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Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


Para mais detalhes sobre o CopySpider, acesse: https://copyspider.com.br

Instruções
Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo
de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

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Modo: web / normal

Arquivos Termos comuns Similaridade


EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf X 60 0,84
http://sistemaolimpo.org/midias/uploads/60be8fdc13a6886ca7c
85f29ff7e9397.pdf
EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf X 15 0,31
https://cft.vanderbilt.edu/guides-sub-pages/blooms-taxonomy
EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf X 5 0,11
https://www.aanda.org/articles/aa/abs/2014/08/aa23514-
14/aa23514-14.html
EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf X 4 0,08
https://explorable.com/domains-of-learning
EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf X 3 0,06
https://ludwig.guru/s/to+be+able+to+classify
EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf X 1 0,02
https://www.questionpro.com/blog/smart-objectives-and-goals
EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf X 0 0,00
https://penpoin.com/levels-of-hierarchy
EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf X 0 0,00
http://www.google.com.br/url?esrc=s
Arquivos com problema de download
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que o documento não existe ou não pode
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220612700_Developing_a_computer_scie
nce-specific_learning_taxonomy
https://www.indeed.com/career-advice/career- Não foi possível baixar o arquivo. É
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https://www.indeed.com/career-
advice/career-development/domains-of-
learning
https://www.indeed.com/career-advice/career-development/list- Não foi possível baixar o arquivo. É
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https://www.indeed.com/career-
advice/career-development/list-of-use-
cases-examples

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https://www.researchgate.net/publication/234828534_Is_Bloom' Não foi possível baixar o arquivo. É


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que o documento não existe ou não pode
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https://www.researchgate.net/publication/
234828534_Is_Bloom's_taxonomy_appro
priate_for_computer_science
Arquivos com problema de conversão
https://www.amazon.com.br/Meu-Primeiro-Robo- Não foi possível converter o arquivo. É
Introdut%C3%B3ria-Lego/dp/8579191319 recomendável converter o arquivo para
texto manualmente e realizar a análise
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Arquivo 1: EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf (3596 termos)
Arquivo 2: http://sistemaolimpo.org/midias/uploads/60be8fdc13a6886ca7c85f29ff7e9397.pdf (3555
termos)
Termos comuns: 60
Similaridade: 0,84%
O texto abaixo é o conteúdo do documento EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf
(3596 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
http://sistemaolimpo.org/midias/uploads/60be8fdc13a6886ca7c85f29ff7e9397.pdf (3555 termos)

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APLICAÇÃO DA TAXONOMIA DE BLOOM COMO


APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA DISPLINA DE
ROBÓTICA NA EDUCAÇÃO

Priscila Rocha Fernandes(a)1

Resumo:

A usabilidade da taxonomia de Bloom em sala de aula almeja que os alunos consigam


classificar seus domínios de aprendizagem com a aplicação de definição de objetivos a partir
de uma listagem das habilidades e dos processos envolvidos nas atividades educacionais,
estabelecendo critérios avaliativos. A disciplina de RE pode ter sua competência aumentada
quando associada aos níveis hierárquicos que os alunos devem atingir direcionados pela teoria
de Bloom, como modelo de classificação dos objetivos educacionais, com o intuito de criar
condições adequadas nas aulas de RE para obter de forma concreta um conhecimento antes de
passar para o próximo nível. Este artigo destina-se, através de uma pesquisa bibliográfica, a
relatar brevemente a implantação da taxonomia de Bloom como metodologia ativa na disciplina

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de RE do ensino fundamental, as características e o diferencial importantes, além de caso de


uso bem sucedido. Com este trabalho, pretende-se avaliar o grau de satisfação dos educandos
com a aplicação da teoria de Bloom. Assim, espera-se contribuir com a proposta da aplicação
desta metodologia nas aulas de RE, mostrando-a como um diferencial na redução das dúvidas
e sendo mais interessante para os educandos, contribuindo para o processo de aprendizagem.
Para isso foram utilizados como fontes livros, artigos publicados e revistas que auxiliam na
compreensão dessa metodologia.

Palavras-chave: Robótica educativa. Taxonomia de Bloom. Metodologias Ativas.

1 Bacharel em Ciência da Computação. Pós-graduada em Informática Educativa. Mestrando em


Tecnologias
Emergentes em Educação pela Must University. priscilar@gmail.com.
2

Abstract:

The usability of Bloom's taxonomy in the classroom aims for students to be able to classify
their learning domains with the application of objective definition from a list of skills and
processes involved in educational activities, establishing evaluative criteria. The RE discipline
can have its competence increased when associated with the hierarchical levels that students
must reach, guided by Bloom's theory, as a classification model of educational objectives, with
the aim of creating adequate conditions in RE classes to concretely obtain a knowledge before
moving to the next level. This article aims, through bibliographical research, to briefly report
the implementation of Bloom's taxonomy as an active methodology in the RE discipline of
elementary school, the important characteristics and differential, as well as a successful use
case. With this work, we intend to evaluate the degree of satisfaction of students with the
application of Bloom's theory. Thus, it is expected to contribute to the proposal of applying this
methodology in RE classes, showing it as a differential in reducing doubts and being more
interesting for students, contributing to the learning process. For this, books, published articles
and magazines that help in understanding this methodology were used as sources.

Keywords: Educational robotics. Bloom's taxonomy. Active Methodologies.

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1 Introdução

A reflexão na participação dos educandos em atividades diferenciadas propostas em


aula, através de novos mecanismos metodológicos para a aprendizagem se apresenta atualmente
como uma necessidade que surge em decorrência das mudanças sociais e dos constantes
avanços tecnológicos (Coelho; Góes, 2020). Assim, o educador, atento às novas práticas
pedagógicas apropria-se desta oportunidade em utilizar as tecnologias, como meio para
construir e difundir um aprendizado mais dinâmico, e ainda, para concretizar a necessária
mudança de paradigma educacional, centrando seus esforços nos processos de criação, gestão
e reorganização das situações de aprendizagem.
Para tanto, observa-se nas aulas de RE, um desafio encontrado para se ensinar robótica
consiste em escolher um instrumento adequado que possa nortear o ensino e a avaliação de
3

aprendizagem. Afirma-se que há uma enorme dificuldade por parte dos professores em
mensurar objetivamente a aprendizagem dos alunos nas disciplinas de programação [Jesus e
Raabe, 2009].
A fim de reverter esse quadro, e criar nessas aulas um ambiente organizado e dinâmico,
a taxonomia de Bloom [Bloom, 1956] [Krathwohl, 2002] é apontada como instrumento
aplicável também no ensino de programação [Aureliano e Tedesco, 2012].
Desta forma, a implantação da taxonomia de Bloom nas aulas de RE tem como
principais objetivos: (i) o desenvolvimento de ações de domínio cognitivo envolve a capacidade
de os alunos darem sentido às informações que recebem durante as aulas e a maneira de utilizá-
las na vida prática, de modo que o conhecimento adquirido seja produtivo; (ii) o domínio afetivo
que refere-se às emoções, aos sentimentos e aos comportamentos desenvolvidos a partir do
processo de ensino e aprendizagem, considerando que não somos mais os mesmos depois de
aprendermos algo novo; (iii) No campo psicomotor, as habilidades físicas auxiliam na aquisição
de novos conhecimentos a partir dos movimentos do corpo, da manipulação de objetos e dos
sentidos corporais. Todos esses objetivos visam a contemplar às aulas de RE e aos alunos, os
domínios cognitivo, afetivo e psicomotor, e seus objetivos específicos devem estar de acordo
com os níveis hierárquicos, já que escolas devem estimular as habilidades correspondentes a
cada domínio, pois juntos permitem a efetivação da aprendizagem.
O presente trabalho apresenta como questão conhecer a aplicação da taxonomia de
Bloom envolvendo projetos de RE como ferramenta pedagógica para a melhoria no aprendizado
estimulando as habilidades relacionadas aos objetivos educacionais nos níveis hierárquicos
definidos no conteúdo. Neste trabalho, optou-se por utilizar como metodologia a pesquisa
bibliográfica, com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e
outros, buscando conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado assunto.

2 Robótica Educativa e suas Tecnologias

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A Robótica Educativa (RE), tem inovado em diversos campos do conhecimento e


permitido a interdisciplinaridade na educação através de experiências práticas envolvendo
hardware e software, e raciocínio lógico como essencial na construção e programação de robôs
focados em solucionar problemas do cotidiano através da colaboração de ambos: professor e
alunos pelo uso de aparatos tecnológicos (Maisonnette, 2019, p. 5).
As possibilidades de uso da RE em competências de aprendizagem são ilimitadas, e
aumentam à medida em que são lançadas novas versões de kits de montagem e construção
disponíveis às escolas, inseridas no mundo tecnológico e o uso em sequências didáticas durante
o ensino [Santos et al, 2018].
Convém lembrar que os educadores, quanto ao aproveitamento da RE tenham um olhar
observador, apoiados nas especificações indicadas pelos elaboradores dos equipamentos da RE,
tais como, de idade apropriada e segurança, e principalmente, "abordam em pesquisas sobre o
seu uso na infância, corroborando ao uso ético e seguro da tecnologia? (Baillargeon et al, 2018).
Dessa forma, será assertivo prescrever o uso da RE com a mediação de educadores.

3 A taxonomia de Bloom

A Taxonomia de Bloom refere-se a uma classificação dos diferentes objetivos que os


educadores estabelecem para que seus estudantes alcancem novas habilidades. Ela divide os
objetivos educacionais em três domínios distintos: cognitivo, afetivo e psicomotor. O domínio
cognitivo engloba o conhecimento e pensamento, o domínio afetivo o sentimento e as relações
interpessoais, e o domínio psicomotor a manipulação física de objetos. O desenvolvimento em
cada domínio é medido através de níveis ou categorias organizadas em hierarquias lineares, de
5

forma que para alcançar uma categoria, o aluno deve dominar as categorias anteriores. Portanto,
dentro dos domínios, a aprendizagem nos níveis superiores é dependente da obtenção do
conhecimento prévio e habilidades em níveis inferiores. A seguir detalhamos o Domínio
Cognitivo da referida Taxonomia, uma vez que neste trabalho, por questões de espaço, vamos
enfocar apenas os resultados relativos a este domínio. Habilidades no domínio cognitivo tratam
do conhecimento, compreensão e pensamento crítico sobre um tema específico. Segundo Scott
(2003), a educação tradicional tende a enfatizar as habilidades neste domínio, principalmente
as primeiras categorias. O domínio cognitivo apresenta seis níveis (Figura 1), aumentando em
complexidade ao mover-se através das categorias de ordem mais baixas às mais altas. O
desenvolvimento de uma categoria não implica no deslocamento imediato para um nível
superior. No entanto, segundo Bloom, um estudante precisa dominar as categorias-requisito de
uma categoria para poder então alcançá-la.

Figura 1 - Relação entre as categorias do Domínio Cognitivo na Taxonomia de Bloom de acordo


com Johnson e Fuller (2006).

Uma recente reavaliação da Taxonomia de Bloom por Anderson e seus colegas (2001)
sugere que os dois ou três primeiros níveis da hierarquia podem ser planos. Os autores também

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propuseram que a taxonomia deve ser bidimensional, com as (ligeiramente reconfiguradas)


categorias originais de Lembrar, Entender, Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar formando a
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dimensão do processo cognitivo e factual, conceitual, procedimental e metacognitivo, como


indicado no Quadro 1.

Quadro 1 - Categorias da Taxonomia de Bloom e seus verbos associados

Segundo Johnson e Fuller (2006), essas taxonomias não definem uma sequência de
instruções, mas sim níveis de desempenho que podem ser desejados para qualquer tipo de
conteúdo. É esperado que um aluno atuante em um nível cognitivo superior seja capaz de operar
nos níveis mais baixos na hierarquia. Isso poderia ser interpretado como o reconhecimento de
um processo de aprendizagem sequencial. No entanto, a Taxonomia não descarta o uso de uma
abordagem iterativa para aprender o conteúdo. Whalley e outros (2006) diz que mesmo para
professores de computação experientes, muitas das descrições dos níveis da taxonomia em
certas categorias são difíceis de ser interpretados no contexto dos exercícios de programação.
Esse problema também é apontado por Pedroza (2011), embora afirme que a Taxonomia
revisada solucionou diversas questões da versão original, tornando-a mais indicada para
utilização como ferramenta norteadora em trabalhos científicos.
Considerado uma metodologia de simples compreensão, aplicação, e capaz de produzir
resultados a curto prazo, a taxonomia de Bloom prepara o ambiente para mudanças culturais e
de hábito promovendo o crescimento contínuo das pessoas. Desta forma, é uma metodologia
bastante interessante do ponto de vista educacional, visto que ?a taxonomia de Bloom utiliza o
7

potencial criativo e incrementa a participação de todos, propiciando um clima favorável ao bom


desempenho no trabalho? (Costa et al., 2017). Os verdadeiros benefícios do programa ajudam
a desenvolver o potencial e as qualidades dos profissionais de educação e do trabalho que
realizam.

4 Metodologia

A proposta principal do projeto foi a realização de uma extensa revisão bibliográfica


sobre os principais temas abordados: robótica educativa, taxonomia de Bloom, metodologias
ativas.
No entanto, algumas ações foram criadas para melhor entendimento dos objetivos
cognitivos de Bloom, tais como, quadro de divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para a
aula de Robótica e quadro categorias e processos cognitivo. Além disso, o objetivo foi analisar
os grupos de educandos voltados para construções de projetos de RE por meio da utilização dos
blocos de LEGO e sua programação.

Nível Definição Amostra de Verbos


1 Conhecimento O aluno irá recordar ou reconhecer

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informações, ideias e princípios na forma em


que foram aprendidos.
Escreva, Defina,
Liste.
2 Compreensão O aluno compreende ou interpreta informação
com base em conhecimento prévio ou novo.
Explique, Descreva.
3 Aplicação O aluno seleciona, transfere e usa dados e
princípios para completar um problema ou
tarefa com um mínimo de supervisão.
Demonstre,
Construa.
4 Análise O aluno distingue, classifica e relaciona
pressupostos, hipóteses, evidências ou
estruturas de uma declaração ou questão.
Analise.
5 Síntese O aluno cria, integra e combinam ideias em um
produto, plano ou proposta, novos para ele.
Crie, Desenvolva.
6 Avaliação O aluno aprecia, avalia ou critica com base em
padrões e critérios específicos.
Julgue, Recomende.
Quadro 2 - Divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para as aulas de Robótica educativa
8

Foi aplicada a metodologia de Bloom nos grupos de educandos e tiveram como intuito
o desenvolvimento dos estudantes, o trabalho colaborativo, envolvimento pessoal dos
envolvidos e consciência de que cada pessoa é responsável pelo bem-estar de todos os colegas
que compartilham das aulas de RE. Como etapa final, foi apresentado os resultados da aplicação
das habilidades cognitivas abarcadas na taxonomia de Bloom, sendo possível concluir se estas
foram eficientes para a aprendizagem e desenvolvimento pessoal e profissional dos
participantes.
As definições práticas encontradas acima condizem, perfeitamente, nas habilidades e
competências encontradas nas atividades realizadas através da Robótica Educativa, ?abstrações,
processamento sistemático de informações, sistema de representação de símbolos, noções de
algoritmo, modularização, pensamento interativo, lógica, entre outras?.
O uso dos parâmetros encontrados na taxonomia de Bloom faz com que a Robótica
Educativa seja amplamente utilizada para instigar estes elementos, inovando em aulas e
proporcionando um novo comportamento nos educandos.
A pesquisa foi realizada em novembro de 2022 nas bases de dados ACM, IEEE e Google
Acadêmico por maior proximidade ao assunto e as buscas foram efetuadas por práticas diversas,
considerando publicações em qualquer idioma com o acesso completo ao texto e entre os anos
de 2010 a 2022.

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Convém lembrar que alguns trabalhos pesquisados de autores como Soltoski (2022),
Dargains et al (2020) e da Luz et al (2019) dentre os citados nessa pesquisa bibliográfica,
trouxeram informações e estudos recentes sobre a usabilidade da taxonomia de Bloom na RE
no campo educacional.

5 Resultados

Para obtenção dos resultados, foram realizadas com 32 educandos matriculados no 7º


ano do ciclo II do fundamental com o intuito de mostrar que a metodologia é eficiente para a
aprendizagem dos estudantes. Todos os alunos seguiram o passo a passo adequadamente e se
envolveram com os processos, mostrando interesse tanto pelos temas abordados quanto pelo
método de ensino utilizado, podendo concluir que a metodologia ativa de Bloom tende a gerar
um aprendizado eficaz, uma vez que os alunos realmente se interessam em executar a atividade
proposta. Outro fator importante para se destacar é a forma como o método auxilia o trabalho
em equipe, uma vez que os participantes dependem uns dos outros para executar os passos. Um
dos objetivos do projeto, além de comprovar a eficiência da metodologia ativa, era demonstrar
a importância do trabalho em equipe, pois é importante que os alunos saiam das aulas sabendo
lidar com isso.

Quadro 3 - Bidimensional da Taxonomia de Bloom: Categorias e Processos Cognitivos

O quadro 3 apresenta a finalização de uma das etapas dos níveis de habilidade da


taxonomia de Bloom, que foi possível analisando o trabalho em equipe.
Na vertical, temos a dimensão do conhecimento relacionada ao tipo de conteúdo
envolvido, que pode ser: factual, conceitual, procedimental ou metacognitivo. Na horizontal,
está a dimensão do processo cognitivo, relacionada ao processo usado pelos alunos para
10

aprender, que é composta por seis categorias (semelhantes àquelas apresentadas em sua
formulação inicial): 1) lembrar; 2) entender; 3) aplicar; 4) analisar; 5) avaliar; e 6) criar. O
pressuposto é que as categorias apresentem complexidades diferentes (ANDERSON et al.,
2001). Para formular um objetivo é necessário combinar as duas dimensões, fazendo um
cruzamento. Por exemplo, a posição do X na tabela significa que o objetivo de aprendizagem
do aluno é ?aplicar? um determinado conhecimento de caráter ?procedimental?.
Nesta etapa final observa-se maior interesse e a concentração em realizar cada um dos
processos foram os principais pontos observados, pois a tendência é sempre que o ?novo? e o
?diferente? chamem atenção e gerem curiosidade. Isso é uma evidência de que o método
funcionada e pode gerar resultados positivos durante aulas de RE.

