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Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


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Instruções
Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo
de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

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Modo: web / normal

Arquivos Termos comuns Similaridade


Fragmentos florestais.docx X 185 3,02
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/40533/331
67/434599
Fragmentos florestais.docx X 54 1,61
https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/11149
Fragmentos florestais.docx X 56 1,46
https://edoc.ufam.edu.br/bitstream/123456789/2172/1/Anexo B
- 2019 APA Floresta Mana%C3%B3s.pdf
Fragmentos florestais.docx X 30 0,80
https://peld.inpa.gov.br/pt-br/sitios/ducke
Fragmentos florestais.docx X 40 0,72
https://www.puc-
rio.br/ensinopesq/ccpg/pibic/relatorio_resumo2020/download/rel
atorios/CCBS/BIO/BIO-Guilherme Martins Violante.pdf
Fragmentos florestais.docx X 193 0,28
https://cetesb.sp.gov.br/proclima/wp-
content/uploads/sites/36/2020/03/UsoTerra_Final_Portugue.pdf
Fragmentos florestais.docx X 5 0,18
https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2016/01/unidades-
moveis-de-saude-oferecem-exames-em-5-bairros-de-
manaus.html
Fragmentos florestais.docx X 0 0,00
https://markets.businessinsider.com/currencies/rio-gbp
Fragmentos florestais.docx X 0 0,00
https://markets.businessinsider.com/currencies/rio-chf
Fragmentos florestais.docx X 0 0,00
http://www.google.com.br/url?esrc=s
Arquivos com problema de download
https://www.researchgate.net/publication/369150972_Pressao_ Não foi possível baixar o arquivo. É
urbana_sobre_os_fragmentos_florestais_estudo_de_caso_da_ recomendável baixar o arquivo
area_de_protecao_ambiental_- manualmente e realizar a análise em
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que o documento não existe ou não pode
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https://www.researchgate.net/publication/
369150972_Pressao_urbana_sobre_os_fr
agmentos_florestais_estudo_de_caso_da
_area_de_protecao_ambiental_-
_APA_Reserva_Adolpho_Ducke_na_cida
de_de_Manaus_-_AM

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https://www.researchgate.net/publication/342861753_A_Histori Não foi possível baixar o arquivo. É


a_Ambiental_da_APA_Floresta_Manaos_um_movimento_pela recomendável baixar o arquivo
_defesa_territorial_e_a_emersao_da_Ciencia_Ambiental manualmente e realizar a análise em
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https://www.researchgate.net/publication/
342861753_A_Historia_Ambiental_da_AP
A_Floresta_Manaos_um_movimento_pela
_defesa_territorial_e_a_emersao_da_Cie
ncia_Ambiental
https://semmas.manaus.am.gov.br/areas-protegidas Não foi possível baixar o arquivo. É
recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - Erro: Parece
que o site desse link está indisponível no
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Arquivo 1: Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Arquivo 2: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/40533/33167/434599 (4130 termos)
Termos comuns: 185
Similaridade: 3,02%
O texto abaixo é o conteúdo do documento Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/40533/33167/434599 (4130 termos)

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Revisão da ação antrópica em fragmentos florestais em Manaus-Am
Wellison Rafael de Oliveira Brito
Veridiana Vizoni Scudeller

Manaus e crescimento urbano

A cidade de Manaus está localizada na Sub-região Rio Negro/Solimões no Estado do Amazonas, Região
Norte do Brasil. O município está localizado no centro da Amazônia Brasileira, próximo a foz do rio Negro,
afluente do rio Amazonas, entre as regiões geográficas 60º 01' 30? Oeste e 03º 06' 07? Sul, a uma
elevação de 92,9 metros. Manaus faz limite a norte com o município de Presidente Figueiredo, ao sul com
os municípios de Iranduba e Careiro, a leste com os municípios e Rio Preto da Eva e Itacoatiara e a oeste
com o município de Novo Airão.
Segundo dados do IBGE (2022), a população é estimada em cerca de 2.063.547 habitantes sendo a
capital mais populosa da região norte. Conforme a Lei Municipal nº 279, de 05 de abril de 1995, a
extensão total do município é de 11.401,92 km², representando aproximadamente 0,73% do território do
Estado do Amazonas, que engloba 1.577.820,2 km². Manaus é dividida em 6 zonas (norte, sul, leste,
oeste, centro-sul e centro-oeste) e composta por 63 bairros a partir da divisão e criação de novos limites
pela Lei nº 1.401, de 14 de janeiro de 2010.
A cidade de Manaus, inicialmente denominada Lugar da Barra do Rio Negro, teve sua origem em 1669,
situada na margem esquerda do Rio Negro, onde se localizava o Forte da Capitania do Amazonas, sob
jurisdição do Estado do Maranhão e Grão-Pará. Em 1755, em resposta às sugestões de Mendonça
Furtado e por meio de uma carta régia datada de 3 de março, foi criada a "Capitania de São José do Rio
Negro". Posteriormente, em 1832, passou a categoria de Vila sendo denominada Vila da Barra de São
José do Rio Negro, onde em 1848 foi designada à categoria de cidade sendo chamada de Manaós, para
em 1950 ser elevada à categoria de província, tornando-se capital da Província da Amazonas (Oliveira,
2006).
Segundo Oliveira (2006) a partir do final do século XIX, a cidade entrou em um período de expansão
devido à economia da borracha, e em 1900, atingiu a população de 50.300 habitantes. Durante esse
período, a cidade testemunhou um crescimento notável, caracterizado pela construção de novas ruas,
prédios públicos, residências elegantes e o Teatro Amazonas. Este teatro, um símbolo de prosperidade
econômica, representa o ápice da história econômica do Estado do Amazonas. Nesse contexto, a
população da cidade atingiu o número de 249.756 habitantes, marcando o auge do chamado ?boom
econômico? associado à exploração dos recursos da região amazônica.

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No entanto, o crescimento e a expansão urbana mais significativos da cidade tiveram início com a
implementação do Projeto Zona Franca de Manaus em 1967 pelo Decreto-Lei 288, uma iniciativa do
governo federal que tinha por objetivo desenvolver a Região Amazônica a partir da geração de emprego e
renda através de isenções fiscais, tornando-se mais atraentes para a instalação de indústrias (Botelho,
2001). Conforme argumentado por Pontes Filho (1997), a criação da Zona Franca de Manaus representou
uma estratégia influenciada pela pressão de investidores internacionais, com o objetivo de promover a
integração e o desenvolvimento da região amazônica, conectando-a com o centro-sul do país e o mercado
global.
A partir desse crescimento o processo de expansão urbana ocorreu principalmente de forma horizontal,
nas direções Leste e Norte da cidade, através de invasões e criação de conjuntos habitacionais populares
, originando loteamento e bairros sem planejamento, com consequências geoecológicas graves no espaço
urbano (da Silva, 2009). Dentre as formas de ocupações as ?invasões? surgem como uma das principais
causadoras de problemas ambientais devido a suas características de rápido assentamento e degradação
do espaço, levando ao crescimento urbano desenfreado, o que acaba trazendo consequências para a
natureza.
O rápido aumento da população na área urbana de Manaus trouxe a intensificação dos desafios
ambientais. Esses estão associados à expansão desorganizada do uso do solo, à manipulação das áreas
de vegetação, à contaminação dos recursos hídricos e à falta de infraestrutura adequada, desafios de
saneamento básico.

Os fragmentos florestais de Manaus

O processo de crescimento e desenvolvimento urbano acarreta diversas implicações, incluindo a perda de


espaços verdes que são gradualmente substituídos por novas construções, avenidas e bairros. Apesar da
redução em termos de área, as áreas verdes nas cidades adquiriram maior importância e reconhecimento
devido aos consideráveis ??benefícios que oferecem à população em geral. Estes benefícios incluem a
mitigação das condições microclimáticas desfavoráveis, a redução da poluição sonora e o aprimoramento
da paisagem urbana. (Kielbaso, 1994).
Segundo dados do IBGE (2022) a populução da cidade de Manaus é de cerca de 2.063.547 habitantes.
Oliveira e Schor (2009) afirmam que ao mesmo tempo que ocorre o aumento populacional e o
desenvolvimento econômico da cidade, emergiram uma série de desafios de natureza social, econômico e
ambiental. O rápido crescimento populacional, combinado com a falta de uma política habitacional eficaz,
impede a inclusão e a integração de toda a população nos diversos setores da economia, tornando
evidente a necessidade de expandir os limites urbanos da cidade nas chamadas invasões ou a partir de
empreendimentos imobiliários.
Nogueira et al. (2007) afirma que as pressões ambientais decorrentes do crescimento da população na
área urbana de Manaus ocasionaram nos últimos anos grandes alterações em seu espaço físico. Grande
parte da poluição dos igarapés e perda da biodiversidade foi/é ocasionada pela dinâmica da expansão
urbana da cidade. A expansão do uso da terra, que acompanha o crescimento da população humana,
resulta na fragmentação dos habitats naturais com a formação de fragmentos florestais de diferentes
tamanhos e formas (Thomanzini e Thomanzini, 2000)
Um fragmento florestal pode ser descrito como uma área de vegetação natural que está separada por
barreiras, sejam elas de origem humana ou natural, como estradas, assentamentos urbanos, campos
agrícolas, pastagens, florestas plantadas, elevações geográficas, corpos d'água como lagos e represas

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(Calegari et al., 2010). Em resumo, a fragmentação florestal representa um processo pelo qual áreas de
vegetação contínuas são divididas em manchas de menor tamanho, muitas vezes como resultado do
crescimento da população humana e da expansão das atividades agrícolas, industriais e urbanas (Assis et
al., 2019).
Para Troppmair (2008) a manutenção de fragmentos florestais urbanos é de extrema importância, uma vez
que suas condições ecológicas estão associadas aos índices de poluição do ar, conforto térmico e refúgio
para fauna e flora, resultando em um aumento significativo dos fatores que impactam a dinâmica dos
fragmentos, principalmente devido à pressão humana específica para ocupar essas áreas e às condições
microclimáticas específicas das áreas urbanas. A presença constante de uma alta densidade populacional
nas proximidades desses fragmentos acarreta uma série de impactos negativos aos mesmos.
Dentre os fragmentos florestais na cidade de Manaus foram selecionados três fragmentos de modo a
discutir seu papel e as pressões antrópicas sofridas a partir de estudos de análise multissistêmica de
imagens, sendo eles: Parque Estadual Sumaúma, APA Reserva Adolpho Ducke, APA Sauim-de-Manaus e
APA Floresta Manaós.

APA Reserva Adolpho Ducke


A Reserva Ducke, situada na zona norte de Manaus, foi instituída em 1963 por meio da Lei Estadual nº 41,
datada de 16 de fevereiro de 1963 oficializando a transferência da área da Reserva do Governo do
Amazonas para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Em 27 de março de 2012, o
Decreto N° 1.502 concedeu à reserva o status de parte da Área de Proteção Ambiental Reserva Florestal
Adolpho Ducke. Esse status permite uma ocupação humana controlada e conciliatória com a utilização
sustentável de recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Lei 9.985/00, que regulamenta o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Souza et al., 2023).
Segundo a Prefeitura de Manaus (2017), a Área de Proteção Ambiental (APA) Adolpho Ducke, com área
de 18,2 mil hectares, englobou a partir de conselho deliberativo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, o
Parque Municipal Nascentes do Mindu e o Corredor Ecológico Estadual da Reserva Florestal Adolpho
Ducke/Puraquequara. Mantendo uma conexão natural com a região florestal onde está localizada a área
de treinamento do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), criando, desse modo, um corredor
ecológico dentro dos limites urbanos de Manaus (Souza et al., 2023).

APA Floresta Manaós


A APA Floresta Manaós, situada na região Centro-Sul de Manaus, originalmente conhecida como APA
UFAM, INPA, ULBRA, Lagoa Do Japiim, Eliza Miranda e Acariquara, foi estabelecida por meio do Decreto
Municipal nº 1.503, datado de 27 de março de 2012. Essa área de proteção engloba uma extensão de
759,15 hectares, composta por fragmentos florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (
INPA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Parque Lagoa do Japiim e da Área Verde do
Conjunto Acariquara. Atualmente, foi alterada a nomenclatura para APA Floresta Manaós, de acordo com
o Decreto 4.515 de 26 de julho de 2019 (SEMMAS, 2019). Vale ressaltar que esta Área de Proteção
Ambiental é o terceiro maior fragmento florestal urbano do mundo e o maior do Brasil, conforme destaque
(Cavalcante et al., 2014).

Parque Estadual Sumaúma


O Parque Estadual Sumaúma (PAREST Sumaúma) é uma unidade de conservação de proteção integral
criada por meio do Decreto Estadual nº 23.721, datado de 09/05/2003, conforme descrito por Bueno e

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Ribeiro em 2007. Esta unidade de conservação abrange uma área de conservação aproximadamente 52
hectares e está situado no bairro Cidade Nova, Manaus, abrangendo as regiões geográficas que vão de
03°01'50" a 03°2'26" de latitude Sul e de 59°58'59" a 59°58'31 "de longitude Oeste. O PAREST Sumaúma
desempenha um papel vital, representando um dos poucos fragmentos florestais protegidos na área
urbana da cidade.
A criação do Parque Estadual Sumaúma, discutido desde 2001, a partir da organização comunitária
reivindicando ações do Poder Público voltadas à intensificação da proteção ambiental. A área sofre de
invasões que resultaram em sua degradação, em especial na forma de caça de animais selvagens e no
desmatamento.
O ato da criação do Parque, visou garantir a manutenção do Corredor Urbano do Mindú, contribuindo para
a conectividade dos fragmentos florestais urbanos da região e para a conservação dos ecossistemas
ameaçados.

Pressão urbana sobre fragmentos florestais na cidade de Manaus


O elevado grau de perturbação antrópica, nos mais diversos ecossistemas naturais, tem prejudicado a
conservação da biodiversidade no mundo, se apresentando como um dos principais desafios a ser
enfrentado pelo ser humano, sendo uma das consequências dessas perturbações é a fragmentação de
ecossistemas naturais. A degradação destes é resultado da complexa interação entre fatores inerentes ao
processo de fragmentação, como redução da área, maior exposição ao efeito de borda e isolamento, e a
constante pressão antrópica (Viana e Pinheiro, 1998) e também devido ao processo de urbanização
(Sampaio et al., 2002).
O crescimento populacional reflete na construção de um número crescente de edifícios ao longo do tempo
, destinados a fins residenciais ou não. No entanto, quando esse aumento na quantidade de construções
não é acompanhado por ações do poder público, surgem questões ambientais decorrentes da falta de
planejamento, incluindo problemas como o acúmulo de resíduos em áreas específicas e o desperdício
inadequado de esgoto em espaços públicos (Oliveira, 2018).
Cavalcante et al,. (2010) afirma que em praticamente todo o perímetro do PAREST Sumaúma observarou-
se a deposição de resíduos sólidos (lixo), carreado através de galerias de águas pluviais das avenidas e
ruas que circundam a unidade de conservação além de tubulações de esgoto com água servida
encontram os cursos d?água e nascentes do parque. O autor complemente que as saídas de esgotos e
águas pluviais além de transportar água contaminada, em alguns trechos aceleraram os processos
erosivos nas encostas, formando ravinas e voçorocas. De forma semelhante Santos et al., (2011)
constatam o problema com resíduos sólidos também na APA Manaós incluindo a retirada das cercas para
deposição desses resíduos.

Os igarapés investigados que adentram a reserva são fortemente influenciados pela urbanização na parte
superior de suas bacias, o que faz com que suas águas adentrem a reserva em condições já deterioradas
. No entanto, a reserva Ducke tem a maioria de seus corpos d'água em condições preservadas e com isso
constitui-se em um importante local de referência de dados de hidrologia e hidroquímica de floresta de
terra firme para outros locais na região.

Conclusão
O crescimento desordenado da cidade de Manaus, somado a falta de políticas públicas adequadas para o
ordenamento e zoneamento urbano, acarreta a degradação ambiental em florestas nativas e adensamento

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demográfico.

Referências bibliográficas

ASSIS, L. S.; CAMPOS, M.; GIRÃO, V. J. Manejo de fragmentos florestais degradados. Campinas (SP):
The Nature Conservancy, 2019.
BOTELHO, Antônio José Lopes. Projeto ZFM: vetor de interiorização ampliado. ? Manaus: s.ed., 2001.
CAVALCANTE, K. V. ; CARVALHO, A. S. ; PINHEIRO, E. S. ; GORDO, M. ; FRAXE, T. J. P. . Gestão
Ambiental: Zoneamento Ambiental do Campus da UFAM. In: V Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental
, 2014, Belo Horizonte. ANAIS - CONGRESSOS BRASILEIROS DE GESTÃO AMBIENTAL. Belo
Horizonte, 2014. v. 5.

SJF Ferreira , SAF Miranda , AO Marques-Filho , CC Silva. Efeito da pressão antrópica sobre igarapés na
Reserva Florestal Adolpho Ducke, área de floresta na Amazônia Central. Acta Amaz. , 42 ( 2012 ) , pp
. 533 - 540

KIELBASO, J.J. 1994. Urban forestry: the international situation. Anais do II Congresso Brasileiro sobre
Arborização Urbana, 1: 3-12
OLIVEIRA, José Aldemir de. Manaus: As contradições de uma cidade na (da) selva. In: NUNES, Brasilmar
Ferreira. Sociologia de capitais brasileiras: participação e planejamento urbano. Brasília: Líber Livro
Editora, 2006.
OLIVEIRA, J. A.; SCHOR,T. Manaus: transformações e permanências, do forte a metrópole regional. In:
CASTRO, E. (Org.). Cidades na Floresta. São Paulo, Annablume, 2009. p. 41-98.
PONTES FILHO, Raimundo P. Terceiro ciclo: promessa ou projeto para o Amazonas. Manaus: Ed. Da
Universidade do Amazonas, 1997.
SANTOS, R. M. ; COSTA, L. A. ; Tello, J. C. R. ; BEZERRA, S. A. S. ; VASCONCELOS, M. A. ; OLIVEIRA
, M. A. F. ; MARI, M. L. G. . Análise da pressão antrópica sobre a cobertura vegetal da área verde do
campus da UFAM utilizando Sistemas de Informações Geográficas (SIG). In: V Congreso Forestal
Latinoamericano, 2011, Lima, Peru. Anais do V CONFLAT, 2011.

SEMMAS - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Material de Apoio Pedagógico:


APA Floresta Manaós. Manaus, 2019.
Souza, VS e., Silva, SCP da., Lopes, MC., Gonçalves, VVC., Pereira, CF., Santiago, JL., & Linhares, ACC
. (2023). Pressão urbana sobre fragmentos florestais: estudo de caso da área de proteção ambiental da
reserva Adolpho Ducke na cidade de Manaus ? AM. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , 12 (3),
e18812340533. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40533
Thomanzini MJ & Thomanzini APBW (2000) A fragmentação florestal e a diversidade de insetos nas
florestas tropicais úmidas. Rio Branco, EMBRAPA Acre, 21p. (Circular Técnica, 57).
TROPPMAIR, H. Biogeografia e meio ambiente. 8. ed. Rio Claro: Divisa, 2008.

