Você está na página 1de 213

CopySpider

https://copyspider.com.br/ Page 1 of 213

Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


Para mais detalhes sobre o CopySpider, acesse: https://copyspider.com.br

Instruções
Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo
de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:53


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 2 of 213

Versão do CopySpider: 2.1.1


Relatório gerado por: kms@gmail.com
Modo: web / normal

Arquivos Termos comuns Similaridade


(0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx X 530 1,25
https://www.uniad.org.br/wp-
content/uploads/2009/02/Dissertacao_Regina_Elias.pdf
(0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx X 112 1,06
https://www.todamateria.com.br/lei-seca
(0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx X 97 0,87
https://mundoeducacao.uol.com.br/curiosidades/lei-seca.htm
(0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx X 167 0,75
https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/21583/1/Diss
erta%C3%A7%C3%A3o_Wagner Pomar
Coelho_N%C3%ADvel de compliance dos bancos.pdf
(0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx X 80 0,75
https://www.uol.com.br/carros/colunas/doutor-
multas/2020/06/24/lei-seca-o-que-mudou-em-12-anos-e-como-
tem-funcionado-durante-a-pandemia.htm
(0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx X 65 0,59
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5283/O-direito-de-
nao-produzir-prova-contra-si-mesmo-Nemo-tenetur-se-detegere
(0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx X 93 0,49
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/14181/14181_3.PDF
(0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx X 45 0,38
https://www.paho.org/pt/topicos/alcool
(0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx X 43 0,36
https://www.tuacarreira.com/margens-abnt
(0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx X 30 0,25
https://www.iebschool.com/pt-br/blog/software-de-
gestao/tecnologia/avancos-tecnologicos-vantagens-e-
desvantagens
Arquivos com problema de download
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=produ%C3 Não foi possível baixar o arquivo. É
%A7%C3%A3o+de+prova+contra+si+mesmo recomendável baixar o arquivo
manualmente e realizar a análise em
conluio (Um contra todos). - 30

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:53


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 3 of 213

=================================================================================
Arquivo 1: (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Arquivo 2: https://www.uniad.org.br/wp-content/uploads/2009/02/Dissertacao_Regina_Elias.pdf (33072
termos)
Termos comuns: 530
Similaridade: 1,25%
O texto abaixo é o conteúdo do documento (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.uniad.org.br/wp-
content/uploads/2009/02/Dissertacao_Regina_Elias.pdf (33072 termos)

=================================================================================
Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho adequado ao modelo desejado

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 4 of 213

PROJETO DE PESQUISA

APRESENTAÇÃO [[DO PROBLEMA

A]] responsabilidade é um fator importante no trânsito, pois atitudes simples podem influenciar a vida das
pessoas, principalmente quando alguém decide ingerir [[bebida alcoólica e]], logo após, dirigir. [[Esse tipo
de situação]] nos leva a [[uma série de]] questionamentos que nos levam a questionar se [[a lei vigente]]
que trata especificamente [[do trânsito é]] justa e eficaz.
O uso [[abusivo de álcool é]] um problema grave da sociedade atual, sendo que [[esta é uma]] substancia
que causa dependência física e psíquica e tem sido [[cada vez mais]] comum encontrar adolescentes e
jovens [[que fazem uso]] indiscriminado [[de álcool e outras drogas]]. [[Sabe-se que o uso]] indiscriminado
do álcool faz com a pessoa se exponha e exponha [[outras pessoas a]] situações de risco, já que é uma
substancia capaz de afrouxar as noções de certo e errado. Dessa forma é comum, pessoas cometerem os
mais diversos crimes estando alcoolizadas.
Portanto, crimes envolvendo embriaguez, estão [[cada vez mais]] presentes nos tribunais brasileiros,
Silvestrim (2002) coloca que há diversos casos de imputabilidade, inimputabilidade e diminuição da
culpabilidade [[e aumento de]] pena em casos de embriaguez.
[[Sabe-se que]] casos de embriaguez estão [[cada vez mais]] comuns nos tribunais brasileiros. Como deve
-se proceder em um caso de um crime [[em que o]] réu estava [[sob influência do uso abusivo de álcool]]?

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROBLEMA

Atualmente há um [[alto índice de]] crimes cometidos após o uso [[abusivo de álcool]], dessa forma o tema
está muito presente nos tribunais brasileiros, sendo tema de opiniões divergentes entre os juristas. Dessa
forma, o presente trabalho justifica-se pela importância que o tema tem não somente nas discussões
atuais [[no âmbito do]] direito, mas também nas discussões sociais sobre o alcoolismo e sua influencia
sobre o homem.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 5 of 213

[[As bebidas alcoólicas]], diretamente relacionadas às grandes festas e comemorações, sempre fizeram
parte do cotidiano de nossa sociedade, independentemente [[do nível de]] escolaridade ou classe social.
Devido às suas propriedades e efeitos no corpo, tornou-se parte do nosso [[dia a dia]], tornando-se [[uma
das formas]] únicas para quem quer relaxar ou se divertir com responsabilidade, sem exageros. Além de
sua importância social para o consumidor, [[as bebidas alcoólicas]] desempenham um importante papel na
economia, pois [[a indústria de bebidas]] é [[uma importante fonte de]] receita e arrecadação de impostos,
com um grande mercado mundial.
Em 2008, em 19 de junho, foi instituída a Lei nº 11.705, conhecida [[como ?Lei Seca]]?, cujo objetivo era
reduzir [[o número de acidentes]] causados ??por condutores alcoolizados e, consequentemente, diminuir
[[o número de]] vítimas no trânsito brasileiro. Nesse caso, a referida lei prevê [[penalidades para quem]]
ingere [[bebidas alcoólicas e]] dirige veículos. Esta lei, além de definir [[o nível de álcool no sangue]] que
permite a um condutor conduzir embriagado, também define os meios necessários para provar que
embriagou. [[A fim de reduzir o número de]] motoristas embriagados, a lei também afetou a situação
financeira do motorista infrator.

METODOLOGIA

A metodologia consiste em uma variedade de parâmetros [[a partir da]] qual se viabiliza [[a realização de]]
pesquisa científica de modo organizado, bem delimitado e criterioso, gerando soluções para os problemas
levantados, hipóteses confirmadas/refutadas e objetivos sólidos, pertinentes e que se adequem ao estado
da questão [[em que o problema]] se insere (FONSECA, 2002). Conforme Severino (2002, p. 57), a
metodologia consiste num conjunto de métodos ou caminhos percorridos na busca do conhecimento,
sendo assim, a pesquisa é [[um conjunto de]] procedimentos sistemáticos fundamentados no raciocínio
lógico, objetivando encontrar soluções para problemas propostos, mediante utilização de métodos
científicos.
Devido à natureza da proposta que ora se apresenta, recorrerão metodologicamente à revisão bibliográfica
[[para a promoção de um estudo]] básico exploratório e qualitativo fundamentado em [[artigos científicos
e]] demais produções científico-acadêmicas que se mostrem úteis e pertinentes à pesquisa em tela. Como
revisão crítica, o foco se dará no conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável e sua devida
importância para os estudos em geografia.
[[O processo de]] geração de conhecimentos novos, compreendidos como úteis para avançá-lo cientifico,
segundo Gerhardt e Silveira (2009), apontam para uma direção da tipologia objetiva, gerando
conhecimentos novos, sendo esses embasados, sempre, em anteriores realizações que envolvam a
verdade e interesses universais.
Gil (2007), ao se debruçar [[a respeito da]] pesquisa de cunho exploratório, determina que estas pesquisas
têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, [[com vistas a]] [[torná-lo mais]]
explícito ou a constituir hipóteses. [[Pode-se dizer que]] estas pesquisas têm como objetivo principal o
aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições.
Goldenberg (1997) determina que, na pesquisa qualitativa, ?a preocupação do pesquisador não é com a
representatividade numérica do grupo pesquisado, mas com o aprofundamento da compreensão de um
grupo social, de uma organização, de uma instituição, de uma trajetória etc.?. [[A respeito do]]

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 6 of 213

procedimento metodológico utilizado para viabilizar a composição e estruturação desta pesquisa, onde foi
utilizada a revisão bibliográfica, destaca-se em conformidade com Santos (1999), que esta se comporta
como [[o processo de]] busca, seguida de análise e descrição de [[um conjunto de]] conhecimentos
consagrados [[na literatura científica]] que são retomados em meio [[à procura de]] respostas a uma
pergunta específica.
Ainda [[de acordo com]] Santos (1999), a pesquisa científica é o instrumento intelectual do homem para
responder às suas próprias necessidades. O ser humano, insatisfeito com a sua condição no mundo,
busca explicações e soluções para sair de sua insatisfatória zona de conforto ou de desequilíbrio, e usa a
pesquisa para reorganizar a sua condição e melhorá-la perenemente, em níveis biológicos, sociais e
transcendentais.
Günther (2006, p. 202) define a pesquisa qualitativa como sendo a ?primazia da compreensão como
princípio do conhecimento, que prefere estudar relações complexas [[ao invés de]] explicá-las [[por meio
do]] isolamento de variáveis. Uma segunda característica geral é a construção da realidade.?. [[De acordo
com]] uma definição de Van Maanen (1983), as metodologias qualitativas são compostas por [[um
conjunto de]] técnicas interpretativas, que têm por meta ?retraçar, decodificar ou traduzir fenômenos
sociais naturais, com vistas à obtenção de elementos relevantes para descrever ou explicar estes
fenômenos?.
Para Zanelli (2002, p. 83), a abordagem qualitativa tem como principal intento ?buscar entender o [[que as
pessoas]] apreendem ao perceberem o que acontece em seus mundos?, sendo por esta razão, conforme
o teórico, ?muito importante prestar atenção no entendimento que temos dos entrevistados, nas possíveis
distorções e no quanto eles estão dispostos ou confiantes em partilhar suas percepções?.
As pesquisas qualitativas diferem das quantitativas, pois sua metodologia não se limita a registrar
simplesmente as frequências com que ocorrem determinados fenômenos. A princípio, utilizada nas áreas
de Antropologia e Sociologia, [[nos últimos trinta anos a]] pesquisa qualitativa [[passou a ser]] incluída em
outras áreas de estudo.
A pesquisa quantitativa segue rigorosamente um plano pré-estabelecido, onde as hipóteses são indicadas
de maneira clara e precisa, e a qualitativa normalmente é direcionada durante o transcorrer, sem a
preocupação básica de enumerar ou medir fatos e eventos, tampouco fazendo uso de instrumental
estatístico [[para a análise dos dados]] obtidos.
Silva e Menezes (2005, p. 20) estabelecem que haja uma relação intensa ?entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável do mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzida
em números?. Dessa forma, [[a partir da]] metodologia aqui descrita e adotada, se pretende alcançar o
que é requerido de uma pesquisa [[na área de]] licenciatura em geografia, adequada ao tema aqui
abordado, que é a sustentabilidade ambiental sob a luz do desenvolvimento.
A triagem será feita com base na correspondência [[com o tema e com o]] contexto que aqui é proposto,
além de contar com informações atualizadas contrastando com informações mais antigas, escritas em
outros contextos. Assim, a preferência se dá por fontes recentes e atualizadas, priorizando as informações
mais confiáveis e parcimoniosas acerca da temática.
[[Os critérios de inclusão foram]]: artigos que retratassem a temática presente nas bases de dados,
publicados no período do estudo, em português e inglês, relacionados aos descritores selecionados.
[[Critérios de exclusão]]: artigos que não retratassem a temática escolhida e que não estivessem
associados aos descritores selecionados. Posteriormente [[foi feita uma]] análise [[por meio de]] títulos e
resumos [[suficiente para o]] estudo em questão. Os dados serão avaliados através de interpretação,
análises e comparações de visões contrastantes de autores acerca dos assuntos trabalhados.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 7 of 213

POSSÍVEIS SOLUÇÕES, SUGESTÕES OU FORMAS DE ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA

Compreende-[[se que a]] [[direção sob influência de bebidas alcoólicas]] ainda é um comportamento
recorrente [[na sociedade brasileira]], sendo responsável por milhares de incidentes que podem resultar
em acidentes graves e óbito. E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem
como outras medidas tomadas [[pelo poder público e]] pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum
indivíduo pode [[ser obrigado a produzir provas contra si mesmo]], o que [[faz com que]] muitos motoristas
se neguem a participar [[do teste do]] etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, [[sendo que a]] questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também [[o caso do artigo]] 302 [[do Código de Trânsito Brasileiro]] de 2014, mais especificamente o
parágrafo segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é [[que muitas pessoas]] gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido
imediatamente, [[a fim de]] que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se
que em primeiro lugar o motorista dirigindo sob [[o efeito do álcool]] está colocando em risco a sua própria
vida com este comportamento irrefletido, [[o que gera]] acalorados debates acerca de [[até que ponto o]]
indivíduo estaria cometendo um [[homicídio culposo ou]] doloso [[em caso de]] [[acidente de trânsito]] com
fatalidades.
[[Com base nos dados]] evidenciados pela revisão de literatura foi possível observar que a legislação
brasileira no que diz respeito ao trânsito passou por diversas transformações ao longo das últimas
décadas, levando em consideração que a primeira legislação [[voltada para o]] trânsito surgiu apenas na
década de 40.
Em 1997 este ordenamento jurídico foi atualizado para acompanhar os ditames da Constituição [[de 1988
e a Convenção de]] Viena, buscando desta forma padronizar a sinalização [[de trânsito. E]] novamente há
uma década a legislação foi novamente revisada e atualizada, sendo que em muitos casos outros
ordenamentos jurídicos podem e devem ser utilizados de forma subsidiária, como [[o Código Penal]] [[em
decorrência de]] cenários envolvendo crimes de trânsito, como atropelamentos e batidas que resultam em
óbito.
Necessário evidenciar que [[o número de]] automóveis em circulação vem mantendo tendência de
crescimento, além do surgimento do fenômeno dos motoboys, e entregadores de aplicativos, o que pede
pela atualização [[do código de trânsito]]. Haja vista que esta configuração de coisas [[contribui para a]]
desorganização [[do trânsito e]] incidentes marcados pela negligência e imprudência no volante. Dentre
eles a situação [[de embriaguez por parte do]] motorista. Neste sentido cabe avaliar [[até que ponto o]]
indivíduo agiu com dolo ou culpa [[a fim de]] que lhe caiba uma punição justa. Compreende-[[se que a]]
[[direção sob influência de bebidas alcoólicas]] ainda é um comportamento recorrente [[na sociedade
brasileira]], sendo responsável por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes graves e óbito
.
E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem como outras medidas
tomadas [[pelo poder público e]] pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo pode [[ser
obrigado a produzir provas contra si mesmo]], o que [[faz com que]] muitos motoristas se neguem a
participar [[do teste do]] etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, [[sendo que a]] questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também [[o caso do artigo]] 302 [[do Código de Trânsito Brasileiro]] de 2014, mais especificamente o

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 8 of 213

parágrafo segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.


O que ocorre é [[que muitas pessoas]] gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido
imediatamente, [[a fim de]] que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se
que em primeiro lugar o motorista dirigindo sob [[o efeito do álcool]] está colocando em risco a sua própria
vida com este comportamento irrefletido, [[o que gera]] acalorados debates acerca de [[até que ponto o]]
indivíduo estaria cometendo um [[homicídio culposo ou]] doloso [[em caso de]] [[acidente de trânsito]] com
fatalidades.
Observa-se que [[na maioria das vezes]] [[a pena é]] fixada no regime aberto, pois o principal interesse é
conscientizar a população [[em torno de]] um trânsito responsável. Portanto, nada impede que o juiz
promova a substituição por penas restritivas de direitos. O que traz a necessidade [[do desenvolvimento
de]] outras medidas complementares, a exemplo [[de campanhas educativas]], endurecimento das penas e
ações fiscalizatórias mais estruturadas, estratégicas e que não sejam pontuais, [[com o objetivo de]]
educar a sociedade e punir os infratores, contribuindo assim para evitar que pessoas continuem
promovendo comportamentos que tragam risco a coletividade. Portanto, é possível dizer que a legislação
[[de trânsito no]] que diz respeito a [[direção sob influência do álcool]] passou por alterações qualitativas
substanciais ao longo dos últimos anos, o [[que pode ser]] entendido como reflexo de o tema passar a ser
observado [[de forma mais]] séria e rigorosa.

REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo começa tratando da história do trânsito, definição e sua origem e seu sistema rodoviário,
passando pela sua evolução histórica, conceitos, dentro de uma análise nos transportes rodoviários e suas
políticas adotadas, [[como também o que foi]] alterada na lei de trânsito.

5.1 HISTÓRIA DO TRÂNSITO

O nosso principal meio de locomoção, antes dos veículos, sempreforamos pés, sendo ato de caminhar.
Tempos depois tivemos outras invenções como a roda, dando assim [[a possibilidade de]] locomoção mais
rápida.
Desde o início os veículos como trenos, barcos, charretes, e carros de boi,visava somente o transporte de
bens, animais etc. e assim por último foram inventados os veículos para a locomoção de homens.
Visto que após o advento do veículo, veio [[a necessidade de]] melhorar as estradas. Segundo alguns
historiadores, muitos de alguns império foram construídos após [[a construção de]] estradas de melhor
qualidade e com isso garantindo a expansão e desenvolvimento, exemplos, os romanos, os persas. Os
Romanos foram considerados os grandes e peritos em construções de estradas, como uma rede viária de
terra sem pavimentação, mas com uma larga extensão de até 350.000 km, munidos de sinalizações e
indicações de direção e sendo os primeiros a criarem regulamentações de tráfego.
Os romanos também mostram na sua história que, constam os primeiros relatos de congestionamento na
Grécia antiga, relatos este, que [[o número de]] carro crescia e a população reclamava, pois, as ruas eram
estreitas e a locomoção era difícil.Somente no fim do século XVI, que os Romanos retomaram as
construções das estradas que foi essencial ao desenvolvimento do império até XIX.
Estradas que foram realmente de grande desenvolvimento após os romanos, foram as estradas de ferro.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 9 of 213

Em 1771, foi constatado o primeiro automóvel criado pelo francês Nicholas Cugnot, com velocidade
estimada em 4 km por hora. No mesmo ano foi constatado o primeiro acidente automobilístico, por incrível
que parece, o acidente foi provocado pelo criador do carro, onde ao manobrar dentro do Quartel Real de
Vicenes (França), perdeu o controle e bateu no muro.
[[No ano de]] 1836 na Inglaterra, surgiu a primeira lei de trânsito, chamada a ?Bandeira Vermelha?, onde
limitava na velocidade em 10 km por hora e um homem ficava a frente dos veículos indicando [[o limite de]]
velocidade.
Segundo o dicionário, trânsito seria a ação de transitar, marchar ou trafegar. Um movimento de pedestres
considerados em seu conjunto, um tráfego. Um instrumento de agrimensor, destinado a determinar
ângulos horizontais. São tantas definições, em sentido concreto e sentido figurado. Porém, o trânsito que
este artigo se refere, diz respeito ao movimento [[de veículos e]] pedestres, coexistindo. Havendo dentro
deste, o [[deslocamento de pessoas]], animais ou veículos de um local para outro.
O trânsito [[é uma das]] vertentes [[da sociedade civil]] que surgiu com o aparecimento da modernidade,
criação de carros, necessidade de se locomover a distâncias longas em um curto espaço de tempo etc. O
Estado, portanto, para regulamentá-lo instituiu [[o Código de Trânsito Brasileiro (CTB]]). No seu art. 1°, §
1° do CTB (CTB, 2009), estabelece-se que
Considera-se como trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

O Legislador se preocupou em coibir qualquer dúvida que houvesse quanto a conceitos referentes ao
[[direito de trânsito. O]] termo trânsito foi definido como: movimentação e imobilização de veículos,
pessoas e animais nas vias terrestres. Note-se que diferentes dos dicionários ordinários, o Código trouxe a
palavra imobilização. Ao adicionar esse termo, o Código incluiu dentro de seus pressupostos, a disciplina
dos carros que estejam estacionados também, equiparando também os que se encontram colocados em
lugares proibidos (FRANZ; SEBERINO,2012). Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) ainda

Analisando as definições estabelecidas pelo [[Código de Trânsito Brasileiro]], trânsito é tudo aquilo que se
movimenta, se locomove [[de alguma forma]], através de veículos, animais, também [[aquele que se]]
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independente do local em que está.
Podemos dizer que para tudo utilizamos o trânsito, até mesmo para pedir um produto para entregar em
casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade.

O Trânsito é um instituto que se encontra sempre em movimento legislativo. A seriedade com a qual o
assunto é tratado decorre [[do nível de]] risco e possíveis danos que a não regulamentação necessária
pode causar. Incluindo aspectos como [[a Lei Seca]], as Blitz policiais, regularização de documento, limite
de velocidade etc.
A origem de fato do fenômeno de trânsito, não pode ser mensurada e datada de uma época específica.
Visto que o homem sempre teve [[a necessidade de]] se locomover, primeiro para a sua sobrevivência
física e mais posteriormente para assuntos mais de cunho profissional etc. Mas independente do
surgimento de meios de transporte dos mais variados modelos: aquáticos, metroviários, aéreos, terrestres
etc, o modo mais antigo de locomoção é o próprio ato de caminhar.
Conforme conceitua HONORATO (2004) nas civilizações antigas, o protótipo de locomoção mais
avançado era do Império Romano que ?criou um sistema rodoviário [[com mais de]] 100.000 Km de
extensão? com intuitos militares, de locomoção das suas tropas. Veio dai o ditado popular que diz [[que

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 10 of 213

todos os]] caminhos levam a Roma. Segundo o Autor, o método de construção utilizado na confecção de
tais empreendimentos

Primeiro, o terreno era estaqueado, para ganhar rigidez. Depois, espalhava-se sobre ele bastante calcário
grosso ? o rudus -, o qual era bem socado. Por fim, vinha uma camada de calcário mais fino ? o nucleus ?
nivelado a capricho. E só então se assentava o revestimento final: grandes pedras chatas, rigorosamente
ajustadas, que proporcionavam uma superfície lisa, ótima de se pisar. O que era muito importante, pois, no
tempo dos romanos, os exércitos se deslocavam a pé (HONORATO, 2004).

A primeira evolução que de fato se relaciona com o modo como são feitos os modelos de transporte atuais
, foi a invenção da roda. Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) a primeira indicação que tem notícias a
despeito da figura da roda, é uma figura de roda, registrada em uma placa de argila, encontrada na
Suméria em 3.500 a.C. Muitos historiadores e cientistas consideram a criação da roda, a maior invenção já
feita pelo homem. Considerando seus aspectos primários e a evolução rápida e constante que ainda sofre
. Não se sabe ao certo, quem foram de fato seus inventores, mas cunha-se o feito aos povos da antiga
Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque, há cerca de 5.500 anos, sendo utilizado primordialmente na
época por oleiros na confecção, por exemplo, de cerâmica.
A despeito de contextos históricos minuciosos, muito tempo depois do referido período acima, durante a
Revolução Industrial na França, em 1789 é que de fato problemas concernentes ao trânsito começaram a
aparecer. Foi nesse período que foi criado o motor a combustão interna e começaram a ser fabricados os
primeiros automóveis.
Deslanchou [[a partir de então a]] produção maciça de carros com motor a combustão, o que superlotou de
forma extraordinária as ruas das grandes capitais. O trânsito caótico que grandes capitais como São
Paulo, por exemplo, vivem, é decorrente direto da fomentação que ocorreu no Brasil, da baixa de impostos
para a compra de carros, depois da era Kubitschek.
Porém esse fomento não esperava que houvesse tamanho despreparo [[do ponto de vista da]] estrutura
das cidades, para comportar tantos veículos [[de uma só vez]]. [[A implantação de políticas públicas]]
atuais como os transportes coletivos, é uma forma que o Ente estatal encontrou de tentar aliviar a pressão
nos trânsitos e prevenir, de certa forma [[o aparecimento de]] índices alarmantes relacionados a
[[acidentes de trânsito]].

5.2 RESPONSÁVEIS POR ADMINISTRAR O TRÂNSITO BRASILEIRO

Dentro dessa evolução [[do trânsito com]] mercadorias, trouxe um enorme alavancada com a economia e
as políticas rodoviárias e leis [[de trânsito. No]] Brasil, foram implantadas as placas de sinalização em
1930, após já terem os carros em circulação.
Em 1938 foi criado [[no Brasil o]] Departamento de Serviço de Trânsito ?DST, sendo [[o primeiro a]] adotar
regulamentação sobre a conduta no trânsito.Mais tarde em 1941 foi criado o CNT [[Código Nacional de
Trânsito]], sendo que no mesmo ano foi criado [[CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito]]) também foi
criado o DNER ([[Departamento Nacional de]] Estradas e Rodagem).
Somente em 1997 que foi criado o CTB [[código de trânsito Brasileiro Lei 9.503 de 23 de]] [[setembro de
1997, o]] qual tem sua aplicabilidade até então.Tivemos uma evolução significativa no trânsito Brasileiro
atualmente em 2016, que demonstra o avanço das leis, [[o aumento da]] frota [[de veículos e]] o caos

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 11 of 213

causado por tantos veículos nas ruas e estradas [[ao mesmo tempo]]. Com isso um [[número de
acidentes]] gigantesco por motoristas imprudentes e despreparados.
Por anos [[a lei de]] trânsito vem procurando [[uma forma de]] responsabilizar os seus motoristas de seus
crimes de trânsito com o intuito de dar uma resposta aos familiares que perderam os seus entes queridos
e buscam por justiça. Declarando, mais do que mostrar a importância sobre a gravidade que é conduzir
um veículo automotor sob [[algum tipo de]] substância psicoativa. Mas demonstrar que a lei puni com
severidade, aqueles que a desobedecem.
Ou pelo menos aos poucos, criar leis, decretos, jurisprudência, que venham completar as lacunas
esparsas dentro do nosso ordenamento jurídico.[[De acordo com o]] (SIM) Sistema [[de informações
sobre]] a mortalidade, [[do Ministério da Saúde]], que [[no final do ano de]] 2016, foram registradas 37.345
mortes em acidentes no trânsito.
[[No Brasil, foi]] apenas [[no ano de]] 1897 que chegou o primeiro automóvel, quase 100 anos depois da
invenção do mesmo. Este veículo que ficou famoso, pertencia ao ativista José do Patrocínio. Foi esse
mesmo veículo, porém como empréstimo na mão de Olavo Bilac, que na cidade do [[Rio de Janeiro]], mais
especificamente na Barra da Tijuca, provocou o primeiro [[acidente de trânsito no Brasil. O]] acidente
ocorreu, pois o poeta não sabia de fato dirigir, e colidiu com uma árvore.
A despeito de alguns acidentes depois, [[o Poder Público e]] o Automóvel Clube do Brasil começaram
mobilizações [[no sentido de]] melhor regulamentar a segurança dentro do trânsito. Fomentaram o debate
acerca de regras de circulação que protegessem tantos os pedestres, como os motoristas. Segundo
PONTES (2009) apud OLIVEIRA (1986) autoridades estaduais [[de São Paulo e]] do [[Rio de Janeiro]],
começaram a levantar as questões de segurança no trânsito com maior celeridade. E conseguiram, [[no
ano de]] 1903 criar a primeira concessão da licença para dirigir. Ocorrendo que posteriormente ?em 1906,
adotou-se no país o exame obrigatório para habilitar motoristas?.
[[No ano de]] 1954, após a histórica e trágica morte de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck assumiu o
poder do país com a promessa de ?fazer 50 anos em 5?, o que ficou conhecido como plano Kubitscheck.
Com a nova roupagem da política brasileira, dois aspectos foram muito difundidos no país: [[a Construção
de]] Brasília como cidade satélite e a criação da cultura automobística nacional.
O projeto arquitetado por Kubitscheck possuía metas ousadas e que angariavam um crescimento
econômico para o país até então não vislumbrado. Seus planos de governo eram voltados prioritariamente
nas áreas de infra-estrutura, o que incluía [[a construção de]] caminhos de estradas, pois o que o
Presidente vislumbrava era [[que as mesmas]] pudessem acompanhar a fabricação crescente que estava
ocorrendo de automóveis.
A partir dos eventos supracitados, e do fomento governamental a introdução de carros nas ruas, o
automóvel, antes tido como artigo de luxo, começou a se tornar um item popular. Consumido em massa
pela classe média, o que demonstra que na época houve um crescimento exponencial em nível social-
econômico da sociedade brasileira.
Houve a multiplicação constante das estradas que entrecortavam o país afora, houve a introdução de
avenidas e estacionamentos para acomodar o grande volume de veículos que passava então a circular
pelas ruas do país. Um fator a respeito disso é notório, [[grande parte das]] estradas e avenidas ficaram
centralizadas nas regiões sul e sudeste do país. Ficando restante das regiões com um nível de transporte
muito aquém em relação a São Paulo por exemplo. Esse desnivelamento ainda é visível no país, e não
tem perspectivas de mudança.
Consoante todo o exposto, conclui-[[se que a]] despeito da grande movimentação e volumes de veículos
que começaram a ser introduzidos no país, novas regras [[de trânsito e]] circulação precisaram ser

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 12 of 213

implementadas. Assim como [[a evolução do]] trânsito no Brasil tem surgido, os novos problemas também
surgem e necessitam de respostas estatais urgentes.
A responsabilidade civil no trânsito [[é um dos]] desdobramentos que surgem com a evolução desse
aspecto da vida civil. No que concerne a regulamentação legal, tal instituto está disciplinado dentro do
Código Civil, porém também pode estar relacionado com aspectos de responsabilidade criminal, visto que
[[o número de]] ilícitos penais [[que podem ser]] cometidos na direção veicular tendem a piorar conforme
aumenta o fluxo [[de trânsito. O]] modo como se instalou a cultura do trânsito no Brasil, demonstra que os
anos prometidos por Kubitschek vieram, porém, a estrutura que o país tinha não comportava tamanho
crescimento. E acaba por gerar um crescimento desenfreado, o que acaba por gerar muito [[acidentes de
trânsito, e]] consequentemente amplia [[a responsabilidade do Estado e]] aponta a do particular.

O país ampliou sua rede de malha viária, mas de forma desordenada, sem planejamento, o Brasil nunca
conseguiu montar [[um sistema de trânsito que]] atendesse suas necessidades [[até os dias de hoje]]. Em
1986 [[o número de]] mortos no [[trânsito do Brasil]] havia sido o maior da história, alcançando segundo o
Denatran 27.306 vítimas fatais. O trânsito não era prioridade, o dado não gerou repercussão na sociedade
devido à ignorância ao tema. Em 1987 o GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Política de
Transportes, hoje extinto), órgão do Ministério dos Transportes publicou o livro [[Acidentes de trânsito]],
flagelo nacional evitável, onde especialistas mostravam que [[as vítimas de acidentes de trânsito]] era bem
maior, o Denatran computava apenas aqueles que morriam no local do acidente, desconsiderando
aqueles que eram encaminhados ao hospital e morriam após isso, chegaram à mais de 50.000 vítimas,
mesmo assim ainda não teve repercussão nascendo as expressões ?500.000 mortos? e ?Vietnam
Brasileiro (FRANZ & SEBERINO, 2012).

Aspectos como excesso de velocidade, somado a imprudência e má conservação das estradas,


sinalização precária, e a cultura de suborno [[na compra de]] carteiras de motoristas, sem estarem de fato
os mesmos preparados para dirigir formam o cenário atual de aumento anual na quantidade [[de acidentes
de trânsito]].

5.3 COMO SE DEU O INICIO [[DA LEI DE]] TRÂNSITO

A primeira lei [[de trânsito do]] mundo teria surgido na Inglaterra em 1836 (CASTRO, 2014), intitulada de
Lei da ?Bandeira Vermelha?, pelo fato de obrigar os motoristas a usar uma bandeira vermelha para alertar
os pedestres, além de limitar em 10 Km/h a velocidade máxima dos veículos.
Na Inglaterra também teria surgido o primeiro projeto de semáforo, formado por duas hastes que eram
movimentadas por policiais (CASTRO, 2014), [[da mesma forma que]] ocorrem com as cancelas. Além
disso, contava também com luzes coloridas operavam à gás, permitindo assim que fossem vistas à noite.
Entretanto, esta proposta não durou mais que um mês, pois o aparato explodiu ferindo o policial.

Figura 1 ? Primeiro projeto de semáforo

Fonte: Nogueira e Valente (2018)

O modelo atual de semáforo com três cores tal como o conhecemos foi desenvolvido pelo policial William

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 13 of 213

Potts [[nos Estados Unidos]] em 1920, segundo Castro (2014). Já [[em se tratando]] do cenário brasileiro,
é possível [[dizer que o]] primeiro [[Código de Trânsito do Brasil]] se deu [[na forma do]] Decreto-[[Lei nº
3.671 de 25 de]] setembro de 1941, sendo posteriormente substituído [[pela Lei nº 5.108 de 21 de]]
setembro de 1966 e pelo [[Código de Trânsito Brasileiro]] atual, em vigor desde 1997 (NOGUEIRA;
VALENTE, 2018). Nogueira e Valente (2018) definem trânsito como o movimento [[de veículos e]]
pedestres como um todo, correspondendo a qualquer tipo de movimento ou [[deslocamento de pessoas]],
animais ou veículos de um ponto a outro. [[Com base no]] [[que diz o Código de Transito Brasileiro]] é
possível [[dizer que o]] trânsito diz respeito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
individualmente ou em grupos, conduzidos ou não, a fins de circulação, parada, estacionamento e
operação de carga ou descarga.

[[De acordo com as]] definições estabelecidas pelo [[Código de Trânsito Brasileiro]], trânsito é tudo aquilo
que se movimenta, se locomove [[de alguma forma]], através de veículos, animais, também [[aquele que
se]] movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independentemente do local em
que está. Com isso, pode-se falar que para tudo, utiliza-se o trânsito, até mesmo para pedir uma comida
para entregar em casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade (NOGUEIRA;
VALENTE, 2018, p.22).

[[De acordo com]] Castro (2014) o diferencial [[do Código de]] 1997 é [[o fato de]] ter [[como base a
Constituição de]] 1988, [[a Convenção de]] Viena e [[o que foi]] acordado no Mercosul. Já [[no ano de]]
2012, foi sancionada a Lei nº 12.619, que diz respeito ao exercício da profissão de motorista e altera a
Consolidação das Leis do Trabalho [[a fim de]] regular e disciplinar a jornada e [[o tempo de]] direção de
motoristas profissionais, entre outras questões. Mais especificamente, Nogueira e Valente (2018) apontam
que [[a Convenção de]] Viena, ou Convenção de Trânsito Viário teve o papel de padronizar a sinalização
viária, evento que ocorreu [[em 8 de novembro de]] 1968. Além disso, a sinalização [[de trânsito no]] Brasil
também se baseia nos manuais e tratados da Federal Highway Administration americana, [[como é o caso
do]] Manual on Uniform Traffic Control Devices for Streets and Highways (MUTCD).

5.4 PENALIDADES AO CONDUTOR

De fato, [[a lei seca]] foi instituída como [[uma forma de]] represaria [[em relação ao consumo de bebidas
alcoólicas e]] o uso desenfreado de veículos com as alterações mentais que essa acarreta, buscando
assim uma redução relativa nos acidentes com vítimas fatais ou não. Para Malta (2014) tal legislação foi
criada com o intuito primordial de tornar as normas mais rigorosas para aqueles condutores que insistiam
em dirigir sob [[o efeito do uso de álcool.
O]] estabelecimento dessa nova legislação foi essencial para uma sensível redução nos ditos crimes de
trânsito, como [[os casos de]] mortes e/ou problemas graves de saúde causados [[por acidentes de]]
automotor, entretanto ainda não era o suficiente para que o objetivo essencial fosse alçado, que seja, uma
redução mais drástica nesses fatos, o que levou a um novo debate acerca das relações sociais no interior
do trânsito. Devemos notar que é essencial entendermos a legislação como pedagógica no ato de punir [[o
indivíduo que]] descumpra tal e para isso foi retomado a questão no interior do legislativo brasileiro, se
buscando alternativa [[a lei seca]] já existente, mas que, porém, não apresentava uma eficácia esperada.
É nesse contexto que segundo Malta (2010), houve a necessidade da promulgação [[de uma nova]]
legislação que versasse acerca do tema, o que surgiu [[no ano de]] 2012 com a promulgação [[da Lei

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 14 of 213

12.760 de 20 de dezembro de]] 2012, também conhecida como Nova Lei Seca, alterando a Lei número
9.503 de 23 de setembro de 1997, que seja [[o Código de trânsito brasileiro]]. Havia no período que [[a
legislação anterior]] estava permeada por ?falhas?, havendo [[a necessidade de]] se repensar em um novo
molde, mais severo e rígido com relação a punição de seus atores, aplicando-se tal punição como uma
forma pedagógica, dobrando a sanção administrativa e facilitando ao agente da lei para que se verificasse
a embriaguez do indivíduo, que por diversas vezes se recusava na [[realização do exame]] [[no momento
da]] fiscalização por questões constitucionais que surgiram.
Diversas foram as alterações na legislação [[ao longo do tempo]], tendo em vista diversas falhas que foram
se apresentando no momento das fiscalizações e o baixo índice na redução da mortalidade e [[dos
acidentes de forma geral]]. Em um primeiro momento se tornou complicado a aplicação diante da
dificuldade em se comprovar a embriaguez, tendo em vista que esta só seria possível diante de um
[[exame de sangue]] ou por meio dos bafômetros que ainda eram demasiadamente caros [[para o Estado]]
, bem como pela possibilidade de recusa em se realizar o exame, tendo em vista que a Legislação
brasileira protege o indivíduo de [[produzir provas contra si mesmo]], porém não seria superior ao ato do
agente público em atuar na defesa da coletividade, havendo um debate muito grande em torno do assunto.
Após uma alteração da legislação, foi possível [[que o agente]] público de segurança provasse os fatos
[[por meio de]] testemunhas e câmeras que filmam a atuação deste em sua rotina. Outra mudança
importante é aplicável ao bolso, forma pedagógica que alterou os valores de R$ 957,70, se tornando muito
mais rigorosa, passando a contabilizar R$ 1.915,40.
Assim como os valores, [[a quantidade de]] dosagem no sangue também [[passou a ser]] mais rigorosa,
que segundo Alves (2014), passou de 0,1 mg/L no ar advindo do pulmão para 0,05 mg/L. Atualmente a Lei
se tornou ainda mais rigorosa, não se admitindo nenhuma dosagem, e a multa chegando ao valor de R$
2.934,70, sendo instaurado processo administrativo com a perda da licença para dirigir pelo período de 12
meses, e nos [[casos em que]] resultem em acidente com vítimas, podendo o indivíduo ser punido
conforme [[o Código Penal]] Brasileiro, inclusive com penas restritivas de liberdade.

5.5 O CONCEITO HUMANO E CONDUTA SOBRE [[AS CAUSAS DE]] ACIDENTES NO TRÂNSITO
PROVOCADOS PELA EMBRIAGUEZ

Com o desenvolvimento dos [[meios de comunicação]] (televisão, rádio, internet, jornais e revistas)
necessários e importantes no mundo atual, a velocidade de disseminação da informação aumentou
rapidamente, envolvendo um [[grande número de pessoas]]. Como resultado, histórias sobre [[acidentes
de trânsito e]] mortes envolvendo álcool e direção estão se tornando [[cada vez mais]] comuns.
Muitas vezes, esses eventos acabam sendo desastres, onde a vida se extingue ou várias consequências
persistem ao longo dos anos, o que nos deixa confusos, pois, apesar de várias campanhas que falam
sobre esse assunto e suas consequências, [[como, por exemplo]]: altos índices de mortes. , no entanto,
ainda existem muitas dúvidas [[sobre o assunto e]] a principal delas está relacionada aos perigos [[de
dirigir sob]] [[o efeito do álcool]]. Mas por [[que esse tipo de]] morte continua acontecendo? Existe algum

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 15 of 213

problema com o programa de treinamento para futuros motoristas? (CENTRO [[DE INFORMAÇÕES
SOBRE]] SAÚDE E ÁLCOOL, 2014).
As consequências associadas [[ao consumo de álcool]] significam uma redução da capacidade: de ver a
velocidade real a ser percorrida, de ver potenciais obstáculos na estrada e de manter o controlo do veículo
. Com isso, o motorista tem grande dificuldade de visualizar, [[por exemplo, uma]] motocicleta ao seu lado
ou um pedestre atravessando a via. Além disso, motoristas [[sob efeito do álcool]] enxergam apenas o que
está à sua frente, reduzindo sua visão periférica, o que dificulta sua reação [[diante de uma]] situação ruim
ou qualquer acontecimento, [[que pode levar ao]] pior. cenário de caso, [[acidente de trânsito]] com
vítimas fatais (MORENO, 1998 apud DOS SANTOS NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
[[O comportamento de]] motoristas embriagados varia [[de pessoa para pessoa]] e depende da quantidade
de álcool consumida, levando a diferentes tipos de reações: da felicidade à depressão, e talvez até
agressividade. Desta forma, [[uma pessoa com]] comportamento autodestrutivo, longe de sua boa
condição física e mental, pode dirigir?

5.5.1 CONCEITO

A palavra álcool tem vários significados, desde uma classe de compostos orgânicos, em toda a sua
estrutura, um ou mais grupos hidroxila (?OH) ligados a carbonos saturados, a óleos e solventes. Mas no
caso [[das bebidas alcoólicas]], onde [[o álcool é]] um de seus componentes, a palavra álcool indica, neste
caso, etanol (CH3CH2OH), também conhecido como álcool etílico (C2H5OH). A substância em questão é
composta por moléculas contendo dois átomos de carbono (C), cinco átomos de hidrogênio (H) e um
grupo hidroxila (?OH) e possui as seguintes características: ser líquida à temperatura ambiente, incolor,
volátil, em chamas e totalmente . Solúvel em água.
[[A utilização do]] etanol se dá em diversos ramos da indústria como: nas indústrias de combustíveis,
perfumaria, farmacêutica e de bebidas. Historicamente, as relações humanas têm sido dominadas pelo
álcool. Como prova disso, estão as primeiras descobertas arqueológicas de álcool pelo homem, datadas
de 6000 AC. É claro que essa antiga prática de beber álcool foi preservada por muito tempo e está
associada à cultura. Entre [[as bebidas alcoólicas]] relatadas no período antigo (Medium) havia duas que
eram consideradas populares e potáveis: o vinho e a cerveja. Apesar de serem amplamente consumidas
pela sociedade da época, não se sabe explicar [[o processo de produção]] dessas bebidas por meio da
fermentação da uva, [[no caso do]] vinho, e da cevada, [[no caso da]] cerveja. (KRAUSZ, 2003 apud LEAL
; DE ARAUJO; PINHEIRO, 2013).

4.5.2 DISPUTAS DE VELOCIDADE NO TRÂNSITO

Observa-[[se que a]] [[Lei nº 12.971, de 09 de maio de]] 2014 alterou [[o Código de]] 1997, introduzindo
[[uma série de]] inovações, [[como é o caso]] das alterações nos tipos de quatro delitos já previstos em lei
(PORTELA, 2015), sendo eles lesão e morte culposa no trânsito, embriaguez ao volante e participação em
disputas automobilísticas não autorizadas, comumente chamadas de ?racha?.
A Lei nº 12.971/2014 previu um período de vacatio legis, programando a sua entrada em vigor apenas [[a
partir do]] dia 01 [[de novembro de]] 2014. Não custa lembrar que [[a lei não]] teve eficácia nesse período
de suspensão de sua vigência nem mesmo para beneficiar o réu, segundo entendimento do STF, [[uma
vez que]] o referido interstício de prova pressupõe [[a possibilidade de que a]] norma seja revogada. O que

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 16 of 213

não impede, [[no entanto, a]] eficácia retroativa da lex melior, afetando inclusive os fatos praticados [[no
período de]] vacância, quando efetivamente entrar em vigor o diploma legislativo, conforme regra
corriqueira de aplicação e interpretação das normas penais, que reflete um dos corolários do princípio da
legalidade (PORTELA, 2015, p.14).
Já as alterações administrativas, são descritas por Portela (2015) como um substancioso incremento das
sanções pecuniárias (multas) envolvendo disputas de corridas, promoção e participação em competições
de perícia veicular que não possuem autorização, ultrapassagem na contramão, em local impróprio e
passagem forçada entre veículos em sentidos opostos.
Em seu estudo, Giareta (2016) interpreta o racha partindo da noção de crimes de mera conduta e lesão,
sendo que o primeiro conta com um resultado naturalístico, na forma de crimes de simples atividade ou
merca conduta (desvalor da conduta), e o segundo conta com resultado jurídico, na forma de delitos de
lesão (desvalor do resultado).
Figura 2 ? Inovações da Lei nº 12.971/2014

Fonte: Governo de Goiás (2016)

Além disso, os crimes de trânsito também podem, em seu entendimento, ser classificados entre próprios e
impróprios, [[sendo que os]] delitos próprios de trânsito se configuram como aqueles que só podem ser
cometidos [[no contexto da]] circulação de veículos (GIARETA, 2016). [[Como é o caso de]] racha,
embriaguez ao volante, direção sem habilitação, velocidade incompatível com um determinado espaço e
entrega de [[direção de veículo]] a pessoas inaptas para tal atividade. Já os delitos impróprios não
dependem exclusivamente do contexto da circulação de veículos, a exemplo [[do homicídio culposo]].
Portanto, Giareta (2016) descreve em primeiro lugar o racha como uma conduta socialmente reprovável
que expõe a comunidade à um perigo concreto, considerando como um delito próprio. Neste sentido,
chama [[a atenção para]] [[o fato de que a lei de]] 2014 alterou no artigo 308 o termo ?dano potencial? por
?gerando [[situação de risco]]?. O que implica em dizer que no primeiro caso existe apenas a especulação
acerca da possibilidade de dano, enquanto que o termo ?gerando [[situação de risco]]? aponta para uma
possibilidade concreta de risco à integridade física.

Observe-[[se que a redação do]] tipo básico, [[bem como a]] suas [[penas (detenção de dois a quatro anos
e]] proibição ou suspensão [[de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor]])
foram mantidas. [[Trata-se de um]] crime culposo, que, portanto, sempre ensejará a substituição da pena
privativa de liberdade pela restritiva de direitos, cumpridos os outros requisitos da legislação penal (ser o
réu primário e fazendo-se presentes as outras circunstâncias pessoais que recomendam a substituição)
(PORTELA, 2015, p.15).

Para Portela (2015), [[uma das principais]] inovações trazidas [[pela Lei n]]º 12.971/2014 se encontra no
inciso segundo do artigo 302, no qual se tipificam duas formas qualificadas de homicídio culposo, o
cenário formado por capacidade psicomotora alterada do condutor [[em decorrência de]] embriaguez
alcoólica ou causada por outra [[substância entorpecente, ou]] então o cenário formado por óbito
decorrente de corridas, disputas, competições e demonstrações de perícia veicular [[que não foram]]
permitidas pela [[autoridade de trânsito]], [[como é o caso do]] racha.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 17 of 213

5.5.3 EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Os motoristas brasileiros convivem diariamente [[em meio a]] diversas questões polêmicas que se
espalham rapidamente pelo país, uma delas diretamente relacionada à ligação entre [[bebidas alcoólicas e
condução de veículo automotor]]. Todos os anos, milhares de pessoas são [[vítimas de acidentes de
trânsito]] causados ??por motoristas irresponsáveis ??que associam [[beber e dirigir veículo automotor]].
Essa combinação de embriaguez ao volante, devido ao seu enorme poder destrutivo, causou alvoroço
[[entre os que]] a presenciaram, motivo pelo qual notícias [[sobre o tema]] foram amplamente divulgadas
pela mídia.
Para tanto, o governo se mobilizou e, após muitas [[discussões sobre o tema]], editou a [[Lei nº 11.705, de
19 de]] junho de 2008, popularmente conhecida [[como "Lei Seca]]", cujo objetivo é combater [[o problema
do alcoolismo e]] um dos suas ferramentas é A natureza punitiva da nova lei (NUNES, 2013).
Mas antes de entrarmos no hype [[em torno de]] dirigir embriagado, alguns conceitos devem ser melhor
compreendidos. [[Código de Trânsito Brasileiro (CTB]]), promulgado em seu Art. [[pela Lei nº 9.503 de 23
de]] setembro [[de 1997. 1º, § 1º, Trânsito é]] ?a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isoladamente ou em grupos, conduzidos ou não tripulados, para circulação, estacionamento,
estacionamento e operações de carga e descarga?. Este conceito deve ser levado em consideração, pois
ao nos deslocarmos devemos obedecer as regras de trânsito independentemente do meio de transporte
que utilizamos.

4.5.3.1 Como [[o álcool é absorvido pelo organismo]]

O álcool proveniente [[do uso de bebidas alcoólicas]], dependendo da quantidade consumida, causa
diversos efeitos no corpo humano. Mas antes de enunciar [[os resultados de]] sua inclusão, é muito
importante definir alguns conceitos que colocarão o aluno no problema em questão ([[CARLINI et al]].,
2001).
[[Segundo a Organização Mundial]] da Saúde (OMS), medicamento é ?qualquer entidade química ou
mistura de entidades (mas excluindo aquelas necessárias para manter a saúde, como água e oxigênio),
que altera a atividade biológica e possivelmente sua estrutura?. Em outras palavras, medicamento é toda
substância capaz de alterar o funcionamento dos organismos, física ou comportamentalmente (OMS9,
1981 apud [[CARLINI et al]].; 2001). Outra explicação relevante diz respeito à definição do termo droga
psicotrópica.
Segundo a OMS (1981 apud [[CARLINI et al]].; 2001), psicofármacos são aqueles que "agem [[no Sistema
Nervoso Central]] (SNC) produzindo alterações de comportamento, emoções e compreensão, com boas
propriedades reforçadoras e, portanto, dependentes de comportamento." (uso não autorizado de
medicamento). Isso significa que os psicotrópicos são aqueles sujeitos à dependência (OMS, 1981 apud
[[CARLINI et al]].; 2001).
E por que é necessário entender esses conceitos? Segundo [[Carlini et al]]. (2001), Apesar do
desconhecimento [[de muitas pessoas]], [[o álcool também]] é considerado uma droga psicoativa, pois atua
[[no Sistema Nervoso Central]], provocando uma mudança no comportamento de quem o bebe, além de
poder desenvolver dependência.
[[O álcool é uma das]] poucas drogas psicotrópicas aceitas e promovidas pela sociedade. [[Essa é uma

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 18 of 213

das]] razões pelas quais ela é vista de forma diferenciada em relação a outras drogas ([[CARLINI et al.,
2001, p]].12). Segundo estimativas [[da Organização Mundial]] da [[Saúde (OMS), em]] 2004, dois bilhões
[[de pessoas no]] mundo consumiam álcool (WORLD HEALTH ORGANIZATION10, 2007 apud DOS
SANTOS NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
Com base nesses dados, [[a indústria de bebidas alcoólicas, para]] continuar divulgando a imagem de
seus produtos e atrair um [[grande número de]] consumidores, tem como principal estratégia: investir no
mercado publicitário. Nesse caso, criam campanhas publicitárias que conectam a imagem da marca com
artistas e pessoas de grande amor e apreço popular, além de explorar alguns elementos que despertam a
atenção do público: praias, mulheres e festas.
Após essas informações, podemos mensurar o quão destrutivo e destrutivo é o poder do álcool, que
pode afetar o organismo de diversas formas. Isso, claro, depende da quantidade de álcool consumida e
dos detalhes de como cada órgão humano processa o álcool, o [[que pode causar]] um efeito [[maior ou
menor]] no organismo. Além disso, é importante ressaltar que [[os efeitos do álcool]] causam outros
distúrbios que afetam outros aspectos do trabalho [[de uma pessoa]], como [[na família e]] no trabalho.

5.5.3.2 Métodos de verificação [[do álcool no sangue]]

Desde 2012, está em vigor [[no Brasil a Lei Seca]] (Lei Nº 12.760/2012), delimitando que [[dirigir sob a
influência de álcool ou qualquer outra]] substância psicoativa se configura [[como infração gravíssima]],
para a qual cabe punição na forma de [[multa e suspensão do direito de dirigir]], bem como [[retenção do
veículo]] (SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014).
Observa-[[se que o]] risco relativo de se envolver em um fatal [[acidente de trânsito]] entre motoristas que
contam com uma taxa [[de alcoolemia entre]] 0,5 e 0,79 gramas [[de álcool por litro de sangue]] chega a
ser sete vezes maior em comparação com motoristas que não possuem álcool no organismo. Entretanto,
Souza, Hi e Gonzalez (2014) também consideram que não existe consenso em torno dos falsos positivos
[[que podem ser]] acusados [[em decorrência do consumo de]] alimentos e medicamentos que tenham
álcool em sua composição, ou então antissépticos bucais.
[[Se o teste]] para a detecção do teor alcoólico no organismo [[de uma pessoa]] for realizado através do
etilômetro, a presença da substância pode provocar um resultado positivo, desde que o teste seja
realizado imediatamente após o consumo (DPRF, 2013). [[De acordo com]] relatórios [[da Organização
Mundial de Saúde de]] 2011, [[o uso prejudicial do álcool]] resulta em cerca de 2.5 milhões de mortes
todos os anos. Aproximadamente 320.000 jovens [[entre 15 e 29 anos]] morrem de causas [[relacionadas
com o álcool]], resultando em 9% das mortes neste grupo. [[O álcool é o]] terceiro maior causador de
doenças no mundo, o primeiro no Pacífico Ocidental e nas Américas e o segundo maior na Europa
(SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014, p.2).
Conforme Prates (2012) existem atualmente três métodos principais para a detecção do nível [[da
presença de]] etanol em um organismo: O método enzimático, baseado na utilização de saliva como matriz
e na aplicação de reagentes ao álcool, [[como é o caso de]] desidrogenase e álcool oxidase. Há aquele
[[em que se]] utiliza o ar exalado como matriz [[com o objetivo de]] se gerar uma corrente elétrica que
sempre será proporcional à concentração de etanol ingerido devido a [[um processo de]] oxidação de
moléculas.
E por fim, existe ainda um método baseado em cromatografia gasosa com detector de ionização em
chama (CG-DIC), acoplado com técnica de extração em espaço confinado, tendo como objeto de estudo o

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 19 of 213

sangue (PRATES, 2012). Em seu estudo, também apresenta um resumo das principais metodologias e
suas limitações.

Quadro 1 ? Comparação entre as metodologias [[para a análise de]] etanol e suas limitações
Fonte: Governo de Goiás (2016)

[[O álcool se]] encontra [[no topo da lista de]] substâncias tóxicas encontradas [[no cotidiano da]]
toxicologia forense pelo fato [[de que a maioria]] significativa de cenários envolvendo acidentes fatais,
mortes traumáticas, suicídios e crimes violentos contam [[com a participação de]] indivíduos alcoolizados
(SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014).
Compreende-[[se que o nível de]] etanol no sangue depende de três fatores principais, sendo eles a dose
ingerida, a velocidade de absorção pelo trato digestivo e a capacidade de eliminação pelo organismo por
meio da biotransformação e excreção. Entretanto, Souza, Hi e Gonzalez (2014) também apontam que a
velocidade de absorção também sofre [[a influência da]] quantidade de álcool ingerido, a ingestão ou não
ingestão de alimentos antes [[do consumo alcoólico]], e a massa corporal, entre outras possibilidades.
[[No Brasil, a]] realização das análises toxicológicas com fins forenses em fluidos biológicos, é feita em
laboratórios que pertencem às [[Secretarias de Segurança Pública e]] nos Institutos Médico-Legais (IML)
dos respectivos estados. É importante levar em consideração não só a toxicocinética (absorção,
distribuição, biotransformação e excreção) e a toxicodinâmica (mecanismo de ação) da substância a ser
analisada, mas também o histórico, [[para que a]] escolha do material seja adequada, e sejam feitas as
pesquisas de xenobióticos (compostos químicos estranhos ao organismo) ou dos produtos originados da
sua biotransformação (SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014, p.3).
Conforme Prates (2012), a validação de uma metodologia depende de alguns parâmetros, como
especificidade, função da resposta, intervalo do trabalho, sensibilidade, exatidão, precisão, limite de
detecção, limite de quantificação e robustez.

5.5.3.3 Infração administrativa e penal ao condutor embriagado

Se um motorista visivelmente embriagado não é preso, isto certamente causará espanto e indignação na
população. Entretanto, esta atitude não é viável de pronto, pois [[de acordo com]] Gonçalves (2013), cabe
apenas [[a aplicação de medidas]] administrativas, como a apreensão da carteira e a [[retenção do
veículo]].
Portanto, Gonçalves (2013) afirma que não caberia nem mesmo a condução coercitiva do motorista à
delegacia [[de polícia ou]] qualquer outro local onde se pudesse realizar exame médico. Embora a recusa
permita [[a aplicação de penalidades]] e medidas administrativas. O que no entanto, não significa que o
CTB não tenha em seu bojo a previsão dos possíveis crimes [[de trânsito, o]] que efetivamente se encontra
delimitado [[nos artigos 291, 302, 303, 307, 308 e]] 309, e [[em se tratando]] especificamente do cenário
de o motorista se encontrar sob [[o efeito do álcool, o]] artigo 306.

Para Gonçalves (2013), isto gera uma controvérsia, pois embora o texto seja claro ao definir [[o limite de
seis decigramas]] [[para a tolerância]] alcoólica, entende que para os delitos que não envolvam crimes, é
possível [[dizer que o limite de]] tolerância alcoólica seja de dois decigramas, tal como propõe o inciso
segundo do artigo 1º do Decreto nº 6.488/08.
[[De acordo com]] Silva (2017), [[a fim de]] atualizar [[o Código de Trânsito Brasileiro]] e endurecer as

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 20 of 213

penas, foi sancionado em 4 [[de Maio de]] 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, a Lei nº 13.281,
sendo que uma de suas principais inovações diz respeito ao valor das multas e [[o limite de]] [[suspensão
da carteira]] nacional de habilitação do motorista (Tabela 1).

Tabela 1 ? Valores atualizados das multas


Fonte: Silva (2017)

Silva (2017) chama [[a atenção para]] [[o fato de]] que os valores não eram reajustados desde 2001,
momento em que foi extinto o índice UFIR de referência, ficando estabelecido que o valor seria tabelado e
só poderia ser alterado novamente [[por meio de]] Lei Federal.
Em seu estudo, Rocha (2018) define o crime de embriaguez ao volante como uma norma penal em branco
e heterogênea, pelo fato de necessitar de complementação. Ou seja, as normas penais em branco podem
ser descritas como de conteúdo incompleto ou vago e que exigem complementação oriunda de outra
norma jurídica, como leis, decretos e regulamentos. Gonçalves (2013) menciona como crimes previstos
[[no Código de Trânsito]]:

5.5.3.4 Procedimento adotado pelo Estado caso [[o condutor se]] negue ao exame do etilômetro

É possível afirmar que o ordenamento jurídico brasileiro foi construído de forma que o indivíduo é
presumivelmente inocente, o que [[faz com que]] sua culpa deva ser comprovada mediante o devido
processo legal (GONÇALVES, 2013). Portanto, compreende-se que um cidadão não pode [[ser obrigado a
fazer o teste]] do etilômetro, devido ao entendimento [[de que o]] motorista não pode ser considerado
presumidamente alcoolizado nem tampouco [[produzir provas contra si mesmo, tal]] como prega o
princípio ?nemo tenetur se detegere?.
A Carta Magna traz em seu artigo 5°, inciso LXVI: ?[[o preso será informado]] de [[seus direitos entre os
quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e]] do advogado?. Este
direito assegurado [[na Constituição Federal de]] 1988 apresenta-se [[como uma das]] variáveis do
princípio do nemo tenetur se detegere, o qual [[ninguém é obrigado a produzir]] [[prova contra si mesmo]]
(ROCHA, 2018, p.19).
Uma noção que encontra respaldo legal não apenas na Constituição de 1988, mas também [[na
Convenção Americana]] [[de Direitos Humanos]], em específico em seu artigo 8º. No qual se definiu que
toda pessoa acusada de algum delito [[tem o direito]] a presunção de inocência [[até o momento]] [[em que
se]] comprove legalmente sua culpa (GONÇALVES, 2013).
Neste sentido, Gonçalves (2013) chama [[a atenção para]] [[o fato de que a]] tendência predominante no
universo doutrinário é a de entender que as normas internacionais [[de direitos humanos]] estão acima do
ordenamento jurídico de cada Estado, pelo fato de exprimirem certa consciência ética universal.
Observa-se que originalmente, a configuração de infração administrativa implicava na constatação de
[[concentração de seis decigramas de álcool por litro de sangue]], tal como delimitado pelo artigo 276 [[do
Código de Trânsito]] (SILVA, 2017). Entretanto, esse texto legal não se mostrava efetivo pois os motoristas
se recusavam a realizar [[os testes de alcoolemia]] ao entenderem que não deveriam [[produzir provas
contra si mesmo, tal]] como prega a [[Convenção Americana sobre Direitos Humanos]].
Ou como expõe Gonçalves (2013), ?Então, uma dúvida surge: como [[fazer o teste do bafômetro]] sem
assumir a culpa, respeitando o princípio da não incriminação, o Nemo tenetur se detegere? (GONÇALVES

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 21 of 213

, 2013, p.11). Diante desta situação, buscou-se por meio da Lei nº 11.275/2006 alterar o artigo 165 [[do
Código de Trânsito]], objetivando dispensar a medição alcoólica, bastando [[a análise de]] aspectos
característicos [[de embriaguez no]] motorista [[por parte do agente de trânsito]] (SILVA, 2017).
Nota-[[se, que a]] diferença deste artigo foi quanto à [[suspensão do direito de dirigir]]. O [[condutor de
veículo automotor]] que infringir o artigo 165 do CTB, atualmente, terá [[o direito de dirigir]] suspenso por
doze (12) meses. Sob a égide da norma anterior, a pena da [[suspensão do direito de dirigir]] variava [[de
acordo com o que]] estabelecia o artigo 261 do CTB (SILVA, 2017, p.7).
É possível observar alterações semânticas que evidenciam o rigor do novo ordenamento jurídico, [[como é
o caso do artigo]] 277 [[do Código de Trânsito Brasileiro]], pois a expressão ?[[sob suspeita de]] haver
excedido os limites previstos no artigo anterior? foi substituída por ?[[sob suspeita de dirigir sob a
influência de álcool?. Em]] resumo, Silva (2017) afirma que [[o motorista que se recusar a]] participar [[do
teste de alcoolemia]] será apenado em concordância com [[as medidas administrativas]] do artigo 165.
5.6 HOMICIDIO NO TRÂNSITO DISCUTIDO SOBRE O QUE É CULPA OU DOLO

Em seu estudo, Teles (2019) defende que o dolo eventual se materializa [[a partir do]] momento [[em que o
agente]] prevê o resultado e o aceita, ao se mostrar indiferente quanto aos seus nefastos contornos. Para
o caso da culpa consciente, o agente igualmente prevê o resultado, entretanto, não assume [[o risco de]]
produzi-lo nem tampouco o aceita, ao acreditar que tal desfecho dificilmente ocorreria por se sentir capaz
de evitá-lo. Portanto, observa-se que as diferenças entre estes dois conceitos são bastante sutis,
dificultando assim, a aplicação pelo magistrado.
Conforme a literatura e outros estudos acerca do tema, pode-se verificar que este assunto é controverso,
sensível e de muitas discussões acaloradas, já que a tipificação do dolo, tendo [[como base a]]
embriaguez voluntária, não pode ser banalizada, sob pena do menosprezo das decisões judiciais. É fato
que a manifestação veemente da sociedade, por si só, não detém competência a transformar condutas
cristalinas culposas, em dolosas ou vice-versa (ARAUJO, 2015, p.57).

