.
A implementação de drones tem apresentado resultado promissores e significativos na agricultura. De
maneira resumida, os drones capturam imagens aéreas da plantação que posteriormente são submetidas
à análise de imagens. Isso permite a visualização da plantação de ângulos diferentes e facilita a
identificação de problemas que anteriormente seriam mais desafiadores de detectar (GOMES et al., 2019).

Do ponto de vista econômico, estudos tem indicado que a implementação de drones na agricultura pode
resultar em uma redução significativa dos custos operacionais. Conforme Tremea (2023), a utilização de
drones para monitorar e detectar problemas nas lavouras permite respostas mais ágeis e direcionadas,
diminuindo o desperdício de insumos agrícolas e, por conseguinte, reduzindo os custos de produção.
Adicionalmente, a aplicação precisa de fertilizantes e pesticidas com a ajuda de drones tem se destacado
em termos de eficiência quando comparada aos métodos convencionais de aplicação em grande escala.
Conforme Santos (2023) observa, a pulverização inteligente conduzida por drones possibilita a aplicação
somente nas áreas que realmente demandam, evitando a sobreposição de produtos químicos e reduzindo
os custos com insumos. É importante ressaltar que, a aplicação precisa e controlada desses insumos
contribui significativamente para a diminuição do impacto ambiental, uma vez que reduz a contaminação
do solo e da água, bem como minimiza a exposição de seres humanos e outros organismos aos produtos
químicos (YANG ET AL., 2017).
Seundo Alarcão, Nuñez (2023), a legislação atual no Brasil demanda autorização para a utilização de
drones em zonas rurais, além de estabelecer diretrizes de segurança e respeito à privacidade. Entretanto,
há iniciativas em andamento para melhorar a regulamentação e facilitar o uso dessa tecnologia na
agricultura.
Recomenda-se investir em políticas públicas direcionadas para a capacitação de profissionais. A
legislação Nº 298 de 22/09/2021 estipula diversos critérios para a utilização de drones na agricultura.
Dentre eles, é essencial destacar a obrigatoriedade de que o operador seja maior de idade, devidamente
habilitados, capacitado e registrado para operar a aeronave. Além disso, é imprescindível observar e
cumprir as normas de segurança e privacidade estabelecidas pela legislação brasileira (MAPA, 2021).
Um dos principais obstáculos enfrentados no Brasil para a implementação de drones na agricultura está
vinculado a legislação, que permanece bastante limitada. No entando, existem esforços em andamento
para aprimorar a regulamentação e simplificar o uso de dornes no setor agrícola (ALVES; NUÑEZ, 2023).
Entretando, Veluzamy et al. (2021), destacam a importância de levar em conta os custos iniciais de
aquisição e manutenção dos drones, assim como a necessidade de treinar adequadamente os operadores
para usufruir dessa tecnologia. Assim, tais aspectos podem influenciar a sustentabilidade financeira da
implementação de drones na propriedade, particularmente para pequenos agricultores.

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Considerações finais
Conforme a revisão, pode-se observar que a modernização da agricultura
está cada vez mais avançada, com uma diversidade de tecnologias que geram
benefícios econômicos e sustentáveis ao produtor e ao meio ambiente. A Agricultura de Precisão, por
exemplo, abrange muitas inovações que trazem segurança e agilidade, como os drones. São ferramentas
revolucionárias no campo, sendo veículos aéreos não tripulados (VANT) que desempenham um papel
crucial no monitoramento de lavouras e em outras atividades que promovem melhorias e eficiência no
processo agrícola.
Os drones oferecem uma ampla gama de aplicações, que abrangem desde o mapeamento e
monitoramento das culturas até a aplicação precisa de insumos agrícolas. Essas tecnologias fornecem aos
agricultores informações em tempo real, permitindo decisões mais assertivas e um aumento na
produtividade. Adicionalmente, contribuem para a redução dos custos operacionais ao otimizar o uso de
insumos agrícolas e minimizar o desperdício. Além de contribuir para um cultivo mais eficiente e
sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura enfrenta desafios significativos, como custos iniciais
elevados e complexidades regulatórias. Isso pode dificultar a implementação, especialmente em
propriedades de menor porte. Portanto, investimentos em treinamento e infraestrutura desempenham um
papel fundamental, assim como a conscientização dos benefícios dessa tecnologia para os produtores.

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FaseAcontecimento
Tração animal(Antes de 1960)Agricultura 1.0Produção e comercialização manuais, tendo propriedades
com baixo índice de produtividade, dependência da agricultura familiar, equipamentos manuais e produção
voltada para subsistência e venda excedente.
Modernização da agricultura(1960-1970)Agricultura 2.0Desenvolvimento de diversos métodos de gestão e
de controle de meta. O trabalho temporário, também conhecido como ?boia-fria?, se consolida em função
da especialização no plantio, trato cultural e colheita. Em 1965, ocorreu a criação do Sistema Nacional de
Créditos Rurais (SNCR), com oferta de créditos e juros diferenciado. E promove-se, pelo Governo Federal
, a mecanização.
Revolução Verde(1970-1990)Agricultura 2.0Crescimento da agricultura principalmente devido à expansão

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de áreas cultivadas, com predominância de áreas planas que favoreceram a mecanização do trabalho.
Em 1973, se consolida a criação da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, fundamental
para a organização da estratégia nacional de pesquisa no setor agropecuário. Em 1975, o Estado atua
fortemente a favor do produtor, com a criação da Embrapa Soja, do Programa Nacional do Álcool, da
realização de pesquisas para adaptar mudas e semente resistentes ao clima mais seco, fundamental para
a expansão da fronteira agrícola no Brasil, em direção ao Centro-Oeste. Por fim, em 1980, o crescimento
de produção aumenta, derivado das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa.
Agricultura de Precisão(1990-2014)Agricultura 3.0Nos anos de 1990, a computação permitiu a otimizar os
processos e a automações. Em 1996, instituiu-se o Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrotas), aumentando o volume de créditos ao
longo de 15 anos e promovendo renovação das máquinas no campo. Em 1997, houve o melhoramento
genético de sementes. E a partir de 2002, o plantio de transgênicos.
Integração das tecnologias(A partir de 2014)Agricultura 4.0Consolida-se a automação oportunizando o
desenvolvimento de sistemas autônomos, o controle de fatores locacionais, ferramentas geoespaciais, o
Sistema Diagnose Virtual, uso de cartilhas, folders e dias de campo. E a partir de 2019, há a
implementação das tecnologias 4.0.

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Arquivo 1: TCC referencial.docx (5406 termos)
Arquivo 2: https://www.ask.com/lifestyle/benefits-using-todd-graves-one-plane-swing-
system?utm_content=params%3Ao%3D740004%26ad%3DdirN%26qo%3DserpIndex&ueid=ba0731fd-
6a09-48a2-bcfc-51a58355630b (456 termos)
Termos comuns: 0
Similaridade: 0,00%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC referencial.docx (5406 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.ask.com/lifestyle/benefits-
using-todd-graves-one-plane-swing-
system?utm_content=params%3Ao%3D740004%26ad%3DdirN%26qo%3DserpIndex&ueid=ba0731fd-
6a09-48a2-bcfc-51a58355630b (456 termos)

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Resumo
Com a evolução do setor agrícola, a agricultura atual, ou digital, inclui novos avanços tecnológicos com o
potencial de revolucionar a forma como os produtores gerenciam suas culturas, aumentando a eficiência, a
produtividade e a sustentabilidade no campo. A adoção e aplicação da Agricultura de Precisão permitem o
uso de inovações e transformações promissoras, como os drones, veículos aéreos não tripulados que
processam inúmeros dados e informações, com o intuito de otimizar as operações. Os drones possuem
diversas utilidades no campo, como o monitoramento de culturas, a detecção de pragas e doenças, bem
como a pulverização precisa de insumos agrícolas. Suas aplicações impulsionam a eficiência e
produtividade no setor agronômico, além de reduzir os custos operacionais, tais como os gastos com
combustíveis e mão de obra, minimizando os impactos ambientais ao diminuir o uso excessivo de
produtos químicos e a emissão de poluentes. Portanto, a implementação na agricultura enfrenta desafios,
como os altos custos iniciais e questões regulatórias. Assim, o presente estudo teve como objetivo
evidenciar, através de revisão bibliográfica, os impactos e desafios da implementação de drones na
agricultura. O resultado da interpretação dos estudos demonstrou que essas ferramentas impactam
positivamente na agricultura e enfrentam desafios, como o custo inicial e questões regulamentares.
Palavras chave: evolução, Agricultura de Precisão, veículos aéreos não tripulados.