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Termos comuns: 54
Similaridade: 1,61%
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Os termos em vermelho foram encontrados no documento
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Revisão da ação antrópica em fragmentos florestais em Manaus-Am
Wellison Rafael de Oliveira Brito
Veridiana Vizoni Scudeller

Manaus e crescimento urbano

A cidade de Manaus está localizada na Sub-região Rio Negro/Solimões no Estado do Amazonas, Região
Norte do Brasil. O município está localizado no centro da Amazônia Brasileira, próximo a foz do rio Negro,
afluente do rio Amazonas, entre as regiões geográficas 60º 01' 30? Oeste e 03º 06' 07? Sul, a uma
elevação de 92,9 metros. Manaus faz limite a norte com o município de Presidente Figueiredo, ao sul com
os municípios de Iranduba e Careiro, a leste com os municípios e Rio Preto da Eva e Itacoatiara e a oeste
com o município de Novo Airão.
Segundo dados do IBGE (2022), a população é estimada em cerca de 2.063.547 habitantes sendo a
capital mais populosa da região norte. Conforme a Lei Municipal nº 279, de 05 de abril de 1995, a
extensão total do município é de 11.401,92 km², representando aproximadamente 0,73% do território do
Estado do Amazonas, que engloba 1.577.820,2 km². Manaus é dividida em 6 zonas (norte, sul, leste,
oeste, centro-sul e centro-oeste) e composta por 63 bairros a partir da divisão e criação de novos limites
pela Lei nº 1.401, de 14 de janeiro de 2010.
A cidade de Manaus, inicialmente denominada Lugar da Barra do Rio Negro, teve sua origem em 1669,
situada na margem esquerda do Rio Negro, onde se localizava o Forte da Capitania do Amazonas, sob
jurisdição do Estado do Maranhão e Grão-Pará. Em 1755, em resposta às sugestões de Mendonça
Furtado e por meio de uma carta régia datada de 3 de março, foi criada a "Capitania de São José do Rio
Negro". Posteriormente, em 1832, passou a categoria de Vila sendo denominada Vila da Barra de São
José do Rio Negro, onde em 1848 foi designada à categoria de cidade sendo chamada de Manaós, para
em 1950 ser elevada à categoria de província, tornando-se capital da Província da Amazonas (Oliveira,
2006).
Segundo Oliveira (2006) a partir do final do século XIX, a cidade entrou em um período de expansão
devido à economia da borracha, e em 1900, atingiu a população de 50.300 habitantes. Durante esse
período, a cidade testemunhou um crescimento notável, caracterizado pela construção de novas ruas,
prédios públicos, residências elegantes e o Teatro Amazonas. Este teatro, um símbolo de prosperidade
econômica, representa o ápice da história econômica do Estado do Amazonas. Nesse contexto, a
população da cidade atingiu o número de 249.756 habitantes, marcando o auge do chamado ?boom
econômico? associado à exploração dos recursos da região amazônica.

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No entanto, o crescimento e a expansão urbana mais significativos da cidade tiveram início com a
implementação do Projeto Zona Franca de Manaus em 1967 pelo Decreto-Lei 288, uma iniciativa do
governo federal que tinha por objetivo desenvolver a Região Amazônica a partir da geração de emprego e
renda através de isenções fiscais, tornando-se mais atraentes para a instalação de indústrias (Botelho,
2001). Conforme argumentado por Pontes Filho (1997), a criação da Zona Franca de Manaus representou
uma estratégia influenciada pela pressão de investidores internacionais, com o objetivo de promover a
integração e o desenvolvimento da região amazônica, conectando-a com o centro-sul do país e o mercado
global.
A partir desse crescimento o processo de expansão urbana ocorreu principalmente de forma horizontal,
nas direções Leste e Norte da cidade, através de invasões e criação de conjuntos habitacionais populares
, originando loteamento e bairros sem planejamento, com consequências geoecológicas graves no espaço
urbano (da Silva, 2009). Dentre as formas de ocupações as ?invasões? surgem como uma das principais
causadoras de problemas ambientais devido a suas características de rápido assentamento e degradação
do espaço, levando ao crescimento urbano desenfreado, o que acaba trazendo consequências para a
natureza.
O rápido aumento da população na área urbana de Manaus trouxe a intensificação dos desafios
ambientais. Esses estão associados à expansão desorganizada do uso do solo, à manipulação das áreas
de vegetação, à contaminação dos recursos hídricos e à falta de infraestrutura adequada, desafios de
saneamento básico.

Os fragmentos florestais de Manaus

O processo de crescimento e desenvolvimento urbano acarreta diversas implicações, incluindo a perda de


espaços verdes que são gradualmente substituídos por novas construções, avenidas e bairros. Apesar da
redução em termos de área, as áreas verdes nas cidades adquiriram maior importância e reconhecimento
devido aos consideráveis ??benefícios que oferecem à população em geral. Estes benefícios incluem a
mitigação das condições microclimáticas desfavoráveis, a redução da poluição sonora e o aprimoramento
da paisagem urbana. (Kielbaso, 1994).
Segundo dados do IBGE (2022) a populução da cidade de Manaus é de cerca de 2.063.547 habitantes.
Oliveira e Schor (2009) afirmam que ao mesmo tempo que ocorre o aumento populacional e o
desenvolvimento econômico da cidade, emergiram uma série de desafios de natureza social, econômico e
ambiental. O rápido crescimento populacional, combinado com a falta de uma política habitacional eficaz,
impede a inclusão e a integração de toda a população nos diversos setores da economia, tornando
evidente a necessidade de expandir os limites urbanos da cidade nas chamadas invasões ou a partir de
empreendimentos imobiliários.
Nogueira et al. (2007) afirma que as pressões ambientais decorrentes do crescimento da população na
área urbana de Manaus ocasionaram nos últimos anos grandes alterações em seu espaço físico. Grande
parte da poluição dos igarapés e perda da biodiversidade foi/é ocasionada pela dinâmica da expansão
urbana da cidade. A expansão do uso da terra, que acompanha o crescimento da população humana,
resulta na fragmentação dos habitats naturais com a formação de fragmentos florestais de diferentes
tamanhos e formas (Thomanzini e Thomanzini, 2000)
Um fragmento florestal pode ser descrito como uma área de vegetação natural que está separada por
barreiras, sejam elas de origem humana ou natural, como estradas, assentamentos urbanos, campos
agrícolas, pastagens, florestas plantadas, elevações geográficas, corpos d'água como lagos e represas

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(Calegari et al., 2010). Em resumo, a fragmentação florestal representa um processo pelo qual áreas de
vegetação contínuas são divididas em manchas de menor tamanho, muitas vezes como resultado do
crescimento da população humana e da expansão das atividades agrícolas, industriais e urbanas (Assis et
al., 2019).
Para Troppmair (2008) a manutenção de fragmentos florestais urbanos é de extrema importância, uma vez
que suas condições ecológicas estão associadas aos índices de poluição do ar, conforto térmico e refúgio
para fauna e flora, resultando em um aumento significativo dos fatores que impactam a dinâmica dos
fragmentos, principalmente devido à pressão humana específica para ocupar essas áreas e às condições
microclimáticas específicas das áreas urbanas. A presença constante de uma alta densidade populacional
nas proximidades desses fragmentos acarreta uma série de impactos negativos aos mesmos.
Dentre os fragmentos florestais na cidade de Manaus foram selecionados três fragmentos de modo a
discutir seu papel e as pressões antrópicas sofridas a partir de estudos de análise multissistêmica de
imagens, sendo eles: Parque Estadual Sumaúma, APA Reserva Adolpho Ducke, APA Sauim-de-Manaus e
APA Floresta Manaós.

APA Reserva Adolpho Ducke


A Reserva Ducke, situada na zona norte de Manaus, foi instituída em 1963 por meio da Lei Estadual nº 41,
datada de 16 de fevereiro de 1963 oficializando a transferência da área da Reserva do Governo do
Amazonas para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Em 27 de março de 2012, o
Decreto N° 1.502 concedeu à reserva o status de parte da Área de Proteção Ambiental Reserva Florestal
Adolpho Ducke. Esse status permite uma ocupação humana controlada e conciliatória com a utilização
sustentável de recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Lei 9.985/00, que regulamenta o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Souza et al., 2023).
Segundo a Prefeitura de Manaus (2017), a Área de Proteção Ambiental (APA) Adolpho Ducke, com área
de 18,2 mil hectares, englobou a partir de conselho deliberativo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, o
Parque Municipal Nascentes do Mindu e o Corredor Ecológico Estadual da Reserva Florestal Adolpho
Ducke/Puraquequara. Mantendo uma conexão natural com a região florestal onde está localizada a área
de treinamento do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), criando, desse modo, um corredor
ecológico dentro dos limites urbanos de Manaus (Souza et al., 2023).

APA Floresta Manaós


A APA Floresta Manaós, situada na região Centro-Sul de Manaus, originalmente conhecida como APA
UFAM, INPA, ULBRA, Lagoa Do Japiim, Eliza Miranda e Acariquara, foi estabelecida por meio do Decreto
Municipal nº 1.503, datado de 27 de março de 2012. Essa área de proteção engloba uma extensão de
759,15 hectares, composta por fragmentos florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (
INPA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Parque Lagoa do Japiim e da Área Verde do
Conjunto Acariquara. Atualmente, foi alterada a nomenclatura para APA Floresta Manaós, de acordo com
o Decreto 4.515 de 26 de julho de 2019 (SEMMAS, 2019). Vale ressaltar que esta Área de Proteção
Ambiental é o terceiro maior fragmento florestal urbano do mundo e o maior do Brasil, conforme destaque
(Cavalcante et al., 2014).

Parque Estadual Sumaúma


O Parque Estadual Sumaúma (PAREST Sumaúma) é uma unidade de conservação de proteção integral
criada por meio do Decreto Estadual nº 23.721, datado de 09/05/2003, conforme descrito por Bueno e

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Ribeiro em 2007. Esta unidade de conservação abrange uma área de conservação aproximadamente 52
hectares e está situado no bairro Cidade Nova, Manaus, abrangendo as regiões geográficas que vão de
03°01'50" a 03°2'26" de latitude Sul e de 59°58'59" a 59°58'31 "de longitude Oeste. O PAREST Sumaúma
desempenha um papel vital, representando um dos poucos fragmentos florestais protegidos na área
urbana da cidade.
A criação do Parque Estadual Sumaúma, discutido desde 2001, a partir da organização comunitária
reivindicando ações do Poder Público voltadas à intensificação da proteção ambiental. A área sofre de
invasões que resultaram em sua degradação, em especial na forma de caça de animais selvagens e no
desmatamento.
O ato da criação do Parque, visou garantir a manutenção do Corredor Urbano do Mindú, contribuindo para
a conectividade dos fragmentos florestais urbanos da região e para a conservação dos ecossistemas
ameaçados.

Pressão urbana sobre fragmentos florestais na cidade de Manaus


O elevado grau de perturbação antrópica, nos mais diversos ecossistemas naturais, tem prejudicado a
conservação da biodiversidade no mundo, se apresentando como um dos principais desafios a ser
enfrentado pelo ser humano, sendo uma das consequências dessas perturbações é a fragmentação de
ecossistemas naturais. A degradação destes é resultado da complexa interação entre fatores inerentes ao
processo de fragmentação, como redução da área, maior exposição ao efeito de borda e isolamento, e a
constante pressão antrópica (Viana e Pinheiro, 1998) e também devido ao processo de urbanização
(Sampaio et al., 2002).
O crescimento populacional reflete na construção de um número crescente de edifícios ao longo do tempo
, destinados a fins residenciais ou não. No entanto, quando esse aumento na quantidade de construções
não é acompanhado por ações do poder público, surgem questões ambientais decorrentes da falta de
planejamento, incluindo problemas como o acúmulo de resíduos em áreas específicas e o desperdício
inadequado de esgoto em espaços públicos (Oliveira, 2018).
Cavalcante et al,. (2010) afirma que em praticamente todo o perímetro do PAREST Sumaúma observarou-
se a deposição de resíduos sólidos (lixo), carreado através de galerias de águas pluviais das avenidas e
ruas que circundam a unidade de conservação além de tubulações de esgoto com água servida
encontram os cursos d?água e nascentes do parque. O autor complemente que as saídas de esgotos e
águas pluviais além de transportar água contaminada, em alguns trechos aceleraram os processos
erosivos nas encostas, formando ravinas e voçorocas. De forma semelhante Santos et al., (2011)
constatam o problema com resíduos sólidos também na APA Manaós incluindo a retirada das cercas para
deposição desses resíduos.

Os igarapés investigados que adentram a reserva são fortemente influenciados pela urbanização na parte
superior de suas bacias, o que faz com que suas águas adentrem a reserva em condições já deterioradas
. No entanto, a reserva Ducke tem a maioria de seus corpos d'água em condições preservadas e com isso
constitui-se em um importante local de referência de dados de hidrologia e hidroquímica de floresta de
terra firme para outros locais na região.

Conclusão
O crescimento desordenado da cidade de Manaus, somado a falta de políticas públicas adequadas para o
ordenamento e zoneamento urbano, acarreta a degradação ambiental em florestas nativas e adensamento

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demográfico.

Referências bibliográficas

ASSIS, L. S.; CAMPOS, M.; GIRÃO, V. J. Manejo de fragmentos florestais degradados. Campinas (SP):
The Nature Conservancy, 2019.
BOTELHO, Antônio José Lopes. Projeto ZFM: vetor de interiorização ampliado. ? Manaus: s.ed., 2001.
CAVALCANTE, K. V. ; CARVALHO, A. S. ; PINHEIRO, E. S. ; GORDO, M. ; FRAXE, T. J. P. . Gestão
Ambiental: Zoneamento Ambiental do Campus da UFAM. In: V Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental
, 2014, Belo Horizonte. ANAIS - CONGRESSOS BRASILEIROS DE GESTÃO AMBIENTAL. Belo
Horizonte, 2014. v. 5.

SJF Ferreira , SAF Miranda , AO Marques-Filho , CC Silva. Efeito da pressão antrópica sobre igarapés na
Reserva Florestal Adolpho Ducke, área de floresta na Amazônia Central. Acta Amaz. , 42 ( 2012 ) , pp
. 533 - 540

KIELBASO, J.J. 1994. Urban forestry: the international situation. Anais do II Congresso Brasileiro sobre
Arborização Urbana, 1: 3-12
OLIVEIRA, José Aldemir de. Manaus: As contradições de uma cidade na (da) selva. In: NUNES, Brasilmar
Ferreira. Sociologia de capitais brasileiras: participação e planejamento urbano. Brasília: Líber Livro
Editora, 2006.
OLIVEIRA, J. A.; SCHOR,T. Manaus: transformações e permanências, do forte a metrópole regional. In:
CASTRO, E. (Org.). Cidades na Floresta. São Paulo, Annablume, 2009. p. 41-98.
PONTES FILHO, Raimundo P. Terceiro ciclo: promessa ou projeto para o Amazonas. Manaus: Ed. Da
Universidade do Amazonas, 1997.
SANTOS, R. M. ; COSTA, L. A. ; Tello, J. C. R. ; BEZERRA, S. A. S. ; VASCONCELOS, M. A. ; OLIVEIRA
, M. A. F. ; MARI, M. L. G. . Análise da pressão antrópica sobre a cobertura vegetal da área verde do
campus da UFAM utilizando Sistemas de Informações Geográficas (SIG). In: V Congreso Forestal
Latinoamericano, 2011, Lima, Peru. Anais do V CONFLAT, 2011.

SEMMAS - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Material de Apoio Pedagógico:


APA Floresta Manaós. Manaus, 2019.
Souza, VS e., Silva, SCP da., Lopes, MC., Gonçalves, VVC., Pereira, CF., Santiago, JL., & Linhares, ACC
. (2023). Pressão urbana sobre fragmentos florestais: estudo de caso da área de proteção ambiental da
reserva Adolpho Ducke na cidade de Manaus ? AM. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , 12 (3),
e18812340533. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40533
Thomanzini MJ & Thomanzini APBW (2000) A fragmentação florestal e a diversidade de insetos nas
florestas tropicais úmidas. Rio Branco, EMBRAPA Acre, 21p. (Circular Técnica, 57).
TROPPMAIR, H. Biogeografia e meio ambiente. 8. ed. Rio Claro: Divisa, 2008.

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=================================================================================
Arquivo 1: Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Arquivo 2: https://edoc.ufam.edu.br/bitstream/123456789/2172/1/Anexo B - 2019 APA Floresta
Mana%C3%B3s.pdf (1696 termos)
Termos comuns: 56
Similaridade: 1,46%
O texto abaixo é o conteúdo do documento Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://edoc.ufam.edu.br/bitstream/123456789/2172/1/Anexo B - 2019 APA Floresta Mana%C3%B3s.pdf
(1696 termos)

=================================================================================
Revisão da ação antrópica em fragmentos florestais em Manaus-Am
Wellison Rafael de Oliveira Brito
Veridiana Vizoni Scudeller

Manaus e crescimento urbano

A cidade de Manaus está localizada na Sub-região Rio Negro/Solimões no Estado do Amazonas, Região
Norte do Brasil. O município está localizado no centro da Amazônia Brasileira, próximo a foz do rio Negro,
afluente do rio Amazonas, entre as regiões geográficas 60º 01' 30? Oeste e 03º 06' 07? Sul, a uma
elevação de 92,9 metros. Manaus faz limite a norte com o município de Presidente Figueiredo, ao sul com
os municípios de Iranduba e Careiro, a leste com os municípios e Rio Preto da Eva e Itacoatiara e a oeste
com o município de Novo Airão.
Segundo dados do IBGE (2022), a população é estimada em cerca de 2.063.547 habitantes sendo a
capital mais populosa da região norte. Conforme a Lei Municipal nº 279, de 05 de abril de 1995, a
extensão total do município é de 11.401,92 km², representando aproximadamente 0,73% do território do
Estado do Amazonas, que engloba 1.577.820,2 km². Manaus é dividida em 6 zonas (norte, sul, leste,
oeste, centro-sul e centro-oeste) e composta por 63 bairros a partir da divisão e criação de novos limites
pela Lei nº 1.401, de 14 de janeiro de 2010.
A cidade de Manaus, inicialmente denominada Lugar da Barra do Rio Negro, teve sua origem em 1669,
situada na margem esquerda do Rio Negro, onde se localizava o Forte da Capitania do Amazonas, sob
jurisdição do Estado do Maranhão e Grão-Pará. Em 1755, em resposta às sugestões de Mendonça
Furtado e por meio de uma carta régia datada de 3 de março, foi criada a "Capitania de São José do Rio
Negro". Posteriormente, em 1832, passou a categoria de Vila sendo denominada Vila da Barra de São
José do Rio Negro, onde em 1848 foi designada à categoria de cidade sendo chamada de Manaós, para
em 1950 ser elevada à categoria de província, tornando-se capital da Província da Amazonas (Oliveira,
2006).
Segundo Oliveira (2006) a partir do final do século XIX, a cidade entrou em um período de expansão
devido à economia da borracha, e em 1900, atingiu a população de 50.300 habitantes. Durante esse
período, a cidade testemunhou um crescimento notável, caracterizado pela construção de novas ruas,
prédios públicos, residências elegantes e o Teatro Amazonas. Este teatro, um símbolo de prosperidade
econômica, representa o ápice da história econômica do Estado do Amazonas. Nesse contexto, a

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população da cidade atingiu o número de 249.756 habitantes, marcando o auge do chamado ?boom
econômico? associado à exploração dos recursos da região amazônica.
No entanto, o crescimento e a expansão urbana mais significativos da cidade tiveram início com a
implementação do Projeto Zona Franca de Manaus em 1967 pelo Decreto-Lei 288, uma iniciativa do
governo federal que tinha por objetivo desenvolver a Região Amazônica a partir da geração de emprego e
renda através de isenções fiscais, tornando-se mais atraentes para a instalação de indústrias (Botelho,
2001). Conforme argumentado por Pontes Filho (1997), a criação da Zona Franca de Manaus representou
uma estratégia influenciada pela pressão de investidores internacionais, com o objetivo de promover a
integração e o desenvolvimento da região amazônica, conectando-a com o centro-sul do país e o mercado
global.
A partir desse crescimento o processo de expansão urbana ocorreu principalmente de forma horizontal,
nas direções Leste e Norte da cidade, através de invasões e criação de conjuntos habitacionais populares
, originando loteamento e bairros sem planejamento, com consequências geoecológicas graves no espaço
urbano (da Silva, 2009). Dentre as formas de ocupações as ?invasões? surgem como uma das principais
causadoras de problemas ambientais devido a suas características de rápido assentamento e degradação
do espaço, levando ao crescimento urbano desenfreado, o que acaba trazendo consequências para a
natureza.
O rápido aumento da população na área urbana de Manaus trouxe a intensificação dos desafios
ambientais. Esses estão associados à expansão desorganizada do uso do solo, à manipulação das áreas
de vegetação, à contaminação dos recursos hídricos e à falta de infraestrutura adequada, desafios de
saneamento básico.