Soma-se a isso [[o fato de não ser]] possível acessar a mente do agente no momento de sua conduta,
levando ao insólito desfecho, [[a fim de]] avaliar com mais clareza se este ente agiu ou não dolosamente.
Assim, Teles (2019) defende [[que o ideal]] é afastar a análise subjetiva e se aferrar as circunstâncias
objetivas e elementos do tipo no caso concreto, a exemplo do cenário [[em que o]] crime ocorreu, de que
forma se concretizou (o desfecho) e a culpabilidade [[do agente, de]] forma delinear da melhor forma
possível a situação fática.
Ou como expõe Araújo (2015), [[para todos os]] efeitos a diferenciação entre o dolo eventual e a culpa
consciente acaba tendo como base de apoio os fatores psicológicos de quem está analisando o caso, o
que abre espaço para divergências doutrinárias e jurisprudenciais, insegurança jurídica em suma.
No entendimento de Teles (2019), o atual Código Penal trata o crime doloso como a regra, e a culpa como
exceção, [[visto que a]] culpa deve estar prevista no próprio tipo penal, o que no entanto, não significa
[[dizer que o]] dolo eventual possa ser configurado de forma automática sem antes se analisar as
circunstâncias fáticas do caso em questão. ?Destarte, não se pode generalizar a imputação a título doloso
de forma imperativa. [[Faz-se necessário]] examinar as particularidades do caso concreto? (ARAÚJO,
2015, p.57).
Em que pese a subjetividade da questão, Araújo (2015) considera como fundamental a manifestação de
uma certeza em matéria da exteriorização da vontade do agente e comprovação probatória [[a fim de]] que
não sejam feridos dois princípios basilares do direito, a presunção de inocência e o ?in dubio pro réu?.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 22 of 213

Levando em consideração [[que apesar da]] comoção social que possa surgir [[em torno de]] um caso,
seria uma leviandade definir como dolo eventual todo cenário formado por homicídio praticado por
condutor [[sob efeito de bebida alcoólica, em]] específico quanto restar dúvida quanto ao animus dolandi.
Conforme Teles (2019), permanecendo duvidas acerca da aplicação do dolo eventual e da culpa
consciente, esta última deve prevalecer em razão da primeira, levando em consideração o princípio do in
dubio pro reu, ou seja, [[pela falta de]] indícios suficientes que tragam alguma certeza sobre [[a presença
do]] dolo na conduta do agente que possam passar pelo escrutínio do Tribunal do Júri, cabe ao magistrado
aplicar a situação mais benéfica ao réu.

E Teles (2019) segue nesta mesma linha, ao afirmar que a teoria da culpa consciente para os crimes de
homicídio no trânsito deva ser aplicada nas hipóteses [[em que o]] ente a ser julgado não assume o risco
do resultado, repudiando assim, o resultado não desejado. Uma aferição que não deve ser [[feita a partir
da análise de]] elementos subjetivos, mas por critérios objetivos e elementares do tipo.
Entretanto, chega-se [[a conclusão de que para]] ser possível a aplicação do dolo eventual, não chega a
ser necessário que a vontade do agente seja constatada, mesmo por que isso depende quase que
exclusivamente de uma confissão do agente, o que raramente ocorre (TELES, 2019).
Levando em consideração [[o que foi]] exposto, Teles (2019) considera que as alterações propostas [[pela
lei n]]º 13.546/2017 tem [[o objetivo de]] sanar dúvidas e preencher lacunas em matéria da aplicação do
dolo eventual e culpa consciente para os casos envolvendo crimes de trânsito, embora esta iniciativa não
tenha sido inteiramente bem sucedida.

5.7 JURISPRUDÊNCIA SOBRE HOMICÍDIOS OCORRIDOS PROVENIENTES DE PESSOAS


EMBRIAGADAS NO TRÂNSITO BRASILEIRO

Em artigo para a página virtual do [[Tribunal de Justiça]] [[do Distrito Federal e]] dos Territórios (2020), é
discutido se o crime de embriaguez ao volante se configura como [[crime de homicídio culposo na direção
de veículo automotor]]. E observa-se [[a existência de]] duas correntes distintas, uma desfavorável a este
entendimento e uma favorável.
Entre aqueles que não acreditam nesta tese, reside o entendimento de que não há que se falar em
absorção [[do crime de]] embriaguez ao volante pelo [[crime de homicídio]] culposo, pois o primeiro delito
não se configura como meio necessário nem tampouco consistiu de fase de preparação ou execução do
segundo (TJDFT, 2020).

Já entre aqueles que defendem a tese, reside o entendimento [[de que o]] crime de embriaguez ao
volante é antefato impunível [[do crime de homicídio]] culposo no trânsito, pois a embriaguez na direção do
veículo automotor consistiu na violação do dever de cuidado apta à produção do desfecho de óbito,
levando a conclusão que é da essência [[do homicídio culposo]] [[a falta de]] zelo (TJDFT, 2020).

16/07/2015, Segunda Turma Criminal, Publicado no DJE: 22/07/2015).

CONCLUSÃO

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 23 of 213

De tudo [[o que foi]] visto, conclui-[[se que a]] embriaguez é mais do que o [[simples fato de]] consumir
álcool, verificamos que existem tipos e tipos de embriaguez. Além disso, é muito importante distinguir cada
um desses tipos e tipos de direito penal. Examinamos neste trabalho a responsabilidade penal [[de uma
pessoa com]] embriaguez patológica, atingimos [[o objetivo de]] discorrer sobre [[os tipos de]] embriaguez,
sua culpabilidade, e analisamos as possíveis formas de prender o réu culpado que padece desta patologia
e passar. estas condições.
Como já discutimos, quando falamos em embriaguez patológica, fica sempre muito claro que se trata de
um problema mental, onde a ação [[de uma pessoa que]] ingere [[bebidas alcoólicas a]] deixa embriagada
, até privá-la da compreensão consciente de suas ações, o que o torna parcial ou completamente incapaz
de distinguir de transgressão. A lei penal deve [[entender que a]] embriaguez patológica é uma doença
mental e quando determina a incapacidade [[de toda a]] pessoa compreender a incorreção da verdade,
torna-a inocente e inclui em si a hipótese de absolvição, conforme confirmado no art. 26, do CP.
Além disso, vejamos que o paciente patológico quando comete um ato punível, dado o estado reduzido de
força, não é pego e terá uma pena reduzida. [[No caso da]] embriaguez patológica, pode ser tomada como
medida protetiva que [[é considerada uma]] isenção injusta, [[com uma pessoa]] completamente incapaz
de enxergar a realidade ilícita. [[No caso de]] privação parcial da consciência, a pena pode ser reduzida de
um a dois terços. A embriaguez causada pela doença não é evidenciada pelo laudo da psicóloga da área
criminal.
[[Com o objetivo de]] se posicionar como pesquisa moderna, foram trazidos à discussão os autores que
conseguem manter a uniformidade em seus estudos, com ideias que podem romper a questão do tempo e
se manterem atuais por muito tempo, para que no futuro [[pode ser uma]] inspiração para novos
pesquisadores que queiram usar esta pesquisa como um referencial teórico para suas novas pesquisas e
sua maneira de fazer as coisas. A busca por esses trabalhos será feita [[por meio de]] bases de dados
universitárias, sites especializados na publicação [[de artigos científicos e]] trabalhos já publicados que
atendam ao tema aqui proposto.
Fica claro, portanto, a relevância de se fazer um estudo minucioso acerca desta temática, que em meios
acadêmicos, ainda é pouco desenvolvida, em comparação ao tamanho de sua contribuição para a ciência
como um todo. Em cima desta visão, é esperado, ao fim da apresentação, que o trabalho consiga
desenvolver o debate e responder as questões aqui desenvolvidas com o auxílio de periódicos da área,
[[com o objetivo de]] sanar quaisquer dúvidas que o leitor pode ter acerca do tema.
Por fim, é preterido, também, que o trabalho se coloque na mesma mesa dos especialistas da área,
podendo servir futuramente como material teórico para novas pesquisas que queiram fazer uma
abordagem ainda mais profunda, onde poderia utilizar o presente trabalho para tal objetivo, [[com a
finalidade de]] trazer essas ideias [[para a discussão com a ajuda]] de periódicos da área que realizam
pesquisas detalhadas e científicas, para que no futuro, esse trabalho seja colocado na mesma mesa com
especialistas e também possam servir como inspiração para novos estudiosos que queiram trazer uma
nova abordagem e que possam usar este trabalho como referência teórica.

REFERÊNCIAS

Metodologia MatrizLimitações
Enzimática SalivaAnálise colorimétrica indireta (metabólitos)

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 24 of 213

EletroquímicaAr exaladoBaixa reprodutibilidade


Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização em ChamaSangueMatriz de difícil acesso

GravidadeValor Anterior R$Valor Reajustado/2016 R$


Leve53,2088,38
Média85,13130,16
Grave127,69195,23
Gravíssima

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 25 of 213

=================================================================================
Arquivo 1: (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Arquivo 2: https://www.todamateria.com.br/lei-seca (1128 termos)
Termos comuns: 112
Similaridade: 1,06%
O texto abaixo é o conteúdo do documento (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.todamateria.com.br/lei-seca
(1128 termos)

=================================================================================
Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho adequado ao modelo desejado

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 26 of 213

PROJETO DE PESQUISA

APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

A responsabilidade é um fator importante no trânsito, pois atitudes simples podem influenciar a vida das
pessoas, principalmente quando alguém decide ingerir bebida alcoólica e, logo após, dirigir. Esse tipo de
situação nos leva a uma série de questionamentos que nos levam a questionar se a lei vigente que trata
especificamente do trânsito é justa e eficaz.
O uso abusivo de álcool é um problema grave da sociedade atual, sendo que esta é uma substancia que
causa dependência física e psíquica e tem sido cada vez mais comum encontrar adolescentes e jovens
que fazem uso indiscriminado de álcool e outras drogas. Sabe-se que o uso indiscriminado [[do álcool faz
com]] a pessoa se exponha e exponha outras pessoas a situações de risco, já que é uma substancia
capaz de afrouxar as noções de certo e errado. Dessa forma é comum, pessoas cometerem os mais
diversos crimes estando alcoolizadas.
Portanto, crimes envolvendo embriaguez, estão cada vez mais presentes nos tribunais brasileiros,
Silvestrim (2002) coloca que há diversos casos de imputabilidade, inimputabilidade e diminuição da
culpabilidade e aumento de pena [[em casos de]] embriaguez.
Sabe-se que casos de embriaguez estão cada vez mais comuns nos tribunais brasileiros. Como deve-se
proceder em um caso de um crime em que o réu [[estava sob influência do]] uso abusivo de álcool?

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROBLEMA

Atualmente há um alto índice de crimes cometidos após o uso abusivo de álcool, dessa forma o tema está
muito presente nos tribunais brasileiros, sendo tema de opiniões divergentes entre os juristas. Dessa
forma, o presente trabalho justifica-se pela importância que o tema tem não somente nas discussões
atuais no âmbito do direito, mas também nas discussões sociais sobre o alcoolismo e sua influencia sobre
o homem.
[[As bebidas alcoólicas]], diretamente relacionadas às grandes festas e comemorações, sempre fizeram

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 27 of 213

parte do cotidiano de nossa sociedade, independentemente do nível de escolaridade ou classe social.


Devido às suas propriedades e efeitos no corpo, tornou-se parte do nosso dia a dia, tornando-se uma das
formas únicas para quem quer relaxar ou se divertir com responsabilidade, sem exageros. Além de sua
importância social para o consumidor, [[as bebidas alcoólicas]] desempenham um importante papel na
economia, pois a indústria de bebidas é uma importante fonte de receita e arrecadação de impostos, com
um grande mercado mundial.
Em 2008, [[em 19 de junho]], foi instituída [[a Lei n]]º 11.705, [[conhecida como ?Lei Seca]]?, cujo objetivo
era reduzir [[o número de acidentes]] causados ??por condutores alcoolizados e, consequentemente,
diminuir [[o número de]] vítimas no trânsito brasileiro. Nesse caso, a referida lei prevê penalidades para
quem ingere [[bebidas alcoólicas e]] dirige veículos. Esta lei, além de definir [[o nível de álcool]] no sangue
que permite a um condutor conduzir embriagado, também define os meios necessários para provar que
embriagou. A fim de reduzir [[o número de]] motoristas embriagados, a lei também afetou a situação
financeira do motorista infrator.

METODOLOGIA

A metodologia consiste em uma variedade de parâmetros a partir da qual se viabiliza a realização de


pesquisa científica de modo organizado, bem delimitado e criterioso, gerando soluções para os problemas
levantados, hipóteses confirmadas/refutadas e objetivos sólidos, pertinentes e que se adequem ao estado
da questão em que o problema se insere (FONSECA, 2002). Conforme Severino (2002, p. 57), a
metodologia consiste num conjunto de métodos ou caminhos percorridos na busca do conhecimento,
sendo assim, a pesquisa é um conjunto de procedimentos sistemáticos fundamentados no raciocínio
lógico, objetivando encontrar soluções para problemas propostos, mediante utilização de métodos
científicos.
Devido à natureza da proposta que ora se apresenta, recorrerão metodologicamente à revisão bibliográfica
para a promoção de um estudo básico exploratório e qualitativo fundamentado em artigos científicos e
demais produções científico-acadêmicas que se mostrem úteis e pertinentes à pesquisa em tela. Como
revisão crítica, o foco se dará no conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável e sua devida
importância para os estudos em geografia.
O processo de geração de conhecimentos novos, compreendidos como úteis para avançá-lo cientifico,
segundo Gerhardt e Silveira (2009), apontam para uma direção da tipologia objetiva, gerando
conhecimentos novos, sendo esses embasados, sempre, em anteriores realizações que envolvam a
verdade e interesses universais.
Gil (2007), ao se debruçar a respeito da pesquisa de cunho exploratório, determina que estas pesquisas
têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento
de ideias ou a descoberta de intuições.
Goldenberg (1997) determina que, na pesquisa qualitativa, ?a preocupação do pesquisador não é com a
representatividade numérica do grupo pesquisado, mas com o aprofundamento da compreensão de um
grupo social, de uma organização, de uma instituição, de uma trajetória etc.?. A respeito do procedimento
metodológico utilizado para viabilizar a composição e estruturação desta pesquisa, onde foi utilizada a

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 28 of 213

revisão bibliográfica, destaca-se em conformidade com Santos (1999), que esta se comporta como o
processo de busca, seguida de análise e descrição de um conjunto de conhecimentos consagrados na
literatura científica que são retomados em meio à procura de respostas a uma pergunta específica.
Ainda [[de acordo com]] Santos (1999), a pesquisa científica é o instrumento intelectual do homem para
responder às suas próprias necessidades. O ser humano, insatisfeito com a sua condição no mundo,
busca explicações e soluções para sair de sua insatisfatória zona de conforto ou de desequilíbrio, e usa a
pesquisa para reorganizar a sua condição e melhorá-la perenemente, em níveis biológicos, sociais e
transcendentais.
Günther (2006, p. 202) define a pesquisa qualitativa como sendo a ?primazia da compreensão como
princípio do conhecimento, que prefere estudar relações complexas ao invés de explicá-las por meio do
isolamento de variáveis. Uma segunda característica geral é a construção da realidade.?. [[De acordo
com]] uma definição de Van Maanen (1983), as metodologias qualitativas são compostas por um conjunto
de técnicas interpretativas, que têm por meta ?retraçar, decodificar ou traduzir fenômenos sociais naturais
, com vistas à obtenção de elementos relevantes para descrever ou explicar estes fenômenos?.
Para Zanelli (2002, p. 83), a abordagem qualitativa tem como principal intento ?buscar entender o que as
pessoas apreendem ao perceberem o que acontece em seus mundos?, sendo por esta razão, conforme o
teórico, ?muito importante prestar atenção no entendimento que temos dos entrevistados, nas possíveis
distorções e no quanto eles estão dispostos ou confiantes em partilhar suas percepções?.
As pesquisas qualitativas diferem das quantitativas, pois sua metodologia não se limita a registrar
simplesmente as frequências com que ocorrem determinados fenômenos. A princípio, utilizada nas áreas
de Antropologia e Sociologia, nos últimos trinta anos a pesquisa qualitativa passou a ser incluída em
outras áreas de estudo.
A pesquisa quantitativa segue rigorosamente um plano pré-estabelecido, onde as hipóteses são indicadas
de maneira clara e precisa, e a qualitativa normalmente é direcionada durante o transcorrer, sem a
preocupação básica de enumerar ou medir fatos e eventos, tampouco fazendo uso de instrumental
estatístico para a análise dos dados obtidos.
Silva e Menezes (2005, p. 20) estabelecem que haja uma relação intensa ?entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável do mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzida
em números?. Dessa forma, a partir da metodologia aqui descrita e adotada, se pretende alcançar [[o que
é]] requerido de uma pesquisa na área de licenciatura em geografia, adequada ao tema aqui abordado,
que é a sustentabilidade ambiental sob a luz do desenvolvimento.
A triagem será feita com base na correspondência com o tema e com o contexto que aqui é proposto,
além de contar com informações atualizadas contrastando com informações mais antigas, escritas em
outros contextos. Assim, a preferência se dá por fontes recentes e atualizadas, priorizando as informações
mais confiáveis e parcimoniosas acerca da temática.
Os critérios de inclusão foram: artigos que retratassem a temática presente nas bases de dados,
publicados no período do estudo, em português e inglês, relacionados aos descritores selecionados.
Critérios de exclusão: artigos que não retratassem a temática escolhida e que não estivessem associados
aos descritores selecionados. Posteriormente foi feita uma análise por meio de títulos e resumos suficiente
para o estudo em questão. Os dados serão avaliados através de interpretação, análises e comparações
de visões contrastantes de autores acerca dos assuntos trabalhados.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES, SUGESTÕES OU FORMAS DE ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA

Compreende-se que a direção sob influência [[de bebidas alcoólicas]] ainda é um comportamento

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 29 of 213

recorrente na sociedade brasileira, sendo responsável por milhares de incidentes que podem resultar em
acidentes graves e óbito. E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem
como outras medidas tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum
indivíduo pode ser obrigado a produzir provas contra si mesmo, o que [[faz com que]] muitos motoristas se
neguem a participar do teste do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 [[do Código de Trânsito Brasileiro]] de 2014, mais especificamente o
parágrafo segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim de que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em primeiro
lugar o motorista dirigindo sob o [[efeito do álcool]] está colocando [[em risco a sua]] própria vida com este
comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso [[em caso de]] acidente [[de trânsito com]] fatalidades.
Com base nos dados evidenciados pela revisão de literatura foi possível observar [[que a legislação]]
brasileira no que diz respeito ao trânsito passou por diversas transformações ao longo das últimas
décadas, levando em consideração que a primeira legislação voltada para o trânsito surgiu apenas na
década de 40.
Em 1997 este ordenamento jurídico foi atualizado para acompanhar os ditames da Constituição de 1988 e
a Convenção de Viena, buscando desta forma padronizar a sinalização de trânsito. E novamente há uma
década a legislação foi novamente revisada e atualizada, sendo que em muitos casos outros
ordenamentos jurídicos podem e devem ser utilizados de forma subsidiária, como o Código Penal em
decorrência de cenários envolvendo crimes de trânsito, como atropelamentos e batidas que resultam em
óbito.
Necessário evidenciar que [[o número de]] automóveis em circulação vem mantendo tendência de
crescimento, além do surgimento do fenômeno dos motoboys, e entregadores de aplicativos, o que pede
pela atualização [[do código de trânsito]]. Haja vista que esta configuração de coisas contribui para a
desorganização do trânsito e incidentes marcados pela negligência e imprudência no volante. Dentre eles
a situação de embriaguez por parte do motorista. Neste sentido cabe avaliar até que ponto o indivíduo agiu
com dolo ou culpa a fim de que lhe caiba uma punição justa. Compreende-se que a direção sob influência
[[de bebidas alcoólicas]] ainda é um comportamento recorrente na sociedade brasileira, sendo
responsável por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes graves e óbito.
E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem como outras medidas
tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo pode ser obrigado
a produzir provas contra si mesmo, o que [[faz com que]] muitos motoristas se neguem a participar do
teste do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 [[do Código de Trânsito Brasileiro]] de 2014, mais especificamente o
parágrafo segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim de que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em primeiro
lugar o motorista dirigindo sob o [[efeito do álcool]] está colocando [[em risco a sua]] própria vida com este
comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 30 of 213

cometendo um homicídio culposo ou doloso [[em caso de]] acidente [[de trânsito com]] fatalidades.
Observa-se que na maioria das vezes a pena é fixada no regime aberto, pois o principal interesse é
conscientizar a população em torno de um trânsito responsável. Portanto, nada impede que o juiz promova
a substituição por penas restritivas de direitos. O que traz a necessidade do desenvolvimento de outras
medidas complementares, a exemplo de campanhas educativas, endurecimento das penas e ações
fiscalizatórias mais estruturadas, estratégicas e que não sejam pontuais, com o objetivo de educar a
sociedade e punir os infratores, contribuindo assim para evitar que pessoas continuem promovendo
comportamentos que tragam risco a coletividade. Portanto, é possível dizer [[que a legislação]] de trânsito
no que diz respeito a direção [[sob influência do álcool]] passou por alterações qualitativas substanciais ao
longo dos últimos anos, o que pode ser entendido como reflexo de o tema passar a ser observado de
forma mais séria e rigorosa.

REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo começa tratando da história do trânsito, definição e sua origem e seu sistema rodoviário,
passando pela sua evolução histórica, conceitos, dentro de uma análise nos transportes rodoviários e suas
políticas adotadas, como também o que foi alterada na [[lei de trânsito]].

5.1 HISTÓRIA DO TRÂNSITO

O nosso principal meio de locomoção, antes dos veículos, sempreforamos pés, sendo ato de caminhar.
Tempos depois tivemos outras invenções como a roda, dando assim a possibilidade de locomoção mais
rápida.
Desde o início os veículos como trenos, barcos, charretes, e carros de boi,visava somente o transporte de
bens, animais etc. e assim por último foram inventados os veículos para a locomoção de homens.
Visto que após o advento do veículo, veio a necessidade de melhorar as estradas. Segundo alguns
historiadores, muitos de alguns império foram construídos após a construção de estradas de melhor
qualidade e com isso garantindo a expansão e desenvolvimento, exemplos, os romanos, os persas. Os
Romanos foram considerados os grandes e peritos em construções de estradas, como uma rede viária de
terra sem pavimentação, mas com uma larga extensão de até 350.000 km, munidos de sinalizações e
indicações de direção e sendo os primeiros a criarem regulamentações de tráfego.
Os romanos também mostram na sua história que, constam os primeiros relatos de congestionamento na
Grécia antiga, relatos este, que [[o número de]] carro crescia e a população reclamava, pois, as ruas eram
estreitas e a locomoção era difícil.Somente no fim do século XVI, que os Romanos retomaram as
construções das estradas que foi essencial ao desenvolvimento do império até XIX.
Estradas que foram realmente de grande desenvolvimento após os romanos, foram as estradas de ferro.
Em 1771, foi constatado o primeiro automóvel criado pelo francês Nicholas Cugnot, com velocidade
estimada em 4 km por hora. No mesmo ano foi constatado o primeiro acidente automobilístico, por incrível
que parece, o acidente foi provocado pelo criador do carro, onde ao manobrar dentro do Quartel Real de
Vicenes (França), perdeu o controle e bateu no muro.
No ano de 1836 na Inglaterra, surgiu a primeira [[lei de trânsito]], chamada a ?Bandeira Vermelha?, onde
limitava na velocidade em 10 km por hora e um homem ficava a frente dos veículos indicando o limite de

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 31 of 213

velocidade.
Segundo o dicionário, trânsito seria a ação de transitar, marchar ou trafegar. Um movimento de pedestres
considerados em seu conjunto, um tráfego. Um instrumento de agrimensor, destinado a determinar
ângulos horizontais. São tantas definições, em sentido concreto e sentido figurado. Porém, o trânsito que
este artigo se refere, diz respeito ao movimento de veículos e pedestres, coexistindo. Havendo dentro
deste, o deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um local para outro.
O trânsito é uma das vertentes da sociedade civil que surgiu com o aparecimento da modernidade, criação
de carros, necessidade de se locomover a distâncias longas em um curto espaço de tempo etc. O Estado
, portanto, para regulamentá-lo instituiu o [[Código de Trânsito Brasileiro]] (CTB). No seu art. 1°, § 1° do
CTB (CTB, 2009), estabelece-se que
Considera-se como trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

O Legislador se preocupou em coibir qualquer dúvida que houvesse quanto a conceitos referentes ao
direito de trânsito. O termo trânsito foi definido como: movimentação e imobilização de veículos, pessoas e
animais nas vias terrestres. Note-se que diferentes dos dicionários ordinários, o Código trouxe a palavra
imobilização. Ao adicionar esse termo, o Código incluiu dentro de seus pressupostos, a disciplina dos
carros que estejam estacionados também, equiparando também os que se encontram colocados em
lugares proibidos (FRANZ; SEBERINO,2012). Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) ainda

Analisando as definições estabelecidas pelo [[Código de Trânsito Brasileiro]], trânsito é tudo aquilo que se
movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independente do local em que está.
Podemos dizer que para tudo utilizamos o trânsito, até mesmo para pedir um produto para entregar em
casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade.

O Trânsito é um instituto que se encontra sempre em movimento legislativo. A seriedade com a qual o
assunto é tratado decorre do nível de risco e possíveis danos que a não regulamentação necessária pode
causar. Incluindo aspectos como [[a Lei Seca]], as Blitz policiais, regularização de documento, limite de
velocidade etc.
A origem de fato do fenômeno de trânsito, não pode ser mensurada e datada de uma época específica.
Visto que o homem sempre teve a necessidade de se locomover, primeiro para a sua sobrevivência física
e mais posteriormente para assuntos mais de cunho profissional etc. Mas independente do surgimento de
meios de transporte dos mais variados modelos: aquáticos, metroviários, aéreos, terrestres etc, o modo
mais antigo de locomoção é o próprio ato de caminhar.
Conforme conceitua HONORATO (2004) nas civilizações antigas, o protótipo de locomoção mais
avançado era do Império Romano que ?criou um sistema rodoviário com mais de 100.000 Km de extensão
? com intuitos militares, de locomoção das suas tropas. Veio dai o ditado popular que diz que todos os
caminhos levam a Roma. Segundo o Autor, o método de construção utilizado na confecção de tais
empreendimentos

Primeiro, o terreno era estaqueado, para ganhar rigidez. Depois, espalhava-se sobre ele bastante calcário
grosso ? o rudus -, o qual era bem socado. Por fim, vinha uma camada de calcário mais fino ? o nucleus ?
nivelado a capricho. E só então se assentava o revestimento final: grandes pedras chatas, rigorosamente

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 32 of 213

ajustadas, que proporcionavam uma superfície lisa, ótima de se pisar. O que era muito importante, pois, no
tempo dos romanos, os exércitos se deslocavam a pé (HONORATO, 2004).

A primeira evolução que de fato se relaciona com o modo como são feitos os modelos de transporte atuais
, foi a invenção da roda. Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) a primeira indicação que tem notícias a
despeito da figura da roda, é uma figura de roda, registrada em uma placa de argila, encontrada na
Suméria em 3.500 a.C. Muitos historiadores e cientistas consideram [[a criação da]] roda, a maior invenção
já feita pelo homem. Considerando seus aspectos primários e a evolução rápida e constante que ainda
sofre. Não se sabe ao certo, quem foram de fato seus inventores, mas cunha-se o feito aos povos da
antiga Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque, há cerca de 5.500 anos, sendo utilizado
primordialmente na época por oleiros na confecção, por exemplo, de cerâmica.
A despeito de contextos históricos minuciosos, muito tempo depois do referido período acima, durante a
Revolução Industrial na França, em 1789 é que de fato problemas concernentes ao trânsito começaram a
aparecer. Foi nesse período que foi criado o motor a combustão interna e começaram a ser fabricados os
primeiros automóveis.
Deslanchou a partir de então a produção maciça de carros com motor a combustão, o que superlotou de
forma extraordinária as ruas das grandes capitais. O trânsito caótico que grandes capitais como São Paulo
, por exemplo, vivem, é decorrente direto da fomentação que ocorreu no Brasil, da baixa de impostos para
a compra de carros, depois da era Kubitschek.
Porém esse fomento não esperava que houvesse tamanho despreparo do ponto de vista da estrutura das
cidades, para comportar tantos veículos de uma só vez. A implantação de políticas públicas atuais como
os transportes coletivos, é uma forma que o Ente estatal encontrou de tentar aliviar a pressão nos trânsitos
e prevenir, de certa forma o aparecimento de índices alarmantes relacionados a [[acidentes de trânsito]].

5.2 RESPONSÁVEIS POR ADMINISTRAR O TRÂNSITO BRASILEIRO

Dentro dessa evolução do trânsito com mercadorias, trouxe um enorme alavancada com a economia e as
políticas rodoviárias e [[leis de trânsito]]. No Brasil, foram implantadas as placas de sinalização em 1930,
após já terem os carros em circulação.
Em 1938 foi criado no Brasil o Departamento de Serviço de Trânsito ?DST, sendo o primeiro a adotar
regulamentação sobre a conduta no trânsito.Mais tarde em 1941 foi criado o CNT Código Nacional de
Trânsito, sendo que no mesmo ano foi criado CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) também foi
criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem).
Somente em 1997 que foi criado o CTB [[código de trânsito Brasileiro]] Lei 9.503 de 23 de setembro de
1997, o qual tem sua aplicabilidade até então.Tivemos uma evolução significativa no trânsito Brasileiro
atualmente em 2016, que demonstra o avanço das leis, o aumento da frota de veículos e o caos causado
por tantos veículos nas ruas e estradas ao mesmo tempo. Com isso um [[número de acidentes]]
gigantesco por motoristas imprudentes e despreparados.
Por anos a [[lei de trânsito]] vem procurando uma forma de responsabilizar os seus motoristas de seus
crimes [[de trânsito com o intuito de]] dar uma resposta aos familiares que perderam os seus entes
queridos e buscam por justiça. Declarando, mais do que mostrar a importância sobre a gravidade que é
conduzir um veículo automotor sob algum tipo de substância psicoativa. Mas demonstrar que a lei puni
com severidade, aqueles que a desobedecem.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 33 of 213

Ou pelo menos aos poucos, criar leis, decretos, jurisprudência, que venham completar as lacunas
esparsas dentro do nosso ordenamento jurídico.[[De acordo com]] o (SIM) Sistema de informações sobre a
mortalidade, do Ministério da Saúde, que no final do ano de 2016, foram registradas 37.345 mortes em
[[acidentes no trânsito]].
No Brasil, foi apenas no ano de 1897 que chegou o primeiro automóvel, quase 100 anos depois da
invenção do mesmo. Este veículo que ficou famoso, pertencia ao ativista José do Patrocínio. Foi esse
mesmo veículo, porém como empréstimo na mão de Olavo Bilac, que na cidade do Rio de Janeiro, mais
especificamente na Barra da Tijuca, provocou o primeiro acidente de trânsito no Brasil. O acidente ocorreu
, pois o poeta não sabia de fato dirigir, e colidiu com uma árvore.
A despeito de alguns acidentes depois, o Poder Público e o Automóvel Clube do Brasil começaram
mobilizações no sentido de melhor regulamentar a segurança dentro do trânsito. Fomentaram o debate
acerca de regras de circulação que protegessem tantos os pedestres, como os motoristas. Segundo
PONTES (2009) apud OLIVEIRA (1986) autoridades estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro,
começaram a levantar as questões de segurança no trânsito com maior celeridade. E conseguiram, no ano
de 1903 criar a primeira concessão da licença para dirigir. Ocorrendo que posteriormente ?em 1906,
adotou-se no país o exame obrigatório para habilitar motoristas?.
No ano de 1954, após a histórica e trágica morte de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck assumiu o
poder do país com a promessa de ?fazer 50 anos em 5?, o que ficou conhecido como plano Kubitscheck.
[[Com a nova]] roupagem da política brasileira, dois aspectos foram muito difundidos no país: a
Construção de Brasília como cidade satélite e [[a criação da]] cultura automobística nacional.
O projeto arquitetado por Kubitscheck possuía metas ousadas e que angariavam um crescimento
econômico para o país até então não vislumbrado. Seus planos de governo eram voltados prioritariamente
nas áreas de infra-estrutura, o que incluía a construção de caminhos de estradas, pois o que o Presidente
vislumbrava era que as mesmas pudessem acompanhar a fabricação crescente que estava ocorrendo de
automóveis.
A partir dos eventos supracitados, e do fomento governamental a introdução de carros nas ruas, o
automóvel, antes tido como artigo de luxo, começou a se tornar um item popular. Consumido em massa
pela classe média, o que demonstra que na época houve um crescimento exponencial em nível social-
econômico da sociedade brasileira.
Houve a multiplicação constante das estradas que entrecortavam o país afora, houve a introdução de
avenidas e estacionamentos para acomodar o grande volume de veículos que passava então a circular
pelas ruas do país. Um fator a respeito disso é notório, grande parte das estradas e avenidas ficaram
centralizadas nas regiões sul e sudeste do país. Ficando restante das regiões com um nível de transporte
muito aquém em relação a São Paulo por exemplo. Esse desnivelamento ainda é visível no país, e não
tem perspectivas de mudança.
Consoante todo o exposto, conclui-se que a despeito da grande movimentação e volumes de veículos que
começaram a ser introduzidos no país, novas regras de trânsito e circulação precisaram ser
implementadas. Assim como a evolução do trânsito no Brasil tem surgido, os novos problemas também
surgem e necessitam de respostas estatais urgentes.
A responsabilidade civil no trânsito é um dos desdobramentos que surgem com a evolução desse aspecto
da vida civil. No que concerne a regulamentação legal, tal instituto está disciplinado dentro do Código Civil
, porém também pode estar relacionado com aspectos de responsabilidade criminal, visto que [[o número
de]] ilícitos penais que podem ser cometidos na direção veicular tendem a piorar conforme aumenta o fluxo
de trânsito. O modo como se instalou a cultura do trânsito no Brasil, demonstra que os anos prometidos

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 34 of 213

por Kubitschek vieram, porém, a estrutura que o país tinha não comportava tamanho crescimento. E acaba
por gerar um crescimento desenfreado, o que acaba por gerar muito [[acidentes de trânsito]], e
consequentemente amplia a responsabilidade do Estado e aponta a do particular.

O país ampliou sua rede de malha viária, mas de forma desordenada, sem planejamento, o Brasil nunca
conseguiu montar um sistema de trânsito que atendesse suas necessidades até os dias de hoje. Em 1986
[[o número de]] mortos no trânsito do Brasil havia sido o maior da história, alcançando segundo o Denatran
27.306 vítimas fatais. O trânsito não era prioridade, o dado não gerou repercussão na sociedade devido à
ignorância ao tema. Em 1987 o GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, hoje
extinto), órgão do Ministério dos Transportes publicou o livro [[Acidentes de trânsito]], flagelo nacional
evitável, onde especialistas mostravam que as vítimas de [[acidentes de trânsito]] era bem maior, o
Denatran computava apenas aqueles que morriam no local do acidente, desconsiderando aqueles que
eram encaminhados ao hospital e morriam após isso, chegaram à mais de 50.000 vítimas, mesmo assim
ainda não teve repercussão nascendo as expressões ?500.000 mortos? e ?Vietnam Brasileiro (FRANZ &
SEBERINO, 2012).

Aspectos como excesso de velocidade, somado a imprudência e má conservação das estradas,


sinalização precária, e a cultura de suborno na compra de carteiras de motoristas, sem estarem de fato os
mesmos preparados para dirigir formam o cenário atual de aumento anual na quantidade de [[acidentes de
trânsito]].

5.3 COMO SE DEU O INICIO DA [[LEI DE TRÂNSITO]]

A primeira [[lei de trânsito]] do mundo teria surgido na Inglaterra em 1836 (CASTRO, 2014), intitulada de
Lei da ?Bandeira Vermelha?, pelo fato de obrigar os motoristas a usar uma bandeira vermelha para alertar
os pedestres, além de limitar em 10 Km/h a velocidade máxima dos veículos.
Na Inglaterra também teria surgido o primeiro projeto de semáforo, formado por duas hastes que eram
movimentadas por policiais (CASTRO, 2014), da mesma forma que ocorrem com as cancelas. Além disso
, contava também com luzes coloridas operavam à gás, permitindo assim que fossem vistas à noite.
Entretanto, esta proposta não durou mais que um mês, pois o aparato explodiu ferindo o policial.

Figura 1 ? Primeiro projeto de semáforo

Fonte: Nogueira e Valente (2018)

O modelo atual de semáforo com três cores tal como o conhecemos foi desenvolvido pelo policial William
Potts [[nos Estados Unidos]] em 1920, segundo Castro (2014). Já em se tratando do cenário brasileiro, é
possível dizer que o primeiro [[Código de Trânsito]] do Brasil se deu na forma do Decreto-[[Lei nº 3.671
de]] 25 de setembro de 1941, sendo posteriormente substituído pela [[Lei nº 5.108 de]] 21 de setembro de
1966 e pelo [[Código de Trânsito Brasileiro]] atual, em vigor desde 1997 (NOGUEIRA; VALENTE, 2018).
Nogueira e Valente (2018) definem trânsito como o movimento de veículos e pedestres como um todo,
correspondendo a qualquer tipo de movimento ou deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um
ponto a outro. Com base no que diz o Código de Transito Brasileiro é possível dizer que o trânsito diz

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 35 of 213

respeito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, individualmente ou em grupos, conduzidos
ou não, a fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

[[De acordo com]] as definições estabelecidas pelo [[Código de Trânsito Brasileiro]], trânsito é tudo aquilo
que se movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independentemente do local em que
está. Com isso, pode-se falar que para tudo, utiliza-se o trânsito, até mesmo para pedir uma comida para
entregar em casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade (NOGUEIRA; VALENTE,
2018, p.22).

[[De acordo com]] Castro (2014) o diferencial [[do Código de]] 1997 é [[o fato de]] ter como base a
Constituição de 1988, a Convenção de Viena e o que foi acordado no Mercosul. Já no ano de 2012, foi
sancionada [[a Lei n]]º 12.619, que diz respeito ao exercício da profissão de motorista e altera a
Consolidação das Leis do Trabalho a fim de regular e disciplinar a jornada e [[o tempo de]] direção de
motoristas profissionais, entre outras questões. Mais especificamente, Nogueira e Valente (2018) apontam
que a Convenção de Viena, ou Convenção de Trânsito Viário teve o papel de padronizar a sinalização
viária, evento que ocorreu em 8 de novembro de 1968. Além disso, a sinalização de trânsito no Brasil
também se baseia nos manuais e tratados da Federal Highway Administration americana, como é o caso
do Manual on Uniform Traffic Control Devices for Streets and Highways (MUTCD).

5.4 PENALIDADES AO CONDUTOR

De fato, [[a lei seca foi]] instituída como uma forma de represaria [[em relação ao consumo de bebidas
alcoólicas e]] o uso desenfreado de veículos com as alterações mentais que essa acarreta, buscando
assim uma redução relativa nos acidentes com vítimas fatais ou não. Para Malta (2014) tal legislação foi
criada [[com o intuito]] primordial de tornar as normas mais rigorosas para aqueles condutores que
insistiam em dirigir sob o efeito do uso de álcool.
O estabelecimento dessa nova legislação foi essencial para uma sensível redução nos ditos crimes de
trânsito, como os casos de mortes e/ou problemas graves de saúde causados [[por acidentes de]]
automotor, entretanto ainda não era o suficiente para que o objetivo essencial fosse alçado, que seja, uma
redução mais drástica nesses fatos, o que levou a um novo debate acerca das relações sociais no interior
do trânsito. Devemos notar que é essencial entendermos a legislação como pedagógica no ato de punir o
indivíduo que descumpra tal e para isso foi retomado a questão no interior do legislativo brasileiro, se
buscando alternativa [[a lei seca]] já existente, mas que, porém, não apresentava uma eficácia esperada.
É nesse contexto que segundo Malta (2010), houve a necessidade da promulgação de uma nova
legislação que versasse acerca do tema, o que surgiu no ano de 2012 com [[a promulgação da Lei]]
12.760 de 20 de dezembro de 2012, também conhecida como Nova Lei Seca, alterando a Lei número
9.503 de 23 de setembro de 1997, que seja o [[Código de trânsito brasileiro]]. Havia no período [[que a
legislação anterior]] estava permeada por ?falhas?, havendo a necessidade de se repensar em um novo
molde, mais severo e rígido com relação a punição de seus atores, aplicando-se tal punição como uma
forma pedagógica, dobrando a sanção administrativa e facilitando ao agente da lei para que se verificasse
a embriaguez do indivíduo, que por diversas vezes se recusava na realização do exame no momento da
fiscalização por questões constitucionais que surgiram.
Diversas foram as alterações na legislação ao longo do tempo, tendo em vista diversas falhas que foram

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 36 of 213

se apresentando no momento das fiscalizações e o baixo índice na redução da mortalidade e dos


acidentes de forma geral. Em um primeiro momento se tornou complicado a aplicação diante da
dificuldade em se comprovar a embriaguez, tendo em vista que esta só seria possível diante de um exame
de sangue ou por meio dos bafômetros que ainda eram demasiadamente caros para o Estado, bem como
pela possibilidade de recusa em se realizar o exame, tendo em vista [[que a Legislação]] brasileira
protege o indivíduo de produzir provas contra si mesmo, porém não seria superior ao ato do agente
público em atuar na defesa da coletividade, havendo um debate muito grande em torno do assunto.
Após uma alteração da legislação, foi possível que o agente público de segurança provasse os fatos por
meio de testemunhas e câmeras que filmam a atuação deste em sua rotina. Outra mudança importante é
aplicável ao bolso, forma pedagógica que alterou os valores [[de R$ 957,70, se]] tornando muito mais
rigorosa, passando a contabilizar R$ 1.915,40.
Assim como os valores, [[a quantidade de]] dosagem no sangue também passou a ser mais rigorosa, que
segundo Alves (2014), passou [[de 0,1 mg/L]] no ar advindo do pulmão para 0,05 mg/L. Atualmente a Lei
[[se tornou ainda mais rigorosa]], não se admitindo nenhuma dosagem, e a multa chegando ao valor de R
$ 2.934,70, sendo instaurado processo administrativo com a perda da licença para dirigir pelo período de
12 meses, e nos casos em que resultem em acidente com vítimas, podendo o indivíduo ser punido
conforme o Código Penal Brasileiro, inclusive com penas restritivas de liberdade.

5.5 O CONCEITO HUMANO E CONDUTA SOBRE AS CAUSAS DE [[ACIDENTES NO TRÂNSITO]]


PROVOCADOS PELA EMBRIAGUEZ

Com o desenvolvimento dos meios de comunicação (televisão, rádio, internet, jornais e revistas)
necessários e importantes no mundo atual, a velocidade de disseminação da informação aumentou
rapidamente, envolvendo um grande número de pessoas. Como resultado, histórias sobre [[acidentes de
trânsito]] e mortes envolvendo álcool e direção estão se tornando cada vez mais comuns.
Muitas vezes, esses eventos acabam sendo desastres, onde a vida se extingue ou várias consequências
persistem ao longo dos anos, o que nos deixa confusos, pois, apesar de várias campanhas que falam
sobre esse assunto e suas consequências, como, por exemplo: altos índices de mortes. , no entanto,
ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto e a principal delas está relacionada aos perigos [[de dirigir
sob]] o [[efeito do álcool]]. Mas por que esse tipo de morte continua acontecendo? Existe algum problema
com o programa de treinamento para futuros motoristas? (CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE
E ÁLCOOL, 2014).
As consequências associadas [[ao consumo de álcool]] significam uma redução da capacidade: de ver a
velocidade real a ser percorrida, de ver potenciais obstáculos na estrada e de manter o controlo do veículo
. Com isso, o motorista tem grande dificuldade de visualizar, por exemplo, uma motocicleta ao seu lado ou
um pedestre atravessando a via. Além disso, motoristas [[sob efeito do álcool]] enxergam apenas o que
está à sua frente, reduzindo sua visão periférica, o que dificulta sua reação diante de uma situação ruim ou
qualquer acontecimento, que pode levar ao pior. cenário de caso, acidente [[de trânsito com]] vítimas

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 37 of 213

fatais (MORENO, 1998 apud DOS SANTOS NASCIMENTO; GARCIA, 2009).


O comportamento de motoristas embriagados varia [[de pessoa para pessoa]] e depende da [[quantidade
de álcool]] consumida, levando a diferentes tipos de reações: da felicidade à depressão, e talvez até
agressividade. Desta forma, uma pessoa com comportamento autodestrutivo, longe de sua boa condição
física e mental, pode dirigir?

5.5.1 CONCEITO

A palavra álcool tem vários significados, desde uma classe de compostos orgânicos, em toda a sua
estrutura, um ou mais grupos hidroxila (?OH) ligados a carbonos saturados, a óleos e solventes. Mas no
caso das bebidas alcoólicas, onde [[o álcool é]] um de seus componentes, a palavra álcool indica, neste
caso, etanol (CH3CH2OH), também conhecido como álcool etílico (C2H5OH). A substância em questão é
composta por moléculas contendo dois átomos de carbono (C), cinco átomos de hidrogênio (H) e um
grupo hidroxila (?OH) e possui as seguintes características: ser líquida à temperatura ambiente, incolor,
volátil, em chamas e totalmente . Solúvel em água.
A utilização do etanol se dá em diversos ramos da indústria como: nas indústrias de combustíveis,
perfumaria, farmacêutica e de bebidas. Historicamente, as relações humanas têm sido dominadas pelo
álcool. Como prova disso, estão as primeiras descobertas arqueológicas de álcool pelo homem, datadas
de 6000 AC. É claro que essa antiga prática de beber álcool foi preservada por muito tempo e está
associada à cultura. Entre [[as bebidas alcoólicas]] relatadas no período antigo (Medium) havia duas que
eram consideradas populares e potáveis: o vinho e a cerveja. Apesar de serem amplamente consumidas
pela sociedade da época, não se sabe explicar o processo de produção dessas bebidas por meio da
fermentação da uva, no caso do vinho, e da cevada, no caso da cerveja. (KRAUSZ, 2003 apud LEAL; DE
ARAUJO; PINHEIRO, 2013).

4.5.2 DISPUTAS DE VELOCIDADE NO TRÂNSITO

Observa-se que [[a Lei nº 12.971, de]] 09 de maio de 2014 alterou o Código de 1997, introduzindo uma
série de inovações, como é o caso das alterações nos tipos de quatro delitos já previstos em lei
(PORTELA, 2015), sendo eles lesão e morte culposa no trânsito, embriaguez ao volante e participação em
disputas automobilísticas não autorizadas, comumente chamadas de ?racha?.
[[A Lei n]]º 12.971/2014 previu um período de vacatio legis, programando a sua entrada em vigor apenas a
partir do dia 01 de novembro de 2014. Não custa lembrar que a lei não teve eficácia nesse período de
suspensão de sua vigência nem mesmo para beneficiar o réu, segundo entendimento do STF, uma vez
que o referido interstício de prova pressupõe a possibilidade de que a norma seja revogada. O que não
impede, no entanto, a eficácia retroativa da lex melior, afetando inclusive os fatos praticados no período de
vacância, quando efetivamente entrar em vigor o diploma legislativo, conforme regra corriqueira de
aplicação e interpretação das normas penais, que reflete um dos corolários do princípio da legalidade
(PORTELA, 2015, p.14).
Já as alterações administrativas, são descritas por Portela (2015) como um substancioso incremento das
sanções pecuniárias (multas) envolvendo disputas de corridas, promoção e participação em competições
de perícia veicular que não possuem autorização, ultrapassagem na contramão, em local impróprio e
passagem forçada entre veículos em sentidos opostos.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 38 of 213

Em seu estudo, Giareta (2016) interpreta o racha partindo da noção de crimes de mera conduta e lesão,
sendo que o primeiro conta com um resultado naturalístico, na forma de crimes de simples atividade ou
merca conduta (desvalor da conduta), e o segundo conta com resultado jurídico, na forma de delitos de
lesão (desvalor do resultado).
Figura 2 ? Inovações [[da Lei n]]º 12.971/2014

Fonte: Governo de Goiás (2016)

Além disso, os crimes de trânsito também podem, em seu entendimento, ser classificados entre próprios e
impróprios, sendo que os delitos próprios de trânsito se configuram como aqueles que só podem ser
cometidos no contexto da circulação de veículos (GIARETA, 2016). Como é o caso de racha, embriaguez
ao volante, direção sem habilitação, velocidade incompatível com um determinado espaço e entrega de
direção de veículo a pessoas inaptas para tal atividade. Já os delitos impróprios não dependem
exclusivamente do contexto da circulação de veículos, a exemplo do homicídio culposo.
Portanto, Giareta (2016) descreve em primeiro lugar o racha como uma conduta socialmente reprovável
que expõe a comunidade à um perigo concreto, considerando como um delito próprio. Neste sentido,
chama a atenção para [[o fato de]] que a lei de 2014 alterou no artigo 308 o termo ?dano potencial? por
?gerando situação de risco?. O que implica em dizer que no primeiro caso existe apenas a especulação
acerca da possibilidade de dano, enquanto que o termo ?gerando situação de risco? aponta para uma
possibilidade concreta de risco à integridade física.

Observe-se que a redação do tipo básico, bem como a suas penas (detenção de dois a quatro anos e
proibição ou suspensão de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor) foram
mantidas. Trata-se de um crime culposo, que, portanto, sempre ensejará a substituição da pena privativa
de liberdade pela restritiva de direitos, cumpridos os outros requisitos da legislação penal (ser o réu
primário e fazendo-se presentes as outras circunstâncias pessoais que recomendam a substituição)
(PORTELA, 2015, p.15).

Para Portela (2015), uma das principais inovações trazidas pela Lei nº 12.971/2014 se encontra no inciso
segundo do artigo 302, no qual se tipificam duas formas qualificadas de homicídio culposo, o cenário
formado por capacidade psicomotora alterada do condutor em decorrência de embriaguez alcoólica ou
causada por outra substância entorpecente, ou então o cenário formado por óbito decorrente de corridas,
disputas, competições e demonstrações de perícia veicular que não foram permitidas pela autoridade de
trânsito, como é o caso do racha.

5.5.3 EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Os motoristas brasileiros convivem diariamente em meio a diversas questões polêmicas que se espalham
rapidamente pelo país, uma delas diretamente relacionada à ligação entre [[bebidas alcoólicas e]]
condução de veículo automotor. Todos os anos, milhares de pessoas são vítimas de [[acidentes de
trânsito]] causados ??por motoristas irresponsáveis ??que associam [[beber e dirigir]] veículo automotor.
Essa combinação de embriaguez ao volante, devido ao seu enorme poder destrutivo, causou alvoroço
entre os que a presenciaram, motivo pelo qual notícias sobre o tema foram amplamente divulgadas pela

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 39 of 213

mídia.
Para tanto, o governo se mobilizou e, após muitas discussões sobre o tema, editou [[a Lei nº 11.705, de]]
19 [[de junho de]] 2008, popularmente [[conhecida como "Lei Seca]]", cujo objetivo é combater o problema
do alcoolismo e um dos suas ferramentas é A natureza punitiva da nova lei (NUNES, 2013).
Mas antes de entrarmos no hype em torno [[de dirigir embriagado]], alguns conceitos devem ser melhor
compreendidos. [[Código de Trânsito Brasileiro]] (CTB), promulgado em seu Art. pela [[Lei nº 9.503 de]] 23
de setembro de 1997. 1º, § 1º, Trânsito é ?a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isoladamente ou em grupos, conduzidos ou não tripulados, para circulação, estacionamento,
estacionamento e operações de carga e descarga?. Este conceito deve ser levado em consideração, pois
ao nos deslocarmos devemos obedecer as regras de trânsito independentemente do meio de transporte
que utilizamos.

4.5.3.1 Como [[o álcool é]] absorvido pelo organismo

O álcool proveniente do uso [[de bebidas alcoólicas]], dependendo da quantidade consumida, causa
diversos efeitos no corpo humano. Mas antes de enunciar os resultados de sua inclusão, é muito
importante definir alguns conceitos que colocarão o aluno no problema em questão (CARLINI et al., 2001).
[[Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS]]), medicamento é ?qualquer entidade química ou
mistura de entidades (mas excluindo aquelas necessárias para manter a saúde, como água e oxigênio),
que altera a atividade biológica e possivelmente sua estrutura?. Em outras palavras, medicamento é toda
substância capaz de alterar o funcionamento dos organismos, física ou comportamentalmente (OMS9,
1981 apud CARLINI et al.; 2001). Outra explicação relevante diz respeito à definição do termo droga
psicotrópica.
Segundo a OMS (1981 apud CARLINI et al.; 2001), psicofármacos são aqueles que "agem [[no Sistema
Nervoso Central]] (SNC) produzindo alterações de comportamento, emoções e compreensão, com boas
propriedades reforçadoras e, portanto, dependentes de comportamento." (uso não autorizado de
medicamento). Isso significa que os psicotrópicos são aqueles sujeitos à dependência (OMS, 1981 apud
CARLINI et al.; 2001).
E por que é necessário entender esses conceitos? Segundo Carlini et al. (2001), Apesar do
desconhecimento de muitas pessoas, o [[álcool também é]] considerado uma droga psicoativa, pois atua
[[no Sistema Nervoso Central]], provocando uma mudança no comportamento de quem o bebe, além de
poder desenvolver dependência.
[[O álcool é uma]] das poucas drogas psicotrópicas aceitas e promovidas pela sociedade. Essa é uma das
razões pelas quais ela é vista de forma diferenciada em relação a outras drogas (CARLINI et al., 2001, p
.12). Segundo estimativas da [[Organização Mundial da Saúde (OMS), em]] 2004, dois bilhões de pessoas
no mundo consumiam álcool (WORLD HEALTH ORGANIZATION10, 2007 apud DOS SANTOS
NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
Com base nesses dados, a indústria [[de bebidas alcoólicas]], para continuar divulgando a imagem de
seus produtos e atrair um grande número de consumidores, tem como principal estratégia: investir no
mercado publicitário. Nesse caso, criam campanhas publicitárias que conectam a imagem da marca com
artistas e pessoas de grande amor e apreço popular, além de explorar alguns elementos que despertam a
atenção do público: praias, mulheres e festas.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 40 of 213

Após essas informações, podemos mensurar o quão destrutivo e destrutivo é o poder do álcool, que
pode afetar o organismo de diversas formas. Isso, claro, depende da [[quantidade de álcool]] consumida e
dos detalhes de como cada órgão humano processa o álcool, o que pode causar um efeito maior ou menor
no organismo. Além disso, é importante ressaltar que os efeitos do álcool causam outros distúrbios que
afetam outros aspectos do trabalho de uma pessoa, como na família e no trabalho.

5.5.3.2 Métodos de verificação [[do álcool no]] sangue

Desde 2012, está em vigor no Brasil [[a Lei Seca]] (Lei Nº 12.760/2012), delimitando que [[dirigir sob a
influência de álcool ou]] qualquer outra substância psicoativa se configura como infração gravíssima, para
a qual cabe punição na forma [[de multa e suspensão do direito de dirigir]], bem como retenção do veículo
(SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014).
Observa-se que o risco relativo de se envolver em um fatal acidente de trânsito entre motoristas que
contam com uma taxa de alcoolemia entre 0,5 e 0,79 gramas [[de álcool por]] litro de sangue chega a ser
sete vezes maior em comparação com motoristas que não possuem álcool no organismo. Entretanto,
Souza, Hi e Gonzalez (2014) também consideram que não existe consenso em torno dos falsos positivos
que podem ser acusados em decorrência do consumo de alimentos e medicamentos que tenham álcool
em sua composição, ou então antissépticos bucais.
Se o teste para [[a detecção do teor alcoólico]] no organismo de uma pessoa for realizado através do
etilômetro, a presença da substância pode provocar um resultado positivo, desde que o teste seja
realizado imediatamente após o consumo (DPRF, 2013). [[De acordo com]] relatórios da Organização
Mundial de Saúde de 2011, o uso prejudicial do álcool resulta em cerca de 2.5 milhões de mortes todos os
anos. Aproximadamente 320.000 jovens entre 15 e 29 anos morrem de causas relacionadas [[com o
álcool]], resultando em 9% das mortes neste grupo. [[O álcool é]] o terceiro maior causador de doenças no
mundo, o primeiro no Pacífico Ocidental e nas Américas e o segundo maior na Europa (SOUZA; HI;
GONZALEZ, 2014, p.2).
Conforme Prates (2012) existem atualmente três métodos principais para [[a detecção do]] nível da
presença de etanol em um organismo: O método enzimático, baseado na utilização de saliva como matriz
e na aplicação de reagentes ao álcool, como é o caso de desidrogenase e álcool oxidase. Há aquele em
que se utiliza o ar exalado como matriz com o objetivo de se gerar uma corrente elétrica que sempre será
proporcional à concentração de etanol ingerido devido a um processo de oxidação de moléculas.
E por fim, existe ainda um método baseado em cromatografia gasosa com detector de ionização em
chama (CG-DIC), acoplado com técnica de extração em espaço confinado, tendo como objeto de estudo o
sangue (PRATES, 2012). Em seu estudo, também apresenta um resumo das principais metodologias e
suas limitações.

Quadro 1 ? Comparação entre as metodologias para a análise de etanol e suas limitações


Fonte: Governo de Goiás (2016)

O álcool se encontra no topo da lista de substâncias tóxicas encontradas no cotidiano da toxicologia


forense pelo fato de que a maioria significativa de cenários envolvendo acidentes fatais, mortes
traumáticas, suicídios e crimes violentos contam com a participação de indivíduos alcoolizados (SOUZA;
HI; GONZALEZ, 2014).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 41 of 213

Compreende-se que [[o nível de]] etanol no sangue depende de três fatores principais, sendo eles a dose
ingerida, a velocidade de absorção pelo trato digestivo e a capacidade de eliminação pelo organismo por
meio da biotransformação e excreção. Entretanto, Souza, Hi e Gonzalez (2014) também apontam que a
velocidade de absorção também sofre a influência da [[quantidade de álcool]] ingerido, a ingestão ou não
[[ingestão de alimentos]] antes do consumo alcoólico, e a massa corporal, entre outras possibilidades.
No Brasil, a realização das análises toxicológicas com fins forenses em fluidos biológicos, é feita em
laboratórios que pertencem às Secretarias de Segurança Pública e nos Institutos Médico-Legais (IML) dos
respectivos estados. É importante levar em consideração não só a toxicocinética (absorção, distribuição,
biotransformação e excreção) e a toxicodinâmica (mecanismo de ação) da substância a ser analisada,
mas também o histórico, para que a escolha do material seja adequada, e sejam feitas as pesquisas de
xenobióticos (compostos químicos estranhos ao organismo) ou dos produtos originados da sua
biotransformação (SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014, p.3).
Conforme Prates (2012), a validação de uma metodologia depende de alguns parâmetros, como
especificidade, função da resposta, intervalo do trabalho, sensibilidade, exatidão, precisão, limite de
detecção, limite de quantificação e robustez.

5.5.3.3 Infração administrativa e penal ao condutor embriagado

Se um motorista visivelmente embriagado não é preso, isto certamente causará espanto e indignação na
população. Entretanto, esta atitude não é viável de pronto, pois [[de acordo com]] Gonçalves (2013), cabe
apenas a aplicação de medidas administrativas, como a apreensão da carteira e a retenção do veículo.
Portanto, Gonçalves (2013) afirma que não caberia nem mesmo a condução coercitiva do motorista à
delegacia de polícia ou qualquer outro local onde se pudesse realizar exame médico. Embora a recusa
permita a aplicação de penalidades e medidas administrativas. O que no entanto, não significa que o CTB
não tenha em seu bojo a previsão dos possíveis crimes de trânsito, o que efetivamente se encontra
delimitado nos artigos 291, 302, 303, 307, 308 e 309, e em se tratando especificamente do cenário de [[o
motorista se]] encontrar sob o [[efeito do álcool]], o artigo 306.

Para Gonçalves (2013), isto gera uma controvérsia, pois embora o texto seja claro ao definir o limite de
seis decigramas para a tolerância alcoólica, entende que para os delitos que não envolvam crimes, é
possível dizer que o limite de tolerância alcoólica seja de dois decigramas, tal como propõe o inciso
segundo do artigo 1º do Decreto nº 6.488/08.
[[De acordo com]] Silva (2017), a fim de atualizar o [[Código de Trânsito Brasileiro e]] endurecer as penas,
foi sancionado em 4 de Maio de 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, [[a Lei n]]º 13.281, sendo que
uma de suas principais inovações diz respeito ao valor das multas e o limite de [[suspensão da carteira]]
nacional de habilitação do motorista (Tabela 1).