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Introdução
A agricultura é uma das atividades mais arcaica e crucial para a humanidade, desempenhando um papel
fundamental ao longo da história, ao promover alimentos e recursos essenciais para a sobrevivência e o
progresso da sociedade. O crescimento populacional global e o aumento das demandas por produtos
agrícolas tem levado a uma complexidade dos desafios enfrentados pelos agricultores. Neste cenário, a
busca por soluções inovadoras e tecnologias avançadas, que impulsionem a produtividade e a eficiência
agrícola, tornou-se uma prioridade para o setor (CARNEIRO, 2017).
Segundo Alves (2023), a agricultura passou por transformações e adotou a modernidade, incorporando
novas tecnologias para garantir sustentabilidade e produtividade. Dessa forma, o autor afirma que
ferramentas inovadoras, como a Agricultura de Precisão (AP) e os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT
?s) ou drones, permitem um monitoramento preciso e em tempo real da produção, tornando-a mais segura
e proporcionando melhores decisões.
Nesse contexto, a implementação de drones na agricultura proporciona vantagens significativas, tais como
o monitoramento e a obtenção de imagens detalhadas e precisas, bem como a gestão de culturas. Com a
capacidade de sobrevoar áreas extensas em tempo reduzido e capturar imagens minuciosas e precisas,
esses dispositivos possibilitam aos agricultores uma visão abrangente da lavoura. Isso inclui a
identificação de problemas, como doenças, pragas, estresse hídrico e a deficiência nutricional, ao mesmo
tempo em que fornece informações essenciais para o planejamento da colheita (ALARCÃO; NUÑES,
2023).
Além do monitoramento, os drones têm se revelado eficazes na aplicação precisa e direcionada de
insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas. Essa abordagem, denominada pulverização inteligente,
visa a redução do desperdício de produtos químicos, a diminuição dos custos operacionais e a
minimização dos impactos ambientais negativos. Isso contribui para tornar a agricultura mais sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura também apresenta desafios, como o alto
investimento inicial, a necessidade de treinamento dos operadores e as questões regulatórias relacionadas
ao uso do espaço aéreo (SOUZA, 2021; INGUAGGIATO, 2020; GOLÇALVES, 2021).
Considerando a relevância e aplicação dos drones nas lavouras, o objetivo deste estudo de revisão
bibliográfica é avaliar os impactos e desafios associados a essa tecnologia quando implementada na
agricultura. Espera-se que os resultados deste estudo possam demonstrar suas aplicações, vantagens e
desvantagens na implementação de drones nas atividades agrícolas.

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Fundamentação teórica

Origem e modernização da agricultura


A agricultura teve seus primeiros indícios no período Neolítico entre 8.000 e
5.000 a.C., em que começa o domínio dos metais e, assim, surgem as primeiras ferramentas. Na
antiguidade, as máquinas primitivas eram criadas pela capacidade humana, e usadas através da força
muscular do homem e animal, que permitiam o cultivo. Na Idade Média, a agricultura movimentava a
economia que era praticamente dependente desse setor. Com isso, apareceram algumas inovações como
o surgimento de moinho, o rodízio nas áreas de produção e o arado de ferro (FELDENS, 2018).
A agricultura já foi bastante rudimentar, feita por trabalhadores braçais com máquinas pouco sofisticadas
(VIVO, 2022). E desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das civilizações, permitiu que o
homem deixasse de ser nômade e passasse a fixar-se em áreas férteis (FELDENS, 2018). Com o avanço
exorbitante da urbanização e da indústria, tornou-se necessária a modernização do setor agrário com a
finalidade de produzir alimentos e produtos (TEIXEIRA, 2005).
A partir desse cenário, entre as décadas de 1960 e 1970, ocorreu um processo conhecido como
Revolução Verde que transformou, sobretudo, a evolução de técnicas e equipamentos (BECKMANN;
SANTANA, 2019). Segundo Feldens (2018), o país desenvolveu tecnologias próprias que, em 1990, com a
inovação e o crescente desenvolvimento agrícola, se tornou recordista em produtividade e exportação.
Além disso, se configurou também pela necessidade da utilização de insumos como forma de aumentar a
produtividade (VIEITES, 2010).
A disponibilidade de insumos modernos e sistemas eficientes de correção de solos contribuíram para
elevar a produtividade da terra, do trabalho e do capital (CUNHA et. al., 2008). Além disso, a mecanização
agrícola foi fator relevante no acréscimo da produção podendo ser considerada um índice de
desenvolvimento do setor agrário (NOGUEIRA, 2001).
O agronegócio sempre contou com a inovação para ampliar sua produção de alimentos e superar desafios
como pragas, variações climáticas e as próprias restrições naturais de plantio (MAFRA, 2022). Para
Rocha (2021), a agricultura se modernizou e desenvolveu conforme a revolução da indústria. Sendo
responsável pelas transformações tecnológicas em diversos setores, além da agricultura (LIU et al., 2021).

Ainda segundo Liu et al. (2021), a agricultura recebeu definições ao longo de suas evoluções. As práticas
tradicionais utilizando ferramentas produzidas pelo próprio homem, é definida como Agricultura 1.0.
Posteriormente, com a Primeira Revolução Industrial, que possibilitou novas transformações como a
introdução da mecanização agrícola, foi designada Agricultura 2.0. Já no século XX, acontecia a Segunda
Revolução Industrial, trazendo novas fontes energéticas e inovações no transporte, que influenciaram o

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mercado e, consequentemente, a produção em maiores escalas, que somadas ao desenvolvimento da


Indústria 3.0, resultaram na chegada de TI, software, melhoramento das máquinas conhecido como
Agricultura 3.0.
Nesse contexto, se faz presente nos dias atuais a agricultura 4.0, que faz uso de métodos também
empregados na indústria 4.0, englobando a agricultura e a pecuária de precisão, a automação e a robótica
agrícola. (MASSRUHÁ; LEITE, 2017). Segue na tabela 1, as fases e os acontecimentos relevantes da
evolução da agricultura brasileira.
Tabela 1- Fases e acontecimentos relevantes da evolução da agricultura brasileira.
Fonte: Massruhá; Leite (2017), Vieira Filho (2014).
A revolução no agronegócio mundial tem crescido, tendo como base o uso de novas tecnologias para
melhorias nos modelos de produção rural (JARDIM, 2019). Segundo Beckmann e Santana (2019) o
processo de inovação vem sendo o grande diferencial, no crescimento da agricultura nacional, atrelado
cada vez mais a modernização no setor agrícola.

Agricultura 4.0
A Agricultura 4.0 refere-se aos desenvolvimentos na mais recente fronteira tecnológica, sob modelo da
Indústria 4.0. Assim, pode ser compreendida como a aplicação de tecnologias como big data, a internet
das coisas a robótica, os sensores, a impressão 3D, a integração de sistemas, a inteligência artificial, o
aprendizado de máquina, entre outras tecnologias, à agricultura. É notório que a elevada produtividade,
lucratividade, a redução de impactos ambientais e do modelo de manejo das propriedades, justificam-se
devido aos avanços tecnológicos que são empregados pela Agricultura 4.0 (KLERKX et al., 2019; ROSE;
CHILVERS, 2018; DENVER, 2019).
O Brasil está entre um dos países que mais produz alimentos no mundo e
com o crescimento da população mundial, a produção de alimentos
automaticamente cresce. Entretanto, existem empecilhos que interferem na
produtividade e, assim, impulsionam a criação de novas formas de manejo para uma lavoura. Essas
inovações e transformações no agronegócio são promissoras para melhorar as condições de produção e
aumentar a produtividade para suprir a crescente demanda (VILLAFUERTE et al., 2018).
É válido ressaltar que tal revolução tecnológica possibilitou avanços não somente voltados às fábricas,
mas também em outros setores, como na agricultura. Diversas tecnologias têm apoiado no sentido de
aprimorar o monitoramento e tomada de decisões, como navegação por satélite e rede de sensores,
computação em rede, computação onipresente e computação sensível ao contexto estão apoiando o dito
domínio para melhorar o monitoramento e tomada de decisões no campo (AQEEL-UR-REHMAN; SHAIKH
, 2009). Segundo Bongomin et al. (2020), a Agricultura 4.0 usa tecnologias da Industria 4.0, buscando uma
autonomia, com abastecimento confiável dos alimentos, uso de sensores e com fornecimento de
informações para que o agricultor usuário dos sistemas possa ter apoio na tomada de decisão, a força
impulsionadora é a necessidade do aumento de produção eficiência nos processos, qualidade e redução
dos impactos ambientais.
Com a utilização dessas tecnologias, será possível utilizar apenas as quantidades mínimas necessárias,
aplicadas em áreas específicas (CLERCQ et al., 2018). Além da introdução de novas ferramentas e
práticas, a verdadeira promessa da Agricultura 4.0 é em termos de aumento da produtividade e reside na
capacidade de coletar, usar e trocar dados remotamente. A transformação chave reside na capacidade de
coletar mais dados e medição sobre a produção: qualidade do solo, níveis de irrigação, clima, presença de
insetos e pragas. Sendo os dados obtidos a partir de sensores implantados em tratores e implementados

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diretamente no campo e no solo ou com o uso de drones ou imagens de satélite (BONNEAU, et al. 2017).