Os fragmentos florestais de Manaus

O processo de crescimento e desenvolvimento urbano acarreta diversas implicações, incluindo a perda de


espaços verdes que são gradualmente substituídos por novas construções, avenidas e bairros. Apesar da
redução em termos de área, as áreas verdes nas cidades adquiriram maior importância e reconhecimento
devido aos consideráveis ??benefícios que oferecem à população em geral. Estes benefícios incluem a
mitigação das condições microclimáticas desfavoráveis, a redução da poluição sonora e o aprimoramento
da paisagem urbana. (Kielbaso, 1994).
Segundo dados do IBGE (2022) a populução da cidade de Manaus é de cerca de 2.063.547 habitantes.
Oliveira e Schor (2009) afirmam que ao mesmo tempo que ocorre o aumento populacional e o
desenvolvimento econômico da cidade, emergiram uma série de desafios de natureza social, econômico e
ambiental. O rápido crescimento populacional, combinado com a falta de uma política habitacional eficaz,
impede a inclusão e a integração de toda a população nos diversos setores da economia, tornando
evidente a necessidade de expandir os limites urbanos da cidade nas chamadas invasões ou a partir de
empreendimentos imobiliários.
Nogueira et al. (2007) afirma que as pressões ambientais decorrentes do crescimento da população na
área urbana de Manaus ocasionaram nos últimos anos grandes alterações em seu espaço físico. Grande
parte da poluição dos igarapés e perda da biodiversidade foi/é ocasionada pela dinâmica da expansão
urbana da cidade. A expansão do uso da terra, que acompanha o crescimento da população humana,
resulta na fragmentação dos habitats naturais com a formação de fragmentos florestais de diferentes
tamanhos e formas (Thomanzini e Thomanzini, 2000)
Um fragmento florestal pode ser descrito como uma área de vegetação natural que está separada por

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barreiras, sejam elas de origem humana ou natural, como estradas, assentamentos urbanos, campos
agrícolas, pastagens, florestas plantadas, elevações geográficas, corpos d'água como lagos e represas
(Calegari et al., 2010). Em resumo, a fragmentação florestal representa um processo pelo qual áreas de
vegetação contínuas são divididas em manchas de menor tamanho, muitas vezes como resultado do
crescimento da população humana e da expansão das atividades agrícolas, industriais e urbanas (Assis et
al., 2019).
Para Troppmair (2008) a manutenção de fragmentos florestais urbanos é de extrema importância, uma vez
que suas condições ecológicas estão associadas aos índices de poluição do ar, conforto térmico e refúgio
para fauna e flora, resultando em um aumento significativo dos fatores que impactam a dinâmica dos
fragmentos, principalmente devido à pressão humana específica para ocupar essas áreas e às condições
microclimáticas específicas das áreas urbanas. A presença constante de uma alta densidade populacional
nas proximidades desses fragmentos acarreta uma série de impactos negativos aos mesmos.
Dentre os fragmentos florestais na cidade de Manaus foram selecionados três fragmentos de modo a
discutir seu papel e as pressões antrópicas sofridas a partir de estudos de análise multissistêmica de
imagens, sendo eles: Parque Estadual Sumaúma, APA Reserva Adolpho Ducke, APA Sauim-de-Manaus e
APA Floresta Manaós.

APA Reserva Adolpho Ducke


A Reserva Ducke, situada na zona norte de Manaus, foi instituída em 1963 por meio da Lei Estadual nº 41,
datada de 16 de fevereiro de 1963 oficializando a transferência da área da Reserva do Governo do
Amazonas para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Em 27 de março de 2012, o
Decreto N° 1.502 concedeu à reserva o status de parte da Área de Proteção Ambiental Reserva Florestal
Adolpho Ducke. Esse status permite uma ocupação humana controlada e conciliatória com a utilização
sustentável de recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Lei 9.985/00, que regulamenta o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Souza et al., 2023).
Segundo a Prefeitura de Manaus (2017), a Área de Proteção Ambiental (APA) Adolpho Ducke, com área
de 18,2 mil hectares, englobou a partir de conselho deliberativo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, o
Parque Municipal Nascentes do Mindu e o Corredor Ecológico Estadual da Reserva Florestal Adolpho
Ducke/Puraquequara. Mantendo uma conexão natural com a região florestal onde está localizada a área
de treinamento do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), criando, desse modo, um corredor
ecológico dentro dos limites urbanos de Manaus (Souza et al., 2023).

APA Floresta Manaós


A APA Floresta Manaós, situada na região Centro-Sul de Manaus, originalmente conhecida como APA
UFAM, INPA, ULBRA, Lagoa Do Japiim, Eliza Miranda e Acariquara, foi estabelecida por meio do Decreto
Municipal nº 1.503, datado de 27 de março de 2012. Essa área de proteção engloba uma extensão de
759,15 hectares, composta por fragmentos florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Parque Lagoa do Japiim e da Área Verde do
Conjunto Acariquara. Atualmente, foi alterada a nomenclatura para APA Floresta Manaós, de acordo com
o Decreto 4.515 de 26 de julho de 2019 (SEMMAS, 2019). Vale ressaltar que esta Área de Proteção
Ambiental é o terceiro maior fragmento florestal urbano do mundo e o maior do Brasil, conforme destaque
(Cavalcante et al., 2014).

Parque Estadual Sumaúma

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O Parque Estadual Sumaúma (PAREST Sumaúma) é uma unidade de conservação de proteção integral
criada por meio do Decreto Estadual nº 23.721, datado de 09/05/2003, conforme descrito por Bueno e
Ribeiro em 2007. Esta unidade de conservação abrange uma área de conservação aproximadamente 52
hectares e está situado no bairro Cidade Nova, Manaus, abrangendo as regiões geográficas que vão de
03°01'50" a 03°2'26" de latitude Sul e de 59°58'59" a 59°58'31 "de longitude Oeste. O PAREST Sumaúma
desempenha um papel vital, representando um dos poucos fragmentos florestais protegidos na área
urbana da cidade.
A criação do Parque Estadual Sumaúma, discutido desde 2001, a partir da organização comunitária
reivindicando ações do Poder Público voltadas à intensificação da proteção ambiental. A área sofre de
invasões que resultaram em sua degradação, em especial na forma de caça de animais selvagens e no
desmatamento.
O ato da criação do Parque, visou garantir a manutenção do Corredor Urbano do Mindú, contribuindo para
a conectividade dos fragmentos florestais urbanos da região e para a conservação dos ecossistemas
ameaçados.

Pressão urbana sobre fragmentos florestais na cidade de Manaus


O elevado grau de perturbação antrópica, nos mais diversos ecossistemas naturais, tem prejudicado a
conservação da biodiversidade no mundo, se apresentando como um dos principais desafios a ser
enfrentado pelo ser humano, sendo uma das consequências dessas perturbações é a fragmentação de
ecossistemas naturais. A degradação destes é resultado da complexa interação entre fatores inerentes ao
processo de fragmentação, como redução da área, maior exposição ao efeito de borda e isolamento, e a
constante pressão antrópica (Viana e Pinheiro, 1998) e também devido ao processo de urbanização
(Sampaio et al., 2002).
O crescimento populacional reflete na construção de um número crescente de edifícios ao longo do tempo
, destinados a fins residenciais ou não. No entanto, quando esse aumento na quantidade de construções
não é acompanhado por ações do poder público, surgem questões ambientais decorrentes da falta de
planejamento, incluindo problemas como o acúmulo de resíduos em áreas específicas e o desperdício
inadequado de esgoto em espaços públicos (Oliveira, 2018).
Cavalcante et al,. (2010) afirma que em praticamente todo o perímetro do PAREST Sumaúma observarou-
se a deposição de resíduos sólidos (lixo), carreado através de galerias de águas pluviais das avenidas e
ruas que circundam a unidade de conservação além de tubulações de esgoto com água servida
encontram os cursos d?água e nascentes do parque. O autor complemente que as saídas de esgotos e
águas pluviais além de transportar água contaminada, em alguns trechos aceleraram os processos
erosivos nas encostas, formando ravinas e voçorocas. De forma semelhante Santos et al., (2011)
constatam o problema com resíduos sólidos também na APA Manaós incluindo a retirada das cercas para
deposição desses resíduos.

Os igarapés investigados que adentram a reserva são fortemente influenciados pela urbanização na parte
superior de suas bacias, o que faz com que suas águas adentrem a reserva em condições já deterioradas
. No entanto, a reserva Ducke tem a maioria de seus corpos d'água em condições preservadas e com isso
constitui-se em um importante local de referência de dados de hidrologia e hidroquímica de floresta de
terra firme para outros locais na região.

Conclusão

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O crescimento desordenado da cidade de Manaus, somado a falta de políticas públicas adequadas para o
ordenamento e zoneamento urbano, acarreta a degradação ambiental em florestas nativas e adensamento
demográfico.

Referências bibliográficas

ASSIS, L. S.; CAMPOS, M.; GIRÃO, V. J. Manejo de fragmentos florestais degradados. Campinas (SP):
The Nature Conservancy, 2019.
BOTELHO, Antônio José Lopes. Projeto ZFM: vetor de interiorização ampliado. ? Manaus: s.ed., 2001.
CAVALCANTE, K. V. ; CARVALHO, A. S. ; PINHEIRO, E. S. ; GORDO, M. ; FRAXE, T. J. P. . Gestão
Ambiental: Zoneamento Ambiental do Campus da UFAM. In: V Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental
, 2014, Belo Horizonte. ANAIS - CONGRESSOS BRASILEIROS DE GESTÃO AMBIENTAL. Belo
Horizonte, 2014. v. 5.

SJF Ferreira , SAF Miranda , AO Marques-Filho , CC Silva. Efeito da pressão antrópica sobre igarapés na
Reserva Florestal Adolpho Ducke, área de floresta na Amazônia Central. Acta Amaz. , 42 ( 2012 ) , pp
. 533 - 540

KIELBASO, J.J. 1994. Urban forestry: the international situation. Anais do II Congresso Brasileiro sobre
Arborização Urbana, 1: 3-12
OLIVEIRA, José Aldemir de. Manaus: As contradições de uma cidade na (da) selva. In: NUNES, Brasilmar
Ferreira. Sociologia de capitais brasileiras: participação e planejamento urbano. Brasília: Líber Livro
Editora, 2006.
OLIVEIRA, J. A.; SCHOR,T. Manaus: transformações e permanências, do forte a metrópole regional. In:
CASTRO, E. (Org.). Cidades na Floresta. São Paulo, Annablume, 2009. p. 41-98.
PONTES FILHO, Raimundo P. Terceiro ciclo: promessa ou projeto para o Amazonas. Manaus: Ed. Da
Universidade do Amazonas, 1997.
SANTOS, R. M. ; COSTA, L. A. ; Tello, J. C. R. ; BEZERRA, S. A. S. ; VASCONCELOS, M. A. ; OLIVEIRA
, M. A. F. ; MARI, M. L. G. . Análise da pressão antrópica sobre a cobertura vegetal da área verde do
campus da UFAM utilizando Sistemas de Informações Geográficas (SIG). In: V Congreso Forestal
Latinoamericano, 2011, Lima, Peru. Anais do V CONFLAT, 2011.

SEMMAS - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Material de Apoio Pedagógico:


APA Floresta Manaós. Manaus, 2019.
Souza, VS e., Silva, SCP da., Lopes, MC., Gonçalves, VVC., Pereira, CF., Santiago, JL., & Linhares, ACC
. (2023). Pressão urbana sobre fragmentos florestais: estudo de caso da área de proteção ambiental da
reserva Adolpho Ducke na cidade de Manaus ? AM. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , 12 (3),
e18812340533. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40533
Thomanzini MJ & Thomanzini APBW (2000) A fragmentação florestal e a diversidade de insetos nas
florestas tropicais úmidas. Rio Branco, EMBRAPA Acre, 21p. (Circular Técnica, 57).
TROPPMAIR, H. Biogeografia e meio ambiente. 8. ed. Rio Claro: Divisa, 2008.

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=================================================================================
Arquivo 1: Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Arquivo 2: https://peld.inpa.gov.br/pt-br/sitios/ducke (1566 termos)
Termos comuns: 30
Similaridade: 0,80%
O texto abaixo é o conteúdo do documento Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://peld.inpa.gov.br/pt-br/sitios/ducke
(1566 termos)

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Revisão da ação antrópica em fragmentos florestais em Manaus-Am
Wellison Rafael de Oliveira Brito
Veridiana Vizoni Scudeller

Manaus e crescimento urbano

A cidade de Manaus está localizada na Sub-região Rio Negro/Solimões no Estado do Amazonas, Região
Norte do Brasil. O município está localizado no centro da Amazônia Brasileira, próximo a foz do rio Negro,
afluente do rio Amazonas, entre as regiões geográficas 60º 01' 30? Oeste e 03º 06' 07? Sul, a uma
elevação de 92,9 metros. Manaus faz limite a norte com o município de Presidente Figueiredo, ao sul com
os municípios de Iranduba e Careiro, a leste com os municípios e Rio Preto da Eva e Itacoatiara e a oeste
com o município de Novo Airão.
Segundo dados do IBGE (2022), a população é estimada em cerca de 2.063.547 habitantes sendo a
capital mais populosa da região norte. Conforme a Lei Municipal nº 279, de 05 de abril de 1995, a
extensão total do município é de 11.401,92 km², representando aproximadamente 0,73% do território do
Estado do Amazonas, que engloba 1.577.820,2 km². Manaus é dividida em 6 zonas (norte, sul, leste,
oeste, centro-sul e centro-oeste) e composta por 63 bairros a partir da divisão e criação de novos limites
pela Lei nº 1.401, de 14 de janeiro de 2010.
A cidade de Manaus, inicialmente denominada Lugar da Barra do Rio Negro, teve sua origem em 1669,
situada na margem esquerda do Rio Negro, onde se localizava o Forte da Capitania do Amazonas, sob
jurisdição do Estado do Maranhão e Grão-Pará. Em 1755, em resposta às sugestões de Mendonça
Furtado e por meio de uma carta régia datada de 3 de março, foi criada a "Capitania de São José do Rio
Negro". Posteriormente, em 1832, passou a categoria de Vila sendo denominada Vila da Barra de São
José do Rio Negro, onde em 1848 foi designada à categoria de cidade sendo chamada de Manaós, para
em 1950 ser elevada à categoria de província, tornando-se capital da Província da Amazonas (Oliveira,
2006).
Segundo Oliveira (2006) a partir do final do século XIX, a cidade entrou em um período de expansão
devido à economia da borracha, e em 1900, atingiu a população de 50.300 habitantes. Durante esse
período, a cidade testemunhou um crescimento notável, caracterizado pela construção de novas ruas,
prédios públicos, residências elegantes e o Teatro Amazonas. Este teatro, um símbolo de prosperidade
econômica, representa o ápice da história econômica do Estado do Amazonas. Nesse contexto, a
população da cidade atingiu o número de 249.756 habitantes, marcando o auge do chamado ?boom
econômico? associado à exploração dos recursos da região amazônica.

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No entanto, o crescimento e a expansão urbana mais significativos da cidade tiveram início com a
implementação do Projeto Zona Franca de Manaus em 1967 pelo Decreto-Lei 288, uma iniciativa do
governo federal que tinha por objetivo desenvolver a Região Amazônica a partir da geração de emprego e
renda através de isenções fiscais, tornando-se mais atraentes para a instalação de indústrias (Botelho,
2001). Conforme argumentado por Pontes Filho (1997), a criação da Zona Franca de Manaus representou
uma estratégia influenciada pela pressão de investidores internacionais, com o objetivo de promover a
integração e o desenvolvimento da região amazônica, conectando-a com o centro-sul do país e o mercado
global.
A partir desse crescimento o processo de expansão urbana ocorreu principalmente de forma horizontal,
nas direções Leste e Norte da cidade, através de invasões e criação de conjuntos habitacionais populares
, originando loteamento e bairros sem planejamento, com consequências geoecológicas graves no espaço
urbano (da Silva, 2009). Dentre as formas de ocupações as ?invasões? surgem como uma das principais
causadoras de problemas ambientais devido a suas características de rápido assentamento e degradação
do espaço, levando ao crescimento urbano desenfreado, o que acaba trazendo consequências para a
natureza.
O rápido aumento da população na área urbana de Manaus trouxe a intensificação dos desafios
ambientais. Esses estão associados à expansão desorganizada do uso do solo, à manipulação das áreas
de vegetação, à contaminação dos recursos hídricos e à falta de infraestrutura adequada, desafios de
saneamento básico.

Os fragmentos florestais de Manaus

O processo de crescimento e desenvolvimento urbano acarreta diversas implicações, incluindo a perda de


espaços verdes que são gradualmente substituídos por novas construções, avenidas e bairros. Apesar da
redução em termos de área, as áreas verdes nas cidades adquiriram maior importância e reconhecimento
devido aos consideráveis ??benefícios que oferecem à população em geral. Estes benefícios incluem a
mitigação das condições microclimáticas desfavoráveis, a redução da poluição sonora e o aprimoramento
da paisagem urbana. (Kielbaso, 1994).
Segundo dados do IBGE (2022) a populução da cidade de Manaus é de cerca de 2.063.547 habitantes.
Oliveira e Schor (2009) afirmam que ao mesmo tempo que ocorre o aumento populacional e o
desenvolvimento econômico da cidade, emergiram uma série de desafios de natureza social, econômico e
ambiental. O rápido crescimento populacional, combinado com a falta de uma política habitacional eficaz,
impede a inclusão e a integração de toda a população nos diversos setores da economia, tornando
evidente a necessidade de expandir os limites urbanos da cidade nas chamadas invasões ou a partir de
empreendimentos imobiliários.
Nogueira et al. (2007) afirma que as pressões ambientais decorrentes do crescimento da população na
área urbana de Manaus ocasionaram nos últimos anos grandes alterações em seu espaço físico. Grande
parte da poluição dos igarapés e perda da biodiversidade foi/é ocasionada pela dinâmica da expansão
urbana da cidade. A expansão do uso da terra, que acompanha o crescimento da população humana,
resulta na fragmentação dos habitats naturais com a formação de fragmentos florestais de diferentes
tamanhos e formas (Thomanzini e Thomanzini, 2000)
Um fragmento florestal pode ser descrito como uma área de vegetação natural que está separada por
barreiras, sejam elas de origem humana ou natural, como estradas, assentamentos urbanos, campos
agrícolas, pastagens, florestas plantadas, elevações geográficas, corpos d'água como lagos e represas

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(Calegari et al., 2010). Em resumo, a fragmentação florestal representa um processo pelo qual áreas de
vegetação contínuas são divididas em manchas de menor tamanho, muitas vezes como resultado do
crescimento da população humana e da expansão das atividades agrícolas, industriais e urbanas (Assis et
al., 2019).
Para Troppmair (2008) a manutenção de fragmentos florestais urbanos é de extrema importância, uma vez
que suas condições ecológicas estão associadas aos índices de poluição do ar, conforto térmico e refúgio
para fauna e flora, resultando em um aumento significativo dos fatores que impactam a dinâmica dos
fragmentos, principalmente devido à pressão humana específica para ocupar essas áreas e às condições
microclimáticas específicas das áreas urbanas. A presença constante de uma alta densidade populacional
nas proximidades desses fragmentos acarreta uma série de impactos negativos aos mesmos.
Dentre os fragmentos florestais na cidade de Manaus foram selecionados três fragmentos de modo a
discutir seu papel e as pressões antrópicas sofridas a partir de estudos de análise multissistêmica de
imagens, sendo eles: Parque Estadual Sumaúma, APA Reserva Adolpho Ducke, APA Sauim-de-Manaus e
APA Floresta Manaós.

APA Reserva Adolpho Ducke


A Reserva Ducke, situada na zona norte de Manaus, foi instituída em 1963 por meio da Lei Estadual nº 41,
datada de 16 de fevereiro de 1963 oficializando a transferência da área da Reserva do Governo do
Amazonas para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Em 27 de março de 2012, o
Decreto N° 1.502 concedeu à reserva o status de parte da Área de Proteção Ambiental Reserva Florestal
Adolpho Ducke. Esse status permite uma ocupação humana controlada e conciliatória com a utilização
sustentável de recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Lei 9.985/00, que regulamenta o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Souza et al., 2023).
Segundo a Prefeitura de Manaus (2017), a Área de Proteção Ambiental (APA) Adolpho Ducke, com área
de 18,2 mil hectares, englobou a partir de conselho deliberativo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, o
Parque Municipal Nascentes do Mindu e o Corredor Ecológico Estadual da Reserva Florestal Adolpho
Ducke/Puraquequara. Mantendo uma conexão natural com a região florestal onde está localizada a área
de treinamento do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), criando, desse modo, um corredor
ecológico dentro dos limites urbanos de Manaus (Souza et al., 2023).

APA Floresta Manaós


A APA Floresta Manaós, situada na região Centro-Sul de Manaus, originalmente conhecida como APA
UFAM, INPA, ULBRA, Lagoa Do Japiim, Eliza Miranda e Acariquara, foi estabelecida por meio do Decreto
Municipal nº 1.503, datado de 27 de março de 2012. Essa área de proteção engloba uma extensão de
759,15 hectares, composta por fragmentos florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Parque Lagoa do Japiim e da Área Verde do
Conjunto Acariquara. Atualmente, foi alterada a nomenclatura para APA Floresta Manaós, de acordo com
o Decreto 4.515 de 26 de julho de 2019 (SEMMAS, 2019). Vale ressaltar que esta Área de Proteção
Ambiental é o terceiro maior fragmento florestal urbano do mundo e o maior do Brasil, conforme destaque
(Cavalcante et al., 2014).

