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Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


Para mais detalhes sobre o CopySpider, acesse: https://copyspider.com.br

Instruções
Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo
de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

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Versão do CopySpider: 2.1.1


Relatório gerado por: luannadecarvalho@hotmail.com
Modo: web / normal

Arquivos Termos comuns Similaridade


ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf X 412 1,52
http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10027304.p
df
ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf X 65 0,43
https://pddeinterativo.mec.gov.br/images/pdf/manuais/guia_exe
cucao_recursos_pdde.pdf
ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf X 18 0,27
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4419023/mod_resource
/content/1/1_fontes_dados_analise.pdf
ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf X 23 0,23
https://fia.com.br/blog/problemas-sociais-no-brasil
ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf X 17 0,21
https://ahaslides.com/pt/blog/social-issue-examples
ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf X 8 0,12
https://www.qconcursos.com/questoes-de-
concursos/questoes/4bd0feea-21
ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf X 0 0,00
https://exame.com/carreira/quando-a-empresa-pode-usar-a-
imagem-dos-empregados
Arquivos com problema de download
https://www.casamineira.com.br/blog/imovel-tombado-o-que-e- Não foi possível baixar o arquivo. É
vantagens-e-restricoes recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - Erro: Parece
que o documento não existe ou não pode
ser acessado. HTTP response code: 403 -
Server returned HTTP response code:
403 for URL:
https://www.casamineira.com.br/blog/imov
el-tombado-o-que-e-vantagens-e-
restricoes
https://educacao.imaginie.com.br/como-aumentar-o-repertorio- Não foi possível baixar o arquivo. É
sociocultural-dos-alunos recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - Erro: Parece
que o site desse link está indisponível no
momento. HTTP response code: 504 -
Server returned HTTP response code:
504 for URL:
https://educacao.imaginie.com.br/como-
aumentar-o-repertorio-sociocultural-dos-
alunos
http://portal.iphan.gov.br/perguntasFrequentes%3Fcategoria%3 Não foi possível baixar o arquivo. É
D9 recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - Erro: Parece
que o documento foi removido do site ou
nunca existiu. HTTP response code: 404 -
30

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Arquivo 1: ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537 termos)
Arquivo 2: http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10027304.pdf (21905 termos)
Termos comuns: 412
Similaridade: 1,52%
O texto abaixo é o conteúdo do documento ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537
termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10027304.pdf (21905 termos)

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ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM


REABILITAÇÃO PREDIAL: ESTUDO DE CASO NO
ANTIGO MERCADO PÚBLICO DE OEIRAS-PI.

Francisco das Chagas Marques Filho¹


Gabriel Fonseca de Carvalho²
Pâmela Josefina de Macedo Oliveira³
Prof. Luanna de Carvalho Santos 4

RESUMO:

A construção civil não é apenas um meio de construir, mas também de resistir e


preservar a história. Por isso, o patrimônio histórico tem enorme notoriedade para a cultura
local. Em Oeiras, na primeira capital do Piauí e berço da colonização portuguesa, foi escolhida
para o projeto devido à sua rica história e cultura, onde a arquitetura desenvolvida na cidade
relata suas narrativas e memórias desde o século XVII. Na era Vargas, foram construídas
diversas obras públicas que ainda hoje estão erguidas, como o Mercado Público José Lopes da
Silva, sendo o monumento escolhido para o trabalho apresentado, construído em 1934 e
tombado pelo IPHAN em 2012, junto ao centro histórico. Neste trabalho, foi investigado a
presença de manifestações patológicas neste edifício tombado, bem como os distúrbios
causados pela ação do tempo e ação do homem, buscando retratar as consequências e a solução
desenvolvida. Foi realizado um estudo de caso baseado em pesquisas bibliográficas e de campo
para compreender tanto o significado deste patrimônio histórico para Oeiras, quanto as causas
e consequências do estado atual do edifício. Logo, constatou-se a necessidade de realizar a
pesquisa, tornando a reabilitação predial uma ferramenta de solução para diversos parâmetros
e colaborar com este projeto para o desenvolvimento da obra.

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Palavras-Chave: Edifícios tombados. Reabilitação predial. Preservação. Manifestação


patológica

¹ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;


² Graduanda em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
³ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
4 Professora Orientadora ? FAESF.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

1. INTRODUÇÃO

O processo de globalização introduziu a expansão populacional, unindo culturas e


criando grandes civilizações mais centralizadas e independentes, formando uma nova era
global. A engenharia civil tornou-se uma ferramenta essencial e indispensável para o
desenvolvimento urbano, criando estilos construtivos que cultivavam a cultura local e a
preservação da cultura passada. Porém, com o crescimento demográfico exponencial,
introduziu uma desorganização urbana que gerou problemáticas cada vez mais presentes na
malha urbana, contribuindo para o esvaziamento de áreas, promovendo a desqualificação e a
degradação territorial e, ainda, acarretando diversas problemáticas sociais, ambientais e
econômicas.
O estudo de caso foi desenvolvido no Antigo Mercado José Lopes da Silva, na cidade
de Oeiras, Piauí, com uma população estimada em 37.085 pessoas (IBGE, 2020), onde seu
centro histórico foi tombado pelo IPHAN em 2012, sendo considerada uma área tombada, com
"14 quarteirões e 235 imóveis tombados ao todo" (IPHAN, 2014). O antigo mercado público,
que foi um marco econômico e turístico desde os anos 30, encontra-se no atual centro histórico
desativado.

Figura 1 ?Mercado Público José Lopes da Silva. Fonte: Os autores (2022).

Conforme Silva (2017), os processos de análise e reabilitação são distintos em

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comparação com a engenharia tradicional, possibilitando a recuperação do patrimônio já


construído e tendo como objetivos atender às expectativas e solicitações específicas que surgem
com os avanços da modernidade. Esses processos baseiam-se em três pilares principais: valores
sociais, ambientais e econômicos.
Nesse sentido, o processo de modernização e atualização, de acordo com Barrientos
(2004), busca adequar antigas edificações aos padrões contemporâneos, levando em
consideração os aspectos mencionados por Silva. Esse método envolve o restauro e a
compatibilização de benfeitorias, visando tornar a edificação funcional e acessível para os usos
tradicionais e inovadores. Assim, além de atender às demandas da modernidade, a reabilitação
preserva a identidade e a memória cultural, mantendo a integridade do patrimônio.
Diante dessas informações, o trabalho tem como objetivo entender o estado atual do
edifício tombado, quais as causas e consequências dos impactos dos efeitos patológicos. Qual
o significado histórico desse monumento para a população oeirense? Quais os benefícios da
reabilitação predial? Logo, para responder todas as dúvidas, tem como objetivo geral analisar
as manifestações patológicas em reabilitação. Já os objetivos específicos têm a função de
demonstrar a relevância da reabilitação desse patrimônio no contexto sociocultural, analisar a
reabilitação predial como ferramenta para a circulação e reuso social, e identificar os impactos
dos efeitos patológicos existentes no Mercado Público de Oeiras-PI.
Este trabalho visa aumentar o conhecimento dos profissionais da construção civil, bem
como do conhecimento popular, para entender melhor o assunto, revelando sua importância na
busca de visibilidade e reconhecimento social. Com isso, busca-se ações efetivas e uma
fiscalização mais rigorosa dos responsáveis legais.
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

2. REABILITAÇÃO PREDIAL E SEUS CONCEITOS

O Manual de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais (2008) define a reabilitação predial


como "um processo de gestão de ações integradas, públicas e privadas, de recuperação e
reutilização do acervo edificado em áreas já consolidadas da cidade, que compreende os espaços
e edificações ociosas, vazias, abandonadas, sub-utilizadas e insalubres" (BRASIL, 2008).
Figura 2 ? Sequência lógica das ações de reabilitação.
Fonte: Qualharini (2020)

I. Conservação - Conjunto de ações para manter ou


reparar o desempenho da edificação.
II. Manutenção - Conjunto de ações para conservar
ou recuperar a funcionalidade da edificação e de
suas partes constituintes, podendo ser preventiva
ou corretiva.

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III. Reforma - Intervenção que busca recuperar a


forma original.
IV. Modernização - Ações de intervenção que têm
foco na inserção do bem construído em formas
contemporâneas, aliada à implantação de
avanços tecnológicos.
V. Retrofit - Termo técnico que significa voltar ao
que era, mas com atualização tecnológica,
propiciando incorporar sistemas e materiais
contemporâneos, prolongando a vida útil e a
funcionalidade das benfeitorias.
VI. Restauração - Conjunto de medidas para
recuperar a concepção original ou de uma época
marcante da história da edificação, respeitando-
se o seu significado estético e artístico.
VII. Recuperação - Ações para corrigir ou eliminar
patologias.

Croitor (2009) afirma, que geralmente, os bens edificados com possibilidades de passar
por um processo de reabilitação estão localizados em cidades mais antigas. O autor afirma
também que esse processo envolve diversos agentes motivados por seus próprios interesses,
afirmando que a reabilitação não se limita apenas a edifícios antigos e degradados.
De acordo com Qualharini (2020, p. 5), as intervenções em edificações necessitam de
características que possam graduar a reabilitação, a fim de apontar o tamanho e a dificuldade
do trabalho a ser realizado. O tipo de readequação dependerá da magnitude das alterações
necessárias para atender às demandas. Dessa forma, os ajustes ou intervenções são realizados
levando em consideração três condições: o comportamento estrutural, a necessidade de
adequação às condições de habitabilidade e o desempenho do envelope exterior.
Prosseguindo com Qualharini (2020, p. 5), a reabilitação de um edifício ocorre tanto
para reparar patologias quanto para melhorar seus critérios de desempenho em termos de
usabilidade, buscando o conforto do usuário e até mesmo a recuperação do desempenho
estrutural. No entanto, ao escolher os métodos, é necessário considerar dois critérios: os
impactos patológicos nos desempenhos da edificação e a análise das técnicas, levando em conta
o tipo e a duração necessária para corrigir as anomalias.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

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3. ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS.

Para Barrientos (2004), dentre os vários agentes que podem causar a degradação de uma
edificação, é possível destacar o próprio usuário por meio do uso inadequado, além das causas
imprevistas, como fenômenos naturais e guerras, e a influência do meio ambiente em que a
edificação está inserida.

3.1. PATOLÓGIAS EM ESTRUTURAS.

Os elementos estruturais, como lajes, vigas, pilares e fundações, têm como objetivo
sustentar a edificação e resistir aos esforços e ações externas. Portanto, é necessário prestar
maior atenção às suas manifestações patológicas, que geralmente são consequências de
problemas de construção na fase inicial, como falta de impermeabilização, uso de materiais de
baixa qualidade, erros de projeto, infiltrações e dosagens inadequadas. Esses problemas
resultam em manifestações patológicas. Um exemplo comum é a deterioração do concreto
armado, que pode ser de natureza mecânica, física e química. De acordo com Lapa (2008, p. 9),
"os três principais sintomas que podem surgir isoladamente ou simultaneamente são: fissuras,
destacamentos e desagregação".
Com base no que Fioriti (2017) afirma, a maioria dos distúrbios patológicos pode ser
evitada ao seguir a NBR 6118, que trata das estruturas de concreto, incluindo critérios para o
uso adequado de armaduras, espessuras mínimas de recobrimento e outros parâmetros
estabelecidos por essas normas. Já de acordo com Helene (2003), o conceito do concreto armado
foi revisto pela sociedade, uma vez que por muitos anos ele foi considerado um material eterno,
dispensando a necessidade de cuidados ao longo de sua vida útil e manutenções preventivas.
No entanto, devido à grande quantidade de edificações com problemas de degradação em seus
componentes estruturais, essa percepção mudou.

3.2. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS.

Segundo Helene (1993), as principais causas das manifestações patológicas estão


relacionadas às variações térmicas, variações de umidade, cargas excessivas, agentes biológicos
e químicos. No entanto, essas manifestações também podem ocorrer devido a erros durante a
execução, como argamassas mal dosadas, uso de materiais de baixa qualidade e espessuras
excessivas. E segundo Graupmann (2017), algumas das manifestações patológicas têm origem
na execução do revestimento, como a falta da aplicação da camada de chapisco, o que pode
levar à perda de aderência do revestimento à base e, consequentemente, ao desplacamento.
Qualharini (2020, p. 87) afirma, que a partir do século XIX, foram utilizados novos
aglomerantes, como o "Portland", que trouxeram mudanças na trabalhabilidade, durabilidade e
variação dos substratos. Como resultado, surgem patologias nos revestimentos, como
destacamento, descolamento de placas, desagregação e fissuras.

3.3. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS.

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Conforme apontado por Qualharini (2020, p. 91), as patologias nos revestimentos


cerâmicos podem se manifestar por meio de desplacamentos (perda de aderência devido à
retração ou dilatação), eflorescências (formação de crostas solúveis em água devido à
dissolução de sais), manchas/bolor (desenvolvimento de fungos causado por infiltrações),
trincas/fissuras (resultantes de esforços mecânicos de tração, flexão ou torção), gretamento
(presença de umidade que gera fissuras capilares e radiais) e comprometimento das juntas
(envelhecimento do material das juntas e perda da estanqueidade).
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
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Barros et al. (1997, p. 9) afirmam que a perda de aderência ocorre devido a distúrbios
na interface entre as camadas do revestimento cerâmico, quando as tensões aplicadas
ultrapassam a capacidade de aderência das ligações.

3.4. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS EM PINTURA.

Com base em Uemoto (2002), as pinturas têm não apenas um efeito estético, mas
também proporcionam uma alta capacidade de proteção. Atualmente, esses materiais de
acabamento têm se tornado cada vez mais importantes, uma vez que são a parte mais visível de
uma obra e exercem grande influência no desempenho e na durabilidade das edificações.
De acordo com Neto (2007), em seu trabalho, as principais manifestações patológicas
encontradas em pinturas são a desagregação, a eflorescência, o descascamento, as bolhas, o
desbotamento da tinta e as manchas ou bolor. Essas manifestações indicam problemas que
podem comprometer a integridade e a estética das superfícies pintadas.

4. ÍMOVEIS TOMBADOS.

Conforme os objetivos da Política Nacional do Patrimônio Cultural Tombado,


estabelecidos no Art. 5º, é garantido promover a proteção, preservação e restauração do
patrimônio cultural tombado. Além disso, é também promovida a capacitação contínua dos
profissionais responsáveis pela identificação, tombamento, proteção, restauração, conservação,
valorização e divulgação desse patrimônio cultural tombado.
Contudo, são estabelecidas restrições com o objetivo de proteger a história e a cultura
do local tombado, assegurando a sua preservação para as próximas gerações. Essas restrições
são fundamentais para garantir a integridade e autenticidade do patrimônio cultural e assegurar
que ele seja transmitido às futuras gerações como um legado histórico e cultural valioso.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional é um departamento federal
vinculado ao Ministério da Cidadania responsável pela preservação do Patrimônio Cultural
Brasileiro. Segundo o IPHAN (2014), "o tombamento é o instrumento de reconhecimento e
proteção do patrimônio cultural mais conhecido e pode ser realizado pela administração federal,

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estadual e municipal. Em âmbito federal, o tombamento foi instituído pela Lei nº 25, de 30 de
novembro de 1937". De acordo com o plano diretor do município de Oeiras-PI, no Art. 22 da
seção IX, garante-se a proteção dos imóveis tombados, obedecendo suas diretrizes, que
proporcionam incentivos fiscais, preservativos, manutenção, entre outros.
Segundo Tomaz (2010), a partir da década de 1920, a preservação do patrimônio
histórico, especialmente dos bens imóveis localizados fora dos museus, ganhou maior
relevância devido ao descaso e à deterioração desses bens. Essa situação despertou a
preocupação de intelectuais, que reconheceram a necessidade de preservar o patrimônio como
um "tesouro" nacional. A falta de preservação poderia levar à perda irreparável desses
importantes elementos do passado histórico e cultural.
Para Di Pietro (2015), o tombamento é um instituto que tem como objetivo proteger o
patrimônio histórico e artístico brasileiro. Embora a intervenção do Estado seja uma forma de
preservação, não sendo a única. A Constituição também prevê ações populares (art. 5º, LXXIII)
e ação civil pública (art. 129, III) como meios de proteção do patrimônio. Por sua vez, Cunha
Júnior (2015) enfatiza que o tombamento representa uma restrição imposta pelo Estado à
propriedade privada, visando à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Essa
restrição abrange bens móveis ou imóveis relacionados a eventos de importância para a história
do país, bem como aqueles de valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico
irreparável.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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5. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO PARA INTERVENÇÕES EM ÍMOVEIS


TOMBADOS.

Seguindo o pensamento de Qualharini (2020, p. 87), O pré-diagnóstico será o conjunto


de objetivos declarados para as condições de qualidade necessárias à recuperação de uma
benfeitoria. Esse processo consiste na investigação de documentos e plantas, seguida de uma
avaliação "in situ" das condições do local e das intervenções existentes.
No processo de pré-diagnóstico se obtém o perfil do objeto de intervenção e informações
para o diagnóstico situacional. O diagnóstico, por sua vez, emprega técnicas de investigação
predial para coletar dados que permitam a adequação do bem de acordo com a situação
específica. Sendo a vistoria uma das técnicas do diagnóstico para a coleta sistemática de dados,
ela pode utilizar ferramentas ou não durante o processo. Além da vistoria, existem outras
técnicas baseadas na coleta de documentos registrados, questionários, entrevistas, investigações
e medições físicas, que também são utilizadas para avaliar de forma preventiva. Para a proposta
de intervenção do ímovel tombado, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(2010) exige um conjunto de informações a serem disponibilizadas no projeto:

a. Apresentação das questões conceituais e teóricas às

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quais a proposta de intervenção está associada, com indicação


das fontes utilizadas (teorias da restauração e cartas
patrimoniais).
b. Detalhamento dos procedimentos indicados para
cada uma das etapas da intervenção.
c. Especificação dos materiais a serem utilizados,
relacionando-os à deterioração identificada e ao resultado
desejado.
d. Cronograma da execução física ? apresentação das
etapas da intervenção com a definição do tempo necessário
para o cumprimento de cada uma delas.
e. Recomendações relacionadas à conservação do bem
após a intervenção, quanto ao ambiente de guarda, manuseio,
acondicionamento, entre outras.
f. Planilha Orçamentária com todos os itens de
execução, quantitativos, composição de preços unitários,
itens de composição de BDI e encargos sociais.
g. Plano contendo dados sobre a infraestrutura a ser
montada para realização do serviço, levando em consideração
os seguintes itens, em conformidade com o disposto na norma
NR18 do Ministério do Trabalho e Emprego.

De acordo com a Lei nº 25/1937 e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos


Territórios, os bens tombados não podem ser destruídos, reparados ou restaurados sem uma
autorização prévia do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, podendo sofrer
pena de multa. Qualquer tipo de intervenção em um imóvel tombado requer a análise de
processos importantes, como a preservação da proposta estética original e o cuidado com a
fachada original, buscando a continuidade do uso previsto pela lei.
Sendo assim, a Intervenção é toda alteração do aspecto físico, das condições de
visibilidade, ou da ambiência de bem edificado tombado ou da sua área de entorno, tais como
serviços de ?manutenção e conservação, reforma, demolição, construção, restauração,
recuperação, ampliação, instalação, montagem e desmontagem, adaptação, escavação,
arruamento, parcelamento e colocação de publicidade? (IPHAN, 2010).

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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6. VANTAGENS E BENEFICIOS DA REABILITAÇÃO DOS ÍMOVEIS


TOMBADOS.

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Com base no que diz Qualharini (2020), a reabilitação do patrimônio edificado tornou-
se uma prática no meio urbano, visando a requalificação do espaço devido ao abandono e à
degradação das áreas, o que acarreta problemas sociais e demográficos no local. Essa
degradação urbana é resultado do crescimento acelerado e desorganizado mencionado
anteriormente, que também leva ao esvaziamento demográfico e à desqualificação das
edificações e da infraestrutura inadequada, resultando em questões de habitabilidade,
marginalidade e segurança. Portanto, é fundamental estabelecer planos de preservação do
patrimônio, utilizando recursos disponíveis e promovendo uma renovação que torne esses
espaços contemporâneos.
Conforme Appleton (2010), a adoção de práticas de reabilitação, em contraste com a
construção de novas edificações, apresenta indicadores importantes, tais como proteção
ambiental, preservação de valores culturais e vantagens econômicas. Existe uma
conscientização de que conjuntos de edifícios antigos revelam a evolução histórica e cultural
de uma sociedade. Além disso, a reabilitação contribui para a redução das emissões de gases e
resíduos sólidos gerados nas fases de construção e demolição, em comparação com o início de
uma nova construção. Por sua vez, Silva (2017) afirma que a reabilitação também resulta em
uma redução de custos nos processos de licenciamento, logística de demolição e estaleiros.

7. MÉTODOS DE ANÁLISE.

Este trabalho foi realizado por meio de um levantamento bibliográfico e de campo, com
o objetivo de obter uma base de conhecimento sobre os processos de análises e reabilitação,
considerando os "valores sociais, ambientais e econômicos" (Silva, 2017), e alcançando os
objetivos estabelecidos. Segundo Severino (2008), a pesquisa bibliográfica é um método
fundamental para o desenvolvimento de novas pesquisas, pois proporciona acesso a dados e
teorias já trabalhadas e registradas por outros pesquisadores.
Para o projeto, foi escolhido o método qualitativo, utilizando-se da estratégia de coleta
de dados por meio de uma vistoria "in loco" realizada em 15/11/22, na qual foram registradas
fotografias e realizada a análise visual do local. De acordo com Minayo (2009), a pesquisa
qualitativa busca compreender a complexidade de fenômenos, fatos e processos particulares e
específicos, lidando com um nível de realidade não medido quantitativamente, como
significados, aspirações, crenças, valores e atitudes.
Logo após a coleta de dados no levantamento de campo, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica para buscar artigos, leis, documentos, plantas e projetos relacionados ao
monumento, com o objetivo de embasar o estudo literário. Em seguida, foi feito um
comparativo entre os registros fotográficos e a análise visual, utilizando também a pesquisa
documental, gerando um relatorio fotográfico com descrições do local.
Posteriormente, optando também pelo método quantitativo, foi desenvolvido um
questionário virtual direcionado ao público-alvo, com a participação de 50 pessoas. O
questionário abordou aspectos como importância, qualidade, segurança e conhecimento atual
sobre o antigo mercado público de Oeiras-PI. Além disso, foram realizadas entrevistas
informais com profissionais que possuíam conhecimento e experiência relacionados ao

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monumento, os quais disponibilizaram plantas e projetos do local. Esses resultados serão


incorporados ao projeto por meio de um 'QR Code' para visualização, juntamente com as plantas
de situação, cortes, projetos de reforma, relatório e o questionário virtual, nas áreas de anexo e
apêndice.
Dessa forma, foi realizada o pré-diagnostico e o diagnostico. No entanto, devido à falta
de informações e recursos próprios, não foi possível realizar o questionário do diagnóstico.
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Além disso, as medições físicas foram limitadas devido à grande dimensão do local, sendo
analisadas apenas com base nas plantas disponíveis.

8. ANÁLISE E RESULTADOS
8.1. ANÁLISE QUALITATIVA E DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

Figura 3 - Localização do antigo Mercado Público em Oeiras-PI. Fonte: Google Maps, 2023.

Oeiras passou por um período de decadência após deixar de ser capital em 1852. No
entanto, após a Era Vargas (1930-1945), a cidade experimentou um grande desenvolvimento,
com a preservação de obras públicas que se mantêm até os dias atuais, como o Cine Teatro, o
Passeio Público Leônidas Melo e o Mercado Público. No século XXI, Oeiras vivenciou um
crescimento significativo no setor de serviços, consolidando-se como um importante polo
regional. O mercado está localizado no centro histórico de Oeiras, na Avenida José Tapety,
1594-1630, CEP 64500-000. O monumento possui uma área construída de 1.141,12 m² e conta
com a praça Coronel Orlando de Carvalho ao seu redor, além de escadarias, 20 boxes externos,
42 boxes internos, 2 banheiros, 4 halls de entrada, pátio, entre outros espaços.
Durante a pesquisa bibliográfica, foram encontrados documentos e plantas de reforma
que incluíam o mercado público. Entre eles, destaca-se o "Programa Monumenta" do Ministério
da Cultura, criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 2000. Esse programa
garante recursos da União e financiamento do BID, com o objetivo de preservar sítios
históricos, incluindo aqueles protegidos pelo IPHAN. Em 2002, o mercado ganhou visibilidade
federal e foi realizado o projeto de restauro e requalificação pela Superintendente do IPHAN
na época, a arquiteta Claudiana Cruz. Em 2017, houve uma nova tentativa de requalificação
liderada pela arquiteta Rosalina Veloso, em parceria com a SEINFRA - Secretaria de
Infraestrutura do estado do Piauí. No entanto, por razões desconhecidas, os órgãos responsáveis
locais não executaram o projeto e não utilizaram os recursos, embora tenham realizado
pequenos reparos e limpeza durante algum tempo.
A vistoria "in loco" foi conduzida de forma sistemática, incluindo a análise preliminar

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de plantas do projeto fornecidas por profissionais colaboradores. Foi registrado imagens


fotográficas para a descrição detalhada e a elaboração de um relatório para descobrir os niveis
de intervenção e classificação da reabilitação, com base em Qualharini (2020), na figura 4.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Figura 4 ? Condicionantes dos níveis de intervenção. Fonte: Qualharini (2020).


Qualharini (2020) afirma que as condições de habitabilidade referem-se ao conforto dos
usuários em geral. A adequação do comportamento estrutural refere-se à segurança
proporcionada pelo conjunto estrutural. O desempenho do envelope externo refere-se às
condições de habitabilidade proporcionadas pelo entorno do edifício, incluindo acessos,
fachadas e circulações. Considerando dois critérios: níveis dos impactos e análise de técnicas
de recuperação.

Figura 5 ? Classificação das reabilitações, quanto à gravidade da intervenção. Fonte: Qualharini (2020).

Figura 6 ? Impactos das patologias nas edificações. Fonte: Qualharini (2020).

De acordo com as informações encontradas no estudo, na vistoria e na análise dos níveis


de intervenção, foi constatada uma significativa quantidade de patologias "pequenas" e
"médias", afetando tanto o aspecto visual quanto a usabilidade do monumento. Essas
constatações seguem os critérios gerais estabelecidos por Qualharini (2020).

Figura 7 ? Fluxograma escalar de uma reabilitação. Fonte: Qualharini (2020).

Assim, com base na nossa avaliação e considerando os critérios de Qualharini (2020),


constatamos que é necessário apenas realizar substituições ou intervenções parciais, incluindo
limpeza e pequenos reparos. Isso indica que as intervenções necessárias são de menor escala e
não requerem grandes alterações ou reconstruções. A partir dos fatos encontrados, incluindo os
niveis de intervenção juntamente com o fluxograma escalar de reabilitação de Qualharini
(2020), fica claro que há a necessidade de uma reabilitação média de nível 2, levando em
consideração os critérios gerais estabelecidos. ?Neste nível, além de atender as condições de
uma reparação rápida, torna-se necessária uma reforma parcial ou total da edificação, podendo
incluir mudanças no layout interno, mas mantendo o seu uso original.? (QUALHARINI, 2020,
p.12).

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Fonte: Os autores (2023).

PEQUENAS MÉDIAS GRANDES MUITO GRANDES


DESEMPENHO DO ENVELOPE EXTERIOR X
NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE X
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL X
NÍVEIS DE INTERVENÇÃO
PATOLOGIAS
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Com base nesta avaliação de intervenção, foi possível realizar um pré-diagnóstico por,
com o objetivo de determinar as condições atuais do edifício tombado. Esse processo resultou
na definição dos níveis de intervenção necessários, no grau de reparo (classificação de
reabilitação) e na viabilidade de recuperação dessa benfeitoria. Essas informações
proporcionaram o estabelecimento do perfil objetivo da intervenção e forneceram dados para o
diagnóstico situacional do mercado público. Segundo Barrientos e Qualharini (2004) as etapas
de pré-diagnóstico correspondem:

A) Derrubar e reconstruir: indicado quando elementos estruturais apresentam um grau


de degradação tão acentuado que represente perigo ou falta de estabilidade ao edifício.
Esta solução só deve ser adotada quando o Retrofit for inviável tanto técnica quanto
economicamente.
B) Recuperar e realizar obras de caráter menor: indicado quando ainda há
possibilidade de recuperar a edificação ou adaptá-la à nova utilização.
C) Acrescentar elementos de conforto: indicado em casos que o estado de degradação
do edifício não é um fator relevante e o objetivo principal é apenas melhorar as
condições de utilização do mesmo. Este caso configura um Retrofit superficial que
geralmente engloba obras de orçamento reduzido.

Essas etapas foram fundamentais para avaliar as condições e identificar intervenções


necessárias, com o objetivo de recuperar ou até mesmo apenas acrescentar elementos de
conforto, dependendo da finalidade e proposta do projeto. Para a análise do pré-diagnóstico, foi
utilizado o modelo de fluxograma de Barrientos e Qualharini (2004), conforme exposto na
Figura 8.

Figura 8 ? Fluxograma de um pré-diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

Com base nisso, utilizando a tabela da classificação dos elementos construtivos de


Barrientos e Qualharini (2004), é possível descobrir e avaliar a urgência da intervenção,

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estabelecendo prioridades, técnicas, ações, agrupamentos e resultados finais para o diagnóstico


avaliativo. Com a junção dessas etapas, torna-se possível criar o projeto preliminar, utilizando
como base os projetos cedidos. Essa abordagem sistemática e criteriosa proporcionará uma base
sólida para o desenvolvimento do projeto.

Figura 9 ? classificação dos elementos construtivos. Fonte: Barrientos e Qualharini, 2004.

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A figura 10 ilustra o fluxograma do diagnóstico, apresentando a metodologia proposta


para a busca do processo de reabilitação ideal e viável para o nosso projeto. Esse fluxograma
ilustrado é uma representação visual que mostra os passos necessários para determinar a melhor
abordagem de reabilitação adequada para o projeto, considerando os critérios de Qualharini
(2020) e auxiliando na tomada de decisão.

Figura 10 ? Fluxograma de um diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

8.2 ANÁLISE DOS DADOS QUANTITATIVOS.

Entre os 50 participantes do questionário virtual realizados por formularios com


individuos distintos, responderam que:

DAS PERGUNTAS ENTRE OS 50 PARTICIPANTES SIM NÃO


MORAM OU CONVIVEM EM OEIRAS 92% 8%
CONHECEM O ANTIGO MERCADO PÚBLICO 98% 2%
CONHECEM ALGUÉM QUE FIZERAM PARTE DA HISTÓRIA DO LOCAL 40% 60%
CONHECEM A HISTÓRIA DO MERCADO 50% 50%
Fonte: dados coletados pelo autor

Conclui-se que apesar de 8% não morarem ou conviverem na cidade, 6% entre eles


ainda conhece o monumento histórico e apenas metade a sua historia. Já diante de algumas
fotografias mostradas no formulario, enquete de avaliação do estado atual foi formada, com a
pergunta: ?QUAL SUA AVALIAÇÃO PARA O ESTADO APARENTE E ATUAL DO
ÍMOVEL TOMBADO??.

Fonte: dados coletados pelo autor

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Observou-se um desagradamento de 86% para a classificação de ?RUIM? e 2% para


?PÉSSIMO?. Então concluindo, uma avaliação de uma avaliação bem negativa pela grande
maioria dos participantes. Também foi realizado uma enquete de criterio de segurança do local,
com a pergunta: ?VOCÊ SE SENTE SEGURO AO PASSAR PRÓXIMO AO MERCADO??.

Fonte: dados coletados pelo autor

A partir da enquete sobre importancia da preservação, respondido positivamente por


92%, tambem foi feito a pergunta ?VOCÊ ACHA QUE DIMINUIRIA OS RISCOS DE
CRIMINALIDADE DESSA REGIÃO?? reflete graficamente as respostas da seguinte maneira:

Fonte: dados coletados pelo autor

Assim, chegando ao estado conclusivo de um problema social causado pela degradação


do local, considerado por 82% dos participantes e quando perguntado da situação atual do local
é o motivo de causar tais problemas sociais 88% ?votaram SIM?. Logo, levando em
consideração estas informações, a enquete com a pergunta: ?VOCÊ ACREDITA NA
REABILITAÇÃO, COMO SOLUÇÃO VIAVEL PARA ESSE PRÉDIO E QUE TRARÁ
MELHORIAS PARA A CIDADE DE OEIRAS-PI?

Fonte: dados coletados pelo autor

Nessa amostra percebe-se que todos os 50 participantes optaram pela prática da


reabilitação como o metodo viavel para solucionar problemas sociais, causados pelo que eles
mesmos (a maioria) responsabilizam, que é a falta de preservação.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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9. CONCLUSÃO

O Mercado Público, localizado no coração da cidade de Oeiras, foi, em tempos passados,


um marco no comércio local, sendo cercado pela famosa "feirinha livre". No entanto, ao longo
do tempo, o mercado perdeu espaço e funcionalidade devido à falta de ações dos órgãos
responsáveis, resultando na má conservação do local e em condições funcionais precárias,
mesmo recebendo recursos governamentais para a preservação e a reabilitação do mercado.
Diante desse contexto, torna-se indispensável a visibilidade e o reconhecimento desse
monumento, não apenas para a população em geral, mas especialmente para os agentes
responsáveis pela preservação do patrimônio local.
Para concluir, entende-se que a preservação não apenas desse edifício tombado, mas de
qualquer outro patrimônio histórico, representa um papel fundamental para a valorização da
história e identidade cultural de uma sociedade, onde levam consigo as memórias e os legados
de gerações passadas. Dessa forma, ao preservar esses edifícios, torna-se possível a transmissão
desses legados às gerações futuras e possibilitando a compreensão de suas raízes, enriquecendo
a nossa identidade própria. Além disso, permite a valorização do patrimônio urbano, trazendo
benefícios socioeconômicos para a sociedade local. uma vez que sua preservação e revitalização
podem atrair visitantes, colaborarar com o turismo local e gerar retornos financeiros para a
cidade. Outro ponto importante é o desenvolvimento sustentável, ao revitalizar esse edifício
que se encontra com a falta de adequações às condições de habitabilidade.
Ao longo desta pesquisa, foram identificadas várias contribuições no área da engenharia
civil, especialmente no que diz respeito aos critérios necessários para os processos de
reabilitação e às análises patológicas. Entretanto, essas contribuições não se limitam apenas a
aspectos técnicos, mas também se ramificam para áreas socioculturais. Durante a análise dos
problemas ao longo da pesquisa, foi possível identificar como a reabilitação não apenas visa a
estética e a usabilidade do edifício mas também possibilita soluções de problemas relacionadas
à degradação das áreas, desqualificação urbana, problemas de habitabilidade, insegurança,
circulação e acessibilidade da população, bem como a perda da identidade histórica e cultural,
ao revitalizar
Por fim, a realização deste estudo evidencia a importância da pesquisa científica para o
avanço do conhecimento na área de reabilitação predial e preservação histórica. Espera-se que
este trabalho possa servir como base para futuras investigações e despertar o interesse de outros
pesquisadores, visando a criação de medidas efetivas e estratégias mais eficientes para o edifício
tombado. Dessa forma, o Mercado Público poderá desempenhar um papel ativo na sociedade
de Oeiras, seja por meio de atividades comerciais, artísticas, culturais ou outras possibilidades,
contribuindo para o enriquecimento da vida da comunidade.
Conclui-se, portanto, que a reabilitação é uma ferramenta essencial para auxiliar na
preservação contra os impactos patológicos, problemas sociais e outros desafios. No contexto
do nosso projeto, foram indicadas algumas técnicas de reabilitação viáveis, tais como
modernização, retrofit e restauração, que englobam os reparos determinados pelos critérios
gerais. Sendo fundamental que essas intervenções preservem tanto a estética quanto a história

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do edifício.