Agricultura de Precisão
A agricultura de precisão (AP) pode ser definida como práticas agrícolas com base nas tecnologias de
informação (TI) e ferramentas da mecanização e automação, considerando a variabilidade do espaço e do
tempo sobre a produtividade das culturas. Ela pode ser entendida como um ciclo que se inicia na coleta
dos dados, análises e interpretação dessas informações, geração das recomendações, aplicação no
campo e avaliação dos resultados (GEEBERS; ADAMCHUK, 2010). Dessa forma, a AP é uma ferramenta
que auxilia os produtores na tomada de decisões no manejo das culturas, levando em conta a
variabilidade espacial e temporal da lavoura para obter máximo retorno econômico e reduzir o impacto
ambiental (INAMASU et al., 2011). É, portanto, uma cadeia de conhecimentos, na qual máquinas,
dispositivos, equipamentos e softwares são ferramentas para a coleta de dados, os quais devem ser
organizados e interpretados, gerando informações para apoiar a gestão (INAMASU; BERNARDI, 2014).
O conceito de Agricultura de Precisão está ligado a um processo de gestão produtiva que envolve
multidisciplinaridade como segmentos da agronomia, mecatrônica, geometria, informática e meio ambiente
, e teve início com a introdução de GPS e mapas de produtividade. Ainda dentro desse cenário, o
sensoriamento remoto (SR) torna-se importante para a capitação e gerenciamento de dados recolhidos
nas lavouras (INAMASSU et al., 2011, SHIRATSUCHI, 2014).
O sensoriamento remoto encaixou de forma perfeita na agricultura e transformou-se em uma subsídio para
AP. Monitorar grandes áreas, identificar as necessidades de manejo, com capacidade de revisita diária,
está transformando o SR um aliado com a capacidade de dar repostas para agricultura com uma
velocidade suficiente para ampliar produtividade com capacidade de extrair informação menor que 100 m
². Esse processo torna a SR um elemento chave dentro da agricultura de precisão, cobrindo áreas em
escala regional com detalhamento dentro do talhão (SHEFFIELD, 2018).
Segundo Costa e Guilhoto (2003) analisaram o impacto potencial da adoção das principais técnicas de
agricultura de precisão na economia brasileira e observaram resultados consideráveis. Segundo os
autores, a utilização da tecnologia proporcionou o aumento de 10% de produtividade nas culturas de soja,
milho e cana-de-açúcar. A gestão do conhecimento derivado da agricultura de precisão tem tomado novas
fronteiras dentro do contexto de produção e desafios antes não existentes (FRASER, 2018).
Entretanto, quando se trata de propriedades rurais de pequeno porte, a agricultura de precisão muitas
vezes torna-se praticamente impossível de ser implantada devido à dificuldade de identificar técnicas
economicamente viáveis para que o agricultor familiar possa utilizar dentro do seu contexto agrícola,
principalmente em um país em desenvolvimento, onde o custo de aquisição de hardwares e serviços
associados ainda é caro (VIANA et al., 2019). Contudo, existem técnicos que se dedicam a desenvolver
alternativas para realizar AP em áreas com menor porte. Sendo assim, AP torna-se um divisor de águas e
vem se destacando a cada dia para uma produção racional, além disso, o mapeamento da propriedade na
questão fertilidade de solo pode auxiliar no uso racional de insumos, minimizando perdas e contribuindo
para a sustentabilidade dos campos brasileiros (BONGIOVANNI; LOWENBER-DEBOER, 2004).
Diante das diversas tecnologias e serviços disponíveis no mercado da Agricultura de Precisão, podem-se
identificar ferramentas que sejam eficientes e ajustadas a cada tipo de sistema de produção (BERNARDI
et al. 2014; OLIVEIRA, 2016). Essas novas tecnologias associam as informações com uma agricultura
comercial madura, surgindo um sistema de manejo de produção integrado, tentando igualar o tipo e a
quantia de insumos que chegam à propriedade com as reais necessidades que a cultura precisa. Nos dias
atuais a quantidade de novas tecnologias disponíveis para se usar na AP vem crescendo gradativamente,

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e entre as mesmas, se destaca os Drones, pois traz ao agricultor inúmeros benefícios pelo seus usos
(NUNES, 2016).

Utilização do Sensoriamento Remoto no manejo das lavouras

O Sensoriamento Remoto (SR) pode ser definido como a ciência que permite com que dados sejam
adquiridos de uma superfície sem que haja contato direto entre o objeto que capta os dados (sensor) e o
alvo, não sendo esses dados necessariamente imagens. Uma das classificações possíveis para a
aquisição de dados através de SR é realizada de acordo com o nível em que os sensores estão
localizados, ou seja, quanto ao nível de aquisição de dados. Nesse sentido, pode-se estratificar o SR em
orbital, aéreo e proximal (terrestre). O nível de aquisição de dados no sensoriamento remoto, quando os
dados são em formato matricial, exerce forte influência no tamanho da área que será monitorada pelo
sensor, na resolução espacial, resolução temporal e na escala das imagens captadas. Quanto mais alto
estiver um sensor, maior será a superfície alcançada e, consequentemente, maior será a resolução
temporal desse sensor, ou seja, maior será a frequência do monitoramento sobre determinada superfície.
Quando se diminui a altitude, menor será a área coberta, entretanto, maior será a riqueza de detalhes
captados pelo sensor, isto é, maior resolução espacial (FLORENZANO, 2011).
No Brasil o mercado agrícola é o maior impulsionador das aeronaves remotamente pilotada (RPA)
atualmente (DE OLIVEIRA, 2020). A realidade operacional incentiva que as pesquisas e os novos estudos
de SR para agricultura sejam elaborados de forma contínua. A agricultura de precisão é um exemplo claro
, que evolui a cada ano, e o SR está inserido nesse contexto, pois trata o manejo agrícola dividido em
células geográficas de acordo com a resolução espacial do sensor, ou seja, o tamanho do pixel passar a
ser a unidade de análise (SHIRATSUCHI, 2014).
A sustentabilidade do meio ambiente e o aumento de produtividade no setor agrícola é uma demanda
constante, e o SR tem a capacidade de ampliar a ação dos dois temas. Com a aplicação de SR, o tempo
resposta para uma ação é maior e mais precisa que qualquer método de campo adotado. Esse fator
direciona as ações do dia a dia (HUNT JR, 2018).

Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT?s) ou Drones

A evolução das tecnologias em geoprocessamento e informática estão permitindo à agricultura, mudanças


em que o produtor controla muito mais a sua linha de produção (TSCHIEDEL; FERREIRA, 2002). Ainda
nesse cenário, com a inovação crescente, novas ferramentas podem ser usadas nas lavouras, como os
VANT?s ou drones, equipamentos eletrônicos movidos à bateria (OLIVEIRA et al., 2020).
A expressão que conhecemos por drone, é um termo genérico que não possui definição técnica, este
nome foi popularizado principalmente nos Estados Unidos e a partir daí foi difundido, para denominar
qualquer objeto voador não tripulado, seja ele usado para fins produtivos, comerciais ou quaisquer
outros (GALVÃO, 2017).
Segundo Pereira (2017), surgiram por uma necessidade militar na época da Segunda Guerra Mundial,
sendo a Alemanha o país onde foi desenvolvido o primeiro drone. Os modelos atuais foram projetados por
Abe Karem nas décadas de 70. No Brasil, o primeiro voo se deu em 1983, nomeado de BQM1BR,
capturava imagens e vídeos, funções básicas comparadas aos modelos mais recentes.
O desenvolvimento desses dispositivos voadores surgiu como uma importante opção na AP. A aplicação

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dos mesmos em áreas agrícolas vem se tornando facilitada devido o atual estágio de desenvolvimento
tecnológico, além de serem relativamente baratos, possuírem tamanho pequeno e pela necessidade de
otimização da produção. Mundialmente reconhecido, o termo ?Veículo Aéreo Não Tripulado? inclui uma
ampla variedade de aeronaves que são autônomas, semiautônomas ou remotamente operadas (RASI,
2008).
São classificados como drone de asas fixas e asas rotativas, com aplicabilidade na agricultura e diferenças
entre si. Os de asas fixas, representado na Figura 01, são projetados para atender médias e grandes
áreas, voltados para mapeamento e monitoramento. Em relação ao modelo de asas rotativas, possuem
velocidade de voo, autonomia de bateria e área de cobertura maior, com pilotagem manual mais difícil;
quanto à decolagem e pouso, são na horizontal e a orientação das imagem são na vertical de cima para
baixo. Já os de asas rotativas, conforme a Figura 02, são essenciais para menores áreas, com pilotagem
mais fácil, decolagem e pouso na vertical e suas imagens são panorâmica (SENAR, 2018).