Parque Estadual Sumaúma


O Parque Estadual Sumaúma (PAREST Sumaúma) é uma unidade de conservação de proteção integral
criada por meio do Decreto Estadual nº 23.721, datado de 09/05/2003, conforme descrito por Bueno e

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Ribeiro em 2007. Esta unidade de conservação abrange uma área de conservação aproximadamente 52
hectares e está situado no bairro Cidade Nova, Manaus, abrangendo as regiões geográficas que vão de
03°01'50" a 03°2'26" de latitude Sul e de 59°58'59" a 59°58'31 "de longitude Oeste. O PAREST Sumaúma
desempenha um papel vital, representando um dos poucos fragmentos florestais protegidos na área
urbana da cidade.
A criação do Parque Estadual Sumaúma, discutido desde 2001, a partir da organização comunitária
reivindicando ações do Poder Público voltadas à intensificação da proteção ambiental. A área sofre de
invasões que resultaram em sua degradação, em especial na forma de caça de animais selvagens e no
desmatamento.
O ato da criação do Parque, visou garantir a manutenção do Corredor Urbano do Mindú, contribuindo para
a conectividade dos fragmentos florestais urbanos da região e para a conservação dos ecossistemas
ameaçados.

Pressão urbana sobre fragmentos florestais na cidade de Manaus


O elevado grau de perturbação antrópica, nos mais diversos ecossistemas naturais, tem prejudicado a
conservação da biodiversidade no mundo, se apresentando como um dos principais desafios a ser
enfrentado pelo ser humano, sendo uma das consequências dessas perturbações é a fragmentação de
ecossistemas naturais. A degradação destes é resultado da complexa interação entre fatores inerentes ao
processo de fragmentação, como redução da área, maior exposição ao efeito de borda e isolamento, e a
constante pressão antrópica (Viana e Pinheiro, 1998) e também devido ao processo de urbanização
(Sampaio et al., 2002).
O crescimento populacional reflete na construção de um número crescente de edifícios ao longo do tempo
, destinados a fins residenciais ou não. No entanto, quando esse aumento na quantidade de construções
não é acompanhado por ações do poder público, surgem questões ambientais decorrentes da falta de
planejamento, incluindo problemas como o acúmulo de resíduos em áreas específicas e o desperdício
inadequado de esgoto em espaços públicos (Oliveira, 2018).
Cavalcante et al,. (2010) afirma que em praticamente todo o perímetro do PAREST Sumaúma observarou-
se a deposição de resíduos sólidos (lixo), carreado através de galerias de águas pluviais das avenidas e
ruas que circundam a unidade de conservação além de tubulações de esgoto com água servida
encontram os cursos d?água e nascentes do parque. O autor complemente que as saídas de esgotos e
águas pluviais além de transportar água contaminada, em alguns trechos aceleraram os processos
erosivos nas encostas, formando ravinas e voçorocas. De forma semelhante Santos et al., (2011)
constatam o problema com resíduos sólidos também na APA Manaós incluindo a retirada das cercas para
deposição desses resíduos.

Os igarapés investigados que adentram a reserva são fortemente influenciados pela urbanização na parte
superior de suas bacias, o que faz com que suas águas adentrem a reserva em condições já deterioradas
. No entanto, a reserva Ducke tem a maioria de seus corpos d'água em condições preservadas e com isso
constitui-se em um importante local de referência de dados de hidrologia e hidroquímica de floresta de
terra firme para outros locais na região.

Conclusão
O crescimento desordenado da cidade de Manaus, somado a falta de políticas públicas adequadas para o
ordenamento e zoneamento urbano, acarreta a degradação ambiental em florestas nativas e adensamento

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demográfico.

Referências bibliográficas

ASSIS, L. S.; CAMPOS, M.; GIRÃO, V. J. Manejo de fragmentos florestais degradados. Campinas (SP):
The Nature Conservancy, 2019.
BOTELHO, Antônio José Lopes. Projeto ZFM: vetor de interiorização ampliado. ? Manaus: s.ed., 2001.
CAVALCANTE, K. V. ; CARVALHO, A. S. ; PINHEIRO, E. S. ; GORDO, M. ; FRAXE, T. J. P. . Gestão
Ambiental: Zoneamento Ambiental do Campus da UFAM. In: V Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental
, 2014, Belo Horizonte. ANAIS - CONGRESSOS BRASILEIROS DE GESTÃO AMBIENTAL. Belo
Horizonte, 2014. v. 5.

SJF Ferreira , SAF Miranda , AO Marques-Filho , CC Silva. Efeito da pressão antrópica sobre igarapés na
Reserva Florestal Adolpho Ducke, área de floresta na Amazônia Central. Acta Amaz. , 42 ( 2012 ) , pp
. 533 - 540

KIELBASO, J.J. 1994. Urban forestry: the international situation. Anais do II Congresso Brasileiro sobre
Arborização Urbana, 1: 3-12
OLIVEIRA, José Aldemir de. Manaus: As contradições de uma cidade na (da) selva. In: NUNES, Brasilmar
Ferreira. Sociologia de capitais brasileiras: participação e planejamento urbano. Brasília: Líber Livro
Editora, 2006.
OLIVEIRA, J. A.; SCHOR,T. Manaus: transformações e permanências, do forte a metrópole regional. In:
CASTRO, E. (Org.). Cidades na Floresta. São Paulo, Annablume, 2009. p. 41-98.
PONTES FILHO, Raimundo P. Terceiro ciclo: promessa ou projeto para o Amazonas. Manaus: Ed. Da
Universidade do Amazonas, 1997.
SANTOS, R. M. ; COSTA, L. A. ; Tello, J. C. R. ; BEZERRA, S. A. S. ; VASCONCELOS, M. A. ; OLIVEIRA
, M. A. F. ; MARI, M. L. G. . Análise da pressão antrópica sobre a cobertura vegetal da área verde do
campus da UFAM utilizando Sistemas de Informações Geográficas (SIG). In: V Congreso Forestal
Latinoamericano, 2011, Lima, Peru. Anais do V CONFLAT, 2011.

SEMMAS - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Material de Apoio Pedagógico:


APA Floresta Manaós. Manaus, 2019.
Souza, VS e., Silva, SCP da., Lopes, MC., Gonçalves, VVC., Pereira, CF., Santiago, JL., & Linhares, ACC
. (2023). Pressão urbana sobre fragmentos florestais: estudo de caso da área de proteção ambiental da
reserva Adolpho Ducke na cidade de Manaus ? AM. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , 12 (3),
e18812340533. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40533
Thomanzini MJ & Thomanzini APBW (2000) A fragmentação florestal e a diversidade de insetos nas
florestas tropicais úmidas. Rio Branco, EMBRAPA Acre, 21p. (Circular Técnica, 57).
TROPPMAIR, H. Biogeografia e meio ambiente. 8. ed. Rio Claro: Divisa, 2008.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-10-25 01:19:29


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=================================================================================
Arquivo 1: Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Arquivo 2: https://www.puc-
rio.br/ensinopesq/ccpg/pibic/relatorio_resumo2020/download/relatorios/CCBS/BIO/BIO-Guilherme Martins
Violante.pdf (3404 termos)
Termos comuns: 40
Similaridade: 0,72%
O texto abaixo é o conteúdo do documento Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.puc-
rio.br/ensinopesq/ccpg/pibic/relatorio_resumo2020/download/relatorios/CCBS/BIO/BIO-Guilherme Martins
Violante.pdf (3404 termos)

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Revisão da ação antrópica em fragmentos florestais em Manaus-Am
Wellison Rafael de Oliveira Brito
Veridiana Vizoni Scudeller

Manaus e crescimento urbano

A cidade de Manaus está localizada na Sub-região Rio Negro/Solimões no Estado do Amazonas, Região
Norte do Brasil. O município está localizado no centro da Amazônia Brasileira, próximo a foz do rio Negro,
afluente do rio Amazonas, entre as regiões geográficas 60º 01' 30? Oeste e 03º 06' 07? Sul, a uma
elevação de 92,9 metros. Manaus faz limite a norte com o município de Presidente Figueiredo, ao sul com
os municípios de Iranduba e Careiro, a leste com os municípios e Rio Preto da Eva e Itacoatiara e a oeste
com o município de Novo Airão.
Segundo dados do IBGE (2022), a população é estimada em cerca de 2.063.547 habitantes sendo a
capital mais populosa da região norte. Conforme a Lei Municipal nº 279, de 05 de abril de 1995, a
extensão total do município é de 11.401,92 km², representando aproximadamente 0,73% do território do
Estado do Amazonas, que engloba 1.577.820,2 km². Manaus é dividida em 6 zonas (norte, sul, leste,
oeste, centro-sul e centro-oeste) e composta por 63 bairros a partir da divisão e criação de novos limites
pela Lei nº 1.401, de 14 de janeiro de 2010.
A cidade de Manaus, inicialmente denominada Lugar da Barra do Rio Negro, teve sua origem em 1669,
situada na margem esquerda do Rio Negro, onde se localizava o Forte da Capitania do Amazonas, sob
jurisdição do Estado do Maranhão e Grão-Pará. Em 1755, em resposta às sugestões de Mendonça
Furtado e por meio de uma carta régia datada de 3 de março, foi criada a "Capitania de São José do Rio
Negro". Posteriormente, em 1832, passou a categoria de Vila sendo denominada Vila da Barra de São
José do Rio Negro, onde em 1848 foi designada à categoria de cidade sendo chamada de Manaós, para
em 1950 ser elevada à categoria de província, tornando-se capital da Província da Amazonas (Oliveira,
2006).
Segundo Oliveira (2006) a partir do final do século XIX, a cidade entrou em um período de expansão
devido à economia da borracha, e em 1900, atingiu a população de 50.300 habitantes. Durante esse
período, a cidade testemunhou um crescimento notável, caracterizado pela construção de novas ruas,
prédios públicos, residências elegantes e o Teatro Amazonas. Este teatro, um símbolo de prosperidade

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econômica, representa o ápice da história econômica do Estado do Amazonas. Nesse contexto, a


população da cidade atingiu o número de 249.756 habitantes, marcando o auge do chamado ?boom
econômico? associado à exploração dos recursos da região amazônica.
No entanto, o crescimento e a expansão urbana mais significativos da cidade tiveram início com a
implementação do Projeto Zona Franca de Manaus em 1967 pelo Decreto-Lei 288, uma iniciativa do
governo federal que tinha por objetivo desenvolver a Região Amazônica a partir da geração de emprego e
renda através de isenções fiscais, tornando-se mais atraentes para a instalação de indústrias (Botelho,
2001). Conforme argumentado por Pontes Filho (1997), a criação da Zona Franca de Manaus representou
uma estratégia influenciada pela pressão de investidores internacionais, com o objetivo de promover a
integração e o desenvolvimento da região amazônica, conectando-a com o centro-sul do país e o mercado
global.
A partir desse crescimento o processo de expansão urbana ocorreu principalmente de forma horizontal,
nas direções Leste e Norte da cidade, através de invasões e criação de conjuntos habitacionais populares
, originando loteamento e bairros sem planejamento, com consequências geoecológicas graves no espaço
urbano (da Silva, 2009). Dentre as formas de ocupações as ?invasões? surgem como uma das principais
causadoras de problemas ambientais devido a suas características de rápido assentamento e degradação
do espaço, levando ao crescimento urbano desenfreado, o que acaba trazendo consequências para a
natureza.
O rápido aumento da população na área urbana de Manaus trouxe a intensificação dos desafios
ambientais. Esses estão associados à expansão desorganizada do uso do solo, à manipulação das áreas
de vegetação, à contaminação dos recursos hídricos e à falta de infraestrutura adequada, desafios de
saneamento básico.

Os fragmentos florestais de Manaus

O processo de crescimento e desenvolvimento urbano acarreta diversas implicações, incluindo a perda de


espaços verdes que são gradualmente substituídos por novas construções, avenidas e bairros. Apesar da
redução em termos de área, as áreas verdes nas cidades adquiriram maior importância e reconhecimento
devido aos consideráveis ??benefícios que oferecem à população em geral. Estes benefícios incluem a
mitigação das condições microclimáticas desfavoráveis, a redução da poluição sonora e o aprimoramento
da paisagem urbana. (Kielbaso, 1994).
Segundo dados do IBGE (2022) a populução da cidade de Manaus é de cerca de 2.063.547 habitantes.
Oliveira e Schor (2009) afirmam que ao mesmo tempo que ocorre o aumento populacional e o
desenvolvimento econômico da cidade, emergiram uma série de desafios de natureza social, econômico e
ambiental. O rápido crescimento populacional, combinado com a falta de uma política habitacional eficaz,
impede a inclusão e a integração de toda a população nos diversos setores da economia, tornando
evidente a necessidade de expandir os limites urbanos da cidade nas chamadas invasões ou a partir de
empreendimentos imobiliários.
Nogueira et al. (2007) afirma que as pressões ambientais decorrentes do crescimento da população na
área urbana de Manaus ocasionaram nos últimos anos grandes alterações em seu espaço físico. Grande
parte da poluição dos igarapés e perda da biodiversidade foi/é ocasionada pela dinâmica da expansão
urbana da cidade. A expansão do uso da terra, que acompanha o crescimento da população humana,
resulta na fragmentação dos habitats naturais com a formação de fragmentos florestais de diferentes
tamanhos e formas (Thomanzini e Thomanzini, 2000)

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Um fragmento florestal pode ser descrito como uma área de vegetação natural que está separada por
barreiras, sejam elas de origem humana ou natural, como estradas, assentamentos urbanos, campos
agrícolas, pastagens, florestas plantadas, elevações geográficas, corpos d'água como lagos e represas
(Calegari et al., 2010). Em resumo, a fragmentação florestal representa um processo pelo qual áreas de
vegetação contínuas são divididas em manchas de menor tamanho, muitas vezes como resultado do
crescimento da população humana e da expansão das atividades agrícolas, industriais e urbanas (Assis et
al., 2019).
Para Troppmair (2008) a manutenção de fragmentos florestais urbanos é de extrema importância, uma vez
que suas condições ecológicas estão associadas aos índices de poluição do ar, conforto térmico e refúgio
para fauna e flora, resultando em um aumento significativo dos fatores que impactam a dinâmica dos
fragmentos, principalmente devido à pressão humana específica para ocupar essas áreas e às condições
microclimáticas específicas das áreas urbanas. A presença constante de uma alta densidade populacional
nas proximidades desses fragmentos acarreta uma série de impactos negativos aos mesmos.
Dentre os fragmentos florestais na cidade de Manaus foram selecionados três fragmentos de modo a
discutir seu papel e as pressões antrópicas sofridas a partir de estudos de análise multissistêmica de
imagens, sendo eles: Parque Estadual Sumaúma, APA Reserva Adolpho Ducke, APA Sauim-de-Manaus e
APA Floresta Manaós.

APA Reserva Adolpho Ducke


A Reserva Ducke, situada na zona norte de Manaus, foi instituída em 1963 por meio da Lei Estadual nº 41,
datada de 16 de fevereiro de 1963 oficializando a transferência da área da Reserva do Governo do
Amazonas para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Em 27 de março de 2012, o
Decreto N° 1.502 concedeu à reserva o status de parte da Área de Proteção Ambiental Reserva Florestal
Adolpho Ducke. Esse status permite uma ocupação humana controlada e conciliatória com a utilização
sustentável de recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Lei 9.985/00, que regulamenta o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Souza et al., 2023).
Segundo a Prefeitura de Manaus (2017), a Área de Proteção Ambiental (APA) Adolpho Ducke, com área
de 18,2 mil hectares, englobou a partir de conselho deliberativo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, o
Parque Municipal Nascentes do Mindu e o Corredor Ecológico Estadual da Reserva Florestal Adolpho
Ducke/Puraquequara. Mantendo uma conexão natural com a região florestal onde está localizada a área
de treinamento do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), criando, desse modo, um corredor
ecológico dentro dos limites urbanos de Manaus (Souza et al., 2023).

APA Floresta Manaós


A APA Floresta Manaós, situada na região Centro-Sul de Manaus, originalmente conhecida como APA
UFAM, INPA, ULBRA, Lagoa Do Japiim, Eliza Miranda e Acariquara, foi estabelecida por meio do Decreto
Municipal nº 1.503, datado de 27 de março de 2012. Essa área de proteção engloba uma extensão de
759,15 hectares, composta por fragmentos florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Parque Lagoa do Japiim e da Área Verde do
Conjunto Acariquara. Atualmente, foi alterada a nomenclatura para APA Floresta Manaós, de acordo com
o Decreto 4.515 de 26 de julho de 2019 (SEMMAS, 2019). Vale ressaltar que esta Área de Proteção
Ambiental é o terceiro maior fragmento florestal urbano do mundo e o maior do Brasil, conforme destaque
(Cavalcante et al., 2014).

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Parque Estadual Sumaúma


O Parque Estadual Sumaúma (PAREST Sumaúma) é uma unidade de conservação de proteção integral
criada por meio do Decreto Estadual nº 23.721, datado de 09/05/2003, conforme descrito por Bueno e
Ribeiro em 2007. Esta unidade de conservação abrange uma área de conservação aproximadamente 52
hectares e está situado no bairro Cidade Nova, Manaus, abrangendo as regiões geográficas que vão de
03°01'50" a 03°2'26" de latitude Sul e de 59°58'59" a 59°58'31 "de longitude Oeste. O PAREST Sumaúma
desempenha um papel vital, representando um dos poucos fragmentos florestais protegidos na área
urbana da cidade.
A criação do Parque Estadual Sumaúma, discutido desde 2001, a partir da organização comunitária
reivindicando ações do Poder Público voltadas à intensificação da proteção ambiental. A área sofre de
invasões que resultaram em sua degradação, em especial na forma de caça de animais selvagens e no
desmatamento.
O ato da criação do Parque, visou garantir a manutenção do Corredor Urbano do Mindú, contribuindo para
a conectividade dos fragmentos florestais urbanos da região e para a conservação dos ecossistemas
ameaçados.

Pressão urbana sobre fragmentos florestais na cidade de Manaus


O elevado grau de perturbação antrópica, nos mais diversos ecossistemas naturais, tem prejudicado a
conservação da biodiversidade no mundo, se apresentando como um dos principais desafios a ser
enfrentado pelo ser humano, sendo uma das consequências dessas perturbações é a fragmentação de
ecossistemas naturais. A degradação destes é resultado da complexa interação entre fatores inerentes ao
processo de fragmentação, como redução da área, maior exposição ao efeito de borda e isolamento, e a
constante pressão antrópica (Viana e Pinheiro, 1998) e também devido ao processo de urbanização
(Sampaio et al., 2002).
O crescimento populacional reflete na construção de um número crescente de edifícios ao longo do tempo
, destinados a fins residenciais ou não. No entanto, quando esse aumento na quantidade de construções
não é acompanhado por ações do poder público, surgem questões ambientais decorrentes da falta de
planejamento, incluindo problemas como o acúmulo de resíduos em áreas específicas e o desperdício
inadequado de esgoto em espaços públicos (Oliveira, 2018).
Cavalcante et al,. (2010) afirma que em praticamente todo o perímetro do PAREST Sumaúma observarou-
se a deposição de resíduos sólidos (lixo), carreado através de galerias de águas pluviais das avenidas e
ruas que circundam a unidade de conservação além de tubulações de esgoto com água servida
encontram os cursos d?água e nascentes do parque. O autor complemente que as saídas de esgotos e
águas pluviais além de transportar água contaminada, em alguns trechos aceleraram os processos
erosivos nas encostas, formando ravinas e voçorocas. De forma semelhante Santos et al., (2011)
constatam o problema com resíduos sólidos também na APA Manaós incluindo a retirada das cercas para
deposição desses resíduos.

Os igarapés investigados que adentram a reserva são fortemente influenciados pela urbanização na parte
superior de suas bacias, o que faz com que suas águas adentrem a reserva em condições já deterioradas
. No entanto, a reserva Ducke tem a maioria de seus corpos d'água em condições preservadas e com isso
constitui-se em um importante local de referência de dados de hidrologia e hidroquímica de floresta de
terra firme para outros locais na região.

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Conclusão
O crescimento desordenado da cidade de Manaus, somado a falta de políticas públicas adequadas para o
ordenamento e zoneamento urbano, acarreta a degradação ambiental em florestas nativas e adensamento
demográfico.