AGRADECIMENTOS

Eu, Francisco Marques Filho, quero expressar minha gratidão a Deus por toda a força
que Ele me deu para continuar seguindo em frente. Também gostaria de agradecer minha
família, composta por minha avó, pai, mãe, tios(as), Rayla, Netynho, Sandrinha e meus amigos,
por me proporcionarem apoio e orientação ao longo da minha vida. Além disso, sou
imensamente grato à minha namorada Clara Elis pelo seu apoio, paz e incentivo. Não
conseguiria sem você, ou melhor, sem todos vocês. Amo cada um de vocês e espero que se
orgulhem, pois esta conquista é nossa. GRATIDÃO, FAMILIA!
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Eu, Pâmela Josefina de Macedo Oliveira agradeço primeiramente a Deus por me dá


forças nessa caminhada, e me ajudar a passar pelas dificuldades enfrentadas durante o curso.
Aos meus pais, que sempre acreditaram em mim, que fizeram tudo que estava ao seu alcance
para que eu pudesse me formar. Aos meus amigos e família que me aconselharam e foram
compreensivos nas minhas ausências enquanto eu me dedicava. Ao meu companheiro que me
acalmou quando eu estava tensa e aflita com medo das dificuldades acadêmicas.
Eu, Gabriel Fonseca de Carvalho, primeiramente quero agradecer a Deus por sempre ter
me abençoado e guiado para chegar até o fim dessa trajetória, a toda minha família que sempre
me encorajou para seguir em frente e chegar onde estou e ser quem sou hoje, a minha mãe, pai,
avós, tios(as) e a todos os meus amigos que sempre me apoiaram. Agradeço imensamente a
todos e saibam que o apoio de vocês foi de grande importância.
Somos TODOS gratos aos professores pelas correções e ensinamentos que nos
permitiram um melhor crescimento na formação profissional. Agradecemos a você, Luanna, e
a todos os educadores que participaram da nossa jornada. Obrigado!

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APPLETON, J. Reabilitação de Edifícios Antigos e Sustentabilidade . VI Encontro Nacional


de Estudantes de Engenharia Civil, ENEEC. Évora, 2010.

NBR 6118: Projetos de estrutura de concreto, Rio de Janeiro, 2014.

ANBR 15575-1: Edificações habitacionais: desempenho. Rio de Janeiro. 2013.

BARRIENTOS, M. Retrofit de Edificações: Estudo de reabilitação e adaptação das

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edificações antigas às necessidades atuais. Dissertação (Pós-Graduação em Arquitetura) ?


UFRJ. Rio de Janeiro, p. 252. 2004.

BARRO, M. M. B.; TANIGUTI, E. K.; RUIZ, L. B.; SABBATINI, F. H.; Tecnologia


construtiva racionalizada para produção de revestimentos cerâmicos verticais. Notas de
aula. São Paulo: USP, 1997.

BRASIL. Decreto-Lei nº25, de 30 de novembro de 1937 ?Organiza a proteção do


patrimônio histórico e artístico nacional. Disponível em: Acesso em: 17 de Outubro. 2022.

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Agência espanhola de cooperação internacional ? AECI, 2008.

CUNHA JÚNIOR, D. D. Curso de Direito Administrativo. Salvador: JusPodium, 2015.

CROITOR, E. P. N. A gestão de projetos aplicada à reabilitação de edifícios: estudo da


interface entre projeto e obra. 2009. 178f. Dissertação (Departamento de Engenharia de
Construção Civil) ?USP, São Paulo, 2009.

DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 23.ed. São Paulo: Atlas, 2015

FIORITI, C. F. et al. Um Estudo das Manifestações Patológicas em Vigas e Lajes de Concreto:


Edificações da FCT/UNESP. Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, v. 2, n. 3, 2017.

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Universidade Do Contestado? UnC,2017. p. 30.

HELENE, P. R. L. Manual de reparo, proteção e reforço de estruturas de concreto. São


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Tese (Livre Docência) ?USP. São Paulo, 1993.

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INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN).


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Acesso em: 30. maio. 2023.

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Tombados. 2014. Disponível em: < Página - IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e
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LAPA, J. S. Patologia, recuperação e reparação das estruturas de concreto armado. 2008.


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MINAYO, M. C. S. (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ:


Vozes, 2009.

NETO, Jerônimo. Proposta de método para investigação de manifestações patológicas em


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Tecnologia) São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 2007

OLIVEIRA, C. E. L. M. Restauração (reabilitação) da casa de cultura de Manhuaçu (MG), um


bem para a cidade. In: II Seminário Científico da FACIG. Manhuaçu, 2016.

PREFEITURA MUNICIPAL DE OEIRAS. Revisão do Plano Diretor Municipal de Oeiras


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QUALHARINI, E. L. Coleção Construção Civil na Prática: Reabilitação Predial. v. 2. Rio


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SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. ed. 23. São Paulo: Cortez, 2008.

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de Arte do Rio (MAR). Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica, 2017.

TOMAZ, Paulo Cesar. A preservação do Patrimônio Cultural e sua Trajetória no Brasil.


Revista de História e Estudos Culturais. Vol.7. Ano VII, n. 2. ISSN 1807-6971. 2010.

UEMOTO, K. L. Projeto, execução e inspeção de pinturas. São Paulo: Tula Melo, 2002.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Apêndice I ? Questionário Virtual

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LINK:
https://docs.google.com/forms/d/1Dsdcaoh8NBqw5GQKVU2nFCk5eq0f4owBH0NrwxcsTc/e
dit?vc=0&c=0&w=1&flr=0

Apêndice II ? Relatório Fotografíco

LINK: file:///C:/Users/frmar/Downloads/Relatorio%20Fotografico%20mercado.pdf

1- QUESTIONÁRIO
1- RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Anexo I ? Plantas do Monumento Historico

LINK : ilovepdf_merged.pdf

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1- PLANTA DE SITUAÇÃO 2- PLANTA BAIXA


3- PLANTA DE CORTE 4- PLANTA DE COBERTURA
5- FACHADAS 6- PROJETO DE REFORMA
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
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=================================================================================
Arquivo 1: ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537 termos)
Arquivo 2: https://pddeinterativo.mec.gov.br/images/pdf/manuais/guia_execucao_recursos_pdde.pdf
(9643 termos)
Termos comuns: 65
Similaridade: 0,43%
O texto abaixo é o conteúdo do documento ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537
termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://pddeinterativo.mec.gov.br/images/pdf/manuais/guia_execucao_recursos_pdde.pdf (9643 termos)

=================================================================================

ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM


REABILITAÇÃO PREDIAL: ESTUDO DE CASO NO
ANTIGO MERCADO PÚBLICO DE OEIRAS-PI.

Francisco das Chagas Marques Filho¹


Gabriel Fonseca de Carvalho²
Pâmela Josefina de Macedo Oliveira³
Prof. Luanna de Carvalho Santos 4

RESUMO:

A construção civil não é apenas um meio de construir, mas também de resistir e


preservar a história. Por isso, o patrimônio histórico tem enorme notoriedade para a cultura
local. Em Oeiras, na primeira capital do Piauí e berço da colonização portuguesa, foi escolhida
para o projeto devido à sua rica história e cultura, onde a arquitetura desenvolvida na cidade
relata suas narrativas e memórias desde o século XVII. Na era Vargas, foram construídas
diversas obras públicas que ainda hoje estão erguidas, como o Mercado Público José Lopes da
Silva, sendo o monumento escolhido para o trabalho apresentado, construído em 1934 e
tombado pelo IPHAN em 2012, junto ao centro histórico. Neste trabalho, foi investigado a
presença de manifestações patológicas neste edifício tombado, bem como os distúrbios
causados pela ação do tempo e ação do homem, buscando retratar as consequências e a solução
desenvolvida. Foi realizado um estudo de caso baseado em pesquisas bibliográficas e de campo
para compreender tanto o significado deste patrimônio histórico para Oeiras, quanto as causas
e consequências do estado atual do edifício. Logo, constatou-se a necessidade de realizar a
pesquisa, tornando a reabilitação predial uma ferramenta de solução para diversos parâmetros

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e colaborar com este projeto para o desenvolvimento da obra.

Palavras-Chave: Edifícios tombados. Reabilitação predial. Preservação. Manifestação


patológica

¹ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;


² Graduanda em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
³ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
4 Professora Orientadora ? FAESF.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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1. INTRODUÇÃO

O processo de globalização introduziu a expansão populacional, unindo culturas e


criando grandes civilizações mais centralizadas e independentes, formando uma nova era
global. A engenharia civil tornou-se uma ferramenta essencial e indispensável para o
desenvolvimento urbano, criando estilos construtivos que cultivavam a cultura local e a
preservação da cultura passada. Porém, com o crescimento demográfico exponencial,
introduziu uma desorganização urbana que gerou problemáticas cada vez mais presentes na
malha urbana, contribuindo para o esvaziamento de áreas, promovendo a desqualificação e a
degradação territorial e, ainda, acarretando diversas problemáticas sociais, ambientais e
econômicas.
O estudo de caso foi desenvolvido no Antigo Mercado José Lopes da Silva, na cidade
de Oeiras, Piauí, com uma população estimada em 37.085 pessoas (IBGE, 2020), onde seu
centro histórico foi tombado pelo IPHAN em 2012, sendo considerada uma área tombada, com
"14 quarteirões e 235 imóveis tombados ao todo" (IPHAN, 2014). O antigo mercado público,
que foi um marco econômico e turístico desde os anos 30, encontra-se no atual centro histórico
desativado.

Figura 1 ?Mercado Público José Lopes da Silva. Fonte: Os autores (2022).

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Conforme Silva (2017), os processos de análise e reabilitação são distintos em


comparação com a engenharia tradicional, possibilitando a recuperação do patrimônio já
construído e tendo como objetivos atender às expectativas e solicitações específicas que surgem
com os avanços da modernidade. Esses processos baseiam-se em três pilares principais: valores
sociais, ambientais e econômicos.
Nesse sentido, o processo de modernização e atualização, de acordo com Barrientos
(2004), busca adequar antigas edificações aos padrões contemporâneos, levando em
consideração os aspectos mencionados por Silva. Esse método envolve o restauro e a
compatibilização de benfeitorias, visando tornar a edificação funcional e acessível para os usos
tradicionais e inovadores. Assim, além de atender às demandas da modernidade, a reabilitação
preserva a identidade e a memória cultural, mantendo a integridade do patrimônio.
Diante dessas informações, o trabalho tem como objetivo entender o estado atual do
edifício tombado, quais as causas e consequências dos impactos dos efeitos patológicos. Qual
o significado histórico desse monumento para a população oeirense? Quais os benefícios da
reabilitação predial? Logo, para responder todas as dúvidas, tem como objetivo geral analisar
as manifestações patológicas em reabilitação. Já os objetivos específicos têm a função de
demonstrar a relevância da reabilitação desse patrimônio no contexto sociocultural, analisar a
reabilitação predial como ferramenta para a circulação e reuso social, e identificar os impactos
dos efeitos patológicos existentes no Mercado Público de Oeiras-PI.
Este trabalho visa aumentar o conhecimento dos profissionais da construção civil, bem
como do conhecimento popular, para entender melhor o assunto, revelando sua importância na
busca de visibilidade e reconhecimento social. Com isso, busca-se ações efetivas e uma
fiscalização mais rigorosa dos responsáveis legais.
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

2. REABILITAÇÃO PREDIAL E SEUS CONCEITOS

O Manual de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais (2008) define a reabilitação predial


como "um processo de gestão de ações integradas, públicas e privadas, de recuperação e
reutilização do acervo edificado em áreas já consolidadas da cidade, que compreende os espaços
e edificações ociosas, vazias, abandonadas, sub-utilizadas e insalubres" (BRASIL, 2008).
Figura 2 ? Sequência lógica das ações de reabilitação.
Fonte: Qualharini (2020)

I. Conservação - Conjunto de ações para manter ou


reparar o desempenho da edificação.
II. Manutenção - Conjunto de ações para conservar
ou recuperar a funcionalidade da edificação e de
suas partes constituintes, podendo ser preventiva

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ou corretiva.
III. Reforma - Intervenção que busca recuperar a
forma original.
IV. Modernização - Ações de intervenção que têm
foco na inserção do bem construído em formas
contemporâneas, aliada à implantação de
avanços tecnológicos.
V. Retrofit - Termo técnico que significa voltar ao
que era, mas com atualização tecnológica,
propiciando incorporar sistemas e materiais
contemporâneos, prolongando a vida útil e a
funcionalidade das benfeitorias.
VI. Restauração - Conjunto de medidas para
recuperar a concepção original ou de uma época
marcante da história da edificação, respeitando-
se o seu significado estético e artístico.
VII. Recuperação - Ações para corrigir ou eliminar
patologias.

Croitor (2009) afirma, que geralmente, os bens edificados com possibilidades de passar
por um processo de reabilitação estão localizados em cidades mais antigas. O autor afirma
também que esse processo envolve diversos agentes motivados por seus próprios interesses,
afirmando que a reabilitação não se limita apenas a edifícios antigos e degradados.
De acordo com Qualharini (2020, p. 5), as intervenções em edificações necessitam de
características que possam graduar a reabilitação, a fim de apontar o tamanho e a dificuldade
do trabalho a ser realizado. O tipo de readequação dependerá da magnitude das alterações
necessárias para atender às demandas. Dessa forma, os ajustes ou intervenções são realizados
levando em consideração três condições: o comportamento estrutural, a necessidade de
adequação às condições de habitabilidade e o desempenho do envelope exterior.
Prosseguindo com Qualharini (2020, p. 5), a reabilitação de um edifício ocorre tanto
para reparar patologias quanto para melhorar seus critérios de desempenho em termos de
usabilidade, buscando o conforto do usuário e até mesmo a recuperação do desempenho
estrutural. No entanto, ao escolher os métodos, é necessário considerar dois critérios: os
impactos patológicos nos desempenhos da edificação e a análise das técnicas, levando em conta
o tipo e a duração necessária para corrigir as anomalias.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

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3. ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS.

Para Barrientos (2004), dentre os vários agentes que podem causar a degradação de uma
edificação, é possível destacar o próprio usuário por meio do uso inadequado, além das causas
imprevistas, como fenômenos naturais e guerras, e a influência do meio ambiente em que a
edificação está inserida.

3.1. PATOLÓGIAS EM ESTRUTURAS.

Os elementos estruturais, como lajes, vigas, pilares e fundações, têm como objetivo
sustentar a edificação e resistir aos esforços e ações externas. Portanto, é necessário prestar
maior atenção às suas manifestações patológicas, que geralmente são consequências de
problemas de construção na fase inicial, como falta de impermeabilização, uso de materiais de
baixa qualidade, erros de projeto, infiltrações e dosagens inadequadas. Esses problemas
resultam em manifestações patológicas. Um exemplo comum é a deterioração do concreto
armado, que pode ser de natureza mecânica, física e química. De acordo com Lapa (2008, p. 9),
"os três principais sintomas que podem surgir isoladamente ou simultaneamente são: fissuras,
destacamentos e desagregação".
Com base no que Fioriti (2017) afirma, a maioria dos distúrbios patológicos pode ser
evitada ao seguir a NBR 6118, que trata das estruturas de concreto, incluindo critérios para o
uso adequado de armaduras, espessuras mínimas de recobrimento e outros parâmetros
estabelecidos por essas normas. Já de acordo com Helene (2003), o conceito do concreto armado
foi revisto pela sociedade, uma vez que por muitos anos ele foi considerado um material eterno,
dispensando a necessidade de cuidados ao longo de sua vida útil e manutenções preventivas.
No entanto, devido à grande quantidade de edificações com problemas de degradação em seus
componentes estruturais, essa percepção mudou.

3.2. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS.

Segundo Helene (1993), as principais causas das manifestações patológicas estão


relacionadas às variações térmicas, variações de umidade, cargas excessivas, agentes biológicos
e químicos. No entanto, essas manifestações também podem ocorrer devido a erros durante a
execução, como argamassas mal dosadas, uso de materiais de baixa qualidade e espessuras
excessivas. E segundo Graupmann (2017), algumas das manifestações patológicas têm origem
na execução do revestimento, como a falta da aplicação da camada de chapisco, o que pode
levar à perda de aderência do revestimento à base e, consequentemente, ao desplacamento.
Qualharini (2020, p. 87) afirma, que a partir do século XIX, foram utilizados novos
aglomerantes, como o "Portland", que trouxeram mudanças na trabalhabilidade, durabilidade e
variação dos substratos. Como resultado, surgem patologias nos revestimentos, como
destacamento, descolamento de placas, desagregação e fissuras.

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3.3. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS.

Conforme apontado por Qualharini (2020, p. 91), as patologias nos revestimentos


cerâmicos podem se manifestar por meio de desplacamentos (perda de aderência devido à
retração ou dilatação), eflorescências (formação de crostas solúveis em água devido à
dissolução de sais), manchas/bolor (desenvolvimento de fungos causado por infiltrações),
trincas/fissuras (resultantes de esforços mecânicos de tração, flexão ou torção), gretamento
(presença de umidade que gera fissuras capilares e radiais) e comprometimento das juntas
(envelhecimento do material das juntas e perda da estanqueidade).
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Barros et al. (1997, p. 9) afirmam que a perda de aderência ocorre devido a distúrbios
na interface entre as camadas do revestimento cerâmico, quando as tensões aplicadas
ultrapassam a capacidade de aderência das ligações.

3.4. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS EM PINTURA.

Com base em Uemoto (2002), as pinturas têm não apenas um efeito estético, mas
também proporcionam uma alta capacidade de proteção. Atualmente, esses materiais de
acabamento têm se tornado cada vez mais importantes, uma vez que são a parte mais visível de
uma obra e exercem grande influência no desempenho e na durabilidade das edificações.
De acordo com Neto (2007), em seu trabalho, as principais manifestações patológicas
encontradas em pinturas são a desagregação, a eflorescência, o descascamento, as bolhas, o
desbotamento da tinta e as manchas ou bolor. Essas manifestações indicam problemas que
podem comprometer a integridade e a estética das superfícies pintadas.

4. ÍMOVEIS TOMBADOS.

Conforme os objetivos da Política Nacional do Patrimônio Cultural Tombado,


estabelecidos no Art. 5º, é garantido promover a proteção, preservação e restauração do
patrimônio cultural tombado. Além disso, é também promovida a capacitação contínua dos
profissionais responsáveis pela identificação, tombamento, proteção, restauração, conservação,
valorização e divulgação desse patrimônio cultural tombado.
Contudo, são estabelecidas restrições com o objetivo de proteger a história e a cultura
do local tombado, assegurando a sua preservação para as próximas gerações. Essas restrições
são fundamentais para garantir a integridade e autenticidade do patrimônio cultural e assegurar
que ele seja transmitido às futuras gerações como um legado histórico e cultural valioso.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional é um departamento federal
vinculado ao Ministério da Cidadania responsável pela preservação do Patrimônio Cultural
Brasileiro. Segundo o IPHAN (2014), "o tombamento é o instrumento de reconhecimento e

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proteção do patrimônio cultural mais conhecido e pode ser realizado pela administração federal,
estadual e municipal. Em âmbito federal, o tombamento foi instituído pela Lei nº 25, de 30 de
novembro de 1937". De acordo com o plano diretor do município de Oeiras-PI, no Art. 22 da
seção IX, garante-se a proteção dos imóveis tombados, obedecendo suas diretrizes, que
proporcionam incentivos fiscais, preservativos, manutenção, entre outros.
Segundo Tomaz (2010), a partir da década de 1920, a preservação do patrimônio
histórico, especialmente dos bens imóveis localizados fora dos museus, ganhou maior
relevância devido ao descaso e à deterioração desses bens. Essa situação despertou a
preocupação de intelectuais, que reconheceram a necessidade de preservar o patrimônio como
um "tesouro" nacional. A falta de preservação poderia levar à perda irreparável desses
importantes elementos do passado histórico e cultural.
Para Di Pietro (2015), o tombamento é um instituto que tem como objetivo proteger o
patrimônio histórico e artístico brasileiro. Embora a intervenção do Estado seja uma forma de
preservação, não sendo a única. A Constituição também prevê ações populares (art. 5º, LXXIII)
e ação civil pública (art. 129, III) como meios de proteção do patrimônio. Por sua vez, Cunha
Júnior (2015) enfatiza que o tombamento representa uma restrição imposta pelo Estado à
propriedade privada, visando à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Essa
restrição abrange bens móveis ou imóveis relacionados a eventos de importância para a história
do país, bem como aqueles de valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico
irreparável.

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5. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO PARA INTERVENÇÕES EM ÍMOVEIS


TOMBADOS.

Seguindo o pensamento de Qualharini (2020, p. 87), O pré-diagnóstico será o conjunto


de objetivos declarados para as condições de qualidade necessárias à recuperação de uma
benfeitoria. Esse processo consiste na investigação de documentos e plantas, seguida de uma
avaliação "in situ" das condições do local e das intervenções existentes.
No processo de pré-diagnóstico se obtém o perfil do objeto de intervenção e informações
para o diagnóstico situacional. O diagnóstico, por sua vez, emprega técnicas de investigação
predial para coletar dados que permitam a adequação do bem de acordo com a situação
específica. Sendo a vistoria uma das técnicas do diagnóstico para a coleta sistemática de dados,
ela pode utilizar ferramentas ou não durante o processo. Além da vistoria, existem outras
técnicas baseadas na coleta de documentos registrados, questionários, entrevistas, investigações
e medições físicas, que também são utilizadas para avaliar de forma preventiva. Para a proposta
de intervenção do ímovel tombado, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(2010) exige um conjunto de informações a serem disponibilizadas no projeto:

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a. Apresentação das questões conceituais e teóricas às


quais a proposta de intervenção está associada, com indicação
das fontes utilizadas (teorias da restauração e cartas
patrimoniais).
b. Detalhamento dos procedimentos indicados para
cada uma das etapas da intervenção.
c. Especificação dos materiais a serem utilizados,
relacionando-os à deterioração identificada e ao resultado
desejado.
d. Cronograma da execução física ? apresentação das
etapas da intervenção com a definição do tempo necessário
para o cumprimento de cada uma delas.
e. Recomendações relacionadas à conservação do bem
após a intervenção, quanto ao ambiente de guarda, manuseio,
acondicionamento, entre outras.
f. Planilha Orçamentária com todos os itens de
execução, quantitativos, composição de preços unitários,
itens de composição de BDI e encargos sociais.
g. Plano contendo dados sobre a infraestrutura a ser
montada para realização do serviço, levando em consideração
os seguintes itens, em conformidade com o disposto na norma
NR18 do Ministério do Trabalho e Emprego.

De acordo com a Lei nº 25/1937 e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos


Territórios, os bens tombados não podem ser destruídos, reparados ou restaurados sem uma
autorização prévia do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, podendo sofrer
pena de multa. Qualquer tipo de intervenção em um imóvel tombado requer a análise de
processos importantes, como a preservação da proposta estética original e o cuidado com a
fachada original, buscando a continuidade do uso previsto pela lei.
Sendo assim, a Intervenção é toda alteração do aspecto físico, das condições de
visibilidade, ou da ambiência de bem edificado tombado ou da sua área de entorno, tais como
serviços de ?manutenção e conservação, reforma, demolição, construção, restauração,
recuperação, ampliação, instalação, montagem e desmontagem, adaptação, escavação,
arruamento, parcelamento e colocação de publicidade? (IPHAN, 2010).

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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6. VANTAGENS E BENEFICIOS DA REABILITAÇÃO DOS ÍMOVEIS

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TOMBADOS.

Com base no que diz Qualharini (2020), a reabilitação do patrimônio edificado tornou-
se uma prática no meio urbano, visando a requalificação do espaço devido ao abandono e à
degradação das áreas, o que acarreta problemas sociais e demográficos no local. Essa
degradação urbana é resultado do crescimento acelerado e desorganizado mencionado
anteriormente, que também leva ao esvaziamento demográfico e à desqualificação das
edificações e da infraestrutura inadequada, resultando em questões de habitabilidade,
marginalidade e segurança. Portanto, é fundamental estabelecer planos de preservação do
patrimônio, utilizando recursos disponíveis e promovendo uma renovação que torne esses
espaços contemporâneos.
Conforme Appleton (2010), a adoção de práticas de reabilitação, em contraste com a
construção de novas edificações, apresenta indicadores importantes, tais como proteção
ambiental, preservação de valores culturais e vantagens econômicas. Existe uma
conscientização de que conjuntos de edifícios antigos revelam a evolução histórica e cultural
de uma sociedade. Além disso, a reabilitação contribui para a redução das emissões de gases e
resíduos sólidos gerados nas fases de construção e demolição, em comparação com o início de
uma nova construção. Por sua vez, Silva (2017) afirma que a reabilitação também resulta em
uma redução de custos nos processos de licenciamento, logística de demolição e estaleiros.

7. MÉTODOS DE ANÁLISE.

Este trabalho foi realizado por meio de um levantamento bibliográfico e de campo, com
o objetivo de obter uma base de conhecimento sobre os processos de análises e reabilitação,
considerando os "valores sociais, ambientais e econômicos" (Silva, 2017), e alcançando os
objetivos estabelecidos. Segundo Severino (2008), a pesquisa bibliográfica é um método
fundamental para o desenvolvimento de novas pesquisas, pois proporciona acesso a dados e
teorias já trabalhadas e registradas por outros pesquisadores.
Para o projeto, foi escolhido o método qualitativo, utilizando-se da estratégia de coleta
de dados por meio de uma vistoria "in loco" realizada em 15/11/22, na qual foram registradas
fotografias e realizada a análise visual do local. De acordo com Minayo (2009), a pesquisa
qualitativa busca compreender a complexidade de fenômenos, fatos e processos particulares e
específicos, lidando com um nível de realidade não medido quantitativamente, como
significados, aspirações, crenças, valores e atitudes.
Logo após a coleta de dados no levantamento de campo, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica para buscar artigos, leis, documentos, plantas e projetos relacionados ao
monumento, com o objetivo de embasar o estudo literário. Em seguida, foi feito um
comparativo entre os registros fotográficos e a análise visual, utilizando também a pesquisa
documental, gerando um relatorio fotográfico com descrições do local.
Posteriormente, optando também pelo método quantitativo, foi desenvolvido um
questionário virtual direcionado ao público-alvo, com a participação de 50 pessoas. O
questionário abordou aspectos como importância, qualidade, segurança e conhecimento atual
sobre o antigo mercado público de Oeiras-PI. Além disso, foram realizadas entrevistas

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informais com profissionais que possuíam conhecimento e experiência relacionados ao


monumento, os quais disponibilizaram plantas e projetos do local. Esses resultados serão
incorporados ao projeto por meio de um 'QR Code' para visualização, juntamente com as plantas
de situação, cortes, projetos de reforma, relatório e o questionário virtual, nas áreas de anexo e
apêndice.
Dessa forma, foi realizada o pré-diagnostico e o diagnostico. No entanto, devido à falta
de informações e recursos próprios, não foi possível realizar o questionário do diagnóstico.
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Além disso, as medições físicas foram limitadas devido à grande dimensão do local, sendo
analisadas apenas com base nas plantas disponíveis.

8. ANÁLISE E RESULTADOS
8.1. ANÁLISE QUALITATIVA E DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

Figura 3 - Localização do antigo Mercado Público em Oeiras-PI. Fonte: Google Maps, 2023.

Oeiras passou por um período de decadência após deixar de ser capital em 1852. No
entanto, após a Era Vargas (1930-1945), a cidade experimentou um grande desenvolvimento,
com a preservação de obras públicas que se mantêm até os dias atuais, como o Cine Teatro, o
Passeio Público Leônidas Melo e o Mercado Público. No século XXI, Oeiras vivenciou um
crescimento significativo no setor de serviços, consolidando-se como um importante polo
regional. O mercado está localizado no centro histórico de Oeiras, na Avenida José Tapety,
1594-1630, CEP 64500-000. O monumento possui uma área construída de 1.141,12 m² e conta
com a praça Coronel Orlando de Carvalho ao seu redor, além de escadarias, 20 boxes externos,
42 boxes internos, 2 banheiros, 4 halls de entrada, pátio, entre outros espaços.
Durante a pesquisa bibliográfica, foram encontrados documentos e plantas de reforma
que incluíam o mercado público. Entre eles, destaca-se o "Programa Monumenta" do Ministério
da Cultura, criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 2000. Esse programa
garante recursos da União e financiamento do BID, com o objetivo de preservar sítios
históricos, incluindo aqueles protegidos pelo IPHAN. Em 2002, o mercado ganhou visibilidade
federal e foi realizado o projeto de restauro e requalificação pela Superintendente do IPHAN
na época, a arquiteta Claudiana Cruz. Em 2017, houve uma nova tentativa de requalificação
liderada pela arquiteta Rosalina Veloso, em parceria com a SEINFRA - Secretaria de
Infraestrutura do estado do Piauí. No entanto, por razões desconhecidas, os órgãos responsáveis
locais não executaram o projeto e não utilizaram os recursos, embora tenham realizado
pequenos reparos e limpeza durante algum tempo.

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A vistoria "in loco" foi conduzida de forma sistemática, incluindo a análise preliminar
de plantas do projeto fornecidas por profissionais colaboradores. Foi registrado imagens
fotográficas para a descrição detalhada e a elaboração de um relatório para descobrir os niveis
de intervenção e classificação da reabilitação, com base em Qualharini (2020), na figura 4.

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Figura 4 ? Condicionantes dos níveis de intervenção. Fonte: Qualharini (2020).


Qualharini (2020) afirma que as condições de habitabilidade referem-se ao conforto dos
usuários em geral. A adequação do comportamento estrutural refere-se à segurança
proporcionada pelo conjunto estrutural. O desempenho do envelope externo refere-se às
condições de habitabilidade proporcionadas pelo entorno do edifício, incluindo acessos,
fachadas e circulações. Considerando dois critérios: níveis dos impactos e análise de técnicas
de recuperação.

Figura 5 ? Classificação das reabilitações, quanto à gravidade da intervenção. Fonte: Qualharini (2020).

Figura 6 ? Impactos das patologias nas edificações. Fonte: Qualharini (2020).

De acordo com as informações encontradas no estudo, na vistoria e na análise dos níveis


de intervenção, foi constatada uma significativa quantidade de patologias "pequenas" e
"médias", afetando tanto o aspecto visual quanto a usabilidade do monumento. Essas
constatações seguem os critérios gerais estabelecidos por Qualharini (2020).

Figura 7 ? Fluxograma escalar de uma reabilitação. Fonte: Qualharini (2020).

Assim, com base na nossa avaliação e considerando os critérios de Qualharini (2020),


constatamos que é necessário apenas realizar substituições ou intervenções parciais, incluindo
limpeza e pequenos reparos. Isso indica que as intervenções necessárias são de menor escala e
não requerem grandes alterações ou reconstruções. A partir dos fatos encontrados, incluindo os
niveis de intervenção juntamente com o fluxograma escalar de reabilitação de Qualharini
(2020), fica claro que há a necessidade de uma reabilitação média de nível 2, levando em
consideração os critérios gerais estabelecidos. ?Neste nível, além de atender as condições de
uma reparação rápida, torna-se necessária uma reforma parcial ou total da edificação, podendo
incluir mudanças no layout interno, mas mantendo o seu uso original.? (QUALHARINI, 2020,
p.12).

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Fonte: Os autores (2023).

PEQUENAS MÉDIAS GRANDES MUITO GRANDES


DESEMPENHO DO ENVELOPE EXTERIOR X
NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE X
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL X
NÍVEIS DE INTERVENÇÃO
PATOLOGIAS
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Com base nesta avaliação de intervenção, foi possível realizar um pré-diagnóstico por,
com o objetivo de determinar as condições atuais do edifício tombado. Esse processo resultou
na definição dos níveis de intervenção necessários, no grau de reparo (classificação de
reabilitação) e na viabilidade de recuperação dessa benfeitoria. Essas informações
proporcionaram o estabelecimento do perfil objetivo da intervenção e forneceram dados para o
diagnóstico situacional do mercado público. Segundo Barrientos e Qualharini (2004) as etapas
de pré-diagnóstico correspondem:

A) Derrubar e reconstruir: indicado quando elementos estruturais apresentam um grau


de degradação tão acentuado que represente perigo ou falta de estabilidade ao edifício.
Esta solução só deve ser adotada quando o Retrofit for inviável tanto técnica quanto
economicamente.
B) Recuperar e realizar obras de caráter menor: indicado quando ainda há
possibilidade de recuperar a edificação ou adaptá-la à nova utilização.
C) Acrescentar elementos de conforto: indicado em casos que o estado de degradação
do edifício não é um fator relevante e o objetivo principal é apenas melhorar as
condições de utilização do mesmo. Este caso configura um Retrofit superficial que
geralmente engloba obras de orçamento reduzido.