Figura 01. Drone de asas fixas com aplicação na agricultura.


Fonte: ALAVOURA (2020).

Figura 2. Drone de asas rotativas na agricultura.


Fonte: ANAC (2017)

Atualmente os drones possuem uma tecnologia que revolucionou as práticas de manejo na agricultura,
facilitando o monitoramento das culturas diariamente, possibilitando uma produção mais segura, otimizada
e sustentável (GONZÁLEZ et al., 2015).

Aplicações na agricultura
Uma das últimas tecnologias implantadas no setor agrícola são os drones, esses objetos disponibilizam a
possibilidade de acompanhar a lavoura em tempo real, realizando coleta de dados, identificando pragas e
doenças, estresse hídrico, deficiência nutricional, falhas no plantio, podendo realizar pulverizações de
defensivos e observar dificuldades na produção, essas ferramentas auxiliam na otimização do tempo, além
de facilitarem a tomada de decisão pelos produtores, reduzindo perdas e aumentando a performance
(GIRALDELI, 2019). Além disso, a polinização de culturas com drones, em ambientes controlados, estão
sendo testados para polinizar culturas, auxiliando na ausência ou declínio de polinizadores naturais, como
as abelhas (REDES AVANZADAS, 2017).
Diante do exposto, é notório que a evolução tecnológica e a crescente acessibilidade desses dispositivos
que apresentam sensores e recursos de imagem cada vez mais avançados, auxiliam no aumento de
produtividades e permitem reduzir danos nas lavouras, uma vez que possibilitam o monitoramento em
tempo real (RODRIGO, 2016).

Impactos e desafios da implementação de drone na agricultura


Impactos
A implementação de drones na agricultura traz uma série de vantagens, eles viabilizam o monitoramento
em tempo real das plantações, fornecendo informações atualizadas sobre o estado das atividades
agrícolas, essa capacidade ajuda a embasar decisões mais precisas para melhorar a gestão agrícola e

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otimizar a produtividade (VELUSAMY et al., 2021).


Além disso, para a economia inteligente de insumos traz benefícios eficazes comparado aos modelos
convencionais. A pulverização com drones reduz a utilização de produtos químicos em excesso,
resultando em economia de insumos, diminuição de impactos no ambiente e aprimoramento da segurança
de operadores (SOUZA, 2021).
Outro impacto positivo, segundo Gonçalves (2021), é a eficácia e rapidez com que os drones conseguem
abranger áreas extensas, eles permitem o mapeamento eficiente de grandes áreas agrícolas e em prazos
reduzidos, tornando-se valioso para regiões distantes e de difícil alcance.
Os drones desempenham um papel importante na obtenção de dados topográficos que dão suporte à
administração de recursos hídricos e à avaliação da configuração do terreno, tornando-se, dessa forma,
mais um aplicação significativa na agricultura (FENG et al., 2015).
Para Espinoza et al. (2017), também podem ser usados para a criação de mapas de zonas de cultivo,
permitindo aos agricultores detectarem áreas problemáticas que requerem maior atenção.
Desafios
Dentre os benefícios da implementação dos drones na agricultura, também surgem desafios que devem
ser considerados. Um deles reside na necessidade de capacitar tecnicamente os operadores de drone.
Para a utilização eficaz desse equipamento na agricultura, é crucial que os operadores possuam o
conhecimento técnico necessário para operá-los e interpretar os dados coletados (CARDOSO, 2021).
Além disso, segundo Inguaggiato (2020), a legislação e regulamentação sobre o uso de drones no setor
agrícola estão ainda em processo de evolução e podem divergir conforme o país ou localidade, podendo
resultar em limitações e restrições para as operações.
Uma outra restrição está associada ao custo inicial elevado de compra e manutenção dos drones, assim
como dos sistemas de sensoriamento remoto incorporados (GONÇALVES, 2021).

Materiais e métodos

O presente estudo foi conduzido usando a metodologia de revisão de literatura por meio de uma pesquisa
qualitativa de dados bibliográficos que abordam o uso de drone na agricultura. Para a coleta de dados
foram utilizados fontes nacionais e internacionais, icluindo artigos, teses de doutorado, dissertações, livros
e periódicos disponíveis em bancos de dados, como a Scientific Electronic Library Online (SciELO), a
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Doutorados (BDTD), o Google Acadêmico, e órgãos
governamentais, como a Associação Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa Brasileira de
Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA). Foram aplicados os descritores ?agricultura 4.0?, ?drones?,
?agricultura de precisão? e ?agronegócio?. A limitação de tempo para os artigos e trabalhos científicos foi
de 2000 a 2023.

Resultado e discussão
O acelerado desenvolvimento do planeta e a crescente demanda por métodos que promovam o
desempenho agrícola com responsabilidade ambiental, tem demonstrado resultados cada vez mais
satisfatórios no uso de recursos agrícolas e naturais. Diante dessa nova necessidade, uma abordagem

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encontrada foi a Agricultura de Precisão, que atualmente se destaca como uma ferramenta amplamente
utilizada para proporcionar aos produtores direcionamentos mais eficientes e sustentáveis em suas
atividades agrícolas (ARANTES et al., 2019).
Conforme destacado por Russo (2020), a Agricultura de Precisão encara desafios, como a necessidade de
investir em tecnologias avançadas, treinar agricultores e lidar com a integração de dados complexos. No
entanto, seu potencial para aprimorar a eficiência agrícola, são seus pontos positivos, reduzir custos e
minimizar o impacto ambiental a torna uma abordagem essencial para o futuro da agricultura sustentável.
Além disso, Almeida (2023) explica que o Sensoriamento Remoto desempenha um papel essencial na
Agricultura de Precisão atual, possibilitando a obtenção de informações detalhadas e abrangentes sobre
as condições das culturas e do ambiente. Isso compreende a coleta de dados através de sensores
instalados em aeronaves, satélites ou mesmo drones, permitindo a obtenção de informações sobre a
superfície terrestre e a vegetação com base em radiações eletromagnéticas refletidas ou emitidas.
A implementação de drones tem apresentado resultado promissores e significativos na agricultura. De
maneira resumida, os drones capturam imagens aéreas da plantação que posteriormente são submetidas
à análise de imagens. Isso permite a visualização da plantação de ângulos diferentes e facilita a
identificação de problemas que anteriormente seriam mais desafiadores de detectar (GOMES et al., 2019).

Do ponto de vista econômico, estudos tem indicado que a implementação de drones na agricultura pode
resultar em uma redução significativa dos custos operacionais. Conforme Tremea (2023), a utilização de
drones para monitorar e detectar problemas nas lavouras permite respostas mais ágeis e direcionadas,
diminuindo o desperdício de insumos agrícolas e, por conseguinte, reduzindo os custos de produção.
Adicionalmente, a aplicação precisa de fertilizantes e pesticidas com a ajuda de drones tem se destacado
em termos de eficiência quando comparada aos métodos convencionais de aplicação em grande escala.
Conforme Santos (2023) observa, a pulverização inteligente conduzida por drones possibilita a aplicação
somente nas áreas que realmente demandam, evitando a sobreposição de produtos químicos e reduzindo
os custos com insumos. É importante ressaltar que, a aplicação precisa e controlada desses insumos
contribui significativamente para a diminuição do impacto ambiental, uma vez que reduz a contaminação
do solo e da água, bem como minimiza a exposição de seres humanos e outros organismos aos produtos
químicos (YANG ET AL., 2017).
Seundo Alarcão, Nuñez (2023), a legislação atual no Brasil demanda autorização para a utilização de
drones em zonas rurais, além de estabelecer diretrizes de segurança e respeito à privacidade. Entretanto,
há iniciativas em andamento para melhorar a regulamentação e facilitar o uso dessa tecnologia na
agricultura.
Recomenda-se investir em políticas públicas direcionadas para a capacitação de profissionais. A
legislação Nº 298 de 22/09/2021 estipula diversos critérios para a utilização de drones na agricultura.
Dentre eles, é essencial destacar a obrigatoriedade de que o operador seja maior de idade, devidamente
habilitados, capacitado e registrado para operar a aeronave. Além disso, é imprescindível observar e
cumprir as normas de segurança e privacidade estabelecidas pela legislação brasileira (MAPA, 2021).
Um dos principais obstáculos enfrentados no Brasil para a implementação de drones na agricultura está
vinculado a legislação, que permanece bastante limitada. No entando, existem esforços em andamento
para aprimorar a regulamentação e simplificar o uso de dornes no setor agrícola (ALVES; NUÑEZ, 2023).
Entretando, Veluzamy et al. (2021), destacam a importância de levar em conta os custos iniciais de
aquisição e manutenção dos drones, assim como a necessidade de treinar adequadamente os operadores
para usufruir dessa tecnologia. Assim, tais aspectos podem influenciar a sustentabilidade financeira da

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implementação de drones na propriedade, particularmente para pequenos agricultores.