Referências bibliográficas

ASSIS, L. S.; CAMPOS, M.; GIRÃO, V. J. Manejo de fragmentos florestais degradados. Campinas (SP):
The Nature Conservancy, 2019.
BOTELHO, Antônio José Lopes. Projeto ZFM: vetor de interiorização ampliado. ? Manaus: s.ed., 2001.
CAVALCANTE, K. V. ; CARVALHO, A. S. ; PINHEIRO, E. S. ; GORDO, M. ; FRAXE, T. J. P. . Gestão
Ambiental: Zoneamento Ambiental do Campus da UFAM. In: V Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental
, 2014, Belo Horizonte. ANAIS - CONGRESSOS BRASILEIROS DE GESTÃO AMBIENTAL. Belo
Horizonte, 2014. v. 5.

SJF Ferreira , SAF Miranda , AO Marques-Filho , CC Silva. Efeito da pressão antrópica sobre igarapés na
Reserva Florestal Adolpho Ducke, área de floresta na Amazônia Central. Acta Amaz. , 42 ( 2012 ) , pp
. 533 - 540

KIELBASO, J.J. 1994. Urban forestry: the international situation. Anais do II Congresso Brasileiro sobre
Arborização Urbana, 1: 3-12
OLIVEIRA, José Aldemir de. Manaus: As contradições de uma cidade na (da) selva. In: NUNES, Brasilmar
Ferreira. Sociologia de capitais brasileiras: participação e planejamento urbano. Brasília: Líber Livro
Editora, 2006.
OLIVEIRA, J. A.; SCHOR,T. Manaus: transformações e permanências, do forte a metrópole regional. In:
CASTRO, E. (Org.). Cidades na Floresta. São Paulo, Annablume, 2009. p. 41-98.
PONTES FILHO, Raimundo P. Terceiro ciclo: promessa ou projeto para o Amazonas. Manaus: Ed. Da
Universidade do Amazonas, 1997.
SANTOS, R. M. ; COSTA, L. A. ; Tello, J. C. R. ; BEZERRA, S. A. S. ; VASCONCELOS, M. A. ; OLIVEIRA
, M. A. F. ; MARI, M. L. G. . Análise da pressão antrópica sobre a cobertura vegetal da área verde do
campus da UFAM utilizando Sistemas de Informações Geográficas (SIG). In: V Congreso Forestal
Latinoamericano, 2011, Lima, Peru. Anais do V CONFLAT, 2011.

SEMMAS - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Material de Apoio Pedagógico:


APA Floresta Manaós. Manaus, 2019.
Souza, VS e., Silva, SCP da., Lopes, MC., Gonçalves, VVC., Pereira, CF., Santiago, JL., & Linhares, ACC
. (2023). Pressão urbana sobre fragmentos florestais: estudo de caso da área de proteção ambiental da
reserva Adolpho Ducke na cidade de Manaus ? AM. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , 12 (3),
e18812340533. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40533
Thomanzini MJ & Thomanzini APBW (2000) A fragmentação florestal e a diversidade de insetos nas
florestas tropicais úmidas. Rio Branco, EMBRAPA Acre, 21p. (Circular Técnica, 57).

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TROPPMAIR, H. Biogeografia e meio ambiente. 8. ed. Rio Claro: Divisa, 2008.

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=================================================================================
Arquivo 1: Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Arquivo 2: https://cetesb.sp.gov.br/proclima/wp-
content/uploads/sites/36/2020/03/UsoTerra_Final_Portugue.pdf (66056 termos)
Termos comuns: 193
Similaridade: 0,28%
O texto abaixo é o conteúdo do documento Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://cetesb.sp.gov.br/proclima/wp-
content/uploads/sites/36/2020/03/UsoTerra_Final_Portugue.pdf (66056 termos)

=================================================================================
Revisão da ação antrópica em fragmentos florestais em Manaus-Am
Wellison Rafael de Oliveira Brito
Veridiana Vizoni Scudeller

Manaus e crescimento urbano

A cidade de Manaus está localizada na Sub-região Rio Negro/Solimões no Estado do Amazonas, Região
Norte do Brasil. O município está localizado no centro da Amazônia Brasileira, próximo a foz do rio Negro,
afluente do rio Amazonas, entre as regiões geográficas 60º 01' 30? Oeste e 03º 06' 07? Sul, a uma
elevação de 92,9 metros. Manaus faz limite a norte com o município de Presidente Figueiredo, ao sul com
os municípios de Iranduba e Careiro, a leste com os municípios e Rio Preto da Eva e Itacoatiara e a oeste
com o município de Novo Airão.
Segundo dados do IBGE (2022), a população é estimada em cerca de 2.063.547 habitantes sendo a
capital mais populosa da região norte. Conforme a Lei Municipal nº 279, de 05 de abril de 1995, a
extensão total do município é de 11.401,92 km², representando aproximadamente 0,73% do território do
Estado do Amazonas, que engloba 1.577.820,2 km². Manaus é dividida em 6 zonas (norte, sul, leste,
oeste, centro-sul e centro-oeste) e composta por 63 bairros a partir da divisão e criação de novos limites
pela Lei nº 1.401, de 14 de janeiro de 2010.
A cidade de Manaus, inicialmente denominada Lugar da Barra do Rio Negro, teve sua origem em 1669,
situada na margem esquerda do Rio Negro, onde se localizava o Forte da Capitania do Amazonas, sob
jurisdição do Estado do Maranhão e Grão-Pará. Em 1755, em resposta às sugestões de Mendonça
Furtado e por meio de uma carta régia datada de 3 de março, foi criada a "Capitania de São José do Rio
Negro". Posteriormente, em 1832, passou a categoria de Vila sendo denominada Vila da Barra de São
José do Rio Negro, onde em 1848 foi designada à categoria de cidade sendo chamada de Manaós, para
em 1950 ser elevada à categoria de província, tornando-se capital da Província da Amazonas (Oliveira,
2006).
Segundo Oliveira (2006) a partir do final do século XIX, a cidade entrou em um período de expansão
devido à economia da borracha, e em 1900, atingiu a população de 50.300 habitantes. Durante esse
período, a cidade testemunhou um crescimento notável, caracterizado pela construção de novas ruas,
prédios públicos, residências elegantes e o Teatro Amazonas. Este teatro, um símbolo de prosperidade
econômica, representa o ápice da história econômica do Estado do Amazonas. Nesse contexto, a
população da cidade atingiu o número de 249.756 habitantes, marcando o auge do chamado ?boom

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econômico? associado à exploração dos recursos da região amazônica.


No entanto, o crescimento e a expansão urbana mais significativos da cidade tiveram início com a
implementação do Projeto Zona Franca de Manaus em 1967 pelo Decreto-Lei 288, uma iniciativa do
governo federal que tinha por objetivo desenvolver a Região Amazônica a partir da geração de emprego e
renda através de isenções fiscais, tornando-se mais atraentes para a instalação de indústrias (Botelho,
2001). Conforme argumentado por Pontes Filho (1997), a criação da Zona Franca de Manaus representou
uma estratégia influenciada pela pressão de investidores internacionais, com o objetivo de promover a
integração e o desenvolvimento da região amazônica, conectando-a com o centro-sul do país e o mercado
global.
A partir desse crescimento o processo de expansão urbana ocorreu principalmente de forma horizontal,
nas direções Leste e Norte da cidade, através de invasões e criação de conjuntos habitacionais populares
, originando loteamento e bairros sem planejamento, com consequências geoecológicas graves no espaço
urbano (da Silva, 2009). Dentre as formas de ocupações as ?invasões? surgem como uma das principais
causadoras de problemas ambientais devido a suas características de rápido assentamento e degradação
do espaço, levando ao crescimento urbano desenfreado, o que acaba trazendo consequências para a
natureza.
O rápido aumento da população na área urbana de Manaus trouxe a intensificação dos desafios
ambientais. Esses estão associados à expansão desorganizada do uso do solo, à manipulação das áreas
de vegetação, à contaminação dos recursos hídricos e à falta de infraestrutura adequada, desafios de
saneamento básico.

Os fragmentos florestais de Manaus

O processo de crescimento e desenvolvimento urbano acarreta diversas implicações, incluindo a perda de


espaços verdes que são gradualmente substituídos por novas construções, avenidas e bairros. Apesar da
redução em termos de área, as áreas verdes nas cidades adquiriram maior importância e reconhecimento
devido aos consideráveis ??benefícios que oferecem à população em geral. Estes benefícios incluem a
mitigação das condições microclimáticas desfavoráveis, a redução da poluição sonora e o aprimoramento
da paisagem urbana. (Kielbaso, 1994).
Segundo dados do IBGE (2022) a populução da cidade de Manaus é de cerca de 2.063.547 habitantes.
Oliveira e Schor (2009) afirmam que ao mesmo tempo que ocorre o aumento populacional e o
desenvolvimento econômico da cidade, emergiram uma série de desafios de natureza social, econômico e
ambiental. O rápido crescimento populacional, combinado com a falta de uma política habitacional eficaz,
impede a inclusão e a integração de toda a população nos diversos setores da economia, tornando
evidente a necessidade de expandir os limites urbanos da cidade nas chamadas invasões ou a partir de
empreendimentos imobiliários.
Nogueira et al. (2007) afirma que as pressões ambientais decorrentes do crescimento da população na
área urbana de Manaus ocasionaram nos últimos anos grandes alterações em seu espaço físico. Grande
parte da poluição dos igarapés e perda da biodiversidade foi/é ocasionada pela dinâmica da expansão
urbana da cidade. A expansão do uso da terra, que acompanha o crescimento da população humana,
resulta na fragmentação dos habitats naturais com a formação de fragmentos florestais de diferentes
tamanhos e formas (Thomanzini e Thomanzini, 2000)
Um fragmento florestal pode ser descrito como uma área de vegetação natural que está separada por
barreiras, sejam elas de origem humana ou natural, como estradas, assentamentos urbanos, campos

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agrícolas, pastagens, florestas plantadas, elevações geográficas, corpos d'água como lagos e represas
(Calegari et al., 2010). Em resumo, a fragmentação florestal representa um processo pelo qual áreas de
vegetação contínuas são divididas em manchas de menor tamanho, muitas vezes como resultado do
crescimento da população humana e da expansão das atividades agrícolas, industriais e urbanas (Assis et
al., 2019).
Para Troppmair (2008) a manutenção de fragmentos florestais urbanos é de extrema importância, uma vez
que suas condições ecológicas estão associadas aos índices de poluição do ar, conforto térmico e refúgio
para fauna e flora, resultando em um aumento significativo dos fatores que impactam a dinâmica dos
fragmentos, principalmente devido à pressão humana específica para ocupar essas áreas e às condições
microclimáticas específicas das áreas urbanas. A presença constante de uma alta densidade populacional
nas proximidades desses fragmentos acarreta uma série de impactos negativos aos mesmos.
Dentre os fragmentos florestais na cidade de Manaus foram selecionados três fragmentos de modo a
discutir seu papel e as pressões antrópicas sofridas a partir de estudos de análise multissistêmica de
imagens, sendo eles: Parque Estadual Sumaúma, APA Reserva Adolpho Ducke, APA Sauim-de-Manaus e
APA Floresta Manaós.

APA Reserva Adolpho Ducke


A Reserva Ducke, situada na zona norte de Manaus, foi instituída em 1963 por meio da Lei Estadual nº 41,
datada de 16 de fevereiro de 1963 oficializando a transferência da área da Reserva do Governo do
Amazonas para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Em 27 de março de 2012, o
Decreto N° 1.502 concedeu à reserva o status de parte da Área de Proteção Ambiental Reserva Florestal
Adolpho Ducke. Esse status permite uma ocupação humana controlada e conciliatória com a utilização
sustentável de recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Lei 9.985/00, que regulamenta o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Souza et al., 2023).
Segundo a Prefeitura de Manaus (2017), a Área de Proteção Ambiental (APA) Adolpho Ducke, com área
de 18,2 mil hectares, englobou a partir de conselho deliberativo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, o
Parque Municipal Nascentes do Mindu e o Corredor Ecológico Estadual da Reserva Florestal Adolpho
Ducke/Puraquequara. Mantendo uma conexão natural com a região florestal onde está localizada a área
de treinamento do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), criando, desse modo, um corredor
ecológico dentro dos limites urbanos de Manaus (Souza et al., 2023).

APA Floresta Manaós


A APA Floresta Manaós, situada na região Centro-Sul de Manaus, originalmente conhecida como APA
UFAM, INPA, ULBRA, Lagoa Do Japiim, Eliza Miranda e Acariquara, foi estabelecida por meio do Decreto
Municipal nº 1.503, datado de 27 de março de 2012. Essa área de proteção engloba uma extensão de
759,15 hectares, composta por fragmentos florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Parque Lagoa do Japiim e da Área Verde do
Conjunto Acariquara. Atualmente, foi alterada a nomenclatura para APA Floresta Manaós, de acordo com
o Decreto 4.515 de 26 de julho de 2019 (SEMMAS, 2019). Vale ressaltar que esta Área de Proteção
Ambiental é o terceiro maior fragmento florestal urbano do mundo e o maior do Brasil, conforme destaque
(Cavalcante et al., 2014).

Parque Estadual Sumaúma


O Parque Estadual Sumaúma (PAREST Sumaúma) é uma unidade de conservação de proteção integral

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criada por meio do Decreto Estadual nº 23.721, datado de 09/05/2003, conforme descrito por Bueno e
Ribeiro em 2007. Esta unidade de conservação abrange uma área de conservação aproximadamente 52
hectares e está situado no bairro Cidade Nova, Manaus, abrangendo as regiões geográficas que vão de
03°01'50" a 03°2'26" de latitude Sul e de 59°58'59" a 59°58'31 "de longitude Oeste. O PAREST Sumaúma
desempenha um papel vital, representando um dos poucos fragmentos florestais protegidos na área
urbana da cidade.
A criação do Parque Estadual Sumaúma, discutido desde 2001, a partir da organização comunitária
reivindicando ações do Poder Público voltadas à intensificação da proteção ambiental. A área sofre de
invasões que resultaram em sua degradação, em especial na forma de caça de animais selvagens e no
desmatamento.
O ato da criação do Parque, visou garantir a manutenção do Corredor Urbano do Mindú, contribuindo para
a conectividade dos fragmentos florestais urbanos da região e para a conservação dos ecossistemas
ameaçados.

Pressão urbana sobre fragmentos florestais na cidade de Manaus


O elevado grau de perturbação antrópica, nos mais diversos ecossistemas naturais, tem prejudicado a
conservação da biodiversidade no mundo, se apresentando como um dos principais desafios a ser
enfrentado pelo ser humano, sendo uma das consequências dessas perturbações é a fragmentação de
ecossistemas naturais. A degradação destes é resultado da complexa interação entre fatores inerentes ao
processo de fragmentação, como redução da área, maior exposição ao efeito de borda e isolamento, e a
constante pressão antrópica (Viana e Pinheiro, 1998) e também devido ao processo de urbanização
(Sampaio et al., 2002).
O crescimento populacional reflete na construção de um número crescente de edifícios ao longo do tempo
, destinados a fins residenciais ou não. No entanto, quando esse aumento na quantidade de construções
não é acompanhado por ações do poder público, surgem questões ambientais decorrentes da falta de
planejamento, incluindo problemas como o acúmulo de resíduos em áreas específicas e o desperdício
inadequado de esgoto em espaços públicos (Oliveira, 2018).
Cavalcante et al,. (2010) afirma que em praticamente todo o perímetro do PAREST Sumaúma observarou-
se a deposição de resíduos sólidos (lixo), carreado através de galerias de águas pluviais das avenidas e
ruas que circundam a unidade de conservação além de tubulações de esgoto com água servida
encontram os cursos d?água e nascentes do parque. O autor complemente que as saídas de esgotos e
águas pluviais além de transportar água contaminada, em alguns trechos aceleraram os processos
erosivos nas encostas, formando ravinas e voçorocas. De forma semelhante Santos et al., (2011)
constatam o problema com resíduos sólidos também na APA Manaós incluindo a retirada das cercas para
deposição desses resíduos.

Os igarapés investigados que adentram a reserva são fortemente influenciados pela urbanização na parte
superior de suas bacias, o que faz com que suas águas adentrem a reserva em condições já deterioradas
. No entanto, a reserva Ducke tem a maioria de seus corpos d'água em condições preservadas e com isso
constitui-se em um importante local de referência de dados de hidrologia e hidroquímica de floresta de
terra firme para outros locais na região.

Conclusão
O crescimento desordenado da cidade de Manaus, somado a falta de políticas públicas adequadas para o

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ordenamento e zoneamento urbano, acarreta a degradação ambiental em florestas nativas e adensamento


demográfico.

Referências bibliográficas

ASSIS, L. S.; CAMPOS, M.; GIRÃO, V. J. Manejo de fragmentos florestais degradados. Campinas (SP):
The Nature Conservancy, 2019.
BOTELHO, Antônio José Lopes. Projeto ZFM: vetor de interiorização ampliado. ? Manaus: s.ed., 2001.
CAVALCANTE, K. V. ; CARVALHO, A. S. ; PINHEIRO, E. S. ; GORDO, M. ; FRAXE, T. J. P. . Gestão
Ambiental: Zoneamento Ambiental do Campus da UFAM. In: V Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental
, 2014, Belo Horizonte. ANAIS - CONGRESSOS BRASILEIROS DE GESTÃO AMBIENTAL. Belo
Horizonte, 2014. v. 5.

SJF Ferreira , SAF Miranda , AO Marques-Filho , CC Silva. Efeito da pressão antrópica sobre igarapés na
Reserva Florestal Adolpho Ducke, área de floresta na Amazônia Central. Acta Amaz. , 42 ( 2012 ) , pp
. 533 - 540

KIELBASO, J.J. 1994. Urban forestry: the international situation. Anais do II Congresso Brasileiro sobre
Arborização Urbana, 1: 3-12
OLIVEIRA, José Aldemir de. Manaus: As contradições de uma cidade na (da) selva. In: NUNES, Brasilmar
Ferreira. Sociologia de capitais brasileiras: participação e planejamento urbano. Brasília: Líber Livro
Editora, 2006.
OLIVEIRA, J. A.; SCHOR,T. Manaus: transformações e permanências, do forte a metrópole regional. In:
CASTRO, E. (Org.). Cidades na Floresta. São Paulo, Annablume, 2009. p. 41-98.
PONTES FILHO, Raimundo P. Terceiro ciclo: promessa ou projeto para o Amazonas. Manaus: Ed. Da
Universidade do Amazonas, 1997.
SANTOS, R. M. ; COSTA, L. A. ; Tello, J. C. R. ; BEZERRA, S. A. S. ; VASCONCELOS, M. A. ; OLIVEIRA
, M. A. F. ; MARI, M. L. G. . Análise da pressão antrópica sobre a cobertura vegetal da área verde do
campus da UFAM utilizando Sistemas de Informações Geográficas (SIG). In: V Congreso Forestal
Latinoamericano, 2011, Lima, Peru. Anais do V CONFLAT, 2011.

SEMMAS - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Material de Apoio Pedagógico:


APA Floresta Manaós. Manaus, 2019.
Souza, VS e., Silva, SCP da., Lopes, MC., Gonçalves, VVC., Pereira, CF., Santiago, JL., & Linhares, ACC
. (2023). Pressão urbana sobre fragmentos florestais: estudo de caso da área de proteção ambiental da
reserva Adolpho Ducke na cidade de Manaus ? AM. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , 12 (3),
e18812340533. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40533
Thomanzini MJ & Thomanzini APBW (2000) A fragmentação florestal e a diversidade de insetos nas
florestas tropicais úmidas. Rio Branco, EMBRAPA Acre, 21p. (Circular Técnica, 57).
TROPPMAIR, H. Biogeografia e meio ambiente. 8. ed. Rio Claro: Divisa, 2008.

