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Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


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Instruções
Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo
de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

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Modo: web / normal

Arquivos Termos comuns Similaridade


capitulo 3 - ASSESORIA.pdf X 242 1,93
https://azure.microsoft.com/pt-br/resources/cloud-computing-
dictionary/what-are-private-public-hybrid-clouds
capitulo 3 - ASSESORIA.pdf X 292 1,88
https://livroaberto.ibict.br/bitstream/1/861/1/COMPUTA%C3%87
%C3%83O EM NUVEM.pdf
capitulo 3 - ASSESORIA.pdf X 115 1,26
https://aws.amazon.com/pt/what-is/iaas
capitulo 3 - ASSESORIA.pdf X 112 0,69
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34941/1/Brenna
Nicole Jurchacks Santos do Amaral.pdf
capitulo 3 - ASSESORIA.pdf X 46 0,47
https://www.hostinger.com.br/tutoriais/o-que-e-vpn
capitulo 3 - ASSESORIA.pdf X 29 0,36
https://www.academia.edu/783784/Computa%C3%A7%C3%A3
o_em_Nuvem_Conceitos_Tecnologias_Aplica%C3%A7%C3%
B5es_e_Desafios
capitulo 3 - ASSESORIA.pdf X 22 0,23
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/10/9/da-
integracao-a-inclusao-novo-paradigma
capitulo 3 - ASSESORIA.pdf X 6 0,08
https://doaj.org/toc/2192-113X
capitulo 3 - ASSESORIA.pdf X 0 0,00
http://www.google.com.br/url?esrc=s
Arquivos com problema de download
https://www.researchgate.net/publication/350115478_A_Review Não foi possível baixar o arquivo. É
_on_Software_Defined_Networking recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - Erro: Parece
que o documento não existe ou não pode
ser acessado. HTTP response code: 403 -
Server returned HTTP response code:
403 for URL:
https://www.researchgate.net/publication/
350115478_A_Review_on_Software_Defi
ned_Networking

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=================================================================================
Arquivo 1: capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Arquivo 2: https://azure.microsoft.com/pt-br/resources/cloud-computing-dictionary/what-are-private-public-
hybrid-clouds (5989 termos)
Termos comuns: 242
Similaridade: 1,93%
O texto abaixo é o conteúdo do documento capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://azure.microsoft.com/pt-
br/resources/cloud-computing-dictionary/what-are-private-public-hybrid-clouds (5989 termos)

=================================================================================
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA ? PREFEITO HIRANT SANAZAR
Redes De Computadores
OSASCO
2024
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
OSASCO
2024
Trabalho de Graduação apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Osasco -
?Prefeito Hirant Sanazar? como requisito
parcial para a obtenção do título de
Tecnólogo em REDES DE
COMPUTADORES, sob a orientação do(a)
Professor(a) Adalberto de Freitas Camargo.
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
TERMO DE APROVAÇÃO DIGITALIZADA
DEDICATÓRIA
RESUMO
Palavras-chave:
ABSTRACT

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Keywords:
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
1.1 PROBLEMÁTICA
........................................................................................................................................8
1.2 HIPÓTESE
..................................................................................................................................................8
1.3 JUSTIFICATIVA
..........................................................................................................................................8
1.4 OBJETIVOS
................................................................................................................................................9
1.4.1 Geral...............................................................................................................................................9
1.4.2 Específicos.......................................................................................................................................9
1.5 METODOLOGIA
.......................................................................................................................................10
2. CAP.......................................................................................................................13
71 INTRODUÇÃO
A revolução na gestão e utilização de recursos computacionais, impulsionada
pela era digital, representa uma transformação abrangente no modo como as
organizações enfrentam os desafios contemporâneos. Nesse contexto dinâmico, a
resposta inovadora das empresas modernas às crescentes demandas e
complexidades é evidenciada pela adoção de infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. O amalgamamento estratégico de recursos provenientes de nuvem
multicloud e nuvem híbrida visa proporcionar às organizações uma resposta ágil e
adaptável às exigências do ambiente empresarial em constante evolução.
Ao reunir esses recursos diversificados, as organizações buscam conquistar
uma maior flexibilidade operacional, eficiência aprimorada e uma capacidade
robusta de adaptação. A pesquisa em questão assume o desafio de realizar uma
análise abrangente das arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento
aplicadas nesses ambientes integrados.
Dessa forma, ao unir os recursos de nuvem multicloud e nuvem híbrida, as
organizações almejam atingir um nível mais elevado de flexibilidade, eficiência
operacional e capacidade de adaptação diante das exigências em constante
mudança. Este cenário de integração de plataformas distintas levanta a necessidade
premente de uma análise aprofundada das arquiteturas de rede e estratégias de
gerenciamento empregadas nesses ambientes complexos.
Esta pesquisa visa não apenas compreender, mas também ir além,
explorando formas inovadoras de otimizar eficiência, reforçar a segurança e
aprimorar a escalabilidade nesse contexto multifacetado. Ao abordar esses desafios,
o estudo posiciona-se como um contribuinte significativo para o avanço no
entendimento e na implementação de práticas mais avançadas e adaptáveis no
gerenciamento desses ambientes dinâmicos e interconectados.
Este estudo visa, assim, contribuir para o desenvolvimento de abordagens
mais sofisticadas e adaptáveis no gerenciamento desses ambientes complexos e

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dinâmicos.
81.1 PROBLEMÁTICA
O aumento significativo no uso de ambientes de nuvem híbrida e multicloud
impõem desafios consideráveis as redes de computação. A integração eficiente de
plataformas distintas, a garantia da segurança da informação e a otimização dos
recursos de rede representam obstáculos complexos e multifacetados.
Nesse contexto, surge a necessidade premente de compreender
profundamente o papel das redes de computadores nesses ambientes dinâmicos. A
questão central que norteia esta pesquisa é: Como as redes de computadores
podem ser estruturadas e gerenciadas de maneira a aperfeiçoar a eficiência, a
segurança e a escalabilidade em infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud?
1.2 HIPÓTESE
A hipótese desta pesquisa é que, por meio de uma análise aprofundada das
arquiteturas de rede e das estratégias de gerenciamento, é possível otimizar a
eficiência operacional, reforçar a segurança da informação e promover
escalabilidade em ambientes que integram nuvens públicas, privadas e múltiplas.
1.3 JUSTIFICATIVA
A crescente complexidade e a rápida evolução do cenário tecnológico
demandam uma análise aprofundada sobre como as redes de computadores
desempenham um papel relevante no suporte a infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. Nesse sentido, à medida que organizações adotam modelos integrados
de nuvem para atender às suas necessidades operacionais, surge a necessidade
premente de compreender não apenas os benefícios, mas também os desafios
associados a essas arquiteturas complexas.
A relevância deste estudo estende-se além do ambiente acadêmico,
impactando diretamente as práticas e decisões nas organizações contemporâneas.
Ao compreendermos melhor como as redes de computadores se articulam e
influenciam infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud, é possível fornecer
9respostas a questões críticas enfrentadas por profissionais da área. Essas
respostas, por sua vez, têm o potencial de aperfeiçoar a eficiência operacional, a
segurança da informação e a escalabilidade, aspectos vitais para o sucesso e a
sustentabilidade das operações de redes.
Além disso, ao abordar diretamente os desafios práticos enfrentados pelas
organizações na adoção de ambientes de nuvem integrada, esta pesquisa pode
auxiliar a gestores que buscam implementar estratégias mais eficazes. A
compreensão aprofundada das nuances dessas arquiteturas complexas pode
catalisar a inovação e informar decisões informadas, promovendo assim uma
integração mais eficiente e segura de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
Dessa forma, a relevância deste estudo transcende a esfera acadêmica,
oferecendo uma contribuição prática e tangível para aqueles envolvidos no campo
de rede de computadores, alinhando-se com as demandas emergentes do cenário
corporativo contemporâneo.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Geral

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Analisar as arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em


ambientes de nuvem híbrida e multicloud, identificando oportunidades de otimização
para eficiência, segurança e escalabilidade.
1.4.2 Específicos
? Investigar as principais problemáticas enfrentadas por nuvem multicloud e
nuvem híbrida;
? Propor estratégias de gerenciamento de rede para otimização da eficiência
operacional;
? Avaliar as medidas de segurança adotadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud.
10
1.5 METODOLOGIA
A metodologia empregada neste trabalho de conclusão de curso
fundamentou-se em uma abordagem de pesquisa bibliográfica, conduzida por meio
de uma revisão sistemática da literatura. A execução dessa revisão envolveu uma
leitura exploratória de resumos e títulos de obras relevantes, com o intuito de avaliar
a pertinência e contribuição desses materiais à temática central do estudo.
A coleta de dados para este estudo foi conduzida por meio de uma pesquisa
bibliográfica abrangente, abarcando fontes diversas, como livros, revistas
especializados e periódicos online. Além disso, consultas a pesquisas científicas
consolidadas foram realizadas para assegurar a abrangência e profundidade do
levantamento de informações. O critério de leitura exploratória de resumos e títulos
foi aplicado de forma criteriosa para avaliar a pertinência das obras em relação ao
âmago da pesquisa.
No sentido de ampliar a cobertura e qualidade da pesquisa, a seleção de
estudos foi orientada para bases de dados reconhecidas no contexto de
infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud. Nesse sentido, foram exploradas
plataformas como IEEE Xplore, ACM Digital Library e SpringerLink e Google
Acadêmico, buscando incluir perspectivas abrangentes e atualizadas sobre o tema
em questão.
As palavras-chave adotadas para orientar a pesquisa refletiram a
complexidade e abrangência da temática, incluindo termos como "Infraestruturas de
Nuvem Híbrida", "Multicloud", "Arquiteturas de Rede", "Estratégias de
Gerenciamento", "Eficiência", "Segurança" e "Escalabilidade". Essa escolha
estratégica de palavras-chave visa abarcar os diversos aspectos e nuances
relacionados aos ambientes integrados de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
O material utilizado para análise e revisão consistiu principalmente em artigos
científicos, conferências e livros especializados, enfocando a viabilidade técnica das
arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em contextos de nuvem híbrida
e multicloud. Essa abordagem proporcionou uma base sólida e diversificada para a
construção do conhecimento neste campo de estudo.
Os critérios de inclusão estabeleceram a seleção de artigos científicos
publicados no Brasil, compreendidos no intervalo temporal entre 2014 e 2023, em
formato de texto completo. Em contrapartida, foram excluídos artigos científicos não

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disponíveis integralmente e materiais que não estavam alinhados com a temática
central do trabalho. Esses critérios foram aplicados para assegurar a qualidade e
pertinência dos estudos incorporados à revisão bibliográfica.
12
2. COMPUTAÇÃO EM NUVEM
O presente capítulo deste trabalho se dedica à exploração aprofundada do
conceito e da diversidade de modelos de Computação em Nuvem (Cloud
Computing). Este campo emergente na tecnologia da informação tem transformado
radicalmente a maneira como os recursos computacionais são concebidos,
provisionados e utilizados. A Computação em Nuvem transcende as limitações dos
modelos tradicionais, permitindo acesso remoto a uma variedade de aplicações e
serviços, independentemente de localização geográfica ou plataforma de
hardware.
2.1. Definição de Computação em Nuvem
A ascensão da computação em nuvem constitui uma tendência notável,
manifestando-se após a transição comercial da Internet ocorrida em 1995. Nesse
momento, a Internet já havia se consolidado como uma rede global de comunicação
de dados multimídia, estabelecendo conexões entre a maioria das instituições de
ensino superior e centros de pesquisa em escala mundial (ZUFFO et al., 2013).
Posto isto, a computação em nuvem, também conhecida como Cloud
Computing, constitui um inovador paradigma computacional que viabiliza ao usuário
final o acesso remoto a uma ampla gama de aplicações e serviços,
independentemente de sua localização e plataforma, mediante a utilização de um
terminal conectado à nuvem1 (TAURION, 2019).
A metáfora da nuvem, com sua conotação de um ambiente desconhecido
cujo início e fim são perceptíveis, revelam-se apropriadamente empregada
na nomenclatura desse novo modelo. Neste contexto, a infraestrutura e os
recursos computacionais permanecem virtualmente ocultos, com o usuário
interagindo por meio de uma interface padronizada, por meio da qual são
disponibilizadas diversas aplicações e serviços (SANTOS, 2018, p. 38).
1 A computação em nuvem teve sua origem em 2006, quando Eric Schmidt, da Google, abordou a
gestão dos data centers em uma palestra. Atualmente, ela representa o epicentro de um movimento
que provoca mudanças substanciais no panorama tecnológico. Nesse contexto, a metáfora da nuvem
simboliza a internet ou a infraestrutura de comunicação entre os componentes arquiteturais,
fundamentada em uma abstração que esconde a complexidade subjacente. Cada componente dessa
infraestrutura é oferecido como serviço e geralmente alocado em data centers que utilizam recursos
de hardware compartilhado para computação e armazenamento.
13
Um criterioso relatório elaborado pela Gartner, destacando a computação em
nuvem como a vanguarda na esfera da tecnologia estratégica, enfatizou de maneira
contundente sua proeminência, consolidando-se como uma tendência incontestável
na indústria, ao estabelecer formalmente sua definição:
A computação em nuvem é uma forma especializada de computação

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distribuída que introduz modelos de utilização para o provisionamento


remoto de recursos escaláveis e mensuráveis. [...] É um estilo de
computação no qual capacidades escaláveis e elásticas habilitadas para TI
(serviços, software ou infraestrutura) são entregues como serviço a clientes
externos usando tecnologias da Internet (BRODKIN, 2008, p. 39).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem é um paradigma que
implica a disponibilização de recursos computacionais, como armazenamento,
processamento, redes e software, por meio da Internet. Esses recursos são
acessíveis e utilizáveis remotamente, permitindo que os usuários aproveitem os
serviços oferecidos por provedores de nuvem, eliminando a dependência de
recursos locais ou servidores físicos para atender às suas demandas
computacionais.
A computação em nuvem, em uma conceituação mais abrangente,
representa um paradigma de infraestrutura que viabiliza a implementação do
Software como Serviço (SaaS). Este paradigma engloba um extenso conjunto de
serviços acessíveis pela web, destinados a disponibilizar funcionalidades que,
anteriormente, demandavam consideráveis investimentos em hardware e software.
O funcionamento da computação em nuvem ocorre por meio de um modelo de
pagamento baseado no uso, permitindo uma abordagem mais flexível e eficiente em
termos de custos (OLIVEIRA et al., 2020).
Este modelo de computação transcende as limitações tradicionais,
oferecendo capacidades escaláveis e elásticas relacionadas às tecnologias da
informação. Essas capacidades são disponibilizadas como serviços aos usuários
finais por meio da internet. Essa definição, amplamente reconhecida, é
compartilhada pelo grupo Gartner, destacando a essência da computação em
nuvem como uma inovação que proporciona agilidade, acessibilidade e economia,
transformando fundamentalmente a forma como recursos computacionais são
provisionados e consumidos (TAURION, 2019).
É importante ressaltar que a representação simbólica da nuvem reside na
internet, composta por uma infraestrutura de comunicação que engloba hardwares,
14
softwares, interfaces, redes de telecomunicação, dispositivos de controle e
armazenamento, permitindo a entrega de serviços computacionais. Para
implementar esse modelo, é imperativo consolidar todas as aplicações e dados dos
usuários em extensos centros de armazenamento denominados data centers. Após
essa consolidação, a infraestrutura e as aplicações dos usuários são distribuídas
como serviços acessíveis pela internet (SANTOS, 2018).
Segundo Oliveira et al. (2020), um elemento para a compreensão deste
modelo de computação diz respeito aos intervenientes da nuvem, que podem ser
categorizados em três grupos distintos: o provedor de serviço, o desenvolvedor e o
usuário.
Segundo Santos (2018), o provedor assume a responsabilidade de
disponibilizar, gerenciar e monitorar integralmente a infraestrutura da nuvem. Por
sua vez, Taurion (2019) explica que o desenvolvedor deve possuir a habilidade de

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fornecer serviços destinados ao usuário final, baseando-se na infraestrutura


disponibilizada. O usuário final, representa o consumidor que utilizará os recursos
oferecidos pelo cloud computing.
A computação em nuvem, por conseguinte, configura-se como um novo
modelo de serviço inovador, capacitado para prover uma diversidade de serviços,
incluindo processamento, infraestrutura e armazenamento de dados, exclusivamente
por meio da internet (TAURION, 2019). Para que um data center possa ser chamado
de Cloud Computing, é necessário atender a algumas características essenciais, a
saber.
2.2. Características
A convergência de diversas tecnologias essenciais capacita a computação em
nuvem a oferecer serviços de maneira transparente aos usuários, entre outras
funcionalidades e particularidades. Campos tecnológicos de suma importância nessa
convergência abrangem o hardware, com ênfase na capacidade de virtualização; as
tecnologias de internet, como a Web 2.0 e os serviços web; o gerenciamento de
sistemas, incluindo a computação independente (autonomic computing) e a
automação de gerenciamento e manutenção de data centers; além da computação
distribuída, com especial atenção para a utility & grid computing.
15
2. 2.1. Elasticidade e Escalonamento
A computação em nuvem proporciona a ilusão de recursos computacionais
infinitos disponíveis para utilização. Nesse contexto, os usuários antecipam que a
nuvem seja capaz de fornecer rapidamente recursos em qualquer quantidade e a
qualquer momento. A expectativa é que recursos adicionais sejam disponibilizados,
possivelmente de maneira automática, em períodos de aumento da demanda, e
retidos durante reduções nessa demanda (OLIVEIRA et al., 2020).
Segundo Santos (2018), recursos podem ser adquiridos de forma rápida e
elástica, muitas vezes automaticamente, caso haja necessidade de escalar com o
aumento da demanda, e liberados durante a redução dessa demanda. Aos usuários,
os recursos disponíveis para uso parecem ser ilimitados e podem ser adquiridos em
qualquer quantidade e a qualquer momento. A virtualização (criação de ambientes
virtuais com o propósito de abstrair características físicas do hardware) desempenha
um papel fundamental na característica de elasticidade rápida da computação em
nuvem.
2.2.2. Self-Service sob demanda
Os usuários têm a capacidade de adquirir unilateralmente recursos
computacionais, como tempo de processamento no servidor ou armazenamento na
rede, à medida que necessitam, sem a necessidade de interação humana com os
provedores de cada serviço. Numa nuvem, tanto o hardware quanto o software
podem ser automaticamente reconfigurados, apresentando essas modificações de
maneira transparente para os usuários (SANTOS, 2018).
2.2.3. Faturamento e medição por uso
Dado que o usuário pode requisitar e utilizar apenas a quantidade de recursos
e serviços considerada necessária, os serviços devem ser precificados com base em

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um uso de curta duração, como, por exemplo, medido em horas de utilização.


Portanto, as nuvens devem implementar recursos que assegurem um comércio
16
eficiente de serviços, incluindo tarifação adequada, contabilidade, faturamento,
monitoramento e otimização do uso (OLIVEIRA et al., 2020).
Essa medição automática do uso dos recursos deve abranger diferentes tipos
de serviços oferecidos (armazenamento, processamento e largura de banda) e ser
prontamente reportada, promovendo uma maior transparência comercial (SANTOS,
2018).
2.2.4. Customização
Atendendo a múltiplos usuários, observa-se uma grande disparidade em suas
necessidades, tornando essencial a capacidade de personalização dos recursos da
nuvem, abrangendo desde serviços de infraestrutura até serviços de plataforma e
software (SANTOS, 2018).
2.2.5. Amplo acesso à rede
Os recursos estão disponíveis por meio da rede e acessados através de
mecanismos que promovem padrões utilizados por plataformas heterogêneas, como
telefones celulares, laptops e PDAs. A interface de acesso à nuvem não exige que
os usuários modifiquem suas condições e ambientes de trabalho, como linguagens
de programação e sistemas operacionais (SANTOS, 2018).
2.2.6 Pooling de Recursos
Os provedores de recursos de computação são agrupados para atender a
vários consumidores através de um modelo multi-inquilino (modelo de software onde
uma única instância roda no servidor e permite atender a múltiplas requisições de
diferentes usuários), com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos
dinamicamente, de acordo com a demanda do consumidor (ALBUQUERQUE;
FREITAS, 2021).
17
Existe um senso de independência local, no qual o cliente geralmente não
tem controle ou conhecimento sobre a localização exata dos recursos
disponibilizados, mas pode especificar o local em um nível mais abstrato, como país,
estado ou data center. Exemplos de recursos incluem armazenamento,
processamento, memória, largura de banda de rede e máquinas virtuais (SANTOS,
2018).
2.2.7. Serviço Medido
Sistemas em nuvem gerenciam e otimizam automaticamente a utilização de
recursos, tirando proveito da capacidade de medição em um nível de abstração
adequado para o tipo de serviço. O uso de recursos é monitorado, controlado e
registrado, estabelecendo transparência entre o provedor e o consumidor (SANTOS,
2018).
A abordagem em nível de serviço SLA, que oferece informações sobre os
níveis de disponibilidade, funcionalidade, desempenho e possíveis penalidades em
caso de violação desses parâmetros, pode ser implementada para assegurar a
eficiência do serviço (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021). É imperativo destacar que

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existem três modelos principais de serviço na computação em nuvem, conforme


segue.
2.3. Camadas de Arquitetura e tipos de nuvem
Os serviços de computação em nuvem se distribuem em três classes,
considerando o nível de abstração do recurso fornecido e o modelo de serviço do
provedor. O nível de abstração representa a camada de arquitetura onde os serviços
das camadas superiores podem ser compostos pelos serviços das camadas
inferiores (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem representa uma
paradigmática distribuição de recursos na forma de serviços, transformando
radicalmente a entrega de soluções tecnológicas. Essa abordagem inovadora
proporciona uma organização tripartida, subdividindo a Computação nas Nuvens em
três modelos distintos: Infraestrutura como Serviço (IaaS); Plataforma como Serviço
18
(PaaS); e Software como Serviço (SaaS), na camada superior, conforme ilustrado na
Figura 1.
Figura 1: Representação dos modelos de serviços
Fonte: https://fabriciorhs.files.wordpress.com/2010/09/cloud_computing.pdf
IaaS: Fornece acesso a recursos de infraestrutura virtualizada, como
máquinas virtuais, redes e armazenamento. Os usuários têm controle sobre o
sistema operacional, aplicativos e configurações, enquanto o provedor de nuvem
gerencia a infraestrutura subjacente (TAURION, 2019);
PaaS: Oferece uma plataforma de desenvolvimento completa, incluindo
ferramentas, bibliotecas e serviços necessários para desenvolver, testar e implantar
aplicativos sem se preocupar com a infraestrutura subjacente (TAURION,
2019);
SaaS: Fornece aplicativos de software totalmente desenvolvidos e prontos
para uso, acessíveis por meio da Internet. Os usuários podem utilizar o software
sem se preocupar com manutenção, atualizações ou gerenciamento da
infraestrutura.
Em síntese, a computação em nuvem representa uma revolução no
paradigma de prestação de serviços de TI. A estrutura em camadas, composta por
Infraestrutura como IaaS, PaaS e SaaS, oferece uma abordagem abrangente e
19
escalável para atender às necessidades variadas dos usuários (TAURION,
2019).
2.4. Compreensão das Nuvens Pública, Privada e Hibrida
2.4.1. Nuvem pública
A implementação da computação em nuvem por meio de nuvens públicas é a
modalidade mais amplamente adotada. Nesse contexto, os recursos de nuvem,
como servidores e armazenamento, são propriedade de um provedor de serviços de
nuvem externo, sendo geridos e fornecidos por meio da Internet. Na nuvem pública,
toda a infraestrutura, incluindo hardware, software e suporte, é exclusivamente de
responsabilidade e administração do provedor de nuvem (ZUFFO et al., 2013). O

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Microsoft Azure exemplifica de forma destacada uma nuvem pública.


Ao selecionar uma nuvem pública, ocorre o compartilhamento de dispositivos
de hardware, armazenamento e rede com outras organizações ou "locatários" da
nuvem. A utilização de serviços e a gestão da conta são realizadas por meio de um
navegador da web. As implantações de nuvem pública são frequentemente
empregadas para disponibilizar serviços como e-mail baseado na web, aplicativos
de escritório online, armazenamento e ambientes de desenvolvimento e teste
(TAURION, 2009).
2.4.2. Nuvem privada
Uma nuvem privada constitui-se de recursos de computação em nuvem
destinada exclusivamente ao uso de uma única empresa ou organização. Essa
configuração pode ser implementada localmente no datacenter da entidade ou
hospedada por um provedor de serviços terceirizado (TAKABI, 2010). Entretanto,
vale destacar que, em uma nuvem privada, os serviços e a infraestrutura
permanecem integralmente na rede privada, e tanto o hardware quanto o software é
dedicado exclusivamente à referida organização (ERL et al., 2013).
A característica distintiva da nuvem privada reside na capacidade da
organização em personalizar seus recursos de maneira mais eficaz para atender a
requisitos específicos de TI (THOMAS et al., 2013). Para Meza 92014),
20
frequentemente adotadas por entidades governamentais, instituições financeiras e
outras organizações de grande porte com operações críticas para os negócios, as
nuvens privadas visam aprimorar o controle sobre seu ambiente operacional. Este
modelo oferece maior flexibilidade e adequação às necessidades particulares,
proporcionando um ambiente customizado que atenda eficientemente aos requisitos
específicos de cada entidade.
Figura 2: Nuvem Privada
Fonte: https://comoaprenderwindows.com.br/infraestrutura/o-que-e-uma-nuvem-privada/
Conforme exposto, a nuvem privada é uma modalidade de serviços de
computação oferecidos pela Internet ou por uma rede interna privada, sendo
acessível exclusivamente a usuários selecionados, em contraste com o público em
geral. Também conhecida como nuvem interna ou corporativa, ela proporciona
benefícios semelhantes aos da nuvem pública, como autoatendimento,
escalabilidade e elasticidade.
No entanto, diferencia-se ao oferecer maior controle e personalização por
meio de recursos dedicados em uma infraestrutura local. Destaca-se por
proporcionar um nível superior de segurança e privacidade, garantidos por firewalls
internos e hospedagem própria, assegurando que dados confidenciais não sejam
acessíveis a terceiros. Uma desvantagem reside na responsabilidade do
21
departamento de TI pela gestão da nuvem privada, o que implica custos e
responsabilidades comparáveis aos de um data center tradicional (MEZA, 2024).
2.4.3. Nuvem híbrida
A nuvem híbrida representa uma fusão estratégica de dois ou mais tipos

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distintos de ambientes de nuvem. Essa configuração abrange a combinação de


nuvens públicas e privadas, podendo ainda incorporar uma infraestrutura local já
existente. Para que uma nuvem seja verdadeiramente híbrida, é imperativo que
esses diversos ambientes de nuvem estejam profundamente interligados, operando
de maneira essencial como uma única infraestrutura integrada. É comum que
praticamente todas as nuvens híbridas contemplem pelo menos uma nuvem pública
em sua composição (SANTOS, 2023).
Para Oliveira (2016), a abordagem da nuvem híbrida emerge como uma
solução estratégica que capitaliza as vantagens oferecidas tanto pelas nuvens
públicas quanto pelas privadas. Essa integração visa otimizar a flexibilidade,
oferecendo uma resposta eficaz às demandas variáveis e aos requisitos específicos
de cada organização. A capacidade de orquestrar recursos de diferentes ambientes
de nuvem confere uma adaptabilidade relevante às organizações, permitindo-lhes
alcançar um equilíbrio personalizado entre controle, segurança e escalabilidade.
Figura 3: Nuvem híbrida
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-hybrid-cloud/
22
Uma nuvem híbrida combina efetivamente tecnologias distintas para otimizar
eficiência e funcionalidade. Semelhante ao funcionamento de carros híbridos, que
integram motores a gasolina e elétricos para obter eficiência e potência, as nuvens
híbridas combinam vantagens de diferentes ambientes em nuvem (RODRIGUES et
al., 2015).
Segundo Oliveira (2016), essas nuvens têm diversas aplicações, permitindo
que organizações usem nuvens privadas e públicas para diferentes serviços, backup
ou gestão de picos de demanda. Ambientes de nuvem híbrida oferecem flexibilidade
ao executar aplicativos em diversos ambientes, incluindo nuvens públicas, privadas
e locais, atendendo às necessidades específicas da empresa.
Ademais, as soluções de nuvem híbrida facilitam a migração e gestão de
cargas de trabalho entre ambientes, possibilitando configurações mais versáteis.
Essa abordagem é comum atualmente devido à não dependência exclusiva de uma
única nuvem pública (TAURION¸2019).
Para Santos (2023), organizações adotam plataformas de nuvem híbrida para
reduzir custos, minimizar riscos e expandir recursos, sustentando esforços de
transformação digital. Essa configuração é uma das infraestruturas mais
prevalentes, permitindo a transição gradual de aplicativos e dados durante
migrações para a nuvem. Ambientes híbridos possibilitam o uso contínuo de
serviços locais e a flexibilidade oferecida por provedores de nuvem pública, como o
Google Cloud.
2.4.3.1 Funcionamento da Nuvem híbrida
Conforme mencionado anteriormente, as nuvens híbridas representam uma
fusão de recursos e serviços provenientes de dois ou mais ambientes distintos de
computação. Para as arquiteturas de nuvem híbrida funcionar eficientemente, é
essencial a integração, orquestração e coordenação para possibilitar o
compartilhamento, alteração e sincronização ágil de informações (TAURION¸2019).

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A base de uma implantação bem-sucedida de nuvem híbrida reside em uma


rede robusta. A interconectividade entre esses ambientes frequentemente é
estabelecida por meio de redes locais (LAN), redes de longa distância (WAN), redes
23
privadas virtuais (VPNs) e interfaces de programação de aplicativos (APIs) (MEZA,
2024).
Santos (2023), explica que assim como em outras arquiteturas de
computação em nuvem, as plataformas de nuvem híbrida fazem uso das tecnologias
de virtualização, conteinerização e armazenamento e rede definida por software
para abstrair e consolidar recursos. Através de softwares de gerenciamento
dedicados, as organizações conseguem alocar recursos e possibilitar o
provisionamento sob demanda em ambientes diversos.
2.5. Nuvem Multicloud
Segundo Santos et al. (2021), a abordagem Multicloud é caracterizada pelo
uso de serviços e recursos de nuvem fornecidos por múltiplos provedores, em
contraste com a dependência exclusiva de um único provedor de nuvem. Essa
estratégia permite que organizações selecionem os serviços mais adequados às
suas necessidades específicas, beneficiem-se da redundância e evitem a
dependência exclusiva de um único fornecedor.
Figura 4: Nuvem Multicloud
24
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-multicloud/
Conforme Figura acima, Multicloud é à utilização de várias nuvens públicas
por uma empresa. Em uma configuração de multinuvem, a empresa incorpora
nuvens públicas de mais de um provedor, ao invés de depender de um único
fornecedor para hospedagem em nuvem, armazenamento e pilha completa de
aplicativos. Segundo Santos (2023), essa abordagem oferece flexibilidade e
diversidade de fornecedores, sendo útil para diversos propósitos, como redundância,
backup do sistema e integração de diferentes serviços de nuvem, incluindo IaaS,
PaaS e SaaS.
Sob outra perspectiva, um ambiente Multicloud refere-se à prática de utilizar
múltiplos serviços de computação em nuvem dentro de uma arquitetura única e
heterogênea. Seu propósito principal é reduzir a dependência de fornecedores
individuais, proporcionando maior flexibilidade por meio de uma ampla gama de
opções disponíveis (ALALUNA¸2019).
25
Por exemplo, uma empresa que utiliza os serviços de armazenamento de
dados da Amazon Web Services (AWS), os recursos de computação da Microsoft
Azure e as soluções de inteligência artificial do Google Cloud Platform estão
adotando uma abordagem multicloud. A combinação desses serviços permite à
empresa otimizar seus custos, aumentar sua flexibilidade e agilidade de sua
infraestrutura de TI (MEZA, 2024).
Além disso, a natureza Multicloud pode abranger a incorporação de nuvens
públicas, privadas e de borda para alcançar os objetivos da empresa. Em outras

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palavras, trata-se da integração de operações locais com aplicações e serviços


executados em diversos provedores de nuvem pública. Essa abordagem permite
que as empresas capitalizem os benefícios distintos oferecidos por cada plataforma,
ao mesmo tempo em que mitigam eventuais desvantagens associadas a uma única
nuvem (ALALUNA¸2019).
Para Paraiso et al. (2012), diferentemente da abordagem de nuvem híbrida,
que envolve a combinação de diferentes modos de implantação (como público,
privado e legado) em uma única infraestrutura, o Multicloud se concentra na
utilização de diversos serviços em nuvem de diferentes provedores,
independentemente do modelo de implementação utilizado. Essa distinção enfatiza
a diversidade e a variedade de opções disponíveis para as organizações que
adotam estratégias de Multicloud.
Ressalva-se que para Meza (2024), uma solução Multicloud integra serviços
de infraestrutura como serviço (IaaS), plataforma como serviço (PaaS) e software
como serviço (SaaS) em uma arquitetura que pode variar em termos de
acoplamento, podendo ser bastante ou pouco acoplada. Isso significa que a
arquitetura Multicloud pode ser projetada para oferecer diferentes níveis de
integração entre os serviços e provedores de nuvem, incluindo:
a) Rede: A integração eficiente de serviços de diferentes provedores requer uma
rede robusta e flexível, capaz de fornecer conectividade confiável e de baixa
latência entre os ambientes de nuvem;
b) Desempenho: É essencial garantir que a solução Multicloud atenda aos
requisitos de desempenho das aplicações, distribuindo as cargas de trabalho
de forma eficiente e otimizando o uso dos recursos disponíveis em cada
provedor de nuvem;
26
c) Segurança: A segurança dos dados e das aplicações é uma prioridade
fundamental. Uma solução multicloud deve implementar práticas de
segurança consistentes em todos os ambientes de nuvem, incluindo controle
de acesso, criptografia de dados, monitoramento de ameaças e conformidade
regulatória;
d) Gerenciamento operacional: O gerenciamento eficaz de uma arquitetura
multicloud requer ferramentas e processos adequados para monitorar,
provisionar, escalar e melhorar os recursos de forma centralizada,
independentemente dos provedores de nuvem utilizados;
e) Custo total de propriedade (TCO): Uma solução multicloud deve ser avaliada
em termos de custo total de propriedade, considerando não apenas os custos
diretos dos serviços de nuvem, mas também os custos indiretos associados à
integração, gerenciamento e suporte (MEZA, 2024).
Ao considerar esses aspectos e aplicar as melhores práticas de design e
operação, uma solução multicloud pode proporcionar benefícios consideráveis em
termos de flexibilidade e eficiência operacional para seus usuários. Essa abordagem
estratégica permite a otimização dos recursos disponíveis, a adaptação a demandas
variáveis e a maximização da infraestrutura, refletindo diretamente em ganhos de

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produtividade e performance para as organizações (OLIVEIRA et al., 2020).


2.5.1 Como Funciona a Nuvem Multicloud
A implementação de uma arquitetura de nuvem multicloud demanda a
integração de diversos serviços e plataformas de nuvem por meio de APIs
(interfaces de programação de aplicativos) e ferramentas de gerenciamento de
nuvem. Esta abordagem permite distribuir diferentes cargas de trabalho entre
provedores de nuvem distintos, tirando proveito de suas respectivas vantagens e
recursos (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Essa integração é realizada por meio de redes e conexões de comunicação,
como a internet ou redes privadas virtuais (VPNs), utilizando ferramentas como
27
APIs, contêineres e orquestradores de contêineres2, como Kubernetes3. Com a
nuvem multicloud, as organizações têm a liberdade de escolher os serviços
específicos de cada provedor que melhor atendam às suas necessidades, como
armazenamento de dados, computação, análise de dados e inteligência artificial (IA),
entre outros (TAURION, 2019).
Meza (2024), explica que essa flexibilidade proporciona a oportunidade de
otimizar o desempenho, a segurança e os custos, de acordo com os requisitos de
cada carga de trabalho. Além disso, a nuvem multicloud reduz a dependência de um
único provedor de nuvem, mitigando o risco de interrupções no serviço e
aprimorando as operações de TI (ALALUNA¸2019).
Em relação à rede, uma infraestrutura de nuvem multicloud requer uma rede
robusta e segura para facilitar a comunicação entre os diversos provedores de
nuvem, garantindo o desempenho e a segurança dos aplicativos e dados. Isso pode
envolver a implementação de conexões de rede privada dedicadas, como VPNs ou
conexões diretas, para garantir a conectividade confiável e de baixa latência entre os
diferentes ambientes de nuvem.
2.5.2 Infraestruturas de Nuvem Multicloud
As infraestruturas de nuvem multicloud referem-se à arquitetura de tecnologia
que permite a integração e operação de múltiplos provedores de nuvem em um
ambiente heterogêneo. Essas infraestruturas são fundamentais para viabilizar a
estratégia multicloud, oferecendo suporte à distribuição de cargas de trabalho e
recursos em diferentes plataformas de nuvem (ALALUNA¸2019).
Uma infraestrutura de nuvem multicloud bem projetada deve ser altamente
adaptável, capaz de lidar com os desafios e complexidades inerentes à operação em
2 Os contêineres são empregados para transportar aplicações em meio a uma infraestrutura
multicloud. Cada contêiner encapsula não apenas a aplicação em si, mas também suas bibliotecas
associadas, variáveis de ambiente e arquivos de configuração essenciais para a execução da
aplicação em qualquer ambiente operacional onde o contêiner seja implantado.
3 O Kubernetes é um sistema de orquestração de contêineres de código aberto que automatiza os
processos de implantação, dimensionamento e gerenciamento de aplicações em contêineres.
Inicialmente concebido pelo Google, o Kubernetes agora é mantido pela Cloud Native Computing
Foundation.
28

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ambientes diversos (TAURION, 2019). Algumas características essenciais das


infraestruturas de nuvem multicloud estarão na Tabela 1:
Tabela 1: Aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
Aspecto Descrição
Interconectividade
Permite a interconexão eficiente entre os diferentes provedores
de nuvem e suas soluções, garantindo interoperabilidade e
comunicação fluida na arquitetura multicloud.
Orquestração de
Recursos
Capacidade de gerenciar recursos de forma unificada,
automatizando processos como provisionamento,
escalonamento e balanceamento de carga em um ambiente
multicloud.
Segurança
Preocupação central em ambientes de nuvem, torna-se ainda
mais crítica na infraestrutura multicloud, exigindo recursos
avançados como criptografia, controle de acesso e
monitoramento de ameaças.
Gerenciamento de
Custos
Monitoramento e gestão centralizada dos custos associados a
diferentes provedores de nuvem e cargas de trabalho, visando
melhorar gastos e alocar recursos de forma eficiente.
Escalabilidade e
Elasticidade
Capacidade de dimensionar recursos dinamicamente para
atender às demandas variáveis de carga de trabalho,
oferecendo escalabilidade automática e sob demanda no
ambiente multicloud.
Fonte: Tarion (2019)
Após analisar os aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
representada pela Tabela 1, é possível observar a complexidade e a importância de
cada um desses elementos para garantir o funcionamento eficiente e seguro desse
ambiente. A interconectividade entre os provedores de nuvem é fundamental para a
interoperabilidade e comunicação fluida, enquanto a orquestração de recursos
permite a automação de processos fundamentais, como o provisionamento e
escalonamento.
Além disso, segundo Alaluna (2019), a segurança assume um papel ainda
mais crítico na infraestrutura multicloud, demandando recursos avançados de
proteção de dados e monitoramento de ameaças. O gerenciamento de custos é
essencial para melhorar os gastos e garantir uma alocação eficiente de recursos,
enquanto a escalabilidade e elasticidade permitem que as organizações
29

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dimensionem seus recursos de acordo com as demandas variáveis de carga de


trabalho. Portanto, ao considerar esses aspectos, as empresas podem construir e
manter uma infraestrutura multicloud robusta e adaptável, capaz de atender às
necessidades do negócio de forma eficaz e segura.
2.5.3 Das diferenças das infraestruturas de Nuvem Multicloud
Ao contrário da abordagem Multicloud, a Nuvem Híbrida não necessariamente
se baseia na utilização de serviços de diferentes fornecedores. Enquanto na
Multicloud uma empresa pode empregar nuvens públicas, privadas ou híbridas, a
Nuvem Híbrida tende a integrar ambientes de nuvem pública e privada, mantendo-os
interconectados (RODRIGUES et al., 2015).
Posto isto, as principais distinções entre essas duas soluções residem no
escopo de tecnologias disponíveis e na dependência de fornecedores únicos. Na
prática, a abordagem Multicloud oferece uma variedade mais ampla de opções
tecnológicas, permitindo que a empresa não se restrinja a um único fornecedor, uma
vez que os serviços são adquiridos de diferentes prestadores (TAURION, 2019).
Haja vista, em consonância com Santos et al. (2021), com o crescimento
contínuo da oferta de serviços em nuvem, a diversificação de provedores se
expandiu ainda mais, tornando o gerenciamento da infraestrutura de nuvem mais
complexo e desafiador. Essa complexidade adicional aumentou a necessidade de
cuidados na gestão e na integração dos serviços de nuvem.
É importante ressaltar que as abordagens de Multicloud e Nuvem Híbrida são
mutuamente exclusivas: não é viável implementar ambas simultaneamente, pois as
nuvens estarão interconectadas na Nuvem Híbrida, enquanto na Multicloud não
haverá essa interconexão entre os provedores de nuvem utilizados (AMARAL,
2021).
30
3. ARQUITETURAS REDE SOB A PERSPECTIVA HÍBRIDA E MULTICLOUD
3.1 ARQUITETURAS HÍBRIDAS
As arquiteturas híbridas emergiram como uma resposta dinâmica às
demandas complexas e multifacetadas das infraestruturas de nuvem na era
contemporânea. Nesse contexto, a interconexão de nuvens públicas, privadas e
múltiplas tornou-se imperativa para empresas que buscam otimizar eficiência,
segurança e escalabilidade em seus ambientes digitais. Para compreender
plenamente esse paradigma, é essencial analisar tanto as estratégias de rede
quanto as técnicas de gerenciamento que impulsionam essas arquiteturas híbridas.
Um dos pilares fundamentais na sustentação das redes de computadores é a
robustez da infraestrutura subjacente. A integração harmoniosa entre os ambientes
de nuvem pública e privada requer uma abordagem meticulosa na concepção e
implementação das redes, as quais devem ser capazes de suportar cargas de
trabalho variáveis e garantir conectividade contínua. Conforme apontado por
Bernstein e Vij (2014), em seu estudo seminal, a flexibilidade e a adaptabilidade das
arquiteturas de rede desempenham um papel crucial na facilitação da migração de
cargas de trabalho entre diferentes nuvens.
Além da estrutura física, as estratégias de gerenciamento desempenham um

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papel preponderante na governança eficaz das arquiteturas híbridas. A automação


de processos, aliada à orquestração de recursos, é essencial para garantir a
eficiência operacional e a escalabilidade sob demanda. Nesse sentido, a abordagem
proposta por Chowdhury e Boutaba (2010), que enfatiza a necessidade de políticas
dinâmicas de gerenciamento para a adaptação contínua às mudanças no ambiente,
revela-se particularmente relevante.
A segurança, por sua vez, emerge como uma preocupação central na
concepção de arquiteturas híbridas resilientes. A coexistência de dados sensíveis
em ambientes públicos e privados exige medidas de proteção abrangentes, que vão
desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de firewalls e sistemas
de detecção de intrusões. Conforme observado por Ristenpart et al. (2009), em sua
análise sobre os desafios de segurança na computação em nuvem, a integração de
31
mecanismos de autenticação multifatorial e o monitoramento proativo são essenciais
para mitigar os riscos inerentes a esses ambientes heterogêneos.
No âmbito da escalabilidade, as arquiteturas híbridas oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. A abstração de
recursos, combinada com a elasticidade inerente à nuvem, oferece uma base sólida
para a expansão sem interrupções das operações comerciais. Nesse contexto, as
contribuições de Kephart e Chess (2003), que exploram os princípios da
computação autônoma e adaptativa, oferecem insights valiosos sobre como alcançar
escalabilidade dinâmica em ambientes híbridos.
Outro aspecto crucial a ser considerado é a interoperabilidade entre os
diversos provedores de nuvem, que compõem o cenário multicloud. A padronização
de protocolos e interfaces é essencial para facilitar a integração e a portabilidade de
aplicativos e dados entre plataformas heterogêneas. A adoção de padrões abertos e
o uso de APIs (Application Programming Interfaces) bem definidas são essenciais
para evitar o aprisionamento do fornecedor e promover a interoperabilidade (Figura
5).
Fonte: Junior, J., 2019.
Figura 5 - Arquitetura de Micros Serviços Híbridos
32
Além disso, a latência e o desempenho da rede desempenham um papel
crítico na garantia da experiência do usuário e no suporte a aplicativos sensíveis ao
tempo. A distribuição estratégica de pontos de acesso e a utilização de CDNs
(Content Delivery Networks) podem ajudar a minimizar a latência e otimizar o
desempenho, especialmente em ambientes distribuídos geograficamente (Figura 6).
Fonte: Microsoft Azure.
Sendo assim, as arquiteturas híbridas representam uma evolução significativa
no paradigma das redes de computadores, oferecendo uma abordagem flexível e
adaptável para a integração de ambientes de nuvem pública, privada e múltipla. Por
meio de estratégias de rede eficientes, práticas de gerenciamento dinâmicas e
medidas abrangentes de segurança, as organizações podem aproveitar ao máximo

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os benefícios de eficiência, segurança e escalabilidades proporcionadas por essas


arquiteturas inovadoras.
Figura 6 - Solução híbrida de DNS referena Microsoft Azure
33
3.2. ARQUITETURAS MULTICLOUD
A crescente adoção de arquiteturas multicloud representa um paradigma
inovador na gestão de infraestruturas de TI, oferecendo às organizações uma
abordagem flexível e resiliente para atender às demandas complexas da era digital.
Em um contexto onde a integração de nuvens públicas, privadas e múltiplas é
essencial para a otimização de recursos e a maximização da eficiência operacional,
as redes de computadores desempenham um papel central na sustentação dessas
infraestruturas híbridas. Esta análise se propõe a explorar as arquiteturas de rede e
as estratégias de gerenciamento que viabilizam a integração harmoniosa de
ambientes multicloud, com foco na eficiência, segurança e escalabilidade.
Um dos principais desafios enfrentados na implementação de arquiteturas
multicloud é a garantia da conectividade contínua entre os diversos provedores de
nuvem. Através de uma abordagem cuidadosamente planejada na concepção das
redes de computadores, é possível estabelecer uma infraestrutura robusta e
resiliente, capaz de suportar a interconexão entre nuvens públicas, privadas e
múltiplas. Como destacado por Chen et al. (2023), a utilização de tecnologias como
SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network) e soluções de interconexão direta
entre data centers podem desempenhar um papel fundamental na garantia da
conectividade e no fornecimento de desempenho otimizado em ambientes
multicloud.
Além da conectividade, a segurança emerge como uma preocupação
premente na gestão de arquiteturas multicloud. A dispersão de dados sensíveis em
múltiplos ambientes de nuvem requer a implementação de medidas abrangentes de
proteção, que vão desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de
políticas de acesso rigorosas. Conforme observado por Patel et al. (2022), a adoção
de soluções de segurança baseadas em inteligência artificial e aprendizado de
máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra ameaças cibernéticas em
ambientes multicloud, garantindo a integridade e a confidencialidade dos dados.
No que tange à escalabilidade, as arquiteturas multicloud oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. Através da distribuição
estratégica de cargas de trabalho entre diferentes provedores de nuvem, é possível
34
alcançar uma escalabilidade dinâmica e uma utilização eficiente dos recursos
disponíveis. Como ressaltado por Dinh et al. (2021), a utilização de estratégias de
balanceamento de carga e autoescalonamento automático pode otimizar o
desempenho e garantir uma resposta ágil às demandas do ambiente.
Outro aspecto crucial a ser considerado na gestão de arquiteturas multicloud
é a interoperabilidade entre os diversos provedores de nuvem. A padronização de
protocolos e interfaces desempenha um papel fundamental na facilitação da

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integração e na garantia da portabilidade de aplicativos e dados entre plataformas


heterogêneas. Conforme destacado por Wang et al. (2023), a adoção de padrões
abertos e o uso de APIs bem definidas são essenciais para promover a
interoperabilidade e evitar o aprisionamento do fornecedor em ambientes multicloud.
Em síntese, as arquiteturas multicloud representam uma abordagem
estratégica para a gestão de infraestruturas de TI na era digital, oferecendo uma
combinação única de flexibilidade, segurança e escalabilidade. Através da adoção
de arquiteturas de rede robustas e estratégias de gerenciamento eficazes, as
organizações podem maximizar o valor de seus investimentos em nuvem,
impulsionando a inovação e a competitividade no mercado global.
3.3 DESAFIOS NA SINCRONIZAÇÃO DE REDES DIVERSIFICADAS
A integração de redes diversificadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud apresenta uma série de desafios significativos, exigindo uma abordagem
cuidadosa e estratégica para garantir a sincronização eficiente e a interoperabilidade
entre os diversos componentes. Esta análise busca explorar os obstáculos
encontrados na sincronização de redes heterogêneas e as estratégias para superá-
los, visando a eficiência, segurança e escalabilidade das infraestruturas digitais.
Um dos desafios fundamentais na sincronização de redes diversificadas é a
disparidade de protocolos e tecnologias utilizadas em diferentes ambientes de
nuvem. A coexistência de infraestruturas públicas, privadas e múltiplas muitas vezes
implica a utilização de tecnologias distintas, tornando a interoperabilidade entre elas
uma tarefa complexa. Conforme observado por Santos et al. (2022), a falta de
35
padronização e a heterogeneidade de interfaces podem dificultar a integração
harmoniosa das redes, prejudicando a eficiência operacional.
Além disso, a variação na qualidade e desempenho das conexões de rede
entre os provedores de nuvem pode impactar negativamente na sincronização e na
transferência de dados entre os ambientes. A latência, a largura de banda e a
confiabilidade das conexões podem variar significativamente, afetando a
consistência e a disponibilidade dos serviços hospedados na nuvem. Como
ressaltado por Chen et al. (2023), a gestão eficaz da qualidade de serviço (QoS) e a
otimização de rotas de rede são essenciais para mitigar os efeitos adversos das
disparidades de desempenho (Figura 7).
Fonte: Tapajós, 2012.
Outro desafio importante na sincronização de redes diversificadas é a
garantia da segurança dos dados transmitidos entre os diferentes ambientes de
nuvem. A dispersão de informações sensíveis em múltiplas plataformas aumenta o
risco de exposição a ameaças cibernéticas e violações de segurança. A
implementação de medidas robustas de proteção, como criptografia de ponta a
ponta e controle de acesso granular, é essencial para mitigar os riscos associados à
transferência de dados entre ambientes heterogêneos. Conforme destacado por
Patel et al. (2021), a utilização de soluções de segurança baseadas em inteligência
artificial e aprendizado de máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra
ameaças em redes diversificadas.