Considerações finais
Conforme a revisão, pode-se observar que a modernização da agricultura
está cada vez mais avançada, com uma diversidade de tecnologias que geram
benefícios econômicos e sustentáveis ao produtor e ao meio ambiente. A Agricultura de Precisão, por
exemplo, abrange muitas inovações que trazem segurança e agilidade, como os drones. São ferramentas
revolucionárias no campo, sendo veículos aéreos não tripulados (VANT) que desempenham um papel
crucial no monitoramento de lavouras e em outras atividades que promovem melhorias e eficiência no
processo agrícola.
Os drones oferecem uma ampla gama de aplicações, que abrangem desde o mapeamento e
monitoramento das culturas até a aplicação precisa de insumos agrícolas. Essas tecnologias fornecem aos
agricultores informações em tempo real, permitindo decisões mais assertivas e um aumento na
produtividade. Adicionalmente, contribuem para a redução dos custos operacionais ao otimizar o uso de
insumos agrícolas e minimizar o desperdício. Além de contribuir para um cultivo mais eficiente e
sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura enfrenta desafios significativos, como custos iniciais
elevados e complexidades regulatórias. Isso pode dificultar a implementação, especialmente em

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propriedades de menor porte. Portanto, investimentos em treinamento e infraestrutura desempenham um


papel fundamental, assim como a conscientização dos benefícios dessa tecnologia para os produtores.

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FaseAcontecimento
Tração animal(Antes de 1960)Agricultura 1.0Produção e comercialização manuais, tendo propriedades
com baixo índice de produtividade, dependência da agricultura familiar, equipamentos manuais e produção
voltada para subsistência e venda excedente.
Modernização da agricultura(1960-1970)Agricultura 2.0Desenvolvimento de diversos métodos de gestão e
de controle de meta. O trabalho temporário, também conhecido como ?boia-fria?, se consolida em função

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da especialização no plantio, trato cultural e colheita. Em 1965, ocorreu a criação do Sistema Nacional de
Créditos Rurais (SNCR), com oferta de créditos e juros diferenciado. E promove-se, pelo Governo Federal
, a mecanização.
Revolução Verde(1970-1990)Agricultura 2.0Crescimento da agricultura principalmente devido à expansão
de áreas cultivadas, com predominância de áreas planas que favoreceram a mecanização do trabalho.
Em 1973, se consolida a criação da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, fundamental
para a organização da estratégia nacional de pesquisa no setor agropecuário. Em 1975, o Estado atua
fortemente a favor do produtor, com a criação da Embrapa Soja, do Programa Nacional do Álcool, da
realização de pesquisas para adaptar mudas e semente resistentes ao clima mais seco, fundamental para
a expansão da fronteira agrícola no Brasil, em direção ao Centro-Oeste. Por fim, em 1980, o crescimento
de produção aumenta, derivado das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa.
Agricultura de Precisão(1990-2014)Agricultura 3.0Nos anos de 1990, a computação permitiu a otimizar os
processos e a automações. Em 1996, instituiu-se o Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrotas), aumentando o volume de créditos ao
longo de 15 anos e promovendo renovação das máquinas no campo. Em 1997, houve o melhoramento
genético de sementes. E a partir de 2002, o plantio de transgênicos.
Integração das tecnologias(A partir de 2014)Agricultura 4.0Consolida-se a automação oportunizando o
desenvolvimento de sistemas autônomos, o controle de fatores locacionais, ferramentas geoespaciais, o
Sistema Diagnose Virtual, uso de cartilhas, folders e dias de campo. E a partir de 2019, há a
implementação das tecnologias 4.0.

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Resumo
Com a evolução do setor agrícola, a agricultura atual, ou digital, inclui novos avanços tecnológicos com o
potencial de revolucionar a forma como os produtores gerenciam suas culturas, aumentando a eficiência, a
produtividade e a sustentabilidade no campo. A adoção e aplicação da Agricultura de Precisão permitem o
uso de inovações e transformações promissoras, como os drones, veículos aéreos não tripulados que
processam inúmeros dados e informações, com o intuito de otimizar as operações. Os drones possuem
diversas utilidades no campo, como o monitoramento de culturas, a detecção de pragas e doenças, bem
como a pulverização precisa de insumos agrícolas. Suas aplicações impulsionam a eficiência e
produtividade no setor agronômico, além de reduzir os custos operacionais, tais como os gastos com
combustíveis e mão de obra, minimizando os impactos ambientais ao diminuir o uso excessivo de
produtos químicos e a emissão de poluentes. Portanto, a implementação na agricultura enfrenta desafios,
como os altos custos iniciais e questões regulatórias. Assim, o presente estudo teve como objetivo
evidenciar, através de revisão bibliográfica, os impactos e desafios da implementação de drones na
agricultura. O resultado da interpretação dos estudos demonstrou que essas ferramentas impactam
positivamente na agricultura e enfrentam desafios, como o custo inicial e questões regulamentares.
Palavras chave: evolução, Agricultura de Precisão, veículos aéreos não tripulados.

Introdução
A agricultura é uma das atividades mais arcaica e crucial para a humanidade, desempenhando um papel

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fundamental ao longo da história, ao promover alimentos e recursos essenciais para a sobrevivência e o


progresso da sociedade. O crescimento populacional global e o aumento das demandas por produtos
agrícolas tem levado a uma complexidade dos desafios enfrentados pelos agricultores. Neste cenário, a
busca por soluções inovadoras e tecnologias avançadas, que impulsionem a produtividade e a eficiência
agrícola, tornou-se uma prioridade para o setor (CARNEIRO, 2017).
Segundo Alves (2023), a agricultura passou por transformações e adotou a modernidade, incorporando
novas tecnologias para garantir sustentabilidade e produtividade. Dessa forma, o autor afirma que
ferramentas inovadoras, como a Agricultura de Precisão (AP) e os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT
?s) ou drones, permitem um monitoramento preciso e em tempo real da produção, tornando-a mais segura
e proporcionando melhores decisões.
Nesse contexto, a implementação de drones na agricultura proporciona vantagens significativas, tais como
o monitoramento e a obtenção de imagens detalhadas e precisas, bem como a gestão de culturas. Com a
capacidade de sobrevoar áreas extensas em tempo reduzido e capturar imagens minuciosas e precisas,
esses dispositivos possibilitam aos agricultores uma visão abrangente da lavoura. Isso inclui a
identificação de problemas, como doenças, pragas, estresse hídrico e a deficiência nutricional, ao mesmo
tempo em que fornece informações essenciais para o planejamento da colheita (ALARCÃO; NUÑES,
2023).
Além do monitoramento, os drones têm se revelado eficazes na aplicação precisa e direcionada de
insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas. Essa abordagem, denominada pulverização inteligente,
visa a redução do desperdício de produtos químicos, a diminuição dos custos operacionais e a
minimização dos impactos ambientais negativos. Isso contribui para tornar a agricultura mais sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura também apresenta desafios, como o alto
investimento inicial, a necessidade de treinamento dos operadores e as questões regulatórias relacionadas
ao uso do espaço aéreo (SOUZA, 2021; INGUAGGIATO, 2020; GOLÇALVES, 2021).
Considerando a relevância e aplicação dos drones nas lavouras, o objetivo deste estudo de revisão
bibliográfica é avaliar os impactos e desafios associados a essa tecnologia quando implementada na
agricultura. Espera-se que os resultados deste estudo possam demonstrar suas aplicações, vantagens e
desvantagens na implementação de drones nas atividades agrícolas.

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Fundamentação teórica

Origem e modernização da agricultura


A agricultura teve seus primeiros indícios no período Neolítico entre 8.000 e
5.000 a.C., em que começa o domínio dos metais e, assim, surgem as primeiras ferramentas. Na
antiguidade, as máquinas primitivas eram criadas pela capacidade humana, e usadas através da força
muscular do homem e animal, que permitiam o cultivo. Na Idade Média, a agricultura movimentava a
economia que era praticamente dependente desse setor. Com isso, apareceram algumas inovações como
o surgimento de moinho, o rodízio nas áreas de produção e o arado de ferro (FELDENS, 2018).
A agricultura já foi bastante rudimentar, feita por trabalhadores braçais com máquinas pouco sofisticadas
(VIVO, 2022). E desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das civilizações, permitiu que o
homem deixasse de ser nômade e passasse a fixar-se em áreas férteis (FELDENS, 2018). Com o avanço
exorbitante da urbanização e da indústria, tornou-se necessária a modernização do setor agrário com a
finalidade de produzir alimentos e produtos (TEIXEIRA, 2005).
A partir desse cenário, entre as décadas de 1960 e 1970, ocorreu um processo conhecido como
Revolução Verde que transformou, sobretudo, a evolução de técnicas e equipamentos (BECKMANN;
SANTANA, 2019). Segundo Feldens (2018), o país desenvolveu tecnologias próprias que, em 1990, com a
inovação e o crescente desenvolvimento agrícola, se tornou recordista em produtividade e exportação.
Além disso, se configurou também pela necessidade da utilização de insumos como forma de aumentar a
produtividade (VIEITES, 2010).
A disponibilidade de insumos modernos e sistemas eficientes de correção de solos contribuíram para
elevar a produtividade da terra, do trabalho e do capital (CUNHA et. al., 2008). Além disso, a mecanização
agrícola foi fator relevante no acréscimo da produção podendo ser considerada um índice de
desenvolvimento do setor agrário (NOGUEIRA, 2001).
O agronegócio sempre contou com a inovação para ampliar sua produção de alimentos e superar desafios
como pragas, variações climáticas e as próprias restrições naturais de plantio (MAFRA, 2022). Para
Rocha (2021), a agricultura se modernizou e desenvolveu conforme a revolução da indústria. Sendo
responsável pelas transformações tecnológicas em diversos setores, além da agricultura (LIU et al., 2021).