Tabela 1 ? Valores atualizados das multas


Fonte: Silva (2017)

Silva (2017) chama a atenção para [[o fato de]] que os valores não eram reajustados desde 2001,
momento em que foi extinto o índice UFIR de referência, ficando estabelecido que o valor seria tabelado e
só poderia ser alterado novamente por meio de Lei Federal.
Em seu estudo, Rocha (2018) define o crime de embriaguez ao volante como uma norma penal em branco

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 42 of 213

e heterogênea, pelo fato de necessitar de complementação. Ou seja, as normas penais em branco podem
ser descritas como de conteúdo incompleto ou vago e que exigem complementação oriunda de outra
norma jurídica, como leis, decretos e regulamentos. Gonçalves (2013) menciona como crimes previstos
[[no Código de Trânsito]]:

5.5.3.4 Procedimento adotado pelo Estado caso o condutor se negue ao exame do etilômetro

É possível afirmar que o ordenamento jurídico brasileiro foi construído de forma que [[o indivíduo é]]
presumivelmente inocente, o que [[faz com que]] sua culpa deva ser comprovada mediante o devido
processo legal (GONÇALVES, 2013). Portanto, compreende-se que um cidadão não pode ser obrigado [[a
fazer o teste do]] etilômetro, devido ao entendimento de [[que o motorista]] não pode ser considerado
presumidamente alcoolizado nem tampouco produzir provas contra si mesmo, tal como prega o princípio
?nemo tenetur se detegere?.
A Carta Magna traz em seu artigo 5°, inciso LXVI: ?o preso será informado de seus direitos entre os quais
o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e do advogado?. Este direito
assegurado na Constituição Federal de 1988 apresenta-se como uma das variáveis do princípio do nemo
tenetur se detegere, o qual ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo (ROCHA, 2018, p.19).
Uma noção que encontra respaldo legal não apenas na Constituição de 1988, mas também na Convenção
Americana de Direitos Humanos, em específico em seu artigo 8º. No qual se definiu que toda pessoa
acusada de algum delito tem o direito a presunção de inocência até o momento em que se comprove
legalmente sua culpa (GONÇALVES, 2013).
Neste sentido, Gonçalves (2013) chama a atenção para [[o fato de]] que a tendência predominante no
universo doutrinário é a de entender que as normas internacionais de direitos humanos estão acima do
ordenamento jurídico de cada Estado, pelo fato de exprimirem certa consciência ética universal.
Observa-se que originalmente, a configuração de infração administrativa implicava na constatação de
concentração de seis decigramas [[de álcool por]] litro de sangue, tal como delimitado pelo artigo 276 [[do
Código de Trânsito]] (SILVA, 2017). Entretanto, esse texto legal não se mostrava efetivo pois os motoristas
se recusavam a realizar os testes de alcoolemia ao entenderem que não deveriam produzir provas contra
si mesmo, tal como prega a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Ou como expõe Gonçalves (2013), ?Então, uma dúvida surge: como [[fazer o teste do bafômetro]] sem
assumir a culpa, respeitando o princípio da não incriminação, o Nemo tenetur se detegere? (GONÇALVES
, 2013, p.11). Diante desta situação, buscou-se por meio [[da Lei n]]º 11.275/2006 alterar o artigo 165 [[do
Código de Trânsito]], objetivando dispensar a medição alcoólica, bastando a análise de aspectos
característicos de embriaguez no motorista por parte do agente de trânsito (SILVA, 2017).
Nota-se, que a diferença deste artigo foi quanto à [[suspensão do direito de dirigir]]. O condutor de veículo
automotor que infringir o artigo 165 do CTB, atualmente, terá [[o direito de dirigir]] [[suspenso por doze (12)
meses]]. Sob a égide da norma anterior, a pena da [[suspensão do direito de dirigir]] variava [[de acordo
com]] o que estabelecia o artigo 261 do CTB (SILVA, 2017, p.7).
É possível observar alterações semânticas que evidenciam o rigor do novo ordenamento jurídico, como é
o caso do artigo 277 [[do Código de Trânsito Brasileiro]], pois a expressão ?sob suspeita de haver
excedido os limites previstos no artigo anterior? foi substituída por ?sob suspeita [[de dirigir sob a
influência de álcool]]?. Em resumo, Silva (2017) afirma [[que o motorista]] que [[se recusar a]] participar do
teste de alcoolemia será apenado em concordância com as medidas administrativas do artigo 165.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 43 of 213

5.6 HOMICIDIO NO TRÂNSITO DISCUTIDO SOBRE [[O QUE É]] CULPA OU DOLO

Em seu estudo, Teles (2019) defende que o dolo eventual se materializa a partir do momento em que o
agente prevê o resultado e o aceita, ao se mostrar indiferente quanto aos seus nefastos contornos. Para o
caso da culpa consciente, o agente igualmente prevê o resultado, entretanto, não assume o risco de
produzi-lo nem tampouco o aceita, ao acreditar que tal desfecho dificilmente ocorreria por se sentir capaz
de evitá-lo. Portanto, observa-se que as diferenças entre estes dois conceitos são bastante sutis,
dificultando assim, a aplicação pelo magistrado.
Conforme a literatura e outros estudos acerca do tema, pode-se verificar que este assunto é controverso,
sensível e de muitas discussões acaloradas, já que a tipificação do dolo, tendo como base a embriaguez
voluntária, não pode ser banalizada, sob pena do menosprezo das decisões judiciais. É fato que a
manifestação veemente da sociedade, por si só, não detém competência a transformar condutas
cristalinas culposas, em dolosas ou vice-versa (ARAUJO, 2015, p.57).

Soma-se a isso [[o fato de]] não ser possível acessar a mente do agente no momento de sua conduta,
levando ao insólito desfecho, a fim de avaliar com mais clareza se este ente agiu ou não dolosamente.
Assim, Teles (2019) defende que [[o ideal é]] afastar a análise subjetiva e se aferrar as circunstâncias
objetivas e elementos do tipo no caso concreto, a exemplo do cenário em que o crime ocorreu, de que
forma se concretizou (o desfecho) e a culpabilidade do agente, de forma delinear da melhor forma possível
a situação fática.
Ou como expõe Araújo (2015), para todos os efeitos a diferenciação entre o dolo eventual e a culpa
consciente acaba tendo como base de apoio os fatores psicológicos de quem está analisando o caso, o
que abre espaço para divergências doutrinárias e jurisprudenciais, insegurança jurídica em suma.
No entendimento de Teles (2019), o atual Código Penal trata o crime doloso como a regra, e a culpa como
exceção, visto que a culpa deve estar prevista no próprio tipo penal, o que no entanto, não significa dizer
que o dolo eventual possa ser configurado de forma automática sem antes se analisar as circunstâncias
fáticas do caso em questão. ?Destarte, não se pode generalizar a imputação a título doloso de forma
imperativa. Faz-se necessário examinar as particularidades do caso concreto? (ARAÚJO, 2015, p.57).
Em que pese a subjetividade da questão, Araújo (2015) considera como fundamental a manifestação de
uma certeza em matéria da exteriorização da vontade do agente e comprovação probatória a fim de que
não sejam feridos dois princípios basilares do direito, a presunção de inocência e o ?in dubio pro réu?.
Levando em consideração que apesar da comoção social que possa surgir em torno de um caso, seria
uma leviandade definir como dolo eventual todo cenário formado por homicídio praticado por condutor sob
efeito [[de bebida alcoólica]], em específico quanto restar dúvida quanto ao animus dolandi.
Conforme Teles (2019), permanecendo duvidas acerca da aplicação do dolo eventual e da culpa
consciente, esta última deve prevalecer em razão da primeira, levando em consideração o princípio do in
dubio pro reu, ou seja, pela falta de indícios suficientes que tragam alguma certeza sobre a presença do
dolo na conduta do agente que possam passar pelo escrutínio do Tribunal do Júri, cabe ao magistrado
aplicar a situação mais benéfica ao réu.

E Teles (2019) segue nesta mesma linha, ao afirmar que a teoria da culpa consciente para os crimes de
homicídio no trânsito deva ser aplicada nas hipóteses em que o ente a ser julgado não assume o risco do
resultado, repudiando assim, o resultado não desejado. Uma aferição que não deve ser feita a partir da
análise de elementos subjetivos, mas por critérios objetivos e elementares do tipo.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 44 of 213

Entretanto, chega-se a conclusão de que para ser possível a aplicação do dolo eventual, não chega a ser
necessário que a vontade do agente seja constatada, mesmo por que isso depende quase que
exclusivamente de uma confissão do agente, o que raramente ocorre (TELES, 2019).
Levando em consideração o que foi exposto, Teles (2019) considera que as alterações propostas pela lei n
º 13.546/2017 tem o objetivo de sanar dúvidas e preencher lacunas em matéria da aplicação do dolo
eventual e culpa consciente para os casos envolvendo crimes de trânsito, embora esta iniciativa não tenha
sido inteiramente bem sucedida.

5.7 JURISPRUDÊNCIA SOBRE HOMICÍDIOS OCORRIDOS PROVENIENTES DE PESSOAS


EMBRIAGADAS NO TRÂNSITO BRASILEIRO

Em artigo para a página virtual do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (2020), é
discutido se o crime de embriaguez ao volante se configura como crime de homicídio culposo na direção
de veículo automotor. E observa-se a existência de duas correntes distintas, uma desfavorável a este
entendimento e uma favorável.
Entre aqueles que não acreditam nesta tese, reside o entendimento de que não há que se falar em
absorção do crime de embriaguez ao volante pelo crime de homicídio culposo, pois o primeiro delito não
se configura como meio necessário nem tampouco consistiu de fase de preparação ou execução do
segundo (TJDFT, 2020).

Já entre aqueles que defendem a tese, reside o entendimento de que o crime de embriaguez ao volante é
antefato impunível do crime de homicídio culposo no trânsito, pois a embriaguez na direção do veículo
automotor consistiu na violação do dever de cuidado apta à produção do desfecho de óbito, levando a
conclusão que é da essência do homicídio culposo a falta de zelo (TJDFT, 2020).

16/07/2015, Segunda Turma Criminal, Publicado no DJE: 22/07/2015).

CONCLUSÃO

De tudo o que foi visto, conclui-se que a embriaguez é mais do que o simples fato de consumir álcool,
verificamos que existem tipos e tipos de embriaguez. Além disso, é muito importante distinguir cada um
desses tipos e tipos de direito penal. Examinamos neste trabalho a responsabilidade penal de uma pessoa
com embriaguez patológica, atingimos o objetivo de discorrer sobre os tipos de embriaguez, sua
culpabilidade, e analisamos as possíveis formas de prender o réu culpado que padece desta patologia e
passar. estas condições.
Como já discutimos, quando falamos em embriaguez patológica, fica sempre muito claro que se trata de
um problema mental, onde a ação de uma pessoa que ingere bebidas alcoólicas a deixa embriagada, até
privá-la da compreensão consciente de suas ações, o que o torna parcial ou completamente incapaz de
distinguir de transgressão. A lei penal deve entender que a embriaguez patológica é uma doença mental e
quando determina a incapacidade de toda a pessoa compreender a incorreção da verdade, torna-a
inocente e inclui em si a hipótese de absolvição, conforme confirmado no art. 26, do CP.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 45 of 213

Além disso, vejamos que o paciente patológico quando comete um ato punível, dado o estado reduzido de
força, não é pego e terá uma pena reduzida. No caso da embriaguez patológica, pode ser tomada como
medida protetiva que é considerada uma isenção injusta, com uma pessoa completamente incapaz de
enxergar a realidade ilícita. [[No caso de]] privação parcial da consciência, a pena pode ser reduzida de
um a dois terços. A embriaguez causada pela doença não é evidenciada pelo laudo da psicóloga da área
criminal.
Com o objetivo de se posicionar como pesquisa moderna, foram trazidos à discussão os autores que
conseguem manter a uniformidade em seus estudos, com ideias que podem romper a questão do tempo e
se manterem atuais por muito tempo, para que no futuro pode ser uma inspiração para novos
pesquisadores que queiram usar esta pesquisa como um referencial teórico para suas novas pesquisas e
sua maneira de fazer as coisas. A busca por esses trabalhos será feita por meio de bases de dados
universitárias, sites especializados na publicação de artigos científicos e trabalhos já publicados que
atendam ao tema aqui proposto.
Fica claro, portanto, a relevância de se fazer um estudo minucioso acerca desta temática, que em meios
acadêmicos, ainda é pouco desenvolvida, em comparação ao tamanho de sua contribuição para a ciência
como um todo. Em cima desta visão, é esperado, ao fim da apresentação, que o trabalho consiga
desenvolver o debate e responder as questões aqui desenvolvidas com o auxílio de periódicos da área,
com o objetivo de sanar quaisquer dúvidas que o leitor pode ter acerca do tema.
Por fim, é preterido, também, que o trabalho se coloque na mesma mesa dos especialistas da área,
podendo servir futuramente como material teórico para novas pesquisas que queiram fazer uma
abordagem ainda mais profunda, onde poderia utilizar o presente trabalho para tal objetivo, com a
finalidade de trazer essas ideias para a discussão com a ajuda de periódicos da área que realizam
pesquisas detalhadas e científicas, para que no futuro, esse trabalho seja colocado na mesma mesa com
especialistas e também possam servir como inspiração para novos estudiosos que queiram trazer uma
nova abordagem e que possam usar este trabalho como referência teórica.

REFERÊNCIAS

Metodologia MatrizLimitações
Enzimática SalivaAnálise colorimétrica indireta (metabólitos)
EletroquímicaAr exaladoBaixa reprodutibilidade
Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização em ChamaSangueMatriz de difícil acesso

GravidadeValor Anterior R$Valor Reajustado/2016 R$


Leve53,2088,38
Média85,13130,16
Grave127,69195,23
Gravíssima

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 46 of 213

=================================================================================
Arquivo 1: (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Arquivo 2: https://mundoeducacao.uol.com.br/curiosidades/lei-seca.htm (1592 termos)
Termos comuns: 97
Similaridade: 0,87%
O texto abaixo é o conteúdo do documento (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://mundoeducacao.uol.com.br/curiosidades/lei-seca.htm (1592 termos)

=================================================================================
Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho adequado ao modelo desejado

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 47 of 213

PROJETO DE PESQUISA

APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

A responsabilidade é um fator importante no trânsito, pois atitudes simples podem influenciar a vida das
pessoas, principalmente quando alguém decide ingerir [[bebida alcoólica e]], logo após, dirigir. [[Esse tipo
de]] situação nos leva a uma série de questionamentos que nos levam a questionar se a lei vigente que
trata especificamente do trânsito é justa e eficaz.
O uso abusivo de álcool [[é um problema]] grave da sociedade atual, sendo que esta é uma substancia
que causa dependência física e psíquica e tem sido cada vez mais comum encontrar adolescentes e
jovens que fazem uso indiscriminado de álcool e outras drogas. Sabe-se [[que o uso]] indiscriminado do
álcool faz com a pessoa se exponha e exponha outras pessoas a situações de risco, [[já que é]] uma
substancia capaz de afrouxar as noções de certo e errado. Dessa forma é comum, pessoas cometerem os
mais diversos crimes estando alcoolizadas.
Portanto, crimes envolvendo embriaguez, estão cada vez mais presentes nos tribunais brasileiros,
Silvestrim (2002) coloca que há diversos casos de imputabilidade, inimputabilidade e diminuição da
culpabilidade e aumento de pena em casos de embriaguez.
Sabe-se que casos de embriaguez estão cada vez mais comuns nos tribunais brasileiros. Como deve-se
proceder em um caso de um crime em que o réu estava sob influência do uso abusivo de álcool?

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROBLEMA

Atualmente há um alto índice de crimes cometidos [[após o uso]] abusivo de álcool, dessa forma o tema
está muito presente nos tribunais brasileiros, sendo tema de opiniões divergentes entre os juristas. Dessa
forma, o presente trabalho justifica-se pela importância que o tema tem não somente nas discussões
atuais no âmbito do direito, mas também nas discussões sociais sobre o alcoolismo e sua influencia sobre
o homem.
[[As bebidas alcoólicas]], diretamente relacionadas às grandes festas e comemorações, sempre fizeram

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 48 of 213

parte do cotidiano de nossa sociedade, independentemente do nível de escolaridade ou classe social.


Devido às suas propriedades e efeitos no corpo, tornou-se parte do nosso [[dia a dia]], tornando-se uma
das formas únicas para quem quer relaxar ou se divertir com responsabilidade, sem exageros. Além de
sua importância social para o consumidor, [[as bebidas alcoólicas]] desempenham um importante papel na
economia, pois a indústria de bebidas é uma importante fonte de receita e arrecadação de impostos, com
um grande mercado mundial.
Em 2008, em 19 de junho, foi instituída [[a Lei n]]º 11.705, conhecida como ?Lei Seca?, cujo objetivo era
reduzir [[o número de acidentes]] [[causados ??por condutores alcoolizados]] e, consequentemente,
diminuir [[o número de]] vítimas [[no trânsito brasileiro]]. Nesse caso, a referida lei prevê penalidades para
quem ingere bebidas alcoólicas e dirige veículos. Esta lei, além de definir o nível [[de álcool no sangue]]
que permite a um condutor conduzir embriagado, também define os meios necessários para provar que
embriagou. A fim de reduzir [[o número de]] motoristas embriagados, a lei também afetou a situação
financeira do motorista infrator.

METODOLOGIA

A metodologia consiste em uma variedade de parâmetros a partir da qual se viabiliza a realização de


pesquisa científica de modo organizado, bem delimitado e criterioso, gerando soluções para os problemas
levantados, hipóteses confirmadas/refutadas e objetivos sólidos, pertinentes e que se adequem ao estado
da questão em que o problema se insere (FONSECA, 2002). Conforme Severino (2002, p. 57), a
metodologia consiste num conjunto de métodos ou caminhos percorridos na busca do conhecimento,
sendo assim, a pesquisa é um conjunto de procedimentos sistemáticos fundamentados no raciocínio
lógico, objetivando encontrar soluções para problemas propostos, mediante utilização de métodos
científicos.
Devido à natureza da proposta que ora se apresenta, recorrerão metodologicamente à revisão bibliográfica
para a promoção de um estudo básico exploratório e qualitativo fundamentado em artigos científicos e
demais produções científico-acadêmicas que se mostrem úteis e pertinentes à pesquisa em tela. Como
revisão crítica, o foco se dará no conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável e sua devida
importância para os estudos em geografia.
[[O processo de]] geração de conhecimentos novos, compreendidos como úteis para avançá-lo cientifico,
segundo Gerhardt e Silveira (2009), apontam para uma direção da tipologia objetiva, gerando
conhecimentos novos, sendo esses embasados, sempre, em anteriores realizações que envolvam a
verdade e interesses universais.
Gil (2007), ao se debruçar [[a respeito da]] pesquisa de cunho exploratório, determina que estas pesquisas
têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento
de ideias ou a descoberta de intuições.
Goldenberg (1997) determina que, na pesquisa qualitativa, ?a preocupação do pesquisador não é com a
representatividade numérica do grupo pesquisado, mas com o aprofundamento da compreensão de um
grupo social, de uma organização, de uma instituição, de uma trajetória etc.?. [[A respeito do]]
procedimento metodológico utilizado para viabilizar a composição e estruturação desta pesquisa, onde foi

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 49 of 213

utilizada a revisão bibliográfica, destaca-se em conformidade com Santos (1999), que esta se comporta
como [[o processo de]] busca, seguida de análise e descrição de um conjunto de conhecimentos
consagrados na literatura científica que são retomados em meio à procura de respostas a uma pergunta
específica.
Ainda [[de acordo com]] Santos (1999), a pesquisa científica é o instrumento intelectual do homem para
responder às suas próprias necessidades. O ser humano, insatisfeito com a sua condição no mundo,
busca explicações e soluções para sair de sua insatisfatória zona de conforto ou de desequilíbrio, e usa a
pesquisa para reorganizar a sua condição e melhorá-la perenemente, em níveis biológicos, sociais e
transcendentais.
Günther (2006, p. 202) define a pesquisa qualitativa como sendo a ?primazia da compreensão como
princípio do conhecimento, que prefere estudar relações complexas ao invés de explicá-las por meio do
isolamento de variáveis. Uma segunda característica geral é a construção da realidade.?. [[De acordo
com]] uma definição de Van Maanen (1983), as metodologias qualitativas são compostas por um conjunto
de técnicas interpretativas, que têm por meta ?retraçar, decodificar ou traduzir fenômenos sociais naturais
, com vistas à obtenção de elementos relevantes para descrever ou explicar estes fenômenos?.
Para Zanelli (2002, p. 83), a abordagem qualitativa tem como principal intento ?buscar entender o que as
pessoas apreendem ao perceberem o que acontece em seus mundos?, sendo por esta razão, conforme o
teórico, ?muito importante prestar atenção no entendimento que temos dos entrevistados, nas possíveis
distorções e no quanto eles estão dispostos ou confiantes em partilhar suas percepções?.
As pesquisas qualitativas diferem das quantitativas, pois sua metodologia não se limita a registrar
simplesmente as frequências com que ocorrem determinados fenômenos. A princípio, utilizada nas áreas
de Antropologia e Sociologia, nos últimos trinta anos a pesquisa qualitativa passou a ser incluída em
outras áreas de estudo.
A pesquisa quantitativa segue rigorosamente um plano pré-estabelecido, onde as hipóteses são indicadas
de maneira clara e precisa, e a qualitativa normalmente é direcionada durante o transcorrer, sem a
preocupação básica de enumerar ou medir fatos e eventos, tampouco fazendo uso de instrumental
estatístico para a análise dos dados obtidos.
Silva e Menezes (2005, p. 20) estabelecem que haja uma relação intensa ?entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável do mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzida
em números?. Dessa forma, a partir da metodologia aqui descrita e adotada, se pretende alcançar [[o que
é]] requerido de uma pesquisa na área de licenciatura em geografia, adequada ao tema aqui abordado,
[[que é a]] sustentabilidade ambiental sob a luz do desenvolvimento.
A triagem será feita com base na correspondência com o tema e com o contexto que aqui é proposto,
além de contar com informações atualizadas contrastando com informações mais antigas, escritas em
outros contextos. Assim, a preferência se dá por fontes recentes e atualizadas, priorizando as informações
mais confiáveis e parcimoniosas acerca da temática.
Os critérios de inclusão foram: artigos que retratassem a temática presente nas bases de dados,
publicados no período do estudo, em português e inglês, relacionados aos descritores selecionados.
Critérios de exclusão: artigos que não retratassem a temática escolhida e que não estivessem associados
aos descritores selecionados. Posteriormente foi feita uma análise por meio de títulos e resumos suficiente
para o estudo em questão. Os dados serão avaliados através de interpretação, análises e comparações
de visões contrastantes de autores acerca dos assuntos trabalhados.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES, SUGESTÕES OU FORMAS DE ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 50 of 213

Compreende-se que a direção sob influência [[de bebidas alcoólicas]] ainda é um comportamento
recorrente na sociedade brasileira, sendo responsável por milhares de incidentes que podem resultar em
acidentes graves e óbito. E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem
como outras medidas tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum
indivíduo pode ser obrigado a produzir provas contra si mesmo, o que faz com que muitos motoristas se
neguem a participar do teste do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 [[do Código de Trânsito Brasileiro]] de 2014, mais especificamente o
parágrafo segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim de que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em primeiro
lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com este
comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso [[em caso de]] acidente de trânsito com fatalidades.
Com base nos dados evidenciados pela revisão de literatura foi possível observar que a legislação
brasileira [[no que diz respeito ao]] trânsito passou por diversas transformações ao longo das últimas
décadas, levando em consideração que a primeira legislação voltada para o trânsito surgiu apenas na
década de 40.
Em 1997 este ordenamento jurídico foi atualizado para acompanhar os ditames da Constituição de 1988 e
a Convenção de Viena, buscando desta forma padronizar a sinalização de trânsito. E novamente há uma
década a legislação foi novamente revisada e atualizada, sendo que em muitos casos outros
ordenamentos jurídicos podem e devem ser utilizados de forma subsidiária, como o Código Penal [[em
decorrência de]] cenários envolvendo crimes de trânsito, como atropelamentos e batidas que resultam em
óbito.
Necessário evidenciar [[que o número de]] automóveis em circulação vem mantendo tendência de
crescimento, além do surgimento do fenômeno dos motoboys, e entregadores de aplicativos, o que pede
pela atualização [[do código de trânsito]]. Haja vista que esta configuração de coisas contribui para a
desorganização do trânsito e incidentes marcados pela negligência e imprudência no volante. Dentre eles
a situação de embriaguez por parte do motorista. Neste sentido cabe avaliar até que ponto o indivíduo agiu
com dolo ou culpa a fim de que lhe caiba uma punição justa. Compreende-se que a direção sob influência
[[de bebidas alcoólicas]] ainda é um comportamento recorrente na sociedade brasileira, sendo
responsável por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes graves e óbito.
E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem como outras medidas
tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo pode ser obrigado
a produzir provas contra si mesmo, o que faz com que muitos motoristas se neguem a participar do teste
do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 [[do Código de Trânsito Brasileiro]] de 2014, mais especificamente o
parágrafo segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim de que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em primeiro
lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com este

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 51 of 213

comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso [[em caso de]] acidente de trânsito com fatalidades.
Observa-se que na maioria das vezes a pena é fixada no regime aberto, pois o principal interesse é
conscientizar a população em torno de um trânsito responsável. Portanto, nada impede que o juiz promova
a substituição por penas restritivas de direitos. O que traz a necessidade do desenvolvimento de outras
medidas complementares, a exemplo de campanhas educativas, endurecimento das penas e ações
fiscalizatórias mais estruturadas, estratégicas e que não sejam pontuais, com o objetivo de educar a
sociedade e punir os infratores, contribuindo assim para evitar que pessoas continuem promovendo
comportamentos que tragam risco a coletividade. Portanto, é possível dizer que a legislação de trânsito
[[no que diz respeito]] a direção sob influência do álcool passou por alterações qualitativas substanciais ao
longo dos últimos anos, o que pode ser entendido como reflexo de o tema passar a ser observado de
forma mais séria e rigorosa.

REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo começa tratando da história do trânsito, definição e sua origem e seu sistema rodoviário,
passando pela sua evolução histórica, conceitos, dentro de uma análise nos transportes rodoviários e suas
políticas adotadas, como também o que foi alterada na lei de trânsito.

5.1 HISTÓRIA DO TRÂNSITO

O nosso principal meio de locomoção, antes dos veículos, sempreforamos pés, sendo ato de caminhar.
Tempos depois tivemos outras invenções como a roda, dando assim a possibilidade de locomoção mais
rápida.
Desde o início os veículos como trenos, barcos, charretes, e carros de boi,visava somente o transporte de
bens, animais etc. e assim por último foram inventados os veículos para a locomoção de homens.
Visto que após o advento do veículo, veio a necessidade de melhorar as estradas. Segundo alguns
historiadores, muitos de alguns império foram construídos após a construção de estradas de melhor
qualidade e com isso garantindo a expansão e desenvolvimento, exemplos, os romanos, os persas. Os
Romanos foram considerados os grandes e peritos em construções de estradas, como uma rede viária de
terra sem pavimentação, mas com uma larga extensão de até 350.000 km, munidos de sinalizações e
indicações de direção e sendo os primeiros a criarem regulamentações de tráfego.
Os romanos também mostram na sua história que, constam os primeiros relatos de congestionamento na
Grécia antiga, relatos este, [[que o número de]] carro crescia e a população reclamava, pois, as ruas eram
estreitas e a locomoção era difícil.Somente no fim do século XVI, que os Romanos retomaram as
construções das estradas que foi essencial ao desenvolvimento do império até XIX.
Estradas que foram realmente de grande desenvolvimento após os romanos, foram as estradas de ferro.
Em 1771, foi constatado o primeiro automóvel criado pelo francês Nicholas Cugnot, com velocidade
estimada em 4 km por hora. No mesmo ano foi constatado o primeiro acidente automobilístico, por incrível
que parece, o acidente foi provocado pelo criador do carro, onde ao manobrar dentro do Quartel Real de
Vicenes (França), perdeu o controle e bateu no muro.
No ano de 1836 na Inglaterra, surgiu a primeira lei de trânsito, chamada a ?Bandeira Vermelha?, onde

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 52 of 213

limitava na velocidade em 10 km por hora e um homem ficava a frente dos veículos indicando o limite de
velocidade.
Segundo o dicionário, trânsito seria a ação de transitar, marchar ou trafegar. Um movimento de pedestres
considerados em seu conjunto, um tráfego. Um instrumento de agrimensor, destinado a determinar
ângulos horizontais. São tantas definições, em sentido concreto e sentido figurado. Porém, o trânsito que
este artigo se refere, [[diz respeito ao]] movimento de veículos e pedestres, coexistindo. Havendo dentro
deste, o deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um local para outro.
O trânsito é uma das vertentes da sociedade civil que surgiu com o aparecimento da modernidade, criação
de carros, necessidade de se locomover a distâncias longas em um curto espaço de tempo etc. O Estado
, portanto, para regulamentá-lo instituiu o [[Código de Trânsito Brasileiro]] (CTB). No seu art. 1°, § 1° do
CTB (CTB, 2009), estabelece-se que
Considera-se como trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

O Legislador se preocupou em coibir qualquer dúvida que houvesse quanto a conceitos referentes ao
direito de trânsito. O termo trânsito foi definido como: movimentação e imobilização de veículos, pessoas e
animais nas vias terrestres. Note-se que diferentes dos dicionários ordinários, o Código trouxe a palavra
imobilização. Ao adicionar esse termo, o Código incluiu dentro de seus pressupostos, a disciplina dos
carros que estejam estacionados também, equiparando também os que se encontram colocados em
lugares proibidos (FRANZ; SEBERINO,2012). Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) ainda

Analisando as definições estabelecidas pelo [[Código de Trânsito Brasileiro]], trânsito é tudo aquilo que se
movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independente do local em que está.
Podemos dizer que para tudo utilizamos o trânsito, até mesmo para pedir um produto para entregar em
casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade.

O [[Trânsito é um]] instituto que se encontra sempre em movimento legislativo. A seriedade com a qual o
assunto é tratado decorre do nível de risco e possíveis danos que a não regulamentação necessária pode
causar. Incluindo aspectos como [[a Lei Seca]], as Blitz policiais, regularização de documento, limite de
velocidade etc.
A origem de fato do fenômeno de trânsito, não pode ser mensurada e datada de uma época específica.
Visto que o homem sempre teve a necessidade de se locomover, primeiro para a sua sobrevivência física
e mais posteriormente para assuntos mais de cunho profissional etc. Mas independente do surgimento de
meios de transporte dos mais variados modelos: aquáticos, metroviários, aéreos, terrestres etc, o modo
mais antigo de locomoção é o próprio ato de caminhar.
Conforme conceitua HONORATO (2004) nas civilizações antigas, o protótipo de locomoção mais
avançado era do Império Romano que ?criou um sistema rodoviário com mais de 100.000 Km de extensão
? com intuitos militares, de locomoção das suas tropas. Veio dai o ditado popular que diz que todos os
caminhos levam a Roma. Segundo o Autor, o método de construção utilizado na confecção de tais
empreendimentos

Primeiro, o terreno era estaqueado, para ganhar rigidez. Depois, espalhava-se sobre ele bastante calcário
grosso ? o rudus -, o qual era bem socado. Por fim, vinha uma camada de calcário mais fino ? o nucleus ?

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 53 of 213

nivelado a capricho. E só então se assentava o revestimento final: grandes pedras chatas, rigorosamente
ajustadas, que proporcionavam uma superfície lisa, ótima de se pisar. O que era muito importante, pois, no
tempo dos romanos, os exércitos se deslocavam a pé (HONORATO, 2004).

A primeira evolução que de fato se relaciona com o modo como são feitos os modelos de transporte atuais
, foi a invenção da roda. Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) a primeira indicação que tem notícias a
despeito da figura da roda, é uma figura de roda, registrada em uma placa de argila, encontrada na
Suméria em 3.500 a.C. Muitos historiadores e cientistas consideram [[a criação da]] roda, a maior invenção
já feita pelo homem. Considerando seus aspectos primários e a evolução rápida e constante que ainda
sofre. Não se sabe ao certo, quem foram de fato seus inventores, mas cunha-se o feito aos povos da
antiga Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque, há cerca de 5.500 anos, sendo utilizado
primordialmente na época por oleiros na confecção, por exemplo, de cerâmica.
A despeito de contextos históricos minuciosos, muito tempo depois do referido período acima, durante a
Revolução Industrial na França, em 1789 é que de fato problemas concernentes ao trânsito começaram a
aparecer. Foi nesse período que foi criado o motor a combustão interna e começaram a ser fabricados os
primeiros automóveis.
Deslanchou a partir de então a produção maciça de carros com motor a combustão, o que superlotou de
forma extraordinária as ruas das grandes capitais. O trânsito caótico que grandes capitais como São Paulo
, por exemplo, vivem, é decorrente direto da fomentação que ocorreu no Brasil, da baixa de impostos para
a compra de carros, depois da era Kubitschek.
Porém esse fomento não esperava que houvesse tamanho despreparo do ponto de vista da estrutura das
cidades, para comportar tantos veículos de uma só vez. A implantação de políticas públicas atuais como
os transportes coletivos, é uma forma que o Ente estatal encontrou de tentar aliviar a pressão nos trânsitos
e prevenir, de certa forma o aparecimento de índices alarmantes relacionados a [[acidentes de trânsito]].

5.2 RESPONSÁVEIS POR ADMINISTRAR O TRÂNSITO BRASILEIRO

Dentro dessa evolução do trânsito com mercadorias, trouxe um enorme alavancada com a economia e as
políticas rodoviárias e leis de trânsito. No Brasil, foram implantadas as placas de sinalização em 1930,
após já terem os carros em circulação.
Em 1938 foi criado no Brasil [[o Departamento de]] Serviço de Trânsito ?DST, sendo o primeiro a adotar
regulamentação sobre a conduta no trânsito.Mais tarde em 1941 foi criado o CNT Código Nacional de
Trânsito, sendo que no mesmo ano foi criado CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) também foi
criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem).
Somente em 1997 que foi criado o CTB [[código de trânsito Brasileiro]] Lei 9.503 de 23 de setembro de
1997, o qual tem sua aplicabilidade até então.Tivemos uma evolução significativa [[no trânsito Brasileiro]]
atualmente em 2016, que demonstra o avanço das leis, o aumento da frota de veículos e o caos causado
por tantos veículos nas ruas e estradas ao mesmo tempo. Com isso um [[número de acidentes]]
gigantesco por motoristas imprudentes e despreparados.
Por anos a lei de trânsito vem procurando uma forma de responsabilizar os seus motoristas de seus
crimes de trânsito [[com o intuito de]] dar uma resposta aos familiares que perderam os seus entes
queridos e buscam por justiça. Declarando, mais do que mostrar a importância sobre a gravidade que é
conduzir um veículo automotor sob algum tipo de substância psicoativa. Mas demonstrar que a lei puni

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 54 of 213

com severidade, aqueles que a desobedecem.


Ou pelo menos aos poucos, criar leis, decretos, jurisprudência, que venham completar as lacunas
esparsas dentro do nosso ordenamento jurídico.[[De acordo com]] o (SIM) Sistema de informações sobre a
[[mortalidade, do Ministério da Saúde]], que no final do ano de 2016, foram registradas 37.345 [[mortes
em acidentes]] no trânsito.
No Brasil, foi apenas no ano de 1897 que chegou o primeiro automóvel, quase 100 anos depois da
invenção do mesmo. Este veículo que ficou famoso, pertencia ao ativista José do Patrocínio. Foi esse
mesmo veículo, porém como empréstimo na mão de Olavo Bilac, que na cidade do Rio de Janeiro, mais
especificamente na Barra da Tijuca, provocou o primeiro acidente de trânsito no Brasil. O acidente ocorreu
, pois o poeta não sabia de fato dirigir, e colidiu com uma árvore.
A despeito de alguns acidentes depois, o Poder Público e o Automóvel Clube do Brasil começaram
mobilizações no sentido de melhor regulamentar a segurança dentro do trânsito. Fomentaram o debate
acerca de regras de circulação que protegessem tantos os pedestres, como os motoristas. Segundo
PONTES (2009) apud OLIVEIRA (1986) autoridades estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro,
começaram a levantar as questões de segurança no trânsito com maior celeridade. E conseguiram, no ano
de 1903 criar a primeira concessão da licença para dirigir. Ocorrendo que posteriormente ?em 1906,
adotou-se no país o exame obrigatório para habilitar motoristas?.
No ano de 1954, após a histórica e trágica morte de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck assumiu o
poder do país com a promessa de ?fazer 50 anos em 5?, o que ficou conhecido como plano Kubitscheck.
Com a nova roupagem da política brasileira, dois aspectos foram muito difundidos no país: a Construção
de Brasília como cidade satélite e [[a criação da]] cultura automobística nacional.
O projeto arquitetado por Kubitscheck possuía metas ousadas e que angariavam um crescimento
econômico para o país até então não vislumbrado. Seus planos de governo eram voltados prioritariamente
nas áreas de infra-estrutura, o que incluía a construção de caminhos de estradas, pois [[o que o]]
Presidente vislumbrava era que as mesmas pudessem acompanhar a fabricação crescente que estava
ocorrendo de automóveis.
A partir dos eventos supracitados, e do fomento governamental a introdução de carros nas ruas, o
automóvel, antes tido como artigo de luxo, começou a se tornar um item popular. Consumido em massa
pela classe média, o que demonstra que na época houve um crescimento exponencial em nível social-
econômico da sociedade brasileira.
Houve a multiplicação constante das estradas que entrecortavam o país afora, houve a introdução de
avenidas e estacionamentos para acomodar o grande volume de veículos que passava então a circular
pelas ruas do país. Um fator a respeito disso é notório, grande parte das estradas e avenidas ficaram
centralizadas nas regiões sul e sudeste do país. Ficando restante das regiões com um nível de transporte
muito aquém em relação a São Paulo por exemplo. Esse desnivelamento ainda é visível no país, e não
tem perspectivas de mudança.
Consoante todo o exposto, conclui-se que a despeito da grande movimentação e volumes de veículos que
começaram a ser introduzidos no país, novas regras de trânsito e circulação precisaram ser
implementadas. Assim como a evolução do trânsito no Brasil tem surgido, os novos problemas também
surgem e necessitam de respostas estatais urgentes.
A responsabilidade civil [[no trânsito é um]] dos desdobramentos que surgem com a evolução desse
aspecto da vida civil. No que concerne a regulamentação legal, tal instituto está disciplinado dentro do
Código Civil, porém também pode estar relacionado com aspectos de responsabilidade criminal, visto
[[que o número de]] ilícitos penais que podem ser cometidos na direção veicular tendem a piorar conforme

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 55 of 213

aumenta o fluxo de trânsito. O modo como se instalou a cultura do trânsito no Brasil, demonstra que os
anos prometidos por Kubitschek vieram, porém, a estrutura que o país tinha não comportava tamanho
crescimento. E acaba por gerar um crescimento desenfreado, o que acaba por gerar muito [[acidentes de
trânsito]], e consequentemente amplia a responsabilidade do Estado e aponta a do particular.

O país ampliou sua rede de malha viária, mas de forma desordenada, sem planejamento, o Brasil nunca
conseguiu montar um sistema de trânsito que atendesse suas necessidades até os dias de hoje. Em 1986
[[o número de]] mortos no trânsito do Brasil havia sido o maior da história, alcançando segundo o Denatran
27.306 vítimas fatais. O trânsito não era prioridade, o dado não gerou repercussão na sociedade devido à
ignorância ao tema. Em 1987 o GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, hoje
extinto), órgão do Ministério dos Transportes publicou o livro [[Acidentes de trânsito]], flagelo nacional
evitável, onde especialistas mostravam que as vítimas [[de acidentes de trânsito]] era bem maior, o
Denatran computava apenas aqueles que morriam no local do acidente, desconsiderando aqueles que
eram encaminhados ao hospital e morriam após isso, chegaram à mais de 50.000 vítimas, mesmo assim
ainda não teve repercussão nascendo as expressões ?500.000 mortos? e ?Vietnam Brasileiro (FRANZ &
SEBERINO, 2012).

Aspectos como excesso de velocidade, somado a imprudência e má conservação das estradas,


sinalização precária, e a cultura de suborno na compra de carteiras de motoristas, sem estarem de fato os
mesmos preparados para dirigir formam o cenário atual de aumento anual na quantidade [[de acidentes de
trânsito]].

5.3 COMO SE DEU O INICIO DA LEI DE TRÂNSITO

A primeira lei de trânsito do mundo teria surgido na Inglaterra em 1836 (CASTRO, 2014), intitulada de Lei
da ?Bandeira Vermelha?, pelo fato de obrigar os motoristas a usar uma bandeira vermelha para alertar os
pedestres, além de limitar em 10 Km/h a velocidade máxima dos veículos.
Na Inglaterra também teria surgido o primeiro projeto de semáforo, formado por duas hastes que eram
movimentadas por policiais (CASTRO, 2014), da mesma forma que ocorrem com as cancelas. Além disso
, contava também com luzes coloridas operavam à gás, permitindo assim que fossem vistas à noite.
Entretanto, esta proposta não durou mais que um mês, pois o aparato explodiu ferindo o policial.

Figura 1 ? Primeiro projeto de semáforo

Fonte: Nogueira e Valente (2018)

O modelo atual de semáforo com três cores tal como o conhecemos foi desenvolvido pelo policial William
Potts nos Estados Unidos em 1920, segundo Castro (2014). Já em se tratando do cenário brasileiro, é
possível [[dizer que o]] primeiro [[Código de Trânsito]] do Brasil se deu na forma do Decreto-[[Lei nº 3.671
de 25 de]] setembro de 1941, sendo posteriormente substituído pela [[Lei nº 5.108 de 21 de]] setembro de
1966 e pelo [[Código de Trânsito Brasileiro]] atual, em vigor desde 1997 (NOGUEIRA; VALENTE, 2018).
Nogueira e Valente (2018) definem trânsito como o movimento de veículos e pedestres como um todo,
correspondendo a qualquer tipo de movimento ou deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 56 of 213

ponto a outro. Com base [[no que diz]] o Código de Transito Brasileiro é possível [[dizer que o]] trânsito diz
respeito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, individualmente ou em grupos, conduzidos
ou não, a fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

[[De acordo com]] as definições estabelecidas pelo [[Código de Trânsito Brasileiro]], trânsito é tudo aquilo
que se movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independentemente do local em que
está. Com isso, pode-se falar que para tudo, utiliza-se o trânsito, até mesmo para pedir uma comida para
entregar em casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade (NOGUEIRA; VALENTE,
2018, p.22).

[[De acordo com]] Castro (2014) o diferencial [[do Código de]] 1997 é o fato de ter como base a
Constituição de 1988, a Convenção de Viena [[e o que]] foi acordado no Mercosul. Já no ano de 2012, [[foi
sancionada a Lei n]]º 12.619, [[que diz respeito ao]] exercício da profissão de motorista e altera a
Consolidação das Leis do Trabalho a fim de regular e disciplinar a jornada e [[o tempo de]] direção de
motoristas profissionais, entre outras questões. Mais especificamente, Nogueira e Valente (2018) apontam
que a Convenção de Viena, ou Convenção de Trânsito Viário teve o papel de padronizar a sinalização
viária, evento que ocorreu em 8 de novembro de 1968. Além disso, a sinalização de trânsito no Brasil
também se baseia nos manuais e tratados da Federal Highway Administration americana, como é o caso
do Manual on Uniform Traffic Control Devices for Streets and Highways (MUTCD).

5.4 PENALIDADES AO CONDUTOR

De fato, [[a lei seca]] foi instituída como uma forma de represaria em relação [[ao consumo de bebidas
alcoólicas]] e o uso desenfreado de veículos com as alterações mentais que essa acarreta, buscando
assim uma redução relativa nos acidentes com vítimas fatais ou não. Para Malta (2014) tal legislação foi
criada [[com o intuito]] primordial de tornar as normas mais rigorosas para aqueles condutores que
insistiam em dirigir sob o efeito do uso de álcool.
O estabelecimento dessa nova legislação foi essencial para uma sensível redução nos ditos crimes de
trânsito, como os casos de mortes e/ou problemas graves de saúde causados por acidentes de automotor
, entretanto ainda não era o suficiente [[para que o]] objetivo essencial fosse alçado, que seja, uma
redução mais drástica nesses fatos, o que levou a um novo debate acerca das relações sociais no interior
do trânsito. Devemos notar que é essencial entendermos a legislação como pedagógica no ato de punir o
indivíduo que descumpra tal e para isso foi retomado a questão no interior do legislativo brasileiro, se
buscando alternativa [[a lei seca]] já existente, mas que, porém, não apresentava uma eficácia esperada.
É nesse contexto que segundo Malta (2010), houve a necessidade da promulgação de uma nova
legislação que versasse acerca do tema, o que surgiu no ano de 2012 com a promulgação da Lei 12.760
de 20 de dezembro de 2012, também conhecida como Nova Lei Seca, alterando a Lei número 9.503 de 23
de setembro de 1997, que seja o [[Código de trânsito brasileiro]]. Havia no período que a legislação
anterior estava permeada por ?falhas?, havendo a necessidade de se repensar em um novo molde, mais
severo e rígido com relação a punição de seus atores, aplicando-se tal punição como uma forma
pedagógica, dobrando a sanção administrativa e facilitando ao agente da lei para que se verificasse a
embriaguez do indivíduo, que por diversas vezes se recusava na realização do exame no momento da
fiscalização por questões constitucionais que surgiram.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 57 of 213

Diversas foram as alterações na legislação ao longo do tempo, tendo em vista diversas falhas que foram
se apresentando no momento das fiscalizações e o baixo índice na redução da mortalidade e dos
acidentes de forma geral. Em um primeiro momento se tornou complicado a aplicação diante da
dificuldade em se comprovar a embriaguez, tendo em vista que esta só seria possível diante de um exame
de sangue ou por meio dos bafômetros que ainda eram demasiadamente caros para o Estado, bem como
[[pela possibilidade de]] recusa em se realizar o exame, tendo em vista que a Legislação brasileira
protege o indivíduo de produzir provas contra si mesmo, porém não seria superior ao ato do agente
público em atuar na defesa da coletividade, havendo um debate muito grande em torno do assunto.
Após uma alteração da legislação, foi possível que o agente público de segurança provasse os fatos por
meio de testemunhas e câmeras que filmam a atuação deste em sua rotina. Outra mudança importante é
aplicável ao bolso, forma pedagógica que alterou os valores de R$ 957,70, se tornando muito mais
rigorosa, passando a contabilizar R$ 1.915,40.
Assim como os valores, [[a quantidade de]] dosagem no sangue também passou a ser mais rigorosa, que
segundo Alves (2014), passou [[de 0,1 mg/L]] no ar advindo do pulmão para 0,05 mg/L. Atualmente a Lei
se tornou ainda mais rigorosa, não se admitindo nenhuma dosagem, e a multa chegando ao [[valor de R]]
$ 2.934,70, sendo instaurado processo administrativo com a perda da licença para dirigir pelo período de
12 meses, e nos casos em que resultem em acidente com vítimas, podendo o indivíduo ser punido
conforme o Código Penal Brasileiro, inclusive com penas restritivas de liberdade.

5.5 O CONCEITO HUMANO E CONDUTA SOBRE AS CAUSAS DE ACIDENTES NO TRÂNSITO


PROVOCADOS PELA EMBRIAGUEZ

Com o desenvolvimento dos meios de comunicação (televisão, rádio, internet, jornais e revistas)
necessários e importantes no mundo atual, a velocidade de disseminação da informação aumentou
rapidamente, envolvendo um grande número de pessoas. Como resultado, histórias sobre [[acidentes de
trânsito]] e mortes envolvendo [[álcool e direção]] estão se tornando cada vez mais comuns.
Muitas vezes, esses eventos acabam sendo desastres, onde a vida se extingue ou várias consequências
persistem ao longo dos anos, o que nos deixa confusos, pois, apesar de várias campanhas que falam
sobre esse assunto e suas consequências, como, por exemplo: altos índices de mortes. , no entanto,
ainda existem muitas dúvidas [[sobre o assunto]] e a principal delas está relacionada aos perigos de dirigir
sob o efeito do álcool. Mas por que [[esse tipo de]] morte continua acontecendo? Existe algum problema
com o programa de treinamento para futuros motoristas? (CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE
E ÁLCOOL, 2014).
As consequências associadas [[ao consumo de álcool]] significam uma redução da capacidade: de ver a
velocidade real a ser percorrida, de ver potenciais obstáculos na estrada e de manter o controlo do veículo
. Com isso, o motorista tem grande dificuldade de visualizar, por exemplo, uma motocicleta ao seu lado ou
um pedestre atravessando a via. Além disso, motoristas sob efeito do álcool enxergam apenas o que está
à sua frente, reduzindo sua visão periférica, o que dificulta sua reação diante de uma situação ruim ou

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 58 of 213

qualquer acontecimento, que pode levar ao pior. cenário de caso, acidente de trânsito com vítimas fatais
(MORENO, 1998 apud DOS SANTOS NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
O comportamento de motoristas embriagados varia de pessoa para pessoa e depende da [[quantidade de
álcool]] consumida, levando a diferentes tipos de reações: da felicidade à depressão, e talvez até
agressividade. Desta forma, uma pessoa com comportamento autodestrutivo, longe de sua boa condição
física e mental, pode dirigir?

5.5.1 CONCEITO

A palavra álcool tem vários significados, desde uma classe de compostos orgânicos, em toda a sua
estrutura, um ou mais grupos hidroxila (?OH) ligados a carbonos saturados, a óleos e solventes. Mas no
caso das bebidas alcoólicas, onde o álcool é um de seus componentes, a palavra álcool indica, neste caso
, etanol (CH3CH2OH), também conhecido como álcool etílico (C2H5OH). A substância em questão é
composta por moléculas contendo dois átomos de carbono (C), cinco átomos de hidrogênio (H) e um
grupo hidroxila (?OH) e possui as seguintes características: ser líquida à temperatura ambiente, incolor,
volátil, em chamas e totalmente . Solúvel em água.
A utilização do etanol se dá em diversos ramos da indústria como: nas indústrias de combustíveis,
perfumaria, farmacêutica e de bebidas. Historicamente, as relações humanas têm sido dominadas pelo
álcool. Como prova disso, estão as primeiras descobertas arqueológicas de álcool pelo homem, datadas
de 6000 AC. É claro que essa antiga prática de beber álcool foi preservada por muito tempo e está
associada à cultura. Entre [[as bebidas alcoólicas]] relatadas no período antigo (Medium) havia duas que
eram consideradas populares e potáveis: o vinho e a cerveja. Apesar de serem amplamente consumidas
pela sociedade da época, não se sabe explicar [[o processo de]] produção dessas bebidas por meio da
fermentação da uva, no caso do vinho, e da cevada, no caso da cerveja. (KRAUSZ, 2003 apud LEAL; DE
ARAUJO; PINHEIRO, 2013).

4.5.2 DISPUTAS DE VELOCIDADE NO TRÂNSITO

Observa-se que [[a Lei nº 12.971, de 09 de]] maio de 2014 alterou o Código de 1997, introduzindo uma
série de inovações, como é o caso das alterações nos tipos de quatro delitos já previstos em lei
(PORTELA, 2015), sendo eles lesão e morte culposa no trânsito, embriaguez ao volante e participação em
disputas automobilísticas não autorizadas, comumente chamadas de ?racha?.
[[A Lei n]]º 12.971/2014 previu [[um período de]] vacatio legis, programando a sua entrada em vigor
apenas a partir do dia 01 de novembro de 2014. Não custa lembrar que a lei não teve eficácia nesse
período de suspensão de sua vigência nem mesmo para beneficiar o réu, segundo entendimento do STF,
uma vez que o referido interstício de prova pressupõe a possibilidade de que a norma seja revogada. O
que não impede, [[no entanto, a]] eficácia retroativa da lex melior, afetando inclusive os fatos praticados
[[no período de]] vacância, quando efetivamente entrar em vigor o diploma legislativo, conforme regra
corriqueira de aplicação e interpretação das normas penais, que reflete um dos corolários do princípio da
legalidade (PORTELA, 2015, p.14).
Já as alterações administrativas, são descritas por Portela (2015) como um substancioso incremento das
sanções pecuniárias (multas) envolvendo disputas de corridas, promoção e participação em competições
de perícia veicular que não possuem autorização, ultrapassagem na contramão, em local impróprio e

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 59 of 213

passagem forçada entre veículos em sentidos opostos.


Em seu estudo, Giareta (2016) interpreta o racha partindo da noção de crimes de mera conduta e lesão,
sendo que o primeiro conta com um resultado naturalístico, na forma de crimes de simples atividade ou
merca conduta (desvalor da conduta), e o segundo conta com resultado jurídico, na forma de delitos de
lesão (desvalor do resultado).
Figura 2 ? Inovações da Lei nº 12.971/2014

Fonte: Governo de Goiás (2016)

Além disso, os crimes de trânsito também podem, em seu entendimento, ser classificados entre próprios e
impróprios, sendo que os delitos próprios de trânsito se configuram como aqueles que só podem ser
cometidos no contexto da circulação de veículos (GIARETA, 2016). Como é o caso de racha, embriaguez
ao volante, direção sem habilitação, velocidade incompatível com um determinado espaço e entrega de
direção de veículo a pessoas inaptas para tal atividade. Já os delitos impróprios não dependem
exclusivamente do contexto da circulação de veículos, a exemplo do homicídio culposo.
Portanto, Giareta (2016) descreve em primeiro lugar o racha como uma conduta socialmente reprovável
que expõe a comunidade à um perigo concreto, considerando como um delito próprio. Neste sentido,
chama a atenção para o fato de que a lei de 2014 alterou no artigo 308 o termo ?dano potencial? por
?gerando situação de risco?. O que implica em dizer que no primeiro caso existe apenas a especulação
acerca da possibilidade de dano, enquanto que o termo ?gerando situação de risco? aponta para uma
possibilidade concreta de risco à integridade física.

Observe-se que a redação do tipo básico, bem como a suas penas (detenção de dois a quatro anos e
proibição ou suspensão de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor) foram
mantidas. Trata-se de um crime culposo, que, portanto, sempre ensejará a substituição da pena privativa
de liberdade pela restritiva de direitos, cumpridos os outros requisitos da legislação penal (ser o réu
primário e fazendo-se presentes as outras circunstâncias pessoais que recomendam a substituição)
(PORTELA, 2015, p.15).

Para Portela (2015), uma das principais inovações trazidas pela Lei nº 12.971/2014 se encontra no inciso
segundo do artigo 302, no qual se tipificam duas formas qualificadas de homicídio culposo, o cenário
formado por capacidade psicomotora alterada do condutor [[em decorrência de]] embriaguez alcoólica ou
causada por outra substância entorpecente, ou então o cenário formado por óbito decorrente de corridas,
disputas, competições e demonstrações de perícia veicular que não foram permitidas pela autoridade de
trânsito, como é o caso do racha.

5.5.3 EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Os motoristas brasileiros convivem diariamente [[em meio a]] diversas questões polêmicas que se
espalham rapidamente pelo país, uma delas diretamente relacionada à ligação entre bebidas alcoólicas e
condução de veículo automotor. Todos os anos, milhares de pessoas são vítimas [[de acidentes de
trânsito causados ??por]] motoristas irresponsáveis ??que associam beber e dirigir veículo automotor.
Essa combinação de embriaguez ao volante, devido ao seu enorme poder destrutivo, causou alvoroço

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 60 of 213

entre os que a presenciaram, motivo pelo qual notícias sobre o tema foram amplamente divulgadas pela
mídia.
Para tanto, o governo se mobilizou e, após muitas discussões sobre o tema, editou [[a Lei nº 11.705, de 19
de junho de]] 2008, popularmente conhecida como "Lei Seca", cujo objetivo é combater o problema do
alcoolismo e um dos suas ferramentas é A natureza punitiva da nova lei (NUNES, 2013).
Mas antes de entrarmos no hype em torno de dirigir embriagado, alguns conceitos devem ser melhor
compreendidos. [[Código de Trânsito Brasileiro]] (CTB), promulgado em seu Art. pela [[Lei nº 9.503 de 23
de]] setembro de 1997. 1º, § 1º, Trânsito é ?a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isoladamente ou em grupos, conduzidos ou não tripulados, para circulação, estacionamento,
estacionamento e operações de carga e descarga?. Este conceito deve ser levado em consideração, pois
ao nos deslocarmos devemos obedecer as regras de trânsito independentemente do meio de transporte
que utilizamos.

4.5.3.1 Como o álcool é absorvido pelo organismo

O álcool proveniente do uso [[de bebidas alcoólicas]], dependendo da quantidade consumida, causa
diversos efeitos no corpo humano. Mas antes de enunciar os resultados de sua inclusão, é muito
importante definir alguns conceitos que colocarão o aluno no problema em questão (CARLINI et al., 2001).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), medicamento é ?qualquer entidade química ou mistura
de entidades (mas excluindo aquelas necessárias para manter a saúde, como água e oxigênio), que
altera a atividade biológica e possivelmente sua estrutura?. Em outras palavras, medicamento é toda
substância capaz de alterar o funcionamento dos organismos, física ou comportamentalmente (OMS9,
1981 apud CARLINI et al.; 2001). Outra explicação relevante diz respeito à definição do termo droga
psicotrópica.
Segundo a OMS (1981 apud CARLINI et al.; 2001), psicofármacos são aqueles que "agem no [[Sistema
Nervoso Central]] (SNC) produzindo alterações de comportamento, emoções e compreensão, com boas
propriedades reforçadoras e, portanto, dependentes de comportamento." (uso não autorizado de
medicamento). Isso significa que os psicotrópicos são aqueles sujeitos à dependência (OMS, 1981 apud
CARLINI et al.; 2001).
E por que é necessário entender esses conceitos? Segundo Carlini et al. (2001), Apesar do
desconhecimento de muitas pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicoativa, pois atua no
[[Sistema Nervoso Central]], provocando uma mudança no comportamento de quem o bebe, além de
poder desenvolver dependência.
O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas aceitas e promovidas pela sociedade. Essa é uma das
razões pelas quais ela é vista de forma diferenciada em relação a outras drogas (CARLINI et al., 2001, p
.12). Segundo estimativas [[da Organização Mundial]] da Saúde (OMS), em 2004, dois bilhões de pessoas
no mundo consumiam álcool (WORLD HEALTH ORGANIZATION10, 2007 apud DOS SANTOS
NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
Com base nesses dados, a indústria [[de bebidas alcoólicas]], para continuar divulgando a imagem de
seus produtos e atrair um grande número de consumidores, tem como principal estratégia: investir no
mercado publicitário. Nesse caso, criam campanhas publicitárias que conectam a imagem da marca com
artistas e pessoas de grande amor e apreço popular, além de explorar alguns elementos que despertam a

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 61 of 213

atenção do público: praias, mulheres e festas.


Após essas informações, podemos mensurar o quão destrutivo e destrutivo é o poder do álcool, que
pode afetar o organismo de diversas formas. Isso, claro, depende da [[quantidade de álcool]] consumida e
dos detalhes de como cada órgão humano processa o álcool, o que pode causar um efeito maior ou menor
no organismo. Além disso, é importante ressaltar [[que os efeitos do álcool]] causam outros distúrbios que
afetam outros aspectos do trabalho de uma pessoa, como na família e no trabalho.

5.5.3.2 Métodos de verificação [[do álcool no sangue]]

Desde 2012, está em vigor no Brasil [[a Lei Seca (Lei]] Nº 12.760/2012), delimitando que dirigir sob a
influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa se configura como infração gravíssima, para a
qual cabe punição na forma de multa e [[suspensão do direito de dirigir]], bem como retenção do veículo
(SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014).
Observa-se que o risco relativo de se envolver em um fatal acidente de trânsito entre motoristas que
contam com uma taxa de alcoolemia entre 0,5 e 0,79 gramas [[de álcool por litro de sangue]] chega a ser
sete vezes maior em comparação com motoristas que não possuem [[álcool no organismo]]. Entretanto,
Souza, Hi e Gonzalez (2014) também consideram que não existe consenso em torno dos falsos positivos
que podem ser acusados em decorrência do consumo de alimentos e medicamentos que tenham álcool
em sua composição, ou então antissépticos bucais.
Se o teste para a detecção do teor alcoólico no organismo de uma pessoa for realizado através do
etilômetro, a presença da substância pode provocar um resultado positivo, desde que o teste seja
realizado imediatamente [[após o consumo]] (DPRF, 2013). [[De acordo com]] relatórios [[da Organização
Mundial de Saúde]] de 2011, o uso prejudicial do álcool resulta em cerca de 2.5 milhões de mortes todos
os anos. Aproximadamente 320.000 jovens entre 15 e 29 anos morrem de causas relacionadas com o
álcool, resultando em 9% das mortes neste grupo. O álcool é o terceiro maior causador de doenças no
mundo, o primeiro no Pacífico Ocidental e nas Américas e o segundo maior na Europa (SOUZA; HI;
GONZALEZ, 2014, p.2).
Conforme Prates (2012) existem atualmente três métodos principais para a detecção do nível da presença
de etanol em um organismo: O método enzimático, baseado na utilização de saliva como matriz e na
aplicação de reagentes ao álcool, como é o caso de desidrogenase e álcool oxidase. Há aquele em que se
utiliza o ar exalado como matriz com o objetivo de se gerar uma corrente elétrica que sempre será
proporcional à concentração de etanol ingerido devido a um processo de oxidação de moléculas.
E por fim, existe ainda um método baseado em cromatografia gasosa com detector de ionização em
chama (CG-DIC), acoplado com técnica de extração em espaço confinado, tendo como objeto de estudo o
sangue (PRATES, 2012). Em seu estudo, também apresenta um resumo das principais metodologias e
suas limitações.

Quadro 1 ? Comparação entre as metodologias para a análise de etanol e suas limitações


Fonte: Governo de Goiás (2016)

O álcool se encontra no topo [[da lista de]] substâncias tóxicas encontradas no cotidiano da toxicologia
forense pelo fato de que a maioria significativa de cenários envolvendo acidentes fatais, mortes
traumáticas, suicídios e crimes violentos contam com a participação de indivíduos alcoolizados (SOUZA;

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:54


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 62 of 213

HI; GONZALEZ, 2014).