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Figura 7 - Redes Avançadas QOS


36
Além disso, a gestão eficaz da configuração e do provisionamento de
recursos de rede em ambientes de nuvem híbrida e multicloud apresenta desafios
adicionais. A automação de processos e a orquestração de recursos são essenciais
para garantir a consistência e a conformidade das configurações em toda a
infraestrutura. No entanto, a integração de ferramentas de gerenciamento de rede de
diferentes provedores e plataformas pode ser complexa e requer uma abordagem
cuidadosa para evitar conflitos e inconsistências. Como destacado por Dinh et al.
(2020), a utilização de padrões abertos e APIs bem definidas pode facilitar a
integração e o gerenciamento unificado de redes diversificadas.
Por fim, a sincronização de redes diversificadas em ambientes de nuvem
híbrida e multicloud apresenta desafios substanciais, que exigem uma abordagem
holística e estratégica para superá-los. Através da padronização de protocolos,
otimização de desempenho, implementação de medidas de segurança robustas e
automação de processos, as organizações podem garantir a eficiência, segurança e
escalabilidade de suas infraestruturas digitais, promovendo a inovação e a
competitividade no mercado global.
37
4. INTEGRAÇÃO DE NUVENS HÍBRIDAS E MULTICLOUD: O PAPEL DAS
REDES DE COMPUTADORES (17 PÁGINAS)
4.1 ALOCAÇÃO EFICIENTE DE RECURSOS EM AMBIENTES HÍBRIDOS E
MULTICLOUD
4.2 SEGURANÇA
4.2.1 Desafios Específicos de Segurança em Ambientes de Nuvem
4.2.2 Estratégias para Proteção de Dados e Comunicações
4.3 ESCALABILIDADE
4.4 DESENVOLVIMENTO DE INFRAESTRUTURAS HÍBRIDAS E MULTICLOUD
4.4.1 Estratégias para a Integração Eficiente
38
CONCLUSÃO (2 PÁGINAS)
39
REFERÊNCIAS
ALALUNA, Max Silva. Secure and Dependable Multi-Cloud Network
Virtualization. 2019. Tese de Doutorado. Universidade de Lisboa (Portugal).
ALBUQUERQUE, Matheus Carvalho de; FREITAS, Marcio. Computação em Nuvem.
Seminário de Tecnologia Gestão e Educação, v. 3, n. 1, 2021.
AMARAL, Lucas Barros. Adoção de multi-nuvem e nuvem híbrida nas
organizações. 2021. Disponível em:
<http://ric.cps.sp.gov.br/handle/123456789/10544>. Acesso em 07 mar. 2024.
BRAGA, Andrei S.; SILVA, Geraldo M.; BARROS, Marcos C. Cloud computing.
Instituto de Computação-Universidade Estadual de Campinas, p. 18, 2012.
BERNSTEIN, A.; VIJ, D. Architecting the cloud: Design decisions for cloud
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n. 1, p. 745?762, 2023.
CHOWHLURY, M. S., & BOUTABA, R. A survey of network virtualization. Computer
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DAWADI, B. R. et al. Migration cost optimization for service provider legacy network
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=================================================================================
Arquivo 1: capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Arquivo 2: https://livroaberto.ibict.br/bitstream/1/861/1/COMPUTA%C3%87%C3%83O EM NUVEM.pdf
(9053 termos)
Termos comuns: 292
Similaridade: 1,88%
O texto abaixo é o conteúdo do documento capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://livroaberto.ibict.br/bitstream/1/861/1/COMPUTA%C3%87%C3%83O EM NUVEM.pdf (9053 termos)

=================================================================================
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA ? PREFEITO HIRANT SANAZAR
Redes De Computadores
OSASCO
2024
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
OSASCO
2024
Trabalho de Graduação apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Osasco -
?Prefeito Hirant Sanazar? como requisito
parcial para a obtenção do título de
Tecnólogo em REDES DE
COMPUTADORES, sob a orientação do(a)
Professor(a) Adalberto de Freitas Camargo.
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
TERMO DE APROVAÇÃO DIGITALIZADA
DEDICATÓRIA
RESUMO
Palavras-chave:
ABSTRACT

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Keywords:
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
1.1 PROBLEMÁTICA
........................................................................................................................................8
1.2 HIPÓTESE
..................................................................................................................................................8
1.3 JUSTIFICATIVA
..........................................................................................................................................8
1.4 OBJETIVOS
................................................................................................................................................9
1.4.1 Geral...............................................................................................................................................9
1.4.2 Específicos.......................................................................................................................................9
1.5 METODOLOGIA
.......................................................................................................................................10
2. CAP.......................................................................................................................13
71 INTRODUÇÃO
A revolução na gestão e utilização de recursos computacionais, impulsionada
pela era digital, representa uma transformação abrangente no modo como as
organizações enfrentam os desafios contemporâneos. Nesse contexto dinâmico, a
resposta inovadora das empresas modernas às crescentes demandas e
complexidades é evidenciada pela adoção de infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. O amalgamamento estratégico de recursos provenientes de nuvem
multicloud e nuvem híbrida visa proporcionar às organizações uma resposta ágil e
adaptável às exigências do ambiente empresarial em constante evolução.
Ao reunir esses recursos diversificados, as organizações buscam conquistar
uma maior flexibilidade operacional, eficiência aprimorada e uma capacidade
robusta de adaptação. A pesquisa em questão assume o desafio de realizar uma
análise abrangente das arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento
aplicadas nesses ambientes integrados.
Dessa forma, ao unir os recursos de nuvem multicloud e nuvem híbrida, as
organizações almejam atingir um nível mais elevado de flexibilidade, eficiência
operacional e capacidade de adaptação diante das exigências em constante
mudança. Este cenário de integração de plataformas distintas levanta a necessidade
premente de uma análise aprofundada das arquiteturas de rede e estratégias de
gerenciamento empregadas nesses ambientes complexos.
Esta pesquisa visa não apenas compreender, mas também ir além,
explorando formas inovadoras de otimizar eficiência, reforçar a segurança e
aprimorar a escalabilidade nesse contexto multifacetado. Ao abordar esses desafios,
o estudo posiciona-se como um contribuinte significativo para o avanço no
entendimento e na implementação de práticas mais avançadas e adaptáveis no
gerenciamento desses ambientes dinâmicos e interconectados.
Este estudo visa, assim, contribuir para o desenvolvimento de abordagens
mais sofisticadas e adaptáveis no gerenciamento desses ambientes complexos e

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dinâmicos.
81.1 PROBLEMÁTICA
O aumento significativo no uso de ambientes de nuvem híbrida e multicloud
impõem desafios consideráveis as redes de computação. A integração eficiente de
plataformas distintas, a garantia da segurança da informação e a otimização dos
recursos de rede representam obstáculos complexos e multifacetados.
Nesse contexto, surge a necessidade premente de compreender
profundamente o papel das redes de computadores nesses ambientes dinâmicos. A
questão central que norteia esta pesquisa é: Como as redes de computadores
podem ser estruturadas e gerenciadas de maneira a aperfeiçoar a eficiência, a
segurança e a escalabilidade em infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud?
1.2 HIPÓTESE
A hipótese desta pesquisa é que, por meio de uma análise aprofundada das
arquiteturas de rede e das estratégias de gerenciamento, é possível otimizar a
eficiência operacional, reforçar a segurança da informação e promover
escalabilidade em ambientes que integram nuvens públicas, privadas e múltiplas.
1.3 JUSTIFICATIVA
A crescente complexidade e a rápida evolução do cenário tecnológico
demandam uma análise aprofundada sobre como as redes de computadores
desempenham um papel relevante no suporte a infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. Nesse sentido, à medida que organizações adotam modelos integrados
de nuvem para atender às suas necessidades operacionais, surge a necessidade
premente de compreender não apenas os benefícios, mas também os desafios
associados a essas arquiteturas complexas.
A relevância deste estudo estende-se além do ambiente acadêmico,
impactando diretamente as práticas e decisões nas organizações contemporâneas.
Ao compreendermos melhor como as redes de computadores se articulam e
influenciam infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud, é possível fornecer
9respostas a questões críticas enfrentadas por profissionais da área. Essas
respostas, por sua vez, têm o potencial de aperfeiçoar a eficiência operacional, a
segurança da informação e a escalabilidade, aspectos vitais para o sucesso e a
sustentabilidade das operações de redes.
Além disso, ao abordar diretamente os desafios práticos enfrentados pelas
organizações na adoção de ambientes de nuvem integrada, esta pesquisa pode
auxiliar a gestores que buscam implementar estratégias mais eficazes. A
compreensão aprofundada das nuances dessas arquiteturas complexas pode
catalisar a inovação e informar decisões informadas, promovendo assim uma
integração mais eficiente e segura de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
Dessa forma, a relevância deste estudo transcende a esfera acadêmica,
oferecendo uma contribuição prática e tangível para aqueles envolvidos no campo
de rede de computadores, alinhando-se com as demandas emergentes do cenário
corporativo contemporâneo.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Geral

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Analisar as arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em


ambientes de nuvem híbrida e multicloud, identificando oportunidades de otimização
para eficiência, segurança e escalabilidade.
1.4.2 Específicos
? Investigar as principais problemáticas enfrentadas por nuvem multicloud e
nuvem híbrida;
? Propor estratégias de gerenciamento de rede para otimização da eficiência
operacional;
? Avaliar as medidas de segurança adotadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud.
10
1.5 METODOLOGIA
A metodologia empregada neste trabalho de conclusão de curso
fundamentou-se em uma abordagem de pesquisa bibliográfica, conduzida por meio
de uma revisão sistemática da literatura. A execução dessa revisão envolveu uma
leitura exploratória de resumos e títulos de obras relevantes, com o intuito de avaliar
a pertinência e contribuição desses materiais à temática central do estudo.
A coleta de dados para este estudo foi conduzida por meio de uma pesquisa
bibliográfica abrangente, abarcando fontes diversas, como livros, revistas
especializados e periódicos online. Além disso, consultas a pesquisas científicas
consolidadas foram realizadas para assegurar a abrangência e profundidade do
levantamento de informações. O critério de leitura exploratória de resumos e títulos
foi aplicado de forma criteriosa para avaliar a pertinência das obras em relação ao
âmago da pesquisa.
No sentido de ampliar a cobertura e qualidade da pesquisa, a seleção de
estudos foi orientada para bases de dados reconhecidas no contexto de
infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud. Nesse sentido, foram exploradas
plataformas como IEEE Xplore, ACM Digital Library e SpringerLink e Google
Acadêmico, buscando incluir perspectivas abrangentes e atualizadas sobre o tema
em questão.
As palavras-chave adotadas para orientar a pesquisa refletiram a
complexidade e abrangência da temática, incluindo termos como "Infraestruturas de
Nuvem Híbrida", "Multicloud", "Arquiteturas de Rede", "Estratégias de
Gerenciamento", "Eficiência", "Segurança" e "Escalabilidade". Essa escolha
estratégica de palavras-chave visa abarcar os diversos aspectos e nuances
relacionados aos ambientes integrados de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
O material utilizado para análise e revisão consistiu principalmente em artigos
científicos, conferências e livros especializados, enfocando a viabilidade técnica das
arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em contextos de nuvem híbrida
e multicloud. Essa abordagem proporcionou uma base sólida e diversificada para a
construção do conhecimento neste campo de estudo.
Os critérios de inclusão estabeleceram a seleção de artigos científicos
publicados no Brasil, compreendidos no intervalo temporal entre 2014 e 2023, em
formato de texto completo. Em contrapartida, foram excluídos artigos científicos não

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11
disponíveis integralmente e materiais que não estavam alinhados com a temática
central do trabalho. Esses critérios foram aplicados para assegurar a qualidade e
pertinência dos estudos incorporados à revisão bibliográfica.
12
2. COMPUTAÇÃO EM NUVEM
O presente capítulo deste trabalho se dedica à exploração aprofundada do
conceito e da diversidade de modelos de Computação em Nuvem (Cloud
Computing). Este campo emergente na tecnologia da informação tem transformado
radicalmente a maneira como os recursos computacionais são concebidos,
provisionados e utilizados. A Computação em Nuvem transcende as limitações dos
modelos tradicionais, permitindo acesso remoto a uma variedade de aplicações e
serviços, independentemente de localização geográfica ou plataforma de
hardware.
2.1. Definição de Computação em Nuvem
A ascensão da computação em nuvem constitui uma tendência notável,
manifestando-se após a transição comercial da Internet ocorrida em 1995. Nesse
momento, a Internet já havia se consolidado como uma rede global de comunicação
de dados multimídia, estabelecendo conexões entre a maioria das instituições de
ensino superior e centros de pesquisa em escala mundial (ZUFFO et al., 2013).
Posto isto, a computação em nuvem, também conhecida como Cloud
Computing, constitui um inovador paradigma computacional que viabiliza ao usuário
final o acesso remoto a uma ampla gama de aplicações e serviços,
independentemente de sua localização e plataforma, mediante a utilização de um
terminal conectado à nuvem1 (TAURION, 2019).
A metáfora da nuvem, com sua conotação de um ambiente desconhecido
cujo início e fim são perceptíveis, revelam-se apropriadamente empregada
na nomenclatura desse novo modelo. Neste contexto, a infraestrutura e os
recursos computacionais permanecem virtualmente ocultos, com o usuário
interagindo por meio de uma interface padronizada, por meio da qual são
disponibilizadas diversas aplicações e serviços (SANTOS, 2018, p. 38).
1 A computação em nuvem teve sua origem em 2006, quando Eric Schmidt, da Google, abordou a
gestão dos data centers em uma palestra. Atualmente, ela representa o epicentro de um movimento
que provoca mudanças substanciais no panorama tecnológico. Nesse contexto, a metáfora da nuvem
simboliza a internet ou a infraestrutura de comunicação entre os componentes arquiteturais,
fundamentada em uma abstração que esconde a complexidade subjacente. Cada componente dessa
infraestrutura é oferecido como serviço e geralmente alocado em data centers que utilizam recursos
de hardware compartilhado para computação e armazenamento.
13
Um criterioso relatório elaborado pela Gartner, destacando a computação em
nuvem como a vanguarda na esfera da tecnologia estratégica, enfatizou de maneira
contundente sua proeminência, consolidando-se como uma tendência incontestável
na indústria, ao estabelecer formalmente sua definição:
A computação em nuvem é uma forma especializada de computação

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distribuída que introduz modelos de utilização para o provisionamento


remoto de recursos escaláveis e mensuráveis. [...] É um estilo de
computação no qual capacidades escaláveis e elásticas habilitadas para TI
(serviços, software ou infraestrutura) são entregues como serviço a clientes
externos usando tecnologias da Internet (BRODKIN, 2008, p. 39).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem é um paradigma que
implica a disponibilização de recursos computacionais, como armazenamento,
processamento, redes e software, por meio da Internet. Esses recursos são
acessíveis e utilizáveis remotamente, permitindo que os usuários aproveitem os
serviços oferecidos por provedores de nuvem, eliminando a dependência de
recursos locais ou servidores físicos para atender às suas demandas
computacionais.
A computação em nuvem, em uma conceituação mais abrangente,
representa um paradigma de infraestrutura que viabiliza a implementação do
Software como Serviço (SaaS). Este paradigma engloba um extenso conjunto de
serviços acessíveis pela web, destinados a disponibilizar funcionalidades que,
anteriormente, demandavam consideráveis investimentos em hardware e software.
O funcionamento da computação em nuvem ocorre por meio de um modelo de
pagamento baseado no uso, permitindo uma abordagem mais flexível e eficiente em
termos de custos (OLIVEIRA et al., 2020).
Este modelo de computação transcende as limitações tradicionais,
oferecendo capacidades escaláveis e elásticas relacionadas às tecnologias da
informação. Essas capacidades são disponibilizadas como serviços aos usuários
finais por meio da internet. Essa definição, amplamente reconhecida, é
compartilhada pelo grupo Gartner, destacando a essência da computação em
nuvem como uma inovação que proporciona agilidade, acessibilidade e economia,
transformando fundamentalmente a forma como recursos computacionais são
provisionados e consumidos (TAURION, 2019).
É importante ressaltar que a representação simbólica da nuvem reside na
internet, composta por uma infraestrutura de comunicação que engloba hardwares,
14
softwares, interfaces, redes de telecomunicação, dispositivos de controle e
armazenamento, permitindo a entrega de serviços computacionais. Para
implementar esse modelo, é imperativo consolidar todas as aplicações e dados dos
usuários em extensos centros de armazenamento denominados data centers. Após
essa consolidação, a infraestrutura e as aplicações dos usuários são distribuídas
como serviços acessíveis pela internet (SANTOS, 2018).
Segundo Oliveira et al. (2020), um elemento para a compreensão deste
modelo de computação diz respeito aos intervenientes da nuvem, que podem ser
categorizados em três grupos distintos: o provedor de serviço, o desenvolvedor e o
usuário.
Segundo Santos (2018), o provedor assume a responsabilidade de
disponibilizar, gerenciar e monitorar integralmente a infraestrutura da nuvem. Por
sua vez, Taurion (2019) explica que o desenvolvedor deve possuir a habilidade de

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fornecer serviços destinados ao usuário final, baseando-se na infraestrutura


disponibilizada. O usuário final, representa o consumidor que utilizará os recursos
oferecidos pelo cloud computing.
A computação em nuvem, por conseguinte, configura-se como um novo
modelo de serviço inovador, capacitado para prover uma diversidade de serviços,
incluindo processamento, infraestrutura e armazenamento de dados, exclusivamente
por meio da internet (TAURION, 2019). Para que um data center possa ser chamado
de Cloud Computing, é necessário atender a algumas características essenciais, a
saber.
2.2. Características
A convergência de diversas tecnologias essenciais capacita a computação em
nuvem a oferecer serviços de maneira transparente aos usuários, entre outras
funcionalidades e particularidades. Campos tecnológicos de suma importância nessa
convergência abrangem o hardware, com ênfase na capacidade de virtualização; as
tecnologias de internet, como a Web 2.0 e os serviços web; o gerenciamento de
sistemas, incluindo a computação independente (autonomic computing) e a
automação de gerenciamento e manutenção de data centers; além da computação
distribuída, com especial atenção para a utility & grid computing.
15
2. 2.1. Elasticidade e Escalonamento
A computação em nuvem proporciona a ilusão de recursos computacionais
infinitos disponíveis para utilização. Nesse contexto, os usuários antecipam que a
nuvem seja capaz de fornecer rapidamente recursos em qualquer quantidade e a
qualquer momento. A expectativa é que recursos adicionais sejam disponibilizados,
possivelmente de maneira automática, em períodos de aumento da demanda, e
retidos durante reduções nessa demanda (OLIVEIRA et al., 2020).
Segundo Santos (2018), recursos podem ser adquiridos de forma rápida e
elástica, muitas vezes automaticamente, caso haja necessidade de escalar com o
aumento da demanda, e liberados durante a redução dessa demanda. Aos usuários,
os recursos disponíveis para uso parecem ser ilimitados e podem ser adquiridos em
qualquer quantidade e a qualquer momento. A virtualização (criação de ambientes
virtuais com o propósito de abstrair características físicas do hardware) desempenha
um papel fundamental na característica de elasticidade rápida da computação em
nuvem.
2.2.2. Self-Service sob demanda
Os usuários têm a capacidade de adquirir unilateralmente recursos
computacionais, como tempo de processamento no servidor ou armazenamento na
rede, à medida que necessitam, sem a necessidade de interação humana com os
provedores de cada serviço. Numa nuvem, tanto o hardware quanto o software
podem ser automaticamente reconfigurados, apresentando essas modificações de
maneira transparente para os usuários (SANTOS, 2018).
2.2.3. Faturamento e medição por uso
Dado que o usuário pode requisitar e utilizar apenas a quantidade de recursos
e serviços considerada necessária, os serviços devem ser precificados com base em

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um uso de curta duração, como, por exemplo, medido em horas de utilização.


Portanto, as nuvens devem implementar recursos que assegurem um comércio
16
eficiente de serviços, incluindo tarifação adequada, contabilidade, faturamento,
monitoramento e otimização do uso (OLIVEIRA et al., 2020).
Essa medição automática do uso dos recursos deve abranger diferentes tipos
de serviços oferecidos (armazenamento, processamento e largura de banda) e ser
prontamente reportada, promovendo uma maior transparência comercial (SANTOS,
2018).
2.2.4. Customização
Atendendo a múltiplos usuários, observa-se uma grande disparidade em suas
necessidades, tornando essencial a capacidade de personalização dos recursos da
nuvem, abrangendo desde serviços de infraestrutura até serviços de plataforma e
software (SANTOS, 2018).
2.2.5. Amplo acesso à rede
Os recursos estão disponíveis por meio da rede e acessados através de
mecanismos que promovem padrões utilizados por plataformas heterogêneas, como
telefones celulares, laptops e PDAs. A interface de acesso à nuvem não exige que
os usuários modifiquem suas condições e ambientes de trabalho, como linguagens
de programação e sistemas operacionais (SANTOS, 2018).
2.2.6 Pooling de Recursos
Os provedores de recursos de computação são agrupados para atender a
vários consumidores através de um modelo multi-inquilino (modelo de software onde
uma única instância roda no servidor e permite atender a múltiplas requisições de
diferentes usuários), com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos
dinamicamente, de acordo com a demanda do consumidor (ALBUQUERQUE;
FREITAS, 2021).
17
Existe um senso de independência local, no qual o cliente geralmente não
tem controle ou conhecimento sobre a localização exata dos recursos
disponibilizados, mas pode especificar o local em um nível mais abstrato, como país,
estado ou data center. Exemplos de recursos incluem armazenamento,
processamento, memória, largura de banda de rede e máquinas virtuais (SANTOS,
2018).
2.2.7. Serviço Medido
Sistemas em nuvem gerenciam e otimizam automaticamente a utilização de
recursos, tirando proveito da capacidade de medição em um nível de abstração
adequado para o tipo de serviço. O uso de recursos é monitorado, controlado e
registrado, estabelecendo transparência entre o provedor e o consumidor (SANTOS,
2018).
A abordagem em nível de serviço SLA, que oferece informações sobre os
níveis de disponibilidade, funcionalidade, desempenho e possíveis penalidades em
caso de violação desses parâmetros, pode ser implementada para assegurar a
eficiência do serviço (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021). É imperativo destacar que

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existem três modelos principais de serviço na computação em nuvem, conforme


segue.
2.3. Camadas de Arquitetura e tipos de nuvem
Os serviços de computação em nuvem se distribuem em três classes,
considerando o nível de abstração do recurso fornecido e o modelo de serviço do
provedor. O nível de abstração representa a camada de arquitetura onde os serviços
das camadas superiores podem ser compostos pelos serviços das camadas
inferiores (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem representa uma
paradigmática distribuição de recursos na forma de serviços, transformando
radicalmente a entrega de soluções tecnológicas. Essa abordagem inovadora
proporciona uma organização tripartida, subdividindo a Computação nas Nuvens em
três modelos distintos: Infraestrutura como Serviço (IaaS); Plataforma como Serviço
18
(PaaS); e Software como Serviço (SaaS), na camada superior, conforme ilustrado na
Figura 1.
Figura 1: Representação dos modelos de serviços
Fonte: https://fabriciorhs.files.wordpress.com/2010/09/cloud_computing.pdf
IaaS: Fornece acesso a recursos de infraestrutura virtualizada, como
máquinas virtuais, redes e armazenamento. Os usuários têm controle sobre o
sistema operacional, aplicativos e configurações, enquanto o provedor de nuvem
gerencia a infraestrutura subjacente (TAURION, 2019);
PaaS: Oferece uma plataforma de desenvolvimento completa, incluindo
ferramentas, bibliotecas e serviços necessários para desenvolver, testar e implantar
aplicativos sem se preocupar com a infraestrutura subjacente (TAURION,
2019);
SaaS: Fornece aplicativos de software totalmente desenvolvidos e prontos
para uso, acessíveis por meio da Internet. Os usuários podem utilizar o software
sem se preocupar com manutenção, atualizações ou gerenciamento da
infraestrutura.
Em síntese, a computação em nuvem representa uma revolução no
paradigma de prestação de serviços de TI. A estrutura em camadas, composta por
Infraestrutura como IaaS, PaaS e SaaS, oferece uma abordagem abrangente e
19
escalável para atender às necessidades variadas dos usuários (TAURION,
2019).
2.4. Compreensão das Nuvens Pública, Privada e Hibrida
2.4.1. Nuvem pública
A implementação da computação em nuvem por meio de nuvens públicas é a
modalidade mais amplamente adotada. Nesse contexto, os recursos de nuvem,
como servidores e armazenamento, são propriedade de um provedor de serviços de
nuvem externo, sendo geridos e fornecidos por meio da Internet. Na nuvem pública,
toda a infraestrutura, incluindo hardware, software e suporte, é exclusivamente de
responsabilidade e administração do provedor de nuvem (ZUFFO et al., 2013). O

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Microsoft Azure exemplifica de forma destacada uma nuvem pública.


Ao selecionar uma nuvem pública, ocorre o compartilhamento de dispositivos
de hardware, armazenamento e rede com outras organizações ou "locatários" da
nuvem. A utilização de serviços e a gestão da conta são realizadas por meio de um
navegador da web. As implantações de nuvem pública são frequentemente
empregadas para disponibilizar serviços como e-mail baseado na web, aplicativos
de escritório online, armazenamento e ambientes de desenvolvimento e teste
(TAURION, 2009).
2.4.2. Nuvem privada
Uma nuvem privada constitui-se de recursos de computação em nuvem
destinada exclusivamente ao uso de uma única empresa ou organização. Essa
configuração pode ser implementada localmente no datacenter da entidade ou
hospedada por um provedor de serviços terceirizado (TAKABI, 2010). Entretanto,
vale destacar que, em uma nuvem privada, os serviços e a infraestrutura
permanecem integralmente na rede privada, e tanto o hardware quanto o software é
dedicado exclusivamente à referida organização (ERL et al., 2013).
A característica distintiva da nuvem privada reside na capacidade da
organização em personalizar seus recursos de maneira mais eficaz para atender a
requisitos específicos de TI (THOMAS et al., 2013). Para Meza 92014),
20
frequentemente adotadas por entidades governamentais, instituições financeiras e
outras organizações de grande porte com operações críticas para os negócios, as
nuvens privadas visam aprimorar o controle sobre seu ambiente operacional. Este
modelo oferece maior flexibilidade e adequação às necessidades particulares,
proporcionando um ambiente customizado que atenda eficientemente aos requisitos
específicos de cada entidade.
Figura 2: Nuvem Privada
Fonte: https://comoaprenderwindows.com.br/infraestrutura/o-que-e-uma-nuvem-privada/
Conforme exposto, a nuvem privada é uma modalidade de serviços de
computação oferecidos pela Internet ou por uma rede interna privada, sendo
acessível exclusivamente a usuários selecionados, em contraste com o público em
geral. Também conhecida como nuvem interna ou corporativa, ela proporciona
benefícios semelhantes aos da nuvem pública, como autoatendimento,
escalabilidade e elasticidade.
No entanto, diferencia-se ao oferecer maior controle e personalização por
meio de recursos dedicados em uma infraestrutura local. Destaca-se por
proporcionar um nível superior de segurança e privacidade, garantidos por firewalls
internos e hospedagem própria, assegurando que dados confidenciais não sejam
acessíveis a terceiros. Uma desvantagem reside na responsabilidade do
21
departamento de TI pela gestão da nuvem privada, o que implica custos e
responsabilidades comparáveis aos de um data center tradicional (MEZA, 2024).
2.4.3. Nuvem híbrida
A nuvem híbrida representa uma fusão estratégica de dois ou mais tipos

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distintos de ambientes de nuvem. Essa configuração abrange a combinação de


nuvens públicas e privadas, podendo ainda incorporar uma infraestrutura local já
existente. Para que uma nuvem seja verdadeiramente híbrida, é imperativo que
esses diversos ambientes de nuvem estejam profundamente interligados, operando
de maneira essencial como uma única infraestrutura integrada. É comum que
praticamente todas as nuvens híbridas contemplem pelo menos uma nuvem pública
em sua composição (SANTOS, 2023).
Para Oliveira (2016), a abordagem da nuvem híbrida emerge como uma
solução estratégica que capitaliza as vantagens oferecidas tanto pelas nuvens
públicas quanto pelas privadas. Essa integração visa otimizar a flexibilidade,
oferecendo uma resposta eficaz às demandas variáveis e aos requisitos específicos
de cada organização. A capacidade de orquestrar recursos de diferentes ambientes
de nuvem confere uma adaptabilidade relevante às organizações, permitindo-lhes
alcançar um equilíbrio personalizado entre controle, segurança e escalabilidade.
Figura 3: Nuvem híbrida
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-hybrid-cloud/
22
Uma nuvem híbrida combina efetivamente tecnologias distintas para otimizar
eficiência e funcionalidade. Semelhante ao funcionamento de carros híbridos, que
integram motores a gasolina e elétricos para obter eficiência e potência, as nuvens
híbridas combinam vantagens de diferentes ambientes em nuvem (RODRIGUES et
al., 2015).
Segundo Oliveira (2016), essas nuvens têm diversas aplicações, permitindo
que organizações usem nuvens privadas e públicas para diferentes serviços, backup
ou gestão de picos de demanda. Ambientes de nuvem híbrida oferecem flexibilidade
ao executar aplicativos em diversos ambientes, incluindo nuvens públicas, privadas
e locais, atendendo às necessidades específicas da empresa.
Ademais, as soluções de nuvem híbrida facilitam a migração e gestão de
cargas de trabalho entre ambientes, possibilitando configurações mais versáteis.
Essa abordagem é comum atualmente devido à não dependência exclusiva de uma
única nuvem pública (TAURION¸2019).
Para Santos (2023), organizações adotam plataformas de nuvem híbrida para
reduzir custos, minimizar riscos e expandir recursos, sustentando esforços de
transformação digital. Essa configuração é uma das infraestruturas mais
prevalentes, permitindo a transição gradual de aplicativos e dados durante
migrações para a nuvem. Ambientes híbridos possibilitam o uso contínuo de
serviços locais e a flexibilidade oferecida por provedores de nuvem pública, como o
Google Cloud.
2.4.3.1 Funcionamento da Nuvem híbrida
Conforme mencionado anteriormente, as nuvens híbridas representam uma
fusão de recursos e serviços provenientes de dois ou mais ambientes distintos de
computação. Para as arquiteturas de nuvem híbrida funcionar eficientemente, é
essencial a integração, orquestração e coordenação para possibilitar o
compartilhamento, alteração e sincronização ágil de informações (TAURION¸2019).

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A base de uma implantação bem-sucedida de nuvem híbrida reside em uma


rede robusta. A interconectividade entre esses ambientes frequentemente é
estabelecida por meio de redes locais (LAN), redes de longa distância (WAN), redes
23
privadas virtuais (VPNs) e interfaces de programação de aplicativos (APIs) (MEZA,
2024).
Santos (2023), explica que assim como em outras arquiteturas de
computação em nuvem, as plataformas de nuvem híbrida fazem uso das tecnologias
de virtualização, conteinerização e armazenamento e rede definida por software
para abstrair e consolidar recursos. Através de softwares de gerenciamento
dedicados, as organizações conseguem alocar recursos e possibilitar o
provisionamento sob demanda em ambientes diversos.
2.5. Nuvem Multicloud
Segundo Santos et al. (2021), a abordagem Multicloud é caracterizada pelo
uso de serviços e recursos de nuvem fornecidos por múltiplos provedores, em
contraste com a dependência exclusiva de um único provedor de nuvem. Essa
estratégia permite que organizações selecionem os serviços mais adequados às
suas necessidades específicas, beneficiem-se da redundância e evitem a
dependência exclusiva de um único fornecedor.
Figura 4: Nuvem Multicloud
24
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-multicloud/
Conforme Figura acima, Multicloud é à utilização de várias nuvens públicas
por uma empresa. Em uma configuração de multinuvem, a empresa incorpora
nuvens públicas de mais de um provedor, ao invés de depender de um único
fornecedor para hospedagem em nuvem, armazenamento e pilha completa de
aplicativos. Segundo Santos (2023), essa abordagem oferece flexibilidade e
diversidade de fornecedores, sendo útil para diversos propósitos, como redundância,
backup do sistema e integração de diferentes serviços de nuvem, incluindo IaaS,
PaaS e SaaS.
Sob outra perspectiva, um ambiente Multicloud refere-se à prática de utilizar
múltiplos serviços de computação em nuvem dentro de uma arquitetura única e
heterogênea. Seu propósito principal é reduzir a dependência de fornecedores
individuais, proporcionando maior flexibilidade por meio de uma ampla gama de
opções disponíveis (ALALUNA¸2019).
25
Por exemplo, uma empresa que utiliza os serviços de armazenamento de
dados da Amazon Web Services (AWS), os recursos de computação da Microsoft
Azure e as soluções de inteligência artificial do Google Cloud Platform estão
adotando uma abordagem multicloud. A combinação desses serviços permite à
empresa otimizar seus custos, aumentar sua flexibilidade e agilidade de sua
infraestrutura de TI (MEZA, 2024).
Além disso, a natureza Multicloud pode abranger a incorporação de nuvens
públicas, privadas e de borda para alcançar os objetivos da empresa. Em outras

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palavras, trata-se da integração de operações locais com aplicações e serviços


executados em diversos provedores de nuvem pública. Essa abordagem permite
que as empresas capitalizem os benefícios distintos oferecidos por cada plataforma,
ao mesmo tempo em que mitigam eventuais desvantagens associadas a uma única
nuvem (ALALUNA¸2019).
Para Paraiso et al. (2012), diferentemente da abordagem de nuvem híbrida,
que envolve a combinação de diferentes modos de implantação (como público,
privado e legado) em uma única infraestrutura, o Multicloud se concentra na
utilização de diversos serviços em nuvem de diferentes provedores,
independentemente do modelo de implementação utilizado. Essa distinção enfatiza
a diversidade e a variedade de opções disponíveis para as organizações que
adotam estratégias de Multicloud.
Ressalva-se que para Meza (2024), uma solução Multicloud integra serviços
de infraestrutura como serviço (IaaS), plataforma como serviço (PaaS) e software
como serviço (SaaS) em uma arquitetura que pode variar em termos de
acoplamento, podendo ser bastante ou pouco acoplada. Isso significa que a
arquitetura Multicloud pode ser projetada para oferecer diferentes níveis de
integração entre os serviços e provedores de nuvem, incluindo:
a) Rede: A integração eficiente de serviços de diferentes provedores requer uma
rede robusta e flexível, capaz de fornecer conectividade confiável e de baixa
latência entre os ambientes de nuvem;
b) Desempenho: É essencial garantir que a solução Multicloud atenda aos
requisitos de desempenho das aplicações, distribuindo as cargas de trabalho
de forma eficiente e otimizando o uso dos recursos disponíveis em cada
provedor de nuvem;
26
c) Segurança: A segurança dos dados e das aplicações é uma prioridade
fundamental. Uma solução multicloud deve implementar práticas de
segurança consistentes em todos os ambientes de nuvem, incluindo controle
de acesso, criptografia de dados, monitoramento de ameaças e conformidade
regulatória;
d) Gerenciamento operacional: O gerenciamento eficaz de uma arquitetura
multicloud requer ferramentas e processos adequados para monitorar,
provisionar, escalar e melhorar os recursos de forma centralizada,
independentemente dos provedores de nuvem utilizados;
e) Custo total de propriedade (TCO): Uma solução multicloud deve ser avaliada
em termos de custo total de propriedade, considerando não apenas os custos
diretos dos serviços de nuvem, mas também os custos indiretos associados à
integração, gerenciamento e suporte (MEZA, 2024).
Ao considerar esses aspectos e aplicar as melhores práticas de design e
operação, uma solução multicloud pode proporcionar benefícios consideráveis em
termos de flexibilidade e eficiência operacional para seus usuários. Essa abordagem
estratégica permite a otimização dos recursos disponíveis, a adaptação a demandas
variáveis e a maximização da infraestrutura, refletindo diretamente em ganhos de

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produtividade e performance para as organizações (OLIVEIRA et al., 2020).


2.5.1 Como Funciona a Nuvem Multicloud
A implementação de uma arquitetura de nuvem multicloud demanda a
integração de diversos serviços e plataformas de nuvem por meio de APIs
(interfaces de programação de aplicativos) e ferramentas de gerenciamento de
nuvem. Esta abordagem permite distribuir diferentes cargas de trabalho entre
provedores de nuvem distintos, tirando proveito de suas respectivas vantagens e
recursos (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Essa integração é realizada por meio de redes e conexões de comunicação,
como a internet ou redes privadas virtuais (VPNs), utilizando ferramentas como
27
APIs, contêineres e orquestradores de contêineres2, como Kubernetes3. Com a
nuvem multicloud, as organizações têm a liberdade de escolher os serviços
específicos de cada provedor que melhor atendam às suas necessidades, como
armazenamento de dados, computação, análise de dados e inteligência artificial (IA),
entre outros (TAURION, 2019).
Meza (2024), explica que essa flexibilidade proporciona a oportunidade de
otimizar o desempenho, a segurança e os custos, de acordo com os requisitos de
cada carga de trabalho. Além disso, a nuvem multicloud reduz a dependência de um
único provedor de nuvem, mitigando o risco de interrupções no serviço e
aprimorando as operações de TI (ALALUNA¸2019).
Em relação à rede, uma infraestrutura de nuvem multicloud requer uma rede
robusta e segura para facilitar a comunicação entre os diversos provedores de
nuvem, garantindo o desempenho e a segurança dos aplicativos e dados. Isso pode
envolver a implementação de conexões de rede privada dedicadas, como VPNs ou
conexões diretas, para garantir a conectividade confiável e de baixa latência entre os
diferentes ambientes de nuvem.
2.5.2 Infraestruturas de Nuvem Multicloud
As infraestruturas de nuvem multicloud referem-se à arquitetura de tecnologia
que permite a integração e operação de múltiplos provedores de nuvem em um
ambiente heterogêneo. Essas infraestruturas são fundamentais para viabilizar a
estratégia multicloud, oferecendo suporte à distribuição de cargas de trabalho e
recursos em diferentes plataformas de nuvem (ALALUNA¸2019).
Uma infraestrutura de nuvem multicloud bem projetada deve ser altamente
adaptável, capaz de lidar com os desafios e complexidades inerentes à operação em
2 Os contêineres são empregados para transportar aplicações em meio a uma infraestrutura
multicloud. Cada contêiner encapsula não apenas a aplicação em si, mas também suas bibliotecas
associadas, variáveis de ambiente e arquivos de configuração essenciais para a execução da
aplicação em qualquer ambiente operacional onde o contêiner seja implantado.
3 O Kubernetes é um sistema de orquestração de contêineres de código aberto que automatiza os
processos de implantação, dimensionamento e gerenciamento de aplicações em contêineres.
Inicialmente concebido pelo Google, o Kubernetes agora é mantido pela Cloud Native Computing
Foundation.
28

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ambientes diversos (TAURION, 2019). Algumas características essenciais das


infraestruturas de nuvem multicloud estarão na Tabela 1:
Tabela 1: Aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
Aspecto Descrição
Interconectividade
Permite a interconexão eficiente entre os diferentes provedores
de nuvem e suas soluções, garantindo interoperabilidade e
comunicação fluida na arquitetura multicloud.
Orquestração de
Recursos
Capacidade de gerenciar recursos de forma unificada,
automatizando processos como provisionamento,
escalonamento e balanceamento de carga em um ambiente
multicloud.
Segurança
Preocupação central em ambientes de nuvem, torna-se ainda
mais crítica na infraestrutura multicloud, exigindo recursos
avançados como criptografia, controle de acesso e
monitoramento de ameaças.
Gerenciamento de
Custos
Monitoramento e gestão centralizada dos custos associados a
diferentes provedores de nuvem e cargas de trabalho, visando
melhorar gastos e alocar recursos de forma eficiente.
Escalabilidade e
Elasticidade
Capacidade de dimensionar recursos dinamicamente para
atender às demandas variáveis de carga de trabalho,
oferecendo escalabilidade automática e sob demanda no
ambiente multicloud.
Fonte: Tarion (2019)
Após analisar os aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
representada pela Tabela 1, é possível observar a complexidade e a importância de
cada um desses elementos para garantir o funcionamento eficiente e seguro desse
ambiente. A interconectividade entre os provedores de nuvem é fundamental para a
interoperabilidade e comunicação fluida, enquanto a orquestração de recursos
permite a automação de processos fundamentais, como o provisionamento e
escalonamento.
Além disso, segundo Alaluna (2019), a segurança assume um papel ainda
mais crítico na infraestrutura multicloud, demandando recursos avançados de
proteção de dados e monitoramento de ameaças. O gerenciamento de custos é
essencial para melhorar os gastos e garantir uma alocação eficiente de recursos,
enquanto a escalabilidade e elasticidade permitem que as organizações
29

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dimensionem seus recursos de acordo com as demandas variáveis de carga de


trabalho. Portanto, ao considerar esses aspectos, as empresas podem construir e
manter uma infraestrutura multicloud robusta e adaptável, capaz de atender às
necessidades do negócio de forma eficaz e segura.
2.5.3 Das diferenças das infraestruturas de Nuvem Multicloud
Ao contrário da abordagem Multicloud, a Nuvem Híbrida não necessariamente
se baseia na utilização de serviços de diferentes fornecedores. Enquanto na
Multicloud uma empresa pode empregar nuvens públicas, privadas ou híbridas, a
Nuvem Híbrida tende a integrar ambientes de nuvem pública e privada, mantendo-os
interconectados (RODRIGUES et al., 2015).
Posto isto, as principais distinções entre essas duas soluções residem no
escopo de tecnologias disponíveis e na dependência de fornecedores únicos. Na
prática, a abordagem Multicloud oferece uma variedade mais ampla de opções
tecnológicas, permitindo que a empresa não se restrinja a um único fornecedor, uma
vez que os serviços são adquiridos de diferentes prestadores (TAURION, 2019).
Haja vista, em consonância com Santos et al. (2021), com o crescimento
contínuo da oferta de serviços em nuvem, a diversificação de provedores se
expandiu ainda mais, tornando o gerenciamento da infraestrutura de nuvem mais
complexo e desafiador. Essa complexidade adicional aumentou a necessidade de
cuidados na gestão e na integração dos serviços de nuvem.
É importante ressaltar que as abordagens de Multicloud e Nuvem Híbrida são
mutuamente exclusivas: não é viável implementar ambas simultaneamente, pois as
nuvens estarão interconectadas na Nuvem Híbrida, enquanto na Multicloud não
haverá essa interconexão entre os provedores de nuvem utilizados (AMARAL,
2021).
30
3. ARQUITETURAS REDE SOB A PERSPECTIVA HÍBRIDA E MULTICLOUD
3.1 ARQUITETURAS HÍBRIDAS
As arquiteturas híbridas emergiram como uma resposta dinâmica às
demandas complexas e multifacetadas das infraestruturas de nuvem na era
contemporânea. Nesse contexto, a interconexão de nuvens públicas, privadas e
múltiplas tornou-se imperativa para empresas que buscam otimizar eficiência,
segurança e escalabilidade em seus ambientes digitais. Para compreender
plenamente esse paradigma, é essencial analisar tanto as estratégias de rede
quanto as técnicas de gerenciamento que impulsionam essas arquiteturas híbridas.
Um dos pilares fundamentais na sustentação das redes de computadores é a
robustez da infraestrutura subjacente. A integração harmoniosa entre os ambientes
de nuvem pública e privada requer uma abordagem meticulosa na concepção e
implementação das redes, as quais devem ser capazes de suportar cargas de
trabalho variáveis e garantir conectividade contínua. Conforme apontado por
Bernstein e Vij (2014), em seu estudo seminal, a flexibilidade e a adaptabilidade das
arquiteturas de rede desempenham um papel crucial na facilitação da migração de
cargas de trabalho entre diferentes nuvens.
Além da estrutura física, as estratégias de gerenciamento desempenham um

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papel preponderante na governança eficaz das arquiteturas híbridas. A automação


de processos, aliada à orquestração de recursos, é essencial para garantir a
eficiência operacional e a escalabilidade sob demanda. Nesse sentido, a abordagem
proposta por Chowdhury e Boutaba (2010), que enfatiza a necessidade de políticas
dinâmicas de gerenciamento para a adaptação contínua às mudanças no ambiente,
revela-se particularmente relevante.
A segurança, por sua vez, emerge como uma preocupação central na
concepção de arquiteturas híbridas resilientes. A coexistência de dados sensíveis
em ambientes públicos e privados exige medidas de proteção abrangentes, que vão
desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de firewalls e sistemas
de detecção de intrusões. Conforme observado por Ristenpart et al. (2009), em sua
análise sobre os desafios de segurança na computação em nuvem, a integração de
31
mecanismos de autenticação multifatorial e o monitoramento proativo são essenciais
para mitigar os riscos inerentes a esses ambientes heterogêneos.
No âmbito da escalabilidade, as arquiteturas híbridas oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. A abstração de
recursos, combinada com a elasticidade inerente à nuvem, oferece uma base sólida
para a expansão sem interrupções das operações comerciais. Nesse contexto, as
contribuições de Kephart e Chess (2003), que exploram os princípios da
computação autônoma e adaptativa, oferecem insights valiosos sobre como alcançar
escalabilidade dinâmica em ambientes híbridos.
Outro aspecto crucial a ser considerado é a interoperabilidade entre os
diversos provedores de nuvem, que compõem o cenário multicloud. A padronização
de protocolos e interfaces é essencial para facilitar a integração e a portabilidade de
aplicativos e dados entre plataformas heterogêneas. A adoção de padrões abertos e
o uso de APIs (Application Programming Interfaces) bem definidas são essenciais
para evitar o aprisionamento do fornecedor e promover a interoperabilidade (Figura
5).
Fonte: Junior, J., 2019.
Figura 5 - Arquitetura de Micros Serviços Híbridos
32
Além disso, a latência e o desempenho da rede desempenham um papel
crítico na garantia da experiência do usuário e no suporte a aplicativos sensíveis ao
tempo. A distribuição estratégica de pontos de acesso e a utilização de CDNs
(Content Delivery Networks) podem ajudar a minimizar a latência e otimizar o
desempenho, especialmente em ambientes distribuídos geograficamente (Figura 6).
Fonte: Microsoft Azure.
Sendo assim, as arquiteturas híbridas representam uma evolução significativa
no paradigma das redes de computadores, oferecendo uma abordagem flexível e
adaptável para a integração de ambientes de nuvem pública, privada e múltipla. Por
meio de estratégias de rede eficientes, práticas de gerenciamento dinâmicas e
medidas abrangentes de segurança, as organizações podem aproveitar ao máximo

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os benefícios de eficiência, segurança e escalabilidades proporcionadas por essas


arquiteturas inovadoras.
Figura 6 - Solução híbrida de DNS referena Microsoft Azure
33
3.2. ARQUITETURAS MULTICLOUD
A crescente adoção de arquiteturas multicloud representa um paradigma
inovador na gestão de infraestruturas de TI, oferecendo às organizações uma
abordagem flexível e resiliente para atender às demandas complexas da era digital.
Em um contexto onde a integração de nuvens públicas, privadas e múltiplas é
essencial para a otimização de recursos e a maximização da eficiência operacional,
as redes de computadores desempenham um papel central na sustentação dessas
infraestruturas híbridas. Esta análise se propõe a explorar as arquiteturas de rede e
as estratégias de gerenciamento que viabilizam a integração harmoniosa de
ambientes multicloud, com foco na eficiência, segurança e escalabilidade.
Um dos principais desafios enfrentados na implementação de arquiteturas
multicloud é a garantia da conectividade contínua entre os diversos provedores de
nuvem. Através de uma abordagem cuidadosamente planejada na concepção das
redes de computadores, é possível estabelecer uma infraestrutura robusta e
resiliente, capaz de suportar a interconexão entre nuvens públicas, privadas e
múltiplas. Como destacado por Chen et al. (2023), a utilização de tecnologias como
SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network) e soluções de interconexão direta
entre data centers podem desempenhar um papel fundamental na garantia da
conectividade e no fornecimento de desempenho otimizado em ambientes
multicloud.
Além da conectividade, a segurança emerge como uma preocupação
premente na gestão de arquiteturas multicloud. A dispersão de dados sensíveis em
múltiplos ambientes de nuvem requer a implementação de medidas abrangentes de
proteção, que vão desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de
políticas de acesso rigorosas. Conforme observado por Patel et al. (2022), a adoção
de soluções de segurança baseadas em inteligência artificial e aprendizado de
máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra ameaças cibernéticas em
ambientes multicloud, garantindo a integridade e a confidencialidade dos dados.
No que tange à escalabilidade, as arquiteturas multicloud oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. Através da distribuição
estratégica de cargas de trabalho entre diferentes provedores de nuvem, é possível
34
alcançar uma escalabilidade dinâmica e uma utilização eficiente dos recursos
disponíveis. Como ressaltado por Dinh et al. (2021), a utilização de estratégias de
balanceamento de carga e autoescalonamento automático pode otimizar o
desempenho e garantir uma resposta ágil às demandas do ambiente.
Outro aspecto crucial a ser considerado na gestão de arquiteturas multicloud
é a interoperabilidade entre os diversos provedores de nuvem. A padronização de
protocolos e interfaces desempenha um papel fundamental na facilitação da

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integração e na garantia da portabilidade de aplicativos e dados entre plataformas


heterogêneas. Conforme destacado por Wang et al. (2023), a adoção de padrões
abertos e o uso de APIs bem definidas são essenciais para promover a
interoperabilidade e evitar o aprisionamento do fornecedor em ambientes multicloud.
Em síntese, as arquiteturas multicloud representam uma abordagem
estratégica para a gestão de infraestruturas de TI na era digital, oferecendo uma
combinação única de flexibilidade, segurança e escalabilidade. Através da adoção
de arquiteturas de rede robustas e estratégias de gerenciamento eficazes, as
organizações podem maximizar o valor de seus investimentos em nuvem,
impulsionando a inovação e a competitividade no mercado global.
3.3 DESAFIOS NA SINCRONIZAÇÃO DE REDES DIVERSIFICADAS
A integração de redes diversificadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud apresenta uma série de desafios significativos, exigindo uma abordagem
cuidadosa e estratégica para garantir a sincronização eficiente e a interoperabilidade
entre os diversos componentes. Esta análise busca explorar os obstáculos
encontrados na sincronização de redes heterogêneas e as estratégias para superá-
los, visando a eficiência, segurança e escalabilidade das infraestruturas digitais.
Um dos desafios fundamentais na sincronização de redes diversificadas é a
disparidade de protocolos e tecnologias utilizadas em diferentes ambientes de
nuvem. A coexistência de infraestruturas públicas, privadas e múltiplas muitas vezes
implica a utilização de tecnologias distintas, tornando a interoperabilidade entre elas
uma tarefa complexa. Conforme observado por Santos et al. (2022), a falta de
35
padronização e a heterogeneidade de interfaces podem dificultar a integração
harmoniosa das redes, prejudicando a eficiência operacional.
Além disso, a variação na qualidade e desempenho das conexões de rede
entre os provedores de nuvem pode impactar negativamente na sincronização e na
transferência de dados entre os ambientes. A latência, a largura de banda e a
confiabilidade das conexões podem variar significativamente, afetando a
consistência e a disponibilidade dos serviços hospedados na nuvem. Como
ressaltado por Chen et al. (2023), a gestão eficaz da qualidade de serviço (QoS) e a
otimização de rotas de rede são essenciais para mitigar os efeitos adversos das
disparidades de desempenho (Figura 7).
Fonte: Tapajós, 2012.
Outro desafio importante na sincronização de redes diversificadas é a
garantia da segurança dos dados transmitidos entre os diferentes ambientes de
nuvem. A dispersão de informações sensíveis em múltiplas plataformas aumenta o
risco de exposição a ameaças cibernéticas e violações de segurança. A
implementação de medidas robustas de proteção, como criptografia de ponta a
ponta e controle de acesso granular, é essencial para mitigar os riscos associados à
transferência de dados entre ambientes heterogêneos. Conforme destacado por
Patel et al. (2021), a utilização de soluções de segurança baseadas em inteligência
artificial e aprendizado de máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra
ameaças em redes diversificadas.

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Figura 7 - Redes Avançadas QOS


36
Além disso, a gestão eficaz da configuração e do provisionamento de
recursos de rede em ambientes de nuvem híbrida e multicloud apresenta desafios
adicionais. A automação de processos e a orquestração de recursos são essenciais
para garantir a consistência e a conformidade das configurações em toda a
infraestrutura. No entanto, a integração de ferramentas de gerenciamento de rede de
diferentes provedores e plataformas pode ser complexa e requer uma abordagem
cuidadosa para evitar conflitos e inconsistências. Como destacado por Dinh et al.
(2020), a utilização de padrões abertos e APIs bem definidas pode facilitar a
integração e o gerenciamento unificado de redes diversificadas.
Por fim, a sincronização de redes diversificadas em ambientes de nuvem
híbrida e multicloud apresenta desafios substanciais, que exigem uma abordagem
holística e estratégica para superá-los. Através da padronização de protocolos,
otimização de desempenho, implementação de medidas de segurança robustas e
automação de processos, as organizações podem garantir a eficiência, segurança e
escalabilidade de suas infraestruturas digitais, promovendo a inovação e a
competitividade no mercado global.
37
4. INTEGRAÇÃO DE NUVENS HÍBRIDAS E MULTICLOUD: O PAPEL DAS
REDES DE COMPUTADORES (17 PÁGINAS)
4.1 ALOCAÇÃO EFICIENTE DE RECURSOS EM AMBIENTES HÍBRIDOS E
MULTICLOUD
4.2 SEGURANÇA
4.2.1 Desafios Específicos de Segurança em Ambientes de Nuvem
4.2.2 Estratégias para Proteção de Dados e Comunicações
4.3 ESCALABILIDADE
4.4 DESENVOLVIMENTO DE INFRAESTRUTURAS HÍBRIDAS E MULTICLOUD
4.4.1 Estratégias para a Integração Eficiente
38
CONCLUSÃO (2 PÁGINAS)
39
REFERÊNCIAS
ALALUNA, Max Silva. Secure and Dependable Multi-Cloud Network
Virtualization. 2019. Tese de Doutorado. Universidade de Lisboa (Portugal).
ALBUQUERQUE, Matheus Carvalho de; FREITAS, Marcio. Computação em Nuvem.
Seminário de Tecnologia Gestão e Educação, v. 3, n. 1, 2021.
AMARAL, Lucas Barros. Adoção de multi-nuvem e nuvem híbrida nas
organizações. 2021. Disponível em:
<http://ric.cps.sp.gov.br/handle/123456789/10544>. Acesso em 07 mar. 2024.
BRAGA, Andrei S.; SILVA, Geraldo M.; BARROS, Marcos C. Cloud computing.
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https://www.redhat.com/pt-br/topics/cloud-computing/public-cloud-vs-private-
cloud-and-hybrid-cloud
https://docs.oracle.com/pt-br/solutions/learn-about-multicloud-arch-framework/cloud-
network-access1.html#GUID-E83EB56E-9DDC-4E5C-959F-57F79415223A

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=================================================================================
Arquivo 1: capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Arquivo 2: https://aws.amazon.com/pt/what-is/iaas (2460 termos)
Termos comuns: 115
Similaridade: 1,26%
O texto abaixo é o conteúdo do documento capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://aws.amazon.com/pt/what-is/iaas
(2460 termos)

=================================================================================
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA ? PREFEITO HIRANT SANAZAR
Redes De Computadores
OSASCO
2024
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
OSASCO
2024
Trabalho de Graduação apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Osasco -
?Prefeito Hirant Sanazar? como requisito
parcial para a obtenção do título de
Tecnólogo em REDES DE
COMPUTADORES, sob a orientação do(a)
Professor(a) Adalberto de Freitas Camargo.
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
TERMO DE APROVAÇÃO DIGITALIZADA
DEDICATÓRIA
RESUMO
Palavras-chave:
ABSTRACT
Keywords:

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
1.1 PROBLEMÁTICA
........................................................................................................................................8
1.2 HIPÓTESE
..................................................................................................................................................8
1.3 JUSTIFICATIVA
..........................................................................................................................................8
1.4 OBJETIVOS
................................................................................................................................................9
1.4.1 Geral...............................................................................................................................................9
1.4.2 Específicos.......................................................................................................................................9
1.5 METODOLOGIA
.......................................................................................................................................10
2. CAP.......................................................................................................................13
71 INTRODUÇÃO
A revolução na gestão e utilização de recursos computacionais, impulsionada
pela era digital, representa uma transformação abrangente no modo como as
organizações enfrentam os desafios contemporâneos. Nesse contexto dinâmico, a
resposta inovadora das empresas modernas às crescentes demandas e
complexidades é evidenciada pela adoção de infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. O amalgamamento estratégico de recursos provenientes de nuvem
multicloud e nuvem híbrida visa proporcionar às organizações uma resposta ágil e
adaptável às exigências do ambiente empresarial em constante evolução.
Ao reunir esses recursos diversificados, as organizações buscam conquistar
uma maior flexibilidade operacional, eficiência aprimorada e uma capacidade
robusta de adaptação. A pesquisa em questão assume o desafio de realizar uma
análise abrangente das arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento
aplicadas nesses ambientes integrados.
Dessa forma, ao unir os recursos de nuvem multicloud e nuvem híbrida, as
organizações almejam atingir um nível mais elevado de flexibilidade, eficiência
operacional e capacidade de adaptação diante das exigências em constante
mudança. Este cenário de integração de plataformas distintas levanta a necessidade
premente de uma análise aprofundada das arquiteturas de rede e estratégias de
gerenciamento empregadas nesses ambientes complexos.
Esta pesquisa visa não apenas compreender, mas também ir além,
explorando formas inovadoras de otimizar eficiência, reforçar a segurança e
aprimorar a escalabilidade nesse contexto multifacetado. Ao abordar esses desafios,
o estudo posiciona-se como um contribuinte significativo para o avanço no
entendimento e na implementação de práticas mais avançadas e adaptáveis no
gerenciamento desses ambientes dinâmicos e interconectados.
Este estudo visa, assim, contribuir para o desenvolvimento de abordagens
mais sofisticadas e adaptáveis no gerenciamento desses ambientes complexos e
dinâmicos.

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81.1 PROBLEMÁTICA
O aumento significativo no uso de ambientes de nuvem híbrida e multicloud
impõem desafios consideráveis as redes de computação. A integração eficiente de
plataformas distintas, a garantia da segurança da informação e a otimização dos
recursos de rede representam obstáculos complexos e multifacetados.
Nesse contexto, surge a necessidade premente de compreender
profundamente o papel das redes de computadores nesses ambientes dinâmicos. A
questão central que norteia esta pesquisa é: Como as redes de computadores
podem ser estruturadas e gerenciadas de maneira a aperfeiçoar a eficiência, a
segurança e a escalabilidade em infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud?
1.2 HIPÓTESE
A hipótese desta pesquisa é que, por meio de uma análise aprofundada das
arquiteturas de rede e das estratégias de gerenciamento, é possível otimizar a
eficiência operacional, reforçar a segurança da informação e promover
escalabilidade em ambientes que integram nuvens públicas, privadas e múltiplas.
1.3 JUSTIFICATIVA
A crescente complexidade e a rápida evolução do cenário tecnológico
demandam uma análise aprofundada sobre como as redes de computadores
desempenham um papel relevante no suporte a infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. Nesse sentido, à medida que organizações adotam modelos integrados
de nuvem para atender às suas necessidades operacionais, surge a necessidade
premente de compreender não apenas os benefícios, mas também os desafios
associados a essas arquiteturas complexas.
A relevância deste estudo estende-se além do ambiente acadêmico,
impactando diretamente as práticas e decisões nas organizações contemporâneas.
Ao compreendermos melhor como as redes de computadores se articulam e
influenciam infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud, é possível fornecer
9respostas a questões críticas enfrentadas por profissionais da área. Essas
respostas, por sua vez, têm o potencial de aperfeiçoar a eficiência operacional, a
segurança da informação e a escalabilidade, aspectos vitais para o sucesso e a
sustentabilidade das operações de redes.
Além disso, ao abordar diretamente os desafios práticos enfrentados pelas
organizações na adoção de ambientes de nuvem integrada, esta pesquisa pode
auxiliar a gestores que buscam implementar estratégias mais eficazes. A
compreensão aprofundada das nuances dessas arquiteturas complexas pode
catalisar a inovação e informar decisões informadas, promovendo assim uma
integração mais eficiente e segura de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
Dessa forma, a relevância deste estudo transcende a esfera acadêmica,
oferecendo uma contribuição prática e tangível para aqueles envolvidos no campo
de rede de computadores, alinhando-se com as demandas emergentes do cenário
corporativo contemporâneo.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Geral
Analisar as arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em

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ambientes de nuvem híbrida e multicloud, identificando oportunidades de otimização


para eficiência, segurança e escalabilidade.
1.4.2 Específicos
? Investigar as principais problemáticas enfrentadas por nuvem multicloud e
nuvem híbrida;
? Propor estratégias de gerenciamento de rede para otimização da eficiência
operacional;
? Avaliar as medidas de segurança adotadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud.
10
1.5 METODOLOGIA
A metodologia empregada neste trabalho de conclusão de curso
fundamentou-se em uma abordagem de pesquisa bibliográfica, conduzida por meio
de uma revisão sistemática da literatura. A execução dessa revisão envolveu uma
leitura exploratória de resumos e títulos de obras relevantes, com o intuito de avaliar
a pertinência e contribuição desses materiais à temática central do estudo.
A coleta de dados para este estudo foi conduzida por meio de uma pesquisa
bibliográfica abrangente, abarcando fontes diversas, como livros, revistas
especializados e periódicos online. Além disso, consultas a pesquisas científicas
consolidadas foram realizadas para assegurar a abrangência e profundidade do
levantamento de informações. O critério de leitura exploratória de resumos e títulos
foi aplicado de forma criteriosa para avaliar a pertinência das obras em relação ao
âmago da pesquisa.
No sentido de ampliar a cobertura e qualidade da pesquisa, a seleção de
estudos foi orientada para bases de dados reconhecidas no contexto de
infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud. Nesse sentido, foram exploradas
plataformas como IEEE Xplore, ACM Digital Library e SpringerLink e Google
Acadêmico, buscando incluir perspectivas abrangentes e atualizadas sobre o tema
em questão.
As palavras-chave adotadas para orientar a pesquisa refletiram a
complexidade e abrangência da temática, incluindo termos como "Infraestruturas de
Nuvem Híbrida", "Multicloud", "Arquiteturas de Rede", "Estratégias de
Gerenciamento", "Eficiência", "Segurança" e "Escalabilidade". Essa escolha
estratégica de palavras-chave visa abarcar os diversos aspectos e nuances
relacionados aos ambientes integrados de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
O material utilizado para análise e revisão consistiu principalmente em artigos
científicos, conferências e livros especializados, enfocando a viabilidade técnica das
arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em contextos de nuvem híbrida
e multicloud. Essa abordagem proporcionou uma base sólida e diversificada para a
construção do conhecimento neste campo de estudo.
Os critérios de inclusão estabeleceram a seleção de artigos científicos
publicados no Brasil, compreendidos no intervalo temporal entre 2014 e 2023, em
formato de texto completo. Em contrapartida, foram excluídos artigos científicos não
11

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disponíveis integralmente e materiais que não estavam alinhados com a temática


central do trabalho. Esses critérios foram aplicados para assegurar a qualidade e
pertinência dos estudos incorporados à revisão bibliográfica.
12
2. COMPUTAÇÃO EM NUVEM
O presente capítulo deste trabalho se dedica à exploração aprofundada do
conceito e da diversidade de modelos de Computação em Nuvem (Cloud
Computing). Este campo emergente na tecnologia da informação tem transformado
radicalmente a maneira como os recursos computacionais são concebidos,
provisionados e utilizados. A Computação em Nuvem transcende as limitações dos
modelos tradicionais, permitindo acesso remoto a uma variedade de aplicações e
serviços, independentemente de localização geográfica ou plataforma de
hardware.
2.1. Definição de Computação em Nuvem
A ascensão da computação em nuvem constitui uma tendência notável,
manifestando-se após a transição comercial da Internet ocorrida em 1995. Nesse
momento, a Internet já havia se consolidado como uma rede global de comunicação
de dados multimídia, estabelecendo conexões entre a maioria das instituições de
ensino superior e centros de pesquisa em escala mundial (ZUFFO et al., 2013).
Posto isto, a computação em nuvem, também conhecida como Cloud
Computing, constitui um inovador paradigma computacional que viabiliza ao usuário
final o acesso remoto a uma ampla gama de aplicações e serviços,
independentemente de sua localização e plataforma, mediante a utilização de um
terminal conectado à nuvem1 (TAURION, 2019).
A metáfora da nuvem, com sua conotação de um ambiente desconhecido
cujo início e fim são perceptíveis, revelam-se apropriadamente empregada
na nomenclatura desse novo modelo. Neste contexto, a infraestrutura e os
recursos computacionais permanecem virtualmente ocultos, com o usuário
interagindo por meio de uma interface padronizada, por meio da qual são
disponibilizadas diversas aplicações e serviços (SANTOS, 2018, p. 38).
1 A computação em nuvem teve sua origem em 2006, quando Eric Schmidt, da Google, abordou a
gestão dos data centers em uma palestra. Atualmente, ela representa o epicentro de um movimento
que provoca mudanças substanciais no panorama tecnológico. Nesse contexto, a metáfora da nuvem
simboliza a internet ou a infraestrutura de comunicação entre os componentes arquiteturais,
fundamentada em uma abstração que esconde a complexidade subjacente. Cada componente dessa
infraestrutura é oferecido como serviço e geralmente alocado em data centers que utilizam recursos
de hardware compartilhado para computação e armazenamento.
13
Um criterioso relatório elaborado pela Gartner, destacando a computação em
nuvem como a vanguarda na esfera da tecnologia estratégica, enfatizou de maneira
contundente sua proeminência, consolidando-se como uma tendência incontestável
na indústria, ao estabelecer formalmente sua definição:
A computação em nuvem é uma forma especializada de computação
distribuída que introduz modelos de utilização para o provisionamento

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remoto de recursos escaláveis e mensuráveis. [...] É um estilo de


computação no qual capacidades escaláveis e elásticas habilitadas para TI
(serviços, software ou infraestrutura) são entregues como serviço a clientes
externos usando tecnologias da Internet (BRODKIN, 2008, p. 39).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem é um paradigma que
implica a disponibilização de recursos computacionais, como armazenamento,
processamento, redes e software, por meio da Internet. Esses recursos são
acessíveis e utilizáveis remotamente, permitindo que os usuários aproveitem os
serviços oferecidos por provedores de nuvem, eliminando a dependência de
recursos locais ou servidores físicos para atender às suas demandas
computacionais.
A computação em nuvem, em uma conceituação mais abrangente,
representa um paradigma de infraestrutura que viabiliza a implementação do
Software como Serviço (SaaS). Este paradigma engloba um extenso conjunto de
serviços acessíveis pela web, destinados a disponibilizar funcionalidades que,
anteriormente, demandavam consideráveis investimentos em hardware e software.
O funcionamento da computação em nuvem ocorre por meio de um modelo de
pagamento baseado no uso, permitindo uma abordagem mais flexível e eficiente em
termos de custos (OLIVEIRA et al., 2020).
Este modelo de computação transcende as limitações tradicionais,
oferecendo capacidades escaláveis e elásticas relacionadas às tecnologias da
informação. Essas capacidades são disponibilizadas como serviços aos usuários
finais por meio da internet. Essa definição, amplamente reconhecida, é
compartilhada pelo grupo Gartner, destacando a essência da computação em
nuvem como uma inovação que proporciona agilidade, acessibilidade e economia,
transformando fundamentalmente a forma como recursos computacionais são
provisionados e consumidos (TAURION, 2019).
É importante ressaltar que a representação simbólica da nuvem reside na
internet, composta por uma infraestrutura de comunicação que engloba hardwares,
14
softwares, interfaces, redes de telecomunicação, dispositivos de controle e
armazenamento, permitindo a entrega de serviços computacionais. Para
implementar esse modelo, é imperativo consolidar todas as aplicações e dados dos
usuários em extensos centros de armazenamento denominados data centers. Após
essa consolidação, a infraestrutura e as aplicações dos usuários são distribuídas
como serviços acessíveis pela internet (SANTOS, 2018).
Segundo Oliveira et al. (2020), um elemento para a compreensão deste
modelo de computação diz respeito aos intervenientes da nuvem, que podem ser
categorizados em três grupos distintos: o provedor de serviço, o desenvolvedor e o
usuário.
Segundo Santos (2018), o provedor assume a responsabilidade de
disponibilizar, gerenciar e monitorar integralmente a infraestrutura da nuvem. Por
sua vez, Taurion (2019) explica que o desenvolvedor deve possuir a habilidade de
fornecer serviços destinados ao usuário final, baseando-se na infraestrutura

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disponibilizada. O usuário final, representa o consumidor que utilizará os recursos


oferecidos pelo cloud computing.
A computação em nuvem, por conseguinte, configura-se como um novo
modelo de serviço inovador, capacitado para prover uma diversidade de serviços,
incluindo processamento, infraestrutura e armazenamento de dados, exclusivamente
por meio da internet (TAURION, 2019). Para que um data center possa ser chamado
de Cloud Computing, é necessário atender a algumas características essenciais, a
saber.
2.2. Características
A convergência de diversas tecnologias essenciais capacita a computação em
nuvem a oferecer serviços de maneira transparente aos usuários, entre outras
funcionalidades e particularidades. Campos tecnológicos de suma importância nessa
convergência abrangem o hardware, com ênfase na capacidade de virtualização; as
tecnologias de internet, como a Web 2.0 e os serviços web; o gerenciamento de
sistemas, incluindo a computação independente (autonomic computing) e a
automação de gerenciamento e manutenção de data centers; além da computação
distribuída, com especial atenção para a utility & grid computing.
15
2. 2.1. Elasticidade e Escalonamento
A computação em nuvem proporciona a ilusão de recursos computacionais
infinitos disponíveis para utilização. Nesse contexto, os usuários antecipam que a
nuvem seja capaz de fornecer rapidamente recursos em qualquer quantidade e a
qualquer momento. A expectativa é que recursos adicionais sejam disponibilizados,
possivelmente de maneira automática, em períodos de aumento da demanda, e
retidos durante reduções nessa demanda (OLIVEIRA et al., 2020).
Segundo Santos (2018), recursos podem ser adquiridos de forma rápida e
elástica, muitas vezes automaticamente, caso haja necessidade de escalar com o
aumento da demanda, e liberados durante a redução dessa demanda. Aos usuários,
os recursos disponíveis para uso parecem ser ilimitados e podem ser adquiridos em
qualquer quantidade e a qualquer momento. A virtualização (criação de ambientes
virtuais com o propósito de abstrair características físicas do hardware) desempenha
um papel fundamental na característica de elasticidade rápida da computação em
nuvem.
2.2.2. Self-Service sob demanda
Os usuários têm a capacidade de adquirir unilateralmente recursos
computacionais, como tempo de processamento no servidor ou armazenamento na
rede, à medida que necessitam, sem a necessidade de interação humana com os
provedores de cada serviço. Numa nuvem, tanto o hardware quanto o software
podem ser automaticamente reconfigurados, apresentando essas modificações de
maneira transparente para os usuários (SANTOS, 2018).
2.2.3. Faturamento e medição por uso
Dado que o usuário pode requisitar e utilizar apenas a quantidade de recursos
e serviços considerada necessária, os serviços devem ser precificados com base em
um uso de curta duração, como, por exemplo, medido em horas de utilização.

