Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GREG MCKEOWN
Basta pensar na linguagem comum do cotidiano e em como ela reflete essa ideia
equivocada. Falamos em grandes feitos duramente conquistados e até brincamos ao
dizer que um feito exigiu sangue, suor e lágrimas. Tudo isso parece ser muito honroso,
enquanto menosprezamos a facilidade como algo menor.
Quem busca mais facilidade costuma até mesmo ser julgado de forma negativa.
Mas e se mudarmos essa visão de mundo, priorizando realizações que nos exijam
menos esforço? Se passarmos a pensar que as coisas só são difíceis porque não
encontramos um jeito mais fácil de fazê-las? Ao mudar essa mentalidade, sentimos
uma transformação profunda na maneira de enxergar o mundo ao redor. E essa escolha
pode ser feita agora.
E se pudesse ser divertido?
Cada um de nós tem atividades que precisa realizar com regularidade. Algumas
delas são importantes e urgentes, inadiáveis. Outras não, mas dão um desejo profundo
de executá-las. Quer bons exemplos? Ouvir um podcast, assistir a uma série, cantar no
karaokê, dançar suas músicas favoritas e até mesmo curtir jogos com os amigos.
Há também outras atividades das quais fugimos sempre que possível, mas em
algum momento teremos de encará-las. Exercitar-se, calcular as finanças, lavar a louça
depois do jantar, responder a e-mails, frequentar reuniões enfadonhas, acordar os filhos
adolescentes para irem à escola e muito mais.
Nem toda atividade essencial é prazerosa por natureza, mas podemos fazer com
que sejam. Trabalhar constantemente para torná-las divertidas ajuda a ter dias
melhores.
Você deve se lembrar daquela frase tantas vezes repetida: quem ama o que faz
acabará sempre fazendo o que ama. Por mais clichê que pareça, é a pura realidade.
Incluir um pouco de diversão em cada mínima tarefa, desde aquelas aparentemente
irrelevantes até aquelas indispensáveis, faz toda a diferença.
Vamos imaginar que você tenha sido vítima de uma adversidade, como tantas
vezes já aconteceu ao longo de sua vida. Nesses momentos, é sempre difícil não ficar
obcecado com o problema, reclamar e lamentar por cada uma de nossas derrotas.
Por sinal, pouca coisa é mais fácil de fazer do que reclamar. Quanta gente você
não conhece que se queixa de tudo? De atrasos, barulhos, notícias ruins,
desentendimentos no trabalho, problemas conjugais. Tanta coisa, não é mesmo?
Em compensação, quanto mais você agradece por suas conquistas, fica mais
fácil encontrar outras coisas pelas quais ser grato, sentindo-se mais feliz pelo que você
tem. Quem foca apenas nas injustiças da vida não tem tempo para apreciar as coisas
belas que lhe cercam.
Muitas pessoas têm problemas sérios com isso e sentem dificuldades para se
fazerem presentes no momento, concentrando-se com intensidade em uma só pessoa,
conversa, experiência ou situação. Afinal, são tantas demandas diárias exigindo um
pouco de nós, não é verdade?
Isolada, a tarefa de enxergar com clareza não é difícil. O problema maior é evitar
que nossa mente fique vagando em meio a tantos estímulos. Estar presente com
plenitude em um momento não é o pior, mas não pensar no passado e no futuro a todo
instante parece impossível. Reparar no que é importante não exige tanto de nós quanto
ignorar os ruídos de um ambiente, que nos atraem para longe de onde deveria estar
nosso foco.
É causada quando o cristalino dos olhos fica danificado e para ser removida
precisa de intervenção cirúrgica. Do contrário, ficamos cegos. Com a mente, funciona da
mesma maneira. Sem a percepção clara de que estamos ficando cegos ao que
realmente nos importa, será impossível voltar a visão ao que merece foco.
Ir depressa demais nos primeiros passos de qualquer atividade quase sempre vai
nos fazer desacelerar pelo resto do caminho. O custo da mentalidade que prega o tudo
ou nada para completar projetos importantes pode ser alto demais. Esgotamos todas
nossas energias logo no princípio e depois ficamos desmoralizados. E aí desistimos,
ficando cada vez mais para baixo com o sentimento de derrota.
Mude sua mentalidade agora, reduza seus esforços nas tarefas cotidianas e veja
sua vida se transformando profundamente. Não deixe para depois!
Conclusão