Compreende-se que o nível de etanol no sangue depende de três fatores principais, sendo eles a dose
ingerida, a velocidade de absorção pelo trato digestivo e a capacidade de eliminação pelo organismo por
meio da biotransformação e excreção. Entretanto, Souza, Hi e Gonzalez (2014) também apontam que a
velocidade de absorção também sofre a influência da [[quantidade de álcool]] ingerido, a ingestão ou não
ingestão de alimentos antes do consumo alcoólico, e a massa corporal, entre outras possibilidades.
No Brasil, a realização das análises toxicológicas com fins forenses em fluidos biológicos, é feita em
laboratórios que pertencem às Secretarias de Segurança Pública e nos Institutos Médico-Legais (IML) dos
respectivos estados. É importante levar em consideração não só a toxicocinética (absorção, distribuição,
biotransformação e excreção) e a toxicodinâmica (mecanismo de ação) da substância a ser analisada,
mas também o histórico, para que a escolha do material seja adequada, e sejam feitas as pesquisas de
xenobióticos (compostos químicos estranhos ao organismo) ou dos produtos originados da sua
biotransformação (SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014, p.3).
Conforme Prates (2012), a validação de uma metodologia depende de alguns parâmetros, como
especificidade, função da resposta, intervalo do trabalho, sensibilidade, exatidão, precisão, limite de
detecção, limite de quantificação e robustez.

5.5.3.3 Infração administrativa e penal ao condutor embriagado

Se um motorista visivelmente embriagado não é preso, isto certamente causará espanto e indignação na
população. Entretanto, esta atitude não é viável de pronto, pois [[de acordo com]] Gonçalves (2013), cabe
apenas a aplicação de medidas administrativas, como a apreensão da carteira e a retenção do veículo.
Portanto, Gonçalves (2013) afirma que não caberia nem mesmo a condução coercitiva do motorista à
delegacia de polícia ou qualquer outro local onde se pudesse realizar exame médico. Embora a recusa
permita a aplicação de penalidades e medidas administrativas. O que no entanto, não significa que o CTB
não tenha em seu bojo a previsão dos possíveis crimes de trânsito, o que efetivamente se encontra
delimitado nos artigos 291, 302, 303, 307, 308 e 309, e em se tratando especificamente do cenário de o
motorista se encontrar sob o efeito do álcool, o artigo 306.

Para Gonçalves (2013), isto gera uma controvérsia, pois embora o texto seja claro ao definir o limite de
seis decigramas para a tolerância alcoólica, entende que para os delitos que não envolvam crimes, é
possível [[dizer que o]] limite de tolerância alcoólica seja de dois decigramas, tal como propõe o inciso
segundo do artigo 1º do Decreto nº 6.488/08.
[[De acordo com]] Silva (2017), a fim de atualizar o [[Código de Trânsito Brasileiro e]] endurecer as penas,
foi sancionado em 4 de Maio de 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, [[a Lei n]]º 13.281, sendo que
uma de suas principais inovações [[diz respeito ao]] valor das multas e o limite de suspensão da carteira
nacional de habilitação do motorista (Tabela 1).

Tabela 1 ? Valores atualizados das multas


Fonte: Silva (2017)

Silva (2017) chama a atenção para o fato de que os valores não eram reajustados desde 2001, momento
em que foi extinto o índice UFIR de referência, ficando estabelecido que o valor seria tabelado e só
poderia ser alterado novamente por meio de Lei Federal.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 63 of 213

Em seu estudo, Rocha (2018) define o crime de embriaguez ao volante como uma norma penal em branco
e heterogênea, pelo fato de necessitar de complementação. Ou seja, as normas penais em branco podem
ser descritas como de conteúdo incompleto ou vago e que exigem complementação oriunda de outra
norma jurídica, como leis, decretos e regulamentos. Gonçalves (2013) menciona como crimes previstos no
[[Código de Trânsito]]:

5.5.3.4 Procedimento adotado pelo Estado caso o condutor se negue ao exame do etilômetro

É possível [[afirmar que o]] ordenamento jurídico brasileiro foi construído de forma que o indivíduo é
presumivelmente inocente, o que faz com que sua culpa deva ser comprovada mediante o devido
processo legal (GONÇALVES, 2013). Portanto, compreende-se que um cidadão não pode ser obrigado a
fazer o teste do etilômetro, devido ao entendimento de [[que o motorista]] não pode ser considerado
presumidamente alcoolizado nem tampouco produzir provas contra si mesmo, tal como prega o princípio
?nemo tenetur se detegere?.
A Carta Magna traz em seu artigo 5°, inciso LXVI: ?o preso será informado de seus direitos entre os quais
o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e do advogado?. Este direito
assegurado na Constituição Federal de 1988 apresenta-se como uma das variáveis do princípio do nemo
tenetur se detegere, o qual ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo (ROCHA, 2018, p.19).
Uma noção que encontra respaldo legal não apenas na Constituição de 1988, mas também na Convenção
Americana de Direitos Humanos, em específico em seu artigo 8º. No qual se definiu que toda pessoa
acusada de algum delito tem o direito a presunção de inocência até o momento em que se comprove
legalmente sua culpa (GONÇALVES, 2013).
Neste sentido, Gonçalves (2013) chama a atenção para o fato de que a tendência predominante no
universo doutrinário é a de entender que as normas internacionais de direitos humanos estão acima do
ordenamento jurídico de cada Estado, pelo fato de exprimirem certa consciência ética universal.
Observa-se que originalmente, a configuração de infração administrativa implicava na constatação de
concentração de seis [[decigramas de álcool por litro de sangue]], tal como delimitado pelo artigo 276 [[do
Código de Trânsito]] (SILVA, 2017). Entretanto, esse texto legal não se mostrava efetivo pois os motoristas
se recusavam a realizar os testes de alcoolemia ao entenderem que não deveriam produzir provas contra
si mesmo, tal como prega a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Ou como expõe Gonçalves (2013), ?Então, uma dúvida surge: como fazer o teste do bafômetro sem
assumir a culpa, respeitando o princípio da não incriminação, o Nemo tenetur se detegere? (GONÇALVES
, 2013, p.11). Diante desta situação, buscou-se por meio da Lei nº 11.275/2006 alterar o artigo 165 [[do
Código de Trânsito]], objetivando dispensar a medição alcoólica, bastando a análise de aspectos
característicos de embriaguez no motorista por parte do agente de trânsito (SILVA, 2017).
Nota-se, que a diferença deste artigo foi quanto à [[suspensão do direito de dirigir]]. O condutor de veículo
automotor que infringir o artigo 165 do CTB, atualmente, terá o [[direito de dirigir]] suspenso por doze (12)
meses. Sob a égide da norma anterior, a pena da [[suspensão do direito de dirigir]] variava [[de acordo
com]] o que estabelecia o artigo 261 do CTB (SILVA, 2017, p.7).
É possível observar alterações semânticas que evidenciam o rigor do novo ordenamento jurídico, como é
o caso do artigo 277 [[do Código de Trânsito Brasileiro]], pois a expressão ?sob suspeita de haver
excedido os limites previstos no artigo anterior? foi substituída por ?sob suspeita de dirigir sob a influência
de álcool?. Em resumo, Silva (2017) afirma [[que o motorista]] que se recusar a participar do teste de

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 64 of 213

alcoolemia será apenado em concordância com as medidas administrativas do artigo 165.


5.6 HOMICIDIO NO TRÂNSITO DISCUTIDO SOBRE [[O QUE É]] CULPA OU DOLO

Em seu estudo, Teles (2019) defende que o dolo eventual se materializa a partir do momento em que o
agente prevê o resultado e o aceita, ao se mostrar indiferente quanto aos seus nefastos contornos. Para o
caso da culpa consciente, o agente igualmente prevê o resultado, entretanto, não assume [[o risco de]]
produzi-lo nem tampouco o aceita, ao acreditar que tal desfecho dificilmente ocorreria por se sentir capaz
de evitá-lo. Portanto, observa-se que as diferenças entre estes dois conceitos são bastante sutis,
dificultando assim, a aplicação pelo magistrado.
Conforme a literatura e outros estudos acerca do tema, pode-se verificar que este assunto é controverso,
sensível e de muitas discussões acaloradas, já que a tipificação do dolo, tendo como base a embriaguez
voluntária, não pode ser banalizada, sob pena do menosprezo das decisões judiciais. É fato que a
manifestação veemente da sociedade, por si só, não detém competência a transformar condutas
cristalinas culposas, em dolosas ou vice-versa (ARAUJO, 2015, p.57).

Soma-se a isso o fato de não ser possível acessar a mente do agente no momento de sua conduta,
levando ao insólito desfecho, a fim de avaliar com mais clareza se este ente agiu ou não dolosamente.
Assim, Teles (2019) defende que o ideal é afastar a análise subjetiva e se aferrar as circunstâncias
objetivas e elementos do tipo no caso concreto, a exemplo do cenário em que o crime ocorreu, de que
forma se concretizou (o desfecho) e a culpabilidade do agente, de forma delinear da melhor forma possível
a situação fática.
Ou como expõe Araújo (2015), para todos os efeitos a diferenciação entre o dolo eventual e a culpa
consciente acaba tendo como base de apoio os fatores psicológicos de quem está analisando o caso, o
que abre espaço para divergências doutrinárias e jurisprudenciais, insegurança jurídica em suma.
No entendimento de Teles (2019), o atual Código Penal trata o crime doloso como a regra, e a culpa como
exceção, visto que a culpa deve estar prevista no próprio tipo penal, o que no entanto, não significa [[dizer
que o]] dolo eventual possa ser configurado de forma automática sem antes se analisar as circunstâncias
fáticas do caso em questão. ?Destarte, não se pode generalizar a imputação a título doloso de forma
imperativa. Faz-se necessário examinar as particularidades do caso concreto? (ARAÚJO, 2015, p.57).
Em que pese a subjetividade da questão, Araújo (2015) considera como fundamental a manifestação de
uma certeza em matéria da exteriorização da vontade do agente e comprovação probatória a fim de que
não sejam feridos dois princípios basilares do direito, a presunção de inocência e o ?in dubio pro réu?.
Levando em consideração que apesar da comoção social que possa surgir em torno de um caso, seria
uma leviandade definir como dolo eventual todo cenário formado por homicídio praticado por condutor sob
efeito [[de bebida alcoólica]], em específico quanto restar dúvida quanto ao animus dolandi.
Conforme Teles (2019), permanecendo duvidas acerca da aplicação do dolo eventual e da culpa
consciente, esta última deve prevalecer em razão da primeira, levando em consideração o princípio do in
dubio pro reu, ou seja, pela falta de indícios suficientes que tragam alguma certeza sobre a presença do
dolo na conduta do agente que possam passar pelo escrutínio do Tribunal do Júri, cabe ao magistrado
aplicar a situação mais benéfica ao réu.

E Teles (2019) segue nesta mesma linha, ao afirmar que a teoria da culpa consciente para os crimes de
homicídio no trânsito deva ser aplicada nas hipóteses em que o ente a ser julgado não assume o risco do
resultado, repudiando assim, o resultado não desejado. Uma aferição que não deve ser feita a partir da

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 65 of 213

análise de elementos subjetivos, mas por critérios objetivos e elementares do tipo.


Entretanto, chega-se a conclusão de que para ser possível a aplicação do dolo eventual, não chega a ser
necessário que a vontade do agente seja constatada, mesmo por que isso depende quase que
exclusivamente de uma confissão do agente, o que raramente ocorre (TELES, 2019).
Levando em consideração o que foi exposto, Teles (2019) considera que as alterações propostas pela lei n
º 13.546/2017 tem o objetivo de sanar dúvidas e preencher lacunas em matéria da aplicação do dolo
eventual e culpa consciente para os casos envolvendo crimes de trânsito, embora esta iniciativa não tenha
sido inteiramente bem sucedida.

5.7 JURISPRUDÊNCIA SOBRE HOMICÍDIOS OCORRIDOS PROVENIENTES DE PESSOAS


EMBRIAGADAS [[NO TRÂNSITO BRASILEIRO]]

Em artigo para a página virtual do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (2020), é
discutido se o crime de embriaguez ao volante se configura como crime de homicídio culposo na direção
de veículo automotor. E observa-se a existência de duas correntes distintas, uma desfavorável a este
entendimento e uma favorável.
Entre aqueles que não acreditam nesta tese, reside o entendimento de que não há que se falar em
absorção do crime de embriaguez ao volante pelo crime de homicídio culposo, pois o primeiro delito não
se configura como meio necessário nem tampouco consistiu de fase de preparação ou execução do
segundo (TJDFT, 2020).

Já entre aqueles que defendem a tese, reside o entendimento de que o crime de embriaguez ao volante é
antefato impunível do crime de homicídio culposo no trânsito, pois a embriaguez na direção do veículo
automotor consistiu na violação do dever de cuidado apta à produção do desfecho de óbito, levando a
conclusão que é da essência do homicídio culposo a falta de zelo (TJDFT, 2020).

16/07/2015, Segunda Turma Criminal, Publicado no DJE: 22/07/2015).

CONCLUSÃO

De tudo o que foi visto, conclui-se que a embriaguez é mais do que o simples fato de consumir álcool,
verificamos que existem tipos e tipos de embriaguez. Além disso, é muito importante distinguir cada um
desses tipos e tipos de direito penal. Examinamos neste trabalho a responsabilidade penal de uma pessoa
com embriaguez patológica, atingimos o objetivo de discorrer sobre os tipos de embriaguez, sua
culpabilidade, e analisamos as possíveis formas de prender o réu culpado que padece desta patologia e
passar. estas condições.
Como já discutimos, quando falamos em embriaguez patológica, fica sempre muito claro [[que se trata]] de
um problema mental, onde a ação de uma pessoa que ingere bebidas alcoólicas a deixa embriagada, até
privá-la da compreensão consciente de suas ações, [[o que o]] torna parcial ou completamente incapaz de
distinguir de transgressão. A lei penal deve entender que a embriaguez patológica é uma doença mental e
quando determina a incapacidade de toda a pessoa compreender a incorreção da verdade, torna-a

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 66 of 213

inocente e inclui em si a hipótese de absolvição, conforme confirmado no art. 26, do CP.


Além disso, vejamos que o paciente patológico quando comete um ato punível, dado o estado reduzido de
força, não é pego e terá uma pena reduzida. No caso da embriaguez patológica, pode ser tomada como
medida protetiva que é considerada uma isenção injusta, com uma pessoa completamente incapaz de
enxergar a realidade ilícita. No caso de privação parcial da consciência, a pena pode ser reduzida de um a
dois terços. A embriaguez causada pela doença não é evidenciada pelo laudo da psicóloga da área
criminal.
Com o objetivo de se posicionar como pesquisa moderna, foram trazidos à discussão os autores que
conseguem manter a uniformidade em seus estudos, com ideias que podem romper a questão do tempo e
se manterem atuais por muito tempo, para que no futuro pode ser uma inspiração para novos
pesquisadores que queiram usar esta pesquisa como um referencial teórico para suas novas pesquisas e
sua maneira de fazer as coisas. A busca por esses trabalhos será feita por meio de bases de dados
universitárias, sites especializados na publicação de artigos científicos e trabalhos já publicados que
atendam ao tema aqui proposto.
Fica claro, portanto, a relevância de se fazer um estudo minucioso acerca desta temática, que em meios
acadêmicos, ainda é pouco desenvolvida, em comparação ao tamanho de sua contribuição para a ciência
como um todo. Em cima desta visão, é esperado, ao fim da apresentação, que o trabalho consiga
desenvolver o debate e responder as questões aqui desenvolvidas com o auxílio de periódicos da área,
com o objetivo de sanar quaisquer dúvidas que o leitor pode ter acerca do tema.
Por fim, é preterido, também, que o trabalho se coloque na mesma mesa dos especialistas da área,
podendo servir futuramente como material teórico para novas pesquisas que queiram fazer uma
abordagem ainda mais profunda, onde poderia utilizar o presente trabalho para tal objetivo, com a
finalidade de trazer essas ideias para a discussão com a ajuda de periódicos da área que realizam
pesquisas detalhadas e científicas, para que no futuro, esse trabalho seja colocado na mesma mesa com
especialistas e também possam servir como inspiração para novos estudiosos que queiram trazer uma
nova abordagem e que possam usar este trabalho como referência teórica.

REFERÊNCIAS

Metodologia MatrizLimitações
Enzimática SalivaAnálise colorimétrica indireta (metabólitos)
EletroquímicaAr exaladoBaixa reprodutibilidade
Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização em ChamaSangueMatriz de difícil acesso

GravidadeValor Anterior R$Valor Reajustado/2016 R$


Leve53,2088,38
Média85,13130,16
Grave127,69195,23
Gravíssima

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 67 of 213

=================================================================================
Arquivo 1: (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Arquivo 2:
https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/21583/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Wagner Pomar
Coelho_N%C3%ADvel de compliance dos bancos.pdf (12705 termos)
Termos comuns: 167
Similaridade: 0,75%
O texto abaixo é o conteúdo do documento (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/21583/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Wagner Pomar
Coelho_N%C3%ADvel de compliance dos bancos.pdf (12705 termos)

=================================================================================
[[Trabalho de Conclusão de Curso]]

Trabalho adequado ao modelo desejado

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 68 of 213

PROJETO DE PESQUISA

APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

A responsabilidade é um fator importante no trânsito, pois atitudes simples podem influenciar a vida das
pessoas, principalmente quando alguém decide ingerir bebida alcoólica e, logo após, dirigir. [[Esse tipo
de]] situação [[nos leva a]] [[uma série de]] questionamentos que nos levam a questionar se a lei vigente
que trata especificamente do trânsito é justa e eficaz.
O uso abusivo de álcool é um problema grave da sociedade atual, sendo que esta é uma substancia que
causa dependência física e psíquica e tem sido cada vez mais comum encontrar adolescentes e jovens
que fazem uso indiscriminado de álcool e outras drogas. Sabe-[[se que o]] uso indiscriminado do álcool faz
com a pessoa se exponha e exponha outras pessoas a situações de risco, já que é uma substancia capaz
de afrouxar as noções de certo e errado. Dessa forma é comum, pessoas cometerem os mais diversos
crimes estando alcoolizadas.
Portanto, crimes envolvendo embriaguez, estão cada vez mais presentes nos tribunais brasileiros,
Silvestrim (2002) coloca que há diversos casos de imputabilidade, inimputabilidade e diminuição da
culpabilidade e aumento de pena em casos de embriaguez.
Sabe-se que casos de embriaguez estão cada vez mais comuns nos tribunais brasileiros. Como deve-se
proceder em um caso de um crime em que o réu estava sob influência do uso abusivo de álcool?

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROBLEMA

Atualmente [[há um alto]] índice de crimes cometidos após o uso abusivo de álcool, dessa forma o tema
está muito presente nos tribunais brasileiros, sendo tema de opiniões divergentes entre os juristas. Dessa
forma, o presente trabalho justifica-se pela importância que o tema tem não somente nas discussões

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 69 of 213

atuais [[no âmbito do]] direito, mas também nas discussões sociais sobre o alcoolismo e sua influencia
sobre o homem.
As bebidas alcoólicas, diretamente relacionadas às grandes festas e comemorações, sempre fizeram parte
do cotidiano de nossa sociedade, independentemente [[do nível de]] escolaridade ou classe social. Devido
às suas propriedades e efeitos no corpo, tornou-se parte do nosso dia a dia, tornando-se uma das formas
únicas para quem quer relaxar ou se divertir com responsabilidade, sem exageros. Além de sua
importância social para o consumidor, as bebidas alcoólicas desempenham um importante papel na
economia, pois a indústria de bebidas é uma importante fonte de receita e arrecadação de impostos, com
um grande mercado mundial.
Em 2008, em 19 de junho, foi instituída a Lei nº 11.705, conhecida como ?Lei Seca?, cujo objetivo era
reduzir [[o número de]] acidentes causados ??por condutores alcoolizados e, consequentemente, diminuir
[[o número de]] vítimas no trânsito brasileiro. Nesse caso, a referida lei prevê penalidades para quem
ingere bebidas alcoólicas e dirige veículos. Esta lei, além de definir [[o nível de]] álcool no sangue que
permite a um condutor conduzir embriagado, também define os meios necessários [[para provar que]]
embriagou. [[A fim de]] reduzir [[o número de]] motoristas embriagados, a lei também afetou a situação
financeira do motorista infrator.

METODOLOGIA

A metodologia consiste em uma variedade de parâmetros a partir da qual se viabiliza a realização de


pesquisa científica de modo organizado, bem delimitado e criterioso, gerando soluções para os problemas
levantados, hipóteses confirmadas/refutadas e objetivos sólidos, pertinentes e que se adequem ao estado
da questão em que o problema se insere (FONSECA, 2002). Conforme Severino (2002, p. 57), a
metodologia consiste num conjunto de métodos ou caminhos percorridos na busca do conhecimento,
sendo assim, a pesquisa é [[um conjunto de]] procedimentos sistemáticos fundamentados no raciocínio
lógico, objetivando encontrar soluções para problemas propostos, mediante utilização de métodos
científicos.
Devido à natureza da proposta que ora se apresenta, recorrerão metodologicamente à revisão bibliográfica
para a promoção de um estudo básico exploratório e qualitativo fundamentado em artigos científicos e
demais produções científico-acadêmicas que se mostrem úteis e pertinentes à pesquisa em tela. Como
revisão crítica, o foco se dará no conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável e sua devida
importância para os estudos em geografia.
[[O processo de]] geração de conhecimentos novos, compreendidos como úteis para avançá-lo cientifico,
segundo Gerhardt e Silveira (2009), apontam para uma direção da tipologia objetiva, gerando
conhecimentos novos, sendo esses embasados, sempre, em anteriores realizações que envolvam a
verdade e interesses universais.
Gil (2007), ao se debruçar a respeito da pesquisa de cunho exploratório, determina que estas pesquisas
têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento
de ideias ou a descoberta de intuições.
Goldenberg (1997) determina que, na pesquisa qualitativa, ?a preocupação do pesquisador não é com a

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 70 of 213

representatividade numérica do grupo pesquisado, mas com o aprofundamento da compreensão de um


grupo social, [[de uma organização]], de uma instituição, de uma trajetória etc.?. A respeito do
procedimento metodológico utilizado para viabilizar a composição e estruturação desta pesquisa, onde foi
utilizada a revisão bibliográfica, destaca-se em conformidade com Santos (1999), que esta se comporta
como [[o processo de]] busca, seguida de análise e descrição de [[um conjunto de]] conhecimentos
consagrados na literatura científica que são retomados em meio à procura de respostas a uma pergunta
específica.
Ainda [[de acordo com]] Santos (1999), a pesquisa científica é o instrumento intelectual do homem para
responder às suas próprias necessidades. O ser humano, insatisfeito [[com a sua]] condição no mundo,
busca explicações e soluções para sair de sua insatisfatória zona de conforto ou de desequilíbrio, e usa a
pesquisa para reorganizar a sua condição e melhorá-la perenemente, em níveis biológicos, sociais e
transcendentais.
Günther (2006, p. 202) define a pesquisa qualitativa como sendo a ?primazia da compreensão como
princípio do conhecimento, que prefere estudar relações complexas ao invés de explicá-las [[por meio do]]
isolamento de variáveis. Uma segunda característica geral é a construção da realidade.?. [[De acordo
com]] uma definição de Van Maanen (1983), as metodologias qualitativas são compostas por [[um
conjunto de]] técnicas interpretativas, que têm por meta ?retraçar, decodificar ou traduzir fenômenos
sociais naturais, com vistas à obtenção de elementos relevantes para descrever ou explicar estes
fenômenos?.
Para Zanelli (2002, p. 83), a abordagem qualitativa tem como principal intento ?buscar entender o que as
pessoas apreendem ao perceberem o que acontece em seus mundos?, sendo por esta razão, conforme o
teórico, ?muito importante prestar atenção no entendimento que temos dos entrevistados, nas possíveis
distorções e no quanto eles estão dispostos ou confiantes em partilhar suas percepções?.
As pesquisas qualitativas diferem das quantitativas, pois sua metodologia não se limita a registrar
simplesmente as frequências com que ocorrem determinados fenômenos. A princípio, utilizada nas áreas
de Antropologia e Sociologia, nos últimos trinta anos a pesquisa qualitativa passou a ser incluída em
outras áreas de estudo.
A pesquisa quantitativa segue rigorosamente um plano pré-estabelecido, onde as hipóteses são indicadas
de maneira clara e precisa, e a qualitativa normalmente é direcionada durante o transcorrer, sem a
preocupação básica de enumerar ou medir fatos e eventos, tampouco fazendo uso de instrumental
estatístico para a análise dos dados obtidos.
Silva e Menezes (2005, p. 20) estabelecem que haja uma relação intensa ?entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável do mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que [[não pode ser]]
traduzida em números?. Dessa forma, a partir da metodologia aqui descrita e adotada, se pretende
alcançar [[o que é requerido]] de uma pesquisa na área de licenciatura em geografia, adequada ao tema
aqui abordado, que é a sustentabilidade ambiental sob a luz do desenvolvimento.
A triagem será feita [[com base na]] correspondência com o tema e com o contexto que aqui é proposto,
além de contar com informações atualizadas contrastando com informações mais antigas, escritas em
outros contextos. Assim, a preferência se dá por fontes recentes e atualizadas, priorizando as informações
mais confiáveis e parcimoniosas acerca da temática.
[[Os critérios de]] inclusão foram: artigos que retratassem a temática presente nas bases de dados,
publicados no período do estudo, em português e inglês, relacionados aos descritores selecionados.
Critérios de exclusão: artigos que não retratassem a temática escolhida e que não estivessem associados
aos descritores selecionados. Posteriormente foi feita uma análise [[por meio de]] títulos e resumos

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 71 of 213

suficiente para o estudo em questão. Os dados serão avaliados através de interpretação, análises e
comparações de visões contrastantes de autores acerca dos assuntos trabalhados.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES, SUGESTÕES OU FORMAS DE ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA

Compreende-[[se que a]] direção sob influência de bebidas alcoólicas ainda é um comportamento
recorrente na sociedade brasileira, sendo responsável por milhares de incidentes que podem resultar em
acidentes graves e óbito. E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem
como outras medidas tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum
indivíduo pode ser obrigado a produzir provas contra si mesmo, [[o que faz com que muitos]] motoristas se
neguem a participar do teste do etilômetro, o que [[por si só dá margem para]] extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro de 2014, mais especificamente o parágrafo
segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, [[a fim de]] que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em
primeiro lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com
este comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de [[até que ponto]] o indivíduo
estaria cometendo um homicídio culposo ou doloso [[em caso de]] acidente de trânsito com fatalidades.
[[Com base nos]] dados evidenciados pela revisão de literatura foi possível observar que a legislação
brasileira [[no que diz respeito]] ao trânsito passou por diversas transformações ao longo das últimas
décadas, levando em consideração que a primeira legislação voltada para o trânsito surgiu apenas na
década de 40.
Em 1997 este ordenamento jurídico foi atualizado para acompanhar os ditames da Constituição de 1988 e
a Convenção de Viena, buscando desta forma padronizar a sinalização de trânsito. E novamente há uma
década a legislação foi novamente revisada e atualizada, sendo que em muitos casos outros
ordenamentos jurídicos podem e devem ser utilizados de forma subsidiária, como o Código Penal em
decorrência de cenários envolvendo crimes de trânsito, como atropelamentos e batidas que resultam em
óbito.
Necessário evidenciar que [[o número de]] automóveis em circulação vem mantendo tendência de
crescimento, além do surgimento do fenômeno dos motoboys, e entregadores de aplicativos, o que pede
pela atualização do código de trânsito. Haja vista que esta configuração de coisas contribui para a
desorganização do trânsito e incidentes marcados pela negligência e imprudência no volante. Dentre eles
a situação de embriaguez por parte do motorista. Neste sentido cabe avaliar [[até que ponto]] o indivíduo
agiu com dolo ou culpa [[a fim de]] que lhe caiba uma punição justa. Compreende-[[se que a]] direção sob
influência de bebidas alcoólicas ainda é um comportamento recorrente na sociedade brasileira, sendo
responsável por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes graves e óbito.
E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem como outras medidas
tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo pode ser obrigado
a produzir provas contra si mesmo, [[o que faz com que muitos]] motoristas se neguem a participar do
teste do etilômetro, o que [[por si só dá margem para]] extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro de 2014, mais especificamente o parágrafo

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 72 of 213

segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.


O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, [[a fim de]] que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em
primeiro lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com
este comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de [[até que ponto]] o indivíduo
estaria cometendo um homicídio culposo ou doloso [[em caso de]] acidente de trânsito com fatalidades.
Observa-se que na maioria das vezes a pena é fixada no regime aberto, pois o principal interesse é
conscientizar a população [[em torno de um]] trânsito responsável. Portanto, nada impede que o juiz
promova a substituição por penas restritivas de direitos. O que traz a necessidade do desenvolvimento de
outras medidas complementares, a exemplo de campanhas educativas, endurecimento das penas e ações
fiscalizatórias mais estruturadas, estratégicas e que não sejam pontuais, [[com o objetivo de]] educar a
sociedade e punir os infratores, contribuindo assim para evitar que pessoas continuem promovendo
comportamentos que tragam risco a coletividade. Portanto, é possível dizer que a legislação de trânsito
[[no que diz respeito]] a direção sob influência do álcool passou por alterações qualitativas substanciais
[[ao longo dos]] últimos anos, [[o que pode]] ser entendido como reflexo de o tema passar a ser observado
de forma mais séria e rigorosa.

REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo começa tratando da história do trânsito, definição e sua origem e seu sistema rodoviário,
passando pela sua evolução histórica, conceitos, [[dentro de uma]] análise nos transportes rodoviários e
suas políticas adotadas, como também o que foi alterada na lei de trânsito.

5.1 HISTÓRIA DO TRÂNSITO

O nosso principal meio de locomoção, antes dos veículos, sempreforamos pés, sendo ato de caminhar.
Tempos depois tivemos outras invenções como a roda, dando assim a possibilidade de locomoção mais
rápida.
[[Desde o início]] os veículos como trenos, barcos, charretes, e carros de boi,visava somente o transporte
de bens, animais etc. e assim por último foram inventados os veículos para a locomoção de homens.
Visto que [[após o advento]] do veículo, veio [[a necessidade de]] melhorar as estradas. Segundo alguns
historiadores, muitos de alguns império foram construídos após a construção de estradas de melhor
qualidade e com isso garantindo a expansão e desenvolvimento, exemplos, os romanos, os persas. Os
Romanos foram considerados os grandes e peritos em construções de estradas, como uma rede viária de
terra sem pavimentação, mas com uma larga extensão de até 350.000 km, munidos de sinalizações e
indicações de direção e sendo os primeiros a criarem regulamentações de tráfego.
Os romanos também mostram na sua história que, constam os primeiros relatos de congestionamento na
Grécia antiga, relatos este, que [[o número de]] carro crescia e a população reclamava, pois, as ruas eram
estreitas e a locomoção era difícil.Somente [[no fim do]] século XVI, que os Romanos retomaram as
construções das estradas que foi essencial ao desenvolvimento do império até XIX.
Estradas que foram realmente de grande desenvolvimento após os romanos, foram as estradas de ferro.
Em 1771, foi constatado o primeiro automóvel criado pelo francês Nicholas Cugnot, com velocidade

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 73 of 213

estimada em 4 km por hora. No mesmo ano foi constatado o primeiro acidente automobilístico, por incrível
que parece, o acidente foi provocado pelo criador do carro, onde ao manobrar dentro do Quartel Real de
Vicenes (França), perdeu o controle e bateu no muro.
[[No ano de]] 1836 na Inglaterra, surgiu a primeira lei de trânsito, chamada a ?Bandeira Vermelha?, onde
limitava na velocidade em 10 km por hora e um homem ficava a frente dos veículos indicando o limite de
velocidade.
Segundo o dicionário, trânsito seria a ação de transitar, marchar ou trafegar. Um movimento de pedestres
considerados em seu conjunto, um tráfego. Um instrumento de agrimensor, destinado a determinar
ângulos horizontais. São tantas definições, em sentido concreto e sentido figurado. Porém, o trânsito que
este artigo se refere, diz respeito [[ao movimento de]] veículos e pedestres, coexistindo. Havendo dentro
deste, o deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um local para outro.
O trânsito [[é uma das]] vertentes da sociedade civil que surgiu com o aparecimento da modernidade,
criação de carros, necessidade de se locomover a distâncias longas em um curto espaço de tempo etc. O
Estado, portanto, para regulamentá-lo instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No seu art. 1°, § 1°
do CTB (CTB, 2009), estabelece-se que
Considera-se como trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

O Legislador se preocupou em coibir qualquer dúvida que houvesse quanto a conceitos referentes ao
direito de trânsito. O termo trânsito foi definido como: movimentação e imobilização de veículos, pessoas e
animais nas vias terrestres. Note-se que diferentes dos dicionários ordinários, o Código trouxe a palavra
imobilização. Ao adicionar esse termo, o Código incluiu dentro de seus pressupostos, a disciplina dos
carros que estejam estacionados também, equiparando também os que se encontram colocados em
lugares proibidos (FRANZ; SEBERINO,2012). Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) ainda

Analisando as definições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, trânsito é tudo aquilo que se
movimenta, se locomove [[de alguma forma]], através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independente do local em que está.
Podemos dizer que para tudo utilizamos o trânsito, até mesmo para pedir um produto para entregar em
casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade.

O Trânsito é um instituto que se encontra sempre em movimento legislativo. A seriedade com [[a qual o]]
assunto é tratado decorre [[do nível de risco e]] possíveis danos que a não regulamentação necessária
pode causar. Incluindo aspectos como a Lei Seca, as Blitz policiais, regularização de documento, limite de
velocidade etc.
A origem de fato do fenômeno de trânsito, [[não pode ser]] mensurada e datada de uma época específica.
Visto que o homem sempre teve [[a necessidade de]] se locomover, primeiro para a sua sobrevivência
física e mais posteriormente para assuntos mais de cunho profissional etc. Mas independente do
surgimento de meios de transporte dos mais variados modelos: aquáticos, metroviários, aéreos, terrestres
etc, o modo mais antigo de locomoção é o próprio ato de caminhar.
Conforme conceitua HONORATO (2004) nas civilizações antigas, o protótipo de locomoção mais
avançado era do Império Romano que ?criou um sistema rodoviário com mais de 100.000 Km de extensão
? com intuitos militares, de locomoção das suas tropas. Veio dai o ditado popular que diz que todos os
caminhos levam a Roma. Segundo o Autor, o método de construção utilizado na confecção de tais

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 74 of 213

empreendimentos

Primeiro, o terreno era estaqueado, para ganhar rigidez. Depois, espalhava-se sobre ele bastante calcário
grosso ? o rudus -, o qual era bem socado. Por fim, vinha uma camada de calcário mais fino ? o nucleus ?
nivelado a capricho. E só então se assentava o revestimento final: grandes pedras chatas, rigorosamente
ajustadas, que proporcionavam uma superfície lisa, ótima de se pisar. O que era muito importante, pois, no
tempo dos romanos, os exércitos se deslocavam a pé (HONORATO, 2004).

A primeira evolução que de fato se relaciona com o modo como são feitos os modelos de transporte atuais
, foi a invenção da roda. Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) a primeira indicação que tem notícias a
despeito da figura da roda, é uma figura de roda, registrada em uma placa de argila, encontrada na
Suméria em 3.500 a.C. Muitos historiadores e cientistas consideram a criação da roda, a maior invenção já
feita pelo homem. Considerando seus aspectos primários e a evolução rápida e constante que ainda sofre
. Não se sabe ao certo, quem foram de fato seus inventores, mas cunha-se o feito aos povos da antiga
Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque, há cerca de 5.500 anos, sendo utilizado primordialmente na
época por oleiros na confecção, por exemplo, de cerâmica.
A despeito de contextos históricos minuciosos, muito tempo depois do referido período acima, durante a
Revolução Industrial na França, em 1789 é que de fato problemas concernentes ao trânsito começaram a
aparecer. Foi nesse período que foi criado o motor a combustão interna e começaram a ser fabricados os
primeiros automóveis.
Deslanchou [[a partir de]] então a produção maciça de carros com motor a combustão, o que superlotou de
forma extraordinária as ruas das grandes capitais. O trânsito caótico que grandes capitais como São
Paulo, por exemplo, vivem, é decorrente direto da fomentação que ocorreu [[no Brasil, da]] baixa de
impostos para a compra de carros, depois da era Kubitschek.
Porém esse fomento não esperava que houvesse tamanho despreparo do ponto de vista da estrutura das
cidades, para comportar tantos veículos de uma só vez. A implantação de políticas públicas atuais como
os transportes coletivos, é uma forma que o Ente estatal encontrou de tentar aliviar a pressão nos trânsitos
e prevenir, de certa forma o aparecimento de índices alarmantes relacionados a acidentes de trânsito.

5.2 RESPONSÁVEIS POR ADMINISTRAR O TRÂNSITO BRASILEIRO

Dentro dessa evolução do trânsito com mercadorias, trouxe um enorme alavancada com a economia e as
políticas rodoviárias e leis de trânsito. No Brasil, foram implantadas as placas de sinalização em 1930,
após já terem os carros em circulação.
Em 1938 foi criado [[no Brasil o]] Departamento de Serviço de Trânsito ?DST, sendo o primeiro a adotar
regulamentação sobre a conduta no trânsito.Mais tarde em 1941 foi criado o CNT Código Nacional de
Trânsito, sendo que no mesmo ano foi criado CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) também foi
criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem).
Somente [[em 1997 que foi]] criado o CTB código de trânsito Brasileiro Lei 9.503 de 23 de setembro de
1997, o qual tem sua aplicabilidade até então.Tivemos uma evolução significativa no trânsito Brasileiro
atualmente em 2016, que demonstra [[o avanço das]] leis, [[o aumento da]] frota de veículos e o caos
causado por tantos veículos nas ruas e estradas [[ao mesmo tempo]]. Com isso um número de acidentes
gigantesco por motoristas imprudentes e despreparados.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 75 of 213

Por anos a lei de trânsito vem procurando [[uma forma de]] responsabilizar os seus motoristas de seus
crimes de trânsito [[com o intuito de]] dar uma resposta aos familiares que perderam os seus entes
queridos e buscam por justiça. Declarando, mais do que mostrar a importância sobre a gravidade que é
conduzir um veículo automotor sob algum tipo de substância psicoativa. Mas demonstrar que a lei puni
com severidade, aqueles que a desobedecem.
Ou pelo menos aos poucos, criar leis, decretos, jurisprudência, que venham completar as lacunas
esparsas dentro do nosso ordenamento jurídico.[[De acordo com o]] (SIM) Sistema de informações sobre a
mortalidade, do Ministério da Saúde, que [[no final do]] [[ano de 2016, foram]] registradas 37.345 mortes
em acidentes no trânsito.
[[No Brasil, foi]] apenas [[no ano de]] 1897 que chegou o primeiro automóvel, quase 100 anos depois da
invenção do mesmo. Este veículo que ficou famoso, pertencia ao ativista José do Patrocínio. Foi esse
mesmo veículo, porém como empréstimo na mão de Olavo Bilac, que na cidade do [[Rio de Janeiro]], mais
especificamente na Barra da Tijuca, provocou o primeiro acidente de trânsito [[no Brasil. O]] acidente
ocorreu, pois o poeta não sabia de fato dirigir, e colidiu com uma árvore.
A despeito de alguns acidentes depois, o Poder Público e o Automóvel Clube do Brasil começaram
mobilizações [[no sentido de]] melhor regulamentar a segurança dentro do trânsito. Fomentaram o debate
acerca de regras de circulação que protegessem tantos os pedestres, como os motoristas. Segundo
PONTES (2009) apud OLIVEIRA (1986) autoridades estaduais [[de São Paulo]] e do [[Rio de Janeiro]],
começaram a levantar as questões de segurança no trânsito com maior celeridade. E conseguiram, [[no
ano de]] 1903 criar a primeira concessão da licença para dirigir. Ocorrendo que posteriormente ?em 1906,
adotou-se no país o exame obrigatório para habilitar motoristas?.
[[No ano de]] 1954, após a histórica e trágica morte de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck assumiu o
poder do país com a promessa de ?fazer 50 anos em 5?, [[o que ficou]] conhecido como plano
Kubitscheck. Com a nova roupagem da política brasileira, dois aspectos foram muito difundidos no país: a
Construção de Brasília como cidade satélite e a criação da cultura automobística nacional.
O projeto arquitetado por Kubitscheck possuía metas ousadas e que angariavam um crescimento
econômico para o país até então não vislumbrado. Seus planos de governo eram voltados prioritariamente
nas áreas de infra-estrutura, o que incluía a construção de caminhos de estradas, pois o que o Presidente
vislumbrava era que as mesmas pudessem acompanhar a fabricação crescente que estava ocorrendo de
automóveis.
A partir dos eventos supracitados, e do fomento governamental a introdução de carros nas ruas, o
automóvel, antes tido como artigo de luxo, começou a se tornar um item popular. Consumido em massa
pela classe média, o que demonstra que na época houve um crescimento exponencial em nível social-
econômico da sociedade brasileira.
Houve a multiplicação constante das estradas que entrecortavam o país afora, houve a introdução de
avenidas e estacionamentos para acomodar o grande volume de veículos que passava então a circular
pelas ruas do país. Um fator a respeito disso é notório, [[grande parte das]] estradas e avenidas ficaram
centralizadas nas regiões sul e sudeste do país. Ficando restante das regiões com um nível de transporte
muito aquém em relação a São Paulo por exemplo. Esse desnivelamento ainda é visível no país, e não
tem perspectivas de mudança.
Consoante todo o exposto, conclui-[[se que a]] despeito da grande movimentação e volumes de veículos
que começaram a ser introduzidos no país, novas regras de trânsito e circulação precisaram ser
implementadas. [[Assim como a]] evolução do trânsito no Brasil tem surgido, os novos problemas também
surgem e necessitam de respostas estatais urgentes.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 76 of 213

A responsabilidade civil no trânsito [[é um dos]] desdobramentos que surgem com a evolução desse
aspecto da vida civil. No que concerne a regulamentação legal, tal instituto está disciplinado dentro do
Código Civil, porém também pode estar relacionado com aspectos de responsabilidade criminal, visto que
[[o número de]] ilícitos penais que podem ser cometidos na direção veicular tendem a piorar conforme
aumenta o fluxo de trânsito. O modo como se instalou a cultura do trânsito no Brasil, demonstra que os
anos prometidos por Kubitschek vieram, porém, a estrutura que o país tinha não comportava tamanho
crescimento. E acaba por gerar um crescimento desenfreado, o que acaba por gerar muito acidentes de
trânsito, e consequentemente amplia a responsabilidade do Estado e aponta a do particular.

O país ampliou sua rede de malha viária, mas de forma desordenada, sem planejamento, o Brasil nunca
conseguiu montar um sistema de trânsito que atendesse suas necessidades até os dias de hoje. Em 1986
[[o número de]] mortos no trânsito do Brasil havia sido o maior da história, alcançando segundo o Denatran
27.306 vítimas fatais. O trânsito não era prioridade, o dado não gerou repercussão na sociedade devido à
ignorância ao tema. Em 1987 o GEIPOT (Grupo Executivo de Integração [[da Política de]] Transportes,
hoje extinto), órgão do Ministério dos Transportes publicou o livro Acidentes de trânsito, flagelo nacional
evitável, onde especialistas mostravam que as vítimas de acidentes de trânsito era bem maior, o Denatran
computava apenas aqueles que morriam no local do acidente, desconsiderando aqueles que eram
encaminhados ao hospital e morriam após isso, chegaram à mais de 50.000 vítimas, mesmo assim ainda
não teve repercussão nascendo as expressões ?500.000 mortos? e ?Vietnam Brasileiro (FRANZ &
SEBERINO, 2012).

Aspectos como excesso de velocidade, somado a imprudência e má conservação das estradas,


sinalização precária, e a cultura de suborno na compra de carteiras de motoristas, sem estarem de fato os
mesmos preparados para dirigir formam o cenário atual de aumento anual na quantidade de acidentes de
trânsito.

5.3 COMO SE DEU O INICIO DA LEI DE TRÂNSITO

A primeira lei de trânsito do mundo teria surgido na Inglaterra em 1836 (CASTRO, 2014), intitulada de Lei
da ?Bandeira Vermelha?, [[pelo fato de]] obrigar os motoristas a usar uma bandeira vermelha para alertar
os pedestres, além de limitar em 10 Km/h a velocidade máxima dos veículos.
Na Inglaterra também teria surgido o primeiro projeto de semáforo, formado por duas hastes que eram
movimentadas por policiais (CASTRO, 2014), [[da mesma forma]] que ocorrem com as cancelas. Além
disso, contava também com luzes coloridas operavam à gás, permitindo assim que fossem vistas à noite.
Entretanto, esta proposta não durou mais que um mês, pois o aparato explodiu ferindo o policial.

Figura 1 ? Primeiro projeto de semáforo

Fonte: Nogueira e Valente (2018)

O modelo atual de semáforo com três cores tal como o conhecemos foi desenvolvido pelo policial William
Potts nos Estados Unidos em 1920, segundo Castro (2014). Já em se tratando do cenário brasileiro, é
possível dizer que o primeiro Código de Trânsito do Brasil se deu na forma do Decreto-Lei [[nº 3.671 de 25

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 77 of 213

de]] setembro de 1941, sendo posteriormente substituído pela Lei [[nº 5.108 de 21 de]] setembro de 1966
e pelo Código de Trânsito Brasileiro atual, em vigor desde 1997 (NOGUEIRA; VALENTE, 2018). Nogueira
e Valente (2018) definem trânsito como o movimento de veículos e pedestres [[como um todo]],
correspondendo a qualquer tipo de movimento ou deslocamento de pessoas, animais ou veículos de [[um
ponto a]] outro. [[Com base no que diz]] o Código de Transito Brasileiro é possível dizer que o trânsito diz
respeito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, individualmente ou em grupos, conduzidos
[[ou não, a]] fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

[[De acordo com as]] definições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, trânsito é tudo aquilo que
se movimenta, se locomove [[de alguma forma]], através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independentemente do local em que
está. Com isso, pode-se falar que para tudo, utiliza-se o trânsito, até mesmo para pedir uma comida para
entregar em casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade (NOGUEIRA; VALENTE,
2018, p.22).

[[De acordo com]] Castro (2014) o diferencial do Código de 1997 é [[o fato de]] ter como base a
Constituição de 1988, a Convenção de Viena e o que foi acordado no Mercosul. Já [[no ano de]] 2012, foi
sancionada a [[Lei nº 12.619, que diz respeito]] ao exercício da profissão de motorista e altera a
Consolidação das Leis do Trabalho [[a fim de]] regular e disciplinar a jornada e o tempo de direção de
motoristas profissionais, entre outras questões. Mais especificamente, Nogueira e Valente (2018) apontam
que a Convenção de Viena, ou Convenção de Trânsito Viário teve o papel de padronizar a sinalização
viária, evento que ocorreu em 8 de novembro de 1968. Além disso, a sinalização de trânsito no Brasil
também se baseia nos manuais e tratados da Federal Highway Administration americana, como é o caso
do Manual on Uniform Traffic Control Devices for Streets and Highways (MUTCD).

5.4 PENALIDADES AO CONDUTOR

De fato, a lei seca foi instituída como [[uma forma de]] represaria [[em relação ao]] consumo de bebidas
alcoólicas e o uso desenfreado de veículos com as alterações mentais que essa acarreta, buscando assim
uma redução relativa nos acidentes com vítimas fatais ou não. Para Malta (2014) tal legislação foi criada
[[com o intuito]] primordial de tornar as normas mais rigorosas para aqueles condutores que insistiam em
dirigir sob o efeito do uso de álcool.
O estabelecimento dessa nova legislação foi essencial para uma sensível redução nos ditos crimes de
trânsito, como os casos de mortes e/ou problemas graves de saúde causados por acidentes de automotor
, entretanto ainda não era o suficiente para que o objetivo essencial fosse alçado, que seja, uma redução
mais drástica nesses fatos, o que levou a um novo debate acerca das relações sociais no interior do
trânsito. Devemos notar que é essencial entendermos a legislação como pedagógica no ato de punir o
indivíduo que descumpra tal e para isso foi retomado a questão no interior do legislativo brasileiro, se
buscando alternativa a lei seca já existente, mas que, porém, não apresentava uma eficácia esperada.
É nesse contexto que segundo Malta (2010), houve a necessidade da promulgação [[de uma nova]]
legislação que versasse acerca do tema, o que surgiu [[no ano de 2012 com a]] promulgação da Lei
12.760 de 20 de dezembro de 2012, também conhecida como Nova Lei Seca, alterando a Lei número
9.503 de 23 de setembro de 1997, que seja o Código de trânsito brasileiro. Havia no período que a
legislação anterior estava permeada por ?falhas?, havendo [[a necessidade de]] se repensar em um novo

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 78 of 213

molde, mais severo e rígido com relação a punição de seus atores, aplicando-se tal punição como uma
forma pedagógica, dobrando a sanção administrativa e facilitando ao agente da lei para que se verificasse
a embriaguez do indivíduo, que por diversas vezes se recusava na realização do exame no momento da
fiscalização por questões constitucionais que surgiram.
Diversas foram as alterações na legislação [[ao longo do tempo]], tendo em vista diversas falhas que foram
se apresentando no momento das fiscalizações e o baixo índice na redução da mortalidade e dos
acidentes de forma geral. [[Em um primeiro momento]] se tornou complicado a aplicação diante da
dificuldade em se comprovar a embriaguez, tendo em vista que esta só seria possível diante de um exame
de sangue ou por meio dos bafômetros que ainda eram demasiadamente caros para o Estado, bem como
[[pela possibilidade de]] recusa em se realizar o exame, tendo em vista que a Legislação brasileira
protege o indivíduo de produzir provas contra si mesmo, porém não seria superior ao ato do agente
público em atuar na defesa da coletividade, havendo um debate muito grande em torno do assunto.
Após uma alteração da legislação, foi possível que o agente público de segurança provasse os fatos [[por
meio de]] testemunhas e câmeras que filmam a atuação deste em sua rotina. Outra mudança importante é
aplicável ao bolso, forma pedagógica que alterou os valores de R$ 957,70, se tornando muito mais
rigorosa, passando a contabilizar R$ 1.915,40.
Assim como os valores, [[a quantidade de]] dosagem no sangue também passou [[a ser mais]] rigorosa,
que segundo Alves (2014), passou de 0,1 mg/L no ar advindo do pulmão para 0,05 mg/L. Atualmente a Lei
se tornou ainda mais rigorosa, não se admitindo nenhuma dosagem, e a multa chegando ao valor de R$
2.934,70, sendo instaurado processo administrativo com a perda da licença para dirigir pelo período de 12
meses, e nos casos em que resultem em acidente com vítimas, podendo o indivíduo ser punido conforme
o Código Penal Brasileiro, inclusive com penas restritivas de liberdade.

5.5 O CONCEITO HUMANO E CONDUTA SOBRE AS CAUSAS DE ACIDENTES NO TRÂNSITO


PROVOCADOS PELA EMBRIAGUEZ

Com o desenvolvimento dos meios de comunicação (televisão, rádio, internet, jornais e revistas)
necessários e importantes no mundo atual, a velocidade de disseminação da informação aumentou
rapidamente, envolvendo um [[grande número de]] pessoas. Como resultado, histórias sobre acidentes de
trânsito e mortes envolvendo álcool e direção estão se tornando cada vez mais comuns.
Muitas vezes, esses eventos acabam sendo desastres, onde a vida se extingue ou várias consequências
persistem [[ao longo dos anos]], o que nos deixa confusos, pois, apesar de várias campanhas que falam
sobre esse assunto e suas consequências, [[como, por exemplo]]: altos índices de mortes. , [[no entanto,
ainda]] existem muitas dúvidas sobre o assunto e a principal delas está relacionada aos perigos de dirigir
sob o efeito do álcool. Mas por [[que esse tipo de]] morte continua acontecendo? Existe algum problema
com o programa de treinamento para futuros motoristas? (CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE
E ÁLCOOL, 2014).
As consequências associadas ao consumo de álcool significam [[uma redução da]] capacidade: de ver a

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 79 of 213

velocidade real a ser percorrida, de ver potenciais obstáculos na estrada e de manter o controlo do veículo
. Com isso, o motorista tem grande dificuldade de visualizar, por exemplo, uma motocicleta ao seu lado ou
um pedestre atravessando a via. Além disso, motoristas sob efeito do álcool enxergam apenas o que está
à sua frente, reduzindo sua visão periférica, o que dificulta sua reação diante de uma situação ruim ou
qualquer acontecimento, que pode levar ao pior. cenário de caso, acidente de trânsito com vítimas fatais
(MORENO, 1998 apud DOS SANTOS NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
O comportamento de motoristas embriagados varia de pessoa para pessoa e depende da quantidade de
álcool consumida, levando a diferentes tipos de reações: da felicidade à depressão, e talvez até
agressividade. Desta forma, uma pessoa com comportamento autodestrutivo, longe de sua boa condição
física e mental, pode dirigir?

5.5.1 CONCEITO

A palavra álcool tem vários significados, desde uma classe de compostos orgânicos, em toda a sua
estrutura, um ou mais grupos hidroxila (?OH) ligados a carbonos saturados, a óleos e solventes. Mas no
caso das bebidas alcoólicas, onde o álcool é um de seus componentes, a palavra álcool indica, neste caso
, etanol (CH3CH2OH), também conhecido como álcool etílico (C2H5OH). A substância em questão é
composta por moléculas contendo dois átomos de carbono (C), cinco átomos de hidrogênio (H) e um
grupo hidroxila (?OH) e possui as seguintes características: ser líquida à temperatura ambiente, incolor,
volátil, em chamas e totalmente . Solúvel em água.
A utilização do etanol se dá em diversos ramos da indústria como: nas indústrias de combustíveis,
perfumaria, farmacêutica e de bebidas. Historicamente, as relações humanas têm sido dominadas pelo
álcool. Como prova disso, estão as primeiras descobertas arqueológicas de álcool pelo homem, datadas
de 6000 AC. É claro que essa antiga prática de beber álcool foi preservada por muito tempo e está
associada à cultura. Entre as bebidas alcoólicas relatadas no período antigo (Medium) havia duas que
eram consideradas populares e potáveis: o vinho e a cerveja. Apesar de serem amplamente consumidas
pela sociedade da época, não se sabe explicar [[o processo de]] produção dessas bebidas [[por meio da]]
fermentação da uva, [[no caso do]] vinho, e da cevada, no caso da cerveja. (KRAUSZ, 2003 apud LEAL;
DE ARAUJO; PINHEIRO, 2013).

4.5.2 DISPUTAS DE VELOCIDADE NO TRÂNSITO

Observa-[[se que a]] Lei [[nº 12.971, de 09 de maio de]] 2014 alterou o Código de 1997, introduzindo [[uma
série de]] inovações, como é [[o caso das]] alterações nos tipos de quatro delitos já previstos em lei
(PORTELA, 2015), sendo eles lesão e morte culposa no trânsito, embriaguez ao volante e participação em
disputas automobilísticas não autorizadas, comumente chamadas de ?racha?.
A Lei nº 12.971/2014 previu um período de vacatio legis, programando a sua entrada em vigor apenas [[a
partir do]] dia 01 de novembro de 2014. Não custa lembrar que a lei não teve eficácia nesse período de
suspensão de sua vigência nem mesmo para beneficiar o réu, segundo entendimento do STF, [[uma vez
que o]] referido interstício de prova pressupõe a possibilidade [[de que a]] norma seja revogada. [[O que
não]] impede, no entanto, a eficácia retroativa da lex melior, afetando inclusive os fatos praticados [[no
período de]] vacância, quando efetivamente entrar em vigor o diploma legislativo, conforme regra
corriqueira de aplicação e interpretação das normas penais, que reflete um dos corolários do princípio da

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 80 of 213

legalidade (PORTELA, 2015, p.14).


Já as alterações administrativas, são descritas por Portela (2015) como um substancioso incremento das
sanções pecuniárias (multas) envolvendo disputas de corridas, promoção e participação em competições
de perícia veicular que não possuem autorização, ultrapassagem na contramão, em local impróprio e
passagem forçada entre veículos em sentidos opostos.
Em seu estudo, Giareta (2016) interpreta o racha partindo da noção de crimes de mera conduta e lesão,
sendo que o primeiro conta com um resultado naturalístico, [[na forma de]] crimes de simples atividade ou
merca conduta (desvalor da conduta), e o segundo conta com resultado jurídico, [[na forma de]] delitos de
lesão (desvalor do resultado).
Figura 2 ? Inovações [[da Lei n]]º 12.971/2014

Fonte: Governo de Goiás (2016)

Além disso, os crimes de trânsito também podem, em seu entendimento, ser classificados entre próprios e
impróprios, sendo que os delitos próprios de trânsito se configuram como aqueles que só podem ser
cometidos no contexto da circulação de veículos (GIARETA, 2016). Como é o caso de racha, embriaguez
ao volante, direção sem habilitação, velocidade incompatível com um determinado espaço e entrega de
direção de veículo a pessoas inaptas para tal atividade. Já os delitos impróprios não dependem
exclusivamente do contexto da circulação de veículos, a exemplo do homicídio culposo.
Portanto, Giareta (2016) descreve em primeiro lugar o racha como uma conduta socialmente reprovável
que expõe a comunidade à um perigo concreto, considerando como um delito próprio. Neste sentido,
chama a atenção para [[o fato de que a]] lei de 2014 alterou no artigo 308 o termo ?dano potencial? por
?gerando situação de risco?. O que implica em dizer que no primeiro caso existe apenas a especulação
acerca da possibilidade de dano, enquanto que o termo ?gerando situação de risco? aponta para uma
possibilidade concreta de risco à integridade física.

Observe-[[se que a]] redação do tipo básico, bem como a suas penas (detenção de dois a quatro anos e
proibição ou suspensão [[de se obter]] a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor) foram
mantidas. Trata-se de um crime culposo, que, portanto, sempre ensejará a substituição da pena privativa
de liberdade pela restritiva de direitos, cumpridos os outros requisitos da legislação penal (ser o réu
primário e fazendo-se presentes as outras circunstâncias pessoais que recomendam a substituição)
(PORTELA, 2015, p.15).

Para Portela (2015), uma das principais inovações trazidas pela Lei nº 12.971/2014 se encontra no inciso
segundo do artigo 302, no qual se tipificam duas formas qualificadas de homicídio culposo, o cenário
formado por capacidade psicomotora alterada do condutor em decorrência de embriaguez alcoólica ou
causada por outra substância entorpecente, ou então o cenário formado por óbito decorrente de corridas,
disputas, competições e demonstrações de perícia veicular que não foram permitidas pela autoridade de
trânsito, como é o caso do racha.

5.5.3 EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Os motoristas brasileiros convivem diariamente em meio a diversas questões polêmicas que se espalham

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 81 of 213

rapidamente pelo país, uma delas diretamente relacionada à ligação entre bebidas alcoólicas e condução
de veículo automotor. Todos os anos, milhares de pessoas são vítimas de acidentes de trânsito causados
??por motoristas irresponsáveis ??que associam beber e dirigir veículo automotor. Essa combinação de
embriaguez ao volante, devido ao seu enorme poder destrutivo, causou alvoroço entre os que a
presenciaram, motivo pelo qual notícias [[sobre o tema]] foram amplamente divulgadas pela mídia.
Para tanto, o governo se mobilizou e, após muitas discussões [[sobre o tema]], editou a Lei [[nº 11.705, de
19 de]] junho de 2008, popularmente conhecida como "Lei Seca", cujo objetivo é combater o problema do
alcoolismo e um dos suas ferramentas é A natureza punitiva da nova lei (NUNES, 2013).
Mas antes de entrarmos no hype [[em torno de]] dirigir embriagado, alguns conceitos devem ser melhor
compreendidos. Código de Trânsito Brasileiro (CTB), promulgado em seu Art. pela Lei [[nº 9.503 de 23 de]]
setembro de 1997. 1º, § 1º, Trânsito é ?a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isoladamente ou em grupos, conduzidos ou não tripulados, para circulação, estacionamento,
estacionamento e operações de carga e descarga?. Este conceito deve ser levado em consideração, pois
ao nos deslocarmos devemos obedecer as regras de trânsito independentemente do meio de transporte
que utilizamos.

4.5.3.1 Como o álcool é absorvido pelo organismo

O álcool proveniente do uso de bebidas alcoólicas, dependendo da quantidade consumida, causa diversos
efeitos no corpo humano. Mas antes de enunciar [[os resultados de]] sua inclusão, é muito importante
definir alguns conceitos que colocarão o aluno no problema em questão (CARLINI et al., 2001).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), medicamento é ?qualquer entidade química ou mistura
de entidades (mas excluindo aquelas necessárias para manter a saúde, como água e oxigênio), que
altera a atividade biológica e possivelmente sua estrutura?. Em outras palavras, medicamento é toda
substância capaz de alterar o funcionamento dos organismos, física ou comportamentalmente (OMS9,
1981 apud CARLINI et al.; 2001). Outra explicação relevante [[diz respeito à]] definição do termo droga
psicotrópica.
Segundo a OMS (1981 apud CARLINI et al.; 2001), psicofármacos são aqueles que "agem no Sistema
Nervoso Central (SNC) produzindo alterações de comportamento, emoções e compreensão, com boas
propriedades reforçadoras e, portanto, dependentes de comportamento." (uso não autorizado de
medicamento). Isso significa que os psicotrópicos são aqueles sujeitos à dependência (OMS, 1981 apud
CARLINI [[et al.; 2001).
E]] por que é necessário entender esses conceitos? Segundo Carlini et al. (2001), Apesar do
desconhecimento de muitas pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicoativa, pois atua no
Sistema Nervoso Central, provocando uma mudança no comportamento de quem o bebe, [[além de
poder]] desenvolver dependência.
O álcool [[é uma das]] poucas drogas psicotrópicas aceitas e promovidas pela sociedade. Essa [[é uma
das]] razões pelas quais ela é vista [[de forma diferenciada]] em relação a outras drogas (CARLINI et al.,
2001, p.12). Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2004, dois bilhões de
pessoas no mundo consumiam álcool (WORLD HEALTH ORGANIZATION10, 2007 apud DOS SANTOS
NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
Com base nesses dados, a indústria de bebidas alcoólicas, para continuar divulgando a imagem de seus

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 82 of 213

produtos e atrair um [[grande número de]] consumidores, tem como principal estratégia: investir no
mercado publicitário. Nesse caso, criam campanhas publicitárias que conectam [[a imagem da]] marca
com artistas e pessoas de grande amor e apreço popular, além de explorar alguns elementos que
despertam a atenção do público: praias, mulheres e festas.
Após essas informações, podemos mensurar o quão destrutivo e destrutivo é o poder do álcool, que
pode afetar o organismo de diversas formas. Isso, claro, depende da quantidade de álcool consumida e
dos detalhes de como cada órgão humano processa o álcool, [[o que pode]] causar um efeito maior ou
menor no organismo. Além disso, é importante ressaltar que [[os efeitos do]] álcool causam outros
distúrbios que afetam outros aspectos do trabalho de uma pessoa, como na família e no trabalho.