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=================================================================================
Arquivo 1: Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Arquivo 2: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2016/01/unidades-moveis-de-saude-oferecem-
exames-em-5-bairros-de-manaus.html (464 termos)
Termos comuns: 5
Similaridade: 0,18%
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Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2016/01/unidades-moveis-de-saude-oferecem-exames-em-5-
bairros-de-manaus.html (464 termos)

=================================================================================
Revisão da ação antrópica em fragmentos florestais em Manaus-Am
Wellison Rafael de Oliveira Brito
Veridiana Vizoni Scudeller

Manaus e crescimento urbano

A cidade de Manaus está localizada na Sub-região Rio Negro/Solimões no Estado do Amazonas, Região
Norte do Brasil. O município está localizado no centro da Amazônia Brasileira, próximo a foz do rio Negro,
afluente do rio Amazonas, entre as regiões geográficas 60º 01' 30? Oeste e 03º 06' 07? Sul, a uma
elevação de 92,9 metros. Manaus faz limite a norte com o município de Presidente Figueiredo, ao sul com
os municípios de Iranduba e Careiro, a leste com os municípios e Rio Preto da Eva e Itacoatiara e a oeste
com o município de Novo Airão.
Segundo dados do IBGE (2022), a população é estimada em cerca de 2.063.547 habitantes sendo a
capital mais populosa da região norte. Conforme a Lei Municipal nº 279, de 05 de abril de 1995, a
extensão total do município é de 11.401,92 km², representando aproximadamente 0,73% do território do
Estado do Amazonas, que engloba 1.577.820,2 km². Manaus é dividida em 6 zonas (norte, sul, leste,
oeste, centro-sul e centro-oeste) e composta por 63 bairros a partir da divisão e criação de novos limites
pela Lei nº 1.401, de 14 de janeiro de 2010.
A cidade de Manaus, inicialmente denominada Lugar da Barra do Rio Negro, teve sua origem em 1669,
situada na margem esquerda do Rio Negro, onde se localizava o Forte da Capitania do Amazonas, sob
jurisdição do Estado do Maranhão e Grão-Pará. Em 1755, em resposta às sugestões de Mendonça
Furtado e por meio de uma carta régia datada de 3 de março, foi criada a "Capitania de São José do Rio
Negro". Posteriormente, em 1832, passou a categoria de Vila sendo denominada Vila da Barra de São
José do Rio Negro, onde em 1848 foi designada à categoria de cidade sendo chamada de Manaós, para
em 1950 ser elevada à categoria de província, tornando-se capital da Província da Amazonas (Oliveira,
2006).
Segundo Oliveira (2006) a partir do final do século XIX, a cidade entrou em um período de expansão
devido à economia da borracha, e em 1900, atingiu a população de 50.300 habitantes. Durante esse
período, a cidade testemunhou um crescimento notável, caracterizado pela construção de novas ruas,
prédios públicos, residências elegantes e o Teatro Amazonas. Este teatro, um símbolo de prosperidade
econômica, representa o ápice da história econômica do Estado do Amazonas. Nesse contexto, a

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população da cidade atingiu o número de 249.756 habitantes, marcando o auge do chamado ?boom
econômico? associado à exploração dos recursos da região amazônica.
No entanto, o crescimento e a expansão urbana mais significativos da cidade tiveram início com a
implementação do Projeto Zona Franca de Manaus em 1967 pelo Decreto-Lei 288, uma iniciativa do
governo federal que tinha por objetivo desenvolver a Região Amazônica a partir da geração de emprego e
renda através de isenções fiscais, tornando-se mais atraentes para a instalação de indústrias (Botelho,
2001). Conforme argumentado por Pontes Filho (1997), a criação da Zona Franca de Manaus representou
uma estratégia influenciada pela pressão de investidores internacionais, com o objetivo de promover a
integração e o desenvolvimento da região amazônica, conectando-a com o centro-sul do país e o mercado
global.
A partir desse crescimento o processo de expansão urbana ocorreu principalmente de forma horizontal,
nas direções Leste e Norte da cidade, através de invasões e criação de conjuntos habitacionais populares
, originando loteamento e bairros sem planejamento, com consequências geoecológicas graves no espaço
urbano (da Silva, 2009). Dentre as formas de ocupações as ?invasões? surgem como uma das principais
causadoras de problemas ambientais devido a suas características de rápido assentamento e degradação
do espaço, levando ao crescimento urbano desenfreado, o que acaba trazendo consequências para a
natureza.
O rápido aumento da população na área urbana de Manaus trouxe a intensificação dos desafios
ambientais. Esses estão associados à expansão desorganizada do uso do solo, à manipulação das áreas
de vegetação, à contaminação dos recursos hídricos e à falta de infraestrutura adequada, desafios de
saneamento básico.

Os fragmentos florestais de Manaus

O processo de crescimento e desenvolvimento urbano acarreta diversas implicações, incluindo a perda de


espaços verdes que são gradualmente substituídos por novas construções, avenidas e bairros. Apesar da
redução em termos de área, as áreas verdes nas cidades adquiriram maior importância e reconhecimento
devido aos consideráveis ??benefícios que oferecem à população em geral. Estes benefícios incluem a
mitigação das condições microclimáticas desfavoráveis, a redução da poluição sonora e o aprimoramento
da paisagem urbana. (Kielbaso, 1994).
Segundo dados do IBGE (2022) a populução da cidade de Manaus é de cerca de 2.063.547 habitantes.
Oliveira e Schor (2009) afirmam que ao mesmo tempo que ocorre o aumento populacional e o
desenvolvimento econômico da cidade, emergiram uma série de desafios de natureza social, econômico e
ambiental. O rápido crescimento populacional, combinado com a falta de uma política habitacional eficaz,
impede a inclusão e a integração de toda a população nos diversos setores da economia, tornando
evidente a necessidade de expandir os limites urbanos da cidade nas chamadas invasões ou a partir de
empreendimentos imobiliários.
Nogueira et al. (2007) afirma que as pressões ambientais decorrentes do crescimento da população na
área urbana de Manaus ocasionaram nos últimos anos grandes alterações em seu espaço físico. Grande
parte da poluição dos igarapés e perda da biodiversidade foi/é ocasionada pela dinâmica da expansão
urbana da cidade. A expansão do uso da terra, que acompanha o crescimento da população humana,
resulta na fragmentação dos habitats naturais com a formação de fragmentos florestais de diferentes
tamanhos e formas (Thomanzini e Thomanzini, 2000)
Um fragmento florestal pode ser descrito como uma área de vegetação natural que está separada por

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barreiras, sejam elas de origem humana ou natural, como estradas, assentamentos urbanos, campos
agrícolas, pastagens, florestas plantadas, elevações geográficas, corpos d'água como lagos e represas
(Calegari et al., 2010). Em resumo, a fragmentação florestal representa um processo pelo qual áreas de
vegetação contínuas são divididas em manchas de menor tamanho, muitas vezes como resultado do
crescimento da população humana e da expansão das atividades agrícolas, industriais e urbanas (Assis et
al., 2019).
Para Troppmair (2008) a manutenção de fragmentos florestais urbanos é de extrema importância, uma vez
que suas condições ecológicas estão associadas aos índices de poluição do ar, conforto térmico e refúgio
para fauna e flora, resultando em um aumento significativo dos fatores que impactam a dinâmica dos
fragmentos, principalmente devido à pressão humana específica para ocupar essas áreas e às condições
microclimáticas específicas das áreas urbanas. A presença constante de uma alta densidade populacional
nas proximidades desses fragmentos acarreta uma série de impactos negativos aos mesmos.
Dentre os fragmentos florestais na cidade de Manaus foram selecionados três fragmentos de modo a
discutir seu papel e as pressões antrópicas sofridas a partir de estudos de análise multissistêmica de
imagens, sendo eles: Parque Estadual Sumaúma, APA Reserva Adolpho Ducke, APA Sauim-de-Manaus e
APA Floresta Manaós.

APA Reserva Adolpho Ducke


A Reserva Ducke, situada na zona norte de Manaus, foi instituída em 1963 por meio da Lei Estadual nº 41,
datada de 16 de fevereiro de 1963 oficializando a transferência da área da Reserva do Governo do
Amazonas para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Em 27 de março de 2012, o
Decreto N° 1.502 concedeu à reserva o status de parte da Área de Proteção Ambiental Reserva Florestal
Adolpho Ducke. Esse status permite uma ocupação humana controlada e conciliatória com a utilização
sustentável de recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Lei 9.985/00, que regulamenta o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Souza et al., 2023).
Segundo a Prefeitura de Manaus (2017), a Área de Proteção Ambiental (APA) Adolpho Ducke, com área
de 18,2 mil hectares, englobou a partir de conselho deliberativo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, o
Parque Municipal Nascentes do Mindu e o Corredor Ecológico Estadual da Reserva Florestal Adolpho
Ducke/Puraquequara. Mantendo uma conexão natural com a região florestal onde está localizada a área
de treinamento do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), criando, desse modo, um corredor
ecológico dentro dos limites urbanos de Manaus (Souza et al., 2023).

APA Floresta Manaós


A APA Floresta Manaós, situada na região Centro-Sul de Manaus, originalmente conhecida como APA
UFAM, INPA, ULBRA, Lagoa Do Japiim, Eliza Miranda e Acariquara, foi estabelecida por meio do Decreto
Municipal nº 1.503, datado de 27 de março de 2012. Essa área de proteção engloba uma extensão de
759,15 hectares, composta por fragmentos florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Parque Lagoa do Japiim e da Área Verde do
Conjunto Acariquara. Atualmente, foi alterada a nomenclatura para APA Floresta Manaós, de acordo com
o Decreto 4.515 de 26 de julho de 2019 (SEMMAS, 2019). Vale ressaltar que esta Área de Proteção
Ambiental é o terceiro maior fragmento florestal urbano do mundo e o maior do Brasil, conforme destaque
(Cavalcante et al., 2014).

Parque Estadual Sumaúma

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O Parque Estadual Sumaúma (PAREST Sumaúma) é uma unidade de conservação de proteção integral
criada por meio do Decreto Estadual nº 23.721, datado de 09/05/2003, conforme descrito por Bueno e
Ribeiro em 2007. Esta unidade de conservação abrange uma área de conservação aproximadamente 52
hectares e está situado no bairro Cidade Nova, Manaus, abrangendo as regiões geográficas que vão de
03°01'50" a 03°2'26" de latitude Sul e de 59°58'59" a 59°58'31 "de longitude Oeste. O PAREST Sumaúma
desempenha um papel vital, representando um dos poucos fragmentos florestais protegidos na área
urbana da cidade.
A criação do Parque Estadual Sumaúma, discutido desde 2001, a partir da organização comunitária
reivindicando ações do Poder Público voltadas à intensificação da proteção ambiental. A área sofre de
invasões que resultaram em sua degradação, em especial na forma de caça de animais selvagens e no
desmatamento.
O ato da criação do Parque, visou garantir a manutenção do Corredor Urbano do Mindú, contribuindo para
a conectividade dos fragmentos florestais urbanos da região e para a conservação dos ecossistemas
ameaçados.

Pressão urbana sobre fragmentos florestais na cidade de Manaus


O elevado grau de perturbação antrópica, nos mais diversos ecossistemas naturais, tem prejudicado a
conservação da biodiversidade no mundo, se apresentando como um dos principais desafios a ser
enfrentado pelo ser humano, sendo uma das consequências dessas perturbações é a fragmentação de
ecossistemas naturais. A degradação destes é resultado da complexa interação entre fatores inerentes ao
processo de fragmentação, como redução da área, maior exposição ao efeito de borda e isolamento, e a
constante pressão antrópica (Viana e Pinheiro, 1998) e também devido ao processo de urbanização
(Sampaio et al., 2002).
O crescimento populacional reflete na construção de um número crescente de edifícios ao longo do tempo
, destinados a fins residenciais ou não. No entanto, quando esse aumento na quantidade de construções
não é acompanhado por ações do poder público, surgem questões ambientais decorrentes da falta de
planejamento, incluindo problemas como o acúmulo de resíduos em áreas específicas e o desperdício
inadequado de esgoto em espaços públicos (Oliveira, 2018).
Cavalcante et al,. (2010) afirma que em praticamente todo o perímetro do PAREST Sumaúma observarou-
se a deposição de resíduos sólidos (lixo), carreado através de galerias de águas pluviais das avenidas e
ruas que circundam a unidade de conservação além de tubulações de esgoto com água servida
encontram os cursos d?água e nascentes do parque. O autor complemente que as saídas de esgotos e
águas pluviais além de transportar água contaminada, em alguns trechos aceleraram os processos
erosivos nas encostas, formando ravinas e voçorocas. De forma semelhante Santos et al., (2011)
constatam o problema com resíduos sólidos também na APA Manaós incluindo a retirada das cercas para
deposição desses resíduos.

Os igarapés investigados que adentram a reserva são fortemente influenciados pela urbanização na parte
superior de suas bacias, o que faz com que suas águas adentrem a reserva em condições já deterioradas
. No entanto, a reserva Ducke tem a maioria de seus corpos d'água em condições preservadas e com isso
constitui-se em um importante local de referência de dados de hidrologia e hidroquímica de floresta de
terra firme para outros locais na região.

Conclusão

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O crescimento desordenado da cidade de Manaus, somado a falta de políticas públicas adequadas para o
ordenamento e zoneamento urbano, acarreta a degradação ambiental em florestas nativas e adensamento
demográfico.

Referências bibliográficas

ASSIS, L. S.; CAMPOS, M.; GIRÃO, V. J. Manejo de fragmentos florestais degradados. Campinas (SP):
The Nature Conservancy, 2019.
BOTELHO, Antônio José Lopes. Projeto ZFM: vetor de interiorização ampliado. ? Manaus: s.ed., 2001.
CAVALCANTE, K. V. ; CARVALHO, A. S. ; PINHEIRO, E. S. ; GORDO, M. ; FRAXE, T. J. P. . Gestão
Ambiental: Zoneamento Ambiental do Campus da UFAM. In: V Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental
, 2014, Belo Horizonte. ANAIS - CONGRESSOS BRASILEIROS DE GESTÃO AMBIENTAL. Belo
Horizonte, 2014. v. 5.

SJF Ferreira , SAF Miranda , AO Marques-Filho , CC Silva. Efeito da pressão antrópica sobre igarapés na
Reserva Florestal Adolpho Ducke, área de floresta na Amazônia Central. Acta Amaz. , 42 ( 2012 ) , pp
. 533 - 540

KIELBASO, J.J. 1994. Urban forestry: the international situation. Anais do II Congresso Brasileiro sobre
Arborização Urbana, 1: 3-12
OLIVEIRA, José Aldemir de. Manaus: As contradições de uma cidade na (da) selva. In: NUNES, Brasilmar
Ferreira. Sociologia de capitais brasileiras: participação e planejamento urbano. Brasília: Líber Livro
Editora, 2006.
OLIVEIRA, J. A.; SCHOR,T. Manaus: transformações e permanências, do forte a metrópole regional. In:
CASTRO, E. (Org.). Cidades na Floresta. São Paulo, Annablume, 2009. p. 41-98.
PONTES FILHO, Raimundo P. Terceiro ciclo: promessa ou projeto para o Amazonas. Manaus: Ed. Da
Universidade do Amazonas, 1997.
SANTOS, R. M. ; COSTA, L. A. ; Tello, J. C. R. ; BEZERRA, S. A. S. ; VASCONCELOS, M. A. ; OLIVEIRA
, M. A. F. ; MARI, M. L. G. . Análise da pressão antrópica sobre a cobertura vegetal da área verde do
campus da UFAM utilizando Sistemas de Informações Geográficas (SIG). In: V Congreso Forestal
Latinoamericano, 2011, Lima, Peru. Anais do V CONFLAT, 2011.

SEMMAS - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Material de Apoio Pedagógico:


APA Floresta Manaós. Manaus, 2019.
Souza, VS e., Silva, SCP da., Lopes, MC., Gonçalves, VVC., Pereira, CF., Santiago, JL., & Linhares, ACC
. (2023). Pressão urbana sobre fragmentos florestais: estudo de caso da área de proteção ambiental da
reserva Adolpho Ducke na cidade de Manaus ? AM. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , 12 (3),
e18812340533. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40533
Thomanzini MJ & Thomanzini APBW (2000) A fragmentação florestal e a diversidade de insetos nas
florestas tropicais úmidas. Rio Branco, EMBRAPA Acre, 21p. (Circular Técnica, 57).
TROPPMAIR, H. Biogeografia e meio ambiente. 8. ed. Rio Claro: Divisa, 2008.

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=================================================================================
Arquivo 1: Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Arquivo 2: https://markets.businessinsider.com/currencies/rio-gbp (299 termos)
Termos comuns: 0
Similaridade: 0,00%
O texto abaixo é o conteúdo do documento Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://markets.businessinsider.com/currencies/rio-gbp (299 termos)

=================================================================================
Revisão da ação antrópica em fragmentos florestais em Manaus-Am
Wellison Rafael de Oliveira Brito
Veridiana Vizoni Scudeller

Manaus e crescimento urbano

A cidade de Manaus está localizada na Sub-região Rio Negro/Solimões no Estado do Amazonas, Região
Norte do Brasil. O município está localizado no centro da Amazônia Brasileira, próximo a foz do rio Negro,
afluente do rio Amazonas, entre as regiões geográficas 60º 01' 30? Oeste e 03º 06' 07? Sul, a uma
elevação de 92,9 metros. Manaus faz limite a norte com o município de Presidente Figueiredo, ao sul com
os municípios de Iranduba e Careiro, a leste com os municípios e Rio Preto da Eva e Itacoatiara e a oeste
com o município de Novo Airão.
Segundo dados do IBGE (2022), a população é estimada em cerca de 2.063.547 habitantes sendo a
capital mais populosa da região norte. Conforme a Lei Municipal nº 279, de 05 de abril de 1995, a
extensão total do município é de 11.401,92 km², representando aproximadamente 0,73% do território do
Estado do Amazonas, que engloba 1.577.820,2 km². Manaus é dividida em 6 zonas (norte, sul, leste,
oeste, centro-sul e centro-oeste) e composta por 63 bairros a partir da divisão e criação de novos limites
pela Lei nº 1.401, de 14 de janeiro de 2010.
A cidade de Manaus, inicialmente denominada Lugar da Barra do Rio Negro, teve sua origem em 1669,
situada na margem esquerda do Rio Negro, onde se localizava o Forte da Capitania do Amazonas, sob
jurisdição do Estado do Maranhão e Grão-Pará. Em 1755, em resposta às sugestões de Mendonça
Furtado e por meio de uma carta régia datada de 3 de março, foi criada a "Capitania de São José do Rio
Negro". Posteriormente, em 1832, passou a categoria de Vila sendo denominada Vila da Barra de São
José do Rio Negro, onde em 1848 foi designada à categoria de cidade sendo chamada de Manaós, para
em 1950 ser elevada à categoria de província, tornando-se capital da Província da Amazonas (Oliveira,
2006).
Segundo Oliveira (2006) a partir do final do século XIX, a cidade entrou em um período de expansão
devido à economia da borracha, e em 1900, atingiu a população de 50.300 habitantes. Durante esse
período, a cidade testemunhou um crescimento notável, caracterizado pela construção de novas ruas,
prédios públicos, residências elegantes e o Teatro Amazonas. Este teatro, um símbolo de prosperidade
econômica, representa o ápice da história econômica do Estado do Amazonas. Nesse contexto, a
população da cidade atingiu o número de 249.756 habitantes, marcando o auge do chamado ?boom
econômico? associado à exploração dos recursos da região amazônica.

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No entanto, o crescimento e a expansão urbana mais significativos da cidade tiveram início com a
implementação do Projeto Zona Franca de Manaus em 1967 pelo Decreto-Lei 288, uma iniciativa do
governo federal que tinha por objetivo desenvolver a Região Amazônica a partir da geração de emprego e
renda através de isenções fiscais, tornando-se mais atraentes para a instalação de indústrias (Botelho,
2001). Conforme argumentado por Pontes Filho (1997), a criação da Zona Franca de Manaus representou
uma estratégia influenciada pela pressão de investidores internacionais, com o objetivo de promover a
integração e o desenvolvimento da região amazônica, conectando-a com o centro-sul do país e o mercado
global.
A partir desse crescimento o processo de expansão urbana ocorreu principalmente de forma horizontal,
nas direções Leste e Norte da cidade, através de invasões e criação de conjuntos habitacionais populares
, originando loteamento e bairros sem planejamento, com consequências geoecológicas graves no espaço
urbano (da Silva, 2009). Dentre as formas de ocupações as ?invasões? surgem como uma das principais
causadoras de problemas ambientais devido a suas características de rápido assentamento e degradação
do espaço, levando ao crescimento urbano desenfreado, o que acaba trazendo consequências para a
natureza.
O rápido aumento da população na área urbana de Manaus trouxe a intensificação dos desafios
ambientais. Esses estão associados à expansão desorganizada do uso do solo, à manipulação das áreas
de vegetação, à contaminação dos recursos hídricos e à falta de infraestrutura adequada, desafios de
saneamento básico.