Essas etapas foram fundamentais para avaliar as condições e identificar intervenções


necessárias, com o objetivo de recuperar ou até mesmo apenas acrescentar elementos de
conforto, dependendo da finalidade e proposta do projeto. Para a análise do pré-diagnóstico, foi
utilizado o modelo de fluxograma de Barrientos e Qualharini (2004), conforme exposto na
Figura 8.

Figura 8 ? Fluxograma de um pré-diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

Com base nisso, utilizando a tabela da classificação dos elementos construtivos de

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Barrientos e Qualharini (2004), é possível descobrir e avaliar a urgência da intervenção,


estabelecendo prioridades, técnicas, ações, agrupamentos e resultados finais para o diagnóstico
avaliativo. Com a junção dessas etapas, torna-se possível criar o projeto preliminar, utilizando
como base os projetos cedidos. Essa abordagem sistemática e criteriosa proporcionará uma base
sólida para o desenvolvimento do projeto.

Figura 9 ? classificação dos elementos construtivos. Fonte: Barrientos e Qualharini, 2004.

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A figura 10 ilustra o fluxograma do diagnóstico, apresentando a metodologia proposta


para a busca do processo de reabilitação ideal e viável para o nosso projeto. Esse fluxograma
ilustrado é uma representação visual que mostra os passos necessários para determinar a melhor
abordagem de reabilitação adequada para o projeto, considerando os critérios de Qualharini
(2020) e auxiliando na tomada de decisão.

Figura 10 ? Fluxograma de um diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

8.2 ANÁLISE DOS DADOS QUANTITATIVOS.

Entre os 50 participantes do questionário virtual realizados por formularios com


individuos distintos, responderam que:

DAS PERGUNTAS ENTRE OS 50 PARTICIPANTES SIM NÃO


MORAM OU CONVIVEM EM OEIRAS 92% 8%
CONHECEM O ANTIGO MERCADO PÚBLICO 98% 2%
CONHECEM ALGUÉM QUE FIZERAM PARTE DA HISTÓRIA DO LOCAL 40% 60%
CONHECEM A HISTÓRIA DO MERCADO 50% 50%
Fonte: dados coletados pelo autor

Conclui-se que apesar de 8% não morarem ou conviverem na cidade, 6% entre eles


ainda conhece o monumento histórico e apenas metade a sua historia. Já diante de algumas
fotografias mostradas no formulario, enquete de avaliação do estado atual foi formada, com a
pergunta: ?QUAL SUA AVALIAÇÃO PARA O ESTADO APARENTE E ATUAL DO
ÍMOVEL TOMBADO??.

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Fonte: dados coletados pelo autor

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Observou-se um desagradamento de 86% para a classificação de ?RUIM? e 2% para


?PÉSSIMO?. Então concluindo, uma avaliação de uma avaliação bem negativa pela grande
maioria dos participantes. Também foi realizado uma enquete de criterio de segurança do local,
com a pergunta: ?VOCÊ SE SENTE SEGURO AO PASSAR PRÓXIMO AO MERCADO??.

Fonte: dados coletados pelo autor

A partir da enquete sobre importancia da preservação, respondido positivamente por


92%, tambem foi feito a pergunta ?VOCÊ ACHA QUE DIMINUIRIA OS RISCOS DE
CRIMINALIDADE DESSA REGIÃO?? reflete graficamente as respostas da seguinte maneira:

Fonte: dados coletados pelo autor

Assim, chegando ao estado conclusivo de um problema social causado pela degradação


do local, considerado por 82% dos participantes e quando perguntado da situação atual do local
é o motivo de causar tais problemas sociais 88% ?votaram SIM?. Logo, levando em
consideração estas informações, a enquete com a pergunta: ?VOCÊ ACREDITA NA
REABILITAÇÃO, COMO SOLUÇÃO VIAVEL PARA ESSE PRÉDIO E QUE TRARÁ
MELHORIAS PARA A CIDADE DE OEIRAS-PI?

Fonte: dados coletados pelo autor

Nessa amostra percebe-se que todos os 50 participantes optaram pela prática da


reabilitação como o metodo viavel para solucionar problemas sociais, causados pelo que eles
mesmos (a maioria) responsabilizam, que é a falta de preservação.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na

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disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

9. CONCLUSÃO

O Mercado Público, localizado no coração da cidade de Oeiras, foi, em tempos passados,


um marco no comércio local, sendo cercado pela famosa "feirinha livre". No entanto, ao longo
do tempo, o mercado perdeu espaço e funcionalidade devido à falta de ações dos órgãos
responsáveis, resultando na má conservação do local e em condições funcionais precárias,
mesmo recebendo recursos governamentais para a preservação e a reabilitação do mercado.
Diante desse contexto, torna-se indispensável a visibilidade e o reconhecimento desse
monumento, não apenas para a população em geral, mas especialmente para os agentes
responsáveis pela preservação do patrimônio local.
Para concluir, entende-se que a preservação não apenas desse edifício tombado, mas de
qualquer outro patrimônio histórico, representa um papel fundamental para a valorização da
história e identidade cultural de uma sociedade, onde levam consigo as memórias e os legados
de gerações passadas. Dessa forma, ao preservar esses edifícios, torna-se possível a transmissão
desses legados às gerações futuras e possibilitando a compreensão de suas raízes, enriquecendo
a nossa identidade própria. Além disso, permite a valorização do patrimônio urbano, trazendo
benefícios socioeconômicos para a sociedade local. uma vez que sua preservação e revitalização
podem atrair visitantes, colaborarar com o turismo local e gerar retornos financeiros para a
cidade. Outro ponto importante é o desenvolvimento sustentável, ao revitalizar esse edifício
que se encontra com a falta de adequações às condições de habitabilidade.
Ao longo desta pesquisa, foram identificadas várias contribuições no área da engenharia
civil, especialmente no que diz respeito aos critérios necessários para os processos de
reabilitação e às análises patológicas. Entretanto, essas contribuições não se limitam apenas a
aspectos técnicos, mas também se ramificam para áreas socioculturais. Durante a análise dos
problemas ao longo da pesquisa, foi possível identificar como a reabilitação não apenas visa a
estética e a usabilidade do edifício mas também possibilita soluções de problemas relacionadas
à degradação das áreas, desqualificação urbana, problemas de habitabilidade, insegurança,
circulação e acessibilidade da população, bem como a perda da identidade histórica e cultural,
ao revitalizar
Por fim, a realização deste estudo evidencia a importância da pesquisa científica para o
avanço do conhecimento na área de reabilitação predial e preservação histórica. Espera-se que
este trabalho possa servir como base para futuras investigações e despertar o interesse de outros
pesquisadores, visando a criação de medidas efetivas e estratégias mais eficientes para o edifício
tombado. Dessa forma, o Mercado Público poderá desempenhar um papel ativo na sociedade
de Oeiras, seja por meio de atividades comerciais, artísticas, culturais ou outras possibilidades,
contribuindo para o enriquecimento da vida da comunidade.
Conclui-se, portanto, que a reabilitação é uma ferramenta essencial para auxiliar na
preservação contra os impactos patológicos, problemas sociais e outros desafios. No contexto
do nosso projeto, foram indicadas algumas técnicas de reabilitação viáveis, tais como
modernização, retrofit e restauração, que englobam os reparos determinados pelos critérios

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gerais. Sendo fundamental que essas intervenções preservem tanto a estética quanto a história
do edifício.

AGRADECIMENTOS

Eu, Francisco Marques Filho, quero expressar minha gratidão a Deus por toda a força
que Ele me deu para continuar seguindo em frente. Também gostaria de agradecer minha
família, composta por minha avó, pai, mãe, tios(as), Rayla, Netynho, Sandrinha e meus amigos,
por me proporcionarem apoio e orientação ao longo da minha vida. Além disso, sou
imensamente grato à minha namorada Clara Elis pelo seu apoio, paz e incentivo. Não
conseguiria sem você, ou melhor, sem todos vocês. Amo cada um de vocês e espero que se
orgulhem, pois esta conquista é nossa. GRATIDÃO, FAMILIA!
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Eu, Pâmela Josefina de Macedo Oliveira agradeço primeiramente a Deus por me dá


forças nessa caminhada, e me ajudar a passar pelas dificuldades enfrentadas durante o curso.
Aos meus pais, que sempre acreditaram em mim, que fizeram tudo que estava ao seu alcance
para que eu pudesse me formar. Aos meus amigos e família que me aconselharam e foram
compreensivos nas minhas ausências enquanto eu me dedicava. Ao meu companheiro que me
acalmou quando eu estava tensa e aflita com medo das dificuldades acadêmicas.
Eu, Gabriel Fonseca de Carvalho, primeiramente quero agradecer a Deus por sempre ter
me abençoado e guiado para chegar até o fim dessa trajetória, a toda minha família que sempre
me encorajou para seguir em frente e chegar onde estou e ser quem sou hoje, a minha mãe, pai,
avós, tios(as) e a todos os meus amigos que sempre me apoiaram. Agradeço imensamente a
todos e saibam que o apoio de vocês foi de grande importância.
Somos TODOS gratos aos professores pelas correções e ensinamentos que nos
permitiram um melhor crescimento na formação profissional. Agradecemos a você, Luanna, e
a todos os educadores que participaram da nossa jornada. Obrigado!

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APPLETON, J. Reabilitação de Edifícios Antigos e Sustentabilidade . VI Encontro Nacional


de Estudantes de Engenharia Civil, ENEEC. Évora, 2010.

NBR 6118: Projetos de estrutura de concreto, Rio de Janeiro, 2014.

ANBR 15575-1: Edificações habitacionais: desempenho. Rio de Janeiro. 2013.

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edificações antigas às necessidades atuais. Dissertação (Pós-Graduação em Arquitetura) ?
UFRJ. Rio de Janeiro, p. 252. 2004.

BARRO, M. M. B.; TANIGUTI, E. K.; RUIZ, L. B.; SABBATINI, F. H.; Tecnologia


construtiva racionalizada para produção de revestimentos cerâmicos verticais. Notas de
aula. São Paulo: USP, 1997.

BRASIL. Decreto-Lei nº25, de 30 de novembro de 1937 ?Organiza a proteção do


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UEMOTO, K. L. Projeto, execução e inspeção de pinturas. São Paulo: Tula Melo, 2002.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

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Apêndice I ? Questionário Virtual

LINK:
https://docs.google.com/forms/d/1Dsdcaoh8NBqw5GQKVU2nFCk5eq0f4owBH0NrwxcsTc/e
dit?vc=0&c=0&w=1&flr=0

Apêndice II ? Relatório Fotografíco

LINK: file:///C:/Users/frmar/Downloads/Relatorio%20Fotografico%20mercado.pdf

1- QUESTIONÁRIO
1- RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Anexo I ? Plantas do Monumento Historico

LINK : ilovepdf_merged.pdf

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1- PLANTA DE SITUAÇÃO 2- PLANTA BAIXA


3- PLANTA DE CORTE 4- PLANTA DE COBERTURA
5- FACHADAS 6- PROJETO DE REFORMA
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil

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=================================================================================
Arquivo 1: ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537 termos)
Arquivo 2:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4419023/mod_resource/content/1/1_fontes_dados_analise.pdf
(1032 termos)
Termos comuns: 18
Similaridade: 0,27%
O texto abaixo é o conteúdo do documento ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537
termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4419023/mod_resource/content/1/1_fontes_dados_analise.pdf
(1032 termos)

=================================================================================

ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM


REABILITAÇÃO PREDIAL: ESTUDO DE CASO NO
ANTIGO MERCADO PÚBLICO DE OEIRAS-PI.

Francisco das Chagas Marques Filho¹


Gabriel Fonseca de Carvalho²
Pâmela Josefina de Macedo Oliveira³
Prof. Luanna de Carvalho Santos 4

RESUMO:

A construção civil não é apenas um meio de construir, mas também de resistir e


preservar a história. Por isso, o patrimônio histórico tem enorme notoriedade para a cultura
local. Em Oeiras, na primeira capital do Piauí e berço da colonização portuguesa, foi escolhida
para o projeto devido à sua rica história e cultura, onde a arquitetura desenvolvida na cidade
relata suas narrativas e memórias desde o século XVII. Na era Vargas, foram construídas
diversas obras públicas que ainda hoje estão erguidas, como o Mercado Público José Lopes da
Silva, sendo o monumento escolhido para o trabalho apresentado, construído em 1934 e
tombado pelo IPHAN em 2012, junto ao centro histórico. Neste trabalho, foi investigado a
presença de manifestações patológicas neste edifício tombado, bem como os distúrbios
causados pela ação do tempo e ação do homem, buscando retratar as consequências e a solução
desenvolvida. Foi realizado um estudo de caso baseado em pesquisas bibliográficas e de campo
para compreender tanto o significado deste patrimônio histórico para Oeiras, quanto as causas

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e consequências do estado atual do edifício. Logo, constatou-se a necessidade de realizar a


pesquisa, tornando a reabilitação predial uma ferramenta de solução para diversos parâmetros
e colaborar com este projeto para o desenvolvimento da obra.

Palavras-Chave: Edifícios tombados. Reabilitação predial. Preservação. Manifestação


patológica

¹ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;


² Graduanda em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
³ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
4 Professora Orientadora ? FAESF.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

1. INTRODUÇÃO

O processo de globalização introduziu a expansão populacional, unindo culturas e


criando grandes civilizações mais centralizadas e independentes, formando uma nova era
global. A engenharia civil tornou-se uma ferramenta essencial e indispensável para o
desenvolvimento urbano, criando estilos construtivos que cultivavam a cultura local e a
preservação da cultura passada. Porém, com o crescimento demográfico exponencial,
introduziu uma desorganização urbana que gerou problemáticas cada vez mais presentes na
malha urbana, contribuindo para o esvaziamento de áreas, promovendo a desqualificação e a
degradação territorial e, ainda, acarretando diversas problemáticas sociais, ambientais e
econômicas.
O estudo de caso foi desenvolvido no Antigo Mercado José Lopes da Silva, na cidade
de Oeiras, Piauí, com uma população estimada em 37.085 pessoas (IBGE, 2020), onde seu
centro histórico foi tombado pelo IPHAN em 2012, sendo considerada uma área tombada, com
"14 quarteirões e 235 imóveis tombados ao todo" (IPHAN, 2014). O antigo mercado público,
que foi um marco econômico e turístico desde os anos 30, encontra-se no atual centro histórico
desativado.

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Figura 1 ?Mercado Público José Lopes da Silva. Fonte: Os autores (2022).

Conforme Silva (2017), os processos de análise e reabilitação são distintos em


comparação com a engenharia tradicional, possibilitando a recuperação do patrimônio já
construído e tendo como objetivos atender às expectativas e solicitações específicas que surgem
com os avanços da modernidade. Esses processos baseiam-se em três pilares principais: valores
sociais, ambientais e econômicos.
Nesse sentido, o processo de modernização e atualização, de acordo com Barrientos
(2004), busca adequar antigas edificações aos padrões contemporâneos, levando em
consideração os aspectos mencionados por Silva. Esse método envolve o restauro e a
compatibilização de benfeitorias, visando tornar a edificação funcional e acessível para os usos
tradicionais e inovadores. Assim, além de atender às demandas da modernidade, a reabilitação
preserva a identidade e a memória cultural, mantendo a integridade do patrimônio.
Diante dessas informações, o trabalho tem como objetivo entender o estado atual do
edifício tombado, quais as causas e consequências dos impactos dos efeitos patológicos. Qual
o significado histórico desse monumento para a população oeirense? Quais os benefícios da
reabilitação predial? Logo, para responder todas as dúvidas, tem como objetivo geral analisar
as manifestações patológicas em reabilitação. Já os objetivos específicos têm a função de
demonstrar a relevância da reabilitação desse patrimônio no contexto sociocultural, analisar a
reabilitação predial como ferramenta para a circulação e reuso social, e identificar os impactos
dos efeitos patológicos existentes no Mercado Público de Oeiras-PI.
Este trabalho visa aumentar o conhecimento dos profissionais da construção civil, bem
como do conhecimento popular, para entender melhor o assunto, revelando sua importância na
busca de visibilidade e reconhecimento social. Com isso, busca-se ações efetivas e uma
fiscalização mais rigorosa dos responsáveis legais.
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

2. REABILITAÇÃO PREDIAL E SEUS CONCEITOS

O Manual de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais (2008) define a reabilitação predial


como "um processo de gestão de ações integradas, públicas e privadas, de recuperação e
reutilização do acervo edificado em áreas já consolidadas da cidade, que compreende os espaços
e edificações ociosas, vazias, abandonadas, sub-utilizadas e insalubres" (BRASIL, 2008).
Figura 2 ? Sequência lógica das ações de reabilitação.
Fonte: Qualharini (2020)

I. Conservação - Conjunto de ações para manter ou


reparar o desempenho da edificação.
II. Manutenção - Conjunto de ações para conservar

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ou recuperar a funcionalidade da edificação e de


suas partes constituintes, podendo ser preventiva
ou corretiva.
III. Reforma - Intervenção que busca recuperar a
forma original.
IV. Modernização - Ações de intervenção que têm
foco na inserção do bem construído em formas
contemporâneas, aliada à implantação de
avanços tecnológicos.
V. Retrofit - Termo técnico que significa voltar ao
que era, mas com atualização tecnológica,
propiciando incorporar sistemas e materiais
contemporâneos, prolongando a vida útil e a
funcionalidade das benfeitorias.
VI. Restauração - Conjunto de medidas para
recuperar a concepção original ou de uma época
marcante da história da edificação, respeitando-
se o seu significado estético e artístico.
VII. Recuperação - Ações para corrigir ou eliminar
patologias.

Croitor (2009) afirma, que geralmente, os bens edificados com possibilidades de passar
por um processo de reabilitação estão localizados em cidades mais antigas. O autor afirma
também que esse processo envolve diversos agentes motivados por seus próprios interesses,
afirmando que a reabilitação não se limita apenas a edifícios antigos e degradados.
De acordo com Qualharini (2020, p. 5), as intervenções em edificações necessitam de
características que possam graduar a reabilitação, a fim de apontar o tamanho e a dificuldade
do trabalho a ser realizado. O tipo de readequação dependerá da magnitude das alterações
necessárias para atender às demandas. Dessa forma, os ajustes ou intervenções são realizados
levando em consideração três condições: o comportamento estrutural, a necessidade de
adequação às condições de habitabilidade e o desempenho do envelope exterior.
Prosseguindo com Qualharini (2020, p. 5), a reabilitação de um edifício ocorre tanto
para reparar patologias quanto para melhorar seus critérios de desempenho em termos de
usabilidade, buscando o conforto do usuário e até mesmo a recuperação do desempenho
estrutural. No entanto, ao escolher os métodos, é necessário considerar dois critérios: os
impactos patológicos nos desempenhos da edificação e a análise das técnicas, levando em conta
o tipo e a duração necessária para corrigir as anomalias.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.

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3. ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS.

Para Barrientos (2004), dentre os vários agentes que podem causar a degradação de uma
edificação, é possível destacar o próprio usuário por meio do uso inadequado, além das causas
imprevistas, como fenômenos naturais e guerras, e a influência do meio ambiente em que a
edificação está inserida.

3.1. PATOLÓGIAS EM ESTRUTURAS.

Os elementos estruturais, como lajes, vigas, pilares e fundações, têm como objetivo
sustentar a edificação e resistir aos esforços e ações externas. Portanto, é necessário prestar
maior atenção às suas manifestações patológicas, que geralmente são consequências de
problemas de construção na fase inicial, como falta de impermeabilização, uso de materiais de
baixa qualidade, erros de projeto, infiltrações e dosagens inadequadas. Esses problemas
resultam em manifestações patológicas. Um exemplo comum é a deterioração do concreto
armado, que pode ser de natureza mecânica, física e química. De acordo com Lapa (2008, p. 9),
"os três principais sintomas que podem surgir isoladamente ou simultaneamente são: fissuras,
destacamentos e desagregação".
Com base no que Fioriti (2017) afirma, a maioria dos distúrbios patológicos pode ser
evitada ao seguir a NBR 6118, que trata das estruturas de concreto, incluindo critérios para o
uso adequado de armaduras, espessuras mínimas de recobrimento e outros parâmetros
estabelecidos por essas normas. Já de acordo com Helene (2003), o conceito do concreto armado
foi revisto pela sociedade, uma vez que por muitos anos ele foi considerado um material eterno,
dispensando a necessidade de cuidados ao longo de sua vida útil e manutenções preventivas.
No entanto, devido à grande quantidade de edificações com problemas de degradação em seus
componentes estruturais, essa percepção mudou.

3.2. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS.

Segundo Helene (1993), as principais causas das manifestações patológicas estão


relacionadas às variações térmicas, variações de umidade, cargas excessivas, agentes biológicos
e químicos. No entanto, essas manifestações também podem ocorrer devido a erros durante a
execução, como argamassas mal dosadas, uso de materiais de baixa qualidade e espessuras
excessivas. E segundo Graupmann (2017), algumas das manifestações patológicas têm origem
na execução do revestimento, como a falta da aplicação da camada de chapisco, o que pode
levar à perda de aderência do revestimento à base e, consequentemente, ao desplacamento.
Qualharini (2020, p. 87) afirma, que a partir do século XIX, foram utilizados novos
aglomerantes, como o "Portland", que trouxeram mudanças na trabalhabilidade, durabilidade e
variação dos substratos. Como resultado, surgem patologias nos revestimentos, como

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destacamento, descolamento de placas, desagregação e fissuras.

3.3. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS.

Conforme apontado por Qualharini (2020, p. 91), as patologias nos revestimentos


cerâmicos podem se manifestar por meio de desplacamentos (perda de aderência devido à
retração ou dilatação), eflorescências (formação de crostas solúveis em água devido à
dissolução de sais), manchas/bolor (desenvolvimento de fungos causado por infiltrações),
trincas/fissuras (resultantes de esforços mecânicos de tração, flexão ou torção), gretamento
(presença de umidade que gera fissuras capilares e radiais) e comprometimento das juntas
(envelhecimento do material das juntas e perda da estanqueidade).
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Barros et al. (1997, p. 9) afirmam que a perda de aderência ocorre devido a distúrbios
na interface entre as camadas do revestimento cerâmico, quando as tensões aplicadas
ultrapassam a capacidade de aderência das ligações.

3.4. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS EM PINTURA.

Com base em Uemoto (2002), as pinturas têm não apenas um efeito estético, mas
também proporcionam uma alta capacidade de proteção. Atualmente, esses materiais de
acabamento têm se tornado cada vez mais importantes, uma vez que são a parte mais visível de
uma obra e exercem grande influência no desempenho e na durabilidade das edificações.
De acordo com Neto (2007), em seu trabalho, as principais manifestações patológicas
encontradas em pinturas são a desagregação, a eflorescência, o descascamento, as bolhas, o
desbotamento da tinta e as manchas ou bolor. Essas manifestações indicam problemas que
podem comprometer a integridade e a estética das superfícies pintadas.

4. ÍMOVEIS TOMBADOS.

Conforme os objetivos da Política Nacional do Patrimônio Cultural Tombado,


estabelecidos no Art. 5º, é garantido promover a proteção, preservação e restauração do
patrimônio cultural tombado. Além disso, é também promovida a capacitação contínua dos
profissionais responsáveis pela identificação, tombamento, proteção, restauração, conservação,
valorização e divulgação desse patrimônio cultural tombado.
Contudo, são estabelecidas restrições com o objetivo de proteger a história e a cultura
do local tombado, assegurando a sua preservação para as próximas gerações. Essas restrições
são fundamentais para garantir a integridade e autenticidade do patrimônio cultural e assegurar
que ele seja transmitido às futuras gerações como um legado histórico e cultural valioso.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional é um departamento federal

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vinculado ao Ministério da Cidadania responsável pela preservação do Patrimônio Cultural


Brasileiro. Segundo o IPHAN (2014), "o tombamento é o instrumento de reconhecimento e
proteção do patrimônio cultural mais conhecido e pode ser realizado pela administração federal,
estadual e municipal. Em âmbito federal, o tombamento foi instituído pela Lei nº 25, de 30 de
novembro de 1937". De acordo com o plano diretor do município de Oeiras-PI, no Art. 22 da
seção IX, garante-se a proteção dos imóveis tombados, obedecendo suas diretrizes, que
proporcionam incentivos fiscais, preservativos, manutenção, entre outros.
Segundo Tomaz (2010), a partir da década de 1920, a preservação do patrimônio
histórico, especialmente dos bens imóveis localizados fora dos museus, ganhou maior
relevância devido ao descaso e à deterioração desses bens. Essa situação despertou a
preocupação de intelectuais, que reconheceram a necessidade de preservar o patrimônio como
um "tesouro" nacional. A falta de preservação poderia levar à perda irreparável desses
importantes elementos do passado histórico e cultural.
Para Di Pietro (2015), o tombamento é um instituto que tem como objetivo proteger o
patrimônio histórico e artístico brasileiro. Embora a intervenção do Estado seja uma forma de
preservação, não sendo a única. A Constituição também prevê ações populares (art. 5º, LXXIII)
e ação civil pública (art. 129, III) como meios de proteção do patrimônio. Por sua vez, Cunha
Júnior (2015) enfatiza que o tombamento representa uma restrição imposta pelo Estado à
propriedade privada, visando à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Essa
restrição abrange bens móveis ou imóveis relacionados a eventos de importância para a história
do país, bem como aqueles de valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico
irreparável.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

5. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO PARA INTERVENÇÕES EM ÍMOVEIS


TOMBADOS.

Seguindo o pensamento de Qualharini (2020, p. 87), O pré-diagnóstico será o conjunto


de objetivos declarados para as condições de qualidade necessárias à recuperação de uma
benfeitoria. Esse processo consiste na investigação de documentos e plantas, seguida de uma
avaliação "in situ" das condições do local e das intervenções existentes.
No processo de pré-diagnóstico se obtém o perfil do objeto de intervenção e informações
para o diagnóstico situacional. O diagnóstico, por sua vez, emprega técnicas de investigação
predial para coletar dados que permitam a adequação do bem de acordo com a situação
específica. Sendo a vistoria uma das técnicas do diagnóstico para a coleta sistemática de dados,
ela pode utilizar ferramentas ou não durante o processo. Além da vistoria, existem outras
técnicas baseadas na coleta de documentos registrados, questionários, entrevistas, investigações
e medições físicas, que também são utilizadas para avaliar de forma preventiva. Para a proposta
de intervenção do ímovel tombado, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

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(2010) exige um conjunto de informações a serem disponibilizadas no projeto:

a. Apresentação das questões conceituais e teóricas às


quais a proposta de intervenção está associada, com indicação
das fontes utilizadas (teorias da restauração e cartas
patrimoniais).
b. Detalhamento dos procedimentos indicados para
cada uma das etapas da intervenção.
c. Especificação dos materiais a serem utilizados,
relacionando-os à deterioração identificada e ao resultado
desejado.
d. Cronograma da execução física ? apresentação das
etapas da intervenção com a definição do tempo necessário
para o cumprimento de cada uma delas.
e. Recomendações relacionadas à conservação do bem
após a intervenção, quanto ao ambiente de guarda, manuseio,
acondicionamento, entre outras.
f. Planilha Orçamentária com todos os itens de
execução, quantitativos, composição de preços unitários,
itens de composição de BDI e encargos sociais.
g. Plano contendo dados sobre a infraestrutura a ser
montada para realização do serviço, levando em consideração
os seguintes itens, em conformidade com o disposto na norma
NR18 do Ministério do Trabalho e Emprego.

De acordo com a Lei nº 25/1937 e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos


Territórios, os bens tombados não podem ser destruídos, reparados ou restaurados sem uma
autorização prévia do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, podendo sofrer
pena de multa. Qualquer tipo de intervenção em um imóvel tombado requer a análise de
processos importantes, como a preservação da proposta estética original e o cuidado com a
fachada original, buscando a continuidade do uso previsto pela lei.
Sendo assim, a Intervenção é toda alteração do aspecto físico, das condições de
visibilidade, ou da ambiência de bem edificado tombado ou da sua área de entorno, tais como
serviços de ?manutenção e conservação, reforma, demolição, construção, restauração,
recuperação, ampliação, instalação, montagem e desmontagem, adaptação, escavação,
arruamento, parcelamento e colocação de publicidade? (IPHAN, 2010).

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

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6. VANTAGENS E BENEFICIOS DA REABILITAÇÃO DOS ÍMOVEIS


TOMBADOS.

Com base no que diz Qualharini (2020), a reabilitação do patrimônio edificado tornou-
se uma prática no meio urbano, visando a requalificação do espaço devido ao abandono e à
degradação das áreas, o que acarreta problemas sociais e demográficos no local. Essa
degradação urbana é resultado do crescimento acelerado e desorganizado mencionado
anteriormente, que também leva ao esvaziamento demográfico e à desqualificação das
edificações e da infraestrutura inadequada, resultando em questões de habitabilidade,
marginalidade e segurança. Portanto, é fundamental estabelecer planos de preservação do
patrimônio, utilizando recursos disponíveis e promovendo uma renovação que torne esses
espaços contemporâneos.
Conforme Appleton (2010), a adoção de práticas de reabilitação, em contraste com a
construção de novas edificações, apresenta indicadores importantes, tais como proteção
ambiental, preservação de valores culturais e vantagens econômicas. Existe uma
conscientização de que conjuntos de edifícios antigos revelam a evolução histórica e cultural
de uma sociedade. Além disso, a reabilitação contribui para a redução das emissões de gases e
resíduos sólidos gerados nas fases de construção e demolição, em comparação com o início de
uma nova construção. Por sua vez, Silva (2017) afirma que a reabilitação também resulta em
uma redução de custos nos processos de licenciamento, logística de demolição e estaleiros.

7. MÉTODOS DE ANÁLISE.

Este trabalho foi realizado por meio de um levantamento bibliográfico e de campo, com
o objetivo de obter uma base de conhecimento sobre os processos de análises e reabilitação,
considerando os "valores sociais, ambientais e econômicos" (Silva, 2017), e alcançando os
objetivos estabelecidos. Segundo Severino (2008), a pesquisa bibliográfica é um método
fundamental para o desenvolvimento de novas pesquisas, pois proporciona acesso a dados e
teorias já trabalhadas e registradas por outros pesquisadores.
Para o projeto, foi escolhido o método qualitativo, utilizando-se da estratégia de coleta
de dados por meio de uma vistoria "in loco" realizada em 15/11/22, na qual foram registradas
fotografias e realizada a análise visual do local. De acordo com Minayo (2009), a pesquisa
qualitativa busca compreender a complexidade de fenômenos, fatos e processos particulares e
específicos, lidando com um nível de realidade não medido quantitativamente, como
significados, aspirações, crenças, valores e atitudes.
Logo após a coleta de dados no levantamento de campo, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica para buscar artigos, leis, documentos, plantas e projetos relacionados ao
monumento, com o objetivo de embasar o estudo literário. Em seguida, foi feito um
comparativo entre os registros fotográficos e a análise visual, utilizando também a pesquisa
documental, gerando um relatorio fotográfico com descrições do local.
Posteriormente, optando também pelo método quantitativo, foi desenvolvido um
questionário virtual direcionado ao público-alvo, com a participação de 50 pessoas. O

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questionário abordou aspectos como importância, qualidade, segurança e conhecimento atual


sobre o antigo mercado público de Oeiras-PI. Além disso, foram realizadas entrevistas
informais com profissionais que possuíam conhecimento e experiência relacionados ao
monumento, os quais disponibilizaram plantas e projetos do local. Esses resultados serão
incorporados ao projeto por meio de um 'QR Code' para visualização, juntamente com as plantas
de situação, cortes, projetos de reforma, relatório e o questionário virtual, nas áreas de anexo e
apêndice.
Dessa forma, foi realizada o pré-diagnostico e o diagnostico. No entanto, devido à falta
de informações e recursos próprios, não foi possível realizar o questionário do diagnóstico.
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Além disso, as medições físicas foram limitadas devido à grande dimensão do local, sendo
analisadas apenas com base nas plantas disponíveis.

8. ANÁLISE E RESULTADOS
8.1. ANÁLISE QUALITATIVA E DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

Figura 3 - Localização do antigo Mercado Público em Oeiras-PI. Fonte: Google Maps, 2023.

Oeiras passou por um período de decadência após deixar de ser capital em 1852. No
entanto, após a Era Vargas (1930-1945), a cidade experimentou um grande desenvolvimento,
com a preservação de obras públicas que se mantêm até os dias atuais, como o Cine Teatro, o
Passeio Público Leônidas Melo e o Mercado Público. No século XXI, Oeiras vivenciou um
crescimento significativo no setor de serviços, consolidando-se como um importante polo
regional. O mercado está localizado no centro histórico de Oeiras, na Avenida José Tapety,
1594-1630, CEP 64500-000. O monumento possui uma área construída de 1.141,12 m² e conta
com a praça Coronel Orlando de Carvalho ao seu redor, além de escadarias, 20 boxes externos,
42 boxes internos, 2 banheiros, 4 halls de entrada, pátio, entre outros espaços.
Durante a pesquisa bibliográfica, foram encontrados documentos e plantas de reforma
que incluíam o mercado público. Entre eles, destaca-se o "Programa Monumenta" do Ministério
da Cultura, criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 2000. Esse programa
garante recursos da União e financiamento do BID, com o objetivo de preservar sítios
históricos, incluindo aqueles protegidos pelo IPHAN. Em 2002, o mercado ganhou visibilidade
federal e foi realizado o projeto de restauro e requalificação pela Superintendente do IPHAN
na época, a arquiteta Claudiana Cruz. Em 2017, houve uma nova tentativa de requalificação
liderada pela arquiteta Rosalina Veloso, em parceria com a SEINFRA - Secretaria de
Infraestrutura do estado do Piauí. No entanto, por razões desconhecidas, os órgãos responsáveis

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locais não executaram o projeto e não utilizaram os recursos, embora tenham realizado
pequenos reparos e limpeza durante algum tempo.
A vistoria "in loco" foi conduzida de forma sistemática, incluindo a análise preliminar
de plantas do projeto fornecidas por profissionais colaboradores. Foi registrado imagens
fotográficas para a descrição detalhada e a elaboração de um relatório para descobrir os niveis
de intervenção e classificação da reabilitação, com base em Qualharini (2020), na figura 4.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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Figura 4 ? Condicionantes dos níveis de intervenção. Fonte: Qualharini (2020).