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Portanto, as nuvens devem implementar recursos que assegurem um comércio


16
eficiente de serviços, incluindo tarifação adequada, contabilidade, faturamento,
monitoramento e otimização do uso (OLIVEIRA et al., 2020).
Essa medição automática do uso dos recursos deve abranger diferentes tipos
de serviços oferecidos (armazenamento, processamento e largura de banda) e ser
prontamente reportada, promovendo uma maior transparência comercial (SANTOS,
2018).
2.2.4. Customização
Atendendo a múltiplos usuários, observa-se uma grande disparidade em suas
necessidades, tornando essencial a capacidade de personalização dos recursos da
nuvem, abrangendo desde serviços de infraestrutura até serviços de plataforma e
software (SANTOS, 2018).
2.2.5. Amplo acesso à rede
Os recursos estão disponíveis por meio da rede e acessados através de
mecanismos que promovem padrões utilizados por plataformas heterogêneas, como
telefones celulares, laptops e PDAs. A interface de acesso à nuvem não exige que
os usuários modifiquem suas condições e ambientes de trabalho, como linguagens
de programação e sistemas operacionais (SANTOS, 2018).
2.2.6 Pooling de Recursos
Os provedores de recursos de computação são agrupados para atender a
vários consumidores através de um modelo multi-inquilino (modelo de software onde
uma única instância roda no servidor e permite atender a múltiplas requisições de
diferentes usuários), com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos
dinamicamente, de acordo com a demanda do consumidor (ALBUQUERQUE;
FREITAS, 2021).
17
Existe um senso de independência local, no qual o cliente geralmente não
tem controle ou conhecimento sobre a localização exata dos recursos
disponibilizados, mas pode especificar o local em um nível mais abstrato, como país,
estado ou data center. Exemplos de recursos incluem armazenamento,
processamento, memória, largura de banda de rede e máquinas virtuais (SANTOS,
2018).
2.2.7. Serviço Medido
Sistemas em nuvem gerenciam e otimizam automaticamente a utilização de
recursos, tirando proveito da capacidade de medição em um nível de abstração
adequado para o tipo de serviço. O uso de recursos é monitorado, controlado e
registrado, estabelecendo transparência entre o provedor e o consumidor (SANTOS,
2018).
A abordagem em nível de serviço SLA, que oferece informações sobre os
níveis de disponibilidade, funcionalidade, desempenho e possíveis penalidades em
caso de violação desses parâmetros, pode ser implementada para assegurar a
eficiência do serviço (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021). É imperativo destacar que
existem três modelos principais de serviço na computação em nuvem, conforme

Relatório gerado por CopySpider Software 2024-03-25 14:45:10


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segue.
2.3. Camadas de Arquitetura e tipos de nuvem
Os serviços de computação em nuvem se distribuem em três classes,
considerando o nível de abstração do recurso fornecido e o modelo de serviço do
provedor. O nível de abstração representa a camada de arquitetura onde os serviços
das camadas superiores podem ser compostos pelos serviços das camadas
inferiores (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem representa uma
paradigmática distribuição de recursos na forma de serviços, transformando
radicalmente a entrega de soluções tecnológicas. Essa abordagem inovadora
proporciona uma organização tripartida, subdividindo a Computação nas Nuvens em
três modelos distintos: Infraestrutura como Serviço (IaaS); Plataforma como Serviço
18
(PaaS); e Software como Serviço (SaaS), na camada superior, conforme ilustrado na
Figura 1.
Figura 1: Representação dos modelos de serviços
Fonte: https://fabriciorhs.files.wordpress.com/2010/09/cloud_computing.pdf
IaaS: Fornece acesso a recursos de infraestrutura virtualizada, como
máquinas virtuais, redes e armazenamento. Os usuários têm controle sobre o
sistema operacional, aplicativos e configurações, enquanto o provedor de nuvem
gerencia a infraestrutura subjacente (TAURION, 2019);
PaaS: Oferece uma plataforma de desenvolvimento completa, incluindo
ferramentas, bibliotecas e serviços necessários para desenvolver, testar e implantar
aplicativos sem se preocupar com a infraestrutura subjacente (TAURION,
2019);
SaaS: Fornece aplicativos de software totalmente desenvolvidos e prontos
para uso, acessíveis por meio da Internet. Os usuários podem utilizar o software
sem se preocupar com manutenção, atualizações ou gerenciamento da
infraestrutura.
Em síntese, a computação em nuvem representa uma revolução no
paradigma de prestação de serviços de TI. A estrutura em camadas, composta por
Infraestrutura como IaaS, PaaS e SaaS, oferece uma abordagem abrangente e
19
escalável para atender às necessidades variadas dos usuários (TAURION,
2019).
2.4. Compreensão das Nuvens Pública, Privada e Hibrida
2.4.1. Nuvem pública
A implementação da computação em nuvem por meio de nuvens públicas é a
modalidade mais amplamente adotada. Nesse contexto, os recursos de nuvem,
como servidores e armazenamento, são propriedade de um provedor de serviços de
nuvem externo, sendo geridos e fornecidos por meio da Internet. Na nuvem pública,
toda a infraestrutura, incluindo hardware, software e suporte, é exclusivamente de
responsabilidade e administração do provedor de nuvem (ZUFFO et al., 2013). O
Microsoft Azure exemplifica de forma destacada uma nuvem pública.

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Ao selecionar uma nuvem pública, ocorre o compartilhamento de dispositivos


de hardware, armazenamento e rede com outras organizações ou "locatários" da
nuvem. A utilização de serviços e a gestão da conta são realizadas por meio de um
navegador da web. As implantações de nuvem pública são frequentemente
empregadas para disponibilizar serviços como e-mail baseado na web, aplicativos
de escritório online, armazenamento e ambientes de desenvolvimento e teste
(TAURION, 2009).
2.4.2. Nuvem privada
Uma nuvem privada constitui-se de recursos de computação em nuvem
destinada exclusivamente ao uso de uma única empresa ou organização. Essa
configuração pode ser implementada localmente no datacenter da entidade ou
hospedada por um provedor de serviços terceirizado (TAKABI, 2010). Entretanto,
vale destacar que, em uma nuvem privada, os serviços e a infraestrutura
permanecem integralmente na rede privada, e tanto o hardware quanto o software é
dedicado exclusivamente à referida organização (ERL et al., 2013).
A característica distintiva da nuvem privada reside na capacidade da
organização em personalizar seus recursos de maneira mais eficaz para atender a
requisitos específicos de TI (THOMAS et al., 2013). Para Meza 92014),
20
frequentemente adotadas por entidades governamentais, instituições financeiras e
outras organizações de grande porte com operações críticas para os negócios, as
nuvens privadas visam aprimorar o controle sobre seu ambiente operacional. Este
modelo oferece maior flexibilidade e adequação às necessidades particulares,
proporcionando um ambiente customizado que atenda eficientemente aos requisitos
específicos de cada entidade.
Figura 2: Nuvem Privada
Fonte: https://comoaprenderwindows.com.br/infraestrutura/o-que-e-uma-nuvem-privada/
Conforme exposto, a nuvem privada é uma modalidade de serviços de
computação oferecidos pela Internet ou por uma rede interna privada, sendo
acessível exclusivamente a usuários selecionados, em contraste com o público em
geral. Também conhecida como nuvem interna ou corporativa, ela proporciona
benefícios semelhantes aos da nuvem pública, como autoatendimento,
escalabilidade e elasticidade.
No entanto, diferencia-se ao oferecer maior controle e personalização por
meio de recursos dedicados em uma infraestrutura local. Destaca-se por
proporcionar um nível superior de segurança e privacidade, garantidos por firewalls
internos e hospedagem própria, assegurando que dados confidenciais não sejam
acessíveis a terceiros. Uma desvantagem reside na responsabilidade do
21
departamento de TI pela gestão da nuvem privada, o que implica custos e
responsabilidades comparáveis aos de um data center tradicional (MEZA, 2024).
2.4.3. Nuvem híbrida
A nuvem híbrida representa uma fusão estratégica de dois ou mais tipos
distintos de ambientes de nuvem. Essa configuração abrange a combinação de

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nuvens públicas e privadas, podendo ainda incorporar uma infraestrutura local já


existente. Para que uma nuvem seja verdadeiramente híbrida, é imperativo que
esses diversos ambientes de nuvem estejam profundamente interligados, operando
de maneira essencial como uma única infraestrutura integrada. É comum que
praticamente todas as nuvens híbridas contemplem pelo menos uma nuvem pública
em sua composição (SANTOS, 2023).
Para Oliveira (2016), a abordagem da nuvem híbrida emerge como uma
solução estratégica que capitaliza as vantagens oferecidas tanto pelas nuvens
públicas quanto pelas privadas. Essa integração visa otimizar a flexibilidade,
oferecendo uma resposta eficaz às demandas variáveis e aos requisitos específicos
de cada organização. A capacidade de orquestrar recursos de diferentes ambientes
de nuvem confere uma adaptabilidade relevante às organizações, permitindo-lhes
alcançar um equilíbrio personalizado entre controle, segurança e escalabilidade.
Figura 3: Nuvem híbrida
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-hybrid-cloud/
22
Uma nuvem híbrida combina efetivamente tecnologias distintas para otimizar
eficiência e funcionalidade. Semelhante ao funcionamento de carros híbridos, que
integram motores a gasolina e elétricos para obter eficiência e potência, as nuvens
híbridas combinam vantagens de diferentes ambientes em nuvem (RODRIGUES et
al., 2015).
Segundo Oliveira (2016), essas nuvens têm diversas aplicações, permitindo
que organizações usem nuvens privadas e públicas para diferentes serviços, backup
ou gestão de picos de demanda. Ambientes de nuvem híbrida oferecem flexibilidade
ao executar aplicativos em diversos ambientes, incluindo nuvens públicas, privadas
e locais, atendendo às necessidades específicas da empresa.
Ademais, as soluções de nuvem híbrida facilitam a migração e gestão de
cargas de trabalho entre ambientes, possibilitando configurações mais versáteis.
Essa abordagem é comum atualmente devido à não dependência exclusiva de uma
única nuvem pública (TAURION¸2019).
Para Santos (2023), organizações adotam plataformas de nuvem híbrida para
reduzir custos, minimizar riscos e expandir recursos, sustentando esforços de
transformação digital. Essa configuração é uma das infraestruturas mais
prevalentes, permitindo a transição gradual de aplicativos e dados durante
migrações para a nuvem. Ambientes híbridos possibilitam o uso contínuo de
serviços locais e a flexibilidade oferecida por provedores de nuvem pública, como o
Google Cloud.
2.4.3.1 Funcionamento da Nuvem híbrida
Conforme mencionado anteriormente, as nuvens híbridas representam uma
fusão de recursos e serviços provenientes de dois ou mais ambientes distintos de
computação. Para as arquiteturas de nuvem híbrida funcionar eficientemente, é
essencial a integração, orquestração e coordenação para possibilitar o
compartilhamento, alteração e sincronização ágil de informações (TAURION¸2019).
A base de uma implantação bem-sucedida de nuvem híbrida reside em uma

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rede robusta. A interconectividade entre esses ambientes frequentemente é


estabelecida por meio de redes locais (LAN), redes de longa distância (WAN), redes
23
privadas virtuais (VPNs) e interfaces de programação de aplicativos (APIs) (MEZA,
2024).
Santos (2023), explica que assim como em outras arquiteturas de
computação em nuvem, as plataformas de nuvem híbrida fazem uso das tecnologias
de virtualização, conteinerização e armazenamento e rede definida por software
para abstrair e consolidar recursos. Através de softwares de gerenciamento
dedicados, as organizações conseguem alocar recursos e possibilitar o
provisionamento sob demanda em ambientes diversos.
2.5. Nuvem Multicloud
Segundo Santos et al. (2021), a abordagem Multicloud é caracterizada pelo
uso de serviços e recursos de nuvem fornecidos por múltiplos provedores, em
contraste com a dependência exclusiva de um único provedor de nuvem. Essa
estratégia permite que organizações selecionem os serviços mais adequados às
suas necessidades específicas, beneficiem-se da redundância e evitem a
dependência exclusiva de um único fornecedor.
Figura 4: Nuvem Multicloud
24
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-multicloud/
Conforme Figura acima, Multicloud é à utilização de várias nuvens públicas
por uma empresa. Em uma configuração de multinuvem, a empresa incorpora
nuvens públicas de mais de um provedor, ao invés de depender de um único
fornecedor para hospedagem em nuvem, armazenamento e pilha completa de
aplicativos. Segundo Santos (2023), essa abordagem oferece flexibilidade e
diversidade de fornecedores, sendo útil para diversos propósitos, como redundância,
backup do sistema e integração de diferentes serviços de nuvem, incluindo IaaS,
PaaS e SaaS.
Sob outra perspectiva, um ambiente Multicloud refere-se à prática de utilizar
múltiplos serviços de computação em nuvem dentro de uma arquitetura única e
heterogênea. Seu propósito principal é reduzir a dependência de fornecedores
individuais, proporcionando maior flexibilidade por meio de uma ampla gama de
opções disponíveis (ALALUNA¸2019).
25
Por exemplo, uma empresa que utiliza os serviços de armazenamento de
dados da Amazon Web Services (AWS), os recursos de computação da Microsoft
Azure e as soluções de inteligência artificial do Google Cloud Platform estão
adotando uma abordagem multicloud. A combinação desses serviços permite à
empresa otimizar seus custos, aumentar sua flexibilidade e agilidade de sua
infraestrutura de TI (MEZA, 2024).
Além disso, a natureza Multicloud pode abranger a incorporação de nuvens
públicas, privadas e de borda para alcançar os objetivos da empresa. Em outras
palavras, trata-se da integração de operações locais com aplicações e serviços

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executados em diversos provedores de nuvem pública. Essa abordagem permite


que as empresas capitalizem os benefícios distintos oferecidos por cada plataforma,
ao mesmo tempo em que mitigam eventuais desvantagens associadas a uma única
nuvem (ALALUNA¸2019).
Para Paraiso et al. (2012), diferentemente da abordagem de nuvem híbrida,
que envolve a combinação de diferentes modos de implantação (como público,
privado e legado) em uma única infraestrutura, o Multicloud se concentra na
utilização de diversos serviços em nuvem de diferentes provedores,
independentemente do modelo de implementação utilizado. Essa distinção enfatiza
a diversidade e a variedade de opções disponíveis para as organizações que
adotam estratégias de Multicloud.
Ressalva-se que para Meza (2024), uma solução Multicloud integra serviços
de infraestrutura como serviço (IaaS), plataforma como serviço (PaaS) e software
como serviço (SaaS) em uma arquitetura que pode variar em termos de
acoplamento, podendo ser bastante ou pouco acoplada. Isso significa que a
arquitetura Multicloud pode ser projetada para oferecer diferentes níveis de
integração entre os serviços e provedores de nuvem, incluindo:
a) Rede: A integração eficiente de serviços de diferentes provedores requer uma
rede robusta e flexível, capaz de fornecer conectividade confiável e de baixa
latência entre os ambientes de nuvem;
b) Desempenho: É essencial garantir que a solução Multicloud atenda aos
requisitos de desempenho das aplicações, distribuindo as cargas de trabalho
de forma eficiente e otimizando o uso dos recursos disponíveis em cada
provedor de nuvem;
26
c) Segurança: A segurança dos dados e das aplicações é uma prioridade
fundamental. Uma solução multicloud deve implementar práticas de
segurança consistentes em todos os ambientes de nuvem, incluindo controle
de acesso, criptografia de dados, monitoramento de ameaças e conformidade
regulatória;
d) Gerenciamento operacional: O gerenciamento eficaz de uma arquitetura
multicloud requer ferramentas e processos adequados para monitorar,
provisionar, escalar e melhorar os recursos de forma centralizada,
independentemente dos provedores de nuvem utilizados;
e) Custo total de propriedade (TCO): Uma solução multicloud deve ser avaliada
em termos de custo total de propriedade, considerando não apenas os custos
diretos dos serviços de nuvem, mas também os custos indiretos associados à
integração, gerenciamento e suporte (MEZA, 2024).
Ao considerar esses aspectos e aplicar as melhores práticas de design e
operação, uma solução multicloud pode proporcionar benefícios consideráveis em
termos de flexibilidade e eficiência operacional para seus usuários. Essa abordagem
estratégica permite a otimização dos recursos disponíveis, a adaptação a demandas
variáveis e a maximização da infraestrutura, refletindo diretamente em ganhos de
produtividade e performance para as organizações (OLIVEIRA et al., 2020).

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2.5.1 Como Funciona a Nuvem Multicloud


A implementação de uma arquitetura de nuvem multicloud demanda a
integração de diversos serviços e plataformas de nuvem por meio de APIs
(interfaces de programação de aplicativos) e ferramentas de gerenciamento de
nuvem. Esta abordagem permite distribuir diferentes cargas de trabalho entre
provedores de nuvem distintos, tirando proveito de suas respectivas vantagens e
recursos (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Essa integração é realizada por meio de redes e conexões de comunicação,
como a internet ou redes privadas virtuais (VPNs), utilizando ferramentas como
27
APIs, contêineres e orquestradores de contêineres2, como Kubernetes3. Com a
nuvem multicloud, as organizações têm a liberdade de escolher os serviços
específicos de cada provedor que melhor atendam às suas necessidades, como
armazenamento de dados, computação, análise de dados e inteligência artificial (IA),
entre outros (TAURION, 2019).
Meza (2024), explica que essa flexibilidade proporciona a oportunidade de
otimizar o desempenho, a segurança e os custos, de acordo com os requisitos de
cada carga de trabalho. Além disso, a nuvem multicloud reduz a dependência de um
único provedor de nuvem, mitigando o risco de interrupções no serviço e
aprimorando as operações de TI (ALALUNA¸2019).
Em relação à rede, uma infraestrutura de nuvem multicloud requer uma rede
robusta e segura para facilitar a comunicação entre os diversos provedores de
nuvem, garantindo o desempenho e a segurança dos aplicativos e dados. Isso pode
envolver a implementação de conexões de rede privada dedicadas, como VPNs ou
conexões diretas, para garantir a conectividade confiável e de baixa latência entre os
diferentes ambientes de nuvem.
2.5.2 Infraestruturas de Nuvem Multicloud
As infraestruturas de nuvem multicloud referem-se à arquitetura de tecnologia
que permite a integração e operação de múltiplos provedores de nuvem em um
ambiente heterogêneo. Essas infraestruturas são fundamentais para viabilizar a
estratégia multicloud, oferecendo suporte à distribuição de cargas de trabalho e
recursos em diferentes plataformas de nuvem (ALALUNA¸2019).
Uma infraestrutura de nuvem multicloud bem projetada deve ser altamente
adaptável, capaz de lidar com os desafios e complexidades inerentes à operação em
2 Os contêineres são empregados para transportar aplicações em meio a uma infraestrutura
multicloud. Cada contêiner encapsula não apenas a aplicação em si, mas também suas bibliotecas
associadas, variáveis de ambiente e arquivos de configuração essenciais para a execução da
aplicação em qualquer ambiente operacional onde o contêiner seja implantado.
3 O Kubernetes é um sistema de orquestração de contêineres de código aberto que automatiza os
processos de implantação, dimensionamento e gerenciamento de aplicações em contêineres.
Inicialmente concebido pelo Google, o Kubernetes agora é mantido pela Cloud Native Computing
Foundation.
28
ambientes diversos (TAURION, 2019). Algumas características essenciais das

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infraestruturas de nuvem multicloud estarão na Tabela 1:


Tabela 1: Aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
Aspecto Descrição
Interconectividade
Permite a interconexão eficiente entre os diferentes provedores
de nuvem e suas soluções, garantindo interoperabilidade e
comunicação fluida na arquitetura multicloud.
Orquestração de
Recursos
Capacidade de gerenciar recursos de forma unificada,
automatizando processos como provisionamento,
escalonamento e balanceamento de carga em um ambiente
multicloud.
Segurança
Preocupação central em ambientes de nuvem, torna-se ainda
mais crítica na infraestrutura multicloud, exigindo recursos
avançados como criptografia, controle de acesso e
monitoramento de ameaças.
Gerenciamento de
Custos
Monitoramento e gestão centralizada dos custos associados a
diferentes provedores de nuvem e cargas de trabalho, visando
melhorar gastos e alocar recursos de forma eficiente.
Escalabilidade e
Elasticidade
Capacidade de dimensionar recursos dinamicamente para
atender às demandas variáveis de carga de trabalho,
oferecendo escalabilidade automática e sob demanda no
ambiente multicloud.
Fonte: Tarion (2019)
Após analisar os aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
representada pela Tabela 1, é possível observar a complexidade e a importância de
cada um desses elementos para garantir o funcionamento eficiente e seguro desse
ambiente. A interconectividade entre os provedores de nuvem é fundamental para a
interoperabilidade e comunicação fluida, enquanto a orquestração de recursos
permite a automação de processos fundamentais, como o provisionamento e
escalonamento.
Além disso, segundo Alaluna (2019), a segurança assume um papel ainda
mais crítico na infraestrutura multicloud, demandando recursos avançados de
proteção de dados e monitoramento de ameaças. O gerenciamento de custos é
essencial para melhorar os gastos e garantir uma alocação eficiente de recursos,
enquanto a escalabilidade e elasticidade permitem que as organizações
29
dimensionem seus recursos de acordo com as demandas variáveis de carga de

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trabalho. Portanto, ao considerar esses aspectos, as empresas podem construir e


manter uma infraestrutura multicloud robusta e adaptável, capaz de atender às
necessidades do negócio de forma eficaz e segura.
2.5.3 Das diferenças das infraestruturas de Nuvem Multicloud
Ao contrário da abordagem Multicloud, a Nuvem Híbrida não necessariamente
se baseia na utilização de serviços de diferentes fornecedores. Enquanto na
Multicloud uma empresa pode empregar nuvens públicas, privadas ou híbridas, a
Nuvem Híbrida tende a integrar ambientes de nuvem pública e privada, mantendo-os
interconectados (RODRIGUES et al., 2015).
Posto isto, as principais distinções entre essas duas soluções residem no
escopo de tecnologias disponíveis e na dependência de fornecedores únicos. Na
prática, a abordagem Multicloud oferece uma variedade mais ampla de opções
tecnológicas, permitindo que a empresa não se restrinja a um único fornecedor, uma
vez que os serviços são adquiridos de diferentes prestadores (TAURION, 2019).
Haja vista, em consonância com Santos et al. (2021), com o crescimento
contínuo da oferta de serviços em nuvem, a diversificação de provedores se
expandiu ainda mais, tornando o gerenciamento da infraestrutura de nuvem mais
complexo e desafiador. Essa complexidade adicional aumentou a necessidade de
cuidados na gestão e na integração dos serviços de nuvem.
É importante ressaltar que as abordagens de Multicloud e Nuvem Híbrida são
mutuamente exclusivas: não é viável implementar ambas simultaneamente, pois as
nuvens estarão interconectadas na Nuvem Híbrida, enquanto na Multicloud não
haverá essa interconexão entre os provedores de nuvem utilizados (AMARAL,
2021).
30
3. ARQUITETURAS REDE SOB A PERSPECTIVA HÍBRIDA E MULTICLOUD
3.1 ARQUITETURAS HÍBRIDAS
As arquiteturas híbridas emergiram como uma resposta dinâmica às
demandas complexas e multifacetadas das infraestruturas de nuvem na era
contemporânea. Nesse contexto, a interconexão de nuvens públicas, privadas e
múltiplas tornou-se imperativa para empresas que buscam otimizar eficiência,
segurança e escalabilidade em seus ambientes digitais. Para compreender
plenamente esse paradigma, é essencial analisar tanto as estratégias de rede
quanto as técnicas de gerenciamento que impulsionam essas arquiteturas híbridas.
Um dos pilares fundamentais na sustentação das redes de computadores é a
robustez da infraestrutura subjacente. A integração harmoniosa entre os ambientes
de nuvem pública e privada requer uma abordagem meticulosa na concepção e
implementação das redes, as quais devem ser capazes de suportar cargas de
trabalho variáveis e garantir conectividade contínua. Conforme apontado por
Bernstein e Vij (2014), em seu estudo seminal, a flexibilidade e a adaptabilidade das
arquiteturas de rede desempenham um papel crucial na facilitação da migração de
cargas de trabalho entre diferentes nuvens.
Além da estrutura física, as estratégias de gerenciamento desempenham um
papel preponderante na governança eficaz das arquiteturas híbridas. A automação

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de processos, aliada à orquestração de recursos, é essencial para garantir a


eficiência operacional e a escalabilidade sob demanda. Nesse sentido, a abordagem
proposta por Chowdhury e Boutaba (2010), que enfatiza a necessidade de políticas
dinâmicas de gerenciamento para a adaptação contínua às mudanças no ambiente,
revela-se particularmente relevante.
A segurança, por sua vez, emerge como uma preocupação central na
concepção de arquiteturas híbridas resilientes. A coexistência de dados sensíveis
em ambientes públicos e privados exige medidas de proteção abrangentes, que vão
desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de firewalls e sistemas
de detecção de intrusões. Conforme observado por Ristenpart et al. (2009), em sua
análise sobre os desafios de segurança na computação em nuvem, a integração de
31
mecanismos de autenticação multifatorial e o monitoramento proativo são essenciais
para mitigar os riscos inerentes a esses ambientes heterogêneos.
No âmbito da escalabilidade, as arquiteturas híbridas oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. A abstração de
recursos, combinada com a elasticidade inerente à nuvem, oferece uma base sólida
para a expansão sem interrupções das operações comerciais. Nesse contexto, as
contribuições de Kephart e Chess (2003), que exploram os princípios da
computação autônoma e adaptativa, oferecem insights valiosos sobre como alcançar
escalabilidade dinâmica em ambientes híbridos.
Outro aspecto crucial a ser considerado é a interoperabilidade entre os
diversos provedores de nuvem, que compõem o cenário multicloud. A padronização
de protocolos e interfaces é essencial para facilitar a integração e a portabilidade de
aplicativos e dados entre plataformas heterogêneas. A adoção de padrões abertos e
o uso de APIs (Application Programming Interfaces) bem definidas são essenciais
para evitar o aprisionamento do fornecedor e promover a interoperabilidade (Figura
5).
Fonte: Junior, J., 2019.
Figura 5 - Arquitetura de Micros Serviços Híbridos
32
Além disso, a latência e o desempenho da rede desempenham um papel
crítico na garantia da experiência do usuário e no suporte a aplicativos sensíveis ao
tempo. A distribuição estratégica de pontos de acesso e a utilização de CDNs
(Content Delivery Networks) podem ajudar a minimizar a latência e otimizar o
desempenho, especialmente em ambientes distribuídos geograficamente (Figura 6).
Fonte: Microsoft Azure.
Sendo assim, as arquiteturas híbridas representam uma evolução significativa
no paradigma das redes de computadores, oferecendo uma abordagem flexível e
adaptável para a integração de ambientes de nuvem pública, privada e múltipla. Por
meio de estratégias de rede eficientes, práticas de gerenciamento dinâmicas e
medidas abrangentes de segurança, as organizações podem aproveitar ao máximo
os benefícios de eficiência, segurança e escalabilidades proporcionadas por essas

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arquiteturas inovadoras.
Figura 6 - Solução híbrida de DNS referena Microsoft Azure
33
3.2. ARQUITETURAS MULTICLOUD
A crescente adoção de arquiteturas multicloud representa um paradigma
inovador na gestão de infraestruturas de TI, oferecendo às organizações uma
abordagem flexível e resiliente para atender às demandas complexas da era digital.
Em um contexto onde a integração de nuvens públicas, privadas e múltiplas é
essencial para a otimização de recursos e a maximização da eficiência operacional,
as redes de computadores desempenham um papel central na sustentação dessas
infraestruturas híbridas. Esta análise se propõe a explorar as arquiteturas de rede e
as estratégias de gerenciamento que viabilizam a integração harmoniosa de
ambientes multicloud, com foco na eficiência, segurança e escalabilidade.
Um dos principais desafios enfrentados na implementação de arquiteturas
multicloud é a garantia da conectividade contínua entre os diversos provedores de
nuvem. Através de uma abordagem cuidadosamente planejada na concepção das
redes de computadores, é possível estabelecer uma infraestrutura robusta e
resiliente, capaz de suportar a interconexão entre nuvens públicas, privadas e
múltiplas. Como destacado por Chen et al. (2023), a utilização de tecnologias como
SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network) e soluções de interconexão direta
entre data centers podem desempenhar um papel fundamental na garantia da
conectividade e no fornecimento de desempenho otimizado em ambientes
multicloud.
Além da conectividade, a segurança emerge como uma preocupação
premente na gestão de arquiteturas multicloud. A dispersão de dados sensíveis em
múltiplos ambientes de nuvem requer a implementação de medidas abrangentes de
proteção, que vão desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de
políticas de acesso rigorosas. Conforme observado por Patel et al. (2022), a adoção
de soluções de segurança baseadas em inteligência artificial e aprendizado de
máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra ameaças cibernéticas em
ambientes multicloud, garantindo a integridade e a confidencialidade dos dados.
No que tange à escalabilidade, as arquiteturas multicloud oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. Através da distribuição
estratégica de cargas de trabalho entre diferentes provedores de nuvem, é possível
34
alcançar uma escalabilidade dinâmica e uma utilização eficiente dos recursos
disponíveis. Como ressaltado por Dinh et al. (2021), a utilização de estratégias de
balanceamento de carga e autoescalonamento automático pode otimizar o
desempenho e garantir uma resposta ágil às demandas do ambiente.
Outro aspecto crucial a ser considerado na gestão de arquiteturas multicloud
é a interoperabilidade entre os diversos provedores de nuvem. A padronização de
protocolos e interfaces desempenha um papel fundamental na facilitação da
integração e na garantia da portabilidade de aplicativos e dados entre plataformas

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heterogêneas. Conforme destacado por Wang et al. (2023), a adoção de padrões


abertos e o uso de APIs bem definidas são essenciais para promover a
interoperabilidade e evitar o aprisionamento do fornecedor em ambientes multicloud.
Em síntese, as arquiteturas multicloud representam uma abordagem
estratégica para a gestão de infraestruturas de TI na era digital, oferecendo uma
combinação única de flexibilidade, segurança e escalabilidade. Através da adoção
de arquiteturas de rede robustas e estratégias de gerenciamento eficazes, as
organizações podem maximizar o valor de seus investimentos em nuvem,
impulsionando a inovação e a competitividade no mercado global.
3.3 DESAFIOS NA SINCRONIZAÇÃO DE REDES DIVERSIFICADAS
A integração de redes diversificadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud apresenta uma série de desafios significativos, exigindo uma abordagem
cuidadosa e estratégica para garantir a sincronização eficiente e a interoperabilidade
entre os diversos componentes. Esta análise busca explorar os obstáculos
encontrados na sincronização de redes heterogêneas e as estratégias para superá-
los, visando a eficiência, segurança e escalabilidade das infraestruturas digitais.
Um dos desafios fundamentais na sincronização de redes diversificadas é a
disparidade de protocolos e tecnologias utilizadas em diferentes ambientes de
nuvem. A coexistência de infraestruturas públicas, privadas e múltiplas muitas vezes
implica a utilização de tecnologias distintas, tornando a interoperabilidade entre elas
uma tarefa complexa. Conforme observado por Santos et al. (2022), a falta de
35
padronização e a heterogeneidade de interfaces podem dificultar a integração
harmoniosa das redes, prejudicando a eficiência operacional.
Além disso, a variação na qualidade e desempenho das conexões de rede
entre os provedores de nuvem pode impactar negativamente na sincronização e na
transferência de dados entre os ambientes. A latência, a largura de banda e a
confiabilidade das conexões podem variar significativamente, afetando a
consistência e a disponibilidade dos serviços hospedados na nuvem. Como
ressaltado por Chen et al. (2023), a gestão eficaz da qualidade de serviço (QoS) e a
otimização de rotas de rede são essenciais para mitigar os efeitos adversos das
disparidades de desempenho (Figura 7).
Fonte: Tapajós, 2012.
Outro desafio importante na sincronização de redes diversificadas é a
garantia da segurança dos dados transmitidos entre os diferentes ambientes de
nuvem. A dispersão de informações sensíveis em múltiplas plataformas aumenta o
risco de exposição a ameaças cibernéticas e violações de segurança. A
implementação de medidas robustas de proteção, como criptografia de ponta a
ponta e controle de acesso granular, é essencial para mitigar os riscos associados à
transferência de dados entre ambientes heterogêneos. Conforme destacado por
Patel et al. (2021), a utilização de soluções de segurança baseadas em inteligência
artificial e aprendizado de máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra
ameaças em redes diversificadas.
Figura 7 - Redes Avançadas QOS

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36
Além disso, a gestão eficaz da configuração e do provisionamento de
recursos de rede em ambientes de nuvem híbrida e multicloud apresenta desafios
adicionais. A automação de processos e a orquestração de recursos são essenciais
para garantir a consistência e a conformidade das configurações em toda a
infraestrutura. No entanto, a integração de ferramentas de gerenciamento de rede de
diferentes provedores e plataformas pode ser complexa e requer uma abordagem
cuidadosa para evitar conflitos e inconsistências. Como destacado por Dinh et al.
(2020), a utilização de padrões abertos e APIs bem definidas pode facilitar a
integração e o gerenciamento unificado de redes diversificadas.
Por fim, a sincronização de redes diversificadas em ambientes de nuvem
híbrida e multicloud apresenta desafios substanciais, que exigem uma abordagem
holística e estratégica para superá-los. Através da padronização de protocolos,
otimização de desempenho, implementação de medidas de segurança robustas e
automação de processos, as organizações podem garantir a eficiência, segurança e
escalabilidade de suas infraestruturas digitais, promovendo a inovação e a
competitividade no mercado global.
37
4. INTEGRAÇÃO DE NUVENS HÍBRIDAS E MULTICLOUD: O PAPEL DAS
REDES DE COMPUTADORES (17 PÁGINAS)
4.1 ALOCAÇÃO EFICIENTE DE RECURSOS EM AMBIENTES HÍBRIDOS E
MULTICLOUD
4.2 SEGURANÇA
4.2.1 Desafios Específicos de Segurança em Ambientes de Nuvem
4.2.2 Estratégias para Proteção de Dados e Comunicações
4.3 ESCALABILIDADE
4.4 DESENVOLVIMENTO DE INFRAESTRUTURAS HÍBRIDAS E MULTICLOUD
4.4.1 Estratégias para a Integração Eficiente
38
CONCLUSÃO (2 PÁGINAS)
39
REFERÊNCIAS
ALALUNA, Max Silva. Secure and Dependable Multi-Cloud Network
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=================================================================================
Arquivo 1: capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Arquivo 2: https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34941/1/Brenna Nicole Jurchacks Santos do
Amaral.pdf (9430 termos)
Termos comuns: 112
Similaridade: 0,69%
O texto abaixo é o conteúdo do documento capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34941/1/Brenna Nicole Jurchacks Santos do Amaral.pdf
(9430 termos)

=================================================================================
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA ? PREFEITO HIRANT SANAZAR
Redes De Computadores
OSASCO
2024
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
OSASCO
2024
Trabalho de Graduação apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Osasco -
?Prefeito Hirant Sanazar? como requisito
parcial para a obtenção do título de
Tecnólogo em REDES DE
COMPUTADORES, sob a orientação do(a)
Professor(a) Adalberto de Freitas Camargo.
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
TERMO DE APROVAÇÃO DIGITALIZADA
DEDICATÓRIA
RESUMO
Palavras-chave:

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ABSTRACT
Keywords:
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
1.1 PROBLEMÁTICA
........................................................................................................................................8
1.2 HIPÓTESE
..................................................................................................................................................8
1.3 JUSTIFICATIVA
..........................................................................................................................................8
1.4 OBJETIVOS
................................................................................................................................................9
1.4.1 Geral...............................................................................................................................................9
1.4.2 Específicos.......................................................................................................................................9
1.5 METODOLOGIA
.......................................................................................................................................10
2. CAP.......................................................................................................................13
71 INTRODUÇÃO
A revolução na gestão e utilização de recursos computacionais, impulsionada
pela era digital, representa uma transformação abrangente no modo como as
organizações enfrentam os desafios contemporâneos. Nesse contexto dinâmico, a
resposta inovadora das empresas modernas às crescentes demandas e
complexidades é evidenciada pela adoção de infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. O amalgamamento estratégico de recursos provenientes de nuvem
multicloud e nuvem híbrida visa proporcionar às organizações uma resposta ágil e
adaptável às exigências do ambiente empresarial em constante evolução.
Ao reunir esses recursos diversificados, as organizações buscam conquistar
uma maior flexibilidade operacional, eficiência aprimorada e uma capacidade
robusta de adaptação. A pesquisa em questão assume o desafio de realizar uma
análise abrangente das arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento
aplicadas nesses ambientes integrados.
Dessa forma, ao unir os recursos de nuvem multicloud e nuvem híbrida, as
organizações almejam atingir um nível mais elevado de flexibilidade, eficiência
operacional e capacidade de adaptação diante das exigências em constante
mudança. Este cenário de integração de plataformas distintas levanta a necessidade
premente de uma análise aprofundada das arquiteturas de rede e estratégias de
gerenciamento empregadas nesses ambientes complexos.
Esta pesquisa visa não apenas compreender, mas também ir além,
explorando formas inovadoras de otimizar eficiência, reforçar a segurança e
aprimorar a escalabilidade nesse contexto multifacetado. Ao abordar esses desafios,
o estudo posiciona-se como um contribuinte significativo para o avanço no
entendimento e na implementação de práticas mais avançadas e adaptáveis no
gerenciamento desses ambientes dinâmicos e interconectados.
Este estudo visa, assim, contribuir para o desenvolvimento de abordagens

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mais sofisticadas e adaptáveis no gerenciamento desses ambientes complexos e


dinâmicos.
81.1 PROBLEMÁTICA
O aumento significativo no uso de ambientes de nuvem híbrida e multicloud
impõem desafios consideráveis as redes de computação. A integração eficiente de
plataformas distintas, a garantia da segurança da informação e a otimização dos
recursos de rede representam obstáculos complexos e multifacetados.
Nesse contexto, surge a necessidade premente de compreender
profundamente o papel das redes de computadores nesses ambientes dinâmicos. A
questão central que norteia esta pesquisa é: Como as redes de computadores
podem ser estruturadas e gerenciadas de maneira a aperfeiçoar a eficiência, a
segurança e a escalabilidade em infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud?
1.2 HIPÓTESE
A hipótese desta pesquisa é que, por meio de uma análise aprofundada das
arquiteturas de rede e das estratégias de gerenciamento, é possível otimizar a
eficiência operacional, reforçar a segurança da informação e promover
escalabilidade em ambientes que integram nuvens públicas, privadas e múltiplas.
1.3 JUSTIFICATIVA
A crescente complexidade e a rápida evolução do cenário tecnológico
demandam uma análise aprofundada sobre como as redes de computadores
desempenham um papel relevante no suporte a infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. Nesse sentido, à medida que organizações adotam modelos integrados
de nuvem para atender às suas necessidades operacionais, surge a necessidade
premente de compreender não apenas os benefícios, mas também os desafios
associados a essas arquiteturas complexas.
A relevância deste estudo estende-se além do ambiente acadêmico,
impactando diretamente as práticas e decisões nas organizações contemporâneas.
Ao compreendermos melhor como as redes de computadores se articulam e
influenciam infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud, é possível fornecer
9respostas a questões críticas enfrentadas por profissionais da área. Essas
respostas, por sua vez, têm o potencial de aperfeiçoar a eficiência operacional, a
segurança da informação e a escalabilidade, aspectos vitais para o sucesso e a
sustentabilidade das operações de redes.
Além disso, ao abordar diretamente os desafios práticos enfrentados pelas
organizações na adoção de ambientes de nuvem integrada, esta pesquisa pode
auxiliar a gestores que buscam implementar estratégias mais eficazes. A
compreensão aprofundada das nuances dessas arquiteturas complexas pode
catalisar a inovação e informar decisões informadas, promovendo assim uma
integração mais eficiente e segura de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
Dessa forma, a relevância deste estudo transcende a esfera acadêmica,
oferecendo uma contribuição prática e tangível para aqueles envolvidos no campo
de rede de computadores, alinhando-se com as demandas emergentes do cenário
corporativo contemporâneo.
1.4 OBJETIVOS

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1.4.1 Geral
Analisar as arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em
ambientes de nuvem híbrida e multicloud, identificando oportunidades de otimização
para eficiência, segurança e escalabilidade.
1.4.2 Específicos
? Investigar as principais problemáticas enfrentadas por nuvem multicloud e
nuvem híbrida;
? Propor estratégias de gerenciamento de rede para otimização da eficiência
operacional;
? Avaliar as medidas de segurança adotadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud.
10
1.5 METODOLOGIA
A metodologia empregada neste trabalho de conclusão de curso
fundamentou-se em uma abordagem de pesquisa bibliográfica, conduzida por meio
de uma revisão sistemática da literatura. A execução dessa revisão envolveu uma
leitura exploratória de resumos e títulos de obras relevantes, com o intuito de avaliar
a pertinência e contribuição desses materiais à temática central do estudo.
A coleta de dados para este estudo foi conduzida por meio de uma pesquisa
bibliográfica abrangente, abarcando fontes diversas, como livros, revistas
especializados e periódicos online. Além disso, consultas a pesquisas científicas
consolidadas foram realizadas para assegurar a abrangência e profundidade do
levantamento de informações. O critério de leitura exploratória de resumos e títulos
foi aplicado de forma criteriosa para avaliar a pertinência das obras em relação ao
âmago da pesquisa.
No sentido de ampliar a cobertura e qualidade da pesquisa, a seleção de
estudos foi orientada para bases de dados reconhecidas no contexto de
infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud. Nesse sentido, foram exploradas
plataformas como IEEE Xplore, ACM Digital Library e SpringerLink e Google
Acadêmico, buscando incluir perspectivas abrangentes e atualizadas sobre o tema
em questão.
As palavras-chave adotadas para orientar a pesquisa refletiram a
complexidade e abrangência da temática, incluindo termos como "Infraestruturas de
Nuvem Híbrida", "Multicloud", "Arquiteturas de Rede", "Estratégias de
Gerenciamento", "Eficiência", "Segurança" e "Escalabilidade". Essa escolha
estratégica de palavras-chave visa abarcar os diversos aspectos e nuances
relacionados aos ambientes integrados de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
O material utilizado para análise e revisão consistiu principalmente em artigos
científicos, conferências e livros especializados, enfocando a viabilidade técnica das
arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em contextos de nuvem híbrida
e multicloud. Essa abordagem proporcionou uma base sólida e diversificada para a
construção do conhecimento neste campo de estudo.
Os critérios de inclusão estabeleceram a seleção de artigos científicos
publicados no Brasil, compreendidos no intervalo temporal entre 2014 e 2023, em

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formato de texto completo. Em contrapartida, foram excluídos artigos científicos não


11
disponíveis integralmente e materiais que não estavam alinhados com a temática
central do trabalho. Esses critérios foram aplicados para assegurar a qualidade e
pertinência dos estudos incorporados à revisão bibliográfica.
12
2. COMPUTAÇÃO EM NUVEM
O presente capítulo deste trabalho se dedica à exploração aprofundada do
conceito e da diversidade de modelos de Computação em Nuvem (Cloud
Computing). Este campo emergente na tecnologia da informação tem transformado
radicalmente a maneira como os recursos computacionais são concebidos,
provisionados e utilizados. A Computação em Nuvem transcende as limitações dos
modelos tradicionais, permitindo acesso remoto a uma variedade de aplicações e
serviços, independentemente de localização geográfica ou plataforma de
hardware.
2.1. Definição de Computação em Nuvem
A ascensão da computação em nuvem constitui uma tendência notável,
manifestando-se após a transição comercial da Internet ocorrida em 1995. Nesse
momento, a Internet já havia se consolidado como uma rede global de comunicação
de dados multimídia, estabelecendo conexões entre a maioria das instituições de
ensino superior e centros de pesquisa em escala mundial (ZUFFO et al., 2013).
Posto isto, a computação em nuvem, também conhecida como Cloud
Computing, constitui um inovador paradigma computacional que viabiliza ao usuário
final o acesso remoto a uma ampla gama de aplicações e serviços,
independentemente de sua localização e plataforma, mediante a utilização de um
terminal conectado à nuvem1 (TAURION, 2019).
A metáfora da nuvem, com sua conotação de um ambiente desconhecido
cujo início e fim são perceptíveis, revelam-se apropriadamente empregada
na nomenclatura desse novo modelo. Neste contexto, a infraestrutura e os
recursos computacionais permanecem virtualmente ocultos, com o usuário
interagindo por meio de uma interface padronizada, por meio da qual são
disponibilizadas diversas aplicações e serviços (SANTOS, 2018, p. 38).
1 A computação em nuvem teve sua origem em 2006, quando Eric Schmidt, da Google, abordou a
gestão dos data centers em uma palestra. Atualmente, ela representa o epicentro de um movimento
que provoca mudanças substanciais no panorama tecnológico. Nesse contexto, a metáfora da nuvem
simboliza a internet ou a infraestrutura de comunicação entre os componentes arquiteturais,
fundamentada em uma abstração que esconde a complexidade subjacente. Cada componente dessa
infraestrutura é oferecido como serviço e geralmente alocado em data centers que utilizam recursos
de hardware compartilhado para computação e armazenamento.
13
Um criterioso relatório elaborado pela Gartner, destacando a computação em
nuvem como a vanguarda na esfera da tecnologia estratégica, enfatizou de maneira
contundente sua proeminência, consolidando-se como uma tendência incontestável
na indústria, ao estabelecer formalmente sua definição:

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A computação em nuvem é uma forma especializada de computação


distribuída que introduz modelos de utilização para o provisionamento
remoto de recursos escaláveis e mensuráveis. [...] É um estilo de
computação no qual capacidades escaláveis e elásticas habilitadas para TI
(serviços, software ou infraestrutura) são entregues como serviço a clientes
externos usando tecnologias da Internet (BRODKIN, 2008, p. 39).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem é um paradigma que
implica a disponibilização de recursos computacionais, como armazenamento,
processamento, redes e software, por meio da Internet. Esses recursos são
acessíveis e utilizáveis remotamente, permitindo que os usuários aproveitem os
serviços oferecidos por provedores de nuvem, eliminando a dependência de
recursos locais ou servidores físicos para atender às suas demandas
computacionais.
A computação em nuvem, em uma conceituação mais abrangente,
representa um paradigma de infraestrutura que viabiliza a implementação do
Software como Serviço (SaaS). Este paradigma engloba um extenso conjunto de
serviços acessíveis pela web, destinados a disponibilizar funcionalidades que,
anteriormente, demandavam consideráveis investimentos em hardware e software.
O funcionamento da computação em nuvem ocorre por meio de um modelo de
pagamento baseado no uso, permitindo uma abordagem mais flexível e eficiente em
termos de custos (OLIVEIRA et al., 2020).
Este modelo de computação transcende as limitações tradicionais,
oferecendo capacidades escaláveis e elásticas relacionadas às tecnologias da
informação. Essas capacidades são disponibilizadas como serviços aos usuários
finais por meio da internet. Essa definição, amplamente reconhecida, é
compartilhada pelo grupo Gartner, destacando a essência da computação em
nuvem como uma inovação que proporciona agilidade, acessibilidade e economia,
transformando fundamentalmente a forma como recursos computacionais são
provisionados e consumidos (TAURION, 2019).
É importante ressaltar que a representação simbólica da nuvem reside na
internet, composta por uma infraestrutura de comunicação que engloba hardwares,
14
softwares, interfaces, redes de telecomunicação, dispositivos de controle e
armazenamento, permitindo a entrega de serviços computacionais. Para
implementar esse modelo, é imperativo consolidar todas as aplicações e dados dos
usuários em extensos centros de armazenamento denominados data centers. Após
essa consolidação, a infraestrutura e as aplicações dos usuários são distribuídas
como serviços acessíveis pela internet (SANTOS, 2018).
Segundo Oliveira et al. (2020), um elemento para a compreensão deste
modelo de computação diz respeito aos intervenientes da nuvem, que podem ser
categorizados em três grupos distintos: o provedor de serviço, o desenvolvedor e o
usuário.
Segundo Santos (2018), o provedor assume a responsabilidade de
disponibilizar, gerenciar e monitorar integralmente a infraestrutura da nuvem. Por

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sua vez, Taurion (2019) explica que o desenvolvedor deve possuir a habilidade de
fornecer serviços destinados ao usuário final, baseando-se na infraestrutura
disponibilizada. O usuário final, representa o consumidor que utilizará os recursos
oferecidos pelo cloud computing.
A computação em nuvem, por conseguinte, configura-se como um novo
modelo de serviço inovador, capacitado para prover uma diversidade de serviços,
incluindo processamento, infraestrutura e armazenamento de dados, exclusivamente
por meio da internet (TAURION, 2019). Para que um data center possa ser chamado
de Cloud Computing, é necessário atender a algumas características essenciais, a
saber.
2.2. Características
A convergência de diversas tecnologias essenciais capacita a computação em
nuvem a oferecer serviços de maneira transparente aos usuários, entre outras
funcionalidades e particularidades. Campos tecnológicos de suma importância nessa
convergência abrangem o hardware, com ênfase na capacidade de virtualização; as
tecnologias de internet, como a Web 2.0 e os serviços web; o gerenciamento de
sistemas, incluindo a computação independente (autonomic computing) e a
automação de gerenciamento e manutenção de data centers; além da computação
distribuída, com especial atenção para a utility & grid computing.
15
2. 2.1. Elasticidade e Escalonamento
A computação em nuvem proporciona a ilusão de recursos computacionais
infinitos disponíveis para utilização. Nesse contexto, os usuários antecipam que a
nuvem seja capaz de fornecer rapidamente recursos em qualquer quantidade e a
qualquer momento. A expectativa é que recursos adicionais sejam disponibilizados,
possivelmente de maneira automática, em períodos de aumento da demanda, e
retidos durante reduções nessa demanda (OLIVEIRA et al., 2020).
Segundo Santos (2018), recursos podem ser adquiridos de forma rápida e
elástica, muitas vezes automaticamente, caso haja necessidade de escalar com o
aumento da demanda, e liberados durante a redução dessa demanda. Aos usuários,
os recursos disponíveis para uso parecem ser ilimitados e podem ser adquiridos em
qualquer quantidade e a qualquer momento. A virtualização (criação de ambientes
virtuais com o propósito de abstrair características físicas do hardware) desempenha
um papel fundamental na característica de elasticidade rápida da computação em
nuvem.
2.2.2. Self-Service sob demanda
Os usuários têm a capacidade de adquirir unilateralmente recursos
computacionais, como tempo de processamento no servidor ou armazenamento na
rede, à medida que necessitam, sem a necessidade de interação humana com os
provedores de cada serviço. Numa nuvem, tanto o hardware quanto o software
podem ser automaticamente reconfigurados, apresentando essas modificações de
maneira transparente para os usuários (SANTOS, 2018).
2.2.3. Faturamento e medição por uso
Dado que o usuário pode requisitar e utilizar apenas a quantidade de recursos