Os fragmentos florestais de Manaus

O processo de crescimento e desenvolvimento urbano acarreta diversas implicações, incluindo a perda de


espaços verdes que são gradualmente substituídos por novas construções, avenidas e bairros. Apesar da
redução em termos de área, as áreas verdes nas cidades adquiriram maior importância e reconhecimento
devido aos consideráveis ??benefícios que oferecem à população em geral. Estes benefícios incluem a
mitigação das condições microclimáticas desfavoráveis, a redução da poluição sonora e o aprimoramento
da paisagem urbana. (Kielbaso, 1994).
Segundo dados do IBGE (2022) a populução da cidade de Manaus é de cerca de 2.063.547 habitantes.
Oliveira e Schor (2009) afirmam que ao mesmo tempo que ocorre o aumento populacional e o
desenvolvimento econômico da cidade, emergiram uma série de desafios de natureza social, econômico e
ambiental. O rápido crescimento populacional, combinado com a falta de uma política habitacional eficaz,
impede a inclusão e a integração de toda a população nos diversos setores da economia, tornando
evidente a necessidade de expandir os limites urbanos da cidade nas chamadas invasões ou a partir de
empreendimentos imobiliários.
Nogueira et al. (2007) afirma que as pressões ambientais decorrentes do crescimento da população na
área urbana de Manaus ocasionaram nos últimos anos grandes alterações em seu espaço físico. Grande
parte da poluição dos igarapés e perda da biodiversidade foi/é ocasionada pela dinâmica da expansão
urbana da cidade. A expansão do uso da terra, que acompanha o crescimento da população humana,
resulta na fragmentação dos habitats naturais com a formação de fragmentos florestais de diferentes
tamanhos e formas (Thomanzini e Thomanzini, 2000)
Um fragmento florestal pode ser descrito como uma área de vegetação natural que está separada por
barreiras, sejam elas de origem humana ou natural, como estradas, assentamentos urbanos, campos
agrícolas, pastagens, florestas plantadas, elevações geográficas, corpos d'água como lagos e represas

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(Calegari et al., 2010). Em resumo, a fragmentação florestal representa um processo pelo qual áreas de
vegetação contínuas são divididas em manchas de menor tamanho, muitas vezes como resultado do
crescimento da população humana e da expansão das atividades agrícolas, industriais e urbanas (Assis et
al., 2019).
Para Troppmair (2008) a manutenção de fragmentos florestais urbanos é de extrema importância, uma vez
que suas condições ecológicas estão associadas aos índices de poluição do ar, conforto térmico e refúgio
para fauna e flora, resultando em um aumento significativo dos fatores que impactam a dinâmica dos
fragmentos, principalmente devido à pressão humana específica para ocupar essas áreas e às condições
microclimáticas específicas das áreas urbanas. A presença constante de uma alta densidade populacional
nas proximidades desses fragmentos acarreta uma série de impactos negativos aos mesmos.
Dentre os fragmentos florestais na cidade de Manaus foram selecionados três fragmentos de modo a
discutir seu papel e as pressões antrópicas sofridas a partir de estudos de análise multissistêmica de
imagens, sendo eles: Parque Estadual Sumaúma, APA Reserva Adolpho Ducke, APA Sauim-de-Manaus e
APA Floresta Manaós.

APA Reserva Adolpho Ducke


A Reserva Ducke, situada na zona norte de Manaus, foi instituída em 1963 por meio da Lei Estadual nº 41,
datada de 16 de fevereiro de 1963 oficializando a transferência da área da Reserva do Governo do
Amazonas para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Em 27 de março de 2012, o
Decreto N° 1.502 concedeu à reserva o status de parte da Área de Proteção Ambiental Reserva Florestal
Adolpho Ducke. Esse status permite uma ocupação humana controlada e conciliatória com a utilização
sustentável de recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Lei 9.985/00, que regulamenta o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Souza et al., 2023).
Segundo a Prefeitura de Manaus (2017), a Área de Proteção Ambiental (APA) Adolpho Ducke, com área
de 18,2 mil hectares, englobou a partir de conselho deliberativo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, o
Parque Municipal Nascentes do Mindu e o Corredor Ecológico Estadual da Reserva Florestal Adolpho
Ducke/Puraquequara. Mantendo uma conexão natural com a região florestal onde está localizada a área
de treinamento do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), criando, desse modo, um corredor
ecológico dentro dos limites urbanos de Manaus (Souza et al., 2023).

APA Floresta Manaós


A APA Floresta Manaós, situada na região Centro-Sul de Manaus, originalmente conhecida como APA
UFAM, INPA, ULBRA, Lagoa Do Japiim, Eliza Miranda e Acariquara, foi estabelecida por meio do Decreto
Municipal nº 1.503, datado de 27 de março de 2012. Essa área de proteção engloba uma extensão de
759,15 hectares, composta por fragmentos florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Parque Lagoa do Japiim e da Área Verde do
Conjunto Acariquara. Atualmente, foi alterada a nomenclatura para APA Floresta Manaós, de acordo com
o Decreto 4.515 de 26 de julho de 2019 (SEMMAS, 2019). Vale ressaltar que esta Área de Proteção
Ambiental é o terceiro maior fragmento florestal urbano do mundo e o maior do Brasil, conforme destaque
(Cavalcante et al., 2014).

Parque Estadual Sumaúma


O Parque Estadual Sumaúma (PAREST Sumaúma) é uma unidade de conservação de proteção integral
criada por meio do Decreto Estadual nº 23.721, datado de 09/05/2003, conforme descrito por Bueno e

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Ribeiro em 2007. Esta unidade de conservação abrange uma área de conservação aproximadamente 52
hectares e está situado no bairro Cidade Nova, Manaus, abrangendo as regiões geográficas que vão de
03°01'50" a 03°2'26" de latitude Sul e de 59°58'59" a 59°58'31 "de longitude Oeste. O PAREST Sumaúma
desempenha um papel vital, representando um dos poucos fragmentos florestais protegidos na área
urbana da cidade.
A criação do Parque Estadual Sumaúma, discutido desde 2001, a partir da organização comunitária
reivindicando ações do Poder Público voltadas à intensificação da proteção ambiental. A área sofre de
invasões que resultaram em sua degradação, em especial na forma de caça de animais selvagens e no
desmatamento.
O ato da criação do Parque, visou garantir a manutenção do Corredor Urbano do Mindú, contribuindo para
a conectividade dos fragmentos florestais urbanos da região e para a conservação dos ecossistemas
ameaçados.

Pressão urbana sobre fragmentos florestais na cidade de Manaus


O elevado grau de perturbação antrópica, nos mais diversos ecossistemas naturais, tem prejudicado a
conservação da biodiversidade no mundo, se apresentando como um dos principais desafios a ser
enfrentado pelo ser humano, sendo uma das consequências dessas perturbações é a fragmentação de
ecossistemas naturais. A degradação destes é resultado da complexa interação entre fatores inerentes ao
processo de fragmentação, como redução da área, maior exposição ao efeito de borda e isolamento, e a
constante pressão antrópica (Viana e Pinheiro, 1998) e também devido ao processo de urbanização
(Sampaio et al., 2002).
O crescimento populacional reflete na construção de um número crescente de edifícios ao longo do tempo
, destinados a fins residenciais ou não. No entanto, quando esse aumento na quantidade de construções
não é acompanhado por ações do poder público, surgem questões ambientais decorrentes da falta de
planejamento, incluindo problemas como o acúmulo de resíduos em áreas específicas e o desperdício
inadequado de esgoto em espaços públicos (Oliveira, 2018).
Cavalcante et al,. (2010) afirma que em praticamente todo o perímetro do PAREST Sumaúma observarou-
se a deposição de resíduos sólidos (lixo), carreado através de galerias de águas pluviais das avenidas e
ruas que circundam a unidade de conservação além de tubulações de esgoto com água servida
encontram os cursos d?água e nascentes do parque. O autor complemente que as saídas de esgotos e
águas pluviais além de transportar água contaminada, em alguns trechos aceleraram os processos
erosivos nas encostas, formando ravinas e voçorocas. De forma semelhante Santos et al., (2011)
constatam o problema com resíduos sólidos também na APA Manaós incluindo a retirada das cercas para
deposição desses resíduos.

Os igarapés investigados que adentram a reserva são fortemente influenciados pela urbanização na parte
superior de suas bacias, o que faz com que suas águas adentrem a reserva em condições já deterioradas
. No entanto, a reserva Ducke tem a maioria de seus corpos d'água em condições preservadas e com isso
constitui-se em um importante local de referência de dados de hidrologia e hidroquímica de floresta de
terra firme para outros locais na região.

Conclusão
O crescimento desordenado da cidade de Manaus, somado a falta de políticas públicas adequadas para o
ordenamento e zoneamento urbano, acarreta a degradação ambiental em florestas nativas e adensamento

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demográfico.

Referências bibliográficas

ASSIS, L. S.; CAMPOS, M.; GIRÃO, V. J. Manejo de fragmentos florestais degradados. Campinas (SP):
The Nature Conservancy, 2019.
BOTELHO, Antônio José Lopes. Projeto ZFM: vetor de interiorização ampliado. ? Manaus: s.ed., 2001.
CAVALCANTE, K. V. ; CARVALHO, A. S. ; PINHEIRO, E. S. ; GORDO, M. ; FRAXE, T. J. P. . Gestão
Ambiental: Zoneamento Ambiental do Campus da UFAM. In: V Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental
, 2014, Belo Horizonte. ANAIS - CONGRESSOS BRASILEIROS DE GESTÃO AMBIENTAL. Belo
Horizonte, 2014. v. 5.

SJF Ferreira , SAF Miranda , AO Marques-Filho , CC Silva. Efeito da pressão antrópica sobre igarapés na
Reserva Florestal Adolpho Ducke, área de floresta na Amazônia Central. Acta Amaz. , 42 ( 2012 ) , pp
. 533 - 540

KIELBASO, J.J. 1994. Urban forestry: the international situation. Anais do II Congresso Brasileiro sobre
Arborização Urbana, 1: 3-12
OLIVEIRA, José Aldemir de. Manaus: As contradições de uma cidade na (da) selva. In: NUNES, Brasilmar
Ferreira. Sociologia de capitais brasileiras: participação e planejamento urbano. Brasília: Líber Livro
Editora, 2006.
OLIVEIRA, J. A.; SCHOR,T. Manaus: transformações e permanências, do forte a metrópole regional. In:
CASTRO, E. (Org.). Cidades na Floresta. São Paulo, Annablume, 2009. p. 41-98.
PONTES FILHO, Raimundo P. Terceiro ciclo: promessa ou projeto para o Amazonas. Manaus: Ed. Da
Universidade do Amazonas, 1997.
SANTOS, R. M. ; COSTA, L. A. ; Tello, J. C. R. ; BEZERRA, S. A. S. ; VASCONCELOS, M. A. ; OLIVEIRA
, M. A. F. ; MARI, M. L. G. . Análise da pressão antrópica sobre a cobertura vegetal da área verde do
campus da UFAM utilizando Sistemas de Informações Geográficas (SIG). In: V Congreso Forestal
Latinoamericano, 2011, Lima, Peru. Anais do V CONFLAT, 2011.

SEMMAS - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Material de Apoio Pedagógico:


APA Floresta Manaós. Manaus, 2019.
Souza, VS e., Silva, SCP da., Lopes, MC., Gonçalves, VVC., Pereira, CF., Santiago, JL., & Linhares, ACC
. (2023). Pressão urbana sobre fragmentos florestais: estudo de caso da área de proteção ambiental da
reserva Adolpho Ducke na cidade de Manaus ? AM. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , 12 (3),
e18812340533. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40533
Thomanzini MJ & Thomanzini APBW (2000) A fragmentação florestal e a diversidade de insetos nas
florestas tropicais úmidas. Rio Branco, EMBRAPA Acre, 21p. (Circular Técnica, 57).
TROPPMAIR, H. Biogeografia e meio ambiente. 8. ed. Rio Claro: Divisa, 2008.

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Os termos em vermelho foram encontrados no documento
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=================================================================================
Revisão da ação antrópica em fragmentos florestais em Manaus-Am
Wellison Rafael de Oliveira Brito
Veridiana Vizoni Scudeller

Manaus e crescimento urbano

A cidade de Manaus está localizada na Sub-região Rio Negro/Solimões no Estado do Amazonas, Região
Norte do Brasil. O município está localizado no centro da Amazônia Brasileira, próximo a foz do rio Negro,
afluente do rio Amazonas, entre as regiões geográficas 60º 01' 30? Oeste e 03º 06' 07? Sul, a uma
elevação de 92,9 metros. Manaus faz limite a norte com o município de Presidente Figueiredo, ao sul com
os municípios de Iranduba e Careiro, a leste com os municípios e Rio Preto da Eva e Itacoatiara e a oeste
com o município de Novo Airão.
Segundo dados do IBGE (2022), a população é estimada em cerca de 2.063.547 habitantes sendo a
capital mais populosa da região norte. Conforme a Lei Municipal nº 279, de 05 de abril de 1995, a
extensão total do município é de 11.401,92 km², representando aproximadamente 0,73% do território do
Estado do Amazonas, que engloba 1.577.820,2 km². Manaus é dividida em 6 zonas (norte, sul, leste,
oeste, centro-sul e centro-oeste) e composta por 63 bairros a partir da divisão e criação de novos limites
pela Lei nº 1.401, de 14 de janeiro de 2010.
A cidade de Manaus, inicialmente denominada Lugar da Barra do Rio Negro, teve sua origem em 1669,
situada na margem esquerda do Rio Negro, onde se localizava o Forte da Capitania do Amazonas, sob
jurisdição do Estado do Maranhão e Grão-Pará. Em 1755, em resposta às sugestões de Mendonça
Furtado e por meio de uma carta régia datada de 3 de março, foi criada a "Capitania de São José do Rio
Negro". Posteriormente, em 1832, passou a categoria de Vila sendo denominada Vila da Barra de São
José do Rio Negro, onde em 1848 foi designada à categoria de cidade sendo chamada de Manaós, para
em 1950 ser elevada à categoria de província, tornando-se capital da Província da Amazonas (Oliveira,
2006).
Segundo Oliveira (2006) a partir do final do século XIX, a cidade entrou em um período de expansão
devido à economia da borracha, e em 1900, atingiu a população de 50.300 habitantes. Durante esse
período, a cidade testemunhou um crescimento notável, caracterizado pela construção de novas ruas,
prédios públicos, residências elegantes e o Teatro Amazonas. Este teatro, um símbolo de prosperidade
econômica, representa o ápice da história econômica do Estado do Amazonas. Nesse contexto, a
população da cidade atingiu o número de 249.756 habitantes, marcando o auge do chamado ?boom
econômico? associado à exploração dos recursos da região amazônica.

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No entanto, o crescimento e a expansão urbana mais significativos da cidade tiveram início com a
implementação do Projeto Zona Franca de Manaus em 1967 pelo Decreto-Lei 288, uma iniciativa do
governo federal que tinha por objetivo desenvolver a Região Amazônica a partir da geração de emprego e
renda através de isenções fiscais, tornando-se mais atraentes para a instalação de indústrias (Botelho,
2001). Conforme argumentado por Pontes Filho (1997), a criação da Zona Franca de Manaus representou
uma estratégia influenciada pela pressão de investidores internacionais, com o objetivo de promover a
integração e o desenvolvimento da região amazônica, conectando-a com o centro-sul do país e o mercado
global.
A partir desse crescimento o processo de expansão urbana ocorreu principalmente de forma horizontal,
nas direções Leste e Norte da cidade, através de invasões e criação de conjuntos habitacionais populares
, originando loteamento e bairros sem planejamento, com consequências geoecológicas graves no espaço
urbano (da Silva, 2009). Dentre as formas de ocupações as ?invasões? surgem como uma das principais
causadoras de problemas ambientais devido a suas características de rápido assentamento e degradação
do espaço, levando ao crescimento urbano desenfreado, o que acaba trazendo consequências para a
natureza.
O rápido aumento da população na área urbana de Manaus trouxe a intensificação dos desafios
ambientais. Esses estão associados à expansão desorganizada do uso do solo, à manipulação das áreas
de vegetação, à contaminação dos recursos hídricos e à falta de infraestrutura adequada, desafios de
saneamento básico.

Os fragmentos florestais de Manaus

O processo de crescimento e desenvolvimento urbano acarreta diversas implicações, incluindo a perda de


espaços verdes que são gradualmente substituídos por novas construções, avenidas e bairros. Apesar da
redução em termos de área, as áreas verdes nas cidades adquiriram maior importância e reconhecimento
devido aos consideráveis ??benefícios que oferecem à população em geral. Estes benefícios incluem a
mitigação das condições microclimáticas desfavoráveis, a redução da poluição sonora e o aprimoramento
da paisagem urbana. (Kielbaso, 1994).
Segundo dados do IBGE (2022) a populução da cidade de Manaus é de cerca de 2.063.547 habitantes.
Oliveira e Schor (2009) afirmam que ao mesmo tempo que ocorre o aumento populacional e o
desenvolvimento econômico da cidade, emergiram uma série de desafios de natureza social, econômico e
ambiental. O rápido crescimento populacional, combinado com a falta de uma política habitacional eficaz,
impede a inclusão e a integração de toda a população nos diversos setores da economia, tornando
evidente a necessidade de expandir os limites urbanos da cidade nas chamadas invasões ou a partir de
empreendimentos imobiliários.
Nogueira et al. (2007) afirma que as pressões ambientais decorrentes do crescimento da população na
área urbana de Manaus ocasionaram nos últimos anos grandes alterações em seu espaço físico. Grande
parte da poluição dos igarapés e perda da biodiversidade foi/é ocasionada pela dinâmica da expansão
urbana da cidade. A expansão do uso da terra, que acompanha o crescimento da população humana,
resulta na fragmentação dos habitats naturais com a formação de fragmentos florestais de diferentes
tamanhos e formas (Thomanzini e Thomanzini, 2000)
Um fragmento florestal pode ser descrito como uma área de vegetação natural que está separada por
barreiras, sejam elas de origem humana ou natural, como estradas, assentamentos urbanos, campos
agrícolas, pastagens, florestas plantadas, elevações geográficas, corpos d'água como lagos e represas

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(Calegari et al., 2010). Em resumo, a fragmentação florestal representa um processo pelo qual áreas de
vegetação contínuas são divididas em manchas de menor tamanho, muitas vezes como resultado do
crescimento da população humana e da expansão das atividades agrícolas, industriais e urbanas (Assis et
al., 2019).
Para Troppmair (2008) a manutenção de fragmentos florestais urbanos é de extrema importância, uma vez
que suas condições ecológicas estão associadas aos índices de poluição do ar, conforto térmico e refúgio
para fauna e flora, resultando em um aumento significativo dos fatores que impactam a dinâmica dos
fragmentos, principalmente devido à pressão humana específica para ocupar essas áreas e às condições
microclimáticas específicas das áreas urbanas. A presença constante de uma alta densidade populacional
nas proximidades desses fragmentos acarreta uma série de impactos negativos aos mesmos.
Dentre os fragmentos florestais na cidade de Manaus foram selecionados três fragmentos de modo a
discutir seu papel e as pressões antrópicas sofridas a partir de estudos de análise multissistêmica de
imagens, sendo eles: Parque Estadual Sumaúma, APA Reserva Adolpho Ducke, APA Sauim-de-Manaus e
APA Floresta Manaós.

APA Reserva Adolpho Ducke


A Reserva Ducke, situada na zona norte de Manaus, foi instituída em 1963 por meio da Lei Estadual nº 41,
datada de 16 de fevereiro de 1963 oficializando a transferência da área da Reserva do Governo do
Amazonas para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Em 27 de março de 2012, o
Decreto N° 1.502 concedeu à reserva o status de parte da Área de Proteção Ambiental Reserva Florestal
Adolpho Ducke. Esse status permite uma ocupação humana controlada e conciliatória com a utilização
sustentável de recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Lei 9.985/00, que regulamenta o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Souza et al., 2023).
Segundo a Prefeitura de Manaus (2017), a Área de Proteção Ambiental (APA) Adolpho Ducke, com área
de 18,2 mil hectares, englobou a partir de conselho deliberativo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, o
Parque Municipal Nascentes do Mindu e o Corredor Ecológico Estadual da Reserva Florestal Adolpho
Ducke/Puraquequara. Mantendo uma conexão natural com a região florestal onde está localizada a área
de treinamento do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), criando, desse modo, um corredor
ecológico dentro dos limites urbanos de Manaus (Souza et al., 2023).