Qualharini (2020) afirma que as condições de habitabilidade referem-se ao conforto dos
usuários em geral. A adequação do comportamento estrutural refere-se à segurança
proporcionada pelo conjunto estrutural. O desempenho do envelope externo refere-se às
condições de habitabilidade proporcionadas pelo entorno do edifício, incluindo acessos,
fachadas e circulações. Considerando dois critérios: níveis dos impactos e análise de técnicas
de recuperação.

Figura 5 ? Classificação das reabilitações, quanto à gravidade da intervenção. Fonte: Qualharini (2020).

Figura 6 ? Impactos das patologias nas edificações. Fonte: Qualharini (2020).

De acordo com as informações encontradas no estudo, na vistoria e na análise dos níveis


de intervenção, foi constatada uma significativa quantidade de patologias "pequenas" e
"médias", afetando tanto o aspecto visual quanto a usabilidade do monumento. Essas
constatações seguem os critérios gerais estabelecidos por Qualharini (2020).

Figura 7 ? Fluxograma escalar de uma reabilitação. Fonte: Qualharini (2020).

Assim, com base na nossa avaliação e considerando os critérios de Qualharini (2020),


constatamos que é necessário apenas realizar substituições ou intervenções parciais, incluindo
limpeza e pequenos reparos. Isso indica que as intervenções necessárias são de menor escala e
não requerem grandes alterações ou reconstruções. A partir dos fatos encontrados, incluindo os
niveis de intervenção juntamente com o fluxograma escalar de reabilitação de Qualharini
(2020), fica claro que há a necessidade de uma reabilitação média de nível 2, levando em
consideração os critérios gerais estabelecidos. ?Neste nível, além de atender as condições de
uma reparação rápida, torna-se necessária uma reforma parcial ou total da edificação, podendo

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incluir mudanças no layout interno, mas mantendo o seu uso original.? (QUALHARINI, 2020,
p.12).

Fonte: Os autores (2023).

PEQUENAS MÉDIAS GRANDES MUITO GRANDES


DESEMPENHO DO ENVELOPE EXTERIOR X
NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE X
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL X
NÍVEIS DE INTERVENÇÃO
PATOLOGIAS
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Com base nesta avaliação de intervenção, foi possível realizar um pré-diagnóstico por,
com o objetivo de determinar as condições atuais do edifício tombado. Esse processo resultou
na definição dos níveis de intervenção necessários, no grau de reparo (classificação de
reabilitação) e na viabilidade de recuperação dessa benfeitoria. Essas informações
proporcionaram o estabelecimento do perfil objetivo da intervenção e forneceram dados para o
diagnóstico situacional do mercado público. Segundo Barrientos e Qualharini (2004) as etapas
de pré-diagnóstico correspondem:

A) Derrubar e reconstruir: indicado quando elementos estruturais apresentam um grau


de degradação tão acentuado que represente perigo ou falta de estabilidade ao edifício.
Esta solução só deve ser adotada quando o Retrofit for inviável tanto técnica quanto
economicamente.
B) Recuperar e realizar obras de caráter menor: indicado quando ainda há
possibilidade de recuperar a edificação ou adaptá-la à nova utilização.
C) Acrescentar elementos de conforto: indicado em casos que o estado de degradação
do edifício não é um fator relevante e o objetivo principal é apenas melhorar as
condições de utilização do mesmo. Este caso configura um Retrofit superficial que
geralmente engloba obras de orçamento reduzido.

Essas etapas foram fundamentais para avaliar as condições e identificar intervenções


necessárias, com o objetivo de recuperar ou até mesmo apenas acrescentar elementos de
conforto, dependendo da finalidade e proposta do projeto. Para a análise do pré-diagnóstico, foi
utilizado o modelo de fluxograma de Barrientos e Qualharini (2004), conforme exposto na
Figura 8.

Figura 8 ? Fluxograma de um pré-diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

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Com base nisso, utilizando a tabela da classificação dos elementos construtivos de


Barrientos e Qualharini (2004), é possível descobrir e avaliar a urgência da intervenção,
estabelecendo prioridades, técnicas, ações, agrupamentos e resultados finais para o diagnóstico
avaliativo. Com a junção dessas etapas, torna-se possível criar o projeto preliminar, utilizando
como base os projetos cedidos. Essa abordagem sistemática e criteriosa proporcionará uma base
sólida para o desenvolvimento do projeto.

Figura 9 ? classificação dos elementos construtivos. Fonte: Barrientos e Qualharini, 2004.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

A figura 10 ilustra o fluxograma do diagnóstico, apresentando a metodologia proposta


para a busca do processo de reabilitação ideal e viável para o nosso projeto. Esse fluxograma
ilustrado é uma representação visual que mostra os passos necessários para determinar a melhor
abordagem de reabilitação adequada para o projeto, considerando os critérios de Qualharini
(2020) e auxiliando na tomada de decisão.

Figura 10 ? Fluxograma de um diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

8.2 ANÁLISE DOS DADOS QUANTITATIVOS.

Entre os 50 participantes do questionário virtual realizados por formularios com


individuos distintos, responderam que:

DAS PERGUNTAS ENTRE OS 50 PARTICIPANTES SIM NÃO


MORAM OU CONVIVEM EM OEIRAS 92% 8%
CONHECEM O ANTIGO MERCADO PÚBLICO 98% 2%
CONHECEM ALGUÉM QUE FIZERAM PARTE DA HISTÓRIA DO LOCAL 40% 60%
CONHECEM A HISTÓRIA DO MERCADO 50% 50%
Fonte: dados coletados pelo autor

Conclui-se que apesar de 8% não morarem ou conviverem na cidade, 6% entre eles


ainda conhece o monumento histórico e apenas metade a sua historia. Já diante de algumas
fotografias mostradas no formulario, enquete de avaliação do estado atual foi formada, com a
pergunta: ?QUAL SUA AVALIAÇÃO PARA O ESTADO APARENTE E ATUAL DO
ÍMOVEL TOMBADO??.

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Fonte: dados coletados pelo autor

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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Observou-se um desagradamento de 86% para a classificação de ?RUIM? e 2% para


?PÉSSIMO?. Então concluindo, uma avaliação de uma avaliação bem negativa pela grande
maioria dos participantes. Também foi realizado uma enquete de criterio de segurança do local,
com a pergunta: ?VOCÊ SE SENTE SEGURO AO PASSAR PRÓXIMO AO MERCADO??.

Fonte: dados coletados pelo autor

A partir da enquete sobre importancia da preservação, respondido positivamente por


92%, tambem foi feito a pergunta ?VOCÊ ACHA QUE DIMINUIRIA OS RISCOS DE
CRIMINALIDADE DESSA REGIÃO?? reflete graficamente as respostas da seguinte maneira:

Fonte: dados coletados pelo autor

Assim, chegando ao estado conclusivo de um problema social causado pela degradação


do local, considerado por 82% dos participantes e quando perguntado da situação atual do local
é o motivo de causar tais problemas sociais 88% ?votaram SIM?. Logo, levando em
consideração estas informações, a enquete com a pergunta: ?VOCÊ ACREDITA NA
REABILITAÇÃO, COMO SOLUÇÃO VIAVEL PARA ESSE PRÉDIO E QUE TRARÁ
MELHORIAS PARA A CIDADE DE OEIRAS-PI?

Fonte: dados coletados pelo autor

Nessa amostra percebe-se que todos os 50 participantes optaram pela prática da


reabilitação como o metodo viavel para solucionar problemas sociais, causados pelo que eles
mesmos (a maioria) responsabilizam, que é a falta de preservação.

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9. CONCLUSÃO

O Mercado Público, localizado no coração da cidade de Oeiras, foi, em tempos passados,


um marco no comércio local, sendo cercado pela famosa "feirinha livre". No entanto, ao longo
do tempo, o mercado perdeu espaço e funcionalidade devido à falta de ações dos órgãos
responsáveis, resultando na má conservação do local e em condições funcionais precárias,
mesmo recebendo recursos governamentais para a preservação e a reabilitação do mercado.
Diante desse contexto, torna-se indispensável a visibilidade e o reconhecimento desse
monumento, não apenas para a população em geral, mas especialmente para os agentes
responsáveis pela preservação do patrimônio local.
Para concluir, entende-se que a preservação não apenas desse edifício tombado, mas de
qualquer outro patrimônio histórico, representa um papel fundamental para a valorização da
história e identidade cultural de uma sociedade, onde levam consigo as memórias e os legados
de gerações passadas. Dessa forma, ao preservar esses edifícios, torna-se possível a transmissão
desses legados às gerações futuras e possibilitando a compreensão de suas raízes, enriquecendo
a nossa identidade própria. Além disso, permite a valorização do patrimônio urbano, trazendo
benefícios socioeconômicos para a sociedade local. uma vez que sua preservação e revitalização
podem atrair visitantes, colaborarar com o turismo local e gerar retornos financeiros para a
cidade. Outro ponto importante é o desenvolvimento sustentável, ao revitalizar esse edifício
que se encontra com a falta de adequações às condições de habitabilidade.
Ao longo desta pesquisa, foram identificadas várias contribuições no área da engenharia
civil, especialmente no que diz respeito aos critérios necessários para os processos de
reabilitação e às análises patológicas. Entretanto, essas contribuições não se limitam apenas a
aspectos técnicos, mas também se ramificam para áreas socioculturais. Durante a análise dos
problemas ao longo da pesquisa, foi possível identificar como a reabilitação não apenas visa a
estética e a usabilidade do edifício mas também possibilita soluções de problemas relacionadas
à degradação das áreas, desqualificação urbana, problemas de habitabilidade, insegurança,
circulação e acessibilidade da população, bem como a perda da identidade histórica e cultural,
ao revitalizar
Por fim, a realização deste estudo evidencia a importância da pesquisa científica para o
avanço do conhecimento na área de reabilitação predial e preservação histórica. Espera-se que
este trabalho possa servir como base para futuras investigações e despertar o interesse de outros
pesquisadores, visando a criação de medidas efetivas e estratégias mais eficientes para o edifício
tombado. Dessa forma, o Mercado Público poderá desempenhar um papel ativo na sociedade
de Oeiras, seja por meio de atividades comerciais, artísticas, culturais ou outras possibilidades,
contribuindo para o enriquecimento da vida da comunidade.
Conclui-se, portanto, que a reabilitação é uma ferramenta essencial para auxiliar na
preservação contra os impactos patológicos, problemas sociais e outros desafios. No contexto

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do nosso projeto, foram indicadas algumas técnicas de reabilitação viáveis, tais como
modernização, retrofit e restauração, que englobam os reparos determinados pelos critérios
gerais. Sendo fundamental que essas intervenções preservem tanto a estética quanto a história
do edifício.

AGRADECIMENTOS

Eu, Francisco Marques Filho, quero expressar minha gratidão a Deus por toda a força
que Ele me deu para continuar seguindo em frente. Também gostaria de agradecer minha
família, composta por minha avó, pai, mãe, tios(as), Rayla, Netynho, Sandrinha e meus amigos,
por me proporcionarem apoio e orientação ao longo da minha vida. Além disso, sou
imensamente grato à minha namorada Clara Elis pelo seu apoio, paz e incentivo. Não
conseguiria sem você, ou melhor, sem todos vocês. Amo cada um de vocês e espero que se
orgulhem, pois esta conquista é nossa. GRATIDÃO, FAMILIA!
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
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Eu, Pâmela Josefina de Macedo Oliveira agradeço primeiramente a Deus por me dá


forças nessa caminhada, e me ajudar a passar pelas dificuldades enfrentadas durante o curso.
Aos meus pais, que sempre acreditaram em mim, que fizeram tudo que estava ao seu alcance
para que eu pudesse me formar. Aos meus amigos e família que me aconselharam e foram
compreensivos nas minhas ausências enquanto eu me dedicava. Ao meu companheiro que me
acalmou quando eu estava tensa e aflita com medo das dificuldades acadêmicas.
Eu, Gabriel Fonseca de Carvalho, primeiramente quero agradecer a Deus por sempre ter
me abençoado e guiado para chegar até o fim dessa trajetória, a toda minha família que sempre
me encorajou para seguir em frente e chegar onde estou e ser quem sou hoje, a minha mãe, pai,
avós, tios(as) e a todos os meus amigos que sempre me apoiaram. Agradeço imensamente a
todos e saibam que o apoio de vocês foi de grande importância.
Somos TODOS gratos aos professores pelas correções e ensinamentos que nos
permitiram um melhor crescimento na formação profissional. Agradecemos a você, Luanna, e
a todos os educadores que participaram da nossa jornada. Obrigado!

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APPLETON, J. Reabilitação de Edifícios Antigos e Sustentabilidade . VI Encontro Nacional


de Estudantes de Engenharia Civil, ENEEC. Évora, 2010.

NBR 6118: Projetos de estrutura de concreto, Rio de Janeiro, 2014.

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ANBR 15575-1: Edificações habitacionais: desempenho. Rio de Janeiro. 2013.

BARRIENTOS, M. Retrofit de Edificações: Estudo de reabilitação e adaptação das


edificações antigas às necessidades atuais. Dissertação (Pós-Graduação em Arquitetura) ?
UFRJ. Rio de Janeiro, p. 252. 2004.

BARRO, M. M. B.; TANIGUTI, E. K.; RUIZ, L. B.; SABBATINI, F. H.; Tecnologia


construtiva racionalizada para produção de revestimentos cerâmicos verticais. Notas de
aula. São Paulo: USP, 1997.

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UEMOTO, K. L. Projeto, execução e inspeção de pinturas. São Paulo: Tula Melo, 2002.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

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Apêndice I ? Questionário Virtual

LINK:
https://docs.google.com/forms/d/1Dsdcaoh8NBqw5GQKVU2nFCk5eq0f4owBH0NrwxcsTc/e
dit?vc=0&c=0&w=1&flr=0

Apêndice II ? Relatório Fotografíco

LINK: file:///C:/Users/frmar/Downloads/Relatorio%20Fotografico%20mercado.pdf

1- QUESTIONÁRIO
1- RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Anexo I ? Plantas do Monumento Historico

LINK : ilovepdf_merged.pdf

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1- PLANTA DE SITUAÇÃO 2- PLANTA BAIXA


3- PLANTA DE CORTE 4- PLANTA DE COBERTURA
5- FACHADAS 6- PROJETO DE REFORMA
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil

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=================================================================================
Arquivo 1: ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537 termos)
Arquivo 2: https://fia.com.br/blog/problemas-sociais-no-brasil (4083 termos)
Termos comuns: 23
Similaridade: 0,23%
O texto abaixo é o conteúdo do documento ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537
termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://fia.com.br/blog/problemas-sociais-
no-brasil (4083 termos)

=================================================================================

ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM


REABILITAÇÃO PREDIAL: ESTUDO DE CASO NO
ANTIGO MERCADO PÚBLICO DE OEIRAS-PI.

Francisco das Chagas Marques Filho¹


Gabriel Fonseca de Carvalho²
Pâmela Josefina de Macedo Oliveira³
Prof. Luanna de Carvalho Santos 4

RESUMO:

A construção civil não é apenas um meio de construir, mas também de resistir e


preservar a história. Por isso, o patrimônio histórico tem enorme notoriedade para a cultura
local. Em Oeiras, na primeira capital do Piauí e berço da colonização portuguesa, foi escolhida
para o projeto devido à sua rica história e cultura, onde a arquitetura desenvolvida na cidade
relata suas narrativas e memórias desde o século XVII. Na era Vargas, foram construídas
diversas obras públicas que ainda hoje estão erguidas, como o Mercado Público José Lopes da
Silva, sendo o monumento escolhido para o trabalho apresentado, construído em 1934 e
tombado pelo IPHAN em 2012, junto ao centro histórico. Neste trabalho, foi investigado a
presença de manifestações patológicas neste edifício tombado, bem como os distúrbios
causados pela ação do tempo e ação do homem, buscando retratar as consequências e a solução
desenvolvida. Foi realizado um estudo de caso baseado em pesquisas bibliográficas e de campo
para compreender tanto o significado deste patrimônio histórico para Oeiras, quanto as causas
e consequências do estado atual do edifício. Logo, constatou-se a necessidade de realizar a
pesquisa, tornando a reabilitação predial uma ferramenta de solução para diversos parâmetros
e colaborar com este projeto para o desenvolvimento da obra.

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Palavras-Chave: Edifícios tombados. Reabilitação predial. Preservação. Manifestação


patológica

¹ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;


² Graduanda em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
³ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
4 Professora Orientadora ? FAESF.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

1. INTRODUÇÃO

O processo de globalização introduziu a expansão populacional, unindo culturas e


criando grandes civilizações mais centralizadas e independentes, formando uma nova era
global. A engenharia civil tornou-se uma ferramenta essencial e indispensável para o
desenvolvimento urbano, criando estilos construtivos que cultivavam a cultura local e a
preservação da cultura passada. Porém, com o crescimento demográfico exponencial,
introduziu uma desorganização urbana que gerou problemáticas cada vez mais presentes na
malha urbana, contribuindo para o esvaziamento de áreas, promovendo a desqualificação e a
degradação territorial e, ainda, acarretando diversas problemáticas sociais, ambientais e
econômicas.
O estudo de caso foi desenvolvido no Antigo Mercado José Lopes da Silva, na cidade
de Oeiras, Piauí, com uma população estimada em 37.085 pessoas (IBGE, 2020), onde seu
centro histórico foi tombado pelo IPHAN em 2012, sendo considerada uma área tombada, com
"14 quarteirões e 235 imóveis tombados ao todo" (IPHAN, 2014). O antigo mercado público,
que foi um marco econômico e turístico desde os anos 30, encontra-se no atual centro histórico
desativado.

Figura 1 ?Mercado Público José Lopes da Silva. Fonte: Os autores (2022).

Conforme Silva (2017), os processos de análise e reabilitação são distintos em

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comparação com a engenharia tradicional, possibilitando a recuperação do patrimônio já


construído e tendo como objetivos atender às expectativas e solicitações específicas que surgem
com os avanços da modernidade. Esses processos baseiam-se em três pilares principais: valores
sociais, ambientais e econômicos.
Nesse sentido, o processo de modernização e atualização, de acordo com Barrientos
(2004), busca adequar antigas edificações aos padrões contemporâneos, levando em
consideração os aspectos mencionados por Silva. Esse método envolve o restauro e a
compatibilização de benfeitorias, visando tornar a edificação funcional e acessível para os usos
tradicionais e inovadores. Assim, além de atender às demandas da modernidade, a reabilitação
preserva a identidade e a memória cultural, mantendo a integridade do patrimônio.
Diante dessas informações, o trabalho tem como objetivo entender o estado atual do
edifício tombado, quais as causas e consequências dos impactos dos efeitos patológicos. Qual
o significado histórico desse monumento para a população oeirense? Quais os benefícios da
reabilitação predial? Logo, para responder todas as dúvidas, tem como objetivo geral analisar
as manifestações patológicas em reabilitação. Já os objetivos específicos têm a função de
demonstrar a relevância da reabilitação desse patrimônio no contexto sociocultural, analisar a
reabilitação predial como ferramenta para a circulação e reuso social, e identificar os impactos
dos efeitos patológicos existentes no Mercado Público de Oeiras-PI.
Este trabalho visa aumentar o conhecimento dos profissionais da construção civil, bem
como do conhecimento popular, para entender melhor o assunto, revelando sua importância na
busca de visibilidade e reconhecimento social. Com isso, busca-se ações efetivas e uma
fiscalização mais rigorosa dos responsáveis legais.
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

2. REABILITAÇÃO PREDIAL E SEUS CONCEITOS

O Manual de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais (2008) define a reabilitação predial


como "um processo de gestão de ações integradas, públicas e privadas, de recuperação e
reutilização do acervo edificado em áreas já consolidadas da cidade, que compreende os espaços
e edificações ociosas, vazias, abandonadas, sub-utilizadas e insalubres" (BRASIL, 2008).
Figura 2 ? Sequência lógica das ações de reabilitação.
Fonte: Qualharini (2020)

I. Conservação - Conjunto de ações para manter ou


reparar o desempenho da edificação.
II. Manutenção - Conjunto de ações para conservar
ou recuperar a funcionalidade da edificação e de
suas partes constituintes, podendo ser preventiva
ou corretiva.

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III. Reforma - Intervenção que busca recuperar a


forma original.
IV. Modernização - Ações de intervenção que têm
foco na inserção do bem construído em formas
contemporâneas, aliada à implantação de
avanços tecnológicos.
V. Retrofit - Termo técnico que significa voltar ao
que era, mas com atualização tecnológica,
propiciando incorporar sistemas e materiais
contemporâneos, prolongando a vida útil e a
funcionalidade das benfeitorias.
VI. Restauração - Conjunto de medidas para
recuperar a concepção original ou de uma época
marcante da história da edificação, respeitando-
se o seu significado estético e artístico.
VII. Recuperação - Ações para corrigir ou eliminar
patologias.

Croitor (2009) afirma, que geralmente, os bens edificados com possibilidades de passar
por um processo de reabilitação estão localizados em cidades mais antigas. O autor afirma
também que esse processo envolve diversos agentes motivados por seus próprios interesses,
afirmando que a reabilitação não se limita apenas a edifícios antigos e degradados.
De acordo com Qualharini (2020, p. 5), as intervenções em edificações necessitam de
características que possam graduar a reabilitação, a fim de apontar o tamanho e a dificuldade
do trabalho a ser realizado. O tipo de readequação dependerá da magnitude das alterações
necessárias para atender às demandas. Dessa forma, os ajustes ou intervenções são realizados
levando em consideração três condições: o comportamento estrutural, a necessidade de
adequação às condições de habitabilidade e o desempenho do envelope exterior.
Prosseguindo com Qualharini (2020, p. 5), a reabilitação de um edifício ocorre tanto
para reparar patologias quanto para melhorar seus critérios de desempenho em termos de
usabilidade, buscando o conforto do usuário e até mesmo a recuperação do desempenho
estrutural. No entanto, ao escolher os métodos, é necessário considerar dois critérios: os
impactos patológicos nos desempenhos da edificação e a análise das técnicas, levando em conta
o tipo e a duração necessária para corrigir as anomalias.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

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3. ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS.

Para Barrientos (2004), dentre os vários agentes que podem causar a degradação de uma
edificação, é possível destacar o próprio usuário por meio do uso inadequado, além das causas
imprevistas, como fenômenos naturais e guerras, e a influência do meio ambiente em que a
edificação está inserida.

3.1. PATOLÓGIAS EM ESTRUTURAS.

Os elementos estruturais, como lajes, vigas, pilares e fundações, têm como objetivo
sustentar a edificação e resistir aos esforços e ações externas. Portanto, é necessário prestar
maior atenção às suas manifestações patológicas, que geralmente são consequências de
problemas de construção na fase inicial, como falta de impermeabilização, uso de materiais de
baixa qualidade, erros de projeto, infiltrações e dosagens inadequadas. Esses problemas
resultam em manifestações patológicas. Um exemplo comum é a deterioração do concreto
armado, que pode ser de natureza mecânica, física e química. De acordo com Lapa (2008, p. 9),
"os três principais sintomas que podem surgir isoladamente ou simultaneamente são: fissuras,
destacamentos e desagregação".
Com base no que Fioriti (2017) afirma, a maioria dos distúrbios patológicos pode ser
evitada ao seguir a NBR 6118, que trata das estruturas de concreto, incluindo critérios para o
uso adequado de armaduras, espessuras mínimas de recobrimento e outros parâmetros
estabelecidos por essas normas. Já de acordo com Helene (2003), o conceito do concreto armado
foi revisto pela sociedade, uma vez que por muitos anos ele foi considerado um material eterno,
dispensando a necessidade de cuidados ao longo de sua vida útil e manutenções preventivas.
No entanto, devido à grande quantidade de edificações com problemas de degradação em seus
componentes estruturais, essa percepção mudou.

3.2. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS.

Segundo Helene (1993), as principais causas das manifestações patológicas estão


relacionadas às variações térmicas, variações de umidade, cargas excessivas, agentes biológicos
e químicos. No entanto, essas manifestações também podem ocorrer devido a erros durante a
execução, como argamassas mal dosadas, uso de materiais de baixa qualidade e espessuras
excessivas. E segundo Graupmann (2017), algumas das manifestações patológicas têm origem
na execução do revestimento, como a falta da aplicação da camada de chapisco, o que pode
levar à perda de aderência do revestimento à base e, consequentemente, ao desplacamento.
Qualharini (2020, p. 87) afirma, que a partir do século XIX, foram utilizados novos
aglomerantes, como o "Portland", que trouxeram mudanças na trabalhabilidade, durabilidade e
variação dos substratos. Como resultado, surgem patologias nos revestimentos, como
destacamento, descolamento de placas, desagregação e fissuras.

3.3. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS.

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Conforme apontado por Qualharini (2020, p. 91), as patologias nos revestimentos


cerâmicos podem se manifestar por meio de desplacamentos (perda de aderência devido à
retração ou dilatação), eflorescências (formação de crostas solúveis em água devido à
dissolução de sais), manchas/bolor (desenvolvimento de fungos causado por infiltrações),
trincas/fissuras (resultantes de esforços mecânicos de tração, flexão ou torção), gretamento
(presença de umidade que gera fissuras capilares e radiais) e comprometimento das juntas
(envelhecimento do material das juntas e perda da estanqueidade).
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Barros et al. (1997, p. 9) afirmam que a perda de aderência ocorre devido a distúrbios
na interface entre as camadas do revestimento cerâmico, quando as tensões aplicadas
ultrapassam a capacidade de aderência das ligações.

3.4. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS EM PINTURA.

Com base em Uemoto (2002), as pinturas têm não apenas um efeito estético, mas
também proporcionam uma alta capacidade de proteção. Atualmente, esses materiais de
acabamento têm se tornado cada vez mais importantes, uma vez que são a parte mais visível de
uma obra e exercem grande influência no desempenho e na durabilidade das edificações.
De acordo com Neto (2007), em seu trabalho, as principais manifestações patológicas
encontradas em pinturas são a desagregação, a eflorescência, o descascamento, as bolhas, o
desbotamento da tinta e as manchas ou bolor. Essas manifestações indicam problemas que
podem comprometer a integridade e a estética das superfícies pintadas.

4. ÍMOVEIS TOMBADOS.

Conforme os objetivos da Política Nacional do Patrimônio Cultural Tombado,


estabelecidos no Art. 5º, é garantido promover a proteção, preservação e restauração do
patrimônio cultural tombado. Além disso, é também promovida a capacitação contínua dos
profissionais responsáveis pela identificação, tombamento, proteção, restauração, conservação,
valorização e divulgação desse patrimônio cultural tombado.
Contudo, são estabelecidas restrições com o objetivo de proteger a história e a cultura
do local tombado, assegurando a sua preservação para as próximas gerações. Essas restrições
são fundamentais para garantir a integridade e autenticidade do patrimônio cultural e assegurar
que ele seja transmitido às futuras gerações como um legado histórico e cultural valioso.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional é um departamento federal
vinculado ao Ministério da Cidadania responsável pela preservação do Patrimônio Cultural
Brasileiro. Segundo o IPHAN (2014), "o tombamento é o instrumento de reconhecimento e
proteção do patrimônio cultural mais conhecido e pode ser realizado pela administração federal,

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estadual e municipal. Em âmbito federal, o tombamento foi instituído pela Lei nº 25, de 30 de
novembro de 1937". De acordo com o plano diretor do município de Oeiras-PI, no Art. 22 da
seção IX, garante-se a proteção dos imóveis tombados, obedecendo suas diretrizes, que
proporcionam incentivos fiscais, preservativos, manutenção, entre outros.
Segundo Tomaz (2010), a partir da década de 1920, a preservação do patrimônio
histórico, especialmente dos bens imóveis localizados fora dos museus, ganhou maior
relevância devido ao descaso e à deterioração desses bens. Essa situação despertou a
preocupação de intelectuais, que reconheceram a necessidade de preservar o patrimônio como
um "tesouro" nacional. A falta de preservação poderia levar à perda irreparável desses
importantes elementos do passado histórico e cultural.
Para Di Pietro (2015), o tombamento é um instituto que tem como objetivo proteger o
patrimônio histórico e artístico brasileiro. Embora a intervenção do Estado seja uma forma de
preservação, não sendo a única. A Constituição também prevê ações populares (art. 5º, LXXIII)
e ação civil pública (art. 129, III) como meios de proteção do patrimônio. Por sua vez, Cunha
Júnior (2015) enfatiza que o tombamento representa uma restrição imposta pelo Estado à
propriedade privada, visando à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Essa
restrição abrange bens móveis ou imóveis relacionados a eventos de importância para a história
do país, bem como aqueles de valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico
irreparável.

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5. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO PARA INTERVENÇÕES EM ÍMOVEIS


TOMBADOS.

Seguindo o pensamento de Qualharini (2020, p. 87), O pré-diagnóstico será o conjunto


de objetivos declarados para as condições de qualidade necessárias à recuperação de uma
benfeitoria. Esse processo consiste na investigação de documentos e plantas, seguida de uma
avaliação "in situ" das condições do local e das intervenções existentes.
No processo de pré-diagnóstico se obtém o perfil do objeto de intervenção e informações
para o diagnóstico situacional. O diagnóstico, por sua vez, emprega técnicas de investigação
predial para coletar dados que permitam a adequação do bem de acordo com a situação
específica. Sendo a vistoria uma das técnicas do diagnóstico para a coleta sistemática de dados,
ela pode utilizar ferramentas ou não durante o processo. Além da vistoria, existem outras
técnicas baseadas na coleta de documentos registrados, questionários, entrevistas, investigações
e medições físicas, que também são utilizadas para avaliar de forma preventiva. Para a proposta
de intervenção do ímovel tombado, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(2010) exige um conjunto de informações a serem disponibilizadas no projeto:

a. Apresentação das questões conceituais e teóricas às

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quais a proposta de intervenção está associada, com indicação


das fontes utilizadas (teorias da restauração e cartas
patrimoniais).
b. Detalhamento dos procedimentos indicados para
cada uma das etapas da intervenção.
c. Especificação dos materiais a serem utilizados,
relacionando-os à deterioração identificada e ao resultado
desejado.
d. Cronograma da execução física ? apresentação das
etapas da intervenção com a definição do tempo necessário
para o cumprimento de cada uma delas.
e. Recomendações relacionadas à conservação do bem
após a intervenção, quanto ao ambiente de guarda, manuseio,
acondicionamento, entre outras.
f. Planilha Orçamentária com todos os itens de
execução, quantitativos, composição de preços unitários,
itens de composição de BDI e encargos sociais.
g. Plano contendo dados sobre a infraestrutura a ser
montada para realização do serviço, levando em consideração
os seguintes itens, em conformidade com o disposto na norma
NR18 do Ministério do Trabalho e Emprego.

De acordo com a Lei nº 25/1937 e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos


Territórios, os bens tombados não podem ser destruídos, reparados ou restaurados sem uma
autorização prévia do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, podendo sofrer
pena de multa. Qualquer tipo de intervenção em um imóvel tombado requer a análise de
processos importantes, como a preservação da proposta estética original e o cuidado com a
fachada original, buscando a continuidade do uso previsto pela lei.
Sendo assim, a Intervenção é toda alteração do aspecto físico, das condições de
visibilidade, ou da ambiência de bem edificado tombado ou da sua área de entorno, tais como
serviços de ?manutenção e conservação, reforma, demolição, construção, restauração,
recuperação, ampliação, instalação, montagem e desmontagem, adaptação, escavação,
arruamento, parcelamento e colocação de publicidade? (IPHAN, 2010).

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

6. VANTAGENS E BENEFICIOS DA REABILITAÇÃO DOS ÍMOVEIS


TOMBADOS.

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Com base no que diz Qualharini (2020), a reabilitação do patrimônio edificado tornou-
se uma prática no meio urbano, visando a requalificação do espaço devido ao abandono e à
degradação das áreas, o que acarreta problemas sociais e demográficos no local. Essa
degradação urbana é resultado do crescimento acelerado e desorganizado mencionado
anteriormente, que também leva ao esvaziamento demográfico e à desqualificação das
edificações e da infraestrutura inadequada, resultando em questões de habitabilidade,
marginalidade e segurança. Portanto, é fundamental estabelecer planos de preservação do
patrimônio, utilizando recursos disponíveis e promovendo uma renovação que torne esses
espaços contemporâneos.
Conforme Appleton (2010), a adoção de práticas de reabilitação, em contraste com a
construção de novas edificações, apresenta indicadores importantes, tais como proteção
ambiental, preservação de valores culturais e vantagens econômicas. Existe uma
conscientização de que conjuntos de edifícios antigos revelam a evolução histórica e cultural
de uma sociedade. Além disso, a reabilitação contribui para a redução das emissões de gases e
resíduos sólidos gerados nas fases de construção e demolição, em comparação com o início de
uma nova construção. Por sua vez, Silva (2017) afirma que a reabilitação também resulta em
uma redução de custos nos processos de licenciamento, logística de demolição e estaleiros.