6 Considerações Finais

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Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que o uso da Robótica Educativa (RE)
integrada à metodologia de Bloom no ambiente escolar, podem sim ser utilizadas por
educadores e educandos, proporcionando um grande ganho na aprendizagem se for introduzida
em sincronia com o planejamento didático pedagógico do educador.
Conforme apresentado, há uma grande variedade de temáticas que podem fazer parte da
taxonomia de Bloom, uma delas são os projetos de construção de Robótica Educacional, sendo
alternativas de agregar conhecimento, habilidades e competências que os professores almejam
que seus alunos alcancem. Facilitando assim a adoção de tal metodologia. Essa abordagem se
torna ainda mais relevante para estudantes de cursos de tecnologia, uma vez que podem
observar, na prática, a aplicação de conceitos que são muitas vezes abstratos, tornando mais
prazeroso e significativo o aprendizado dos educandos, que já possuem uma imensa bagagem
de conhecimentos tecnológicos e sentem-se motivados ao utilizá-los.
11

Logo, a taxonomia de Bloom deve atuar como mediadora durante as infinitas


possibilidades de pesquisa e aprendizado proporcionadas pela RE. Nessa jornada, assim como
os educandos, os docentes também terão muito o que aprender e descobrir. Por fim, o uso dos
processos de Bloom nas aulas de RE podem contribuir para um ensino mais interdisciplinar,
proporcionando experiências que extrapolem o conteúdo habitual e contribuam para uma
formação ampla e transformadora dos estudantes, tornando-os assim pessoas críticas e
reflexivas.

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Arquivo 1: EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf (3596 termos)
Arquivo 2: https://cft.vanderbilt.edu/guides-sub-pages/blooms-taxonomy (1125 termos)
Termos comuns: 15
Similaridade: 0,31%
O texto abaixo é o conteúdo do documento EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf
(3596 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://cft.vanderbilt.edu/guides-sub-
pages/blooms-taxonomy (1125 termos)

=================================================================================

APLICAÇÃO DA TAXONOMIA DE BLOOM COMO


APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA DISPLINA DE
ROBÓTICA NA EDUCAÇÃO

Priscila Rocha Fernandes(a)1

Resumo:

A usabilidade da taxonomia de Bloom em sala de aula almeja que os alunos consigam


classificar seus domínios de aprendizagem com a aplicação de definição de objetivos a partir
de uma listagem das habilidades e dos processos envolvidos nas atividades educacionais,
estabelecendo critérios avaliativos. A disciplina de RE pode ter sua competência aumentada
quando associada aos níveis hierárquicos que os alunos devem atingir direcionados pela teoria
de Bloom, como modelo de classificação dos objetivos educacionais, com o intuito de criar
condições adequadas nas aulas de RE para obter de forma concreta um conhecimento antes de
passar para o próximo nível. Este artigo destina-se, através de uma pesquisa bibliográfica, a
relatar brevemente a implantação da taxonomia de Bloom como metodologia ativa na disciplina
de RE do ensino fundamental, as características e o diferencial importantes, além de caso de

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uso bem sucedido. Com este trabalho, pretende-se avaliar o grau de satisfação dos educandos
com a aplicação da teoria de Bloom. Assim, espera-se contribuir com a proposta da aplicação
desta metodologia nas aulas de RE, mostrando-a como um diferencial na redução das dúvidas
e sendo mais interessante para os educandos, contribuindo para o processo de aprendizagem.
Para isso foram utilizados como fontes livros, artigos publicados e revistas que auxiliam na
compreensão dessa metodologia.

Palavras-chave: Robótica educativa. Taxonomia de Bloom. Metodologias Ativas.

1 Bacharel em Ciência da Computação. Pós-graduada em Informática Educativa. Mestrando em


Tecnologias
Emergentes em Educação pela Must University. priscilar@gmail.com.
2

Abstract:

The usability of Bloom's taxonomy in the classroom aims for students to be able to classify
their learning domains with the application of objective definition from a list of skills and
processes involved in educational activities, establishing evaluative criteria. The RE discipline
can have its competence increased when associated with the hierarchical levels that students
must reach, guided by Bloom's theory, as a classification model of educational objectives, with
the aim of creating adequate conditions in RE classes to concretely obtain a knowledge before
moving to the next level. This article aims, through bibliographical research, to briefly report
the implementation of Bloom's taxonomy as an active methodology in the RE discipline of
elementary school, the important characteristics and differential, as well as a successful use
case. With this work, we intend to evaluate the degree of satisfaction of students with the
application of Bloom's theory. Thus, it is expected to contribute to the proposal of applying this
methodology in RE classes, showing it as a differential in reducing doubts and being more
interesting for students, contributing to the learning process. For this, books, published articles
and magazines that help in understanding this methodology were used as sources.

Keywords: Educational robotics. Bloom's taxonomy. Active Methodologies.

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1 Introdução

A reflexão na participação dos educandos em atividades diferenciadas propostas em


aula, através de novos mecanismos metodológicos para a aprendizagem se apresenta atualmente
como uma necessidade que surge em decorrência das mudanças sociais e dos constantes
avanços tecnológicos (Coelho; Góes, 2020). Assim, o educador, atento às novas práticas
pedagógicas apropria-se desta oportunidade em utilizar as tecnologias, como meio para
construir e difundir um aprendizado mais dinâmico, e ainda, para concretizar a necessária
mudança de paradigma educacional, centrando seus esforços nos processos de criação, gestão
e reorganização das situações de aprendizagem.
Para tanto, observa-se nas aulas de RE, um desafio encontrado para se ensinar robótica
consiste em escolher um instrumento adequado que possa nortear o ensino e a avaliação de
3

aprendizagem. Afirma-se que há uma enorme dificuldade por parte dos professores em
mensurar objetivamente a aprendizagem dos alunos nas disciplinas de programação [Jesus e
Raabe, 2009].
A fim de reverter esse quadro, e criar nessas aulas um ambiente organizado e dinâmico,
a taxonomia de Bloom [Bloom, 1956] [Krathwohl, 2002] é apontada como instrumento
aplicável também no ensino de programação [Aureliano e Tedesco, 2012].
Desta forma, a implantação da taxonomia de Bloom nas aulas de RE tem como
principais objetivos: (i) o desenvolvimento de ações de domínio cognitivo envolve a capacidade
de os alunos darem sentido às informações que recebem durante as aulas e a maneira de utilizá-
las na vida prática, de modo que o conhecimento adquirido seja produtivo; (ii) o domínio afetivo
que refere-se às emoções, aos sentimentos e aos comportamentos desenvolvidos a partir do
processo de ensino e aprendizagem, considerando que não somos mais os mesmos depois de
aprendermos algo novo; (iii) No campo psicomotor, as habilidades físicas auxiliam na aquisição
de novos conhecimentos a partir dos movimentos do corpo, da manipulação de objetos e dos
sentidos corporais. Todos esses objetivos visam a contemplar às aulas de RE e aos alunos, os
domínios cognitivo, afetivo e psicomotor, e seus objetivos específicos devem estar de acordo
com os níveis hierárquicos, já que escolas devem estimular as habilidades correspondentes a
cada domínio, pois juntos permitem a efetivação da aprendizagem.
O presente trabalho apresenta como questão conhecer a aplicação da taxonomia de
Bloom envolvendo projetos de RE como ferramenta pedagógica para a melhoria no aprendizado
estimulando as habilidades relacionadas aos objetivos educacionais nos níveis hierárquicos
definidos no conteúdo. Neste trabalho, optou-se por utilizar como metodologia a pesquisa
bibliográfica, com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e
outros, buscando conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado assunto.

2 Robótica Educativa e suas Tecnologias

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A Robótica Educativa (RE), tem inovado em diversos campos do conhecimento e


permitido a interdisciplinaridade na educação através de experiências práticas envolvendo
hardware e software, e raciocínio lógico como essencial na construção e programação de robôs
focados em solucionar problemas do cotidiano através da colaboração de ambos: professor e
alunos pelo uso de aparatos tecnológicos (Maisonnette, 2019, p. 5).
As possibilidades de uso da RE em competências de aprendizagem são ilimitadas, e
aumentam à medida em que são lançadas novas versões de kits de montagem e construção
disponíveis às escolas, inseridas no mundo tecnológico e o uso em sequências didáticas durante
o ensino [Santos et al, 2018].
Convém lembrar que os educadores, quanto ao aproveitamento da RE tenham um olhar
observador, apoiados nas especificações indicadas pelos elaboradores dos equipamentos da RE,
tais como, de idade apropriada e segurança, e principalmente, "abordam em pesquisas sobre o
seu uso na infância, corroborando ao uso ético e seguro da tecnologia? (Baillargeon et al, 2018).
Dessa forma, será assertivo prescrever o uso da RE com a mediação de educadores.

3 A taxonomia de Bloom

A Taxonomia de Bloom refere-se a uma classificação dos diferentes objetivos que os


educadores estabelecem para que seus estudantes alcancem novas habilidades. Ela divide os
objetivos educacionais em três domínios distintos: cognitivo, afetivo e psicomotor. O domínio
cognitivo engloba o conhecimento e pensamento, o domínio afetivo o sentimento e as relações
interpessoais, e o domínio psicomotor a manipulação física de objetos. O desenvolvimento em
cada domínio é medido através de níveis ou categorias organizadas em hierarquias lineares, de
5

forma que para alcançar uma categoria, o aluno deve dominar as categorias anteriores. Portanto,
dentro dos domínios, a aprendizagem nos níveis superiores é dependente da obtenção do
conhecimento prévio e habilidades em níveis inferiores. A seguir detalhamos o Domínio
Cognitivo da referida Taxonomia, uma vez que neste trabalho, por questões de espaço, vamos
enfocar apenas os resultados relativos a este domínio. Habilidades no domínio cognitivo tratam
do conhecimento, compreensão e pensamento crítico sobre um tema específico. Segundo Scott
(2003), a educação tradicional tende a enfatizar as habilidades neste domínio, principalmente
as primeiras categorias. O domínio cognitivo apresenta seis níveis (Figura 1), aumentando em
complexidade ao mover-se através das categorias de ordem mais baixas às mais altas. O
desenvolvimento de uma categoria não implica no deslocamento imediato para um nível
superior. No entanto, segundo Bloom, um estudante precisa dominar as categorias-requisito de
uma categoria para poder então alcançá-la.

Figura 1 - Relação entre as categorias do Domínio Cognitivo na Taxonomia de Bloom de acordo


com Johnson e Fuller (2006).

Uma recente reavaliação da Taxonomia de Bloom por Anderson e seus colegas (2001)
sugere que os dois ou três primeiros níveis da hierarquia podem ser planos. Os autores também
propuseram que a taxonomia deve ser bidimensional, com as (ligeiramente reconfiguradas)

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categorias originais de Lembrar, Entender, Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar formando a


6

dimensão do processo cognitivo e factual, conceitual, procedimental e metacognitivo, como


indicado no Quadro 1.

Quadro 1 - Categorias da Taxonomia de Bloom e seus verbos associados

Segundo Johnson e Fuller (2006), essas taxonomias não definem uma sequência de
instruções, mas sim níveis de desempenho que podem ser desejados para qualquer tipo de
conteúdo. É esperado que um aluno atuante em um nível cognitivo superior seja capaz de operar
nos níveis mais baixos na hierarquia. Isso poderia ser interpretado como o reconhecimento de
um processo de aprendizagem sequencial. No entanto, a Taxonomia não descarta o uso de uma
abordagem iterativa para aprender o conteúdo. Whalley e outros (2006) diz que mesmo para
professores de computação experientes, muitas das descrições dos níveis da taxonomia em
certas categorias são difíceis de ser interpretados no contexto dos exercícios de programação.
Esse problema também é apontado por Pedroza (2011), embora afirme que a Taxonomia
revisada solucionou diversas questões da versão original, tornando-a mais indicada para
utilização como ferramenta norteadora em trabalhos científicos.
Considerado uma metodologia de simples compreensão, aplicação, e capaz de produzir
resultados a curto prazo, a taxonomia de Bloom prepara o ambiente para mudanças culturais e
de hábito promovendo o crescimento contínuo das pessoas. Desta forma, é uma metodologia
bastante interessante do ponto de vista educacional, visto que ?a taxonomia de Bloom utiliza o
7

potencial criativo e incrementa a participação de todos, propiciando um clima favorável ao bom


desempenho no trabalho? (Costa et al., 2017). Os verdadeiros benefícios do programa ajudam
a desenvolver o potencial e as qualidades dos profissionais de educação e do trabalho que
realizam.

4 Metodologia

A proposta principal do projeto foi a realização de uma extensa revisão bibliográfica


sobre os principais temas abordados: robótica educativa, taxonomia de Bloom, metodologias
ativas.
No entanto, algumas ações foram criadas para melhor entendimento dos objetivos
cognitivos de Bloom, tais como, quadro de divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para a
aula de Robótica e quadro categorias e processos cognitivo. Além disso, o objetivo foi analisar
os grupos de educandos voltados para construções de projetos de RE por meio da utilização dos
blocos de LEGO e sua programação.

Nível Definição Amostra de Verbos


1 Conhecimento O aluno irá recordar ou reconhecer
informações, ideias e princípios na forma em

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que foram aprendidos.


Escreva, Defina,
Liste.
2 Compreensão O aluno compreende ou interpreta informação
com base em conhecimento prévio ou novo.
Explique, Descreva.
3 Aplicação O aluno seleciona, transfere e usa dados e
princípios para completar um problema ou
tarefa com um mínimo de supervisão.
Demonstre,
Construa.
4 Análise O aluno distingue, classifica e relaciona
pressupostos, hipóteses, evidências ou
estruturas de uma declaração ou questão.
Analise.
5 Síntese O aluno cria, integra e combinam ideias em um
produto, plano ou proposta, novos para ele.
Crie, Desenvolva.
6 Avaliação O aluno aprecia, avalia ou critica com base em
padrões e critérios específicos.
Julgue, Recomende.
Quadro 2 - Divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para as aulas de Robótica educativa
8

Foi aplicada a metodologia de Bloom nos grupos de educandos e tiveram como intuito
o desenvolvimento dos estudantes, o trabalho colaborativo, envolvimento pessoal dos
envolvidos e consciência de que cada pessoa é responsável pelo bem-estar de todos os colegas
que compartilham das aulas de RE. Como etapa final, foi apresentado os resultados da aplicação
das habilidades cognitivas abarcadas na taxonomia de Bloom, sendo possível concluir se estas
foram eficientes para a aprendizagem e desenvolvimento pessoal e profissional dos
participantes.
As definições práticas encontradas acima condizem, perfeitamente, nas habilidades e
competências encontradas nas atividades realizadas através da Robótica Educativa, ?abstrações,
processamento sistemático de informações, sistema de representação de símbolos, noções de
algoritmo, modularização, pensamento interativo, lógica, entre outras?.
O uso dos parâmetros encontrados na taxonomia de Bloom faz com que a Robótica
Educativa seja amplamente utilizada para instigar estes elementos, inovando em aulas e
proporcionando um novo comportamento nos educandos.
A pesquisa foi realizada em novembro de 2022 nas bases de dados ACM, IEEE e Google
Acadêmico por maior proximidade ao assunto e as buscas foram efetuadas por práticas diversas,
considerando publicações em qualquer idioma com o acesso completo ao texto e entre os anos
de 2010 a 2022.
Convém lembrar que alguns trabalhos pesquisados de autores como Soltoski (2022),

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Dargains et al (2020) e da Luz et al (2019) dentre os citados nessa pesquisa bibliográfica,


trouxeram informações e estudos recentes sobre a usabilidade da taxonomia de Bloom na RE
no campo educacional.

5 Resultados

Para obtenção dos resultados, foram realizadas com 32 educandos matriculados no 7º


ano do ciclo II do fundamental com o intuito de mostrar que a metodologia é eficiente para a
aprendizagem dos estudantes. Todos os alunos seguiram o passo a passo adequadamente e se
envolveram com os processos, mostrando interesse tanto pelos temas abordados quanto pelo
método de ensino utilizado, podendo concluir que a metodologia ativa de Bloom tende a gerar
um aprendizado eficaz, uma vez que os alunos realmente se interessam em executar a atividade
proposta. Outro fator importante para se destacar é a forma como o método auxilia o trabalho
em equipe, uma vez que os participantes dependem uns dos outros para executar os passos. Um
dos objetivos do projeto, além de comprovar a eficiência da metodologia ativa, era demonstrar
a importância do trabalho em equipe, pois é importante que os alunos saiam das aulas sabendo
lidar com isso.

Quadro 3 - Bidimensional da Taxonomia de Bloom: Categorias e Processos Cognitivos

O quadro 3 apresenta a finalização de uma das etapas dos níveis de habilidade da


taxonomia de Bloom, que foi possível analisando o trabalho em equipe.
Na vertical, temos a dimensão do conhecimento relacionada ao tipo de conteúdo
envolvido, que pode ser: factual, conceitual, procedimental ou metacognitivo. Na horizontal,
está a dimensão do processo cognitivo, relacionada ao processo usado pelos alunos para
10

aprender, que é composta por seis categorias (semelhantes àquelas apresentadas em sua
formulação inicial): 1) lembrar; 2) entender; 3) aplicar; 4) analisar; 5) avaliar; e 6) criar. O
pressuposto é que as categorias apresentem complexidades diferentes (ANDERSON et al.,
2001). Para formular um objetivo é necessário combinar as duas dimensões, fazendo um
cruzamento. Por exemplo, a posição do X na tabela significa que o objetivo de aprendizagem
do aluno é ?aplicar? um determinado conhecimento de caráter ?procedimental?.
Nesta etapa final observa-se maior interesse e a concentração em realizar cada um dos
processos foram os principais pontos observados, pois a tendência é sempre que o ?novo? e o
?diferente? chamem atenção e gerem curiosidade. Isso é uma evidência de que o método
funcionada e pode gerar resultados positivos durante aulas de RE.