Ainda segundo Liu et al. (2021), a agricultura recebeu definições ao longo de suas evoluções. As práticas
tradicionais utilizando ferramentas produzidas pelo próprio homem, é definida como Agricultura 1.0.
Posteriormente, com a Primeira Revolução Industrial, que possibilitou novas transformações como a
introdução da mecanização agrícola, foi designada Agricultura 2.0. Já no século XX, acontecia a Segunda
Revolução Industrial, trazendo novas fontes energéticas e inovações no transporte, que influenciaram o
mercado e, consequentemente, a produção em maiores escalas, que somadas ao desenvolvimento da
Indústria 3.0, resultaram na chegada de TI, software, melhoramento das máquinas conhecido como
Agricultura 3.0.
Nesse contexto, se faz presente nos dias atuais a agricultura 4.0, que faz uso de métodos também

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empregados na indústria 4.0, englobando a agricultura e a pecuária de precisão, a automação e a robótica


agrícola. (MASSRUHÁ; LEITE, 2017). Segue na tabela 1, as fases e os acontecimentos relevantes da
evolução da agricultura brasileira.
Tabela 1- Fases e acontecimentos relevantes da evolução da agricultura brasileira.
Fonte: Massruhá; Leite (2017), Vieira Filho (2014).
A revolução no agronegócio mundial tem crescido, tendo como base o uso de novas tecnologias para
melhorias nos modelos de produção rural (JARDIM, 2019). Segundo Beckmann e Santana (2019) o
processo de inovação vem sendo o grande diferencial, no crescimento da agricultura nacional, atrelado
cada vez mais a modernização no setor agrícola.

Agricultura 4.0
A Agricultura 4.0 refere-se aos desenvolvimentos na mais recente fronteira tecnológica, sob modelo da
Indústria 4.0. Assim, pode ser compreendida como a aplicação de tecnologias como big data, a internet
das coisas a robótica, os sensores, a impressão 3D, a integração de sistemas, a inteligência artificial, o
aprendizado de máquina, entre outras tecnologias, à agricultura. É notório que a elevada produtividade,
lucratividade, a redução de impactos ambientais e do modelo de manejo das propriedades, justificam-se
devido aos avanços tecnológicos que são empregados pela Agricultura 4.0 (KLERKX et al., 2019; ROSE;
CHILVERS, 2018; DENVER, 2019).
O Brasil está entre um dos países que mais produz alimentos no mundo e
com o crescimento da população mundial, a produção de alimentos
automaticamente cresce. Entretanto, existem empecilhos que interferem na
produtividade e, assim, impulsionam a criação de novas formas de manejo para uma lavoura. Essas
inovações e transformações no agronegócio são promissoras para melhorar as condições de produção e
aumentar a produtividade para suprir a crescente demanda (VILLAFUERTE et al., 2018).
É válido ressaltar que tal revolução tecnológica possibilitou avanços não somente voltados às fábricas,
mas também em outros setores, como na agricultura. Diversas tecnologias têm apoiado no sentido de
aprimorar o monitoramento e tomada de decisões, como navegação por satélite e rede de sensores,
computação em rede, computação onipresente e computação sensível ao contexto estão apoiando o dito
domínio para melhorar o monitoramento e tomada de decisões no campo (AQEEL-UR-REHMAN; SHAIKH
, 2009). Segundo Bongomin et al. (2020), a Agricultura 4.0 usa tecnologias da Industria 4.0, buscando uma
autonomia, com abastecimento confiável dos alimentos, uso de sensores e com fornecimento de
informações para que o agricultor usuário dos sistemas possa ter apoio na tomada de decisão, a força
impulsionadora é a necessidade do aumento de produção eficiência nos processos, qualidade e redução
dos impactos ambientais.
Com a utilização dessas tecnologias, será possível utilizar apenas as quantidades mínimas necessárias,
aplicadas em áreas específicas (CLERCQ et al., 2018). Além da introdução de novas ferramentas e
práticas, a verdadeira promessa da Agricultura 4.0 é em termos de aumento da produtividade e reside na
capacidade de coletar, usar e trocar dados remotamente. A transformação chave reside na capacidade de
coletar mais dados e medição sobre a produção: qualidade do solo, níveis de irrigação, clima, presença de
insetos e pragas. Sendo os dados obtidos a partir de sensores implantados em tratores e implementados
diretamente no campo e no solo ou com o uso de drones ou imagens de satélite (BONNEAU, et al. 2017).

Agricultura de Precisão
A agricultura de precisão (AP) pode ser definida como práticas agrícolas com base nas tecnologias de

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informação (TI) e ferramentas da mecanização e automação, considerando a variabilidade do espaço e do


tempo sobre a produtividade das culturas. Ela pode ser entendida como um ciclo que se inicia na coleta
dos dados, análises e interpretação dessas informações, geração das recomendações, aplicação no
campo e avaliação dos resultados (GEEBERS; ADAMCHUK, 2010). Dessa forma, a AP é uma ferramenta
que auxilia os produtores na tomada de decisões no manejo das culturas, levando em conta a
variabilidade espacial e temporal da lavoura para obter máximo retorno econômico e reduzir o impacto
ambiental (INAMASU et al., 2011). É, portanto, uma cadeia de conhecimentos, na qual máquinas,
dispositivos, equipamentos e softwares são ferramentas para a coleta de dados, os quais devem ser
organizados e interpretados, gerando informações para apoiar a gestão (INAMASU; BERNARDI, 2014).
O conceito de Agricultura de Precisão está ligado a um processo de gestão produtiva que envolve
multidisciplinaridade como segmentos da agronomia, mecatrônica, geometria, informática e meio ambiente
, e teve início com a introdução de GPS e mapas de produtividade. Ainda dentro desse cenário, o
sensoriamento remoto (SR) torna-se importante para a capitação e gerenciamento de dados recolhidos
nas lavouras (INAMASSU et al., 2011, SHIRATSUCHI, 2014).
O sensoriamento remoto encaixou de forma perfeita na agricultura e transformou-se em uma subsídio para
AP. Monitorar grandes áreas, identificar as necessidades de manejo, com capacidade de revisita diária,
está transformando o SR um aliado com a capacidade de dar repostas para agricultura com uma
velocidade suficiente para ampliar produtividade com capacidade de extrair informação menor que 100 m
². Esse processo torna a SR um elemento chave dentro da agricultura de precisão, cobrindo áreas em
escala regional com detalhamento dentro do talhão (SHEFFIELD, 2018).
Segundo Costa e Guilhoto (2003) analisaram o impacto potencial da adoção das principais técnicas de
agricultura de precisão na economia brasileira e observaram resultados consideráveis. Segundo os
autores, a utilização da tecnologia proporcionou o aumento de 10% de produtividade nas culturas de soja,
milho e cana-de-açúcar. A gestão do conhecimento derivado da agricultura de precisão tem tomado novas
fronteiras dentro do contexto de produção e desafios antes não existentes (FRASER, 2018).
Entretanto, quando se trata de propriedades rurais de pequeno porte, a agricultura de precisão muitas
vezes torna-se praticamente impossível de ser implantada devido à dificuldade de identificar técnicas
economicamente viáveis para que o agricultor familiar possa utilizar dentro do seu contexto agrícola,
principalmente em um país em desenvolvimento, onde o custo de aquisição de hardwares e serviços
associados ainda é caro (VIANA et al., 2019). Contudo, existem técnicos que se dedicam a desenvolver
alternativas para realizar AP em áreas com menor porte. Sendo assim, AP torna-se um divisor de águas e
vem se destacando a cada dia para uma produção racional, além disso, o mapeamento da propriedade na
questão fertilidade de solo pode auxiliar no uso racional de insumos, minimizando perdas e contribuindo
para a sustentabilidade dos campos brasileiros (BONGIOVANNI; LOWENBER-DEBOER, 2004).
Diante das diversas tecnologias e serviços disponíveis no mercado da Agricultura de Precisão, podem-se
identificar ferramentas que sejam eficientes e ajustadas a cada tipo de sistema de produção (BERNARDI
et al. 2014; OLIVEIRA, 2016). Essas novas tecnologias associam as informações com uma agricultura
comercial madura, surgindo um sistema de manejo de produção integrado, tentando igualar o tipo e a
quantia de insumos que chegam à propriedade com as reais necessidades que a cultura precisa. Nos dias
atuais a quantidade de novas tecnologias disponíveis para se usar na AP vem crescendo gradativamente,
e entre as mesmas, se destaca os Drones, pois traz ao agricultor inúmeros benefícios pelo seus usos
(NUNES, 2016).