5.5.3.2 Métodos de verificação do álcool no sangue

Desde 2012, está [[em vigor no]] Brasil a Lei Seca (Lei Nº 12.760/2012), delimitando que dirigir sob [[a
influência de]] álcool ou qualquer outra substância psicoativa se configura como infração gravíssima, para
a qual cabe punição [[na forma de]] multa e suspensão do direito de dirigir, bem como retenção do veículo
(SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014).
Observa-[[se que o]] risco relativo de se envolver em um fatal acidente de trânsito entre motoristas que
contam com uma taxa de alcoolemia entre 0,5 e 0,79 gramas de álcool por litro de sangue chega a ser
sete vezes maior em comparação com motoristas que não possuem álcool no organismo. Entretanto,
Souza, Hi e Gonzalez (2014) também consideram que não existe consenso em torno dos falsos positivos
que podem ser acusados em decorrência do consumo de alimentos e medicamentos que tenham álcool
em sua composição, ou então antissépticos bucais.
Se o teste para a detecção do teor alcoólico no organismo de uma pessoa for realizado através do
etilômetro, a presença da substância pode provocar um resultado positivo, desde que o teste seja
realizado imediatamente após o consumo (DPRF, 2013). [[De acordo com]] relatórios da Organização
Mundial de Saúde de 2011, o uso prejudicial do álcool resulta em cerca de 2.5 milhões de mortes todos os
anos. Aproximadamente 320.000 jovens entre 15 e 29 anos morrem de causas relacionadas com o álcool,
resultando em 9% das mortes neste grupo. O álcool é o terceiro maior causador de doenças no mundo, o
primeiro no Pacífico Ocidental e nas Américas e o segundo maior na Europa (SOUZA; HI; GONZALEZ,
2014, p.2).
Conforme Prates (2012) existem atualmente três métodos principais para a detecção do nível da presença
de etanol em um organismo: O método enzimático, baseado na utilização de saliva como matriz e na
aplicação de reagentes ao álcool, como é o caso de desidrogenase e álcool oxidase. Há aquele em que se
utiliza o ar exalado como matriz [[com o objetivo de]] se gerar uma corrente elétrica que sempre será
proporcional à concentração de etanol ingerido devido a [[um processo de]] oxidação de moléculas.
E por fim, existe ainda um método baseado em cromatografia gasosa com detector de ionização em
chama (CG-DIC), acoplado com técnica de extração em espaço confinado, tendo como objeto de estudo o
sangue (PRATES, 2012). Em seu estudo, também apresenta um resumo das principais metodologias e
suas limitações.

Quadro 1 ? Comparação entre as metodologias para [[a análise de]] etanol e suas limitações
Fonte: Governo de Goiás (2016)

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 83 of 213

O álcool se encontra no topo da lista de substâncias tóxicas encontradas no cotidiano da toxicologia


forense [[pelo fato de que a]] maioria significativa de cenários envolvendo acidentes fatais, mortes
traumáticas, suicídios e crimes violentos contam com a participação de indivíduos alcoolizados (SOUZA;
HI; GONZALEZ, 2014).
Compreende-[[se que o nível de]] etanol no sangue depende de três fatores principais, sendo eles a dose
ingerida, a velocidade de absorção pelo trato digestivo e [[a capacidade de]] eliminação pelo organismo
[[por meio da]] biotransformação e excreção. Entretanto, Souza, Hi e Gonzalez (2014) também apontam
que a velocidade de absorção também sofre a influência da quantidade de álcool ingerido, a ingestão ou
não ingestão de alimentos antes do consumo alcoólico, e a massa corporal, entre outras possibilidades.
No Brasil, a realização das análises toxicológicas com fins forenses em fluidos biológicos, é feita em
laboratórios que pertencem às Secretarias de Segurança Pública e nos Institutos Médico-Legais (IML) dos
respectivos estados. É importante levar em consideração não só a toxicocinética (absorção, distribuição,
biotransformação e excreção) e a toxicodinâmica (mecanismo de ação) da substância a ser analisada,
mas também o histórico, para que a escolha do material seja adequada, e sejam feitas as pesquisas de
xenobióticos (compostos químicos estranhos ao organismo) ou dos produtos originados da sua
biotransformação (SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014, p.3).
Conforme Prates (2012), a validação de uma metodologia depende de alguns parâmetros, como
especificidade, função da resposta, intervalo do trabalho, sensibilidade, exatidão, precisão, limite de
detecção, limite de quantificação e robustez.

5.5.3.3 Infração administrativa e penal ao condutor embriagado

Se um motorista visivelmente embriagado não é preso, isto certamente causará espanto e indignação na
população. Entretanto, esta atitude não é viável de pronto, pois [[de acordo com]] Gonçalves (2013), cabe
apenas [[a aplicação de]] medidas administrativas, como a apreensão da carteira e a retenção do veículo.
Portanto, Gonçalves (2013) afirma que não caberia nem mesmo a condução coercitiva do motorista à
delegacia de polícia ou qualquer outro local onde se pudesse realizar exame médico. Embora a recusa
permita [[a aplicação de]] penalidades e medidas administrativas. O que no entanto, não significa que o
CTB não tenha em seu bojo a previsão dos possíveis crimes de trânsito, o que efetivamente se encontra
delimitado nos artigos 291, 302, 303, 307, 308 e 309, e em se tratando especificamente do cenário de o
motorista se encontrar sob o efeito do álcool, o artigo 306.

Para Gonçalves (2013), isto gera uma controvérsia, pois embora o texto seja claro ao definir o limite de
seis decigramas para a tolerância alcoólica, entende [[que para os]] delitos que não envolvam crimes, é
possível dizer que o limite de tolerância alcoólica seja de dois decigramas, tal como propõe o inciso
segundo do artigo 1º do Decreto nº 6.488/08.
[[De acordo com]] Silva (2017), [[a fim de]] atualizar o Código de Trânsito Brasileiro e endurecer as penas,
foi sancionado em 4 [[de Maio de]] 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, a Lei nº 13.281, sendo que
uma de suas principais inovações diz respeito ao valor das multas e o limite de suspensão da carteira
nacional de habilitação do motorista (Tabela 1).

Tabela 1 ? Valores atualizados das multas


Fonte: Silva (2017)

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 84 of 213

Silva (2017) chama a atenção para [[o fato de que]] os valores não eram reajustados desde 2001,
momento [[em que foi]] extinto o índice UFIR de referência, ficando estabelecido que o valor seria tabelado
e só poderia ser alterado novamente [[por meio de]] Lei Federal.
Em seu estudo, Rocha (2018) define o crime de embriaguez ao volante como uma norma penal em branco
e heterogênea, [[pelo fato de]] necessitar de complementação. [[Ou seja, as]] normas penais em branco
podem ser descritas como de conteúdo incompleto ou vago e que exigem complementação oriunda de
outra norma jurídica, como leis, decretos e regulamentos. Gonçalves (2013) menciona como crimes
previstos no Código de Trânsito:

5.5.3.4 Procedimento adotado pelo Estado caso o condutor se negue ao exame do etilômetro

É possível afirmar que o ordenamento jurídico brasileiro foi construído [[de forma que]] o indivíduo é
presumivelmente inocente, [[o que faz com que]] sua culpa deva ser comprovada mediante o devido
processo legal (GONÇALVES, 2013). Portanto, compreende-[[se que um]] cidadão [[não pode ser]]
obrigado a fazer o teste do etilômetro, devido ao entendimento [[de que o]] motorista [[não pode ser]]
considerado presumidamente alcoolizado nem tampouco produzir provas contra si mesmo, tal como prega
o princípio ?nemo tenetur se detegere?.
A Carta Magna traz em seu artigo 5°, inciso LXVI: ?o preso será informado de seus direitos entre os quais
o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e do advogado?. Este direito
assegurado na Constituição Federal de 1988 [[apresenta-se como]] uma das variáveis do princípio do
nemo tenetur se detegere, o qual ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo (ROCHA, 2018, p
.19).
Uma noção que encontra respaldo legal não apenas na Constituição de 1988, mas também na Convenção
Americana de Direitos Humanos, em específico em seu artigo 8º. No qual se definiu que toda pessoa
acusada de algum delito tem o direito a presunção de inocência [[até o momento]] em que se comprove
legalmente sua culpa (GONÇALVES, 2013).
Neste sentido, Gonçalves (2013) chama a atenção para [[o fato de que a]] tendência predominante no
universo doutrinário é a de entender que [[as normas internacionais de]] direitos humanos estão acima do
ordenamento jurídico de cada Estado, [[pelo fato de]] exprimirem certa consciência ética universal.
Observa-se que originalmente, a configuração de infração administrativa implicava na constatação de
concentração de seis decigramas de álcool por litro de sangue, tal como delimitado pelo artigo 276 do
Código de Trânsito (SILVA, 2017). Entretanto, esse texto legal não se mostrava efetivo pois os motoristas
se recusavam a [[realizar os testes de]] alcoolemia ao entenderem que não deveriam produzir provas
contra si mesmo, tal como prega a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Ou como expõe Gonçalves (2013), ?Então, uma dúvida surge: como fazer o teste do bafômetro sem
assumir a culpa, respeitando o princípio da não incriminação, o Nemo tenetur se detegere? (GONÇALVES
, 2013, p.11). Diante desta situação, buscou-se [[por meio da Lei n]]º 11.275/2006 alterar o artigo 165 do
Código de Trânsito, objetivando dispensar a medição alcoólica, bastando [[a análise de]] aspectos
característicos de embriaguez no motorista por parte do agente de trânsito (SILVA, 2017).
Nota-[[se, que a]] diferença deste artigo foi quanto à suspensão do direito de dirigir. O condutor de veículo
automotor que infringir o artigo 165 do CTB, atualmente, terá o direito de dirigir suspenso por doze (12)
meses. Sob a égide da norma anterior, a pena da suspensão do direito de dirigir variava [[de acordo com o
que]] estabelecia o artigo 261 do CTB (SILVA, 2017, p.7).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 85 of 213

É possível observar alterações semânticas que evidenciam o rigor do novo ordenamento jurídico, como é
o caso do artigo 277 do Código de Trânsito Brasileiro, pois a expressão ?sob suspeita de haver excedido
os limites previstos no artigo anterior? foi substituída por ?sob suspeita de dirigir sob [[a influência de]]
álcool?. Em resumo, Silva (2017) afirma que o motorista que se recusar a participar [[do teste de]]
alcoolemia será apenado em concordância com as medidas administrativas do artigo 165.
5.6 HOMICIDIO NO TRÂNSITO DISCUTIDO SOBRE [[O QUE É]] CULPA OU DOLO

Em seu estudo, Teles (2019) defende que o dolo eventual se materializa [[a partir do]] momento em que o
agente prevê o resultado e o aceita, ao se mostrar indiferente quanto aos seus nefastos contornos. Para
[[o caso da]] culpa consciente, o agente igualmente prevê o resultado, entretanto, não assume [[o risco
de]] produzi-lo nem tampouco o aceita, ao acreditar que tal desfecho dificilmente ocorreria por se sentir
capaz de evitá-lo. Portanto, observa-[[se que as]] diferenças entre estes dois conceitos são bastante sutis,
dificultando assim, a aplicação pelo magistrado.
Conforme a literatura e outros estudos acerca do tema, pode-se verificar que este assunto é controverso,
sensível e de muitas discussões acaloradas, já que a tipificação do dolo, [[tendo como base]] a
embriaguez voluntária, [[não pode ser]] banalizada, sob pena do menosprezo das decisões judiciais. É fato
que a manifestação veemente da sociedade, [[por si só]], não detém competência a transformar condutas
cristalinas culposas, em dolosas ou vice-versa (ARAUJO, 2015, p.57).

Soma-se a isso [[o fato de]] não ser possível acessar a mente do agente no momento de sua conduta,
levando ao insólito desfecho, [[a fim de]] avaliar com mais clareza se este ente agiu ou não dolosamente.
Assim, Teles (2019) defende que o ideal é afastar a análise subjetiva e se aferrar as circunstâncias
objetivas e elementos do tipo no caso concreto, a exemplo do cenário em que o crime ocorreu, [[de que
forma]] se concretizou (o desfecho) e a culpabilidade do agente, de forma delinear da melhor forma
possível a situação fática.
Ou como expõe Araújo (2015), [[para todos os]] efeitos a diferenciação entre o dolo eventual e a culpa
consciente acaba [[tendo como base]] de apoio os fatores psicológicos de quem está analisando o caso, o
que abre espaço para divergências doutrinárias e jurisprudenciais, insegurança jurídica em suma.
No entendimento de Teles (2019), o atual Código Penal trata o crime doloso como a regra, e a culpa como
exceção, visto que a culpa deve estar prevista no próprio tipo penal, o que no entanto, não significa dizer
que o dolo eventual possa ser configurado de forma automática sem antes se analisar as circunstâncias
fáticas do caso em questão. ?Destarte, [[não se pode]] generalizar a imputação a título doloso de forma
imperativa. Faz-se necessário examinar as particularidades do caso concreto? (ARAÚJO, 2015, p.57).
Em que pese a subjetividade da questão, Araújo (2015) considera como fundamental a manifestação de
uma certeza em matéria da exteriorização da vontade do agente e comprovação probatória [[a fim de]] que
não sejam feridos dois princípios basilares do direito, a presunção de inocência e o ?in dubio pro réu?.
Levando em consideração [[que apesar da]] comoção social que possa surgir [[em torno de um]] caso,
seria uma leviandade definir como dolo eventual todo cenário formado por homicídio praticado por
condutor sob efeito de bebida alcoólica, em específico quanto restar dúvida quanto ao animus dolandi.
Conforme Teles (2019), permanecendo duvidas acerca da aplicação do dolo eventual e da culpa
consciente, esta última deve prevalecer em razão da primeira, levando em consideração o princípio do in
dubio pro reu, ou seja, pela falta de indícios suficientes que tragam alguma certeza sobre a presença do
dolo na conduta do agente que possam passar pelo escrutínio do Tribunal do Júri, cabe ao magistrado
aplicar a situação mais benéfica ao réu.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 86 of 213

E Teles (2019) segue nesta mesma linha, [[ao afirmar que a]] teoria da culpa consciente para os crimes de
homicídio no trânsito deva ser aplicada nas hipóteses em que o ente a ser julgado não assume o risco do
resultado, repudiando assim, o resultado não desejado. Uma aferição que não deve ser feita a partir da
análise de elementos subjetivos, mas por critérios objetivos e elementares do tipo.
Entretanto, chega-se a conclusão de que para ser possível a aplicação do dolo eventual, não chega a ser
necessário que a vontade do agente seja constatada, mesmo por que isso depende quase que
exclusivamente de uma confissão do agente, o que raramente ocorre (TELES, 2019).
Levando em consideração o que foi exposto, Teles (2019) considera que as alterações propostas pela lei n
º 13.546/2017 tem [[o objetivo de]] sanar dúvidas e preencher lacunas em matéria da aplicação do dolo
eventual e culpa consciente para os casos envolvendo crimes de trânsito, embora esta iniciativa não tenha
sido inteiramente bem sucedida.

5.7 JURISPRUDÊNCIA SOBRE HOMICÍDIOS OCORRIDOS PROVENIENTES DE PESSOAS


EMBRIAGADAS NO TRÂNSITO BRASILEIRO

Em artigo para a página virtual do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (2020), é
discutido se o crime de embriaguez ao volante se configura como crime de homicídio culposo na direção
de veículo automotor. E observa-se a existência de duas correntes distintas, uma desfavorável a este
entendimento e uma favorável.
Entre [[aqueles que não]] acreditam nesta tese, reside o entendimento de que não há que se falar em
absorção do crime de embriaguez ao volante pelo crime de homicídio culposo, pois o primeiro delito não
se configura como meio necessário nem tampouco consistiu de fase de preparação ou execução do
segundo (TJDFT, 2020).

Já entre aqueles que defendem a tese, reside o entendimento [[de que o]] crime de embriaguez ao
volante é antefato impunível do crime de homicídio culposo no trânsito, pois a embriaguez na direção do
veículo automotor consistiu na violação do dever de cuidado apta à produção do desfecho de óbito,
levando a conclusão que é da essência do homicídio culposo [[a falta de]] zelo (TJDFT, 2020).

16/07/2015, Segunda Turma Criminal, Publicado no DJE: 22/07/2015).

CONCLUSÃO

De tudo o que foi visto, conclui-[[se que a]] embriaguez é mais do que [[o simples fato]] de consumir álcool
, verificamos que existem tipos e tipos de embriaguez. Além disso, é muito importante distinguir cada um
desses tipos e tipos de direito penal. Examinamos neste trabalho a responsabilidade penal de uma pessoa
com embriaguez patológica, atingimos [[o objetivo de]] discorrer sobre [[os tipos de]] embriaguez, sua
culpabilidade, e analisamos as possíveis formas de prender o réu culpado que padece desta patologia e
passar. estas condições.
Como já discutimos, quando falamos em embriaguez patológica, fica sempre muito claro que se trata de

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 87 of 213

um problema mental, onde a ação de uma pessoa que ingere bebidas alcoólicas a deixa embriagada, até
privá-la da compreensão consciente de suas ações, o que o torna parcial ou completamente incapaz de
distinguir de transgressão. A lei penal deve entender que a embriaguez patológica é uma doença mental e
quando determina a incapacidade de toda a pessoa compreender a incorreção da verdade, torna-a
inocente e inclui em si a hipótese de absolvição, conforme confirmado no art. 26, do CP.
Além disso, vejamos que o paciente patológico quando comete um ato punível, dado o estado reduzido de
força, não é pego e terá uma pena reduzida. No caso da embriaguez patológica, pode ser tomada como
medida protetiva que é considerada uma isenção injusta, com uma pessoa completamente incapaz de
enxergar a realidade ilícita. No caso de privação parcial da consciência, a pena pode ser reduzida de um a
dois terços. A embriaguez causada pela doença não é evidenciada pelo laudo da psicóloga da área
criminal.
[[Com o objetivo de]] se posicionar como pesquisa moderna, foram trazidos à discussão os autores que
conseguem manter a uniformidade em seus estudos, com ideias que podem romper a [[questão do tempo
e]] se manterem atuais por muito tempo, para que no futuro pode ser uma inspiração para novos
pesquisadores que queiram usar esta pesquisa como um referencial teórico para suas novas pesquisas e
sua maneira de fazer as coisas. [[A busca por]] esses trabalhos será feita [[por meio de]] bases de dados
universitárias, sites especializados na publicação de artigos científicos e trabalhos já publicados que
atendam ao tema aqui proposto.
Fica claro, portanto, [[a relevância de]] se fazer um estudo minucioso acerca desta temática, que em meios
acadêmicos, ainda é pouco desenvolvida, em comparação ao tamanho de sua contribuição para a ciência
[[como um todo]]. Em cima desta visão, é esperado, ao fim da apresentação, que o trabalho consiga
desenvolver o debate e responder as questões aqui desenvolvidas com o auxílio de periódicos da área,
[[com o objetivo de]] sanar quaisquer dúvidas que o leitor pode ter acerca do tema.
Por fim, é preterido, também, que o trabalho se coloque na mesma mesa dos especialistas da área,
podendo servir futuramente como material teórico para novas pesquisas que queiram fazer uma
abordagem ainda mais profunda, onde poderia utilizar o presente trabalho para tal objetivo, [[com a
finalidade de]] trazer essas ideias para a discussão com a ajuda de periódicos da área que realizam
pesquisas detalhadas e científicas, para que no futuro, esse trabalho seja colocado na mesma mesa com
especialistas e também possam servir como inspiração para novos estudiosos que queiram trazer uma
nova abordagem e que possam usar este trabalho como referência teórica.

REFERÊNCIAS

Metodologia MatrizLimitações
Enzimática SalivaAnálise colorimétrica indireta (metabólitos)
EletroquímicaAr exaladoBaixa reprodutibilidade
Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização em ChamaSangueMatriz de difícil acesso

GravidadeValor Anterior R$Valor Reajustado/2016 R$


Leve53,2088,38
Média85,13130,16
Grave127,69195,23
Gravíssima

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 88 of 213

=================================================================================
Arquivo 1: (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Arquivo 2: https://www.uol.com.br/carros/colunas/doutor-multas/2020/06/24/lei-seca-o-que-mudou-em-12-
anos-e-como-tem-funcionado-durante-a-pandemia.htm (1184 termos)
Termos comuns: 80
Similaridade: 0,75%
O texto abaixo é o conteúdo do documento (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://www.uol.com.br/carros/colunas/doutor-multas/2020/06/24/lei-seca-o-que-mudou-em-12-anos-e-
como-tem-funcionado-durante-a-pandemia.htm (1184 termos)

=================================================================================
Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho adequado ao modelo desejado

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 89 of 213

PROJETO DE PESQUISA

APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

A responsabilidade é um fator importante no trânsito, pois atitudes simples podem influenciar a vida das
pessoas, principalmente quando alguém decide ingerir bebida alcoólica e, logo após, dirigir. Esse tipo de
situação nos leva a uma série de questionamentos que nos levam a questionar se a lei vigente que trata
especificamente do trânsito é justa e eficaz.
O uso abusivo de [[álcool é um]] problema grave da sociedade atual, sendo que esta é uma substancia
que causa dependência física e psíquica e tem sido [[cada vez mais]] comum encontrar adolescentes e
jovens que fazem uso indiscriminado [[de álcool e]] outras drogas. Sabe-se que o uso indiscriminado do
álcool faz com a pessoa se exponha e exponha outras pessoas a situações de risco, já que é uma
substancia capaz de afrouxar as noções de certo e errado. Dessa forma é comum, pessoas cometerem os
mais diversos crimes estando alcoolizadas.
Portanto, crimes envolvendo embriaguez, estão [[cada vez mais]] presentes nos tribunais brasileiros,
Silvestrim (2002) coloca que há diversos casos de imputabilidade, inimputabilidade e diminuição da
culpabilidade e aumento de pena em casos de embriaguez.
Sabe-se que casos de embriaguez estão [[cada vez mais]] comuns nos tribunais brasileiros. Como deve-
se proceder em um caso de um crime em que o réu estava sob influência do uso abusivo de álcool?

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROBLEMA

Atualmente há um alto índice de crimes cometidos após o uso abusivo de álcool, dessa forma o tema está
muito presente nos tribunais brasileiros, sendo tema de opiniões divergentes entre os juristas. Dessa
forma, o presente trabalho justifica-se pela importância que o tema tem não somente nas discussões
atuais no âmbito do direito, mas também nas discussões sociais sobre o alcoolismo e sua influencia sobre

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 90 of 213

o homem.
As bebidas alcoólicas, diretamente relacionadas às grandes festas e comemorações, sempre fizeram parte
do cotidiano de nossa sociedade, independentemente do nível de escolaridade ou classe social. Devido
às suas propriedades e efeitos no corpo, tornou-se parte do nosso dia a dia, tornando-se uma das formas
únicas para quem quer relaxar ou se divertir com responsabilidade, sem exageros. Além de sua
importância social para o consumidor, as bebidas alcoólicas desempenham um importante papel na
economia, pois a indústria de bebidas é uma importante fonte de receita e arrecadação de impostos, com
um grande mercado mundial.
Em 2008, em 19 de junho, foi instituída [[a Lei nº 11.705, conhecida]] como ?Lei Seca?, cujo objetivo era
reduzir [[o número de acidentes]] causados ??por condutores alcoolizados e, consequentemente, diminuir
[[o número de]] vítimas no trânsito brasileiro. Nesse caso, a referida lei prevê penalidades para quem
ingere bebidas alcoólicas e dirige veículos. Esta lei, além de definir o nível [[de álcool no]] sangue que
permite a um condutor conduzir embriagado, também define os meios necessários para provar que
embriagou. A fim de reduzir [[o número de]] motoristas embriagados, a lei também afetou a situação
financeira do motorista infrator.

METODOLOGIA

A metodologia consiste em uma variedade de parâmetros a partir da qual se viabiliza a realização de


pesquisa científica de modo organizado, bem delimitado e criterioso, gerando soluções para os problemas
levantados, hipóteses confirmadas/refutadas e objetivos sólidos, pertinentes e que se adequem ao estado
da questão em que o problema se insere (FONSECA, 2002). Conforme Severino (2002, p. 57), a
metodologia consiste num conjunto de métodos ou caminhos percorridos na busca do conhecimento,
sendo assim, a pesquisa é um conjunto de procedimentos sistemáticos fundamentados no raciocínio
lógico, objetivando encontrar soluções para problemas propostos, mediante utilização de métodos
científicos.
Devido à natureza da proposta que ora se apresenta, recorrerão metodologicamente à revisão bibliográfica
para a promoção de um estudo básico exploratório e qualitativo fundamentado em artigos científicos e
demais produções científico-acadêmicas que se mostrem úteis e pertinentes à pesquisa em tela. Como
revisão crítica, o foco se dará no conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável e sua devida
importância para os estudos em geografia.
O processo de geração de conhecimentos novos, compreendidos como úteis para avançá-lo cientifico,
segundo Gerhardt e Silveira (2009), apontam para uma direção da tipologia objetiva, gerando
conhecimentos novos, sendo esses embasados, sempre, em anteriores realizações que envolvam a
verdade e interesses universais.
Gil (2007), ao se debruçar a respeito da pesquisa de cunho exploratório, determina que estas pesquisas
têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento
de ideias ou a descoberta de intuições.
Goldenberg (1997) determina que, na pesquisa qualitativa, ?a preocupação do pesquisador não é com a
representatividade numérica do grupo pesquisado, mas com o aprofundamento da compreensão de um

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 91 of 213

grupo social, de uma organização, de uma instituição, de uma trajetória etc.?. A respeito do procedimento
metodológico utilizado para viabilizar a composição e estruturação desta pesquisa, onde foi utilizada a
revisão bibliográfica, destaca-se em conformidade com Santos (1999), que esta se comporta como o
processo de busca, seguida de análise e descrição de um conjunto de conhecimentos consagrados na
literatura científica que são retomados em meio à procura de respostas a uma pergunta específica.
Ainda de acordo com Santos (1999), a pesquisa científica é o instrumento intelectual do homem para
responder às suas próprias necessidades. O ser humano, insatisfeito com a sua condição no mundo,
busca explicações e soluções para sair de sua insatisfatória zona de conforto ou de desequilíbrio, e usa a
pesquisa para reorganizar a sua condição e melhorá-la perenemente, em níveis biológicos, sociais e
transcendentais.
Günther (2006, p. 202) define a pesquisa qualitativa como sendo a ?primazia da compreensão como
princípio do conhecimento, que prefere estudar relações complexas ao invés de explicá-las por meio do
isolamento de variáveis. Uma segunda característica geral é a construção da realidade.?. De acordo com
uma definição de Van Maanen (1983), as metodologias qualitativas são compostas por um conjunto de
técnicas interpretativas, que têm por meta ?retraçar, decodificar ou traduzir fenômenos sociais naturais,
com vistas à obtenção de elementos relevantes para descrever ou explicar estes fenômenos?.
Para Zanelli (2002, p. 83), a abordagem qualitativa tem como principal intento ?buscar entender o que as
pessoas apreendem ao perceberem o que acontece em seus mundos?, sendo [[por esta razão]], conforme
o teórico, ?muito importante prestar atenção no entendimento que temos dos entrevistados, nas possíveis
distorções e no quanto eles estão dispostos ou confiantes em partilhar suas percepções?.
As pesquisas qualitativas diferem das quantitativas, pois sua metodologia não se limita a registrar
simplesmente as frequências com que ocorrem determinados fenômenos. A princípio, utilizada nas áreas
de Antropologia e Sociologia, nos últimos trinta anos a pesquisa qualitativa [[passou a ser]] incluída em
outras áreas de estudo.
A pesquisa quantitativa segue rigorosamente um plano pré-estabelecido, onde as hipóteses são indicadas
de maneira clara e precisa, e a qualitativa normalmente é direcionada durante o transcorrer, sem a
preocupação básica de enumerar ou medir fatos e eventos, tampouco fazendo uso de instrumental
estatístico para a análise dos dados obtidos.
Silva e Menezes (2005, p. 20) estabelecem que haja uma relação intensa ?entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável do mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzida
em números?. Dessa forma, a partir da metodologia aqui descrita e adotada, se pretende alcançar o que é
requerido de uma pesquisa na área de licenciatura em geografia, adequada ao tema aqui abordado, que é
a sustentabilidade ambiental sob a luz do desenvolvimento.
A triagem será feita com base na correspondência com o tema e com o contexto que aqui é proposto,
além de contar com informações atualizadas contrastando com informações mais antigas, escritas em
outros contextos. Assim, a preferência se dá por fontes recentes e atualizadas, priorizando as informações
mais confiáveis e parcimoniosas acerca da temática.
Os critérios de inclusão foram: artigos que retratassem a temática presente nas bases de dados,
publicados no período do estudo, em português e inglês, relacionados aos descritores selecionados.
Critérios de exclusão: artigos que não retratassem a temática escolhida e que não estivessem associados
aos descritores selecionados. Posteriormente foi feita uma análise [[por meio de]] títulos e resumos
suficiente para o estudo em questão. Os dados serão avaliados através de interpretação, análises e
comparações de visões contrastantes de autores acerca dos assuntos trabalhados.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES, SUGESTÕES OU FORMAS DE ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 92 of 213

Compreende-se que a direção [[sob influência de bebidas alcoólicas]] ainda é um comportamento


recorrente na sociedade brasileira, sendo responsável por milhares de incidentes que podem resultar em
acidentes graves e óbito. E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem
como outras medidas tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum
indivíduo pode ser obrigado a produzir provas contra si mesmo, o que faz com que muitos motoristas se
neguem a participar do teste do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 do [[Código de Trânsito Brasileiro]] de 2014, mais especificamente o
parágrafo segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim de que não coloque a vida de mais [[pessoas em risco]]. Entretanto, compreende-se que em
primeiro lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com
este comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso [[em caso de]] acidente [[de trânsito com]] fatalidades.
Com base nos dados evidenciados pela revisão de literatura foi possível observar que a legislação
brasileira no que diz respeito ao trânsito passou por diversas transformações ao longo das últimas
décadas, levando em consideração que a primeira legislação voltada para o trânsito surgiu apenas na
década de 40.
Em 1997 este ordenamento jurídico foi atualizado para acompanhar os ditames da Constituição de 1988 e
a Convenção de Viena, buscando desta forma padronizar a sinalização de trânsito. E novamente há uma
década a legislação foi novamente revisada e atualizada, sendo que em muitos casos outros
ordenamentos jurídicos podem e devem ser utilizados de forma subsidiária, como o Código Penal em
decorrência de cenários envolvendo crimes de trânsito, como atropelamentos e batidas que resultam em
óbito.
Necessário evidenciar que [[o número de]] automóveis em circulação vem mantendo tendência de
crescimento, além do surgimento do fenômeno dos motoboys, e entregadores de aplicativos, o que pede
pela atualização do [[código de trânsito]]. Haja vista que esta configuração de coisas contribui para a
desorganização do trânsito e incidentes marcados pela negligência e imprudência no volante. Dentre eles
a situação de embriaguez por parte do motorista. Neste sentido cabe avaliar até que ponto o indivíduo agiu
com dolo ou culpa a fim de que lhe caiba uma punição justa. Compreende-se que a direção [[sob
influência de bebidas alcoólicas]] ainda é um comportamento recorrente na sociedade brasileira, sendo
responsável por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes graves e óbito.
E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem como outras medidas
tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo pode ser obrigado
a produzir provas contra si mesmo, o que faz com que muitos motoristas se neguem a participar do teste
do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 do [[Código de Trânsito Brasileiro]] de 2014, mais especificamente o
parágrafo segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim de que não coloque a vida de mais [[pessoas em risco]]. Entretanto, compreende-se que em

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 93 of 213

primeiro lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com
este comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso [[em caso de]] acidente [[de trânsito com]] fatalidades.
Observa-se que na maioria das vezes a pena é fixada no regime aberto, pois o principal interesse é
conscientizar a população em torno de um trânsito responsável. Portanto, nada impede que o juiz promova
a substituição por penas restritivas de direitos. O que traz a necessidade do desenvolvimento de outras
medidas complementares, a exemplo de campanhas educativas, endurecimento das penas e ações
fiscalizatórias mais estruturadas, estratégicas e que não sejam pontuais, com o objetivo de educar a
sociedade e punir os infratores, contribuindo assim para evitar que pessoas continuem promovendo
comportamentos que tragam risco a coletividade. Portanto, é possível dizer que a legislação de trânsito no
que diz respeito a direção sob influência do álcool passou por alterações qualitativas substanciais ao longo
dos últimos anos, [[o que pode]] ser entendido como reflexo de o tema passar a ser observado de forma
mais séria e rigorosa.

REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo começa tratando da história do trânsito, definição e sua origem e seu sistema rodoviário,
passando pela sua evolução histórica, conceitos, dentro de uma análise nos transportes rodoviários e suas
políticas adotadas, como também o que foi alterada na lei de trânsito.

5.1 HISTÓRIA DO TRÂNSITO

O nosso principal meio de locomoção, antes dos veículos, sempreforamos pés, sendo ato de caminhar.
Tempos depois tivemos outras invenções como a roda, dando assim a possibilidade de locomoção mais
rápida.
Desde o início os veículos como trenos, barcos, charretes, e carros de boi,visava somente o transporte de
bens, animais etc. e assim por último foram inventados os veículos para a locomoção de homens.
Visto que após o advento do veículo, veio a necessidade de melhorar as estradas. Segundo alguns
historiadores, muitos de alguns império foram construídos após a construção de estradas de melhor
qualidade e com isso garantindo a expansão e desenvolvimento, exemplos, os romanos, os persas. Os
Romanos foram considerados os grandes e peritos em construções de estradas, como uma rede viária de
terra sem pavimentação, mas com uma larga extensão de até 350.000 km, munidos de sinalizações e
indicações de direção e sendo os primeiros a criarem regulamentações de tráfego.
Os romanos também mostram na sua história que, constam os primeiros relatos de congestionamento na
Grécia antiga, relatos este, que [[o número de]] carro crescia e a população reclamava, pois, as ruas eram
estreitas e a locomoção era difícil.Somente no fim do século XVI, que os Romanos retomaram as
construções das estradas que foi essencial ao desenvolvimento do império até XIX.
Estradas que foram realmente de grande desenvolvimento após os romanos, foram as estradas de ferro.
Em 1771, foi constatado o primeiro automóvel criado pelo francês Nicholas Cugnot, com velocidade
estimada em 4 km por hora. No mesmo ano foi constatado o primeiro acidente automobilístico, por incrível
que parece, o acidente foi provocado pelo criador do carro, onde ao manobrar dentro do Quartel Real de
Vicenes (França), perdeu o controle e bateu no muro.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 94 of 213

No ano de 1836 na Inglaterra, surgiu a primeira lei de trânsito, chamada a ?Bandeira Vermelha?, onde
limitava na velocidade em 10 km por hora e um homem ficava a frente dos veículos indicando o limite de
velocidade.
Segundo o dicionário, trânsito seria a ação de transitar, marchar ou trafegar. Um movimento de pedestres
considerados em seu conjunto, um tráfego. Um instrumento de agrimensor, destinado a determinar
ângulos horizontais. São tantas definições, em sentido concreto e sentido figurado. Porém, o trânsito que
este artigo se refere, diz respeito ao movimento de veículos e pedestres, coexistindo. Havendo dentro
deste, o deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um local para outro.
O trânsito é uma das vertentes da sociedade civil que surgiu com o aparecimento da modernidade, criação
de carros, necessidade de se locomover a distâncias longas em um curto espaço de tempo etc. O Estado
, portanto, para regulamentá-lo instituiu o [[Código de Trânsito Brasileiro]] (CTB). No seu [[art. 1°, § 1° do
CTB]] (CTB, 2009), estabelece-se que
Considera-se como trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

O Legislador se preocupou em coibir qualquer dúvida que houvesse quanto a conceitos referentes ao
direito de trânsito. O termo trânsito foi definido como: movimentação e imobilização de veículos, pessoas e
animais nas vias terrestres. Note-se que diferentes dos dicionários ordinários, o Código trouxe a palavra
imobilização. Ao adicionar esse termo, o Código incluiu dentro de seus pressupostos, a disciplina dos
carros que estejam estacionados também, equiparando também os que se encontram colocados em
lugares proibidos (FRANZ; SEBERINO,2012). Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) ainda

Analisando as definições estabelecidas pelo [[Código de Trânsito Brasileiro]], trânsito é tudo aquilo que se
movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independente do local em que está.
Podemos dizer que para tudo utilizamos o trânsito, até mesmo para pedir um produto para entregar em
casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade.

O Trânsito é um instituto que se encontra sempre em movimento legislativo. A seriedade com a qual o
assunto é tratado decorre do nível de risco e possíveis danos que a não regulamentação necessária pode
causar. Incluindo aspectos como [[a Lei Seca]], as Blitz policiais, regularização de documento, limite de
velocidade etc.
A origem de fato do fenômeno de trânsito, não pode ser mensurada e datada de uma época específica.
Visto que o homem sempre teve a necessidade de se locomover, primeiro para a sua sobrevivência física
e mais posteriormente para assuntos mais de cunho profissional etc. Mas independente do surgimento de
meios de transporte dos mais variados modelos: aquáticos, metroviários, aéreos, terrestres etc, o modo
mais antigo de locomoção é o próprio ato de caminhar.
Conforme conceitua HONORATO (2004) nas civilizações antigas, o protótipo de locomoção mais
avançado era do Império Romano que ?criou um sistema rodoviário com mais de 100.000 Km de extensão
? com intuitos militares, de locomoção das suas tropas. Veio dai o ditado popular que diz que todos os
caminhos levam a Roma. Segundo o Autor, o método de construção utilizado na confecção de tais
empreendimentos

Primeiro, o terreno era estaqueado, para ganhar rigidez. Depois, espalhava-se sobre ele bastante calcário

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 95 of 213

grosso ? o rudus -, o qual era bem socado. Por fim, vinha uma camada de calcário mais fino ? o nucleus ?
nivelado a capricho. E só então se assentava o revestimento final: grandes pedras chatas, rigorosamente
ajustadas, que proporcionavam uma superfície lisa, ótima de se pisar. O que era muito importante, pois, no
tempo dos romanos, os exércitos se deslocavam a pé (HONORATO, 2004).

A primeira evolução que de fato se relaciona com o modo como são feitos os modelos de transporte atuais
, foi a invenção da roda. Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) a primeira indicação que tem notícias a
despeito da figura da roda, é uma figura de roda, registrada em uma placa de argila, encontrada na
Suméria em 3.500 a.C. Muitos historiadores e cientistas consideram a criação da roda, a maior invenção já
feita pelo homem. Considerando seus aspectos primários e a evolução rápida e constante que ainda sofre
. Não se sabe ao certo, quem foram de fato seus inventores, mas cunha-se o feito aos povos da antiga
Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque, há cerca de 5.500 anos, sendo utilizado primordialmente na
época por oleiros na confecção, por exemplo, de cerâmica.
A despeito de contextos históricos minuciosos, muito tempo depois do referido período acima, durante a
Revolução Industrial na França, em 1789 é que de fato problemas concernentes ao trânsito começaram a
aparecer. Foi nesse período que foi criado o motor a combustão interna e começaram a ser fabricados os
primeiros automóveis.
Deslanchou a partir de então a produção maciça de carros com motor a combustão, o que superlotou de
forma extraordinária as ruas das grandes capitais. O trânsito caótico que grandes capitais como São Paulo
, por exemplo, vivem, é decorrente direto da fomentação que ocorreu no Brasil, da baixa de impostos para
a compra de carros, depois da era Kubitschek.
Porém esse fomento não esperava que houvesse tamanho despreparo do ponto de vista da estrutura das
cidades, para comportar tantos veículos de uma só vez. A implantação de políticas públicas atuais como
os transportes coletivos, é uma forma que o Ente estatal encontrou de tentar aliviar a pressão nos trânsitos
e prevenir, de certa forma o aparecimento de índices alarmantes relacionados a [[acidentes de trânsito]].

5.2 RESPONSÁVEIS POR ADMINISTRAR O TRÂNSITO BRASILEIRO

Dentro dessa evolução do trânsito com mercadorias, trouxe um enorme alavancada com a economia e as
políticas rodoviárias e [[leis de trânsito]]. No Brasil, foram implantadas as placas de sinalização em 1930,
após já terem os carros em circulação.
Em 1938 foi criado no Brasil o Departamento de Serviço de Trânsito ?DST, sendo [[o primeiro a]] adotar
regulamentação sobre a conduta no trânsito.Mais tarde em 1941 foi criado o CNT Código Nacional de
Trânsito, sendo que no mesmo ano foi criado CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) também foi
criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem).
Somente em 1997 que foi criado o [[CTB código de trânsito Brasileiro]] Lei 9.503 de 23 de setembro de
1997, o qual tem sua aplicabilidade até então.Tivemos uma evolução significativa no trânsito Brasileiro
atualmente em 2016, que demonstra o avanço das leis, o aumento da frota de veículos e o caos causado
por tantos veículos nas ruas e estradas ao mesmo tempo. Com isso um [[número de acidentes]]
gigantesco por motoristas imprudentes e despreparados.
Por [[anos a lei]] de trânsito vem procurando uma forma de responsabilizar os seus motoristas de seus
crimes [[de trânsito com o]] intuito de dar uma resposta aos familiares que perderam os seus entes
queridos e buscam por justiça. Declarando, mais do que mostrar a importância sobre a gravidade que é

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 96 of 213

conduzir um veículo automotor sob algum tipo de substância psicoativa. Mas demonstrar que a lei puni
com severidade, aqueles que a desobedecem.
Ou pelo menos aos poucos, criar leis, decretos, jurisprudência, que venham completar as lacunas
esparsas dentro do nosso ordenamento jurídico.De acordo com o (SIM) Sistema de informações sobre a
mortalidade, do Ministério [[da Saúde, que]] no final do ano de 2016, foram registradas 37.345 mortes em
acidentes no trânsito.
No Brasil, foi apenas no ano de 1897 que chegou o primeiro automóvel, quase 100 anos depois da
invenção do mesmo. Este veículo que ficou famoso, pertencia ao ativista José do Patrocínio. Foi esse
mesmo veículo, porém como empréstimo na mão de Olavo Bilac, que na cidade do Rio de Janeiro, mais
especificamente na Barra da Tijuca, provocou o primeiro acidente de trânsito no Brasil. O acidente ocorreu
, pois o poeta não sabia de fato dirigir, e colidiu com uma árvore.
A despeito de alguns acidentes depois, o Poder Público e o Automóvel Clube do Brasil começaram
mobilizações no sentido de melhor regulamentar a segurança dentro do trânsito. Fomentaram o debate
acerca de regras de circulação que protegessem tantos os pedestres, como os motoristas. Segundo
PONTES (2009) apud OLIVEIRA (1986) autoridades estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro,
começaram a levantar as questões de segurança no trânsito com maior celeridade. E conseguiram, no ano
de 1903 criar a primeira concessão da licença para dirigir. Ocorrendo que posteriormente ?em 1906,
adotou-se no país o exame obrigatório para habilitar motoristas?.
No ano de 1954, após a histórica e trágica morte de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck assumiu o
poder do país com a promessa de ?fazer 50 anos em 5?, o que ficou conhecido como plano Kubitscheck.
Com a nova roupagem da política brasileira, dois aspectos foram muito difundidos no país: a Construção
de Brasília como cidade satélite e a criação da cultura automobística nacional.
O projeto arquitetado por Kubitscheck possuía metas ousadas e que angariavam um crescimento
econômico para o país até então não vislumbrado. Seus planos de governo eram voltados prioritariamente
nas áreas de infra-estrutura, o que incluía a construção de caminhos de estradas, pois o que o Presidente
vislumbrava era que as mesmas pudessem acompanhar a fabricação crescente que estava ocorrendo de
automóveis.
A partir dos eventos supracitados, e do fomento governamental a introdução de carros nas ruas, o
automóvel, antes tido como artigo de luxo, começou a se tornar um item popular. Consumido em massa
pela classe média, o que demonstra que na época houve um crescimento exponencial em nível social-
econômico da sociedade brasileira.
Houve a multiplicação constante das estradas que entrecortavam o país afora, houve a introdução de
avenidas e estacionamentos para acomodar o grande volume de veículos que passava então a circular
pelas ruas do país. Um fator a respeito disso é notório, grande parte das estradas e avenidas ficaram
centralizadas nas regiões sul e sudeste do país. Ficando restante das regiões com um nível de transporte
muito aquém em relação a São Paulo por exemplo. Esse desnivelamento ainda é visível no país, e não
tem perspectivas de mudança.
Consoante todo o exposto, conclui-se que a despeito da grande movimentação e volumes de veículos que
começaram a ser introduzidos no país, novas regras de trânsito e circulação precisaram ser
implementadas. Assim como a evolução do trânsito no Brasil tem surgido, os novos problemas também
surgem e necessitam de respostas estatais urgentes.
A responsabilidade civil no trânsito [[é um dos]] desdobramentos que surgem com a evolução desse
aspecto da vida civil. No que concerne a regulamentação legal, tal instituto está disciplinado dentro do
Código Civil, porém também pode estar relacionado com aspectos de responsabilidade criminal, visto que

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 97 of 213

[[o número de]] ilícitos penais que podem ser cometidos na direção veicular tendem a piorar conforme
aumenta o fluxo de trânsito. O modo como se instalou a cultura do trânsito no Brasil, demonstra que os
anos prometidos por Kubitschek vieram, porém, a estrutura que o país tinha não comportava tamanho
crescimento. E acaba por gerar um crescimento desenfreado, o que acaba por gerar muito [[acidentes de
trânsito]], e consequentemente amplia a responsabilidade do Estado e aponta a do particular.

O país ampliou sua rede de malha viária, mas de forma desordenada, sem planejamento, o Brasil nunca
conseguiu montar um sistema de trânsito que atendesse suas necessidades até os dias de hoje. Em 1986
[[o número de]] mortos no trânsito do Brasil havia sido o maior da história, alcançando segundo o Denatran
27.306 vítimas fatais. O trânsito não era prioridade, o dado não gerou repercussão na sociedade devido à
ignorância ao tema. Em 1987 o GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, hoje
extinto), órgão do Ministério dos Transportes publicou o livro [[Acidentes de trânsito]], flagelo nacional
evitável, onde especialistas mostravam que as vítimas de [[acidentes de trânsito]] era bem maior, o
Denatran computava apenas aqueles que morriam no local do acidente, desconsiderando aqueles que
eram encaminhados ao hospital e morriam após isso, chegaram à mais de 50.000 vítimas, mesmo assim
ainda não teve repercussão nascendo as expressões ?500.000 mortos? e ?Vietnam Brasileiro (FRANZ &
SEBERINO, 2012).

Aspectos como excesso de velocidade, somado a imprudência e má conservação das estradas,


sinalização precária, e a cultura de suborno na compra de carteiras de motoristas, sem estarem de fato os
mesmos preparados para dirigir formam o cenário atual de aumento anual na quantidade de [[acidentes de
trânsito]].

5.3 COMO SE DEU O INICIO DA LEI DE TRÂNSITO

A primeira lei de trânsito do mundo teria surgido na Inglaterra em 1836 (CASTRO, 2014), intitulada de Lei
da ?Bandeira Vermelha?, pelo fato de obrigar os motoristas a usar uma bandeira vermelha para alertar os
pedestres, além de limitar em 10 Km/h a velocidade máxima dos veículos.
Na Inglaterra também teria surgido o primeiro projeto de semáforo, formado por duas hastes que eram
movimentadas por policiais (CASTRO, 2014), da mesma forma que ocorrem com as cancelas. Além disso
, contava também com luzes coloridas operavam à gás, permitindo assim que fossem vistas à noite.
Entretanto, esta proposta não durou mais que um mês, pois o aparato explodiu ferindo o policial.

Figura 1 ? Primeiro projeto de semáforo

Fonte: Nogueira e Valente (2018)

O modelo atual de semáforo com três cores tal como o conhecemos foi desenvolvido pelo policial William
Potts nos Estados Unidos em 1920, segundo Castro (2014). Já em se tratando do cenário brasileiro, é
possível dizer que o primeiro [[Código de Trânsito]] do Brasil se deu na forma do Decreto-Lei nº 3.671 de
25 de setembro de 1941, sendo posteriormente substituído pela Lei nº 5.108 de 21 de setembro de 1966 e
pelo [[Código de Trânsito Brasileiro]] atual, em vigor desde 1997 (NOGUEIRA; VALENTE, 2018).
Nogueira e Valente (2018) definem trânsito como o movimento de veículos e pedestres como um todo,

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 98 of 213

correspondendo a qualquer tipo de movimento ou deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um


ponto a outro. Com base no que diz o Código de Transito Brasileiro é possível dizer que o trânsito diz
respeito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, individualmente ou em grupos, conduzidos
ou não, a fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

De acordo com as definições estabelecidas pelo [[Código de Trânsito Brasileiro]], trânsito é tudo aquilo que
se movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independentemente do local em que
está. Com isso, pode-se falar que para tudo, utiliza-se o trânsito, até mesmo para pedir uma comida para
entregar em casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade (NOGUEIRA; VALENTE,
2018, p.22).

De acordo com Castro (2014) o diferencial do Código de 1997 é o fato de ter como base a Constituição de
1988, a Convenção de Viena e o que foi acordado no Mercosul. Já no ano de 2012, foi sancionada [[a Lei
nº 12.619, que]] diz respeito ao exercício da profissão de motorista e altera a Consolidação das Leis do
Trabalho a fim de regular e disciplinar a jornada e o tempo de direção de motoristas profissionais, entre
outras questões. Mais especificamente, Nogueira e Valente (2018) apontam que a Convenção de Viena,
ou Convenção de Trânsito Viário teve o papel de padronizar a sinalização viária, evento que ocorreu em 8
de novembro de 1968. Além disso, a sinalização de trânsito no Brasil também se baseia nos manuais e
tratados da Federal Highway Administration americana, como é o caso do Manual on Uniform Traffic
Control Devices for Streets and Highways (MUTCD).

5.4 PENALIDADES AO CONDUTOR

De fato, [[a lei seca]] foi instituída como uma forma de represaria [[em relação ao consumo de bebidas
alcoólicas]] e o uso desenfreado de veículos com as alterações mentais que essa acarreta, buscando
assim uma redução relativa nos acidentes com vítimas fatais ou não. Para Malta (2014) tal legislação foi
criada com o intuito primordial de tornar as normas mais rigorosas para aqueles condutores que insistiam
em dirigir sob o efeito do uso de álcool.
O estabelecimento dessa nova legislação foi essencial para uma sensível redução nos ditos crimes de
trânsito, como os casos de mortes e/ou problemas graves de saúde causados por acidentes de automotor
, entretanto ainda não era o suficiente para que o objetivo essencial fosse alçado, que seja, uma redução
mais drástica nesses fatos, o que levou a um novo debate acerca das relações sociais no interior do
trânsito. Devemos notar que é essencial entendermos a legislação como pedagógica no ato de punir o
indivíduo que descumpra tal e para isso foi retomado a questão no interior do legislativo brasileiro, se
buscando alternativa [[a lei seca]] já existente, mas que, porém, não apresentava uma eficácia esperada.
É nesse contexto que segundo Malta (2010), houve a necessidade da promulgação de uma nova
legislação que versasse acerca do tema, o que surgiu no ano de 2012 com a promulgação da Lei 12.760
de 20 de dezembro de 2012, também conhecida [[como Nova Lei Seca]], alterando a Lei número 9.503 de
23 de setembro de 1997, que seja o [[Código de trânsito brasileiro]]. Havia no período que a legislação
anterior estava permeada por ?falhas?, havendo a necessidade de se repensar em um novo molde, mais
severo e rígido com relação a punição de seus atores, aplicando-se tal punição como uma forma
pedagógica, dobrando a sanção administrativa e facilitando ao agente da lei para que se verificasse a
embriaguez do indivíduo, que por diversas vezes se recusava na realização do exame no momento da

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 99 of 213

fiscalização por questões constitucionais que surgiram.


Diversas foram as alterações na legislação ao longo do tempo, tendo em vista diversas falhas que foram
se apresentando no momento das fiscalizações e o baixo índice na redução da mortalidade e dos
acidentes de forma geral. Em um primeiro momento se tornou complicado a aplicação diante da
dificuldade em se comprovar a embriaguez, tendo em vista que esta só seria possível diante de um exame
[[de sangue ou]] por meio dos bafômetros que ainda eram demasiadamente caros para o Estado, bem
como pela possibilidade de recusa em se realizar o exame, tendo em vista que a Legislação brasileira
protege o indivíduo de produzir provas contra si mesmo, porém não seria superior ao ato do agente
público em atuar na defesa da coletividade, havendo um debate muito grande em torno do assunto.
Após uma alteração da legislação, foi possível que o agente público de segurança provasse os fatos [[por
meio de]] testemunhas e câmeras que filmam a atuação deste em sua rotina. Outra mudança importante é
aplicável ao bolso, forma pedagógica que alterou os valores de R$ 957,70, se tornando muito mais
rigorosa, passando a contabilizar R$ 1.915,40.
Assim como os valores, a quantidade de dosagem no sangue também [[passou a ser]] mais rigorosa, que
segundo Alves (2014), passou de 0,1 mg/L no ar advindo do pulmão para 0,05 mg/L. Atualmente a Lei [[se
tornou ainda mais]] rigorosa, não se admitindo nenhuma dosagem, e a multa chegando ao valor de R$
2.934,70, sendo instaurado processo administrativo com a perda da licença para dirigir pelo período de 12
meses, e nos casos em que resultem em acidente com vítimas, podendo o indivíduo ser punido conforme
o Código Penal Brasileiro, inclusive com penas restritivas de liberdade.

5.5 O CONCEITO HUMANO E CONDUTA SOBRE AS CAUSAS [[DE ACIDENTES NO]] TRÂNSITO
PROVOCADOS PELA EMBRIAGUEZ

Com o desenvolvimento dos meios de comunicação (televisão, rádio, internet, jornais e revistas)
necessários e importantes no mundo atual, a velocidade de disseminação da informação aumentou
rapidamente, envolvendo um grande número de pessoas. Como resultado, histórias sobre [[acidentes de
trânsito]] e mortes envolvendo álcool e direção estão se tornando [[cada vez mais]] comuns.
Muitas vezes, esses eventos acabam sendo desastres, onde a vida se extingue ou várias consequências
persistem ao longo dos anos, o que nos deixa confusos, pois, apesar de várias campanhas que falam
sobre esse assunto e suas consequências, como, por exemplo: altos índices de mortes. , no entanto,
ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto e a principal delas está relacionada aos perigos de dirigir
sob o efeito do álcool. Mas por que esse tipo de morte continua acontecendo? Existe algum problema com
o programa de treinamento para futuros motoristas? (CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE E
ÁLCOOL, 2014).
As consequências associadas [[ao consumo de álcool]] significam uma redução da capacidade: de ver a
velocidade real a ser percorrida, de ver potenciais obstáculos na estrada e de manter o controlo do veículo
. Com isso, o motorista tem grande dificuldade de visualizar, por exemplo, uma motocicleta ao seu lado ou
um pedestre atravessando a via. Além disso, motoristas sob efeito do álcool enxergam apenas o que está

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 100 of 213

à sua frente, reduzindo sua visão periférica, o que dificulta sua reação diante de uma situação ruim ou
qualquer acontecimento, que pode levar ao pior. cenário de caso, acidente [[de trânsito com]] vítimas fatais
(MORENO, 1998 apud DOS SANTOS NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
O comportamento de motoristas embriagados varia de pessoa para pessoa e depende da quantidade de
álcool consumida, levando a diferentes tipos de reações: da felicidade à depressão, e talvez até
agressividade. Desta forma, uma pessoa com comportamento autodestrutivo, longe de sua boa condição
física e mental, pode dirigir?

5.5.1 CONCEITO

A palavra álcool tem vários significados, desde uma classe de compostos orgânicos, em toda a sua
estrutura, um ou mais grupos hidroxila (?OH) ligados a carbonos saturados, a óleos e solventes. Mas no
caso das bebidas alcoólicas, onde [[o álcool é um]] de seus componentes, a palavra álcool indica, neste
caso, etanol (CH3CH2OH), também conhecido como álcool etílico (C2H5OH). A substância em questão é
composta por moléculas contendo dois átomos de carbono (C), cinco átomos de hidrogênio (H) e um
grupo hidroxila (?OH) e possui as seguintes características: ser líquida à temperatura ambiente, incolor,
volátil, em chamas e totalmente . Solúvel em água.
A utilização do etanol se dá em diversos ramos da indústria como: nas indústrias de combustíveis,
perfumaria, farmacêutica e de bebidas. Historicamente, as relações humanas têm sido dominadas pelo
álcool. Como prova disso, estão as primeiras descobertas arqueológicas de álcool pelo homem, datadas
de 6000 AC. É claro que essa antiga prática de beber álcool foi preservada por muito tempo e está
associada à cultura. Entre as bebidas alcoólicas relatadas no período antigo (Medium) havia duas que
eram consideradas populares e potáveis: o vinho e a cerveja. Apesar de serem amplamente consumidas
pela sociedade da época, não se sabe explicar o processo de produção dessas bebidas por meio da
fermentação da uva, no caso do vinho, e da cevada, no caso da cerveja. (KRAUSZ, 2003 apud LEAL; DE
ARAUJO; PINHEIRO, 2013).

4.5.2 DISPUTAS DE VELOCIDADE NO TRÂNSITO

Observa-se que [[a Lei n]]º 12.971, de 09 de maio de 2014 alterou o Código de 1997, introduzindo uma
série de inovações, como é o caso das alterações nos tipos de quatro delitos já previstos em lei
(PORTELA, 2015), sendo eles lesão e morte culposa no trânsito, [[embriaguez ao volante]] e participação
em disputas automobilísticas não autorizadas, comumente chamadas de ?racha?.
[[A Lei n]]º 12.971/2014 previu um período de vacatio legis, programando a sua entrada em vigor apenas a
partir do dia 01 de novembro de 2014. Não custa lembrar que a lei não teve eficácia nesse período de
suspensão de sua vigência nem mesmo para beneficiar o réu, segundo entendimento do STF, [[uma vez
que o]] referido interstício de prova pressupõe a possibilidade de que a norma seja revogada. O que não
impede, no entanto, a eficácia retroativa da lex melior, afetando inclusive os fatos praticados no período de
vacância, quando efetivamente entrar em vigor o diploma legislativo, conforme regra corriqueira de
aplicação e interpretação das normas penais, que reflete um dos corolários do princípio da legalidade
(PORTELA, 2015, p.14).
Já as alterações administrativas, são descritas por Portela (2015) como um substancioso incremento das
sanções pecuniárias (multas) envolvendo disputas de corridas, promoção e participação em competições

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 101 of 213

de perícia veicular que não possuem autorização, ultrapassagem na contramão, em local impróprio e
passagem forçada entre veículos em sentidos opostos.
Em seu estudo, Giareta (2016) interpreta o racha partindo da noção de crimes de mera conduta e lesão,
sendo que o primeiro conta com um resultado naturalístico, na forma de crimes de simples atividade ou
merca conduta (desvalor da conduta), e o segundo conta com resultado jurídico, na forma de delitos de
lesão (desvalor do resultado).
Figura 2 ? Inovações [[da Lei n]]º 12.971/2014

Fonte: Governo de Goiás (2016)

Além disso, os crimes de trânsito também podem, em seu entendimento, ser classificados entre próprios e
impróprios, sendo que os delitos próprios de trânsito se configuram como aqueles que só podem ser
cometidos no contexto da circulação de veículos (GIARETA, 2016). Como é o caso de racha, [[embriaguez
ao volante]], direção sem habilitação, velocidade incompatível com um determinado espaço e entrega de
direção de veículo a pessoas inaptas para tal atividade. Já os delitos impróprios não dependem
exclusivamente do contexto da circulação de veículos, a exemplo do homicídio culposo.
Portanto, Giareta (2016) descreve em primeiro lugar o racha como uma conduta socialmente reprovável
que expõe a comunidade à um perigo concreto, considerando como um delito próprio. Neste sentido,
chama a atenção para o fato de que a lei de 2014 alterou no artigo 308 o termo ?dano potencial? por
?gerando situação de risco?. O que implica em dizer que no primeiro caso existe apenas a especulação
acerca da possibilidade de dano, enquanto que o termo ?gerando situação de risco? aponta para uma
possibilidade concreta de risco à integridade física.

Observe-se que a redação do tipo básico, bem como a suas penas (detenção de dois a quatro anos e
proibição ou suspensão de se obter a permissão ou a [[habilitação para dirigir]] veículo automotor) foram
mantidas. Trata-se de um crime culposo, que, portanto, sempre ensejará a substituição da pena privativa
de liberdade pela restritiva de direitos, cumpridos os outros requisitos da legislação penal (ser o réu
primário e fazendo-se presentes as outras circunstâncias pessoais que recomendam a substituição)
(PORTELA, 2015, p.15).

Para Portela (2015), [[uma das principais]] inovações trazidas pela Lei nº 12.971/2014 se encontra no
inciso segundo do artigo 302, no qual se tipificam duas formas qualificadas de homicídio culposo, o
cenário formado por capacidade psicomotora alterada do condutor em decorrência de embriaguez
alcoólica ou causada por outra substância entorpecente, ou então o cenário formado por óbito decorrente
de corridas, disputas, competições e demonstrações de perícia veicular que não foram permitidas pela
autoridade de trânsito, como é o caso do racha.

