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Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


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Instruções
Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo
de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

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https://paginapessoal.utfpr.edu.br/israel/teoria/Teoria -
Corrosao.pdf
Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx 85 1,53
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http://servidor.demec.ufpr.br/disciplinas/TM314/Corros%C3%A3
o e Prote%C3%A7%C3%A3o dos Materiais.pdf
Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx 70 1,44
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https://brasilescola.uol.com.br/quimica/tipos-corrosao.htm
Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx 79 1,14
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http://servidor.demec.ufpr.br/disciplinas/TM286/CAPITULO
1.pdf
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https://clubedaquimica.com/2021/06/01/os-7-tipos-de-corrosao-
quimica
Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx 8 0,05
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https://www.nature.com/articles/s41529-022-00218-4
Arquivos com problema de download
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tructures_in_marine_environments

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https://www.tandfonline.com/doi/full/10.10
80/14686996.2020.1746196
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264127520 Não foi possível baixar o arquivo. É
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conluio (Um contra todos). - Erro: Parece
que o documento não existe ou não pode
ser acessado. HTTP response code: 403 -
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https://www.sciencedirect.com/unsupporte
d_browser

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Arquivo 1: Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx (3529 termos)
Arquivo 2: https://paginapessoal.utfpr.edu.br/israel/teoria/Teoria - Corrosao.pdf (7507 termos)
Termos comuns: 178
Similaridade: 1,63%
O texto abaixo é o conteúdo do documento
Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx (3529 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://paginapessoal.utfpr.edu.br/israel/teoria/Teoria - Corrosao.pdf (7507 termos)

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ESTUDO DE PARÂMETROS AO PROCESSO CORROSIVO NA INTERFACE AÇO CARBONO VISANDO
MELHOR RESISTÊNCIA À CORROSÃO
Nome Sobrenome Sobrenome¹
Nome Sobrenome Sobrenome²
1 Graduando em Engenharia Mecânica da Faculdade Brasileira Multivix ? Vitíria / ES
2 Docente da Faculdade Brasileira Multivix ? Vitória / ES
INTRODUÇÃO
A Química como ciência, pode ser ?um instrumento de formação humana?, quando é capaz de ampliar o
conhecimento e a autonomia no exercício do papel da cidadania. Isto é possível quando esta ciência é
entendida e aplicada como um dos ?meios de interpretar o mundo e intervir na realidade?, quando for
?relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em sociedade? (BRASIL,
2015, p. 84).
O aço, a metalurgia e a corrosão, são importantes conteúdo a serem abordados no ensino de Química, já
que materiais metálicos se encontram por toda a parte e são necessários para a vida em sociedade hoje,
principalmente sob os aspectos econômicos e tecnológicos (COSTA et al., 2015, p. 32).
Segundo Tomas (1995), O estudo do fenômeno da corrosão possui grande interesse científico, social e
industrial, devido ao seu impacto sobre a economia, o meio ambiente, a segurança das pessoas e a
qualidade de vida de todos, se tornando um importante alvo de estudos.
O aço carbono sofre corrosão em soluções aquosas, como em ácido clorídrico (GUANNAN, 2016), ácido
sulfúrico (SOUZA, 2008), soluções salinas (MODESTO, 2018) e nitratos (TRELA; CHAT; SCENDO, 2015).
Devido à relevância comercial desta liga, é importante estabelecer condições que a protejam do processo
corrosivo. Portanto, para fundamentar a escolha de um método de proteção é necessário elucidar os
mecanismos da corrosão
Objetiva-se neste trabalho analisar o comportamento eletroquímico na interface aço carbono / polpa de
bauxita em condições aproximadas ao encontrado no mineroduto, utilizando técnicas eletroquímicas de
potencial de corrosão, polarização potenciodinâmica anódica e catódica e, espectroscopia de impedância
eletroquímica.
JUSTIFICATIVA DO TEMA
Quando a corrosão causa vazamento de materiais tóxicos, inflamáveis ou radioativos tem-se,
consequentemente, problemas ambientais, de segurança e de saúde. Frequentemente uma linha de
produção ou parte de um processo para devido a falhas inesperadas provocadas por corrosão.
A aparência de um material pode ser importante de forma que a corrosão do mesmo se torna indesejável.

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Dependendo da aplicação do material pode-se, a partir de uma análise de custo-benefício, se eleger um


material resistente à corrosão ou uma forma de proteção que pode ser um revestimento polimérico,
cerâmico ou metálico ou ainda através de processos de proteção anódica ou catódica. Como exemplo da
utilização de materiais resistentes à corrosão, por motivo de aparência, pode-se citar a utilização de aço
inoxidável em esquadrias na construção civil.
Nesse contexto, torna-se importante o estudo da corrosão a fim de contribuir com a compreensão de seus
mecanismos de forma a permitir a difusão do conhecimento acerca do tema em questão para que, à luz do
conceito de desenvolvimento sustentável, possam ser estudados e aperfeiçoados métodos de inibição
dos processos corrosivos impactando positivamente na diminuição do consumo das reservas minerais.
DELIMITAÇÃO DO TEMA
O presente projeto de pesquisa aborda de forma ampla o funcionamento dos principais processos de
corrosão até então observados e catalogados. A abordagem do tema mencionado permitirá o
desenvolvimento de uma fundamentação teórica que servirá de alicerce para estudos posteriores sobre o
tema em questão.
PROBLEMA DA PESQUISA
Tendo em vista que a corrosão é uma problemática atual, o presente projeto de pesquisa visa à revisão da
literatura com a finalidade de se compreender os processos corrosivos e apresentar medidas de inibição
de tais processos.
Diante disso, surgiu o seguinte questionamento: Quais os meios mais adequados para corrigir ou prevenir
a incidência deste mal que podem ser intervenções mecânicas, químicas ou eletroquímicas ou até mesmo
alterações construtivas nos equipamentos em aços?
OBJETIVOS
1.4.1 GERAL
O objetivo deste projeto de pesquisa é explanar e caracterizar os principais tipos de corrosão que ocorrem
dentro da indústria, principalmente no segmento de equipamentos mecânicos e instalações industriais.
1.4.2 ESPECÍFICO
Dentre os objetos específicos deste projeto, classifica-se:
Executar um levantamento bibliográfico acerca do tema corrosão;
Estudar os diferentes mecanismos responsáveis pela deterioração dos materiais que compõem
equipamentos, instalações mecânicas e componentes estruturais;
Descrever as medidas de controle e inibição da corrosão, já existentes, por meio de consulta à literatura.
HIPÓTESE
Considerando que a corrosão é um fenômeno complexo e multifacetado, afetando diversos materiais
utilizados na indústria, é possível afirmar que a compreensão dos mecanismos de corrosão e a aplicação
de medidas de controle e inibição podem contribuir significativamente para a preservação e prolongamento
da vida útil dos equipamentos mecânicos e instalações industriais. Dessa forma, espera-se que a análise
detalhada dos tipos de corrosão e das estratégias de prevenção e mitigação possa fornecer insights
valiosos para a implementação de práticas mais eficazes na proteção contra a corrosão, resultando em
benefícios econômicos, ambientais e de segurança.
REFERENCIAL TEÓRICO
Corrosão
Além das condições climáticas, é sabido que a poluição do ar também tem influência considerável na
corrosão dos metais, e na presença de umidade, estruturas de aço-carbono sem proteção ou recobrimento
não são resistentes ao processo corrosivo.

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Muitos estudos, como os publicados por Vianna e Dutra (2022), Cook et al. (2018), Zhang et al. (2022),
Wang et al. (2015), entre outros, já foram realizados a fim de determinar a agressividade da atmosfera e
avaliar os efeitos da corrosão atmosférica nos metais usados para aplicações estruturais. Busca-se a
obtenção de dados que melhorem os modelos existentes para a predição do tempo de vida das estruturas
sujeitas à corrosão atmosférica e melhorem as técnicas analíticas usadas para analisar a corrosão.
Segundo Shreir, Jarman e Burstein (2014) a corrosão pode afetar o metal em diversas formas que
dependem da sua natureza e a certas condições ambientais predominante, e uma classificação geral das
várias formas de corrosão em que cinco tipos principais foram identificados, são apresentadas:
Quadro 1 ? Principais Tipos de Corrosão
Fonte: SHREIR et. al, 2014.
2.2 Tipologia Dos Problemas Corrosivos
2.2.1 Problema da corrosão
Os processos corrosivos geram impactos econômicos principalmente devido à substituição e reparos de
estruturas e equipamentos (CAINES et al., 2017). Gerhardus et al. (2016) relatam que, no ano de 2013, o
custo gerado com corrosão no mundo foi de aproximadamente 2,5 trilhões de dólares por ano.
Mendes et al. (2018) identificaram que a qualidade da água potável pode ser prejudicada devido à geração
de resíduos metálicos provenientes de processos.
Na indústria petroquímica, o processo corrosivo é preocupante devido às severas condições de
processamento e à natureza inflamável e tóxica dos produtos. Portanto, vazamentos causados pela
corrosão de materiais podem causar danos irreversíveis ao homem e ao meio ambiente (GROYSMAN,
2017).
Do ponto de vista ambiental, os desdobramentos de acidentes causados por corrosão são fontes de
poluição e ameaçam a integridade da flora e a fauna locais (Medeiros, 2021).
No geral, metais podem estar sujeitos a ambientes potencialmente corrosivos cujos efeitos podem
comprometer as aplicações (Amorim, 2009). Um exemplo de liga metálica suscetível à corrosão é o aço
carbono.
2.2.2 Reações de corrosão no aço carbono
O processo envolve reações de oxidação e de redução (redox) que convertem o metal ou o componente
metálico em óxido, hidróxido ou sal. Para entender melhor este processo é necessário iniciar o estudo
conhecendo o material e o meio. Os aços-carbono comuns contêm mais de 97% de Fe, até 2% de C e
outros elementos remanescentes do processo de fabricação. O O2(g) e a H2O(l) constituem o meio no
qual os materiais estão mais frequentemente expostos. Como os potenciais-padrão de redução do Fe2+
(aq)/Fe(s) [E0 = -0,44 V] e do Fe3+(aq)/Fe2+(aq) [E0 = 0,77 V] são menores que aquele para a redução de
O2(g) [E0 = 1,23 V], o Fe(s) pode ser oxidado pelo O2(g). Para que essas reações ocorram de forma
simultânea, a transferência de elétrons tem que ser através do aço, desde uma região onde acontece a
oxidação do Fe(s) (região anódica) até outra onde acontece a redução do O2(g) (região catódica), como
nas pilhas. O produto de corrosão resultante é a ferrugem, cuja formação pode ser sucintamente
representada pela equação 1 (Gentil, 2011).
4 Fe (s) + 3 O2 (g) + 2n H2O (l) ? 2 Fe2O3.nH2O (s)

2.3 Tipos de corrosão


De acordo com Gentil (2017), existem diversas manifestações da corrosão, e compreender essas
variações é fundamental para a análise dos processos corrosivos. Os tipos de corrosão podem ser
classificados levando-se em conta sua aparência, o modo de ataque, as causas subjacentes e os

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mecanismos envolvidos.
As formas em que a corrosão pode aparecer são: Corrosão uniforme; por placas; alveolar; puntiformes ou
por pites; intergranular; intragranular; filiforme; por esfoliação; grafítica; dezincificação; empolamento pelo
hidrogênio; em torno do cordão de solda; em frestas; sob tensão; e galvânica (ARRUDA, 2019).
Imagem 1 - Tipos de Corrosão
Fonte: Gentil (2007)
2.3.1 Corrosão Eletroquímica
Conforme descrito por Gentil (2017), a corrosão eletroquímica é frequentemente observada como o tipo
mais prevalente, ocorrendo principalmente em metais na presença de água. Este processo pode se
manifestar de duas maneiras predominantes: Primeiramente, quando um metal entra em contato com um
eletrólito, que é uma solução condutora ou um meio iônico que engloba áreas anódicas e catódicas
simultaneamente, resultando na formação de uma pilha de corrosão. Em segundo lugar, quando dois
metais são conectados por meio de um eletrólito, originando uma pilha galvânica.
A corrosão eletroquímica constitui-se em um processo espontâneo, passível de ocorrer quando o metal ou
liga entra em contato com um eletrólito, onde ocorrem, concomitantemente, reações anódicas (oxidação) e
catódicas (redução) ocasionando a deterioração do metal. O eletrólito é um condutor iônico que engloba
as regiões anódicas e catódicas. Ressalta-se que, o eletrólito pode estar solubilizado em água ou fundido
a outras substâncias. São exemplos de eletrólitos: água do mar, ar atmosférico com umidade, solo entre
outros (FRAUCHES-SANTOS et al, 2013).
Em geral, os processos de corrosão eletroquímica, também conhecida como corrosão úmida, ocorrem a
temperatura ambiente, associados à formação de uma pilha ou célula de corrosão compreendendo a
movimentação de elétrons sob a superfície metálica (LIMA, 2007 apud MATTIOLI, 2016, p.9).
A intensidade do processo de corrosão é mensurada pelo número de cargas de íons que descarregam no
catodo, ou, pelo número de elétrons que migram do anodo para o catodo (MAINIER e LETA, 2001).
No processo de corrosão eletroquímica, os íons Fe +2 migram em direção à região catódica, ao passo que
os íons OH - direcionam-se para a região anódica. Desse modo, em uma região intermediária forma-se o
hidróxido ferroso. As equações das reações são descritas na Tabela 1.

Fonte: Mecanismo eletroquímico de formação do hidróxido ferroso ? Autor (2019).

Em meio não aerado ou com pouco oxigênio, tem-se a formação da magnetita que é a ferrugem de
coloração preta (Fe3O4) (Equação 2).
3 Fe (OH)2 ? Fe3O4 + 2 H2O + H2

E, em meio aerado, tem-se a formação do hidróxido férrico que é a ferrugem de coloração alaranjada ou
castanho-avermelhada (Fe (OH)3) (Equação 3).

2 Fe (OH)2 + H2O + ½ O2 ? 2 Fe (OH)3

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Vale destacar que, Van Vlack (1970) formalizou as seguintes considerações acerca da dissolução química
de eletrólitos: moléculas e íons pequenos se dissolvem mais facilmente; a solubilização ocorre com mais
facilidade quando o soluto e o solvente têm estruturas semelhantes; a presença de dois solutos pode
produzir maiores solubilidades do que a presença de apenas um; a velocidade de dissolução aumenta
com a temperatura.
Ainda segundo Van Vlack (1970), para que haja a formação de ferrugem a partir do ferro, as reações de
oxidação de íons ferrosos e férricos devem ocorrer e, adicionalmente, umidade e oxigênio devem estar
presentes.
2.3.2 Corrosão Química
No âmbito de um processo corrosivo de natureza química, são desencadeadas reações diretas entre o
material em questão, seja ele metálico ou não, e o ambiente corrosivo, podendo ou não envolver a
transferência de cargas ou elétrons, e, portanto, sem resultar na formação de uma corrente elétrica. Esse
tipo de corrosão pode ocorrer em materiais metálicos em temperaturas elevadas, expostos a gases ou
vapores, mesmo na ausência de umidade, ou em metais sujeitos ao ataque de solventes orgânicos
desprovidos de água. Ademais, é relevante notar que a corrosão química não se limita apenas a materiais
metálicos, podendo também afetar materiais não metálicos (GENTIL, 2017).
A corrosão química, também conhecida como corrosão seca, é caracterizada por um processo que não
depende da presença de água para se desenvolver. Nesse mecanismo corrosivo, ocorrem reações
químicas diretas entre o material em questão, seja ele metálico ou não, e o meio corrosivo, sem que haja
geração de corrente elétrica (GENTIL, 1996).
O agente químico ataca diretamente o material. Caracteriza-se por ser um mecanismo de corrosão que,
normalmente, ocorre em altas temperaturas em ambientes tais como forno, caldeiras e unidades de
processo. Em se tratando de metais, o processo consiste numa reação química entre o meio corrosivo e a
superfície metálica o que resulta na formação de um produto de corrosão sob a mesma (MERÇON,
GUIMARÃES e MAINIER, 2004).
Um exemplo do processo supracitado é a corrosão do zinco em contato com solução de ácido de sulfúrico
(H2SO4). A reação eletroquímica que descreve esse processo é a seguinte (Equação 4):
Zn + H2SO4 ? ZnSO4 + H2

Imagem 2 - Reações Eletroquímicas Associadas À Corrosão Do Zinco

Fonte: Fontana (1986) apud Callister (2007).


2.3.3 Corrosão Eletrolítica
Trata-se de um fenômeno eletroquímico que se desencadeia mediante a aplicação externa de uma
corrente elétrica. Diferentemente dos demais tipos de corrosão mencionados anteriormente, este processo
não é espontâneo. Quando não há um adequado isolamento ou aterramento, ou quando estes
apresentam alguma falha, podem ocorrer correntes de fuga. Se essas correntes escapam para o solo,
acabam por ocasionar a formação de pequenos orifícios nas instalações (MAINIER, 2021).
Segundo Mainier e Leta (2001), a corrosão eletrolítica consiste em processo eletroquímico que acontece
por meio de aplicações de corrente elétrica de origem externa. Caracteriza-se por ser um processo não
espontâneo de corrosão. Gentil (1996) defini que a corrosão eletrolítica, também conhecida por corrosão
por eletrólise, é ?a deterioração da superfície externa de um metal forçado a funcionar como anodo ativo
de uma célula ou pilha eletrolítica.
O fenômeno da corrosão eletrolítica é provocado por correntes de fuga também conhecidas pelo nome de

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parasitas ou estranhas (MERÇON, GUIMARÃES e MAINIER, 2004). Tais correntes são ocasionadas por
potenciais externos devido às deficiências de isolamento ou de aterramentos que estejam fora das
especificações técnicas de construção e são capazes de produzir severos casos de corrosão.
De acordo com Gentil (1996), tubulações enterradas (oleodutos, gasodutos, adutoras, minerodutos, etc.) e
cabos telefônicos estão sujeitos à deterioração por corrosão eletrolítica relativo às correntes elétricas de
interferência que fogem de seu circuito normal para fluir pelo solo ou pela água.
A Figura 3 exemplifica o processo eletrolítico e atuação das correntes de fuga.
Imagem 3 ? Processo Eletrolítico

Na Figura 3, observa-se que ocorrem furos isolados nas instalações por onde a corrente escapa até atingir
o solo. As correntes parasitas atingem as instalações metálicas, ocasionando a corrosão nas áreas onde
abandonam essas instalações para, posteriormente, retornarem ao circuito original através do solo ou da
água. Ressalta-se que, por ser um tipo de corrosão localizada, em pouco tempo ocorre a perfuração da
parede metálica o que gera vazamentos (GENTIL, 1996).
No que tange aos mecanismos presentes na corrosão por eletrólise, Gentil (1996) elucida um caso prático
de ação das correntes parasitas provenientes da tração elétrica que utiliza os trilhos de um trem para o
retorno da corrente à fonte de energia elétrica. As ligações entre os trilhos formam um sistema de
resistências em série o que dificulta o retorno da corrente. O isolamento entre os trilhos e a terra é precário
. Consequentemente, o solo passa a constituir uma resistência associada em paralelo com os trilhos.
Desse modo, parte da corrente flui através da terra. Ademais, caso haja na região uma tubulação
enterrada, ela será atingida pela corrente de fuga fornecendo, então, a passagem necessária até as
proximidades da subestação geradora.
Na Figura 4, tem-se nos pontos A (no trilho) e A? no tubo) regiões anódicas e nos pontos C (no tubo) e C?
(no trilho) regiões catódicas. Dessa maneira, verifica-se a corrosão nos trilhos no ponto A e nos tubos em
A?.

Imagem 4 ? Regiões Anódicas

2.4 Inibidores De Corrosão


Inibidores são agentes, tanto orgânicos quanto inorgânicos, que, quando introduzidos no ambiente
corrosivo, têm a capacidade de prevenir ou reduzir o avanço das reações corrosivas. Geralmente, esses
inibidores são adsorvidos na superfície do material, formando um filme extremamente fino e durável. Isso
resulta em uma diminuição na taxa de corrosão, uma vez que as reações anódicas, catódicas ou ambas
são desaceleradas. Os inibidores de corrosão são compostos químicos empregados em concentrações
relativamente baixas sempre que um metal é exposto a um meio agressivo. Sua presença retarda o
processo corrosivo e mantém sua taxa em níveis mínimos, prevenindo assim perdas econômicas
decorrentes da corrosão metálica (FRAUCHES-SANTOS et al., 2013).
A eficácia dos inibidores de proteção varia conforme os metais e ligas em questão, assim como a
severidade do ambiente. Embora o termo "inibidor de corrosão" seja mais comum, em alguns casos,
também são referidos como aditivos, protetivos ou anticorrosivos (MAINIER, 2016).
Os inibidores de corrosão podem ser classificados de acordo com sua composição, sendo orgânicos ou
inorgânicos, e de acordo com seu comportamento, sendo oxidantes, não oxidantes, anódicos, catódicos
ou mistos (SILVA, 2016).