7. MÉTODOS DE ANÁLISE.

Este trabalho foi realizado por meio de um levantamento bibliográfico e de campo, com
o objetivo de obter uma base de conhecimento sobre os processos de análises e reabilitação,
considerando os "valores sociais, ambientais e econômicos" (Silva, 2017), e alcançando os
objetivos estabelecidos. Segundo Severino (2008), a pesquisa bibliográfica é um método
fundamental para o desenvolvimento de novas pesquisas, pois proporciona acesso a dados e
teorias já trabalhadas e registradas por outros pesquisadores.
Para o projeto, foi escolhido o método qualitativo, utilizando-se da estratégia de coleta
de dados por meio de uma vistoria "in loco" realizada em 15/11/22, na qual foram registradas
fotografias e realizada a análise visual do local. De acordo com Minayo (2009), a pesquisa
qualitativa busca compreender a complexidade de fenômenos, fatos e processos particulares e
específicos, lidando com um nível de realidade não medido quantitativamente, como
significados, aspirações, crenças, valores e atitudes.
Logo após a coleta de dados no levantamento de campo, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica para buscar artigos, leis, documentos, plantas e projetos relacionados ao
monumento, com o objetivo de embasar o estudo literário. Em seguida, foi feito um
comparativo entre os registros fotográficos e a análise visual, utilizando também a pesquisa
documental, gerando um relatorio fotográfico com descrições do local.
Posteriormente, optando também pelo método quantitativo, foi desenvolvido um
questionário virtual direcionado ao público-alvo, com a participação de 50 pessoas. O
questionário abordou aspectos como importância, qualidade, segurança e conhecimento atual
sobre o antigo mercado público de Oeiras-PI. Além disso, foram realizadas entrevistas
informais com profissionais que possuíam conhecimento e experiência relacionados ao

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monumento, os quais disponibilizaram plantas e projetos do local. Esses resultados serão


incorporados ao projeto por meio de um 'QR Code' para visualização, juntamente com as plantas
de situação, cortes, projetos de reforma, relatório e o questionário virtual, nas áreas de anexo e
apêndice.
Dessa forma, foi realizada o pré-diagnostico e o diagnostico. No entanto, devido à falta
de informações e recursos próprios, não foi possível realizar o questionário do diagnóstico.
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Além disso, as medições físicas foram limitadas devido à grande dimensão do local, sendo
analisadas apenas com base nas plantas disponíveis.

8. ANÁLISE E RESULTADOS
8.1. ANÁLISE QUALITATIVA E DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

Figura 3 - Localização do antigo Mercado Público em Oeiras-PI. Fonte: Google Maps, 2023.

Oeiras passou por um período de decadência após deixar de ser capital em 1852. No
entanto, após a Era Vargas (1930-1945), a cidade experimentou um grande desenvolvimento,
com a preservação de obras públicas que se mantêm até os dias atuais, como o Cine Teatro, o
Passeio Público Leônidas Melo e o Mercado Público. No século XXI, Oeiras vivenciou um
crescimento significativo no setor de serviços, consolidando-se como um importante polo
regional. O mercado está localizado no centro histórico de Oeiras, na Avenida José Tapety,
1594-1630, CEP 64500-000. O monumento possui uma área construída de 1.141,12 m² e conta
com a praça Coronel Orlando de Carvalho ao seu redor, além de escadarias, 20 boxes externos,
42 boxes internos, 2 banheiros, 4 halls de entrada, pátio, entre outros espaços.
Durante a pesquisa bibliográfica, foram encontrados documentos e plantas de reforma
que incluíam o mercado público. Entre eles, destaca-se o "Programa Monumenta" do Ministério
da Cultura, criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 2000. Esse programa
garante recursos da União e financiamento do BID, com o objetivo de preservar sítios
históricos, incluindo aqueles protegidos pelo IPHAN. Em 2002, o mercado ganhou visibilidade
federal e foi realizado o projeto de restauro e requalificação pela Superintendente do IPHAN
na época, a arquiteta Claudiana Cruz. Em 2017, houve uma nova tentativa de requalificação
liderada pela arquiteta Rosalina Veloso, em parceria com a SEINFRA - Secretaria de
Infraestrutura do estado do Piauí. No entanto, por razões desconhecidas, os órgãos responsáveis
locais não executaram o projeto e não utilizaram os recursos, embora tenham realizado
pequenos reparos e limpeza durante algum tempo.
A vistoria "in loco" foi conduzida de forma sistemática, incluindo a análise preliminar

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de plantas do projeto fornecidas por profissionais colaboradores. Foi registrado imagens


fotográficas para a descrição detalhada e a elaboração de um relatório para descobrir os niveis
de intervenção e classificação da reabilitação, com base em Qualharini (2020), na figura 4.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Figura 4 ? Condicionantes dos níveis de intervenção. Fonte: Qualharini (2020).


Qualharini (2020) afirma que as condições de habitabilidade referem-se ao conforto dos
usuários em geral. A adequação do comportamento estrutural refere-se à segurança
proporcionada pelo conjunto estrutural. O desempenho do envelope externo refere-se às
condições de habitabilidade proporcionadas pelo entorno do edifício, incluindo acessos,
fachadas e circulações. Considerando dois critérios: níveis dos impactos e análise de técnicas
de recuperação.

Figura 5 ? Classificação das reabilitações, quanto à gravidade da intervenção. Fonte: Qualharini (2020).

Figura 6 ? Impactos das patologias nas edificações. Fonte: Qualharini (2020).

De acordo com as informações encontradas no estudo, na vistoria e na análise dos níveis


de intervenção, foi constatada uma significativa quantidade de patologias "pequenas" e
"médias", afetando tanto o aspecto visual quanto a usabilidade do monumento. Essas
constatações seguem os critérios gerais estabelecidos por Qualharini (2020).

Figura 7 ? Fluxograma escalar de uma reabilitação. Fonte: Qualharini (2020).

Assim, com base na nossa avaliação e considerando os critérios de Qualharini (2020),


constatamos que é necessário apenas realizar substituições ou intervenções parciais, incluindo
limpeza e pequenos reparos. Isso indica que as intervenções necessárias são de menor escala e
não requerem grandes alterações ou reconstruções. A partir dos fatos encontrados, incluindo os
niveis de intervenção juntamente com o fluxograma escalar de reabilitação de Qualharini
(2020), fica claro que há a necessidade de uma reabilitação média de nível 2, levando em
consideração os critérios gerais estabelecidos. ?Neste nível, além de atender as condições de
uma reparação rápida, torna-se necessária uma reforma parcial ou total da edificação, podendo
incluir mudanças no layout interno, mas mantendo o seu uso original.? (QUALHARINI, 2020,
p.12).

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Fonte: Os autores (2023).

PEQUENAS MÉDIAS GRANDES MUITO GRANDES


DESEMPENHO DO ENVELOPE EXTERIOR X
NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE X
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL X
NÍVEIS DE INTERVENÇÃO
PATOLOGIAS
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Com base nesta avaliação de intervenção, foi possível realizar um pré-diagnóstico por,
com o objetivo de determinar as condições atuais do edifício tombado. Esse processo resultou
na definição dos níveis de intervenção necessários, no grau de reparo (classificação de
reabilitação) e na viabilidade de recuperação dessa benfeitoria. Essas informações
proporcionaram o estabelecimento do perfil objetivo da intervenção e forneceram dados para o
diagnóstico situacional do mercado público. Segundo Barrientos e Qualharini (2004) as etapas
de pré-diagnóstico correspondem:

A) Derrubar e reconstruir: indicado quando elementos estruturais apresentam um grau


de degradação tão acentuado que represente perigo ou falta de estabilidade ao edifício.
Esta solução só deve ser adotada quando o Retrofit for inviável tanto técnica quanto
economicamente.
B) Recuperar e realizar obras de caráter menor: indicado quando ainda há
possibilidade de recuperar a edificação ou adaptá-la à nova utilização.
C) Acrescentar elementos de conforto: indicado em casos que o estado de degradação
do edifício não é um fator relevante e o objetivo principal é apenas melhorar as
condições de utilização do mesmo. Este caso configura um Retrofit superficial que
geralmente engloba obras de orçamento reduzido.

Essas etapas foram fundamentais para avaliar as condições e identificar intervenções


necessárias, com o objetivo de recuperar ou até mesmo apenas acrescentar elementos de
conforto, dependendo da finalidade e proposta do projeto. Para a análise do pré-diagnóstico, foi
utilizado o modelo de fluxograma de Barrientos e Qualharini (2004), conforme exposto na
Figura 8.

Figura 8 ? Fluxograma de um pré-diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

Com base nisso, utilizando a tabela da classificação dos elementos construtivos de


Barrientos e Qualharini (2004), é possível descobrir e avaliar a urgência da intervenção,

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estabelecendo prioridades, técnicas, ações, agrupamentos e resultados finais para o diagnóstico


avaliativo. Com a junção dessas etapas, torna-se possível criar o projeto preliminar, utilizando
como base os projetos cedidos. Essa abordagem sistemática e criteriosa proporcionará uma base
sólida para o desenvolvimento do projeto.

Figura 9 ? classificação dos elementos construtivos. Fonte: Barrientos e Qualharini, 2004.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

A figura 10 ilustra o fluxograma do diagnóstico, apresentando a metodologia proposta


para a busca do processo de reabilitação ideal e viável para o nosso projeto. Esse fluxograma
ilustrado é uma representação visual que mostra os passos necessários para determinar a melhor
abordagem de reabilitação adequada para o projeto, considerando os critérios de Qualharini
(2020) e auxiliando na tomada de decisão.

Figura 10 ? Fluxograma de um diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

8.2 ANÁLISE DOS DADOS QUANTITATIVOS.

Entre os 50 participantes do questionário virtual realizados por formularios com


individuos distintos, responderam que:

DAS PERGUNTAS ENTRE OS 50 PARTICIPANTES SIM NÃO


MORAM OU CONVIVEM EM OEIRAS 92% 8%
CONHECEM O ANTIGO MERCADO PÚBLICO 98% 2%
CONHECEM ALGUÉM QUE FIZERAM PARTE DA HISTÓRIA DO LOCAL 40% 60%
CONHECEM A HISTÓRIA DO MERCADO 50% 50%
Fonte: dados coletados pelo autor

Conclui-se que apesar de 8% não morarem ou conviverem na cidade, 6% entre eles


ainda conhece o monumento histórico e apenas metade a sua historia. Já diante de algumas
fotografias mostradas no formulario, enquete de avaliação do estado atual foi formada, com a
pergunta: ?QUAL SUA AVALIAÇÃO PARA O ESTADO APARENTE E ATUAL DO
ÍMOVEL TOMBADO??.

Fonte: dados coletados pelo autor

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Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Observou-se um desagradamento de 86% para a classificação de ?RUIM? e 2% para


?PÉSSIMO?. Então concluindo, uma avaliação de uma avaliação bem negativa pela grande
maioria dos participantes. Também foi realizado uma enquete de criterio de segurança do local,
com a pergunta: ?VOCÊ SE SENTE SEGURO AO PASSAR PRÓXIMO AO MERCADO??.

Fonte: dados coletados pelo autor

A partir da enquete sobre importancia da preservação, respondido positivamente por


92%, tambem foi feito a pergunta ?VOCÊ ACHA QUE DIMINUIRIA OS RISCOS DE
CRIMINALIDADE DESSA REGIÃO?? reflete graficamente as respostas da seguinte maneira:

Fonte: dados coletados pelo autor

Assim, chegando ao estado conclusivo de um problema social causado pela degradação


do local, considerado por 82% dos participantes e quando perguntado da situação atual do local
é o motivo de causar tais problemas sociais 88% ?votaram SIM?. Logo, levando em
consideração estas informações, a enquete com a pergunta: ?VOCÊ ACREDITA NA
REABILITAÇÃO, COMO SOLUÇÃO VIAVEL PARA ESSE PRÉDIO E QUE TRARÁ
MELHORIAS PARA A CIDADE DE OEIRAS-PI?

Fonte: dados coletados pelo autor

Nessa amostra percebe-se que todos os 50 participantes optaram pela prática da


reabilitação como o metodo viavel para solucionar problemas sociais, causados pelo que eles
mesmos (a maioria) responsabilizam, que é a falta de preservação.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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9. CONCLUSÃO

O Mercado Público, localizado no coração da cidade de Oeiras, foi, em tempos passados,


um marco no comércio local, sendo cercado pela famosa "feirinha livre". No entanto, ao longo
do tempo, o mercado perdeu espaço e funcionalidade devido à falta de ações dos órgãos
responsáveis, resultando na má conservação do local e em condições funcionais precárias,
mesmo recebendo recursos governamentais para a preservação e a reabilitação do mercado.
Diante desse contexto, torna-se indispensável a visibilidade e o reconhecimento desse
monumento, não apenas para a população em geral, mas especialmente para os agentes
responsáveis pela preservação do patrimônio local.
Para concluir, entende-se que a preservação não apenas desse edifício tombado, mas de
qualquer outro patrimônio histórico, representa um papel fundamental para a valorização da
história e identidade cultural de uma sociedade, onde levam consigo as memórias e os legados
de gerações passadas. Dessa forma, ao preservar esses edifícios, torna-se possível a transmissão
desses legados às gerações futuras e possibilitando a compreensão de suas raízes, enriquecendo
a nossa identidade própria. Além disso, permite a valorização do patrimônio urbano, trazendo
benefícios socioeconômicos para a sociedade local. uma vez que sua preservação e revitalização
podem atrair visitantes, colaborarar com o turismo local e gerar retornos financeiros para a
cidade. Outro ponto importante é o desenvolvimento sustentável, ao revitalizar esse edifício
que se encontra com a falta de adequações às condições de habitabilidade.
Ao longo desta pesquisa, foram identificadas várias contribuições no área da engenharia
civil, especialmente no que diz respeito aos critérios necessários para os processos de
reabilitação e às análises patológicas. Entretanto, essas contribuições não se limitam apenas a
aspectos técnicos, mas também se ramificam para áreas socioculturais. Durante a análise dos
problemas ao longo da pesquisa, foi possível identificar como a reabilitação não apenas visa a
estética e a usabilidade do edifício mas também possibilita soluções de problemas relacionadas
à degradação das áreas, desqualificação urbana, problemas de habitabilidade, insegurança,
circulação e acessibilidade da população, bem como a perda da identidade histórica e cultural,
ao revitalizar
Por fim, a realização deste estudo evidencia a importância da pesquisa científica para o
avanço do conhecimento na área de reabilitação predial e preservação histórica. Espera-se que
este trabalho possa servir como base para futuras investigações e despertar o interesse de outros
pesquisadores, visando a criação de medidas efetivas e estratégias mais eficientes para o edifício
tombado. Dessa forma, o Mercado Público poderá desempenhar um papel ativo na sociedade
de Oeiras, seja por meio de atividades comerciais, artísticas, culturais ou outras possibilidades,
contribuindo para o enriquecimento da vida da comunidade.
Conclui-se, portanto, que a reabilitação é uma ferramenta essencial para auxiliar na
preservação contra os impactos patológicos, problemas sociais e outros desafios. No contexto
do nosso projeto, foram indicadas algumas técnicas de reabilitação viáveis, tais como
modernização, retrofit e restauração, que englobam os reparos determinados pelos critérios
gerais. Sendo fundamental que essas intervenções preservem tanto a estética quanto a história

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do edifício.

AGRADECIMENTOS

Eu, Francisco Marques Filho, quero expressar minha gratidão a Deus por toda a força
que Ele me deu para continuar seguindo em frente. Também gostaria de agradecer minha
família, composta por minha avó, pai, mãe, tios(as), Rayla, Netynho, Sandrinha e meus amigos,
por me proporcionarem apoio e orientação ao longo da minha vida. Além disso, sou
imensamente grato à minha namorada Clara Elis pelo seu apoio, paz e incentivo. Não
conseguiria sem você, ou melhor, sem todos vocês. Amo cada um de vocês e espero que se
orgulhem, pois esta conquista é nossa. GRATIDÃO, FAMILIA!
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Eu, Pâmela Josefina de Macedo Oliveira agradeço primeiramente a Deus por me dá


forças nessa caminhada, e me ajudar a passar pelas dificuldades enfrentadas durante o curso.
Aos meus pais, que sempre acreditaram em mim, que fizeram tudo que estava ao seu alcance
para que eu pudesse me formar. Aos meus amigos e família que me aconselharam e foram
compreensivos nas minhas ausências enquanto eu me dedicava. Ao meu companheiro que me
acalmou quando eu estava tensa e aflita com medo das dificuldades acadêmicas.
Eu, Gabriel Fonseca de Carvalho, primeiramente quero agradecer a Deus por sempre ter
me abençoado e guiado para chegar até o fim dessa trajetória, a toda minha família que sempre
me encorajou para seguir em frente e chegar onde estou e ser quem sou hoje, a minha mãe, pai,
avós, tios(as) e a todos os meus amigos que sempre me apoiaram. Agradeço imensamente a
todos e saibam que o apoio de vocês foi de grande importância.
Somos TODOS gratos aos professores pelas correções e ensinamentos que nos
permitiram um melhor crescimento na formação profissional. Agradecemos a você, Luanna, e
a todos os educadores que participaram da nossa jornada. Obrigado!

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APPLETON, J. Reabilitação de Edifícios Antigos e Sustentabilidade . VI Encontro Nacional


de Estudantes de Engenharia Civil, ENEEC. Évora, 2010.

NBR 6118: Projetos de estrutura de concreto, Rio de Janeiro, 2014.

ANBR 15575-1: Edificações habitacionais: desempenho. Rio de Janeiro. 2013.

BARRIENTOS, M. Retrofit de Edificações: Estudo de reabilitação e adaptação das

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edificações antigas às necessidades atuais. Dissertação (Pós-Graduação em Arquitetura) ?


UFRJ. Rio de Janeiro, p. 252. 2004.

BARRO, M. M. B.; TANIGUTI, E. K.; RUIZ, L. B.; SABBATINI, F. H.; Tecnologia


construtiva racionalizada para produção de revestimentos cerâmicos verticais. Notas de
aula. São Paulo: USP, 1997.

BRASIL. Decreto-Lei nº25, de 30 de novembro de 1937 ?Organiza a proteção do


patrimônio histórico e artístico nacional. Disponível em: Acesso em: 17 de Outubro. 2022.

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Agência espanhola de cooperação internacional ? AECI, 2008.

CUNHA JÚNIOR, D. D. Curso de Direito Administrativo. Salvador: JusPodium, 2015.

CROITOR, E. P. N. A gestão de projetos aplicada à reabilitação de edifícios: estudo da


interface entre projeto e obra. 2009. 178f. Dissertação (Departamento de Engenharia de
Construção Civil) ?USP, São Paulo, 2009.

DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 23.ed. São Paulo: Atlas, 2015

FIORITI, C. F. et al. Um Estudo das Manifestações Patológicas em Vigas e Lajes de Concreto:


Edificações da FCT/UNESP. Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, v. 2, n. 3, 2017.

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Acesso em: 30. maio. 2023.

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MINAYO, M. C. S. (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ:


Vozes, 2009.

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Tecnologia) São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 2007

OLIVEIRA, C. E. L. M. Restauração (reabilitação) da casa de cultura de Manhuaçu (MG), um


bem para a cidade. In: II Seminário Científico da FACIG. Manhuaçu, 2016.

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QUALHARINI, E. L. Coleção Construção Civil na Prática: Reabilitação Predial. v. 2. Rio


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SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. ed. 23. São Paulo: Cortez, 2008.

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TOMAZ, Paulo Cesar. A preservação do Patrimônio Cultural e sua Trajetória no Brasil.


Revista de História e Estudos Culturais. Vol.7. Ano VII, n. 2. ISSN 1807-6971. 2010.

UEMOTO, K. L. Projeto, execução e inspeção de pinturas. São Paulo: Tula Melo, 2002.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Apêndice I ? Questionário Virtual

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LINK:
https://docs.google.com/forms/d/1Dsdcaoh8NBqw5GQKVU2nFCk5eq0f4owBH0NrwxcsTc/e
dit?vc=0&c=0&w=1&flr=0

Apêndice II ? Relatório Fotografíco

LINK: file:///C:/Users/frmar/Downloads/Relatorio%20Fotografico%20mercado.pdf

1- QUESTIONÁRIO
1- RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
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disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Anexo I ? Plantas do Monumento Historico

LINK : ilovepdf_merged.pdf

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1- PLANTA DE SITUAÇÃO 2- PLANTA BAIXA


3- PLANTA DE CORTE 4- PLANTA DE COBERTURA
5- FACHADAS 6- PROJETO DE REFORMA
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil

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=================================================================================
Arquivo 1: ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537 termos)
Arquivo 2: https://ahaslides.com/pt/blog/social-issue-examples (2229 termos)
Termos comuns: 17
Similaridade: 0,21%
O texto abaixo é o conteúdo do documento ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537
termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://ahaslides.com/pt/blog/social-issue-
examples (2229 termos)

=================================================================================

ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM


REABILITAÇÃO PREDIAL: ESTUDO DE CASO NO
ANTIGO MERCADO PÚBLICO DE OEIRAS-PI.

Francisco das Chagas Marques Filho¹


Gabriel Fonseca de Carvalho²
Pâmela Josefina de Macedo Oliveira³
Prof. Luanna de Carvalho Santos 4

RESUMO:

A construção civil não é apenas um meio de construir, mas também de resistir e


preservar a história. Por isso, o patrimônio histórico tem enorme notoriedade para a cultura
local. Em Oeiras, na primeira capital do Piauí e berço da colonização portuguesa, foi escolhida
para o projeto devido à sua rica história e cultura, onde a arquitetura desenvolvida na cidade
relata suas narrativas e memórias desde o século XVII. Na era Vargas, foram construídas
diversas obras públicas que ainda hoje estão erguidas, como o Mercado Público José Lopes da
Silva, sendo o monumento escolhido para o trabalho apresentado, construído em 1934 e
tombado pelo IPHAN em 2012, junto ao centro histórico. Neste trabalho, foi investigado a
presença de manifestações patológicas neste edifício tombado, bem como os distúrbios
causados pela ação do tempo e ação do homem, buscando retratar as consequências e a solução
desenvolvida. Foi realizado um estudo de caso baseado em pesquisas bibliográficas e de campo
para compreender tanto o significado deste patrimônio histórico para Oeiras, quanto as causas
e consequências do estado atual do edifício. Logo, constatou-se a necessidade de realizar a
pesquisa, tornando a reabilitação predial uma ferramenta de solução para diversos parâmetros
e colaborar com este projeto para o desenvolvimento da obra.

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Palavras-Chave: Edifícios tombados. Reabilitação predial. Preservação. Manifestação


patológica

¹ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;


² Graduanda em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
³ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
4 Professora Orientadora ? FAESF.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

1. INTRODUÇÃO

O processo de globalização introduziu a expansão populacional, unindo culturas e


criando grandes civilizações mais centralizadas e independentes, formando uma nova era
global. A engenharia civil tornou-se uma ferramenta essencial e indispensável para o
desenvolvimento urbano, criando estilos construtivos que cultivavam a cultura local e a
preservação da cultura passada. Porém, com o crescimento demográfico exponencial,
introduziu uma desorganização urbana que gerou problemáticas cada vez mais presentes na
malha urbana, contribuindo para o esvaziamento de áreas, promovendo a desqualificação e a
degradação territorial e, ainda, acarretando diversas problemáticas sociais, ambientais e
econômicas.
O estudo de caso foi desenvolvido no Antigo Mercado José Lopes da Silva, na cidade
de Oeiras, Piauí, com uma população estimada em 37.085 pessoas (IBGE, 2020), onde seu
centro histórico foi tombado pelo IPHAN em 2012, sendo considerada uma área tombada, com
"14 quarteirões e 235 imóveis tombados ao todo" (IPHAN, 2014). O antigo mercado público,
que foi um marco econômico e turístico desde os anos 30, encontra-se no atual centro histórico
desativado.

Figura 1 ?Mercado Público José Lopes da Silva. Fonte: Os autores (2022).

Conforme Silva (2017), os processos de análise e reabilitação são distintos em

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comparação com a engenharia tradicional, possibilitando a recuperação do patrimônio já


construído e tendo como objetivos atender às expectativas e solicitações específicas que surgem
com os avanços da modernidade. Esses processos baseiam-se em três pilares principais: valores
sociais, ambientais e econômicos.
Nesse sentido, o processo de modernização e atualização, de acordo com Barrientos
(2004), busca adequar antigas edificações aos padrões contemporâneos, levando em
consideração os aspectos mencionados por Silva. Esse método envolve o restauro e a
compatibilização de benfeitorias, visando tornar a edificação funcional e acessível para os usos
tradicionais e inovadores. Assim, além de atender às demandas da modernidade, a reabilitação
preserva a identidade e a memória cultural, mantendo a integridade do patrimônio.
Diante dessas informações, o trabalho tem como objetivo entender o estado atual do
edifício tombado, quais as causas e consequências dos impactos dos efeitos patológicos. Qual
o significado histórico desse monumento para a população oeirense? Quais os benefícios da
reabilitação predial? Logo, para responder todas as dúvidas, tem como objetivo geral analisar
as manifestações patológicas em reabilitação. Já os objetivos específicos têm a função de
demonstrar a relevância da reabilitação desse patrimônio no contexto sociocultural, analisar a
reabilitação predial como ferramenta para a circulação e reuso social, e identificar os impactos
dos efeitos patológicos existentes no Mercado Público de Oeiras-PI.
Este trabalho visa aumentar o conhecimento dos profissionais da construção civil, bem
como do conhecimento popular, para entender melhor o assunto, revelando sua importância na
busca de visibilidade e reconhecimento social. Com isso, busca-se ações efetivas e uma
fiscalização mais rigorosa dos responsáveis legais.
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

2. REABILITAÇÃO PREDIAL E SEUS CONCEITOS

O Manual de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais (2008) define a reabilitação predial


como "um processo de gestão de ações integradas, públicas e privadas, de recuperação e
reutilização do acervo edificado em áreas já consolidadas da cidade, que compreende os espaços
e edificações ociosas, vazias, abandonadas, sub-utilizadas e insalubres" (BRASIL, 2008).
Figura 2 ? Sequência lógica das ações de reabilitação.
Fonte: Qualharini (2020)

I. Conservação - Conjunto de ações para manter ou


reparar o desempenho da edificação.
II. Manutenção - Conjunto de ações para conservar
ou recuperar a funcionalidade da edificação e de
suas partes constituintes, podendo ser preventiva
ou corretiva.

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III. Reforma - Intervenção que busca recuperar a


forma original.
IV. Modernização - Ações de intervenção que têm
foco na inserção do bem construído em formas
contemporâneas, aliada à implantação de
avanços tecnológicos.
V. Retrofit - Termo técnico que significa voltar ao
que era, mas com atualização tecnológica,
propiciando incorporar sistemas e materiais
contemporâneos, prolongando a vida útil e a
funcionalidade das benfeitorias.
VI. Restauração - Conjunto de medidas para
recuperar a concepção original ou de uma época
marcante da história da edificação, respeitando-
se o seu significado estético e artístico.
VII. Recuperação - Ações para corrigir ou eliminar
patologias.

Croitor (2009) afirma, que geralmente, os bens edificados com possibilidades de passar
por um processo de reabilitação estão localizados em cidades mais antigas. O autor afirma
também que esse processo envolve diversos agentes motivados por seus próprios interesses,
afirmando que a reabilitação não se limita apenas a edifícios antigos e degradados.
De acordo com Qualharini (2020, p. 5), as intervenções em edificações necessitam de
características que possam graduar a reabilitação, a fim de apontar o tamanho e a dificuldade
do trabalho a ser realizado. O tipo de readequação dependerá da magnitude das alterações
necessárias para atender às demandas. Dessa forma, os ajustes ou intervenções são realizados
levando em consideração três condições: o comportamento estrutural, a necessidade de
adequação às condições de habitabilidade e o desempenho do envelope exterior.
Prosseguindo com Qualharini (2020, p. 5), a reabilitação de um edifício ocorre tanto
para reparar patologias quanto para melhorar seus critérios de desempenho em termos de
usabilidade, buscando o conforto do usuário e até mesmo a recuperação do desempenho
estrutural. No entanto, ao escolher os métodos, é necessário considerar dois critérios: os
impactos patológicos nos desempenhos da edificação e a análise das técnicas, levando em conta
o tipo e a duração necessária para corrigir as anomalias.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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3. ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS.

Para Barrientos (2004), dentre os vários agentes que podem causar a degradação de uma
edificação, é possível destacar o próprio usuário por meio do uso inadequado, além das causas
imprevistas, como fenômenos naturais e guerras, e a influência do meio ambiente em que a
edificação está inserida.

3.1. PATOLÓGIAS EM ESTRUTURAS.

Os elementos estruturais, como lajes, vigas, pilares e fundações, têm como objetivo
sustentar a edificação e resistir aos esforços e ações externas. Portanto, é necessário prestar
maior atenção às suas manifestações patológicas, que geralmente são consequências de
problemas de construção na fase inicial, como falta de impermeabilização, uso de materiais de
baixa qualidade, erros de projeto, infiltrações e dosagens inadequadas. Esses problemas
resultam em manifestações patológicas. Um exemplo comum é a deterioração do concreto
armado, que pode ser de natureza mecânica, física e química. De acordo com Lapa (2008, p. 9),
"os três principais sintomas que podem surgir isoladamente ou simultaneamente são: fissuras,
destacamentos e desagregação".
Com base no que Fioriti (2017) afirma, a maioria dos distúrbios patológicos pode ser
evitada ao seguir a NBR 6118, que trata das estruturas de concreto, incluindo critérios para o
uso adequado de armaduras, espessuras mínimas de recobrimento e outros parâmetros
estabelecidos por essas normas. Já de acordo com Helene (2003), o conceito do concreto armado
foi revisto pela sociedade, uma vez que por muitos anos ele foi considerado um material eterno,
dispensando a necessidade de cuidados ao longo de sua vida útil e manutenções preventivas.
No entanto, devido à grande quantidade de edificações com problemas de degradação em seus
componentes estruturais, essa percepção mudou.

3.2. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS.

Segundo Helene (1993), as principais causas das manifestações patológicas estão


relacionadas às variações térmicas, variações de umidade, cargas excessivas, agentes biológicos
e químicos. No entanto, essas manifestações também podem ocorrer devido a erros durante a
execução, como argamassas mal dosadas, uso de materiais de baixa qualidade e espessuras
excessivas. E segundo Graupmann (2017), algumas das manifestações patológicas têm origem
na execução do revestimento, como a falta da aplicação da camada de chapisco, o que pode
levar à perda de aderência do revestimento à base e, consequentemente, ao desplacamento.
Qualharini (2020, p. 87) afirma, que a partir do século XIX, foram utilizados novos
aglomerantes, como o "Portland", que trouxeram mudanças na trabalhabilidade, durabilidade e
variação dos substratos. Como resultado, surgem patologias nos revestimentos, como
destacamento, descolamento de placas, desagregação e fissuras.

3.3. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS.

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Conforme apontado por Qualharini (2020, p. 91), as patologias nos revestimentos


cerâmicos podem se manifestar por meio de desplacamentos (perda de aderência devido à
retração ou dilatação), eflorescências (formação de crostas solúveis em água devido à
dissolução de sais), manchas/bolor (desenvolvimento de fungos causado por infiltrações),
trincas/fissuras (resultantes de esforços mecânicos de tração, flexão ou torção), gretamento
(presença de umidade que gera fissuras capilares e radiais) e comprometimento das juntas
(envelhecimento do material das juntas e perda da estanqueidade).
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
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Barros et al. (1997, p. 9) afirmam que a perda de aderência ocorre devido a distúrbios
na interface entre as camadas do revestimento cerâmico, quando as tensões aplicadas
ultrapassam a capacidade de aderência das ligações.

3.4. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS EM PINTURA.

Com base em Uemoto (2002), as pinturas têm não apenas um efeito estético, mas
também proporcionam uma alta capacidade de proteção. Atualmente, esses materiais de
acabamento têm se tornado cada vez mais importantes, uma vez que são a parte mais visível de
uma obra e exercem grande influência no desempenho e na durabilidade das edificações.
De acordo com Neto (2007), em seu trabalho, as principais manifestações patológicas
encontradas em pinturas são a desagregação, a eflorescência, o descascamento, as bolhas, o
desbotamento da tinta e as manchas ou bolor. Essas manifestações indicam problemas que
podem comprometer a integridade e a estética das superfícies pintadas.

4. ÍMOVEIS TOMBADOS.

Conforme os objetivos da Política Nacional do Patrimônio Cultural Tombado,


estabelecidos no Art. 5º, é garantido promover a proteção, preservação e restauração do
patrimônio cultural tombado. Além disso, é também promovida a capacitação contínua dos
profissionais responsáveis pela identificação, tombamento, proteção, restauração, conservação,
valorização e divulgação desse patrimônio cultural tombado.
Contudo, são estabelecidas restrições com o objetivo de proteger a história e a cultura
do local tombado, assegurando a sua preservação para as próximas gerações. Essas restrições
são fundamentais para garantir a integridade e autenticidade do patrimônio cultural e assegurar
que ele seja transmitido às futuras gerações como um legado histórico e cultural valioso.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional é um departamento federal
vinculado ao Ministério da Cidadania responsável pela preservação do Patrimônio Cultural
Brasileiro. Segundo o IPHAN (2014), "o tombamento é o instrumento de reconhecimento e
proteção do patrimônio cultural mais conhecido e pode ser realizado pela administração federal,

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estadual e municipal. Em âmbito federal, o tombamento foi instituído pela Lei nº 25, de 30 de
novembro de 1937". De acordo com o plano diretor do município de Oeiras-PI, no Art. 22 da
seção IX, garante-se a proteção dos imóveis tombados, obedecendo suas diretrizes, que
proporcionam incentivos fiscais, preservativos, manutenção, entre outros.
Segundo Tomaz (2010), a partir da década de 1920, a preservação do patrimônio
histórico, especialmente dos bens imóveis localizados fora dos museus, ganhou maior
relevância devido ao descaso e à deterioração desses bens. Essa situação despertou a
preocupação de intelectuais, que reconheceram a necessidade de preservar o patrimônio como
um "tesouro" nacional. A falta de preservação poderia levar à perda irreparável desses
importantes elementos do passado histórico e cultural.
Para Di Pietro (2015), o tombamento é um instituto que tem como objetivo proteger o
patrimônio histórico e artístico brasileiro. Embora a intervenção do Estado seja uma forma de
preservação, não sendo a única. A Constituição também prevê ações populares (art. 5º, LXXIII)
e ação civil pública (art. 129, III) como meios de proteção do patrimônio. Por sua vez, Cunha
Júnior (2015) enfatiza que o tombamento representa uma restrição imposta pelo Estado à
propriedade privada, visando à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Essa
restrição abrange bens móveis ou imóveis relacionados a eventos de importância para a história
do país, bem como aqueles de valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico
irreparável.

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5. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO PARA INTERVENÇÕES EM ÍMOVEIS


TOMBADOS.