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e serviços considerada necessária, os serviços devem ser precificados com base em


um uso de curta duração, como, por exemplo, medido em horas de utilização.
Portanto, as nuvens devem implementar recursos que assegurem um comércio
16
eficiente de serviços, incluindo tarifação adequada, contabilidade, faturamento,
monitoramento e otimização do uso (OLIVEIRA et al., 2020).
Essa medição automática do uso dos recursos deve abranger diferentes tipos
de serviços oferecidos (armazenamento, processamento e largura de banda) e ser
prontamente reportada, promovendo uma maior transparência comercial (SANTOS,
2018).
2.2.4. Customização
Atendendo a múltiplos usuários, observa-se uma grande disparidade em suas
necessidades, tornando essencial a capacidade de personalização dos recursos da
nuvem, abrangendo desde serviços de infraestrutura até serviços de plataforma e
software (SANTOS, 2018).
2.2.5. Amplo acesso à rede
Os recursos estão disponíveis por meio da rede e acessados através de
mecanismos que promovem padrões utilizados por plataformas heterogêneas, como
telefones celulares, laptops e PDAs. A interface de acesso à nuvem não exige que
os usuários modifiquem suas condições e ambientes de trabalho, como linguagens
de programação e sistemas operacionais (SANTOS, 2018).
2.2.6 Pooling de Recursos
Os provedores de recursos de computação são agrupados para atender a
vários consumidores através de um modelo multi-inquilino (modelo de software onde
uma única instância roda no servidor e permite atender a múltiplas requisições de
diferentes usuários), com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos
dinamicamente, de acordo com a demanda do consumidor (ALBUQUERQUE;
FREITAS, 2021).
17
Existe um senso de independência local, no qual o cliente geralmente não
tem controle ou conhecimento sobre a localização exata dos recursos
disponibilizados, mas pode especificar o local em um nível mais abstrato, como país,
estado ou data center. Exemplos de recursos incluem armazenamento,
processamento, memória, largura de banda de rede e máquinas virtuais (SANTOS,
2018).
2.2.7. Serviço Medido
Sistemas em nuvem gerenciam e otimizam automaticamente a utilização de
recursos, tirando proveito da capacidade de medição em um nível de abstração
adequado para o tipo de serviço. O uso de recursos é monitorado, controlado e
registrado, estabelecendo transparência entre o provedor e o consumidor (SANTOS,
2018).
A abordagem em nível de serviço SLA, que oferece informações sobre os
níveis de disponibilidade, funcionalidade, desempenho e possíveis penalidades em
caso de violação desses parâmetros, pode ser implementada para assegurar a

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eficiência do serviço (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021). É imperativo destacar que


existem três modelos principais de serviço na computação em nuvem, conforme
segue.
2.3. Camadas de Arquitetura e tipos de nuvem
Os serviços de computação em nuvem se distribuem em três classes,
considerando o nível de abstração do recurso fornecido e o modelo de serviço do
provedor. O nível de abstração representa a camada de arquitetura onde os serviços
das camadas superiores podem ser compostos pelos serviços das camadas
inferiores (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem representa uma
paradigmática distribuição de recursos na forma de serviços, transformando
radicalmente a entrega de soluções tecnológicas. Essa abordagem inovadora
proporciona uma organização tripartida, subdividindo a Computação nas Nuvens em
três modelos distintos: Infraestrutura como Serviço (IaaS); Plataforma como Serviço
18
(PaaS); e Software como Serviço (SaaS), na camada superior, conforme ilustrado na
Figura 1.
Figura 1: Representação dos modelos de serviços
Fonte: https://fabriciorhs.files.wordpress.com/2010/09/cloud_computing.pdf
IaaS: Fornece acesso a recursos de infraestrutura virtualizada, como
máquinas virtuais, redes e armazenamento. Os usuários têm controle sobre o
sistema operacional, aplicativos e configurações, enquanto o provedor de nuvem
gerencia a infraestrutura subjacente (TAURION, 2019);
PaaS: Oferece uma plataforma de desenvolvimento completa, incluindo
ferramentas, bibliotecas e serviços necessários para desenvolver, testar e implantar
aplicativos sem se preocupar com a infraestrutura subjacente (TAURION,
2019);
SaaS: Fornece aplicativos de software totalmente desenvolvidos e prontos
para uso, acessíveis por meio da Internet. Os usuários podem utilizar o software
sem se preocupar com manutenção, atualizações ou gerenciamento da
infraestrutura.
Em síntese, a computação em nuvem representa uma revolução no
paradigma de prestação de serviços de TI. A estrutura em camadas, composta por
Infraestrutura como IaaS, PaaS e SaaS, oferece uma abordagem abrangente e
19
escalável para atender às necessidades variadas dos usuários (TAURION,
2019).
2.4. Compreensão das Nuvens Pública, Privada e Hibrida
2.4.1. Nuvem pública
A implementação da computação em nuvem por meio de nuvens públicas é a
modalidade mais amplamente adotada. Nesse contexto, os recursos de nuvem,
como servidores e armazenamento, são propriedade de um provedor de serviços de
nuvem externo, sendo geridos e fornecidos por meio da Internet. Na nuvem pública,
toda a infraestrutura, incluindo hardware, software e suporte, é exclusivamente de

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responsabilidade e administração do provedor de nuvem (ZUFFO et al., 2013). O


Microsoft Azure exemplifica de forma destacada uma nuvem pública.
Ao selecionar uma nuvem pública, ocorre o compartilhamento de dispositivos
de hardware, armazenamento e rede com outras organizações ou "locatários" da
nuvem. A utilização de serviços e a gestão da conta são realizadas por meio de um
navegador da web. As implantações de nuvem pública são frequentemente
empregadas para disponibilizar serviços como e-mail baseado na web, aplicativos
de escritório online, armazenamento e ambientes de desenvolvimento e teste
(TAURION, 2009).
2.4.2. Nuvem privada
Uma nuvem privada constitui-se de recursos de computação em nuvem
destinada exclusivamente ao uso de uma única empresa ou organização. Essa
configuração pode ser implementada localmente no datacenter da entidade ou
hospedada por um provedor de serviços terceirizado (TAKABI, 2010). Entretanto,
vale destacar que, em uma nuvem privada, os serviços e a infraestrutura
permanecem integralmente na rede privada, e tanto o hardware quanto o software é
dedicado exclusivamente à referida organização (ERL et al., 2013).
A característica distintiva da nuvem privada reside na capacidade da
organização em personalizar seus recursos de maneira mais eficaz para atender a
requisitos específicos de TI (THOMAS et al., 2013). Para Meza 92014),
20
frequentemente adotadas por entidades governamentais, instituições financeiras e
outras organizações de grande porte com operações críticas para os negócios, as
nuvens privadas visam aprimorar o controle sobre seu ambiente operacional. Este
modelo oferece maior flexibilidade e adequação às necessidades particulares,
proporcionando um ambiente customizado que atenda eficientemente aos requisitos
específicos de cada entidade.
Figura 2: Nuvem Privada
Fonte: https://comoaprenderwindows.com.br/infraestrutura/o-que-e-uma-nuvem-privada/
Conforme exposto, a nuvem privada é uma modalidade de serviços de
computação oferecidos pela Internet ou por uma rede interna privada, sendo
acessível exclusivamente a usuários selecionados, em contraste com o público em
geral. Também conhecida como nuvem interna ou corporativa, ela proporciona
benefícios semelhantes aos da nuvem pública, como autoatendimento,
escalabilidade e elasticidade.
No entanto, diferencia-se ao oferecer maior controle e personalização por
meio de recursos dedicados em uma infraestrutura local. Destaca-se por
proporcionar um nível superior de segurança e privacidade, garantidos por firewalls
internos e hospedagem própria, assegurando que dados confidenciais não sejam
acessíveis a terceiros. Uma desvantagem reside na responsabilidade do
21
departamento de TI pela gestão da nuvem privada, o que implica custos e
responsabilidades comparáveis aos de um data center tradicional (MEZA, 2024).
2.4.3. Nuvem híbrida

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A nuvem híbrida representa uma fusão estratégica de dois ou mais tipos


distintos de ambientes de nuvem. Essa configuração abrange a combinação de
nuvens públicas e privadas, podendo ainda incorporar uma infraestrutura local já
existente. Para que uma nuvem seja verdadeiramente híbrida, é imperativo que
esses diversos ambientes de nuvem estejam profundamente interligados, operando
de maneira essencial como uma única infraestrutura integrada. É comum que
praticamente todas as nuvens híbridas contemplem pelo menos uma nuvem pública
em sua composição (SANTOS, 2023).
Para Oliveira (2016), a abordagem da nuvem híbrida emerge como uma
solução estratégica que capitaliza as vantagens oferecidas tanto pelas nuvens
públicas quanto pelas privadas. Essa integração visa otimizar a flexibilidade,
oferecendo uma resposta eficaz às demandas variáveis e aos requisitos específicos
de cada organização. A capacidade de orquestrar recursos de diferentes ambientes
de nuvem confere uma adaptabilidade relevante às organizações, permitindo-lhes
alcançar um equilíbrio personalizado entre controle, segurança e escalabilidade.
Figura 3: Nuvem híbrida
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-hybrid-cloud/
22
Uma nuvem híbrida combina efetivamente tecnologias distintas para otimizar
eficiência e funcionalidade. Semelhante ao funcionamento de carros híbridos, que
integram motores a gasolina e elétricos para obter eficiência e potência, as nuvens
híbridas combinam vantagens de diferentes ambientes em nuvem (RODRIGUES et
al., 2015).
Segundo Oliveira (2016), essas nuvens têm diversas aplicações, permitindo
que organizações usem nuvens privadas e públicas para diferentes serviços, backup
ou gestão de picos de demanda. Ambientes de nuvem híbrida oferecem flexibilidade
ao executar aplicativos em diversos ambientes, incluindo nuvens públicas, privadas
e locais, atendendo às necessidades específicas da empresa.
Ademais, as soluções de nuvem híbrida facilitam a migração e gestão de
cargas de trabalho entre ambientes, possibilitando configurações mais versáteis.
Essa abordagem é comum atualmente devido à não dependência exclusiva de uma
única nuvem pública (TAURION¸2019).
Para Santos (2023), organizações adotam plataformas de nuvem híbrida para
reduzir custos, minimizar riscos e expandir recursos, sustentando esforços de
transformação digital. Essa configuração é uma das infraestruturas mais
prevalentes, permitindo a transição gradual de aplicativos e dados durante
migrações para a nuvem. Ambientes híbridos possibilitam o uso contínuo de
serviços locais e a flexibilidade oferecida por provedores de nuvem pública, como o
Google Cloud.
2.4.3.1 Funcionamento da Nuvem híbrida
Conforme mencionado anteriormente, as nuvens híbridas representam uma
fusão de recursos e serviços provenientes de dois ou mais ambientes distintos de
computação. Para as arquiteturas de nuvem híbrida funcionar eficientemente, é
essencial a integração, orquestração e coordenação para possibilitar o

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compartilhamento, alteração e sincronização ágil de informações (TAURION¸2019).


A base de uma implantação bem-sucedida de nuvem híbrida reside em uma
rede robusta. A interconectividade entre esses ambientes frequentemente é
estabelecida por meio de redes locais (LAN), redes de longa distância (WAN), redes
23
privadas virtuais (VPNs) e interfaces de programação de aplicativos (APIs) (MEZA,
2024).
Santos (2023), explica que assim como em outras arquiteturas de
computação em nuvem, as plataformas de nuvem híbrida fazem uso das tecnologias
de virtualização, conteinerização e armazenamento e rede definida por software
para abstrair e consolidar recursos. Através de softwares de gerenciamento
dedicados, as organizações conseguem alocar recursos e possibilitar o
provisionamento sob demanda em ambientes diversos.
2.5. Nuvem Multicloud
Segundo Santos et al. (2021), a abordagem Multicloud é caracterizada pelo
uso de serviços e recursos de nuvem fornecidos por múltiplos provedores, em
contraste com a dependência exclusiva de um único provedor de nuvem. Essa
estratégia permite que organizações selecionem os serviços mais adequados às
suas necessidades específicas, beneficiem-se da redundância e evitem a
dependência exclusiva de um único fornecedor.
Figura 4: Nuvem Multicloud
24
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-multicloud/
Conforme Figura acima, Multicloud é à utilização de várias nuvens públicas
por uma empresa. Em uma configuração de multinuvem, a empresa incorpora
nuvens públicas de mais de um provedor, ao invés de depender de um único
fornecedor para hospedagem em nuvem, armazenamento e pilha completa de
aplicativos. Segundo Santos (2023), essa abordagem oferece flexibilidade e
diversidade de fornecedores, sendo útil para diversos propósitos, como redundância,
backup do sistema e integração de diferentes serviços de nuvem, incluindo IaaS,
PaaS e SaaS.
Sob outra perspectiva, um ambiente Multicloud refere-se à prática de utilizar
múltiplos serviços de computação em nuvem dentro de uma arquitetura única e
heterogênea. Seu propósito principal é reduzir a dependência de fornecedores
individuais, proporcionando maior flexibilidade por meio de uma ampla gama de
opções disponíveis (ALALUNA¸2019).
25
Por exemplo, uma empresa que utiliza os serviços de armazenamento de
dados da Amazon Web Services (AWS), os recursos de computação da Microsoft
Azure e as soluções de inteligência artificial do Google Cloud Platform estão
adotando uma abordagem multicloud. A combinação desses serviços permite à
empresa otimizar seus custos, aumentar sua flexibilidade e agilidade de sua
infraestrutura de TI (MEZA, 2024).
Além disso, a natureza Multicloud pode abranger a incorporação de nuvens

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públicas, privadas e de borda para alcançar os objetivos da empresa. Em outras


palavras, trata-se da integração de operações locais com aplicações e serviços
executados em diversos provedores de nuvem pública. Essa abordagem permite
que as empresas capitalizem os benefícios distintos oferecidos por cada plataforma,
ao mesmo tempo em que mitigam eventuais desvantagens associadas a uma única
nuvem (ALALUNA¸2019).
Para Paraiso et al. (2012), diferentemente da abordagem de nuvem híbrida,
que envolve a combinação de diferentes modos de implantação (como público,
privado e legado) em uma única infraestrutura, o Multicloud se concentra na
utilização de diversos serviços em nuvem de diferentes provedores,
independentemente do modelo de implementação utilizado. Essa distinção enfatiza
a diversidade e a variedade de opções disponíveis para as organizações que
adotam estratégias de Multicloud.
Ressalva-se que para Meza (2024), uma solução Multicloud integra serviços
de infraestrutura como serviço (IaaS), plataforma como serviço (PaaS) e software
como serviço (SaaS) em uma arquitetura que pode variar em termos de
acoplamento, podendo ser bastante ou pouco acoplada. Isso significa que a
arquitetura Multicloud pode ser projetada para oferecer diferentes níveis de
integração entre os serviços e provedores de nuvem, incluindo:
a) Rede: A integração eficiente de serviços de diferentes provedores requer uma
rede robusta e flexível, capaz de fornecer conectividade confiável e de baixa
latência entre os ambientes de nuvem;
b) Desempenho: É essencial garantir que a solução Multicloud atenda aos
requisitos de desempenho das aplicações, distribuindo as cargas de trabalho
de forma eficiente e otimizando o uso dos recursos disponíveis em cada
provedor de nuvem;
26
c) Segurança: A segurança dos dados e das aplicações é uma prioridade
fundamental. Uma solução multicloud deve implementar práticas de
segurança consistentes em todos os ambientes de nuvem, incluindo controle
de acesso, criptografia de dados, monitoramento de ameaças e conformidade
regulatória;
d) Gerenciamento operacional: O gerenciamento eficaz de uma arquitetura
multicloud requer ferramentas e processos adequados para monitorar,
provisionar, escalar e melhorar os recursos de forma centralizada,
independentemente dos provedores de nuvem utilizados;
e) Custo total de propriedade (TCO): Uma solução multicloud deve ser avaliada
em termos de custo total de propriedade, considerando não apenas os custos
diretos dos serviços de nuvem, mas também os custos indiretos associados à
integração, gerenciamento e suporte (MEZA, 2024).
Ao considerar esses aspectos e aplicar as melhores práticas de design e
operação, uma solução multicloud pode proporcionar benefícios consideráveis em
termos de flexibilidade e eficiência operacional para seus usuários. Essa abordagem
estratégica permite a otimização dos recursos disponíveis, a adaptação a demandas

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variáveis e a maximização da infraestrutura, refletindo diretamente em ganhos de


produtividade e performance para as organizações (OLIVEIRA et al., 2020).
2.5.1 Como Funciona a Nuvem Multicloud
A implementação de uma arquitetura de nuvem multicloud demanda a
integração de diversos serviços e plataformas de nuvem por meio de APIs
(interfaces de programação de aplicativos) e ferramentas de gerenciamento de
nuvem. Esta abordagem permite distribuir diferentes cargas de trabalho entre
provedores de nuvem distintos, tirando proveito de suas respectivas vantagens e
recursos (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Essa integração é realizada por meio de redes e conexões de comunicação,
como a internet ou redes privadas virtuais (VPNs), utilizando ferramentas como
27
APIs, contêineres e orquestradores de contêineres2, como Kubernetes3. Com a
nuvem multicloud, as organizações têm a liberdade de escolher os serviços
específicos de cada provedor que melhor atendam às suas necessidades, como
armazenamento de dados, computação, análise de dados e inteligência artificial (IA),
entre outros (TAURION, 2019).
Meza (2024), explica que essa flexibilidade proporciona a oportunidade de
otimizar o desempenho, a segurança e os custos, de acordo com os requisitos de
cada carga de trabalho. Além disso, a nuvem multicloud reduz a dependência de um
único provedor de nuvem, mitigando o risco de interrupções no serviço e
aprimorando as operações de TI (ALALUNA¸2019).
Em relação à rede, uma infraestrutura de nuvem multicloud requer uma rede
robusta e segura para facilitar a comunicação entre os diversos provedores de
nuvem, garantindo o desempenho e a segurança dos aplicativos e dados. Isso pode
envolver a implementação de conexões de rede privada dedicadas, como VPNs ou
conexões diretas, para garantir a conectividade confiável e de baixa latência entre os
diferentes ambientes de nuvem.
2.5.2 Infraestruturas de Nuvem Multicloud
As infraestruturas de nuvem multicloud referem-se à arquitetura de tecnologia
que permite a integração e operação de múltiplos provedores de nuvem em um
ambiente heterogêneo. Essas infraestruturas são fundamentais para viabilizar a
estratégia multicloud, oferecendo suporte à distribuição de cargas de trabalho e
recursos em diferentes plataformas de nuvem (ALALUNA¸2019).
Uma infraestrutura de nuvem multicloud bem projetada deve ser altamente
adaptável, capaz de lidar com os desafios e complexidades inerentes à operação em
2 Os contêineres são empregados para transportar aplicações em meio a uma infraestrutura
multicloud. Cada contêiner encapsula não apenas a aplicação em si, mas também suas bibliotecas
associadas, variáveis de ambiente e arquivos de configuração essenciais para a execução da
aplicação em qualquer ambiente operacional onde o contêiner seja implantado.
3 O Kubernetes é um sistema de orquestração de contêineres de código aberto que automatiza os
processos de implantação, dimensionamento e gerenciamento de aplicações em contêineres.
Inicialmente concebido pelo Google, o Kubernetes agora é mantido pela Cloud Native Computing
Foundation.

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28
ambientes diversos (TAURION, 2019). Algumas características essenciais das
infraestruturas de nuvem multicloud estarão na Tabela 1:
Tabela 1: Aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
Aspecto Descrição
Interconectividade
Permite a interconexão eficiente entre os diferentes provedores
de nuvem e suas soluções, garantindo interoperabilidade e
comunicação fluida na arquitetura multicloud.
Orquestração de
Recursos
Capacidade de gerenciar recursos de forma unificada,
automatizando processos como provisionamento,
escalonamento e balanceamento de carga em um ambiente
multicloud.
Segurança
Preocupação central em ambientes de nuvem, torna-se ainda
mais crítica na infraestrutura multicloud, exigindo recursos
avançados como criptografia, controle de acesso e
monitoramento de ameaças.
Gerenciamento de
Custos
Monitoramento e gestão centralizada dos custos associados a
diferentes provedores de nuvem e cargas de trabalho, visando
melhorar gastos e alocar recursos de forma eficiente.
Escalabilidade e
Elasticidade
Capacidade de dimensionar recursos dinamicamente para
atender às demandas variáveis de carga de trabalho,
oferecendo escalabilidade automática e sob demanda no
ambiente multicloud.
Fonte: Tarion (2019)
Após analisar os aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
representada pela Tabela 1, é possível observar a complexidade e a importância de
cada um desses elementos para garantir o funcionamento eficiente e seguro desse
ambiente. A interconectividade entre os provedores de nuvem é fundamental para a
interoperabilidade e comunicação fluida, enquanto a orquestração de recursos
permite a automação de processos fundamentais, como o provisionamento e
escalonamento.
Além disso, segundo Alaluna (2019), a segurança assume um papel ainda
mais crítico na infraestrutura multicloud, demandando recursos avançados de
proteção de dados e monitoramento de ameaças. O gerenciamento de custos é
essencial para melhorar os gastos e garantir uma alocação eficiente de recursos,
enquanto a escalabilidade e elasticidade permitem que as organizações

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dimensionem seus recursos de acordo com as demandas variáveis de carga de
trabalho. Portanto, ao considerar esses aspectos, as empresas podem construir e
manter uma infraestrutura multicloud robusta e adaptável, capaz de atender às
necessidades do negócio de forma eficaz e segura.
2.5.3 Das diferenças das infraestruturas de Nuvem Multicloud
Ao contrário da abordagem Multicloud, a Nuvem Híbrida não necessariamente
se baseia na utilização de serviços de diferentes fornecedores. Enquanto na
Multicloud uma empresa pode empregar nuvens públicas, privadas ou híbridas, a
Nuvem Híbrida tende a integrar ambientes de nuvem pública e privada, mantendo-os
interconectados (RODRIGUES et al., 2015).
Posto isto, as principais distinções entre essas duas soluções residem no
escopo de tecnologias disponíveis e na dependência de fornecedores únicos. Na
prática, a abordagem Multicloud oferece uma variedade mais ampla de opções
tecnológicas, permitindo que a empresa não se restrinja a um único fornecedor, uma
vez que os serviços são adquiridos de diferentes prestadores (TAURION, 2019).
Haja vista, em consonância com Santos et al. (2021), com o crescimento
contínuo da oferta de serviços em nuvem, a diversificação de provedores se
expandiu ainda mais, tornando o gerenciamento da infraestrutura de nuvem mais
complexo e desafiador. Essa complexidade adicional aumentou a necessidade de
cuidados na gestão e na integração dos serviços de nuvem.
É importante ressaltar que as abordagens de Multicloud e Nuvem Híbrida são
mutuamente exclusivas: não é viável implementar ambas simultaneamente, pois as
nuvens estarão interconectadas na Nuvem Híbrida, enquanto na Multicloud não
haverá essa interconexão entre os provedores de nuvem utilizados (AMARAL,
2021).
30
3. ARQUITETURAS REDE SOB A PERSPECTIVA HÍBRIDA E MULTICLOUD
3.1 ARQUITETURAS HÍBRIDAS
As arquiteturas híbridas emergiram como uma resposta dinâmica às
demandas complexas e multifacetadas das infraestruturas de nuvem na era
contemporânea. Nesse contexto, a interconexão de nuvens públicas, privadas e
múltiplas tornou-se imperativa para empresas que buscam otimizar eficiência,
segurança e escalabilidade em seus ambientes digitais. Para compreender
plenamente esse paradigma, é essencial analisar tanto as estratégias de rede
quanto as técnicas de gerenciamento que impulsionam essas arquiteturas híbridas.
Um dos pilares fundamentais na sustentação das redes de computadores é a
robustez da infraestrutura subjacente. A integração harmoniosa entre os ambientes
de nuvem pública e privada requer uma abordagem meticulosa na concepção e
implementação das redes, as quais devem ser capazes de suportar cargas de
trabalho variáveis e garantir conectividade contínua. Conforme apontado por
Bernstein e Vij (2014), em seu estudo seminal, a flexibilidade e a adaptabilidade das
arquiteturas de rede desempenham um papel crucial na facilitação da migração de
cargas de trabalho entre diferentes nuvens.

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Além da estrutura física, as estratégias de gerenciamento desempenham um


papel preponderante na governança eficaz das arquiteturas híbridas. A automação
de processos, aliada à orquestração de recursos, é essencial para garantir a
eficiência operacional e a escalabilidade sob demanda. Nesse sentido, a abordagem
proposta por Chowdhury e Boutaba (2010), que enfatiza a necessidade de políticas
dinâmicas de gerenciamento para a adaptação contínua às mudanças no ambiente,
revela-se particularmente relevante.
A segurança, por sua vez, emerge como uma preocupação central na
concepção de arquiteturas híbridas resilientes. A coexistência de dados sensíveis
em ambientes públicos e privados exige medidas de proteção abrangentes, que vão
desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de firewalls e sistemas
de detecção de intrusões. Conforme observado por Ristenpart et al. (2009), em sua
análise sobre os desafios de segurança na computação em nuvem, a integração de
31
mecanismos de autenticação multifatorial e o monitoramento proativo são essenciais
para mitigar os riscos inerentes a esses ambientes heterogêneos.
No âmbito da escalabilidade, as arquiteturas híbridas oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. A abstração de
recursos, combinada com a elasticidade inerente à nuvem, oferece uma base sólida
para a expansão sem interrupções das operações comerciais. Nesse contexto, as
contribuições de Kephart e Chess (2003), que exploram os princípios da
computação autônoma e adaptativa, oferecem insights valiosos sobre como alcançar
escalabilidade dinâmica em ambientes híbridos.
Outro aspecto crucial a ser considerado é a interoperabilidade entre os
diversos provedores de nuvem, que compõem o cenário multicloud. A padronização
de protocolos e interfaces é essencial para facilitar a integração e a portabilidade de
aplicativos e dados entre plataformas heterogêneas. A adoção de padrões abertos e
o uso de APIs (Application Programming Interfaces) bem definidas são essenciais
para evitar o aprisionamento do fornecedor e promover a interoperabilidade (Figura
5).
Fonte: Junior, J., 2019.
Figura 5 - Arquitetura de Micros Serviços Híbridos
32
Além disso, a latência e o desempenho da rede desempenham um papel
crítico na garantia da experiência do usuário e no suporte a aplicativos sensíveis ao
tempo. A distribuição estratégica de pontos de acesso e a utilização de CDNs
(Content Delivery Networks) podem ajudar a minimizar a latência e otimizar o
desempenho, especialmente em ambientes distribuídos geograficamente (Figura 6).
Fonte: Microsoft Azure.
Sendo assim, as arquiteturas híbridas representam uma evolução significativa
no paradigma das redes de computadores, oferecendo uma abordagem flexível e
adaptável para a integração de ambientes de nuvem pública, privada e múltipla. Por
meio de estratégias de rede eficientes, práticas de gerenciamento dinâmicas e

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medidas abrangentes de segurança, as organizações podem aproveitar ao máximo


os benefícios de eficiência, segurança e escalabilidades proporcionadas por essas
arquiteturas inovadoras.
Figura 6 - Solução híbrida de DNS referena Microsoft Azure
33
3.2. ARQUITETURAS MULTICLOUD
A crescente adoção de arquiteturas multicloud representa um paradigma
inovador na gestão de infraestruturas de TI, oferecendo às organizações uma
abordagem flexível e resiliente para atender às demandas complexas da era digital.
Em um contexto onde a integração de nuvens públicas, privadas e múltiplas é
essencial para a otimização de recursos e a maximização da eficiência operacional,
as redes de computadores desempenham um papel central na sustentação dessas
infraestruturas híbridas. Esta análise se propõe a explorar as arquiteturas de rede e
as estratégias de gerenciamento que viabilizam a integração harmoniosa de
ambientes multicloud, com foco na eficiência, segurança e escalabilidade.
Um dos principais desafios enfrentados na implementação de arquiteturas
multicloud é a garantia da conectividade contínua entre os diversos provedores de
nuvem. Através de uma abordagem cuidadosamente planejada na concepção das
redes de computadores, é possível estabelecer uma infraestrutura robusta e
resiliente, capaz de suportar a interconexão entre nuvens públicas, privadas e
múltiplas. Como destacado por Chen et al. (2023), a utilização de tecnologias como
SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network) e soluções de interconexão direta
entre data centers podem desempenhar um papel fundamental na garantia da
conectividade e no fornecimento de desempenho otimizado em ambientes
multicloud.
Além da conectividade, a segurança emerge como uma preocupação
premente na gestão de arquiteturas multicloud. A dispersão de dados sensíveis em
múltiplos ambientes de nuvem requer a implementação de medidas abrangentes de
proteção, que vão desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de
políticas de acesso rigorosas. Conforme observado por Patel et al. (2022), a adoção
de soluções de segurança baseadas em inteligência artificial e aprendizado de
máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra ameaças cibernéticas em
ambientes multicloud, garantindo a integridade e a confidencialidade dos dados.
No que tange à escalabilidade, as arquiteturas multicloud oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. Através da distribuição
estratégica de cargas de trabalho entre diferentes provedores de nuvem, é possível
34
alcançar uma escalabilidade dinâmica e uma utilização eficiente dos recursos
disponíveis. Como ressaltado por Dinh et al. (2021), a utilização de estratégias de
balanceamento de carga e autoescalonamento automático pode otimizar o
desempenho e garantir uma resposta ágil às demandas do ambiente.
Outro aspecto crucial a ser considerado na gestão de arquiteturas multicloud
é a interoperabilidade entre os diversos provedores de nuvem. A padronização de

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protocolos e interfaces desempenha um papel fundamental na facilitação da


integração e na garantia da portabilidade de aplicativos e dados entre plataformas
heterogêneas. Conforme destacado por Wang et al. (2023), a adoção de padrões
abertos e o uso de APIs bem definidas são essenciais para promover a
interoperabilidade e evitar o aprisionamento do fornecedor em ambientes multicloud.
Em síntese, as arquiteturas multicloud representam uma abordagem
estratégica para a gestão de infraestruturas de TI na era digital, oferecendo uma
combinação única de flexibilidade, segurança e escalabilidade. Através da adoção
de arquiteturas de rede robustas e estratégias de gerenciamento eficazes, as
organizações podem maximizar o valor de seus investimentos em nuvem,
impulsionando a inovação e a competitividade no mercado global.
3.3 DESAFIOS NA SINCRONIZAÇÃO DE REDES DIVERSIFICADAS
A integração de redes diversificadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud apresenta uma série de desafios significativos, exigindo uma abordagem
cuidadosa e estratégica para garantir a sincronização eficiente e a interoperabilidade
entre os diversos componentes. Esta análise busca explorar os obstáculos
encontrados na sincronização de redes heterogêneas e as estratégias para superá-
los, visando a eficiência, segurança e escalabilidade das infraestruturas digitais.
Um dos desafios fundamentais na sincronização de redes diversificadas é a
disparidade de protocolos e tecnologias utilizadas em diferentes ambientes de
nuvem. A coexistência de infraestruturas públicas, privadas e múltiplas muitas vezes
implica a utilização de tecnologias distintas, tornando a interoperabilidade entre elas
uma tarefa complexa. Conforme observado por Santos et al. (2022), a falta de
35
padronização e a heterogeneidade de interfaces podem dificultar a integração
harmoniosa das redes, prejudicando a eficiência operacional.
Além disso, a variação na qualidade e desempenho das conexões de rede
entre os provedores de nuvem pode impactar negativamente na sincronização e na
transferência de dados entre os ambientes. A latência, a largura de banda e a
confiabilidade das conexões podem variar significativamente, afetando a
consistência e a disponibilidade dos serviços hospedados na nuvem. Como
ressaltado por Chen et al. (2023), a gestão eficaz da qualidade de serviço (QoS) e a
otimização de rotas de rede são essenciais para mitigar os efeitos adversos das
disparidades de desempenho (Figura 7).
Fonte: Tapajós, 2012.
Outro desafio importante na sincronização de redes diversificadas é a
garantia da segurança dos dados transmitidos entre os diferentes ambientes de
nuvem. A dispersão de informações sensíveis em múltiplas plataformas aumenta o
risco de exposição a ameaças cibernéticas e violações de segurança. A
implementação de medidas robustas de proteção, como criptografia de ponta a
ponta e controle de acesso granular, é essencial para mitigar os riscos associados à
transferência de dados entre ambientes heterogêneos. Conforme destacado por
Patel et al. (2021), a utilização de soluções de segurança baseadas em inteligência
artificial e aprendizado de máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra

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ameaças em redes diversificadas.


Figura 7 - Redes Avançadas QOS
36
Além disso, a gestão eficaz da configuração e do provisionamento de
recursos de rede em ambientes de nuvem híbrida e multicloud apresenta desafios
adicionais. A automação de processos e a orquestração de recursos são essenciais
para garantir a consistência e a conformidade das configurações em toda a
infraestrutura. No entanto, a integração de ferramentas de gerenciamento de rede de
diferentes provedores e plataformas pode ser complexa e requer uma abordagem
cuidadosa para evitar conflitos e inconsistências. Como destacado por Dinh et al.
(2020), a utilização de padrões abertos e APIs bem definidas pode facilitar a
integração e o gerenciamento unificado de redes diversificadas.
Por fim, a sincronização de redes diversificadas em ambientes de nuvem
híbrida e multicloud apresenta desafios substanciais, que exigem uma abordagem
holística e estratégica para superá-los. Através da padronização de protocolos,
otimização de desempenho, implementação de medidas de segurança robustas e
automação de processos, as organizações podem garantir a eficiência, segurança e
escalabilidade de suas infraestruturas digitais, promovendo a inovação e a
competitividade no mercado global.
37
4. INTEGRAÇÃO DE NUVENS HÍBRIDAS E MULTICLOUD: O PAPEL DAS
REDES DE COMPUTADORES (17 PÁGINAS)
4.1 ALOCAÇÃO EFICIENTE DE RECURSOS EM AMBIENTES HÍBRIDOS E
MULTICLOUD
4.2 SEGURANÇA
4.2.1 Desafios Específicos de Segurança em Ambientes de Nuvem
4.2.2 Estratégias para Proteção de Dados e Comunicações
4.3 ESCALABILIDADE
4.4 DESENVOLVIMENTO DE INFRAESTRUTURAS HÍBRIDAS E MULTICLOUD
4.4.1 Estratégias para a Integração Eficiente
38
CONCLUSÃO (2 PÁGINAS)
39
REFERÊNCIAS
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Virtualization. 2019. Tese de Doutorado. Universidade de Lisboa (Portugal).
ALBUQUERQUE, Matheus Carvalho de; FREITAS, Marcio. Computação em Nuvem.
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https://www.redhat.com/pt-br/topics/cloud-computing/public-cloud-vs-private-
cloud-and-hybrid-cloud
https://docs.oracle.com/pt-br/solutions/learn-about-multicloud-arch-framework/cloud-
network-access1.html#GUID-E83EB56E-9DDC-4E5C-959F-57F79415223A

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=================================================================================
Arquivo 1: capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Arquivo 2: https://www.hostinger.com.br/tutoriais/o-que-e-vpn (2992 termos)
Termos comuns: 46
Similaridade: 0,47%
O texto abaixo é o conteúdo do documento capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.hostinger.com.br/tutoriais/o-
que-e-vpn (2992 termos)

=================================================================================
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA ? PREFEITO HIRANT SANAZAR
Redes De Computadores
OSASCO
2024
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
OSASCO
2024
Trabalho de Graduação apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Osasco -
?Prefeito Hirant Sanazar? como requisito
parcial para a obtenção do título de
Tecnólogo em REDES DE
COMPUTADORES, sob a orientação do(a)
Professor(a) Adalberto de Freitas Camargo.
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
TERMO DE APROVAÇÃO DIGITALIZADA
DEDICATÓRIA
RESUMO
Palavras-chave:
ABSTRACT
Keywords:

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
1.1 PROBLEMÁTICA
........................................................................................................................................8
1.2 HIPÓTESE
..................................................................................................................................................8
1.3 JUSTIFICATIVA
..........................................................................................................................................8
1.4 OBJETIVOS
................................................................................................................................................9
1.4.1 Geral...............................................................................................................................................9
1.4.2 Específicos.......................................................................................................................................9
1.5 METODOLOGIA
.......................................................................................................................................10
2. CAP.......................................................................................................................13
71 INTRODUÇÃO
A revolução na gestão e utilização de recursos computacionais, impulsionada
pela era digital, representa uma transformação abrangente no modo como as
organizações enfrentam os desafios contemporâneos. Nesse contexto dinâmico, a
resposta inovadora das empresas modernas às crescentes demandas e
complexidades é evidenciada pela adoção de infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. O amalgamamento estratégico de recursos provenientes de nuvem
multicloud e nuvem híbrida visa proporcionar às organizações uma resposta ágil e
adaptável às exigências do ambiente empresarial em constante evolução.
Ao reunir esses recursos diversificados, as organizações buscam conquistar
uma maior flexibilidade operacional, eficiência aprimorada e uma capacidade
robusta de adaptação. A pesquisa em questão assume o desafio de realizar uma
análise abrangente das arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento
aplicadas nesses ambientes integrados.
Dessa forma, ao unir os recursos de nuvem multicloud e nuvem híbrida, as
organizações almejam atingir um nível mais elevado de flexibilidade, eficiência
operacional e capacidade de adaptação diante das exigências em constante
mudança. Este cenário de integração de plataformas distintas levanta a necessidade
premente de uma análise aprofundada das arquiteturas de rede e estratégias de
gerenciamento empregadas nesses ambientes complexos.
Esta pesquisa visa não apenas compreender, mas também ir além,
explorando formas inovadoras de otimizar eficiência, reforçar a segurança e
aprimorar a escalabilidade nesse contexto multifacetado. Ao abordar esses desafios,
o estudo posiciona-se como um contribuinte significativo para o avanço no
entendimento e na implementação de práticas mais avançadas e adaptáveis no
gerenciamento desses ambientes dinâmicos e interconectados.
Este estudo visa, assim, contribuir para o desenvolvimento de abordagens
mais sofisticadas e adaptáveis no gerenciamento desses ambientes complexos e
dinâmicos.

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81.1 PROBLEMÁTICA
O aumento significativo no uso de ambientes de nuvem híbrida e multicloud
impõem desafios consideráveis as redes de computação. A integração eficiente de
plataformas distintas, a garantia da segurança da informação e a otimização dos
recursos de rede representam obstáculos complexos e multifacetados.
Nesse contexto, surge a necessidade premente de compreender
profundamente o papel das redes de computadores nesses ambientes dinâmicos. A
questão central que norteia esta pesquisa é: Como as redes de computadores
podem ser estruturadas e gerenciadas de maneira a aperfeiçoar a eficiência, a
segurança e a escalabilidade em infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud?
1.2 HIPÓTESE
A hipótese desta pesquisa é que, por meio de uma análise aprofundada das
arquiteturas de rede e das estratégias de gerenciamento, é possível otimizar a
eficiência operacional, reforçar a segurança da informação e promover
escalabilidade em ambientes que integram nuvens públicas, privadas e múltiplas.
1.3 JUSTIFICATIVA
A crescente complexidade e a rápida evolução do cenário tecnológico
demandam uma análise aprofundada sobre como as redes de computadores
desempenham um papel relevante no suporte a infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. Nesse sentido, à medida que organizações adotam modelos integrados
de nuvem para atender às suas necessidades operacionais, surge a necessidade
premente de compreender não apenas os benefícios, mas também os desafios
associados a essas arquiteturas complexas.
A relevância deste estudo estende-se além do ambiente acadêmico,
impactando diretamente as práticas e decisões nas organizações contemporâneas.
Ao compreendermos melhor como as redes de computadores se articulam e
influenciam infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud, é possível fornecer
9respostas a questões críticas enfrentadas por profissionais da área. Essas
respostas, por sua vez, têm o potencial de aperfeiçoar a eficiência operacional, a
segurança da informação e a escalabilidade, aspectos vitais para o sucesso e a
sustentabilidade das operações de redes.
Além disso, ao abordar diretamente os desafios práticos enfrentados pelas
organizações na adoção de ambientes de nuvem integrada, esta pesquisa pode
auxiliar a gestores que buscam implementar estratégias mais eficazes. A
compreensão aprofundada das nuances dessas arquiteturas complexas pode
catalisar a inovação e informar decisões informadas, promovendo assim uma
integração mais eficiente e segura de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
Dessa forma, a relevância deste estudo transcende a esfera acadêmica,
oferecendo uma contribuição prática e tangível para aqueles envolvidos no campo
de rede de computadores, alinhando-se com as demandas emergentes do cenário
corporativo contemporâneo.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Geral
Analisar as arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em

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ambientes de nuvem híbrida e multicloud, identificando oportunidades de otimização


para eficiência, segurança e escalabilidade.
1.4.2 Específicos
? Investigar as principais problemáticas enfrentadas por nuvem multicloud e
nuvem híbrida;
? Propor estratégias de gerenciamento de rede para otimização da eficiência
operacional;
? Avaliar as medidas de segurança adotadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud.
10
1.5 METODOLOGIA
A metodologia empregada neste trabalho de conclusão de curso
fundamentou-se em uma abordagem de pesquisa bibliográfica, conduzida por meio
de uma revisão sistemática da literatura. A execução dessa revisão envolveu uma
leitura exploratória de resumos e títulos de obras relevantes, com o intuito de avaliar
a pertinência e contribuição desses materiais à temática central do estudo.
A coleta de dados para este estudo foi conduzida por meio de uma pesquisa
bibliográfica abrangente, abarcando fontes diversas, como livros, revistas
especializados e periódicos online. Além disso, consultas a pesquisas científicas
consolidadas foram realizadas para assegurar a abrangência e profundidade do
levantamento de informações. O critério de leitura exploratória de resumos e títulos
foi aplicado de forma criteriosa para avaliar a pertinência das obras em relação ao
âmago da pesquisa.
No sentido de ampliar a cobertura e qualidade da pesquisa, a seleção de
estudos foi orientada para bases de dados reconhecidas no contexto de
infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud. Nesse sentido, foram exploradas
plataformas como IEEE Xplore, ACM Digital Library e SpringerLink e Google
Acadêmico, buscando incluir perspectivas abrangentes e atualizadas sobre o tema
em questão.
As palavras-chave adotadas para orientar a pesquisa refletiram a
complexidade e abrangência da temática, incluindo termos como "Infraestruturas de
Nuvem Híbrida", "Multicloud", "Arquiteturas de Rede", "Estratégias de
Gerenciamento", "Eficiência", "Segurança" e "Escalabilidade". Essa escolha
estratégica de palavras-chave visa abarcar os diversos aspectos e nuances
relacionados aos ambientes integrados de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
O material utilizado para análise e revisão consistiu principalmente em artigos
científicos, conferências e livros especializados, enfocando a viabilidade técnica das
arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em contextos de nuvem híbrida
e multicloud. Essa abordagem proporcionou uma base sólida e diversificada para a
construção do conhecimento neste campo de estudo.
Os critérios de inclusão estabeleceram a seleção de artigos científicos
publicados no Brasil, compreendidos no intervalo temporal entre 2014 e 2023, em
formato de texto completo. Em contrapartida, foram excluídos artigos científicos não
11

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disponíveis integralmente e materiais que não estavam alinhados com a temática


central do trabalho. Esses critérios foram aplicados para assegurar a qualidade e
pertinência dos estudos incorporados à revisão bibliográfica.
12
2. COMPUTAÇÃO EM NUVEM
O presente capítulo deste trabalho se dedica à exploração aprofundada do
conceito e da diversidade de modelos de Computação em Nuvem (Cloud
Computing). Este campo emergente na tecnologia da informação tem transformado
radicalmente a maneira como os recursos computacionais são concebidos,
provisionados e utilizados. A Computação em Nuvem transcende as limitações dos
modelos tradicionais, permitindo acesso remoto a uma variedade de aplicações e
serviços, independentemente de localização geográfica ou plataforma de
hardware.
2.1. Definição de Computação em Nuvem
A ascensão da computação em nuvem constitui uma tendência notável,
manifestando-se após a transição comercial da Internet ocorrida em 1995. Nesse
momento, a Internet já havia se consolidado como uma rede global de comunicação
de dados multimídia, estabelecendo conexões entre a maioria das instituições de
ensino superior e centros de pesquisa em escala mundial (ZUFFO et al., 2013).
Posto isto, a computação em nuvem, também conhecida como Cloud
Computing, constitui um inovador paradigma computacional que viabiliza ao usuário
final o acesso remoto a uma ampla gama de aplicações e serviços,
independentemente de sua localização e plataforma, mediante a utilização de um
terminal conectado à nuvem1 (TAURION, 2019).
A metáfora da nuvem, com sua conotação de um ambiente desconhecido
cujo início e fim são perceptíveis, revelam-se apropriadamente empregada
na nomenclatura desse novo modelo. Neste contexto, a infraestrutura e os
recursos computacionais permanecem virtualmente ocultos, com o usuário
interagindo por meio de uma interface padronizada, por meio da qual são
disponibilizadas diversas aplicações e serviços (SANTOS, 2018, p. 38).
1 A computação em nuvem teve sua origem em 2006, quando Eric Schmidt, da Google, abordou a
gestão dos data centers em uma palestra. Atualmente, ela representa o epicentro de um movimento
que provoca mudanças substanciais no panorama tecnológico. Nesse contexto, a metáfora da nuvem
simboliza a internet ou a infraestrutura de comunicação entre os componentes arquiteturais,
fundamentada em uma abstração que esconde a complexidade subjacente. Cada componente dessa
infraestrutura é oferecido como serviço e geralmente alocado em data centers que utilizam recursos
de hardware compartilhado para computação e armazenamento.
13
Um criterioso relatório elaborado pela Gartner, destacando a computação em
nuvem como a vanguarda na esfera da tecnologia estratégica, enfatizou de maneira
contundente sua proeminência, consolidando-se como uma tendência incontestável
na indústria, ao estabelecer formalmente sua definição:
A computação em nuvem é uma forma especializada de computação
distribuída que introduz modelos de utilização para o provisionamento

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remoto de recursos escaláveis e mensuráveis. [...] É um estilo de


computação no qual capacidades escaláveis e elásticas habilitadas para TI
(serviços, software ou infraestrutura) são entregues como serviço a clientes
externos usando tecnologias da Internet (BRODKIN, 2008, p. 39).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem é um paradigma que
implica a disponibilização de recursos computacionais, como armazenamento,
processamento, redes e software, por meio da Internet. Esses recursos são
acessíveis e utilizáveis remotamente, permitindo que os usuários aproveitem os
serviços oferecidos por provedores de nuvem, eliminando a dependência de
recursos locais ou servidores físicos para atender às suas demandas
computacionais.
A computação em nuvem, em uma conceituação mais abrangente,
representa um paradigma de infraestrutura que viabiliza a implementação do
Software como Serviço (SaaS). Este paradigma engloba um extenso conjunto de
serviços acessíveis pela web, destinados a disponibilizar funcionalidades que,
anteriormente, demandavam consideráveis investimentos em hardware e software.
O funcionamento da computação em nuvem ocorre por meio de um modelo de
pagamento baseado no uso, permitindo uma abordagem mais flexível e eficiente em
termos de custos (OLIVEIRA et al., 2020).
Este modelo de computação transcende as limitações tradicionais,
oferecendo capacidades escaláveis e elásticas relacionadas às tecnologias da
informação. Essas capacidades são disponibilizadas como serviços aos usuários
finais por meio da internet. Essa definição, amplamente reconhecida, é
compartilhada pelo grupo Gartner, destacando a essência da computação em
nuvem como uma inovação que proporciona agilidade, acessibilidade e economia,
transformando fundamentalmente a forma como recursos computacionais são
provisionados e consumidos (TAURION, 2019).
É importante ressaltar que a representação simbólica da nuvem reside na
internet, composta por uma infraestrutura de comunicação que engloba hardwares,
14
softwares, interfaces, redes de telecomunicação, dispositivos de controle e
armazenamento, permitindo a entrega de serviços computacionais. Para
implementar esse modelo, é imperativo consolidar todas as aplicações e dados dos
usuários em extensos centros de armazenamento denominados data centers. Após
essa consolidação, a infraestrutura e as aplicações dos usuários são distribuídas
como serviços acessíveis pela internet (SANTOS, 2018).
Segundo Oliveira et al. (2020), um elemento para a compreensão deste
modelo de computação diz respeito aos intervenientes da nuvem, que podem ser
categorizados em três grupos distintos: o provedor de serviço, o desenvolvedor e o
usuário.
Segundo Santos (2018), o provedor assume a responsabilidade de
disponibilizar, gerenciar e monitorar integralmente a infraestrutura da nuvem. Por
sua vez, Taurion (2019) explica que o desenvolvedor deve possuir a habilidade de
fornecer serviços destinados ao usuário final, baseando-se na infraestrutura

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disponibilizada. O usuário final, representa o consumidor que utilizará os recursos


oferecidos pelo cloud computing.
A computação em nuvem, por conseguinte, configura-se como um novo
modelo de serviço inovador, capacitado para prover uma diversidade de serviços,
incluindo processamento, infraestrutura e armazenamento de dados, exclusivamente
por meio da internet (TAURION, 2019). Para que um data center possa ser chamado
de Cloud Computing, é necessário atender a algumas características essenciais, a
saber.
2.2. Características
A convergência de diversas tecnologias essenciais capacita a computação em
nuvem a oferecer serviços de maneira transparente aos usuários, entre outras
funcionalidades e particularidades. Campos tecnológicos de suma importância nessa
convergência abrangem o hardware, com ênfase na capacidade de virtualização; as
tecnologias de internet, como a Web 2.0 e os serviços web; o gerenciamento de
sistemas, incluindo a computação independente (autonomic computing) e a
automação de gerenciamento e manutenção de data centers; além da computação
distribuída, com especial atenção para a utility & grid computing.
15
2. 2.1. Elasticidade e Escalonamento
A computação em nuvem proporciona a ilusão de recursos computacionais
infinitos disponíveis para utilização. Nesse contexto, os usuários antecipam que a
nuvem seja capaz de fornecer rapidamente recursos em qualquer quantidade e a
qualquer momento. A expectativa é que recursos adicionais sejam disponibilizados,
possivelmente de maneira automática, em períodos de aumento da demanda, e
retidos durante reduções nessa demanda (OLIVEIRA et al., 2020).
Segundo Santos (2018), recursos podem ser adquiridos de forma rápida e
elástica, muitas vezes automaticamente, caso haja necessidade de escalar com o
aumento da demanda, e liberados durante a redução dessa demanda. Aos usuários,
os recursos disponíveis para uso parecem ser ilimitados e podem ser adquiridos em
qualquer quantidade e a qualquer momento. A virtualização (criação de ambientes
virtuais com o propósito de abstrair características físicas do hardware) desempenha
um papel fundamental na característica de elasticidade rápida da computação em
nuvem.
2.2.2. Self-Service sob demanda
Os usuários têm a capacidade de adquirir unilateralmente recursos
computacionais, como tempo de processamento no servidor ou armazenamento na
rede, à medida que necessitam, sem a necessidade de interação humana com os
provedores de cada serviço. Numa nuvem, tanto o hardware quanto o software
podem ser automaticamente reconfigurados, apresentando essas modificações de
maneira transparente para os usuários (SANTOS, 2018).
2.2.3. Faturamento e medição por uso
Dado que o usuário pode requisitar e utilizar apenas a quantidade de recursos
e serviços considerada necessária, os serviços devem ser precificados com base em
um uso de curta duração, como, por exemplo, medido em horas de utilização.

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Portanto, as nuvens devem implementar recursos que assegurem um comércio


16
eficiente de serviços, incluindo tarifação adequada, contabilidade, faturamento,
monitoramento e otimização do uso (OLIVEIRA et al., 2020).
Essa medição automática do uso dos recursos deve abranger diferentes tipos
de serviços oferecidos (armazenamento, processamento e largura de banda) e ser
prontamente reportada, promovendo uma maior transparência comercial (SANTOS,
2018).
2.2.4. Customização
Atendendo a múltiplos usuários, observa-se uma grande disparidade em suas
necessidades, tornando essencial a capacidade de personalização dos recursos da
nuvem, abrangendo desde serviços de infraestrutura até serviços de plataforma e
software (SANTOS, 2018).
2.2.5. Amplo acesso à rede
Os recursos estão disponíveis por meio da rede e acessados através de
mecanismos que promovem padrões utilizados por plataformas heterogêneas, como
telefones celulares, laptops e PDAs. A interface de acesso à nuvem não exige que
os usuários modifiquem suas condições e ambientes de trabalho, como linguagens
de programação e sistemas operacionais (SANTOS, 2018).
2.2.6 Pooling de Recursos
Os provedores de recursos de computação são agrupados para atender a
vários consumidores através de um modelo multi-inquilino (modelo de software onde
uma única instância roda no servidor e permite atender a múltiplas requisições de
diferentes usuários), com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos
dinamicamente, de acordo com a demanda do consumidor (ALBUQUERQUE;
FREITAS, 2021).
17
Existe um senso de independência local, no qual o cliente geralmente não
tem controle ou conhecimento sobre a localização exata dos recursos
disponibilizados, mas pode especificar o local em um nível mais abstrato, como país,
estado ou data center. Exemplos de recursos incluem armazenamento,
processamento, memória, largura de banda de rede e máquinas virtuais (SANTOS,
2018).
2.2.7. Serviço Medido
Sistemas em nuvem gerenciam e otimizam automaticamente a utilização de
recursos, tirando proveito da capacidade de medição em um nível de abstração
adequado para o tipo de serviço. O uso de recursos é monitorado, controlado e
registrado, estabelecendo transparência entre o provedor e o consumidor (SANTOS,
2018).
A abordagem em nível de serviço SLA, que oferece informações sobre os
níveis de disponibilidade, funcionalidade, desempenho e possíveis penalidades em
caso de violação desses parâmetros, pode ser implementada para assegurar a
eficiência do serviço (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021). É imperativo destacar que
existem três modelos principais de serviço na computação em nuvem, conforme

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segue.
2.3. Camadas de Arquitetura e tipos de nuvem
Os serviços de computação em nuvem se distribuem em três classes,
considerando o nível de abstração do recurso fornecido e o modelo de serviço do
provedor. O nível de abstração representa a camada de arquitetura onde os serviços
das camadas superiores podem ser compostos pelos serviços das camadas
inferiores (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem representa uma
paradigmática distribuição de recursos na forma de serviços, transformando
radicalmente a entrega de soluções tecnológicas. Essa abordagem inovadora
proporciona uma organização tripartida, subdividindo a Computação nas Nuvens em
três modelos distintos: Infraestrutura como Serviço (IaaS); Plataforma como Serviço
18
(PaaS); e Software como Serviço (SaaS), na camada superior, conforme ilustrado na
Figura 1.
Figura 1: Representação dos modelos de serviços
Fonte: https://fabriciorhs.files.wordpress.com/2010/09/cloud_computing.pdf
IaaS: Fornece acesso a recursos de infraestrutura virtualizada, como
máquinas virtuais, redes e armazenamento. Os usuários têm controle sobre o
sistema operacional, aplicativos e configurações, enquanto o provedor de nuvem
gerencia a infraestrutura subjacente (TAURION, 2019);
PaaS: Oferece uma plataforma de desenvolvimento completa, incluindo
ferramentas, bibliotecas e serviços necessários para desenvolver, testar e implantar
aplicativos sem se preocupar com a infraestrutura subjacente (TAURION,
2019);
SaaS: Fornece aplicativos de software totalmente desenvolvidos e prontos
para uso, acessíveis por meio da Internet. Os usuários podem utilizar o software
sem se preocupar com manutenção, atualizações ou gerenciamento da
infraestrutura.
Em síntese, a computação em nuvem representa uma revolução no
paradigma de prestação de serviços de TI. A estrutura em camadas, composta por
Infraestrutura como IaaS, PaaS e SaaS, oferece uma abordagem abrangente e
19
escalável para atender às necessidades variadas dos usuários (TAURION,
2019).
2.4. Compreensão das Nuvens Pública, Privada e Hibrida
2.4.1. Nuvem pública
A implementação da computação em nuvem por meio de nuvens públicas é a
modalidade mais amplamente adotada. Nesse contexto, os recursos de nuvem,
como servidores e armazenamento, são propriedade de um provedor de serviços de
nuvem externo, sendo geridos e fornecidos por meio da Internet. Na nuvem pública,
toda a infraestrutura, incluindo hardware, software e suporte, é exclusivamente de
responsabilidade e administração do provedor de nuvem (ZUFFO et al., 2013). O
Microsoft Azure exemplifica de forma destacada uma nuvem pública.