6 Considerações Finais

Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que o uso da Robótica Educativa (RE)

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integrada à metodologia de Bloom no ambiente escolar, podem sim ser utilizadas por
educadores e educandos, proporcionando um grande ganho na aprendizagem se for introduzida
em sincronia com o planejamento didático pedagógico do educador.
Conforme apresentado, há uma grande variedade de temáticas que podem fazer parte da
taxonomia de Bloom, uma delas são os projetos de construção de Robótica Educacional, sendo
alternativas de agregar conhecimento, habilidades e competências que os professores almejam
que seus alunos alcancem. Facilitando assim a adoção de tal metodologia. Essa abordagem se
torna ainda mais relevante para estudantes de cursos de tecnologia, uma vez que podem
observar, na prática, a aplicação de conceitos que são muitas vezes abstratos, tornando mais
prazeroso e significativo o aprendizado dos educandos, que já possuem uma imensa bagagem
de conhecimentos tecnológicos e sentem-se motivados ao utilizá-los.
11

Logo, a taxonomia de Bloom deve atuar como mediadora durante as infinitas


possibilidades de pesquisa e aprendizado proporcionadas pela RE. Nessa jornada, assim como
os educandos, os docentes também terão muito o que aprender e descobrir. Por fim, o uso dos
processos de Bloom nas aulas de RE podem contribuir para um ensino mais interdisciplinar,
proporcionando experiências que extrapolem o conteúdo habitual e contribuam para uma
formação ampla e transformadora dos estudantes, tornando-os assim pessoas críticas e
reflexivas.

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Arquivo 1: EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf (3596 termos)
Arquivo 2: https://www.aanda.org/articles/aa/abs/2014/08/aa23514-14/aa23514-14.html (855 termos)
Termos comuns: 5
Similaridade: 0,11%
O texto abaixo é o conteúdo do documento EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf
(3596 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://www.aanda.org/articles/aa/abs/2014/08/aa23514-14/aa23514-14.html (855 termos)

=================================================================================

APLICAÇÃO DA TAXONOMIA DE BLOOM COMO


APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA DISPLINA DE
ROBÓTICA NA EDUCAÇÃO

Priscila Rocha Fernandes(a)1

Resumo:

A usabilidade da taxonomia de Bloom em sala de aula almeja que os alunos consigam


classificar seus domínios de aprendizagem com a aplicação de definição de objetivos a partir
de uma listagem das habilidades e dos processos envolvidos nas atividades educacionais,
estabelecendo critérios avaliativos. A disciplina de RE pode ter sua competência aumentada
quando associada aos níveis hierárquicos que os alunos devem atingir direcionados pela teoria
de Bloom, como modelo de classificação dos objetivos educacionais, com o intuito de criar
condições adequadas nas aulas de RE para obter de forma concreta um conhecimento antes de
passar para o próximo nível. Este artigo destina-se, através de uma pesquisa bibliográfica, a
relatar brevemente a implantação da taxonomia de Bloom como metodologia ativa na disciplina
de RE do ensino fundamental, as características e o diferencial importantes, além de caso de

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uso bem sucedido. Com este trabalho, pretende-se avaliar o grau de satisfação dos educandos
com a aplicação da teoria de Bloom. Assim, espera-se contribuir com a proposta da aplicação
desta metodologia nas aulas de RE, mostrando-a como um diferencial na redução das dúvidas
e sendo mais interessante para os educandos, contribuindo para o processo de aprendizagem.
Para isso foram utilizados como fontes livros, artigos publicados e revistas que auxiliam na
compreensão dessa metodologia.

Palavras-chave: Robótica educativa. Taxonomia de Bloom. Metodologias Ativas.

1 Bacharel em Ciência da Computação. Pós-graduada em Informática Educativa. Mestrando em


Tecnologias
Emergentes em Educação pela Must University. priscilar@gmail.com.
2

Abstract:

The usability of Bloom's taxonomy in the classroom aims for students to be able to classify
their learning domains with the application of objective definition from a list of skills and
processes involved in educational activities, establishing evaluative criteria. The RE discipline
can have its competence increased when associated with the hierarchical levels that students
must reach, guided by Bloom's theory, as a classification model of educational objectives, with
the aim of creating adequate conditions in RE classes to concretely obtain a knowledge before
moving to the next level. This article aims, through bibliographical research, to briefly report
the implementation of Bloom's taxonomy as an active methodology in the RE discipline of
elementary school, the important characteristics and differential, as well as a successful use
case. With this work, we intend to evaluate the degree of satisfaction of students with the
application of Bloom's theory. Thus, it is expected to contribute to the proposal of applying this
methodology in RE classes, showing it as a differential in reducing doubts and being more
interesting for students, contributing to the learning process. For this, books, published articles
and magazines that help in understanding this methodology were used as sources.

Keywords: Educational robotics. Bloom's taxonomy. Active Methodologies.

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1 Introdução

A reflexão na participação dos educandos em atividades diferenciadas propostas em


aula, através de novos mecanismos metodológicos para a aprendizagem se apresenta atualmente
como uma necessidade que surge em decorrência das mudanças sociais e dos constantes
avanços tecnológicos (Coelho; Góes, 2020). Assim, o educador, atento às novas práticas
pedagógicas apropria-se desta oportunidade em utilizar as tecnologias, como meio para
construir e difundir um aprendizado mais dinâmico, e ainda, para concretizar a necessária
mudança de paradigma educacional, centrando seus esforços nos processos de criação, gestão
e reorganização das situações de aprendizagem.
Para tanto, observa-se nas aulas de RE, um desafio encontrado para se ensinar robótica
consiste em escolher um instrumento adequado que possa nortear o ensino e a avaliação de
3

aprendizagem. Afirma-se que há uma enorme dificuldade por parte dos professores em
mensurar objetivamente a aprendizagem dos alunos nas disciplinas de programação [Jesus e
Raabe, 2009].
A fim de reverter esse quadro, e criar nessas aulas um ambiente organizado e dinâmico,
a taxonomia de Bloom [Bloom, 1956] [Krathwohl, 2002] é apontada como instrumento
aplicável também no ensino de programação [Aureliano e Tedesco, 2012].
Desta forma, a implantação da taxonomia de Bloom nas aulas de RE tem como
principais objetivos: (i) o desenvolvimento de ações de domínio cognitivo envolve a capacidade
de os alunos darem sentido às informações que recebem durante as aulas e a maneira de utilizá-
las na vida prática, de modo que o conhecimento adquirido seja produtivo; (ii) o domínio afetivo
que refere-se às emoções, aos sentimentos e aos comportamentos desenvolvidos a partir do
processo de ensino e aprendizagem, considerando que não somos mais os mesmos depois de
aprendermos algo novo; (iii) No campo psicomotor, as habilidades físicas auxiliam na aquisição
de novos conhecimentos a partir dos movimentos do corpo, da manipulação de objetos e dos
sentidos corporais. Todos esses objetivos visam a contemplar às aulas de RE e aos alunos, os
domínios cognitivo, afetivo e psicomotor, e seus objetivos específicos devem estar de acordo
com os níveis hierárquicos, já que escolas devem estimular as habilidades correspondentes a
cada domínio, pois juntos permitem a efetivação da aprendizagem.
O presente trabalho apresenta como questão conhecer a aplicação da taxonomia de
Bloom envolvendo projetos de RE como ferramenta pedagógica para a melhoria no aprendizado
estimulando as habilidades relacionadas aos objetivos educacionais nos níveis hierárquicos
definidos no conteúdo. Neste trabalho, optou-se por utilizar como metodologia a pesquisa
bibliográfica, com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e
outros, buscando conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado assunto.

2 Robótica Educativa e suas Tecnologias

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A Robótica Educativa (RE), tem inovado em diversos campos do conhecimento e


permitido a interdisciplinaridade na educação através de experiências práticas envolvendo
hardware e software, e raciocínio lógico como essencial na construção e programação de robôs
focados em solucionar problemas do cotidiano através da colaboração de ambos: professor e
alunos pelo uso de aparatos tecnológicos (Maisonnette, 2019, p. 5).
As possibilidades de uso da RE em competências de aprendizagem são ilimitadas, e
aumentam à medida em que são lançadas novas versões de kits de montagem e construção
disponíveis às escolas, inseridas no mundo tecnológico e o uso em sequências didáticas durante
o ensino [Santos et al, 2018].
Convém lembrar que os educadores, quanto ao aproveitamento da RE tenham um olhar
observador, apoiados nas especificações indicadas pelos elaboradores dos equipamentos da RE,
tais como, de idade apropriada e segurança, e principalmente, "abordam em pesquisas sobre o
seu uso na infância, corroborando ao uso ético e seguro da tecnologia? (Baillargeon et al, 2018).
Dessa forma, será assertivo prescrever o uso da RE com a mediação de educadores.

3 A taxonomia de Bloom

A Taxonomia de Bloom refere-se a uma classificação dos diferentes objetivos que os


educadores estabelecem para que seus estudantes alcancem novas habilidades. Ela divide os
objetivos educacionais em três domínios distintos: cognitivo, afetivo e psicomotor. O domínio
cognitivo engloba o conhecimento e pensamento, o domínio afetivo o sentimento e as relações
interpessoais, e o domínio psicomotor a manipulação física de objetos. O desenvolvimento em
cada domínio é medido através de níveis ou categorias organizadas em hierarquias lineares, de
5

forma que para alcançar uma categoria, o aluno deve dominar as categorias anteriores. Portanto,
dentro dos domínios, a aprendizagem nos níveis superiores é dependente da obtenção do
conhecimento prévio e habilidades em níveis inferiores. A seguir detalhamos o Domínio
Cognitivo da referida Taxonomia, uma vez que neste trabalho, por questões de espaço, vamos
enfocar apenas os resultados relativos a este domínio. Habilidades no domínio cognitivo tratam
do conhecimento, compreensão e pensamento crítico sobre um tema específico. Segundo Scott
(2003), a educação tradicional tende a enfatizar as habilidades neste domínio, principalmente
as primeiras categorias. O domínio cognitivo apresenta seis níveis (Figura 1), aumentando em
complexidade ao mover-se através das categorias de ordem mais baixas às mais altas. O
desenvolvimento de uma categoria não implica no deslocamento imediato para um nível
superior. No entanto, segundo Bloom, um estudante precisa dominar as categorias-requisito de
uma categoria para poder então alcançá-la.

Figura 1 - Relação entre as categorias do Domínio Cognitivo na Taxonomia de Bloom de acordo


com Johnson e Fuller (2006).

Uma recente reavaliação da Taxonomia de Bloom por Anderson e seus colegas (2001)
sugere que os dois ou três primeiros níveis da hierarquia podem ser planos. Os autores também
propuseram que a taxonomia deve ser bidimensional, com as (ligeiramente reconfiguradas)

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categorias originais de Lembrar, Entender, Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar formando a


6

dimensão do processo cognitivo e factual, conceitual, procedimental e metacognitivo, como


indicado no Quadro 1.

Quadro 1 - Categorias da Taxonomia de Bloom e seus verbos associados

Segundo Johnson e Fuller (2006), essas taxonomias não definem uma sequência de
instruções, mas sim níveis de desempenho que podem ser desejados para qualquer tipo de
conteúdo. É esperado que um aluno atuante em um nível cognitivo superior seja capaz de operar
nos níveis mais baixos na hierarquia. Isso poderia ser interpretado como o reconhecimento de
um processo de aprendizagem sequencial. No entanto, a Taxonomia não descarta o uso de uma
abordagem iterativa para aprender o conteúdo. Whalley e outros (2006) diz que mesmo para
professores de computação experientes, muitas das descrições dos níveis da taxonomia em
certas categorias são difíceis de ser interpretados no contexto dos exercícios de programação.
Esse problema também é apontado por Pedroza (2011), embora afirme que a Taxonomia
revisada solucionou diversas questões da versão original, tornando-a mais indicada para
utilização como ferramenta norteadora em trabalhos científicos.
Considerado uma metodologia de simples compreensão, aplicação, e capaz de produzir
resultados a curto prazo, a taxonomia de Bloom prepara o ambiente para mudanças culturais e
de hábito promovendo o crescimento contínuo das pessoas. Desta forma, é uma metodologia
bastante interessante do ponto de vista educacional, visto que ?a taxonomia de Bloom utiliza o
7

potencial criativo e incrementa a participação de todos, propiciando um clima favorável ao bom


desempenho no trabalho? (Costa et al., 2017). Os verdadeiros benefícios do programa ajudam
a desenvolver o potencial e as qualidades dos profissionais de educação e do trabalho que
realizam.

4 Metodologia

A proposta principal do projeto foi a realização de uma extensa revisão bibliográfica


sobre os principais temas abordados: robótica educativa, taxonomia de Bloom, metodologias
ativas.
No entanto, algumas ações foram criadas para melhor entendimento dos objetivos
cognitivos de Bloom, tais como, quadro de divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para a
aula de Robótica e quadro categorias e processos cognitivo. Além disso, o objetivo foi analisar
os grupos de educandos voltados para construções de projetos de RE por meio da utilização dos
blocos de LEGO e sua programação.

Nível Definição Amostra de Verbos


1 Conhecimento O aluno irá recordar ou reconhecer
informações, ideias e princípios na forma em

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que foram aprendidos.


Escreva, Defina,
Liste.
2 Compreensão O aluno compreende ou interpreta informação
com base em conhecimento prévio ou novo.
Explique, Descreva.
3 Aplicação O aluno seleciona, transfere e usa dados e
princípios para completar um problema ou
tarefa com um mínimo de supervisão.
Demonstre,
Construa.
4 Análise O aluno distingue, classifica e relaciona
pressupostos, hipóteses, evidências ou
estruturas de uma declaração ou questão.
Analise.
5 Síntese O aluno cria, integra e combinam ideias em um
produto, plano ou proposta, novos para ele.
Crie, Desenvolva.
6 Avaliação O aluno aprecia, avalia ou critica com base em
padrões e critérios específicos.
Julgue, Recomende.
Quadro 2 - Divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para as aulas de Robótica educativa
8

Foi aplicada a metodologia de Bloom nos grupos de educandos e tiveram como intuito
o desenvolvimento dos estudantes, o trabalho colaborativo, envolvimento pessoal dos
envolvidos e consciência de que cada pessoa é responsável pelo bem-estar de todos os colegas
que compartilham das aulas de RE. Como etapa final, foi apresentado os resultados da aplicação
das habilidades cognitivas abarcadas na taxonomia de Bloom, sendo possível concluir se estas
foram eficientes para a aprendizagem e desenvolvimento pessoal e profissional dos
participantes.
As definições práticas encontradas acima condizem, perfeitamente, nas habilidades e
competências encontradas nas atividades realizadas através da Robótica Educativa, ?abstrações,
processamento sistemático de informações, sistema de representação de símbolos, noções de
algoritmo, modularização, pensamento interativo, lógica, entre outras?.
O uso dos parâmetros encontrados na taxonomia de Bloom faz com que a Robótica
Educativa seja amplamente utilizada para instigar estes elementos, inovando em aulas e
proporcionando um novo comportamento nos educandos.
A pesquisa foi realizada em novembro de 2022 nas bases de dados ACM, IEEE e Google
Acadêmico por maior proximidade ao assunto e as buscas foram efetuadas por práticas diversas,
considerando publicações em qualquer idioma com o acesso completo ao texto e entre os anos
de 2010 a 2022.
Convém lembrar que alguns trabalhos pesquisados de autores como Soltoski (2022),

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Dargains et al (2020) e da Luz et al (2019) dentre os citados nessa pesquisa bibliográfica,


trouxeram informações e estudos recentes sobre a usabilidade da taxonomia de Bloom na RE
no campo educacional.

5 Resultados

Para obtenção dos resultados, foram realizadas com 32 educandos matriculados no 7º


ano do ciclo II do fundamental com o intuito de mostrar que a metodologia é eficiente para a
aprendizagem dos estudantes. Todos os alunos seguiram o passo a passo adequadamente e se
envolveram com os processos, mostrando interesse tanto pelos temas abordados quanto pelo
método de ensino utilizado, podendo concluir que a metodologia ativa de Bloom tende a gerar
um aprendizado eficaz, uma vez que os alunos realmente se interessam em executar a atividade
proposta. Outro fator importante para se destacar é a forma como o método auxilia o trabalho
em equipe, uma vez que os participantes dependem uns dos outros para executar os passos. Um
dos objetivos do projeto, além de comprovar a eficiência da metodologia ativa, era demonstrar
a importância do trabalho em equipe, pois é importante que os alunos saiam das aulas sabendo
lidar com isso.

Quadro 3 - Bidimensional da Taxonomia de Bloom: Categorias e Processos Cognitivos

O quadro 3 apresenta a finalização de uma das etapas dos níveis de habilidade da


taxonomia de Bloom, que foi possível analisando o trabalho em equipe.
Na vertical, temos a dimensão do conhecimento relacionada ao tipo de conteúdo
envolvido, que pode ser: factual, conceitual, procedimental ou metacognitivo. Na horizontal,
está a dimensão do processo cognitivo, relacionada ao processo usado pelos alunos para
10

aprender, que é composta por seis categorias (semelhantes àquelas apresentadas em sua
formulação inicial): 1) lembrar; 2) entender; 3) aplicar; 4) analisar; 5) avaliar; e 6) criar. O
pressuposto é que as categorias apresentem complexidades diferentes (ANDERSON et al.,
2001). Para formular um objetivo é necessário combinar as duas dimensões, fazendo um
cruzamento. Por exemplo, a posição do X na tabela significa que o objetivo de aprendizagem
do aluno é ?aplicar? um determinado conhecimento de caráter ?procedimental?.
Nesta etapa final observa-se maior interesse e a concentração em realizar cada um dos
processos foram os principais pontos observados, pois a tendência é sempre que o ?novo? e o
?diferente? chamem atenção e gerem curiosidade. Isso é uma evidência de que o método
funcionada e pode gerar resultados positivos durante aulas de RE.