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Os inibidores anódicos atuam inibindo as reações anódicas, ou seja, retardam ou impedem a ação do
ânodo. Geralmente, eles reagem com os produtos de corrosão inicialmente formados, formando um filme
insolúvel e aderente na superfície do material, o que resulta na polarização anódica (SILVA, 2016).
Os inibidores catódicos, por sua vez, agem inibindo as reações catódicas. São substâncias que liberam
íons metálicos capazes de reagir com a alcalinidade catódica, produzindo compostos insolúveis. Esses
compostos insolúveis cobrem a área catódica, impedindo a difusão de oxigênio e a condução de elétrons,
inibindo assim o processo catódico. Os inibidores promovem uma polarização catódica e, como o metal no
cátodo não entra em solução, mesmo que não esteja totalmente coberto, não ocorre corrosão localizada
nessas áreas. Portanto, esses inibidores, independentemente de suas concentrações, são considerados
mais seguros em comparação com os anódicos (SILVA, 2016).
2.4.1 Proteção Contra A Corrosão
Segundo Merçon, Guimarães e Mainier (2004), dentre os processos mais empregados em metais na
prevenção da corrosão estão: as proteções anódicas e catódicas e os revestimentos.
Os protetores anódicos ou inibidores anódicos consistem naqueles que atuam nas reações anódicas. Eles
migram para a superfície anódica ocasionando passivação na presença de oxigênio dissolvido. Dessa
forma, esse tipo de protetor interage com o produto de corrosão o que dá origem a uma película aderente
e bastante insolúvel em sua superfície, resultando em sua proteção.
Imagem 5 - Esquema representativo da proteção anódica

Fonte: Frauches e Santos (2013).


Segundo Gentil (1996), dentre os mais empregados inibidores anódicos estão os cromatos solúveis devido
a sua eficiente proteção e aplicabilidade a diferentes tipos de metais. Sob diversas condições, esses
inibidores são efetivos para ferro, aço, zinco, alumínio, cobre, latão, chumbo entre outras ligas metálicas.
Destaca-se que, mesmo, pequenas concentrações de cromato, presentes em águas ou em soluções
salinas corrosivas, são responsáveis por uma considerável redução da taxa de corrosão. Frauches-Santos
et al. (2013) ressaltam que, o emprego de inibidores anódicos possui maior relevância na aplicação em
eletrólitos de alta agressividade, como por exemplo, um tanque metálico para condicionamento de ácidos.
No que se refere à proteção catódica, ou inibidores catódicos, Gentil (1996) define que ?são substâncias
que fornecem íons metálicos capazes de reagir com alcalinidade catódica, produzindo compostos
insolúveis?. Esses compostos envolvem a área catódica o que ocasiona a inibição do processo de difusão
do oxigênio e a condução de elétrons. A Figura 6 ilustra o processo de inibição catódica.
Imagem 6 - Esquema representativo da proteção catódica

Fonte: Frauches e Santos (2013).


Os inibidores catódicos caracterizam-se pela possibilidade de serem empregados em todos os materiais
metálicos. Eles controlam a corrosão deslocando o potencial de corrosão a maiores valores negativos,
além de aumentar o pH do meio e atenuar a solubilidade dos íons de ferro. Os mais eficientes inibidores
catódicos conhecidos são: os sulfitos, as hidracinas, os sais de cálcio e magnésio, o óxido de alumínio, os
hidróxidos de sódio e os carbonatos de sódio (BOLINA, 2008).
METODOLOGIA E MÉTODO DA PESQUISA
Em relação aos objetivos, a pesquisa classifica-se como exploratória e descritiva (realização de um estudo
para a familiarização do objeto que está sendo investigado durante a pesquisa). Quanto aos
procedimentos considera-se uma pesquisa bibliográfica (etapa inicial de todo o trabalho científico ou
acadêmico, com o objetivo de reunir as informações e dados que servirão de base para a construção da

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investigação proposta a partir de determinado tema). E em relação ao problema, classifica-se como


pesquisa qualitativa (considera a parte subjetiva do problema.).
A técnica de pesquisa utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica a qual fundamenta-se em um
trabalho de natureza exploratória que fornece o alicerce teórico necessário ao pesquisador para o
exercício crítico e reflexivo sobre o tema estudado.
Foram utilizados como fontes principais para execução deste projeto de pesquisa livros e artigos
científicos encontrados em bibliotecas e sites da internet.
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
ANTUNES, R. A., COSTA, I. Caracterização de produtos de corrosão de aço- carbono e aço patinável
submetidos a ensaio acelerado de corrosão e ensaio de intemperismo. 6º CONTEQ, 2022
BRAVIM, E. C. Estudo da aplicação de materiais orgânicos em meios corrosivos do processamento
primário do petróleo. Dissertação de Mestrado. 91f. Programa de Pós-graduação em Engenharia de Minas
, Metalúrgica e de Materiais: UFRGS, 2019.
BUCHWEISHAIJA, J. Phytochemicals as green corrosion inhibitors in various corrosive media: a review.
Tanzania Journal of Science, v.35, 2019
CAINES, S.; KHAN, F.; ZHANG, Y.; SHIROKOFF, J. Simplified electrochemical potential noise method to
predict corrosion and corrosion rate. Journal of Loss Prevention in the Process Industries, v.47, p.72-84,
2017.
CALLISTER, William D. et al. Materials science and engineering: an introduction. New York: John Wiley &
Sons, 2007.
COOK, D.C. Spectroscopic identification of protective and non-protective corrosion coatings on steel
structures in marine environments. Corrosion Science, v. 47, p. 2550-2570, 2005.
FRAUCHES-SANTOS, Cristiane et al. A corrosão e os agentes Anticorrosivos. Revista Virtual de Química,
v. 6, n. 2, p. 293-309, 2013.
GEMELLI, E. Corrosão de Materiais Metálicos e Sua Caracterização. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Livros
técnicos e científicos editora S/A, 2021.
GENTIL, Vicente. Corrosão. Rio de Janeiro: LTC - Livros técnicos e Científicos. Editora SA, 2016.
GERHARDUS, H. K.; VARNEY, J.; NEIL, T.; MOGHISSI, O.; GOULD, M.; PAYER, J. International
measures of prevention, application, and economics of corrosion technologies study. NACE, 2016.
GROYSMAN, A. Corrosion problems and solutions in oil, gas, refining and petrochemical industry. Koroze
a ochrana material, v.61, n.3, p.100-117, 2017.
GUANNAN, M.; XIANGHONG, L.; QING, Q.; ZHOU, J. Molybdate and tungstate as corrosion inhibitors for
cold rolling steel in hydrochloric acid solution. Corrosion Science, v.48, p.445-459, 2016
MAINIER, Fernando B.; LETA, Fabiana R. O ensino de corrosão e de técnicas anticorrosivas compatíveis
com o meio ambiente. Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia.
MATTIOLI, Gabriela Goes. Avaliação da corrosão interna em minerodutos brasileiros para transporte de
minério de ferro. 2016. Dissertação (Mestrado Engenharia Metalúrgica Materiais e de Minas) - UFMG, Belo
Horizonte, 2016.
MERÇON, Fábio; GUIMARÃES, Pedro Ivo Canesso; MAINIER, Fernando Benedito. Corrosão: um
exemplo usual de fenômeno químico. Química Nova na escola, v. 1, n. 19, p. 11-14, 2014.
Reações de formação do Fe (OH)2
Fe ? Fe2+ + 2e-
H2O + ½ O2 +2e- ? 2OH-

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2H2O + 2e- ? H2 + 2OH-


Fe2+ + 2OH- ? Fe (OH)2¹

AtividadeFevereiroMarçoAbrilMaioJunho
Definição Do Temax
Pesquisa De Literaturax
Referencial Teóricoxx
Metodologiax
Referênciasx

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Arquivo 1: Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx (3529 termos)
Arquivo 2: http://servidor.demec.ufpr.br/disciplinas/TM314/Corros%C3%A3o e Prote%C3%A7%C3%A3o
dos Materiais.pdf (2098 termos)
Termos comuns: 85
Similaridade: 1,53%
O texto abaixo é o conteúdo do documento
Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx (3529 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
http://servidor.demec.ufpr.br/disciplinas/TM314/Corros%C3%A3o e Prote%C3%A7%C3%A3o dos
Materiais.pdf (2098 termos)

=================================================================================
ESTUDO DE PARÂMETROS AO PROCESSO CORROSIVO NA INTERFACE AÇO CARBONO VISANDO
MELHOR RESISTÊNCIA À CORROSÃO
Nome Sobrenome Sobrenome¹
Nome Sobrenome Sobrenome²
1 Graduando em Engenharia Mecânica da Faculdade Brasileira Multivix ? Vitíria / ES
2 Docente da Faculdade Brasileira Multivix ? Vitória / ES
INTRODUÇÃO
A Química como ciência, pode ser ?um instrumento de formação humana?, quando é capaz de ampliar o
conhecimento e a autonomia no exercício do papel da cidadania. Isto é possível quando esta ciência é
entendida e aplicada como um dos ?meios de interpretar o mundo e intervir na realidade?, quando for
?relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em sociedade? (BRASIL,
2015, p. 84).
O aço, a metalurgia e a corrosão, são importantes conteúdo a serem abordados no ensino de Química, já
que materiais metálicos se encontram por toda a parte e são necessários para a vida em sociedade hoje,
principalmente sob os aspectos econômicos e tecnológicos (COSTA et al., 2015, p. 32).
Segundo Tomas (1995), O estudo do fenômeno da corrosão possui grande interesse científico, social e
industrial, devido ao seu impacto sobre a economia, o meio ambiente, a segurança das pessoas e a
qualidade de vida de todos, se tornando um importante alvo de estudos.
O aço carbono sofre corrosão em soluções aquosas, como em ácido clorídrico (GUANNAN, 2016), ácido
sulfúrico (SOUZA, 2008), soluções salinas (MODESTO, 2018) e nitratos (TRELA; CHAT; SCENDO, 2015).
Devido à relevância comercial desta liga, é importante estabelecer condições que a protejam do processo
corrosivo. Portanto, para fundamentar a escolha de um método de proteção é necessário elucidar os
mecanismos da corrosão
Objetiva-se neste trabalho analisar o comportamento eletroquímico na interface aço carbono / polpa de
bauxita em condições aproximadas ao encontrado no mineroduto, utilizando técnicas eletroquímicas de
potencial de corrosão, polarização potenciodinâmica anódica e catódica e, espectroscopia de impedância
eletroquímica.
JUSTIFICATIVA DO TEMA
Quando a corrosão causa vazamento de materiais tóxicos, inflamáveis ou radioativos tem-se,
consequentemente, problemas ambientais, de segurança e de saúde. Frequentemente uma linha de

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produção ou parte de um processo para devido a falhas inesperadas provocadas por corrosão.
A aparência de um material pode ser importante de forma que a corrosão do mesmo se torna indesejável.
Dependendo da aplicação do material pode-se, a partir de uma análise de custo-benefício, se eleger um
material resistente à corrosão ou uma forma de proteção que pode ser um revestimento polimérico,
cerâmico ou metálico ou ainda através de processos de proteção anódica ou catódica. Como exemplo da
utilização de materiais resistentes à corrosão, por motivo de aparência, pode-se citar a utilização de aço
inoxidável em esquadrias na construção civil.
Nesse contexto, torna-se importante o estudo da corrosão a fim de contribuir com a compreensão de seus
mecanismos de forma a permitir a difusão do conhecimento acerca do tema em questão para que, à luz do
conceito de desenvolvimento sustentável, possam ser estudados e aperfeiçoados métodos de inibição
dos processos corrosivos impactando positivamente na diminuição do consumo das reservas minerais.
DELIMITAÇÃO DO TEMA
O presente projeto de pesquisa aborda de forma ampla o funcionamento dos principais processos de
corrosão até então observados e catalogados. A abordagem do tema mencionado permitirá o
desenvolvimento de uma fundamentação teórica que servirá de alicerce para estudos posteriores sobre o
tema em questão.
PROBLEMA DA PESQUISA
Tendo em vista que a corrosão é uma problemática atual, o presente projeto de pesquisa visa à revisão da
literatura com a finalidade de se compreender os processos corrosivos e apresentar medidas de inibição
de tais processos.
Diante disso, surgiu o seguinte questionamento: Quais os meios mais adequados para corrigir ou prevenir
a incidência deste mal que podem ser intervenções mecânicas, químicas ou eletroquímicas ou até mesmo
alterações construtivas nos equipamentos em aços?
OBJETIVOS
1.4.1 GERAL
O objetivo deste projeto de pesquisa é explanar e caracterizar os principais tipos de corrosão que ocorrem
dentro da indústria, principalmente no segmento de equipamentos mecânicos e instalações industriais.
1.4.2 ESPECÍFICO
Dentre os objetos específicos deste projeto, classifica-se:
Executar um levantamento bibliográfico acerca do tema corrosão;
Estudar os diferentes mecanismos responsáveis pela deterioração dos materiais que compõem
equipamentos, instalações mecânicas e componentes estruturais;
Descrever as medidas de controle e inibição da corrosão, já existentes, por meio de consulta à literatura.
HIPÓTESE
Considerando que a corrosão é um fenômeno complexo e multifacetado, afetando diversos materiais
utilizados na indústria, é possível afirmar que a compreensão dos mecanismos de corrosão e a aplicação
de medidas de controle e inibição podem contribuir significativamente para a preservação e prolongamento
da vida útil dos equipamentos mecânicos e instalações industriais. Dessa forma, espera-se que a análise
detalhada dos tipos de corrosão e das estratégias de prevenção e mitigação possa fornecer insights
valiosos para a implementação de práticas mais eficazes na proteção contra a corrosão, resultando em
benefícios econômicos, ambientais e de segurança.
REFERENCIAL TEÓRICO
Corrosão
Além das condições climáticas, é sabido que a poluição do ar também tem influência considerável na

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corrosão dos metais, e na presença de umidade, estruturas de aço-carbono sem proteção ou recobrimento
não são resistentes ao processo corrosivo.
Muitos estudos, como os publicados por Vianna e Dutra (2022), Cook et al. (2018), Zhang et al. (2022),
Wang et al. (2015), entre outros, já foram realizados a fim de determinar a agressividade da atmosfera e
avaliar os efeitos da corrosão atmosférica nos metais usados para aplicações estruturais. Busca-se a
obtenção de dados que melhorem os modelos existentes para a predição do tempo de vida das estruturas
sujeitas à corrosão atmosférica e melhorem as técnicas analíticas usadas para analisar a corrosão.
Segundo Shreir, Jarman e Burstein (2014) a corrosão pode afetar o metal em diversas formas que
dependem da sua natureza e a certas condições ambientais predominante, e uma classificação geral das
várias formas de corrosão em que cinco tipos principais foram identificados, são apresentadas:
Quadro 1 ? Principais Tipos de Corrosão
Fonte: SHREIR et. al, 2014.
2.2 Tipologia Dos Problemas Corrosivos
2.2.1 Problema da corrosão
Os processos corrosivos geram impactos econômicos principalmente devido à substituição e reparos de
estruturas e equipamentos (CAINES et al., 2017). Gerhardus et al. (2016) relatam que, no ano de 2013, o
custo gerado com corrosão no mundo foi de aproximadamente 2,5 trilhões de dólares por ano.
Mendes et al. (2018) identificaram que a qualidade da água potável pode ser prejudicada devido à geração
de resíduos metálicos provenientes de processos.
Na indústria petroquímica, o processo corrosivo é preocupante devido às severas condições de
processamento e à natureza inflamável e tóxica dos produtos. Portanto, vazamentos causados pela
corrosão de materiais podem causar danos irreversíveis ao homem e ao meio ambiente (GROYSMAN,
2017).
Do ponto de vista ambiental, os desdobramentos de acidentes causados por corrosão são fontes de
poluição e ameaçam a integridade da flora e a fauna locais (Medeiros, 2021).
No geral, metais podem estar sujeitos a ambientes potencialmente corrosivos cujos efeitos podem
comprometer as aplicações (Amorim, 2009). Um exemplo de liga metálica suscetível à corrosão é o aço
carbono.
2.2.2 Reações de corrosão no aço carbono
O processo envolve reações de oxidação e de redução (redox) que convertem o metal ou o componente
metálico em óxido, hidróxido ou sal. Para entender melhor este processo é necessário iniciar o estudo
conhecendo o material e o meio. Os aços-carbono comuns contêm mais de 97% de Fe, até 2% de C e
outros elementos remanescentes do processo de fabricação. O O2(g) e a H2O(l) constituem o meio no
qual os materiais estão mais frequentemente expostos. Como os potenciais-padrão de redução do Fe2+
(aq)/Fe(s) [E0 = -0,44 V] e do Fe3+(aq)/Fe2+(aq) [E0 = 0,77 V] são menores que aquele para a redução de
O2(g) [E0 = 1,23 V], o Fe(s) pode ser oxidado pelo O2(g). Para que essas reações ocorram de forma
simultânea, a transferência de elétrons tem que ser através do aço, desde uma região onde acontece a
oxidação do Fe(s) (região anódica) até outra onde acontece a redução do O2(g) (região catódica), como
nas pilhas. O produto de corrosão resultante é a ferrugem, cuja formação pode ser sucintamente
representada pela equação 1 (Gentil, 2011).
4 Fe (s) + 3 O2 (g) + 2n H2O (l) ? 2 Fe2O3.nH2O (s)

2.3 Tipos de corrosão


De acordo com Gentil (2017), existem diversas manifestações da corrosão, e compreender essas

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variações é fundamental para a análise dos processos corrosivos. Os tipos de corrosão podem ser
classificados levando-se em conta sua aparência, o modo de ataque, as causas subjacentes e os
mecanismos envolvidos.
As formas em que a corrosão pode aparecer são: Corrosão uniforme; por placas; alveolar; puntiformes ou
por pites; intergranular; intragranular; filiforme; por esfoliação; grafítica; dezincificação; empolamento pelo
hidrogênio; em torno do cordão de solda; em frestas; sob tensão; e galvânica (ARRUDA, 2019).
Imagem 1 - Tipos de Corrosão
Fonte: Gentil (2007)
2.3.1 Corrosão Eletroquímica
Conforme descrito por Gentil (2017), a corrosão eletroquímica é frequentemente observada como o tipo
mais prevalente, ocorrendo principalmente em metais na presença de água. Este processo pode se
manifestar de duas maneiras predominantes: Primeiramente, quando um metal entra em contato com um
eletrólito, que é uma solução condutora ou um meio iônico que engloba áreas anódicas e catódicas
simultaneamente, resultando na formação de uma pilha de corrosão. Em segundo lugar, quando dois
metais são conectados por meio de um eletrólito, originando uma pilha galvânica.
A corrosão eletroquímica constitui-se em um processo espontâneo, passível de ocorrer quando o metal ou
liga entra em contato com um eletrólito, onde ocorrem, concomitantemente, reações anódicas (oxidação) e
catódicas (redução) ocasionando a deterioração do metal. O eletrólito é um condutor iônico que engloba
as regiões anódicas e catódicas. Ressalta-se que, o eletrólito pode estar solubilizado em água ou fundido
a outras substâncias. São exemplos de eletrólitos: água do mar, ar atmosférico com umidade, solo entre
outros (FRAUCHES-SANTOS et al, 2013).
Em geral, os processos de corrosão eletroquímica, também conhecida como corrosão úmida, ocorrem a
temperatura ambiente, associados à formação de uma pilha ou célula de corrosão compreendendo a
movimentação de elétrons sob a superfície metálica (LIMA, 2007 apud MATTIOLI, 2016, p.9).
A intensidade do processo de corrosão é mensurada pelo número de cargas de íons que descarregam no
catodo, ou, pelo número de elétrons que migram do anodo para o catodo (MAINIER e LETA, 2001).
No processo de corrosão eletroquímica, os íons Fe +2 migram em direção à região catódica, ao passo que
os íons OH - direcionam-se para a região anódica. Desse modo, em uma região intermediária forma-se o
hidróxido ferroso. As equações das reações são descritas na Tabela 1.