Seguindo o pensamento de Qualharini (2020, p. 87), O pré-diagnóstico será o conjunto


de objetivos declarados para as condições de qualidade necessárias à recuperação de uma
benfeitoria. Esse processo consiste na investigação de documentos e plantas, seguida de uma
avaliação "in situ" das condições do local e das intervenções existentes.
No processo de pré-diagnóstico se obtém o perfil do objeto de intervenção e informações
para o diagnóstico situacional. O diagnóstico, por sua vez, emprega técnicas de investigação
predial para coletar dados que permitam a adequação do bem de acordo com a situação
específica. Sendo a vistoria uma das técnicas do diagnóstico para a coleta sistemática de dados,
ela pode utilizar ferramentas ou não durante o processo. Além da vistoria, existem outras
técnicas baseadas na coleta de documentos registrados, questionários, entrevistas, investigações
e medições físicas, que também são utilizadas para avaliar de forma preventiva. Para a proposta
de intervenção do ímovel tombado, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(2010) exige um conjunto de informações a serem disponibilizadas no projeto:

a. Apresentação das questões conceituais e teóricas às

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quais a proposta de intervenção está associada, com indicação


das fontes utilizadas (teorias da restauração e cartas
patrimoniais).
b. Detalhamento dos procedimentos indicados para
cada uma das etapas da intervenção.
c. Especificação dos materiais a serem utilizados,
relacionando-os à deterioração identificada e ao resultado
desejado.
d. Cronograma da execução física ? apresentação das
etapas da intervenção com a definição do tempo necessário
para o cumprimento de cada uma delas.
e. Recomendações relacionadas à conservação do bem
após a intervenção, quanto ao ambiente de guarda, manuseio,
acondicionamento, entre outras.
f. Planilha Orçamentária com todos os itens de
execução, quantitativos, composição de preços unitários,
itens de composição de BDI e encargos sociais.
g. Plano contendo dados sobre a infraestrutura a ser
montada para realização do serviço, levando em consideração
os seguintes itens, em conformidade com o disposto na norma
NR18 do Ministério do Trabalho e Emprego.

De acordo com a Lei nº 25/1937 e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos


Territórios, os bens tombados não podem ser destruídos, reparados ou restaurados sem uma
autorização prévia do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, podendo sofrer
pena de multa. Qualquer tipo de intervenção em um imóvel tombado requer a análise de
processos importantes, como a preservação da proposta estética original e o cuidado com a
fachada original, buscando a continuidade do uso previsto pela lei.
Sendo assim, a Intervenção é toda alteração do aspecto físico, das condições de
visibilidade, ou da ambiência de bem edificado tombado ou da sua área de entorno, tais como
serviços de ?manutenção e conservação, reforma, demolição, construção, restauração,
recuperação, ampliação, instalação, montagem e desmontagem, adaptação, escavação,
arruamento, parcelamento e colocação de publicidade? (IPHAN, 2010).

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6. VANTAGENS E BENEFICIOS DA REABILITAÇÃO DOS ÍMOVEIS


TOMBADOS.

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Com base no que diz Qualharini (2020), a reabilitação do patrimônio edificado tornou-
se uma prática no meio urbano, visando a requalificação do espaço devido ao abandono e à
degradação das áreas, o que acarreta problemas sociais e demográficos no local. Essa
degradação urbana é resultado do crescimento acelerado e desorganizado mencionado
anteriormente, que também leva ao esvaziamento demográfico e à desqualificação das
edificações e da infraestrutura inadequada, resultando em questões de habitabilidade,
marginalidade e segurança. Portanto, é fundamental estabelecer planos de preservação do
patrimônio, utilizando recursos disponíveis e promovendo uma renovação que torne esses
espaços contemporâneos.
Conforme Appleton (2010), a adoção de práticas de reabilitação, em contraste com a
construção de novas edificações, apresenta indicadores importantes, tais como proteção
ambiental, preservação de valores culturais e vantagens econômicas. Existe uma
conscientização de que conjuntos de edifícios antigos revelam a evolução histórica e cultural
de uma sociedade. Além disso, a reabilitação contribui para a redução das emissões de gases e
resíduos sólidos gerados nas fases de construção e demolição, em comparação com o início de
uma nova construção. Por sua vez, Silva (2017) afirma que a reabilitação também resulta em
uma redução de custos nos processos de licenciamento, logística de demolição e estaleiros.

7. MÉTODOS DE ANÁLISE.

Este trabalho foi realizado por meio de um levantamento bibliográfico e de campo, com
o objetivo de obter uma base de conhecimento sobre os processos de análises e reabilitação,
considerando os "valores sociais, ambientais e econômicos" (Silva, 2017), e alcançando os
objetivos estabelecidos. Segundo Severino (2008), a pesquisa bibliográfica é um método
fundamental para o desenvolvimento de novas pesquisas, pois proporciona acesso a dados e
teorias já trabalhadas e registradas por outros pesquisadores.
Para o projeto, foi escolhido o método qualitativo, utilizando-se da estratégia de coleta
de dados por meio de uma vistoria "in loco" realizada em 15/11/22, na qual foram registradas
fotografias e realizada a análise visual do local. De acordo com Minayo (2009), a pesquisa
qualitativa busca compreender a complexidade de fenômenos, fatos e processos particulares e
específicos, lidando com um nível de realidade não medido quantitativamente, como
significados, aspirações, crenças, valores e atitudes.
Logo após a coleta de dados no levantamento de campo, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica para buscar artigos, leis, documentos, plantas e projetos relacionados ao
monumento, com o objetivo de embasar o estudo literário. Em seguida, foi feito um
comparativo entre os registros fotográficos e a análise visual, utilizando também a pesquisa
documental, gerando um relatorio fotográfico com descrições do local.
Posteriormente, optando também pelo método quantitativo, foi desenvolvido um
questionário virtual direcionado ao público-alvo, com a participação de 50 pessoas. O
questionário abordou aspectos como importância, qualidade, segurança e conhecimento atual
sobre o antigo mercado público de Oeiras-PI. Além disso, foram realizadas entrevistas
informais com profissionais que possuíam conhecimento e experiência relacionados ao

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monumento, os quais disponibilizaram plantas e projetos do local. Esses resultados serão


incorporados ao projeto por meio de um 'QR Code' para visualização, juntamente com as plantas
de situação, cortes, projetos de reforma, relatório e o questionário virtual, nas áreas de anexo e
apêndice.
Dessa forma, foi realizada o pré-diagnostico e o diagnostico. No entanto, devido à falta
de informações e recursos próprios, não foi possível realizar o questionário do diagnóstico.
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Além disso, as medições físicas foram limitadas devido à grande dimensão do local, sendo
analisadas apenas com base nas plantas disponíveis.

8. ANÁLISE E RESULTADOS
8.1. ANÁLISE QUALITATIVA E DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

Figura 3 - Localização do antigo Mercado Público em Oeiras-PI. Fonte: Google Maps, 2023.

Oeiras passou por um período de decadência após deixar de ser capital em 1852. No
entanto, após a Era Vargas (1930-1945), a cidade experimentou um grande desenvolvimento,
com a preservação de obras públicas que se mantêm até os dias atuais, como o Cine Teatro, o
Passeio Público Leônidas Melo e o Mercado Público. No século XXI, Oeiras vivenciou um
crescimento significativo no setor de serviços, consolidando-se como um importante polo
regional. O mercado está localizado no centro histórico de Oeiras, na Avenida José Tapety,
1594-1630, CEP 64500-000. O monumento possui uma área construída de 1.141,12 m² e conta
com a praça Coronel Orlando de Carvalho ao seu redor, além de escadarias, 20 boxes externos,
42 boxes internos, 2 banheiros, 4 halls de entrada, pátio, entre outros espaços.
Durante a pesquisa bibliográfica, foram encontrados documentos e plantas de reforma
que incluíam o mercado público. Entre eles, destaca-se o "Programa Monumenta" do Ministério
da Cultura, criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 2000. Esse programa
garante recursos da União e financiamento do BID, com o objetivo de preservar sítios
históricos, incluindo aqueles protegidos pelo IPHAN. Em 2002, o mercado ganhou visibilidade
federal e foi realizado o projeto de restauro e requalificação pela Superintendente do IPHAN
na época, a arquiteta Claudiana Cruz. Em 2017, houve uma nova tentativa de requalificação
liderada pela arquiteta Rosalina Veloso, em parceria com a SEINFRA - Secretaria de
Infraestrutura do estado do Piauí. No entanto, por razões desconhecidas, os órgãos responsáveis
locais não executaram o projeto e não utilizaram os recursos, embora tenham realizado
pequenos reparos e limpeza durante algum tempo.
A vistoria "in loco" foi conduzida de forma sistemática, incluindo a análise preliminar

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de plantas do projeto fornecidas por profissionais colaboradores. Foi registrado imagens


fotográficas para a descrição detalhada e a elaboração de um relatório para descobrir os niveis
de intervenção e classificação da reabilitação, com base em Qualharini (2020), na figura 4.

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Figura 4 ? Condicionantes dos níveis de intervenção. Fonte: Qualharini (2020).


Qualharini (2020) afirma que as condições de habitabilidade referem-se ao conforto dos
usuários em geral. A adequação do comportamento estrutural refere-se à segurança
proporcionada pelo conjunto estrutural. O desempenho do envelope externo refere-se às
condições de habitabilidade proporcionadas pelo entorno do edifício, incluindo acessos,
fachadas e circulações. Considerando dois critérios: níveis dos impactos e análise de técnicas
de recuperação.

Figura 5 ? Classificação das reabilitações, quanto à gravidade da intervenção. Fonte: Qualharini (2020).

Figura 6 ? Impactos das patologias nas edificações. Fonte: Qualharini (2020).

De acordo com as informações encontradas no estudo, na vistoria e na análise dos níveis


de intervenção, foi constatada uma significativa quantidade de patologias "pequenas" e
"médias", afetando tanto o aspecto visual quanto a usabilidade do monumento. Essas
constatações seguem os critérios gerais estabelecidos por Qualharini (2020).

Figura 7 ? Fluxograma escalar de uma reabilitação. Fonte: Qualharini (2020).

Assim, com base na nossa avaliação e considerando os critérios de Qualharini (2020),


constatamos que é necessário apenas realizar substituições ou intervenções parciais, incluindo
limpeza e pequenos reparos. Isso indica que as intervenções necessárias são de menor escala e
não requerem grandes alterações ou reconstruções. A partir dos fatos encontrados, incluindo os
niveis de intervenção juntamente com o fluxograma escalar de reabilitação de Qualharini
(2020), fica claro que há a necessidade de uma reabilitação média de nível 2, levando em
consideração os critérios gerais estabelecidos. ?Neste nível, além de atender as condições de
uma reparação rápida, torna-se necessária uma reforma parcial ou total da edificação, podendo
incluir mudanças no layout interno, mas mantendo o seu uso original.? (QUALHARINI, 2020,
p.12).

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Fonte: Os autores (2023).

PEQUENAS MÉDIAS GRANDES MUITO GRANDES


DESEMPENHO DO ENVELOPE EXTERIOR X
NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE X
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL X
NÍVEIS DE INTERVENÇÃO
PATOLOGIAS
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Com base nesta avaliação de intervenção, foi possível realizar um pré-diagnóstico por,
com o objetivo de determinar as condições atuais do edifício tombado. Esse processo resultou
na definição dos níveis de intervenção necessários, no grau de reparo (classificação de
reabilitação) e na viabilidade de recuperação dessa benfeitoria. Essas informações
proporcionaram o estabelecimento do perfil objetivo da intervenção e forneceram dados para o
diagnóstico situacional do mercado público. Segundo Barrientos e Qualharini (2004) as etapas
de pré-diagnóstico correspondem:

A) Derrubar e reconstruir: indicado quando elementos estruturais apresentam um grau


de degradação tão acentuado que represente perigo ou falta de estabilidade ao edifício.
Esta solução só deve ser adotada quando o Retrofit for inviável tanto técnica quanto
economicamente.
B) Recuperar e realizar obras de caráter menor: indicado quando ainda há
possibilidade de recuperar a edificação ou adaptá-la à nova utilização.
C) Acrescentar elementos de conforto: indicado em casos que o estado de degradação
do edifício não é um fator relevante e o objetivo principal é apenas melhorar as
condições de utilização do mesmo. Este caso configura um Retrofit superficial que
geralmente engloba obras de orçamento reduzido.

Essas etapas foram fundamentais para avaliar as condições e identificar intervenções


necessárias, com o objetivo de recuperar ou até mesmo apenas acrescentar elementos de
conforto, dependendo da finalidade e proposta do projeto. Para a análise do pré-diagnóstico, foi
utilizado o modelo de fluxograma de Barrientos e Qualharini (2004), conforme exposto na
Figura 8.

Figura 8 ? Fluxograma de um pré-diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

Com base nisso, utilizando a tabela da classificação dos elementos construtivos de


Barrientos e Qualharini (2004), é possível descobrir e avaliar a urgência da intervenção,

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estabelecendo prioridades, técnicas, ações, agrupamentos e resultados finais para o diagnóstico


avaliativo. Com a junção dessas etapas, torna-se possível criar o projeto preliminar, utilizando
como base os projetos cedidos. Essa abordagem sistemática e criteriosa proporcionará uma base
sólida para o desenvolvimento do projeto.

Figura 9 ? classificação dos elementos construtivos. Fonte: Barrientos e Qualharini, 2004.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

A figura 10 ilustra o fluxograma do diagnóstico, apresentando a metodologia proposta


para a busca do processo de reabilitação ideal e viável para o nosso projeto. Esse fluxograma
ilustrado é uma representação visual que mostra os passos necessários para determinar a melhor
abordagem de reabilitação adequada para o projeto, considerando os critérios de Qualharini
(2020) e auxiliando na tomada de decisão.

Figura 10 ? Fluxograma de um diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

8.2 ANÁLISE DOS DADOS QUANTITATIVOS.

Entre os 50 participantes do questionário virtual realizados por formularios com


individuos distintos, responderam que:

DAS PERGUNTAS ENTRE OS 50 PARTICIPANTES SIM NÃO


MORAM OU CONVIVEM EM OEIRAS 92% 8%
CONHECEM O ANTIGO MERCADO PÚBLICO 98% 2%
CONHECEM ALGUÉM QUE FIZERAM PARTE DA HISTÓRIA DO LOCAL 40% 60%
CONHECEM A HISTÓRIA DO MERCADO 50% 50%
Fonte: dados coletados pelo autor

Conclui-se que apesar de 8% não morarem ou conviverem na cidade, 6% entre eles


ainda conhece o monumento histórico e apenas metade a sua historia. Já diante de algumas
fotografias mostradas no formulario, enquete de avaliação do estado atual foi formada, com a
pergunta: ?QUAL SUA AVALIAÇÃO PARA O ESTADO APARENTE E ATUAL DO
ÍMOVEL TOMBADO??.

Fonte: dados coletados pelo autor

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Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Observou-se um desagradamento de 86% para a classificação de ?RUIM? e 2% para


?PÉSSIMO?. Então concluindo, uma avaliação de uma avaliação bem negativa pela grande
maioria dos participantes. Também foi realizado uma enquete de criterio de segurança do local,
com a pergunta: ?VOCÊ SE SENTE SEGURO AO PASSAR PRÓXIMO AO MERCADO??.

Fonte: dados coletados pelo autor

A partir da enquete sobre importancia da preservação, respondido positivamente por


92%, tambem foi feito a pergunta ?VOCÊ ACHA QUE DIMINUIRIA OS RISCOS DE
CRIMINALIDADE DESSA REGIÃO?? reflete graficamente as respostas da seguinte maneira:

Fonte: dados coletados pelo autor

Assim, chegando ao estado conclusivo de um problema social causado pela degradação


do local, considerado por 82% dos participantes e quando perguntado da situação atual do local
é o motivo de causar tais problemas sociais 88% ?votaram SIM?. Logo, levando em
consideração estas informações, a enquete com a pergunta: ?VOCÊ ACREDITA NA
REABILITAÇÃO, COMO SOLUÇÃO VIAVEL PARA ESSE PRÉDIO E QUE TRARÁ
MELHORIAS PARA A CIDADE DE OEIRAS-PI?

Fonte: dados coletados pelo autor

Nessa amostra percebe-se que todos os 50 participantes optaram pela prática da


reabilitação como o metodo viavel para solucionar problemas sociais, causados pelo que eles
mesmos (a maioria) responsabilizam, que é a falta de preservação.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

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9. CONCLUSÃO

O Mercado Público, localizado no coração da cidade de Oeiras, foi, em tempos passados,


um marco no comércio local, sendo cercado pela famosa "feirinha livre". No entanto, ao longo
do tempo, o mercado perdeu espaço e funcionalidade devido à falta de ações dos órgãos
responsáveis, resultando na má conservação do local e em condições funcionais precárias,
mesmo recebendo recursos governamentais para a preservação e a reabilitação do mercado.
Diante desse contexto, torna-se indispensável a visibilidade e o reconhecimento desse
monumento, não apenas para a população em geral, mas especialmente para os agentes
responsáveis pela preservação do patrimônio local.
Para concluir, entende-se que a preservação não apenas desse edifício tombado, mas de
qualquer outro patrimônio histórico, representa um papel fundamental para a valorização da
história e identidade cultural de uma sociedade, onde levam consigo as memórias e os legados
de gerações passadas. Dessa forma, ao preservar esses edifícios, torna-se possível a transmissão
desses legados às gerações futuras e possibilitando a compreensão de suas raízes, enriquecendo
a nossa identidade própria. Além disso, permite a valorização do patrimônio urbano, trazendo
benefícios socioeconômicos para a sociedade local. uma vez que sua preservação e revitalização
podem atrair visitantes, colaborarar com o turismo local e gerar retornos financeiros para a
cidade. Outro ponto importante é o desenvolvimento sustentável, ao revitalizar esse edifício
que se encontra com a falta de adequações às condições de habitabilidade.
Ao longo desta pesquisa, foram identificadas várias contribuições no área da engenharia
civil, especialmente no que diz respeito aos critérios necessários para os processos de
reabilitação e às análises patológicas. Entretanto, essas contribuições não se limitam apenas a
aspectos técnicos, mas também se ramificam para áreas socioculturais. Durante a análise dos
problemas ao longo da pesquisa, foi possível identificar como a reabilitação não apenas visa a
estética e a usabilidade do edifício mas também possibilita soluções de problemas relacionadas
à degradação das áreas, desqualificação urbana, problemas de habitabilidade, insegurança,
circulação e acessibilidade da população, bem como a perda da identidade histórica e cultural,
ao revitalizar
Por fim, a realização deste estudo evidencia a importância da pesquisa científica para o
avanço do conhecimento na área de reabilitação predial e preservação histórica. Espera-se que
este trabalho possa servir como base para futuras investigações e despertar o interesse de outros
pesquisadores, visando a criação de medidas efetivas e estratégias mais eficientes para o edifício
tombado. Dessa forma, o Mercado Público poderá desempenhar um papel ativo na sociedade
de Oeiras, seja por meio de atividades comerciais, artísticas, culturais ou outras possibilidades,
contribuindo para o enriquecimento da vida da comunidade.
Conclui-se, portanto, que a reabilitação é uma ferramenta essencial para auxiliar na
preservação contra os impactos patológicos, problemas sociais e outros desafios. No contexto
do nosso projeto, foram indicadas algumas técnicas de reabilitação viáveis, tais como
modernização, retrofit e restauração, que englobam os reparos determinados pelos critérios
gerais. Sendo fundamental que essas intervenções preservem tanto a estética quanto a história

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do edifício.

AGRADECIMENTOS

Eu, Francisco Marques Filho, quero expressar minha gratidão a Deus por toda a força
que Ele me deu para continuar seguindo em frente. Também gostaria de agradecer minha
família, composta por minha avó, pai, mãe, tios(as), Rayla, Netynho, Sandrinha e meus amigos,
por me proporcionarem apoio e orientação ao longo da minha vida. Além disso, sou
imensamente grato à minha namorada Clara Elis pelo seu apoio, paz e incentivo. Não
conseguiria sem você, ou melhor, sem todos vocês. Amo cada um de vocês e espero que se
orgulhem, pois esta conquista é nossa. GRATIDÃO, FAMILIA!
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Eu, Pâmela Josefina de Macedo Oliveira agradeço primeiramente a Deus por me dá


forças nessa caminhada, e me ajudar a passar pelas dificuldades enfrentadas durante o curso.
Aos meus pais, que sempre acreditaram em mim, que fizeram tudo que estava ao seu alcance
para que eu pudesse me formar. Aos meus amigos e família que me aconselharam e foram
compreensivos nas minhas ausências enquanto eu me dedicava. Ao meu companheiro que me
acalmou quando eu estava tensa e aflita com medo das dificuldades acadêmicas.
Eu, Gabriel Fonseca de Carvalho, primeiramente quero agradecer a Deus por sempre ter
me abençoado e guiado para chegar até o fim dessa trajetória, a toda minha família que sempre
me encorajou para seguir em frente e chegar onde estou e ser quem sou hoje, a minha mãe, pai,
avós, tios(as) e a todos os meus amigos que sempre me apoiaram. Agradeço imensamente a
todos e saibam que o apoio de vocês foi de grande importância.
Somos TODOS gratos aos professores pelas correções e ensinamentos que nos
permitiram um melhor crescimento na formação profissional. Agradecemos a você, Luanna, e
a todos os educadores que participaram da nossa jornada. Obrigado!

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APPLETON, J. Reabilitação de Edifícios Antigos e Sustentabilidade . VI Encontro Nacional


de Estudantes de Engenharia Civil, ENEEC. Évora, 2010.

NBR 6118: Projetos de estrutura de concreto, Rio de Janeiro, 2014.

ANBR 15575-1: Edificações habitacionais: desempenho. Rio de Janeiro. 2013.

BARRIENTOS, M. Retrofit de Edificações: Estudo de reabilitação e adaptação das

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edificações antigas às necessidades atuais. Dissertação (Pós-Graduação em Arquitetura) ?


UFRJ. Rio de Janeiro, p. 252. 2004.

BARRO, M. M. B.; TANIGUTI, E. K.; RUIZ, L. B.; SABBATINI, F. H.; Tecnologia


construtiva racionalizada para produção de revestimentos cerâmicos verticais. Notas de
aula. São Paulo: USP, 1997.

BRASIL. Decreto-Lei nº25, de 30 de novembro de 1937 ?Organiza a proteção do


patrimônio histórico e artístico nacional. Disponível em: Acesso em: 17 de Outubro. 2022.

BRASIL. Manual de reabilitação de áreas urbanas centrais. Ministério das cidades /


Agência espanhola de cooperação internacional ? AECI, 2008.

CUNHA JÚNIOR, D. D. Curso de Direito Administrativo. Salvador: JusPodium, 2015.

CROITOR, E. P. N. A gestão de projetos aplicada à reabilitação de edifícios: estudo da


interface entre projeto e obra. 2009. 178f. Dissertação (Departamento de Engenharia de
Construção Civil) ?USP, São Paulo, 2009.

DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 23.ed. São Paulo: Atlas, 2015

FIORITI, C. F. et al. Um Estudo das Manifestações Patológicas em Vigas e Lajes de Concreto:


Edificações da FCT/UNESP. Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, v. 2, n. 3, 2017.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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GRAUPMANN, O. Manifestações Patológicas Em Revestimentos Argamassados.


Universidade Do Contestado? UnC,2017. p. 30.

HELENE, P. R. L. Manual de reparo, proteção e reforço de estruturas de concreto. São


Paulo: Red Rehabilitar, 2003.

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Tese (Livre Docência) ?USP. São Paulo, 1993.

IBGE ? INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censos 2020. Piaui:


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INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN).


Portaria Nº 420, de 22 de dezembro de 2010. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br.

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Acesso em: 30. maio. 2023.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN). Bens


Tombados. 2014. Disponível em: < Página - IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional > Acesso em: 07. Nov. 2022.

LAPA, J. S. Patologia, recuperação e reparação das estruturas de concreto armado. 2008.


56f. Monografia (Construção civil). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,
2008.

MINAYO, M. C. S. (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ:


Vozes, 2009.

NETO, Jerônimo. Proposta de método para investigação de manifestações patológicas em


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Tecnologia) São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 2007

OLIVEIRA, C. E. L. M. Restauração (reabilitação) da casa de cultura de Manhuaçu (MG), um


bem para a cidade. In: II Seminário Científico da FACIG. Manhuaçu, 2016.

PREFEITURA MUNICIPAL DE OEIRAS. Revisão do Plano Diretor Municipal de Oeiras


e as Leis Complementares. 2010 [disponível em Disponível em < Plano Diretor Municipal
(oeiras.pt) > Acesso em: 07 de Novembro de 2022

QUALHARINI, E. L. Coleção Construção Civil na Prática: Reabilitação Predial. v. 2. Rio


De Janeiro: GEN, 2020.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. ed. 23. São Paulo: Cortez, 2008.

SILVA, M. R. Reabilitação de edifício e sustentabilidade no contexto das obras do Museu


de Arte do Rio (MAR). Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica, 2017.

TOMAZ, Paulo Cesar. A preservação do Patrimônio Cultural e sua Trajetória no Brasil.


Revista de História e Estudos Culturais. Vol.7. Ano VII, n. 2. ISSN 1807-6971. 2010.

UEMOTO, K. L. Projeto, execução e inspeção de pinturas. São Paulo: Tula Melo, 2002.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Apêndice I ? Questionário Virtual

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LINK:
https://docs.google.com/forms/d/1Dsdcaoh8NBqw5GQKVU2nFCk5eq0f4owBH0NrwxcsTc/e
dit?vc=0&c=0&w=1&flr=0

Apêndice II ? Relatório Fotografíco

LINK: file:///C:/Users/frmar/Downloads/Relatorio%20Fotografico%20mercado.pdf

1- QUESTIONÁRIO
1- RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
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disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Anexo I ? Plantas do Monumento Historico

LINK : ilovepdf_merged.pdf

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1- PLANTA DE SITUAÇÃO 2- PLANTA BAIXA


3- PLANTA DE CORTE 4- PLANTA DE COBERTURA
5- FACHADAS 6- PROJETO DE REFORMA
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil

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Arquivo 1: ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537 termos)
Arquivo 2: https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/4bd0feea-21 (717 termos)
Termos comuns: 8
Similaridade: 0,12%
O texto abaixo é o conteúdo do documento ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537
termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.qconcursos.com/questoes-de-
concursos/questoes/4bd0feea-21 (717 termos)

=================================================================================

ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM


REABILITAÇÃO PREDIAL: ESTUDO DE CASO NO
ANTIGO MERCADO PÚBLICO DE OEIRAS-PI.

Francisco das Chagas Marques Filho¹


Gabriel Fonseca de Carvalho²
Pâmela Josefina de Macedo Oliveira³
Prof. Luanna de Carvalho Santos 4

RESUMO:

A construção civil não é apenas um meio de construir, mas também de resistir e


preservar a história. Por isso, o patrimônio histórico tem enorme notoriedade para a cultura
local. Em Oeiras, na primeira capital do Piauí e berço da colonização portuguesa, foi escolhida
para o projeto devido à sua rica história e cultura, onde a arquitetura desenvolvida na cidade
relata suas narrativas e memórias desde o século XVII. Na era Vargas, foram construídas
diversas obras públicas que ainda hoje estão erguidas, como o Mercado Público José Lopes da
Silva, sendo o monumento escolhido para o trabalho apresentado, construído em 1934 e
tombado pelo IPHAN em 2012, junto ao centro histórico. Neste trabalho, foi investigado a
presença de manifestações patológicas neste edifício tombado, bem como os distúrbios
causados pela ação do tempo e ação do homem, buscando retratar as consequências e a solução
desenvolvida. Foi realizado um estudo de caso baseado em pesquisas bibliográficas e de campo
para compreender tanto o significado deste patrimônio histórico para Oeiras, quanto as causas
e consequências do estado atual do edifício. Logo, constatou-se a necessidade de realizar a
pesquisa, tornando a reabilitação predial uma ferramenta de solução para diversos parâmetros
e colaborar com este projeto para o desenvolvimento da obra.

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Palavras-Chave: Edifícios tombados. Reabilitação predial. Preservação. Manifestação


patológica

¹ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;


² Graduanda em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
³ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
4 Professora Orientadora ? FAESF.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

1. INTRODUÇÃO

O processo de globalização introduziu a expansão populacional, unindo culturas e


criando grandes civilizações mais centralizadas e independentes, formando uma nova era
global. A engenharia civil tornou-se uma ferramenta essencial e indispensável para o
desenvolvimento urbano, criando estilos construtivos que cultivavam a cultura local e a
preservação da cultura passada. Porém, com o crescimento demográfico exponencial,
introduziu uma desorganização urbana que gerou problemáticas cada vez mais presentes na
malha urbana, contribuindo para o esvaziamento de áreas, promovendo a desqualificação e a
degradação territorial e, ainda, acarretando diversas problemáticas sociais, ambientais e
econômicas.
O estudo de caso foi desenvolvido no Antigo Mercado José Lopes da Silva, na cidade
de Oeiras, Piauí, com uma população estimada em 37.085 pessoas (IBGE, 2020), onde seu
centro histórico foi tombado pelo IPHAN em 2012, sendo considerada uma área tombada, com
"14 quarteirões e 235 imóveis tombados ao todo" (IPHAN, 2014). O antigo mercado público,
que foi um marco econômico e turístico desde os anos 30, encontra-se no atual centro histórico
desativado.

Figura 1 ?Mercado Público José Lopes da Silva. Fonte: Os autores (2022).

Conforme Silva (2017), os processos de análise e reabilitação são distintos em

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comparação com a engenharia tradicional, possibilitando a recuperação do patrimônio já


construído e tendo como objetivos atender às expectativas e solicitações específicas que surgem
com os avanços da modernidade. Esses processos baseiam-se em três pilares principais: valores
sociais, ambientais e econômicos.
Nesse sentido, o processo de modernização e atualização, de acordo com Barrientos
(2004), busca adequar antigas edificações aos padrões contemporâneos, levando em
consideração os aspectos mencionados por Silva. Esse método envolve o restauro e a
compatibilização de benfeitorias, visando tornar a edificação funcional e acessível para os usos
tradicionais e inovadores. Assim, além de atender às demandas da modernidade, a reabilitação
preserva a identidade e a memória cultural, mantendo a integridade do patrimônio.
Diante dessas informações, o trabalho tem como objetivo entender o estado atual do
edifício tombado, quais as causas e consequências dos impactos dos efeitos patológicos. Qual
o significado histórico desse monumento para a população oeirense? Quais os benefícios da
reabilitação predial? Logo, para responder todas as dúvidas, tem como objetivo geral analisar
as manifestações patológicas em reabilitação. Já os objetivos específicos têm a função de
demonstrar a relevância da reabilitação desse patrimônio no contexto sociocultural, analisar a
reabilitação predial como ferramenta para a circulação e reuso social, e identificar os impactos
dos efeitos patológicos existentes no Mercado Público de Oeiras-PI.
Este trabalho visa aumentar o conhecimento dos profissionais da construção civil, bem
como do conhecimento popular, para entender melhor o assunto, revelando sua importância na
busca de visibilidade e reconhecimento social. Com isso, busca-se ações efetivas e uma
fiscalização mais rigorosa dos responsáveis legais.
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
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2. REABILITAÇÃO PREDIAL E SEUS CONCEITOS

O Manual de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais (2008) define a reabilitação predial


como "um processo de gestão de ações integradas, públicas e privadas, de recuperação e
reutilização do acervo edificado em áreas já consolidadas da cidade, que compreende os espaços
e edificações ociosas, vazias, abandonadas, sub-utilizadas e insalubres" (BRASIL, 2008).
Figura 2 ? Sequência lógica das ações de reabilitação.
Fonte: Qualharini (2020)

I. Conservação - Conjunto de ações para manter ou


reparar o desempenho da edificação.
II. Manutenção - Conjunto de ações para conservar
ou recuperar a funcionalidade da edificação e de
suas partes constituintes, podendo ser preventiva
ou corretiva.

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III. Reforma - Intervenção que busca recuperar a


forma original.
IV. Modernização - Ações de intervenção que têm
foco na inserção do bem construído em formas
contemporâneas, aliada à implantação de
avanços tecnológicos.
V. Retrofit - Termo técnico que significa voltar ao
que era, mas com atualização tecnológica,
propiciando incorporar sistemas e materiais
contemporâneos, prolongando a vida útil e a
funcionalidade das benfeitorias.
VI. Restauração - Conjunto de medidas para
recuperar a concepção original ou de uma época
marcante da história da edificação, respeitando-
se o seu significado estético e artístico.
VII. Recuperação - Ações para corrigir ou eliminar
patologias.

Croitor (2009) afirma, que geralmente, os bens edificados com possibilidades de passar
por um processo de reabilitação estão localizados em cidades mais antigas. O autor afirma
também que esse processo envolve diversos agentes motivados por seus próprios interesses,
afirmando que a reabilitação não se limita apenas a edifícios antigos e degradados.
De acordo com Qualharini (2020, p. 5), as intervenções em edificações necessitam de
características que possam graduar a reabilitação, a fim de apontar o tamanho e a dificuldade
do trabalho a ser realizado. O tipo de readequação dependerá da magnitude das alterações
necessárias para atender às demandas. Dessa forma, os ajustes ou intervenções são realizados
levando em consideração três condições: o comportamento estrutural, a necessidade de
adequação às condições de habitabilidade e o desempenho do envelope exterior.
Prosseguindo com Qualharini (2020, p. 5), a reabilitação de um edifício ocorre tanto
para reparar patologias quanto para melhorar seus critérios de desempenho em termos de
usabilidade, buscando o conforto do usuário e até mesmo a recuperação do desempenho
estrutural. No entanto, ao escolher os métodos, é necessário considerar dois critérios: os
impactos patológicos nos desempenhos da edificação e a análise das técnicas, levando em conta
o tipo e a duração necessária para corrigir as anomalias.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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3. ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS.

Para Barrientos (2004), dentre os vários agentes que podem causar a degradação de uma
edificação, é possível destacar o próprio usuário por meio do uso inadequado, além das causas
imprevistas, como fenômenos naturais e guerras, e a influência do meio ambiente em que a
edificação está inserida.