6 Considerações Finais

Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que o uso da Robótica Educativa (RE)

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integrada à metodologia de Bloom no ambiente escolar, podem sim ser utilizadas por
educadores e educandos, proporcionando um grande ganho na aprendizagem se for introduzida
em sincronia com o planejamento didático pedagógico do educador.
Conforme apresentado, há uma grande variedade de temáticas que podem fazer parte da
taxonomia de Bloom, uma delas são os projetos de construção de Robótica Educacional, sendo
alternativas de agregar conhecimento, habilidades e competências que os professores almejam
que seus alunos alcancem. Facilitando assim a adoção de tal metodologia. Essa abordagem se
torna ainda mais relevante para estudantes de cursos de tecnologia, uma vez que podem
observar, na prática, a aplicação de conceitos que são muitas vezes abstratos, tornando mais
prazeroso e significativo o aprendizado dos educandos, que já possuem uma imensa bagagem
de conhecimentos tecnológicos e sentem-se motivados ao utilizá-los.
11

Logo, a taxonomia de Bloom deve atuar como mediadora durante as infinitas


possibilidades de pesquisa e aprendizado proporcionadas pela RE. Nessa jornada, assim como
os educandos, os docentes também terão muito o que aprender e descobrir. Por fim, o uso dos
processos de Bloom nas aulas de RE podem contribuir para um ensino mais interdisciplinar,
proporcionando experiências que extrapolem o conteúdo habitual e contribuam para uma
formação ampla e transformadora dos estudantes, tornando-os assim pessoas críticas e
reflexivas.

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Arquivo 1: EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf (3596 termos)
Arquivo 2: https://explorable.com/domains-of-learning (1098 termos)
Termos comuns: 4
Similaridade: 0,08%
O texto abaixo é o conteúdo do documento EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf
(3596 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://explorable.com/domains-of-learning
(1098 termos)

=================================================================================

APLICAÇÃO DA TAXONOMIA DE BLOOM COMO


APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA DISPLINA DE
ROBÓTICA NA EDUCAÇÃO

Priscila Rocha Fernandes(a)1

Resumo:

A usabilidade da taxonomia de Bloom em sala de aula almeja que os alunos consigam


classificar seus domínios de aprendizagem com a aplicação de definição de objetivos a partir
de uma listagem das habilidades e dos processos envolvidos nas atividades educacionais,
estabelecendo critérios avaliativos. A disciplina de RE pode ter sua competência aumentada
quando associada aos níveis hierárquicos que os alunos devem atingir direcionados pela teoria
de Bloom, como modelo de classificação dos objetivos educacionais, com o intuito de criar
condições adequadas nas aulas de RE para obter de forma concreta um conhecimento antes de
passar para o próximo nível. Este artigo destina-se, através de uma pesquisa bibliográfica, a
relatar brevemente a implantação da taxonomia de Bloom como metodologia ativa na disciplina
de RE do ensino fundamental, as características e o diferencial importantes, além de caso de

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uso bem sucedido. Com este trabalho, pretende-se avaliar o grau de satisfação dos educandos
com a aplicação da teoria de Bloom. Assim, espera-se contribuir com a proposta da aplicação
desta metodologia nas aulas de RE, mostrando-a como um diferencial na redução das dúvidas
e sendo mais interessante para os educandos, contribuindo para o processo de aprendizagem.
Para isso foram utilizados como fontes livros, artigos publicados e revistas que auxiliam na
compreensão dessa metodologia.

Palavras-chave: Robótica educativa. Taxonomia de Bloom. Metodologias Ativas.

1 Bacharel em Ciência da Computação. Pós-graduada em Informática Educativa. Mestrando em


Tecnologias
Emergentes em Educação pela Must University. priscilar@gmail.com.
2

Abstract:

The usability of Bloom's taxonomy in the classroom aims for students to be able to classify
their learning domains with the application of objective definition from a list of skills and
processes involved in educational activities, establishing evaluative criteria. The RE discipline
can have its competence increased when associated with the hierarchical levels that students
must reach, guided by Bloom's theory, as a classification model of educational objectives, with
the aim of creating adequate conditions in RE classes to concretely obtain a knowledge before
moving to the next level. This article aims, through bibliographical research, to briefly report
the implementation of Bloom's taxonomy as an active methodology in the RE discipline of
elementary school, the important characteristics and differential, as well as a successful use
case. With this work, we intend to evaluate the degree of satisfaction of students with the
application of Bloom's theory. Thus, it is expected to contribute to the proposal of applying this
methodology in RE classes, showing it as a differential in reducing doubts and being more
interesting for students, contributing to the learning process. For this, books, published articles
and magazines that help in understanding this methodology were used as sources.

Keywords: Educational robotics. Bloom's taxonomy. Active Methodologies.

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1 Introdução

A reflexão na participação dos educandos em atividades diferenciadas propostas em


aula, através de novos mecanismos metodológicos para a aprendizagem se apresenta atualmente
como uma necessidade que surge em decorrência das mudanças sociais e dos constantes
avanços tecnológicos (Coelho; Góes, 2020). Assim, o educador, atento às novas práticas
pedagógicas apropria-se desta oportunidade em utilizar as tecnologias, como meio para
construir e difundir um aprendizado mais dinâmico, e ainda, para concretizar a necessária
mudança de paradigma educacional, centrando seus esforços nos processos de criação, gestão
e reorganização das situações de aprendizagem.
Para tanto, observa-se nas aulas de RE, um desafio encontrado para se ensinar robótica
consiste em escolher um instrumento adequado que possa nortear o ensino e a avaliação de
3

aprendizagem. Afirma-se que há uma enorme dificuldade por parte dos professores em
mensurar objetivamente a aprendizagem dos alunos nas disciplinas de programação [Jesus e
Raabe, 2009].
A fim de reverter esse quadro, e criar nessas aulas um ambiente organizado e dinâmico,
a taxonomia de Bloom [Bloom, 1956] [Krathwohl, 2002] é apontada como instrumento
aplicável também no ensino de programação [Aureliano e Tedesco, 2012].
Desta forma, a implantação da taxonomia de Bloom nas aulas de RE tem como
principais objetivos: (i) o desenvolvimento de ações de domínio cognitivo envolve a capacidade
de os alunos darem sentido às informações que recebem durante as aulas e a maneira de utilizá-
las na vida prática, de modo que o conhecimento adquirido seja produtivo; (ii) o domínio afetivo
que refere-se às emoções, aos sentimentos e aos comportamentos desenvolvidos a partir do
processo de ensino e aprendizagem, considerando que não somos mais os mesmos depois de
aprendermos algo novo; (iii) No campo psicomotor, as habilidades físicas auxiliam na aquisição
de novos conhecimentos a partir dos movimentos do corpo, da manipulação de objetos e dos
sentidos corporais. Todos esses objetivos visam a contemplar às aulas de RE e aos alunos, os
domínios cognitivo, afetivo e psicomotor, e seus objetivos específicos devem estar de acordo
com os níveis hierárquicos, já que escolas devem estimular as habilidades correspondentes a
cada domínio, pois juntos permitem a efetivação da aprendizagem.
O presente trabalho apresenta como questão conhecer a aplicação da taxonomia de
Bloom envolvendo projetos de RE como ferramenta pedagógica para a melhoria no aprendizado
estimulando as habilidades relacionadas aos objetivos educacionais nos níveis hierárquicos
definidos no conteúdo. Neste trabalho, optou-se por utilizar como metodologia a pesquisa
bibliográfica, com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e
outros, buscando conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado assunto.

2 Robótica Educativa e suas Tecnologias

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A Robótica Educativa (RE), tem inovado em diversos campos do conhecimento e


permitido a interdisciplinaridade na educação através de experiências práticas envolvendo
hardware e software, e raciocínio lógico como essencial na construção e programação de robôs
focados em solucionar problemas do cotidiano através da colaboração de ambos: professor e
alunos pelo uso de aparatos tecnológicos (Maisonnette, 2019, p. 5).
As possibilidades de uso da RE em competências de aprendizagem são ilimitadas, e
aumentam à medida em que são lançadas novas versões de kits de montagem e construção
disponíveis às escolas, inseridas no mundo tecnológico e o uso em sequências didáticas durante
o ensino [Santos et al, 2018].
Convém lembrar que os educadores, quanto ao aproveitamento da RE tenham um olhar
observador, apoiados nas especificações indicadas pelos elaboradores dos equipamentos da RE,
tais como, de idade apropriada e segurança, e principalmente, "abordam em pesquisas sobre o
seu uso na infância, corroborando ao uso ético e seguro da tecnologia? (Baillargeon et al, 2018).
Dessa forma, será assertivo prescrever o uso da RE com a mediação de educadores.

3 A taxonomia de Bloom

A Taxonomia de Bloom refere-se a uma classificação dos diferentes objetivos que os


educadores estabelecem para que seus estudantes alcancem novas habilidades. Ela divide os
objetivos educacionais em três domínios distintos: cognitivo, afetivo e psicomotor. O domínio
cognitivo engloba o conhecimento e pensamento, o domínio afetivo o sentimento e as relações
interpessoais, e o domínio psicomotor a manipulação física de objetos. O desenvolvimento em
cada domínio é medido através de níveis ou categorias organizadas em hierarquias lineares, de
5

forma que para alcançar uma categoria, o aluno deve dominar as categorias anteriores. Portanto,
dentro dos domínios, a aprendizagem nos níveis superiores é dependente da obtenção do
conhecimento prévio e habilidades em níveis inferiores. A seguir detalhamos o Domínio
Cognitivo da referida Taxonomia, uma vez que neste trabalho, por questões de espaço, vamos
enfocar apenas os resultados relativos a este domínio. Habilidades no domínio cognitivo tratam
do conhecimento, compreensão e pensamento crítico sobre um tema específico. Segundo Scott
(2003), a educação tradicional tende a enfatizar as habilidades neste domínio, principalmente
as primeiras categorias. O domínio cognitivo apresenta seis níveis (Figura 1), aumentando em
complexidade ao mover-se através das categorias de ordem mais baixas às mais altas. O
desenvolvimento de uma categoria não implica no deslocamento imediato para um nível
superior. No entanto, segundo Bloom, um estudante precisa dominar as categorias-requisito de
uma categoria para poder então alcançá-la.

Figura 1 - Relação entre as categorias do Domínio Cognitivo na Taxonomia de Bloom de acordo


com Johnson e Fuller (2006).

Uma recente reavaliação da Taxonomia de Bloom por Anderson e seus colegas (2001)
sugere que os dois ou três primeiros níveis da hierarquia podem ser planos. Os autores também
propuseram que a taxonomia deve ser bidimensional, com as (ligeiramente reconfiguradas)

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categorias originais de Lembrar, Entender, Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar formando a


6

dimensão do processo cognitivo e factual, conceitual, procedimental e metacognitivo, como


indicado no Quadro 1.

Quadro 1 - Categorias da Taxonomia de Bloom e seus verbos associados

Segundo Johnson e Fuller (2006), essas taxonomias não definem uma sequência de
instruções, mas sim níveis de desempenho que podem ser desejados para qualquer tipo de
conteúdo. É esperado que um aluno atuante em um nível cognitivo superior seja capaz de operar
nos níveis mais baixos na hierarquia. Isso poderia ser interpretado como o reconhecimento de
um processo de aprendizagem sequencial. No entanto, a Taxonomia não descarta o uso de uma
abordagem iterativa para aprender o conteúdo. Whalley e outros (2006) diz que mesmo para
professores de computação experientes, muitas das descrições dos níveis da taxonomia em
certas categorias são difíceis de ser interpretados no contexto dos exercícios de programação.
Esse problema também é apontado por Pedroza (2011), embora afirme que a Taxonomia
revisada solucionou diversas questões da versão original, tornando-a mais indicada para
utilização como ferramenta norteadora em trabalhos científicos.
Considerado uma metodologia de simples compreensão, aplicação, e capaz de produzir
resultados a curto prazo, a taxonomia de Bloom prepara o ambiente para mudanças culturais e
de hábito promovendo o crescimento contínuo das pessoas. Desta forma, é uma metodologia
bastante interessante do ponto de vista educacional, visto que ?a taxonomia de Bloom utiliza o
7

potencial criativo e incrementa a participação de todos, propiciando um clima favorável ao bom


desempenho no trabalho? (Costa et al., 2017). Os verdadeiros benefícios do programa ajudam
a desenvolver o potencial e as qualidades dos profissionais de educação e do trabalho que
realizam.

4 Metodologia

A proposta principal do projeto foi a realização de uma extensa revisão bibliográfica


sobre os principais temas abordados: robótica educativa, taxonomia de Bloom, metodologias
ativas.
No entanto, algumas ações foram criadas para melhor entendimento dos objetivos
cognitivos de Bloom, tais como, quadro de divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para a
aula de Robótica e quadro categorias e processos cognitivo. Além disso, o objetivo foi analisar
os grupos de educandos voltados para construções de projetos de RE por meio da utilização dos
blocos de LEGO e sua programação.

Nível Definição Amostra de Verbos


1 Conhecimento O aluno irá recordar ou reconhecer
informações, ideias e princípios na forma em

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que foram aprendidos.


Escreva, Defina,
Liste.
2 Compreensão O aluno compreende ou interpreta informação
com base em conhecimento prévio ou novo.
Explique, Descreva.
3 Aplicação O aluno seleciona, transfere e usa dados e
princípios para completar um problema ou
tarefa com um mínimo de supervisão.
Demonstre,
Construa.
4 Análise O aluno distingue, classifica e relaciona
pressupostos, hipóteses, evidências ou
estruturas de uma declaração ou questão.
Analise.
5 Síntese O aluno cria, integra e combinam ideias em um
produto, plano ou proposta, novos para ele.
Crie, Desenvolva.
6 Avaliação O aluno aprecia, avalia ou critica com base em
padrões e critérios específicos.
Julgue, Recomende.
Quadro 2 - Divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para as aulas de Robótica educativa
8

Foi aplicada a metodologia de Bloom nos grupos de educandos e tiveram como intuito
o desenvolvimento dos estudantes, o trabalho colaborativo, envolvimento pessoal dos
envolvidos e consciência de que cada pessoa é responsável pelo bem-estar de todos os colegas
que compartilham das aulas de RE. Como etapa final, foi apresentado os resultados da aplicação
das habilidades cognitivas abarcadas na taxonomia de Bloom, sendo possível concluir se estas
foram eficientes para a aprendizagem e desenvolvimento pessoal e profissional dos
participantes.
As definições práticas encontradas acima condizem, perfeitamente, nas habilidades e
competências encontradas nas atividades realizadas através da Robótica Educativa, ?abstrações,
processamento sistemático de informações, sistema de representação de símbolos, noções de
algoritmo, modularização, pensamento interativo, lógica, entre outras?.
O uso dos parâmetros encontrados na taxonomia de Bloom faz com que a Robótica
Educativa seja amplamente utilizada para instigar estes elementos, inovando em aulas e
proporcionando um novo comportamento nos educandos.
A pesquisa foi realizada em novembro de 2022 nas bases de dados ACM, IEEE e Google
Acadêmico por maior proximidade ao assunto e as buscas foram efetuadas por práticas diversas,
considerando publicações em qualquer idioma com o acesso completo ao texto e entre os anos
de 2010 a 2022.
Convém lembrar que alguns trabalhos pesquisados de autores como Soltoski (2022),

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Dargains et al (2020) e da Luz et al (2019) dentre os citados nessa pesquisa bibliográfica,


trouxeram informações e estudos recentes sobre a usabilidade da taxonomia de Bloom na RE
no campo educacional.

5 Resultados

Para obtenção dos resultados, foram realizadas com 32 educandos matriculados no 7º


ano do ciclo II do fundamental com o intuito de mostrar que a metodologia é eficiente para a
aprendizagem dos estudantes. Todos os alunos seguiram o passo a passo adequadamente e se
envolveram com os processos, mostrando interesse tanto pelos temas abordados quanto pelo
método de ensino utilizado, podendo concluir que a metodologia ativa de Bloom tende a gerar
um aprendizado eficaz, uma vez que os alunos realmente se interessam em executar a atividade
proposta. Outro fator importante para se destacar é a forma como o método auxilia o trabalho
em equipe, uma vez que os participantes dependem uns dos outros para executar os passos. Um
dos objetivos do projeto, além de comprovar a eficiência da metodologia ativa, era demonstrar
a importância do trabalho em equipe, pois é importante que os alunos saiam das aulas sabendo
lidar com isso.

Quadro 3 - Bidimensional da Taxonomia de Bloom: Categorias e Processos Cognitivos

O quadro 3 apresenta a finalização de uma das etapas dos níveis de habilidade da


taxonomia de Bloom, que foi possível analisando o trabalho em equipe.
Na vertical, temos a dimensão do conhecimento relacionada ao tipo de conteúdo
envolvido, que pode ser: factual, conceitual, procedimental ou metacognitivo. Na horizontal,
está a dimensão do processo cognitivo, relacionada ao processo usado pelos alunos para
10

aprender, que é composta por seis categorias (semelhantes àquelas apresentadas em sua
formulação inicial): 1) lembrar; 2) entender; 3) aplicar; 4) analisar; 5) avaliar; e 6) criar. O
pressuposto é que as categorias apresentem complexidades diferentes (ANDERSON et al.,
2001). Para formular um objetivo é necessário combinar as duas dimensões, fazendo um
cruzamento. Por exemplo, a posição do X na tabela significa que o objetivo de aprendizagem
do aluno é ?aplicar? um determinado conhecimento de caráter ?procedimental?.
Nesta etapa final observa-se maior interesse e a concentração em realizar cada um dos
processos foram os principais pontos observados, pois a tendência é sempre que o ?novo? e o
?diferente? chamem atenção e gerem curiosidade. Isso é uma evidência de que o método
funcionada e pode gerar resultados positivos durante aulas de RE.

6 Considerações Finais

Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que o uso da Robótica Educativa (RE)

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integrada à metodologia de Bloom no ambiente escolar, podem sim ser utilizadas por
educadores e educandos, proporcionando um grande ganho na aprendizagem se for introduzida
em sincronia com o planejamento didático pedagógico do educador.
Conforme apresentado, há uma grande variedade de temáticas que podem fazer parte da
taxonomia de Bloom, uma delas são os projetos de construção de Robótica Educacional, sendo
alternativas de agregar conhecimento, habilidades e competências que os professores almejam
que seus alunos alcancem. Facilitando assim a adoção de tal metodologia. Essa abordagem se
torna ainda mais relevante para estudantes de cursos de tecnologia, uma vez que podem
observar, na prática, a aplicação de conceitos que são muitas vezes abstratos, tornando mais
prazeroso e significativo o aprendizado dos educandos, que já possuem uma imensa bagagem
de conhecimentos tecnológicos e sentem-se motivados ao utilizá-los.
11

Logo, a taxonomia de Bloom deve atuar como mediadora durante as infinitas


possibilidades de pesquisa e aprendizado proporcionadas pela RE. Nessa jornada, assim como
os educandos, os docentes também terão muito o que aprender e descobrir. Por fim, o uso dos
processos de Bloom nas aulas de RE podem contribuir para um ensino mais interdisciplinar,
proporcionando experiências que extrapolem o conteúdo habitual e contribuam para uma
formação ampla e transformadora dos estudantes, tornando-os assim pessoas críticas e
reflexivas.