Fonte: Mecanismo eletroquímico de formação do hidróxido ferroso ? Autor (2019).

Em meio não aerado ou com pouco oxigênio, tem-se a formação da magnetita que é a ferrugem de
coloração preta (Fe3O4) (Equação 2).
3 Fe (OH)2 ? Fe3O4 + 2 H2O + H2

E, em meio aerado, tem-se a formação do hidróxido férrico que é a ferrugem de coloração alaranjada ou
castanho-avermelhada (Fe (OH)3) (Equação 3).

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2 Fe (OH)2 + H2O + ½ O2 ? 2 Fe (OH)3


Vale destacar que, Van Vlack (1970) formalizou as seguintes considerações acerca da dissolução química
de eletrólitos: moléculas e íons pequenos se dissolvem mais facilmente; a solubilização ocorre com mais
facilidade quando o soluto e o solvente têm estruturas semelhantes; a presença de dois solutos pode
produzir maiores solubilidades do que a presença de apenas um; a velocidade de dissolução aumenta
com a temperatura.
Ainda segundo Van Vlack (1970), para que haja a formação de ferrugem a partir do ferro, as reações de
oxidação de íons ferrosos e férricos devem ocorrer e, adicionalmente, umidade e oxigênio devem estar
presentes.
2.3.2 Corrosão Química
No âmbito de um processo corrosivo de natureza química, são desencadeadas reações diretas entre o
material em questão, seja ele metálico ou não, e o ambiente corrosivo, podendo ou não envolver a
transferência de cargas ou elétrons, e, portanto, sem resultar na formação de uma corrente elétrica. Esse
tipo de corrosão pode ocorrer em materiais metálicos em temperaturas elevadas, expostos a gases ou
vapores, mesmo na ausência de umidade, ou em metais sujeitos ao ataque de solventes orgânicos
desprovidos de água. Ademais, é relevante notar que a corrosão química não se limita apenas a materiais
metálicos, podendo também afetar materiais não metálicos (GENTIL, 2017).
A corrosão química, também conhecida como corrosão seca, é caracterizada por um processo que não
depende da presença de água para se desenvolver. Nesse mecanismo corrosivo, ocorrem reações
químicas diretas entre o material em questão, seja ele metálico ou não, e o meio corrosivo, sem que haja
geração de corrente elétrica (GENTIL, 1996).
O agente químico ataca diretamente o material. Caracteriza-se por ser um mecanismo de corrosão que,
normalmente, ocorre em altas temperaturas em ambientes tais como forno, caldeiras e unidades de
processo. Em se tratando de metais, o processo consiste numa reação química entre o meio corrosivo e a
superfície metálica o que resulta na formação de um produto de corrosão sob a mesma (MERÇON,
GUIMARÃES e MAINIER, 2004).
Um exemplo do processo supracitado é a corrosão do zinco em contato com solução de ácido de sulfúrico
(H2SO4). A reação eletroquímica que descreve esse processo é a seguinte (Equação 4):
Zn + H2SO4 ? ZnSO4 + H2

Imagem 2 - Reações Eletroquímicas Associadas À Corrosão Do Zinco

Fonte: Fontana (1986) apud Callister (2007).


2.3.3 Corrosão Eletrolítica
Trata-se de um fenômeno eletroquímico que se desencadeia mediante a aplicação externa de uma
corrente elétrica. Diferentemente dos demais tipos de corrosão mencionados anteriormente, este processo
não é espontâneo. Quando não há um adequado isolamento ou aterramento, ou quando estes
apresentam alguma falha, podem ocorrer correntes de fuga. Se essas correntes escapam para o solo,
acabam por ocasionar a formação de pequenos orifícios nas instalações (MAINIER, 2021).
Segundo Mainier e Leta (2001), a corrosão eletrolítica consiste em processo eletroquímico que acontece
por meio de aplicações de corrente elétrica de origem externa. Caracteriza-se por ser um processo não
espontâneo de corrosão. Gentil (1996) defini que a corrosão eletrolítica, também conhecida por corrosão
por eletrólise, é ?a deterioração da superfície externa de um metal forçado a funcionar como anodo ativo

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de uma célula ou pilha eletrolítica.


O fenômeno da corrosão eletrolítica é provocado por correntes de fuga também conhecidas pelo nome de
parasitas ou estranhas (MERÇON, GUIMARÃES e MAINIER, 2004). Tais correntes são ocasionadas por
potenciais externos devido às deficiências de isolamento ou de aterramentos que estejam fora das
especificações técnicas de construção e são capazes de produzir severos casos de corrosão.
De acordo com Gentil (1996), tubulações enterradas (oleodutos, gasodutos, adutoras, minerodutos, etc.) e
cabos telefônicos estão sujeitos à deterioração por corrosão eletrolítica relativo às correntes elétricas de
interferência que fogem de seu circuito normal para fluir pelo solo ou pela água.
A Figura 3 exemplifica o processo eletrolítico e atuação das correntes de fuga.
Imagem 3 ? Processo Eletrolítico

Na Figura 3, observa-se que ocorrem furos isolados nas instalações por onde a corrente escapa até atingir
o solo. As correntes parasitas atingem as instalações metálicas, ocasionando a corrosão nas áreas onde
abandonam essas instalações para, posteriormente, retornarem ao circuito original através do solo ou da
água. Ressalta-se que, por ser um tipo de corrosão localizada, em pouco tempo ocorre a perfuração da
parede metálica o que gera vazamentos (GENTIL, 1996).
No que tange aos mecanismos presentes na corrosão por eletrólise, Gentil (1996) elucida um caso prático
de ação das correntes parasitas provenientes da tração elétrica que utiliza os trilhos de um trem para o
retorno da corrente à fonte de energia elétrica. As ligações entre os trilhos formam um sistema de
resistências em série o que dificulta o retorno da corrente. O isolamento entre os trilhos e a terra é precário
. Consequentemente, o solo passa a constituir uma resistência associada em paralelo com os trilhos.
Desse modo, parte da corrente flui através da terra. Ademais, caso haja na região uma tubulação
enterrada, ela será atingida pela corrente de fuga fornecendo, então, a passagem necessária até as
proximidades da subestação geradora.
Na Figura 4, tem-se nos pontos A (no trilho) e A? no tubo) regiões anódicas e nos pontos C (no tubo) e C?
(no trilho) regiões catódicas. Dessa maneira, verifica-se a corrosão nos trilhos no ponto A e nos tubos em
A?.

Imagem 4 ? Regiões Anódicas

2.4 Inibidores De Corrosão


Inibidores são agentes, tanto orgânicos quanto inorgânicos, que, quando introduzidos no ambiente
corrosivo, têm a capacidade de prevenir ou reduzir o avanço das reações corrosivas. Geralmente, esses
inibidores são adsorvidos na superfície do material, formando um filme extremamente fino e durável. Isso
resulta em uma diminuição na taxa de corrosão, uma vez que as reações anódicas, catódicas ou ambas
são desaceleradas. Os inibidores de corrosão são compostos químicos empregados em concentrações
relativamente baixas sempre que um metal é exposto a um meio agressivo. Sua presença retarda o
processo corrosivo e mantém sua taxa em níveis mínimos, prevenindo assim perdas econômicas
decorrentes da corrosão metálica (FRAUCHES-SANTOS et al., 2013).
A eficácia dos inibidores de proteção varia conforme os metais e ligas em questão, assim como a
severidade do ambiente. Embora o termo "inibidor de corrosão" seja mais comum, em alguns casos,
também são referidos como aditivos, protetivos ou anticorrosivos (MAINIER, 2016).
Os inibidores de corrosão podem ser classificados de acordo com sua composição, sendo orgânicos ou

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inorgânicos, e de acordo com seu comportamento, sendo oxidantes, não oxidantes, anódicos, catódicos
ou mistos (SILVA, 2016).
Os inibidores anódicos atuam inibindo as reações anódicas, ou seja, retardam ou impedem a ação do
ânodo. Geralmente, eles reagem com os produtos de corrosão inicialmente formados, formando um filme
insolúvel e aderente na superfície do material, o que resulta na polarização anódica (SILVA, 2016).
Os inibidores catódicos, por sua vez, agem inibindo as reações catódicas. São substâncias que liberam
íons metálicos capazes de reagir com a alcalinidade catódica, produzindo compostos insolúveis. Esses
compostos insolúveis cobrem a área catódica, impedindo a difusão de oxigênio e a condução de elétrons,
inibindo assim o processo catódico. Os inibidores promovem uma polarização catódica e, como o metal no
cátodo não entra em solução, mesmo que não esteja totalmente coberto, não ocorre corrosão localizada
nessas áreas. Portanto, esses inibidores, independentemente de suas concentrações, são considerados
mais seguros em comparação com os anódicos (SILVA, 2016).
2.4.1 Proteção Contra A Corrosão
Segundo Merçon, Guimarães e Mainier (2004), dentre os processos mais empregados em metais na
prevenção da corrosão estão: as proteções anódicas e catódicas e os revestimentos.
Os protetores anódicos ou inibidores anódicos consistem naqueles que atuam nas reações anódicas. Eles
migram para a superfície anódica ocasionando passivação na presença de oxigênio dissolvido. Dessa
forma, esse tipo de protetor interage com o produto de corrosão o que dá origem a uma película aderente
e bastante insolúvel em sua superfície, resultando em sua proteção.
Imagem 5 - Esquema representativo da proteção anódica

Fonte: Frauches e Santos (2013).


Segundo Gentil (1996), dentre os mais empregados inibidores anódicos estão os cromatos solúveis devido
a sua eficiente proteção e aplicabilidade a diferentes tipos de metais. Sob diversas condições, esses
inibidores são efetivos para ferro, aço, zinco, alumínio, cobre, latão, chumbo entre outras ligas metálicas.
Destaca-se que, mesmo, pequenas concentrações de cromato, presentes em águas ou em soluções
salinas corrosivas, são responsáveis por uma considerável redução da taxa de corrosão. Frauches-Santos
et al. (2013) ressaltam que, o emprego de inibidores anódicos possui maior relevância na aplicação em
eletrólitos de alta agressividade, como por exemplo, um tanque metálico para condicionamento de ácidos.
No que se refere à proteção catódica, ou inibidores catódicos, Gentil (1996) define que ?são substâncias
que fornecem íons metálicos capazes de reagir com alcalinidade catódica, produzindo compostos
insolúveis?. Esses compostos envolvem a área catódica o que ocasiona a inibição do processo de difusão
do oxigênio e a condução de elétrons. A Figura 6 ilustra o processo de inibição catódica.
Imagem 6 - Esquema representativo da proteção catódica

Fonte: Frauches e Santos (2013).


Os inibidores catódicos caracterizam-se pela possibilidade de serem empregados em todos os materiais
metálicos. Eles controlam a corrosão deslocando o potencial de corrosão a maiores valores negativos,
além de aumentar o pH do meio e atenuar a solubilidade dos íons de ferro. Os mais eficientes inibidores
catódicos conhecidos são: os sulfitos, as hidracinas, os sais de cálcio e magnésio, o óxido de alumínio, os
hidróxidos de sódio e os carbonatos de sódio (BOLINA, 2008).
METODOLOGIA E MÉTODO DA PESQUISA
Em relação aos objetivos, a pesquisa classifica-se como exploratória e descritiva (realização de um estudo
para a familiarização do objeto que está sendo investigado durante a pesquisa). Quanto aos

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procedimentos considera-se uma pesquisa bibliográfica (etapa inicial de todo o trabalho científico ou
acadêmico, com o objetivo de reunir as informações e dados que servirão de base para a construção da
investigação proposta a partir de determinado tema). E em relação ao problema, classifica-se como
pesquisa qualitativa (considera a parte subjetiva do problema.).
A técnica de pesquisa utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica a qual fundamenta-se em um
trabalho de natureza exploratória que fornece o alicerce teórico necessário ao pesquisador para o
exercício crítico e reflexivo sobre o tema estudado.
Foram utilizados como fontes principais para execução deste projeto de pesquisa livros e artigos
científicos encontrados em bibliotecas e sites da internet.
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
ANTUNES, R. A., COSTA, I. Caracterização de produtos de corrosão de aço- carbono e aço patinável
submetidos a ensaio acelerado de corrosão e ensaio de intemperismo. 6º CONTEQ, 2022
BRAVIM, E. C. Estudo da aplicação de materiais orgânicos em meios corrosivos do processamento
primário do petróleo. Dissertação de Mestrado. 91f. Programa de Pós-graduação em Engenharia de Minas
, Metalúrgica e de Materiais: UFRGS, 2019.
BUCHWEISHAIJA, J. Phytochemicals as green corrosion inhibitors in various corrosive media: a review.
Tanzania Journal of Science, v.35, 2019
CAINES, S.; KHAN, F.; ZHANG, Y.; SHIROKOFF, J. Simplified electrochemical potential noise method to
predict corrosion and corrosion rate. Journal of Loss Prevention in the Process Industries, v.47, p.72-84,
2017.
CALLISTER, William D. et al. Materials science and engineering: an introduction. New York: John Wiley &
Sons, 2007.
COOK, D.C. Spectroscopic identification of protective and non-protective corrosion coatings on steel
structures in marine environments. Corrosion Science, v. 47, p. 2550-2570, 2005.
FRAUCHES-SANTOS, Cristiane et al. A corrosão e os agentes Anticorrosivos. Revista Virtual de Química,
v. 6, n. 2, p. 293-309, 2013.
GEMELLI, E. Corrosão de Materiais Metálicos e Sua Caracterização. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Livros
técnicos e científicos editora S/A, 2021.
GENTIL, Vicente. Corrosão. Rio de Janeiro: LTC - Livros técnicos e Científicos. Editora SA, 2016.
GERHARDUS, H. K.; VARNEY, J.; NEIL, T.; MOGHISSI, O.; GOULD, M.; PAYER, J. International
measures of prevention, application, and economics of corrosion technologies study. NACE, 2016.
GROYSMAN, A. Corrosion problems and solutions in oil, gas, refining and petrochemical industry. Koroze
a ochrana material, v.61, n.3, p.100-117, 2017.
GUANNAN, M.; XIANGHONG, L.; QING, Q.; ZHOU, J. Molybdate and tungstate as corrosion inhibitors for
cold rolling steel in hydrochloric acid solution. Corrosion Science, v.48, p.445-459, 2016
MAINIER, Fernando B.; LETA, Fabiana R. O ensino de corrosão e de técnicas anticorrosivas compatíveis
com o meio ambiente. Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia.
MATTIOLI, Gabriela Goes. Avaliação da corrosão interna em minerodutos brasileiros para transporte de
minério de ferro. 2016. Dissertação (Mestrado Engenharia Metalúrgica Materiais e de Minas) - UFMG, Belo
Horizonte, 2016.
MERÇON, Fábio; GUIMARÃES, Pedro Ivo Canesso; MAINIER, Fernando Benedito. Corrosão: um
exemplo usual de fenômeno químico. Química Nova na escola, v. 1, n. 19, p. 11-14, 2014.
Reações de formação do Fe (OH)2

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Fe ? Fe2+ + 2e-
H2O + ½ O2 +2e- ? 2OH-
2H2O + 2e- ? H2 + 2OH-
Fe2+ + 2OH- ? Fe (OH)2¹

AtividadeFevereiroMarçoAbrilMaioJunho
Definição Do Temax
Pesquisa De Literaturax
Referencial Teóricoxx
Metodologiax
Referênciasx

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Arquivo 1: Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx (3529 termos)
Arquivo 2: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/tipos-corrosao.htm (1393 termos)
Termos comuns: 70
Similaridade: 1,44%
O texto abaixo é o conteúdo do documento
Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx (3529 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/tipos-corrosao.htm (1393 termos)

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ESTUDO DE PARÂMETROS AO PROCESSO CORROSIVO NA INTERFACE AÇO CARBONO VISANDO
MELHOR RESISTÊNCIA À CORROSÃO
Nome Sobrenome Sobrenome¹
Nome Sobrenome Sobrenome²
1 Graduando em Engenharia Mecânica da Faculdade Brasileira Multivix ? Vitíria / ES
2 Docente da Faculdade Brasileira Multivix ? Vitória / ES
INTRODUÇÃO
A Química como ciência, pode ser ?um instrumento de formação humana?, quando é capaz de ampliar o
conhecimento e a autonomia no exercício do papel da cidadania. Isto é possível quando esta ciência é
entendida e aplicada como um dos ?meios de interpretar o mundo e intervir na realidade?, quando for
?relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em sociedade? (BRASIL,
2015, p. 84).
O aço, a metalurgia e a corrosão, são importantes conteúdo a serem abordados no ensino de Química, já
que materiais metálicos se encontram por toda a parte e são necessários para a vida em sociedade hoje,
principalmente sob os aspectos econômicos e tecnológicos (COSTA et al., 2015, p. 32).
Segundo Tomas (1995), O estudo do fenômeno da corrosão possui grande interesse científico, social e
industrial, devido ao seu impacto sobre a economia, o meio ambiente, a segurança das pessoas e a
qualidade de vida de todos, se tornando um importante alvo de estudos.
O aço carbono sofre corrosão em soluções aquosas, como em ácido clorídrico (GUANNAN, 2016), ácido
sulfúrico (SOUZA, 2008), soluções salinas (MODESTO, 2018) e nitratos (TRELA; CHAT; SCENDO, 2015).
Devido à relevância comercial desta liga, é importante estabelecer condições que a protejam do processo
corrosivo. Portanto, para fundamentar a escolha de um método de proteção é necessário elucidar os
mecanismos da corrosão
Objetiva-se neste trabalho analisar o comportamento eletroquímico na interface aço carbono / polpa de
bauxita em condições aproximadas ao encontrado no mineroduto, utilizando técnicas eletroquímicas de
potencial de corrosão, polarização potenciodinâmica anódica e catódica e, espectroscopia de impedância
eletroquímica.
JUSTIFICATIVA DO TEMA
Quando a corrosão causa vazamento de materiais tóxicos, inflamáveis ou radioativos tem-se,
consequentemente, problemas ambientais, de segurança e de saúde. Frequentemente uma linha de
produção ou parte de um processo para devido a falhas inesperadas provocadas por corrosão.
A aparência de um material pode ser importante de forma que a corrosão do mesmo se torna indesejável.

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Dependendo da aplicação do material pode-se, a partir de uma análise de custo-benefício, se eleger um


material resistente à corrosão ou uma forma de proteção que pode ser um revestimento polimérico,
cerâmico ou metálico ou ainda através de processos de proteção anódica ou catódica. Como exemplo da
utilização de materiais resistentes à corrosão, por motivo de aparência, pode-se citar a utilização de aço
inoxidável em esquadrias na construção civil.
Nesse contexto, torna-se importante o estudo da corrosão a fim de contribuir com a compreensão de seus
mecanismos de forma a permitir a difusão do conhecimento acerca do tema em questão para que, à luz do
conceito de desenvolvimento sustentável, possam ser estudados e aperfeiçoados métodos de inibição
dos processos corrosivos impactando positivamente na diminuição do consumo das reservas minerais.
DELIMITAÇÃO DO TEMA
O presente projeto de pesquisa aborda de forma ampla o funcionamento dos principais processos de
corrosão até então observados e catalogados. A abordagem do tema mencionado permitirá o
desenvolvimento de uma fundamentação teórica que servirá de alicerce para estudos posteriores sobre o
tema em questão.
PROBLEMA DA PESQUISA
Tendo em vista que a corrosão é uma problemática atual, o presente projeto de pesquisa visa à revisão da
literatura com a finalidade de se compreender os processos corrosivos e apresentar medidas de inibição
de tais processos.
Diante disso, surgiu o seguinte questionamento: Quais os meios mais adequados para corrigir ou prevenir
a incidência deste mal que podem ser intervenções mecânicas, químicas ou eletroquímicas ou até mesmo
alterações construtivas nos equipamentos em aços?
OBJETIVOS
1.4.1 GERAL
O objetivo deste projeto de pesquisa é explanar e caracterizar os principais tipos de corrosão que ocorrem
dentro da indústria, principalmente no segmento de equipamentos mecânicos e instalações industriais.
1.4.2 ESPECÍFICO
Dentre os objetos específicos deste projeto, classifica-se:
Executar um levantamento bibliográfico acerca do tema corrosão;
Estudar os diferentes mecanismos responsáveis pela deterioração dos materiais que compõem
equipamentos, instalações mecânicas e componentes estruturais;
Descrever as medidas de controle e inibição da corrosão, já existentes, por meio de consulta à literatura.
HIPÓTESE
Considerando que a corrosão é um fenômeno complexo e multifacetado, afetando diversos materiais
utilizados na indústria, é possível afirmar que a compreensão dos mecanismos de corrosão e a aplicação
de medidas de controle e inibição podem contribuir significativamente para a preservação e prolongamento
da vida útil dos equipamentos mecânicos e instalações industriais. Dessa forma, espera-se que a análise
detalhada dos tipos de corrosão e das estratégias de prevenção e mitigação possa fornecer insights
valiosos para a implementação de práticas mais eficazes na proteção contra a corrosão, resultando em
benefícios econômicos, ambientais e de segurança.
REFERENCIAL TEÓRICO
Corrosão
Além das condições climáticas, é sabido que a poluição do ar também tem influência considerável na
corrosão dos metais, e na presença de umidade, estruturas de aço-carbono sem proteção ou recobrimento
não são resistentes ao processo corrosivo.