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Ao selecionar uma nuvem pública, ocorre o compartilhamento de dispositivos


de hardware, armazenamento e rede com outras organizações ou "locatários" da
nuvem. A utilização de serviços e a gestão da conta são realizadas por meio de um
navegador da web. As implantações de nuvem pública são frequentemente
empregadas para disponibilizar serviços como e-mail baseado na web, aplicativos
de escritório online, armazenamento e ambientes de desenvolvimento e teste
(TAURION, 2009).
2.4.2. Nuvem privada
Uma nuvem privada constitui-se de recursos de computação em nuvem
destinada exclusivamente ao uso de uma única empresa ou organização. Essa
configuração pode ser implementada localmente no datacenter da entidade ou
hospedada por um provedor de serviços terceirizado (TAKABI, 2010). Entretanto,
vale destacar que, em uma nuvem privada, os serviços e a infraestrutura
permanecem integralmente na rede privada, e tanto o hardware quanto o software é
dedicado exclusivamente à referida organização (ERL et al., 2013).
A característica distintiva da nuvem privada reside na capacidade da
organização em personalizar seus recursos de maneira mais eficaz para atender a
requisitos específicos de TI (THOMAS et al., 2013). Para Meza 92014),
20
frequentemente adotadas por entidades governamentais, instituições financeiras e
outras organizações de grande porte com operações críticas para os negócios, as
nuvens privadas visam aprimorar o controle sobre seu ambiente operacional. Este
modelo oferece maior flexibilidade e adequação às necessidades particulares,
proporcionando um ambiente customizado que atenda eficientemente aos requisitos
específicos de cada entidade.
Figura 2: Nuvem Privada
Fonte: https://comoaprenderwindows.com.br/infraestrutura/o-que-e-uma-nuvem-privada/
Conforme exposto, a nuvem privada é uma modalidade de serviços de
computação oferecidos pela Internet ou por uma rede interna privada, sendo
acessível exclusivamente a usuários selecionados, em contraste com o público em
geral. Também conhecida como nuvem interna ou corporativa, ela proporciona
benefícios semelhantes aos da nuvem pública, como autoatendimento,
escalabilidade e elasticidade.
No entanto, diferencia-se ao oferecer maior controle e personalização por
meio de recursos dedicados em uma infraestrutura local. Destaca-se por
proporcionar um nível superior de segurança e privacidade, garantidos por firewalls
internos e hospedagem própria, assegurando que dados confidenciais não sejam
acessíveis a terceiros. Uma desvantagem reside na responsabilidade do
21
departamento de TI pela gestão da nuvem privada, o que implica custos e
responsabilidades comparáveis aos de um data center tradicional (MEZA, 2024).
2.4.3. Nuvem híbrida
A nuvem híbrida representa uma fusão estratégica de dois ou mais tipos
distintos de ambientes de nuvem. Essa configuração abrange a combinação de

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nuvens públicas e privadas, podendo ainda incorporar uma infraestrutura local já


existente. Para que uma nuvem seja verdadeiramente híbrida, é imperativo que
esses diversos ambientes de nuvem estejam profundamente interligados, operando
de maneira essencial como uma única infraestrutura integrada. É comum que
praticamente todas as nuvens híbridas contemplem pelo menos uma nuvem pública
em sua composição (SANTOS, 2023).
Para Oliveira (2016), a abordagem da nuvem híbrida emerge como uma
solução estratégica que capitaliza as vantagens oferecidas tanto pelas nuvens
públicas quanto pelas privadas. Essa integração visa otimizar a flexibilidade,
oferecendo uma resposta eficaz às demandas variáveis e aos requisitos específicos
de cada organização. A capacidade de orquestrar recursos de diferentes ambientes
de nuvem confere uma adaptabilidade relevante às organizações, permitindo-lhes
alcançar um equilíbrio personalizado entre controle, segurança e escalabilidade.
Figura 3: Nuvem híbrida
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-hybrid-cloud/
22
Uma nuvem híbrida combina efetivamente tecnologias distintas para otimizar
eficiência e funcionalidade. Semelhante ao funcionamento de carros híbridos, que
integram motores a gasolina e elétricos para obter eficiência e potência, as nuvens
híbridas combinam vantagens de diferentes ambientes em nuvem (RODRIGUES et
al., 2015).
Segundo Oliveira (2016), essas nuvens têm diversas aplicações, permitindo
que organizações usem nuvens privadas e públicas para diferentes serviços, backup
ou gestão de picos de demanda. Ambientes de nuvem híbrida oferecem flexibilidade
ao executar aplicativos em diversos ambientes, incluindo nuvens públicas, privadas
e locais, atendendo às necessidades específicas da empresa.
Ademais, as soluções de nuvem híbrida facilitam a migração e gestão de
cargas de trabalho entre ambientes, possibilitando configurações mais versáteis.
Essa abordagem é comum atualmente devido à não dependência exclusiva de uma
única nuvem pública (TAURION¸2019).
Para Santos (2023), organizações adotam plataformas de nuvem híbrida para
reduzir custos, minimizar riscos e expandir recursos, sustentando esforços de
transformação digital. Essa configuração é uma das infraestruturas mais
prevalentes, permitindo a transição gradual de aplicativos e dados durante
migrações para a nuvem. Ambientes híbridos possibilitam o uso contínuo de
serviços locais e a flexibilidade oferecida por provedores de nuvem pública, como o
Google Cloud.
2.4.3.1 Funcionamento da Nuvem híbrida
Conforme mencionado anteriormente, as nuvens híbridas representam uma
fusão de recursos e serviços provenientes de dois ou mais ambientes distintos de
computação. Para as arquiteturas de nuvem híbrida funcionar eficientemente, é
essencial a integração, orquestração e coordenação para possibilitar o
compartilhamento, alteração e sincronização ágil de informações (TAURION¸2019).
A base de uma implantação bem-sucedida de nuvem híbrida reside em uma

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rede robusta. A interconectividade entre esses ambientes frequentemente é


estabelecida por meio de redes locais (LAN), redes de longa distância (WAN), redes
23
privadas virtuais (VPNs) e interfaces de programação de aplicativos (APIs) (MEZA,
2024).
Santos (2023), explica que assim como em outras arquiteturas de
computação em nuvem, as plataformas de nuvem híbrida fazem uso das tecnologias
de virtualização, conteinerização e armazenamento e rede definida por software
para abstrair e consolidar recursos. Através de softwares de gerenciamento
dedicados, as organizações conseguem alocar recursos e possibilitar o
provisionamento sob demanda em ambientes diversos.
2.5. Nuvem Multicloud
Segundo Santos et al. (2021), a abordagem Multicloud é caracterizada pelo
uso de serviços e recursos de nuvem fornecidos por múltiplos provedores, em
contraste com a dependência exclusiva de um único provedor de nuvem. Essa
estratégia permite que organizações selecionem os serviços mais adequados às
suas necessidades específicas, beneficiem-se da redundância e evitem a
dependência exclusiva de um único fornecedor.
Figura 4: Nuvem Multicloud
24
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-multicloud/
Conforme Figura acima, Multicloud é à utilização de várias nuvens públicas
por uma empresa. Em uma configuração de multinuvem, a empresa incorpora
nuvens públicas de mais de um provedor, ao invés de depender de um único
fornecedor para hospedagem em nuvem, armazenamento e pilha completa de
aplicativos. Segundo Santos (2023), essa abordagem oferece flexibilidade e
diversidade de fornecedores, sendo útil para diversos propósitos, como redundância,
backup do sistema e integração de diferentes serviços de nuvem, incluindo IaaS,
PaaS e SaaS.
Sob outra perspectiva, um ambiente Multicloud refere-se à prática de utilizar
múltiplos serviços de computação em nuvem dentro de uma arquitetura única e
heterogênea. Seu propósito principal é reduzir a dependência de fornecedores
individuais, proporcionando maior flexibilidade por meio de uma ampla gama de
opções disponíveis (ALALUNA¸2019).
25
Por exemplo, uma empresa que utiliza os serviços de armazenamento de
dados da Amazon Web Services (AWS), os recursos de computação da Microsoft
Azure e as soluções de inteligência artificial do Google Cloud Platform estão
adotando uma abordagem multicloud. A combinação desses serviços permite à
empresa otimizar seus custos, aumentar sua flexibilidade e agilidade de sua
infraestrutura de TI (MEZA, 2024).
Além disso, a natureza Multicloud pode abranger a incorporação de nuvens
públicas, privadas e de borda para alcançar os objetivos da empresa. Em outras
palavras, trata-se da integração de operações locais com aplicações e serviços

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executados em diversos provedores de nuvem pública. Essa abordagem permite


que as empresas capitalizem os benefícios distintos oferecidos por cada plataforma,
ao mesmo tempo em que mitigam eventuais desvantagens associadas a uma única
nuvem (ALALUNA¸2019).
Para Paraiso et al. (2012), diferentemente da abordagem de nuvem híbrida,
que envolve a combinação de diferentes modos de implantação (como público,
privado e legado) em uma única infraestrutura, o Multicloud se concentra na
utilização de diversos serviços em nuvem de diferentes provedores,
independentemente do modelo de implementação utilizado. Essa distinção enfatiza
a diversidade e a variedade de opções disponíveis para as organizações que
adotam estratégias de Multicloud.
Ressalva-se que para Meza (2024), uma solução Multicloud integra serviços
de infraestrutura como serviço (IaaS), plataforma como serviço (PaaS) e software
como serviço (SaaS) em uma arquitetura que pode variar em termos de
acoplamento, podendo ser bastante ou pouco acoplada. Isso significa que a
arquitetura Multicloud pode ser projetada para oferecer diferentes níveis de
integração entre os serviços e provedores de nuvem, incluindo:
a) Rede: A integração eficiente de serviços de diferentes provedores requer uma
rede robusta e flexível, capaz de fornecer conectividade confiável e de baixa
latência entre os ambientes de nuvem;
b) Desempenho: É essencial garantir que a solução Multicloud atenda aos
requisitos de desempenho das aplicações, distribuindo as cargas de trabalho
de forma eficiente e otimizando o uso dos recursos disponíveis em cada
provedor de nuvem;
26
c) Segurança: A segurança dos dados e das aplicações é uma prioridade
fundamental. Uma solução multicloud deve implementar práticas de
segurança consistentes em todos os ambientes de nuvem, incluindo controle
de acesso, criptografia de dados, monitoramento de ameaças e conformidade
regulatória;
d) Gerenciamento operacional: O gerenciamento eficaz de uma arquitetura
multicloud requer ferramentas e processos adequados para monitorar,
provisionar, escalar e melhorar os recursos de forma centralizada,
independentemente dos provedores de nuvem utilizados;
e) Custo total de propriedade (TCO): Uma solução multicloud deve ser avaliada
em termos de custo total de propriedade, considerando não apenas os custos
diretos dos serviços de nuvem, mas também os custos indiretos associados à
integração, gerenciamento e suporte (MEZA, 2024).
Ao considerar esses aspectos e aplicar as melhores práticas de design e
operação, uma solução multicloud pode proporcionar benefícios consideráveis em
termos de flexibilidade e eficiência operacional para seus usuários. Essa abordagem
estratégica permite a otimização dos recursos disponíveis, a adaptação a demandas
variáveis e a maximização da infraestrutura, refletindo diretamente em ganhos de
produtividade e performance para as organizações (OLIVEIRA et al., 2020).

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2.5.1 Como Funciona a Nuvem Multicloud


A implementação de uma arquitetura de nuvem multicloud demanda a
integração de diversos serviços e plataformas de nuvem por meio de APIs
(interfaces de programação de aplicativos) e ferramentas de gerenciamento de
nuvem. Esta abordagem permite distribuir diferentes cargas de trabalho entre
provedores de nuvem distintos, tirando proveito de suas respectivas vantagens e
recursos (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Essa integração é realizada por meio de redes e conexões de comunicação,
como a internet ou redes privadas virtuais (VPNs), utilizando ferramentas como
27
APIs, contêineres e orquestradores de contêineres2, como Kubernetes3. Com a
nuvem multicloud, as organizações têm a liberdade de escolher os serviços
específicos de cada provedor que melhor atendam às suas necessidades, como
armazenamento de dados, computação, análise de dados e inteligência artificial (IA),
entre outros (TAURION, 2019).
Meza (2024), explica que essa flexibilidade proporciona a oportunidade de
otimizar o desempenho, a segurança e os custos, de acordo com os requisitos de
cada carga de trabalho. Além disso, a nuvem multicloud reduz a dependência de um
único provedor de nuvem, mitigando o risco de interrupções no serviço e
aprimorando as operações de TI (ALALUNA¸2019).
Em relação à rede, uma infraestrutura de nuvem multicloud requer uma rede
robusta e segura para facilitar a comunicação entre os diversos provedores de
nuvem, garantindo o desempenho e a segurança dos aplicativos e dados. Isso pode
envolver a implementação de conexões de rede privada dedicadas, como VPNs ou
conexões diretas, para garantir a conectividade confiável e de baixa latência entre os
diferentes ambientes de nuvem.
2.5.2 Infraestruturas de Nuvem Multicloud
As infraestruturas de nuvem multicloud referem-se à arquitetura de tecnologia
que permite a integração e operação de múltiplos provedores de nuvem em um
ambiente heterogêneo. Essas infraestruturas são fundamentais para viabilizar a
estratégia multicloud, oferecendo suporte à distribuição de cargas de trabalho e
recursos em diferentes plataformas de nuvem (ALALUNA¸2019).
Uma infraestrutura de nuvem multicloud bem projetada deve ser altamente
adaptável, capaz de lidar com os desafios e complexidades inerentes à operação em
2 Os contêineres são empregados para transportar aplicações em meio a uma infraestrutura
multicloud. Cada contêiner encapsula não apenas a aplicação em si, mas também suas bibliotecas
associadas, variáveis de ambiente e arquivos de configuração essenciais para a execução da
aplicação em qualquer ambiente operacional onde o contêiner seja implantado.
3 O Kubernetes é um sistema de orquestração de contêineres de código aberto que automatiza os
processos de implantação, dimensionamento e gerenciamento de aplicações em contêineres.
Inicialmente concebido pelo Google, o Kubernetes agora é mantido pela Cloud Native Computing
Foundation.
28
ambientes diversos (TAURION, 2019). Algumas características essenciais das

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infraestruturas de nuvem multicloud estarão na Tabela 1:


Tabela 1: Aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
Aspecto Descrição
Interconectividade
Permite a interconexão eficiente entre os diferentes provedores
de nuvem e suas soluções, garantindo interoperabilidade e
comunicação fluida na arquitetura multicloud.
Orquestração de
Recursos
Capacidade de gerenciar recursos de forma unificada,
automatizando processos como provisionamento,
escalonamento e balanceamento de carga em um ambiente
multicloud.
Segurança
Preocupação central em ambientes de nuvem, torna-se ainda
mais crítica na infraestrutura multicloud, exigindo recursos
avançados como criptografia, controle de acesso e
monitoramento de ameaças.
Gerenciamento de
Custos
Monitoramento e gestão centralizada dos custos associados a
diferentes provedores de nuvem e cargas de trabalho, visando
melhorar gastos e alocar recursos de forma eficiente.
Escalabilidade e
Elasticidade
Capacidade de dimensionar recursos dinamicamente para
atender às demandas variáveis de carga de trabalho,
oferecendo escalabilidade automática e sob demanda no
ambiente multicloud.
Fonte: Tarion (2019)
Após analisar os aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
representada pela Tabela 1, é possível observar a complexidade e a importância de
cada um desses elementos para garantir o funcionamento eficiente e seguro desse
ambiente. A interconectividade entre os provedores de nuvem é fundamental para a
interoperabilidade e comunicação fluida, enquanto a orquestração de recursos
permite a automação de processos fundamentais, como o provisionamento e
escalonamento.
Além disso, segundo Alaluna (2019), a segurança assume um papel ainda
mais crítico na infraestrutura multicloud, demandando recursos avançados de
proteção de dados e monitoramento de ameaças. O gerenciamento de custos é
essencial para melhorar os gastos e garantir uma alocação eficiente de recursos,
enquanto a escalabilidade e elasticidade permitem que as organizações
29
dimensionem seus recursos de acordo com as demandas variáveis de carga de

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trabalho. Portanto, ao considerar esses aspectos, as empresas podem construir e


manter uma infraestrutura multicloud robusta e adaptável, capaz de atender às
necessidades do negócio de forma eficaz e segura.
2.5.3 Das diferenças das infraestruturas de Nuvem Multicloud
Ao contrário da abordagem Multicloud, a Nuvem Híbrida não necessariamente
se baseia na utilização de serviços de diferentes fornecedores. Enquanto na
Multicloud uma empresa pode empregar nuvens públicas, privadas ou híbridas, a
Nuvem Híbrida tende a integrar ambientes de nuvem pública e privada, mantendo-os
interconectados (RODRIGUES et al., 2015).
Posto isto, as principais distinções entre essas duas soluções residem no
escopo de tecnologias disponíveis e na dependência de fornecedores únicos. Na
prática, a abordagem Multicloud oferece uma variedade mais ampla de opções
tecnológicas, permitindo que a empresa não se restrinja a um único fornecedor, uma
vez que os serviços são adquiridos de diferentes prestadores (TAURION, 2019).
Haja vista, em consonância com Santos et al. (2021), com o crescimento
contínuo da oferta de serviços em nuvem, a diversificação de provedores se
expandiu ainda mais, tornando o gerenciamento da infraestrutura de nuvem mais
complexo e desafiador. Essa complexidade adicional aumentou a necessidade de
cuidados na gestão e na integração dos serviços de nuvem.
É importante ressaltar que as abordagens de Multicloud e Nuvem Híbrida são
mutuamente exclusivas: não é viável implementar ambas simultaneamente, pois as
nuvens estarão interconectadas na Nuvem Híbrida, enquanto na Multicloud não
haverá essa interconexão entre os provedores de nuvem utilizados (AMARAL,
2021).
30
3. ARQUITETURAS REDE SOB A PERSPECTIVA HÍBRIDA E MULTICLOUD
3.1 ARQUITETURAS HÍBRIDAS
As arquiteturas híbridas emergiram como uma resposta dinâmica às
demandas complexas e multifacetadas das infraestruturas de nuvem na era
contemporânea. Nesse contexto, a interconexão de nuvens públicas, privadas e
múltiplas tornou-se imperativa para empresas que buscam otimizar eficiência,
segurança e escalabilidade em seus ambientes digitais. Para compreender
plenamente esse paradigma, é essencial analisar tanto as estratégias de rede
quanto as técnicas de gerenciamento que impulsionam essas arquiteturas híbridas.
Um dos pilares fundamentais na sustentação das redes de computadores é a
robustez da infraestrutura subjacente. A integração harmoniosa entre os ambientes
de nuvem pública e privada requer uma abordagem meticulosa na concepção e
implementação das redes, as quais devem ser capazes de suportar cargas de
trabalho variáveis e garantir conectividade contínua. Conforme apontado por
Bernstein e Vij (2014), em seu estudo seminal, a flexibilidade e a adaptabilidade das
arquiteturas de rede desempenham um papel crucial na facilitação da migração de
cargas de trabalho entre diferentes nuvens.
Além da estrutura física, as estratégias de gerenciamento desempenham um
papel preponderante na governança eficaz das arquiteturas híbridas. A automação

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de processos, aliada à orquestração de recursos, é essencial para garantir a


eficiência operacional e a escalabilidade sob demanda. Nesse sentido, a abordagem
proposta por Chowdhury e Boutaba (2010), que enfatiza a necessidade de políticas
dinâmicas de gerenciamento para a adaptação contínua às mudanças no ambiente,
revela-se particularmente relevante.
A segurança, por sua vez, emerge como uma preocupação central na
concepção de arquiteturas híbridas resilientes. A coexistência de dados sensíveis
em ambientes públicos e privados exige medidas de proteção abrangentes, que vão
desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de firewalls e sistemas
de detecção de intrusões. Conforme observado por Ristenpart et al. (2009), em sua
análise sobre os desafios de segurança na computação em nuvem, a integração de
31
mecanismos de autenticação multifatorial e o monitoramento proativo são essenciais
para mitigar os riscos inerentes a esses ambientes heterogêneos.
No âmbito da escalabilidade, as arquiteturas híbridas oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. A abstração de
recursos, combinada com a elasticidade inerente à nuvem, oferece uma base sólida
para a expansão sem interrupções das operações comerciais. Nesse contexto, as
contribuições de Kephart e Chess (2003), que exploram os princípios da
computação autônoma e adaptativa, oferecem insights valiosos sobre como alcançar
escalabilidade dinâmica em ambientes híbridos.
Outro aspecto crucial a ser considerado é a interoperabilidade entre os
diversos provedores de nuvem, que compõem o cenário multicloud. A padronização
de protocolos e interfaces é essencial para facilitar a integração e a portabilidade de
aplicativos e dados entre plataformas heterogêneas. A adoção de padrões abertos e
o uso de APIs (Application Programming Interfaces) bem definidas são essenciais
para evitar o aprisionamento do fornecedor e promover a interoperabilidade (Figura
5).
Fonte: Junior, J., 2019.
Figura 5 - Arquitetura de Micros Serviços Híbridos
32
Além disso, a latência e o desempenho da rede desempenham um papel
crítico na garantia da experiência do usuário e no suporte a aplicativos sensíveis ao
tempo. A distribuição estratégica de pontos de acesso e a utilização de CDNs
(Content Delivery Networks) podem ajudar a minimizar a latência e otimizar o
desempenho, especialmente em ambientes distribuídos geograficamente (Figura 6).
Fonte: Microsoft Azure.
Sendo assim, as arquiteturas híbridas representam uma evolução significativa
no paradigma das redes de computadores, oferecendo uma abordagem flexível e
adaptável para a integração de ambientes de nuvem pública, privada e múltipla. Por
meio de estratégias de rede eficientes, práticas de gerenciamento dinâmicas e
medidas abrangentes de segurança, as organizações podem aproveitar ao máximo
os benefícios de eficiência, segurança e escalabilidades proporcionadas por essas

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arquiteturas inovadoras.
Figura 6 - Solução híbrida de DNS referena Microsoft Azure
33
3.2. ARQUITETURAS MULTICLOUD
A crescente adoção de arquiteturas multicloud representa um paradigma
inovador na gestão de infraestruturas de TI, oferecendo às organizações uma
abordagem flexível e resiliente para atender às demandas complexas da era digital.
Em um contexto onde a integração de nuvens públicas, privadas e múltiplas é
essencial para a otimização de recursos e a maximização da eficiência operacional,
as redes de computadores desempenham um papel central na sustentação dessas
infraestruturas híbridas. Esta análise se propõe a explorar as arquiteturas de rede e
as estratégias de gerenciamento que viabilizam a integração harmoniosa de
ambientes multicloud, com foco na eficiência, segurança e escalabilidade.
Um dos principais desafios enfrentados na implementação de arquiteturas
multicloud é a garantia da conectividade contínua entre os diversos provedores de
nuvem. Através de uma abordagem cuidadosamente planejada na concepção das
redes de computadores, é possível estabelecer uma infraestrutura robusta e
resiliente, capaz de suportar a interconexão entre nuvens públicas, privadas e
múltiplas. Como destacado por Chen et al. (2023), a utilização de tecnologias como
SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network) e soluções de interconexão direta
entre data centers podem desempenhar um papel fundamental na garantia da
conectividade e no fornecimento de desempenho otimizado em ambientes
multicloud.
Além da conectividade, a segurança emerge como uma preocupação
premente na gestão de arquiteturas multicloud. A dispersão de dados sensíveis em
múltiplos ambientes de nuvem requer a implementação de medidas abrangentes de
proteção, que vão desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de
políticas de acesso rigorosas. Conforme observado por Patel et al. (2022), a adoção
de soluções de segurança baseadas em inteligência artificial e aprendizado de
máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra ameaças cibernéticas em
ambientes multicloud, garantindo a integridade e a confidencialidade dos dados.
No que tange à escalabilidade, as arquiteturas multicloud oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. Através da distribuição
estratégica de cargas de trabalho entre diferentes provedores de nuvem, é possível
34
alcançar uma escalabilidade dinâmica e uma utilização eficiente dos recursos
disponíveis. Como ressaltado por Dinh et al. (2021), a utilização de estratégias de
balanceamento de carga e autoescalonamento automático pode otimizar o
desempenho e garantir uma resposta ágil às demandas do ambiente.
Outro aspecto crucial a ser considerado na gestão de arquiteturas multicloud
é a interoperabilidade entre os diversos provedores de nuvem. A padronização de
protocolos e interfaces desempenha um papel fundamental na facilitação da
integração e na garantia da portabilidade de aplicativos e dados entre plataformas

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heterogêneas. Conforme destacado por Wang et al. (2023), a adoção de padrões


abertos e o uso de APIs bem definidas são essenciais para promover a
interoperabilidade e evitar o aprisionamento do fornecedor em ambientes multicloud.
Em síntese, as arquiteturas multicloud representam uma abordagem
estratégica para a gestão de infraestruturas de TI na era digital, oferecendo uma
combinação única de flexibilidade, segurança e escalabilidade. Através da adoção
de arquiteturas de rede robustas e estratégias de gerenciamento eficazes, as
organizações podem maximizar o valor de seus investimentos em nuvem,
impulsionando a inovação e a competitividade no mercado global.
3.3 DESAFIOS NA SINCRONIZAÇÃO DE REDES DIVERSIFICADAS
A integração de redes diversificadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud apresenta uma série de desafios significativos, exigindo uma abordagem
cuidadosa e estratégica para garantir a sincronização eficiente e a interoperabilidade
entre os diversos componentes. Esta análise busca explorar os obstáculos
encontrados na sincronização de redes heterogêneas e as estratégias para superá-
los, visando a eficiência, segurança e escalabilidade das infraestruturas digitais.
Um dos desafios fundamentais na sincronização de redes diversificadas é a
disparidade de protocolos e tecnologias utilizadas em diferentes ambientes de
nuvem. A coexistência de infraestruturas públicas, privadas e múltiplas muitas vezes
implica a utilização de tecnologias distintas, tornando a interoperabilidade entre elas
uma tarefa complexa. Conforme observado por Santos et al. (2022), a falta de
35
padronização e a heterogeneidade de interfaces podem dificultar a integração
harmoniosa das redes, prejudicando a eficiência operacional.
Além disso, a variação na qualidade e desempenho das conexões de rede
entre os provedores de nuvem pode impactar negativamente na sincronização e na
transferência de dados entre os ambientes. A latência, a largura de banda e a
confiabilidade das conexões podem variar significativamente, afetando a
consistência e a disponibilidade dos serviços hospedados na nuvem. Como
ressaltado por Chen et al. (2023), a gestão eficaz da qualidade de serviço (QoS) e a
otimização de rotas de rede são essenciais para mitigar os efeitos adversos das
disparidades de desempenho (Figura 7).
Fonte: Tapajós, 2012.
Outro desafio importante na sincronização de redes diversificadas é a
garantia da segurança dos dados transmitidos entre os diferentes ambientes de
nuvem. A dispersão de informações sensíveis em múltiplas plataformas aumenta o
risco de exposição a ameaças cibernéticas e violações de segurança. A
implementação de medidas robustas de proteção, como criptografia de ponta a
ponta e controle de acesso granular, é essencial para mitigar os riscos associados à
transferência de dados entre ambientes heterogêneos. Conforme destacado por
Patel et al. (2021), a utilização de soluções de segurança baseadas em inteligência
artificial e aprendizado de máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra
ameaças em redes diversificadas.
Figura 7 - Redes Avançadas QOS

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Além disso, a gestão eficaz da configuração e do provisionamento de
recursos de rede em ambientes de nuvem híbrida e multicloud apresenta desafios
adicionais. A automação de processos e a orquestração de recursos são essenciais
para garantir a consistência e a conformidade das configurações em toda a
infraestrutura. No entanto, a integração de ferramentas de gerenciamento de rede de
diferentes provedores e plataformas pode ser complexa e requer uma abordagem
cuidadosa para evitar conflitos e inconsistências. Como destacado por Dinh et al.
(2020), a utilização de padrões abertos e APIs bem definidas pode facilitar a
integração e o gerenciamento unificado de redes diversificadas.
Por fim, a sincronização de redes diversificadas em ambientes de nuvem
híbrida e multicloud apresenta desafios substanciais, que exigem uma abordagem
holística e estratégica para superá-los. Através da padronização de protocolos,
otimização de desempenho, implementação de medidas de segurança robustas e
automação de processos, as organizações podem garantir a eficiência, segurança e
escalabilidade de suas infraestruturas digitais, promovendo a inovação e a
competitividade no mercado global.
37
4. INTEGRAÇÃO DE NUVENS HÍBRIDAS E MULTICLOUD: O PAPEL DAS
REDES DE COMPUTADORES (17 PÁGINAS)
4.1 ALOCAÇÃO EFICIENTE DE RECURSOS EM AMBIENTES HÍBRIDOS E
MULTICLOUD
4.2 SEGURANÇA
4.2.1 Desafios Específicos de Segurança em Ambientes de Nuvem
4.2.2 Estratégias para Proteção de Dados e Comunicações
4.3 ESCALABILIDADE
4.4 DESENVOLVIMENTO DE INFRAESTRUTURAS HÍBRIDAS E MULTICLOUD
4.4.1 Estratégias para a Integração Eficiente
38
CONCLUSÃO (2 PÁGINAS)
39
REFERÊNCIAS
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Virtualization. 2019. Tese de Doutorado. Universidade de Lisboa (Portugal).
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=================================================================================
Arquivo 1: capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Arquivo 2:
https://www.academia.edu/783784/Computa%C3%A7%C3%A3o_em_Nuvem_Conceitos_Tecnologias_Apl
ica%C3%A7%C3%B5es_e_Desafios (1138 termos)
Termos comuns: 29
Similaridade: 0,36%
O texto abaixo é o conteúdo do documento capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://www.academia.edu/783784/Computa%C3%A7%C3%A3o_em_Nuvem_Conceitos_Tecnologias_Apl
ica%C3%A7%C3%B5es_e_Desafios (1138 termos)

=================================================================================
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA ? PREFEITO HIRANT SANAZAR
Redes De Computadores
OSASCO
2024
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
OSASCO
2024
Trabalho de Graduação apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Osasco -
?Prefeito Hirant Sanazar? como requisito
parcial para a obtenção do título de
Tecnólogo em REDES DE
COMPUTADORES, sob a orientação do(a)
Professor(a) Adalberto de Freitas Camargo.
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
TERMO DE APROVAÇÃO DIGITALIZADA
DEDICATÓRIA
RESUMO

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Palavras-chave:
ABSTRACT
Keywords:
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
1.1 PROBLEMÁTICA
........................................................................................................................................8
1.2 HIPÓTESE
..................................................................................................................................................8
1.3 JUSTIFICATIVA
..........................................................................................................................................8
1.4 OBJETIVOS
................................................................................................................................................9
1.4.1 Geral...............................................................................................................................................9
1.4.2 Específicos.......................................................................................................................................9
1.5 METODOLOGIA
.......................................................................................................................................10
2. CAP.......................................................................................................................13
71 INTRODUÇÃO
A revolução na gestão e utilização de recursos computacionais, impulsionada
pela era digital, representa uma transformação abrangente no modo como as
organizações enfrentam os desafios contemporâneos. Nesse contexto dinâmico, a
resposta inovadora das empresas modernas às crescentes demandas e
complexidades é evidenciada pela adoção de infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. O amalgamamento estratégico de recursos provenientes de nuvem
multicloud e nuvem híbrida visa proporcionar às organizações uma resposta ágil e
adaptável às exigências do ambiente empresarial em constante evolução.
Ao reunir esses recursos diversificados, as organizações buscam conquistar
uma maior flexibilidade operacional, eficiência aprimorada e uma capacidade
robusta de adaptação. A pesquisa em questão assume o desafio de realizar uma
análise abrangente das arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento
aplicadas nesses ambientes integrados.
Dessa forma, ao unir os recursos de nuvem multicloud e nuvem híbrida, as
organizações almejam atingir um nível mais elevado de flexibilidade, eficiência
operacional e capacidade de adaptação diante das exigências em constante
mudança. Este cenário de integração de plataformas distintas levanta a necessidade
premente de uma análise aprofundada das arquiteturas de rede e estratégias de
gerenciamento empregadas nesses ambientes complexos.
Esta pesquisa visa não apenas compreender, mas também ir além,
explorando formas inovadoras de otimizar eficiência, reforçar a segurança e
aprimorar a escalabilidade nesse contexto multifacetado. Ao abordar esses desafios,
o estudo posiciona-se como um contribuinte significativo para o avanço no
entendimento e na implementação de práticas mais avançadas e adaptáveis no
gerenciamento desses ambientes dinâmicos e interconectados.

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Este estudo visa, assim, contribuir para o desenvolvimento de abordagens


mais sofisticadas e adaptáveis no gerenciamento desses ambientes complexos e
dinâmicos.
81.1 PROBLEMÁTICA
O aumento significativo no uso de ambientes de nuvem híbrida e multicloud
impõem desafios consideráveis as redes de computação. A integração eficiente de
plataformas distintas, a garantia da segurança da informação e a otimização dos
recursos de rede representam obstáculos complexos e multifacetados.
Nesse contexto, surge a necessidade premente de compreender
profundamente o papel das redes de computadores nesses ambientes dinâmicos. A
questão central que norteia esta pesquisa é: Como as redes de computadores
podem ser estruturadas e gerenciadas de maneira a aperfeiçoar a eficiência, a
segurança e a escalabilidade em infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud?
1.2 HIPÓTESE
A hipótese desta pesquisa é que, por meio de uma análise aprofundada das
arquiteturas de rede e das estratégias de gerenciamento, é possível otimizar a
eficiência operacional, reforçar a segurança da informação e promover
escalabilidade em ambientes que integram nuvens públicas, privadas e múltiplas.
1.3 JUSTIFICATIVA
A crescente complexidade e a rápida evolução do cenário tecnológico
demandam uma análise aprofundada sobre como as redes de computadores
desempenham um papel relevante no suporte a infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. Nesse sentido, à medida que organizações adotam modelos integrados
de nuvem para atender às suas necessidades operacionais, surge a necessidade
premente de compreender não apenas os benefícios, mas também os desafios
associados a essas arquiteturas complexas.
A relevância deste estudo estende-se além do ambiente acadêmico,
impactando diretamente as práticas e decisões nas organizações contemporâneas.
Ao compreendermos melhor como as redes de computadores se articulam e
influenciam infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud, é possível fornecer
9respostas a questões críticas enfrentadas por profissionais da área. Essas
respostas, por sua vez, têm o potencial de aperfeiçoar a eficiência operacional, a
segurança da informação e a escalabilidade, aspectos vitais para o sucesso e a
sustentabilidade das operações de redes.
Além disso, ao abordar diretamente os desafios práticos enfrentados pelas
organizações na adoção de ambientes de nuvem integrada, esta pesquisa pode
auxiliar a gestores que buscam implementar estratégias mais eficazes. A
compreensão aprofundada das nuances dessas arquiteturas complexas pode
catalisar a inovação e informar decisões informadas, promovendo assim uma
integração mais eficiente e segura de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
Dessa forma, a relevância deste estudo transcende a esfera acadêmica,
oferecendo uma contribuição prática e tangível para aqueles envolvidos no campo
de rede de computadores, alinhando-se com as demandas emergentes do cenário
corporativo contemporâneo.

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1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Geral
Analisar as arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em
ambientes de nuvem híbrida e multicloud, identificando oportunidades de otimização
para eficiência, segurança e escalabilidade.
1.4.2 Específicos
? Investigar as principais problemáticas enfrentadas por nuvem multicloud e
nuvem híbrida;
? Propor estratégias de gerenciamento de rede para otimização da eficiência
operacional;
? Avaliar as medidas de segurança adotadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud.
10
1.5 METODOLOGIA
A metodologia empregada neste trabalho de conclusão de curso
fundamentou-se em uma abordagem de pesquisa bibliográfica, conduzida por meio
de uma revisão sistemática da literatura. A execução dessa revisão envolveu uma
leitura exploratória de resumos e títulos de obras relevantes, com o intuito de avaliar
a pertinência e contribuição desses materiais à temática central do estudo.
A coleta de dados para este estudo foi conduzida por meio de uma pesquisa
bibliográfica abrangente, abarcando fontes diversas, como livros, revistas
especializados e periódicos online. Além disso, consultas a pesquisas científicas
consolidadas foram realizadas para assegurar a abrangência e profundidade do
levantamento de informações. O critério de leitura exploratória de resumos e títulos
foi aplicado de forma criteriosa para avaliar a pertinência das obras em relação ao
âmago da pesquisa.
No sentido de ampliar a cobertura e qualidade da pesquisa, a seleção de
estudos foi orientada para bases de dados reconhecidas no contexto de
infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud. Nesse sentido, foram exploradas
plataformas como IEEE Xplore, ACM Digital Library e SpringerLink e Google
Acadêmico, buscando incluir perspectivas abrangentes e atualizadas sobre o tema
em questão.
As palavras-chave adotadas para orientar a pesquisa refletiram a
complexidade e abrangência da temática, incluindo termos como "Infraestruturas de
Nuvem Híbrida", "Multicloud", "Arquiteturas de Rede", "Estratégias de
Gerenciamento", "Eficiência", "Segurança" e "Escalabilidade". Essa escolha
estratégica de palavras-chave visa abarcar os diversos aspectos e nuances
relacionados aos ambientes integrados de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
O material utilizado para análise e revisão consistiu principalmente em artigos
científicos, conferências e livros especializados, enfocando a viabilidade técnica das
arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em contextos de nuvem híbrida
e multicloud. Essa abordagem proporcionou uma base sólida e diversificada para a
construção do conhecimento neste campo de estudo.
Os critérios de inclusão estabeleceram a seleção de artigos científicos

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publicados no Brasil, compreendidos no intervalo temporal entre 2014 e 2023, em


formato de texto completo. Em contrapartida, foram excluídos artigos científicos não
11
disponíveis integralmente e materiais que não estavam alinhados com a temática
central do trabalho. Esses critérios foram aplicados para assegurar a qualidade e
pertinência dos estudos incorporados à revisão bibliográfica.
12
2. COMPUTAÇÃO EM NUVEM
O presente capítulo deste trabalho se dedica à exploração aprofundada do
conceito e da diversidade de modelos de Computação em Nuvem (Cloud
Computing). Este campo emergente na tecnologia da informação tem transformado
radicalmente a maneira como os recursos computacionais são concebidos,
provisionados e utilizados. A Computação em Nuvem transcende as limitações dos
modelos tradicionais, permitindo acesso remoto a uma variedade de aplicações e
serviços, independentemente de localização geográfica ou plataforma de
hardware.
2.1. Definição de Computação em Nuvem
A ascensão da computação em nuvem constitui uma tendência notável,
manifestando-se após a transição comercial da Internet ocorrida em 1995. Nesse
momento, a Internet já havia se consolidado como uma rede global de comunicação
de dados multimídia, estabelecendo conexões entre a maioria das instituições de
ensino superior e centros de pesquisa em escala mundial (ZUFFO et al., 2013).
Posto isto, a computação em nuvem, também conhecida como Cloud
Computing, constitui um inovador paradigma computacional que viabiliza ao usuário
final o acesso remoto a uma ampla gama de aplicações e serviços,
independentemente de sua localização e plataforma, mediante a utilização de um
terminal conectado à nuvem1 (TAURION, 2019).
A metáfora da nuvem, com sua conotação de um ambiente desconhecido
cujo início e fim são perceptíveis, revelam-se apropriadamente empregada
na nomenclatura desse novo modelo. Neste contexto, a infraestrutura e os
recursos computacionais permanecem virtualmente ocultos, com o usuário
interagindo por meio de uma interface padronizada, por meio da qual são
disponibilizadas diversas aplicações e serviços (SANTOS, 2018, p. 38).
1 A computação em nuvem teve sua origem em 2006, quando Eric Schmidt, da Google, abordou a
gestão dos data centers em uma palestra. Atualmente, ela representa o epicentro de um movimento
que provoca mudanças substanciais no panorama tecnológico. Nesse contexto, a metáfora da nuvem
simboliza a internet ou a infraestrutura de comunicação entre os componentes arquiteturais,
fundamentada em uma abstração que esconde a complexidade subjacente. Cada componente dessa
infraestrutura é oferecido como serviço e geralmente alocado em data centers que utilizam recursos
de hardware compartilhado para computação e armazenamento.
13
Um criterioso relatório elaborado pela Gartner, destacando a computação em
nuvem como a vanguarda na esfera da tecnologia estratégica, enfatizou de maneira
contundente sua proeminência, consolidando-se como uma tendência incontestável

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na indústria, ao estabelecer formalmente sua definição:


A computação em nuvem é uma forma especializada de computação
distribuída que introduz modelos de utilização para o provisionamento
remoto de recursos escaláveis e mensuráveis. [...] É um estilo de
computação no qual capacidades escaláveis e elásticas habilitadas para TI
(serviços, software ou infraestrutura) são entregues como serviço a clientes
externos usando tecnologias da Internet (BRODKIN, 2008, p. 39).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem é um paradigma que
implica a disponibilização de recursos computacionais, como armazenamento,
processamento, redes e software, por meio da Internet. Esses recursos são
acessíveis e utilizáveis remotamente, permitindo que os usuários aproveitem os
serviços oferecidos por provedores de nuvem, eliminando a dependência de
recursos locais ou servidores físicos para atender às suas demandas
computacionais.
A computação em nuvem, em uma conceituação mais abrangente,
representa um paradigma de infraestrutura que viabiliza a implementação do
Software como Serviço (SaaS). Este paradigma engloba um extenso conjunto de
serviços acessíveis pela web, destinados a disponibilizar funcionalidades que,
anteriormente, demandavam consideráveis investimentos em hardware e software.
O funcionamento da computação em nuvem ocorre por meio de um modelo de
pagamento baseado no uso, permitindo uma abordagem mais flexível e eficiente em
termos de custos (OLIVEIRA et al., 2020).
Este modelo de computação transcende as limitações tradicionais,
oferecendo capacidades escaláveis e elásticas relacionadas às tecnologias da
informação. Essas capacidades são disponibilizadas como serviços aos usuários
finais por meio da internet. Essa definição, amplamente reconhecida, é
compartilhada pelo grupo Gartner, destacando a essência da computação em
nuvem como uma inovação que proporciona agilidade, acessibilidade e economia,
transformando fundamentalmente a forma como recursos computacionais são
provisionados e consumidos (TAURION, 2019).
É importante ressaltar que a representação simbólica da nuvem reside na
internet, composta por uma infraestrutura de comunicação que engloba hardwares,
14
softwares, interfaces, redes de telecomunicação, dispositivos de controle e
armazenamento, permitindo a entrega de serviços computacionais. Para
implementar esse modelo, é imperativo consolidar todas as aplicações e dados dos
usuários em extensos centros de armazenamento denominados data centers. Após
essa consolidação, a infraestrutura e as aplicações dos usuários são distribuídas
como serviços acessíveis pela internet (SANTOS, 2018).
Segundo Oliveira et al. (2020), um elemento para a compreensão deste
modelo de computação diz respeito aos intervenientes da nuvem, que podem ser
categorizados em três grupos distintos: o provedor de serviço, o desenvolvedor e o
usuário.
Segundo Santos (2018), o provedor assume a responsabilidade de

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disponibilizar, gerenciar e monitorar integralmente a infraestrutura da nuvem. Por


sua vez, Taurion (2019) explica que o desenvolvedor deve possuir a habilidade de
fornecer serviços destinados ao usuário final, baseando-se na infraestrutura
disponibilizada. O usuário final, representa o consumidor que utilizará os recursos
oferecidos pelo cloud computing.
A computação em nuvem, por conseguinte, configura-se como um novo
modelo de serviço inovador, capacitado para prover uma diversidade de serviços,
incluindo processamento, infraestrutura e armazenamento de dados, exclusivamente
por meio da internet (TAURION, 2019). Para que um data center possa ser chamado
de Cloud Computing, é necessário atender a algumas características essenciais, a
saber.
2.2. Características
A convergência de diversas tecnologias essenciais capacita a computação em
nuvem a oferecer serviços de maneira transparente aos usuários, entre outras
funcionalidades e particularidades. Campos tecnológicos de suma importância nessa
convergência abrangem o hardware, com ênfase na capacidade de virtualização; as
tecnologias de internet, como a Web 2.0 e os serviços web; o gerenciamento de
sistemas, incluindo a computação independente (autonomic computing) e a
automação de gerenciamento e manutenção de data centers; além da computação
distribuída, com especial atenção para a utility & grid computing.
15
2. 2.1. Elasticidade e Escalonamento
A computação em nuvem proporciona a ilusão de recursos computacionais
infinitos disponíveis para utilização. Nesse contexto, os usuários antecipam que a
nuvem seja capaz de fornecer rapidamente recursos em qualquer quantidade e a
qualquer momento. A expectativa é que recursos adicionais sejam disponibilizados,
possivelmente de maneira automática, em períodos de aumento da demanda, e
retidos durante reduções nessa demanda (OLIVEIRA et al., 2020).
Segundo Santos (2018), recursos podem ser adquiridos de forma rápida e
elástica, muitas vezes automaticamente, caso haja necessidade de escalar com o
aumento da demanda, e liberados durante a redução dessa demanda. Aos usuários,
os recursos disponíveis para uso parecem ser ilimitados e podem ser adquiridos em
qualquer quantidade e a qualquer momento. A virtualização (criação de ambientes
virtuais com o propósito de abstrair características físicas do hardware) desempenha
um papel fundamental na característica de elasticidade rápida da computação em
nuvem.
2.2.2. Self-Service sob demanda
Os usuários têm a capacidade de adquirir unilateralmente recursos
computacionais, como tempo de processamento no servidor ou armazenamento na
rede, à medida que necessitam, sem a necessidade de interação humana com os
provedores de cada serviço. Numa nuvem, tanto o hardware quanto o software
podem ser automaticamente reconfigurados, apresentando essas modificações de
maneira transparente para os usuários (SANTOS, 2018).
2.2.3. Faturamento e medição por uso

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Dado que o usuário pode requisitar e utilizar apenas a quantidade de recursos


e serviços considerada necessária, os serviços devem ser precificados com base em
um uso de curta duração, como, por exemplo, medido em horas de utilização.
Portanto, as nuvens devem implementar recursos que assegurem um comércio
16
eficiente de serviços, incluindo tarifação adequada, contabilidade, faturamento,
monitoramento e otimização do uso (OLIVEIRA et al., 2020).
Essa medição automática do uso dos recursos deve abranger diferentes tipos
de serviços oferecidos (armazenamento, processamento e largura de banda) e ser
prontamente reportada, promovendo uma maior transparência comercial (SANTOS,
2018).
2.2.4. Customização
Atendendo a múltiplos usuários, observa-se uma grande disparidade em suas
necessidades, tornando essencial a capacidade de personalização dos recursos da
nuvem, abrangendo desde serviços de infraestrutura até serviços de plataforma e
software (SANTOS, 2018).
2.2.5. Amplo acesso à rede
Os recursos estão disponíveis por meio da rede e acessados através de
mecanismos que promovem padrões utilizados por plataformas heterogêneas, como
telefones celulares, laptops e PDAs. A interface de acesso à nuvem não exige que
os usuários modifiquem suas condições e ambientes de trabalho, como linguagens
de programação e sistemas operacionais (SANTOS, 2018).
2.2.6 Pooling de Recursos
Os provedores de recursos de computação são agrupados para atender a
vários consumidores através de um modelo multi-inquilino (modelo de software onde
uma única instância roda no servidor e permite atender a múltiplas requisições de
diferentes usuários), com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos
dinamicamente, de acordo com a demanda do consumidor (ALBUQUERQUE;
FREITAS, 2021).
17
Existe um senso de independência local, no qual o cliente geralmente não
tem controle ou conhecimento sobre a localização exata dos recursos
disponibilizados, mas pode especificar o local em um nível mais abstrato, como país,
estado ou data center. Exemplos de recursos incluem armazenamento,
processamento, memória, largura de banda de rede e máquinas virtuais (SANTOS,
2018).
2.2.7. Serviço Medido
Sistemas em nuvem gerenciam e otimizam automaticamente a utilização de
recursos, tirando proveito da capacidade de medição em um nível de abstração
adequado para o tipo de serviço. O uso de recursos é monitorado, controlado e
registrado, estabelecendo transparência entre o provedor e o consumidor (SANTOS,
2018).
A abordagem em nível de serviço SLA, que oferece informações sobre os
níveis de disponibilidade, funcionalidade, desempenho e possíveis penalidades em

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caso de violação desses parâmetros, pode ser implementada para assegurar a


eficiência do serviço (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021). É imperativo destacar que
existem três modelos principais de serviço na computação em nuvem, conforme
segue.
2.3. Camadas de Arquitetura e tipos de nuvem
Os serviços de computação em nuvem se distribuem em três classes,
considerando o nível de abstração do recurso fornecido e o modelo de serviço do
provedor. O nível de abstração representa a camada de arquitetura onde os serviços
das camadas superiores podem ser compostos pelos serviços das camadas
inferiores (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem representa uma
paradigmática distribuição de recursos na forma de serviços, transformando
radicalmente a entrega de soluções tecnológicas. Essa abordagem inovadora
proporciona uma organização tripartida, subdividindo a Computação nas Nuvens em
três modelos distintos: Infraestrutura como Serviço (IaaS); Plataforma como Serviço
18
(PaaS); e Software como Serviço (SaaS), na camada superior, conforme ilustrado na
Figura 1.
Figura 1: Representação dos modelos de serviços
Fonte: https://fabriciorhs.files.wordpress.com/2010/09/cloud_computing.pdf
IaaS: Fornece acesso a recursos de infraestrutura virtualizada, como
máquinas virtuais, redes e armazenamento. Os usuários têm controle sobre o
sistema operacional, aplicativos e configurações, enquanto o provedor de nuvem
gerencia a infraestrutura subjacente (TAURION, 2019);
PaaS: Oferece uma plataforma de desenvolvimento completa, incluindo
ferramentas, bibliotecas e serviços necessários para desenvolver, testar e implantar
aplicativos sem se preocupar com a infraestrutura subjacente (TAURION,
2019);
SaaS: Fornece aplicativos de software totalmente desenvolvidos e prontos
para uso, acessíveis por meio da Internet. Os usuários podem utilizar o software
sem se preocupar com manutenção, atualizações ou gerenciamento da
infraestrutura.
Em síntese, a computação em nuvem representa uma revolução no
paradigma de prestação de serviços de TI. A estrutura em camadas, composta por
Infraestrutura como IaaS, PaaS e SaaS, oferece uma abordagem abrangente e
19
escalável para atender às necessidades variadas dos usuários (TAURION,
2019).
2.4. Compreensão das Nuvens Pública, Privada e Hibrida
2.4.1. Nuvem pública
A implementação da computação em nuvem por meio de nuvens públicas é a
modalidade mais amplamente adotada. Nesse contexto, os recursos de nuvem,
como servidores e armazenamento, são propriedade de um provedor de serviços de
nuvem externo, sendo geridos e fornecidos por meio da Internet. Na nuvem pública,

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toda a infraestrutura, incluindo hardware, software e suporte, é exclusivamente de


responsabilidade e administração do provedor de nuvem (ZUFFO et al., 2013). O
Microsoft Azure exemplifica de forma destacada uma nuvem pública.
Ao selecionar uma nuvem pública, ocorre o compartilhamento de dispositivos
de hardware, armazenamento e rede com outras organizações ou "locatários" da
nuvem. A utilização de serviços e a gestão da conta são realizadas por meio de um
navegador da web. As implantações de nuvem pública são frequentemente
empregadas para disponibilizar serviços como e-mail baseado na web, aplicativos
de escritório online, armazenamento e ambientes de desenvolvimento e teste
(TAURION, 2009).
2.4.2. Nuvem privada
Uma nuvem privada constitui-se de recursos de computação em nuvem
destinada exclusivamente ao uso de uma única empresa ou organização. Essa
configuração pode ser implementada localmente no datacenter da entidade ou
hospedada por um provedor de serviços terceirizado (TAKABI, 2010). Entretanto,
vale destacar que, em uma nuvem privada, os serviços e a infraestrutura
permanecem integralmente na rede privada, e tanto o hardware quanto o software é
dedicado exclusivamente à referida organização (ERL et al., 2013).
A característica distintiva da nuvem privada reside na capacidade da
organização em personalizar seus recursos de maneira mais eficaz para atender a
requisitos específicos de TI (THOMAS et al., 2013). Para Meza 92014),
20
frequentemente adotadas por entidades governamentais, instituições financeiras e
outras organizações de grande porte com operações críticas para os negócios, as
nuvens privadas visam aprimorar o controle sobre seu ambiente operacional. Este
modelo oferece maior flexibilidade e adequação às necessidades particulares,
proporcionando um ambiente customizado que atenda eficientemente aos requisitos
específicos de cada entidade.
Figura 2: Nuvem Privada
Fonte: https://comoaprenderwindows.com.br/infraestrutura/o-que-e-uma-nuvem-privada/
Conforme exposto, a nuvem privada é uma modalidade de serviços de
computação oferecidos pela Internet ou por uma rede interna privada, sendo
acessível exclusivamente a usuários selecionados, em contraste com o público em
geral. Também conhecida como nuvem interna ou corporativa, ela proporciona
benefícios semelhantes aos da nuvem pública, como autoatendimento,
escalabilidade e elasticidade.
No entanto, diferencia-se ao oferecer maior controle e personalização por
meio de recursos dedicados em uma infraestrutura local. Destaca-se por
proporcionar um nível superior de segurança e privacidade, garantidos por firewalls
internos e hospedagem própria, assegurando que dados confidenciais não sejam
acessíveis a terceiros. Uma desvantagem reside na responsabilidade do
21
departamento de TI pela gestão da nuvem privada, o que implica custos e
responsabilidades comparáveis aos de um data center tradicional (MEZA, 2024).

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2.4.3. Nuvem híbrida


A nuvem híbrida representa uma fusão estratégica de dois ou mais tipos
distintos de ambientes de nuvem. Essa configuração abrange a combinação de
nuvens públicas e privadas, podendo ainda incorporar uma infraestrutura local já
existente. Para que uma nuvem seja verdadeiramente híbrida, é imperativo que
esses diversos ambientes de nuvem estejam profundamente interligados, operando
de maneira essencial como uma única infraestrutura integrada. É comum que
praticamente todas as nuvens híbridas contemplem pelo menos uma nuvem pública
em sua composição (SANTOS, 2023).
Para Oliveira (2016), a abordagem da nuvem híbrida emerge como uma
solução estratégica que capitaliza as vantagens oferecidas tanto pelas nuvens
públicas quanto pelas privadas. Essa integração visa otimizar a flexibilidade,
oferecendo uma resposta eficaz às demandas variáveis e aos requisitos específicos
de cada organização. A capacidade de orquestrar recursos de diferentes ambientes
de nuvem confere uma adaptabilidade relevante às organizações, permitindo-lhes
alcançar um equilíbrio personalizado entre controle, segurança e escalabilidade.
Figura 3: Nuvem híbrida
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-hybrid-cloud/
22
Uma nuvem híbrida combina efetivamente tecnologias distintas para otimizar
eficiência e funcionalidade. Semelhante ao funcionamento de carros híbridos, que
integram motores a gasolina e elétricos para obter eficiência e potência, as nuvens
híbridas combinam vantagens de diferentes ambientes em nuvem (RODRIGUES et
al., 2015).
Segundo Oliveira (2016), essas nuvens têm diversas aplicações, permitindo
que organizações usem nuvens privadas e públicas para diferentes serviços, backup
ou gestão de picos de demanda. Ambientes de nuvem híbrida oferecem flexibilidade
ao executar aplicativos em diversos ambientes, incluindo nuvens públicas, privadas
e locais, atendendo às necessidades específicas da empresa.
Ademais, as soluções de nuvem híbrida facilitam a migração e gestão de
cargas de trabalho entre ambientes, possibilitando configurações mais versáteis.
Essa abordagem é comum atualmente devido à não dependência exclusiva de uma
única nuvem pública (TAURION¸2019).
Para Santos (2023), organizações adotam plataformas de nuvem híbrida para
reduzir custos, minimizar riscos e expandir recursos, sustentando esforços de
transformação digital. Essa configuração é uma das infraestruturas mais
prevalentes, permitindo a transição gradual de aplicativos e dados durante
migrações para a nuvem. Ambientes híbridos possibilitam o uso contínuo de
serviços locais e a flexibilidade oferecida por provedores de nuvem pública, como o
Google Cloud.
2.4.3.1 Funcionamento da Nuvem híbrida
Conforme mencionado anteriormente, as nuvens híbridas representam uma
fusão de recursos e serviços provenientes de dois ou mais ambientes distintos de
computação. Para as arquiteturas de nuvem híbrida funcionar eficientemente, é

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essencial a integração, orquestração e coordenação para possibilitar o


compartilhamento, alteração e sincronização ágil de informações (TAURION¸2019).
A base de uma implantação bem-sucedida de nuvem híbrida reside em uma
rede robusta. A interconectividade entre esses ambientes frequentemente é
estabelecida por meio de redes locais (LAN), redes de longa distância (WAN), redes
23
privadas virtuais (VPNs) e interfaces de programação de aplicativos (APIs) (MEZA,
2024).
Santos (2023), explica que assim como em outras arquiteturas de
computação em nuvem, as plataformas de nuvem híbrida fazem uso das tecnologias
de virtualização, conteinerização e armazenamento e rede definida por software
para abstrair e consolidar recursos. Através de softwares de gerenciamento
dedicados, as organizações conseguem alocar recursos e possibilitar o
provisionamento sob demanda em ambientes diversos.
2.5. Nuvem Multicloud
Segundo Santos et al. (2021), a abordagem Multicloud é caracterizada pelo
uso de serviços e recursos de nuvem fornecidos por múltiplos provedores, em
contraste com a dependência exclusiva de um único provedor de nuvem. Essa
estratégia permite que organizações selecionem os serviços mais adequados às
suas necessidades específicas, beneficiem-se da redundância e evitem a
dependência exclusiva de um único fornecedor.
Figura 4: Nuvem Multicloud
24
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-multicloud/
Conforme Figura acima, Multicloud é à utilização de várias nuvens públicas
por uma empresa. Em uma configuração de multinuvem, a empresa incorpora
nuvens públicas de mais de um provedor, ao invés de depender de um único
fornecedor para hospedagem em nuvem, armazenamento e pilha completa de
aplicativos. Segundo Santos (2023), essa abordagem oferece flexibilidade e
diversidade de fornecedores, sendo útil para diversos propósitos, como redundância,
backup do sistema e integração de diferentes serviços de nuvem, incluindo IaaS,
PaaS e SaaS.
Sob outra perspectiva, um ambiente Multicloud refere-se à prática de utilizar
múltiplos serviços de computação em nuvem dentro de uma arquitetura única e
heterogênea. Seu propósito principal é reduzir a dependência de fornecedores
individuais, proporcionando maior flexibilidade por meio de uma ampla gama de
opções disponíveis (ALALUNA¸2019).
25
Por exemplo, uma empresa que utiliza os serviços de armazenamento de
dados da Amazon Web Services (AWS), os recursos de computação da Microsoft
Azure e as soluções de inteligência artificial do Google Cloud Platform estão
adotando uma abordagem multicloud. A combinação desses serviços permite à
empresa otimizar seus custos, aumentar sua flexibilidade e agilidade de sua
infraestrutura de TI (MEZA, 2024).