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Utilização do Sensoriamento Remoto no manejo das lavouras

O Sensoriamento Remoto (SR) pode ser definido como a ciência que permite com que dados sejam
adquiridos de uma superfície sem que haja contato direto entre o objeto que capta os dados (sensor) e o
alvo, não sendo esses dados necessariamente imagens. Uma das classificações possíveis para a
aquisição de dados através de SR é realizada de acordo com o nível em que os sensores estão
localizados, ou seja, quanto ao nível de aquisição de dados. Nesse sentido, pode-se estratificar o SR em
orbital, aéreo e proximal (terrestre). O nível de aquisição de dados no sensoriamento remoto, quando os
dados são em formato matricial, exerce forte influência no tamanho da área que será monitorada pelo
sensor, na resolução espacial, resolução temporal e na escala das imagens captadas. Quanto mais alto
estiver um sensor, maior será a superfície alcançada e, consequentemente, maior será a resolução
temporal desse sensor, ou seja, maior será a frequência do monitoramento sobre determinada superfície.
Quando se diminui a altitude, menor será a área coberta, entretanto, maior será a riqueza de detalhes
captados pelo sensor, isto é, maior resolução espacial (FLORENZANO, 2011).
No Brasil o mercado agrícola é o maior impulsionador das aeronaves remotamente pilotada (RPA)
atualmente (DE OLIVEIRA, 2020). A realidade operacional incentiva que as pesquisas e os novos estudos
de SR para agricultura sejam elaborados de forma contínua. A agricultura de precisão é um exemplo claro
, que evolui a cada ano, e o SR está inserido nesse contexto, pois trata o manejo agrícola dividido em
células geográficas de acordo com a resolução espacial do sensor, ou seja, o tamanho do pixel passar a
ser a unidade de análise (SHIRATSUCHI, 2014).
A sustentabilidade do meio ambiente e o aumento de produtividade no setor agrícola é uma demanda
constante, e o SR tem a capacidade de ampliar a ação dos dois temas. Com a aplicação de SR, o tempo
resposta para uma ação é maior e mais precisa que qualquer método de campo adotado. Esse fator
direciona as ações do dia a dia (HUNT JR, 2018).

Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT?s) ou Drones

A evolução das tecnologias em geoprocessamento e informática estão permitindo à agricultura, mudanças


em que o produtor controla muito mais a sua linha de produção (TSCHIEDEL; FERREIRA, 2002). Ainda
nesse cenário, com a inovação crescente, novas ferramentas podem ser usadas nas lavouras, como os
VANT?s ou drones, equipamentos eletrônicos movidos à bateria (OLIVEIRA et al., 2020).
A expressão que conhecemos por drone, é um termo genérico que não possui definição técnica, este
nome foi popularizado principalmente nos Estados Unidos e a partir daí foi difundido, para denominar
qualquer objeto voador não tripulado, seja ele usado para fins produtivos, comerciais ou quaisquer
outros (GALVÃO, 2017).
Segundo Pereira (2017), surgiram por uma necessidade militar na época da Segunda Guerra Mundial,
sendo a Alemanha o país onde foi desenvolvido o primeiro drone. Os modelos atuais foram projetados por
Abe Karem nas décadas de 70. No Brasil, o primeiro voo se deu em 1983, nomeado de BQM1BR,
capturava imagens e vídeos, funções básicas comparadas aos modelos mais recentes.
O desenvolvimento desses dispositivos voadores surgiu como uma importante opção na AP. A aplicação
dos mesmos em áreas agrícolas vem se tornando facilitada devido o atual estágio de desenvolvimento
tecnológico, além de serem relativamente baratos, possuírem tamanho pequeno e pela necessidade de
otimização da produção. Mundialmente reconhecido, o termo ?Veículo Aéreo Não Tripulado? inclui uma
ampla variedade de aeronaves que são autônomas, semiautônomas ou remotamente operadas (RASI,

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2008).
São classificados como drone de asas fixas e asas rotativas, com aplicabilidade na agricultura e diferenças
entre si. Os de asas fixas, representado na Figura 01, são projetados para atender médias e grandes
áreas, voltados para mapeamento e monitoramento. Em relação ao modelo de asas rotativas, possuem
velocidade de voo, autonomia de bateria e área de cobertura maior, com pilotagem manual mais difícil;
quanto à decolagem e pouso, são na horizontal e a orientação das imagem são na vertical de cima para
baixo. Já os de asas rotativas, conforme a Figura 02, são essenciais para menores áreas, com pilotagem
mais fácil, decolagem e pouso na vertical e suas imagens são panorâmica (SENAR, 2018).

Figura 01. Drone de asas fixas com aplicação na agricultura.


Fonte: ALAVOURA (2020).

Figura 2. Drone de asas rotativas na agricultura.


Fonte: ANAC (2017)

Atualmente os drones possuem uma tecnologia que revolucionou as práticas de manejo na agricultura,
facilitando o monitoramento das culturas diariamente, possibilitando uma produção mais segura, otimizada
e sustentável (GONZÁLEZ et al., 2015).

Aplicações na agricultura
Uma das últimas tecnologias implantadas no setor agrícola são os drones, esses objetos disponibilizam a
possibilidade de acompanhar a lavoura em tempo real, realizando coleta de dados, identificando pragas e
doenças, estresse hídrico, deficiência nutricional, falhas no plantio, podendo realizar pulverizações de
defensivos e observar dificuldades na produção, essas ferramentas auxiliam na otimização do tempo, além
de facilitarem a tomada de decisão pelos produtores, reduzindo perdas e aumentando a performance
(GIRALDELI, 2019). Além disso, a polinização de culturas com drones, em ambientes controlados, estão
sendo testados para polinizar culturas, auxiliando na ausência ou declínio de polinizadores naturais, como
as abelhas (REDES AVANZADAS, 2017).
Diante do exposto, é notório que a evolução tecnológica e a crescente acessibilidade desses dispositivos
que apresentam sensores e recursos de imagem cada vez mais avançados, auxiliam no aumento de
produtividades e permitem reduzir danos nas lavouras, uma vez que possibilitam o monitoramento em
tempo real (RODRIGO, 2016).

Impactos e desafios da implementação de drone na agricultura


Impactos
A implementação de drones na agricultura traz uma série de vantagens, eles viabilizam o monitoramento
em tempo real das plantações, fornecendo informações atualizadas sobre o estado das atividades
agrícolas, essa capacidade ajuda a embasar decisões mais precisas para melhorar a gestão agrícola e
otimizar a produtividade (VELUSAMY et al., 2021).
Além disso, para a economia inteligente de insumos traz benefícios eficazes comparado aos modelos
convencionais. A pulverização com drones reduz a utilização de produtos químicos em excesso,
resultando em economia de insumos, diminuição de impactos no ambiente e aprimoramento da segurança

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de operadores (SOUZA, 2021).


Outro impacto positivo, segundo Gonçalves (2021), é a eficácia e rapidez com que os drones conseguem
abranger áreas extensas, eles permitem o mapeamento eficiente de grandes áreas agrícolas e em prazos
reduzidos, tornando-se valioso para regiões distantes e de difícil alcance.
Os drones desempenham um papel importante na obtenção de dados topográficos que dão suporte à
administração de recursos hídricos e à avaliação da configuração do terreno, tornando-se, dessa forma,
mais um aplicação significativa na agricultura (FENG et al., 2015).
Para Espinoza et al. (2017), também podem ser usados para a criação de mapas de zonas de cultivo,
permitindo aos agricultores detectarem áreas problemáticas que requerem maior atenção.
Desafios
Dentre os benefícios da implementação dos drones na agricultura, também surgem desafios que devem
ser considerados. Um deles reside na necessidade de capacitar tecnicamente os operadores de drone.
Para a utilização eficaz desse equipamento na agricultura, é crucial que os operadores possuam o
conhecimento técnico necessário para operá-los e interpretar os dados coletados (CARDOSO, 2021).
Além disso, segundo Inguaggiato (2020), a legislação e regulamentação sobre o uso de drones no setor
agrícola estão ainda em processo de evolução e podem divergir conforme o país ou localidade, podendo
resultar em limitações e restrições para as operações.
Uma outra restrição está associada ao custo inicial elevado de compra e manutenção dos drones, assim
como dos sistemas de sensoriamento remoto incorporados (GONÇALVES, 2021).