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Muitos estudos, como os publicados por Vianna e Dutra (2022), Cook et al. (2018), Zhang et al. (2022),
Wang et al. (2015), entre outros, já foram realizados a fim de determinar a agressividade da atmosfera e
avaliar os efeitos da corrosão atmosférica nos metais usados para aplicações estruturais. Busca-se a
obtenção de dados que melhorem os modelos existentes para a predição do tempo de vida das estruturas
sujeitas à corrosão atmosférica e melhorem as técnicas analíticas usadas para analisar a corrosão.
Segundo Shreir, Jarman e Burstein (2014) a corrosão pode afetar o metal em diversas formas que
dependem da sua natureza e a certas condições ambientais predominante, e uma classificação geral das
várias formas de corrosão em que cinco tipos principais foram identificados, são apresentadas:
Quadro 1 ? Principais Tipos de Corrosão
Fonte: SHREIR et. al, 2014.
2.2 Tipologia Dos Problemas Corrosivos
2.2.1 Problema da corrosão
Os processos corrosivos geram impactos econômicos principalmente devido à substituição e reparos de
estruturas e equipamentos (CAINES et al., 2017). Gerhardus et al. (2016) relatam que, no ano de 2013, o
custo gerado com corrosão no mundo foi de aproximadamente 2,5 trilhões de dólares por ano.
Mendes et al. (2018) identificaram que a qualidade da água potável pode ser prejudicada devido à geração
de resíduos metálicos provenientes de processos.
Na indústria petroquímica, o processo corrosivo é preocupante devido às severas condições de
processamento e à natureza inflamável e tóxica dos produtos. Portanto, vazamentos causados pela
corrosão de materiais podem causar danos irreversíveis ao homem e ao meio ambiente (GROYSMAN,
2017).
Do ponto de vista ambiental, os desdobramentos de acidentes causados por corrosão são fontes de
poluição e ameaçam a integridade da flora e a fauna locais (Medeiros, 2021).
No geral, metais podem estar sujeitos a ambientes potencialmente corrosivos cujos efeitos podem
comprometer as aplicações (Amorim, 2009). Um exemplo de liga metálica suscetível à corrosão é o aço
carbono.
2.2.2 Reações de corrosão no aço carbono
O processo envolve reações de oxidação e de redução (redox) que convertem o metal ou o componente
metálico em óxido, hidróxido ou sal. Para entender melhor este processo é necessário iniciar o estudo
conhecendo o material e o meio. Os aços-carbono comuns contêm mais de 97% de Fe, até 2% de C e
outros elementos remanescentes do processo de fabricação. O O2(g) e a H2O(l) constituem o meio no
qual os materiais estão mais frequentemente expostos. Como os potenciais-padrão de redução do Fe2+
(aq)/Fe(s) [E0 = -0,44 V] e do Fe3+(aq)/Fe2+(aq) [E0 = 0,77 V] são menores que aquele para a redução de
O2(g) [E0 = 1,23 V], o Fe(s) pode ser oxidado pelo O2(g). Para que essas reações ocorram de forma
simultânea, a transferência de elétrons tem que ser através do aço, desde uma região onde acontece a
oxidação do Fe(s) (região anódica) até outra onde acontece a redução do O2(g) (região catódica), como
nas pilhas. O produto de corrosão resultante é a ferrugem, cuja formação pode ser sucintamente
representada pela equação 1 (Gentil, 2011).
4 Fe (s) + 3 O2 (g) + 2n H2O (l) ? 2 Fe2O3.nH2O (s)

2.3 Tipos de corrosão


De acordo com Gentil (2017), existem diversas manifestações da corrosão, e compreender essas
variações é fundamental para a análise dos processos corrosivos. Os tipos de corrosão podem ser
classificados levando-se em conta sua aparência, o modo de ataque, as causas subjacentes e os

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mecanismos envolvidos.
As formas em que a corrosão pode aparecer são: Corrosão uniforme; por placas; alveolar; puntiformes ou
por pites; intergranular; intragranular; filiforme; por esfoliação; grafítica; dezincificação; empolamento pelo
hidrogênio; em torno do cordão de solda; em frestas; sob tensão; e galvânica (ARRUDA, 2019).
Imagem 1 - Tipos de Corrosão
Fonte: Gentil (2007)
2.3.1 Corrosão Eletroquímica
Conforme descrito por Gentil (2017), a corrosão eletroquímica é frequentemente observada como o tipo
mais prevalente, ocorrendo principalmente em metais na presença de água. Este processo pode se
manifestar de duas maneiras predominantes: Primeiramente, quando um metal entra em contato com um
eletrólito, que é uma solução condutora ou um meio iônico que engloba áreas anódicas e catódicas
simultaneamente, resultando na formação de uma pilha de corrosão. Em segundo lugar, quando dois
metais são conectados por meio de um eletrólito, originando uma pilha galvânica.
A corrosão eletroquímica constitui-se em um processo espontâneo, passível de ocorrer quando o metal ou
liga entra em contato com um eletrólito, onde ocorrem, concomitantemente, reações anódicas (oxidação) e
catódicas (redução) ocasionando a deterioração do metal. O eletrólito é um condutor iônico que engloba
as regiões anódicas e catódicas. Ressalta-se que, o eletrólito pode estar solubilizado em água ou fundido
a outras substâncias. São exemplos de eletrólitos: água do mar, ar atmosférico com umidade, solo entre
outros (FRAUCHES-SANTOS et al, 2013).
Em geral, os processos de corrosão eletroquímica, também conhecida como corrosão úmida, ocorrem a
temperatura ambiente, associados à formação de uma pilha ou célula de corrosão compreendendo a
movimentação de elétrons sob a superfície metálica (LIMA, 2007 apud MATTIOLI, 2016, p.9).
A intensidade do processo de corrosão é mensurada pelo número de cargas de íons que descarregam no
catodo, ou, pelo número de elétrons que migram do anodo para o catodo (MAINIER e LETA, 2001).
No processo de corrosão eletroquímica, os íons Fe +2 migram em direção à região catódica, ao passo que
os íons OH - direcionam-se para a região anódica. Desse modo, em uma região intermediária forma-se o
hidróxido ferroso. As equações das reações são descritas na Tabela 1.

Fonte: Mecanismo eletroquímico de formação do hidróxido ferroso ? Autor (2019).

Em meio não aerado ou com pouco oxigênio, tem-se a formação da magnetita que é a ferrugem de
coloração preta (Fe3O4) (Equação 2).
3 Fe (OH)2 ? Fe3O4 + 2 H2O + H2

E, em meio aerado, tem-se a formação do hidróxido férrico que é a ferrugem de coloração alaranjada ou
castanho-avermelhada (Fe (OH)3) (Equação 3).

2 Fe (OH)2 + H2O + ½ O2 ? 2 Fe (OH)3

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Vale destacar que, Van Vlack (1970) formalizou as seguintes considerações acerca da dissolução química
de eletrólitos: moléculas e íons pequenos se dissolvem mais facilmente; a solubilização ocorre com mais
facilidade quando o soluto e o solvente têm estruturas semelhantes; a presença de dois solutos pode
produzir maiores solubilidades do que a presença de apenas um; a velocidade de dissolução aumenta
com a temperatura.
Ainda segundo Van Vlack (1970), para que haja a formação de ferrugem a partir do ferro, as reações de
oxidação de íons ferrosos e férricos devem ocorrer e, adicionalmente, umidade e oxigênio devem estar
presentes.
2.3.2 Corrosão Química
No âmbito de um processo corrosivo de natureza química, são desencadeadas reações diretas entre o
material em questão, seja ele metálico ou não, e o ambiente corrosivo, podendo ou não envolver a
transferência de cargas ou elétrons, e, portanto, sem resultar na formação de uma corrente elétrica. Esse
tipo de corrosão pode ocorrer em materiais metálicos em temperaturas elevadas, expostos a gases ou
vapores, mesmo na ausência de umidade, ou em metais sujeitos ao ataque de solventes orgânicos
desprovidos de água. Ademais, é relevante notar que a corrosão química não se limita apenas a materiais
metálicos, podendo também afetar materiais não metálicos (GENTIL, 2017).
A corrosão química, também conhecida como corrosão seca, é caracterizada por um processo que não
depende da presença de água para se desenvolver. Nesse mecanismo corrosivo, ocorrem reações
químicas diretas entre o material em questão, seja ele metálico ou não, e o meio corrosivo, sem que haja
geração de corrente elétrica (GENTIL, 1996).
O agente químico ataca diretamente o material. Caracteriza-se por ser um mecanismo de corrosão que,
normalmente, ocorre em altas temperaturas em ambientes tais como forno, caldeiras e unidades de
processo. Em se tratando de metais, o processo consiste numa reação química entre o meio corrosivo e a
superfície metálica o que resulta na formação de um produto de corrosão sob a mesma (MERÇON,
GUIMARÃES e MAINIER, 2004).
Um exemplo do processo supracitado é a corrosão do zinco em contato com solução de ácido de sulfúrico
(H2SO4). A reação eletroquímica que descreve esse processo é a seguinte (Equação 4):
Zn + H2SO4 ? ZnSO4 + H2

Imagem 2 - Reações Eletroquímicas Associadas À Corrosão Do Zinco

Fonte: Fontana (1986) apud Callister (2007).


2.3.3 Corrosão Eletrolítica
Trata-se de um fenômeno eletroquímico que se desencadeia mediante a aplicação externa de uma
corrente elétrica. Diferentemente dos demais tipos de corrosão mencionados anteriormente, este processo
não é espontâneo. Quando não há um adequado isolamento ou aterramento, ou quando estes
apresentam alguma falha, podem ocorrer correntes de fuga. Se essas correntes escapam para o solo,
acabam por ocasionar a formação de pequenos orifícios nas instalações (MAINIER, 2021).
Segundo Mainier e Leta (2001), a corrosão eletrolítica consiste em processo eletroquímico que acontece
por meio de aplicações de corrente elétrica de origem externa. Caracteriza-se por ser um processo não
espontâneo de corrosão. Gentil (1996) defini que a corrosão eletrolítica, também conhecida por corrosão
por eletrólise, é ?a deterioração da superfície externa de um metal forçado a funcionar como anodo ativo
de uma célula ou pilha eletrolítica.
O fenômeno da corrosão eletrolítica é provocado por correntes de fuga também conhecidas pelo nome de

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parasitas ou estranhas (MERÇON, GUIMARÃES e MAINIER, 2004). Tais correntes são ocasionadas por
potenciais externos devido às deficiências de isolamento ou de aterramentos que estejam fora das
especificações técnicas de construção e são capazes de produzir severos casos de corrosão.
De acordo com Gentil (1996), tubulações enterradas (oleodutos, gasodutos, adutoras, minerodutos, etc.) e
cabos telefônicos estão sujeitos à deterioração por corrosão eletrolítica relativo às correntes elétricas de
interferência que fogem de seu circuito normal para fluir pelo solo ou pela água.
A Figura 3 exemplifica o processo eletrolítico e atuação das correntes de fuga.
Imagem 3 ? Processo Eletrolítico

Na Figura 3, observa-se que ocorrem furos isolados nas instalações por onde a corrente escapa até atingir
o solo. As correntes parasitas atingem as instalações metálicas, ocasionando a corrosão nas áreas onde
abandonam essas instalações para, posteriormente, retornarem ao circuito original através do solo ou da
água. Ressalta-se que, por ser um tipo de corrosão localizada, em pouco tempo ocorre a perfuração da
parede metálica o que gera vazamentos (GENTIL, 1996).
No que tange aos mecanismos presentes na corrosão por eletrólise, Gentil (1996) elucida um caso prático
de ação das correntes parasitas provenientes da tração elétrica que utiliza os trilhos de um trem para o
retorno da corrente à fonte de energia elétrica. As ligações entre os trilhos formam um sistema de
resistências em série o que dificulta o retorno da corrente. O isolamento entre os trilhos e a terra é precário
. Consequentemente, o solo passa a constituir uma resistência associada em paralelo com os trilhos.
Desse modo, parte da corrente flui através da terra. Ademais, caso haja na região uma tubulação
enterrada, ela será atingida pela corrente de fuga fornecendo, então, a passagem necessária até as
proximidades da subestação geradora.
Na Figura 4, tem-se nos pontos A (no trilho) e A? no tubo) regiões anódicas e nos pontos C (no tubo) e C?
(no trilho) regiões catódicas. Dessa maneira, verifica-se a corrosão nos trilhos no ponto A e nos tubos em
A?.

Imagem 4 ? Regiões Anódicas

2.4 Inibidores De Corrosão


Inibidores são agentes, tanto orgânicos quanto inorgânicos, que, quando introduzidos no ambiente
corrosivo, têm a capacidade de prevenir ou reduzir o avanço das reações corrosivas. Geralmente, esses
inibidores são adsorvidos na superfície do material, formando um filme extremamente fino e durável. Isso
resulta em uma diminuição na taxa de corrosão, uma vez que as reações anódicas, catódicas ou ambas
são desaceleradas. Os inibidores de corrosão são compostos químicos empregados em concentrações
relativamente baixas sempre que um metal é exposto a um meio agressivo. Sua presença retarda o
processo corrosivo e mantém sua taxa em níveis mínimos, prevenindo assim perdas econômicas
decorrentes da corrosão metálica (FRAUCHES-SANTOS et al., 2013).
A eficácia dos inibidores de proteção varia conforme os metais e ligas em questão, assim como a
severidade do ambiente. Embora o termo "inibidor de corrosão" seja mais comum, em alguns casos,
também são referidos como aditivos, protetivos ou anticorrosivos (MAINIER, 2016).
Os inibidores de corrosão podem ser classificados de acordo com sua composição, sendo orgânicos ou
inorgânicos, e de acordo com seu comportamento, sendo oxidantes, não oxidantes, anódicos, catódicos
ou mistos (SILVA, 2016).

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Os inibidores anódicos atuam inibindo as reações anódicas, ou seja, retardam ou impedem a ação do
ânodo. Geralmente, eles reagem com os produtos de corrosão inicialmente formados, formando um filme
insolúvel e aderente na superfície do material, o que resulta na polarização anódica (SILVA, 2016).
Os inibidores catódicos, por sua vez, agem inibindo as reações catódicas. São substâncias que liberam
íons metálicos capazes de reagir com a alcalinidade catódica, produzindo compostos insolúveis. Esses
compostos insolúveis cobrem a área catódica, impedindo a difusão de oxigênio e a condução de elétrons,
inibindo assim o processo catódico. Os inibidores promovem uma polarização catódica e, como o metal no
cátodo não entra em solução, mesmo que não esteja totalmente coberto, não ocorre corrosão localizada
nessas áreas. Portanto, esses inibidores, independentemente de suas concentrações, são considerados
mais seguros em comparação com os anódicos (SILVA, 2016).
2.4.1 Proteção Contra A Corrosão
Segundo Merçon, Guimarães e Mainier (2004), dentre os processos mais empregados em metais na
prevenção da corrosão estão: as proteções anódicas e catódicas e os revestimentos.
Os protetores anódicos ou inibidores anódicos consistem naqueles que atuam nas reações anódicas. Eles
migram para a superfície anódica ocasionando passivação na presença de oxigênio dissolvido. Dessa
forma, esse tipo de protetor interage com o produto de corrosão o que dá origem a uma película aderente
e bastante insolúvel em sua superfície, resultando em sua proteção.
Imagem 5 - Esquema representativo da proteção anódica

Fonte: Frauches e Santos (2013).


Segundo Gentil (1996), dentre os mais empregados inibidores anódicos estão os cromatos solúveis devido
a sua eficiente proteção e aplicabilidade a diferentes tipos de metais. Sob diversas condições, esses
inibidores são efetivos para ferro, aço, zinco, alumínio, cobre, latão, chumbo entre outras ligas metálicas.
Destaca-se que, mesmo, pequenas concentrações de cromato, presentes em águas ou em soluções
salinas corrosivas, são responsáveis por uma considerável redução da taxa de corrosão. Frauches-Santos
et al. (2013) ressaltam que, o emprego de inibidores anódicos possui maior relevância na aplicação em
eletrólitos de alta agressividade, como por exemplo, um tanque metálico para condicionamento de ácidos.
No que se refere à proteção catódica, ou inibidores catódicos, Gentil (1996) define que ?são substâncias
que fornecem íons metálicos capazes de reagir com alcalinidade catódica, produzindo compostos
insolúveis?. Esses compostos envolvem a área catódica o que ocasiona a inibição do processo de difusão
do oxigênio e a condução de elétrons. A Figura 6 ilustra o processo de inibição catódica.
Imagem 6 - Esquema representativo da proteção catódica

Fonte: Frauches e Santos (2013).