3.1. PATOLÓGIAS EM ESTRUTURAS.

Os elementos estruturais, como lajes, vigas, pilares e fundações, têm como objetivo
sustentar a edificação e resistir aos esforços e ações externas. Portanto, é necessário prestar
maior atenção às suas manifestações patológicas, que geralmente são consequências de
problemas de construção na fase inicial, como falta de impermeabilização, uso de materiais de
baixa qualidade, erros de projeto, infiltrações e dosagens inadequadas. Esses problemas
resultam em manifestações patológicas. Um exemplo comum é a deterioração do concreto
armado, que pode ser de natureza mecânica, física e química. De acordo com Lapa (2008, p. 9),
"os três principais sintomas que podem surgir isoladamente ou simultaneamente são: fissuras,
destacamentos e desagregação".
Com base no que Fioriti (2017) afirma, a maioria dos distúrbios patológicos pode ser
evitada ao seguir a NBR 6118, que trata das estruturas de concreto, incluindo critérios para o
uso adequado de armaduras, espessuras mínimas de recobrimento e outros parâmetros
estabelecidos por essas normas. Já de acordo com Helene (2003), o conceito do concreto armado
foi revisto pela sociedade, uma vez que por muitos anos ele foi considerado um material eterno,
dispensando a necessidade de cuidados ao longo de sua vida útil e manutenções preventivas.
No entanto, devido à grande quantidade de edificações com problemas de degradação em seus
componentes estruturais, essa percepção mudou.

3.2. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS.

Segundo Helene (1993), as principais causas das manifestações patológicas estão


relacionadas às variações térmicas, variações de umidade, cargas excessivas, agentes biológicos
e químicos. No entanto, essas manifestações também podem ocorrer devido a erros durante a
execução, como argamassas mal dosadas, uso de materiais de baixa qualidade e espessuras
excessivas. E segundo Graupmann (2017), algumas das manifestações patológicas têm origem
na execução do revestimento, como a falta da aplicação da camada de chapisco, o que pode
levar à perda de aderência do revestimento à base e, consequentemente, ao desplacamento.
Qualharini (2020, p. 87) afirma, que a partir do século XIX, foram utilizados novos
aglomerantes, como o "Portland", que trouxeram mudanças na trabalhabilidade, durabilidade e
variação dos substratos. Como resultado, surgem patologias nos revestimentos, como
destacamento, descolamento de placas, desagregação e fissuras.

3.3. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS.

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Conforme apontado por Qualharini (2020, p. 91), as patologias nos revestimentos


cerâmicos podem se manifestar por meio de desplacamentos (perda de aderência devido à
retração ou dilatação), eflorescências (formação de crostas solúveis em água devido à
dissolução de sais), manchas/bolor (desenvolvimento de fungos causado por infiltrações),
trincas/fissuras (resultantes de esforços mecânicos de tração, flexão ou torção), gretamento
(presença de umidade que gera fissuras capilares e radiais) e comprometimento das juntas
(envelhecimento do material das juntas e perda da estanqueidade).
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Barros et al. (1997, p. 9) afirmam que a perda de aderência ocorre devido a distúrbios
na interface entre as camadas do revestimento cerâmico, quando as tensões aplicadas
ultrapassam a capacidade de aderência das ligações.

3.4. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS EM PINTURA.

Com base em Uemoto (2002), as pinturas têm não apenas um efeito estético, mas
também proporcionam uma alta capacidade de proteção. Atualmente, esses materiais de
acabamento têm se tornado cada vez mais importantes, uma vez que são a parte mais visível de
uma obra e exercem grande influência no desempenho e na durabilidade das edificações.
De acordo com Neto (2007), em seu trabalho, as principais manifestações patológicas
encontradas em pinturas são a desagregação, a eflorescência, o descascamento, as bolhas, o
desbotamento da tinta e as manchas ou bolor. Essas manifestações indicam problemas que
podem comprometer a integridade e a estética das superfícies pintadas.

4. ÍMOVEIS TOMBADOS.

Conforme os objetivos da Política Nacional do Patrimônio Cultural Tombado,


estabelecidos no Art. 5º, é garantido promover a proteção, preservação e restauração do
patrimônio cultural tombado. Além disso, é também promovida a capacitação contínua dos
profissionais responsáveis pela identificação, tombamento, proteção, restauração, conservação,
valorização e divulgação desse patrimônio cultural tombado.
Contudo, são estabelecidas restrições com o objetivo de proteger a história e a cultura
do local tombado, assegurando a sua preservação para as próximas gerações. Essas restrições
são fundamentais para garantir a integridade e autenticidade do patrimônio cultural e assegurar
que ele seja transmitido às futuras gerações como um legado histórico e cultural valioso.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional é um departamento federal
vinculado ao Ministério da Cidadania responsável pela preservação do Patrimônio Cultural
Brasileiro. Segundo o IPHAN (2014), "o tombamento é o instrumento de reconhecimento e
proteção do patrimônio cultural mais conhecido e pode ser realizado pela administração federal,

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estadual e municipal. Em âmbito federal, o tombamento foi instituído pela Lei nº 25, de 30 de
novembro de 1937". De acordo com o plano diretor do município de Oeiras-PI, no Art. 22 da
seção IX, garante-se a proteção dos imóveis tombados, obedecendo suas diretrizes, que
proporcionam incentivos fiscais, preservativos, manutenção, entre outros.
Segundo Tomaz (2010), a partir da década de 1920, a preservação do patrimônio
histórico, especialmente dos bens imóveis localizados fora dos museus, ganhou maior
relevância devido ao descaso e à deterioração desses bens. Essa situação despertou a
preocupação de intelectuais, que reconheceram a necessidade de preservar o patrimônio como
um "tesouro" nacional. A falta de preservação poderia levar à perda irreparável desses
importantes elementos do passado histórico e cultural.
Para Di Pietro (2015), o tombamento é um instituto que tem como objetivo proteger o
patrimônio histórico e artístico brasileiro. Embora a intervenção do Estado seja uma forma de
preservação, não sendo a única. A Constituição também prevê ações populares (art. 5º, LXXIII)
e ação civil pública (art. 129, III) como meios de proteção do patrimônio. Por sua vez, Cunha
Júnior (2015) enfatiza que o tombamento representa uma restrição imposta pelo Estado à
propriedade privada, visando à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Essa
restrição abrange bens móveis ou imóveis relacionados a eventos de importância para a história
do país, bem como aqueles de valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico
irreparável.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

5. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO PARA INTERVENÇÕES EM ÍMOVEIS


TOMBADOS.

Seguindo o pensamento de Qualharini (2020, p. 87), O pré-diagnóstico será o conjunto


de objetivos declarados para as condições de qualidade necessárias à recuperação de uma
benfeitoria. Esse processo consiste na investigação de documentos e plantas, seguida de uma
avaliação "in situ" das condições do local e das intervenções existentes.
No processo de pré-diagnóstico se obtém o perfil do objeto de intervenção e informações
para o diagnóstico situacional. O diagnóstico, por sua vez, emprega técnicas de investigação
predial para coletar dados que permitam a adequação do bem de acordo com a situação
específica. Sendo a vistoria uma das técnicas do diagnóstico para a coleta sistemática de dados,
ela pode utilizar ferramentas ou não durante o processo. Além da vistoria, existem outras
técnicas baseadas na coleta de documentos registrados, questionários, entrevistas, investigações
e medições físicas, que também são utilizadas para avaliar de forma preventiva. Para a proposta
de intervenção do ímovel tombado, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(2010) exige um conjunto de informações a serem disponibilizadas no projeto:

a. Apresentação das questões conceituais e teóricas às

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quais a proposta de intervenção está associada, com indicação


das fontes utilizadas (teorias da restauração e cartas
patrimoniais).
b. Detalhamento dos procedimentos indicados para
cada uma das etapas da intervenção.
c. Especificação dos materiais a serem utilizados,
relacionando-os à deterioração identificada e ao resultado
desejado.
d. Cronograma da execução física ? apresentação das
etapas da intervenção com a definição do tempo necessário
para o cumprimento de cada uma delas.
e. Recomendações relacionadas à conservação do bem
após a intervenção, quanto ao ambiente de guarda, manuseio,
acondicionamento, entre outras.
f. Planilha Orçamentária com todos os itens de
execução, quantitativos, composição de preços unitários,
itens de composição de BDI e encargos sociais.
g. Plano contendo dados sobre a infraestrutura a ser
montada para realização do serviço, levando em consideração
os seguintes itens, em conformidade com o disposto na norma
NR18 do Ministério do Trabalho e Emprego.

De acordo com a Lei nº 25/1937 e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos


Territórios, os bens tombados não podem ser destruídos, reparados ou restaurados sem uma
autorização prévia do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, podendo sofrer
pena de multa. Qualquer tipo de intervenção em um imóvel tombado requer a análise de
processos importantes, como a preservação da proposta estética original e o cuidado com a
fachada original, buscando a continuidade do uso previsto pela lei.
Sendo assim, a Intervenção é toda alteração do aspecto físico, das condições de
visibilidade, ou da ambiência de bem edificado tombado ou da sua área de entorno, tais como
serviços de ?manutenção e conservação, reforma, demolição, construção, restauração,
recuperação, ampliação, instalação, montagem e desmontagem, adaptação, escavação,
arruamento, parcelamento e colocação de publicidade? (IPHAN, 2010).

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

6. VANTAGENS E BENEFICIOS DA REABILITAÇÃO DOS ÍMOVEIS


TOMBADOS.

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Com base no que diz Qualharini (2020), a reabilitação do patrimônio edificado tornou-
se uma prática no meio urbano, visando a requalificação do espaço devido ao abandono e à
degradação das áreas, o que acarreta problemas sociais e demográficos no local. Essa
degradação urbana é resultado do crescimento acelerado e desorganizado mencionado
anteriormente, que também leva ao esvaziamento demográfico e à desqualificação das
edificações e da infraestrutura inadequada, resultando em questões de habitabilidade,
marginalidade e segurança. Portanto, é fundamental estabelecer planos de preservação do
patrimônio, utilizando recursos disponíveis e promovendo uma renovação que torne esses
espaços contemporâneos.
Conforme Appleton (2010), a adoção de práticas de reabilitação, em contraste com a
construção de novas edificações, apresenta indicadores importantes, tais como proteção
ambiental, preservação de valores culturais e vantagens econômicas. Existe uma
conscientização de que conjuntos de edifícios antigos revelam a evolução histórica e cultural
de uma sociedade. Além disso, a reabilitação contribui para a redução das emissões de gases e
resíduos sólidos gerados nas fases de construção e demolição, em comparação com o início de
uma nova construção. Por sua vez, Silva (2017) afirma que a reabilitação também resulta em
uma redução de custos nos processos de licenciamento, logística de demolição e estaleiros.

7. MÉTODOS DE ANÁLISE.

Este trabalho foi realizado por meio de um levantamento bibliográfico e de campo, com
o objetivo de obter uma base de conhecimento sobre os processos de análises e reabilitação,
considerando os "valores sociais, ambientais e econômicos" (Silva, 2017), e alcançando os
objetivos estabelecidos. Segundo Severino (2008), a pesquisa bibliográfica é um método
fundamental para o desenvolvimento de novas pesquisas, pois proporciona acesso a dados e
teorias já trabalhadas e registradas por outros pesquisadores.
Para o projeto, foi escolhido o método qualitativo, utilizando-se da estratégia de coleta
de dados por meio de uma vistoria "in loco" realizada em 15/11/22, na qual foram registradas
fotografias e realizada a análise visual do local. De acordo com Minayo (2009), a pesquisa
qualitativa busca compreender a complexidade de fenômenos, fatos e processos particulares e
específicos, lidando com um nível de realidade não medido quantitativamente, como
significados, aspirações, crenças, valores e atitudes.
Logo após a coleta de dados no levantamento de campo, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica para buscar artigos, leis, documentos, plantas e projetos relacionados ao
monumento, com o objetivo de embasar o estudo literário. Em seguida, foi feito um
comparativo entre os registros fotográficos e a análise visual, utilizando também a pesquisa
documental, gerando um relatorio fotográfico com descrições do local.
Posteriormente, optando também pelo método quantitativo, foi desenvolvido um
questionário virtual direcionado ao público-alvo, com a participação de 50 pessoas. O
questionário abordou aspectos como importância, qualidade, segurança e conhecimento atual
sobre o antigo mercado público de Oeiras-PI. Além disso, foram realizadas entrevistas
informais com profissionais que possuíam conhecimento e experiência relacionados ao

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monumento, os quais disponibilizaram plantas e projetos do local. Esses resultados serão


incorporados ao projeto por meio de um 'QR Code' para visualização, juntamente com as plantas
de situação, cortes, projetos de reforma, relatório e o questionário virtual, nas áreas de anexo e
apêndice.
Dessa forma, foi realizada o pré-diagnostico e o diagnostico. No entanto, devido à falta
de informações e recursos próprios, não foi possível realizar o questionário do diagnóstico.
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Além disso, as medições físicas foram limitadas devido à grande dimensão do local, sendo
analisadas apenas com base nas plantas disponíveis.

8. ANÁLISE E RESULTADOS
8.1. ANÁLISE QUALITATIVA E DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

Figura 3 - Localização do antigo Mercado Público em Oeiras-PI. Fonte: Google Maps, 2023.

Oeiras passou por um período de decadência após deixar de ser capital em 1852. No
entanto, após a Era Vargas (1930-1945), a cidade experimentou um grande desenvolvimento,
com a preservação de obras públicas que se mantêm até os dias atuais, como o Cine Teatro, o
Passeio Público Leônidas Melo e o Mercado Público. No século XXI, Oeiras vivenciou um
crescimento significativo no setor de serviços, consolidando-se como um importante polo
regional. O mercado está localizado no centro histórico de Oeiras, na Avenida José Tapety,
1594-1630, CEP 64500-000. O monumento possui uma área construída de 1.141,12 m² e conta
com a praça Coronel Orlando de Carvalho ao seu redor, além de escadarias, 20 boxes externos,
42 boxes internos, 2 banheiros, 4 halls de entrada, pátio, entre outros espaços.
Durante a pesquisa bibliográfica, foram encontrados documentos e plantas de reforma
que incluíam o mercado público. Entre eles, destaca-se o "Programa Monumenta" do Ministério
da Cultura, criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 2000. Esse programa
garante recursos da União e financiamento do BID, com o objetivo de preservar sítios
históricos, incluindo aqueles protegidos pelo IPHAN. Em 2002, o mercado ganhou visibilidade
federal e foi realizado o projeto de restauro e requalificação pela Superintendente do IPHAN
na época, a arquiteta Claudiana Cruz. Em 2017, houve uma nova tentativa de requalificação
liderada pela arquiteta Rosalina Veloso, em parceria com a SEINFRA - Secretaria de
Infraestrutura do estado do Piauí. No entanto, por razões desconhecidas, os órgãos responsáveis
locais não executaram o projeto e não utilizaram os recursos, embora tenham realizado
pequenos reparos e limpeza durante algum tempo.
A vistoria "in loco" foi conduzida de forma sistemática, incluindo a análise preliminar

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de plantas do projeto fornecidas por profissionais colaboradores. Foi registrado imagens


fotográficas para a descrição detalhada e a elaboração de um relatório para descobrir os niveis
de intervenção e classificação da reabilitação, com base em Qualharini (2020), na figura 4.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Figura 4 ? Condicionantes dos níveis de intervenção. Fonte: Qualharini (2020).


Qualharini (2020) afirma que as condições de habitabilidade referem-se ao conforto dos
usuários em geral. A adequação do comportamento estrutural refere-se à segurança
proporcionada pelo conjunto estrutural. O desempenho do envelope externo refere-se às
condições de habitabilidade proporcionadas pelo entorno do edifício, incluindo acessos,
fachadas e circulações. Considerando dois critérios: níveis dos impactos e análise de técnicas
de recuperação.

Figura 5 ? Classificação das reabilitações, quanto à gravidade da intervenção. Fonte: Qualharini (2020).

Figura 6 ? Impactos das patologias nas edificações. Fonte: Qualharini (2020).

De acordo com as informações encontradas no estudo, na vistoria e na análise dos níveis


de intervenção, foi constatada uma significativa quantidade de patologias "pequenas" e
"médias", afetando tanto o aspecto visual quanto a usabilidade do monumento. Essas
constatações seguem os critérios gerais estabelecidos por Qualharini (2020).

Figura 7 ? Fluxograma escalar de uma reabilitação. Fonte: Qualharini (2020).

Assim, com base na nossa avaliação e considerando os critérios de Qualharini (2020),


constatamos que é necessário apenas realizar substituições ou intervenções parciais, incluindo
limpeza e pequenos reparos. Isso indica que as intervenções necessárias são de menor escala e
não requerem grandes alterações ou reconstruções. A partir dos fatos encontrados, incluindo os
niveis de intervenção juntamente com o fluxograma escalar de reabilitação de Qualharini
(2020), fica claro que há a necessidade de uma reabilitação média de nível 2, levando em
consideração os critérios gerais estabelecidos. ?Neste nível, além de atender as condições de
uma reparação rápida, torna-se necessária uma reforma parcial ou total da edificação, podendo
incluir mudanças no layout interno, mas mantendo o seu uso original.? (QUALHARINI, 2020,
p.12).

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Fonte: Os autores (2023).

PEQUENAS MÉDIAS GRANDES MUITO GRANDES


DESEMPENHO DO ENVELOPE EXTERIOR X
NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE X
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL X
NÍVEIS DE INTERVENÇÃO
PATOLOGIAS
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
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disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Com base nesta avaliação de intervenção, foi possível realizar um pré-diagnóstico por,
com o objetivo de determinar as condições atuais do edifício tombado. Esse processo resultou
na definição dos níveis de intervenção necessários, no grau de reparo (classificação de
reabilitação) e na viabilidade de recuperação dessa benfeitoria. Essas informações
proporcionaram o estabelecimento do perfil objetivo da intervenção e forneceram dados para o
diagnóstico situacional do mercado público. Segundo Barrientos e Qualharini (2004) as etapas
de pré-diagnóstico correspondem:

A) Derrubar e reconstruir: indicado quando elementos estruturais apresentam um grau


de degradação tão acentuado que represente perigo ou falta de estabilidade ao edifício.
Esta solução só deve ser adotada quando o Retrofit for inviável tanto técnica quanto
economicamente.
B) Recuperar e realizar obras de caráter menor: indicado quando ainda há
possibilidade de recuperar a edificação ou adaptá-la à nova utilização.
C) Acrescentar elementos de conforto: indicado em casos que o estado de degradação
do edifício não é um fator relevante e o objetivo principal é apenas melhorar as
condições de utilização do mesmo. Este caso configura um Retrofit superficial que
geralmente engloba obras de orçamento reduzido.

Essas etapas foram fundamentais para avaliar as condições e identificar intervenções


necessárias, com o objetivo de recuperar ou até mesmo apenas acrescentar elementos de
conforto, dependendo da finalidade e proposta do projeto. Para a análise do pré-diagnóstico, foi
utilizado o modelo de fluxograma de Barrientos e Qualharini (2004), conforme exposto na
Figura 8.

Figura 8 ? Fluxograma de um pré-diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

Com base nisso, utilizando a tabela da classificação dos elementos construtivos de


Barrientos e Qualharini (2004), é possível descobrir e avaliar a urgência da intervenção,

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estabelecendo prioridades, técnicas, ações, agrupamentos e resultados finais para o diagnóstico


avaliativo. Com a junção dessas etapas, torna-se possível criar o projeto preliminar, utilizando
como base os projetos cedidos. Essa abordagem sistemática e criteriosa proporcionará uma base
sólida para o desenvolvimento do projeto.

Figura 9 ? classificação dos elementos construtivos. Fonte: Barrientos e Qualharini, 2004.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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A figura 10 ilustra o fluxograma do diagnóstico, apresentando a metodologia proposta


para a busca do processo de reabilitação ideal e viável para o nosso projeto. Esse fluxograma
ilustrado é uma representação visual que mostra os passos necessários para determinar a melhor
abordagem de reabilitação adequada para o projeto, considerando os critérios de Qualharini
(2020) e auxiliando na tomada de decisão.

Figura 10 ? Fluxograma de um diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

8.2 ANÁLISE DOS DADOS QUANTITATIVOS.

Entre os 50 participantes do questionário virtual realizados por formularios com


individuos distintos, responderam que:

DAS PERGUNTAS ENTRE OS 50 PARTICIPANTES SIM NÃO


MORAM OU CONVIVEM EM OEIRAS 92% 8%
CONHECEM O ANTIGO MERCADO PÚBLICO 98% 2%
CONHECEM ALGUÉM QUE FIZERAM PARTE DA HISTÓRIA DO LOCAL 40% 60%
CONHECEM A HISTÓRIA DO MERCADO 50% 50%
Fonte: dados coletados pelo autor

Conclui-se que apesar de 8% não morarem ou conviverem na cidade, 6% entre eles


ainda conhece o monumento histórico e apenas metade a sua historia. Já diante de algumas
fotografias mostradas no formulario, enquete de avaliação do estado atual foi formada, com a
pergunta: ?QUAL SUA AVALIAÇÃO PARA O ESTADO APARENTE E ATUAL DO
ÍMOVEL TOMBADO??.

Fonte: dados coletados pelo autor

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Observou-se um desagradamento de 86% para a classificação de ?RUIM? e 2% para


?PÉSSIMO?. Então concluindo, uma avaliação de uma avaliação bem negativa pela grande
maioria dos participantes. Também foi realizado uma enquete de criterio de segurança do local,
com a pergunta: ?VOCÊ SE SENTE SEGURO AO PASSAR PRÓXIMO AO MERCADO??.

Fonte: dados coletados pelo autor

A partir da enquete sobre importancia da preservação, respondido positivamente por


92%, tambem foi feito a pergunta ?VOCÊ ACHA QUE DIMINUIRIA OS RISCOS DE
CRIMINALIDADE DESSA REGIÃO?? reflete graficamente as respostas da seguinte maneira:

Fonte: dados coletados pelo autor

Assim, chegando ao estado conclusivo de um problema social causado pela degradação


do local, considerado por 82% dos participantes e quando perguntado da situação atual do local
é o motivo de causar tais problemas sociais 88% ?votaram SIM?. Logo, levando em
consideração estas informações, a enquete com a pergunta: ?VOCÊ ACREDITA NA
REABILITAÇÃO, COMO SOLUÇÃO VIAVEL PARA ESSE PRÉDIO E QUE TRARÁ
MELHORIAS PARA A CIDADE DE OEIRAS-PI?

Fonte: dados coletados pelo autor

Nessa amostra percebe-se que todos os 50 participantes optaram pela prática da


reabilitação como o metodo viavel para solucionar problemas sociais, causados pelo que eles
mesmos (a maioria) responsabilizam, que é a falta de preservação.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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9. CONCLUSÃO

O Mercado Público, localizado no coração da cidade de Oeiras, foi, em tempos passados,


um marco no comércio local, sendo cercado pela famosa "feirinha livre". No entanto, ao longo
do tempo, o mercado perdeu espaço e funcionalidade devido à falta de ações dos órgãos
responsáveis, resultando na má conservação do local e em condições funcionais precárias,
mesmo recebendo recursos governamentais para a preservação e a reabilitação do mercado.
Diante desse contexto, torna-se indispensável a visibilidade e o reconhecimento desse
monumento, não apenas para a população em geral, mas especialmente para os agentes
responsáveis pela preservação do patrimônio local.
Para concluir, entende-se que a preservação não apenas desse edifício tombado, mas de
qualquer outro patrimônio histórico, representa um papel fundamental para a valorização da
história e identidade cultural de uma sociedade, onde levam consigo as memórias e os legados
de gerações passadas. Dessa forma, ao preservar esses edifícios, torna-se possível a transmissão
desses legados às gerações futuras e possibilitando a compreensão de suas raízes, enriquecendo
a nossa identidade própria. Além disso, permite a valorização do patrimônio urbano, trazendo
benefícios socioeconômicos para a sociedade local. uma vez que sua preservação e revitalização
podem atrair visitantes, colaborarar com o turismo local e gerar retornos financeiros para a
cidade. Outro ponto importante é o desenvolvimento sustentável, ao revitalizar esse edifício
que se encontra com a falta de adequações às condições de habitabilidade.
Ao longo desta pesquisa, foram identificadas várias contribuições no área da engenharia
civil, especialmente no que diz respeito aos critérios necessários para os processos de
reabilitação e às análises patológicas. Entretanto, essas contribuições não se limitam apenas a
aspectos técnicos, mas também se ramificam para áreas socioculturais. Durante a análise dos
problemas ao longo da pesquisa, foi possível identificar como a reabilitação não apenas visa a
estética e a usabilidade do edifício mas também possibilita soluções de problemas relacionadas
à degradação das áreas, desqualificação urbana, problemas de habitabilidade, insegurança,
circulação e acessibilidade da população, bem como a perda da identidade histórica e cultural,
ao revitalizar
Por fim, a realização deste estudo evidencia a importância da pesquisa científica para o
avanço do conhecimento na área de reabilitação predial e preservação histórica. Espera-se que
este trabalho possa servir como base para futuras investigações e despertar o interesse de outros
pesquisadores, visando a criação de medidas efetivas e estratégias mais eficientes para o edifício
tombado. Dessa forma, o Mercado Público poderá desempenhar um papel ativo na sociedade
de Oeiras, seja por meio de atividades comerciais, artísticas, culturais ou outras possibilidades,
contribuindo para o enriquecimento da vida da comunidade.
Conclui-se, portanto, que a reabilitação é uma ferramenta essencial para auxiliar na
preservação contra os impactos patológicos, problemas sociais e outros desafios. No contexto
do nosso projeto, foram indicadas algumas técnicas de reabilitação viáveis, tais como
modernização, retrofit e restauração, que englobam os reparos determinados pelos critérios
gerais. Sendo fundamental que essas intervenções preservem tanto a estética quanto a história

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do edifício.

AGRADECIMENTOS

Eu, Francisco Marques Filho, quero expressar minha gratidão a Deus por toda a força
que Ele me deu para continuar seguindo em frente. Também gostaria de agradecer minha
família, composta por minha avó, pai, mãe, tios(as), Rayla, Netynho, Sandrinha e meus amigos,
por me proporcionarem apoio e orientação ao longo da minha vida. Além disso, sou
imensamente grato à minha namorada Clara Elis pelo seu apoio, paz e incentivo. Não
conseguiria sem você, ou melhor, sem todos vocês. Amo cada um de vocês e espero que se
orgulhem, pois esta conquista é nossa. GRATIDÃO, FAMILIA!
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
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Eu, Pâmela Josefina de Macedo Oliveira agradeço primeiramente a Deus por me dá


forças nessa caminhada, e me ajudar a passar pelas dificuldades enfrentadas durante o curso.
Aos meus pais, que sempre acreditaram em mim, que fizeram tudo que estava ao seu alcance
para que eu pudesse me formar. Aos meus amigos e família que me aconselharam e foram
compreensivos nas minhas ausências enquanto eu me dedicava. Ao meu companheiro que me
acalmou quando eu estava tensa e aflita com medo das dificuldades acadêmicas.
Eu, Gabriel Fonseca de Carvalho, primeiramente quero agradecer a Deus por sempre ter
me abençoado e guiado para chegar até o fim dessa trajetória, a toda minha família que sempre
me encorajou para seguir em frente e chegar onde estou e ser quem sou hoje, a minha mãe, pai,
avós, tios(as) e a todos os meus amigos que sempre me apoiaram. Agradeço imensamente a
todos e saibam que o apoio de vocês foi de grande importância.
Somos TODOS gratos aos professores pelas correções e ensinamentos que nos
permitiram um melhor crescimento na formação profissional. Agradecemos a você, Luanna, e
a todos os educadores que participaram da nossa jornada. Obrigado!

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APPLETON, J. Reabilitação de Edifícios Antigos e Sustentabilidade . VI Encontro Nacional


de Estudantes de Engenharia Civil, ENEEC. Évora, 2010.

NBR 6118: Projetos de estrutura de concreto, Rio de Janeiro, 2014.

ANBR 15575-1: Edificações habitacionais: desempenho. Rio de Janeiro. 2013.

BARRIENTOS, M. Retrofit de Edificações: Estudo de reabilitação e adaptação das

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UFRJ. Rio de Janeiro, p. 252. 2004.

BARRO, M. M. B.; TANIGUTI, E. K.; RUIZ, L. B.; SABBATINI, F. H.; Tecnologia


construtiva racionalizada para produção de revestimentos cerâmicos verticais. Notas de
aula. São Paulo: USP, 1997.

BRASIL. Decreto-Lei nº25, de 30 de novembro de 1937 ?Organiza a proteção do


patrimônio histórico e artístico nacional. Disponível em: Acesso em: 17 de Outubro. 2022.

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Agência espanhola de cooperação internacional ? AECI, 2008.

CUNHA JÚNIOR, D. D. Curso de Direito Administrativo. Salvador: JusPodium, 2015.

CROITOR, E. P. N. A gestão de projetos aplicada à reabilitação de edifícios: estudo da


interface entre projeto e obra. 2009. 178f. Dissertação (Departamento de Engenharia de
Construção Civil) ?USP, São Paulo, 2009.

DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 23.ed. São Paulo: Atlas, 2015

FIORITI, C. F. et al. Um Estudo das Manifestações Patológicas em Vigas e Lajes de Concreto:


Edificações da FCT/UNESP. Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, v. 2, n. 3, 2017.

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Vozes, 2009.

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Tecnologia) São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 2007

OLIVEIRA, C. E. L. M. Restauração (reabilitação) da casa de cultura de Manhuaçu (MG), um


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SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. ed. 23. São Paulo: Cortez, 2008.

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TOMAZ, Paulo Cesar. A preservação do Patrimônio Cultural e sua Trajetória no Brasil.


Revista de História e Estudos Culturais. Vol.7. Ano VII, n. 2. ISSN 1807-6971. 2010.

UEMOTO, K. L. Projeto, execução e inspeção de pinturas. São Paulo: Tula Melo, 2002.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Apêndice I ? Questionário Virtual

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LINK:
https://docs.google.com/forms/d/1Dsdcaoh8NBqw5GQKVU2nFCk5eq0f4owBH0NrwxcsTc/e
dit?vc=0&c=0&w=1&flr=0

Apêndice II ? Relatório Fotografíco

LINK: file:///C:/Users/frmar/Downloads/Relatorio%20Fotografico%20mercado.pdf

1- QUESTIONÁRIO
1- RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Anexo I ? Plantas do Monumento Historico

LINK : ilovepdf_merged.pdf

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1- PLANTA DE SITUAÇÃO 2- PLANTA BAIXA


3- PLANTA DE CORTE 4- PLANTA DE COBERTURA
5- FACHADAS 6- PROJETO DE REFORMA
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil

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=================================================================================
Arquivo 1: ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537 termos)
Arquivo 2: https://exame.com/carreira/quando-a-empresa-pode-usar-a-imagem-dos-empregados (9
termos)
Termos comuns: 0
Similaridade: 0,00%
O texto abaixo é o conteúdo do documento ARTIGO CIENTÍFICO DO TCC2 FINALIZADO.pdf (5537
termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://exame.com/carreira/quando-a-
empresa-pode-usar-a-imagem-dos-empregados (9 termos)

=================================================================================

ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM


REABILITAÇÃO PREDIAL: ESTUDO DE CASO NO
ANTIGO MERCADO PÚBLICO DE OEIRAS-PI.

Francisco das Chagas Marques Filho¹


Gabriel Fonseca de Carvalho²
Pâmela Josefina de Macedo Oliveira³
Prof. Luanna de Carvalho Santos 4

RESUMO:

A construção civil não é apenas um meio de construir, mas também de resistir e


preservar a história. Por isso, o patrimônio histórico tem enorme notoriedade para a cultura
local. Em Oeiras, na primeira capital do Piauí e berço da colonização portuguesa, foi escolhida
para o projeto devido à sua rica história e cultura, onde a arquitetura desenvolvida na cidade
relata suas narrativas e memórias desde o século XVII. Na era Vargas, foram construídas
diversas obras públicas que ainda hoje estão erguidas, como o Mercado Público José Lopes da
Silva, sendo o monumento escolhido para o trabalho apresentado, construído em 1934 e
tombado pelo IPHAN em 2012, junto ao centro histórico. Neste trabalho, foi investigado a
presença de manifestações patológicas neste edifício tombado, bem como os distúrbios
causados pela ação do tempo e ação do homem, buscando retratar as consequências e a solução
desenvolvida. Foi realizado um estudo de caso baseado em pesquisas bibliográficas e de campo
para compreender tanto o significado deste patrimônio histórico para Oeiras, quanto as causas
e consequências do estado atual do edifício. Logo, constatou-se a necessidade de realizar a
pesquisa, tornando a reabilitação predial uma ferramenta de solução para diversos parâmetros

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e colaborar com este projeto para o desenvolvimento da obra.

Palavras-Chave: Edifícios tombados. Reabilitação predial. Preservação. Manifestação


patológica

¹ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;


² Graduanda em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
³ Graduando em Engenharia Civil na Faculdade de Floriano ? FAESF;
4 Professora Orientadora ? FAESF.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

1. INTRODUÇÃO

O processo de globalização introduziu a expansão populacional, unindo culturas e


criando grandes civilizações mais centralizadas e independentes, formando uma nova era
global. A engenharia civil tornou-se uma ferramenta essencial e indispensável para o
desenvolvimento urbano, criando estilos construtivos que cultivavam a cultura local e a
preservação da cultura passada. Porém, com o crescimento demográfico exponencial,
introduziu uma desorganização urbana que gerou problemáticas cada vez mais presentes na
malha urbana, contribuindo para o esvaziamento de áreas, promovendo a desqualificação e a
degradação territorial e, ainda, acarretando diversas problemáticas sociais, ambientais e
econômicas.
O estudo de caso foi desenvolvido no Antigo Mercado José Lopes da Silva, na cidade
de Oeiras, Piauí, com uma população estimada em 37.085 pessoas (IBGE, 2020), onde seu
centro histórico foi tombado pelo IPHAN em 2012, sendo considerada uma área tombada, com
"14 quarteirões e 235 imóveis tombados ao todo" (IPHAN, 2014). O antigo mercado público,
que foi um marco econômico e turístico desde os anos 30, encontra-se no atual centro histórico
desativado.

Figura 1 ?Mercado Público José Lopes da Silva. Fonte: Os autores (2022).