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Arquivo 1: EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf (3596 termos)
Arquivo 2: https://ludwig.guru/s/to+be+able+to+classify (1256 termos)
Termos comuns: 3
Similaridade: 0,06%
O texto abaixo é o conteúdo do documento EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf
(3596 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://ludwig.guru/s/to+be+able+to+classify (1256 termos)

=================================================================================

APLICAÇÃO DA TAXONOMIA DE BLOOM COMO


APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA DISPLINA DE
ROBÓTICA NA EDUCAÇÃO

Priscila Rocha Fernandes(a)1

Resumo:

A usabilidade da taxonomia de Bloom em sala de aula almeja que os alunos consigam


classificar seus domínios de aprendizagem com a aplicação de definição de objetivos a partir
de uma listagem das habilidades e dos processos envolvidos nas atividades educacionais,
estabelecendo critérios avaliativos. A disciplina de RE pode ter sua competência aumentada
quando associada aos níveis hierárquicos que os alunos devem atingir direcionados pela teoria
de Bloom, como modelo de classificação dos objetivos educacionais, com o intuito de criar
condições adequadas nas aulas de RE para obter de forma concreta um conhecimento antes de
passar para o próximo nível. Este artigo destina-se, através de uma pesquisa bibliográfica, a
relatar brevemente a implantação da taxonomia de Bloom como metodologia ativa na disciplina
de RE do ensino fundamental, as características e o diferencial importantes, além de caso de

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uso bem sucedido. Com este trabalho, pretende-se avaliar o grau de satisfação dos educandos
com a aplicação da teoria de Bloom. Assim, espera-se contribuir com a proposta da aplicação
desta metodologia nas aulas de RE, mostrando-a como um diferencial na redução das dúvidas
e sendo mais interessante para os educandos, contribuindo para o processo de aprendizagem.
Para isso foram utilizados como fontes livros, artigos publicados e revistas que auxiliam na
compreensão dessa metodologia.

Palavras-chave: Robótica educativa. Taxonomia de Bloom. Metodologias Ativas.

1 Bacharel em Ciência da Computação. Pós-graduada em Informática Educativa. Mestrando em


Tecnologias
Emergentes em Educação pela Must University. priscilar@gmail.com.
2

Abstract:

The usability of Bloom's taxonomy in the classroom aims for students to be able to classify
their learning domains with the application of objective definition from a list of skills and
processes involved in educational activities, establishing evaluative criteria. The RE discipline
can have its competence increased when associated with the hierarchical levels that students
must reach, guided by Bloom's theory, as a classification model of educational objectives, with
the aim of creating adequate conditions in RE classes to concretely obtain a knowledge before
moving to the next level. This article aims, through bibliographical research, to briefly report
the implementation of Bloom's taxonomy as an active methodology in the RE discipline of
elementary school, the important characteristics and differential, as well as a successful use
case. With this work, we intend to evaluate the degree of satisfaction of students with the
application of Bloom's theory. Thus, it is expected to contribute to the proposal of applying this
methodology in RE classes, showing it as a differential in reducing doubts and being more
interesting for students, contributing to the learning process. For this, books, published articles
and magazines that help in understanding this methodology were used as sources.

Keywords: Educational robotics. Bloom's taxonomy. Active Methodologies.

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1 Introdução

A reflexão na participação dos educandos em atividades diferenciadas propostas em


aula, através de novos mecanismos metodológicos para a aprendizagem se apresenta atualmente
como uma necessidade que surge em decorrência das mudanças sociais e dos constantes
avanços tecnológicos (Coelho; Góes, 2020). Assim, o educador, atento às novas práticas
pedagógicas apropria-se desta oportunidade em utilizar as tecnologias, como meio para
construir e difundir um aprendizado mais dinâmico, e ainda, para concretizar a necessária
mudança de paradigma educacional, centrando seus esforços nos processos de criação, gestão
e reorganização das situações de aprendizagem.
Para tanto, observa-se nas aulas de RE, um desafio encontrado para se ensinar robótica
consiste em escolher um instrumento adequado que possa nortear o ensino e a avaliação de
3

aprendizagem. Afirma-se que há uma enorme dificuldade por parte dos professores em
mensurar objetivamente a aprendizagem dos alunos nas disciplinas de programação [Jesus e
Raabe, 2009].
A fim de reverter esse quadro, e criar nessas aulas um ambiente organizado e dinâmico,
a taxonomia de Bloom [Bloom, 1956] [Krathwohl, 2002] é apontada como instrumento
aplicável também no ensino de programação [Aureliano e Tedesco, 2012].
Desta forma, a implantação da taxonomia de Bloom nas aulas de RE tem como
principais objetivos: (i) o desenvolvimento de ações de domínio cognitivo envolve a capacidade
de os alunos darem sentido às informações que recebem durante as aulas e a maneira de utilizá-
las na vida prática, de modo que o conhecimento adquirido seja produtivo; (ii) o domínio afetivo
que refere-se às emoções, aos sentimentos e aos comportamentos desenvolvidos a partir do
processo de ensino e aprendizagem, considerando que não somos mais os mesmos depois de
aprendermos algo novo; (iii) No campo psicomotor, as habilidades físicas auxiliam na aquisição
de novos conhecimentos a partir dos movimentos do corpo, da manipulação de objetos e dos
sentidos corporais. Todos esses objetivos visam a contemplar às aulas de RE e aos alunos, os
domínios cognitivo, afetivo e psicomotor, e seus objetivos específicos devem estar de acordo
com os níveis hierárquicos, já que escolas devem estimular as habilidades correspondentes a
cada domínio, pois juntos permitem a efetivação da aprendizagem.
O presente trabalho apresenta como questão conhecer a aplicação da taxonomia de
Bloom envolvendo projetos de RE como ferramenta pedagógica para a melhoria no aprendizado
estimulando as habilidades relacionadas aos objetivos educacionais nos níveis hierárquicos
definidos no conteúdo. Neste trabalho, optou-se por utilizar como metodologia a pesquisa
bibliográfica, com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e
outros, buscando conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado assunto.

2 Robótica Educativa e suas Tecnologias

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A Robótica Educativa (RE), tem inovado em diversos campos do conhecimento e


permitido a interdisciplinaridade na educação através de experiências práticas envolvendo
hardware e software, e raciocínio lógico como essencial na construção e programação de robôs
focados em solucionar problemas do cotidiano através da colaboração de ambos: professor e
alunos pelo uso de aparatos tecnológicos (Maisonnette, 2019, p. 5).
As possibilidades de uso da RE em competências de aprendizagem são ilimitadas, e
aumentam à medida em que são lançadas novas versões de kits de montagem e construção
disponíveis às escolas, inseridas no mundo tecnológico e o uso em sequências didáticas durante
o ensino [Santos et al, 2018].
Convém lembrar que os educadores, quanto ao aproveitamento da RE tenham um olhar
observador, apoiados nas especificações indicadas pelos elaboradores dos equipamentos da RE,
tais como, de idade apropriada e segurança, e principalmente, "abordam em pesquisas sobre o
seu uso na infância, corroborando ao uso ético e seguro da tecnologia? (Baillargeon et al, 2018).
Dessa forma, será assertivo prescrever o uso da RE com a mediação de educadores.

3 A taxonomia de Bloom

A Taxonomia de Bloom refere-se a uma classificação dos diferentes objetivos que os


educadores estabelecem para que seus estudantes alcancem novas habilidades. Ela divide os
objetivos educacionais em três domínios distintos: cognitivo, afetivo e psicomotor. O domínio
cognitivo engloba o conhecimento e pensamento, o domínio afetivo o sentimento e as relações
interpessoais, e o domínio psicomotor a manipulação física de objetos. O desenvolvimento em
cada domínio é medido através de níveis ou categorias organizadas em hierarquias lineares, de
5

forma que para alcançar uma categoria, o aluno deve dominar as categorias anteriores. Portanto,
dentro dos domínios, a aprendizagem nos níveis superiores é dependente da obtenção do
conhecimento prévio e habilidades em níveis inferiores. A seguir detalhamos o Domínio
Cognitivo da referida Taxonomia, uma vez que neste trabalho, por questões de espaço, vamos
enfocar apenas os resultados relativos a este domínio. Habilidades no domínio cognitivo tratam
do conhecimento, compreensão e pensamento crítico sobre um tema específico. Segundo Scott
(2003), a educação tradicional tende a enfatizar as habilidades neste domínio, principalmente
as primeiras categorias. O domínio cognitivo apresenta seis níveis (Figura 1), aumentando em
complexidade ao mover-se através das categorias de ordem mais baixas às mais altas. O
desenvolvimento de uma categoria não implica no deslocamento imediato para um nível
superior. No entanto, segundo Bloom, um estudante precisa dominar as categorias-requisito de
uma categoria para poder então alcançá-la.

Figura 1 - Relação entre as categorias do Domínio Cognitivo na Taxonomia de Bloom de acordo


com Johnson e Fuller (2006).

Uma recente reavaliação da Taxonomia de Bloom por Anderson e seus colegas (2001)
sugere que os dois ou três primeiros níveis da hierarquia podem ser planos. Os autores também
propuseram que a taxonomia deve ser bidimensional, com as (ligeiramente reconfiguradas)

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categorias originais de Lembrar, Entender, Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar formando a


6

dimensão do processo cognitivo e factual, conceitual, procedimental e metacognitivo, como


indicado no Quadro 1.

Quadro 1 - Categorias da Taxonomia de Bloom e seus verbos associados

Segundo Johnson e Fuller (2006), essas taxonomias não definem uma sequência de
instruções, mas sim níveis de desempenho que podem ser desejados para qualquer tipo de
conteúdo. É esperado que um aluno atuante em um nível cognitivo superior seja capaz de operar
nos níveis mais baixos na hierarquia. Isso poderia ser interpretado como o reconhecimento de
um processo de aprendizagem sequencial. No entanto, a Taxonomia não descarta o uso de uma
abordagem iterativa para aprender o conteúdo. Whalley e outros (2006) diz que mesmo para
professores de computação experientes, muitas das descrições dos níveis da taxonomia em
certas categorias são difíceis de ser interpretados no contexto dos exercícios de programação.
Esse problema também é apontado por Pedroza (2011), embora afirme que a Taxonomia
revisada solucionou diversas questões da versão original, tornando-a mais indicada para
utilização como ferramenta norteadora em trabalhos científicos.
Considerado uma metodologia de simples compreensão, aplicação, e capaz de produzir
resultados a curto prazo, a taxonomia de Bloom prepara o ambiente para mudanças culturais e
de hábito promovendo o crescimento contínuo das pessoas. Desta forma, é uma metodologia
bastante interessante do ponto de vista educacional, visto que ?a taxonomia de Bloom utiliza o
7

potencial criativo e incrementa a participação de todos, propiciando um clima favorável ao bom


desempenho no trabalho? (Costa et al., 2017). Os verdadeiros benefícios do programa ajudam
a desenvolver o potencial e as qualidades dos profissionais de educação e do trabalho que
realizam.

4 Metodologia

A proposta principal do projeto foi a realização de uma extensa revisão bibliográfica


sobre os principais temas abordados: robótica educativa, taxonomia de Bloom, metodologias
ativas.
No entanto, algumas ações foram criadas para melhor entendimento dos objetivos
cognitivos de Bloom, tais como, quadro de divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para a
aula de Robótica e quadro categorias e processos cognitivo. Além disso, o objetivo foi analisar
os grupos de educandos voltados para construções de projetos de RE por meio da utilização dos
blocos de LEGO e sua programação.

Nível Definição Amostra de Verbos


1 Conhecimento O aluno irá recordar ou reconhecer
informações, ideias e princípios na forma em

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que foram aprendidos.


Escreva, Defina,
Liste.
2 Compreensão O aluno compreende ou interpreta informação
com base em conhecimento prévio ou novo.
Explique, Descreva.
3 Aplicação O aluno seleciona, transfere e usa dados e
princípios para completar um problema ou
tarefa com um mínimo de supervisão.
Demonstre,
Construa.
4 Análise O aluno distingue, classifica e relaciona
pressupostos, hipóteses, evidências ou
estruturas de uma declaração ou questão.
Analise.
5 Síntese O aluno cria, integra e combinam ideias em um
produto, plano ou proposta, novos para ele.
Crie, Desenvolva.
6 Avaliação O aluno aprecia, avalia ou critica com base em
padrões e critérios específicos.
Julgue, Recomende.
Quadro 2 - Divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para as aulas de Robótica educativa
8

Foi aplicada a metodologia de Bloom nos grupos de educandos e tiveram como intuito
o desenvolvimento dos estudantes, o trabalho colaborativo, envolvimento pessoal dos
envolvidos e consciência de que cada pessoa é responsável pelo bem-estar de todos os colegas
que compartilham das aulas de RE. Como etapa final, foi apresentado os resultados da aplicação
das habilidades cognitivas abarcadas na taxonomia de Bloom, sendo possível concluir se estas
foram eficientes para a aprendizagem e desenvolvimento pessoal e profissional dos
participantes.
As definições práticas encontradas acima condizem, perfeitamente, nas habilidades e
competências encontradas nas atividades realizadas através da Robótica Educativa, ?abstrações,
processamento sistemático de informações, sistema de representação de símbolos, noções de
algoritmo, modularização, pensamento interativo, lógica, entre outras?.
O uso dos parâmetros encontrados na taxonomia de Bloom faz com que a Robótica
Educativa seja amplamente utilizada para instigar estes elementos, inovando em aulas e
proporcionando um novo comportamento nos educandos.
A pesquisa foi realizada em novembro de 2022 nas bases de dados ACM, IEEE e Google
Acadêmico por maior proximidade ao assunto e as buscas foram efetuadas por práticas diversas,
considerando publicações em qualquer idioma com o acesso completo ao texto e entre os anos
de 2010 a 2022.
Convém lembrar que alguns trabalhos pesquisados de autores como Soltoski (2022),

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Dargains et al (2020) e da Luz et al (2019) dentre os citados nessa pesquisa bibliográfica,


trouxeram informações e estudos recentes sobre a usabilidade da taxonomia de Bloom na RE
no campo educacional.

5 Resultados

Para obtenção dos resultados, foram realizadas com 32 educandos matriculados no 7º


ano do ciclo II do fundamental com o intuito de mostrar que a metodologia é eficiente para a
aprendizagem dos estudantes. Todos os alunos seguiram o passo a passo adequadamente e se
envolveram com os processos, mostrando interesse tanto pelos temas abordados quanto pelo
método de ensino utilizado, podendo concluir que a metodologia ativa de Bloom tende a gerar
um aprendizado eficaz, uma vez que os alunos realmente se interessam em executar a atividade
proposta. Outro fator importante para se destacar é a forma como o método auxilia o trabalho
em equipe, uma vez que os participantes dependem uns dos outros para executar os passos. Um
dos objetivos do projeto, além de comprovar a eficiência da metodologia ativa, era demonstrar
a importância do trabalho em equipe, pois é importante que os alunos saiam das aulas sabendo
lidar com isso.

Quadro 3 - Bidimensional da Taxonomia de Bloom: Categorias e Processos Cognitivos

O quadro 3 apresenta a finalização de uma das etapas dos níveis de habilidade da


taxonomia de Bloom, que foi possível analisando o trabalho em equipe.
Na vertical, temos a dimensão do conhecimento relacionada ao tipo de conteúdo
envolvido, que pode ser: factual, conceitual, procedimental ou metacognitivo. Na horizontal,
está a dimensão do processo cognitivo, relacionada ao processo usado pelos alunos para
10

aprender, que é composta por seis categorias (semelhantes àquelas apresentadas em sua
formulação inicial): 1) lembrar; 2) entender; 3) aplicar; 4) analisar; 5) avaliar; e 6) criar. O
pressuposto é que as categorias apresentem complexidades diferentes (ANDERSON et al.,
2001). Para formular um objetivo é necessário combinar as duas dimensões, fazendo um
cruzamento. Por exemplo, a posição do X na tabela significa que o objetivo de aprendizagem
do aluno é ?aplicar? um determinado conhecimento de caráter ?procedimental?.
Nesta etapa final observa-se maior interesse e a concentração em realizar cada um dos
processos foram os principais pontos observados, pois a tendência é sempre que o ?novo? e o
?diferente? chamem atenção e gerem curiosidade. Isso é uma evidência de que o método
funcionada e pode gerar resultados positivos durante aulas de RE.