APA Floresta Manaós


A APA Floresta Manaós, situada na região Centro-Sul de Manaus, originalmente conhecida como APA
UFAM, INPA, ULBRA, Lagoa Do Japiim, Eliza Miranda e Acariquara, foi estabelecida por meio do Decreto
Municipal nº 1.503, datado de 27 de março de 2012. Essa área de proteção engloba uma extensão de
759,15 hectares, composta por fragmentos florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Parque Lagoa do Japiim e da Área Verde do
Conjunto Acariquara. Atualmente, foi alterada a nomenclatura para APA Floresta Manaós, de acordo com
o Decreto 4.515 de 26 de julho de 2019 (SEMMAS, 2019). Vale ressaltar que esta Área de Proteção
Ambiental é o terceiro maior fragmento florestal urbano do mundo e o maior do Brasil, conforme destaque
(Cavalcante et al., 2014).

Parque Estadual Sumaúma


O Parque Estadual Sumaúma (PAREST Sumaúma) é uma unidade de conservação de proteção integral
criada por meio do Decreto Estadual nº 23.721, datado de 09/05/2003, conforme descrito por Bueno e

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Ribeiro em 2007. Esta unidade de conservação abrange uma área de conservação aproximadamente 52
hectares e está situado no bairro Cidade Nova, Manaus, abrangendo as regiões geográficas que vão de
03°01'50" a 03°2'26" de latitude Sul e de 59°58'59" a 59°58'31 "de longitude Oeste. O PAREST Sumaúma
desempenha um papel vital, representando um dos poucos fragmentos florestais protegidos na área
urbana da cidade.
A criação do Parque Estadual Sumaúma, discutido desde 2001, a partir da organização comunitária
reivindicando ações do Poder Público voltadas à intensificação da proteção ambiental. A área sofre de
invasões que resultaram em sua degradação, em especial na forma de caça de animais selvagens e no
desmatamento.
O ato da criação do Parque, visou garantir a manutenção do Corredor Urbano do Mindú, contribuindo para
a conectividade dos fragmentos florestais urbanos da região e para a conservação dos ecossistemas
ameaçados.

Pressão urbana sobre fragmentos florestais na cidade de Manaus


O elevado grau de perturbação antrópica, nos mais diversos ecossistemas naturais, tem prejudicado a
conservação da biodiversidade no mundo, se apresentando como um dos principais desafios a ser
enfrentado pelo ser humano, sendo uma das consequências dessas perturbações é a fragmentação de
ecossistemas naturais. A degradação destes é resultado da complexa interação entre fatores inerentes ao
processo de fragmentação, como redução da área, maior exposição ao efeito de borda e isolamento, e a
constante pressão antrópica (Viana e Pinheiro, 1998) e também devido ao processo de urbanização
(Sampaio et al., 2002).
O crescimento populacional reflete na construção de um número crescente de edifícios ao longo do tempo
, destinados a fins residenciais ou não. No entanto, quando esse aumento na quantidade de construções
não é acompanhado por ações do poder público, surgem questões ambientais decorrentes da falta de
planejamento, incluindo problemas como o acúmulo de resíduos em áreas específicas e o desperdício
inadequado de esgoto em espaços públicos (Oliveira, 2018).
Cavalcante et al,. (2010) afirma que em praticamente todo o perímetro do PAREST Sumaúma observarou-
se a deposição de resíduos sólidos (lixo), carreado através de galerias de águas pluviais das avenidas e
ruas que circundam a unidade de conservação além de tubulações de esgoto com água servida
encontram os cursos d?água e nascentes do parque. O autor complemente que as saídas de esgotos e
águas pluviais além de transportar água contaminada, em alguns trechos aceleraram os processos
erosivos nas encostas, formando ravinas e voçorocas. De forma semelhante Santos et al., (2011)
constatam o problema com resíduos sólidos também na APA Manaós incluindo a retirada das cercas para
deposição desses resíduos.

Os igarapés investigados que adentram a reserva são fortemente influenciados pela urbanização na parte
superior de suas bacias, o que faz com que suas águas adentrem a reserva em condições já deterioradas
. No entanto, a reserva Ducke tem a maioria de seus corpos d'água em condições preservadas e com isso
constitui-se em um importante local de referência de dados de hidrologia e hidroquímica de floresta de
terra firme para outros locais na região.

Conclusão
O crescimento desordenado da cidade de Manaus, somado a falta de políticas públicas adequadas para o
ordenamento e zoneamento urbano, acarreta a degradação ambiental em florestas nativas e adensamento

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demográfico.

Referências bibliográficas

ASSIS, L. S.; CAMPOS, M.; GIRÃO, V. J. Manejo de fragmentos florestais degradados. Campinas (SP):
The Nature Conservancy, 2019.
BOTELHO, Antônio José Lopes. Projeto ZFM: vetor de interiorização ampliado. ? Manaus: s.ed., 2001.
CAVALCANTE, K. V. ; CARVALHO, A. S. ; PINHEIRO, E. S. ; GORDO, M. ; FRAXE, T. J. P. . Gestão
Ambiental: Zoneamento Ambiental do Campus da UFAM. In: V Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental
, 2014, Belo Horizonte. ANAIS - CONGRESSOS BRASILEIROS DE GESTÃO AMBIENTAL. Belo
Horizonte, 2014. v. 5.

SJF Ferreira , SAF Miranda , AO Marques-Filho , CC Silva. Efeito da pressão antrópica sobre igarapés na
Reserva Florestal Adolpho Ducke, área de floresta na Amazônia Central. Acta Amaz. , 42 ( 2012 ) , pp
. 533 - 540

KIELBASO, J.J. 1994. Urban forestry: the international situation. Anais do II Congresso Brasileiro sobre
Arborização Urbana, 1: 3-12
OLIVEIRA, José Aldemir de. Manaus: As contradições de uma cidade na (da) selva. In: NUNES, Brasilmar
Ferreira. Sociologia de capitais brasileiras: participação e planejamento urbano. Brasília: Líber Livro
Editora, 2006.
OLIVEIRA, J. A.; SCHOR,T. Manaus: transformações e permanências, do forte a metrópole regional. In:
CASTRO, E. (Org.). Cidades na Floresta. São Paulo, Annablume, 2009. p. 41-98.
PONTES FILHO, Raimundo P. Terceiro ciclo: promessa ou projeto para o Amazonas. Manaus: Ed. Da
Universidade do Amazonas, 1997.
SANTOS, R. M. ; COSTA, L. A. ; Tello, J. C. R. ; BEZERRA, S. A. S. ; VASCONCELOS, M. A. ; OLIVEIRA
, M. A. F. ; MARI, M. L. G. . Análise da pressão antrópica sobre a cobertura vegetal da área verde do
campus da UFAM utilizando Sistemas de Informações Geográficas (SIG). In: V Congreso Forestal
Latinoamericano, 2011, Lima, Peru. Anais do V CONFLAT, 2011.

SEMMAS - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Material de Apoio Pedagógico:


APA Floresta Manaós. Manaus, 2019.
Souza, VS e., Silva, SCP da., Lopes, MC., Gonçalves, VVC., Pereira, CF., Santiago, JL., & Linhares, ACC
. (2023). Pressão urbana sobre fragmentos florestais: estudo de caso da área de proteção ambiental da
reserva Adolpho Ducke na cidade de Manaus ? AM. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , 12 (3),
e18812340533. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40533
Thomanzini MJ & Thomanzini APBW (2000) A fragmentação florestal e a diversidade de insetos nas
florestas tropicais úmidas. Rio Branco, EMBRAPA Acre, 21p. (Circular Técnica, 57).
TROPPMAIR, H. Biogeografia e meio ambiente. 8. ed. Rio Claro: Divisa, 2008.

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Arquivo 1: Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Arquivo 2: http://www.google.com.br/url?esrc=s (27 termos)
Termos comuns: 0
Similaridade: 0,00%
O texto abaixo é o conteúdo do documento Fragmentos florestais.docx (2177 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento http://www.google.com.br/url?esrc=s (27
termos)

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Revisão da ação antrópica em fragmentos florestais em Manaus-Am
Wellison Rafael de Oliveira Brito
Veridiana Vizoni Scudeller

Manaus e crescimento urbano

A cidade de Manaus está localizada na Sub-região Rio Negro/Solimões no Estado do Amazonas, Região
Norte do Brasil. O município está localizado no centro da Amazônia Brasileira, próximo a foz do rio Negro,
afluente do rio Amazonas, entre as regiões geográficas 60º 01' 30? Oeste e 03º 06' 07? Sul, a uma
elevação de 92,9 metros. Manaus faz limite a norte com o município de Presidente Figueiredo, ao sul com
os municípios de Iranduba e Careiro, a leste com os municípios e Rio Preto da Eva e Itacoatiara e a oeste
com o município de Novo Airão.
Segundo dados do IBGE (2022), a população é estimada em cerca de 2.063.547 habitantes sendo a
capital mais populosa da região norte. Conforme a Lei Municipal nº 279, de 05 de abril de 1995, a
extensão total do município é de 11.401,92 km², representando aproximadamente 0,73% do território do
Estado do Amazonas, que engloba 1.577.820,2 km². Manaus é dividida em 6 zonas (norte, sul, leste,
oeste, centro-sul e centro-oeste) e composta por 63 bairros a partir da divisão e criação de novos limites
pela Lei nº 1.401, de 14 de janeiro de 2010.
A cidade de Manaus, inicialmente denominada Lugar da Barra do Rio Negro, teve sua origem em 1669,
situada na margem esquerda do Rio Negro, onde se localizava o Forte da Capitania do Amazonas, sob
jurisdição do Estado do Maranhão e Grão-Pará. Em 1755, em resposta às sugestões de Mendonça
Furtado e por meio de uma carta régia datada de 3 de março, foi criada a "Capitania de São José do Rio
Negro". Posteriormente, em 1832, passou a categoria de Vila sendo denominada Vila da Barra de São
José do Rio Negro, onde em 1848 foi designada à categoria de cidade sendo chamada de Manaós, para
em 1950 ser elevada à categoria de província, tornando-se capital da Província da Amazonas (Oliveira,
2006).
Segundo Oliveira (2006) a partir do final do século XIX, a cidade entrou em um período de expansão
devido à economia da borracha, e em 1900, atingiu a população de 50.300 habitantes. Durante esse
período, a cidade testemunhou um crescimento notável, caracterizado pela construção de novas ruas,
prédios públicos, residências elegantes e o Teatro Amazonas. Este teatro, um símbolo de prosperidade
econômica, representa o ápice da história econômica do Estado do Amazonas. Nesse contexto, a
população da cidade atingiu o número de 249.756 habitantes, marcando o auge do chamado ?boom
econômico? associado à exploração dos recursos da região amazônica.

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No entanto, o crescimento e a expansão urbana mais significativos da cidade tiveram início com a
implementação do Projeto Zona Franca de Manaus em 1967 pelo Decreto-Lei 288, uma iniciativa do
governo federal que tinha por objetivo desenvolver a Região Amazônica a partir da geração de emprego e
renda através de isenções fiscais, tornando-se mais atraentes para a instalação de indústrias (Botelho,
2001). Conforme argumentado por Pontes Filho (1997), a criação da Zona Franca de Manaus representou
uma estratégia influenciada pela pressão de investidores internacionais, com o objetivo de promover a
integração e o desenvolvimento da região amazônica, conectando-a com o centro-sul do país e o mercado
global.
A partir desse crescimento o processo de expansão urbana ocorreu principalmente de forma horizontal,
nas direções Leste e Norte da cidade, através de invasões e criação de conjuntos habitacionais populares
, originando loteamento e bairros sem planejamento, com consequências geoecológicas graves no espaço
urbano (da Silva, 2009). Dentre as formas de ocupações as ?invasões? surgem como uma das principais
causadoras de problemas ambientais devido a suas características de rápido assentamento e degradação
do espaço, levando ao crescimento urbano desenfreado, o que acaba trazendo consequências para a
natureza.
O rápido aumento da população na área urbana de Manaus trouxe a intensificação dos desafios
ambientais. Esses estão associados à expansão desorganizada do uso do solo, à manipulação das áreas
de vegetação, à contaminação dos recursos hídricos e à falta de infraestrutura adequada, desafios de
saneamento básico.

Os fragmentos florestais de Manaus

O processo de crescimento e desenvolvimento urbano acarreta diversas implicações, incluindo a perda de


espaços verdes que são gradualmente substituídos por novas construções, avenidas e bairros. Apesar da
redução em termos de área, as áreas verdes nas cidades adquiriram maior importância e reconhecimento
devido aos consideráveis ??benefícios que oferecem à população em geral. Estes benefícios incluem a
mitigação das condições microclimáticas desfavoráveis, a redução da poluição sonora e o aprimoramento
da paisagem urbana. (Kielbaso, 1994).
Segundo dados do IBGE (2022) a populução da cidade de Manaus é de cerca de 2.063.547 habitantes.
Oliveira e Schor (2009) afirmam que ao mesmo tempo que ocorre o aumento populacional e o
desenvolvimento econômico da cidade, emergiram uma série de desafios de natureza social, econômico e
ambiental. O rápido crescimento populacional, combinado com a falta de uma política habitacional eficaz,
impede a inclusão e a integração de toda a população nos diversos setores da economia, tornando
evidente a necessidade de expandir os limites urbanos da cidade nas chamadas invasões ou a partir de
empreendimentos imobiliários.
Nogueira et al. (2007) afirma que as pressões ambientais decorrentes do crescimento da população na
área urbana de Manaus ocasionaram nos últimos anos grandes alterações em seu espaço físico. Grande
parte da poluição dos igarapés e perda da biodiversidade foi/é ocasionada pela dinâmica da expansão
urbana da cidade. A expansão do uso da terra, que acompanha o crescimento da população humana,
resulta na fragmentação dos habitats naturais com a formação de fragmentos florestais de diferentes
tamanhos e formas (Thomanzini e Thomanzini, 2000)
Um fragmento florestal pode ser descrito como uma área de vegetação natural que está separada por
barreiras, sejam elas de origem humana ou natural, como estradas, assentamentos urbanos, campos
agrícolas, pastagens, florestas plantadas, elevações geográficas, corpos d'água como lagos e represas

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(Calegari et al., 2010). Em resumo, a fragmentação florestal representa um processo pelo qual áreas de
vegetação contínuas são divididas em manchas de menor tamanho, muitas vezes como resultado do
crescimento da população humana e da expansão das atividades agrícolas, industriais e urbanas (Assis et
al., 2019).
Para Troppmair (2008) a manutenção de fragmentos florestais urbanos é de extrema importância, uma vez
que suas condições ecológicas estão associadas aos índices de poluição do ar, conforto térmico e refúgio
para fauna e flora, resultando em um aumento significativo dos fatores que impactam a dinâmica dos
fragmentos, principalmente devido à pressão humana específica para ocupar essas áreas e às condições
microclimáticas específicas das áreas urbanas. A presença constante de uma alta densidade populacional
nas proximidades desses fragmentos acarreta uma série de impactos negativos aos mesmos.
Dentre os fragmentos florestais na cidade de Manaus foram selecionados três fragmentos de modo a
discutir seu papel e as pressões antrópicas sofridas a partir de estudos de análise multissistêmica de
imagens, sendo eles: Parque Estadual Sumaúma, APA Reserva Adolpho Ducke, APA Sauim-de-Manaus e
APA Floresta Manaós.

APA Reserva Adolpho Ducke


A Reserva Ducke, situada na zona norte de Manaus, foi instituída em 1963 por meio da Lei Estadual nº 41,
datada de 16 de fevereiro de 1963 oficializando a transferência da área da Reserva do Governo do
Amazonas para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Em 27 de março de 2012, o
Decreto N° 1.502 concedeu à reserva o status de parte da Área de Proteção Ambiental Reserva Florestal
Adolpho Ducke. Esse status permite uma ocupação humana controlada e conciliatória com a utilização
sustentável de recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Lei 9.985/00, que regulamenta o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Souza et al., 2023).
Segundo a Prefeitura de Manaus (2017), a Área de Proteção Ambiental (APA) Adolpho Ducke, com área
de 18,2 mil hectares, englobou a partir de conselho deliberativo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, o
Parque Municipal Nascentes do Mindu e o Corredor Ecológico Estadual da Reserva Florestal Adolpho
Ducke/Puraquequara. Mantendo uma conexão natural com a região florestal onde está localizada a área
de treinamento do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), criando, desse modo, um corredor
ecológico dentro dos limites urbanos de Manaus (Souza et al., 2023).

APA Floresta Manaós


A APA Floresta Manaós, situada na região Centro-Sul de Manaus, originalmente conhecida como APA
UFAM, INPA, ULBRA, Lagoa Do Japiim, Eliza Miranda e Acariquara, foi estabelecida por meio do Decreto
Municipal nº 1.503, datado de 27 de março de 2012. Essa área de proteção engloba uma extensão de
759,15 hectares, composta por fragmentos florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Parque Lagoa do Japiim e da Área Verde do
Conjunto Acariquara. Atualmente, foi alterada a nomenclatura para APA Floresta Manaós, de acordo com
o Decreto 4.515 de 26 de julho de 2019 (SEMMAS, 2019). Vale ressaltar que esta Área de Proteção
Ambiental é o terceiro maior fragmento florestal urbano do mundo e o maior do Brasil, conforme destaque
(Cavalcante et al., 2014).

Parque Estadual Sumaúma


O Parque Estadual Sumaúma (PAREST Sumaúma) é uma unidade de conservação de proteção integral
criada por meio do Decreto Estadual nº 23.721, datado de 09/05/2003, conforme descrito por Bueno e

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Ribeiro em 2007. Esta unidade de conservação abrange uma área de conservação aproximadamente 52
hectares e está situado no bairro Cidade Nova, Manaus, abrangendo as regiões geográficas que vão de
03°01'50" a 03°2'26" de latitude Sul e de 59°58'59" a 59°58'31 "de longitude Oeste. O PAREST Sumaúma
desempenha um papel vital, representando um dos poucos fragmentos florestais protegidos na área
urbana da cidade.
A criação do Parque Estadual Sumaúma, discutido desde 2001, a partir da organização comunitária
reivindicando ações do Poder Público voltadas à intensificação da proteção ambiental. A área sofre de
invasões que resultaram em sua degradação, em especial na forma de caça de animais selvagens e no
desmatamento.
O ato da criação do Parque, visou garantir a manutenção do Corredor Urbano do Mindú, contribuindo para
a conectividade dos fragmentos florestais urbanos da região e para a conservação dos ecossistemas
ameaçados.

Pressão urbana sobre fragmentos florestais na cidade de Manaus


O elevado grau de perturbação antrópica, nos mais diversos ecossistemas naturais, tem prejudicado a
conservação da biodiversidade no mundo, se apresentando como um dos principais desafios a ser
enfrentado pelo ser humano, sendo uma das consequências dessas perturbações é a fragmentação de
ecossistemas naturais. A degradação destes é resultado da complexa interação entre fatores inerentes ao
processo de fragmentação, como redução da área, maior exposição ao efeito de borda e isolamento, e a
constante pressão antrópica (Viana e Pinheiro, 1998) e também devido ao processo de urbanização
(Sampaio et al., 2002).
O crescimento populacional reflete na construção de um número crescente de edifícios ao longo do tempo
, destinados a fins residenciais ou não. No entanto, quando esse aumento na quantidade de construções
não é acompanhado por ações do poder público, surgem questões ambientais decorrentes da falta de
planejamento, incluindo problemas como o acúmulo de resíduos em áreas específicas e o desperdício
inadequado de esgoto em espaços públicos (Oliveira, 2018).
Cavalcante et al,. (2010) afirma que em praticamente todo o perímetro do PAREST Sumaúma observarou-
se a deposição de resíduos sólidos (lixo), carreado através de galerias de águas pluviais das avenidas e
ruas que circundam a unidade de conservação além de tubulações de esgoto com água servida
encontram os cursos d?água e nascentes do parque. O autor complemente que as saídas de esgotos e
águas pluviais além de transportar água contaminada, em alguns trechos aceleraram os processos
erosivos nas encostas, formando ravinas e voçorocas. De forma semelhante Santos et al., (2011)
constatam o problema com resíduos sólidos também na APA Manaós incluindo a retirada das cercas para
deposição desses resíduos.

Os igarapés investigados que adentram a reserva são fortemente influenciados pela urbanização na parte
superior de suas bacias, o que faz com que suas águas adentrem a reserva em condições já deterioradas
. No entanto, a reserva Ducke tem a maioria de seus corpos d'água em condições preservadas e com isso
constitui-se em um importante local de referência de dados de hidrologia e hidroquímica de floresta de
terra firme para outros locais na região.

Conclusão
O crescimento desordenado da cidade de Manaus, somado a falta de políticas públicas adequadas para o
ordenamento e zoneamento urbano, acarreta a degradação ambiental em florestas nativas e adensamento

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demográfico.

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