Os inibidores catódicos caracterizam-se pela possibilidade de serem empregados em todos os materiais
metálicos. Eles controlam a corrosão deslocando o potencial de corrosão a maiores valores negativos,
além de aumentar o pH do meio e atenuar a solubilidade dos íons de ferro. Os mais eficientes inibidores
catódicos conhecidos são: os sulfitos, as hidracinas, os sais de cálcio e magnésio, o óxido de alumínio, os
hidróxidos de sódio e os carbonatos de sódio (BOLINA, 2008).
METODOLOGIA E MÉTODO DA PESQUISA
Em relação aos objetivos, a pesquisa classifica-se como exploratória e descritiva (realização de um estudo
para a familiarização do objeto que está sendo investigado durante a pesquisa). Quanto aos
procedimentos considera-se uma pesquisa bibliográfica (etapa inicial de todo o trabalho científico ou
acadêmico, com o objetivo de reunir as informações e dados que servirão de base para a construção da

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investigação proposta a partir de determinado tema). E em relação ao problema, classifica-se como


pesquisa qualitativa (considera a parte subjetiva do problema.).
A técnica de pesquisa utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica a qual fundamenta-se em um
trabalho de natureza exploratória que fornece o alicerce teórico necessário ao pesquisador para o
exercício crítico e reflexivo sobre o tema estudado.
Foram utilizados como fontes principais para execução deste projeto de pesquisa livros e artigos
científicos encontrados em bibliotecas e sites da internet.
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
ANTUNES, R. A., COSTA, I. Caracterização de produtos de corrosão de aço- carbono e aço patinável
submetidos a ensaio acelerado de corrosão e ensaio de intemperismo. 6º CONTEQ, 2022
BRAVIM, E. C. Estudo da aplicação de materiais orgânicos em meios corrosivos do processamento
primário do petróleo. Dissertação de Mestrado. 91f. Programa de Pós-graduação em Engenharia de Minas
, Metalúrgica e de Materiais: UFRGS, 2019.
BUCHWEISHAIJA, J. Phytochemicals as green corrosion inhibitors in various corrosive media: a review.
Tanzania Journal of Science, v.35, 2019
CAINES, S.; KHAN, F.; ZHANG, Y.; SHIROKOFF, J. Simplified electrochemical potential noise method to
predict corrosion and corrosion rate. Journal of Loss Prevention in the Process Industries, v.47, p.72-84,
2017.
CALLISTER, William D. et al. Materials science and engineering: an introduction. New York: John Wiley &
Sons, 2007.
COOK, D.C. Spectroscopic identification of protective and non-protective corrosion coatings on steel
structures in marine environments. Corrosion Science, v. 47, p. 2550-2570, 2005.
FRAUCHES-SANTOS, Cristiane et al. A corrosão e os agentes Anticorrosivos. Revista Virtual de Química,
v. 6, n. 2, p. 293-309, 2013.
GEMELLI, E. Corrosão de Materiais Metálicos e Sua Caracterização. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Livros
técnicos e científicos editora S/A, 2021.
GENTIL, Vicente. Corrosão. Rio de Janeiro: LTC - Livros técnicos e Científicos. Editora SA, 2016.
GERHARDUS, H. K.; VARNEY, J.; NEIL, T.; MOGHISSI, O.; GOULD, M.; PAYER, J. International
measures of prevention, application, and economics of corrosion technologies study. NACE, 2016.
GROYSMAN, A. Corrosion problems and solutions in oil, gas, refining and petrochemical industry. Koroze
a ochrana material, v.61, n.3, p.100-117, 2017.
GUANNAN, M.; XIANGHONG, L.; QING, Q.; ZHOU, J. Molybdate and tungstate as corrosion inhibitors for
cold rolling steel in hydrochloric acid solution. Corrosion Science, v.48, p.445-459, 2016
MAINIER, Fernando B.; LETA, Fabiana R. O ensino de corrosão e de técnicas anticorrosivas compatíveis
com o meio ambiente. Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia.
MATTIOLI, Gabriela Goes. Avaliação da corrosão interna em minerodutos brasileiros para transporte de
minério de ferro. 2016. Dissertação (Mestrado Engenharia Metalúrgica Materiais e de Minas) - UFMG, Belo
Horizonte, 2016.
MERÇON, Fábio; GUIMARÃES, Pedro Ivo Canesso; MAINIER, Fernando Benedito. Corrosão: um
exemplo usual de fenômeno químico. Química Nova na escola, v. 1, n. 19, p. 11-14, 2014.
Reações de formação do Fe (OH)2
Fe ? Fe2+ + 2e-
H2O + ½ O2 +2e- ? 2OH-

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2H2O + 2e- ? H2 + 2OH-


Fe2+ + 2OH- ? Fe (OH)2¹

AtividadeFevereiroMarçoAbrilMaioJunho
Definição Do Temax
Pesquisa De Literaturax
Referencial Teóricoxx
Metodologiax
Referênciasx

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=================================================================================
Arquivo 1: Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx (3529 termos)
Arquivo 2: http://servidor.demec.ufpr.br/disciplinas/TM286/CAPITULO 1.pdf (3455 termos)
Termos comuns: 79
Similaridade: 1,14%
O texto abaixo é o conteúdo do documento
Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx (3529 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
http://servidor.demec.ufpr.br/disciplinas/TM286/CAPITULO 1.pdf (3455 termos)

=================================================================================
ESTUDO DE PARÂMETROS AO PROCESSO CORROSIVO NA INTERFACE AÇO CARBONO VISANDO
MELHOR RESISTÊNCIA À CORROSÃO
Nome Sobrenome Sobrenome¹
Nome Sobrenome Sobrenome²
1 Graduando em Engenharia Mecânica da Faculdade Brasileira Multivix ? Vitíria / ES
2 Docente da Faculdade Brasileira Multivix ? Vitória / ES
INTRODUÇÃO
A Química como ciência, pode ser ?um instrumento de formação humana?, quando é capaz de ampliar o
conhecimento e a autonomia no exercício do papel da cidadania. Isto é possível quando esta ciência é
entendida e aplicada como um dos ?meios de interpretar o mundo e intervir na realidade?, quando for
?relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em sociedade? (BRASIL,
2015, p. 84).
O aço, a metalurgia e a corrosão, são importantes conteúdo a serem abordados no ensino de Química, já
que materiais metálicos se encontram por toda a parte e são necessários para a vida em sociedade hoje,
principalmente sob os aspectos econômicos e tecnológicos (COSTA et al., 2015, p. 32).
Segundo Tomas (1995), O estudo do fenômeno da corrosão possui grande interesse científico, social e
industrial, devido ao seu impacto sobre a economia, o meio ambiente, a segurança das pessoas e a
qualidade de vida de todos, se tornando um importante alvo de estudos.
O aço carbono sofre corrosão em soluções aquosas, como em ácido clorídrico (GUANNAN, 2016), ácido
sulfúrico (SOUZA, 2008), soluções salinas (MODESTO, 2018) e nitratos (TRELA; CHAT; SCENDO, 2015).
Devido à relevância comercial desta liga, é importante estabelecer condições que a protejam do processo
corrosivo. Portanto, para fundamentar a escolha de um método de proteção é necessário elucidar os
mecanismos da corrosão
Objetiva-se neste trabalho analisar o comportamento eletroquímico na interface aço carbono / polpa de
bauxita em condições aproximadas ao encontrado no mineroduto, utilizando técnicas eletroquímicas de
potencial de corrosão, polarização potenciodinâmica anódica e catódica e, espectroscopia de impedância
eletroquímica.
JUSTIFICATIVA DO TEMA
Quando a corrosão causa vazamento de materiais tóxicos, inflamáveis ou radioativos tem-se,
consequentemente, problemas ambientais, de segurança e de saúde. Frequentemente uma linha de
produção ou parte de um processo para devido a falhas inesperadas provocadas por corrosão.
A aparência de um material pode ser importante de forma que a corrosão do mesmo se torna indesejável.

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Dependendo da aplicação do material pode-se, a partir de uma análise de custo-benefício, se eleger um


material resistente à corrosão ou uma forma de proteção que pode ser um revestimento polimérico,
cerâmico ou metálico ou ainda através de processos de proteção anódica ou catódica. Como exemplo da
utilização de materiais resistentes à corrosão, por motivo de aparência, pode-se citar a utilização de aço
inoxidável em esquadrias na construção civil.
Nesse contexto, torna-se importante o estudo da corrosão a fim de contribuir com a compreensão de seus
mecanismos de forma a permitir a difusão do conhecimento acerca do tema em questão para que, à luz do
conceito de desenvolvimento sustentável, possam ser estudados e aperfeiçoados métodos de inibição
dos processos corrosivos impactando positivamente na diminuição do consumo das reservas minerais.
DELIMITAÇÃO DO TEMA
O presente projeto de pesquisa aborda de forma ampla o funcionamento dos principais processos de
corrosão até então observados e catalogados. A abordagem do tema mencionado permitirá o
desenvolvimento de uma fundamentação teórica que servirá de alicerce para estudos posteriores sobre o
tema em questão.
PROBLEMA DA PESQUISA
Tendo em vista que a corrosão é uma problemática atual, o presente projeto de pesquisa visa à revisão da
literatura com a finalidade de se compreender os processos corrosivos e apresentar medidas de inibição
de tais processos.
Diante disso, surgiu o seguinte questionamento: Quais os meios mais adequados para corrigir ou prevenir
a incidência deste mal que podem ser intervenções mecânicas, químicas ou eletroquímicas ou até mesmo
alterações construtivas nos equipamentos em aços?
OBJETIVOS
1.4.1 GERAL
O objetivo deste projeto de pesquisa é explanar e caracterizar os principais tipos de corrosão que ocorrem
dentro da indústria, principalmente no segmento de equipamentos mecânicos e instalações industriais.
1.4.2 ESPECÍFICO
Dentre os objetos específicos deste projeto, classifica-se:
Executar um levantamento bibliográfico acerca do tema corrosão;
Estudar os diferentes mecanismos responsáveis pela deterioração dos materiais que compõem
equipamentos, instalações mecânicas e componentes estruturais;
Descrever as medidas de controle e inibição da corrosão, já existentes, por meio de consulta à literatura.
HIPÓTESE
Considerando que a corrosão é um fenômeno complexo e multifacetado, afetando diversos materiais
utilizados na indústria, é possível afirmar que a compreensão dos mecanismos de corrosão e a aplicação
de medidas de controle e inibição podem contribuir significativamente para a preservação e prolongamento
da vida útil dos equipamentos mecânicos e instalações industriais. Dessa forma, espera-se que a análise
detalhada dos tipos de corrosão e das estratégias de prevenção e mitigação possa fornecer insights
valiosos para a implementação de práticas mais eficazes na proteção contra a corrosão, resultando em
benefícios econômicos, ambientais e de segurança.
REFERENCIAL TEÓRICO
Corrosão
Além das condições climáticas, é sabido que a poluição do ar também tem influência considerável na
corrosão dos metais, e na presença de umidade, estruturas de aço-carbono sem proteção ou recobrimento
não são resistentes ao processo corrosivo.

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Muitos estudos, como os publicados por Vianna e Dutra (2022), Cook et al. (2018), Zhang et al. (2022),
Wang et al. (2015), entre outros, já foram realizados a fim de determinar a agressividade da atmosfera e
avaliar os efeitos da corrosão atmosférica nos metais usados para aplicações estruturais. Busca-se a
obtenção de dados que melhorem os modelos existentes para a predição do tempo de vida das estruturas
sujeitas à corrosão atmosférica e melhorem as técnicas analíticas usadas para analisar a corrosão.
Segundo Shreir, Jarman e Burstein (2014) a corrosão pode afetar o metal em diversas formas que
dependem da sua natureza e a certas condições ambientais predominante, e uma classificação geral das
várias formas de corrosão em que cinco tipos principais foram identificados, são apresentadas:
Quadro 1 ? Principais Tipos de Corrosão
Fonte: SHREIR et. al, 2014.
2.2 Tipologia Dos Problemas Corrosivos
2.2.1 Problema da corrosão
Os processos corrosivos geram impactos econômicos principalmente devido à substituição e reparos de
estruturas e equipamentos (CAINES et al., 2017). Gerhardus et al. (2016) relatam que, no ano de 2013, o
custo gerado com corrosão no mundo foi de aproximadamente 2,5 trilhões de dólares por ano.
Mendes et al. (2018) identificaram que a qualidade da água potável pode ser prejudicada devido à geração
de resíduos metálicos provenientes de processos.
Na indústria petroquímica, o processo corrosivo é preocupante devido às severas condições de
processamento e à natureza inflamável e tóxica dos produtos. Portanto, vazamentos causados pela
corrosão de materiais podem causar danos irreversíveis ao homem e ao meio ambiente (GROYSMAN,
2017).
Do ponto de vista ambiental, os desdobramentos de acidentes causados por corrosão são fontes de
poluição e ameaçam a integridade da flora e a fauna locais (Medeiros, 2021).
No geral, metais podem estar sujeitos a ambientes potencialmente corrosivos cujos efeitos podem
comprometer as aplicações (Amorim, 2009). Um exemplo de liga metálica suscetível à corrosão é o aço
carbono.
2.2.2 Reações de corrosão no aço carbono
O processo envolve reações de oxidação e de redução (redox) que convertem o metal ou o componente
metálico em óxido, hidróxido ou sal. Para entender melhor este processo é necessário iniciar o estudo
conhecendo o material e o meio. Os aços-carbono comuns contêm mais de 97% de Fe, até 2% de C e
outros elementos remanescentes do processo de fabricação. O O2(g) e a H2O(l) constituem o meio no
qual os materiais estão mais frequentemente expostos. Como os potenciais-padrão de redução do Fe2+
(aq)/Fe(s) [E0 = -0,44 V] e do Fe3+(aq)/Fe2+(aq) [E0 = 0,77 V] são menores que aquele para a redução de
O2(g) [E0 = 1,23 V], o Fe(s) pode ser oxidado pelo O2(g). Para que essas reações ocorram de forma
simultânea, a transferência de elétrons tem que ser através do aço, desde uma região onde acontece a
oxidação do Fe(s) (região anódica) até outra onde acontece a redução do O2(g) (região catódica), como
nas pilhas. O produto de corrosão resultante é a ferrugem, cuja formação pode ser sucintamente
representada pela equação 1 (Gentil, 2011).
4 Fe (s) + 3 O2 (g) + 2n H2O (l) ? 2 Fe2O3.nH2O (s)

2.3 Tipos de corrosão


De acordo com Gentil (2017), existem diversas manifestações da corrosão, e compreender essas
variações é fundamental para a análise dos processos corrosivos. Os tipos de corrosão podem ser
classificados levando-se em conta sua aparência, o modo de ataque, as causas subjacentes e os

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mecanismos envolvidos.
As formas em que a corrosão pode aparecer são: Corrosão uniforme; por placas; alveolar; puntiformes ou
por pites; intergranular; intragranular; filiforme; por esfoliação; grafítica; dezincificação; empolamento pelo
hidrogênio; em torno do cordão de solda; em frestas; sob tensão; e galvânica (ARRUDA, 2019).
Imagem 1 - Tipos de Corrosão
Fonte: Gentil (2007)
2.3.1 Corrosão Eletroquímica
Conforme descrito por Gentil (2017), a corrosão eletroquímica é frequentemente observada como o tipo
mais prevalente, ocorrendo principalmente em metais na presença de água. Este processo pode se
manifestar de duas maneiras predominantes: Primeiramente, quando um metal entra em contato com um
eletrólito, que é uma solução condutora ou um meio iônico que engloba áreas anódicas e catódicas
simultaneamente, resultando na formação de uma pilha de corrosão. Em segundo lugar, quando dois
metais são conectados por meio de um eletrólito, originando uma pilha galvânica.
A corrosão eletroquímica constitui-se em um processo espontâneo, passível de ocorrer quando o metal ou
liga entra em contato com um eletrólito, onde ocorrem, concomitantemente, reações anódicas (oxidação) e
catódicas (redução) ocasionando a deterioração do metal. O eletrólito é um condutor iônico que engloba
as regiões anódicas e catódicas. Ressalta-se que, o eletrólito pode estar solubilizado em água ou fundido
a outras substâncias. São exemplos de eletrólitos: água do mar, ar atmosférico com umidade, solo entre
outros (FRAUCHES-SANTOS et al, 2013).
Em geral, os processos de corrosão eletroquímica, também conhecida como corrosão úmida, ocorrem a
temperatura ambiente, associados à formação de uma pilha ou célula de corrosão compreendendo a
movimentação de elétrons sob a superfície metálica (LIMA, 2007 apud MATTIOLI, 2016, p.9).
A intensidade do processo de corrosão é mensurada pelo número de cargas de íons que descarregam no
catodo, ou, pelo número de elétrons que migram do anodo para o catodo (MAINIER e LETA, 2001).
No processo de corrosão eletroquímica, os íons Fe +2 migram em direção à região catódica, ao passo que
os íons OH - direcionam-se para a região anódica. Desse modo, em uma região intermediária forma-se o
hidróxido ferroso. As equações das reações são descritas na Tabela 1.

Fonte: Mecanismo eletroquímico de formação do hidróxido ferroso ? Autor (2019).

Em meio não aerado ou com pouco oxigênio, tem-se a formação da magnetita que é a ferrugem de
coloração preta (Fe3O4) (Equação 2).
3 Fe (OH)2 ? Fe3O4 + 2 H2O + H2

E, em meio aerado, tem-se a formação do hidróxido férrico que é a ferrugem de coloração alaranjada ou
castanho-avermelhada (Fe (OH)3) (Equação 3).

2 Fe (OH)2 + H2O + ½ O2 ? 2 Fe (OH)3

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Vale destacar que, Van Vlack (1970) formalizou as seguintes considerações acerca da dissolução química
de eletrólitos: moléculas e íons pequenos se dissolvem mais facilmente; a solubilização ocorre com mais
facilidade quando o soluto e o solvente têm estruturas semelhantes; a presença de dois solutos pode
produzir maiores solubilidades do que a presença de apenas um; a velocidade de dissolução aumenta
com a temperatura.
Ainda segundo Van Vlack (1970), para que haja a formação de ferrugem a partir do ferro, as reações de
oxidação de íons ferrosos e férricos devem ocorrer e, adicionalmente, umidade e oxigênio devem estar
presentes.
2.3.2 Corrosão Química
No âmbito de um processo corrosivo de natureza química, são desencadeadas reações diretas entre o
material em questão, seja ele metálico ou não, e o ambiente corrosivo, podendo ou não envolver a
transferência de cargas ou elétrons, e, portanto, sem resultar na formação de uma corrente elétrica. Esse
tipo de corrosão pode ocorrer em materiais metálicos em temperaturas elevadas, expostos a gases ou
vapores, mesmo na ausência de umidade, ou em metais sujeitos ao ataque de solventes orgânicos
desprovidos de água. Ademais, é relevante notar que a corrosão química não se limita apenas a materiais
metálicos, podendo também afetar materiais não metálicos (GENTIL, 2017).
A corrosão química, também conhecida como corrosão seca, é caracterizada por um processo que não
depende da presença de água para se desenvolver. Nesse mecanismo corrosivo, ocorrem reações
químicas diretas entre o material em questão, seja ele metálico ou não, e o meio corrosivo, sem que haja
geração de corrente elétrica (GENTIL, 1996).
O agente químico ataca diretamente o material. Caracteriza-se por ser um mecanismo de corrosão que,
normalmente, ocorre em altas temperaturas em ambientes tais como forno, caldeiras e unidades de
processo. Em se tratando de metais, o processo consiste numa reação química entre o meio corrosivo e a
superfície metálica o que resulta na formação de um produto de corrosão sob a mesma (MERÇON,
GUIMARÃES e MAINIER, 2004).
Um exemplo do processo supracitado é a corrosão do zinco em contato com solução de ácido de sulfúrico
(H2SO4). A reação eletroquímica que descreve esse processo é a seguinte (Equação 4):
Zn + H2SO4 ? ZnSO4 + H2

Imagem 2 - Reações Eletroquímicas Associadas À Corrosão Do Zinco

Fonte: Fontana (1986) apud Callister (2007).


2.3.3 Corrosão Eletrolítica
Trata-se de um fenômeno eletroquímico que se desencadeia mediante a aplicação externa de uma
corrente elétrica. Diferentemente dos demais tipos de corrosão mencionados anteriormente, este processo
não é espontâneo. Quando não há um adequado isolamento ou aterramento, ou quando estes
apresentam alguma falha, podem ocorrer correntes de fuga. Se essas correntes escapam para o solo,
acabam por ocasionar a formação de pequenos orifícios nas instalações (MAINIER, 2021).
Segundo Mainier e Leta (2001), a corrosão eletrolítica consiste em processo eletroquímico que acontece
por meio de aplicações de corrente elétrica de origem externa. Caracteriza-se por ser um processo não
espontâneo de corrosão. Gentil (1996) defini que a corrosão eletrolítica, também conhecida por corrosão
por eletrólise, é ?a deterioração da superfície externa de um metal forçado a funcionar como anodo ativo
de uma célula ou pilha eletrolítica.
O fenômeno da corrosão eletrolítica é provocado por correntes de fuga também conhecidas pelo nome de

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parasitas ou estranhas (MERÇON, GUIMARÃES e MAINIER, 2004). Tais correntes são ocasionadas por
potenciais externos devido às deficiências de isolamento ou de aterramentos que estejam fora das
especificações técnicas de construção e são capazes de produzir severos casos de corrosão.
De acordo com Gentil (1996), tubulações enterradas (oleodutos, gasodutos, adutoras, minerodutos, etc.) e
cabos telefônicos estão sujeitos à deterioração por corrosão eletrolítica relativo às correntes elétricas de
interferência que fogem de seu circuito normal para fluir pelo solo ou pela água.
A Figura 3 exemplifica o processo eletrolítico e atuação das correntes de fuga.
Imagem 3 ? Processo Eletrolítico

Na Figura 3, observa-se que ocorrem furos isolados nas instalações por onde a corrente escapa até atingir
o solo. As correntes parasitas atingem as instalações metálicas, ocasionando a corrosão nas áreas onde
abandonam essas instalações para, posteriormente, retornarem ao circuito original através do solo ou da
água. Ressalta-se que, por ser um tipo de corrosão localizada, em pouco tempo ocorre a perfuração da
parede metálica o que gera vazamentos (GENTIL, 1996).
No que tange aos mecanismos presentes na corrosão por eletrólise, Gentil (1996) elucida um caso prático
de ação das correntes parasitas provenientes da tração elétrica que utiliza os trilhos de um trem para o
retorno da corrente à fonte de energia elétrica. As ligações entre os trilhos formam um sistema de
resistências em série o que dificulta o retorno da corrente. O isolamento entre os trilhos e a terra é precário
. Consequentemente, o solo passa a constituir uma resistência associada em paralelo com os trilhos.
Desse modo, parte da corrente flui através da terra. Ademais, caso haja na região uma tubulação
enterrada, ela será atingida pela corrente de fuga fornecendo, então, a passagem necessária até as
proximidades da subestação geradora.
Na Figura 4, tem-se nos pontos A (no trilho) e A? no tubo) regiões anódicas e nos pontos C (no tubo) e C?
(no trilho) regiões catódicas. Dessa maneira, verifica-se a corrosão nos trilhos no ponto A e nos tubos em
A?.