6 Considerações Finais

Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que o uso da Robótica Educativa (RE)

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integrada à metodologia de Bloom no ambiente escolar, podem sim ser utilizadas por
educadores e educandos, proporcionando um grande ganho na aprendizagem se for introduzida
em sincronia com o planejamento didático pedagógico do educador.
Conforme apresentado, há uma grande variedade de temáticas que podem fazer parte da
taxonomia de Bloom, uma delas são os projetos de construção de Robótica Educacional, sendo
alternativas de agregar conhecimento, habilidades e competências que os professores almejam
que seus alunos alcancem. Facilitando assim a adoção de tal metodologia. Essa abordagem se
torna ainda mais relevante para estudantes de cursos de tecnologia, uma vez que podem
observar, na prática, a aplicação de conceitos que são muitas vezes abstratos, tornando mais
prazeroso e significativo o aprendizado dos educandos, que já possuem uma imensa bagagem
de conhecimentos tecnológicos e sentem-se motivados ao utilizá-los.
11

Logo, a taxonomia de Bloom deve atuar como mediadora durante as infinitas


possibilidades de pesquisa e aprendizado proporcionadas pela RE. Nessa jornada, assim como
os educandos, os docentes também terão muito o que aprender e descobrir. Por fim, o uso dos
processos de Bloom nas aulas de RE podem contribuir para um ensino mais interdisciplinar,
proporcionando experiências que extrapolem o conteúdo habitual e contribuam para uma
formação ampla e transformadora dos estudantes, tornando-os assim pessoas críticas e
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Arquivo 1: EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf (3596 termos)
Arquivo 2: https://www.questionpro.com/blog/smart-objectives-and-goals (436 termos)
Termos comuns: 1
Similaridade: 0,02%
O texto abaixo é o conteúdo do documento EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf
(3596 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.questionpro.com/blog/smart-
objectives-and-goals (436 termos)

=================================================================================

APLICAÇÃO DA TAXONOMIA DE BLOOM COMO


APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA DISPLINA DE
ROBÓTICA NA EDUCAÇÃO

Priscila Rocha Fernandes(a)1

Resumo:

A usabilidade da taxonomia de Bloom em sala de aula almeja que os alunos consigam


classificar seus domínios de aprendizagem com a aplicação de definição de objetivos a partir
de uma listagem das habilidades e dos processos envolvidos nas atividades educacionais,
estabelecendo critérios avaliativos. A disciplina de RE pode ter sua competência aumentada
quando associada aos níveis hierárquicos que os alunos devem atingir direcionados pela teoria
de Bloom, como modelo de classificação dos objetivos educacionais, com o intuito de criar
condições adequadas nas aulas de RE para obter de forma concreta um conhecimento antes de
passar para o próximo nível. Este artigo destina-se, através de uma pesquisa bibliográfica, a
relatar brevemente a implantação da taxonomia de Bloom como metodologia ativa na disciplina
de RE do ensino fundamental, as características e o diferencial importantes, além de caso de

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uso bem sucedido. Com este trabalho, pretende-se avaliar o grau de satisfação dos educandos
com a aplicação da teoria de Bloom. Assim, espera-se contribuir com a proposta da aplicação
desta metodologia nas aulas de RE, mostrando-a como um diferencial na redução das dúvidas
e sendo mais interessante para os educandos, contribuindo para o processo de aprendizagem.
Para isso foram utilizados como fontes livros, artigos publicados e revistas que auxiliam na
compreensão dessa metodologia.

Palavras-chave: Robótica educativa. Taxonomia de Bloom. Metodologias Ativas.

1 Bacharel em Ciência da Computação. Pós-graduada em Informática Educativa. Mestrando em


Tecnologias
Emergentes em Educação pela Must University. priscilar@gmail.com.
2

Abstract:

The usability of Bloom's taxonomy in the classroom aims for students to be able to classify
their learning domains with the application of objective definition from a list of skills and
processes involved in educational activities, establishing evaluative criteria. The RE discipline
can have its competence increased when associated with the hierarchical levels that students
must reach, guided by Bloom's theory, as a classification model of educational objectives, with
the aim of creating adequate conditions in RE classes to concretely obtain a knowledge before
moving to the next level. This article aims, through bibliographical research, to briefly report
the implementation of Bloom's taxonomy as an active methodology in the RE discipline of
elementary school, the important characteristics and differential, as well as a successful use
case. With this work, we intend to evaluate the degree of satisfaction of students with the
application of Bloom's theory. Thus, it is expected to contribute to the proposal of applying this
methodology in RE classes, showing it as a differential in reducing doubts and being more
interesting for students, contributing to the learning process. For this, books, published articles
and magazines that help in understanding this methodology were used as sources.

Keywords: Educational robotics. Bloom's taxonomy. Active Methodologies.

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1 Introdução

A reflexão na participação dos educandos em atividades diferenciadas propostas em


aula, através de novos mecanismos metodológicos para a aprendizagem se apresenta atualmente
como uma necessidade que surge em decorrência das mudanças sociais e dos constantes
avanços tecnológicos (Coelho; Góes, 2020). Assim, o educador, atento às novas práticas
pedagógicas apropria-se desta oportunidade em utilizar as tecnologias, como meio para
construir e difundir um aprendizado mais dinâmico, e ainda, para concretizar a necessária
mudança de paradigma educacional, centrando seus esforços nos processos de criação, gestão
e reorganização das situações de aprendizagem.
Para tanto, observa-se nas aulas de RE, um desafio encontrado para se ensinar robótica
consiste em escolher um instrumento adequado que possa nortear o ensino e a avaliação de
3

aprendizagem. Afirma-se que há uma enorme dificuldade por parte dos professores em
mensurar objetivamente a aprendizagem dos alunos nas disciplinas de programação [Jesus e
Raabe, 2009].
A fim de reverter esse quadro, e criar nessas aulas um ambiente organizado e dinâmico,
a taxonomia de Bloom [Bloom, 1956] [Krathwohl, 2002] é apontada como instrumento
aplicável também no ensino de programação [Aureliano e Tedesco, 2012].
Desta forma, a implantação da taxonomia de Bloom nas aulas de RE tem como
principais objetivos: (i) o desenvolvimento de ações de domínio cognitivo envolve a capacidade
de os alunos darem sentido às informações que recebem durante as aulas e a maneira de utilizá-
las na vida prática, de modo que o conhecimento adquirido seja produtivo; (ii) o domínio afetivo
que refere-se às emoções, aos sentimentos e aos comportamentos desenvolvidos a partir do
processo de ensino e aprendizagem, considerando que não somos mais os mesmos depois de
aprendermos algo novo; (iii) No campo psicomotor, as habilidades físicas auxiliam na aquisição
de novos conhecimentos a partir dos movimentos do corpo, da manipulação de objetos e dos
sentidos corporais. Todos esses objetivos visam a contemplar às aulas de RE e aos alunos, os
domínios cognitivo, afetivo e psicomotor, e seus objetivos específicos devem estar de acordo
com os níveis hierárquicos, já que escolas devem estimular as habilidades correspondentes a
cada domínio, pois juntos permitem a efetivação da aprendizagem.
O presente trabalho apresenta como questão conhecer a aplicação da taxonomia de
Bloom envolvendo projetos de RE como ferramenta pedagógica para a melhoria no aprendizado
estimulando as habilidades relacionadas aos objetivos educacionais nos níveis hierárquicos
definidos no conteúdo. Neste trabalho, optou-se por utilizar como metodologia a pesquisa
bibliográfica, com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e
outros, buscando conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado assunto.

2 Robótica Educativa e suas Tecnologias

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A Robótica Educativa (RE), tem inovado em diversos campos do conhecimento e


permitido a interdisciplinaridade na educação através de experiências práticas envolvendo
hardware e software, e raciocínio lógico como essencial na construção e programação de robôs
focados em solucionar problemas do cotidiano através da colaboração de ambos: professor e
alunos pelo uso de aparatos tecnológicos (Maisonnette, 2019, p. 5).
As possibilidades de uso da RE em competências de aprendizagem são ilimitadas, e
aumentam à medida em que são lançadas novas versões de kits de montagem e construção
disponíveis às escolas, inseridas no mundo tecnológico e o uso em sequências didáticas durante
o ensino [Santos et al, 2018].
Convém lembrar que os educadores, quanto ao aproveitamento da RE tenham um olhar
observador, apoiados nas especificações indicadas pelos elaboradores dos equipamentos da RE,
tais como, de idade apropriada e segurança, e principalmente, "abordam em pesquisas sobre o
seu uso na infância, corroborando ao uso ético e seguro da tecnologia? (Baillargeon et al, 2018).
Dessa forma, será assertivo prescrever o uso da RE com a mediação de educadores.

3 A taxonomia de Bloom

A Taxonomia de Bloom refere-se a uma classificação dos diferentes objetivos que os


educadores estabelecem para que seus estudantes alcancem novas habilidades. Ela divide os
objetivos educacionais em três domínios distintos: cognitivo, afetivo e psicomotor. O domínio
cognitivo engloba o conhecimento e pensamento, o domínio afetivo o sentimento e as relações
interpessoais, e o domínio psicomotor a manipulação física de objetos. O desenvolvimento em
cada domínio é medido através de níveis ou categorias organizadas em hierarquias lineares, de
5

forma que para alcançar uma categoria, o aluno deve dominar as categorias anteriores. Portanto,
dentro dos domínios, a aprendizagem nos níveis superiores é dependente da obtenção do
conhecimento prévio e habilidades em níveis inferiores. A seguir detalhamos o Domínio
Cognitivo da referida Taxonomia, uma vez que neste trabalho, por questões de espaço, vamos
enfocar apenas os resultados relativos a este domínio. Habilidades no domínio cognitivo tratam
do conhecimento, compreensão e pensamento crítico sobre um tema específico. Segundo Scott
(2003), a educação tradicional tende a enfatizar as habilidades neste domínio, principalmente
as primeiras categorias. O domínio cognitivo apresenta seis níveis (Figura 1), aumentando em
complexidade ao mover-se através das categorias de ordem mais baixas às mais altas. O
desenvolvimento de uma categoria não implica no deslocamento imediato para um nível
superior. No entanto, segundo Bloom, um estudante precisa dominar as categorias-requisito de
uma categoria para poder então alcançá-la.

Figura 1 - Relação entre as categorias do Domínio Cognitivo na Taxonomia de Bloom de acordo


com Johnson e Fuller (2006).

Uma recente reavaliação da Taxonomia de Bloom por Anderson e seus colegas (2001)
sugere que os dois ou três primeiros níveis da hierarquia podem ser planos. Os autores também
propuseram que a taxonomia deve ser bidimensional, com as (ligeiramente reconfiguradas)

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categorias originais de Lembrar, Entender, Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar formando a


6

dimensão do processo cognitivo e factual, conceitual, procedimental e metacognitivo, como


indicado no Quadro 1.

Quadro 1 - Categorias da Taxonomia de Bloom e seus verbos associados

Segundo Johnson e Fuller (2006), essas taxonomias não definem uma sequência de
instruções, mas sim níveis de desempenho que podem ser desejados para qualquer tipo de
conteúdo. É esperado que um aluno atuante em um nível cognitivo superior seja capaz de operar
nos níveis mais baixos na hierarquia. Isso poderia ser interpretado como o reconhecimento de
um processo de aprendizagem sequencial. No entanto, a Taxonomia não descarta o uso de uma
abordagem iterativa para aprender o conteúdo. Whalley e outros (2006) diz que mesmo para
professores de computação experientes, muitas das descrições dos níveis da taxonomia em
certas categorias são difíceis de ser interpretados no contexto dos exercícios de programação.
Esse problema também é apontado por Pedroza (2011), embora afirme que a Taxonomia
revisada solucionou diversas questões da versão original, tornando-a mais indicada para
utilização como ferramenta norteadora em trabalhos científicos.
Considerado uma metodologia de simples compreensão, aplicação, e capaz de produzir
resultados a curto prazo, a taxonomia de Bloom prepara o ambiente para mudanças culturais e
de hábito promovendo o crescimento contínuo das pessoas. Desta forma, é uma metodologia
bastante interessante do ponto de vista educacional, visto que ?a taxonomia de Bloom utiliza o
7

potencial criativo e incrementa a participação de todos, propiciando um clima favorável ao bom


desempenho no trabalho? (Costa et al., 2017). Os verdadeiros benefícios do programa ajudam
a desenvolver o potencial e as qualidades dos profissionais de educação e do trabalho que
realizam.

4 Metodologia

A proposta principal do projeto foi a realização de uma extensa revisão bibliográfica


sobre os principais temas abordados: robótica educativa, taxonomia de Bloom, metodologias
ativas.
No entanto, algumas ações foram criadas para melhor entendimento dos objetivos
cognitivos de Bloom, tais como, quadro de divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para a
aula de Robótica e quadro categorias e processos cognitivo. Além disso, o objetivo foi analisar
os grupos de educandos voltados para construções de projetos de RE por meio da utilização dos
blocos de LEGO e sua programação.

Nível Definição Amostra de Verbos


1 Conhecimento O aluno irá recordar ou reconhecer
informações, ideias e princípios na forma em

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que foram aprendidos.


Escreva, Defina,
Liste.
2 Compreensão O aluno compreende ou interpreta informação
com base em conhecimento prévio ou novo.
Explique, Descreva.
3 Aplicação O aluno seleciona, transfere e usa dados e
princípios para completar um problema ou
tarefa com um mínimo de supervisão.
Demonstre,
Construa.
4 Análise O aluno distingue, classifica e relaciona
pressupostos, hipóteses, evidências ou
estruturas de uma declaração ou questão.
Analise.
5 Síntese O aluno cria, integra e combinam ideias em um
produto, plano ou proposta, novos para ele.
Crie, Desenvolva.
6 Avaliação O aluno aprecia, avalia ou critica com base em
padrões e critérios específicos.
Julgue, Recomende.
Quadro 2 - Divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para as aulas de Robótica educativa
8

Foi aplicada a metodologia de Bloom nos grupos de educandos e tiveram como intuito
o desenvolvimento dos estudantes, o trabalho colaborativo, envolvimento pessoal dos
envolvidos e consciência de que cada pessoa é responsável pelo bem-estar de todos os colegas
que compartilham das aulas de RE. Como etapa final, foi apresentado os resultados da aplicação
das habilidades cognitivas abarcadas na taxonomia de Bloom, sendo possível concluir se estas
foram eficientes para a aprendizagem e desenvolvimento pessoal e profissional dos
participantes.
As definições práticas encontradas acima condizem, perfeitamente, nas habilidades e
competências encontradas nas atividades realizadas através da Robótica Educativa, ?abstrações,
processamento sistemático de informações, sistema de representação de símbolos, noções de
algoritmo, modularização, pensamento interativo, lógica, entre outras?.
O uso dos parâmetros encontrados na taxonomia de Bloom faz com que a Robótica
Educativa seja amplamente utilizada para instigar estes elementos, inovando em aulas e
proporcionando um novo comportamento nos educandos.
A pesquisa foi realizada em novembro de 2022 nas bases de dados ACM, IEEE e Google
Acadêmico por maior proximidade ao assunto e as buscas foram efetuadas por práticas diversas,
considerando publicações em qualquer idioma com o acesso completo ao texto e entre os anos
de 2010 a 2022.
Convém lembrar que alguns trabalhos pesquisados de autores como Soltoski (2022),

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Dargains et al (2020) e da Luz et al (2019) dentre os citados nessa pesquisa bibliográfica,


trouxeram informações e estudos recentes sobre a usabilidade da taxonomia de Bloom na RE
no campo educacional.

5 Resultados

Para obtenção dos resultados, foram realizadas com 32 educandos matriculados no 7º


ano do ciclo II do fundamental com o intuito de mostrar que a metodologia é eficiente para a
aprendizagem dos estudantes. Todos os alunos seguiram o passo a passo adequadamente e se
envolveram com os processos, mostrando interesse tanto pelos temas abordados quanto pelo
método de ensino utilizado, podendo concluir que a metodologia ativa de Bloom tende a gerar
um aprendizado eficaz, uma vez que os alunos realmente se interessam em executar a atividade
proposta. Outro fator importante para se destacar é a forma como o método auxilia o trabalho
em equipe, uma vez que os participantes dependem uns dos outros para executar os passos. Um
dos objetivos do projeto, além de comprovar a eficiência da metodologia ativa, era demonstrar
a importância do trabalho em equipe, pois é importante que os alunos saiam das aulas sabendo
lidar com isso.

Quadro 3 - Bidimensional da Taxonomia de Bloom: Categorias e Processos Cognitivos

O quadro 3 apresenta a finalização de uma das etapas dos níveis de habilidade da


taxonomia de Bloom, que foi possível analisando o trabalho em equipe.
Na vertical, temos a dimensão do conhecimento relacionada ao tipo de conteúdo
envolvido, que pode ser: factual, conceitual, procedimental ou metacognitivo. Na horizontal,
está a dimensão do processo cognitivo, relacionada ao processo usado pelos alunos para
10

aprender, que é composta por seis categorias (semelhantes àquelas apresentadas em sua
formulação inicial): 1) lembrar; 2) entender; 3) aplicar; 4) analisar; 5) avaliar; e 6) criar. O
pressuposto é que as categorias apresentem complexidades diferentes (ANDERSON et al.,
2001). Para formular um objetivo é necessário combinar as duas dimensões, fazendo um
cruzamento. Por exemplo, a posição do X na tabela significa que o objetivo de aprendizagem
do aluno é ?aplicar? um determinado conhecimento de caráter ?procedimental?.
Nesta etapa final observa-se maior interesse e a concentração em realizar cada um dos
processos foram os principais pontos observados, pois a tendência é sempre que o ?novo? e o
?diferente? chamem atenção e gerem curiosidade. Isso é uma evidência de que o método
funcionada e pode gerar resultados positivos durante aulas de RE.

6 Considerações Finais

Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que o uso da Robótica Educativa (RE)

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integrada à metodologia de Bloom no ambiente escolar, podem sim ser utilizadas por
educadores e educandos, proporcionando um grande ganho na aprendizagem se for introduzida
em sincronia com o planejamento didático pedagógico do educador.
Conforme apresentado, há uma grande variedade de temáticas que podem fazer parte da
taxonomia de Bloom, uma delas são os projetos de construção de Robótica Educacional, sendo
alternativas de agregar conhecimento, habilidades e competências que os professores almejam
que seus alunos alcancem. Facilitando assim a adoção de tal metodologia. Essa abordagem se
torna ainda mais relevante para estudantes de cursos de tecnologia, uma vez que podem
observar, na prática, a aplicação de conceitos que são muitas vezes abstratos, tornando mais
prazeroso e significativo o aprendizado dos educandos, que já possuem uma imensa bagagem
de conhecimentos tecnológicos e sentem-se motivados ao utilizá-los.
11

Logo, a taxonomia de Bloom deve atuar como mediadora durante as infinitas


possibilidades de pesquisa e aprendizado proporcionadas pela RE. Nessa jornada, assim como
os educandos, os docentes também terão muito o que aprender e descobrir. Por fim, o uso dos
processos de Bloom nas aulas de RE podem contribuir para um ensino mais interdisciplinar,
proporcionando experiências que extrapolem o conteúdo habitual e contribuam para uma
formação ampla e transformadora dos estudantes, tornando-os assim pessoas críticas e
reflexivas.