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Além disso, a natureza Multicloud pode abranger a incorporação de nuvens


públicas, privadas e de borda para alcançar os objetivos da empresa. Em outras
palavras, trata-se da integração de operações locais com aplicações e serviços
executados em diversos provedores de nuvem pública. Essa abordagem permite
que as empresas capitalizem os benefícios distintos oferecidos por cada plataforma,
ao mesmo tempo em que mitigam eventuais desvantagens associadas a uma única
nuvem (ALALUNA¸2019).
Para Paraiso et al. (2012), diferentemente da abordagem de nuvem híbrida,
que envolve a combinação de diferentes modos de implantação (como público,
privado e legado) em uma única infraestrutura, o Multicloud se concentra na
utilização de diversos serviços em nuvem de diferentes provedores,
independentemente do modelo de implementação utilizado. Essa distinção enfatiza
a diversidade e a variedade de opções disponíveis para as organizações que
adotam estratégias de Multicloud.
Ressalva-se que para Meza (2024), uma solução Multicloud integra serviços
de infraestrutura como serviço (IaaS), plataforma como serviço (PaaS) e software
como serviço (SaaS) em uma arquitetura que pode variar em termos de
acoplamento, podendo ser bastante ou pouco acoplada. Isso significa que a
arquitetura Multicloud pode ser projetada para oferecer diferentes níveis de
integração entre os serviços e provedores de nuvem, incluindo:
a) Rede: A integração eficiente de serviços de diferentes provedores requer uma
rede robusta e flexível, capaz de fornecer conectividade confiável e de baixa
latência entre os ambientes de nuvem;
b) Desempenho: É essencial garantir que a solução Multicloud atenda aos
requisitos de desempenho das aplicações, distribuindo as cargas de trabalho
de forma eficiente e otimizando o uso dos recursos disponíveis em cada
provedor de nuvem;
26
c) Segurança: A segurança dos dados e das aplicações é uma prioridade
fundamental. Uma solução multicloud deve implementar práticas de
segurança consistentes em todos os ambientes de nuvem, incluindo controle
de acesso, criptografia de dados, monitoramento de ameaças e conformidade
regulatória;
d) Gerenciamento operacional: O gerenciamento eficaz de uma arquitetura
multicloud requer ferramentas e processos adequados para monitorar,
provisionar, escalar e melhorar os recursos de forma centralizada,
independentemente dos provedores de nuvem utilizados;
e) Custo total de propriedade (TCO): Uma solução multicloud deve ser avaliada
em termos de custo total de propriedade, considerando não apenas os custos
diretos dos serviços de nuvem, mas também os custos indiretos associados à
integração, gerenciamento e suporte (MEZA, 2024).
Ao considerar esses aspectos e aplicar as melhores práticas de design e
operação, uma solução multicloud pode proporcionar benefícios consideráveis em
termos de flexibilidade e eficiência operacional para seus usuários. Essa abordagem

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estratégica permite a otimização dos recursos disponíveis, a adaptação a demandas


variáveis e a maximização da infraestrutura, refletindo diretamente em ganhos de
produtividade e performance para as organizações (OLIVEIRA et al., 2020).
2.5.1 Como Funciona a Nuvem Multicloud
A implementação de uma arquitetura de nuvem multicloud demanda a
integração de diversos serviços e plataformas de nuvem por meio de APIs
(interfaces de programação de aplicativos) e ferramentas de gerenciamento de
nuvem. Esta abordagem permite distribuir diferentes cargas de trabalho entre
provedores de nuvem distintos, tirando proveito de suas respectivas vantagens e
recursos (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Essa integração é realizada por meio de redes e conexões de comunicação,
como a internet ou redes privadas virtuais (VPNs), utilizando ferramentas como
27
APIs, contêineres e orquestradores de contêineres2, como Kubernetes3. Com a
nuvem multicloud, as organizações têm a liberdade de escolher os serviços
específicos de cada provedor que melhor atendam às suas necessidades, como
armazenamento de dados, computação, análise de dados e inteligência artificial (IA),
entre outros (TAURION, 2019).
Meza (2024), explica que essa flexibilidade proporciona a oportunidade de
otimizar o desempenho, a segurança e os custos, de acordo com os requisitos de
cada carga de trabalho. Além disso, a nuvem multicloud reduz a dependência de um
único provedor de nuvem, mitigando o risco de interrupções no serviço e
aprimorando as operações de TI (ALALUNA¸2019).
Em relação à rede, uma infraestrutura de nuvem multicloud requer uma rede
robusta e segura para facilitar a comunicação entre os diversos provedores de
nuvem, garantindo o desempenho e a segurança dos aplicativos e dados. Isso pode
envolver a implementação de conexões de rede privada dedicadas, como VPNs ou
conexões diretas, para garantir a conectividade confiável e de baixa latência entre os
diferentes ambientes de nuvem.
2.5.2 Infraestruturas de Nuvem Multicloud
As infraestruturas de nuvem multicloud referem-se à arquitetura de tecnologia
que permite a integração e operação de múltiplos provedores de nuvem em um
ambiente heterogêneo. Essas infraestruturas são fundamentais para viabilizar a
estratégia multicloud, oferecendo suporte à distribuição de cargas de trabalho e
recursos em diferentes plataformas de nuvem (ALALUNA¸2019).
Uma infraestrutura de nuvem multicloud bem projetada deve ser altamente
adaptável, capaz de lidar com os desafios e complexidades inerentes à operação em
2 Os contêineres são empregados para transportar aplicações em meio a uma infraestrutura
multicloud. Cada contêiner encapsula não apenas a aplicação em si, mas também suas bibliotecas
associadas, variáveis de ambiente e arquivos de configuração essenciais para a execução da
aplicação em qualquer ambiente operacional onde o contêiner seja implantado.
3 O Kubernetes é um sistema de orquestração de contêineres de código aberto que automatiza os
processos de implantação, dimensionamento e gerenciamento de aplicações em contêineres.
Inicialmente concebido pelo Google, o Kubernetes agora é mantido pela Cloud Native Computing

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Foundation.
28
ambientes diversos (TAURION, 2019). Algumas características essenciais das
infraestruturas de nuvem multicloud estarão na Tabela 1:
Tabela 1: Aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
Aspecto Descrição
Interconectividade
Permite a interconexão eficiente entre os diferentes provedores
de nuvem e suas soluções, garantindo interoperabilidade e
comunicação fluida na arquitetura multicloud.
Orquestração de
Recursos
Capacidade de gerenciar recursos de forma unificada,
automatizando processos como provisionamento,
escalonamento e balanceamento de carga em um ambiente
multicloud.
Segurança
Preocupação central em ambientes de nuvem, torna-se ainda
mais crítica na infraestrutura multicloud, exigindo recursos
avançados como criptografia, controle de acesso e
monitoramento de ameaças.
Gerenciamento de
Custos
Monitoramento e gestão centralizada dos custos associados a
diferentes provedores de nuvem e cargas de trabalho, visando
melhorar gastos e alocar recursos de forma eficiente.
Escalabilidade e
Elasticidade
Capacidade de dimensionar recursos dinamicamente para
atender às demandas variáveis de carga de trabalho,
oferecendo escalabilidade automática e sob demanda no
ambiente multicloud.
Fonte: Tarion (2019)
Após analisar os aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
representada pela Tabela 1, é possível observar a complexidade e a importância de
cada um desses elementos para garantir o funcionamento eficiente e seguro desse
ambiente. A interconectividade entre os provedores de nuvem é fundamental para a
interoperabilidade e comunicação fluida, enquanto a orquestração de recursos
permite a automação de processos fundamentais, como o provisionamento e
escalonamento.
Além disso, segundo Alaluna (2019), a segurança assume um papel ainda
mais crítico na infraestrutura multicloud, demandando recursos avançados de
proteção de dados e monitoramento de ameaças. O gerenciamento de custos é
essencial para melhorar os gastos e garantir uma alocação eficiente de recursos,

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enquanto a escalabilidade e elasticidade permitem que as organizações


29
dimensionem seus recursos de acordo com as demandas variáveis de carga de
trabalho. Portanto, ao considerar esses aspectos, as empresas podem construir e
manter uma infraestrutura multicloud robusta e adaptável, capaz de atender às
necessidades do negócio de forma eficaz e segura.
2.5.3 Das diferenças das infraestruturas de Nuvem Multicloud
Ao contrário da abordagem Multicloud, a Nuvem Híbrida não necessariamente
se baseia na utilização de serviços de diferentes fornecedores. Enquanto na
Multicloud uma empresa pode empregar nuvens públicas, privadas ou híbridas, a
Nuvem Híbrida tende a integrar ambientes de nuvem pública e privada, mantendo-os
interconectados (RODRIGUES et al., 2015).
Posto isto, as principais distinções entre essas duas soluções residem no
escopo de tecnologias disponíveis e na dependência de fornecedores únicos. Na
prática, a abordagem Multicloud oferece uma variedade mais ampla de opções
tecnológicas, permitindo que a empresa não se restrinja a um único fornecedor, uma
vez que os serviços são adquiridos de diferentes prestadores (TAURION, 2019).
Haja vista, em consonância com Santos et al. (2021), com o crescimento
contínuo da oferta de serviços em nuvem, a diversificação de provedores se
expandiu ainda mais, tornando o gerenciamento da infraestrutura de nuvem mais
complexo e desafiador. Essa complexidade adicional aumentou a necessidade de
cuidados na gestão e na integração dos serviços de nuvem.
É importante ressaltar que as abordagens de Multicloud e Nuvem Híbrida são
mutuamente exclusivas: não é viável implementar ambas simultaneamente, pois as
nuvens estarão interconectadas na Nuvem Híbrida, enquanto na Multicloud não
haverá essa interconexão entre os provedores de nuvem utilizados (AMARAL,
2021).
30
3. ARQUITETURAS REDE SOB A PERSPECTIVA HÍBRIDA E MULTICLOUD
3.1 ARQUITETURAS HÍBRIDAS
As arquiteturas híbridas emergiram como uma resposta dinâmica às
demandas complexas e multifacetadas das infraestruturas de nuvem na era
contemporânea. Nesse contexto, a interconexão de nuvens públicas, privadas e
múltiplas tornou-se imperativa para empresas que buscam otimizar eficiência,
segurança e escalabilidade em seus ambientes digitais. Para compreender
plenamente esse paradigma, é essencial analisar tanto as estratégias de rede
quanto as técnicas de gerenciamento que impulsionam essas arquiteturas híbridas.
Um dos pilares fundamentais na sustentação das redes de computadores é a
robustez da infraestrutura subjacente. A integração harmoniosa entre os ambientes
de nuvem pública e privada requer uma abordagem meticulosa na concepção e
implementação das redes, as quais devem ser capazes de suportar cargas de
trabalho variáveis e garantir conectividade contínua. Conforme apontado por
Bernstein e Vij (2014), em seu estudo seminal, a flexibilidade e a adaptabilidade das
arquiteturas de rede desempenham um papel crucial na facilitação da migração de

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cargas de trabalho entre diferentes nuvens.


Além da estrutura física, as estratégias de gerenciamento desempenham um
papel preponderante na governança eficaz das arquiteturas híbridas. A automação
de processos, aliada à orquestração de recursos, é essencial para garantir a
eficiência operacional e a escalabilidade sob demanda. Nesse sentido, a abordagem
proposta por Chowdhury e Boutaba (2010), que enfatiza a necessidade de políticas
dinâmicas de gerenciamento para a adaptação contínua às mudanças no ambiente,
revela-se particularmente relevante.
A segurança, por sua vez, emerge como uma preocupação central na
concepção de arquiteturas híbridas resilientes. A coexistência de dados sensíveis
em ambientes públicos e privados exige medidas de proteção abrangentes, que vão
desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de firewalls e sistemas
de detecção de intrusões. Conforme observado por Ristenpart et al. (2009), em sua
análise sobre os desafios de segurança na computação em nuvem, a integração de
31
mecanismos de autenticação multifatorial e o monitoramento proativo são essenciais
para mitigar os riscos inerentes a esses ambientes heterogêneos.
No âmbito da escalabilidade, as arquiteturas híbridas oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. A abstração de
recursos, combinada com a elasticidade inerente à nuvem, oferece uma base sólida
para a expansão sem interrupções das operações comerciais. Nesse contexto, as
contribuições de Kephart e Chess (2003), que exploram os princípios da
computação autônoma e adaptativa, oferecem insights valiosos sobre como alcançar
escalabilidade dinâmica em ambientes híbridos.
Outro aspecto crucial a ser considerado é a interoperabilidade entre os
diversos provedores de nuvem, que compõem o cenário multicloud. A padronização
de protocolos e interfaces é essencial para facilitar a integração e a portabilidade de
aplicativos e dados entre plataformas heterogêneas. A adoção de padrões abertos e
o uso de APIs (Application Programming Interfaces) bem definidas são essenciais
para evitar o aprisionamento do fornecedor e promover a interoperabilidade (Figura
5).
Fonte: Junior, J., 2019.
Figura 5 - Arquitetura de Micros Serviços Híbridos
32
Além disso, a latência e o desempenho da rede desempenham um papel
crítico na garantia da experiência do usuário e no suporte a aplicativos sensíveis ao
tempo. A distribuição estratégica de pontos de acesso e a utilização de CDNs
(Content Delivery Networks) podem ajudar a minimizar a latência e otimizar o
desempenho, especialmente em ambientes distribuídos geograficamente (Figura 6).
Fonte: Microsoft Azure.
Sendo assim, as arquiteturas híbridas representam uma evolução significativa
no paradigma das redes de computadores, oferecendo uma abordagem flexível e
adaptável para a integração de ambientes de nuvem pública, privada e múltipla. Por

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meio de estratégias de rede eficientes, práticas de gerenciamento dinâmicas e


medidas abrangentes de segurança, as organizações podem aproveitar ao máximo
os benefícios de eficiência, segurança e escalabilidades proporcionadas por essas
arquiteturas inovadoras.
Figura 6 - Solução híbrida de DNS referena Microsoft Azure
33
3.2. ARQUITETURAS MULTICLOUD
A crescente adoção de arquiteturas multicloud representa um paradigma
inovador na gestão de infraestruturas de TI, oferecendo às organizações uma
abordagem flexível e resiliente para atender às demandas complexas da era digital.
Em um contexto onde a integração de nuvens públicas, privadas e múltiplas é
essencial para a otimização de recursos e a maximização da eficiência operacional,
as redes de computadores desempenham um papel central na sustentação dessas
infraestruturas híbridas. Esta análise se propõe a explorar as arquiteturas de rede e
as estratégias de gerenciamento que viabilizam a integração harmoniosa de
ambientes multicloud, com foco na eficiência, segurança e escalabilidade.
Um dos principais desafios enfrentados na implementação de arquiteturas
multicloud é a garantia da conectividade contínua entre os diversos provedores de
nuvem. Através de uma abordagem cuidadosamente planejada na concepção das
redes de computadores, é possível estabelecer uma infraestrutura robusta e
resiliente, capaz de suportar a interconexão entre nuvens públicas, privadas e
múltiplas. Como destacado por Chen et al. (2023), a utilização de tecnologias como
SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network) e soluções de interconexão direta
entre data centers podem desempenhar um papel fundamental na garantia da
conectividade e no fornecimento de desempenho otimizado em ambientes
multicloud.
Além da conectividade, a segurança emerge como uma preocupação
premente na gestão de arquiteturas multicloud. A dispersão de dados sensíveis em
múltiplos ambientes de nuvem requer a implementação de medidas abrangentes de
proteção, que vão desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de
políticas de acesso rigorosas. Conforme observado por Patel et al. (2022), a adoção
de soluções de segurança baseadas em inteligência artificial e aprendizado de
máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra ameaças cibernéticas em
ambientes multicloud, garantindo a integridade e a confidencialidade dos dados.
No que tange à escalabilidade, as arquiteturas multicloud oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. Através da distribuição
estratégica de cargas de trabalho entre diferentes provedores de nuvem, é possível
34
alcançar uma escalabilidade dinâmica e uma utilização eficiente dos recursos
disponíveis. Como ressaltado por Dinh et al. (2021), a utilização de estratégias de
balanceamento de carga e autoescalonamento automático pode otimizar o
desempenho e garantir uma resposta ágil às demandas do ambiente.
Outro aspecto crucial a ser considerado na gestão de arquiteturas multicloud

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é a interoperabilidade entre os diversos provedores de nuvem. A padronização de


protocolos e interfaces desempenha um papel fundamental na facilitação da
integração e na garantia da portabilidade de aplicativos e dados entre plataformas
heterogêneas. Conforme destacado por Wang et al. (2023), a adoção de padrões
abertos e o uso de APIs bem definidas são essenciais para promover a
interoperabilidade e evitar o aprisionamento do fornecedor em ambientes multicloud.
Em síntese, as arquiteturas multicloud representam uma abordagem
estratégica para a gestão de infraestruturas de TI na era digital, oferecendo uma
combinação única de flexibilidade, segurança e escalabilidade. Através da adoção
de arquiteturas de rede robustas e estratégias de gerenciamento eficazes, as
organizações podem maximizar o valor de seus investimentos em nuvem,
impulsionando a inovação e a competitividade no mercado global.
3.3 DESAFIOS NA SINCRONIZAÇÃO DE REDES DIVERSIFICADAS
A integração de redes diversificadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud apresenta uma série de desafios significativos, exigindo uma abordagem
cuidadosa e estratégica para garantir a sincronização eficiente e a interoperabilidade
entre os diversos componentes. Esta análise busca explorar os obstáculos
encontrados na sincronização de redes heterogêneas e as estratégias para superá-
los, visando a eficiência, segurança e escalabilidade das infraestruturas digitais.
Um dos desafios fundamentais na sincronização de redes diversificadas é a
disparidade de protocolos e tecnologias utilizadas em diferentes ambientes de
nuvem. A coexistência de infraestruturas públicas, privadas e múltiplas muitas vezes
implica a utilização de tecnologias distintas, tornando a interoperabilidade entre elas
uma tarefa complexa. Conforme observado por Santos et al. (2022), a falta de
35
padronização e a heterogeneidade de interfaces podem dificultar a integração
harmoniosa das redes, prejudicando a eficiência operacional.
Além disso, a variação na qualidade e desempenho das conexões de rede
entre os provedores de nuvem pode impactar negativamente na sincronização e na
transferência de dados entre os ambientes. A latência, a largura de banda e a
confiabilidade das conexões podem variar significativamente, afetando a
consistência e a disponibilidade dos serviços hospedados na nuvem. Como
ressaltado por Chen et al. (2023), a gestão eficaz da qualidade de serviço (QoS) e a
otimização de rotas de rede são essenciais para mitigar os efeitos adversos das
disparidades de desempenho (Figura 7).
Fonte: Tapajós, 2012.
Outro desafio importante na sincronização de redes diversificadas é a
garantia da segurança dos dados transmitidos entre os diferentes ambientes de
nuvem. A dispersão de informações sensíveis em múltiplas plataformas aumenta o
risco de exposição a ameaças cibernéticas e violações de segurança. A
implementação de medidas robustas de proteção, como criptografia de ponta a
ponta e controle de acesso granular, é essencial para mitigar os riscos associados à
transferência de dados entre ambientes heterogêneos. Conforme destacado por
Patel et al. (2021), a utilização de soluções de segurança baseadas em inteligência

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artificial e aprendizado de máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra


ameaças em redes diversificadas.
Figura 7 - Redes Avançadas QOS
36
Além disso, a gestão eficaz da configuração e do provisionamento de
recursos de rede em ambientes de nuvem híbrida e multicloud apresenta desafios
adicionais. A automação de processos e a orquestração de recursos são essenciais
para garantir a consistência e a conformidade das configurações em toda a
infraestrutura. No entanto, a integração de ferramentas de gerenciamento de rede de
diferentes provedores e plataformas pode ser complexa e requer uma abordagem
cuidadosa para evitar conflitos e inconsistências. Como destacado por Dinh et al.
(2020), a utilização de padrões abertos e APIs bem definidas pode facilitar a
integração e o gerenciamento unificado de redes diversificadas.
Por fim, a sincronização de redes diversificadas em ambientes de nuvem
híbrida e multicloud apresenta desafios substanciais, que exigem uma abordagem
holística e estratégica para superá-los. Através da padronização de protocolos,
otimização de desempenho, implementação de medidas de segurança robustas e
automação de processos, as organizações podem garantir a eficiência, segurança e
escalabilidade de suas infraestruturas digitais, promovendo a inovação e a
competitividade no mercado global.
37
4. INTEGRAÇÃO DE NUVENS HÍBRIDAS E MULTICLOUD: O PAPEL DAS
REDES DE COMPUTADORES (17 PÁGINAS)
4.1 ALOCAÇÃO EFICIENTE DE RECURSOS EM AMBIENTES HÍBRIDOS E
MULTICLOUD
4.2 SEGURANÇA
4.2.1 Desafios Específicos de Segurança em Ambientes de Nuvem
4.2.2 Estratégias para Proteção de Dados e Comunicações
4.3 ESCALABILIDADE
4.4 DESENVOLVIMENTO DE INFRAESTRUTURAS HÍBRIDAS E MULTICLOUD
4.4.1 Estratégias para a Integração Eficiente
38
CONCLUSÃO (2 PÁGINAS)
39
REFERÊNCIAS
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network-access1.html#GUID-E83EB56E-9DDC-4E5C-959F-57F79415223A

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=================================================================================
Arquivo 1: capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Arquivo 2: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/10/9/da-integracao-a-inclusao-novo-paradigma
(2764 termos)
Termos comuns: 22
Similaridade: 0,23%
O texto abaixo é o conteúdo do documento capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/10/9/da-integracao-a-inclusao-novo-paradigma (2764
termos)

=================================================================================
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA ? PREFEITO HIRANT SANAZAR
Redes De Computadores
OSASCO
2024
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
OSASCO
2024
Trabalho de Graduação apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Osasco -
?Prefeito Hirant Sanazar? como requisito
parcial para a obtenção do título de
Tecnólogo em REDES DE
COMPUTADORES, sob a orientação do(a)
Professor(a) Adalberto de Freitas Camargo.
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
TERMO DE APROVAÇÃO DIGITALIZADA
DEDICATÓRIA
RESUMO
Palavras-chave:

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ABSTRACT
Keywords:
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
1.1 PROBLEMÁTICA
........................................................................................................................................8
1.2 HIPÓTESE
..................................................................................................................................................8
1.3 JUSTIFICATIVA
..........................................................................................................................................8
1.4 OBJETIVOS
................................................................................................................................................9
1.4.1 Geral...............................................................................................................................................9
1.4.2 Específicos.......................................................................................................................................9
1.5 METODOLOGIA
.......................................................................................................................................10
2. CAP.......................................................................................................................13
71 INTRODUÇÃO
A revolução na gestão e utilização de recursos computacionais, impulsionada
pela era digital, representa uma transformação abrangente no modo como as
organizações enfrentam os desafios contemporâneos. Nesse contexto dinâmico, a
resposta inovadora das empresas modernas às crescentes demandas e
complexidades é evidenciada pela adoção de infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. O amalgamamento estratégico de recursos provenientes de nuvem
multicloud e nuvem híbrida visa proporcionar às organizações uma resposta ágil e
adaptável às exigências do ambiente empresarial em constante evolução.
Ao reunir esses recursos diversificados, as organizações buscam conquistar
uma maior flexibilidade operacional, eficiência aprimorada e uma capacidade
robusta de adaptação. A pesquisa em questão assume o desafio de realizar uma
análise abrangente das arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento
aplicadas nesses ambientes integrados.
Dessa forma, ao unir os recursos de nuvem multicloud e nuvem híbrida, as
organizações almejam atingir um nível mais elevado de flexibilidade, eficiência
operacional e capacidade de adaptação diante das exigências em constante
mudança. Este cenário de integração de plataformas distintas levanta a necessidade
premente de uma análise aprofundada das arquiteturas de rede e estratégias de
gerenciamento empregadas nesses ambientes complexos.
Esta pesquisa visa não apenas compreender, mas também ir além,
explorando formas inovadoras de otimizar eficiência, reforçar a segurança e
aprimorar a escalabilidade nesse contexto multifacetado. Ao abordar esses desafios,
o estudo posiciona-se como um contribuinte significativo para o avanço no
entendimento e na implementação de práticas mais avançadas e adaptáveis no
gerenciamento desses ambientes dinâmicos e interconectados.
Este estudo visa, assim, contribuir para o desenvolvimento de abordagens

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mais sofisticadas e adaptáveis no gerenciamento desses ambientes complexos e


dinâmicos.
81.1 PROBLEMÁTICA
O aumento significativo no uso de ambientes de nuvem híbrida e multicloud
impõem desafios consideráveis as redes de computação. A integração eficiente de
plataformas distintas, a garantia da segurança da informação e a otimização dos
recursos de rede representam obstáculos complexos e multifacetados.
Nesse contexto, surge a necessidade premente de compreender
profundamente o papel das redes de computadores nesses ambientes dinâmicos. A
questão central que norteia esta pesquisa é: Como as redes de computadores
podem ser estruturadas e gerenciadas de maneira a aperfeiçoar a eficiência, a
segurança e a escalabilidade em infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud?
1.2 HIPÓTESE
A hipótese desta pesquisa é que, por meio de uma análise aprofundada das
arquiteturas de rede e das estratégias de gerenciamento, é possível otimizar a
eficiência operacional, reforçar a segurança da informação e promover
escalabilidade em ambientes que integram nuvens públicas, privadas e múltiplas.
1.3 JUSTIFICATIVA
A crescente complexidade e a rápida evolução do cenário tecnológico
demandam uma análise aprofundada sobre como as redes de computadores
desempenham um papel relevante no suporte a infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. Nesse sentido, à medida que organizações adotam modelos integrados
de nuvem para atender às suas necessidades operacionais, surge a necessidade
premente de compreender não apenas os benefícios, mas também os desafios
associados a essas arquiteturas complexas.
A relevância deste estudo estende-se além do ambiente acadêmico,
impactando diretamente as práticas e decisões nas organizações contemporâneas.
Ao compreendermos melhor como as redes de computadores se articulam e
influenciam infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud, é possível fornecer
9respostas a questões críticas enfrentadas por profissionais da área. Essas
respostas, por sua vez, têm o potencial de aperfeiçoar a eficiência operacional, a
segurança da informação e a escalabilidade, aspectos vitais para o sucesso e a
sustentabilidade das operações de redes.
Além disso, ao abordar diretamente os desafios práticos enfrentados pelas
organizações na adoção de ambientes de nuvem integrada, esta pesquisa pode
auxiliar a gestores que buscam implementar estratégias mais eficazes. A
compreensão aprofundada das nuances dessas arquiteturas complexas pode
catalisar a inovação e informar decisões informadas, promovendo assim uma
integração mais eficiente e segura de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
Dessa forma, a relevância deste estudo transcende a esfera acadêmica,
oferecendo uma contribuição prática e tangível para aqueles envolvidos no campo
de rede de computadores, alinhando-se com as demandas emergentes do cenário
corporativo contemporâneo.
1.4 OBJETIVOS

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1.4.1 Geral
Analisar as arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em
ambientes de nuvem híbrida e multicloud, identificando oportunidades de otimização
para eficiência, segurança e escalabilidade.
1.4.2 Específicos
? Investigar as principais problemáticas enfrentadas por nuvem multicloud e
nuvem híbrida;
? Propor estratégias de gerenciamento de rede para otimização da eficiência
operacional;
? Avaliar as medidas de segurança adotadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud.
10
1.5 METODOLOGIA
A metodologia empregada neste trabalho de conclusão de curso
fundamentou-se em uma abordagem de pesquisa bibliográfica, conduzida por meio
de uma revisão sistemática da literatura. A execução dessa revisão envolveu uma
leitura exploratória de resumos e títulos de obras relevantes, com o intuito de avaliar
a pertinência e contribuição desses materiais à temática central do estudo.
A coleta de dados para este estudo foi conduzida por meio de uma pesquisa
bibliográfica abrangente, abarcando fontes diversas, como livros, revistas
especializados e periódicos online. Além disso, consultas a pesquisas científicas
consolidadas foram realizadas para assegurar a abrangência e profundidade do
levantamento de informações. O critério de leitura exploratória de resumos e títulos
foi aplicado de forma criteriosa para avaliar a pertinência das obras em relação ao
âmago da pesquisa.
No sentido de ampliar a cobertura e qualidade da pesquisa, a seleção de
estudos foi orientada para bases de dados reconhecidas no contexto de
infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud. Nesse sentido, foram exploradas
plataformas como IEEE Xplore, ACM Digital Library e SpringerLink e Google
Acadêmico, buscando incluir perspectivas abrangentes e atualizadas sobre o tema
em questão.
As palavras-chave adotadas para orientar a pesquisa refletiram a
complexidade e abrangência da temática, incluindo termos como "Infraestruturas de
Nuvem Híbrida", "Multicloud", "Arquiteturas de Rede", "Estratégias de
Gerenciamento", "Eficiência", "Segurança" e "Escalabilidade". Essa escolha
estratégica de palavras-chave visa abarcar os diversos aspectos e nuances
relacionados aos ambientes integrados de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
O material utilizado para análise e revisão consistiu principalmente em artigos
científicos, conferências e livros especializados, enfocando a viabilidade técnica das
arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em contextos de nuvem híbrida
e multicloud. Essa abordagem proporcionou uma base sólida e diversificada para a
construção do conhecimento neste campo de estudo.
Os critérios de inclusão estabeleceram a seleção de artigos científicos
publicados no Brasil, compreendidos no intervalo temporal entre 2014 e 2023, em

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formato de texto completo. Em contrapartida, foram excluídos artigos científicos não


11
disponíveis integralmente e materiais que não estavam alinhados com a temática
central do trabalho. Esses critérios foram aplicados para assegurar a qualidade e
pertinência dos estudos incorporados à revisão bibliográfica.
12
2. COMPUTAÇÃO EM NUVEM
O presente capítulo deste trabalho se dedica à exploração aprofundada do
conceito e da diversidade de modelos de Computação em Nuvem (Cloud
Computing). Este campo emergente na tecnologia da informação tem transformado
radicalmente a maneira como os recursos computacionais são concebidos,
provisionados e utilizados. A Computação em Nuvem transcende as limitações dos
modelos tradicionais, permitindo acesso remoto a uma variedade de aplicações e
serviços, independentemente de localização geográfica ou plataforma de
hardware.
2.1. Definição de Computação em Nuvem
A ascensão da computação em nuvem constitui uma tendência notável,
manifestando-se após a transição comercial da Internet ocorrida em 1995. Nesse
momento, a Internet já havia se consolidado como uma rede global de comunicação
de dados multimídia, estabelecendo conexões entre a maioria das instituições de
ensino superior e centros de pesquisa em escala mundial (ZUFFO et al., 2013).
Posto isto, a computação em nuvem, também conhecida como Cloud
Computing, constitui um inovador paradigma computacional que viabiliza ao usuário
final o acesso remoto a uma ampla gama de aplicações e serviços,
independentemente de sua localização e plataforma, mediante a utilização de um
terminal conectado à nuvem1 (TAURION, 2019).
A metáfora da nuvem, com sua conotação de um ambiente desconhecido
cujo início e fim são perceptíveis, revelam-se apropriadamente empregada
na nomenclatura desse novo modelo. Neste contexto, a infraestrutura e os
recursos computacionais permanecem virtualmente ocultos, com o usuário
interagindo por meio de uma interface padronizada, por meio da qual são
disponibilizadas diversas aplicações e serviços (SANTOS, 2018, p. 38).
1 A computação em nuvem teve sua origem em 2006, quando Eric Schmidt, da Google, abordou a
gestão dos data centers em uma palestra. Atualmente, ela representa o epicentro de um movimento
que provoca mudanças substanciais no panorama tecnológico. Nesse contexto, a metáfora da nuvem
simboliza a internet ou a infraestrutura de comunicação entre os componentes arquiteturais,
fundamentada em uma abstração que esconde a complexidade subjacente. Cada componente dessa
infraestrutura é oferecido como serviço e geralmente alocado em data centers que utilizam recursos
de hardware compartilhado para computação e armazenamento.
13
Um criterioso relatório elaborado pela Gartner, destacando a computação em
nuvem como a vanguarda na esfera da tecnologia estratégica, enfatizou de maneira
contundente sua proeminência, consolidando-se como uma tendência incontestável
na indústria, ao estabelecer formalmente sua definição:

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A computação em nuvem é uma forma especializada de computação


distribuída que introduz modelos de utilização para o provisionamento
remoto de recursos escaláveis e mensuráveis. [...] É um estilo de
computação no qual capacidades escaláveis e elásticas habilitadas para TI
(serviços, software ou infraestrutura) são entregues como serviço a clientes
externos usando tecnologias da Internet (BRODKIN, 2008, p. 39).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem é um paradigma que
implica a disponibilização de recursos computacionais, como armazenamento,
processamento, redes e software, por meio da Internet. Esses recursos são
acessíveis e utilizáveis remotamente, permitindo que os usuários aproveitem os
serviços oferecidos por provedores de nuvem, eliminando a dependência de
recursos locais ou servidores físicos para atender às suas demandas
computacionais.
A computação em nuvem, em uma conceituação mais abrangente,
representa um paradigma de infraestrutura que viabiliza a implementação do
Software como Serviço (SaaS). Este paradigma engloba um extenso conjunto de
serviços acessíveis pela web, destinados a disponibilizar funcionalidades que,
anteriormente, demandavam consideráveis investimentos em hardware e software.
O funcionamento da computação em nuvem ocorre por meio de um modelo de
pagamento baseado no uso, permitindo uma abordagem mais flexível e eficiente em
termos de custos (OLIVEIRA et al., 2020).
Este modelo de computação transcende as limitações tradicionais,
oferecendo capacidades escaláveis e elásticas relacionadas às tecnologias da
informação. Essas capacidades são disponibilizadas como serviços aos usuários
finais por meio da internet. Essa definição, amplamente reconhecida, é
compartilhada pelo grupo Gartner, destacando a essência da computação em
nuvem como uma inovação que proporciona agilidade, acessibilidade e economia,
transformando fundamentalmente a forma como recursos computacionais são
provisionados e consumidos (TAURION, 2019).
É importante ressaltar que a representação simbólica da nuvem reside na
internet, composta por uma infraestrutura de comunicação que engloba hardwares,
14
softwares, interfaces, redes de telecomunicação, dispositivos de controle e
armazenamento, permitindo a entrega de serviços computacionais. Para
implementar esse modelo, é imperativo consolidar todas as aplicações e dados dos
usuários em extensos centros de armazenamento denominados data centers. Após
essa consolidação, a infraestrutura e as aplicações dos usuários são distribuídas
como serviços acessíveis pela internet (SANTOS, 2018).
Segundo Oliveira et al. (2020), um elemento para a compreensão deste
modelo de computação diz respeito aos intervenientes da nuvem, que podem ser
categorizados em três grupos distintos: o provedor de serviço, o desenvolvedor e o
usuário.
Segundo Santos (2018), o provedor assume a responsabilidade de
disponibilizar, gerenciar e monitorar integralmente a infraestrutura da nuvem. Por

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sua vez, Taurion (2019) explica que o desenvolvedor deve possuir a habilidade de
fornecer serviços destinados ao usuário final, baseando-se na infraestrutura
disponibilizada. O usuário final, representa o consumidor que utilizará os recursos
oferecidos pelo cloud computing.
A computação em nuvem, por conseguinte, configura-se como um novo
modelo de serviço inovador, capacitado para prover uma diversidade de serviços,
incluindo processamento, infraestrutura e armazenamento de dados, exclusivamente
por meio da internet (TAURION, 2019). Para que um data center possa ser chamado
de Cloud Computing, é necessário atender a algumas características essenciais, a
saber.
2.2. Características
A convergência de diversas tecnologias essenciais capacita a computação em
nuvem a oferecer serviços de maneira transparente aos usuários, entre outras
funcionalidades e particularidades. Campos tecnológicos de suma importância nessa
convergência abrangem o hardware, com ênfase na capacidade de virtualização; as
tecnologias de internet, como a Web 2.0 e os serviços web; o gerenciamento de
sistemas, incluindo a computação independente (autonomic computing) e a
automação de gerenciamento e manutenção de data centers; além da computação
distribuída, com especial atenção para a utility & grid computing.
15
2. 2.1. Elasticidade e Escalonamento
A computação em nuvem proporciona a ilusão de recursos computacionais
infinitos disponíveis para utilização. Nesse contexto, os usuários antecipam que a
nuvem seja capaz de fornecer rapidamente recursos em qualquer quantidade e a
qualquer momento. A expectativa é que recursos adicionais sejam disponibilizados,
possivelmente de maneira automática, em períodos de aumento da demanda, e
retidos durante reduções nessa demanda (OLIVEIRA et al., 2020).
Segundo Santos (2018), recursos podem ser adquiridos de forma rápida e
elástica, muitas vezes automaticamente, caso haja necessidade de escalar com o
aumento da demanda, e liberados durante a redução dessa demanda. Aos usuários,
os recursos disponíveis para uso parecem ser ilimitados e podem ser adquiridos em
qualquer quantidade e a qualquer momento. A virtualização (criação de ambientes
virtuais com o propósito de abstrair características físicas do hardware) desempenha
um papel fundamental na característica de elasticidade rápida da computação em
nuvem.
2.2.2. Self-Service sob demanda
Os usuários têm a capacidade de adquirir unilateralmente recursos
computacionais, como tempo de processamento no servidor ou armazenamento na
rede, à medida que necessitam, sem a necessidade de interação humana com os
provedores de cada serviço. Numa nuvem, tanto o hardware quanto o software
podem ser automaticamente reconfigurados, apresentando essas modificações de
maneira transparente para os usuários (SANTOS, 2018).
2.2.3. Faturamento e medição por uso
Dado que o usuário pode requisitar e utilizar apenas a quantidade de recursos

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e serviços considerada necessária, os serviços devem ser precificados com base em


um uso de curta duração, como, por exemplo, medido em horas de utilização.
Portanto, as nuvens devem implementar recursos que assegurem um comércio
16
eficiente de serviços, incluindo tarifação adequada, contabilidade, faturamento,
monitoramento e otimização do uso (OLIVEIRA et al., 2020).
Essa medição automática do uso dos recursos deve abranger diferentes tipos
de serviços oferecidos (armazenamento, processamento e largura de banda) e ser
prontamente reportada, promovendo uma maior transparência comercial (SANTOS,
2018).
2.2.4. Customização
Atendendo a múltiplos usuários, observa-se uma grande disparidade em suas
necessidades, tornando essencial a capacidade de personalização dos recursos da
nuvem, abrangendo desde serviços de infraestrutura até serviços de plataforma e
software (SANTOS, 2018).
2.2.5. Amplo acesso à rede
Os recursos estão disponíveis por meio da rede e acessados através de
mecanismos que promovem padrões utilizados por plataformas heterogêneas, como
telefones celulares, laptops e PDAs. A interface de acesso à nuvem não exige que
os usuários modifiquem suas condições e ambientes de trabalho, como linguagens
de programação e sistemas operacionais (SANTOS, 2018).
2.2.6 Pooling de Recursos
Os provedores de recursos de computação são agrupados para atender a
vários consumidores através de um modelo multi-inquilino (modelo de software onde
uma única instância roda no servidor e permite atender a múltiplas requisições de
diferentes usuários), com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos
dinamicamente, de acordo com a demanda do consumidor (ALBUQUERQUE;
FREITAS, 2021).
17
Existe um senso de independência local, no qual o cliente geralmente não
tem controle ou conhecimento sobre a localização exata dos recursos
disponibilizados, mas pode especificar o local em um nível mais abstrato, como país,
estado ou data center. Exemplos de recursos incluem armazenamento,
processamento, memória, largura de banda de rede e máquinas virtuais (SANTOS,
2018).
2.2.7. Serviço Medido
Sistemas em nuvem gerenciam e otimizam automaticamente a utilização de
recursos, tirando proveito da capacidade de medição em um nível de abstração
adequado para o tipo de serviço. O uso de recursos é monitorado, controlado e
registrado, estabelecendo transparência entre o provedor e o consumidor (SANTOS,
2018).
A abordagem em nível de serviço SLA, que oferece informações sobre os
níveis de disponibilidade, funcionalidade, desempenho e possíveis penalidades em
caso de violação desses parâmetros, pode ser implementada para assegurar a

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eficiência do serviço (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021). É imperativo destacar que


existem três modelos principais de serviço na computação em nuvem, conforme
segue.
2.3. Camadas de Arquitetura e tipos de nuvem
Os serviços de computação em nuvem se distribuem em três classes,
considerando o nível de abstração do recurso fornecido e o modelo de serviço do
provedor. O nível de abstração representa a camada de arquitetura onde os serviços
das camadas superiores podem ser compostos pelos serviços das camadas
inferiores (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem representa uma
paradigmática distribuição de recursos na forma de serviços, transformando
radicalmente a entrega de soluções tecnológicas. Essa abordagem inovadora
proporciona uma organização tripartida, subdividindo a Computação nas Nuvens em
três modelos distintos: Infraestrutura como Serviço (IaaS); Plataforma como Serviço
18
(PaaS); e Software como Serviço (SaaS), na camada superior, conforme ilustrado na
Figura 1.
Figura 1: Representação dos modelos de serviços
Fonte: https://fabriciorhs.files.wordpress.com/2010/09/cloud_computing.pdf
IaaS: Fornece acesso a recursos de infraestrutura virtualizada, como
máquinas virtuais, redes e armazenamento. Os usuários têm controle sobre o
sistema operacional, aplicativos e configurações, enquanto o provedor de nuvem
gerencia a infraestrutura subjacente (TAURION, 2019);
PaaS: Oferece uma plataforma de desenvolvimento completa, incluindo
ferramentas, bibliotecas e serviços necessários para desenvolver, testar e implantar
aplicativos sem se preocupar com a infraestrutura subjacente (TAURION,
2019);
SaaS: Fornece aplicativos de software totalmente desenvolvidos e prontos
para uso, acessíveis por meio da Internet. Os usuários podem utilizar o software
sem se preocupar com manutenção, atualizações ou gerenciamento da
infraestrutura.
Em síntese, a computação em nuvem representa uma revolução no
paradigma de prestação de serviços de TI. A estrutura em camadas, composta por
Infraestrutura como IaaS, PaaS e SaaS, oferece uma abordagem abrangente e
19
escalável para atender às necessidades variadas dos usuários (TAURION,
2019).
2.4. Compreensão das Nuvens Pública, Privada e Hibrida
2.4.1. Nuvem pública
A implementação da computação em nuvem por meio de nuvens públicas é a
modalidade mais amplamente adotada. Nesse contexto, os recursos de nuvem,
como servidores e armazenamento, são propriedade de um provedor de serviços de
nuvem externo, sendo geridos e fornecidos por meio da Internet. Na nuvem pública,
toda a infraestrutura, incluindo hardware, software e suporte, é exclusivamente de

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responsabilidade e administração do provedor de nuvem (ZUFFO et al., 2013). O


Microsoft Azure exemplifica de forma destacada uma nuvem pública.
Ao selecionar uma nuvem pública, ocorre o compartilhamento de dispositivos
de hardware, armazenamento e rede com outras organizações ou "locatários" da
nuvem. A utilização de serviços e a gestão da conta são realizadas por meio de um
navegador da web. As implantações de nuvem pública são frequentemente
empregadas para disponibilizar serviços como e-mail baseado na web, aplicativos
de escritório online, armazenamento e ambientes de desenvolvimento e teste
(TAURION, 2009).
2.4.2. Nuvem privada
Uma nuvem privada constitui-se de recursos de computação em nuvem
destinada exclusivamente ao uso de uma única empresa ou organização. Essa
configuração pode ser implementada localmente no datacenter da entidade ou
hospedada por um provedor de serviços terceirizado (TAKABI, 2010). Entretanto,
vale destacar que, em uma nuvem privada, os serviços e a infraestrutura
permanecem integralmente na rede privada, e tanto o hardware quanto o software é
dedicado exclusivamente à referida organização (ERL et al., 2013).
A característica distintiva da nuvem privada reside na capacidade da
organização em personalizar seus recursos de maneira mais eficaz para atender a
requisitos específicos de TI (THOMAS et al., 2013). Para Meza 92014),
20
frequentemente adotadas por entidades governamentais, instituições financeiras e
outras organizações de grande porte com operações críticas para os negócios, as
nuvens privadas visam aprimorar o controle sobre seu ambiente operacional. Este
modelo oferece maior flexibilidade e adequação às necessidades particulares,
proporcionando um ambiente customizado que atenda eficientemente aos requisitos
específicos de cada entidade.
Figura 2: Nuvem Privada
Fonte: https://comoaprenderwindows.com.br/infraestrutura/o-que-e-uma-nuvem-privada/
Conforme exposto, a nuvem privada é uma modalidade de serviços de
computação oferecidos pela Internet ou por uma rede interna privada, sendo
acessível exclusivamente a usuários selecionados, em contraste com o público em
geral. Também conhecida como nuvem interna ou corporativa, ela proporciona
benefícios semelhantes aos da nuvem pública, como autoatendimento,
escalabilidade e elasticidade.
No entanto, diferencia-se ao oferecer maior controle e personalização por
meio de recursos dedicados em uma infraestrutura local. Destaca-se por
proporcionar um nível superior de segurança e privacidade, garantidos por firewalls
internos e hospedagem própria, assegurando que dados confidenciais não sejam
acessíveis a terceiros. Uma desvantagem reside na responsabilidade do
21
departamento de TI pela gestão da nuvem privada, o que implica custos e
responsabilidades comparáveis aos de um data center tradicional (MEZA, 2024).
2.4.3. Nuvem híbrida

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A nuvem híbrida representa uma fusão estratégica de dois ou mais tipos


distintos de ambientes de nuvem. Essa configuração abrange a combinação de
nuvens públicas e privadas, podendo ainda incorporar uma infraestrutura local já
existente. Para que uma nuvem seja verdadeiramente híbrida, é imperativo que
esses diversos ambientes de nuvem estejam profundamente interligados, operando
de maneira essencial como uma única infraestrutura integrada. É comum que
praticamente todas as nuvens híbridas contemplem pelo menos uma nuvem pública
em sua composição (SANTOS, 2023).
Para Oliveira (2016), a abordagem da nuvem híbrida emerge como uma
solução estratégica que capitaliza as vantagens oferecidas tanto pelas nuvens
públicas quanto pelas privadas. Essa integração visa otimizar a flexibilidade,
oferecendo uma resposta eficaz às demandas variáveis e aos requisitos específicos
de cada organização. A capacidade de orquestrar recursos de diferentes ambientes
de nuvem confere uma adaptabilidade relevante às organizações, permitindo-lhes
alcançar um equilíbrio personalizado entre controle, segurança e escalabilidade.
Figura 3: Nuvem híbrida
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-hybrid-cloud/
22
Uma nuvem híbrida combina efetivamente tecnologias distintas para otimizar
eficiência e funcionalidade. Semelhante ao funcionamento de carros híbridos, que
integram motores a gasolina e elétricos para obter eficiência e potência, as nuvens
híbridas combinam vantagens de diferentes ambientes em nuvem (RODRIGUES et
al., 2015).
Segundo Oliveira (2016), essas nuvens têm diversas aplicações, permitindo
que organizações usem nuvens privadas e públicas para diferentes serviços, backup
ou gestão de picos de demanda. Ambientes de nuvem híbrida oferecem flexibilidade
ao executar aplicativos em diversos ambientes, incluindo nuvens públicas, privadas
e locais, atendendo às necessidades específicas da empresa.
Ademais, as soluções de nuvem híbrida facilitam a migração e gestão de
cargas de trabalho entre ambientes, possibilitando configurações mais versáteis.
Essa abordagem é comum atualmente devido à não dependência exclusiva de uma
única nuvem pública (TAURION¸2019).
Para Santos (2023), organizações adotam plataformas de nuvem híbrida para
reduzir custos, minimizar riscos e expandir recursos, sustentando esforços de
transformação digital. Essa configuração é uma das infraestruturas mais
prevalentes, permitindo a transição gradual de aplicativos e dados durante
migrações para a nuvem. Ambientes híbridos possibilitam o uso contínuo de
serviços locais e a flexibilidade oferecida por provedores de nuvem pública, como o
Google Cloud.
2.4.3.1 Funcionamento da Nuvem híbrida
Conforme mencionado anteriormente, as nuvens híbridas representam uma
fusão de recursos e serviços provenientes de dois ou mais ambientes distintos de
computação. Para as arquiteturas de nuvem híbrida funcionar eficientemente, é
essencial a integração, orquestração e coordenação para possibilitar o

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compartilhamento, alteração e sincronização ágil de informações (TAURION¸2019).


A base de uma implantação bem-sucedida de nuvem híbrida reside em uma
rede robusta. A interconectividade entre esses ambientes frequentemente é
estabelecida por meio de redes locais (LAN), redes de longa distância (WAN), redes
23
privadas virtuais (VPNs) e interfaces de programação de aplicativos (APIs) (MEZA,
2024).
Santos (2023), explica que assim como em outras arquiteturas de
computação em nuvem, as plataformas de nuvem híbrida fazem uso das tecnologias
de virtualização, conteinerização e armazenamento e rede definida por software
para abstrair e consolidar recursos. Através de softwares de gerenciamento
dedicados, as organizações conseguem alocar recursos e possibilitar o
provisionamento sob demanda em ambientes diversos.
2.5. Nuvem Multicloud
Segundo Santos et al. (2021), a abordagem Multicloud é caracterizada pelo
uso de serviços e recursos de nuvem fornecidos por múltiplos provedores, em
contraste com a dependência exclusiva de um único provedor de nuvem. Essa
estratégia permite que organizações selecionem os serviços mais adequados às
suas necessidades específicas, beneficiem-se da redundância e evitem a
dependência exclusiva de um único fornecedor.
Figura 4: Nuvem Multicloud
24
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-multicloud/
Conforme Figura acima, Multicloud é à utilização de várias nuvens públicas
por uma empresa. Em uma configuração de multinuvem, a empresa incorpora
nuvens públicas de mais de um provedor, ao invés de depender de um único
fornecedor para hospedagem em nuvem, armazenamento e pilha completa de
aplicativos. Segundo Santos (2023), essa abordagem oferece flexibilidade e
diversidade de fornecedores, sendo útil para diversos propósitos, como redundância,
backup do sistema e integração de diferentes serviços de nuvem, incluindo IaaS,
PaaS e SaaS.
Sob outra perspectiva, um ambiente Multicloud refere-se à prática de utilizar
múltiplos serviços de computação em nuvem dentro de uma arquitetura única e
heterogênea. Seu propósito principal é reduzir a dependência de fornecedores
individuais, proporcionando maior flexibilidade por meio de uma ampla gama de
opções disponíveis (ALALUNA¸2019).
25
Por exemplo, uma empresa que utiliza os serviços de armazenamento de
dados da Amazon Web Services (AWS), os recursos de computação da Microsoft
Azure e as soluções de inteligência artificial do Google Cloud Platform estão
adotando uma abordagem multicloud. A combinação desses serviços permite à
empresa otimizar seus custos, aumentar sua flexibilidade e agilidade de sua
infraestrutura de TI (MEZA, 2024).
Além disso, a natureza Multicloud pode abranger a incorporação de nuvens

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públicas, privadas e de borda para alcançar os objetivos da empresa. Em outras


palavras, trata-se da integração de operações locais com aplicações e serviços
executados em diversos provedores de nuvem pública. Essa abordagem permite
que as empresas capitalizem os benefícios distintos oferecidos por cada plataforma,
ao mesmo tempo em que mitigam eventuais desvantagens associadas a uma única
nuvem (ALALUNA¸2019).
Para Paraiso et al. (2012), diferentemente da abordagem de nuvem híbrida,
que envolve a combinação de diferentes modos de implantação (como público,
privado e legado) em uma única infraestrutura, o Multicloud se concentra na
utilização de diversos serviços em nuvem de diferentes provedores,
independentemente do modelo de implementação utilizado. Essa distinção enfatiza
a diversidade e a variedade de opções disponíveis para as organizações que
adotam estratégias de Multicloud.
Ressalva-se que para Meza (2024), uma solução Multicloud integra serviços
de infraestrutura como serviço (IaaS), plataforma como serviço (PaaS) e software
como serviço (SaaS) em uma arquitetura que pode variar em termos de
acoplamento, podendo ser bastante ou pouco acoplada. Isso significa que a
arquitetura Multicloud pode ser projetada para oferecer diferentes níveis de
integração entre os serviços e provedores de nuvem, incluindo:
a) Rede: A integração eficiente de serviços de diferentes provedores requer uma
rede robusta e flexível, capaz de fornecer conectividade confiável e de baixa
latência entre os ambientes de nuvem;
b) Desempenho: É essencial garantir que a solução Multicloud atenda aos
requisitos de desempenho das aplicações, distribuindo as cargas de trabalho
de forma eficiente e otimizando o uso dos recursos disponíveis em cada
provedor de nuvem;
26
c) Segurança: A segurança dos dados e das aplicações é uma prioridade
fundamental. Uma solução multicloud deve implementar práticas de
segurança consistentes em todos os ambientes de nuvem, incluindo controle
de acesso, criptografia de dados, monitoramento de ameaças e conformidade
regulatória;
d) Gerenciamento operacional: O gerenciamento eficaz de uma arquitetura
multicloud requer ferramentas e processos adequados para monitorar,
provisionar, escalar e melhorar os recursos de forma centralizada,
independentemente dos provedores de nuvem utilizados;
e) Custo total de propriedade (TCO): Uma solução multicloud deve ser avaliada
em termos de custo total de propriedade, considerando não apenas os custos
diretos dos serviços de nuvem, mas também os custos indiretos associados à
integração, gerenciamento e suporte (MEZA, 2024).
Ao considerar esses aspectos e aplicar as melhores práticas de design e
operação, uma solução multicloud pode proporcionar benefícios consideráveis em
termos de flexibilidade e eficiência operacional para seus usuários. Essa abordagem
estratégica permite a otimização dos recursos disponíveis, a adaptação a demandas

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variáveis e a maximização da infraestrutura, refletindo diretamente em ganhos de


produtividade e performance para as organizações (OLIVEIRA et al., 2020).
2.5.1 Como Funciona a Nuvem Multicloud
A implementação de uma arquitetura de nuvem multicloud demanda a
integração de diversos serviços e plataformas de nuvem por meio de APIs
(interfaces de programação de aplicativos) e ferramentas de gerenciamento de
nuvem. Esta abordagem permite distribuir diferentes cargas de trabalho entre
provedores de nuvem distintos, tirando proveito de suas respectivas vantagens e
recursos (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Essa integração é realizada por meio de redes e conexões de comunicação,
como a internet ou redes privadas virtuais (VPNs), utilizando ferramentas como
27
APIs, contêineres e orquestradores de contêineres2, como Kubernetes3. Com a
nuvem multicloud, as organizações têm a liberdade de escolher os serviços
específicos de cada provedor que melhor atendam às suas necessidades, como
armazenamento de dados, computação, análise de dados e inteligência artificial (IA),
entre outros (TAURION, 2019).
Meza (2024), explica que essa flexibilidade proporciona a oportunidade de
otimizar o desempenho, a segurança e os custos, de acordo com os requisitos de
cada carga de trabalho. Além disso, a nuvem multicloud reduz a dependência de um
único provedor de nuvem, mitigando o risco de interrupções no serviço e
aprimorando as operações de TI (ALALUNA¸2019).
Em relação à rede, uma infraestrutura de nuvem multicloud requer uma rede
robusta e segura para facilitar a comunicação entre os diversos provedores de
nuvem, garantindo o desempenho e a segurança dos aplicativos e dados. Isso pode
envolver a implementação de conexões de rede privada dedicadas, como VPNs ou
conexões diretas, para garantir a conectividade confiável e de baixa latência entre os
diferentes ambientes de nuvem.
2.5.2 Infraestruturas de Nuvem Multicloud
As infraestruturas de nuvem multicloud referem-se à arquitetura de tecnologia
que permite a integração e operação de múltiplos provedores de nuvem em um
ambiente heterogêneo. Essas infraestruturas são fundamentais para viabilizar a
estratégia multicloud, oferecendo suporte à distribuição de cargas de trabalho e
recursos em diferentes plataformas de nuvem (ALALUNA¸2019).
Uma infraestrutura de nuvem multicloud bem projetada deve ser altamente
adaptável, capaz de lidar com os desafios e complexidades inerentes à operação em
2 Os contêineres são empregados para transportar aplicações em meio a uma infraestrutura
multicloud. Cada contêiner encapsula não apenas a aplicação em si, mas também suas bibliotecas
associadas, variáveis de ambiente e arquivos de configuração essenciais para a execução da
aplicação em qualquer ambiente operacional onde o contêiner seja implantado.
3 O Kubernetes é um sistema de orquestração de contêineres de código aberto que automatiza os
processos de implantação, dimensionamento e gerenciamento de aplicações em contêineres.
Inicialmente concebido pelo Google, o Kubernetes agora é mantido pela Cloud Native Computing
Foundation.