5.5.3 [[EMBRIAGUEZ AO VOLANTE]]

Os motoristas brasileiros convivem diariamente [[em meio a]] diversas questões polêmicas que se
espalham rapidamente pelo país, uma delas diretamente relacionada à ligação entre bebidas alcoólicas e
condução de veículo automotor. Todos os anos, milhares de pessoas são vítimas de [[acidentes de
trânsito]] causados ??por motoristas irresponsáveis ??que associam beber e dirigir veículo automotor.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 102 of 213

Essa combinação [[de embriaguez ao volante]], devido ao seu enorme poder destrutivo, causou alvoroço
entre os que a presenciaram, motivo pelo qual notícias sobre o tema foram amplamente divulgadas pela
mídia.
Para tanto, o governo se mobilizou e, após muitas discussões sobre o tema, editou [[a Lei n]]º 11.705, de
19 de junho de 2008, popularmente conhecida como "Lei Seca", cujo objetivo é combater o problema do
alcoolismo e um dos suas ferramentas é A natureza punitiva da nova lei (NUNES, 2013).
Mas antes de entrarmos no hype em torno de dirigir embriagado, alguns conceitos devem ser melhor
compreendidos. [[Código de Trânsito Brasileiro]] (CTB), promulgado em seu Art. pela Lei nº 9.503 de 23 de
setembro de 1997. 1º, § 1º, Trânsito é ?a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isoladamente ou em grupos, conduzidos ou não tripulados, para circulação, estacionamento,
estacionamento e operações de carga e descarga?. Este conceito deve ser levado em consideração, pois
ao nos deslocarmos devemos obedecer [[as regras de]] trânsito independentemente do meio de transporte
que utilizamos.

4.5.3.1 Como [[o álcool é]] absorvido pelo organismo

O álcool proveniente do uso [[de bebidas alcoólicas]], dependendo da quantidade consumida, causa
diversos efeitos no corpo humano. Mas antes de enunciar os resultados de sua inclusão, é muito
importante definir alguns conceitos que colocarão o aluno no problema em questão (CARLINI et al., 2001).
Segundo a [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS), medicamento é ?qualquer entidade química ou
mistura de entidades (mas excluindo aquelas necessárias para manter a saúde, como água e oxigênio),
que altera a atividade biológica e possivelmente sua estrutura?. Em outras palavras, medicamento é toda
substância capaz de alterar o funcionamento dos organismos, física ou comportamentalmente (OMS9,
1981 apud CARLINI et al.; 2001). Outra explicação relevante diz respeito à definição do termo droga
psicotrópica.
Segundo a OMS (1981 apud CARLINI et al.; 2001), psicofármacos são aqueles que "agem no Sistema
Nervoso Central (SNC) produzindo alterações de comportamento, emoções e compreensão, com boas
propriedades reforçadoras e, portanto, dependentes de comportamento." (uso não autorizado de
medicamento). Isso significa que os psicotrópicos são aqueles sujeitos à dependência (OMS, 1981 apud
CARLINI et al.; 2001).
E por que é necessário entender esses conceitos? Segundo Carlini et al. (2001), Apesar do
desconhecimento de muitas pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicoativa, pois atua no
Sistema Nervoso Central, provocando uma mudança no comportamento de quem o bebe, além de poder
desenvolver dependência.
[[O álcool é]] uma das poucas drogas psicotrópicas aceitas e promovidas pela sociedade. Essa é uma das
razões pelas quais ela é vista de forma diferenciada em relação a outras drogas (CARLINI et al., 2001, p
.12). Segundo estimativas da [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS), em 2004, dois bilhões de pessoas
no mundo consumiam álcool (WORLD HEALTH ORGANIZATION10, 2007 apud DOS SANTOS
NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
Com base nesses dados, a indústria [[de bebidas alcoólicas]], para continuar divulgando a imagem de
seus produtos e atrair um grande número de consumidores, tem como principal estratégia: investir no
mercado publicitário. Nesse caso, criam campanhas publicitárias que conectam a imagem da marca com

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 103 of 213

artistas e pessoas de grande amor e apreço popular, além de explorar alguns elementos que despertam a
atenção do público: praias, mulheres e festas.
Após essas informações, podemos mensurar o quão destrutivo e destrutivo é o poder do álcool, que
pode afetar o organismo de diversas formas. Isso, claro, depende da quantidade de álcool consumida e
dos detalhes de como cada órgão humano processa o álcool, [[o que pode]] causar um efeito maior ou
menor no organismo. Além disso, é importante ressaltar [[que os efeitos]] do álcool causam outros
distúrbios que afetam outros aspectos do trabalho de uma pessoa, como na família e no trabalho.

5.5.3.2 Métodos de verificação do álcool no sangue

Desde 2012, está em vigor no Brasil [[a Lei Seca]] (Lei Nº 12.760/2012), delimitando que dirigir sob a
[[influência de álcool]] ou qualquer outra substância psicoativa se configura como infração gravíssima, para
a qual cabe punição na forma de [[multa e suspensão do direito de dirigir]], bem como [[retenção do
veículo]] (SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014).
Observa-se que o risco relativo de se envolver em um fatal acidente de trânsito entre motoristas que
contam com uma taxa de alcoolemia entre 0,5 e 0,79 gramas [[de álcool por litro de sangue]] chega a ser
sete vezes maior em comparação com motoristas que não possuem [[álcool no organismo]]. Entretanto,
Souza, Hi e Gonzalez (2014) também consideram que não existe consenso em torno dos falsos positivos
que podem ser acusados em decorrência do consumo de alimentos e medicamentos que tenham álcool
em sua composição, ou então antissépticos bucais.
Se o teste para a detecção do teor alcoólico no organismo de uma pessoa for realizado através do
etilômetro, a presença da substância pode provocar um resultado positivo, desde que o teste seja
realizado imediatamente após o consumo (DPRF, 2013). De acordo com relatórios da Organização
Mundial de Saúde de 2011, o uso prejudicial do álcool resulta em cerca de 2.5 milhões de mortes todos os
anos. Aproximadamente 320.000 jovens entre 15 e 29 anos morrem de causas relacionadas com o álcool,
resultando em 9% das mortes neste grupo. [[O álcool é]] o terceiro maior causador de doenças no mundo,
o primeiro no Pacífico Ocidental e nas Américas e o segundo maior na Europa (SOUZA; HI; GONZALEZ,
2014, p.2).
Conforme Prates (2012) existem atualmente três métodos principais para a detecção do nível da presença
de etanol em um organismo: O método enzimático, baseado na utilização de saliva como matriz e na
aplicação de reagentes ao álcool, como é o caso de desidrogenase e álcool oxidase. Há aquele em que se
utiliza o ar exalado como matriz com o objetivo de se gerar uma corrente elétrica que sempre será
proporcional à concentração de etanol ingerido devido a um processo de oxidação de moléculas.
E por fim, existe ainda um método baseado em cromatografia gasosa com detector de ionização em
chama (CG-DIC), acoplado com técnica de extração em espaço confinado, tendo como objeto de estudo o
sangue (PRATES, 2012). Em seu estudo, também apresenta um resumo das principais metodologias e
suas limitações.

Quadro 1 ? Comparação entre as metodologias para a análise de etanol e suas limitações


Fonte: Governo de Goiás (2016)

O álcool se encontra no topo da lista de substâncias tóxicas encontradas no cotidiano da toxicologia


forense pelo fato de que a maioria significativa de cenários envolvendo acidentes fatais, mortes

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 104 of 213

traumáticas, suicídios e crimes violentos contam com a participação de indivíduos alcoolizados (SOUZA;
HI; GONZALEZ, 2014).
Compreende-se que o nível de etanol no sangue depende de três fatores principais, sendo eles a dose
ingerida, a velocidade de absorção pelo trato digestivo e a capacidade de eliminação pelo organismo por
meio da biotransformação e excreção. Entretanto, Souza, Hi e Gonzalez (2014) também apontam que a
velocidade de absorção também sofre a influência da quantidade de álcool ingerido, a ingestão ou não
ingestão de alimentos antes do consumo alcoólico, e a massa corporal, entre outras possibilidades.
No Brasil, a realização das análises toxicológicas com fins forenses em fluidos biológicos, é feita em
laboratórios que pertencem às Secretarias de Segurança Pública e nos Institutos Médico-Legais (IML) dos
respectivos estados. É importante levar em consideração não só a toxicocinética (absorção, distribuição,
biotransformação e excreção) e a toxicodinâmica (mecanismo de ação) da substância a ser analisada,
mas também o histórico, para que a escolha do material seja adequada, e sejam feitas as pesquisas de
xenobióticos (compostos químicos estranhos ao organismo) ou dos produtos originados da sua
biotransformação (SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014, p.3).
Conforme Prates (2012), a validação de uma metodologia depende de alguns parâmetros, como
especificidade, função da resposta, intervalo do trabalho, sensibilidade, exatidão, precisão, limite de
detecção, limite de quantificação e robustez.

5.5.3.3 Infração administrativa e penal ao condutor embriagado

Se um motorista visivelmente embriagado não é preso, isto certamente causará espanto e indignação na
população. Entretanto, esta atitude não é viável de pronto, pois de acordo com Gonçalves (2013), cabe
apenas a aplicação de medidas administrativas, como a apreensão da carteira e a [[retenção do veículo]].
Portanto, Gonçalves (2013) afirma que não caberia nem mesmo a condução coercitiva do motorista à
delegacia de polícia ou qualquer outro local onde se pudesse realizar exame médico. Embora a recusa
permita a aplicação de [[penalidades e medidas administrativas]]. O que no entanto, não significa que o
CTB não tenha em seu bojo a previsão dos possíveis crimes de trânsito, o que efetivamente se encontra
delimitado nos artigos 291, 302, 303, 307, 308 e 309, e em se tratando especificamente do cenário de o
motorista se encontrar sob o efeito do álcool, o artigo 306.

Para Gonçalves (2013), isto gera uma controvérsia, pois embora o texto seja claro ao definir o limite de
seis decigramas para a tolerância alcoólica, entende que para os delitos que não envolvam crimes, é
possível dizer que o limite de tolerância alcoólica seja de dois decigramas, tal como propõe o inciso
segundo do artigo 1º do Decreto nº 6.488/08.
De acordo com Silva (2017), a fim de atualizar o [[Código de Trânsito Brasileiro]] e endurecer as penas, foi
sancionado em 4 de Maio de 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, [[a Lei n]]º 13.281, sendo que
uma de suas principais inovações diz respeito ao valor das multas e o limite de [[suspensão da carteira]]
nacional de habilitação do motorista (Tabela 1).

Tabela 1 ? Valores atualizados das multas


Fonte: Silva (2017)

Silva (2017) chama a atenção para o fato de que os valores não eram reajustados desde 2001, momento
em que foi extinto o índice UFIR de referência, ficando estabelecido que o valor seria tabelado e [[só

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 105 of 213

poderia ser]] alterado novamente [[por meio de]] Lei Federal.


Em seu estudo, Rocha (2018) define o crime [[de embriaguez ao volante]] como uma norma penal em
branco e heterogênea, pelo fato de necessitar de complementação. Ou seja, as normas penais em branco
podem ser descritas como de conteúdo incompleto ou vago e que exigem complementação oriunda de
outra norma jurídica, como leis, decretos e regulamentos. Gonçalves (2013) menciona como crimes
previstos no [[Código de Trânsito]]:

5.5.3.4 Procedimento adotado pelo Estado caso o condutor se negue ao exame do etilômetro

É possível afirmar que o ordenamento jurídico brasileiro foi construído de forma que o indivíduo é
presumivelmente inocente, o que faz com que sua culpa deva ser comprovada mediante o devido
processo legal (GONÇALVES, 2013). Portanto, compreende-se que um cidadão não pode ser obrigado a
fazer [[o teste do]] etilômetro, devido ao entendimento [[de que o]] motorista não pode ser considerado
presumidamente alcoolizado nem tampouco produzir provas contra si mesmo, tal como prega o princípio
?nemo tenetur se detegere?.
A Carta Magna traz em seu artigo 5°, inciso LXVI: ?o preso será informado de seus direitos entre os quais
o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e do advogado?. Este direito
assegurado na Constituição Federal de 1988 apresenta-se como uma das variáveis do princípio do nemo
tenetur se detegere, o qual ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo (ROCHA, 2018, p.19).
Uma noção que encontra respaldo legal não apenas na Constituição de 1988, mas também na Convenção
Americana de Direitos Humanos, em específico em seu artigo 8º. No qual se definiu que toda pessoa
acusada de algum delito tem o direito a presunção de inocência até o momento em que se comprove
legalmente sua culpa (GONÇALVES, 2013).
Neste sentido, Gonçalves (2013) chama a atenção para o fato de que a tendência predominante no
universo doutrinário é a de entender que as normas internacionais de direitos humanos estão acima do
ordenamento jurídico de cada Estado, pelo fato de exprimirem certa consciência ética universal.
Observa-se que originalmente, a configuração de infração administrativa implicava na constatação de
concentração de seis [[decigramas de álcool por litro de sangue]], tal como delimitado pelo artigo 276 do
[[Código de Trânsito]] (SILVA, 2017). Entretanto, esse texto legal não se mostrava efetivo pois os
motoristas se recusavam a realizar os testes de alcoolemia ao entenderem que não deveriam produzir
provas contra si mesmo, tal como prega a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Ou como expõe Gonçalves (2013), ?Então, uma dúvida surge: como fazer [[o teste do bafômetro]] sem
assumir a culpa, respeitando o princípio da não incriminação, o Nemo tenetur se detegere? (GONÇALVES
, 2013, p.11). Diante desta situação, buscou-se por meio [[da Lei n]]º 11.275/2006 alterar o artigo 165 do
[[Código de Trânsito]], objetivando dispensar a medição alcoólica, bastando a análise de aspectos
característicos de embriaguez no motorista por parte do agente de trânsito (SILVA, 2017).
Nota-se, que a diferença deste artigo foi quanto à [[suspensão do direito de dirigir]]. O condutor de veículo
automotor que infringir o artigo 165 do CTB, atualmente, terá o [[direito de dirigir]] suspenso por doze (12)
meses. Sob a égide da norma anterior, a pena da [[suspensão do direito de dirigir]] variava de acordo com
o que estabelecia o artigo 261 do CTB (SILVA, 2017, p.7).
É possível observar alterações semânticas que evidenciam o rigor do novo ordenamento jurídico, como é
o caso do artigo 277 do [[Código de Trânsito Brasileiro]], pois a expressão ?sob suspeita de haver
excedido os limites previstos no artigo anterior? foi substituída por ?sob suspeita de dirigir sob a

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 106 of 213

[[influência de álcool]]?. Em resumo, Silva (2017) afirma que o motorista que se recusar a participar do
teste de alcoolemia será apenado em concordância com as medidas administrativas do artigo 165.
5.6 HOMICIDIO NO TRÂNSITO DISCUTIDO SOBRE O QUE É CULPA OU DOLO

Em seu estudo, Teles (2019) defende que o dolo eventual se materializa a partir do momento em que o
agente prevê o resultado e o aceita, ao se mostrar indiferente quanto aos seus nefastos contornos. Para o
caso da culpa consciente, o agente igualmente prevê o resultado, entretanto, não assume o risco de
produzi-lo nem tampouco o aceita, ao acreditar que tal desfecho dificilmente ocorreria por se sentir capaz
de evitá-lo. Portanto, observa-se que as diferenças entre estes dois conceitos são bastante sutis,
dificultando assim, a aplicação pelo magistrado.
Conforme a literatura e outros estudos acerca do tema, pode-se verificar que este assunto é controverso,
sensível e de muitas discussões acaloradas, já que a tipificação do dolo, tendo como base a embriaguez
voluntária, não pode ser banalizada, sob pena do menosprezo das decisões judiciais. É fato que a
manifestação veemente da sociedade, por si só, não detém competência a transformar condutas
cristalinas culposas, em dolosas ou vice-versa (ARAUJO, 2015, p.57).

Soma-se a isso o fato de não ser possível acessar a mente do agente no momento de sua conduta,
levando ao insólito desfecho, a fim de avaliar com mais clareza se este ente agiu ou não dolosamente.
Assim, Teles (2019) defende que o ideal é afastar a análise subjetiva e se aferrar as circunstâncias
objetivas e elementos do tipo no caso concreto, a exemplo do cenário em que o crime ocorreu, de que
forma se concretizou (o desfecho) e a culpabilidade do agente, de forma delinear da melhor forma possível
a situação fática.
Ou como expõe Araújo (2015), para todos os efeitos a diferenciação entre o dolo eventual e a culpa
consciente acaba tendo como base de apoio os fatores psicológicos de quem está analisando o caso, o
que abre espaço para divergências doutrinárias e jurisprudenciais, insegurança jurídica em suma.
No entendimento de Teles (2019), o atual Código Penal trata o crime doloso como a regra, e a culpa como
exceção, visto que a culpa deve estar prevista no próprio tipo penal, o que no entanto, não significa dizer
que o dolo eventual possa ser configurado de forma automática sem antes se analisar as circunstâncias
fáticas do caso em questão. ?Destarte, não se pode generalizar a imputação a título doloso de forma
imperativa. Faz-se necessário examinar as particularidades do caso concreto? (ARAÚJO, 2015, p.57).
Em que pese a subjetividade da questão, Araújo (2015) considera como fundamental a manifestação de
uma certeza em matéria da exteriorização da vontade do agente e comprovação probatória a fim de que
não sejam feridos dois princípios basilares do direito, a presunção de inocência e o ?in dubio pro réu?.
Levando em consideração que apesar da comoção social que possa surgir em torno de um caso, seria
uma leviandade definir como dolo eventual todo cenário formado por homicídio praticado por condutor
[[sob efeito de bebida alcoólica]], em específico quanto restar dúvida quanto ao animus dolandi.
Conforme Teles (2019), permanecendo duvidas acerca da aplicação do dolo eventual e da culpa
consciente, esta última deve prevalecer em razão da primeira, levando em consideração o princípio do in
dubio pro reu, ou seja, pela falta de indícios suficientes que tragam alguma certeza sobre a presença do
dolo na conduta do agente que possam passar pelo escrutínio do Tribunal do Júri, cabe ao magistrado
aplicar a situação mais benéfica ao réu.

E Teles (2019) segue nesta mesma linha, ao afirmar que a teoria da culpa consciente para os crimes de
homicídio no trânsito deva ser aplicada nas hipóteses em que o ente a ser julgado não assume o risco do

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 107 of 213

resultado, repudiando assim, o resultado não desejado. Uma aferição que não deve ser feita a partir da
análise de elementos subjetivos, mas por critérios objetivos e elementares do tipo.
Entretanto, chega-se a conclusão de que para ser possível a aplicação do dolo eventual, não chega a ser
necessário que a vontade do agente seja constatada, mesmo por que isso depende quase que
exclusivamente de uma confissão do agente, o que raramente ocorre (TELES, 2019).
Levando em consideração o que foi exposto, Teles (2019) considera que as alterações propostas pela lei n
º 13.546/2017 tem o objetivo de sanar dúvidas e preencher lacunas em matéria da aplicação do dolo
eventual e culpa consciente para os casos envolvendo crimes de trânsito, embora esta iniciativa não tenha
sido inteiramente bem sucedida.

5.7 JURISPRUDÊNCIA SOBRE HOMICÍDIOS OCORRIDOS PROVENIENTES DE PESSOAS


EMBRIAGADAS NO TRÂNSITO BRASILEIRO

Em artigo para a página virtual do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (2020), é
discutido se o crime [[de embriaguez ao volante]] se configura como crime de homicídio culposo na direção
de veículo automotor. E observa-se [[a existência de]] duas correntes distintas, uma desfavorável a este
entendimento e uma favorável.
Entre aqueles que não acreditam nesta tese, reside o entendimento de que não há que se falar em
absorção do crime [[de embriaguez ao volante]] pelo crime de homicídio culposo, pois o primeiro delito não
se configura como meio necessário nem tampouco consistiu de fase de preparação ou execução do
segundo (TJDFT, 2020).

Já entre aqueles que defendem a tese, reside o entendimento [[de que o]] crime [[de embriaguez ao
volante é]] antefato impunível do crime de homicídio culposo no trânsito, pois a embriaguez na direção do
veículo automotor consistiu na violação do dever de cuidado apta à produção do desfecho de óbito,
levando a conclusão que é da essência do homicídio culposo a falta de zelo (TJDFT, 2020).

16/07/2015, Segunda Turma Criminal, Publicado no DJE: 22/07/2015).

CONCLUSÃO

De [[tudo o que]] foi visto, conclui-se que a embriaguez é mais do que o simples fato de consumir álcool,
verificamos que existem tipos e tipos de embriaguez. Além disso, é muito importante distinguir cada um
desses tipos e tipos de direito penal. Examinamos neste trabalho a responsabilidade penal de uma pessoa
com embriaguez patológica, atingimos o objetivo de discorrer sobre os tipos de embriaguez, sua
culpabilidade, e analisamos as possíveis formas de prender o réu culpado que padece desta patologia e
passar. estas condições.
Como já discutimos, quando falamos em embriaguez patológica, fica sempre muito claro que se trata de
um problema mental, onde a ação de uma pessoa que ingere [[bebidas alcoólicas a]] deixa embriagada,
até privá-la da compreensão consciente de suas ações, o que o torna parcial ou completamente incapaz
de distinguir de transgressão. A lei penal deve entender que a embriaguez patológica é uma doença

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 108 of 213

mental e quando determina a incapacidade de toda a pessoa compreender a incorreção da verdade, torna-
a inocente e inclui em si a hipótese de absolvição, conforme confirmado no art. 26, do CP.
Além disso, vejamos que o paciente patológico quando comete um ato punível, dado o estado reduzido de
força, não é pego e terá uma pena reduzida. No caso da embriaguez patológica, pode ser tomada como
medida protetiva que é considerada uma isenção injusta, com uma pessoa completamente incapaz de
enxergar a realidade ilícita. No caso de privação parcial da consciência, a pena pode ser reduzida de um a
dois terços. A embriaguez causada pela doença não é evidenciada pelo laudo da psicóloga da área
criminal.
Com o objetivo de se posicionar como pesquisa moderna, foram trazidos à discussão os autores que
conseguem manter a uniformidade em seus estudos, com ideias que podem romper a questão do tempo e
se manterem atuais por muito tempo, para que no futuro pode ser uma inspiração para novos
pesquisadores que queiram usar esta pesquisa como um referencial teórico para suas novas pesquisas e
sua maneira de fazer as coisas. A busca por esses trabalhos será feita [[por meio de]] bases de dados
universitárias, sites especializados na publicação de artigos científicos e trabalhos já publicados que
atendam ao tema aqui proposto.
Fica claro, portanto, a relevância de se fazer um estudo minucioso acerca desta temática, que em meios
acadêmicos, ainda é pouco desenvolvida, em comparação ao tamanho de sua contribuição para a ciência
como um todo. Em cima desta visão, é esperado, ao fim da apresentação, que o trabalho consiga
desenvolver o debate e responder as questões aqui desenvolvidas com o auxílio de periódicos da área,
com o objetivo de sanar quaisquer dúvidas que o leitor pode ter acerca do tema.
Por fim, é preterido, também, que o trabalho se coloque na mesma mesa dos especialistas da área,
podendo servir futuramente como material teórico para novas pesquisas que queiram fazer uma
abordagem ainda mais profunda, onde poderia utilizar o presente trabalho para tal objetivo, com a
finalidade de trazer essas ideias para a discussão com a ajuda de periódicos da área que realizam
pesquisas detalhadas e científicas, para que no futuro, esse trabalho seja colocado na mesma mesa com
especialistas e também possam servir como inspiração para novos estudiosos que queiram trazer uma
nova abordagem e que possam usar este trabalho como referência teórica.

REFERÊNCIAS

Metodologia MatrizLimitações
Enzimática SalivaAnálise colorimétrica indireta (metabólitos)
EletroquímicaAr exaladoBaixa reprodutibilidade
Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização em ChamaSangueMatriz de difícil acesso

GravidadeValor Anterior R$Valor Reajustado/2016 R$


Leve53,2088,38
Média85,13130,16
Grave127,69195,23
Gravíssima

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 109 of 213

=================================================================================
Arquivo 1: (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Arquivo 2: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5283/O-direito-de-nao-produzir-prova-contra-si-
mesmo-Nemo-tenetur-se-detegere (1501 termos)
Termos comuns: 65
Similaridade: 0,59%
O texto abaixo é o conteúdo do documento (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5283/O-direito-de-nao-produzir-prova-contra-si-mesmo-Nemo-
tenetur-se-detegere (1501 termos)

=================================================================================
Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho adequado ao modelo desejado

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 110 of 213

PROJETO DE PESQUISA

APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

A responsabilidade é um fator importante no trânsito, pois atitudes simples podem influenciar a vida das
pessoas, principalmente quando alguém decide ingerir bebida alcoólica e, logo após, dirigir. Esse tipo de
situação nos leva a uma série de questionamentos que nos levam a questionar se a lei vigente que trata
especificamente do trânsito é justa e eficaz.
O uso abusivo de álcool é um problema grave da sociedade atual, sendo que esta é uma substancia que
causa dependência física e psíquica e tem sido cada vez mais comum encontrar adolescentes e jovens
que fazem uso indiscriminado de álcool e outras drogas. Sabe-se que o uso indiscriminado do álcool faz
com a pessoa se exponha e exponha outras pessoas a situações de risco, já que é uma substancia capaz
de afrouxar as noções de certo e errado. Dessa forma é comum, pessoas cometerem os mais diversos
crimes estando alcoolizadas.
Portanto, crimes envolvendo embriaguez, estão cada vez mais presentes nos tribunais brasileiros,
Silvestrim (2002) coloca que há diversos casos de imputabilidade, inimputabilidade e diminuição da
culpabilidade e aumento de pena em casos de embriaguez.
Sabe-se que casos de embriaguez estão cada vez mais comuns nos tribunais brasileiros. Como deve-se
proceder [[em um caso]] de um crime em que o réu estava sob influência do uso abusivo de álcool?

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROBLEMA

Atualmente há um alto índice de crimes cometidos após o uso abusivo de álcool, dessa forma o tema está
muito presente nos tribunais brasileiros, sendo tema de opiniões divergentes entre os juristas. Dessa
forma, o presente trabalho justifica-se pela importância que o tema tem não somente nas discussões
atuais no âmbito do direito, mas também nas discussões sociais sobre o alcoolismo e sua influencia sobre

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 111 of 213

o homem.
As bebidas alcoólicas, diretamente relacionadas às grandes festas e comemorações, sempre fizeram parte
do cotidiano de nossa sociedade, independentemente do nível de escolaridade ou classe social. Devido
às suas propriedades e efeitos no corpo, tornou-se parte do nosso [[dia a dia]], tornando-se uma das
formas únicas para quem quer relaxar ou se divertir com responsabilidade, sem exageros. Além de sua
importância social para o consumidor, as bebidas alcoólicas desempenham um importante papel na
economia, pois a indústria de bebidas é uma importante fonte de receita e arrecadação de impostos, com
um grande mercado mundial.
Em 2008, em 19 de junho, foi instituída a Lei nº 11.705, conhecida como ?Lei Seca?, cujo objetivo era
reduzir o número de acidentes causados ??por condutores alcoolizados e, consequentemente, diminuir o
número de vítimas no trânsito brasileiro. Nesse caso, a referida lei prevê penalidades para quem ingere
bebidas alcoólicas e dirige veículos. Esta lei, além de definir o nível de álcool no sangue que permite a um
condutor conduzir embriagado, também define os meios necessários para provar que embriagou. A fim de
reduzir o número de motoristas embriagados, a lei também afetou a situação financeira do motorista
infrator.

METODOLOGIA

A metodologia consiste em uma variedade de parâmetros a partir da qual se viabiliza a realização de


pesquisa científica de modo organizado, bem delimitado e criterioso, gerando soluções para os problemas
levantados, hipóteses confirmadas/refutadas e objetivos sólidos, pertinentes e que se adequem ao estado
da questão em que o problema se insere (FONSECA, 2002). Conforme Severino (2002, p. 57), a
metodologia consiste num conjunto de métodos ou caminhos percorridos na busca do conhecimento,
sendo assim, a pesquisa é um conjunto de procedimentos sistemáticos fundamentados no raciocínio
lógico, objetivando encontrar soluções para problemas propostos, mediante utilização de métodos
científicos.
Devido à natureza da proposta que ora se apresenta, recorrerão metodologicamente à revisão bibliográfica
para a promoção de um estudo básico exploratório e qualitativo fundamentado em artigos científicos e
demais produções científico-acadêmicas que se mostrem úteis e pertinentes à pesquisa em tela. Como
revisão crítica, o foco se dará no conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável e sua devida
importância para os estudos em geografia.
O processo de geração de conhecimentos novos, compreendidos como úteis para avançá-lo cientifico,
segundo Gerhardt e Silveira (2009), apontam para uma direção da tipologia objetiva, gerando
conhecimentos novos, sendo esses embasados, sempre, em anteriores realizações que envolvam a
verdade e interesses universais.
Gil (2007), ao se debruçar a respeito da pesquisa de cunho exploratório, determina que estas pesquisas
têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento
de ideias ou a descoberta de intuições.
Goldenberg (1997) determina que, na pesquisa qualitativa, ?a preocupação do pesquisador não é com a
representatividade numérica do grupo pesquisado, mas com o aprofundamento da compreensão de um

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 112 of 213

grupo social, de uma organização, de uma instituição, de uma trajetória etc.?. A respeito do procedimento
metodológico utilizado para viabilizar a composição e estruturação desta pesquisa, onde foi utilizada a
revisão bibliográfica, destaca-se em conformidade com Santos (1999), que esta se comporta como o
processo de busca, seguida de análise e descrição de um conjunto de conhecimentos consagrados na
literatura científica que são retomados em meio à procura de respostas a uma pergunta específica.
Ainda [[de acordo com]] Santos (1999), a pesquisa científica é o instrumento intelectual do homem para
responder às suas próprias necessidades. O ser humano, insatisfeito com a sua condição no mundo,
busca explicações e soluções para sair de sua insatisfatória zona de conforto ou de desequilíbrio, e usa a
pesquisa para reorganizar a sua condição e melhorá-la perenemente, em níveis biológicos, sociais e
transcendentais.
Günther (2006, p. 202) define a pesquisa qualitativa como sendo a ?primazia da compreensão como
princípio do conhecimento, que prefere estudar relações complexas ao invés de explicá-las por meio do
isolamento de variáveis. Uma segunda característica geral é a construção da realidade.?. [[De acordo
com]] uma definição de Van Maanen (1983), as metodologias qualitativas são compostas por um conjunto
de técnicas interpretativas, que têm por meta ?retraçar, decodificar ou traduzir fenômenos sociais naturais
, com vistas à obtenção de elementos relevantes para descrever ou explicar estes fenômenos?.
Para Zanelli (2002, p. 83), a abordagem qualitativa tem como principal intento ?buscar entender o que as
pessoas apreendem ao perceberem o que acontece em seus mundos?, sendo por esta razão, conforme o
teórico, ?muito importante prestar atenção no entendimento que temos dos entrevistados, nas possíveis
distorções e no quanto eles estão dispostos ou confiantes em partilhar suas percepções?.
As pesquisas qualitativas diferem das quantitativas, pois sua metodologia não se limita a registrar
simplesmente as frequências com que ocorrem determinados fenômenos. A princípio, utilizada nas áreas
de Antropologia e Sociologia, nos últimos trinta anos a pesquisa qualitativa passou a ser incluída em
outras áreas de estudo.
A pesquisa quantitativa segue rigorosamente um plano pré-estabelecido, onde as hipóteses são indicadas
de maneira clara e precisa, e a qualitativa normalmente é direcionada durante o transcorrer, sem a
preocupação básica de enumerar ou medir fatos e eventos, tampouco fazendo uso de instrumental
estatístico para a análise dos dados obtidos.
Silva e Menezes (2005, p. 20) estabelecem que haja uma relação intensa ?entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável do mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que [[não pode ser]]
traduzida em números?. Dessa forma, a partir da metodologia aqui descrita e adotada, se pretende
alcançar o que é requerido de uma pesquisa na área de licenciatura em geografia, adequada ao tema aqui
abordado, [[que é a]] sustentabilidade ambiental sob a luz do desenvolvimento.
A triagem será feita com base na correspondência com o tema e com o contexto que aqui é proposto,
além de contar com informações atualizadas contrastando com informações mais antigas, escritas em
outros contextos. Assim, a preferência se dá por fontes recentes e atualizadas, priorizando as informações
mais confiáveis e parcimoniosas acerca da temática.
Os critérios de inclusão foram: artigos que retratassem a temática presente nas bases de dados,
publicados no período do estudo, em português e inglês, relacionados aos descritores selecionados.
Critérios de exclusão: artigos que não retratassem a temática escolhida e que não estivessem associados
aos descritores selecionados. Posteriormente foi feita uma análise por meio de títulos e resumos suficiente
para o estudo em questão. Os dados serão avaliados através de interpretação, análises e comparações
de visões contrastantes de autores acerca dos assuntos trabalhados.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES, SUGESTÕES OU FORMAS DE ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 113 of 213

Compreende-se que a direção sob influência de bebidas alcoólicas ainda é um comportamento recorrente
na sociedade brasileira, sendo responsável por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes
graves e óbito. E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem como outras
medidas tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo [[pode
ser obrigado a produzir provas contra si mesmo, o]] que faz com que muitos motoristas se neguem a
participar do teste do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 [[do Código de]] Trânsito Brasileiro de 2014, mais especificamente o
parágrafo segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim [[de que não]] coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em
primeiro lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com
este comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso [[em caso de]] acidente de trânsito com fatalidades.
Com base nos dados evidenciados pela revisão de literatura foi possível observar que [[a legislação
brasileira]] [[no que diz respeito]] ao trânsito passou por diversas transformações ao longo das últimas
décadas, levando em consideração que a primeira legislação voltada para o trânsito surgiu apenas na
década de 40.
Em 1997 este ordenamento jurídico foi atualizado para acompanhar os ditames da Constituição de 1988 e
a Convenção de Viena, buscando desta forma padronizar a sinalização de trânsito. E novamente há uma
década a legislação foi novamente revisada e atualizada, sendo que em muitos casos outros
ordenamentos jurídicos podem e devem ser utilizados de forma subsidiária, como o Código Penal em
decorrência de cenários envolvendo crimes de trânsito, como atropelamentos e batidas que resultam em
óbito.
Necessário evidenciar que o número de automóveis em circulação vem mantendo tendência de
crescimento, além do surgimento do fenômeno dos motoboys, e entregadores de aplicativos, o que pede
pela atualização [[do código de]] trânsito. Haja vista que esta configuração de coisas contribui para a
desorganização do trânsito e incidentes marcados pela negligência e imprudência no volante. Dentre eles
a situação de embriaguez [[por parte do]] motorista. Neste sentido cabe avaliar até que ponto o indivíduo
agiu com dolo ou culpa a fim de que lhe caiba uma punição justa. Compreende-se que a direção sob
influência de bebidas alcoólicas ainda é um comportamento recorrente na sociedade brasileira, sendo
responsável por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes graves e óbito.
E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem como outras medidas
tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo [[pode ser
obrigado a produzir provas contra si mesmo, o]] que faz com que muitos motoristas se neguem a participar
do teste do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 [[do Código de]] Trânsito Brasileiro de 2014, mais especificamente o
parágrafo segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim [[de que não]] coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 114 of 213

primeiro lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com
este comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso [[em caso de]] acidente de trânsito com fatalidades.
Observa-se que na maioria das vezes a pena é fixada no regime aberto, pois o principal interesse é
conscientizar a população em torno de um trânsito responsável. Portanto, nada impede que o juiz promova
a substituição por penas restritivas de direitos. O que traz a necessidade do desenvolvimento de outras
medidas complementares, a exemplo de campanhas educativas, endurecimento das penas e ações
fiscalizatórias mais estruturadas, estratégicas e que não sejam pontuais, com o objetivo de educar a
sociedade e punir os infratores, contribuindo assim para evitar que pessoas continuem promovendo
comportamentos que tragam risco a coletividade. Portanto, é possível dizer que a legislação de trânsito
[[no que diz respeito]] a direção sob influência do álcool passou por alterações qualitativas substanciais ao
longo dos últimos anos, o que pode ser entendido como reflexo de o tema passar a ser observado de
forma mais séria e rigorosa.

REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo começa tratando da história do trânsito, definição e sua origem e seu sistema rodoviário,
passando pela sua evolução histórica, conceitos, dentro de uma análise nos transportes rodoviários e suas
políticas adotadas, como também o que foi alterada na [[lei de trânsito]].

5.1 HISTÓRIA DO TRÂNSITO

O nosso principal meio de locomoção, antes dos veículos, sempreforamos pés, sendo ato de caminhar.
Tempos depois tivemos outras invenções como a roda, dando assim a possibilidade de locomoção mais
rápida.
Desde o início os veículos como trenos, barcos, charretes, e carros de boi,visava somente o transporte de
bens, animais etc. e assim por último foram inventados os veículos para a locomoção de homens.
Visto que após o advento do veículo, veio a necessidade de melhorar as estradas. Segundo alguns
historiadores, muitos de alguns império foram construídos após a construção de estradas de melhor
qualidade e com isso garantindo a expansão e desenvolvimento, exemplos, os romanos, os persas. Os
Romanos foram considerados os grandes e peritos em construções de estradas, como uma rede viária de
terra sem pavimentação, mas com uma larga extensão de até 350.000 km, munidos de sinalizações e
indicações de direção e sendo os primeiros a criarem regulamentações de tráfego.
Os romanos também mostram na sua história que, constam os primeiros relatos de congestionamento na
Grécia antiga, relatos este, que o número de carro crescia e a população reclamava, pois, as ruas eram
estreitas e a locomoção era difícil.Somente no fim do século XVI, que os Romanos retomaram as
construções das estradas que foi essencial ao desenvolvimento do império até XIX.
Estradas que foram realmente de grande desenvolvimento após os romanos, foram as estradas de ferro.
Em 1771, foi constatado o primeiro automóvel criado pelo francês Nicholas Cugnot, com velocidade
estimada em 4 km por hora. No mesmo ano foi constatado o primeiro acidente automobilístico, por incrível
que parece, o acidente foi provocado pelo criador do carro, onde ao manobrar dentro do Quartel Real de
Vicenes (França), perdeu o controle e bateu no muro.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 115 of 213

No ano de 1836 na Inglaterra, surgiu a primeira [[lei de trânsito]], chamada a ?Bandeira Vermelha?, onde
limitava na velocidade em 10 km por hora e um homem ficava a frente dos veículos indicando o limite de
velocidade.
Segundo o dicionário, trânsito seria a ação de transitar, marchar ou trafegar. Um movimento de pedestres
considerados em seu conjunto, um tráfego. Um instrumento de agrimensor, destinado a determinar
ângulos horizontais. São tantas definições, em sentido concreto e sentido figurado. Porém, o trânsito que
este artigo se refere, diz respeito ao movimento de veículos e pedestres, coexistindo. Havendo dentro
deste, o deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um local para outro.
O trânsito é uma das vertentes da sociedade civil que surgiu com o aparecimento da modernidade, criação
de carros, necessidade de se locomover a distâncias longas em um curto espaço de tempo etc. O Estado
, portanto, para regulamentá-lo instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No seu art. 1°, § 1° do CTB
(CTB, 2009), estabelece-se que
Considera-se como trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

O Legislador se preocupou em coibir qualquer dúvida que houvesse quanto a conceitos referentes ao
direito de trânsito. O termo trânsito foi definido como: movimentação e imobilização de veículos, pessoas e
animais nas vias terrestres. Note-se que diferentes dos dicionários ordinários, o Código trouxe a palavra
imobilização. Ao adicionar esse termo, o Código incluiu dentro de seus pressupostos, a disciplina dos
carros que estejam estacionados também, equiparando também os que se encontram colocados em
lugares proibidos (FRANZ; SEBERINO,2012). Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) ainda

Analisando as definições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, trânsito é tudo aquilo que se
movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independente do local em que está.
Podemos dizer que para tudo utilizamos o trânsito, até mesmo para pedir um produto para entregar em
casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade.

O Trânsito é um instituto que se encontra sempre em movimento legislativo. A seriedade com a qual o
assunto é tratado decorre do nível de risco e possíveis danos que a não regulamentação necessária pode
causar. Incluindo aspectos como [[a Lei Seca]], as Blitz policiais, regularização de documento, limite de
velocidade etc.
A origem de fato do fenômeno de trânsito, [[não pode ser]] mensurada e datada de uma época específica.
Visto que o homem sempre teve a necessidade de se locomover, primeiro para a sua sobrevivência física
e mais posteriormente para assuntos mais de cunho profissional etc. Mas independente do surgimento de
meios de transporte dos mais variados modelos: aquáticos, metroviários, aéreos, terrestres etc, o modo
mais antigo de locomoção é o próprio ato de caminhar.
Conforme conceitua HONORATO (2004) nas civilizações antigas, o protótipo de locomoção mais
avançado era do Império Romano que ?criou um sistema rodoviário com mais de 100.000 Km de extensão
? com intuitos militares, de locomoção das suas tropas. Veio dai o ditado popular [[que diz que]] todos os
caminhos levam a Roma. Segundo o Autor, o método de construção utilizado na confecção de tais
empreendimentos

Primeiro, o terreno era estaqueado, para ganhar rigidez. Depois, espalhava-se sobre ele bastante calcário

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:55


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 116 of 213

grosso ? o rudus -, o qual era bem socado. Por fim, vinha uma camada de calcário mais fino ? o nucleus ?
nivelado a capricho. E só então se assentava o revestimento final: grandes pedras chatas, rigorosamente
ajustadas, que proporcionavam uma superfície lisa, ótima de se pisar. O que era muito importante, pois, no
tempo dos romanos, os exércitos se deslocavam a pé (HONORATO, 2004).

A primeira evolução que de fato se relaciona com o modo como são feitos [[os modelos de]] transporte
atuais, foi a invenção da roda. Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) a primeira indicação que tem
notícias a despeito da figura da roda, é uma figura de roda, registrada em uma placa de argila, encontrada
na Suméria em 3.500 a.C. Muitos historiadores e cientistas consideram a criação da roda, a maior
invenção já feita pelo homem. Considerando seus aspectos primários e a evolução rápida e constante que
ainda sofre. Não se sabe ao certo, quem foram de fato seus inventores, mas cunha-se o feito aos povos
da antiga Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque, há cerca de 5.500 anos, sendo utilizado
primordialmente na época por oleiros na confecção, por exemplo, de cerâmica.
A despeito de contextos históricos minuciosos, muito tempo depois do referido período acima, durante a
Revolução Industrial na França, em 1789 é que de fato problemas concernentes ao trânsito começaram a
aparecer. Foi nesse período que foi criado o motor a combustão interna e começaram a ser fabricados os
primeiros automóveis.
Deslanchou [[a partir de]] então a produção maciça de carros com motor a combustão, o que superlotou de
forma extraordinária as ruas das grandes capitais. O trânsito caótico que grandes capitais como São
Paulo, por exemplo, vivem, é decorrente direto da fomentação que ocorreu no Brasil, da baixa de impostos
para a compra de carros, depois da era Kubitschek.
Porém esse fomento não esperava que houvesse tamanho despreparo do ponto de vista da estrutura das
cidades, para comportar tantos veículos de uma só vez. A implantação de políticas públicas atuais como
os transportes coletivos, é uma forma que o Ente estatal encontrou de tentar aliviar a pressão nos trânsitos
e prevenir, de certa forma o aparecimento de índices alarmantes relacionados a acidentes de trânsito.

5.2 RESPONSÁVEIS POR ADMINISTRAR O TRÂNSITO BRASILEIRO

Dentro dessa evolução do trânsito com mercadorias, trouxe um enorme alavancada com a economia e as
políticas rodoviárias e leis de trânsito. No Brasil, foram implantadas as placas de sinalização em 1930,
após já terem os carros em circulação.
Em 1938 foi criado no Brasil o Departamento de Serviço de Trânsito ?DST, sendo o primeiro a adotar
regulamentação sobre a conduta no trânsito.Mais tarde em 1941 foi criado o CNT Código Nacional de
Trânsito, sendo que no mesmo ano foi criado CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) também foi
criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem).
Somente em 1997 que foi criado o CTB código de trânsito Brasileiro Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997,
o qual tem sua aplicabilidade até então.Tivemos uma evolução significativa no trânsito Brasileiro
atualmente em 2016, que demonstra o avanço das leis, o aumento da frota de veículos e o caos causado
por tantos veículos nas ruas e estradas ao mesmo tempo. Com isso um número de acidentes gigantesco
por motoristas imprudentes e despreparados.
Por anos a [[lei de trânsito]] vem procurando uma forma de responsabilizar os seus motoristas de seus
crimes de trânsito com o intuito de dar uma resposta aos familiares que perderam os seus entes queridos
e buscam por justiça. Declarando, mais do que mostrar a importância sobre a gravidade que é conduzir

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 117 of 213

um veículo automotor sob algum tipo de substância psicoativa. Mas demonstrar que a lei puni com
severidade, aqueles que a desobedecem.
Ou pelo menos aos poucos, criar leis, decretos, jurisprudência, que venham completar as lacunas
esparsas dentro do nosso ordenamento jurídico.[[De acordo com]] o (SIM) Sistema de informações sobre a
mortalidade, do Ministério da Saúde, que no final do ano de 2016, foram registradas 37.345 mortes em
acidentes no trânsito.
No Brasil, foi apenas no ano de 1897 que chegou o primeiro automóvel, quase 100 anos depois da
invenção do mesmo. Este veículo que ficou famoso, pertencia ao ativista José do Patrocínio. Foi esse
mesmo veículo, porém como empréstimo na mão de Olavo Bilac, que na cidade do Rio de Janeiro, mais
especificamente na Barra da Tijuca, provocou o primeiro acidente de trânsito no Brasil. O acidente ocorreu
, pois o poeta não sabia de fato dirigir, e colidiu com uma árvore.
A despeito de alguns acidentes depois, o Poder Público e o Automóvel Clube do Brasil começaram
mobilizações no sentido de melhor regulamentar a segurança dentro do trânsito. Fomentaram o debate
acerca de regras de circulação que protegessem tantos os pedestres, como os motoristas. Segundo
PONTES (2009) apud OLIVEIRA (1986) autoridades estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro,
começaram a levantar as questões de segurança no trânsito com maior celeridade. E conseguiram, no ano
de 1903 criar a primeira concessão da licença para dirigir. Ocorrendo que posteriormente ?em 1906,
adotou-se no país o exame obrigatório para habilitar motoristas?.
No ano de 1954, após a histórica e trágica morte de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck assumiu o
poder do país com a promessa de ?fazer 50 anos em 5?, o que ficou conhecido como plano Kubitscheck.
Com a nova roupagem da política brasileira, dois aspectos foram muito difundidos no país: a Construção
de Brasília como cidade satélite e a criação da cultura automobística nacional.
O projeto arquitetado por Kubitscheck possuía metas ousadas e que angariavam um crescimento
econômico para o país até então não vislumbrado. Seus planos de governo eram voltados prioritariamente
nas áreas de infra-estrutura, o que incluía a construção de caminhos de estradas, pois o que o Presidente
vislumbrava era que as mesmas pudessem acompanhar a fabricação crescente que estava ocorrendo de
automóveis.
A partir dos eventos supracitados, e do fomento governamental a introdução de carros nas ruas, o
automóvel, antes tido como artigo de luxo, começou a se tornar um item popular. Consumido em massa
pela classe média, o que demonstra que na época houve um crescimento exponencial em nível social-
econômico da sociedade brasileira.
Houve a multiplicação constante das estradas que entrecortavam o país afora, houve a introdução de
avenidas e estacionamentos para acomodar o grande volume de veículos que passava então a circular
pelas ruas do país. Um fator a respeito disso é notório, grande parte das estradas e avenidas ficaram
centralizadas nas regiões sul e sudeste do país. Ficando restante das regiões com um nível de transporte
muito aquém em relação a São Paulo por exemplo. Esse desnivelamento ainda é visível no país, e não
tem perspectivas de mudança.
Consoante todo o exposto, conclui-se que a despeito da grande movimentação e volumes de veículos que
começaram a ser introduzidos no país, novas regras de trânsito e circulação precisaram ser
implementadas. Assim como a evolução do trânsito no Brasil tem surgido, os novos problemas também
surgem e necessitam de respostas estatais urgentes.
A responsabilidade civil no trânsito é um dos desdobramentos que surgem com a evolução desse aspecto
da vida civil. No que concerne a regulamentação legal, tal instituto está disciplinado dentro do Código Civil
, porém também pode estar relacionado com aspectos de responsabilidade criminal, visto que o número

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 118 of 213

de ilícitos penais que podem ser cometidos na direção veicular tendem a piorar conforme aumenta o fluxo
de trânsito. O modo como se instalou a cultura do trânsito no Brasil, demonstra que os anos prometidos
por Kubitschek vieram, porém, a estrutura que o país tinha não comportava tamanho crescimento. E acaba
por gerar um crescimento desenfreado, o que acaba por gerar muito acidentes de trânsito, e
consequentemente amplia a responsabilidade do Estado e aponta a do particular.

O país ampliou sua rede de malha viária, mas de forma desordenada, sem planejamento, o Brasil nunca
conseguiu montar um sistema de trânsito que atendesse suas necessidades até os dias de hoje. Em 1986
o número de mortos no trânsito do Brasil havia sido o maior da história, alcançando segundo o Denatran
27.306 vítimas fatais. O trânsito não era prioridade, o dado não gerou repercussão na sociedade devido à
ignorância ao tema. Em 1987 o GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, hoje
extinto), órgão do Ministério dos Transportes publicou o livro Acidentes de trânsito, flagelo nacional
evitável, onde especialistas mostravam que as vítimas de acidentes de trânsito era bem maior, o Denatran
computava apenas aqueles que morriam no local do acidente, desconsiderando aqueles que eram
encaminhados ao hospital e morriam após isso, chegaram à mais de 50.000 vítimas, mesmo assim ainda
não teve repercussão nascendo as expressões ?500.000 mortos? e ?Vietnam Brasileiro (FRANZ &
SEBERINO, 2012).

Aspectos como excesso de velocidade, somado a imprudência e má conservação das estradas,


sinalização precária, e a cultura de suborno na compra de carteiras de motoristas, sem estarem de fato os
mesmos preparados para dirigir formam o cenário atual de aumento anual na quantidade de acidentes de
trânsito.

5.3 COMO SE DEU O INICIO DA [[LEI DE TRÂNSITO]]

A primeira [[lei de trânsito]] do mundo teria surgido na Inglaterra em 1836 (CASTRO, 2014), intitulada de
Lei da ?Bandeira Vermelha?, pelo fato de obrigar os motoristas a usar uma bandeira vermelha para alertar
os pedestres, além de limitar em 10 Km/h a velocidade máxima dos veículos.
Na Inglaterra também teria surgido o primeiro projeto de semáforo, formado por duas hastes que eram
movimentadas por policiais (CASTRO, 2014), da mesma forma que ocorrem com as cancelas. Além disso
, contava também com luzes coloridas operavam à gás, permitindo assim que fossem vistas à noite.
Entretanto, esta proposta não durou mais que um mês, pois o aparato explodiu ferindo o policial.

Figura 1 ? Primeiro projeto de semáforo

Fonte: Nogueira e Valente (2018)

O modelo atual de semáforo com três cores tal como o conhecemos foi desenvolvido pelo policial William
Potts nos Estados Unidos em 1920, segundo Castro (2014). Já em se tratando do cenário brasileiro, é
possível dizer que o primeiro Código de Trânsito do Brasil se deu na forma do Decreto-[[Lei nº 3.671 de]]
25 de setembro de 1941, sendo posteriormente substituído [[pela Lei nº 5.108 de]] 21 de setembro de
1966 e pelo Código de Trânsito Brasileiro atual, em vigor desde 1997 (NOGUEIRA; VALENTE, 2018).
Nogueira e Valente (2018) definem trânsito como o movimento de veículos e pedestres como um todo,

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 119 of 213

correspondendo a qualquer tipo de movimento ou deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um


ponto a outro. Com base [[no que diz]] o Código de Transito Brasileiro é possível dizer que o trânsito diz
respeito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, individualmente ou em grupos, conduzidos
ou não, a fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

[[De acordo com]] as definições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, trânsito é tudo aquilo que
se movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independentemente do local em que
está. Com isso, pode-se falar que para tudo, utiliza-se o trânsito, até mesmo para pedir uma comida para
entregar em casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade (NOGUEIRA; VALENTE,
2018, p.22).

[[De acordo com]] Castro (2014) o diferencial [[do Código de]] 1997 é o fato de ter como base a
Constituição de 1988, a Convenção de Viena e o que foi acordado no Mercosul. Já no ano de 2012, foi
sancionada a Lei nº 12.619, [[que diz respeito]] ao exercício da profissão de motorista e altera a
Consolidação das Leis do Trabalho a fim de regular e disciplinar a jornada e o tempo de direção de
motoristas profissionais, entre outras questões. Mais especificamente, Nogueira e Valente (2018) apontam
que a Convenção de Viena, ou Convenção de Trânsito Viário teve o papel de padronizar a sinalização
viária, evento que ocorreu em 8 de novembro de 1968. Além disso, a sinalização de trânsito no Brasil
também se baseia nos manuais e tratados da Federal Highway Administration americana, como é o caso
do Manual on Uniform Traffic Control Devices for Streets and Highways (MUTCD).

5.4 PENALIDADES AO CONDUTOR

De fato, [[a lei seca]] foi instituída como uma forma de represaria [[em relação ao]] consumo de bebidas
alcoólicas e o uso desenfreado de veículos com as alterações mentais que essa acarreta, buscando assim
uma redução relativa nos acidentes com vítimas fatais ou não. Para Malta (2014) tal legislação foi criada
com o intuito primordial de tornar as normas mais rigorosas para aqueles condutores que insistiam em
dirigir sob o efeito do uso de álcool.
O estabelecimento dessa nova legislação foi essencial para uma sensível redução nos ditos crimes de
trânsito, como os casos de mortes e/ou problemas graves de saúde causados por acidentes de automotor
, entretanto ainda não era o suficiente para que o objetivo essencial fosse alçado, que seja, uma redução
mais drástica nesses fatos, o que levou a um novo debate acerca das relações sociais no interior do
trânsito. Devemos notar que é essencial entendermos a legislação como pedagógica no ato de punir o
indivíduo que descumpra tal e para isso foi retomado a questão no interior do legislativo brasileiro, se
buscando alternativa [[a lei seca]] já existente, mas que, porém, não apresentava uma eficácia esperada.
É nesse contexto que segundo Malta (2010), houve a necessidade da promulgação [[de uma nova]]
legislação que versasse acerca do tema, o que surgiu no ano de 2012 com a promulgação da Lei 12.760
de 20 de dezembro de 2012, também conhecida como Nova Lei Seca, alterando a Lei número 9.503 de 23
de setembro [[de 1997, que seja]] o Código de trânsito brasileiro. Havia no período que a legislação
anterior estava permeada por ?falhas?, havendo a necessidade de se repensar em um novo molde, mais
severo e rígido com relação a punição de seus atores, aplicando-se tal punição como uma forma
pedagógica, dobrando a sanção administrativa e facilitando ao agente da lei para que se verificasse a
embriaguez do indivíduo, que por diversas vezes se recusava na [[realização do exame]] no momento da

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 120 of 213

fiscalização por questões constitucionais que surgiram.


Diversas foram as alterações na legislação ao longo do tempo, [[tendo em vista]] diversas falhas que foram
se apresentando no momento das fiscalizações e o baixo índice na redução da mortalidade e dos
acidentes de forma geral. Em um primeiro momento se tornou complicado a aplicação diante da
dificuldade em se comprovar a embriaguez, [[tendo em vista que]] esta só seria possível diante de um
[[exame de sangue]] ou por meio dos bafômetros que ainda eram demasiadamente caros para o Estado,
bem como pela possibilidade de recusa em se [[realizar o exame]], [[tendo em vista que a Legislação
brasileira]] protege o indivíduo [[de produzir provas contra si mesmo]], porém não seria superior ao ato do
agente público em atuar na defesa da coletividade, havendo um debate muito grande em torno do assunto.
Após uma alteração da legislação, foi possível que o agente público de segurança provasse os fatos por
meio de testemunhas e câmeras que filmam a atuação deste em sua rotina. Outra mudança importante é
aplicável ao bolso, forma pedagógica que alterou os valores de R$ 957,70, se tornando muito mais
rigorosa, passando a contabilizar R$ 1.915,40.
Assim como os valores, a quantidade de dosagem no sangue também passou a ser mais rigorosa, que
segundo Alves (2014), passou de 0,1 mg/L no ar advindo do pulmão para 0,05 mg/L. Atualmente a Lei se
tornou ainda mais rigorosa, não se admitindo nenhuma dosagem, e a multa chegando ao valor de R$
2.934,70, sendo instaurado processo administrativo com a perda da licença para dirigir pelo período de 12
meses, e nos casos em que resultem em acidente com vítimas, podendo o indivíduo ser punido conforme
o Código Penal Brasileiro, inclusive com penas restritivas de liberdade.

5.5 O CONCEITO HUMANO E CONDUTA SOBRE AS CAUSAS DE ACIDENTES NO TRÂNSITO


PROVOCADOS PELA EMBRIAGUEZ

Com o desenvolvimento dos meios de comunicação (televisão, rádio, internet, jornais e revistas)
necessários e importantes no mundo atual, a velocidade de disseminação da informação aumentou
rapidamente, envolvendo um grande número de pessoas. Como resultado, histórias sobre acidentes de
trânsito e mortes envolvendo álcool e direção estão se tornando cada vez mais comuns.
Muitas vezes, esses eventos acabam sendo desastres, onde a vida se extingue ou várias consequências
persistem ao longo dos anos, o que nos deixa confusos, pois, apesar de várias campanhas que falam
sobre esse assunto e suas consequências, como, por exemplo: altos índices de mortes. , no entanto,
ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto e a principal delas está relacionada aos perigos de dirigir
sob o efeito do álcool. Mas por que esse tipo de morte continua acontecendo? Existe algum problema com
o programa de treinamento para futuros motoristas? (CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE E
ÁLCOOL, 2014).
As consequências associadas ao consumo de álcool significam uma redução da capacidade: de ver a
velocidade real a ser percorrida, de ver potenciais obstáculos na estrada e de manter o controlo do veículo
. Com isso, o motorista tem grande dificuldade de visualizar, por exemplo, uma motocicleta ao seu lado ou
um pedestre atravessando a via. Além disso, motoristas sob efeito do álcool enxergam apenas o que está

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 121 of 213

à sua frente, reduzindo sua visão periférica, o que dificulta sua reação diante de uma situação ruim ou
qualquer acontecimento, que pode levar ao pior. cenário de caso, acidente de trânsito com vítimas fatais
(MORENO, 1998 apud DOS SANTOS NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
O comportamento de motoristas embriagados varia de pessoa para pessoa e depende da quantidade de
álcool consumida, levando a diferentes tipos de reações: da felicidade à depressão, e talvez até
agressividade. Desta forma, uma pessoa com comportamento autodestrutivo, longe de sua boa condição
física e mental, pode dirigir?

5.5.1 CONCEITO

A palavra álcool tem vários significados, desde uma classe de compostos orgânicos, em toda a sua
estrutura, um ou mais grupos hidroxila (?OH) ligados a carbonos saturados, a óleos e solventes. Mas no
caso das bebidas alcoólicas, onde o álcool é um de seus componentes, a palavra álcool indica, neste caso
, etanol (CH3CH2OH), também conhecido como álcool etílico (C2H5OH). A substância em questão é
composta por moléculas contendo dois átomos de carbono (C), cinco átomos de hidrogênio (H) e um
grupo hidroxila (?OH) e possui as seguintes características: ser líquida à temperatura ambiente, incolor,
volátil, em chamas e totalmente . Solúvel em água.
A utilização do etanol se dá em diversos ramos da indústria como: nas indústrias de combustíveis,
perfumaria, farmacêutica e de bebidas. Historicamente, as relações humanas têm sido dominadas pelo
álcool. Como prova disso, estão as primeiras descobertas arqueológicas de álcool pelo homem, datadas
de 6000 AC. É claro que essa antiga prática de beber álcool foi preservada por muito tempo e está
associada à cultura. Entre as bebidas alcoólicas relatadas no período antigo (Medium) havia duas que
eram consideradas populares e potáveis: o vinho e a cerveja. Apesar de serem amplamente consumidas
pela sociedade da época, não se sabe explicar o processo de produção dessas bebidas por meio da
fermentação da uva, no caso do vinho, e da cevada, no caso da cerveja. (KRAUSZ, 2003 apud LEAL; DE
ARAUJO; PINHEIRO, 2013).

4.5.2 DISPUTAS DE VELOCIDADE NO TRÂNSITO

Observa-se que a [[Lei nº 12.971, de]] 09 de maio de 2014 alterou o Código de 1997, introduzindo uma
série de inovações, como é o caso das alterações nos tipos de quatro delitos já previstos em lei
(PORTELA, 2015), sendo eles lesão e morte culposa no trânsito, embriaguez ao volante e participação em
disputas automobilísticas não autorizadas, comumente chamadas de ?racha?.
A Lei nº 12.971/2014 previu um período de vacatio legis, programando a sua entrada em vigor apenas a
partir do dia 01 de novembro de 2014. Não custa lembrar que a lei não teve eficácia nesse período de
suspensão de sua vigência nem mesmo para beneficiar o réu, segundo entendimento do STF, uma vez
que o referido interstício de prova pressupõe a possibilidade de que a norma seja revogada. O que não
impede, no entanto, a eficácia retroativa da lex melior, afetando inclusive os fatos praticados no período de
vacância, quando efetivamente entrar em vigor o diploma legislativo, conforme regra corriqueira de
aplicação e interpretação das normas penais, que reflete um dos corolários do princípio da legalidade
(PORTELA, 2015, p.14).
Já as alterações administrativas, são descritas por Portela (2015) como um substancioso incremento das
sanções pecuniárias (multas) envolvendo disputas de corridas, promoção e participação em competições

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 122 of 213

de perícia veicular que não possuem autorização, ultrapassagem na contramão, em local impróprio e
passagem forçada entre veículos em sentidos opostos.
Em seu estudo, Giareta (2016) interpreta o racha partindo da noção de crimes de mera conduta e lesão,
sendo que o primeiro conta com um resultado naturalístico, na forma de crimes de simples atividade ou
merca conduta (desvalor da conduta), e o segundo conta com resultado jurídico, na forma de delitos de
lesão (desvalor do resultado).
Figura 2 ? Inovações da Lei nº 12.971/2014

Fonte: Governo de Goiás (2016)

Além disso, os crimes de trânsito também podem, em seu entendimento, ser classificados entre próprios e
impróprios, sendo que os delitos próprios de trânsito se configuram como aqueles que só podem ser
cometidos no contexto da circulação de veículos (GIARETA, 2016). Como é o caso de racha, embriaguez
ao volante, direção sem habilitação, velocidade incompatível com um determinado espaço e entrega de
direção de veículo a pessoas inaptas para tal atividade. Já os delitos impróprios não dependem
exclusivamente do contexto da circulação de veículos, a exemplo do homicídio culposo.
Portanto, Giareta (2016) descreve em primeiro lugar o racha como uma conduta socialmente reprovável
que expõe a comunidade à um perigo concreto, considerando como um delito próprio. Neste sentido,
chama a atenção para o fato de que a lei de 2014 alterou no artigo 308 o termo ?dano potencial? por
?gerando situação de risco?. O que implica em dizer que no primeiro caso existe apenas a especulação
acerca da possibilidade de dano, enquanto que o termo ?gerando situação de risco? aponta para uma
possibilidade concreta de risco à integridade física.