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Souza, I. M., Andrade, W. L., & Sampaio, L. M. (2022). Educational Robotics Applications
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Viario, A. G., & Passos, C. G. (2022). Planejamento Didático a partir da Taxonomia de Bloom com
ênfase no Domínio Afetivo e nas relações interpessoais entre estudantes e docentes. Anais dos
Encontros de Debates sobre o Ensino de Química, (41).
WHALLEY, J., LISTER, R.; THOMPSON, E.; CLEAR, T.; ROBBINS, P.; KUMAR, P.;
PRASAD, C. An Australasian Study of Reading and Comprehension Skills in Novice
Programmers, using the Bloom and SOLO Taxonomies. In: AUSTRALASIAN
CONFERENCE ON COMPUTING EDUCATION, 8TH, 2006, Hobart, Australia.
15

Proceedings? ACM, Nova York, EUA, 2006. p

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Arquivo 1: EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf (3596 termos)
Arquivo 2: https://penpoin.com/levels-of-hierarchy (1455 termos)
Termos comuns: 0
Similaridade: 0,00%
O texto abaixo é o conteúdo do documento EDU640-PriscilaRochaFernandesDosAnjos-27-11-22.pdf
(3596 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://penpoin.com/levels-of-hierarchy
(1455 termos)

=================================================================================

APLICAÇÃO DA TAXONOMIA DE BLOOM COMO


APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA DISPLINA DE
ROBÓTICA NA EDUCAÇÃO

Priscila Rocha Fernandes(a)1

Resumo:

A usabilidade da taxonomia de Bloom em sala de aula almeja que os alunos consigam


classificar seus domínios de aprendizagem com a aplicação de definição de objetivos a partir
de uma listagem das habilidades e dos processos envolvidos nas atividades educacionais,
estabelecendo critérios avaliativos. A disciplina de RE pode ter sua competência aumentada
quando associada aos níveis hierárquicos que os alunos devem atingir direcionados pela teoria
de Bloom, como modelo de classificação dos objetivos educacionais, com o intuito de criar
condições adequadas nas aulas de RE para obter de forma concreta um conhecimento antes de
passar para o próximo nível. Este artigo destina-se, através de uma pesquisa bibliográfica, a
relatar brevemente a implantação da taxonomia de Bloom como metodologia ativa na disciplina
de RE do ensino fundamental, as características e o diferencial importantes, além de caso de

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uso bem sucedido. Com este trabalho, pretende-se avaliar o grau de satisfação dos educandos
com a aplicação da teoria de Bloom. Assim, espera-se contribuir com a proposta da aplicação
desta metodologia nas aulas de RE, mostrando-a como um diferencial na redução das dúvidas
e sendo mais interessante para os educandos, contribuindo para o processo de aprendizagem.
Para isso foram utilizados como fontes livros, artigos publicados e revistas que auxiliam na
compreensão dessa metodologia.

Palavras-chave: Robótica educativa. Taxonomia de Bloom. Metodologias Ativas.

1 Bacharel em Ciência da Computação. Pós-graduada em Informática Educativa. Mestrando em


Tecnologias
Emergentes em Educação pela Must University. priscilar@gmail.com.
2

Abstract:

The usability of Bloom's taxonomy in the classroom aims for students to be able to classify
their learning domains with the application of objective definition from a list of skills and
processes involved in educational activities, establishing evaluative criteria. The RE discipline
can have its competence increased when associated with the hierarchical levels that students
must reach, guided by Bloom's theory, as a classification model of educational objectives, with
the aim of creating adequate conditions in RE classes to concretely obtain a knowledge before
moving to the next level. This article aims, through bibliographical research, to briefly report
the implementation of Bloom's taxonomy as an active methodology in the RE discipline of
elementary school, the important characteristics and differential, as well as a successful use
case. With this work, we intend to evaluate the degree of satisfaction of students with the
application of Bloom's theory. Thus, it is expected to contribute to the proposal of applying this
methodology in RE classes, showing it as a differential in reducing doubts and being more
interesting for students, contributing to the learning process. For this, books, published articles
and magazines that help in understanding this methodology were used as sources.

Keywords: Educational robotics. Bloom's taxonomy. Active Methodologies.

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1 Introdução

A reflexão na participação dos educandos em atividades diferenciadas propostas em


aula, através de novos mecanismos metodológicos para a aprendizagem se apresenta atualmente
como uma necessidade que surge em decorrência das mudanças sociais e dos constantes
avanços tecnológicos (Coelho; Góes, 2020). Assim, o educador, atento às novas práticas
pedagógicas apropria-se desta oportunidade em utilizar as tecnologias, como meio para
construir e difundir um aprendizado mais dinâmico, e ainda, para concretizar a necessária
mudança de paradigma educacional, centrando seus esforços nos processos de criação, gestão
e reorganização das situações de aprendizagem.
Para tanto, observa-se nas aulas de RE, um desafio encontrado para se ensinar robótica
consiste em escolher um instrumento adequado que possa nortear o ensino e a avaliação de
3

aprendizagem. Afirma-se que há uma enorme dificuldade por parte dos professores em
mensurar objetivamente a aprendizagem dos alunos nas disciplinas de programação [Jesus e
Raabe, 2009].
A fim de reverter esse quadro, e criar nessas aulas um ambiente organizado e dinâmico,
a taxonomia de Bloom [Bloom, 1956] [Krathwohl, 2002] é apontada como instrumento
aplicável também no ensino de programação [Aureliano e Tedesco, 2012].
Desta forma, a implantação da taxonomia de Bloom nas aulas de RE tem como
principais objetivos: (i) o desenvolvimento de ações de domínio cognitivo envolve a capacidade
de os alunos darem sentido às informações que recebem durante as aulas e a maneira de utilizá-
las na vida prática, de modo que o conhecimento adquirido seja produtivo; (ii) o domínio afetivo
que refere-se às emoções, aos sentimentos e aos comportamentos desenvolvidos a partir do
processo de ensino e aprendizagem, considerando que não somos mais os mesmos depois de
aprendermos algo novo; (iii) No campo psicomotor, as habilidades físicas auxiliam na aquisição
de novos conhecimentos a partir dos movimentos do corpo, da manipulação de objetos e dos
sentidos corporais. Todos esses objetivos visam a contemplar às aulas de RE e aos alunos, os
domínios cognitivo, afetivo e psicomotor, e seus objetivos específicos devem estar de acordo
com os níveis hierárquicos, já que escolas devem estimular as habilidades correspondentes a
cada domínio, pois juntos permitem a efetivação da aprendizagem.
O presente trabalho apresenta como questão conhecer a aplicação da taxonomia de
Bloom envolvendo projetos de RE como ferramenta pedagógica para a melhoria no aprendizado
estimulando as habilidades relacionadas aos objetivos educacionais nos níveis hierárquicos
definidos no conteúdo. Neste trabalho, optou-se por utilizar como metodologia a pesquisa
bibliográfica, com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e
outros, buscando conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado assunto.

2 Robótica Educativa e suas Tecnologias

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A Robótica Educativa (RE), tem inovado em diversos campos do conhecimento e


permitido a interdisciplinaridade na educação através de experiências práticas envolvendo
hardware e software, e raciocínio lógico como essencial na construção e programação de robôs
focados em solucionar problemas do cotidiano através da colaboração de ambos: professor e
alunos pelo uso de aparatos tecnológicos (Maisonnette, 2019, p. 5).
As possibilidades de uso da RE em competências de aprendizagem são ilimitadas, e
aumentam à medida em que são lançadas novas versões de kits de montagem e construção
disponíveis às escolas, inseridas no mundo tecnológico e o uso em sequências didáticas durante
o ensino [Santos et al, 2018].
Convém lembrar que os educadores, quanto ao aproveitamento da RE tenham um olhar
observador, apoiados nas especificações indicadas pelos elaboradores dos equipamentos da RE,
tais como, de idade apropriada e segurança, e principalmente, "abordam em pesquisas sobre o
seu uso na infância, corroborando ao uso ético e seguro da tecnologia? (Baillargeon et al, 2018).
Dessa forma, será assertivo prescrever o uso da RE com a mediação de educadores.

3 A taxonomia de Bloom

A Taxonomia de Bloom refere-se a uma classificação dos diferentes objetivos que os


educadores estabelecem para que seus estudantes alcancem novas habilidades. Ela divide os
objetivos educacionais em três domínios distintos: cognitivo, afetivo e psicomotor. O domínio
cognitivo engloba o conhecimento e pensamento, o domínio afetivo o sentimento e as relações
interpessoais, e o domínio psicomotor a manipulação física de objetos. O desenvolvimento em
cada domínio é medido através de níveis ou categorias organizadas em hierarquias lineares, de
5

forma que para alcançar uma categoria, o aluno deve dominar as categorias anteriores. Portanto,
dentro dos domínios, a aprendizagem nos níveis superiores é dependente da obtenção do
conhecimento prévio e habilidades em níveis inferiores. A seguir detalhamos o Domínio
Cognitivo da referida Taxonomia, uma vez que neste trabalho, por questões de espaço, vamos
enfocar apenas os resultados relativos a este domínio. Habilidades no domínio cognitivo tratam
do conhecimento, compreensão e pensamento crítico sobre um tema específico. Segundo Scott
(2003), a educação tradicional tende a enfatizar as habilidades neste domínio, principalmente
as primeiras categorias. O domínio cognitivo apresenta seis níveis (Figura 1), aumentando em
complexidade ao mover-se através das categorias de ordem mais baixas às mais altas. O
desenvolvimento de uma categoria não implica no deslocamento imediato para um nível
superior. No entanto, segundo Bloom, um estudante precisa dominar as categorias-requisito de
uma categoria para poder então alcançá-la.

Figura 1 - Relação entre as categorias do Domínio Cognitivo na Taxonomia de Bloom de acordo


com Johnson e Fuller (2006).

Uma recente reavaliação da Taxonomia de Bloom por Anderson e seus colegas (2001)
sugere que os dois ou três primeiros níveis da hierarquia podem ser planos. Os autores também
propuseram que a taxonomia deve ser bidimensional, com as (ligeiramente reconfiguradas)

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categorias originais de Lembrar, Entender, Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar formando a


6

dimensão do processo cognitivo e factual, conceitual, procedimental e metacognitivo, como


indicado no Quadro 1.

Quadro 1 - Categorias da Taxonomia de Bloom e seus verbos associados

Segundo Johnson e Fuller (2006), essas taxonomias não definem uma sequência de
instruções, mas sim níveis de desempenho que podem ser desejados para qualquer tipo de
conteúdo. É esperado que um aluno atuante em um nível cognitivo superior seja capaz de operar
nos níveis mais baixos na hierarquia. Isso poderia ser interpretado como o reconhecimento de
um processo de aprendizagem sequencial. No entanto, a Taxonomia não descarta o uso de uma
abordagem iterativa para aprender o conteúdo. Whalley e outros (2006) diz que mesmo para
professores de computação experientes, muitas das descrições dos níveis da taxonomia em
certas categorias são difíceis de ser interpretados no contexto dos exercícios de programação.
Esse problema também é apontado por Pedroza (2011), embora afirme que a Taxonomia
revisada solucionou diversas questões da versão original, tornando-a mais indicada para
utilização como ferramenta norteadora em trabalhos científicos.
Considerado uma metodologia de simples compreensão, aplicação, e capaz de produzir
resultados a curto prazo, a taxonomia de Bloom prepara o ambiente para mudanças culturais e
de hábito promovendo o crescimento contínuo das pessoas. Desta forma, é uma metodologia
bastante interessante do ponto de vista educacional, visto que ?a taxonomia de Bloom utiliza o
7

potencial criativo e incrementa a participação de todos, propiciando um clima favorável ao bom


desempenho no trabalho? (Costa et al., 2017). Os verdadeiros benefícios do programa ajudam
a desenvolver o potencial e as qualidades dos profissionais de educação e do trabalho que
realizam.

4 Metodologia

A proposta principal do projeto foi a realização de uma extensa revisão bibliográfica


sobre os principais temas abordados: robótica educativa, taxonomia de Bloom, metodologias
ativas.
No entanto, algumas ações foram criadas para melhor entendimento dos objetivos
cognitivos de Bloom, tais como, quadro de divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para a
aula de Robótica e quadro categorias e processos cognitivo. Além disso, o objetivo foi analisar
os grupos de educandos voltados para construções de projetos de RE por meio da utilização dos
blocos de LEGO e sua programação.

Nível Definição Amostra de Verbos


1 Conhecimento O aluno irá recordar ou reconhecer
informações, ideias e princípios na forma em

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que foram aprendidos.


Escreva, Defina,
Liste.
2 Compreensão O aluno compreende ou interpreta informação
com base em conhecimento prévio ou novo.
Explique, Descreva.
3 Aplicação O aluno seleciona, transfere e usa dados e
princípios para completar um problema ou
tarefa com um mínimo de supervisão.
Demonstre,
Construa.
4 Análise O aluno distingue, classifica e relaciona
pressupostos, hipóteses, evidências ou
estruturas de uma declaração ou questão.
Analise.
5 Síntese O aluno cria, integra e combinam ideias em um
produto, plano ou proposta, novos para ele.
Crie, Desenvolva.
6 Avaliação O aluno aprecia, avalia ou critica com base em
padrões e critérios específicos.
Julgue, Recomende.
Quadro 2 - Divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para as aulas de Robótica educativa
8

Foi aplicada a metodologia de Bloom nos grupos de educandos e tiveram como intuito
o desenvolvimento dos estudantes, o trabalho colaborativo, envolvimento pessoal dos
envolvidos e consciência de que cada pessoa é responsável pelo bem-estar de todos os colegas
que compartilham das aulas de RE. Como etapa final, foi apresentado os resultados da aplicação
das habilidades cognitivas abarcadas na taxonomia de Bloom, sendo possível concluir se estas
foram eficientes para a aprendizagem e desenvolvimento pessoal e profissional dos
participantes.
As definições práticas encontradas acima condizem, perfeitamente, nas habilidades e
competências encontradas nas atividades realizadas através da Robótica Educativa, ?abstrações,
processamento sistemático de informações, sistema de representação de símbolos, noções de
algoritmo, modularização, pensamento interativo, lógica, entre outras?.
O uso dos parâmetros encontrados na taxonomia de Bloom faz com que a Robótica
Educativa seja amplamente utilizada para instigar estes elementos, inovando em aulas e
proporcionando um novo comportamento nos educandos.
A pesquisa foi realizada em novembro de 2022 nas bases de dados ACM, IEEE e Google
Acadêmico por maior proximidade ao assunto e as buscas foram efetuadas por práticas diversas,
considerando publicações em qualquer idioma com o acesso completo ao texto e entre os anos
de 2010 a 2022.
Convém lembrar que alguns trabalhos pesquisados de autores como Soltoski (2022),

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Dargains et al (2020) e da Luz et al (2019) dentre os citados nessa pesquisa bibliográfica,


trouxeram informações e estudos recentes sobre a usabilidade da taxonomia de Bloom na RE
no campo educacional.

5 Resultados

Para obtenção dos resultados, foram realizadas com 32 educandos matriculados no 7º


ano do ciclo II do fundamental com o intuito de mostrar que a metodologia é eficiente para a
aprendizagem dos estudantes. Todos os alunos seguiram o passo a passo adequadamente e se
envolveram com os processos, mostrando interesse tanto pelos temas abordados quanto pelo
método de ensino utilizado, podendo concluir que a metodologia ativa de Bloom tende a gerar
um aprendizado eficaz, uma vez que os alunos realmente se interessam em executar a atividade
proposta. Outro fator importante para se destacar é a forma como o método auxilia o trabalho
em equipe, uma vez que os participantes dependem uns dos outros para executar os passos. Um
dos objetivos do projeto, além de comprovar a eficiência da metodologia ativa, era demonstrar
a importância do trabalho em equipe, pois é importante que os alunos saiam das aulas sabendo
lidar com isso.

Quadro 3 - Bidimensional da Taxonomia de Bloom: Categorias e Processos Cognitivos

O quadro 3 apresenta a finalização de uma das etapas dos níveis de habilidade da


taxonomia de Bloom, que foi possível analisando o trabalho em equipe.
Na vertical, temos a dimensão do conhecimento relacionada ao tipo de conteúdo
envolvido, que pode ser: factual, conceitual, procedimental ou metacognitivo. Na horizontal,
está a dimensão do processo cognitivo, relacionada ao processo usado pelos alunos para
10

aprender, que é composta por seis categorias (semelhantes àquelas apresentadas em sua
formulação inicial): 1) lembrar; 2) entender; 3) aplicar; 4) analisar; 5) avaliar; e 6) criar. O
pressuposto é que as categorias apresentem complexidades diferentes (ANDERSON et al.,
2001). Para formular um objetivo é necessário combinar as duas dimensões, fazendo um
cruzamento. Por exemplo, a posição do X na tabela significa que o objetivo de aprendizagem
do aluno é ?aplicar? um determinado conhecimento de caráter ?procedimental?.
Nesta etapa final observa-se maior interesse e a concentração em realizar cada um dos
processos foram os principais pontos observados, pois a tendência é sempre que o ?novo? e o
?diferente? chamem atenção e gerem curiosidade. Isso é uma evidência de que o método
funcionada e pode gerar resultados positivos durante aulas de RE.

6 Considerações Finais

Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que o uso da Robótica Educativa (RE)

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integrada à metodologia de Bloom no ambiente escolar, podem sim ser utilizadas por
educadores e educandos, proporcionando um grande ganho na aprendizagem se for introduzida
em sincronia com o planejamento didático pedagógico do educador.
Conforme apresentado, há uma grande variedade de temáticas que podem fazer parte da
taxonomia de Bloom, uma delas são os projetos de construção de Robótica Educacional, sendo
alternativas de agregar conhecimento, habilidades e competências que os professores almejam
que seus alunos alcancem. Facilitando assim a adoção de tal metodologia. Essa abordagem se
torna ainda mais relevante para estudantes de cursos de tecnologia, uma vez que podem
observar, na prática, a aplicação de conceitos que são muitas vezes abstratos, tornando mais
prazeroso e significativo o aprendizado dos educandos, que já possuem uma imensa bagagem
de conhecimentos tecnológicos e sentem-se motivados ao utilizá-los.
11

Logo, a taxonomia de Bloom deve atuar como mediadora durante as infinitas


possibilidades de pesquisa e aprendizado proporcionadas pela RE. Nessa jornada, assim como
os educandos, os docentes também terão muito o que aprender e descobrir. Por fim, o uso dos
processos de Bloom nas aulas de RE podem contribuir para um ensino mais interdisciplinar,
proporcionando experiências que extrapolem o conteúdo habitual e contribuam para uma
formação ampla e transformadora dos estudantes, tornando-os assim pessoas críticas e
reflexivas.