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Conforme Silva (2017), os processos de análise e reabilitação são distintos em


comparação com a engenharia tradicional, possibilitando a recuperação do patrimônio já
construído e tendo como objetivos atender às expectativas e solicitações específicas que surgem
com os avanços da modernidade. Esses processos baseiam-se em três pilares principais: valores
sociais, ambientais e econômicos.
Nesse sentido, o processo de modernização e atualização, de acordo com Barrientos
(2004), busca adequar antigas edificações aos padrões contemporâneos, levando em
consideração os aspectos mencionados por Silva. Esse método envolve o restauro e a
compatibilização de benfeitorias, visando tornar a edificação funcional e acessível para os usos
tradicionais e inovadores. Assim, além de atender às demandas da modernidade, a reabilitação
preserva a identidade e a memória cultural, mantendo a integridade do patrimônio.
Diante dessas informações, o trabalho tem como objetivo entender o estado atual do
edifício tombado, quais as causas e consequências dos impactos dos efeitos patológicos. Qual
o significado histórico desse monumento para a população oeirense? Quais os benefícios da
reabilitação predial? Logo, para responder todas as dúvidas, tem como objetivo geral analisar
as manifestações patológicas em reabilitação. Já os objetivos específicos têm a função de
demonstrar a relevância da reabilitação desse patrimônio no contexto sociocultural, analisar a
reabilitação predial como ferramenta para a circulação e reuso social, e identificar os impactos
dos efeitos patológicos existentes no Mercado Público de Oeiras-PI.
Este trabalho visa aumentar o conhecimento dos profissionais da construção civil, bem
como do conhecimento popular, para entender melhor o assunto, revelando sua importância na
busca de visibilidade e reconhecimento social. Com isso, busca-se ações efetivas e uma
fiscalização mais rigorosa dos responsáveis legais.
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

2. REABILITAÇÃO PREDIAL E SEUS CONCEITOS

O Manual de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais (2008) define a reabilitação predial


como "um processo de gestão de ações integradas, públicas e privadas, de recuperação e
reutilização do acervo edificado em áreas já consolidadas da cidade, que compreende os espaços
e edificações ociosas, vazias, abandonadas, sub-utilizadas e insalubres" (BRASIL, 2008).
Figura 2 ? Sequência lógica das ações de reabilitação.
Fonte: Qualharini (2020)

I. Conservação - Conjunto de ações para manter ou


reparar o desempenho da edificação.
II. Manutenção - Conjunto de ações para conservar
ou recuperar a funcionalidade da edificação e de
suas partes constituintes, podendo ser preventiva

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ou corretiva.
III. Reforma - Intervenção que busca recuperar a
forma original.
IV. Modernização - Ações de intervenção que têm
foco na inserção do bem construído em formas
contemporâneas, aliada à implantação de
avanços tecnológicos.
V. Retrofit - Termo técnico que significa voltar ao
que era, mas com atualização tecnológica,
propiciando incorporar sistemas e materiais
contemporâneos, prolongando a vida útil e a
funcionalidade das benfeitorias.
VI. Restauração - Conjunto de medidas para
recuperar a concepção original ou de uma época
marcante da história da edificação, respeitando-
se o seu significado estético e artístico.
VII. Recuperação - Ações para corrigir ou eliminar
patologias.

Croitor (2009) afirma, que geralmente, os bens edificados com possibilidades de passar
por um processo de reabilitação estão localizados em cidades mais antigas. O autor afirma
também que esse processo envolve diversos agentes motivados por seus próprios interesses,
afirmando que a reabilitação não se limita apenas a edifícios antigos e degradados.
De acordo com Qualharini (2020, p. 5), as intervenções em edificações necessitam de
características que possam graduar a reabilitação, a fim de apontar o tamanho e a dificuldade
do trabalho a ser realizado. O tipo de readequação dependerá da magnitude das alterações
necessárias para atender às demandas. Dessa forma, os ajustes ou intervenções são realizados
levando em consideração três condições: o comportamento estrutural, a necessidade de
adequação às condições de habitabilidade e o desempenho do envelope exterior.
Prosseguindo com Qualharini (2020, p. 5), a reabilitação de um edifício ocorre tanto
para reparar patologias quanto para melhorar seus critérios de desempenho em termos de
usabilidade, buscando o conforto do usuário e até mesmo a recuperação do desempenho
estrutural. No entanto, ao escolher os métodos, é necessário considerar dois critérios: os
impactos patológicos nos desempenhos da edificação e a análise das técnicas, levando em conta
o tipo e a duração necessária para corrigir as anomalias.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

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3. ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS.

Para Barrientos (2004), dentre os vários agentes que podem causar a degradação de uma
edificação, é possível destacar o próprio usuário por meio do uso inadequado, além das causas
imprevistas, como fenômenos naturais e guerras, e a influência do meio ambiente em que a
edificação está inserida.

3.1. PATOLÓGIAS EM ESTRUTURAS.

Os elementos estruturais, como lajes, vigas, pilares e fundações, têm como objetivo
sustentar a edificação e resistir aos esforços e ações externas. Portanto, é necessário prestar
maior atenção às suas manifestações patológicas, que geralmente são consequências de
problemas de construção na fase inicial, como falta de impermeabilização, uso de materiais de
baixa qualidade, erros de projeto, infiltrações e dosagens inadequadas. Esses problemas
resultam em manifestações patológicas. Um exemplo comum é a deterioração do concreto
armado, que pode ser de natureza mecânica, física e química. De acordo com Lapa (2008, p. 9),
"os três principais sintomas que podem surgir isoladamente ou simultaneamente são: fissuras,
destacamentos e desagregação".
Com base no que Fioriti (2017) afirma, a maioria dos distúrbios patológicos pode ser
evitada ao seguir a NBR 6118, que trata das estruturas de concreto, incluindo critérios para o
uso adequado de armaduras, espessuras mínimas de recobrimento e outros parâmetros
estabelecidos por essas normas. Já de acordo com Helene (2003), o conceito do concreto armado
foi revisto pela sociedade, uma vez que por muitos anos ele foi considerado um material eterno,
dispensando a necessidade de cuidados ao longo de sua vida útil e manutenções preventivas.
No entanto, devido à grande quantidade de edificações com problemas de degradação em seus
componentes estruturais, essa percepção mudou.

3.2. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS.

Segundo Helene (1993), as principais causas das manifestações patológicas estão


relacionadas às variações térmicas, variações de umidade, cargas excessivas, agentes biológicos
e químicos. No entanto, essas manifestações também podem ocorrer devido a erros durante a
execução, como argamassas mal dosadas, uso de materiais de baixa qualidade e espessuras
excessivas. E segundo Graupmann (2017), algumas das manifestações patológicas têm origem
na execução do revestimento, como a falta da aplicação da camada de chapisco, o que pode
levar à perda de aderência do revestimento à base e, consequentemente, ao desplacamento.
Qualharini (2020, p. 87) afirma, que a partir do século XIX, foram utilizados novos
aglomerantes, como o "Portland", que trouxeram mudanças na trabalhabilidade, durabilidade e
variação dos substratos. Como resultado, surgem patologias nos revestimentos, como
destacamento, descolamento de placas, desagregação e fissuras.

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3.3. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS.

Conforme apontado por Qualharini (2020, p. 91), as patologias nos revestimentos


cerâmicos podem se manifestar por meio de desplacamentos (perda de aderência devido à
retração ou dilatação), eflorescências (formação de crostas solúveis em água devido à
dissolução de sais), manchas/bolor (desenvolvimento de fungos causado por infiltrações),
trincas/fissuras (resultantes de esforços mecânicos de tração, flexão ou torção), gretamento
(presença de umidade que gera fissuras capilares e radiais) e comprometimento das juntas
(envelhecimento do material das juntas e perda da estanqueidade).
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Barros et al. (1997, p. 9) afirmam que a perda de aderência ocorre devido a distúrbios
na interface entre as camadas do revestimento cerâmico, quando as tensões aplicadas
ultrapassam a capacidade de aderência das ligações.

3.4. PATOLÓGIAS EM REVESTIMENTOS EM PINTURA.

Com base em Uemoto (2002), as pinturas têm não apenas um efeito estético, mas
também proporcionam uma alta capacidade de proteção. Atualmente, esses materiais de
acabamento têm se tornado cada vez mais importantes, uma vez que são a parte mais visível de
uma obra e exercem grande influência no desempenho e na durabilidade das edificações.
De acordo com Neto (2007), em seu trabalho, as principais manifestações patológicas
encontradas em pinturas são a desagregação, a eflorescência, o descascamento, as bolhas, o
desbotamento da tinta e as manchas ou bolor. Essas manifestações indicam problemas que
podem comprometer a integridade e a estética das superfícies pintadas.

4. ÍMOVEIS TOMBADOS.

Conforme os objetivos da Política Nacional do Patrimônio Cultural Tombado,


estabelecidos no Art. 5º, é garantido promover a proteção, preservação e restauração do
patrimônio cultural tombado. Além disso, é também promovida a capacitação contínua dos
profissionais responsáveis pela identificação, tombamento, proteção, restauração, conservação,
valorização e divulgação desse patrimônio cultural tombado.
Contudo, são estabelecidas restrições com o objetivo de proteger a história e a cultura
do local tombado, assegurando a sua preservação para as próximas gerações. Essas restrições
são fundamentais para garantir a integridade e autenticidade do patrimônio cultural e assegurar
que ele seja transmitido às futuras gerações como um legado histórico e cultural valioso.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional é um departamento federal
vinculado ao Ministério da Cidadania responsável pela preservação do Patrimônio Cultural
Brasileiro. Segundo o IPHAN (2014), "o tombamento é o instrumento de reconhecimento e

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proteção do patrimônio cultural mais conhecido e pode ser realizado pela administração federal,
estadual e municipal. Em âmbito federal, o tombamento foi instituído pela Lei nº 25, de 30 de
novembro de 1937". De acordo com o plano diretor do município de Oeiras-PI, no Art. 22 da
seção IX, garante-se a proteção dos imóveis tombados, obedecendo suas diretrizes, que
proporcionam incentivos fiscais, preservativos, manutenção, entre outros.
Segundo Tomaz (2010), a partir da década de 1920, a preservação do patrimônio
histórico, especialmente dos bens imóveis localizados fora dos museus, ganhou maior
relevância devido ao descaso e à deterioração desses bens. Essa situação despertou a
preocupação de intelectuais, que reconheceram a necessidade de preservar o patrimônio como
um "tesouro" nacional. A falta de preservação poderia levar à perda irreparável desses
importantes elementos do passado histórico e cultural.
Para Di Pietro (2015), o tombamento é um instituto que tem como objetivo proteger o
patrimônio histórico e artístico brasileiro. Embora a intervenção do Estado seja uma forma de
preservação, não sendo a única. A Constituição também prevê ações populares (art. 5º, LXXIII)
e ação civil pública (art. 129, III) como meios de proteção do patrimônio. Por sua vez, Cunha
Júnior (2015) enfatiza que o tombamento representa uma restrição imposta pelo Estado à
propriedade privada, visando à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Essa
restrição abrange bens móveis ou imóveis relacionados a eventos de importância para a história
do país, bem como aqueles de valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico
irreparável.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

5. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO PARA INTERVENÇÕES EM ÍMOVEIS


TOMBADOS.

Seguindo o pensamento de Qualharini (2020, p. 87), O pré-diagnóstico será o conjunto


de objetivos declarados para as condições de qualidade necessárias à recuperação de uma
benfeitoria. Esse processo consiste na investigação de documentos e plantas, seguida de uma
avaliação "in situ" das condições do local e das intervenções existentes.
No processo de pré-diagnóstico se obtém o perfil do objeto de intervenção e informações
para o diagnóstico situacional. O diagnóstico, por sua vez, emprega técnicas de investigação
predial para coletar dados que permitam a adequação do bem de acordo com a situação
específica. Sendo a vistoria uma das técnicas do diagnóstico para a coleta sistemática de dados,
ela pode utilizar ferramentas ou não durante o processo. Além da vistoria, existem outras
técnicas baseadas na coleta de documentos registrados, questionários, entrevistas, investigações
e medições físicas, que também são utilizadas para avaliar de forma preventiva. Para a proposta
de intervenção do ímovel tombado, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(2010) exige um conjunto de informações a serem disponibilizadas no projeto:

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a. Apresentação das questões conceituais e teóricas às


quais a proposta de intervenção está associada, com indicação
das fontes utilizadas (teorias da restauração e cartas
patrimoniais).
b. Detalhamento dos procedimentos indicados para
cada uma das etapas da intervenção.
c. Especificação dos materiais a serem utilizados,
relacionando-os à deterioração identificada e ao resultado
desejado.
d. Cronograma da execução física ? apresentação das
etapas da intervenção com a definição do tempo necessário
para o cumprimento de cada uma delas.
e. Recomendações relacionadas à conservação do bem
após a intervenção, quanto ao ambiente de guarda, manuseio,
acondicionamento, entre outras.
f. Planilha Orçamentária com todos os itens de
execução, quantitativos, composição de preços unitários,
itens de composição de BDI e encargos sociais.
g. Plano contendo dados sobre a infraestrutura a ser
montada para realização do serviço, levando em consideração
os seguintes itens, em conformidade com o disposto na norma
NR18 do Ministério do Trabalho e Emprego.

De acordo com a Lei nº 25/1937 e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos


Territórios, os bens tombados não podem ser destruídos, reparados ou restaurados sem uma
autorização prévia do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, podendo sofrer
pena de multa. Qualquer tipo de intervenção em um imóvel tombado requer a análise de
processos importantes, como a preservação da proposta estética original e o cuidado com a
fachada original, buscando a continuidade do uso previsto pela lei.
Sendo assim, a Intervenção é toda alteração do aspecto físico, das condições de
visibilidade, ou da ambiência de bem edificado tombado ou da sua área de entorno, tais como
serviços de ?manutenção e conservação, reforma, demolição, construção, restauração,
recuperação, ampliação, instalação, montagem e desmontagem, adaptação, escavação,
arruamento, parcelamento e colocação de publicidade? (IPHAN, 2010).

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

6. VANTAGENS E BENEFICIOS DA REABILITAÇÃO DOS ÍMOVEIS

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TOMBADOS.

Com base no que diz Qualharini (2020), a reabilitação do patrimônio edificado tornou-
se uma prática no meio urbano, visando a requalificação do espaço devido ao abandono e à
degradação das áreas, o que acarreta problemas sociais e demográficos no local. Essa
degradação urbana é resultado do crescimento acelerado e desorganizado mencionado
anteriormente, que também leva ao esvaziamento demográfico e à desqualificação das
edificações e da infraestrutura inadequada, resultando em questões de habitabilidade,
marginalidade e segurança. Portanto, é fundamental estabelecer planos de preservação do
patrimônio, utilizando recursos disponíveis e promovendo uma renovação que torne esses
espaços contemporâneos.
Conforme Appleton (2010), a adoção de práticas de reabilitação, em contraste com a
construção de novas edificações, apresenta indicadores importantes, tais como proteção
ambiental, preservação de valores culturais e vantagens econômicas. Existe uma
conscientização de que conjuntos de edifícios antigos revelam a evolução histórica e cultural
de uma sociedade. Além disso, a reabilitação contribui para a redução das emissões de gases e
resíduos sólidos gerados nas fases de construção e demolição, em comparação com o início de
uma nova construção. Por sua vez, Silva (2017) afirma que a reabilitação também resulta em
uma redução de custos nos processos de licenciamento, logística de demolição e estaleiros.

7. MÉTODOS DE ANÁLISE.

Este trabalho foi realizado por meio de um levantamento bibliográfico e de campo, com
o objetivo de obter uma base de conhecimento sobre os processos de análises e reabilitação,
considerando os "valores sociais, ambientais e econômicos" (Silva, 2017), e alcançando os
objetivos estabelecidos. Segundo Severino (2008), a pesquisa bibliográfica é um método
fundamental para o desenvolvimento de novas pesquisas, pois proporciona acesso a dados e
teorias já trabalhadas e registradas por outros pesquisadores.
Para o projeto, foi escolhido o método qualitativo, utilizando-se da estratégia de coleta
de dados por meio de uma vistoria "in loco" realizada em 15/11/22, na qual foram registradas
fotografias e realizada a análise visual do local. De acordo com Minayo (2009), a pesquisa
qualitativa busca compreender a complexidade de fenômenos, fatos e processos particulares e
específicos, lidando com um nível de realidade não medido quantitativamente, como
significados, aspirações, crenças, valores e atitudes.
Logo após a coleta de dados no levantamento de campo, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica para buscar artigos, leis, documentos, plantas e projetos relacionados ao
monumento, com o objetivo de embasar o estudo literário. Em seguida, foi feito um
comparativo entre os registros fotográficos e a análise visual, utilizando também a pesquisa
documental, gerando um relatorio fotográfico com descrições do local.
Posteriormente, optando também pelo método quantitativo, foi desenvolvido um
questionário virtual direcionado ao público-alvo, com a participação de 50 pessoas. O
questionário abordou aspectos como importância, qualidade, segurança e conhecimento atual
sobre o antigo mercado público de Oeiras-PI. Além disso, foram realizadas entrevistas

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informais com profissionais que possuíam conhecimento e experiência relacionados ao


monumento, os quais disponibilizaram plantas e projetos do local. Esses resultados serão
incorporados ao projeto por meio de um 'QR Code' para visualização, juntamente com as plantas
de situação, cortes, projetos de reforma, relatório e o questionário virtual, nas áreas de anexo e
apêndice.
Dessa forma, foi realizada o pré-diagnostico e o diagnostico. No entanto, devido à falta
de informações e recursos próprios, não foi possível realizar o questionário do diagnóstico.
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Além disso, as medições físicas foram limitadas devido à grande dimensão do local, sendo
analisadas apenas com base nas plantas disponíveis.

8. ANÁLISE E RESULTADOS
8.1. ANÁLISE QUALITATIVA E DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

Figura 3 - Localização do antigo Mercado Público em Oeiras-PI. Fonte: Google Maps, 2023.

Oeiras passou por um período de decadência após deixar de ser capital em 1852. No
entanto, após a Era Vargas (1930-1945), a cidade experimentou um grande desenvolvimento,
com a preservação de obras públicas que se mantêm até os dias atuais, como o Cine Teatro, o
Passeio Público Leônidas Melo e o Mercado Público. No século XXI, Oeiras vivenciou um
crescimento significativo no setor de serviços, consolidando-se como um importante polo
regional. O mercado está localizado no centro histórico de Oeiras, na Avenida José Tapety,
1594-1630, CEP 64500-000. O monumento possui uma área construída de 1.141,12 m² e conta
com a praça Coronel Orlando de Carvalho ao seu redor, além de escadarias, 20 boxes externos,
42 boxes internos, 2 banheiros, 4 halls de entrada, pátio, entre outros espaços.
Durante a pesquisa bibliográfica, foram encontrados documentos e plantas de reforma
que incluíam o mercado público. Entre eles, destaca-se o "Programa Monumenta" do Ministério
da Cultura, criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 2000. Esse programa
garante recursos da União e financiamento do BID, com o objetivo de preservar sítios
históricos, incluindo aqueles protegidos pelo IPHAN. Em 2002, o mercado ganhou visibilidade
federal e foi realizado o projeto de restauro e requalificação pela Superintendente do IPHAN
na época, a arquiteta Claudiana Cruz. Em 2017, houve uma nova tentativa de requalificação
liderada pela arquiteta Rosalina Veloso, em parceria com a SEINFRA - Secretaria de
Infraestrutura do estado do Piauí. No entanto, por razões desconhecidas, os órgãos responsáveis
locais não executaram o projeto e não utilizaram os recursos, embora tenham realizado
pequenos reparos e limpeza durante algum tempo.

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A vistoria "in loco" foi conduzida de forma sistemática, incluindo a análise preliminar
de plantas do projeto fornecidas por profissionais colaboradores. Foi registrado imagens
fotográficas para a descrição detalhada e a elaboração de um relatório para descobrir os niveis
de intervenção e classificação da reabilitação, com base em Qualharini (2020), na figura 4.

Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.


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Figura 4 ? Condicionantes dos níveis de intervenção. Fonte: Qualharini (2020).


Qualharini (2020) afirma que as condições de habitabilidade referem-se ao conforto dos
usuários em geral. A adequação do comportamento estrutural refere-se à segurança
proporcionada pelo conjunto estrutural. O desempenho do envelope externo refere-se às
condições de habitabilidade proporcionadas pelo entorno do edifício, incluindo acessos,
fachadas e circulações. Considerando dois critérios: níveis dos impactos e análise de técnicas
de recuperação.

Figura 5 ? Classificação das reabilitações, quanto à gravidade da intervenção. Fonte: Qualharini (2020).

Figura 6 ? Impactos das patologias nas edificações. Fonte: Qualharini (2020).

De acordo com as informações encontradas no estudo, na vistoria e na análise dos níveis


de intervenção, foi constatada uma significativa quantidade de patologias "pequenas" e
"médias", afetando tanto o aspecto visual quanto a usabilidade do monumento. Essas
constatações seguem os critérios gerais estabelecidos por Qualharini (2020).

Figura 7 ? Fluxograma escalar de uma reabilitação. Fonte: Qualharini (2020).

Assim, com base na nossa avaliação e considerando os critérios de Qualharini (2020),


constatamos que é necessário apenas realizar substituições ou intervenções parciais, incluindo
limpeza e pequenos reparos. Isso indica que as intervenções necessárias são de menor escala e
não requerem grandes alterações ou reconstruções. A partir dos fatos encontrados, incluindo os
niveis de intervenção juntamente com o fluxograma escalar de reabilitação de Qualharini
(2020), fica claro que há a necessidade de uma reabilitação média de nível 2, levando em
consideração os critérios gerais estabelecidos. ?Neste nível, além de atender as condições de
uma reparação rápida, torna-se necessária uma reforma parcial ou total da edificação, podendo
incluir mudanças no layout interno, mas mantendo o seu uso original.? (QUALHARINI, 2020,
p.12).

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Fonte: Os autores (2023).

PEQUENAS MÉDIAS GRANDES MUITO GRANDES


DESEMPENHO DO ENVELOPE EXTERIOR X
NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE X
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL X
NÍVEIS DE INTERVENÇÃO
PATOLOGIAS
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
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disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Com base nesta avaliação de intervenção, foi possível realizar um pré-diagnóstico por,
com o objetivo de determinar as condições atuais do edifício tombado. Esse processo resultou
na definição dos níveis de intervenção necessários, no grau de reparo (classificação de
reabilitação) e na viabilidade de recuperação dessa benfeitoria. Essas informações
proporcionaram o estabelecimento do perfil objetivo da intervenção e forneceram dados para o
diagnóstico situacional do mercado público. Segundo Barrientos e Qualharini (2004) as etapas
de pré-diagnóstico correspondem:

A) Derrubar e reconstruir: indicado quando elementos estruturais apresentam um grau


de degradação tão acentuado que represente perigo ou falta de estabilidade ao edifício.
Esta solução só deve ser adotada quando o Retrofit for inviável tanto técnica quanto
economicamente.
B) Recuperar e realizar obras de caráter menor: indicado quando ainda há
possibilidade de recuperar a edificação ou adaptá-la à nova utilização.
C) Acrescentar elementos de conforto: indicado em casos que o estado de degradação
do edifício não é um fator relevante e o objetivo principal é apenas melhorar as
condições de utilização do mesmo. Este caso configura um Retrofit superficial que
geralmente engloba obras de orçamento reduzido.

Essas etapas foram fundamentais para avaliar as condições e identificar intervenções


necessárias, com o objetivo de recuperar ou até mesmo apenas acrescentar elementos de
conforto, dependendo da finalidade e proposta do projeto. Para a análise do pré-diagnóstico, foi
utilizado o modelo de fluxograma de Barrientos e Qualharini (2004), conforme exposto na
Figura 8.

Figura 8 ? Fluxograma de um pré-diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

Com base nisso, utilizando a tabela da classificação dos elementos construtivos de

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Barrientos e Qualharini (2004), é possível descobrir e avaliar a urgência da intervenção,


estabelecendo prioridades, técnicas, ações, agrupamentos e resultados finais para o diagnóstico
avaliativo. Com a junção dessas etapas, torna-se possível criar o projeto preliminar, utilizando
como base os projetos cedidos. Essa abordagem sistemática e criteriosa proporcionará uma base
sólida para o desenvolvimento do projeto.

Figura 9 ? classificação dos elementos construtivos. Fonte: Barrientos e Qualharini, 2004.

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A figura 10 ilustra o fluxograma do diagnóstico, apresentando a metodologia proposta


para a busca do processo de reabilitação ideal e viável para o nosso projeto. Esse fluxograma
ilustrado é uma representação visual que mostra os passos necessários para determinar a melhor
abordagem de reabilitação adequada para o projeto, considerando os critérios de Qualharini
(2020) e auxiliando na tomada de decisão.

Figura 10 ? Fluxograma de um diagnóstico. Fonte: Qualharini (2020).

8.2 ANÁLISE DOS DADOS QUANTITATIVOS.

Entre os 50 participantes do questionário virtual realizados por formularios com


individuos distintos, responderam que:

DAS PERGUNTAS ENTRE OS 50 PARTICIPANTES SIM NÃO


MORAM OU CONVIVEM EM OEIRAS 92% 8%
CONHECEM O ANTIGO MERCADO PÚBLICO 98% 2%
CONHECEM ALGUÉM QUE FIZERAM PARTE DA HISTÓRIA DO LOCAL 40% 60%
CONHECEM A HISTÓRIA DO MERCADO 50% 50%
Fonte: dados coletados pelo autor

Conclui-se que apesar de 8% não morarem ou conviverem na cidade, 6% entre eles


ainda conhece o monumento histórico e apenas metade a sua historia. Já diante de algumas
fotografias mostradas no formulario, enquete de avaliação do estado atual foi formada, com a
pergunta: ?QUAL SUA AVALIAÇÃO PARA O ESTADO APARENTE E ATUAL DO
ÍMOVEL TOMBADO??.

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Fonte: dados coletados pelo autor

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disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Observou-se um desagradamento de 86% para a classificação de ?RUIM? e 2% para


?PÉSSIMO?. Então concluindo, uma avaliação de uma avaliação bem negativa pela grande
maioria dos participantes. Também foi realizado uma enquete de criterio de segurança do local,
com a pergunta: ?VOCÊ SE SENTE SEGURO AO PASSAR PRÓXIMO AO MERCADO??.

Fonte: dados coletados pelo autor

A partir da enquete sobre importancia da preservação, respondido positivamente por


92%, tambem foi feito a pergunta ?VOCÊ ACHA QUE DIMINUIRIA OS RISCOS DE
CRIMINALIDADE DESSA REGIÃO?? reflete graficamente as respostas da seguinte maneira:

Fonte: dados coletados pelo autor

Assim, chegando ao estado conclusivo de um problema social causado pela degradação


do local, considerado por 82% dos participantes e quando perguntado da situação atual do local
é o motivo de causar tais problemas sociais 88% ?votaram SIM?. Logo, levando em
consideração estas informações, a enquete com a pergunta: ?VOCÊ ACREDITA NA
REABILITAÇÃO, COMO SOLUÇÃO VIAVEL PARA ESSE PRÉDIO E QUE TRARÁ
MELHORIAS PARA A CIDADE DE OEIRAS-PI?

Fonte: dados coletados pelo autor

Nessa amostra percebe-se que todos os 50 participantes optaram pela prática da


reabilitação como o metodo viavel para solucionar problemas sociais, causados pelo que eles
mesmos (a maioria) responsabilizam, que é a falta de preservação.

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9. CONCLUSÃO

O Mercado Público, localizado no coração da cidade de Oeiras, foi, em tempos passados,


um marco no comércio local, sendo cercado pela famosa "feirinha livre". No entanto, ao longo
do tempo, o mercado perdeu espaço e funcionalidade devido à falta de ações dos órgãos
responsáveis, resultando na má conservação do local e em condições funcionais precárias,
mesmo recebendo recursos governamentais para a preservação e a reabilitação do mercado.
Diante desse contexto, torna-se indispensável a visibilidade e o reconhecimento desse
monumento, não apenas para a população em geral, mas especialmente para os agentes
responsáveis pela preservação do patrimônio local.
Para concluir, entende-se que a preservação não apenas desse edifício tombado, mas de
qualquer outro patrimônio histórico, representa um papel fundamental para a valorização da
história e identidade cultural de uma sociedade, onde levam consigo as memórias e os legados
de gerações passadas. Dessa forma, ao preservar esses edifícios, torna-se possível a transmissão
desses legados às gerações futuras e possibilitando a compreensão de suas raízes, enriquecendo
a nossa identidade própria. Além disso, permite a valorização do patrimônio urbano, trazendo
benefícios socioeconômicos para a sociedade local. uma vez que sua preservação e revitalização
podem atrair visitantes, colaborarar com o turismo local e gerar retornos financeiros para a
cidade. Outro ponto importante é o desenvolvimento sustentável, ao revitalizar esse edifício
que se encontra com a falta de adequações às condições de habitabilidade.
Ao longo desta pesquisa, foram identificadas várias contribuições no área da engenharia
civil, especialmente no que diz respeito aos critérios necessários para os processos de
reabilitação e às análises patológicas. Entretanto, essas contribuições não se limitam apenas a
aspectos técnicos, mas também se ramificam para áreas socioculturais. Durante a análise dos
problemas ao longo da pesquisa, foi possível identificar como a reabilitação não apenas visa a
estética e a usabilidade do edifício mas também possibilita soluções de problemas relacionadas
à degradação das áreas, desqualificação urbana, problemas de habitabilidade, insegurança,
circulação e acessibilidade da população, bem como a perda da identidade histórica e cultural,
ao revitalizar
Por fim, a realização deste estudo evidencia a importância da pesquisa científica para o
avanço do conhecimento na área de reabilitação predial e preservação histórica. Espera-se que
este trabalho possa servir como base para futuras investigações e despertar o interesse de outros
pesquisadores, visando a criação de medidas efetivas e estratégias mais eficientes para o edifício
tombado. Dessa forma, o Mercado Público poderá desempenhar um papel ativo na sociedade
de Oeiras, seja por meio de atividades comerciais, artísticas, culturais ou outras possibilidades,
contribuindo para o enriquecimento da vida da comunidade.
Conclui-se, portanto, que a reabilitação é uma ferramenta essencial para auxiliar na
preservação contra os impactos patológicos, problemas sociais e outros desafios. No contexto
do nosso projeto, foram indicadas algumas técnicas de reabilitação viáveis, tais como
modernização, retrofit e restauração, que englobam os reparos determinados pelos critérios

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gerais. Sendo fundamental que essas intervenções preservem tanto a estética quanto a história
do edifício.

AGRADECIMENTOS

Eu, Francisco Marques Filho, quero expressar minha gratidão a Deus por toda a força
que Ele me deu para continuar seguindo em frente. Também gostaria de agradecer minha
família, composta por minha avó, pai, mãe, tios(as), Rayla, Netynho, Sandrinha e meus amigos,
por me proporcionarem apoio e orientação ao longo da minha vida. Além disso, sou
imensamente grato à minha namorada Clara Elis pelo seu apoio, paz e incentivo. Não
conseguiria sem você, ou melhor, sem todos vocês. Amo cada um de vocês e espero que se
orgulhem, pois esta conquista é nossa. GRATIDÃO, FAMILIA!
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
Artigo cientifico apresentado à Faculdade de Floriano ? FAESF, para à obtenção de aprovação na
disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Eu, Pâmela Josefina de Macedo Oliveira agradeço primeiramente a Deus por me dá


forças nessa caminhada, e me ajudar a passar pelas dificuldades enfrentadas durante o curso.
Aos meus pais, que sempre acreditaram em mim, que fizeram tudo que estava ao seu alcance
para que eu pudesse me formar. Aos meus amigos e família que me aconselharam e foram
compreensivos nas minhas ausências enquanto eu me dedicava. Ao meu companheiro que me
acalmou quando eu estava tensa e aflita com medo das dificuldades acadêmicas.
Eu, Gabriel Fonseca de Carvalho, primeiramente quero agradecer a Deus por sempre ter
me abençoado e guiado para chegar até o fim dessa trajetória, a toda minha família que sempre
me encorajou para seguir em frente e chegar onde estou e ser quem sou hoje, a minha mãe, pai,
avós, tios(as) e a todos os meus amigos que sempre me apoiaram. Agradeço imensamente a
todos e saibam que o apoio de vocês foi de grande importância.
Somos TODOS gratos aos professores pelas correções e ensinamentos que nos
permitiram um melhor crescimento na formação profissional. Agradecemos a você, Luanna, e
a todos os educadores que participaram da nossa jornada. Obrigado!

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APPLETON, J. Reabilitação de Edifícios Antigos e Sustentabilidade . VI Encontro Nacional


de Estudantes de Engenharia Civil, ENEEC. Évora, 2010.

NBR 6118: Projetos de estrutura de concreto, Rio de Janeiro, 2014.

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BARRIENTOS, M. Retrofit de Edificações: Estudo de reabilitação e adaptação das


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UFRJ. Rio de Janeiro, p. 252. 2004.

BARRO, M. M. B.; TANIGUTI, E. K.; RUIZ, L. B.; SABBATINI, F. H.; Tecnologia


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aula. São Paulo: USP, 1997.

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disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

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Apêndice I ? Questionário Virtual

LINK:
https://docs.google.com/forms/d/1Dsdcaoh8NBqw5GQKVU2nFCk5eq0f4owBH0NrwxcsTc/e
dit?vc=0&c=0&w=1&flr=0

Apêndice II ? Relatório Fotografíco

LINK: file:///C:/Users/frmar/Downloads/Relatorio%20Fotografico%20mercado.pdf

1- QUESTIONÁRIO
1- RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Marques Filho, F. C.; De Carvalho, G. F.; Oliveira, P. J. M.; Santos, L. C.
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disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso II (TCC II), do curso de Bacharel em Engenharia Civil, 2023.

Anexo I ? Plantas do Monumento Historico

LINK : ilovepdf_merged.pdf

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1- PLANTA DE SITUAÇÃO 2- PLANTA BAIXA


3- PLANTA DE CORTE 4- PLANTA DE COBERTURA
5- FACHADAS 6- PROJETO DE REFORMA
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