Observe-se que a redação do tipo básico, bem como a suas penas (detenção de dois a quatro anos e
proibição ou suspensão de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor) foram
mantidas. Trata-se de um crime culposo, que, portanto, sempre ensejará a substituição da pena privativa
de liberdade pela restritiva de direitos, cumpridos os outros requisitos da legislação penal (ser o réu
primário e fazendo-se presentes as outras circunstâncias pessoais que recomendam a substituição)
(PORTELA, 2015, p.15).

Para Portela (2015), uma das principais inovações trazidas [[pela Lei n]]º 12.971/2014 se encontra no
inciso segundo do artigo 302, no qual se tipificam duas formas qualificadas de homicídio culposo, o
cenário formado por capacidade psicomotora alterada do condutor em decorrência de embriaguez
alcoólica ou causada por outra substância entorpecente, ou então o cenário formado por óbito decorrente
de corridas, disputas, competições e demonstrações de perícia veicular que não foram permitidas pela
autoridade de trânsito, como é o caso do racha.

5.5.3 EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Os motoristas brasileiros convivem diariamente em meio a diversas questões polêmicas que se espalham
rapidamente pelo país, uma delas diretamente relacionada à ligação entre bebidas alcoólicas e condução
de veículo automotor. Todos os anos, milhares de pessoas são vítimas de acidentes de trânsito causados
??por motoristas irresponsáveis ??que associam beber e dirigir veículo automotor. Essa combinação de

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 123 of 213

embriaguez ao volante, devido ao seu enorme poder destrutivo, causou alvoroço entre os que a
presenciaram, motivo pelo qual notícias sobre o tema foram amplamente divulgadas pela mídia.
Para tanto, o governo se mobilizou e, após muitas discussões sobre o tema, editou a [[Lei nº 11.705, de]]
19 de junho de 2008, popularmente conhecida como "Lei Seca", cujo objetivo é combater o problema do
alcoolismo e um dos suas ferramentas é A natureza punitiva da nova lei (NUNES, 2013).
Mas antes de entrarmos no hype em torno de dirigir embriagado, alguns conceitos devem ser melhor
compreendidos. Código de Trânsito Brasileiro (CTB), promulgado em seu Art. [[pela Lei nº 9.503 de]] 23 de
setembro de 1997. 1º, § 1º, Trânsito é ?a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isoladamente ou em grupos, conduzidos ou não tripulados, para circulação, estacionamento,
estacionamento e operações de carga e descarga?. Este conceito deve ser levado em consideração, pois
ao nos deslocarmos devemos obedecer as regras de trânsito independentemente do meio de transporte
que utilizamos.

4.5.3.1 Como o álcool é absorvido pelo organismo

O álcool proveniente do uso de bebidas alcoólicas, dependendo da quantidade consumida, causa diversos
efeitos no corpo humano. Mas antes de enunciar os resultados de sua inclusão, é muito importante definir
alguns conceitos que colocarão o aluno no problema em questão (CARLINI et al., 2001).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), medicamento é ?qualquer entidade química ou mistura
de entidades (mas excluindo aquelas necessárias para manter a saúde, como água e oxigênio), que
altera a atividade biológica e possivelmente sua estrutura?. Em outras palavras, medicamento é toda
substância capaz de alterar o funcionamento dos organismos, física ou comportamentalmente (OMS9,
1981 apud CARLINI et al.; 2001). Outra explicação relevante [[diz respeito à]] definição do termo droga
psicotrópica.
Segundo a OMS (1981 apud CARLINI et al.; 2001), psicofármacos são aqueles que "agem no Sistema
Nervoso Central (SNC) produzindo alterações de comportamento, emoções e compreensão, com boas
propriedades reforçadoras e, portanto, dependentes de comportamento." (uso não autorizado de
medicamento). Isso significa que os psicotrópicos são aqueles sujeitos à dependência (OMS, 1981 apud
CARLINI et al.; 2001).
E por que é necessário entender esses conceitos? Segundo Carlini et al. (2001), Apesar do
desconhecimento de muitas pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicoativa, pois atua no
Sistema Nervoso Central, provocando uma mudança no comportamento de quem o bebe, além de poder
desenvolver dependência.
O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas aceitas e promovidas pela sociedade. Essa é uma das
razões pelas quais ela é vista de forma diferenciada em relação a outras drogas (CARLINI et al., 2001, p
.12). Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2004, dois bilhões de pessoas no
mundo consumiam álcool (WORLD HEALTH ORGANIZATION10, 2007 apud DOS SANTOS
NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
Com base nesses dados, a indústria de bebidas alcoólicas, para continuar divulgando a imagem de seus
produtos e atrair um grande número de consumidores, tem como principal estratégia: investir no mercado
publicitário. Nesse caso, criam campanhas publicitárias que conectam a imagem da marca com artistas e
pessoas de grande amor e apreço popular, além de explorar alguns elementos que despertam a atenção

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 124 of 213

do público: praias, mulheres e festas.


Após essas informações, podemos mensurar o quão destrutivo e destrutivo é o poder do álcool, que
pode afetar o organismo de diversas formas. Isso, claro, depende da quantidade de álcool consumida e
dos detalhes de como cada órgão humano processa o álcool, o que pode causar um efeito maior ou menor
no organismo. Além disso, é importante ressaltar que os efeitos do álcool causam outros distúrbios que
afetam outros aspectos do trabalho de uma pessoa, como na família e no trabalho.

5.5.3.2 Métodos de verificação do álcool no sangue

Desde 2012, está em vigor no Brasil [[a Lei Seca]] (Lei Nº 12.760/2012), delimitando que dirigir sob a
influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa se configura como infração gravíssima, para a
qual cabe punição na forma de multa e suspensão do direito de dirigir, bem como retenção do veículo
(SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014).
Observa-se que o risco relativo de se envolver em um fatal acidente de trânsito entre motoristas que
contam com uma taxa de alcoolemia entre 0,5 e 0,79 gramas de álcool por litro de sangue chega a ser
sete vezes maior em comparação com motoristas que não possuem álcool no organismo. Entretanto,
Souza, Hi e Gonzalez (2014) também consideram que não existe consenso em torno dos falsos positivos
que podem ser acusados em decorrência do consumo de alimentos e medicamentos que tenham álcool
em sua composição, ou então antissépticos bucais.
Se o teste para a detecção do teor alcoólico no organismo de uma pessoa for realizado através do
etilômetro, a presença da substância pode provocar um resultado positivo, desde que o teste seja
realizado imediatamente após o consumo (DPRF, 2013). [[De acordo com]] relatórios da Organização
Mundial de Saúde de 2011, o uso prejudicial do álcool resulta em cerca de 2.5 milhões de mortes todos os
anos. Aproximadamente 320.000 jovens entre 15 e 29 anos morrem de causas relacionadas com o álcool,
resultando em 9% das mortes neste grupo. O álcool é o terceiro maior causador de doenças no mundo, o
primeiro no Pacífico Ocidental e nas Américas e o segundo maior na Europa (SOUZA; HI; GONZALEZ,
2014, p.2).
Conforme Prates (2012) existem atualmente três métodos principais para a detecção do nível da presença
de etanol em um organismo: O método enzimático, baseado na utilização de saliva como matriz e na
aplicação de reagentes ao álcool, como é o caso de desidrogenase e álcool oxidase. Há aquele em que se
utiliza o ar exalado como matriz com o objetivo de se gerar uma corrente elétrica que sempre será
proporcional à concentração de etanol ingerido devido a um processo de oxidação de moléculas.
E por fim, existe ainda um método baseado em cromatografia gasosa com detector de ionização em
chama (CG-DIC), acoplado com técnica de extração em espaço confinado, tendo como objeto de estudo o
sangue (PRATES, 2012). Em seu estudo, também apresenta um resumo das principais metodologias e
suas limitações.

Quadro 1 ? Comparação entre as metodologias para a análise de etanol e suas limitações


Fonte: Governo de Goiás (2016)

O álcool se encontra no topo da lista de substâncias tóxicas encontradas no cotidiano da toxicologia


forense pelo fato de que a maioria significativa de cenários envolvendo acidentes fatais, mortes
traumáticas, suicídios e crimes violentos contam com a participação de indivíduos alcoolizados (SOUZA;

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 125 of 213

HI; GONZALEZ, 2014).


Compreende-se que o nível de etanol no sangue depende de três fatores principais, sendo eles a dose
ingerida, a velocidade de absorção pelo trato digestivo e a capacidade de eliminação pelo organismo por
meio da biotransformação e excreção. Entretanto, Souza, Hi e Gonzalez (2014) também apontam que a
velocidade de absorção também sofre a influência da quantidade de álcool ingerido, a ingestão ou não
ingestão de alimentos antes do consumo alcoólico, e a massa corporal, entre outras possibilidades.
No Brasil, a realização das análises toxicológicas com fins forenses em fluidos biológicos, é feita em
laboratórios que pertencem às Secretarias de Segurança Pública e nos Institutos Médico-Legais (IML) dos
respectivos estados. É importante levar em consideração não só a toxicocinética (absorção, distribuição,
biotransformação e excreção) e a toxicodinâmica (mecanismo de ação) da substância a ser analisada,
mas também o histórico, para que a escolha do material seja adequada, e sejam feitas as pesquisas de
xenobióticos (compostos químicos estranhos ao organismo) ou dos produtos originados da sua
biotransformação (SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014, p.3).
Conforme Prates (2012), a validação de uma metodologia depende de alguns parâmetros, como
especificidade, função da resposta, intervalo do trabalho, sensibilidade, exatidão, precisão, limite de
detecção, limite de quantificação e robustez.

5.5.3.3 Infração administrativa e penal ao condutor embriagado

Se um motorista visivelmente embriagado não é preso, isto certamente causará espanto e indignação na
população. Entretanto, esta atitude não é viável de pronto, pois [[de acordo com]] Gonçalves (2013), cabe
apenas a aplicação de medidas administrativas, como a apreensão da carteira e a retenção do veículo.
Portanto, Gonçalves (2013) afirma que não caberia nem mesmo a condução coercitiva do motorista à
delegacia de polícia ou qualquer outro local onde se pudesse realizar exame médico. Embora a recusa
permita a aplicação de penalidades e medidas administrativas. O que no entanto, não significa que o CTB
não tenha em seu bojo a previsão dos possíveis crimes de trânsito, o que efetivamente se encontra
delimitado nos artigos 291, 302, 303, 307, 308 e 309, e em se tratando especificamente do cenário de o
motorista se encontrar sob o efeito do álcool, o artigo 306.

Para Gonçalves (2013), isto gera uma controvérsia, pois embora o texto seja claro ao definir o limite de
seis decigramas para a tolerância alcoólica, entende que para os delitos que não envolvam crimes, é
possível dizer que o limite de tolerância alcoólica seja de dois decigramas, tal como propõe o inciso
segundo do artigo 1º do Decreto nº 6.488/08.
[[De acordo com]] Silva (2017), a fim de atualizar o Código de Trânsito Brasileiro e endurecer as penas, foi
sancionado em 4 de Maio de 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, a Lei nº 13.281, sendo que uma
de suas principais inovações diz respeito ao valor das multas e o limite de suspensão da carteira nacional
de habilitação do motorista (Tabela 1).

Tabela 1 ? Valores atualizados das multas


Fonte: Silva (2017)

Silva (2017) chama a atenção para o fato de que os valores não eram reajustados desde 2001, momento
em que foi extinto o índice UFIR de referência, ficando estabelecido que o valor seria tabelado e só
poderia ser alterado novamente por meio de Lei Federal.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 126 of 213

Em seu estudo, Rocha (2018) define o crime de embriaguez ao volante como uma norma penal em branco
e heterogênea, pelo fato de necessitar de complementação. Ou seja, as normas penais em branco podem
ser descritas como de conteúdo incompleto ou vago e que exigem complementação oriunda de outra
norma jurídica, como leis, decretos e regulamentos. Gonçalves (2013) menciona como crimes previstos no
Código de Trânsito:

5.5.3.4 Procedimento adotado pelo Estado caso o condutor se negue ao exame do etilômetro

É possível afirmar que o ordenamento jurídico brasileiro foi construído de forma que o indivíduo é
presumivelmente inocente, o que faz com que sua culpa deva ser comprovada mediante o devido
processo legal (GONÇALVES, 2013). Portanto, compreende-se que um cidadão [[não pode ser obrigado
a]] fazer [[o teste do]] etilômetro, devido ao entendimento de que o motorista [[não pode ser]] considerado
presumidamente alcoolizado nem tampouco [[produzir provas contra si mesmo]], tal como prega [[o
princípio ?nemo tenetur se detegere?.
A]] Carta Magna traz em seu artigo 5°, inciso LXVI: ?o preso será informado de seus direitos entre os
quais o [[de permanecer calado]], sendo-lhe assegurada a assistência da família e do advogado?. Este
direito assegurado na Constituição Federal de 1988 apresenta-se como uma das variáveis do princípio [[do
nemo tenetur se detegere, o]] qual ninguém [[é obrigado a produzir prova contra si mesmo]] (ROCHA,
2018, p.19).
Uma noção que encontra respaldo legal não apenas na Constituição de 1988, mas também [[na
Convenção Americana de Direitos Humanos]], em específico em seu artigo 8º. No qual se definiu [[que
toda pessoa]] acusada de algum delito tem o direito [[a presunção de inocência]] até o momento em que
se comprove legalmente sua culpa (GONÇALVES, 2013).
Neste sentido, Gonçalves (2013) chama a atenção para o fato de que a tendência predominante no
universo doutrinário é a de entender que as normas internacionais [[de direitos humanos]] estão acima do
ordenamento jurídico de cada Estado, pelo fato de exprimirem certa consciência ética universal.
Observa-se que originalmente, a configuração de infração administrativa implicava na constatação de
concentração de seis decigramas de álcool por litro de sangue, tal como delimitado pelo artigo 276 [[do
Código de]] Trânsito (SILVA, 2017). Entretanto, esse texto legal não se mostrava efetivo pois os motoristas
se recusavam a realizar os testes de alcoolemia ao entenderem que não deveriam [[produzir provas
contra si mesmo]], tal como prega a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Ou como expõe Gonçalves (2013), ?Então, uma dúvida surge: como fazer [[o teste do bafômetro]] sem
assumir a culpa, respeitando o princípio da não incriminação, o [[Nemo tenetur se detegere]]?
(GONÇALVES, 2013, p.11). Diante desta situação, buscou-se por meio da Lei nº 11.275/2006 alterar o
artigo 165 [[do Código de]] Trânsito, objetivando dispensar a medição alcoólica, bastando a análise de
aspectos característicos de embriaguez no motorista [[por parte do]] agente de trânsito (SILVA, 2017).
Nota-se, que a diferença deste artigo foi quanto à suspensão do direito de dirigir. O condutor de veículo
automotor que infringir o artigo 165 do CTB, atualmente, terá [[o direito de]] dirigir suspenso por doze (12)
meses. Sob a égide da norma anterior, a pena da suspensão do direito de dirigir variava [[de acordo com]]
o que estabelecia o artigo 261 do CTB (SILVA, 2017, p.7).
É possível observar alterações semânticas que evidenciam o rigor do novo ordenamento jurídico, como é
o caso do artigo 277 [[do Código de]] Trânsito Brasileiro, pois a expressão ?sob suspeita de haver
excedido os limites previstos no artigo anterior? foi substituída por ?sob suspeita de dirigir sob a influência

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 127 of 213

de álcool?. Em resumo, Silva (2017) afirma que o motorista [[que se recusar a]] participar do teste de
alcoolemia será apenado em concordância com as medidas administrativas do artigo 165.
5.6 HOMICIDIO NO TRÂNSITO DISCUTIDO SOBRE O QUE É CULPA OU DOLO

Em seu estudo, Teles (2019) defende que o dolo eventual se materializa a partir do momento em que o
agente prevê o resultado e o aceita, ao se mostrar indiferente quanto aos seus nefastos contornos. Para o
caso da culpa consciente, o agente igualmente prevê o resultado, entretanto, não assume o risco de
produzi-lo nem tampouco o aceita, ao acreditar que tal desfecho dificilmente ocorreria por se sentir capaz
de evitá-lo. Portanto, observa-se que as diferenças entre estes dois conceitos são bastante sutis,
dificultando assim, a aplicação pelo magistrado.
Conforme a literatura e outros estudos acerca do tema, pode-se verificar que este assunto é controverso,
sensível e de muitas discussões acaloradas, já que a tipificação do dolo, tendo como base a embriaguez
voluntária, [[não pode ser]] banalizada, sob pena do menosprezo das decisões judiciais. É fato que a
manifestação veemente da sociedade, por si só, não detém competência a transformar condutas
cristalinas culposas, em dolosas ou vice-versa (ARAUJO, 2015, p.57).

Soma-se a isso o fato [[de não ser]] possível acessar a mente do agente no momento de sua conduta,
levando ao insólito desfecho, a fim de avaliar com mais clareza se este ente agiu ou não dolosamente.
Assim, Teles (2019) defende que o ideal é afastar a análise subjetiva e se aferrar as circunstâncias
objetivas e elementos do tipo no caso concreto, a exemplo do cenário em que o crime ocorreu, de que
forma se concretizou (o desfecho) e a culpabilidade do agente, de forma delinear da melhor forma possível
a situação fática.
Ou como expõe Araújo (2015), para todos os efeitos a diferenciação entre o dolo eventual e a culpa
consciente acaba tendo como base de apoio os fatores psicológicos de quem está analisando o caso, o
que abre espaço para divergências doutrinárias e jurisprudenciais, insegurança jurídica em suma.
No entendimento de Teles (2019), o atual Código Penal trata o crime doloso como a regra, e a culpa como
exceção, visto que a culpa deve estar prevista no próprio tipo [[penal, o que]] no entanto, não significa
dizer que o dolo eventual possa ser configurado de forma automática sem antes se analisar as
circunstâncias fáticas do caso em questão. ?Destarte, não se pode generalizar a imputação a título doloso
de forma imperativa. Faz-se necessário examinar as particularidades do caso concreto? (ARAÚJO, 2015,
p.57).
Em que pese a subjetividade da questão, Araújo (2015) considera como fundamental a manifestação de
uma certeza em matéria da exteriorização da vontade do agente e comprovação probatória a fim [[de que
não]] sejam feridos dois princípios basilares do direito, [[a presunção de inocência]] e o ?in dubio pro réu?.
Levando em consideração que apesar da comoção social que possa surgir em torno de um caso, seria
uma leviandade definir como dolo eventual todo cenário formado por homicídio praticado por condutor sob
efeito de bebida alcoólica, em específico quanto restar dúvida quanto ao animus dolandi.
Conforme Teles (2019), permanecendo duvidas acerca da aplicação do dolo eventual e da culpa
consciente, esta última deve prevalecer [[em razão da]] primeira, levando em consideração o princípio do
in dubio pro reu, ou seja, pela falta de indícios suficientes que tragam alguma certeza sobre a presença do
dolo na conduta do agente que possam passar pelo escrutínio do Tribunal do Júri, cabe ao magistrado
aplicar a situação mais benéfica ao réu.

E Teles (2019) segue nesta mesma linha, ao afirmar que a teoria da culpa consciente para os crimes de

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 128 of 213

homicídio no trânsito deva ser aplicada nas hipóteses em que o ente a ser julgado não assume o risco do
resultado, repudiando assim, o resultado não desejado. Uma aferição que [[não deve ser]] feita a partir da
análise de elementos subjetivos, mas por critérios objetivos e elementares do tipo.
Entretanto, chega-se a conclusão de que para ser possível a aplicação do dolo eventual, não chega a ser
necessário que a vontade do agente seja constatada, mesmo por que isso depende quase que
exclusivamente de uma confissão do agente, o que raramente ocorre (TELES, 2019).
Levando em consideração o que foi exposto, Teles (2019) considera que as alterações propostas [[pela lei
n]]º 13.546/2017 tem o objetivo de sanar dúvidas e preencher lacunas em matéria da aplicação do dolo
eventual e culpa consciente para os casos envolvendo crimes de trânsito, embora esta iniciativa não tenha
sido inteiramente bem sucedida.

5.7 JURISPRUDÊNCIA SOBRE HOMICÍDIOS OCORRIDOS PROVENIENTES DE PESSOAS


EMBRIAGADAS NO TRÂNSITO BRASILEIRO

Em artigo para a página virtual do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (2020), é
discutido se o crime de embriaguez ao volante se configura como crime de homicídio culposo na direção
de veículo automotor. E observa-se a existência de duas correntes distintas, uma desfavorável a este
entendimento e uma favorável.
Entre aqueles que não acreditam nesta tese, reside o entendimento [[de que não]] há que se falar em
absorção do crime de embriaguez ao volante pelo crime de homicídio culposo, pois o primeiro delito não
se configura como meio necessário nem tampouco consistiu de fase de preparação ou execução do
segundo (TJDFT, 2020).

Já entre aqueles que defendem a tese, reside o entendimento de que o crime de embriaguez ao volante é
antefato impunível do crime de homicídio culposo no trânsito, pois a embriaguez na direção do veículo
automotor consistiu na violação do dever de cuidado apta à produção do desfecho de óbito, levando a
conclusão que é da essência do homicídio culposo a falta de zelo (TJDFT, 2020).

16/07/2015, Segunda Turma Criminal, Publicado no DJE: 22/07/2015).

CONCLUSÃO

De tudo o que foi visto, conclui-se que a embriaguez é mais do que o simples fato de consumir álcool,
verificamos que existem tipos e tipos de embriaguez. Além disso, é muito importante distinguir cada um
desses tipos e tipos de direito penal. Examinamos neste trabalho a responsabilidade penal de uma pessoa
com embriaguez patológica, atingimos o objetivo de discorrer sobre os tipos de embriaguez, sua
culpabilidade, e analisamos as possíveis formas de prender o réu culpado que padece desta patologia e
passar. estas condições.
Como já discutimos, quando falamos em embriaguez patológica, fica sempre muito claro que se trata de
um problema mental, onde a ação de uma pessoa que ingere bebidas alcoólicas a deixa embriagada, até
privá-la da compreensão consciente de suas ações, o que o torna parcial ou completamente incapaz de

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 129 of 213

distinguir de transgressão. A lei penal deve entender que a embriaguez patológica é uma doença mental e
quando determina a incapacidade de toda a pessoa compreender a incorreção da verdade, torna-a
inocente e inclui em si a hipótese de absolvição, conforme confirmado no art. 26, do CP.
Além disso, vejamos que o paciente patológico quando comete um ato punível, dado o estado reduzido de
força, não é pego e terá uma pena reduzida. No caso da embriaguez patológica, pode ser tomada como
medida protetiva que é considerada uma isenção injusta, com uma pessoa completamente incapaz de
enxergar a realidade ilícita. No caso de privação parcial da consciência, a pena pode ser reduzida de um a
dois terços. A embriaguez causada pela doença não é evidenciada pelo laudo da psicóloga da área
criminal.
Com o objetivo de se posicionar como pesquisa moderna, foram trazidos à discussão os autores que
conseguem manter a uniformidade em seus estudos, com ideias que podem romper a questão do tempo e
se manterem atuais por muito tempo, para que no futuro pode ser uma inspiração para novos
pesquisadores que queiram usar esta pesquisa como um referencial teórico para suas novas pesquisas e
sua maneira de fazer as coisas. A busca por esses trabalhos será feita por meio de bases de dados
universitárias, sites especializados na publicação de artigos científicos e trabalhos já publicados que
atendam ao tema aqui proposto.
Fica claro, portanto, a relevância de se fazer um estudo minucioso acerca desta temática, que em meios
acadêmicos, ainda é pouco desenvolvida, em comparação ao tamanho de sua contribuição para a ciência
como um todo. Em cima desta visão, é esperado, ao fim da apresentação, que o trabalho consiga
desenvolver o debate e responder as questões aqui desenvolvidas com o auxílio de periódicos da área,
com o objetivo de sanar quaisquer dúvidas que o leitor pode ter acerca do tema.
Por fim, é preterido, também, que o trabalho se coloque na mesma mesa dos especialistas da área,
podendo servir futuramente como material teórico para novas pesquisas que queiram fazer uma
abordagem ainda mais profunda, onde poderia utilizar o presente trabalho para tal objetivo, com a
finalidade de trazer essas ideias para a discussão com a ajuda de periódicos da área que realizam
pesquisas detalhadas e científicas, para que no futuro, esse trabalho seja colocado na mesma mesa com
especialistas e também possam servir como inspiração para novos estudiosos que queiram trazer uma
nova abordagem e que possam usar este trabalho como referência teórica.

REFERÊNCIAS

Metodologia MatrizLimitações
Enzimática SalivaAnálise colorimétrica indireta (metabólitos)
EletroquímicaAr exaladoBaixa reprodutibilidade
Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização em ChamaSangueMatriz de difícil acesso

GravidadeValor Anterior R$Valor Reajustado/2016 R$


Leve53,2088,38
Média85,13130,16
Grave127,69195,23
Gravíssima

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 130 of 213

=================================================================================
Arquivo 1: (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Arquivo 2: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/14181/14181_3.PDF (9283 termos)
Termos comuns: 93
Similaridade: 0,49%
O texto abaixo é o conteúdo do documento (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.maxwell.vrac.puc-
rio.br/14181/14181_3.PDF (9283 termos)

=================================================================================
Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho adequado ao modelo desejado

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 131 of 213

PROJETO DE PESQUISA

APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

A responsabilidade é um fator importante no trânsito, pois atitudes simples podem influenciar a vida das
pessoas, principalmente quando alguém decide ingerir bebida alcoólica e, logo após, dirigir. [[Esse tipo
de]] situação nos leva a [[uma série de]] questionamentos que nos levam a questionar se a lei vigente que
trata especificamente do trânsito é justa e eficaz.
O uso abusivo de álcool é um problema grave da sociedade atual, sendo que esta é uma substancia que
causa dependência física e psíquica e tem sido [[cada vez mais]] comum encontrar adolescentes e jovens
que fazem uso indiscriminado de álcool e outras drogas. Sabe-se que o uso indiscriminado do álcool faz
com a pessoa se exponha e exponha outras pessoas a situações de risco, já que é uma substancia capaz
de afrouxar as noções de certo e errado. Dessa forma é comum, pessoas cometerem os mais diversos
crimes estando alcoolizadas.
Portanto, crimes envolvendo embriaguez, estão [[cada vez mais]] presentes nos tribunais brasileiros,
Silvestrim (2002) coloca que há diversos casos de imputabilidade, inimputabilidade e diminuição da
culpabilidade e aumento de pena [[em casos de]] embriaguez.
Sabe-se que casos de embriaguez estão [[cada vez mais]] comuns nos tribunais brasileiros. Como deve-
se proceder em um caso de um crime em que o réu estava sob influência do uso abusivo de álcool?

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROBLEMA

Atualmente há um alto índice de crimes cometidos após o uso abusivo de álcool, dessa forma o tema está
muito presente nos tribunais brasileiros, sendo tema de opiniões divergentes entre os juristas. Dessa
forma, o presente trabalho justifica-se pela importância que o tema tem não somente nas discussões
atuais no âmbito do direito, mas também nas discussões sociais sobre o alcoolismo e sua influencia sobre
o homem.
As bebidas alcoólicas, diretamente relacionadas às grandes festas e comemorações, sempre fizeram parte

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 132 of 213

do cotidiano de nossa sociedade, independentemente do nível de escolaridade ou classe social. Devido


às suas propriedades e efeitos no corpo, tornou-se parte do nosso dia a dia, tornando-se uma das formas
únicas para quem quer relaxar ou se divertir com responsabilidade, sem exageros. Além de sua
importância social para o consumidor, as bebidas alcoólicas desempenham um importante papel na
economia, pois a indústria de bebidas é uma importante fonte de receita e arrecadação de impostos, com
um grande mercado mundial.
Em 2008, em 19 de junho, foi instituída a Lei nº 11.705, conhecida como ?Lei Seca?, cujo objetivo era
reduzir o número de acidentes causados ??por condutores alcoolizados e, consequentemente, diminuir o
número de vítimas no trânsito brasileiro. Nesse caso, a referida lei prevê penalidades para quem ingere
bebidas alcoólicas e dirige veículos. Esta lei, além de definir o nível de álcool no sangue que permite a um
condutor conduzir embriagado, também define os meios necessários para provar que embriagou. A fim de
reduzir o número de motoristas embriagados, a lei também afetou a situação financeira do motorista
infrator.

METODOLOGIA

A metodologia consiste em uma variedade de parâmetros [[a partir da]] qual se viabiliza [[a realização de]]
pesquisa científica de modo organizado, bem delimitado e criterioso, gerando soluções para os problemas
levantados, hipóteses confirmadas/refutadas e objetivos sólidos, pertinentes e que se adequem ao estado
da questão em que o problema se insere (FONSECA, 2002). Conforme Severino (2002, p. 57), a
metodologia consiste num conjunto de métodos ou caminhos percorridos na busca do conhecimento,
sendo assim, a pesquisa é um conjunto de procedimentos sistemáticos fundamentados no raciocínio
lógico, objetivando encontrar soluções para problemas propostos, mediante utilização de métodos
científicos.
Devido à natureza da proposta que ora se apresenta, recorrerão metodologicamente à revisão bibliográfica
para a promoção de um estudo básico exploratório e qualitativo fundamentado em artigos científicos e
demais produções científico-acadêmicas que se mostrem úteis e pertinentes à pesquisa em tela. Como
revisão crítica, o foco se dará no conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável e sua devida
importância para os estudos em geografia.
O processo de geração de conhecimentos novos, compreendidos como úteis para avançá-lo cientifico,
segundo Gerhardt e Silveira (2009), apontam para uma direção da tipologia objetiva, gerando
conhecimentos novos, sendo esses embasados, sempre, em anteriores realizações que envolvam a
verdade e interesses universais.
Gil (2007), ao se debruçar a respeito da pesquisa de cunho exploratório, determina que estas pesquisas
têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento
de ideias ou a descoberta de intuições.
Goldenberg (1997) determina que, na pesquisa qualitativa, ?a preocupação do pesquisador não é com a
representatividade numérica do grupo pesquisado, mas com o aprofundamento da compreensão de um
grupo social, de uma organização, de uma instituição, de uma trajetória etc.?. A respeito do procedimento
metodológico utilizado para viabilizar a composição e estruturação desta pesquisa, onde foi utilizada a

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 133 of 213

revisão bibliográfica, destaca-se em conformidade com Santos (1999), que esta se comporta como o
processo de busca, seguida de análise e descrição de um conjunto de conhecimentos consagrados na
literatura científica que são retomados em meio à procura de respostas a uma pergunta específica.
Ainda [[de acordo com]] Santos (1999), a pesquisa científica é o instrumento intelectual do homem para
responder às suas próprias necessidades. O ser humano, insatisfeito [[com a sua]] condição no mundo,
busca explicações e soluções para sair de sua insatisfatória zona de conforto ou [[de desequilíbrio, e]] usa
a pesquisa para reorganizar a sua condição e melhorá-la perenemente, em níveis biológicos, sociais e
transcendentais.
Günther (2006, p. 202) define a pesquisa qualitativa como sendo a ?primazia da compreensão como
princípio do conhecimento, que prefere estudar relações complexas [[ao invés de]] explicá-las por meio do
isolamento de variáveis. Uma segunda característica geral é a construção da realidade.?. [[De acordo
com]] uma definição de Van Maanen (1983), as metodologias qualitativas são compostas por um conjunto
de técnicas interpretativas, que têm por meta ?retraçar, decodificar ou traduzir fenômenos sociais naturais
, com vistas à obtenção de elementos relevantes para descrever ou explicar estes fenômenos?.
Para Zanelli (2002, p. 83), a abordagem qualitativa tem como principal intento ?buscar entender o que as
pessoas apreendem ao perceberem o que acontece em seus mundos?, sendo por esta razão, conforme o
teórico, ?muito importante prestar atenção no entendimento que temos dos entrevistados, nas possíveis
distorções e no quanto eles estão dispostos ou confiantes em partilhar suas percepções?.
As pesquisas qualitativas diferem das quantitativas, pois sua metodologia não se limita a registrar
simplesmente as frequências com que ocorrem determinados fenômenos. A princípio, utilizada nas áreas
de Antropologia e Sociologia, nos últimos trinta anos a pesquisa qualitativa [[passou a ser]] incluída em
outras áreas de estudo.
A pesquisa quantitativa segue rigorosamente um plano pré-estabelecido, onde as hipóteses são indicadas
de maneira clara e precisa, e a qualitativa normalmente é direcionada durante o transcorrer, sem a
preocupação básica de enumerar ou medir fatos e eventos, tampouco fazendo uso de instrumental
estatístico para a análise dos dados obtidos.
Silva e Menezes (2005, p. 20) estabelecem que haja uma relação intensa ?entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável do mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzida
em números?. [[Dessa forma, a partir da]] metodologia aqui descrita e adotada, se pretende alcançar [[o
que é]] requerido de uma pesquisa na área de licenciatura em geografia, adequada ao tema aqui abordado
, [[que é a]] sustentabilidade ambiental sob a luz do desenvolvimento.
A triagem será feita com base na correspondência com o tema [[e com o]] contexto que aqui é proposto,
além de contar com informações atualizadas contrastando com informações mais antigas, escritas em
outros contextos. Assim, a preferência se dá por fontes recentes e atualizadas, priorizando as informações
mais confiáveis e parcimoniosas acerca da temática.
Os critérios de inclusão foram: artigos que retratassem a temática presente nas bases de dados,
publicados no período do estudo, em português e inglês, relacionados aos descritores selecionados.
Critérios de exclusão: artigos que não retratassem a temática escolhida e que não estivessem associados
aos descritores selecionados. Posteriormente foi feita uma análise por meio de títulos e resumos suficiente
para o estudo em questão. Os dados serão avaliados através de interpretação, análises e comparações
de visões contrastantes de autores acerca dos assuntos trabalhados.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES, SUGESTÕES OU FORMAS DE ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA

Compreende-se que a direção sob influência de bebidas alcoólicas ainda é um comportamento recorrente

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 134 of 213

na sociedade brasileira, sendo responsável por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes
graves e óbito. E foi visando contornar este cenário que foi criada [[a chamada Lei]] Seca, bem como
[[outras medidas tomadas pelo poder público e pela sociedade]] civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo
pode ser obrigado a produzir provas contra si mesmo, o que faz com que muitos motoristas se neguem a
participar do teste do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro de 2014, mais especificamente o parágrafo
segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim de que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em primeiro
lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com este
comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso em caso de acidente de trânsito com fatalidades.
Com base nos dados evidenciados pela revisão de literatura foi possível observar que a legislação
brasileira no que diz respeito ao trânsito passou por diversas transformações ao longo das últimas
décadas, levando em consideração que a primeira legislação voltada para o trânsito surgiu apenas [[na
década de]] 40.
Em 1997 este ordenamento jurídico foi atualizado para acompanhar os ditames da Constituição de 1988 e
a Convenção de Viena, buscando desta forma padronizar a sinalização de trânsito. E novamente há uma
década a legislação foi novamente revisada e atualizada, sendo que em muitos casos outros
ordenamentos jurídicos podem e devem ser utilizados de forma subsidiária, como o Código Penal em
decorrência de cenários envolvendo crimes de trânsito, como atropelamentos e batidas que resultam em
óbito.
Necessário evidenciar que o número de automóveis em circulação vem mantendo tendência de
crescimento, além do surgimento do fenômeno dos motoboys, e entregadores de aplicativos, o que pede
pela atualização do código de trânsito. Haja vista que esta configuração de coisas contribui para a
desorganização do trânsito e incidentes marcados pela negligência e imprudência no volante. Dentre eles
a situação de embriaguez por parte do motorista. Neste sentido cabe avaliar até que ponto o indivíduo agiu
com dolo ou culpa a fim de que lhe caiba uma punição justa. Compreende-se que a direção sob influência
de bebidas alcoólicas ainda é um comportamento recorrente na sociedade brasileira, sendo responsável
por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes graves e óbito.
E foi visando contornar este cenário que foi criada [[a chamada Lei]] Seca, bem como [[outras medidas
tomadas pelo poder público e pela sociedade]] civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo pode ser
obrigado a produzir provas contra si mesmo, o que faz com que muitos motoristas se neguem a participar
do teste do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro de 2014, mais especificamente o parágrafo
segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim de que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em primeiro
lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com este
comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 135 of 213

cometendo um homicídio culposo ou doloso em caso de acidente de trânsito com fatalidades.


Observa-se que na maioria das vezes a pena é fixada no regime aberto, pois o principal interesse é
conscientizar a população em torno de um trânsito responsável. Portanto, nada impede que o juiz promova
a substituição por penas restritivas de direitos. O [[que traz a]] necessidade do desenvolvimento de outras
medidas complementares, a exemplo de campanhas educativas, endurecimento das penas e ações
fiscalizatórias mais estruturadas, estratégicas e que não sejam pontuais, com [[o objetivo de]] educar a
sociedade e punir os infratores, contribuindo assim para evitar que pessoas continuem promovendo
comportamentos que tragam risco a coletividade. Portanto, é possível dizer que a legislação de trânsito no
que diz respeito a direção sob influência do álcool passou por alterações qualitativas substanciais ao longo
dos últimos anos, o [[que pode ser]] entendido como reflexo de o tema passar [[a ser observado]] de
forma mais séria e rigorosa.

REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo começa tratando da história do trânsito, definição e sua origem e seu sistema rodoviário,
passando pela sua evolução histórica, conceitos, dentro de uma análise nos transportes rodoviários e suas
políticas adotadas, como também o que foi alterada na lei de trânsito.

5.1 HISTÓRIA DO TRÂNSITO

O nosso principal meio de locomoção, antes dos veículos, sempreforamos pés, sendo ato de caminhar.
Tempos depois tivemos outras invenções como a roda, dando assim a possibilidade de locomoção mais
rápida.
Desde o início os veículos como trenos, barcos, charretes, e carros de boi,visava somente o transporte de
bens, animais etc. e assim por último foram inventados os veículos para a locomoção de homens.
Visto que após o advento do veículo, veio [[a necessidade de]] melhorar as estradas. Segundo alguns
historiadores, muitos de alguns império foram construídos após [[a construção de]] estradas de melhor
qualidade e com isso garantindo a expansão e desenvolvimento, exemplos, os romanos, os persas. Os
Romanos foram considerados os grandes e peritos em construções de estradas, como uma rede viária de
terra sem pavimentação, mas com uma larga extensão de até 350.000 km, munidos de sinalizações e
indicações de direção e sendo os primeiros a criarem regulamentações de tráfego.
Os romanos também mostram na sua história que, constam os primeiros relatos de congestionamento na
Grécia antiga, relatos este, que o número de carro crescia e a população reclamava, pois, as ruas eram
estreitas e a locomoção era difícil.Somente no fim do século XVI, que os Romanos retomaram as
construções das estradas que foi essencial ao desenvolvimento do império até XIX.
Estradas que foram realmente de grande desenvolvimento após os romanos, foram as estradas de ferro.
Em 1771, foi constatado o primeiro automóvel criado pelo francês Nicholas Cugnot, com velocidade
estimada em 4 km por hora. No mesmo ano foi constatado o primeiro acidente automobilístico, por incrível
que parece, o acidente foi provocado pelo criador do carro, onde ao manobrar dentro do Quartel Real de
Vicenes (França), perdeu o controle e bateu no muro.
[[No ano de]] 1836 na Inglaterra, surgiu a primeira lei de trânsito, chamada a ?Bandeira Vermelha?, onde
limitava na velocidade em 10 km por hora e um homem ficava a frente dos veículos indicando o limite de

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 136 of 213

velocidade.
Segundo o dicionário, trânsito seria a ação de transitar, marchar ou trafegar. Um movimento de pedestres
considerados em seu conjunto, um tráfego. Um instrumento de agrimensor, destinado a determinar
ângulos horizontais. São tantas definições, em sentido concreto e sentido figurado. Porém, o trânsito que
este artigo se refere, diz respeito ao movimento de veículos e pedestres, coexistindo. Havendo dentro
deste, o deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um local para outro.
O trânsito é uma das vertentes [[da sociedade civil]] que surgiu com o aparecimento da modernidade,
criação de carros, necessidade de se locomover a distâncias longas em um curto espaço de tempo etc. O
Estado, portanto, para regulamentá-lo instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No seu art. 1°, § 1°
do CTB (CTB, 2009), estabelece-se que
Considera-se como trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

O Legislador se preocupou em coibir qualquer dúvida que houvesse quanto a conceitos referentes ao
direito de trânsito. O termo trânsito foi definido como: movimentação e imobilização de veículos, pessoas e
animais nas vias terrestres. Note-se que diferentes dos dicionários ordinários, o Código trouxe a palavra
imobilização. Ao adicionar esse termo, o Código incluiu dentro de seus pressupostos, a disciplina dos
carros que estejam estacionados também, equiparando também os que se encontram colocados em
lugares proibidos (FRANZ; SEBERINO,2012). Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) ainda

Analisando as definições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, trânsito é [[tudo aquilo que]] se
movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independente do local em que está.
Podemos dizer que para tudo utilizamos o trânsito, até mesmo para pedir um produto para entregar em
casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade.

O Trânsito é um instituto que se encontra sempre em movimento legislativo. A seriedade com a qual o
assunto é tratado decorre do nível de risco e possíveis danos que a não regulamentação necessária pode
causar. Incluindo aspectos [[como a Lei]] Seca, as Blitz policiais, regularização de documento, limite de
velocidade etc.
A origem de fato do fenômeno de trânsito, não pode ser mensurada e datada de uma época específica.
Visto que o homem sempre teve [[a necessidade de]] se locomover, primeiro para a sua sobrevivência
física e mais posteriormente para assuntos mais de cunho profissional etc. Mas independente do
surgimento de meios de transporte dos mais variados modelos: aquáticos, metroviários, aéreos, terrestres
etc, o modo mais antigo de locomoção é o próprio ato de caminhar.
Conforme conceitua HONORATO (2004) nas civilizações antigas, o protótipo de locomoção mais
avançado era do Império Romano que ?criou um sistema rodoviário com mais de 100.000 Km de extensão
? com intuitos militares, de locomoção das suas tropas. Veio dai o ditado popular que diz que todos os
caminhos levam a Roma. [[Segundo o Autor, o]] método de construção utilizado na confecção de tais
empreendimentos

Primeiro, o terreno era estaqueado, para ganhar rigidez. Depois, espalhava-se sobre ele bastante calcário
grosso ? o rudus -, o qual era bem socado. Por fim, vinha uma camada de calcário mais fino ? o nucleus ?
nivelado a capricho. E só então se assentava o revestimento final: grandes pedras chatas, rigorosamente

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 137 of 213

ajustadas, que proporcionavam uma superfície lisa, ótima de se pisar. O que era muito importante, pois, no
tempo dos romanos, os exércitos se deslocavam a pé (HONORATO, 2004).

A primeira evolução que de fato se relaciona com o modo como são feitos os modelos de transporte atuais
, foi a invenção da roda. Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) a primeira indicação que tem notícias a
despeito da figura da roda, é uma figura de roda, registrada em uma placa de argila, encontrada na
Suméria em 3.500 a.C. Muitos historiadores e cientistas consideram [[a criação da]] roda, a maior invenção
já feita pelo homem. Considerando seus aspectos primários e a evolução rápida e constante que ainda
sofre. Não se sabe ao certo, quem foram de fato seus inventores, mas cunha-se o feito aos povos da
antiga Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque, há cerca de 5.500 anos, sendo utilizado
primordialmente na época por oleiros na confecção, por exemplo, de cerâmica.
A despeito de contextos históricos minuciosos, muito tempo depois do referido período acima, durante a
Revolução Industrial na França, em 1789 é que de fato problemas concernentes ao trânsito começaram a
aparecer. Foi nesse período que foi criado o motor a combustão interna e começaram a ser fabricados os
primeiros automóveis.
Deslanchou [[a partir de]] então a produção maciça de carros com motor a combustão, o que superlotou de
forma extraordinária as ruas das grandes capitais. O trânsito caótico que grandes capitais como São
Paulo, por exemplo, vivem, é decorrente direto da fomentação que ocorreu no Brasil, da baixa de impostos
para a compra de carros, depois da era Kubitschek.
Porém esse fomento não esperava que houvesse tamanho despreparo do ponto de vista da estrutura das
cidades, para comportar tantos veículos de uma só vez. A implantação de políticas públicas atuais como
os transportes coletivos, é uma forma que o Ente estatal encontrou de tentar aliviar a pressão nos trânsitos
e prevenir, de certa forma o aparecimento de índices alarmantes relacionados a acidentes de trânsito.

5.2 RESPONSÁVEIS POR ADMINISTRAR O TRÂNSITO BRASILEIRO

Dentro dessa evolução do trânsito com mercadorias, trouxe um enorme alavancada com a economia e as
políticas rodoviárias e leis de trânsito. No Brasil, foram implantadas as placas de sinalização em 1930,
após já terem os carros em circulação.
Em 1938 foi criado [[no Brasil o]] Departamento de Serviço de Trânsito ?DST, sendo o primeiro a adotar
regulamentação sobre a conduta no trânsito.Mais tarde em 1941 foi criado o CNT Código Nacional de
Trânsito, sendo que no mesmo ano foi criado CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) também foi
criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem).
Somente em 1997 que foi criado o CTB código de trânsito Brasileiro Lei 9.503 de 23 [[de setembro de]]
1997, o qual tem sua aplicabilidade até então.Tivemos uma evolução significativa no trânsito Brasileiro
atualmente em 2016, que demonstra o avanço das leis, o aumento da frota de veículos e o caos causado
por tantos veículos nas ruas e estradas [[ao mesmo tempo]]. Com isso um número de acidentes
gigantesco por motoristas imprudentes e despreparados.
Por anos a lei de trânsito vem procurando [[uma forma de]] responsabilizar os seus motoristas de seus
crimes de trânsito com o intuito de dar uma resposta aos familiares que perderam os seus entes queridos
e buscam por justiça. Declarando, mais do que mostrar a importância sobre a gravidade que é conduzir
um veículo automotor sob algum tipo de substância psicoativa. Mas demonstrar que a lei puni com
severidade, aqueles que a desobedecem.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 138 of 213

[[Ou pelo menos]] aos poucos, criar leis, decretos, jurisprudência, que venham completar as lacunas
esparsas dentro do nosso ordenamento jurídico.[[De acordo com o]] (SIM) Sistema de informações sobre a
mortalidade, do Ministério da Saúde, que no final do ano de 2016, foram registradas 37.345 mortes em
acidentes no trânsito.
No Brasil, foi apenas [[no ano de]] 1897 que chegou o primeiro automóvel, quase 100 anos depois da
invenção do mesmo. Este veículo que ficou famoso, pertencia ao ativista José do Patrocínio. Foi esse
mesmo veículo, porém como empréstimo na mão de Olavo Bilac, que na cidade [[do Rio de Janeiro]], mais
especificamente na Barra da Tijuca, provocou o primeiro acidente de trânsito [[no Brasil. O]] acidente
ocorreu, pois o poeta não sabia de fato dirigir, e colidiu com uma árvore.
A despeito de alguns acidentes depois, [[o Poder Público e]] o Automóvel Clube do Brasil começaram
mobilizações no sentido de melhor regulamentar a segurança dentro do trânsito. Fomentaram o debate
acerca de regras de circulação que protegessem tantos os pedestres, como os motoristas. Segundo
PONTES (2009) apud OLIVEIRA (1986) autoridades estaduais [[de São Paulo]] e [[do Rio de Janeiro]],
começaram a levantar as questões de segurança no trânsito com maior celeridade. E conseguiram, [[no
ano de]] 1903 criar a primeira concessão da licença para dirigir. Ocorrendo que posteriormente ?em 1906,
adotou-se no país o exame obrigatório para habilitar motoristas?.
[[No ano de]] 1954, após a histórica e trágica morte de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck assumiu o
poder do país com a promessa de ?fazer 50 anos em 5?, o que ficou conhecido como plano Kubitscheck.
Com a nova roupagem da política brasileira, dois aspectos foram muito difundidos no país: [[a Construção
de]] Brasília como cidade satélite e [[a criação da]] cultura automobística nacional.
O projeto arquitetado por Kubitscheck possuía metas ousadas e que angariavam um crescimento
econômico para o país até então não vislumbrado. Seus planos de governo eram voltados prioritariamente
nas áreas de infra-estrutura, o que incluía [[a construção de]] caminhos de estradas, pois [[o que o]]
Presidente vislumbrava era que as mesmas pudessem acompanhar a fabricação crescente que estava
ocorrendo de automóveis.
[[A partir dos]] eventos supracitados, e do fomento governamental a introdução de carros nas ruas, o
automóvel, antes tido como artigo de luxo, começou a se tornar um item popular. Consumido em massa
pela classe média, o que demonstra que na época houve um crescimento exponencial em nível social-
econômico [[da sociedade brasileira]].
Houve a multiplicação constante das estradas que entrecortavam o país afora, houve a introdução de
avenidas e estacionamentos para acomodar o grande volume de veículos que passava então a circular
pelas ruas do país. Um fator a respeito disso é notório, grande parte das estradas e avenidas ficaram
centralizadas nas regiões sul e sudeste do país. Ficando restante das regiões com um nível de transporte
muito aquém [[em relação a]] São Paulo por exemplo. Esse desnivelamento ainda é visível no país, e não
tem perspectivas de mudança.
Consoante todo o exposto, conclui-se que a despeito da grande movimentação e volumes de veículos que
começaram a ser introduzidos no país, novas regras de trânsito e circulação precisaram ser
implementadas. Assim como a evolução do trânsito no Brasil tem surgido, os novos problemas também
surgem e necessitam de respostas estatais urgentes.
A responsabilidade civil no trânsito é um dos desdobramentos que surgem com a evolução desse aspecto
da vida civil. No que concerne a regulamentação legal, tal instituto está disciplinado dentro do Código Civil
, porém também pode estar relacionado com aspectos de responsabilidade criminal, visto que o número
de ilícitos penais [[que podem ser]] cometidos na direção veicular tendem a piorar conforme aumenta o
fluxo de trânsito. O modo como se instalou [[a cultura do]] trânsito no Brasil, demonstra que os anos

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 139 of 213

prometidos por Kubitschek vieram, porém, a estrutura que o país tinha não comportava tamanho
crescimento. E acaba por gerar um crescimento desenfreado, o que acaba por gerar muito acidentes de
trânsito, e consequentemente amplia a responsabilidade do Estado e aponta a do particular.

O país ampliou sua rede de malha viária, mas de forma desordenada, sem planejamento, o Brasil nunca
conseguiu montar um sistema de trânsito que atendesse suas necessidades até os dias de hoje. Em 1986
o número de mortos no trânsito do Brasil havia sido o maior da história, alcançando segundo o Denatran
27.306 vítimas fatais. O trânsito não era prioridade, o dado não gerou repercussão na sociedade devido à
ignorância ao tema. Em 1987 o GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, hoje
extinto), órgão do Ministério dos Transportes publicou o livro Acidentes de trânsito, flagelo nacional
evitável, onde especialistas mostravam que as vítimas de acidentes de trânsito era bem maior, o Denatran
computava apenas aqueles que morriam no local do acidente, desconsiderando aqueles que eram
encaminhados ao hospital e morriam após isso, chegaram à mais de 50.000 vítimas, mesmo assim ainda
não teve repercussão nascendo as expressões ?500.000 mortos? e ?Vietnam Brasileiro (FRANZ &
SEBERINO, 2012).

Aspectos como excesso de velocidade, somado a imprudência e má conservação das estradas,


sinalização precária, e a cultura de suborno na compra de carteiras de motoristas, sem estarem de fato os
mesmos preparados para dirigir formam o cenário atual de aumento anual na quantidade de acidentes de
trânsito.

5.3 COMO SE DEU O INICIO DA LEI DE TRÂNSITO

A primeira lei de trânsito do mundo teria surgido na Inglaterra em 1836 (CASTRO, 2014), intitulada de Lei
da ?Bandeira Vermelha?, [[pelo fato de]] obrigar os motoristas a usar uma bandeira vermelha para alertar
os pedestres, além de limitar em 10 Km/h a velocidade máxima dos veículos.
Na Inglaterra também teria surgido o primeiro projeto de semáforo, formado por duas hastes que eram
movimentadas por policiais (CASTRO, 2014), da mesma forma que ocorrem com as cancelas. Além disso
, contava também com luzes coloridas operavam à gás, permitindo assim que fossem vistas à noite.
Entretanto, esta proposta não durou mais que um mês, pois o aparato explodiu ferindo o policial.

Figura 1 ? Primeiro projeto de semáforo

Fonte: Nogueira e Valente (2018)

O modelo atual de semáforo com três cores tal como o conhecemos foi desenvolvido pelo policial William
Potts [[nos Estados Unidos em]] 1920, segundo Castro (2014). Já em se tratando do cenário brasileiro, é
possível dizer que o primeiro Código de Trânsito do Brasil se deu na forma do Decreto-Lei nº 3.671 de 25
[[de setembro de]] 1941, sendo posteriormente substituído [[pela Lei n]]º 5.108 de 21 [[de setembro de]]
1966 e pelo Código de Trânsito Brasileiro atual, em vigor desde 1997 (NOGUEIRA; VALENTE, 2018).
Nogueira e Valente (2018) definem trânsito como o movimento de veículos e pedestres como um todo,
correspondendo a qualquer tipo de movimento ou deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um
ponto a outro. Com base no que diz o Código de Transito Brasileiro é possível dizer que o trânsito diz

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 140 of 213

respeito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, individualmente ou em grupos, conduzidos
ou não, a fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

[[De acordo com]] as definições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, trânsito é [[tudo aquilo
que]] se movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independentemente do local em que
está. Com isso, pode-se falar que para tudo, utiliza-se o trânsito, até mesmo para pedir uma comida para
entregar em casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade (NOGUEIRA; VALENTE,
2018, p.22).

[[De acordo com]] Castro (2014) o diferencial do Código de 1997 é [[o fato de]] ter como base a
Constituição de 1988, a Convenção de Viena [[e o que]] foi acordado no Mercosul. Já [[no ano de]] 2012,
foi sancionada a Lei nº 12.619, que diz respeito ao exercício da profissão de motorista e altera a
Consolidação das Leis do Trabalho a fim de regular e disciplinar a jornada e o tempo de direção de
motoristas profissionais, entre outras questões. Mais especificamente, Nogueira e Valente (2018) apontam
que a Convenção de Viena, ou Convenção de Trânsito Viário teve o papel de padronizar a sinalização
viária, evento que ocorreu em 8 [[de novembro de]] 1968. Além disso, a sinalização de trânsito no Brasil
também se baseia nos manuais e tratados da Federal Highway Administration americana, como é o caso
do Manual on Uniform Traffic Control Devices for Streets and Highways (MUTCD).

5.4 PENALIDADES AO CONDUTOR

De fato, a lei seca foi instituída como [[uma forma de]] represaria [[em relação ao]] consumo de bebidas
alcoólicas e o uso desenfreado de veículos com as alterações mentais que essa acarreta, buscando assim
uma redução relativa nos acidentes com vítimas fatais ou não. Para Malta (2014) tal legislação foi criada
com o intuito primordial de tornar as normas mais rigorosas para aqueles condutores que insistiam em
dirigir sob o efeito do uso de álcool.
O estabelecimento dessa nova legislação foi essencial para uma sensível redução nos ditos crimes de
trânsito, como os casos de mortes e/ou problemas graves de saúde causados por acidentes de automotor
, entretanto ainda não era o suficiente para que o objetivo essencial fosse alçado, que seja, uma redução
mais drástica nesses fatos, o que levou a um novo debate acerca das relações sociais no interior do
trânsito. Devemos notar que é essencial entendermos a legislação como pedagógica no ato de punir o
indivíduo que descumpra tal e para isso foi retomado a questão no interior do legislativo brasileiro, se
buscando alternativa a lei seca já existente, mas que, porém, não apresentava uma eficácia esperada.
É nesse contexto que segundo Malta (2010), houve a necessidade da promulgação de uma nova
legislação que versasse acerca do tema, o que surgiu [[no ano de]] 2012 com a promulgação da Lei
12.760 de 20 [[de dezembro de]] 2012, também conhecida como Nova Lei Seca, alterando a Lei número
9.503 de 23 [[de setembro de]] 1997, que seja o Código de trânsito brasileiro. Havia no período que a
legislação anterior estava permeada por ?falhas?, havendo [[a necessidade de]] se repensar em um novo
molde, mais severo e rígido com relação a punição de seus atores, aplicando-se tal punição como uma
forma pedagógica, dobrando a sanção administrativa e facilitando ao agente da lei para que se verificasse
a embriaguez do indivíduo, que por diversas vezes se recusava na realização do exame no momento da
fiscalização por questões constitucionais que surgiram.
Diversas foram as alterações na legislação ao longo do tempo, tendo em vista diversas falhas que foram

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 141 of 213

se apresentando no momento das fiscalizações e o baixo índice na redução da mortalidade e dos


acidentes de forma geral. Em um primeiro momento se tornou complicado a aplicação [[diante da
dificuldade]] em se comprovar a embriaguez, tendo em vista que esta só seria possível diante de um
exame de sangue ou por meio dos bafômetros que ainda eram demasiadamente caros para o Estado,
bem como pela possibilidade de recusa em se realizar o exame, tendo em vista que a Legislação brasileira
protege o indivíduo de produzir provas contra si mesmo, porém não seria superior ao ato do agente
público em atuar na defesa da coletividade, havendo um debate muito grande em torno do assunto.
Após uma alteração da legislação, foi possível que o agente público de segurança provasse os fatos por
meio de testemunhas e câmeras que filmam a atuação deste em sua rotina. Outra mudança importante é
aplicável ao bolso, forma pedagógica que alterou os valores de R$ 957,70, se tornando muito mais
rigorosa, passando a contabilizar R$ 1.915,40.
Assim como os valores, [[a quantidade de]] dosagem no sangue também [[passou a ser]] mais rigorosa,
que segundo Alves (2014), passou de 0,1 mg/L no ar advindo do pulmão para 0,05 mg/L. Atualmente a Lei
se tornou ainda mais rigorosa, não se admitindo nenhuma dosagem, e a multa chegando ao valor de R$
2.934,70, sendo instaurado processo administrativo com a perda da licença para dirigir pelo período de 12
meses, e nos [[casos em que]] resultem em acidente com vítimas, podendo o indivíduo ser punido
conforme o Código Penal Brasileiro, inclusive com penas restritivas de liberdade.

5.5 O CONCEITO HUMANO E CONDUTA SOBRE AS CAUSAS DE ACIDENTES NO TRÂNSITO


PROVOCADOS PELA EMBRIAGUEZ

Com o desenvolvimento [[dos meios de comunicação]] (televisão, rádio, internet, [[jornais e revistas]])
necessários e importantes no mundo atual, a velocidade de disseminação da informação aumentou
rapidamente, envolvendo um grande número de pessoas. Como resultado, histórias sobre acidentes de
trânsito e mortes envolvendo álcool e direção estão se tornando [[cada vez mais]] comuns.
Muitas vezes, esses eventos acabam sendo desastres, onde a vida se extingue ou várias consequências
persistem ao longo [[dos anos, o]] que nos deixa confusos, pois, apesar de várias campanhas que falam
sobre esse assunto e suas consequências, como, por exemplo: altos índices de mortes. , no entanto,
ainda existem muitas dúvidas [[sobre o assunto]] e a principal delas está relacionada aos perigos de dirigir
sob o efeito do álcool. Mas por que [[esse tipo de]] morte continua acontecendo? Existe algum problema
com o programa de treinamento para futuros motoristas? (CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE
E ÁLCOOL, 2014).
As consequências associadas ao consumo de álcool significam uma redução da capacidade: de ver a
velocidade real a ser percorrida, de ver potenciais obstáculos na estrada e de manter o controlo do veículo
. Com isso, o motorista tem grande dificuldade de visualizar, por exemplo, uma motocicleta ao seu lado ou
um pedestre atravessando a via. Além disso, motoristas sob efeito do álcool enxergam apenas o que está
à sua frente, reduzindo sua visão periférica, o que dificulta sua reação diante de uma situação ruim ou
qualquer acontecimento, que pode levar ao pior. cenário de caso, acidente de trânsito com vítimas fatais

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 142 of 213

(MORENO, 1998 apud DOS SANTOS NASCIMENTO; GARCIA, 2009).


O comportamento de motoristas embriagados varia de pessoa para pessoa e depende da quantidade de
álcool consumida, levando a diferentes tipos de reações: da felicidade à depressão, e talvez até
agressividade. Desta forma, uma pessoa com comportamento autodestrutivo, longe de sua boa condição
física e mental, pode dirigir?