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CONFERENCE ON COMPUTING EDUCATION, 8TH, 2006, Hobart, Australia.
15

Proceedings? ACM, Nova York, EUA, 2006. p

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(3596 termos)
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APLICAÇÃO DA TAXONOMIA DE BLOOM COMO


APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA DISPLINA DE
ROBÓTICA NA EDUCAÇÃO

Priscila Rocha Fernandes(a)1

Resumo:

A usabilidade da taxonomia de Bloom em sala de aula almeja que os alunos consigam


classificar seus domínios de aprendizagem com a aplicação de definição de objetivos a partir
de uma listagem das habilidades e dos processos envolvidos nas atividades educacionais,
estabelecendo critérios avaliativos. A disciplina de RE pode ter sua competência aumentada
quando associada aos níveis hierárquicos que os alunos devem atingir direcionados pela teoria
de Bloom, como modelo de classificação dos objetivos educacionais, com o intuito de criar
condições adequadas nas aulas de RE para obter de forma concreta um conhecimento antes de
passar para o próximo nível. Este artigo destina-se, através de uma pesquisa bibliográfica, a
relatar brevemente a implantação da taxonomia de Bloom como metodologia ativa na disciplina
de RE do ensino fundamental, as características e o diferencial importantes, além de caso de

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uso bem sucedido. Com este trabalho, pretende-se avaliar o grau de satisfação dos educandos
com a aplicação da teoria de Bloom. Assim, espera-se contribuir com a proposta da aplicação
desta metodologia nas aulas de RE, mostrando-a como um diferencial na redução das dúvidas
e sendo mais interessante para os educandos, contribuindo para o processo de aprendizagem.
Para isso foram utilizados como fontes livros, artigos publicados e revistas que auxiliam na
compreensão dessa metodologia.

Palavras-chave: Robótica educativa. Taxonomia de Bloom. Metodologias Ativas.

1 Bacharel em Ciência da Computação. Pós-graduada em Informática Educativa. Mestrando em


Tecnologias
Emergentes em Educação pela Must University. priscilar@gmail.com.
2

Abstract:

The usability of Bloom's taxonomy in the classroom aims for students to be able to classify
their learning domains with the application of objective definition from a list of skills and
processes involved in educational activities, establishing evaluative criteria. The RE discipline
can have its competence increased when associated with the hierarchical levels that students
must reach, guided by Bloom's theory, as a classification model of educational objectives, with
the aim of creating adequate conditions in RE classes to concretely obtain a knowledge before
moving to the next level. This article aims, through bibliographical research, to briefly report
the implementation of Bloom's taxonomy as an active methodology in the RE discipline of
elementary school, the important characteristics and differential, as well as a successful use
case. With this work, we intend to evaluate the degree of satisfaction of students with the
application of Bloom's theory. Thus, it is expected to contribute to the proposal of applying this
methodology in RE classes, showing it as a differential in reducing doubts and being more
interesting for students, contributing to the learning process. For this, books, published articles
and magazines that help in understanding this methodology were used as sources.

Keywords: Educational robotics. Bloom's taxonomy. Active Methodologies.

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1 Introdução

A reflexão na participação dos educandos em atividades diferenciadas propostas em


aula, através de novos mecanismos metodológicos para a aprendizagem se apresenta atualmente
como uma necessidade que surge em decorrência das mudanças sociais e dos constantes
avanços tecnológicos (Coelho; Góes, 2020). Assim, o educador, atento às novas práticas
pedagógicas apropria-se desta oportunidade em utilizar as tecnologias, como meio para
construir e difundir um aprendizado mais dinâmico, e ainda, para concretizar a necessária
mudança de paradigma educacional, centrando seus esforços nos processos de criação, gestão
e reorganização das situações de aprendizagem.
Para tanto, observa-se nas aulas de RE, um desafio encontrado para se ensinar robótica
consiste em escolher um instrumento adequado que possa nortear o ensino e a avaliação de
3

aprendizagem. Afirma-se que há uma enorme dificuldade por parte dos professores em
mensurar objetivamente a aprendizagem dos alunos nas disciplinas de programação [Jesus e
Raabe, 2009].
A fim de reverter esse quadro, e criar nessas aulas um ambiente organizado e dinâmico,
a taxonomia de Bloom [Bloom, 1956] [Krathwohl, 2002] é apontada como instrumento
aplicável também no ensino de programação [Aureliano e Tedesco, 2012].
Desta forma, a implantação da taxonomia de Bloom nas aulas de RE tem como
principais objetivos: (i) o desenvolvimento de ações de domínio cognitivo envolve a capacidade
de os alunos darem sentido às informações que recebem durante as aulas e a maneira de utilizá-
las na vida prática, de modo que o conhecimento adquirido seja produtivo; (ii) o domínio afetivo
que refere-se às emoções, aos sentimentos e aos comportamentos desenvolvidos a partir do
processo de ensino e aprendizagem, considerando que não somos mais os mesmos depois de
aprendermos algo novo; (iii) No campo psicomotor, as habilidades físicas auxiliam na aquisição
de novos conhecimentos a partir dos movimentos do corpo, da manipulação de objetos e dos
sentidos corporais. Todos esses objetivos visam a contemplar às aulas de RE e aos alunos, os
domínios cognitivo, afetivo e psicomotor, e seus objetivos específicos devem estar de acordo
com os níveis hierárquicos, já que escolas devem estimular as habilidades correspondentes a
cada domínio, pois juntos permitem a efetivação da aprendizagem.
O presente trabalho apresenta como questão conhecer a aplicação da taxonomia de
Bloom envolvendo projetos de RE como ferramenta pedagógica para a melhoria no aprendizado
estimulando as habilidades relacionadas aos objetivos educacionais nos níveis hierárquicos
definidos no conteúdo. Neste trabalho, optou-se por utilizar como metodologia a pesquisa
bibliográfica, com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e
outros, buscando conhecer e analisar conteúdos científicos sobre determinado assunto.

2 Robótica Educativa e suas Tecnologias

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A Robótica Educativa (RE), tem inovado em diversos campos do conhecimento e


permitido a interdisciplinaridade na educação através de experiências práticas envolvendo
hardware e software, e raciocínio lógico como essencial na construção e programação de robôs
focados em solucionar problemas do cotidiano através da colaboração de ambos: professor e
alunos pelo uso de aparatos tecnológicos (Maisonnette, 2019, p. 5).
As possibilidades de uso da RE em competências de aprendizagem são ilimitadas, e
aumentam à medida em que são lançadas novas versões de kits de montagem e construção
disponíveis às escolas, inseridas no mundo tecnológico e o uso em sequências didáticas durante
o ensino [Santos et al, 2018].
Convém lembrar que os educadores, quanto ao aproveitamento da RE tenham um olhar
observador, apoiados nas especificações indicadas pelos elaboradores dos equipamentos da RE,
tais como, de idade apropriada e segurança, e principalmente, "abordam em pesquisas sobre o
seu uso na infância, corroborando ao uso ético e seguro da tecnologia? (Baillargeon et al, 2018).
Dessa forma, será assertivo prescrever o uso da RE com a mediação de educadores.

3 A taxonomia de Bloom

A Taxonomia de Bloom refere-se a uma classificação dos diferentes objetivos que os


educadores estabelecem para que seus estudantes alcancem novas habilidades. Ela divide os
objetivos educacionais em três domínios distintos: cognitivo, afetivo e psicomotor. O domínio
cognitivo engloba o conhecimento e pensamento, o domínio afetivo o sentimento e as relações
interpessoais, e o domínio psicomotor a manipulação física de objetos. O desenvolvimento em
cada domínio é medido através de níveis ou categorias organizadas em hierarquias lineares, de
5

forma que para alcançar uma categoria, o aluno deve dominar as categorias anteriores. Portanto,
dentro dos domínios, a aprendizagem nos níveis superiores é dependente da obtenção do
conhecimento prévio e habilidades em níveis inferiores. A seguir detalhamos o Domínio
Cognitivo da referida Taxonomia, uma vez que neste trabalho, por questões de espaço, vamos
enfocar apenas os resultados relativos a este domínio. Habilidades no domínio cognitivo tratam
do conhecimento, compreensão e pensamento crítico sobre um tema específico. Segundo Scott
(2003), a educação tradicional tende a enfatizar as habilidades neste domínio, principalmente
as primeiras categorias. O domínio cognitivo apresenta seis níveis (Figura 1), aumentando em
complexidade ao mover-se através das categorias de ordem mais baixas às mais altas. O
desenvolvimento de uma categoria não implica no deslocamento imediato para um nível
superior. No entanto, segundo Bloom, um estudante precisa dominar as categorias-requisito de
uma categoria para poder então alcançá-la.

Figura 1 - Relação entre as categorias do Domínio Cognitivo na Taxonomia de Bloom de acordo


com Johnson e Fuller (2006).

Uma recente reavaliação da Taxonomia de Bloom por Anderson e seus colegas (2001)
sugere que os dois ou três primeiros níveis da hierarquia podem ser planos. Os autores também
propuseram que a taxonomia deve ser bidimensional, com as (ligeiramente reconfiguradas)

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categorias originais de Lembrar, Entender, Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar formando a


6

dimensão do processo cognitivo e factual, conceitual, procedimental e metacognitivo, como


indicado no Quadro 1.

Quadro 1 - Categorias da Taxonomia de Bloom e seus verbos associados

Segundo Johnson e Fuller (2006), essas taxonomias não definem uma sequência de
instruções, mas sim níveis de desempenho que podem ser desejados para qualquer tipo de
conteúdo. É esperado que um aluno atuante em um nível cognitivo superior seja capaz de operar
nos níveis mais baixos na hierarquia. Isso poderia ser interpretado como o reconhecimento de
um processo de aprendizagem sequencial. No entanto, a Taxonomia não descarta o uso de uma
abordagem iterativa para aprender o conteúdo. Whalley e outros (2006) diz que mesmo para
professores de computação experientes, muitas das descrições dos níveis da taxonomia em
certas categorias são difíceis de ser interpretados no contexto dos exercícios de programação.
Esse problema também é apontado por Pedroza (2011), embora afirme que a Taxonomia
revisada solucionou diversas questões da versão original, tornando-a mais indicada para
utilização como ferramenta norteadora em trabalhos científicos.
Considerado uma metodologia de simples compreensão, aplicação, e capaz de produzir
resultados a curto prazo, a taxonomia de Bloom prepara o ambiente para mudanças culturais e
de hábito promovendo o crescimento contínuo das pessoas. Desta forma, é uma metodologia
bastante interessante do ponto de vista educacional, visto que ?a taxonomia de Bloom utiliza o
7

potencial criativo e incrementa a participação de todos, propiciando um clima favorável ao bom


desempenho no trabalho? (Costa et al., 2017). Os verdadeiros benefícios do programa ajudam
a desenvolver o potencial e as qualidades dos profissionais de educação e do trabalho que
realizam.

4 Metodologia

A proposta principal do projeto foi a realização de uma extensa revisão bibliográfica


sobre os principais temas abordados: robótica educativa, taxonomia de Bloom, metodologias
ativas.
No entanto, algumas ações foram criadas para melhor entendimento dos objetivos
cognitivos de Bloom, tais como, quadro de divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para a
aula de Robótica e quadro categorias e processos cognitivo. Além disso, o objetivo foi analisar
os grupos de educandos voltados para construções de projetos de RE por meio da utilização dos
blocos de LEGO e sua programação.

Nível Definição Amostra de Verbos


1 Conhecimento O aluno irá recordar ou reconhecer
informações, ideias e princípios na forma em

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que foram aprendidos.


Escreva, Defina,
Liste.
2 Compreensão O aluno compreende ou interpreta informação
com base em conhecimento prévio ou novo.
Explique, Descreva.
3 Aplicação O aluno seleciona, transfere e usa dados e
princípios para completar um problema ou
tarefa com um mínimo de supervisão.
Demonstre,
Construa.
4 Análise O aluno distingue, classifica e relaciona
pressupostos, hipóteses, evidências ou
estruturas de uma declaração ou questão.
Analise.
5 Síntese O aluno cria, integra e combinam ideias em um
produto, plano ou proposta, novos para ele.
Crie, Desenvolva.
6 Avaliação O aluno aprecia, avalia ou critica com base em
padrões e critérios específicos.
Julgue, Recomende.
Quadro 2 - Divisões dos níveis da taxonomia de Bloom para as aulas de Robótica educativa
8

Foi aplicada a metodologia de Bloom nos grupos de educandos e tiveram como intuito
o desenvolvimento dos estudantes, o trabalho colaborativo, envolvimento pessoal dos
envolvidos e consciência de que cada pessoa é responsável pelo bem-estar de todos os colegas
que compartilham das aulas de RE. Como etapa final, foi apresentado os resultados da aplicação
das habilidades cognitivas abarcadas na taxonomia de Bloom, sendo possível concluir se estas
foram eficientes para a aprendizagem e desenvolvimento pessoal e profissional dos
participantes.
As definições práticas encontradas acima condizem, perfeitamente, nas habilidades e
competências encontradas nas atividades realizadas através da Robótica Educativa, ?abstrações,
processamento sistemático de informações, sistema de representação de símbolos, noções de
algoritmo, modularização, pensamento interativo, lógica, entre outras?.
O uso dos parâmetros encontrados na taxonomia de Bloom faz com que a Robótica
Educativa seja amplamente utilizada para instigar estes elementos, inovando em aulas e
proporcionando um novo comportamento nos educandos.
A pesquisa foi realizada em novembro de 2022 nas bases de dados ACM, IEEE e Google
Acadêmico por maior proximidade ao assunto e as buscas foram efetuadas por práticas diversas,
considerando publicações em qualquer idioma com o acesso completo ao texto e entre os anos
de 2010 a 2022.
Convém lembrar que alguns trabalhos pesquisados de autores como Soltoski (2022),

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Dargains et al (2020) e da Luz et al (2019) dentre os citados nessa pesquisa bibliográfica,


trouxeram informações e estudos recentes sobre a usabilidade da taxonomia de Bloom na RE
no campo educacional.

5 Resultados

Para obtenção dos resultados, foram realizadas com 32 educandos matriculados no 7º


ano do ciclo II do fundamental com o intuito de mostrar que a metodologia é eficiente para a
aprendizagem dos estudantes. Todos os alunos seguiram o passo a passo adequadamente e se
envolveram com os processos, mostrando interesse tanto pelos temas abordados quanto pelo
método de ensino utilizado, podendo concluir que a metodologia ativa de Bloom tende a gerar
um aprendizado eficaz, uma vez que os alunos realmente se interessam em executar a atividade
proposta. Outro fator importante para se destacar é a forma como o método auxilia o trabalho
em equipe, uma vez que os participantes dependem uns dos outros para executar os passos. Um
dos objetivos do projeto, além de comprovar a eficiência da metodologia ativa, era demonstrar
a importância do trabalho em equipe, pois é importante que os alunos saiam das aulas sabendo
lidar com isso.

Quadro 3 - Bidimensional da Taxonomia de Bloom: Categorias e Processos Cognitivos

O quadro 3 apresenta a finalização de uma das etapas dos níveis de habilidade da


taxonomia de Bloom, que foi possível analisando o trabalho em equipe.
Na vertical, temos a dimensão do conhecimento relacionada ao tipo de conteúdo
envolvido, que pode ser: factual, conceitual, procedimental ou metacognitivo. Na horizontal,
está a dimensão do processo cognitivo, relacionada ao processo usado pelos alunos para
10

aprender, que é composta por seis categorias (semelhantes àquelas apresentadas em sua
formulação inicial): 1) lembrar; 2) entender; 3) aplicar; 4) analisar; 5) avaliar; e 6) criar. O
pressuposto é que as categorias apresentem complexidades diferentes (ANDERSON et al.,
2001). Para formular um objetivo é necessário combinar as duas dimensões, fazendo um
cruzamento. Por exemplo, a posição do X na tabela significa que o objetivo de aprendizagem
do aluno é ?aplicar? um determinado conhecimento de caráter ?procedimental?.
Nesta etapa final observa-se maior interesse e a concentração em realizar cada um dos
processos foram os principais pontos observados, pois a tendência é sempre que o ?novo? e o
?diferente? chamem atenção e gerem curiosidade. Isso é uma evidência de que o método
funcionada e pode gerar resultados positivos durante aulas de RE.

6 Considerações Finais

Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que o uso da Robótica Educativa (RE)

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integrada à metodologia de Bloom no ambiente escolar, podem sim ser utilizadas por
educadores e educandos, proporcionando um grande ganho na aprendizagem se for introduzida
em sincronia com o planejamento didático pedagógico do educador.
Conforme apresentado, há uma grande variedade de temáticas que podem fazer parte da
taxonomia de Bloom, uma delas são os projetos de construção de Robótica Educacional, sendo
alternativas de agregar conhecimento, habilidades e competências que os professores almejam
que seus alunos alcancem. Facilitando assim a adoção de tal metodologia. Essa abordagem se
torna ainda mais relevante para estudantes de cursos de tecnologia, uma vez que podem
observar, na prática, a aplicação de conceitos que são muitas vezes abstratos, tornando mais
prazeroso e significativo o aprendizado dos educandos, que já possuem uma imensa bagagem
de conhecimentos tecnológicos e sentem-se motivados ao utilizá-los.
11

Logo, a taxonomia de Bloom deve atuar como mediadora durante as infinitas


possibilidades de pesquisa e aprendizado proporcionadas pela RE. Nessa jornada, assim como
os educandos, os docentes também terão muito o que aprender e descobrir. Por fim, o uso dos
processos de Bloom nas aulas de RE podem contribuir para um ensino mais interdisciplinar,
proporcionando experiências que extrapolem o conteúdo habitual e contribuam para uma
formação ampla e transformadora dos estudantes, tornando-os assim pessoas críticas e
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