Imagem 4 ? Regiões Anódicas

2.4 Inibidores De Corrosão


Inibidores são agentes, tanto orgânicos quanto inorgânicos, que, quando introduzidos no ambiente
corrosivo, têm a capacidade de prevenir ou reduzir o avanço das reações corrosivas. Geralmente, esses
inibidores são adsorvidos na superfície do material, formando um filme extremamente fino e durável. Isso
resulta em uma diminuição na taxa de corrosão, uma vez que as reações anódicas, catódicas ou ambas
são desaceleradas. Os inibidores de corrosão são compostos químicos empregados em concentrações
relativamente baixas sempre que um metal é exposto a um meio agressivo. Sua presença retarda o
processo corrosivo e mantém sua taxa em níveis mínimos, prevenindo assim perdas econômicas
decorrentes da corrosão metálica (FRAUCHES-SANTOS et al., 2013).
A eficácia dos inibidores de proteção varia conforme os metais e ligas em questão, assim como a
severidade do ambiente. Embora o termo "inibidor de corrosão" seja mais comum, em alguns casos,
também são referidos como aditivos, protetivos ou anticorrosivos (MAINIER, 2016).
Os inibidores de corrosão podem ser classificados de acordo com sua composição, sendo orgânicos ou
inorgânicos, e de acordo com seu comportamento, sendo oxidantes, não oxidantes, anódicos, catódicos
ou mistos (SILVA, 2016).

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Os inibidores anódicos atuam inibindo as reações anódicas, ou seja, retardam ou impedem a ação do
ânodo. Geralmente, eles reagem com os produtos de corrosão inicialmente formados, formando um filme
insolúvel e aderente na superfície do material, o que resulta na polarização anódica (SILVA, 2016).
Os inibidores catódicos, por sua vez, agem inibindo as reações catódicas. São substâncias que liberam
íons metálicos capazes de reagir com a alcalinidade catódica, produzindo compostos insolúveis. Esses
compostos insolúveis cobrem a área catódica, impedindo a difusão de oxigênio e a condução de elétrons,
inibindo assim o processo catódico. Os inibidores promovem uma polarização catódica e, como o metal no
cátodo não entra em solução, mesmo que não esteja totalmente coberto, não ocorre corrosão localizada
nessas áreas. Portanto, esses inibidores, independentemente de suas concentrações, são considerados
mais seguros em comparação com os anódicos (SILVA, 2016).
2.4.1 Proteção Contra A Corrosão
Segundo Merçon, Guimarães e Mainier (2004), dentre os processos mais empregados em metais na
prevenção da corrosão estão: as proteções anódicas e catódicas e os revestimentos.
Os protetores anódicos ou inibidores anódicos consistem naqueles que atuam nas reações anódicas. Eles
migram para a superfície anódica ocasionando passivação na presença de oxigênio dissolvido. Dessa
forma, esse tipo de protetor interage com o produto de corrosão o que dá origem a uma película aderente
e bastante insolúvel em sua superfície, resultando em sua proteção.
Imagem 5 - Esquema representativo da proteção anódica

Fonte: Frauches e Santos (2013).


Segundo Gentil (1996), dentre os mais empregados inibidores anódicos estão os cromatos solúveis devido
a sua eficiente proteção e aplicabilidade a diferentes tipos de metais. Sob diversas condições, esses
inibidores são efetivos para ferro, aço, zinco, alumínio, cobre, latão, chumbo entre outras ligas metálicas.
Destaca-se que, mesmo, pequenas concentrações de cromato, presentes em águas ou em soluções
salinas corrosivas, são responsáveis por uma considerável redução da taxa de corrosão. Frauches-Santos
et al. (2013) ressaltam que, o emprego de inibidores anódicos possui maior relevância na aplicação em
eletrólitos de alta agressividade, como por exemplo, um tanque metálico para condicionamento de ácidos.
No que se refere à proteção catódica, ou inibidores catódicos, Gentil (1996) define que ?são substâncias
que fornecem íons metálicos capazes de reagir com alcalinidade catódica, produzindo compostos
insolúveis?. Esses compostos envolvem a área catódica o que ocasiona a inibição do processo de difusão
do oxigênio e a condução de elétrons. A Figura 6 ilustra o processo de inibição catódica.
Imagem 6 - Esquema representativo da proteção catódica

Fonte: Frauches e Santos (2013).


Os inibidores catódicos caracterizam-se pela possibilidade de serem empregados em todos os materiais
metálicos. Eles controlam a corrosão deslocando o potencial de corrosão a maiores valores negativos,
além de aumentar o pH do meio e atenuar a solubilidade dos íons de ferro. Os mais eficientes inibidores
catódicos conhecidos são: os sulfitos, as hidracinas, os sais de cálcio e magnésio, o óxido de alumínio, os
hidróxidos de sódio e os carbonatos de sódio (BOLINA, 2008).
METODOLOGIA E MÉTODO DA PESQUISA
Em relação aos objetivos, a pesquisa classifica-se como exploratória e descritiva (realização de um estudo
para a familiarização do objeto que está sendo investigado durante a pesquisa). Quanto aos
procedimentos considera-se uma pesquisa bibliográfica (etapa inicial de todo o trabalho científico ou
acadêmico, com o objetivo de reunir as informações e dados que servirão de base para a construção da

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investigação proposta a partir de determinado tema). E em relação ao problema, classifica-se como


pesquisa qualitativa (considera a parte subjetiva do problema.).
A técnica de pesquisa utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica a qual fundamenta-se em um
trabalho de natureza exploratória que fornece o alicerce teórico necessário ao pesquisador para o
exercício crítico e reflexivo sobre o tema estudado.
Foram utilizados como fontes principais para execução deste projeto de pesquisa livros e artigos
científicos encontrados em bibliotecas e sites da internet.
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
ANTUNES, R. A., COSTA, I. Caracterização de produtos de corrosão de aço- carbono e aço patinável
submetidos a ensaio acelerado de corrosão e ensaio de intemperismo. 6º CONTEQ, 2022
BRAVIM, E. C. Estudo da aplicação de materiais orgânicos em meios corrosivos do processamento
primário do petróleo. Dissertação de Mestrado. 91f. Programa de Pós-graduação em Engenharia de Minas
, Metalúrgica e de Materiais: UFRGS, 2019.
BUCHWEISHAIJA, J. Phytochemicals as green corrosion inhibitors in various corrosive media: a review.
Tanzania Journal of Science, v.35, 2019
CAINES, S.; KHAN, F.; ZHANG, Y.; SHIROKOFF, J. Simplified electrochemical potential noise method to
predict corrosion and corrosion rate. Journal of Loss Prevention in the Process Industries, v.47, p.72-84,
2017.
CALLISTER, William D. et al. Materials science and engineering: an introduction. New York: John Wiley &
Sons, 2007.
COOK, D.C. Spectroscopic identification of protective and non-protective corrosion coatings on steel
structures in marine environments. Corrosion Science, v. 47, p. 2550-2570, 2005.
FRAUCHES-SANTOS, Cristiane et al. A corrosão e os agentes Anticorrosivos. Revista Virtual de Química,
v. 6, n. 2, p. 293-309, 2013.
GEMELLI, E. Corrosão de Materiais Metálicos e Sua Caracterização. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Livros
técnicos e científicos editora S/A, 2021.
GENTIL, Vicente. Corrosão. Rio de Janeiro: LTC - Livros técnicos e Científicos. Editora SA, 2016.
GERHARDUS, H. K.; VARNEY, J.; NEIL, T.; MOGHISSI, O.; GOULD, M.; PAYER, J. International
measures of prevention, application, and economics of corrosion technologies study. NACE, 2016.
GROYSMAN, A. Corrosion problems and solutions in oil, gas, refining and petrochemical industry. Koroze
a ochrana material, v.61, n.3, p.100-117, 2017.
GUANNAN, M.; XIANGHONG, L.; QING, Q.; ZHOU, J. Molybdate and tungstate as corrosion inhibitors for
cold rolling steel in hydrochloric acid solution. Corrosion Science, v.48, p.445-459, 2016
MAINIER, Fernando B.; LETA, Fabiana R. O ensino de corrosão e de técnicas anticorrosivas compatíveis
com o meio ambiente. Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia.
MATTIOLI, Gabriela Goes. Avaliação da corrosão interna em minerodutos brasileiros para transporte de
minério de ferro. 2016. Dissertação (Mestrado Engenharia Metalúrgica Materiais e de Minas) - UFMG, Belo
Horizonte, 2016.
MERÇON, Fábio; GUIMARÃES, Pedro Ivo Canesso; MAINIER, Fernando Benedito. Corrosão: um
exemplo usual de fenômeno químico. Química Nova na escola, v. 1, n. 19, p. 11-14, 2014.
Reações de formação do Fe (OH)2
Fe ? Fe2+ + 2e-
H2O + ½ O2 +2e- ? 2OH-

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2H2O + 2e- ? H2 + 2OH-


Fe2+ + 2OH- ? Fe (OH)2¹

AtividadeFevereiroMarçoAbrilMaioJunho
Definição Do Temax
Pesquisa De Literaturax
Referencial Teóricoxx
Metodologiax
Referênciasx

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Arquivo 1: Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx (3529 termos)
Arquivo 2: https://clubedaquimica.com/2021/06/01/os-7-tipos-de-corrosao-quimica (1421 termos)
Termos comuns: 32
Similaridade: 0,65%
O texto abaixo é o conteúdo do documento
Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx (3529 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://clubedaquimica.com/2021/06/01/os-
7-tipos-de-corrosao-quimica (1421 termos)

=================================================================================
ESTUDO DE PARÂMETROS AO PROCESSO CORROSIVO NA INTERFACE AÇO CARBONO VISANDO
MELHOR RESISTÊNCIA À CORROSÃO
Nome Sobrenome Sobrenome¹
Nome Sobrenome Sobrenome²
1 Graduando em Engenharia Mecânica da Faculdade Brasileira Multivix ? Vitíria / ES
2 Docente da Faculdade Brasileira Multivix ? Vitória / ES
INTRODUÇÃO
A Química como ciência, pode ser ?um instrumento de formação humana?, quando é capaz de ampliar o
conhecimento e a autonomia no exercício do papel da cidadania. Isto é possível quando esta ciência é
entendida e aplicada como um dos ?meios de interpretar o mundo e intervir na realidade?, quando for
?relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em sociedade? (BRASIL,
2015, p. 84).
O aço, a metalurgia e a corrosão, são importantes conteúdo a serem abordados no ensino de Química, já
que materiais metálicos se encontram por toda a parte e são necessários para a vida em sociedade hoje,
principalmente sob os aspectos econômicos e tecnológicos (COSTA et al., 2015, p. 32).
Segundo Tomas (1995), O estudo do fenômeno da corrosão possui grande interesse científico, social e
industrial, devido ao seu impacto sobre a economia, o meio ambiente, a segurança das pessoas e a
qualidade de vida de todos, se tornando um importante alvo de estudos.
O aço carbono sofre corrosão em soluções aquosas, como em ácido clorídrico (GUANNAN, 2016), ácido
sulfúrico (SOUZA, 2008), soluções salinas (MODESTO, 2018) e nitratos (TRELA; CHAT; SCENDO, 2015).
Devido à relevância comercial desta liga, é importante estabelecer condições que a protejam do processo
corrosivo. Portanto, para fundamentar a escolha de um método de proteção é necessário elucidar os
mecanismos da corrosão
Objetiva-se neste trabalho analisar o comportamento eletroquímico na interface aço carbono / polpa de
bauxita em condições aproximadas ao encontrado no mineroduto, utilizando técnicas eletroquímicas de
potencial de corrosão, polarização potenciodinâmica anódica e catódica e, espectroscopia de impedância
eletroquímica.
JUSTIFICATIVA DO TEMA
Quando a corrosão causa vazamento de materiais tóxicos, inflamáveis ou radioativos tem-se,
consequentemente, problemas ambientais, de segurança e de saúde. Frequentemente uma linha de
produção ou parte de um processo para devido a falhas inesperadas provocadas por corrosão.
A aparência de um material pode ser importante de forma que a corrosão do mesmo se torna indesejável.

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Dependendo da aplicação do material pode-se, a partir de uma análise de custo-benefício, se eleger um


material resistente à corrosão ou uma forma de proteção que pode ser um revestimento polimérico,
cerâmico ou metálico ou ainda através de processos de proteção anódica ou catódica. Como exemplo da
utilização de materiais resistentes à corrosão, por motivo de aparência, pode-se citar a utilização de aço
inoxidável em esquadrias na construção civil.
Nesse contexto, torna-se importante o estudo da corrosão a fim de contribuir com a compreensão de seus
mecanismos de forma a permitir a difusão do conhecimento acerca do tema em questão para que, à luz do
conceito de desenvolvimento sustentável, possam ser estudados e aperfeiçoados métodos de inibição
dos processos corrosivos impactando positivamente na diminuição do consumo das reservas minerais.
DELIMITAÇÃO DO TEMA
O presente projeto de pesquisa aborda de forma ampla o funcionamento dos principais processos de
corrosão até então observados e catalogados. A abordagem do tema mencionado permitirá o
desenvolvimento de uma fundamentação teórica que servirá de alicerce para estudos posteriores sobre o
tema em questão.
PROBLEMA DA PESQUISA
Tendo em vista que a corrosão é uma problemática atual, o presente projeto de pesquisa visa à revisão da
literatura com a finalidade de se compreender os processos corrosivos e apresentar medidas de inibição
de tais processos.
Diante disso, surgiu o seguinte questionamento: Quais os meios mais adequados para corrigir ou prevenir
a incidência deste mal que podem ser intervenções mecânicas, químicas ou eletroquímicas ou até mesmo
alterações construtivas nos equipamentos em aços?
OBJETIVOS
1.4.1 GERAL
O objetivo deste projeto de pesquisa é explanar e caracterizar os principais tipos de corrosão que ocorrem
dentro da indústria, principalmente no segmento de equipamentos mecânicos e instalações industriais.
1.4.2 ESPECÍFICO
Dentre os objetos específicos deste projeto, classifica-se:
Executar um levantamento bibliográfico acerca do tema corrosão;
Estudar os diferentes mecanismos responsáveis pela deterioração dos materiais que compõem
equipamentos, instalações mecânicas e componentes estruturais;
Descrever as medidas de controle e inibição da corrosão, já existentes, por meio de consulta à literatura.
HIPÓTESE
Considerando que a corrosão é um fenômeno complexo e multifacetado, afetando diversos materiais
utilizados na indústria, é possível afirmar que a compreensão dos mecanismos de corrosão e a aplicação
de medidas de controle e inibição podem contribuir significativamente para a preservação e prolongamento
da vida útil dos equipamentos mecânicos e instalações industriais. Dessa forma, espera-se que a análise
detalhada dos tipos de corrosão e das estratégias de prevenção e mitigação possa fornecer insights
valiosos para a implementação de práticas mais eficazes na proteção contra a corrosão, resultando em
benefícios econômicos, ambientais e de segurança.
REFERENCIAL TEÓRICO
Corrosão
Além das condições climáticas, é sabido que a poluição do ar também tem influência considerável na
corrosão dos metais, e na presença de umidade, estruturas de aço-carbono sem proteção ou recobrimento
não são resistentes ao processo corrosivo.

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Muitos estudos, como os publicados por Vianna e Dutra (2022), Cook et al. (2018), Zhang et al. (2022),
Wang et al. (2015), entre outros, já foram realizados a fim de determinar a agressividade da atmosfera e
avaliar os efeitos da corrosão atmosférica nos metais usados para aplicações estruturais. Busca-se a
obtenção de dados que melhorem os modelos existentes para a predição do tempo de vida das estruturas
sujeitas à corrosão atmosférica e melhorem as técnicas analíticas usadas para analisar a corrosão.
Segundo Shreir, Jarman e Burstein (2014) a corrosão pode afetar o metal em diversas formas que
dependem da sua natureza e a certas condições ambientais predominante, e uma classificação geral das
várias formas de corrosão em que cinco tipos principais foram identificados, são apresentadas:
Quadro 1 ? Principais Tipos de Corrosão
Fonte: SHREIR et. al, 2014.
2.2 Tipologia Dos Problemas Corrosivos
2.2.1 Problema da corrosão
Os processos corrosivos geram impactos econômicos principalmente devido à substituição e reparos de
estruturas e equipamentos (CAINES et al., 2017). Gerhardus et al. (2016) relatam que, no ano de 2013, o
custo gerado com corrosão no mundo foi de aproximadamente 2,5 trilhões de dólares por ano.
Mendes et al. (2018) identificaram que a qualidade da água potável pode ser prejudicada devido à geração
de resíduos metálicos provenientes de processos.
Na indústria petroquímica, o processo corrosivo é preocupante devido às severas condições de
processamento e à natureza inflamável e tóxica dos produtos. Portanto, vazamentos causados pela
corrosão de materiais podem causar danos irreversíveis ao homem e ao meio ambiente (GROYSMAN,
2017).
Do ponto de vista ambiental, os desdobramentos de acidentes causados por corrosão são fontes de
poluição e ameaçam a integridade da flora e a fauna locais (Medeiros, 2021).
No geral, metais podem estar sujeitos a ambientes potencialmente corrosivos cujos efeitos podem
comprometer as aplicações (Amorim, 2009). Um exemplo de liga metálica suscetível à corrosão é o aço
carbono.
2.2.2 Reações de corrosão no aço carbono
O processo envolve reações de oxidação e de redução (redox) que convertem o metal ou o componente
metálico em óxido, hidróxido ou sal. Para entender melhor este processo é necessário iniciar o estudo
conhecendo o material e o meio. Os aços-carbono comuns contêm mais de 97% de Fe, até 2% de C e
outros elementos remanescentes do processo de fabricação. O O2(g) e a H2O(l) constituem o meio no
qual os materiais estão mais frequentemente expostos. Como os potenciais-padrão de redução do Fe2+
(aq)/Fe(s) [E0 = -0,44 V] e do Fe3+(aq)/Fe2+(aq) [E0 = 0,77 V] são menores que aquele para a redução de
O2(g) [E0 = 1,23 V], o Fe(s) pode ser oxidado pelo O2(g). Para que essas reações ocorram de forma
simultânea, a transferência de elétrons tem que ser através do aço, desde uma região onde acontece a
oxidação do Fe(s) (região anódica) até outra onde acontece a redução do O2(g) (região catódica), como
nas pilhas. O produto de corrosão resultante é a ferrugem, cuja formação pode ser sucintamente
representada pela equação 1 (Gentil, 2011).
4 Fe (s) + 3 O2 (g) + 2n H2O (l) ? 2 Fe2O3.nH2O (s)

2.3 Tipos de corrosão


De acordo com Gentil (2017), existem diversas manifestações da corrosão, e compreender essas
variações é fundamental para a análise dos processos corrosivos. Os tipos de corrosão podem ser
classificados levando-se em conta sua aparência, o modo de ataque, as causas subjacentes e os

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mecanismos envolvidos.
As formas em que a corrosão pode aparecer são: Corrosão uniforme; por placas; alveolar; puntiformes ou
por pites; intergranular; intragranular; filiforme; por esfoliação; grafítica; dezincificação; empolamento pelo
hidrogênio; em torno do cordão de solda; em frestas; sob tensão; e galvânica (ARRUDA, 2019).
Imagem 1 - Tipos de Corrosão
Fonte: Gentil (2007)
2.3.1 Corrosão Eletroquímica
Conforme descrito por Gentil (2017), a corrosão eletroquímica é frequentemente observada como o tipo
mais prevalente, ocorrendo principalmente em metais na presença de água. Este processo pode se
manifestar de duas maneiras predominantes: Primeiramente, quando um metal entra em contato com um
eletrólito, que é uma solução condutora ou um meio iônico que engloba áreas anódicas e catódicas
simultaneamente, resultando na formação de uma pilha de corrosão. Em segundo lugar, quando dois
metais são conectados por meio de um eletrólito, originando uma pilha galvânica.
A corrosão eletroquímica constitui-se em um processo espontâneo, passível de ocorrer quando o metal ou
liga entra em contato com um eletrólito, onde ocorrem, concomitantemente, reações anódicas (oxidação) e
catódicas (redução) ocasionando a deterioração do metal. O eletrólito é um condutor iônico que engloba
as regiões anódicas e catódicas. Ressalta-se que, o eletrólito pode estar solubilizado em água ou fundido
a outras substâncias. São exemplos de eletrólitos: água do mar, ar atmosférico com umidade, solo entre
outros (FRAUCHES-SANTOS et al, 2013).
Em geral, os processos de corrosão eletroquímica, também conhecida como corrosão úmida, ocorrem a
temperatura ambiente, associados à formação de uma pilha ou célula de corrosão compreendendo a
movimentação de elétrons sob a superfície metálica (LIMA, 2007 apud MATTIOLI, 2016, p.9).
A intensidade do processo de corrosão é mensurada pelo número de cargas de íons que descarregam no
catodo, ou, pelo número de elétrons que migram do anodo para o catodo (MAINIER e LETA, 2001).
No processo de corrosão eletroquímica, os íons Fe +2 migram em direção à região catódica, ao passo que
os íons OH - direcionam-se para a região anódica. Desse modo, em uma região intermediária forma-se o
hidróxido ferroso. As equações das reações são descritas na Tabela 1.