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28
ambientes diversos (TAURION, 2019). Algumas características essenciais das
infraestruturas de nuvem multicloud estarão na Tabela 1:
Tabela 1: Aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
Aspecto Descrição
Interconectividade
Permite a interconexão eficiente entre os diferentes provedores
de nuvem e suas soluções, garantindo interoperabilidade e
comunicação fluida na arquitetura multicloud.
Orquestração de
Recursos
Capacidade de gerenciar recursos de forma unificada,
automatizando processos como provisionamento,
escalonamento e balanceamento de carga em um ambiente
multicloud.
Segurança
Preocupação central em ambientes de nuvem, torna-se ainda
mais crítica na infraestrutura multicloud, exigindo recursos
avançados como criptografia, controle de acesso e
monitoramento de ameaças.
Gerenciamento de
Custos
Monitoramento e gestão centralizada dos custos associados a
diferentes provedores de nuvem e cargas de trabalho, visando
melhorar gastos e alocar recursos de forma eficiente.
Escalabilidade e
Elasticidade
Capacidade de dimensionar recursos dinamicamente para
atender às demandas variáveis de carga de trabalho,
oferecendo escalabilidade automática e sob demanda no
ambiente multicloud.
Fonte: Tarion (2019)
Após analisar os aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
representada pela Tabela 1, é possível observar a complexidade e a importância de
cada um desses elementos para garantir o funcionamento eficiente e seguro desse
ambiente. A interconectividade entre os provedores de nuvem é fundamental para a
interoperabilidade e comunicação fluida, enquanto a orquestração de recursos
permite a automação de processos fundamentais, como o provisionamento e
escalonamento.
Além disso, segundo Alaluna (2019), a segurança assume um papel ainda
mais crítico na infraestrutura multicloud, demandando recursos avançados de
proteção de dados e monitoramento de ameaças. O gerenciamento de custos é
essencial para melhorar os gastos e garantir uma alocação eficiente de recursos,
enquanto a escalabilidade e elasticidade permitem que as organizações

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dimensionem seus recursos de acordo com as demandas variáveis de carga de
trabalho. Portanto, ao considerar esses aspectos, as empresas podem construir e
manter uma infraestrutura multicloud robusta e adaptável, capaz de atender às
necessidades do negócio de forma eficaz e segura.
2.5.3 Das diferenças das infraestruturas de Nuvem Multicloud
Ao contrário da abordagem Multicloud, a Nuvem Híbrida não necessariamente
se baseia na utilização de serviços de diferentes fornecedores. Enquanto na
Multicloud uma empresa pode empregar nuvens públicas, privadas ou híbridas, a
Nuvem Híbrida tende a integrar ambientes de nuvem pública e privada, mantendo-os
interconectados (RODRIGUES et al., 2015).
Posto isto, as principais distinções entre essas duas soluções residem no
escopo de tecnologias disponíveis e na dependência de fornecedores únicos. Na
prática, a abordagem Multicloud oferece uma variedade mais ampla de opções
tecnológicas, permitindo que a empresa não se restrinja a um único fornecedor, uma
vez que os serviços são adquiridos de diferentes prestadores (TAURION, 2019).
Haja vista, em consonância com Santos et al. (2021), com o crescimento
contínuo da oferta de serviços em nuvem, a diversificação de provedores se
expandiu ainda mais, tornando o gerenciamento da infraestrutura de nuvem mais
complexo e desafiador. Essa complexidade adicional aumentou a necessidade de
cuidados na gestão e na integração dos serviços de nuvem.
É importante ressaltar que as abordagens de Multicloud e Nuvem Híbrida são
mutuamente exclusivas: não é viável implementar ambas simultaneamente, pois as
nuvens estarão interconectadas na Nuvem Híbrida, enquanto na Multicloud não
haverá essa interconexão entre os provedores de nuvem utilizados (AMARAL,
2021).
30
3. ARQUITETURAS REDE SOB A PERSPECTIVA HÍBRIDA E MULTICLOUD
3.1 ARQUITETURAS HÍBRIDAS
As arquiteturas híbridas emergiram como uma resposta dinâmica às
demandas complexas e multifacetadas das infraestruturas de nuvem na era
contemporânea. Nesse contexto, a interconexão de nuvens públicas, privadas e
múltiplas tornou-se imperativa para empresas que buscam otimizar eficiência,
segurança e escalabilidade em seus ambientes digitais. Para compreender
plenamente esse paradigma, é essencial analisar tanto as estratégias de rede
quanto as técnicas de gerenciamento que impulsionam essas arquiteturas híbridas.
Um dos pilares fundamentais na sustentação das redes de computadores é a
robustez da infraestrutura subjacente. A integração harmoniosa entre os ambientes
de nuvem pública e privada requer uma abordagem meticulosa na concepção e
implementação das redes, as quais devem ser capazes de suportar cargas de
trabalho variáveis e garantir conectividade contínua. Conforme apontado por
Bernstein e Vij (2014), em seu estudo seminal, a flexibilidade e a adaptabilidade das
arquiteturas de rede desempenham um papel crucial na facilitação da migração de
cargas de trabalho entre diferentes nuvens.

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Além da estrutura física, as estratégias de gerenciamento desempenham um


papel preponderante na governança eficaz das arquiteturas híbridas. A automação
de processos, aliada à orquestração de recursos, é essencial para garantir a
eficiência operacional e a escalabilidade sob demanda. Nesse sentido, a abordagem
proposta por Chowdhury e Boutaba (2010), que enfatiza a necessidade de políticas
dinâmicas de gerenciamento para a adaptação contínua às mudanças no ambiente,
revela-se particularmente relevante.
A segurança, por sua vez, emerge como uma preocupação central na
concepção de arquiteturas híbridas resilientes. A coexistência de dados sensíveis
em ambientes públicos e privados exige medidas de proteção abrangentes, que vão
desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de firewalls e sistemas
de detecção de intrusões. Conforme observado por Ristenpart et al. (2009), em sua
análise sobre os desafios de segurança na computação em nuvem, a integração de
31
mecanismos de autenticação multifatorial e o monitoramento proativo são essenciais
para mitigar os riscos inerentes a esses ambientes heterogêneos.
No âmbito da escalabilidade, as arquiteturas híbridas oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. A abstração de
recursos, combinada com a elasticidade inerente à nuvem, oferece uma base sólida
para a expansão sem interrupções das operações comerciais. Nesse contexto, as
contribuições de Kephart e Chess (2003), que exploram os princípios da
computação autônoma e adaptativa, oferecem insights valiosos sobre como alcançar
escalabilidade dinâmica em ambientes híbridos.
Outro aspecto crucial a ser considerado é a interoperabilidade entre os
diversos provedores de nuvem, que compõem o cenário multicloud. A padronização
de protocolos e interfaces é essencial para facilitar a integração e a portabilidade de
aplicativos e dados entre plataformas heterogêneas. A adoção de padrões abertos e
o uso de APIs (Application Programming Interfaces) bem definidas são essenciais
para evitar o aprisionamento do fornecedor e promover a interoperabilidade (Figura
5).
Fonte: Junior, J., 2019.
Figura 5 - Arquitetura de Micros Serviços Híbridos
32
Além disso, a latência e o desempenho da rede desempenham um papel
crítico na garantia da experiência do usuário e no suporte a aplicativos sensíveis ao
tempo. A distribuição estratégica de pontos de acesso e a utilização de CDNs
(Content Delivery Networks) podem ajudar a minimizar a latência e otimizar o
desempenho, especialmente em ambientes distribuídos geograficamente (Figura 6).
Fonte: Microsoft Azure.
Sendo assim, as arquiteturas híbridas representam uma evolução significativa
no paradigma das redes de computadores, oferecendo uma abordagem flexível e
adaptável para a integração de ambientes de nuvem pública, privada e múltipla. Por
meio de estratégias de rede eficientes, práticas de gerenciamento dinâmicas e

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medidas abrangentes de segurança, as organizações podem aproveitar ao máximo


os benefícios de eficiência, segurança e escalabilidades proporcionadas por essas
arquiteturas inovadoras.
Figura 6 - Solução híbrida de DNS referena Microsoft Azure
33
3.2. ARQUITETURAS MULTICLOUD
A crescente adoção de arquiteturas multicloud representa um paradigma
inovador na gestão de infraestruturas de TI, oferecendo às organizações uma
abordagem flexível e resiliente para atender às demandas complexas da era digital.
Em um contexto onde a integração de nuvens públicas, privadas e múltiplas é
essencial para a otimização de recursos e a maximização da eficiência operacional,
as redes de computadores desempenham um papel central na sustentação dessas
infraestruturas híbridas. Esta análise se propõe a explorar as arquiteturas de rede e
as estratégias de gerenciamento que viabilizam a integração harmoniosa de
ambientes multicloud, com foco na eficiência, segurança e escalabilidade.
Um dos principais desafios enfrentados na implementação de arquiteturas
multicloud é a garantia da conectividade contínua entre os diversos provedores de
nuvem. Através de uma abordagem cuidadosamente planejada na concepção das
redes de computadores, é possível estabelecer uma infraestrutura robusta e
resiliente, capaz de suportar a interconexão entre nuvens públicas, privadas e
múltiplas. Como destacado por Chen et al. (2023), a utilização de tecnologias como
SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network) e soluções de interconexão direta
entre data centers podem desempenhar um papel fundamental na garantia da
conectividade e no fornecimento de desempenho otimizado em ambientes
multicloud.
Além da conectividade, a segurança emerge como uma preocupação
premente na gestão de arquiteturas multicloud. A dispersão de dados sensíveis em
múltiplos ambientes de nuvem requer a implementação de medidas abrangentes de
proteção, que vão desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de
políticas de acesso rigorosas. Conforme observado por Patel et al. (2022), a adoção
de soluções de segurança baseadas em inteligência artificial e aprendizado de
máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra ameaças cibernéticas em
ambientes multicloud, garantindo a integridade e a confidencialidade dos dados.
No que tange à escalabilidade, as arquiteturas multicloud oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. Através da distribuição
estratégica de cargas de trabalho entre diferentes provedores de nuvem, é possível
34
alcançar uma escalabilidade dinâmica e uma utilização eficiente dos recursos
disponíveis. Como ressaltado por Dinh et al. (2021), a utilização de estratégias de
balanceamento de carga e autoescalonamento automático pode otimizar o
desempenho e garantir uma resposta ágil às demandas do ambiente.
Outro aspecto crucial a ser considerado na gestão de arquiteturas multicloud
é a interoperabilidade entre os diversos provedores de nuvem. A padronização de

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protocolos e interfaces desempenha um papel fundamental na facilitação da


integração e na garantia da portabilidade de aplicativos e dados entre plataformas
heterogêneas. Conforme destacado por Wang et al. (2023), a adoção de padrões
abertos e o uso de APIs bem definidas são essenciais para promover a
interoperabilidade e evitar o aprisionamento do fornecedor em ambientes multicloud.
Em síntese, as arquiteturas multicloud representam uma abordagem
estratégica para a gestão de infraestruturas de TI na era digital, oferecendo uma
combinação única de flexibilidade, segurança e escalabilidade. Através da adoção
de arquiteturas de rede robustas e estratégias de gerenciamento eficazes, as
organizações podem maximizar o valor de seus investimentos em nuvem,
impulsionando a inovação e a competitividade no mercado global.
3.3 DESAFIOS NA SINCRONIZAÇÃO DE REDES DIVERSIFICADAS
A integração de redes diversificadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud apresenta uma série de desafios significativos, exigindo uma abordagem
cuidadosa e estratégica para garantir a sincronização eficiente e a interoperabilidade
entre os diversos componentes. Esta análise busca explorar os obstáculos
encontrados na sincronização de redes heterogêneas e as estratégias para superá-
los, visando a eficiência, segurança e escalabilidade das infraestruturas digitais.
Um dos desafios fundamentais na sincronização de redes diversificadas é a
disparidade de protocolos e tecnologias utilizadas em diferentes ambientes de
nuvem. A coexistência de infraestruturas públicas, privadas e múltiplas muitas vezes
implica a utilização de tecnologias distintas, tornando a interoperabilidade entre elas
uma tarefa complexa. Conforme observado por Santos et al. (2022), a falta de
35
padronização e a heterogeneidade de interfaces podem dificultar a integração
harmoniosa das redes, prejudicando a eficiência operacional.
Além disso, a variação na qualidade e desempenho das conexões de rede
entre os provedores de nuvem pode impactar negativamente na sincronização e na
transferência de dados entre os ambientes. A latência, a largura de banda e a
confiabilidade das conexões podem variar significativamente, afetando a
consistência e a disponibilidade dos serviços hospedados na nuvem. Como
ressaltado por Chen et al. (2023), a gestão eficaz da qualidade de serviço (QoS) e a
otimização de rotas de rede são essenciais para mitigar os efeitos adversos das
disparidades de desempenho (Figura 7).
Fonte: Tapajós, 2012.
Outro desafio importante na sincronização de redes diversificadas é a
garantia da segurança dos dados transmitidos entre os diferentes ambientes de
nuvem. A dispersão de informações sensíveis em múltiplas plataformas aumenta o
risco de exposição a ameaças cibernéticas e violações de segurança. A
implementação de medidas robustas de proteção, como criptografia de ponta a
ponta e controle de acesso granular, é essencial para mitigar os riscos associados à
transferência de dados entre ambientes heterogêneos. Conforme destacado por
Patel et al. (2021), a utilização de soluções de segurança baseadas em inteligência
artificial e aprendizado de máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra

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ameaças em redes diversificadas.


Figura 7 - Redes Avançadas QOS
36
Além disso, a gestão eficaz da configuração e do provisionamento de
recursos de rede em ambientes de nuvem híbrida e multicloud apresenta desafios
adicionais. A automação de processos e a orquestração de recursos são essenciais
para garantir a consistência e a conformidade das configurações em toda a
infraestrutura. No entanto, a integração de ferramentas de gerenciamento de rede de
diferentes provedores e plataformas pode ser complexa e requer uma abordagem
cuidadosa para evitar conflitos e inconsistências. Como destacado por Dinh et al.
(2020), a utilização de padrões abertos e APIs bem definidas pode facilitar a
integração e o gerenciamento unificado de redes diversificadas.
Por fim, a sincronização de redes diversificadas em ambientes de nuvem
híbrida e multicloud apresenta desafios substanciais, que exigem uma abordagem
holística e estratégica para superá-los. Através da padronização de protocolos,
otimização de desempenho, implementação de medidas de segurança robustas e
automação de processos, as organizações podem garantir a eficiência, segurança e
escalabilidade de suas infraestruturas digitais, promovendo a inovação e a
competitividade no mercado global.
37
4. INTEGRAÇÃO DE NUVENS HÍBRIDAS E MULTICLOUD: O PAPEL DAS
REDES DE COMPUTADORES (17 PÁGINAS)
4.1 ALOCAÇÃO EFICIENTE DE RECURSOS EM AMBIENTES HÍBRIDOS E
MULTICLOUD
4.2 SEGURANÇA
4.2.1 Desafios Específicos de Segurança em Ambientes de Nuvem
4.2.2 Estratégias para Proteção de Dados e Comunicações
4.3 ESCALABILIDADE
4.4 DESENVOLVIMENTO DE INFRAESTRUTURAS HÍBRIDAS E MULTICLOUD
4.4.1 Estratégias para a Integração Eficiente
38
CONCLUSÃO (2 PÁGINAS)
39
REFERÊNCIAS
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https://aquare.la/o-que-e-computacao-em-nuvem/
https://www.redhat.com/pt-br/topics/cloud-computing/public-cloud-vs-private-
cloud-and-hybrid-cloud
https://docs.oracle.com/pt-br/solutions/learn-about-multicloud-arch-framework/cloud-
network-access1.html#GUID-E83EB56E-9DDC-4E5C-959F-57F79415223A

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=================================================================================
Arquivo 1: capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Arquivo 2: https://doaj.org/toc/2192-113X (415 termos)
Termos comuns: 6
Similaridade: 0,08%
O texto abaixo é o conteúdo do documento capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://doaj.org/toc/2192-113X (415
termos)

=================================================================================
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA ? PREFEITO HIRANT SANAZAR
Redes De Computadores
OSASCO
2024
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
OSASCO
2024
Trabalho de Graduação apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Osasco -
?Prefeito Hirant Sanazar? como requisito
parcial para a obtenção do título de
Tecnólogo em REDES DE
COMPUTADORES, sob a orientação do(a)
Professor(a) Adalberto de Freitas Camargo.
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
TERMO DE APROVAÇÃO DIGITALIZADA
DEDICATÓRIA
RESUMO
Palavras-chave:
ABSTRACT
Keywords:

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
1.1 PROBLEMÁTICA
........................................................................................................................................8
1.2 HIPÓTESE
..................................................................................................................................................8
1.3 JUSTIFICATIVA
..........................................................................................................................................8
1.4 OBJETIVOS
................................................................................................................................................9
1.4.1 Geral...............................................................................................................................................9
1.4.2 Específicos.......................................................................................................................................9
1.5 METODOLOGIA
.......................................................................................................................................10
2. CAP.......................................................................................................................13
71 INTRODUÇÃO
A revolução na gestão e utilização de recursos computacionais, impulsionada
pela era digital, representa uma transformação abrangente no modo como as
organizações enfrentam os desafios contemporâneos. Nesse contexto dinâmico, a
resposta inovadora das empresas modernas às crescentes demandas e
complexidades é evidenciada pela adoção de infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. O amalgamamento estratégico de recursos provenientes de nuvem
multicloud e nuvem híbrida visa proporcionar às organizações uma resposta ágil e
adaptável às exigências do ambiente empresarial em constante evolução.
Ao reunir esses recursos diversificados, as organizações buscam conquistar
uma maior flexibilidade operacional, eficiência aprimorada e uma capacidade
robusta de adaptação. A pesquisa em questão assume o desafio de realizar uma
análise abrangente das arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento
aplicadas nesses ambientes integrados.
Dessa forma, ao unir os recursos de nuvem multicloud e nuvem híbrida, as
organizações almejam atingir um nível mais elevado de flexibilidade, eficiência
operacional e capacidade de adaptação diante das exigências em constante
mudança. Este cenário de integração de plataformas distintas levanta a necessidade
premente de uma análise aprofundada das arquiteturas de rede e estratégias de
gerenciamento empregadas nesses ambientes complexos.
Esta pesquisa visa não apenas compreender, mas também ir além,
explorando formas inovadoras de otimizar eficiência, reforçar a segurança e
aprimorar a escalabilidade nesse contexto multifacetado. Ao abordar esses desafios,
o estudo posiciona-se como um contribuinte significativo para o avanço no
entendimento e na implementação de práticas mais avançadas e adaptáveis no
gerenciamento desses ambientes dinâmicos e interconectados.
Este estudo visa, assim, contribuir para o desenvolvimento de abordagens
mais sofisticadas e adaptáveis no gerenciamento desses ambientes complexos e
dinâmicos.

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81.1 PROBLEMÁTICA
O aumento significativo no uso de ambientes de nuvem híbrida e multicloud
impõem desafios consideráveis as redes de computação. A integração eficiente de
plataformas distintas, a garantia da segurança da informação e a otimização dos
recursos de rede representam obstáculos complexos e multifacetados.
Nesse contexto, surge a necessidade premente de compreender
profundamente o papel das redes de computadores nesses ambientes dinâmicos. A
questão central que norteia esta pesquisa é: Como as redes de computadores
podem ser estruturadas e gerenciadas de maneira a aperfeiçoar a eficiência, a
segurança e a escalabilidade em infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud?
1.2 HIPÓTESE
A hipótese desta pesquisa é que, por meio de uma análise aprofundada das
arquiteturas de rede e das estratégias de gerenciamento, é possível otimizar a
eficiência operacional, reforçar a segurança da informação e promover
escalabilidade em ambientes que integram nuvens públicas, privadas e múltiplas.
1.3 JUSTIFICATIVA
A crescente complexidade e a rápida evolução do cenário tecnológico
demandam uma análise aprofundada sobre como as redes de computadores
desempenham um papel relevante no suporte a infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. Nesse sentido, à medida que organizações adotam modelos integrados
de nuvem para atender às suas necessidades operacionais, surge a necessidade
premente de compreender não apenas os benefícios, mas também os desafios
associados a essas arquiteturas complexas.
A relevância deste estudo estende-se além do ambiente acadêmico,
impactando diretamente as práticas e decisões nas organizações contemporâneas.
Ao compreendermos melhor como as redes de computadores se articulam e
influenciam infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud, é possível fornecer
9respostas a questões críticas enfrentadas por profissionais da área. Essas
respostas, por sua vez, têm o potencial de aperfeiçoar a eficiência operacional, a
segurança da informação e a escalabilidade, aspectos vitais para o sucesso e a
sustentabilidade das operações de redes.
Além disso, ao abordar diretamente os desafios práticos enfrentados pelas
organizações na adoção de ambientes de nuvem integrada, esta pesquisa pode
auxiliar a gestores que buscam implementar estratégias mais eficazes. A
compreensão aprofundada das nuances dessas arquiteturas complexas pode
catalisar a inovação e informar decisões informadas, promovendo assim uma
integração mais eficiente e segura de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
Dessa forma, a relevância deste estudo transcende a esfera acadêmica,
oferecendo uma contribuição prática e tangível para aqueles envolvidos no campo
de rede de computadores, alinhando-se com as demandas emergentes do cenário
corporativo contemporâneo.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Geral
Analisar as arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em

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ambientes de nuvem híbrida e multicloud, identificando oportunidades de otimização


para eficiência, segurança e escalabilidade.
1.4.2 Específicos
? Investigar as principais problemáticas enfrentadas por nuvem multicloud e
nuvem híbrida;
? Propor estratégias de gerenciamento de rede para otimização da eficiência
operacional;
? Avaliar as medidas de segurança adotadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud.
10
1.5 METODOLOGIA
A metodologia empregada neste trabalho de conclusão de curso
fundamentou-se em uma abordagem de pesquisa bibliográfica, conduzida por meio
de uma revisão sistemática da literatura. A execução dessa revisão envolveu uma
leitura exploratória de resumos e títulos de obras relevantes, com o intuito de avaliar
a pertinência e contribuição desses materiais à temática central do estudo.
A coleta de dados para este estudo foi conduzida por meio de uma pesquisa
bibliográfica abrangente, abarcando fontes diversas, como livros, revistas
especializados e periódicos online. Além disso, consultas a pesquisas científicas
consolidadas foram realizadas para assegurar a abrangência e profundidade do
levantamento de informações. O critério de leitura exploratória de resumos e títulos
foi aplicado de forma criteriosa para avaliar a pertinência das obras em relação ao
âmago da pesquisa.
No sentido de ampliar a cobertura e qualidade da pesquisa, a seleção de
estudos foi orientada para bases de dados reconhecidas no contexto de
infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud. Nesse sentido, foram exploradas
plataformas como IEEE Xplore, ACM Digital Library e SpringerLink e Google
Acadêmico, buscando incluir perspectivas abrangentes e atualizadas sobre o tema
em questão.
As palavras-chave adotadas para orientar a pesquisa refletiram a
complexidade e abrangência da temática, incluindo termos como "Infraestruturas de
Nuvem Híbrida", "Multicloud", "Arquiteturas de Rede", "Estratégias de
Gerenciamento", "Eficiência", "Segurança" e "Escalabilidade". Essa escolha
estratégica de palavras-chave visa abarcar os diversos aspectos e nuances
relacionados aos ambientes integrados de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
O material utilizado para análise e revisão consistiu principalmente em artigos
científicos, conferências e livros especializados, enfocando a viabilidade técnica das
arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em contextos de nuvem híbrida
e multicloud. Essa abordagem proporcionou uma base sólida e diversificada para a
construção do conhecimento neste campo de estudo.
Os critérios de inclusão estabeleceram a seleção de artigos científicos
publicados no Brasil, compreendidos no intervalo temporal entre 2014 e 2023, em
formato de texto completo. Em contrapartida, foram excluídos artigos científicos não
11

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disponíveis integralmente e materiais que não estavam alinhados com a temática


central do trabalho. Esses critérios foram aplicados para assegurar a qualidade e
pertinência dos estudos incorporados à revisão bibliográfica.
12
2. COMPUTAÇÃO EM NUVEM
O presente capítulo deste trabalho se dedica à exploração aprofundada do
conceito e da diversidade de modelos de Computação em Nuvem (Cloud
Computing). Este campo emergente na tecnologia da informação tem transformado
radicalmente a maneira como os recursos computacionais são concebidos,
provisionados e utilizados. A Computação em Nuvem transcende as limitações dos
modelos tradicionais, permitindo acesso remoto a uma variedade de aplicações e
serviços, independentemente de localização geográfica ou plataforma de
hardware.
2.1. Definição de Computação em Nuvem
A ascensão da computação em nuvem constitui uma tendência notável,
manifestando-se após a transição comercial da Internet ocorrida em 1995. Nesse
momento, a Internet já havia se consolidado como uma rede global de comunicação
de dados multimídia, estabelecendo conexões entre a maioria das instituições de
ensino superior e centros de pesquisa em escala mundial (ZUFFO et al., 2013).
Posto isto, a computação em nuvem, também conhecida como Cloud
Computing, constitui um inovador paradigma computacional que viabiliza ao usuário
final o acesso remoto a uma ampla gama de aplicações e serviços,
independentemente de sua localização e plataforma, mediante a utilização de um
terminal conectado à nuvem1 (TAURION, 2019).
A metáfora da nuvem, com sua conotação de um ambiente desconhecido
cujo início e fim são perceptíveis, revelam-se apropriadamente empregada
na nomenclatura desse novo modelo. Neste contexto, a infraestrutura e os
recursos computacionais permanecem virtualmente ocultos, com o usuário
interagindo por meio de uma interface padronizada, por meio da qual são
disponibilizadas diversas aplicações e serviços (SANTOS, 2018, p. 38).
1 A computação em nuvem teve sua origem em 2006, quando Eric Schmidt, da Google, abordou a
gestão dos data centers em uma palestra. Atualmente, ela representa o epicentro de um movimento
que provoca mudanças substanciais no panorama tecnológico. Nesse contexto, a metáfora da nuvem
simboliza a internet ou a infraestrutura de comunicação entre os componentes arquiteturais,
fundamentada em uma abstração que esconde a complexidade subjacente. Cada componente dessa
infraestrutura é oferecido como serviço e geralmente alocado em data centers que utilizam recursos
de hardware compartilhado para computação e armazenamento.
13
Um criterioso relatório elaborado pela Gartner, destacando a computação em
nuvem como a vanguarda na esfera da tecnologia estratégica, enfatizou de maneira
contundente sua proeminência, consolidando-se como uma tendência incontestável
na indústria, ao estabelecer formalmente sua definição:
A computação em nuvem é uma forma especializada de computação
distribuída que introduz modelos de utilização para o provisionamento

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remoto de recursos escaláveis e mensuráveis. [...] É um estilo de


computação no qual capacidades escaláveis e elásticas habilitadas para TI
(serviços, software ou infraestrutura) são entregues como serviço a clientes
externos usando tecnologias da Internet (BRODKIN, 2008, p. 39).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem é um paradigma que
implica a disponibilização de recursos computacionais, como armazenamento,
processamento, redes e software, por meio da Internet. Esses recursos são
acessíveis e utilizáveis remotamente, permitindo que os usuários aproveitem os
serviços oferecidos por provedores de nuvem, eliminando a dependência de
recursos locais ou servidores físicos para atender às suas demandas
computacionais.
A computação em nuvem, em uma conceituação mais abrangente,
representa um paradigma de infraestrutura que viabiliza a implementação do
Software como Serviço (SaaS). Este paradigma engloba um extenso conjunto de
serviços acessíveis pela web, destinados a disponibilizar funcionalidades que,
anteriormente, demandavam consideráveis investimentos em hardware e software.
O funcionamento da computação em nuvem ocorre por meio de um modelo de
pagamento baseado no uso, permitindo uma abordagem mais flexível e eficiente em
termos de custos (OLIVEIRA et al., 2020).
Este modelo de computação transcende as limitações tradicionais,
oferecendo capacidades escaláveis e elásticas relacionadas às tecnologias da
informação. Essas capacidades são disponibilizadas como serviços aos usuários
finais por meio da internet. Essa definição, amplamente reconhecida, é
compartilhada pelo grupo Gartner, destacando a essência da computação em
nuvem como uma inovação que proporciona agilidade, acessibilidade e economia,
transformando fundamentalmente a forma como recursos computacionais são
provisionados e consumidos (TAURION, 2019).
É importante ressaltar que a representação simbólica da nuvem reside na
internet, composta por uma infraestrutura de comunicação que engloba hardwares,
14
softwares, interfaces, redes de telecomunicação, dispositivos de controle e
armazenamento, permitindo a entrega de serviços computacionais. Para
implementar esse modelo, é imperativo consolidar todas as aplicações e dados dos
usuários em extensos centros de armazenamento denominados data centers. Após
essa consolidação, a infraestrutura e as aplicações dos usuários são distribuídas
como serviços acessíveis pela internet (SANTOS, 2018).
Segundo Oliveira et al. (2020), um elemento para a compreensão deste
modelo de computação diz respeito aos intervenientes da nuvem, que podem ser
categorizados em três grupos distintos: o provedor de serviço, o desenvolvedor e o
usuário.
Segundo Santos (2018), o provedor assume a responsabilidade de
disponibilizar, gerenciar e monitorar integralmente a infraestrutura da nuvem. Por
sua vez, Taurion (2019) explica que o desenvolvedor deve possuir a habilidade de
fornecer serviços destinados ao usuário final, baseando-se na infraestrutura

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disponibilizada. O usuário final, representa o consumidor que utilizará os recursos


oferecidos pelo cloud computing.
A computação em nuvem, por conseguinte, configura-se como um novo
modelo de serviço inovador, capacitado para prover uma diversidade de serviços,
incluindo processamento, infraestrutura e armazenamento de dados, exclusivamente
por meio da internet (TAURION, 2019). Para que um data center possa ser chamado
de Cloud Computing, é necessário atender a algumas características essenciais, a
saber.
2.2. Características
A convergência de diversas tecnologias essenciais capacita a computação em
nuvem a oferecer serviços de maneira transparente aos usuários, entre outras
funcionalidades e particularidades. Campos tecnológicos de suma importância nessa
convergência abrangem o hardware, com ênfase na capacidade de virtualização; as
tecnologias de internet, como a Web 2.0 e os serviços web; o gerenciamento de
sistemas, incluindo a computação independente (autonomic computing) e a
automação de gerenciamento e manutenção de data centers; além da computação
distribuída, com especial atenção para a utility & grid computing.
15
2. 2.1. Elasticidade e Escalonamento
A computação em nuvem proporciona a ilusão de recursos computacionais
infinitos disponíveis para utilização. Nesse contexto, os usuários antecipam que a
nuvem seja capaz de fornecer rapidamente recursos em qualquer quantidade e a
qualquer momento. A expectativa é que recursos adicionais sejam disponibilizados,
possivelmente de maneira automática, em períodos de aumento da demanda, e
retidos durante reduções nessa demanda (OLIVEIRA et al., 2020).
Segundo Santos (2018), recursos podem ser adquiridos de forma rápida e
elástica, muitas vezes automaticamente, caso haja necessidade de escalar com o
aumento da demanda, e liberados durante a redução dessa demanda. Aos usuários,
os recursos disponíveis para uso parecem ser ilimitados e podem ser adquiridos em
qualquer quantidade e a qualquer momento. A virtualização (criação de ambientes
virtuais com o propósito de abstrair características físicas do hardware) desempenha
um papel fundamental na característica de elasticidade rápida da computação em
nuvem.
2.2.2. Self-Service sob demanda
Os usuários têm a capacidade de adquirir unilateralmente recursos
computacionais, como tempo de processamento no servidor ou armazenamento na
rede, à medida que necessitam, sem a necessidade de interação humana com os
provedores de cada serviço. Numa nuvem, tanto o hardware quanto o software
podem ser automaticamente reconfigurados, apresentando essas modificações de
maneira transparente para os usuários (SANTOS, 2018).
2.2.3. Faturamento e medição por uso
Dado que o usuário pode requisitar e utilizar apenas a quantidade de recursos
e serviços considerada necessária, os serviços devem ser precificados com base em
um uso de curta duração, como, por exemplo, medido em horas de utilização.

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Portanto, as nuvens devem implementar recursos que assegurem um comércio


16
eficiente de serviços, incluindo tarifação adequada, contabilidade, faturamento,
monitoramento e otimização do uso (OLIVEIRA et al., 2020).
Essa medição automática do uso dos recursos deve abranger diferentes tipos
de serviços oferecidos (armazenamento, processamento e largura de banda) e ser
prontamente reportada, promovendo uma maior transparência comercial (SANTOS,
2018).
2.2.4. Customização
Atendendo a múltiplos usuários, observa-se uma grande disparidade em suas
necessidades, tornando essencial a capacidade de personalização dos recursos da
nuvem, abrangendo desde serviços de infraestrutura até serviços de plataforma e
software (SANTOS, 2018).
2.2.5. Amplo acesso à rede
Os recursos estão disponíveis por meio da rede e acessados através de
mecanismos que promovem padrões utilizados por plataformas heterogêneas, como
telefones celulares, laptops e PDAs. A interface de acesso à nuvem não exige que
os usuários modifiquem suas condições e ambientes de trabalho, como linguagens
de programação e sistemas operacionais (SANTOS, 2018).
2.2.6 Pooling de Recursos
Os provedores de recursos de computação são agrupados para atender a
vários consumidores através de um modelo multi-inquilino (modelo de software onde
uma única instância roda no servidor e permite atender a múltiplas requisições de
diferentes usuários), com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos
dinamicamente, de acordo com a demanda do consumidor (ALBUQUERQUE;
FREITAS, 2021).
17
Existe um senso de independência local, no qual o cliente geralmente não
tem controle ou conhecimento sobre a localização exata dos recursos
disponibilizados, mas pode especificar o local em um nível mais abstrato, como país,
estado ou data center. Exemplos de recursos incluem armazenamento,
processamento, memória, largura de banda de rede e máquinas virtuais (SANTOS,
2018).
2.2.7. Serviço Medido
Sistemas em nuvem gerenciam e otimizam automaticamente a utilização de
recursos, tirando proveito da capacidade de medição em um nível de abstração
adequado para o tipo de serviço. O uso de recursos é monitorado, controlado e
registrado, estabelecendo transparência entre o provedor e o consumidor (SANTOS,
2018).
A abordagem em nível de serviço SLA, que oferece informações sobre os
níveis de disponibilidade, funcionalidade, desempenho e possíveis penalidades em
caso de violação desses parâmetros, pode ser implementada para assegurar a
eficiência do serviço (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021). É imperativo destacar que
existem três modelos principais de serviço na computação em nuvem, conforme

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segue.
2.3. Camadas de Arquitetura e tipos de nuvem
Os serviços de computação em nuvem se distribuem em três classes,
considerando o nível de abstração do recurso fornecido e o modelo de serviço do
provedor. O nível de abstração representa a camada de arquitetura onde os serviços
das camadas superiores podem ser compostos pelos serviços das camadas
inferiores (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem representa uma
paradigmática distribuição de recursos na forma de serviços, transformando
radicalmente a entrega de soluções tecnológicas. Essa abordagem inovadora
proporciona uma organização tripartida, subdividindo a Computação nas Nuvens em
três modelos distintos: Infraestrutura como Serviço (IaaS); Plataforma como Serviço
18
(PaaS); e Software como Serviço (SaaS), na camada superior, conforme ilustrado na
Figura 1.
Figura 1: Representação dos modelos de serviços
Fonte: https://fabriciorhs.files.wordpress.com/2010/09/cloud_computing.pdf
IaaS: Fornece acesso a recursos de infraestrutura virtualizada, como
máquinas virtuais, redes e armazenamento. Os usuários têm controle sobre o
sistema operacional, aplicativos e configurações, enquanto o provedor de nuvem
gerencia a infraestrutura subjacente (TAURION, 2019);
PaaS: Oferece uma plataforma de desenvolvimento completa, incluindo
ferramentas, bibliotecas e serviços necessários para desenvolver, testar e implantar
aplicativos sem se preocupar com a infraestrutura subjacente (TAURION,
2019);
SaaS: Fornece aplicativos de software totalmente desenvolvidos e prontos
para uso, acessíveis por meio da Internet. Os usuários podem utilizar o software
sem se preocupar com manutenção, atualizações ou gerenciamento da
infraestrutura.
Em síntese, a computação em nuvem representa uma revolução no
paradigma de prestação de serviços de TI. A estrutura em camadas, composta por
Infraestrutura como IaaS, PaaS e SaaS, oferece uma abordagem abrangente e
19
escalável para atender às necessidades variadas dos usuários (TAURION,
2019).
2.4. Compreensão das Nuvens Pública, Privada e Hibrida
2.4.1. Nuvem pública
A implementação da computação em nuvem por meio de nuvens públicas é a
modalidade mais amplamente adotada. Nesse contexto, os recursos de nuvem,
como servidores e armazenamento, são propriedade de um provedor de serviços de
nuvem externo, sendo geridos e fornecidos por meio da Internet. Na nuvem pública,
toda a infraestrutura, incluindo hardware, software e suporte, é exclusivamente de
responsabilidade e administração do provedor de nuvem (ZUFFO et al., 2013). O
Microsoft Azure exemplifica de forma destacada uma nuvem pública.

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Ao selecionar uma nuvem pública, ocorre o compartilhamento de dispositivos


de hardware, armazenamento e rede com outras organizações ou "locatários" da
nuvem. A utilização de serviços e a gestão da conta são realizadas por meio de um
navegador da web. As implantações de nuvem pública são frequentemente
empregadas para disponibilizar serviços como e-mail baseado na web, aplicativos
de escritório online, armazenamento e ambientes de desenvolvimento e teste
(TAURION, 2009).
2.4.2. Nuvem privada
Uma nuvem privada constitui-se de recursos de computação em nuvem
destinada exclusivamente ao uso de uma única empresa ou organização. Essa
configuração pode ser implementada localmente no datacenter da entidade ou
hospedada por um provedor de serviços terceirizado (TAKABI, 2010). Entretanto,
vale destacar que, em uma nuvem privada, os serviços e a infraestrutura
permanecem integralmente na rede privada, e tanto o hardware quanto o software é
dedicado exclusivamente à referida organização (ERL et al., 2013).
A característica distintiva da nuvem privada reside na capacidade da
organização em personalizar seus recursos de maneira mais eficaz para atender a
requisitos específicos de TI (THOMAS et al., 2013). Para Meza 92014),
20
frequentemente adotadas por entidades governamentais, instituições financeiras e
outras organizações de grande porte com operações críticas para os negócios, as
nuvens privadas visam aprimorar o controle sobre seu ambiente operacional. Este
modelo oferece maior flexibilidade e adequação às necessidades particulares,
proporcionando um ambiente customizado que atenda eficientemente aos requisitos
específicos de cada entidade.
Figura 2: Nuvem Privada
Fonte: https://comoaprenderwindows.com.br/infraestrutura/o-que-e-uma-nuvem-privada/
Conforme exposto, a nuvem privada é uma modalidade de serviços de
computação oferecidos pela Internet ou por uma rede interna privada, sendo
acessível exclusivamente a usuários selecionados, em contraste com o público em
geral. Também conhecida como nuvem interna ou corporativa, ela proporciona
benefícios semelhantes aos da nuvem pública, como autoatendimento,
escalabilidade e elasticidade.
No entanto, diferencia-se ao oferecer maior controle e personalização por
meio de recursos dedicados em uma infraestrutura local. Destaca-se por
proporcionar um nível superior de segurança e privacidade, garantidos por firewalls
internos e hospedagem própria, assegurando que dados confidenciais não sejam
acessíveis a terceiros. Uma desvantagem reside na responsabilidade do
21
departamento de TI pela gestão da nuvem privada, o que implica custos e
responsabilidades comparáveis aos de um data center tradicional (MEZA, 2024).
2.4.3. Nuvem híbrida
A nuvem híbrida representa uma fusão estratégica de dois ou mais tipos
distintos de ambientes de nuvem. Essa configuração abrange a combinação de

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nuvens públicas e privadas, podendo ainda incorporar uma infraestrutura local já


existente. Para que uma nuvem seja verdadeiramente híbrida, é imperativo que
esses diversos ambientes de nuvem estejam profundamente interligados, operando
de maneira essencial como uma única infraestrutura integrada. É comum que
praticamente todas as nuvens híbridas contemplem pelo menos uma nuvem pública
em sua composição (SANTOS, 2023).
Para Oliveira (2016), a abordagem da nuvem híbrida emerge como uma
solução estratégica que capitaliza as vantagens oferecidas tanto pelas nuvens
públicas quanto pelas privadas. Essa integração visa otimizar a flexibilidade,
oferecendo uma resposta eficaz às demandas variáveis e aos requisitos específicos
de cada organização. A capacidade de orquestrar recursos de diferentes ambientes
de nuvem confere uma adaptabilidade relevante às organizações, permitindo-lhes
alcançar um equilíbrio personalizado entre controle, segurança e escalabilidade.
Figura 3: Nuvem híbrida
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-hybrid-cloud/
22
Uma nuvem híbrida combina efetivamente tecnologias distintas para otimizar
eficiência e funcionalidade. Semelhante ao funcionamento de carros híbridos, que
integram motores a gasolina e elétricos para obter eficiência e potência, as nuvens
híbridas combinam vantagens de diferentes ambientes em nuvem (RODRIGUES et
al., 2015).
Segundo Oliveira (2016), essas nuvens têm diversas aplicações, permitindo
que organizações usem nuvens privadas e públicas para diferentes serviços, backup
ou gestão de picos de demanda. Ambientes de nuvem híbrida oferecem flexibilidade
ao executar aplicativos em diversos ambientes, incluindo nuvens públicas, privadas
e locais, atendendo às necessidades específicas da empresa.
Ademais, as soluções de nuvem híbrida facilitam a migração e gestão de
cargas de trabalho entre ambientes, possibilitando configurações mais versáteis.
Essa abordagem é comum atualmente devido à não dependência exclusiva de uma
única nuvem pública (TAURION¸2019).
Para Santos (2023), organizações adotam plataformas de nuvem híbrida para
reduzir custos, minimizar riscos e expandir recursos, sustentando esforços de
transformação digital. Essa configuração é uma das infraestruturas mais
prevalentes, permitindo a transição gradual de aplicativos e dados durante
migrações para a nuvem. Ambientes híbridos possibilitam o uso contínuo de
serviços locais e a flexibilidade oferecida por provedores de nuvem pública, como o
Google Cloud.
2.4.3.1 Funcionamento da Nuvem híbrida
Conforme mencionado anteriormente, as nuvens híbridas representam uma
fusão de recursos e serviços provenientes de dois ou mais ambientes distintos de
computação. Para as arquiteturas de nuvem híbrida funcionar eficientemente, é
essencial a integração, orquestração e coordenação para possibilitar o
compartilhamento, alteração e sincronização ágil de informações (TAURION¸2019).
A base de uma implantação bem-sucedida de nuvem híbrida reside em uma

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rede robusta. A interconectividade entre esses ambientes frequentemente é


estabelecida por meio de redes locais (LAN), redes de longa distância (WAN), redes
23
privadas virtuais (VPNs) e interfaces de programação de aplicativos (APIs) (MEZA,
2024).
Santos (2023), explica que assim como em outras arquiteturas de
computação em nuvem, as plataformas de nuvem híbrida fazem uso das tecnologias
de virtualização, conteinerização e armazenamento e rede definida por software
para abstrair e consolidar recursos. Através de softwares de gerenciamento
dedicados, as organizações conseguem alocar recursos e possibilitar o
provisionamento sob demanda em ambientes diversos.
2.5. Nuvem Multicloud
Segundo Santos et al. (2021), a abordagem Multicloud é caracterizada pelo
uso de serviços e recursos de nuvem fornecidos por múltiplos provedores, em
contraste com a dependência exclusiva de um único provedor de nuvem. Essa
estratégia permite que organizações selecionem os serviços mais adequados às
suas necessidades específicas, beneficiem-se da redundância e evitem a
dependência exclusiva de um único fornecedor.
Figura 4: Nuvem Multicloud
24
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-multicloud/
Conforme Figura acima, Multicloud é à utilização de várias nuvens públicas
por uma empresa. Em uma configuração de multinuvem, a empresa incorpora
nuvens públicas de mais de um provedor, ao invés de depender de um único
fornecedor para hospedagem em nuvem, armazenamento e pilha completa de
aplicativos. Segundo Santos (2023), essa abordagem oferece flexibilidade e
diversidade de fornecedores, sendo útil para diversos propósitos, como redundância,
backup do sistema e integração de diferentes serviços de nuvem, incluindo IaaS,
PaaS e SaaS.
Sob outra perspectiva, um ambiente Multicloud refere-se à prática de utilizar
múltiplos serviços de computação em nuvem dentro de uma arquitetura única e
heterogênea. Seu propósito principal é reduzir a dependência de fornecedores
individuais, proporcionando maior flexibilidade por meio de uma ampla gama de
opções disponíveis (ALALUNA¸2019).
25
Por exemplo, uma empresa que utiliza os serviços de armazenamento de
dados da Amazon Web Services (AWS), os recursos de computação da Microsoft
Azure e as soluções de inteligência artificial do Google Cloud Platform estão
adotando uma abordagem multicloud. A combinação desses serviços permite à
empresa otimizar seus custos, aumentar sua flexibilidade e agilidade de sua
infraestrutura de TI (MEZA, 2024).
Além disso, a natureza Multicloud pode abranger a incorporação de nuvens
públicas, privadas e de borda para alcançar os objetivos da empresa. Em outras
palavras, trata-se da integração de operações locais com aplicações e serviços

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executados em diversos provedores de nuvem pública. Essa abordagem permite


que as empresas capitalizem os benefícios distintos oferecidos por cada plataforma,
ao mesmo tempo em que mitigam eventuais desvantagens associadas a uma única
nuvem (ALALUNA¸2019).
Para Paraiso et al. (2012), diferentemente da abordagem de nuvem híbrida,
que envolve a combinação de diferentes modos de implantação (como público,
privado e legado) em uma única infraestrutura, o Multicloud se concentra na
utilização de diversos serviços em nuvem de diferentes provedores,
independentemente do modelo de implementação utilizado. Essa distinção enfatiza
a diversidade e a variedade de opções disponíveis para as organizações que
adotam estratégias de Multicloud.
Ressalva-se que para Meza (2024), uma solução Multicloud integra serviços
de infraestrutura como serviço (IaaS), plataforma como serviço (PaaS) e software
como serviço (SaaS) em uma arquitetura que pode variar em termos de
acoplamento, podendo ser bastante ou pouco acoplada. Isso significa que a
arquitetura Multicloud pode ser projetada para oferecer diferentes níveis de
integração entre os serviços e provedores de nuvem, incluindo:
a) Rede: A integração eficiente de serviços de diferentes provedores requer uma
rede robusta e flexível, capaz de fornecer conectividade confiável e de baixa
latência entre os ambientes de nuvem;
b) Desempenho: É essencial garantir que a solução Multicloud atenda aos
requisitos de desempenho das aplicações, distribuindo as cargas de trabalho
de forma eficiente e otimizando o uso dos recursos disponíveis em cada
provedor de nuvem;
26
c) Segurança: A segurança dos dados e das aplicações é uma prioridade
fundamental. Uma solução multicloud deve implementar práticas de
segurança consistentes em todos os ambientes de nuvem, incluindo controle
de acesso, criptografia de dados, monitoramento de ameaças e conformidade
regulatória;
d) Gerenciamento operacional: O gerenciamento eficaz de uma arquitetura
multicloud requer ferramentas e processos adequados para monitorar,
provisionar, escalar e melhorar os recursos de forma centralizada,
independentemente dos provedores de nuvem utilizados;
e) Custo total de propriedade (TCO): Uma solução multicloud deve ser avaliada
em termos de custo total de propriedade, considerando não apenas os custos
diretos dos serviços de nuvem, mas também os custos indiretos associados à
integração, gerenciamento e suporte (MEZA, 2024).
Ao considerar esses aspectos e aplicar as melhores práticas de design e
operação, uma solução multicloud pode proporcionar benefícios consideráveis em
termos de flexibilidade e eficiência operacional para seus usuários. Essa abordagem
estratégica permite a otimização dos recursos disponíveis, a adaptação a demandas
variáveis e a maximização da infraestrutura, refletindo diretamente em ganhos de
produtividade e performance para as organizações (OLIVEIRA et al., 2020).

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2.5.1 Como Funciona a Nuvem Multicloud


A implementação de uma arquitetura de nuvem multicloud demanda a
integração de diversos serviços e plataformas de nuvem por meio de APIs
(interfaces de programação de aplicativos) e ferramentas de gerenciamento de
nuvem. Esta abordagem permite distribuir diferentes cargas de trabalho entre
provedores de nuvem distintos, tirando proveito de suas respectivas vantagens e
recursos (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Essa integração é realizada por meio de redes e conexões de comunicação,
como a internet ou redes privadas virtuais (VPNs), utilizando ferramentas como
27
APIs, contêineres e orquestradores de contêineres2, como Kubernetes3. Com a
nuvem multicloud, as organizações têm a liberdade de escolher os serviços
específicos de cada provedor que melhor atendam às suas necessidades, como
armazenamento de dados, computação, análise de dados e inteligência artificial (IA),
entre outros (TAURION, 2019).
Meza (2024), explica que essa flexibilidade proporciona a oportunidade de
otimizar o desempenho, a segurança e os custos, de acordo com os requisitos de
cada carga de trabalho. Além disso, a nuvem multicloud reduz a dependência de um
único provedor de nuvem, mitigando o risco de interrupções no serviço e
aprimorando as operações de TI (ALALUNA¸2019).
Em relação à rede, uma infraestrutura de nuvem multicloud requer uma rede
robusta e segura para facilitar a comunicação entre os diversos provedores de
nuvem, garantindo o desempenho e a segurança dos aplicativos e dados. Isso pode
envolver a implementação de conexões de rede privada dedicadas, como VPNs ou
conexões diretas, para garantir a conectividade confiável e de baixa latência entre os
diferentes ambientes de nuvem.
2.5.2 Infraestruturas de Nuvem Multicloud
As infraestruturas de nuvem multicloud referem-se à arquitetura de tecnologia
que permite a integração e operação de múltiplos provedores de nuvem em um
ambiente heterogêneo. Essas infraestruturas são fundamentais para viabilizar a
estratégia multicloud, oferecendo suporte à distribuição de cargas de trabalho e
recursos em diferentes plataformas de nuvem (ALALUNA¸2019).
Uma infraestrutura de nuvem multicloud bem projetada deve ser altamente
adaptável, capaz de lidar com os desafios e complexidades inerentes à operação em
2 Os contêineres são empregados para transportar aplicações em meio a uma infraestrutura
multicloud. Cada contêiner encapsula não apenas a aplicação em si, mas também suas bibliotecas
associadas, variáveis de ambiente e arquivos de configuração essenciais para a execução da
aplicação em qualquer ambiente operacional onde o contêiner seja implantado.
3 O Kubernetes é um sistema de orquestração de contêineres de código aberto que automatiza os
processos de implantação, dimensionamento e gerenciamento de aplicações em contêineres.
Inicialmente concebido pelo Google, o Kubernetes agora é mantido pela Cloud Native Computing
Foundation.
28
ambientes diversos (TAURION, 2019). Algumas características essenciais das

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infraestruturas de nuvem multicloud estarão na Tabela 1:


Tabela 1: Aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
Aspecto Descrição
Interconectividade
Permite a interconexão eficiente entre os diferentes provedores
de nuvem e suas soluções, garantindo interoperabilidade e
comunicação fluida na arquitetura multicloud.
Orquestração de
Recursos
Capacidade de gerenciar recursos de forma unificada,
automatizando processos como provisionamento,
escalonamento e balanceamento de carga em um ambiente
multicloud.
Segurança
Preocupação central em ambientes de nuvem, torna-se ainda
mais crítica na infraestrutura multicloud, exigindo recursos
avançados como criptografia, controle de acesso e
monitoramento de ameaças.
Gerenciamento de
Custos
Monitoramento e gestão centralizada dos custos associados a
diferentes provedores de nuvem e cargas de trabalho, visando
melhorar gastos e alocar recursos de forma eficiente.
Escalabilidade e
Elasticidade
Capacidade de dimensionar recursos dinamicamente para
atender às demandas variáveis de carga de trabalho,
oferecendo escalabilidade automática e sob demanda no
ambiente multicloud.
Fonte: Tarion (2019)
Após analisar os aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
representada pela Tabela 1, é possível observar a complexidade e a importância de
cada um desses elementos para garantir o funcionamento eficiente e seguro desse
ambiente. A interconectividade entre os provedores de nuvem é fundamental para a
interoperabilidade e comunicação fluida, enquanto a orquestração de recursos
permite a automação de processos fundamentais, como o provisionamento e
escalonamento.
Além disso, segundo Alaluna (2019), a segurança assume um papel ainda
mais crítico na infraestrutura multicloud, demandando recursos avançados de
proteção de dados e monitoramento de ameaças. O gerenciamento de custos é
essencial para melhorar os gastos e garantir uma alocação eficiente de recursos,
enquanto a escalabilidade e elasticidade permitem que as organizações
29
dimensionem seus recursos de acordo com as demandas variáveis de carga de

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trabalho. Portanto, ao considerar esses aspectos, as empresas podem construir e


manter uma infraestrutura multicloud robusta e adaptável, capaz de atender às
necessidades do negócio de forma eficaz e segura.
2.5.3 Das diferenças das infraestruturas de Nuvem Multicloud
Ao contrário da abordagem Multicloud, a Nuvem Híbrida não necessariamente
se baseia na utilização de serviços de diferentes fornecedores. Enquanto na
Multicloud uma empresa pode empregar nuvens públicas, privadas ou híbridas, a
Nuvem Híbrida tende a integrar ambientes de nuvem pública e privada, mantendo-os
interconectados (RODRIGUES et al., 2015).
Posto isto, as principais distinções entre essas duas soluções residem no
escopo de tecnologias disponíveis e na dependência de fornecedores únicos. Na
prática, a abordagem Multicloud oferece uma variedade mais ampla de opções
tecnológicas, permitindo que a empresa não se restrinja a um único fornecedor, uma
vez que os serviços são adquiridos de diferentes prestadores (TAURION, 2019).
Haja vista, em consonância com Santos et al. (2021), com o crescimento
contínuo da oferta de serviços em nuvem, a diversificação de provedores se
expandiu ainda mais, tornando o gerenciamento da infraestrutura de nuvem mais
complexo e desafiador. Essa complexidade adicional aumentou a necessidade de
cuidados na gestão e na integração dos serviços de nuvem.
É importante ressaltar que as abordagens de Multicloud e Nuvem Híbrida são
mutuamente exclusivas: não é viável implementar ambas simultaneamente, pois as
nuvens estarão interconectadas na Nuvem Híbrida, enquanto na Multicloud não
haverá essa interconexão entre os provedores de nuvem utilizados (AMARAL,
2021).
30
3. ARQUITETURAS REDE SOB A PERSPECTIVA HÍBRIDA E MULTICLOUD
3.1 ARQUITETURAS HÍBRIDAS
As arquiteturas híbridas emergiram como uma resposta dinâmica às
demandas complexas e multifacetadas das infraestruturas de nuvem na era
contemporânea. Nesse contexto, a interconexão de nuvens públicas, privadas e
múltiplas tornou-se imperativa para empresas que buscam otimizar eficiência,
segurança e escalabilidade em seus ambientes digitais. Para compreender
plenamente esse paradigma, é essencial analisar tanto as estratégias de rede
quanto as técnicas de gerenciamento que impulsionam essas arquiteturas híbridas.
Um dos pilares fundamentais na sustentação das redes de computadores é a
robustez da infraestrutura subjacente. A integração harmoniosa entre os ambientes
de nuvem pública e privada requer uma abordagem meticulosa na concepção e
implementação das redes, as quais devem ser capazes de suportar cargas de
trabalho variáveis e garantir conectividade contínua. Conforme apontado por
Bernstein e Vij (2014), em seu estudo seminal, a flexibilidade e a adaptabilidade das
arquiteturas de rede desempenham um papel crucial na facilitação da migração de
cargas de trabalho entre diferentes nuvens.
Além da estrutura física, as estratégias de gerenciamento desempenham um
papel preponderante na governança eficaz das arquiteturas híbridas. A automação

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de processos, aliada à orquestração de recursos, é essencial para garantir a


eficiência operacional e a escalabilidade sob demanda. Nesse sentido, a abordagem
proposta por Chowdhury e Boutaba (2010), que enfatiza a necessidade de políticas
dinâmicas de gerenciamento para a adaptação contínua às mudanças no ambiente,
revela-se particularmente relevante.
A segurança, por sua vez, emerge como uma preocupação central na
concepção de arquiteturas híbridas resilientes. A coexistência de dados sensíveis
em ambientes públicos e privados exige medidas de proteção abrangentes, que vão
desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de firewalls e sistemas
de detecção de intrusões. Conforme observado por Ristenpart et al. (2009), em sua
análise sobre os desafios de segurança na computação em nuvem, a integração de
31
mecanismos de autenticação multifatorial e o monitoramento proativo são essenciais
para mitigar os riscos inerentes a esses ambientes heterogêneos.
No âmbito da escalabilidade, as arquiteturas híbridas oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. A abstração de
recursos, combinada com a elasticidade inerente à nuvem, oferece uma base sólida
para a expansão sem interrupções das operações comerciais. Nesse contexto, as
contribuições de Kephart e Chess (2003), que exploram os princípios da
computação autônoma e adaptativa, oferecem insights valiosos sobre como alcançar
escalabilidade dinâmica em ambientes híbridos.
Outro aspecto crucial a ser considerado é a interoperabilidade entre os
diversos provedores de nuvem, que compõem o cenário multicloud. A padronização
de protocolos e interfaces é essencial para facilitar a integração e a portabilidade de
aplicativos e dados entre plataformas heterogêneas. A adoção de padrões abertos e
o uso de APIs (Application Programming Interfaces) bem definidas são essenciais
para evitar o aprisionamento do fornecedor e promover a interoperabilidade (Figura
5).
Fonte: Junior, J., 2019.
Figura 5 - Arquitetura de Micros Serviços Híbridos
32
Além disso, a latência e o desempenho da rede desempenham um papel
crítico na garantia da experiência do usuário e no suporte a aplicativos sensíveis ao
tempo. A distribuição estratégica de pontos de acesso e a utilização de CDNs
(Content Delivery Networks) podem ajudar a minimizar a latência e otimizar o
desempenho, especialmente em ambientes distribuídos geograficamente (Figura 6).
Fonte: Microsoft Azure.
Sendo assim, as arquiteturas híbridas representam uma evolução significativa
no paradigma das redes de computadores, oferecendo uma abordagem flexível e
adaptável para a integração de ambientes de nuvem pública, privada e múltipla. Por
meio de estratégias de rede eficientes, práticas de gerenciamento dinâmicas e
medidas abrangentes de segurança, as organizações podem aproveitar ao máximo
os benefícios de eficiência, segurança e escalabilidades proporcionadas por essas