Materiais e métodos

O presente estudo foi conduzido usando a metodologia de revisão de literatura por meio de uma pesquisa
qualitativa de dados bibliográficos que abordam o uso de drone na agricultura. Para a coleta de dados
foram utilizados fontes nacionais e internacionais, icluindo artigos, teses de doutorado, dissertações, livros
e periódicos disponíveis em bancos de dados, como a Scientific Electronic Library Online (SciELO), a
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Doutorados (BDTD), o Google Acadêmico, e órgãos
governamentais, como a Associação Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa Brasileira de
Pesquisa e Agropecuária (EMBRAPA). Foram aplicados os descritores ?agricultura 4.0?, ?drones?,
?agricultura de precisão? e ?agronegócio?. A limitação de tempo para os artigos e trabalhos científicos foi
de 2000 a 2023.

Resultado e discussão
O acelerado desenvolvimento do planeta e a crescente demanda por métodos que promovam o
desempenho agrícola com responsabilidade ambiental, tem demonstrado resultados cada vez mais
satisfatórios no uso de recursos agrícolas e naturais. Diante dessa nova necessidade, uma abordagem
encontrada foi a Agricultura de Precisão, que atualmente se destaca como uma ferramenta amplamente
utilizada para proporcionar aos produtores direcionamentos mais eficientes e sustentáveis em suas
atividades agrícolas (ARANTES et al., 2019).
Conforme destacado por Russo (2020), a Agricultura de Precisão encara desafios, como a necessidade de

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investir em tecnologias avançadas, treinar agricultores e lidar com a integração de dados complexos. No
entanto, seu potencial para aprimorar a eficiência agrícola, são seus pontos positivos, reduzir custos e
minimizar o impacto ambiental a torna uma abordagem essencial para o futuro da agricultura sustentável.
Além disso, Almeida (2023) explica que o Sensoriamento Remoto desempenha um papel essencial na
Agricultura de Precisão atual, possibilitando a obtenção de informações detalhadas e abrangentes sobre
as condições das culturas e do ambiente. Isso compreende a coleta de dados através de sensores
instalados em aeronaves, satélites ou mesmo drones, permitindo a obtenção de informações sobre a
superfície terrestre e a vegetação com base em radiações eletromagnéticas refletidas ou emitidas.
A implementação de drones tem apresentado resultado promissores e significativos na agricultura. De
maneira resumida, os drones capturam imagens aéreas da plantação que posteriormente são submetidas
à análise de imagens. Isso permite a visualização da plantação de ângulos diferentes e facilita a
identificação de problemas que anteriormente seriam mais desafiadores de detectar (GOMES et al., 2019).

Do ponto de vista econômico, estudos tem indicado que a implementação de drones na agricultura pode
resultar em uma redução significativa dos custos operacionais. Conforme Tremea (2023), a utilização de
drones para monitorar e detectar problemas nas lavouras permite respostas mais ágeis e direcionadas,
diminuindo o desperdício de insumos agrícolas e, por conseguinte, reduzindo os custos de produção.
Adicionalmente, a aplicação precisa de fertilizantes e pesticidas com a ajuda de drones tem se destacado
em termos de eficiência quando comparada aos métodos convencionais de aplicação em grande escala.
Conforme Santos (2023) observa, a pulverização inteligente conduzida por drones possibilita a aplicação
somente nas áreas que realmente demandam, evitando a sobreposição de produtos químicos e reduzindo
os custos com insumos. É importante ressaltar que, a aplicação precisa e controlada desses insumos
contribui significativamente para a diminuição do impacto ambiental, uma vez que reduz a contaminação
do solo e da água, bem como minimiza a exposição de seres humanos e outros organismos aos produtos
químicos (YANG ET AL., 2017).
Seundo Alarcão, Nuñez (2023), a legislação atual no Brasil demanda autorização para a utilização de
drones em zonas rurais, além de estabelecer diretrizes de segurança e respeito à privacidade. Entretanto,
há iniciativas em andamento para melhorar a regulamentação e facilitar o uso dessa tecnologia na
agricultura.
Recomenda-se investir em políticas públicas direcionadas para a capacitação de profissionais. A
legislação Nº 298 de 22/09/2021 estipula diversos critérios para a utilização de drones na agricultura.
Dentre eles, é essencial destacar a obrigatoriedade de que o operador seja maior de idade, devidamente
habilitados, capacitado e registrado para operar a aeronave. Além disso, é imprescindível observar e
cumprir as normas de segurança e privacidade estabelecidas pela legislação brasileira (MAPA, 2021).
Um dos principais obstáculos enfrentados no Brasil para a implementação de drones na agricultura está
vinculado a legislação, que permanece bastante limitada. No entando, existem esforços em andamento
para aprimorar a regulamentação e simplificar o uso de dornes no setor agrícola (ALVES; NUÑEZ, 2023).
Entretando, Veluzamy et al. (2021), destacam a importância de levar em conta os custos iniciais de
aquisição e manutenção dos drones, assim como a necessidade de treinar adequadamente os operadores
para usufruir dessa tecnologia. Assim, tais aspectos podem influenciar a sustentabilidade financeira da
implementação de drones na propriedade, particularmente para pequenos agricultores.

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Considerações finais
Conforme a revisão, pode-se observar que a modernização da agricultura
está cada vez mais avançada, com uma diversidade de tecnologias que geram
benefícios econômicos e sustentáveis ao produtor e ao meio ambiente. A Agricultura de Precisão, por
exemplo, abrange muitas inovações que trazem segurança e agilidade, como os drones. São ferramentas
revolucionárias no campo, sendo veículos aéreos não tripulados (VANT) que desempenham um papel
crucial no monitoramento de lavouras e em outras atividades que promovem melhorias e eficiência no
processo agrícola.
Os drones oferecem uma ampla gama de aplicações, que abrangem desde o mapeamento e
monitoramento das culturas até a aplicação precisa de insumos agrícolas. Essas tecnologias fornecem aos
agricultores informações em tempo real, permitindo decisões mais assertivas e um aumento na
produtividade. Adicionalmente, contribuem para a redução dos custos operacionais ao otimizar o uso de
insumos agrícolas e minimizar o desperdício. Além de contribuir para um cultivo mais eficiente e
sustentável.
No entanto, a implementação de drones na agricultura enfrenta desafios significativos, como custos iniciais
elevados e complexidades regulatórias. Isso pode dificultar a implementação, especialmente em
propriedades de menor porte. Portanto, investimentos em treinamento e infraestrutura desempenham um
papel fundamental, assim como a conscientização dos benefícios dessa tecnologia para os produtores.

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FaseAcontecimento
Tração animal(Antes de 1960)Agricultura 1.0Produção e comercialização manuais, tendo propriedades
com baixo índice de produtividade, dependência da agricultura familiar, equipamentos manuais e produção
voltada para subsistência e venda excedente.
Modernização da agricultura(1960-1970)Agricultura 2.0Desenvolvimento de diversos métodos de gestão e
de controle de meta. O trabalho temporário, também conhecido como ?boia-fria?, se consolida em função
da especialização no plantio, trato cultural e colheita. Em 1965, ocorreu a criação do Sistema Nacional de
Créditos Rurais (SNCR), com oferta de créditos e juros diferenciado. E promove-se, pelo Governo Federal
, a mecanização.
Revolução Verde(1970-1990)Agricultura 2.0Crescimento da agricultura principalmente devido à expansão

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de áreas cultivadas, com predominância de áreas planas que favoreceram a mecanização do trabalho.
Em 1973, se consolida a criação da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, fundamental
para a organização da estratégia nacional de pesquisa no setor agropecuário. Em 1975, o Estado atua
fortemente a favor do produtor, com a criação da Embrapa Soja, do Programa Nacional do Álcool, da
realização de pesquisas para adaptar mudas e semente resistentes ao clima mais seco, fundamental para
a expansão da fronteira agrícola no Brasil, em direção ao Centro-Oeste. Por fim, em 1980, o crescimento
de produção aumenta, derivado das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa.
Agricultura de Precisão(1990-2014)Agricultura 3.0Nos anos de 1990, a computação permitiu a otimizar os
processos e a automações. Em 1996, instituiu-se o Programa de Modernização da Frota de Tratores
Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrotas), aumentando o volume de créditos ao
longo de 15 anos e promovendo renovação das máquinas no campo. Em 1997, houve o melhoramento
genético de sementes. E a partir de 2002, o plantio de transgênicos.
Integração das tecnologias(A partir de 2014)Agricultura 4.0Consolida-se a automação oportunizando o
desenvolvimento de sistemas autônomos, o controle de fatores locacionais, ferramentas geoespaciais, o
Sistema Diagnose Virtual, uso de cartilhas, folders e dias de campo. E a partir de 2019, há a
implementação das tecnologias 4.0.

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