Fonte: Mecanismo eletroquímico de formação do hidróxido ferroso ? Autor (2019).

Em meio não aerado ou com pouco oxigênio, tem-se a formação da magnetita que é a ferrugem de
coloração preta (Fe3O4) (Equação 2).
3 Fe (OH)2 ? Fe3O4 + 2 H2O + H2

E, em meio aerado, tem-se a formação do hidróxido férrico que é a ferrugem de coloração alaranjada ou
castanho-avermelhada (Fe (OH)3) (Equação 3).

2 Fe (OH)2 + H2O + ½ O2 ? 2 Fe (OH)3

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Vale destacar que, Van Vlack (1970) formalizou as seguintes considerações acerca da dissolução química
de eletrólitos: moléculas e íons pequenos se dissolvem mais facilmente; a solubilização ocorre com mais
facilidade quando o soluto e o solvente têm estruturas semelhantes; a presença de dois solutos pode
produzir maiores solubilidades do que a presença de apenas um; a velocidade de dissolução aumenta
com a temperatura.
Ainda segundo Van Vlack (1970), para que haja a formação de ferrugem a partir do ferro, as reações de
oxidação de íons ferrosos e férricos devem ocorrer e, adicionalmente, umidade e oxigênio devem estar
presentes.
2.3.2 Corrosão Química
No âmbito de um processo corrosivo de natureza química, são desencadeadas reações diretas entre o
material em questão, seja ele metálico ou não, e o ambiente corrosivo, podendo ou não envolver a
transferência de cargas ou elétrons, e, portanto, sem resultar na formação de uma corrente elétrica. Esse
tipo de corrosão pode ocorrer em materiais metálicos em temperaturas elevadas, expostos a gases ou
vapores, mesmo na ausência de umidade, ou em metais sujeitos ao ataque de solventes orgânicos
desprovidos de água. Ademais, é relevante notar que a corrosão química não se limita apenas a materiais
metálicos, podendo também afetar materiais não metálicos (GENTIL, 2017).
A corrosão química, também conhecida como corrosão seca, é caracterizada por um processo que não
depende da presença de água para se desenvolver. Nesse mecanismo corrosivo, ocorrem reações
químicas diretas entre o material em questão, seja ele metálico ou não, e o meio corrosivo, sem que haja
geração de corrente elétrica (GENTIL, 1996).
O agente químico ataca diretamente o material. Caracteriza-se por ser um mecanismo de corrosão que,
normalmente, ocorre em altas temperaturas em ambientes tais como forno, caldeiras e unidades de
processo. Em se tratando de metais, o processo consiste numa reação química entre o meio corrosivo e a
superfície metálica o que resulta na formação de um produto de corrosão sob a mesma (MERÇON,
GUIMARÃES e MAINIER, 2004).
Um exemplo do processo supracitado é a corrosão do zinco em contato com solução de ácido de sulfúrico
(H2SO4). A reação eletroquímica que descreve esse processo é a seguinte (Equação 4):
Zn + H2SO4 ? ZnSO4 + H2

Imagem 2 - Reações Eletroquímicas Associadas À Corrosão Do Zinco

Fonte: Fontana (1986) apud Callister (2007).


2.3.3 Corrosão Eletrolítica
Trata-se de um fenômeno eletroquímico que se desencadeia mediante a aplicação externa de uma
corrente elétrica. Diferentemente dos demais tipos de corrosão mencionados anteriormente, este processo
não é espontâneo. Quando não há um adequado isolamento ou aterramento, ou quando estes
apresentam alguma falha, podem ocorrer correntes de fuga. Se essas correntes escapam para o solo,
acabam por ocasionar a formação de pequenos orifícios nas instalações (MAINIER, 2021).
Segundo Mainier e Leta (2001), a corrosão eletrolítica consiste em processo eletroquímico que acontece
por meio de aplicações de corrente elétrica de origem externa. Caracteriza-se por ser um processo não
espontâneo de corrosão. Gentil (1996) defini que a corrosão eletrolítica, também conhecida por corrosão
por eletrólise, é ?a deterioração da superfície externa de um metal forçado a funcionar como anodo ativo
de uma célula ou pilha eletrolítica.
O fenômeno da corrosão eletrolítica é provocado por correntes de fuga também conhecidas pelo nome de

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parasitas ou estranhas (MERÇON, GUIMARÃES e MAINIER, 2004). Tais correntes são ocasionadas por
potenciais externos devido às deficiências de isolamento ou de aterramentos que estejam fora das
especificações técnicas de construção e são capazes de produzir severos casos de corrosão.
De acordo com Gentil (1996), tubulações enterradas (oleodutos, gasodutos, adutoras, minerodutos, etc.) e
cabos telefônicos estão sujeitos à deterioração por corrosão eletrolítica relativo às correntes elétricas de
interferência que fogem de seu circuito normal para fluir pelo solo ou pela água.
A Figura 3 exemplifica o processo eletrolítico e atuação das correntes de fuga.
Imagem 3 ? Processo Eletrolítico

Na Figura 3, observa-se que ocorrem furos isolados nas instalações por onde a corrente escapa até atingir
o solo. As correntes parasitas atingem as instalações metálicas, ocasionando a corrosão nas áreas onde
abandonam essas instalações para, posteriormente, retornarem ao circuito original através do solo ou da
água. Ressalta-se que, por ser um tipo de corrosão localizada, em pouco tempo ocorre a perfuração da
parede metálica o que gera vazamentos (GENTIL, 1996).
No que tange aos mecanismos presentes na corrosão por eletrólise, Gentil (1996) elucida um caso prático
de ação das correntes parasitas provenientes da tração elétrica que utiliza os trilhos de um trem para o
retorno da corrente à fonte de energia elétrica. As ligações entre os trilhos formam um sistema de
resistências em série o que dificulta o retorno da corrente. O isolamento entre os trilhos e a terra é precário
. Consequentemente, o solo passa a constituir uma resistência associada em paralelo com os trilhos.
Desse modo, parte da corrente flui através da terra. Ademais, caso haja na região uma tubulação
enterrada, ela será atingida pela corrente de fuga fornecendo, então, a passagem necessária até as
proximidades da subestação geradora.
Na Figura 4, tem-se nos pontos A (no trilho) e A? no tubo) regiões anódicas e nos pontos C (no tubo) e C?
(no trilho) regiões catódicas. Dessa maneira, verifica-se a corrosão nos trilhos no ponto A e nos tubos em
A?.

Imagem 4 ? Regiões Anódicas

2.4 Inibidores De Corrosão


Inibidores são agentes, tanto orgânicos quanto inorgânicos, que, quando introduzidos no ambiente
corrosivo, têm a capacidade de prevenir ou reduzir o avanço das reações corrosivas. Geralmente, esses
inibidores são adsorvidos na superfície do material, formando um filme extremamente fino e durável. Isso
resulta em uma diminuição na taxa de corrosão, uma vez que as reações anódicas, catódicas ou ambas
são desaceleradas. Os inibidores de corrosão são compostos químicos empregados em concentrações
relativamente baixas sempre que um metal é exposto a um meio agressivo. Sua presença retarda o
processo corrosivo e mantém sua taxa em níveis mínimos, prevenindo assim perdas econômicas
decorrentes da corrosão metálica (FRAUCHES-SANTOS et al., 2013).
A eficácia dos inibidores de proteção varia conforme os metais e ligas em questão, assim como a
severidade do ambiente. Embora o termo "inibidor de corrosão" seja mais comum, em alguns casos,
também são referidos como aditivos, protetivos ou anticorrosivos (MAINIER, 2016).
Os inibidores de corrosão podem ser classificados de acordo com sua composição, sendo orgânicos ou
inorgânicos, e de acordo com seu comportamento, sendo oxidantes, não oxidantes, anódicos, catódicos
ou mistos (SILVA, 2016).

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Os inibidores anódicos atuam inibindo as reações anódicas, ou seja, retardam ou impedem a ação do
ânodo. Geralmente, eles reagem com os produtos de corrosão inicialmente formados, formando um filme
insolúvel e aderente na superfície do material, o que resulta na polarização anódica (SILVA, 2016).
Os inibidores catódicos, por sua vez, agem inibindo as reações catódicas. São substâncias que liberam
íons metálicos capazes de reagir com a alcalinidade catódica, produzindo compostos insolúveis. Esses
compostos insolúveis cobrem a área catódica, impedindo a difusão de oxigênio e a condução de elétrons,
inibindo assim o processo catódico. Os inibidores promovem uma polarização catódica e, como o metal no
cátodo não entra em solução, mesmo que não esteja totalmente coberto, não ocorre corrosão localizada
nessas áreas. Portanto, esses inibidores, independentemente de suas concentrações, são considerados
mais seguros em comparação com os anódicos (SILVA, 2016).
2.4.1 Proteção Contra A Corrosão
Segundo Merçon, Guimarães e Mainier (2004), dentre os processos mais empregados em metais na
prevenção da corrosão estão: as proteções anódicas e catódicas e os revestimentos.
Os protetores anódicos ou inibidores anódicos consistem naqueles que atuam nas reações anódicas. Eles
migram para a superfície anódica ocasionando passivação na presença de oxigênio dissolvido. Dessa
forma, esse tipo de protetor interage com o produto de corrosão o que dá origem a uma película aderente
e bastante insolúvel em sua superfície, resultando em sua proteção.
Imagem 5 - Esquema representativo da proteção anódica

Fonte: Frauches e Santos (2013).


Segundo Gentil (1996), dentre os mais empregados inibidores anódicos estão os cromatos solúveis devido
a sua eficiente proteção e aplicabilidade a diferentes tipos de metais. Sob diversas condições, esses
inibidores são efetivos para ferro, aço, zinco, alumínio, cobre, latão, chumbo entre outras ligas metálicas.
Destaca-se que, mesmo, pequenas concentrações de cromato, presentes em águas ou em soluções
salinas corrosivas, são responsáveis por uma considerável redução da taxa de corrosão. Frauches-Santos
et al. (2013) ressaltam que, o emprego de inibidores anódicos possui maior relevância na aplicação em
eletrólitos de alta agressividade, como por exemplo, um tanque metálico para condicionamento de ácidos.
No que se refere à proteção catódica, ou inibidores catódicos, Gentil (1996) define que ?são substâncias
que fornecem íons metálicos capazes de reagir com alcalinidade catódica, produzindo compostos
insolúveis?. Esses compostos envolvem a área catódica o que ocasiona a inibição do processo de difusão
do oxigênio e a condução de elétrons. A Figura 6 ilustra o processo de inibição catódica.
Imagem 6 - Esquema representativo da proteção catódica

Fonte: Frauches e Santos (2013).


Os inibidores catódicos caracterizam-se pela possibilidade de serem empregados em todos os materiais
metálicos. Eles controlam a corrosão deslocando o potencial de corrosão a maiores valores negativos,
além de aumentar o pH do meio e atenuar a solubilidade dos íons de ferro. Os mais eficientes inibidores
catódicos conhecidos são: os sulfitos, as hidracinas, os sais de cálcio e magnésio, o óxido de alumínio, os
hidróxidos de sódio e os carbonatos de sódio (BOLINA, 2008).
METODOLOGIA E MÉTODO DA PESQUISA
Em relação aos objetivos, a pesquisa classifica-se como exploratória e descritiva (realização de um estudo
para a familiarização do objeto que está sendo investigado durante a pesquisa). Quanto aos
procedimentos considera-se uma pesquisa bibliográfica (etapa inicial de todo o trabalho científico ou
acadêmico, com o objetivo de reunir as informações e dados que servirão de base para a construção da

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investigação proposta a partir de determinado tema). E em relação ao problema, classifica-se como


pesquisa qualitativa (considera a parte subjetiva do problema.).
A técnica de pesquisa utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica a qual fundamenta-se em um
trabalho de natureza exploratória que fornece o alicerce teórico necessário ao pesquisador para o
exercício crítico e reflexivo sobre o tema estudado.
Foram utilizados como fontes principais para execução deste projeto de pesquisa livros e artigos
científicos encontrados em bibliotecas e sites da internet.
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
ANTUNES, R. A., COSTA, I. Caracterização de produtos de corrosão de aço- carbono e aço patinável
submetidos a ensaio acelerado de corrosão e ensaio de intemperismo. 6º CONTEQ, 2022
BRAVIM, E. C. Estudo da aplicação de materiais orgânicos em meios corrosivos do processamento
primário do petróleo. Dissertação de Mestrado. 91f. Programa de Pós-graduação em Engenharia de Minas
, Metalúrgica e de Materiais: UFRGS, 2019.
BUCHWEISHAIJA, J. Phytochemicals as green corrosion inhibitors in various corrosive media: a review.
Tanzania Journal of Science, v.35, 2019
CAINES, S.; KHAN, F.; ZHANG, Y.; SHIROKOFF, J. Simplified electrochemical potential noise method to
predict corrosion and corrosion rate. Journal of Loss Prevention in the Process Industries, v.47, p.72-84,
2017.
CALLISTER, William D. et al. Materials science and engineering: an introduction. New York: John Wiley &
Sons, 2007.
COOK, D.C. Spectroscopic identification of protective and non-protective corrosion coatings on steel
structures in marine environments. Corrosion Science, v. 47, p. 2550-2570, 2005.
FRAUCHES-SANTOS, Cristiane et al. A corrosão e os agentes Anticorrosivos. Revista Virtual de Química,
v. 6, n. 2, p. 293-309, 2013.
GEMELLI, E. Corrosão de Materiais Metálicos e Sua Caracterização. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Livros
técnicos e científicos editora S/A, 2021.
GENTIL, Vicente. Corrosão. Rio de Janeiro: LTC - Livros técnicos e Científicos. Editora SA, 2016.
GERHARDUS, H. K.; VARNEY, J.; NEIL, T.; MOGHISSI, O.; GOULD, M.; PAYER, J. International
measures of prevention, application, and economics of corrosion technologies study. NACE, 2016.
GROYSMAN, A. Corrosion problems and solutions in oil, gas, refining and petrochemical industry. Koroze
a ochrana material, v.61, n.3, p.100-117, 2017.
GUANNAN, M.; XIANGHONG, L.; QING, Q.; ZHOU, J. Molybdate and tungstate as corrosion inhibitors for
cold rolling steel in hydrochloric acid solution. Corrosion Science, v.48, p.445-459, 2016
MAINIER, Fernando B.; LETA, Fabiana R. O ensino de corrosão e de técnicas anticorrosivas compatíveis
com o meio ambiente. Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia.
MATTIOLI, Gabriela Goes. Avaliação da corrosão interna em minerodutos brasileiros para transporte de
minério de ferro. 2016. Dissertação (Mestrado Engenharia Metalúrgica Materiais e de Minas) - UFMG, Belo
Horizonte, 2016.
MERÇON, Fábio; GUIMARÃES, Pedro Ivo Canesso; MAINIER, Fernando Benedito. Corrosão: um
exemplo usual de fenômeno químico. Química Nova na escola, v. 1, n. 19, p. 11-14, 2014.
Reações de formação do Fe (OH)2
Fe ? Fe2+ + 2e-
H2O + ½ O2 +2e- ? 2OH-

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2H2O + 2e- ? H2 + 2OH-


Fe2+ + 2OH- ? Fe (OH)2¹

AtividadeFevereiroMarçoAbrilMaioJunho
Definição Do Temax
Pesquisa De Literaturax
Referencial Teóricoxx
Metodologiax
Referênciasx

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=================================================================================
Arquivo 1: Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx (3529 termos)
Arquivo 2: https://www.nature.com/articles/s41529-022-00218-4 (11546 termos)
Termos comuns: 8
Similaridade: 0,05%
O texto abaixo é o conteúdo do documento
Vpadrão_MetodologiaDePesquisa_Multivix2024_id24246..docx (3529 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.nature.com/articles/s41529-
022-00218-4 (11546 termos)

=================================================================================
ESTUDO DE PARÂMETROS AO PROCESSO CORROSIVO NA INTERFACE AÇO CARBONO VISANDO
MELHOR RESISTÊNCIA À CORROSÃO
Nome Sobrenome Sobrenome¹
Nome Sobrenome Sobrenome²
1 Graduando em Engenharia Mecânica da Faculdade Brasileira Multivix ? Vitíria / ES
2 Docente da Faculdade Brasileira Multivix ? Vitória / ES
INTRODUÇÃO
A Química como ciência, pode ser ?um instrumento de formação humana?, quando é capaz de ampliar o
conhecimento e a autonomia no exercício do papel da cidadania. Isto é possível quando esta ciência é
entendida e aplicada como um dos ?meios de interpretar o mundo e intervir na realidade?, quando for
?relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em sociedade? (BRASIL,
2015, p. 84).
O aço, a metalurgia e a corrosão, são importantes conteúdo a serem abordados no ensino de Química, já
que materiais metálicos se encontram por toda a parte e são necessários para a vida em sociedade hoje,
principalmente sob os aspectos econômicos e tecnológicos (COSTA et al., 2015, p. 32).
Segundo Tomas (1995), O estudo do fenômeno da corrosão possui grande interesse científico, social e
industrial, devido ao seu impacto sobre a economia, o meio ambiente, a segurança das pessoas e a
qualidade de vida de todos, se tornando um importante alvo de estudos.
O aço carbono sofre corrosão em soluções aquosas, como em ácido clorídrico (GUANNAN, 2016), ácido
sulfúrico (SOUZA, 2008), soluções salinas (MODESTO, 2018) e nitratos (TRELA; CHAT; SCENDO, 2015).
Devido à relevância comercial desta liga, é importante estabelecer condições que a protejam do processo
corrosivo. Portanto, para fundamentar a escolha de um método de proteção é necessário elucidar os
mecanismos da corrosão
Objetiva-se neste trabalho analisar o comportamento eletroquímico na interface aço carbono / polpa de
bauxita em condições aproximadas ao encontrado no mineroduto, utilizando técnicas eletroquímicas de
potencial de corrosão, polarização potenciodinâmica anódica e catódica e, espectroscopia de impedância
eletroquímica.
JUSTIFICATIVA DO TEMA
Quando a corrosão causa vazamento de materiais tóxicos, inflamáveis ou radioativos tem-se,
consequentemente, problemas ambientais, de segurança e de saúde. Frequentemente uma linha de
produção ou parte de um processo para devido a falhas inesperadas provocadas por corrosão.
A aparência de um material pode ser importante de forma que a corrosão do mesmo se torna indesejável.