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arquiteturas inovadoras.
Figura 6 - Solução híbrida de DNS referena Microsoft Azure
33
3.2. ARQUITETURAS MULTICLOUD
A crescente adoção de arquiteturas multicloud representa um paradigma
inovador na gestão de infraestruturas de TI, oferecendo às organizações uma
abordagem flexível e resiliente para atender às demandas complexas da era digital.
Em um contexto onde a integração de nuvens públicas, privadas e múltiplas é
essencial para a otimização de recursos e a maximização da eficiência operacional,
as redes de computadores desempenham um papel central na sustentação dessas
infraestruturas híbridas. Esta análise se propõe a explorar as arquiteturas de rede e
as estratégias de gerenciamento que viabilizam a integração harmoniosa de
ambientes multicloud, com foco na eficiência, segurança e escalabilidade.
Um dos principais desafios enfrentados na implementação de arquiteturas
multicloud é a garantia da conectividade contínua entre os diversos provedores de
nuvem. Através de uma abordagem cuidadosamente planejada na concepção das
redes de computadores, é possível estabelecer uma infraestrutura robusta e
resiliente, capaz de suportar a interconexão entre nuvens públicas, privadas e
múltiplas. Como destacado por Chen et al. (2023), a utilização de tecnologias como
SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network) e soluções de interconexão direta
entre data centers podem desempenhar um papel fundamental na garantia da
conectividade e no fornecimento de desempenho otimizado em ambientes
multicloud.
Além da conectividade, a segurança emerge como uma preocupação
premente na gestão de arquiteturas multicloud. A dispersão de dados sensíveis em
múltiplos ambientes de nuvem requer a implementação de medidas abrangentes de
proteção, que vão desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de
políticas de acesso rigorosas. Conforme observado por Patel et al. (2022), a adoção
de soluções de segurança baseadas em inteligência artificial e aprendizado de
máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra ameaças cibernéticas em
ambientes multicloud, garantindo a integridade e a confidencialidade dos dados.
No que tange à escalabilidade, as arquiteturas multicloud oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. Através da distribuição
estratégica de cargas de trabalho entre diferentes provedores de nuvem, é possível
34
alcançar uma escalabilidade dinâmica e uma utilização eficiente dos recursos
disponíveis. Como ressaltado por Dinh et al. (2021), a utilização de estratégias de
balanceamento de carga e autoescalonamento automático pode otimizar o
desempenho e garantir uma resposta ágil às demandas do ambiente.
Outro aspecto crucial a ser considerado na gestão de arquiteturas multicloud
é a interoperabilidade entre os diversos provedores de nuvem. A padronização de
protocolos e interfaces desempenha um papel fundamental na facilitação da
integração e na garantia da portabilidade de aplicativos e dados entre plataformas

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heterogêneas. Conforme destacado por Wang et al. (2023), a adoção de padrões


abertos e o uso de APIs bem definidas são essenciais para promover a
interoperabilidade e evitar o aprisionamento do fornecedor em ambientes multicloud.
Em síntese, as arquiteturas multicloud representam uma abordagem
estratégica para a gestão de infraestruturas de TI na era digital, oferecendo uma
combinação única de flexibilidade, segurança e escalabilidade. Através da adoção
de arquiteturas de rede robustas e estratégias de gerenciamento eficazes, as
organizações podem maximizar o valor de seus investimentos em nuvem,
impulsionando a inovação e a competitividade no mercado global.
3.3 DESAFIOS NA SINCRONIZAÇÃO DE REDES DIVERSIFICADAS
A integração de redes diversificadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud apresenta uma série de desafios significativos, exigindo uma abordagem
cuidadosa e estratégica para garantir a sincronização eficiente e a interoperabilidade
entre os diversos componentes. Esta análise busca explorar os obstáculos
encontrados na sincronização de redes heterogêneas e as estratégias para superá-
los, visando a eficiência, segurança e escalabilidade das infraestruturas digitais.
Um dos desafios fundamentais na sincronização de redes diversificadas é a
disparidade de protocolos e tecnologias utilizadas em diferentes ambientes de
nuvem. A coexistência de infraestruturas públicas, privadas e múltiplas muitas vezes
implica a utilização de tecnologias distintas, tornando a interoperabilidade entre elas
uma tarefa complexa. Conforme observado por Santos et al. (2022), a falta de
35
padronização e a heterogeneidade de interfaces podem dificultar a integração
harmoniosa das redes, prejudicando a eficiência operacional.
Além disso, a variação na qualidade e desempenho das conexões de rede
entre os provedores de nuvem pode impactar negativamente na sincronização e na
transferência de dados entre os ambientes. A latência, a largura de banda e a
confiabilidade das conexões podem variar significativamente, afetando a
consistência e a disponibilidade dos serviços hospedados na nuvem. Como
ressaltado por Chen et al. (2023), a gestão eficaz da qualidade de serviço (QoS) e a
otimização de rotas de rede são essenciais para mitigar os efeitos adversos das
disparidades de desempenho (Figura 7).
Fonte: Tapajós, 2012.
Outro desafio importante na sincronização de redes diversificadas é a
garantia da segurança dos dados transmitidos entre os diferentes ambientes de
nuvem. A dispersão de informações sensíveis em múltiplas plataformas aumenta o
risco de exposição a ameaças cibernéticas e violações de segurança. A
implementação de medidas robustas de proteção, como criptografia de ponta a
ponta e controle de acesso granular, é essencial para mitigar os riscos associados à
transferência de dados entre ambientes heterogêneos. Conforme destacado por
Patel et al. (2021), a utilização de soluções de segurança baseadas em inteligência
artificial e aprendizado de máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra
ameaças em redes diversificadas.
Figura 7 - Redes Avançadas QOS

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36
Além disso, a gestão eficaz da configuração e do provisionamento de
recursos de rede em ambientes de nuvem híbrida e multicloud apresenta desafios
adicionais. A automação de processos e a orquestração de recursos são essenciais
para garantir a consistência e a conformidade das configurações em toda a
infraestrutura. No entanto, a integração de ferramentas de gerenciamento de rede de
diferentes provedores e plataformas pode ser complexa e requer uma abordagem
cuidadosa para evitar conflitos e inconsistências. Como destacado por Dinh et al.
(2020), a utilização de padrões abertos e APIs bem definidas pode facilitar a
integração e o gerenciamento unificado de redes diversificadas.
Por fim, a sincronização de redes diversificadas em ambientes de nuvem
híbrida e multicloud apresenta desafios substanciais, que exigem uma abordagem
holística e estratégica para superá-los. Através da padronização de protocolos,
otimização de desempenho, implementação de medidas de segurança robustas e
automação de processos, as organizações podem garantir a eficiência, segurança e
escalabilidade de suas infraestruturas digitais, promovendo a inovação e a
competitividade no mercado global.
37
4. INTEGRAÇÃO DE NUVENS HÍBRIDAS E MULTICLOUD: O PAPEL DAS
REDES DE COMPUTADORES (17 PÁGINAS)
4.1 ALOCAÇÃO EFICIENTE DE RECURSOS EM AMBIENTES HÍBRIDOS E
MULTICLOUD
4.2 SEGURANÇA
4.2.1 Desafios Específicos de Segurança em Ambientes de Nuvem
4.2.2 Estratégias para Proteção de Dados e Comunicações
4.3 ESCALABILIDADE
4.4 DESENVOLVIMENTO DE INFRAESTRUTURAS HÍBRIDAS E MULTICLOUD
4.4.1 Estratégias para a Integração Eficiente
38
CONCLUSÃO (2 PÁGINAS)
39
REFERÊNCIAS
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=================================================================================
Arquivo 1: capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Arquivo 2: http://www.google.com.br/url?esrc=s (27 termos)
Termos comuns: 0
Similaridade: 0,00%
O texto abaixo é o conteúdo do documento capitulo 3 - ASSESORIA.pdf (6741 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento http://www.google.com.br/url?esrc=s (27
termos)

=================================================================================
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA ? PREFEITO HIRANT SANAZAR
Redes De Computadores
OSASCO
2024
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
OSASCO
2024
Trabalho de Graduação apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Osasco -
?Prefeito Hirant Sanazar? como requisito
parcial para a obtenção do título de
Tecnólogo em REDES DE
COMPUTADORES, sob a orientação do(a)
Professor(a) Adalberto de Freitas Camargo.
COMO AS REDES DE COMPUTADORES SUPORTAM
INFRAESTRUTURAS DE NUVEM HÍBRIDA E MULTICLOUD: UMA
ANÁLISE DAS ARQUITETURAS DE REDE E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO PARA AMBIENTES QUE INTEGRAM NUVENS
PÚBLICAS, PRIVADAS E MÚLTIPLAS, VISANDO EFICIÊNCIA,
SEGURANÇA E ESCALABILIDADE
TERMO DE APROVAÇÃO DIGITALIZADA
DEDICATÓRIA
RESUMO
Palavras-chave:
ABSTRACT
Keywords:

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
1.1 PROBLEMÁTICA
........................................................................................................................................8
1.2 HIPÓTESE
..................................................................................................................................................8
1.3 JUSTIFICATIVA
..........................................................................................................................................8
1.4 OBJETIVOS
................................................................................................................................................9
1.4.1 Geral...............................................................................................................................................9
1.4.2 Específicos.......................................................................................................................................9
1.5 METODOLOGIA
.......................................................................................................................................10
2. CAP.......................................................................................................................13
71 INTRODUÇÃO
A revolução na gestão e utilização de recursos computacionais, impulsionada
pela era digital, representa uma transformação abrangente no modo como as
organizações enfrentam os desafios contemporâneos. Nesse contexto dinâmico, a
resposta inovadora das empresas modernas às crescentes demandas e
complexidades é evidenciada pela adoção de infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. O amalgamamento estratégico de recursos provenientes de nuvem
multicloud e nuvem híbrida visa proporcionar às organizações uma resposta ágil e
adaptável às exigências do ambiente empresarial em constante evolução.
Ao reunir esses recursos diversificados, as organizações buscam conquistar
uma maior flexibilidade operacional, eficiência aprimorada e uma capacidade
robusta de adaptação. A pesquisa em questão assume o desafio de realizar uma
análise abrangente das arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento
aplicadas nesses ambientes integrados.
Dessa forma, ao unir os recursos de nuvem multicloud e nuvem híbrida, as
organizações almejam atingir um nível mais elevado de flexibilidade, eficiência
operacional e capacidade de adaptação diante das exigências em constante
mudança. Este cenário de integração de plataformas distintas levanta a necessidade
premente de uma análise aprofundada das arquiteturas de rede e estratégias de
gerenciamento empregadas nesses ambientes complexos.
Esta pesquisa visa não apenas compreender, mas também ir além,
explorando formas inovadoras de otimizar eficiência, reforçar a segurança e
aprimorar a escalabilidade nesse contexto multifacetado. Ao abordar esses desafios,
o estudo posiciona-se como um contribuinte significativo para o avanço no
entendimento e na implementação de práticas mais avançadas e adaptáveis no
gerenciamento desses ambientes dinâmicos e interconectados.
Este estudo visa, assim, contribuir para o desenvolvimento de abordagens
mais sofisticadas e adaptáveis no gerenciamento desses ambientes complexos e
dinâmicos.

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81.1 PROBLEMÁTICA
O aumento significativo no uso de ambientes de nuvem híbrida e multicloud
impõem desafios consideráveis as redes de computação. A integração eficiente de
plataformas distintas, a garantia da segurança da informação e a otimização dos
recursos de rede representam obstáculos complexos e multifacetados.
Nesse contexto, surge a necessidade premente de compreender
profundamente o papel das redes de computadores nesses ambientes dinâmicos. A
questão central que norteia esta pesquisa é: Como as redes de computadores
podem ser estruturadas e gerenciadas de maneira a aperfeiçoar a eficiência, a
segurança e a escalabilidade em infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud?
1.2 HIPÓTESE
A hipótese desta pesquisa é que, por meio de uma análise aprofundada das
arquiteturas de rede e das estratégias de gerenciamento, é possível otimizar a
eficiência operacional, reforçar a segurança da informação e promover
escalabilidade em ambientes que integram nuvens públicas, privadas e múltiplas.
1.3 JUSTIFICATIVA
A crescente complexidade e a rápida evolução do cenário tecnológico
demandam uma análise aprofundada sobre como as redes de computadores
desempenham um papel relevante no suporte a infraestruturas de nuvem híbrida e
multicloud. Nesse sentido, à medida que organizações adotam modelos integrados
de nuvem para atender às suas necessidades operacionais, surge a necessidade
premente de compreender não apenas os benefícios, mas também os desafios
associados a essas arquiteturas complexas.
A relevância deste estudo estende-se além do ambiente acadêmico,
impactando diretamente as práticas e decisões nas organizações contemporâneas.
Ao compreendermos melhor como as redes de computadores se articulam e
influenciam infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud, é possível fornecer
9respostas a questões críticas enfrentadas por profissionais da área. Essas
respostas, por sua vez, têm o potencial de aperfeiçoar a eficiência operacional, a
segurança da informação e a escalabilidade, aspectos vitais para o sucesso e a
sustentabilidade das operações de redes.
Além disso, ao abordar diretamente os desafios práticos enfrentados pelas
organizações na adoção de ambientes de nuvem integrada, esta pesquisa pode
auxiliar a gestores que buscam implementar estratégias mais eficazes. A
compreensão aprofundada das nuances dessas arquiteturas complexas pode
catalisar a inovação e informar decisões informadas, promovendo assim uma
integração mais eficiente e segura de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
Dessa forma, a relevância deste estudo transcende a esfera acadêmica,
oferecendo uma contribuição prática e tangível para aqueles envolvidos no campo
de rede de computadores, alinhando-se com as demandas emergentes do cenário
corporativo contemporâneo.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Geral
Analisar as arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em

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ambientes de nuvem híbrida e multicloud, identificando oportunidades de otimização


para eficiência, segurança e escalabilidade.
1.4.2 Específicos
? Investigar as principais problemáticas enfrentadas por nuvem multicloud e
nuvem híbrida;
? Propor estratégias de gerenciamento de rede para otimização da eficiência
operacional;
? Avaliar as medidas de segurança adotadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud.
10
1.5 METODOLOGIA
A metodologia empregada neste trabalho de conclusão de curso
fundamentou-se em uma abordagem de pesquisa bibliográfica, conduzida por meio
de uma revisão sistemática da literatura. A execução dessa revisão envolveu uma
leitura exploratória de resumos e títulos de obras relevantes, com o intuito de avaliar
a pertinência e contribuição desses materiais à temática central do estudo.
A coleta de dados para este estudo foi conduzida por meio de uma pesquisa
bibliográfica abrangente, abarcando fontes diversas, como livros, revistas
especializados e periódicos online. Além disso, consultas a pesquisas científicas
consolidadas foram realizadas para assegurar a abrangência e profundidade do
levantamento de informações. O critério de leitura exploratória de resumos e títulos
foi aplicado de forma criteriosa para avaliar a pertinência das obras em relação ao
âmago da pesquisa.
No sentido de ampliar a cobertura e qualidade da pesquisa, a seleção de
estudos foi orientada para bases de dados reconhecidas no contexto de
infraestruturas de nuvem híbrida e multicloud. Nesse sentido, foram exploradas
plataformas como IEEE Xplore, ACM Digital Library e SpringerLink e Google
Acadêmico, buscando incluir perspectivas abrangentes e atualizadas sobre o tema
em questão.
As palavras-chave adotadas para orientar a pesquisa refletiram a
complexidade e abrangência da temática, incluindo termos como "Infraestruturas de
Nuvem Híbrida", "Multicloud", "Arquiteturas de Rede", "Estratégias de
Gerenciamento", "Eficiência", "Segurança" e "Escalabilidade". Essa escolha
estratégica de palavras-chave visa abarcar os diversos aspectos e nuances
relacionados aos ambientes integrados de nuvens públicas, privadas e múltiplas.
O material utilizado para análise e revisão consistiu principalmente em artigos
científicos, conferências e livros especializados, enfocando a viabilidade técnica das
arquiteturas de rede e estratégias de gerenciamento em contextos de nuvem híbrida
e multicloud. Essa abordagem proporcionou uma base sólida e diversificada para a
construção do conhecimento neste campo de estudo.
Os critérios de inclusão estabeleceram a seleção de artigos científicos
publicados no Brasil, compreendidos no intervalo temporal entre 2014 e 2023, em
formato de texto completo. Em contrapartida, foram excluídos artigos científicos não
11

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disponíveis integralmente e materiais que não estavam alinhados com a temática


central do trabalho. Esses critérios foram aplicados para assegurar a qualidade e
pertinência dos estudos incorporados à revisão bibliográfica.
12
2. COMPUTAÇÃO EM NUVEM
O presente capítulo deste trabalho se dedica à exploração aprofundada do
conceito e da diversidade de modelos de Computação em Nuvem (Cloud
Computing). Este campo emergente na tecnologia da informação tem transformado
radicalmente a maneira como os recursos computacionais são concebidos,
provisionados e utilizados. A Computação em Nuvem transcende as limitações dos
modelos tradicionais, permitindo acesso remoto a uma variedade de aplicações e
serviços, independentemente de localização geográfica ou plataforma de
hardware.
2.1. Definição de Computação em Nuvem
A ascensão da computação em nuvem constitui uma tendência notável,
manifestando-se após a transição comercial da Internet ocorrida em 1995. Nesse
momento, a Internet já havia se consolidado como uma rede global de comunicação
de dados multimídia, estabelecendo conexões entre a maioria das instituições de
ensino superior e centros de pesquisa em escala mundial (ZUFFO et al., 2013).
Posto isto, a computação em nuvem, também conhecida como Cloud
Computing, constitui um inovador paradigma computacional que viabiliza ao usuário
final o acesso remoto a uma ampla gama de aplicações e serviços,
independentemente de sua localização e plataforma, mediante a utilização de um
terminal conectado à nuvem1 (TAURION, 2019).
A metáfora da nuvem, com sua conotação de um ambiente desconhecido
cujo início e fim são perceptíveis, revelam-se apropriadamente empregada
na nomenclatura desse novo modelo. Neste contexto, a infraestrutura e os
recursos computacionais permanecem virtualmente ocultos, com o usuário
interagindo por meio de uma interface padronizada, por meio da qual são
disponibilizadas diversas aplicações e serviços (SANTOS, 2018, p. 38).
1 A computação em nuvem teve sua origem em 2006, quando Eric Schmidt, da Google, abordou a
gestão dos data centers em uma palestra. Atualmente, ela representa o epicentro de um movimento
que provoca mudanças substanciais no panorama tecnológico. Nesse contexto, a metáfora da nuvem
simboliza a internet ou a infraestrutura de comunicação entre os componentes arquiteturais,
fundamentada em uma abstração que esconde a complexidade subjacente. Cada componente dessa
infraestrutura é oferecido como serviço e geralmente alocado em data centers que utilizam recursos
de hardware compartilhado para computação e armazenamento.
13
Um criterioso relatório elaborado pela Gartner, destacando a computação em
nuvem como a vanguarda na esfera da tecnologia estratégica, enfatizou de maneira
contundente sua proeminência, consolidando-se como uma tendência incontestável
na indústria, ao estabelecer formalmente sua definição:
A computação em nuvem é uma forma especializada de computação
distribuída que introduz modelos de utilização para o provisionamento

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remoto de recursos escaláveis e mensuráveis. [...] É um estilo de


computação no qual capacidades escaláveis e elásticas habilitadas para TI
(serviços, software ou infraestrutura) são entregues como serviço a clientes
externos usando tecnologias da Internet (BRODKIN, 2008, p. 39).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem é um paradigma que
implica a disponibilização de recursos computacionais, como armazenamento,
processamento, redes e software, por meio da Internet. Esses recursos são
acessíveis e utilizáveis remotamente, permitindo que os usuários aproveitem os
serviços oferecidos por provedores de nuvem, eliminando a dependência de
recursos locais ou servidores físicos para atender às suas demandas
computacionais.
A computação em nuvem, em uma conceituação mais abrangente,
representa um paradigma de infraestrutura que viabiliza a implementação do
Software como Serviço (SaaS). Este paradigma engloba um extenso conjunto de
serviços acessíveis pela web, destinados a disponibilizar funcionalidades que,
anteriormente, demandavam consideráveis investimentos em hardware e software.
O funcionamento da computação em nuvem ocorre por meio de um modelo de
pagamento baseado no uso, permitindo uma abordagem mais flexível e eficiente em
termos de custos (OLIVEIRA et al., 2020).
Este modelo de computação transcende as limitações tradicionais,
oferecendo capacidades escaláveis e elásticas relacionadas às tecnologias da
informação. Essas capacidades são disponibilizadas como serviços aos usuários
finais por meio da internet. Essa definição, amplamente reconhecida, é
compartilhada pelo grupo Gartner, destacando a essência da computação em
nuvem como uma inovação que proporciona agilidade, acessibilidade e economia,
transformando fundamentalmente a forma como recursos computacionais são
provisionados e consumidos (TAURION, 2019).
É importante ressaltar que a representação simbólica da nuvem reside na
internet, composta por uma infraestrutura de comunicação que engloba hardwares,
14
softwares, interfaces, redes de telecomunicação, dispositivos de controle e
armazenamento, permitindo a entrega de serviços computacionais. Para
implementar esse modelo, é imperativo consolidar todas as aplicações e dados dos
usuários em extensos centros de armazenamento denominados data centers. Após
essa consolidação, a infraestrutura e as aplicações dos usuários são distribuídas
como serviços acessíveis pela internet (SANTOS, 2018).
Segundo Oliveira et al. (2020), um elemento para a compreensão deste
modelo de computação diz respeito aos intervenientes da nuvem, que podem ser
categorizados em três grupos distintos: o provedor de serviço, o desenvolvedor e o
usuário.
Segundo Santos (2018), o provedor assume a responsabilidade de
disponibilizar, gerenciar e monitorar integralmente a infraestrutura da nuvem. Por
sua vez, Taurion (2019) explica que o desenvolvedor deve possuir a habilidade de
fornecer serviços destinados ao usuário final, baseando-se na infraestrutura

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disponibilizada. O usuário final, representa o consumidor que utilizará os recursos


oferecidos pelo cloud computing.
A computação em nuvem, por conseguinte, configura-se como um novo
modelo de serviço inovador, capacitado para prover uma diversidade de serviços,
incluindo processamento, infraestrutura e armazenamento de dados, exclusivamente
por meio da internet (TAURION, 2019). Para que um data center possa ser chamado
de Cloud Computing, é necessário atender a algumas características essenciais, a
saber.
2.2. Características
A convergência de diversas tecnologias essenciais capacita a computação em
nuvem a oferecer serviços de maneira transparente aos usuários, entre outras
funcionalidades e particularidades. Campos tecnológicos de suma importância nessa
convergência abrangem o hardware, com ênfase na capacidade de virtualização; as
tecnologias de internet, como a Web 2.0 e os serviços web; o gerenciamento de
sistemas, incluindo a computação independente (autonomic computing) e a
automação de gerenciamento e manutenção de data centers; além da computação
distribuída, com especial atenção para a utility & grid computing.
15
2. 2.1. Elasticidade e Escalonamento
A computação em nuvem proporciona a ilusão de recursos computacionais
infinitos disponíveis para utilização. Nesse contexto, os usuários antecipam que a
nuvem seja capaz de fornecer rapidamente recursos em qualquer quantidade e a
qualquer momento. A expectativa é que recursos adicionais sejam disponibilizados,
possivelmente de maneira automática, em períodos de aumento da demanda, e
retidos durante reduções nessa demanda (OLIVEIRA et al., 2020).
Segundo Santos (2018), recursos podem ser adquiridos de forma rápida e
elástica, muitas vezes automaticamente, caso haja necessidade de escalar com o
aumento da demanda, e liberados durante a redução dessa demanda. Aos usuários,
os recursos disponíveis para uso parecem ser ilimitados e podem ser adquiridos em
qualquer quantidade e a qualquer momento. A virtualização (criação de ambientes
virtuais com o propósito de abstrair características físicas do hardware) desempenha
um papel fundamental na característica de elasticidade rápida da computação em
nuvem.
2.2.2. Self-Service sob demanda
Os usuários têm a capacidade de adquirir unilateralmente recursos
computacionais, como tempo de processamento no servidor ou armazenamento na
rede, à medida que necessitam, sem a necessidade de interação humana com os
provedores de cada serviço. Numa nuvem, tanto o hardware quanto o software
podem ser automaticamente reconfigurados, apresentando essas modificações de
maneira transparente para os usuários (SANTOS, 2018).
2.2.3. Faturamento e medição por uso
Dado que o usuário pode requisitar e utilizar apenas a quantidade de recursos
e serviços considerada necessária, os serviços devem ser precificados com base em
um uso de curta duração, como, por exemplo, medido em horas de utilização.

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Portanto, as nuvens devem implementar recursos que assegurem um comércio


16
eficiente de serviços, incluindo tarifação adequada, contabilidade, faturamento,
monitoramento e otimização do uso (OLIVEIRA et al., 2020).
Essa medição automática do uso dos recursos deve abranger diferentes tipos
de serviços oferecidos (armazenamento, processamento e largura de banda) e ser
prontamente reportada, promovendo uma maior transparência comercial (SANTOS,
2018).
2.2.4. Customização
Atendendo a múltiplos usuários, observa-se uma grande disparidade em suas
necessidades, tornando essencial a capacidade de personalização dos recursos da
nuvem, abrangendo desde serviços de infraestrutura até serviços de plataforma e
software (SANTOS, 2018).
2.2.5. Amplo acesso à rede
Os recursos estão disponíveis por meio da rede e acessados através de
mecanismos que promovem padrões utilizados por plataformas heterogêneas, como
telefones celulares, laptops e PDAs. A interface de acesso à nuvem não exige que
os usuários modifiquem suas condições e ambientes de trabalho, como linguagens
de programação e sistemas operacionais (SANTOS, 2018).
2.2.6 Pooling de Recursos
Os provedores de recursos de computação são agrupados para atender a
vários consumidores através de um modelo multi-inquilino (modelo de software onde
uma única instância roda no servidor e permite atender a múltiplas requisições de
diferentes usuários), com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos
dinamicamente, de acordo com a demanda do consumidor (ALBUQUERQUE;
FREITAS, 2021).
17
Existe um senso de independência local, no qual o cliente geralmente não
tem controle ou conhecimento sobre a localização exata dos recursos
disponibilizados, mas pode especificar o local em um nível mais abstrato, como país,
estado ou data center. Exemplos de recursos incluem armazenamento,
processamento, memória, largura de banda de rede e máquinas virtuais (SANTOS,
2018).
2.2.7. Serviço Medido
Sistemas em nuvem gerenciam e otimizam automaticamente a utilização de
recursos, tirando proveito da capacidade de medição em um nível de abstração
adequado para o tipo de serviço. O uso de recursos é monitorado, controlado e
registrado, estabelecendo transparência entre o provedor e o consumidor (SANTOS,
2018).
A abordagem em nível de serviço SLA, que oferece informações sobre os
níveis de disponibilidade, funcionalidade, desempenho e possíveis penalidades em
caso de violação desses parâmetros, pode ser implementada para assegurar a
eficiência do serviço (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021). É imperativo destacar que
existem três modelos principais de serviço na computação em nuvem, conforme

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segue.
2.3. Camadas de Arquitetura e tipos de nuvem
Os serviços de computação em nuvem se distribuem em três classes,
considerando o nível de abstração do recurso fornecido e o modelo de serviço do
provedor. O nível de abstração representa a camada de arquitetura onde os serviços
das camadas superiores podem ser compostos pelos serviços das camadas
inferiores (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Segundo Taurion (2019), a computação em nuvem representa uma
paradigmática distribuição de recursos na forma de serviços, transformando
radicalmente a entrega de soluções tecnológicas. Essa abordagem inovadora
proporciona uma organização tripartida, subdividindo a Computação nas Nuvens em
três modelos distintos: Infraestrutura como Serviço (IaaS); Plataforma como Serviço
18
(PaaS); e Software como Serviço (SaaS), na camada superior, conforme ilustrado na
Figura 1.
Figura 1: Representação dos modelos de serviços
Fonte: https://fabriciorhs.files.wordpress.com/2010/09/cloud_computing.pdf
IaaS: Fornece acesso a recursos de infraestrutura virtualizada, como
máquinas virtuais, redes e armazenamento. Os usuários têm controle sobre o
sistema operacional, aplicativos e configurações, enquanto o provedor de nuvem
gerencia a infraestrutura subjacente (TAURION, 2019);
PaaS: Oferece uma plataforma de desenvolvimento completa, incluindo
ferramentas, bibliotecas e serviços necessários para desenvolver, testar e implantar
aplicativos sem se preocupar com a infraestrutura subjacente (TAURION,
2019);
SaaS: Fornece aplicativos de software totalmente desenvolvidos e prontos
para uso, acessíveis por meio da Internet. Os usuários podem utilizar o software
sem se preocupar com manutenção, atualizações ou gerenciamento da
infraestrutura.
Em síntese, a computação em nuvem representa uma revolução no
paradigma de prestação de serviços de TI. A estrutura em camadas, composta por
Infraestrutura como IaaS, PaaS e SaaS, oferece uma abordagem abrangente e
19
escalável para atender às necessidades variadas dos usuários (TAURION,
2019).
2.4. Compreensão das Nuvens Pública, Privada e Hibrida
2.4.1. Nuvem pública
A implementação da computação em nuvem por meio de nuvens públicas é a
modalidade mais amplamente adotada. Nesse contexto, os recursos de nuvem,
como servidores e armazenamento, são propriedade de um provedor de serviços de
nuvem externo, sendo geridos e fornecidos por meio da Internet. Na nuvem pública,
toda a infraestrutura, incluindo hardware, software e suporte, é exclusivamente de
responsabilidade e administração do provedor de nuvem (ZUFFO et al., 2013). O
Microsoft Azure exemplifica de forma destacada uma nuvem pública.

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Ao selecionar uma nuvem pública, ocorre o compartilhamento de dispositivos


de hardware, armazenamento e rede com outras organizações ou "locatários" da
nuvem. A utilização de serviços e a gestão da conta são realizadas por meio de um
navegador da web. As implantações de nuvem pública são frequentemente
empregadas para disponibilizar serviços como e-mail baseado na web, aplicativos
de escritório online, armazenamento e ambientes de desenvolvimento e teste
(TAURION, 2009).
2.4.2. Nuvem privada
Uma nuvem privada constitui-se de recursos de computação em nuvem
destinada exclusivamente ao uso de uma única empresa ou organização. Essa
configuração pode ser implementada localmente no datacenter da entidade ou
hospedada por um provedor de serviços terceirizado (TAKABI, 2010). Entretanto,
vale destacar que, em uma nuvem privada, os serviços e a infraestrutura
permanecem integralmente na rede privada, e tanto o hardware quanto o software é
dedicado exclusivamente à referida organização (ERL et al., 2013).
A característica distintiva da nuvem privada reside na capacidade da
organização em personalizar seus recursos de maneira mais eficaz para atender a
requisitos específicos de TI (THOMAS et al., 2013). Para Meza 92014),
20
frequentemente adotadas por entidades governamentais, instituições financeiras e
outras organizações de grande porte com operações críticas para os negócios, as
nuvens privadas visam aprimorar o controle sobre seu ambiente operacional. Este
modelo oferece maior flexibilidade e adequação às necessidades particulares,
proporcionando um ambiente customizado que atenda eficientemente aos requisitos
específicos de cada entidade.
Figura 2: Nuvem Privada
Fonte: https://comoaprenderwindows.com.br/infraestrutura/o-que-e-uma-nuvem-privada/
Conforme exposto, a nuvem privada é uma modalidade de serviços de
computação oferecidos pela Internet ou por uma rede interna privada, sendo
acessível exclusivamente a usuários selecionados, em contraste com o público em
geral. Também conhecida como nuvem interna ou corporativa, ela proporciona
benefícios semelhantes aos da nuvem pública, como autoatendimento,
escalabilidade e elasticidade.
No entanto, diferencia-se ao oferecer maior controle e personalização por
meio de recursos dedicados em uma infraestrutura local. Destaca-se por
proporcionar um nível superior de segurança e privacidade, garantidos por firewalls
internos e hospedagem própria, assegurando que dados confidenciais não sejam
acessíveis a terceiros. Uma desvantagem reside na responsabilidade do
21
departamento de TI pela gestão da nuvem privada, o que implica custos e
responsabilidades comparáveis aos de um data center tradicional (MEZA, 2024).
2.4.3. Nuvem híbrida
A nuvem híbrida representa uma fusão estratégica de dois ou mais tipos
distintos de ambientes de nuvem. Essa configuração abrange a combinação de

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nuvens públicas e privadas, podendo ainda incorporar uma infraestrutura local já


existente. Para que uma nuvem seja verdadeiramente híbrida, é imperativo que
esses diversos ambientes de nuvem estejam profundamente interligados, operando
de maneira essencial como uma única infraestrutura integrada. É comum que
praticamente todas as nuvens híbridas contemplem pelo menos uma nuvem pública
em sua composição (SANTOS, 2023).
Para Oliveira (2016), a abordagem da nuvem híbrida emerge como uma
solução estratégica que capitaliza as vantagens oferecidas tanto pelas nuvens
públicas quanto pelas privadas. Essa integração visa otimizar a flexibilidade,
oferecendo uma resposta eficaz às demandas variáveis e aos requisitos específicos
de cada organização. A capacidade de orquestrar recursos de diferentes ambientes
de nuvem confere uma adaptabilidade relevante às organizações, permitindo-lhes
alcançar um equilíbrio personalizado entre controle, segurança e escalabilidade.
Figura 3: Nuvem híbrida
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-hybrid-cloud/
22
Uma nuvem híbrida combina efetivamente tecnologias distintas para otimizar
eficiência e funcionalidade. Semelhante ao funcionamento de carros híbridos, que
integram motores a gasolina e elétricos para obter eficiência e potência, as nuvens
híbridas combinam vantagens de diferentes ambientes em nuvem (RODRIGUES et
al., 2015).
Segundo Oliveira (2016), essas nuvens têm diversas aplicações, permitindo
que organizações usem nuvens privadas e públicas para diferentes serviços, backup
ou gestão de picos de demanda. Ambientes de nuvem híbrida oferecem flexibilidade
ao executar aplicativos em diversos ambientes, incluindo nuvens públicas, privadas
e locais, atendendo às necessidades específicas da empresa.
Ademais, as soluções de nuvem híbrida facilitam a migração e gestão de
cargas de trabalho entre ambientes, possibilitando configurações mais versáteis.
Essa abordagem é comum atualmente devido à não dependência exclusiva de uma
única nuvem pública (TAURION¸2019).
Para Santos (2023), organizações adotam plataformas de nuvem híbrida para
reduzir custos, minimizar riscos e expandir recursos, sustentando esforços de
transformação digital. Essa configuração é uma das infraestruturas mais
prevalentes, permitindo a transição gradual de aplicativos e dados durante
migrações para a nuvem. Ambientes híbridos possibilitam o uso contínuo de
serviços locais e a flexibilidade oferecida por provedores de nuvem pública, como o
Google Cloud.
2.4.3.1 Funcionamento da Nuvem híbrida
Conforme mencionado anteriormente, as nuvens híbridas representam uma
fusão de recursos e serviços provenientes de dois ou mais ambientes distintos de
computação. Para as arquiteturas de nuvem híbrida funcionar eficientemente, é
essencial a integração, orquestração e coordenação para possibilitar o
compartilhamento, alteração e sincronização ágil de informações (TAURION¸2019).
A base de uma implantação bem-sucedida de nuvem híbrida reside em uma

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rede robusta. A interconectividade entre esses ambientes frequentemente é


estabelecida por meio de redes locais (LAN), redes de longa distância (WAN), redes
23
privadas virtuais (VPNs) e interfaces de programação de aplicativos (APIs) (MEZA,
2024).
Santos (2023), explica que assim como em outras arquiteturas de
computação em nuvem, as plataformas de nuvem híbrida fazem uso das tecnologias
de virtualização, conteinerização e armazenamento e rede definida por software
para abstrair e consolidar recursos. Através de softwares de gerenciamento
dedicados, as organizações conseguem alocar recursos e possibilitar o
provisionamento sob demanda em ambientes diversos.
2.5. Nuvem Multicloud
Segundo Santos et al. (2021), a abordagem Multicloud é caracterizada pelo
uso de serviços e recursos de nuvem fornecidos por múltiplos provedores, em
contraste com a dependência exclusiva de um único provedor de nuvem. Essa
estratégia permite que organizações selecionem os serviços mais adequados às
suas necessidades específicas, beneficiem-se da redundância e evitem a
dependência exclusiva de um único fornecedor.
Figura 4: Nuvem Multicloud
24
Fonte: https://www.cloudflare.com/pt-br/learning/cloud/what-is-multicloud/
Conforme Figura acima, Multicloud é à utilização de várias nuvens públicas
por uma empresa. Em uma configuração de multinuvem, a empresa incorpora
nuvens públicas de mais de um provedor, ao invés de depender de um único
fornecedor para hospedagem em nuvem, armazenamento e pilha completa de
aplicativos. Segundo Santos (2023), essa abordagem oferece flexibilidade e
diversidade de fornecedores, sendo útil para diversos propósitos, como redundância,
backup do sistema e integração de diferentes serviços de nuvem, incluindo IaaS,
PaaS e SaaS.
Sob outra perspectiva, um ambiente Multicloud refere-se à prática de utilizar
múltiplos serviços de computação em nuvem dentro de uma arquitetura única e
heterogênea. Seu propósito principal é reduzir a dependência de fornecedores
individuais, proporcionando maior flexibilidade por meio de uma ampla gama de
opções disponíveis (ALALUNA¸2019).
25
Por exemplo, uma empresa que utiliza os serviços de armazenamento de
dados da Amazon Web Services (AWS), os recursos de computação da Microsoft
Azure e as soluções de inteligência artificial do Google Cloud Platform estão
adotando uma abordagem multicloud. A combinação desses serviços permite à
empresa otimizar seus custos, aumentar sua flexibilidade e agilidade de sua
infraestrutura de TI (MEZA, 2024).
Além disso, a natureza Multicloud pode abranger a incorporação de nuvens
públicas, privadas e de borda para alcançar os objetivos da empresa. Em outras
palavras, trata-se da integração de operações locais com aplicações e serviços

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executados em diversos provedores de nuvem pública. Essa abordagem permite


que as empresas capitalizem os benefícios distintos oferecidos por cada plataforma,
ao mesmo tempo em que mitigam eventuais desvantagens associadas a uma única
nuvem (ALALUNA¸2019).
Para Paraiso et al. (2012), diferentemente da abordagem de nuvem híbrida,
que envolve a combinação de diferentes modos de implantação (como público,
privado e legado) em uma única infraestrutura, o Multicloud se concentra na
utilização de diversos serviços em nuvem de diferentes provedores,
independentemente do modelo de implementação utilizado. Essa distinção enfatiza
a diversidade e a variedade de opções disponíveis para as organizações que
adotam estratégias de Multicloud.
Ressalva-se que para Meza (2024), uma solução Multicloud integra serviços
de infraestrutura como serviço (IaaS), plataforma como serviço (PaaS) e software
como serviço (SaaS) em uma arquitetura que pode variar em termos de
acoplamento, podendo ser bastante ou pouco acoplada. Isso significa que a
arquitetura Multicloud pode ser projetada para oferecer diferentes níveis de
integração entre os serviços e provedores de nuvem, incluindo:
a) Rede: A integração eficiente de serviços de diferentes provedores requer uma
rede robusta e flexível, capaz de fornecer conectividade confiável e de baixa
latência entre os ambientes de nuvem;
b) Desempenho: É essencial garantir que a solução Multicloud atenda aos
requisitos de desempenho das aplicações, distribuindo as cargas de trabalho
de forma eficiente e otimizando o uso dos recursos disponíveis em cada
provedor de nuvem;
26
c) Segurança: A segurança dos dados e das aplicações é uma prioridade
fundamental. Uma solução multicloud deve implementar práticas de
segurança consistentes em todos os ambientes de nuvem, incluindo controle
de acesso, criptografia de dados, monitoramento de ameaças e conformidade
regulatória;
d) Gerenciamento operacional: O gerenciamento eficaz de uma arquitetura
multicloud requer ferramentas e processos adequados para monitorar,
provisionar, escalar e melhorar os recursos de forma centralizada,
independentemente dos provedores de nuvem utilizados;
e) Custo total de propriedade (TCO): Uma solução multicloud deve ser avaliada
em termos de custo total de propriedade, considerando não apenas os custos
diretos dos serviços de nuvem, mas também os custos indiretos associados à
integração, gerenciamento e suporte (MEZA, 2024).
Ao considerar esses aspectos e aplicar as melhores práticas de design e
operação, uma solução multicloud pode proporcionar benefícios consideráveis em
termos de flexibilidade e eficiência operacional para seus usuários. Essa abordagem
estratégica permite a otimização dos recursos disponíveis, a adaptação a demandas
variáveis e a maximização da infraestrutura, refletindo diretamente em ganhos de
produtividade e performance para as organizações (OLIVEIRA et al., 2020).

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2.5.1 Como Funciona a Nuvem Multicloud


A implementação de uma arquitetura de nuvem multicloud demanda a
integração de diversos serviços e plataformas de nuvem por meio de APIs
(interfaces de programação de aplicativos) e ferramentas de gerenciamento de
nuvem. Esta abordagem permite distribuir diferentes cargas de trabalho entre
provedores de nuvem distintos, tirando proveito de suas respectivas vantagens e
recursos (ALBUQUERQUE; FREITAS, 2021).
Essa integração é realizada por meio de redes e conexões de comunicação,
como a internet ou redes privadas virtuais (VPNs), utilizando ferramentas como
27
APIs, contêineres e orquestradores de contêineres2, como Kubernetes3. Com a
nuvem multicloud, as organizações têm a liberdade de escolher os serviços
específicos de cada provedor que melhor atendam às suas necessidades, como
armazenamento de dados, computação, análise de dados e inteligência artificial (IA),
entre outros (TAURION, 2019).
Meza (2024), explica que essa flexibilidade proporciona a oportunidade de
otimizar o desempenho, a segurança e os custos, de acordo com os requisitos de
cada carga de trabalho. Além disso, a nuvem multicloud reduz a dependência de um
único provedor de nuvem, mitigando o risco de interrupções no serviço e
aprimorando as operações de TI (ALALUNA¸2019).
Em relação à rede, uma infraestrutura de nuvem multicloud requer uma rede
robusta e segura para facilitar a comunicação entre os diversos provedores de
nuvem, garantindo o desempenho e a segurança dos aplicativos e dados. Isso pode
envolver a implementação de conexões de rede privada dedicadas, como VPNs ou
conexões diretas, para garantir a conectividade confiável e de baixa latência entre os
diferentes ambientes de nuvem.
2.5.2 Infraestruturas de Nuvem Multicloud
As infraestruturas de nuvem multicloud referem-se à arquitetura de tecnologia
que permite a integração e operação de múltiplos provedores de nuvem em um
ambiente heterogêneo. Essas infraestruturas são fundamentais para viabilizar a
estratégia multicloud, oferecendo suporte à distribuição de cargas de trabalho e
recursos em diferentes plataformas de nuvem (ALALUNA¸2019).
Uma infraestrutura de nuvem multicloud bem projetada deve ser altamente
adaptável, capaz de lidar com os desafios e complexidades inerentes à operação em
2 Os contêineres são empregados para transportar aplicações em meio a uma infraestrutura
multicloud. Cada contêiner encapsula não apenas a aplicação em si, mas também suas bibliotecas
associadas, variáveis de ambiente e arquivos de configuração essenciais para a execução da
aplicação em qualquer ambiente operacional onde o contêiner seja implantado.
3 O Kubernetes é um sistema de orquestração de contêineres de código aberto que automatiza os
processos de implantação, dimensionamento e gerenciamento de aplicações em contêineres.
Inicialmente concebido pelo Google, o Kubernetes agora é mantido pela Cloud Native Computing
Foundation.
28
ambientes diversos (TAURION, 2019). Algumas características essenciais das

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infraestruturas de nuvem multicloud estarão na Tabela 1:


Tabela 1: Aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
Aspecto Descrição
Interconectividade
Permite a interconexão eficiente entre os diferentes provedores
de nuvem e suas soluções, garantindo interoperabilidade e
comunicação fluida na arquitetura multicloud.
Orquestração de
Recursos
Capacidade de gerenciar recursos de forma unificada,
automatizando processos como provisionamento,
escalonamento e balanceamento de carga em um ambiente
multicloud.
Segurança
Preocupação central em ambientes de nuvem, torna-se ainda
mais crítica na infraestrutura multicloud, exigindo recursos
avançados como criptografia, controle de acesso e
monitoramento de ameaças.
Gerenciamento de
Custos
Monitoramento e gestão centralizada dos custos associados a
diferentes provedores de nuvem e cargas de trabalho, visando
melhorar gastos e alocar recursos de forma eficiente.
Escalabilidade e
Elasticidade
Capacidade de dimensionar recursos dinamicamente para
atender às demandas variáveis de carga de trabalho,
oferecendo escalabilidade automática e sob demanda no
ambiente multicloud.
Fonte: Tarion (2019)
Após analisar os aspectos essenciais na infraestrutura de nuvem multicloud
representada pela Tabela 1, é possível observar a complexidade e a importância de
cada um desses elementos para garantir o funcionamento eficiente e seguro desse
ambiente. A interconectividade entre os provedores de nuvem é fundamental para a
interoperabilidade e comunicação fluida, enquanto a orquestração de recursos
permite a automação de processos fundamentais, como o provisionamento e
escalonamento.
Além disso, segundo Alaluna (2019), a segurança assume um papel ainda
mais crítico na infraestrutura multicloud, demandando recursos avançados de
proteção de dados e monitoramento de ameaças. O gerenciamento de custos é
essencial para melhorar os gastos e garantir uma alocação eficiente de recursos,
enquanto a escalabilidade e elasticidade permitem que as organizações
29
dimensionem seus recursos de acordo com as demandas variáveis de carga de

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trabalho. Portanto, ao considerar esses aspectos, as empresas podem construir e


manter uma infraestrutura multicloud robusta e adaptável, capaz de atender às
necessidades do negócio de forma eficaz e segura.
2.5.3 Das diferenças das infraestruturas de Nuvem Multicloud
Ao contrário da abordagem Multicloud, a Nuvem Híbrida não necessariamente
se baseia na utilização de serviços de diferentes fornecedores. Enquanto na
Multicloud uma empresa pode empregar nuvens públicas, privadas ou híbridas, a
Nuvem Híbrida tende a integrar ambientes de nuvem pública e privada, mantendo-os
interconectados (RODRIGUES et al., 2015).
Posto isto, as principais distinções entre essas duas soluções residem no
escopo de tecnologias disponíveis e na dependência de fornecedores únicos. Na
prática, a abordagem Multicloud oferece uma variedade mais ampla de opções
tecnológicas, permitindo que a empresa não se restrinja a um único fornecedor, uma
vez que os serviços são adquiridos de diferentes prestadores (TAURION, 2019).
Haja vista, em consonância com Santos et al. (2021), com o crescimento
contínuo da oferta de serviços em nuvem, a diversificação de provedores se
expandiu ainda mais, tornando o gerenciamento da infraestrutura de nuvem mais
complexo e desafiador. Essa complexidade adicional aumentou a necessidade de
cuidados na gestão e na integração dos serviços de nuvem.
É importante ressaltar que as abordagens de Multicloud e Nuvem Híbrida são
mutuamente exclusivas: não é viável implementar ambas simultaneamente, pois as
nuvens estarão interconectadas na Nuvem Híbrida, enquanto na Multicloud não
haverá essa interconexão entre os provedores de nuvem utilizados (AMARAL,
2021).
30
3. ARQUITETURAS REDE SOB A PERSPECTIVA HÍBRIDA E MULTICLOUD
3.1 ARQUITETURAS HÍBRIDAS
As arquiteturas híbridas emergiram como uma resposta dinâmica às
demandas complexas e multifacetadas das infraestruturas de nuvem na era
contemporânea. Nesse contexto, a interconexão de nuvens públicas, privadas e
múltiplas tornou-se imperativa para empresas que buscam otimizar eficiência,
segurança e escalabilidade em seus ambientes digitais. Para compreender
plenamente esse paradigma, é essencial analisar tanto as estratégias de rede
quanto as técnicas de gerenciamento que impulsionam essas arquiteturas híbridas.
Um dos pilares fundamentais na sustentação das redes de computadores é a
robustez da infraestrutura subjacente. A integração harmoniosa entre os ambientes
de nuvem pública e privada requer uma abordagem meticulosa na concepção e
implementação das redes, as quais devem ser capazes de suportar cargas de
trabalho variáveis e garantir conectividade contínua. Conforme apontado por
Bernstein e Vij (2014), em seu estudo seminal, a flexibilidade e a adaptabilidade das
arquiteturas de rede desempenham um papel crucial na facilitação da migração de
cargas de trabalho entre diferentes nuvens.
Além da estrutura física, as estratégias de gerenciamento desempenham um
papel preponderante na governança eficaz das arquiteturas híbridas. A automação

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de processos, aliada à orquestração de recursos, é essencial para garantir a


eficiência operacional e a escalabilidade sob demanda. Nesse sentido, a abordagem
proposta por Chowdhury e Boutaba (2010), que enfatiza a necessidade de políticas
dinâmicas de gerenciamento para a adaptação contínua às mudanças no ambiente,
revela-se particularmente relevante.
A segurança, por sua vez, emerge como uma preocupação central na
concepção de arquiteturas híbridas resilientes. A coexistência de dados sensíveis
em ambientes públicos e privados exige medidas de proteção abrangentes, que vão
desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de firewalls e sistemas
de detecção de intrusões. Conforme observado por Ristenpart et al. (2009), em sua
análise sobre os desafios de segurança na computação em nuvem, a integração de
31
mecanismos de autenticação multifatorial e o monitoramento proativo são essenciais
para mitigar os riscos inerentes a esses ambientes heterogêneos.
No âmbito da escalabilidade, as arquiteturas híbridas oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. A abstração de
recursos, combinada com a elasticidade inerente à nuvem, oferece uma base sólida
para a expansão sem interrupções das operações comerciais. Nesse contexto, as
contribuições de Kephart e Chess (2003), que exploram os princípios da
computação autônoma e adaptativa, oferecem insights valiosos sobre como alcançar
escalabilidade dinâmica em ambientes híbridos.
Outro aspecto crucial a ser considerado é a interoperabilidade entre os
diversos provedores de nuvem, que compõem o cenário multicloud. A padronização
de protocolos e interfaces é essencial para facilitar a integração e a portabilidade de
aplicativos e dados entre plataformas heterogêneas. A adoção de padrões abertos e
o uso de APIs (Application Programming Interfaces) bem definidas são essenciais
para evitar o aprisionamento do fornecedor e promover a interoperabilidade (Figura
5).
Fonte: Junior, J., 2019.
Figura 5 - Arquitetura de Micros Serviços Híbridos
32
Além disso, a latência e o desempenho da rede desempenham um papel
crítico na garantia da experiência do usuário e no suporte a aplicativos sensíveis ao
tempo. A distribuição estratégica de pontos de acesso e a utilização de CDNs
(Content Delivery Networks) podem ajudar a minimizar a latência e otimizar o
desempenho, especialmente em ambientes distribuídos geograficamente (Figura 6).
Fonte: Microsoft Azure.
Sendo assim, as arquiteturas híbridas representam uma evolução significativa
no paradigma das redes de computadores, oferecendo uma abordagem flexível e
adaptável para a integração de ambientes de nuvem pública, privada e múltipla. Por
meio de estratégias de rede eficientes, práticas de gerenciamento dinâmicas e
medidas abrangentes de segurança, as organizações podem aproveitar ao máximo
os benefícios de eficiência, segurança e escalabilidades proporcionadas por essas

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arquiteturas inovadoras.
Figura 6 - Solução híbrida de DNS referena Microsoft Azure
33
3.2. ARQUITETURAS MULTICLOUD
A crescente adoção de arquiteturas multicloud representa um paradigma
inovador na gestão de infraestruturas de TI, oferecendo às organizações uma
abordagem flexível e resiliente para atender às demandas complexas da era digital.
Em um contexto onde a integração de nuvens públicas, privadas e múltiplas é
essencial para a otimização de recursos e a maximização da eficiência operacional,
as redes de computadores desempenham um papel central na sustentação dessas
infraestruturas híbridas. Esta análise se propõe a explorar as arquiteturas de rede e
as estratégias de gerenciamento que viabilizam a integração harmoniosa de
ambientes multicloud, com foco na eficiência, segurança e escalabilidade.
Um dos principais desafios enfrentados na implementação de arquiteturas
multicloud é a garantia da conectividade contínua entre os diversos provedores de
nuvem. Através de uma abordagem cuidadosamente planejada na concepção das
redes de computadores, é possível estabelecer uma infraestrutura robusta e
resiliente, capaz de suportar a interconexão entre nuvens públicas, privadas e
múltiplas. Como destacado por Chen et al. (2023), a utilização de tecnologias como
SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network) e soluções de interconexão direta
entre data centers podem desempenhar um papel fundamental na garantia da
conectividade e no fornecimento de desempenho otimizado em ambientes
multicloud.
Além da conectividade, a segurança emerge como uma preocupação
premente na gestão de arquiteturas multicloud. A dispersão de dados sensíveis em
múltiplos ambientes de nuvem requer a implementação de medidas abrangentes de
proteção, que vão desde a criptografia de ponta a ponta até a implementação de
políticas de acesso rigorosas. Conforme observado por Patel et al. (2022), a adoção
de soluções de segurança baseadas em inteligência artificial e aprendizado de
máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra ameaças cibernéticas em
ambientes multicloud, garantindo a integridade e a confidencialidade dos dados.
No que tange à escalabilidade, as arquiteturas multicloud oferecem uma
vantagem distintiva, permitindo às organizações expandir suas capacidades
computacionais de forma incremental e conforme necessário. Através da distribuição
estratégica de cargas de trabalho entre diferentes provedores de nuvem, é possível
34
alcançar uma escalabilidade dinâmica e uma utilização eficiente dos recursos
disponíveis. Como ressaltado por Dinh et al. (2021), a utilização de estratégias de
balanceamento de carga e autoescalonamento automático pode otimizar o
desempenho e garantir uma resposta ágil às demandas do ambiente.
Outro aspecto crucial a ser considerado na gestão de arquiteturas multicloud
é a interoperabilidade entre os diversos provedores de nuvem. A padronização de
protocolos e interfaces desempenha um papel fundamental na facilitação da
integração e na garantia da portabilidade de aplicativos e dados entre plataformas

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heterogêneas. Conforme destacado por Wang et al. (2023), a adoção de padrões


abertos e o uso de APIs bem definidas são essenciais para promover a
interoperabilidade e evitar o aprisionamento do fornecedor em ambientes multicloud.
Em síntese, as arquiteturas multicloud representam uma abordagem
estratégica para a gestão de infraestruturas de TI na era digital, oferecendo uma
combinação única de flexibilidade, segurança e escalabilidade. Através da adoção
de arquiteturas de rede robustas e estratégias de gerenciamento eficazes, as
organizações podem maximizar o valor de seus investimentos em nuvem,
impulsionando a inovação e a competitividade no mercado global.
3.3 DESAFIOS NA SINCRONIZAÇÃO DE REDES DIVERSIFICADAS
A integração de redes diversificadas em ambientes de nuvem híbrida e
multicloud apresenta uma série de desafios significativos, exigindo uma abordagem
cuidadosa e estratégica para garantir a sincronização eficiente e a interoperabilidade
entre os diversos componentes. Esta análise busca explorar os obstáculos
encontrados na sincronização de redes heterogêneas e as estratégias para superá-
los, visando a eficiência, segurança e escalabilidade das infraestruturas digitais.
Um dos desafios fundamentais na sincronização de redes diversificadas é a
disparidade de protocolos e tecnologias utilizadas em diferentes ambientes de
nuvem. A coexistência de infraestruturas públicas, privadas e múltiplas muitas vezes
implica a utilização de tecnologias distintas, tornando a interoperabilidade entre elas
uma tarefa complexa. Conforme observado por Santos et al. (2022), a falta de
35
padronização e a heterogeneidade de interfaces podem dificultar a integração
harmoniosa das redes, prejudicando a eficiência operacional.
Além disso, a variação na qualidade e desempenho das conexões de rede
entre os provedores de nuvem pode impactar negativamente na sincronização e na
transferência de dados entre os ambientes. A latência, a largura de banda e a
confiabilidade das conexões podem variar significativamente, afetando a
consistência e a disponibilidade dos serviços hospedados na nuvem. Como
ressaltado por Chen et al. (2023), a gestão eficaz da qualidade de serviço (QoS) e a
otimização de rotas de rede são essenciais para mitigar os efeitos adversos das
disparidades de desempenho (Figura 7).
Fonte: Tapajós, 2012.
Outro desafio importante na sincronização de redes diversificadas é a
garantia da segurança dos dados transmitidos entre os diferentes ambientes de
nuvem. A dispersão de informações sensíveis em múltiplas plataformas aumenta o
risco de exposição a ameaças cibernéticas e violações de segurança. A
implementação de medidas robustas de proteção, como criptografia de ponta a
ponta e controle de acesso granular, é essencial para mitigar os riscos associados à
transferência de dados entre ambientes heterogêneos. Conforme destacado por
Patel et al. (2021), a utilização de soluções de segurança baseadas em inteligência
artificial e aprendizado de máquina pode proporcionar uma defesa proativa contra
ameaças em redes diversificadas.
Figura 7 - Redes Avançadas QOS

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Além disso, a gestão eficaz da configuração e do provisionamento de
recursos de rede em ambientes de nuvem híbrida e multicloud apresenta desafios
adicionais. A automação de processos e a orquestração de recursos são essenciais
para garantir a consistência e a conformidade das configurações em toda a
infraestrutura. No entanto, a integração de ferramentas de gerenciamento de rede de
diferentes provedores e plataformas pode ser complexa e requer uma abordagem
cuidadosa para evitar conflitos e inconsistências. Como destacado por Dinh et al.
(2020), a utilização de padrões abertos e APIs bem definidas pode facilitar a
integração e o gerenciamento unificado de redes diversificadas.
Por fim, a sincronização de redes diversificadas em ambientes de nuvem
híbrida e multicloud apresenta desafios substanciais, que exigem uma abordagem
holística e estratégica para superá-los. Através da padronização de protocolos,
otimização de desempenho, implementação de medidas de segurança robustas e
automação de processos, as organizações podem garantir a eficiência, segurança e
escalabilidade de suas infraestruturas digitais, promovendo a inovação e a
competitividade no mercado global.
37
4. INTEGRAÇÃO DE NUVENS HÍBRIDAS E MULTICLOUD: O PAPEL DAS
REDES DE COMPUTADORES (17 PÁGINAS)
4.1 ALOCAÇÃO EFICIENTE DE RECURSOS EM AMBIENTES HÍBRIDOS E
MULTICLOUD
4.2 SEGURANÇA
4.2.1 Desafios Específicos de Segurança em Ambientes de Nuvem
4.2.2 Estratégias para Proteção de Dados e Comunicações
4.3 ESCALABILIDADE
4.4 DESENVOLVIMENTO DE INFRAESTRUTURAS HÍBRIDAS E MULTICLOUD
4.4.1 Estratégias para a Integração Eficiente
38
CONCLUSÃO (2 PÁGINAS)
39
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