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Dependendo da aplicação do material pode-se, a partir de uma análise de custo-benefício, se eleger um


material resistente à corrosão ou uma forma de proteção que pode ser um revestimento polimérico,
cerâmico ou metálico ou ainda através de processos de proteção anódica ou catódica. Como exemplo da
utilização de materiais resistentes à corrosão, por motivo de aparência, pode-se citar a utilização de aço
inoxidável em esquadrias na construção civil.
Nesse contexto, torna-se importante o estudo da corrosão a fim de contribuir com a compreensão de seus
mecanismos de forma a permitir a difusão do conhecimento acerca do tema em questão para que, à luz do
conceito de desenvolvimento sustentável, possam ser estudados e aperfeiçoados métodos de inibição
dos processos corrosivos impactando positivamente na diminuição do consumo das reservas minerais.
DELIMITAÇÃO DO TEMA
O presente projeto de pesquisa aborda de forma ampla o funcionamento dos principais processos de
corrosão até então observados e catalogados. A abordagem do tema mencionado permitirá o
desenvolvimento de uma fundamentação teórica que servirá de alicerce para estudos posteriores sobre o
tema em questão.
PROBLEMA DA PESQUISA
Tendo em vista que a corrosão é uma problemática atual, o presente projeto de pesquisa visa à revisão da
literatura com a finalidade de se compreender os processos corrosivos e apresentar medidas de inibição
de tais processos.
Diante disso, surgiu o seguinte questionamento: Quais os meios mais adequados para corrigir ou prevenir
a incidência deste mal que podem ser intervenções mecânicas, químicas ou eletroquímicas ou até mesmo
alterações construtivas nos equipamentos em aços?
OBJETIVOS
1.4.1 GERAL
O objetivo deste projeto de pesquisa é explanar e caracterizar os principais tipos de corrosão que ocorrem
dentro da indústria, principalmente no segmento de equipamentos mecânicos e instalações industriais.
1.4.2 ESPECÍFICO
Dentre os objetos específicos deste projeto, classifica-se:
Executar um levantamento bibliográfico acerca do tema corrosão;
Estudar os diferentes mecanismos responsáveis pela deterioração dos materiais que compõem
equipamentos, instalações mecânicas e componentes estruturais;
Descrever as medidas de controle e inibição da corrosão, já existentes, por meio de consulta à literatura.
HIPÓTESE
Considerando que a corrosão é um fenômeno complexo e multifacetado, afetando diversos materiais
utilizados na indústria, é possível afirmar que a compreensão dos mecanismos de corrosão e a aplicação
de medidas de controle e inibição podem contribuir significativamente para a preservação e prolongamento
da vida útil dos equipamentos mecânicos e instalações industriais. Dessa forma, espera-se que a análise
detalhada dos tipos de corrosão e das estratégias de prevenção e mitigação possa fornecer insights
valiosos para a implementação de práticas mais eficazes na proteção contra a corrosão, resultando em
benefícios econômicos, ambientais e de segurança.
REFERENCIAL TEÓRICO
Corrosão
Além das condições climáticas, é sabido que a poluição do ar também tem influência considerável na
corrosão dos metais, e na presença de umidade, estruturas de aço-carbono sem proteção ou recobrimento
não são resistentes ao processo corrosivo.

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Muitos estudos, como os publicados por Vianna e Dutra (2022), Cook et al. (2018), Zhang et al. (2022),
Wang et al. (2015), entre outros, já foram realizados a fim de determinar a agressividade da atmosfera e
avaliar os efeitos da corrosão atmosférica nos metais usados para aplicações estruturais. Busca-se a
obtenção de dados que melhorem os modelos existentes para a predição do tempo de vida das estruturas
sujeitas à corrosão atmosférica e melhorem as técnicas analíticas usadas para analisar a corrosão.
Segundo Shreir, Jarman e Burstein (2014) a corrosão pode afetar o metal em diversas formas que
dependem da sua natureza e a certas condições ambientais predominante, e uma classificação geral das
várias formas de corrosão em que cinco tipos principais foram identificados, são apresentadas:
Quadro 1 ? Principais Tipos de Corrosão
Fonte: SHREIR et. al, 2014.
2.2 Tipologia Dos Problemas Corrosivos
2.2.1 Problema da corrosão
Os processos corrosivos geram impactos econômicos principalmente devido à substituição e reparos de
estruturas e equipamentos (CAINES et al., 2017). Gerhardus et al. (2016) relatam que, no ano de 2013, o
custo gerado com corrosão no mundo foi de aproximadamente 2,5 trilhões de dólares por ano.
Mendes et al. (2018) identificaram que a qualidade da água potável pode ser prejudicada devido à geração
de resíduos metálicos provenientes de processos.
Na indústria petroquímica, o processo corrosivo é preocupante devido às severas condições de
processamento e à natureza inflamável e tóxica dos produtos. Portanto, vazamentos causados pela
corrosão de materiais podem causar danos irreversíveis ao homem e ao meio ambiente (GROYSMAN,
2017).
Do ponto de vista ambiental, os desdobramentos de acidentes causados por corrosão são fontes de
poluição e ameaçam a integridade da flora e a fauna locais (Medeiros, 2021).
No geral, metais podem estar sujeitos a ambientes potencialmente corrosivos cujos efeitos podem
comprometer as aplicações (Amorim, 2009). Um exemplo de liga metálica suscetível à corrosão é o aço
carbono.
2.2.2 Reações de corrosão no aço carbono
O processo envolve reações de oxidação e de redução (redox) que convertem o metal ou o componente
metálico em óxido, hidróxido ou sal. Para entender melhor este processo é necessário iniciar o estudo
conhecendo o material e o meio. Os aços-carbono comuns contêm mais de 97% de Fe, até 2% de C e
outros elementos remanescentes do processo de fabricação. O O2(g) e a H2O(l) constituem o meio no
qual os materiais estão mais frequentemente expostos. Como os potenciais-padrão de redução do Fe2+
(aq)/Fe(s) [E0 = -0,44 V] e do Fe3+(aq)/Fe2+(aq) [E0 = 0,77 V] são menores que aquele para a redução de
O2(g) [E0 = 1,23 V], o Fe(s) pode ser oxidado pelo O2(g). Para que essas reações ocorram de forma
simultânea, a transferência de elétrons tem que ser através do aço, desde uma região onde acontece a
oxidação do Fe(s) (região anódica) até outra onde acontece a redução do O2(g) (região catódica), como
nas pilhas. O produto de corrosão resultante é a ferrugem, cuja formação pode ser sucintamente
representada pela equação 1 (Gentil, 2011).
4 Fe (s) + 3 O2 (g) + 2n H2O (l) ? 2 Fe2O3.nH2O (s)

2.3 Tipos de corrosão


De acordo com Gentil (2017), existem diversas manifestações da corrosão, e compreender essas
variações é fundamental para a análise dos processos corrosivos. Os tipos de corrosão podem ser
classificados levando-se em conta sua aparência, o modo de ataque, as causas subjacentes e os

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mecanismos envolvidos.
As formas em que a corrosão pode aparecer são: Corrosão uniforme; por placas; alveolar; puntiformes ou
por pites; intergranular; intragranular; filiforme; por esfoliação; grafítica; dezincificação; empolamento pelo
hidrogênio; em torno do cordão de solda; em frestas; sob tensão; e galvânica (ARRUDA, 2019).
Imagem 1 - Tipos de Corrosão
Fonte: Gentil (2007)
2.3.1 Corrosão Eletroquímica
Conforme descrito por Gentil (2017), a corrosão eletroquímica é frequentemente observada como o tipo
mais prevalente, ocorrendo principalmente em metais na presença de água. Este processo pode se
manifestar de duas maneiras predominantes: Primeiramente, quando um metal entra em contato com um
eletrólito, que é uma solução condutora ou um meio iônico que engloba áreas anódicas e catódicas
simultaneamente, resultando na formação de uma pilha de corrosão. Em segundo lugar, quando dois
metais são conectados por meio de um eletrólito, originando uma pilha galvânica.
A corrosão eletroquímica constitui-se em um processo espontâneo, passível de ocorrer quando o metal ou
liga entra em contato com um eletrólito, onde ocorrem, concomitantemente, reações anódicas (oxidação) e
catódicas (redução) ocasionando a deterioração do metal. O eletrólito é um condutor iônico que engloba
as regiões anódicas e catódicas. Ressalta-se que, o eletrólito pode estar solubilizado em água ou fundido
a outras substâncias. São exemplos de eletrólitos: água do mar, ar atmosférico com umidade, solo entre
outros (FRAUCHES-SANTOS et al, 2013).
Em geral, os processos de corrosão eletroquímica, também conhecida como corrosão úmida, ocorrem a
temperatura ambiente, associados à formação de uma pilha ou célula de corrosão compreendendo a
movimentação de elétrons sob a superfície metálica (LIMA, 2007 apud MATTIOLI, 2016, p.9).
A intensidade do processo de corrosão é mensurada pelo número de cargas de íons que descarregam no
catodo, ou, pelo número de elétrons que migram do anodo para o catodo (MAINIER e LETA, 2001).
No processo de corrosão eletroquímica, os íons Fe +2 migram em direção à região catódica, ao passo que
os íons OH - direcionam-se para a região anódica. Desse modo, em uma região intermediária forma-se o
hidróxido ferroso. As equações das reações são descritas na Tabela 1.

Fonte: Mecanismo eletroquímico de formação do hidróxido ferroso ? Autor (2019).

Em meio não aerado ou com pouco oxigênio, tem-se a formação da magnetita que é a ferrugem de
coloração preta (Fe3O4) (Equação 2).
3 Fe (OH)2 ? Fe3O4 + 2 H2O + H2

E, em meio aerado, tem-se a formação do hidróxido férrico que é a ferrugem de coloração alaranjada ou
castanho-avermelhada (Fe (OH)3) (Equação 3).

2 Fe (OH)2 + H2O + ½ O2 ? 2 Fe (OH)3

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Vale destacar que, Van Vlack (1970) formalizou as seguintes considerações acerca da dissolução química
de eletrólitos: moléculas e íons pequenos se dissolvem mais facilmente; a solubilização ocorre com mais
facilidade quando o soluto e o solvente têm estruturas semelhantes; a presença de dois solutos pode
produzir maiores solubilidades do que a presença de apenas um; a velocidade de dissolução aumenta
com a temperatura.
Ainda segundo Van Vlack (1970), para que haja a formação de ferrugem a partir do ferro, as reações de
oxidação de íons ferrosos e férricos devem ocorrer e, adicionalmente, umidade e oxigênio devem estar
presentes.
2.3.2 Corrosão Química
No âmbito de um processo corrosivo de natureza química, são desencadeadas reações diretas entre o
material em questão, seja ele metálico ou não, e o ambiente corrosivo, podendo ou não envolver a
transferência de cargas ou elétrons, e, portanto, sem resultar na formação de uma corrente elétrica. Esse
tipo de corrosão pode ocorrer em materiais metálicos em temperaturas elevadas, expostos a gases ou
vapores, mesmo na ausência de umidade, ou em metais sujeitos ao ataque de solventes orgânicos
desprovidos de água. Ademais, é relevante notar que a corrosão química não se limita apenas a materiais
metálicos, podendo também afetar materiais não metálicos (GENTIL, 2017).
A corrosão química, também conhecida como corrosão seca, é caracterizada por um processo que não
depende da presença de água para se desenvolver. Nesse mecanismo corrosivo, ocorrem reações
químicas diretas entre o material em questão, seja ele metálico ou não, e o meio corrosivo, sem que haja
geração de corrente elétrica (GENTIL, 1996).
O agente químico ataca diretamente o material. Caracteriza-se por ser um mecanismo de corrosão que,
normalmente, ocorre em altas temperaturas em ambientes tais como forno, caldeiras e unidades de
processo. Em se tratando de metais, o processo consiste numa reação química entre o meio corrosivo e a
superfície metálica o que resulta na formação de um produto de corrosão sob a mesma (MERÇON,
GUIMARÃES e MAINIER, 2004).
Um exemplo do processo supracitado é a corrosão do zinco em contato com solução de ácido de sulfúrico
(H2SO4). A reação eletroquímica que descreve esse processo é a seguinte (Equação 4):
Zn + H2SO4 ? ZnSO4 + H2

Imagem 2 - Reações Eletroquímicas Associadas À Corrosão Do Zinco

Fonte: Fontana (1986) apud Callister (2007).


2.3.3 Corrosão Eletrolítica
Trata-se de um fenômeno eletroquímico que se desencadeia mediante a aplicação externa de uma
corrente elétrica. Diferentemente dos demais tipos de corrosão mencionados anteriormente, este processo
não é espontâneo. Quando não há um adequado isolamento ou aterramento, ou quando estes
apresentam alguma falha, podem ocorrer correntes de fuga. Se essas correntes escapam para o solo,
acabam por ocasionar a formação de pequenos orifícios nas instalações (MAINIER, 2021).
Segundo Mainier e Leta (2001), a corrosão eletrolítica consiste em processo eletroquímico que acontece
por meio de aplicações de corrente elétrica de origem externa. Caracteriza-se por ser um processo não
espontâneo de corrosão. Gentil (1996) defini que a corrosão eletrolítica, também conhecida por corrosão
por eletrólise, é ?a deterioração da superfície externa de um metal forçado a funcionar como anodo ativo
de uma célula ou pilha eletrolítica.
O fenômeno da corrosão eletrolítica é provocado por correntes de fuga também conhecidas pelo nome de

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parasitas ou estranhas (MERÇON, GUIMARÃES e MAINIER, 2004). Tais correntes são ocasionadas por
potenciais externos devido às deficiências de isolamento ou de aterramentos que estejam fora das
especificações técnicas de construção e são capazes de produzir severos casos de corrosão.
De acordo com Gentil (1996), tubulações enterradas (oleodutos, gasodutos, adutoras, minerodutos, etc.) e
cabos telefônicos estão sujeitos à deterioração por corrosão eletrolítica relativo às correntes elétricas de
interferência que fogem de seu circuito normal para fluir pelo solo ou pela água.
A Figura 3 exemplifica o processo eletrolítico e atuação das correntes de fuga.
Imagem 3 ? Processo Eletrolítico

Na Figura 3, observa-se que ocorrem furos isolados nas instalações por onde a corrente escapa até atingir
o solo. As correntes parasitas atingem as instalações metálicas, ocasionando a corrosão nas áreas onde
abandonam essas instalações para, posteriormente, retornarem ao circuito original através do solo ou da
água. Ressalta-se que, por ser um tipo de corrosão localizada, em pouco tempo ocorre a perfuração da
parede metálica o que gera vazamentos (GENTIL, 1996).
No que tange aos mecanismos presentes na corrosão por eletrólise, Gentil (1996) elucida um caso prático
de ação das correntes parasitas provenientes da tração elétrica que utiliza os trilhos de um trem para o
retorno da corrente à fonte de energia elétrica. As ligações entre os trilhos formam um sistema de
resistências em série o que dificulta o retorno da corrente. O isolamento entre os trilhos e a terra é precário
. Consequentemente, o solo passa a constituir uma resistência associada em paralelo com os trilhos.
Desse modo, parte da corrente flui através da terra. Ademais, caso haja na região uma tubulação
enterrada, ela será atingida pela corrente de fuga fornecendo, então, a passagem necessária até as
proximidades da subestação geradora.
Na Figura 4, tem-se nos pontos A (no trilho) e A? no tubo) regiões anódicas e nos pontos C (no tubo) e C?
(no trilho) regiões catódicas. Dessa maneira, verifica-se a corrosão nos trilhos no ponto A e nos tubos em
A?.

Imagem 4 ? Regiões Anódicas

2.4 Inibidores De Corrosão


Inibidores são agentes, tanto orgânicos quanto inorgânicos, que, quando introduzidos no ambiente
corrosivo, têm a capacidade de prevenir ou reduzir o avanço das reações corrosivas. Geralmente, esses
inibidores são adsorvidos na superfície do material, formando um filme extremamente fino e durável. Isso
resulta em uma diminuição na taxa de corrosão, uma vez que as reações anódicas, catódicas ou ambas
são desaceleradas. Os inibidores de corrosão são compostos químicos empregados em concentrações
relativamente baixas sempre que um metal é exposto a um meio agressivo. Sua presença retarda o
processo corrosivo e mantém sua taxa em níveis mínimos, prevenindo assim perdas econômicas
decorrentes da corrosão metálica (FRAUCHES-SANTOS et al., 2013).
A eficácia dos inibidores de proteção varia conforme os metais e ligas em questão, assim como a
severidade do ambiente. Embora o termo "inibidor de corrosão" seja mais comum, em alguns casos,
também são referidos como aditivos, protetivos ou anticorrosivos (MAINIER, 2016).
Os inibidores de corrosão podem ser classificados de acordo com sua composição, sendo orgânicos ou
inorgânicos, e de acordo com seu comportamento, sendo oxidantes, não oxidantes, anódicos, catódicos
ou mistos (SILVA, 2016).

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Os inibidores anódicos atuam inibindo as reações anódicas, ou seja, retardam ou impedem a ação do
ânodo. Geralmente, eles reagem com os produtos de corrosão inicialmente formados, formando um filme
insolúvel e aderente na superfície do material, o que resulta na polarização anódica (SILVA, 2016).
Os inibidores catódicos, por sua vez, agem inibindo as reações catódicas. São substâncias que liberam
íons metálicos capazes de reagir com a alcalinidade catódica, produzindo compostos insolúveis. Esses
compostos insolúveis cobrem a área catódica, impedindo a difusão de oxigênio e a condução de elétrons,
inibindo assim o processo catódico. Os inibidores promovem uma polarização catódica e, como o metal no
cátodo não entra em solução, mesmo que não esteja totalmente coberto, não ocorre corrosão localizada
nessas áreas. Portanto, esses inibidores, independentemente de suas concentrações, são considerados
mais seguros em comparação com os anódicos (SILVA, 2016).
2.4.1 Proteção Contra A Corrosão
Segundo Merçon, Guimarães e Mainier (2004), dentre os processos mais empregados em metais na
prevenção da corrosão estão: as proteções anódicas e catódicas e os revestimentos.
Os protetores anódicos ou inibidores anódicos consistem naqueles que atuam nas reações anódicas. Eles
migram para a superfície anódica ocasionando passivação na presença de oxigênio dissolvido. Dessa
forma, esse tipo de protetor interage com o produto de corrosão o que dá origem a uma película aderente
e bastante insolúvel em sua superfície, resultando em sua proteção.
Imagem 5 - Esquema representativo da proteção anódica

Fonte: Frauches e Santos (2013).


Segundo Gentil (1996), dentre os mais empregados inibidores anódicos estão os cromatos solúveis devido
a sua eficiente proteção e aplicabilidade a diferentes tipos de metais. Sob diversas condições, esses
inibidores são efetivos para ferro, aço, zinco, alumínio, cobre, latão, chumbo entre outras ligas metálicas.
Destaca-se que, mesmo, pequenas concentrações de cromato, presentes em águas ou em soluções
salinas corrosivas, são responsáveis por uma considerável redução da taxa de corrosão. Frauches-Santos
et al. (2013) ressaltam que, o emprego de inibidores anódicos possui maior relevância na aplicação em
eletrólitos de alta agressividade, como por exemplo, um tanque metálico para condicionamento de ácidos.
No que se refere à proteção catódica, ou inibidores catódicos, Gentil (1996) define que ?são substâncias
que fornecem íons metálicos capazes de reagir com alcalinidade catódica, produzindo compostos
insolúveis?. Esses compostos envolvem a área catódica o que ocasiona a inibição do processo de difusão
do oxigênio e a condução de elétrons. A Figura 6 ilustra o processo de inibição catódica.
Imagem 6 - Esquema representativo da proteção catódica

Fonte: Frauches e Santos (2013).


Os inibidores catódicos caracterizam-se pela possibilidade de serem empregados em todos os materiais
metálicos. Eles controlam a corrosão deslocando o potencial de corrosão a maiores valores negativos,
além de aumentar o pH do meio e atenuar a solubilidade dos íons de ferro. Os mais eficientes inibidores
catódicos conhecidos são: os sulfitos, as hidracinas, os sais de cálcio e magnésio, o óxido de alumínio, os
hidróxidos de sódio e os carbonatos de sódio (BOLINA, 2008).
METODOLOGIA E MÉTODO DA PESQUISA
Em relação aos objetivos, a pesquisa classifica-se como exploratória e descritiva (realização de um estudo
para a familiarização do objeto que está sendo investigado durante a pesquisa). Quanto aos
procedimentos considera-se uma pesquisa bibliográfica (etapa inicial de todo o trabalho científico ou
acadêmico, com o objetivo de reunir as informações e dados que servirão de base para a construção da

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investigação proposta a partir de determinado tema). E em relação ao problema, classifica-se como


pesquisa qualitativa (considera a parte subjetiva do problema.).
A técnica de pesquisa utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica a qual fundamenta-se em um
trabalho de natureza exploratória que fornece o alicerce teórico necessário ao pesquisador para o
exercício crítico e reflexivo sobre o tema estudado.
Foram utilizados como fontes principais para execução deste projeto de pesquisa livros e artigos
científicos encontrados em bibliotecas e sites da internet.
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
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submetidos a ensaio acelerado de corrosão e ensaio de intemperismo. 6º CONTEQ, 2022
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MERÇON, Fábio; GUIMARÃES, Pedro Ivo Canesso; MAINIER, Fernando Benedito. Corrosão: um
exemplo usual de fenômeno químico. Química Nova na escola, v. 1, n. 19, p. 11-14, 2014.
Reações de formação do Fe (OH)2
Fe ? Fe2+ + 2e-
H2O + ½ O2 +2e- ? 2OH-

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2H2O + 2e- ? H2 + 2OH-


Fe2+ + 2OH- ? Fe (OH)2¹

AtividadeFevereiroMarçoAbrilMaioJunho
Definição Do Temax
Pesquisa De Literaturax
Referencial Teóricoxx
Metodologiax
Referênciasx

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