5.5.1 CONCEITO

A palavra álcool tem vários significados, desde uma classe de compostos orgânicos, em toda a sua
estrutura, um ou mais grupos hidroxila (?OH) ligados a carbonos saturados, a óleos e solventes. Mas no
caso das bebidas alcoólicas, onde o álcool é um de seus componentes, a palavra álcool indica, neste caso
, etanol (CH3CH2OH), também conhecido como álcool etílico (C2H5OH). A substância em questão é
composta por moléculas contendo dois átomos de carbono (C), cinco átomos de hidrogênio (H) e um
grupo hidroxila (?OH) e possui as seguintes características: ser líquida à temperatura ambiente, incolor,
volátil, em chamas e totalmente . Solúvel em água.
A utilização do etanol se dá em diversos ramos da indústria como: nas indústrias de combustíveis,
perfumaria, farmacêutica e de bebidas. Historicamente, as relações humanas têm sido dominadas pelo
álcool. Como prova disso, estão as primeiras descobertas arqueológicas de álcool pelo homem, datadas
de 6000 AC. É claro que essa antiga prática de beber álcool foi preservada por muito tempo e está
associada à cultura. Entre as bebidas alcoólicas relatadas no período antigo (Medium) havia duas que
eram consideradas populares e potáveis: o vinho e a cerveja. Apesar de serem amplamente consumidas
pela sociedade da época, não se sabe explicar o processo de produção dessas bebidas por meio da
fermentação da uva, no caso do vinho, e da cevada, no caso da cerveja. (KRAUSZ, 2003 apud LEAL; DE
ARAUJO; PINHEIRO, 2013).

4.5.2 DISPUTAS DE VELOCIDADE NO TRÂNSITO

Observa-se que a Lei nº 12.971, de 09 [[de maio de]] 2014 alterou o Código de 1997, introduzindo [[uma
série de]] inovações, como é o caso das alterações nos tipos de quatro delitos já previstos em lei
(PORTELA, 2015), sendo eles lesão e morte culposa no trânsito, embriaguez ao volante e participação em
disputas automobilísticas não autorizadas, comumente chamadas de ?racha?.
A Lei nº 12.971/2014 previu um período de vacatio legis, programando a sua entrada em vigor apenas [[a
partir do]] dia 01 [[de novembro de]] 2014. Não custa lembrar que [[a lei não]] teve eficácia nesse período
de suspensão de sua vigência nem mesmo para beneficiar o réu, segundo entendimento do STF, [[uma
vez que o]] referido interstício de prova pressupõe a possibilidade [[de que a]] norma seja revogada. O que
não impede, no entanto, a eficácia retroativa da lex melior, afetando inclusive os fatos praticados no
período de vacância, quando efetivamente entrar em vigor o diploma legislativo, conforme regra corriqueira
de aplicação e interpretação das normas penais, que reflete um dos corolários do princípio da legalidade
(PORTELA, 2015, p.14).
Já as alterações administrativas, são descritas por Portela (2015) como um substancioso incremento das
sanções pecuniárias (multas) envolvendo disputas de corridas, promoção e participação em competições
de perícia veicular que não possuem autorização, ultrapassagem na contramão, em local impróprio e
passagem forçada entre veículos em sentidos opostos.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 143 of 213

Em seu estudo, Giareta (2016) interpreta o racha partindo da noção de crimes de mera conduta e lesão,
sendo que o primeiro conta com um resultado naturalístico, na forma de crimes de simples atividade ou
merca conduta (desvalor da conduta), e o segundo conta com resultado jurídico, na forma de delitos de
lesão (desvalor do resultado).
Figura 2 ? Inovações [[da Lei n]]º 12.971/2014

Fonte: Governo de Goiás (2016)

Além disso, os crimes de trânsito também podem, em seu entendimento, ser classificados entre próprios e
impróprios, sendo que os delitos próprios de trânsito se configuram como aqueles que só podem ser
cometidos no contexto da circulação de veículos (GIARETA, 2016). Como é o caso de racha, embriaguez
ao volante, direção sem habilitação, velocidade incompatível com um determinado espaço e entrega de
direção de veículo a pessoas inaptas para tal atividade. Já os delitos impróprios não dependem
exclusivamente do contexto da circulação de veículos, a exemplo do homicídio culposo.
Portanto, Giareta (2016) descreve em primeiro lugar o racha como uma conduta socialmente reprovável
que expõe a comunidade à um perigo concreto, considerando como um delito próprio. Neste sentido,
chama a atenção para [[o fato de que a]] lei de 2014 alterou no artigo 308 o termo ?dano potencial? por
?gerando situação de risco?. O que implica em dizer que no primeiro caso existe apenas a especulação
acerca da possibilidade de dano, enquanto que o termo ?gerando situação de risco? aponta para uma
possibilidade concreta de risco à integridade física.

Observe-se que a redação do tipo básico, bem como a suas penas (detenção de dois a quatro anos e
proibição ou suspensão de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor) foram
mantidas. Trata-se de um crime culposo, que, portanto, sempre ensejará a substituição da pena privativa
de liberdade pela restritiva de direitos, cumpridos os outros requisitos da legislação penal (ser o réu
primário e fazendo-se presentes as outras circunstâncias pessoais que recomendam a substituição)
(PORTELA, 2015, p.15).

Para Portela (2015), uma das principais inovações trazidas [[pela Lei n]]º 12.971/2014 se encontra no
inciso segundo do artigo 302, [[no qual se]] tipificam duas formas qualificadas de homicídio culposo, o
cenário formado por capacidade psicomotora alterada do condutor em decorrência de embriaguez
alcoólica ou causada por outra substância entorpecente, ou então o cenário formado por óbito decorrente
de corridas, disputas, competições e demonstrações de perícia veicular que não foram permitidas pela
autoridade de trânsito, como é o caso do racha.

5.5.3 EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Os motoristas brasileiros convivem diariamente em meio a diversas questões polêmicas que se espalham
rapidamente pelo país, uma delas diretamente relacionada à ligação entre bebidas alcoólicas e condução
de veículo automotor. Todos os anos, milhares de pessoas são vítimas de acidentes de trânsito causados
??por motoristas irresponsáveis ??que associam beber e dirigir veículo automotor. Essa combinação de
embriaguez ao volante, devido ao seu enorme poder destrutivo, causou alvoroço entre os que a
presenciaram, motivo pelo qual notícias sobre o tema foram amplamente divulgadas pela mídia.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 144 of 213

Para tanto, o governo se mobilizou e, após muitas discussões sobre o tema, editou a Lei nº 11.705, de 19
de junho de 2008, popularmente conhecida como "Lei Seca", cujo objetivo é combater [[o problema do]]
alcoolismo e um dos suas ferramentas é A natureza punitiva da nova lei (NUNES, 2013).
Mas antes de entrarmos no hype em torno de dirigir embriagado, alguns conceitos devem ser melhor
compreendidos. Código de Trânsito Brasileiro (CTB), promulgado em seu Art. [[pela Lei n]]º 9.503 de 23
[[de setembro de]] 1997. 1º, § 1º, Trânsito é ?a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isoladamente ou em grupos, conduzidos ou não tripulados, para circulação, estacionamento,
estacionamento e operações de carga e descarga?. Este conceito deve ser levado em consideração, pois
ao nos deslocarmos devemos obedecer as regras de trânsito independentemente do meio de transporte
que utilizamos.

4.5.3.1 Como o álcool é absorvido pelo organismo

O álcool proveniente do uso de bebidas alcoólicas, dependendo da quantidade consumida, causa diversos
efeitos no corpo humano. Mas antes de enunciar os resultados de sua inclusão, é muito importante definir
alguns conceitos que colocarão o aluno no problema em questão (CARLINI et al., 2001).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), medicamento é ?qualquer entidade química ou mistura
de entidades (mas excluindo aquelas necessárias para manter a saúde, como água e oxigênio), que
altera a atividade biológica e possivelmente sua estrutura?. Em outras palavras, medicamento é toda
substância capaz de alterar o funcionamento dos organismos, física ou comportamentalmente (OMS9,
1981 apud CARLINI et al.; 2001). Outra explicação relevante diz respeito à definição do termo droga
psicotrópica.
Segundo a OMS (1981 apud CARLINI et al.; 2001), psicofármacos são aqueles que "agem no Sistema
Nervoso Central (SNC) produzindo alterações de comportamento, emoções e compreensão, com boas
propriedades reforçadoras e, portanto, dependentes de comportamento." (uso não autorizado de
medicamento). Isso significa que os psicotrópicos são aqueles sujeitos à dependência (OMS, 1981 apud
CARLINI et al.; 2001).
E por [[que é necessário]] entender esses conceitos? Segundo Carlini et al. (2001), Apesar do
desconhecimento de muitas pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicoativa, pois atua no
Sistema Nervoso Central, provocando uma mudança no comportamento de quem o bebe, além de poder
desenvolver dependência.
O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas aceitas e promovidas pela sociedade. Essa é uma das
razões pelas quais ela é vista de forma diferenciada [[em relação a]] outras drogas (CARLINI et al., 2001, p
.12). Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2004, dois bilhões de pessoas no
mundo consumiam álcool (WORLD HEALTH ORGANIZATION10, 2007 apud DOS SANTOS
NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
Com base nesses dados, a indústria de bebidas alcoólicas, para continuar divulgando a imagem de seus
produtos e atrair um grande número de consumidores, tem como principal estratégia: investir no mercado
publicitário. Nesse caso, criam campanhas publicitárias que conectam a imagem da marca com artistas e
pessoas de grande amor e apreço popular, além de explorar alguns elementos que despertam a atenção
do público: praias, mulheres e festas.
Após essas informações, podemos mensurar o quão destrutivo e destrutivo é o poder do álcool, que

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 145 of 213

pode afetar o organismo de diversas formas. Isso, claro, depende da quantidade de álcool consumida e
dos detalhes de como cada órgão humano processa o álcool, o que pode causar um efeito [[maior ou
menor]] no organismo. Além disso, é importante ressaltar que os efeitos do álcool causam outros
distúrbios que afetam outros aspectos do trabalho de uma pessoa, como na família e no trabalho.

5.5.3.2 Métodos de verificação do álcool no sangue

Desde 2012, está em vigor no Brasil a Lei Seca (Lei Nº 12.760/2012), delimitando que dirigir sob a
influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa se configura como infração gravíssima, para a
qual cabe punição na forma de multa e suspensão do direito de dirigir, bem como retenção do veículo
(SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014).
Observa-se que o risco relativo de se envolver em um fatal acidente de trânsito entre motoristas que
contam com uma taxa de alcoolemia entre 0,5 e 0,79 gramas de álcool por litro de sangue chega a ser
sete vezes maior em comparação com motoristas que não possuem álcool no organismo. Entretanto,
Souza, Hi e Gonzalez (2014) também consideram que não existe consenso em torno dos falsos positivos
[[que podem ser]] acusados em decorrência do consumo de alimentos e medicamentos que tenham álcool
em sua composição, ou então antissépticos bucais.
Se o teste para a detecção do teor alcoólico no organismo de uma pessoa for realizado através do
etilômetro, a presença da substância pode provocar um resultado positivo, desde que o teste seja
realizado imediatamente após o consumo (DPRF, 2013). [[De acordo com]] relatórios da Organização
Mundial de Saúde de 2011, o uso prejudicial do álcool resulta em cerca de 2.5 milhões de mortes todos os
anos. Aproximadamente 320.000 jovens entre 15 e 29 anos morrem de causas relacionadas com o álcool,
resultando em 9% das mortes neste grupo. O álcool é o terceiro maior causador de doenças no mundo, o
primeiro no Pacífico Ocidental e nas Américas e o segundo maior na Europa (SOUZA; HI; GONZALEZ,
2014, p.2).
Conforme Prates (2012) existem atualmente três métodos principais para a detecção do nível da presença
de etanol em um organismo: O método enzimático, baseado na utilização de saliva como matriz e na
aplicação de reagentes ao álcool, como é o caso de desidrogenase e álcool oxidase. Há aquele em que se
utiliza o ar exalado como matriz com [[o objetivo de]] se gerar uma corrente elétrica que sempre será
proporcional à concentração de etanol ingerido devido a um processo de oxidação de moléculas.
[[E por fim]], existe ainda um método baseado em cromatografia gasosa com detector de ionização em
chama (CG-DIC), acoplado com técnica de extração em espaço confinado, tendo como objeto de estudo o
sangue (PRATES, 2012). Em seu estudo, também apresenta um resumo das principais metodologias e
suas limitações.

Quadro 1 ? Comparação entre as metodologias para a análise de etanol e suas limitações


Fonte: Governo de Goiás (2016)

O álcool se encontra no topo da lista de substâncias tóxicas encontradas no cotidiano da toxicologia


forense [[pelo fato de que a]] maioria significativa de cenários envolvendo acidentes fatais, mortes
traumáticas, suicídios e crimes violentos contam com a participação de indivíduos alcoolizados (SOUZA;
HI; GONZALEZ, 2014).
Compreende-se que o nível de etanol no sangue depende de três fatores principais, sendo eles a dose

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 146 of 213

ingerida, a velocidade de absorção pelo trato digestivo e a capacidade de eliminação pelo organismo por
meio da biotransformação e excreção. Entretanto, Souza, Hi e Gonzalez (2014) também apontam que a
velocidade de absorção também sofre a influência da quantidade de álcool ingerido, a ingestão ou não
ingestão de alimentos antes do consumo alcoólico, e a massa corporal, entre outras possibilidades.
No Brasil, a realização das análises toxicológicas com fins forenses em fluidos biológicos, é feita em
laboratórios que pertencem às Secretarias de [[Segurança Pública e]] nos Institutos Médico-Legais (IML)
dos respectivos estados. É importante levar em consideração não só a toxicocinética (absorção,
distribuição, biotransformação e excreção) e a toxicodinâmica (mecanismo de ação) da substância a ser
analisada, mas também o histórico, para que a escolha do material seja adequada, e sejam feitas as
pesquisas de xenobióticos (compostos químicos estranhos ao organismo) ou dos produtos originados da
sua biotransformação (SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014, p.3).
Conforme Prates (2012), a validação de uma metodologia depende de alguns parâmetros, como
especificidade, função da resposta, intervalo do trabalho, sensibilidade, exatidão, precisão, limite de
detecção, limite de quantificação e robustez.

5.5.3.3 Infração administrativa e penal ao condutor embriagado

Se um motorista visivelmente embriagado não é preso, isto certamente causará espanto e indignação na
população. Entretanto, esta atitude não é viável de pronto, pois [[de acordo com]] Gonçalves (2013), cabe
apenas a aplicação de medidas administrativas, como a apreensão da carteira e a retenção do veículo.
Portanto, Gonçalves (2013) afirma que não caberia nem mesmo a condução coercitiva do motorista à
delegacia de polícia ou qualquer outro local onde se pudesse realizar exame médico. Embora a recusa
permita a aplicação de penalidades e medidas administrativas. O que no entanto, [[não significa que]] o
CTB não tenha em seu bojo a previsão dos possíveis crimes de trânsito, o que efetivamente se encontra
delimitado nos artigos 291, 302, 303, 307, 308 e 309, e em se tratando especificamente do cenário de o
motorista se encontrar sob o efeito do álcool, o artigo 306.

Para Gonçalves (2013), isto gera uma controvérsia, pois embora o texto seja claro ao definir o limite de
seis decigramas para a tolerância alcoólica, entende que para os delitos que não envolvam crimes, é
possível dizer que o limite de tolerância alcoólica seja de dois decigramas, tal como propõe o inciso
segundo do artigo 1º do Decreto nº 6.488/08.
[[De acordo com]] Silva (2017), a fim de atualizar o Código de Trânsito Brasileiro e endurecer as penas, foi
sancionado [[em 4 de Maio de]] 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, a Lei nº 13.281, sendo que
uma de suas principais inovações diz respeito ao valor das multas e o limite de suspensão da carteira
nacional de habilitação do motorista (Tabela 1).

Tabela 1 ? Valores atualizados das multas


Fonte: Silva (2017)

Silva (2017) chama a atenção para [[o fato de que os]] valores não eram reajustados desde 2001,
[[momento em que]] foi extinto o índice UFIR de referência, ficando estabelecido que o valor seria tabelado
e só poderia ser alterado novamente por meio de Lei Federal.
Em seu estudo, Rocha (2018) define o crime de embriaguez ao volante como uma norma penal em branco
e heterogênea, [[pelo fato de]] necessitar de complementação. Ou seja, as normas penais em branco

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 147 of 213

podem ser descritas como de conteúdo incompleto ou vago e que exigem complementação oriunda de
outra norma jurídica, como leis, decretos e regulamentos. Gonçalves (2013) menciona como crimes
previstos no Código de Trânsito:

5.5.3.4 Procedimento adotado pelo Estado caso o condutor se negue ao exame do etilômetro

É possível afirmar que o ordenamento jurídico brasileiro foi construído de forma que o indivíduo é
presumivelmente inocente, o que faz com que sua culpa deva ser comprovada mediante o devido
processo legal (GONÇALVES, 2013). Portanto, compreende-se que um cidadão não pode ser obrigado a
fazer o teste do etilômetro, devido ao entendimento [[de que o]] motorista não pode ser considerado
presumidamente alcoolizado nem tampouco produzir provas contra si mesmo, tal como prega o princípio
?nemo tenetur se detegere?.
A Carta Magna traz em seu artigo 5°, inciso LXVI: ?o preso será informado de seus direitos entre os quais
o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e do advogado?. Este direito
assegurado na Constituição Federal de 1988 apresenta-se como uma das variáveis do princípio do nemo
tenetur se detegere, o qual ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo (ROCHA, 2018, p.19).
Uma noção que encontra respaldo legal não apenas na Constituição de 1988, mas também na Convenção
Americana de Direitos Humanos, em específico em seu artigo 8º. [[No qual se]] definiu que toda pessoa
acusada de algum delito tem o direito a presunção de inocência até o [[momento em que]] se comprove
legalmente sua culpa (GONÇALVES, 2013).
Neste sentido, Gonçalves (2013) chama a atenção para [[o fato de que a]] tendência predominante no
universo doutrinário é a de entender que as normas internacionais de direitos humanos estão acima do
ordenamento jurídico de cada Estado, [[pelo fato de]] exprimirem certa consciência ética universal.
Observa-se que originalmente, a configuração de infração administrativa implicava na constatação de
concentração de seis decigramas de álcool por litro de sangue, tal como delimitado pelo artigo 276 do
Código de Trânsito (SILVA, 2017). Entretanto, esse texto legal não se mostrava efetivo pois os motoristas
se recusavam a realizar os testes de alcoolemia ao entenderem que não deveriam produzir provas contra
si mesmo, tal como prega a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Ou como expõe Gonçalves (2013), ?Então, uma dúvida surge: como fazer o teste do bafômetro sem
assumir a culpa, respeitando o princípio da não incriminação, o Nemo tenetur se detegere? (GONÇALVES
, 2013, p.11). Diante desta situação, buscou-se por meio [[da Lei n]]º 11.275/2006 alterar o artigo 165 do
Código de Trânsito, objetivando dispensar a medição alcoólica, bastando a análise de aspectos
característicos de embriaguez no motorista por parte do agente de trânsito (SILVA, 2017).
Nota-se, que a diferença deste artigo foi quanto à suspensão do direito de dirigir. O condutor de veículo
automotor que infringir o artigo 165 do CTB, atualmente, terá o direito de dirigir suspenso por doze (12)
meses. Sob a égide da norma anterior, a pena da suspensão do direito de dirigir variava [[de acordo com
o]] que estabelecia o artigo 261 do CTB (SILVA, 2017, p.7).
É possível observar alterações semânticas que evidenciam o rigor do novo ordenamento jurídico, como é
o caso do artigo 277 do Código de Trânsito Brasileiro, pois a expressão ?sob suspeita de haver excedido
os limites previstos no artigo anterior? foi substituída por ?sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool
?. Em resumo, Silva (2017) [[afirma que o]] motorista que se recusar a participar do teste de alcoolemia
será apenado em concordância com as medidas administrativas do artigo 165.
5.6 HOMICIDIO NO TRÂNSITO DISCUTIDO SOBRE [[O QUE É]] CULPA OU DOLO

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 148 of 213

Em seu estudo, Teles (2019) defende que o dolo eventual se materializa [[a partir do momento em que]] o
agente prevê o resultado e o aceita, ao se mostrar indiferente quanto aos seus nefastos contornos. Para o
caso da culpa consciente, o agente igualmente prevê o resultado, entretanto, não assume o risco de
produzi-lo nem tampouco o aceita, ao acreditar que tal desfecho dificilmente ocorreria por se sentir capaz
de evitá-lo. Portanto, observa-se que as diferenças entre estes dois conceitos são bastante sutis,
dificultando assim, a aplicação pelo magistrado.
Conforme a literatura e outros estudos acerca do tema, pode-se verificar que este assunto é controverso,
sensível e de muitas discussões acaloradas, [[já que a]] tipificação do dolo, tendo como base a
embriaguez voluntária, não pode ser banalizada, sob pena do menosprezo das decisões judiciais. É fato
que a manifestação veemente da sociedade, por si só, não detém competência a transformar condutas
cristalinas culposas, em dolosas ou vice-versa (ARAUJO, 2015, p.57).

Soma-se a isso [[o fato de]] não ser possível acessar a mente do agente no momento de sua conduta,
levando ao insólito desfecho, a fim de avaliar com mais clareza se este ente agiu ou não dolosamente.
Assim, Teles (2019) defende que o ideal é afastar a análise subjetiva e se aferrar as circunstâncias
objetivas e elementos do tipo no caso concreto, a exemplo do cenário em que o crime ocorreu, de que
forma se concretizou (o desfecho) e a culpabilidade do agente, de forma delinear da melhor forma possível
a situação fática.
Ou como expõe Araújo (2015), para todos os efeitos a diferenciação entre o dolo eventual e a culpa
consciente acaba tendo como base de apoio os fatores psicológicos de quem está analisando o caso, o
que abre espaço para divergências doutrinárias e jurisprudenciais, insegurança jurídica em suma.
No entendimento de Teles (2019), o atual Código Penal trata o crime doloso como a regra, e a culpa como
exceção, visto que a culpa deve estar prevista no próprio tipo penal, o que no entanto, não significa dizer
que o dolo eventual possa ser configurado de forma automática sem antes se analisar as circunstâncias
fáticas do caso em questão. ?Destarte, não se pode generalizar a imputação a título doloso de forma
imperativa. Faz-se necessário examinar as particularidades do caso concreto? (ARAÚJO, 2015, p.57).
Em que pese a subjetividade da questão, Araújo (2015) considera como fundamental a manifestação de
uma certeza em matéria da exteriorização da vontade do agente e comprovação probatória a fim de que
não sejam feridos dois princípios basilares do direito, a presunção de inocência e o ?in dubio pro réu?.
Levando em consideração que apesar da comoção social que possa surgir em torno de um caso, seria
uma leviandade definir como dolo eventual todo cenário formado por homicídio praticado por condutor sob
efeito de bebida alcoólica, em específico quanto restar dúvida quanto ao animus dolandi.
Conforme Teles (2019), permanecendo duvidas acerca da aplicação do dolo eventual e da culpa
consciente, esta última deve prevalecer em razão da primeira, levando em consideração o princípio do in
dubio pro reu, ou seja, pela falta de indícios suficientes que tragam alguma certeza sobre a presença do
dolo na conduta do agente que possam passar pelo escrutínio do Tribunal do Júri, cabe ao magistrado
aplicar a situação mais benéfica ao réu.

E Teles (2019) segue nesta mesma linha, ao afirmar que a teoria da culpa consciente para os crimes de
homicídio no trânsito deva ser aplicada nas hipóteses em que o ente a ser julgado não assume o risco do
resultado, repudiando assim, o resultado não desejado. Uma aferição que não deve ser feita [[a partir da]]
análise de elementos subjetivos, mas por critérios objetivos e elementares do tipo.
Entretanto, chega-se a conclusão de que para ser possível a aplicação do dolo eventual, não chega a ser

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 149 of 213

necessário que a vontade do agente seja constatada, mesmo por que isso depende quase que
exclusivamente de uma confissão do agente, o que raramente ocorre (TELES, 2019).
Levando em consideração o que foi exposto, Teles (2019) considera que as alterações propostas [[pela lei
n]]º 13.546/2017 tem [[o objetivo de]] sanar dúvidas e preencher lacunas em matéria da aplicação do dolo
eventual e culpa consciente para os casos envolvendo crimes de trânsito, embora esta iniciativa não tenha
sido inteiramente bem sucedida.

5.7 JURISPRUDÊNCIA SOBRE HOMICÍDIOS OCORRIDOS PROVENIENTES DE PESSOAS


EMBRIAGADAS NO TRÂNSITO BRASILEIRO

Em artigo para a página virtual do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (2020), é
discutido se o crime de embriaguez ao volante se configura como crime de homicídio culposo na direção
de veículo automotor. E observa-se a existência de duas correntes distintas, uma desfavorável a este
entendimento e uma favorável.
Entre aqueles que não acreditam nesta tese, reside o entendimento de que não há que se falar em
absorção do crime de embriaguez ao volante pelo crime de homicídio culposo, pois o primeiro delito não
se configura como meio necessário nem tampouco consistiu de fase de preparação ou execução do
segundo (TJDFT, 2020).

Já entre aqueles que defendem a tese, reside o entendimento [[de que o]] crime de embriaguez ao
volante é antefato impunível do crime de homicídio culposo no trânsito, pois a embriaguez na direção do
veículo automotor consistiu na violação do dever de cuidado apta à produção do desfecho de óbito,
levando a conclusão que é da essência do homicídio culposo a falta de zelo (TJDFT, 2020).

16/07/2015, Segunda Turma Criminal, Publicado no DJE: 22/07/2015).

CONCLUSÃO

De tudo o que foi visto, conclui-se que a embriaguez é mais do que o simples fato de consumir álcool,
verificamos que existem tipos e tipos de embriaguez. Além disso, é muito importante distinguir cada um
desses tipos e tipos de direito penal. Examinamos neste trabalho a responsabilidade penal de uma pessoa
com embriaguez patológica, atingimos [[o objetivo de]] discorrer sobre os tipos de embriaguez, sua
culpabilidade, e analisamos as possíveis formas de prender o réu culpado que padece desta patologia e
passar. estas condições.
Como já discutimos, quando falamos em embriaguez patológica, fica sempre muito claro que [[se trata de]]
um problema mental, onde a ação de uma pessoa que ingere bebidas alcoólicas a deixa embriagada, até
privá-la da compreensão consciente de suas ações, [[o que o]] torna parcial ou completamente incapaz de
distinguir de transgressão. A lei penal deve entender que a embriaguez patológica é uma doença mental e
quando determina a incapacidade de toda a pessoa compreender a incorreção da verdade, torna-a
inocente e inclui em si a hipótese de absolvição, conforme confirmado no art. 26, do CP.
Além disso, vejamos que o paciente patológico quando comete um ato punível, dado o estado reduzido de

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 150 of 213

força, não é pego e terá uma pena reduzida. No caso da embriaguez patológica, pode ser tomada como
medida protetiva que é considerada uma isenção injusta, com uma pessoa completamente incapaz de
enxergar a realidade ilícita. No caso de privação parcial da consciência, a pena pode ser reduzida de um a
dois terços. A embriaguez causada pela doença não é evidenciada pelo laudo da psicóloga da área
criminal.
Com [[o objetivo de]] se posicionar como pesquisa moderna, foram trazidos à discussão os autores que
conseguem manter a uniformidade em seus estudos, com ideias que podem romper a questão do tempo e
se manterem atuais por muito tempo, para que no futuro pode ser uma inspiração para novos
pesquisadores que queiram usar esta pesquisa como um referencial teórico para suas novas pesquisas e
sua maneira de fazer as coisas. A busca por esses trabalhos será feita por meio de bases de dados
universitárias, sites especializados na publicação de artigos científicos e trabalhos já publicados que
atendam ao tema aqui proposto.
Fica claro, portanto, a relevância de se fazer um estudo minucioso acerca desta temática, que em meios
acadêmicos, ainda é pouco desenvolvida, em comparação ao tamanho de sua contribuição para a ciência
como um todo. Em cima desta visão, é esperado, ao fim da apresentação, que o trabalho consiga
desenvolver o debate e responder as questões aqui desenvolvidas com o auxílio de periódicos da área,
com [[o objetivo de]] sanar quaisquer dúvidas que o leitor pode ter acerca do tema.
Por fim, é preterido, também, que o trabalho se coloque na mesma mesa dos especialistas da área,
podendo servir futuramente como material teórico para novas pesquisas que queiram fazer uma
abordagem ainda mais profunda, onde poderia utilizar o presente trabalho para tal objetivo, com a
finalidade de trazer essas ideias para a discussão com a ajuda de periódicos da área que realizam
pesquisas detalhadas e científicas, para que no futuro, esse trabalho seja colocado na mesma mesa com
especialistas e também possam servir como inspiração para novos estudiosos que queiram trazer uma
nova abordagem e que possam usar este trabalho como referência teórica.

REFERÊNCIAS

Metodologia MatrizLimitações
Enzimática SalivaAnálise colorimétrica indireta (metabólitos)
EletroquímicaAr exaladoBaixa reprodutibilidade
Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização em ChamaSangueMatriz de difícil acesso

GravidadeValor Anterior R$Valor Reajustado/2016 R$


Leve53,2088,38
Média85,13130,16
Grave127,69195,23
Gravíssima

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 151 of 213

=================================================================================
Arquivo 1: (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Arquivo 2: https://www.paho.org/pt/topicos/alcool (2260 termos)
Termos comuns: 45
Similaridade: 0,38%
O texto abaixo é o conteúdo do documento (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.paho.org/pt/topicos/alcool
(2260 termos)

=================================================================================
Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho adequado ao modelo desejado

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 152 of 213

PROJETO DE PESQUISA

APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

A responsabilidade [[é um fator]] importante no trânsito, pois atitudes simples podem influenciar a vida das
pessoas, principalmente quando alguém decide ingerir bebida alcoólica e, logo após, dirigir. Esse tipo de
situação nos leva a [[uma série de]] questionamentos que nos levam a questionar se a lei vigente que trata
especificamente do trânsito é justa e eficaz.
O uso abusivo [[de álcool é um]] problema grave da sociedade atual, sendo que esta é uma substancia
que causa dependência física e psíquica e tem sido cada vez mais comum encontrar adolescentes e
jovens que fazem uso indiscriminado [[de álcool e]] outras drogas. Sabe-se que o uso indiscriminado do
álcool faz com a pessoa se exponha e exponha outras pessoas a situações de risco, já que é uma
substancia capaz de afrouxar as noções de certo e errado. Dessa forma é comum, pessoas cometerem os
mais diversos crimes estando alcoolizadas.
Portanto, crimes envolvendo embriaguez, estão cada vez mais presentes nos tribunais brasileiros,
Silvestrim (2002) coloca que há diversos casos de imputabilidade, inimputabilidade e diminuição da
culpabilidade e aumento de pena em casos de embriaguez.
Sabe-se que casos de embriaguez estão cada vez mais comuns nos tribunais brasileiros. Como deve-se
proceder em um caso de um crime em que o réu estava [[sob influência do]] uso abusivo de álcool?

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROBLEMA

Atualmente há um alto índice de crimes cometidos após o uso abusivo de álcool, dessa forma o tema está
muito presente nos tribunais brasileiros, sendo tema de opiniões divergentes entre os juristas. Dessa
forma, o presente trabalho justifica-se pela importância que o tema tem não somente nas discussões
atuais no âmbito do direito, mas também nas discussões sociais sobre o alcoolismo e sua influencia sobre
o homem.
As bebidas alcoólicas, diretamente relacionadas às grandes festas e comemorações, sempre fizeram parte

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 153 of 213

do cotidiano de nossa sociedade, independentemente do nível de escolaridade ou classe social. Devido


às suas propriedades e efeitos no corpo, tornou-se parte do nosso dia a dia, tornando-se uma das formas
únicas para quem quer relaxar ou se divertir com responsabilidade, sem exageros. Além de sua
importância social para o consumidor, as bebidas alcoólicas desempenham um importante papel na
economia, pois a indústria de bebidas é uma importante fonte de receita e arrecadação de impostos, com
um grande mercado mundial.
Em 2008, em 19 de junho, foi instituída a Lei nº 11.705, conhecida como ?Lei Seca?, cujo objetivo era
reduzir o número de acidentes causados ??por condutores alcoolizados e, consequentemente, diminuir o
número de vítimas no trânsito brasileiro. Nesse caso, a referida lei prevê penalidades para quem ingere
[[bebidas alcoólicas e]] dirige veículos. Esta lei, além de definir o nível de álcool no sangue que permite a
um condutor conduzir embriagado, também define os meios necessários para provar que embriagou. [[A
fim de]] reduzir o número de motoristas embriagados, a lei também afetou a situação financeira do
motorista infrator.

METODOLOGIA

A metodologia consiste em uma variedade de parâmetros a partir da qual se viabiliza a realização de


pesquisa científica de modo organizado, bem delimitado e criterioso, gerando soluções [[para os
problemas]] levantados, hipóteses confirmadas/refutadas e objetivos sólidos, pertinentes e que se
adequem ao estado da questão em que o problema se insere (FONSECA, 2002). Conforme Severino
(2002, p. 57), a metodologia consiste num conjunto de métodos ou caminhos percorridos na busca do
conhecimento, sendo assim, a pesquisa é [[um conjunto de]] procedimentos sistemáticos fundamentados
no raciocínio lógico, objetivando encontrar soluções para problemas propostos, mediante utilização de
métodos científicos.
Devido à natureza da proposta que ora se apresenta, recorrerão metodologicamente à revisão bibliográfica
para a promoção de um estudo básico exploratório e qualitativo fundamentado em artigos científicos e
demais produções científico-acadêmicas que se mostrem úteis e pertinentes à pesquisa em tela. Como
revisão crítica, o foco se dará no conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável e sua devida
importância para os estudos em geografia.
O processo de geração de conhecimentos novos, compreendidos como úteis para avançá-lo cientifico,
segundo Gerhardt e Silveira (2009), apontam para uma direção da tipologia objetiva, gerando
conhecimentos novos, sendo esses embasados, sempre, em anteriores realizações que envolvam a
verdade e interesses universais.
Gil (2007), ao se debruçar a respeito da pesquisa de cunho exploratório, determina que estas pesquisas
têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento
de ideias ou a descoberta de intuições.
Goldenberg (1997) determina que, na pesquisa qualitativa, ?a preocupação do pesquisador não é com a
representatividade numérica do grupo pesquisado, mas com o aprofundamento da compreensão de um
grupo social, de uma organização, de uma instituição, de uma trajetória etc.?. A respeito do procedimento
metodológico utilizado para viabilizar a composição e estruturação desta pesquisa, onde foi utilizada a

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 154 of 213

revisão bibliográfica, destaca-se em conformidade com Santos (1999), que esta se comporta como o
processo de busca, seguida de análise e descrição de [[um conjunto de]] conhecimentos consagrados na
literatura científica que são retomados em meio à procura de respostas a uma pergunta específica.
Ainda de acordo com Santos (1999), a pesquisa científica é o instrumento intelectual do homem para
responder às suas próprias necessidades. O ser humano, insatisfeito com a sua condição no mundo,
busca explicações e soluções para sair de sua insatisfatória zona de conforto ou de desequilíbrio, e usa a
pesquisa para reorganizar a sua condição e melhorá-la perenemente, em níveis biológicos, sociais e
transcendentais.
Günther (2006, p. 202) define a pesquisa qualitativa como sendo a ?primazia da compreensão como
princípio do conhecimento, que prefere estudar relações complexas ao invés de explicá-las por meio do
isolamento de variáveis. Uma segunda característica geral é a construção da realidade.?. De acordo com
uma definição de Van Maanen (1983), as metodologias qualitativas são compostas por [[um conjunto de]]
técnicas interpretativas, que têm por meta ?retraçar, decodificar ou traduzir fenômenos sociais naturais,
com vistas à obtenção de elementos relevantes para descrever ou explicar estes fenômenos?.
Para Zanelli (2002, p. 83), a abordagem qualitativa tem como principal intento ?buscar entender o que as
pessoas apreendem ao perceberem o que acontece em seus mundos?, sendo por esta razão, conforme o
teórico, ?muito importante prestar atenção no entendimento que temos dos entrevistados, nas possíveis
distorções e no quanto eles estão dispostos ou confiantes em partilhar suas percepções?.
As pesquisas qualitativas diferem das quantitativas, pois sua metodologia não se limita a registrar
simplesmente as frequências com que ocorrem determinados fenômenos. A princípio, utilizada nas áreas
de Antropologia e Sociologia, nos últimos trinta anos a pesquisa qualitativa passou a ser incluída em
outras áreas de estudo.
A pesquisa quantitativa segue rigorosamente um plano pré-estabelecido, onde as hipóteses são indicadas
de maneira clara e precisa, e a qualitativa normalmente é direcionada durante o transcorrer, sem a
preocupação básica de enumerar ou medir fatos e eventos, tampouco fazendo uso de instrumental
estatístico para a análise dos dados obtidos.
Silva e Menezes (2005, p. 20) estabelecem que haja uma relação intensa ?entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável do mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzida
em números?. Dessa forma, a partir da metodologia aqui descrita e adotada, se pretende alcançar o que é
requerido de uma pesquisa na área de licenciatura em geografia, adequada ao tema aqui abordado, que é
a sustentabilidade ambiental sob a luz do desenvolvimento.
A triagem será feita com base na correspondência com o tema e com o contexto que aqui é proposto,
além de contar com informações atualizadas contrastando com informações mais antigas, escritas em
outros contextos. Assim, a preferência se dá por fontes recentes e atualizadas, priorizando as informações
mais confiáveis e parcimoniosas acerca da temática.
Os critérios de inclusão foram: artigos que retratassem a temática presente nas bases de dados,
publicados no período do estudo, em português e inglês, relacionados aos descritores selecionados.
Critérios de exclusão: artigos que não retratassem a temática escolhida e que não estivessem associados
aos descritores selecionados. Posteriormente foi feita uma análise [[por meio de]] títulos e resumos
suficiente para o estudo em questão. Os dados serão avaliados através de interpretação, análises e
comparações de visões contrastantes de autores acerca dos assuntos trabalhados.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES, SUGESTÕES OU FORMAS DE ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA

Compreende-se que [[a direção sob influência]] [[de bebidas alcoólicas]] ainda é um comportamento

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 155 of 213

recorrente na sociedade brasileira, sendo responsável por milhares de incidentes que podem resultar em
acidentes graves e óbito. E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem
como outras medidas tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum
indivíduo pode ser obrigado a produzir provas contra si mesmo, o que faz com que muitos motoristas se
neguem a participar do teste do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro de 2014, mais especificamente o parágrafo
segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, [[a fim de]] que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em
primeiro lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com
este comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso em caso de acidente de trânsito com fatalidades.
Com base nos dados evidenciados pela revisão de literatura foi possível observar que a legislação
brasileira no que diz respeito ao trânsito passou por diversas transformações ao longo das últimas
décadas, levando em consideração que a primeira legislação voltada para o trânsito surgiu apenas na
década de 40.
Em 1997 este ordenamento jurídico foi atualizado para acompanhar os ditames da Constituição de 1988 e
a Convenção de Viena, buscando desta forma padronizar a sinalização de trânsito. E novamente há uma
década a legislação foi novamente revisada e atualizada, sendo que em muitos casos outros
ordenamentos jurídicos podem e devem ser utilizados de forma subsidiária, como o Código Penal em
decorrência de cenários envolvendo crimes de trânsito, como atropelamentos e batidas que resultam em
óbito.
Necessário evidenciar que o número de automóveis em circulação vem mantendo tendência de
crescimento, além do surgimento do fenômeno dos motoboys, e entregadores de aplicativos, o que pede
pela atualização do código de trânsito. Haja vista que esta configuração de coisas contribui para a
desorganização do trânsito e incidentes marcados pela negligência e imprudência no volante. Dentre eles
a situação de embriaguez por parte do motorista. Neste sentido cabe avaliar até que ponto o indivíduo agiu
com dolo ou culpa [[a fim de]] que lhe caiba uma punição justa. Compreende-se que [[a direção sob
influência]] [[de bebidas alcoólicas]] ainda é um comportamento recorrente na sociedade brasileira, sendo
responsável por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes graves e óbito.
E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem como outras medidas
tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo pode ser obrigado
a produzir provas contra si mesmo, o que faz com que muitos motoristas se neguem a participar do teste
do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro de 2014, mais especificamente o parágrafo
segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, [[a fim de]] que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em
primeiro lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com
este comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 156 of 213

cometendo um homicídio culposo ou doloso em caso de acidente de trânsito com fatalidades.


Observa-se que na maioria das vezes a pena é fixada no regime aberto, pois o principal interesse é
conscientizar a população em torno de um trânsito responsável. Portanto, nada impede que o juiz promova
a substituição por penas restritivas de direitos. O que traz a necessidade do desenvolvimento de outras
medidas complementares, a exemplo de campanhas educativas, endurecimento das penas e ações
fiscalizatórias mais estruturadas, estratégicas e que não sejam pontuais, [[com o objetivo de]] educar a
sociedade e punir os infratores, contribuindo assim para evitar que pessoas continuem promovendo
comportamentos que tragam risco a coletividade. Portanto, é possível dizer que a legislação de trânsito no
que diz respeito [[a direção sob influência do álcool]] passou por alterações qualitativas substanciais ao
longo dos últimos anos, o que pode ser entendido como reflexo de o tema passar a ser observado de
forma mais séria e rigorosa.

REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo começa tratando da história do trânsito, definição e sua origem e seu sistema rodoviário,
passando pela sua evolução histórica, conceitos, dentro de uma análise nos transportes rodoviários e suas
políticas adotadas, como também o que foi alterada na lei de trânsito.

5.1 HISTÓRIA DO TRÂNSITO

O nosso principal meio de locomoção, antes dos veículos, sempreforamos pés, sendo ato de caminhar.
Tempos depois tivemos outras invenções como a roda, dando assim a possibilidade de locomoção mais
rápida.
Desde o início os veículos como trenos, barcos, charretes, e carros de boi,visava somente o transporte de
bens, animais etc. e assim por último foram inventados os veículos para a locomoção de homens.
Visto que após o advento do veículo, veio a necessidade de melhorar as estradas. Segundo alguns
historiadores, muitos de alguns império foram construídos após a construção de estradas de melhor
qualidade e com isso garantindo a expansão e desenvolvimento, exemplos, os romanos, os persas. Os
Romanos foram considerados os grandes e peritos em construções de estradas, como uma rede viária de
terra sem pavimentação, mas com uma larga extensão de até 350.000 km, munidos de sinalizações e
indicações de direção e sendo os primeiros a criarem regulamentações de tráfego.
Os romanos também mostram na sua história que, constam os primeiros relatos de congestionamento na
Grécia antiga, relatos este, que o número de carro crescia e a população reclamava, pois, as ruas eram
estreitas e a locomoção era difícil.Somente no fim do século XVI, que os Romanos retomaram as
construções das estradas que foi essencial ao desenvolvimento do império até XIX.
Estradas que foram realmente de grande desenvolvimento após os romanos, foram as estradas de ferro.
Em 1771, foi constatado o primeiro automóvel criado pelo francês Nicholas Cugnot, com velocidade
estimada em 4 km por hora. No mesmo ano foi constatado o primeiro acidente automobilístico, por incrível
que parece, o acidente foi provocado pelo criador do carro, onde ao manobrar dentro do Quartel Real de
Vicenes (França), perdeu o controle e bateu no muro.
No ano de 1836 na Inglaterra, surgiu a primeira lei de trânsito, chamada a ?Bandeira Vermelha?, onde
limitava na velocidade em 10 km por hora e um homem ficava a frente dos veículos indicando o limite de

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 157 of 213

velocidade.
Segundo o dicionário, trânsito seria a ação de transitar, marchar ou trafegar. Um movimento de pedestres
considerados em seu conjunto, um tráfego. Um instrumento de agrimensor, destinado a determinar
ângulos horizontais. São tantas definições, em sentido concreto e sentido figurado. Porém, o trânsito que
este artigo se refere, diz respeito ao movimento de veículos e pedestres, coexistindo. Havendo dentro
deste, o deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um local para outro.
O trânsito é uma das vertentes [[da sociedade civil]] que surgiu com o aparecimento da modernidade,
criação de carros, necessidade de se locomover a distâncias longas em um curto espaço de tempo etc. O
Estado, portanto, para regulamentá-lo instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No seu art. 1°, § 1°
do CTB (CTB, 2009), estabelece-se que
Considera-se como trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

O Legislador se preocupou em coibir qualquer dúvida que houvesse quanto a conceitos referentes ao
direito de trânsito. O termo trânsito foi definido como: movimentação e imobilização de veículos, pessoas e
animais nas vias terrestres. Note-se que diferentes dos dicionários ordinários, o Código trouxe a palavra
imobilização. Ao adicionar esse termo, o Código incluiu dentro de seus pressupostos, a disciplina dos
carros que estejam estacionados também, equiparando também os que se encontram colocados em
lugares proibidos (FRANZ; SEBERINO,2012). Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) ainda

Analisando as definições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, trânsito é tudo aquilo que se
movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independente do local em que está.
Podemos dizer que para tudo utilizamos o trânsito, até mesmo para pedir um produto para entregar em
casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade.

O Trânsito é um instituto que se encontra sempre em movimento legislativo. A seriedade com a qual o
assunto é tratado decorre do nível de risco e possíveis danos que a não regulamentação necessária pode
causar. Incluindo aspectos como a Lei Seca, as Blitz policiais, regularização de documento, limite de
velocidade etc.
A origem de fato do fenômeno de trânsito, não pode ser mensurada e datada de uma época específica.
Visto que o homem sempre teve a necessidade de se locomover, primeiro para a sua sobrevivência física
e mais posteriormente para assuntos mais de cunho profissional etc. Mas independente do surgimento de
meios de transporte dos mais variados modelos: aquáticos, metroviários, aéreos, terrestres etc, o modo
mais antigo de locomoção é o próprio ato de caminhar.
Conforme conceitua HONORATO (2004) nas civilizações antigas, o protótipo de locomoção mais
avançado era do Império Romano que ?criou um sistema rodoviário com mais de 100.000 Km de extensão
? com intuitos militares, de locomoção das suas tropas. Veio dai o ditado popular que diz que todos os
caminhos levam a Roma. Segundo o Autor, o método de construção utilizado na confecção de tais
empreendimentos

Primeiro, o terreno era estaqueado, para ganhar rigidez. Depois, espalhava-se sobre ele bastante calcário
grosso ? o rudus -, o qual era bem socado. Por fim, vinha uma camada de calcário mais fino ? o nucleus ?
nivelado a capricho. E só então se assentava o revestimento final: grandes pedras chatas, rigorosamente

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 158 of 213

ajustadas, que proporcionavam uma superfície lisa, ótima de se pisar. O que era muito importante, pois, no
tempo dos romanos, os exércitos se deslocavam a pé (HONORATO, 2004).

A primeira evolução que de fato se relaciona com o modo como são feitos os modelos de transporte atuais
, foi a invenção da roda. Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) a primeira indicação que tem notícias a
despeito da figura da roda, é uma figura de roda, registrada em uma placa de argila, encontrada na
Suméria em 3.500 a.C. Muitos historiadores e cientistas consideram a criação da roda, a maior invenção já
feita pelo homem. Considerando seus aspectos primários e a evolução rápida e constante que ainda sofre
. Não se sabe ao certo, quem foram de fato seus inventores, mas cunha-se o feito aos povos da antiga
Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque, há cerca de 5.500 anos, sendo utilizado primordialmente na
época por oleiros na confecção, por exemplo, de cerâmica.
A despeito de contextos históricos minuciosos, muito tempo depois do referido período acima, durante a
Revolução Industrial na França, em 1789 é que de fato problemas concernentes ao trânsito começaram a
aparecer. Foi nesse período que foi criado o motor a combustão interna e começaram a ser fabricados os
primeiros automóveis.
Deslanchou [[a partir de]] então a produção maciça de carros com motor a combustão, o que superlotou de
forma extraordinária as ruas das grandes capitais. O trânsito caótico que grandes capitais como São
Paulo, por exemplo, vivem, é decorrente direto da fomentação que ocorreu no Brasil, da baixa de impostos
para a compra de carros, depois da era Kubitschek.
Porém esse fomento não esperava que houvesse tamanho despreparo do ponto de vista da estrutura das
cidades, para comportar tantos veículos de uma só vez. A implantação de políticas públicas atuais como
os transportes coletivos, é uma forma que o Ente estatal encontrou de tentar aliviar a pressão nos trânsitos
e prevenir, de certa forma o aparecimento de índices alarmantes relacionados a [[acidentes de trânsito]].

5.2 RESPONSÁVEIS POR ADMINISTRAR O TRÂNSITO BRASILEIRO

Dentro dessa evolução do trânsito com mercadorias, trouxe um enorme alavancada com a economia e as
políticas rodoviárias e leis de trânsito. No Brasil, foram implantadas as placas de sinalização em 1930,
após já terem os carros em circulação.
Em 1938 foi criado no Brasil o Departamento de Serviço de Trânsito ?DST, sendo o primeiro a adotar
regulamentação sobre a conduta no trânsito.Mais tarde em 1941 foi criado o CNT Código Nacional de
Trânsito, sendo que no mesmo ano foi criado CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) também foi
criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem).
Somente em 1997 que foi criado o CTB código de trânsito Brasileiro Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997,
o qual tem sua aplicabilidade até então.Tivemos uma evolução significativa no trânsito Brasileiro
atualmente em 2016, que demonstra o avanço das leis, o aumento da frota de veículos e o caos causado
por tantos veículos nas ruas e estradas ao mesmo tempo. Com isso um número de acidentes gigantesco
por motoristas imprudentes e despreparados.
Por anos a lei de trânsito vem procurando uma forma de responsabilizar os seus motoristas de seus
crimes de trânsito com o intuito de dar uma resposta aos familiares que perderam os seus entes queridos
e buscam por justiça. Declarando, mais do que mostrar a importância sobre a gravidade que é conduzir
um veículo automotor sob algum tipo de substância psicoativa. Mas demonstrar que a lei puni com
severidade, aqueles que a desobedecem.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 159 of 213

Ou pelo menos aos poucos, criar leis, decretos, jurisprudência, que venham completar as lacunas
esparsas dentro do nosso ordenamento jurídico.De acordo com o (SIM) Sistema de informações sobre a
mortalidade, do Ministério da Saúde, que no final do ano de 2016, foram registradas 37.345 mortes em
acidentes no trânsito.
No Brasil, foi apenas no ano de 1897 que chegou o primeiro automóvel, quase 100 anos depois da
invenção do mesmo. Este veículo que ficou famoso, pertencia ao ativista José do Patrocínio. Foi esse
mesmo veículo, porém como empréstimo na mão de Olavo Bilac, que na cidade do Rio de Janeiro, mais
especificamente na Barra da Tijuca, provocou o primeiro acidente de trânsito no Brasil. O acidente ocorreu
, pois o poeta não sabia de fato dirigir, e colidiu com uma árvore.
A despeito de alguns acidentes depois, o Poder Público e o Automóvel Clube do Brasil começaram
mobilizações no sentido de melhor regulamentar a segurança dentro do trânsito. Fomentaram o debate
acerca de regras de circulação que protegessem tantos os pedestres, como os motoristas. Segundo
PONTES (2009) apud OLIVEIRA (1986) autoridades estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro,
começaram a levantar as questões de [[segurança no trânsito]] com maior celeridade. E conseguiram, no
ano de 1903 criar a primeira concessão da licença para dirigir. Ocorrendo que posteriormente ?em 1906,
adotou-se no país o exame obrigatório para habilitar motoristas?.
No ano de 1954, após a histórica e trágica morte de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck assumiu o
poder do país com a promessa de ?fazer 50 anos em 5?, o que ficou conhecido como plano Kubitscheck.
Com a nova roupagem da política brasileira, dois aspectos foram muito difundidos no país: a Construção
de Brasília como cidade satélite e a criação da cultura automobística nacional.
O projeto arquitetado por Kubitscheck possuía metas ousadas e que angariavam um crescimento
econômico para o país até então não vislumbrado. Seus planos de governo eram voltados prioritariamente
nas áreas de infra-estrutura, o que incluía a construção de caminhos de estradas, pois o que o Presidente
vislumbrava era que as mesmas pudessem acompanhar a fabricação crescente que estava ocorrendo de
automóveis.
A partir dos eventos supracitados, e do fomento governamental a introdução de carros nas ruas, o
automóvel, antes tido como artigo de luxo, começou a se tornar um item popular. Consumido em massa
pela classe média, o que demonstra que na época houve um crescimento exponencial em nível social-
econômico da sociedade brasileira.
Houve a multiplicação constante das estradas que entrecortavam o país afora, houve a introdução de
avenidas e estacionamentos para acomodar o grande volume de veículos que passava então a circular
pelas ruas do país. Um fator a respeito disso é notório, grande parte das estradas e avenidas ficaram
centralizadas nas regiões sul e sudeste do país. Ficando restante das regiões com um nível de transporte
muito aquém em relação a São Paulo por exemplo. Esse desnivelamento ainda é visível no país, e não
tem perspectivas de mudança.
Consoante todo o exposto, conclui-se que a despeito da grande movimentação e volumes de veículos que
começaram a ser introduzidos no país, novas regras de trânsito e circulação precisaram ser
implementadas. Assim como a evolução do trânsito no Brasil tem surgido, os novos problemas também
surgem e necessitam de respostas estatais urgentes.
A responsabilidade civil no trânsito é um dos desdobramentos que surgem com a evolução desse aspecto
da vida civil. No que concerne a regulamentação legal, tal instituto está disciplinado dentro do Código Civil
, porém também pode estar relacionado com aspectos de responsabilidade criminal, visto que o número
de ilícitos penais que podem ser cometidos na direção veicular tendem a piorar conforme aumenta o fluxo
de trânsito. O modo como se instalou a cultura do trânsito no Brasil, demonstra que os anos prometidos

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 160 of 213

por Kubitschek vieram, porém, a estrutura que o país tinha não comportava tamanho crescimento. E acaba
por gerar um crescimento desenfreado, o que acaba por gerar muito [[acidentes de trânsito]], e
consequentemente amplia a responsabilidade do Estado e aponta a do particular.

O país ampliou sua rede de malha viária, mas de forma desordenada, sem planejamento, o Brasil nunca
conseguiu montar um sistema de trânsito que atendesse suas necessidades até os dias de hoje. Em 1986
o número de mortos no trânsito do Brasil havia sido o maior da história, alcançando segundo o Denatran
27.306 vítimas fatais. O trânsito não era prioridade, o dado não gerou repercussão na sociedade devido à
ignorância ao tema. Em 1987 o GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, hoje
extinto), órgão do Ministério dos Transportes publicou o livro [[Acidentes de trânsito]], flagelo nacional
evitável, onde especialistas mostravam que as vítimas de [[acidentes de trânsito]] era bem maior, o
Denatran computava apenas aqueles que morriam no local do acidente, desconsiderando aqueles que
eram encaminhados ao hospital e morriam após isso, chegaram à mais de 50.000 vítimas, mesmo assim
ainda não teve repercussão nascendo as expressões ?500.000 mortos? e ?Vietnam Brasileiro (FRANZ &
SEBERINO, 2012).

Aspectos como excesso de velocidade, somado a imprudência e má conservação das estradas,


sinalização precária, e a cultura de suborno na compra de carteiras de motoristas, sem estarem de fato os
mesmos preparados para dirigir formam o cenário atual de aumento anual na quantidade de [[acidentes de
trânsito]].

5.3 COMO SE DEU O INICIO DA LEI DE TRÂNSITO

A primeira lei de trânsito do mundo teria surgido na Inglaterra em 1836 (CASTRO, 2014), intitulada de Lei
da ?Bandeira Vermelha?, pelo fato de obrigar os motoristas a usar uma bandeira vermelha para alertar os
pedestres, além de limitar em 10 Km/h a velocidade máxima dos veículos.
Na Inglaterra também teria surgido o primeiro projeto de semáforo, formado por duas hastes que eram
movimentadas por policiais (CASTRO, 2014), da mesma forma que ocorrem com as cancelas. Além disso
, contava também com luzes coloridas operavam à gás, permitindo assim que fossem vistas à noite.
Entretanto, esta proposta não durou mais que um mês, pois o aparato explodiu ferindo o policial.

Figura 1 ? Primeiro projeto de semáforo

Fonte: Nogueira e Valente (2018)

O modelo atual de semáforo com três cores tal como o conhecemos foi desenvolvido pelo policial William
Potts nos Estados Unidos em 1920, segundo Castro (2014). Já em se tratando do cenário brasileiro, é
possível dizer que o primeiro Código de Trânsito do Brasil se deu na forma do Decreto-Lei nº 3.671 de 25
de setembro de 1941, sendo posteriormente substituído pela Lei nº 5.108 de 21 de setembro de 1966 e
pelo Código de Trânsito Brasileiro atual, em vigor desde 1997 (NOGUEIRA; VALENTE, 2018). Nogueira e
Valente (2018) definem trânsito como o movimento de veículos e pedestres como um todo,
correspondendo a qualquer tipo de movimento ou deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um
ponto a outro. Com base no que diz o Código de Transito Brasileiro é possível dizer que o trânsito diz

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 161 of 213

respeito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, individualmente ou em grupos, conduzidos
ou não, a fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

De acordo com as definições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, trânsito é tudo aquilo que
se movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independentemente do local em que
está. Com isso, pode-se falar que para tudo, utiliza-se o trânsito, até mesmo para pedir uma comida para
entregar em casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade (NOGUEIRA; VALENTE,
2018, p.22).

De acordo com Castro (2014) o diferencial do Código de 1997 é o fato de ter como base a Constituição de
1988, a Convenção de Viena e o que foi acordado no Mercosul. Já no ano de 2012, foi sancionada a Lei n
º 12.619, que diz respeito ao exercício da profissão de motorista e altera a Consolidação das Leis do
Trabalho [[a fim de]] regular e disciplinar a jornada e o tempo de direção de motoristas profissionais, entre
outras questões. Mais especificamente, Nogueira e Valente (2018) apontam que a Convenção de Viena,
ou Convenção de Trânsito Viário teve o papel de padronizar a sinalização viária, evento que ocorreu em 8
de novembro de 1968. Além disso, a sinalização de trânsito no Brasil também se baseia nos manuais e
tratados da Federal Highway Administration americana, como é o caso do Manual on Uniform Traffic
Control Devices for Streets and Highways (MUTCD).

5.4 PENALIDADES AO CONDUTOR

De fato, a lei seca foi instituída como uma forma de represaria em relação [[ao consumo de bebidas
alcoólicas e]] o uso desenfreado de veículos com as alterações mentais que essa acarreta, buscando
assim uma redução relativa nos acidentes com vítimas fatais ou não. Para Malta (2014) tal legislação foi
criada com o intuito primordial de tornar as normas mais rigorosas para aqueles condutores que insistiam
em dirigir sob o efeito [[do uso de álcool]].
O estabelecimento dessa nova legislação foi essencial para uma sensível redução nos ditos crimes de
trânsito, como os casos de mortes e/ou problemas graves de saúde causados [[por acidentes de]]
automotor, entretanto ainda não era o suficiente para que o objetivo essencial fosse alçado, que seja, uma
redução mais drástica nesses fatos, o que levou a um novo debate acerca das relações sociais no interior
do trânsito. Devemos notar que é essencial entendermos a legislação como pedagógica no ato de punir o
indivíduo que descumpra tal e para isso foi retomado a questão no interior do legislativo brasileiro, se
buscando alternativa a lei seca já existente, mas que, porém, não apresentava uma eficácia esperada.
É nesse contexto que segundo Malta (2010), houve a necessidade da promulgação de uma nova
legislação que versasse acerca do tema, o que surgiu no ano de 2012 com a promulgação da Lei 12.760
de 20 de dezembro de 2012, também conhecida como Nova Lei Seca, alterando a Lei número 9.503 de 23
de setembro de 1997, que seja o Código de trânsito brasileiro. Havia no período que a legislação anterior
estava permeada por ?falhas?, havendo a necessidade de se repensar em um novo molde, mais severo e
rígido com relação a punição de seus atores, aplicando-se tal punição como uma forma pedagógica,
dobrando a sanção administrativa e facilitando ao agente da lei para que se verificasse a embriaguez do
indivíduo, que por diversas vezes se recusava na realização do exame no momento da fiscalização por
questões constitucionais que surgiram.
Diversas foram as alterações na legislação ao longo do tempo, tendo em vista diversas falhas que foram

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 162 of 213

se apresentando no momento das fiscalizações e o baixo índice na redução da mortalidade e dos


acidentes de forma geral. Em um primeiro momento se tornou complicado a aplicação diante da
dificuldade em se comprovar a embriaguez, tendo em vista que esta só seria possível diante de um exame
de sangue ou por meio dos bafômetros que ainda eram demasiadamente caros para o Estado, bem como
pela possibilidade de recusa em se realizar o exame, tendo em vista que a Legislação brasileira protege o
indivíduo de produzir provas contra si mesmo, porém não seria superior ao ato do agente público em
atuar na defesa da coletividade, havendo um debate muito grande em torno do assunto.
Após uma alteração da legislação, foi possível que o agente público de segurança provasse os fatos [[por
meio de]] testemunhas e câmeras que filmam a atuação deste em sua rotina. Outra mudança importante é
aplicável ao bolso, forma pedagógica que alterou os valores de R$ 957,70, se tornando muito mais
rigorosa, passando a contabilizar R$ 1.915,40.
Assim como os valores, a quantidade de dosagem no sangue também passou a ser mais rigorosa, que
segundo Alves (2014), passou de 0,1 mg/L no ar advindo do pulmão para 0,05 mg/L. Atualmente a Lei se
tornou ainda mais rigorosa, não se admitindo nenhuma dosagem, e a multa chegando ao valor de R$
2.934,70, sendo instaurado processo administrativo com a perda da licença para dirigir pelo período de 12
meses, e nos casos em que resultem em acidente com vítimas, podendo o indivíduo ser punido conforme
o Código Penal Brasileiro, inclusive com penas restritivas de liberdade.

5.5 O CONCEITO HUMANO E CONDUTA SOBRE AS CAUSAS DE ACIDENTES NO TRÂNSITO


PROVOCADOS PELA EMBRIAGUEZ

Com o desenvolvimento dos meios de comunicação (televisão, rádio, internet, jornais e revistas)
necessários e importantes no mundo atual, a velocidade de disseminação da informação aumentou
rapidamente, envolvendo um grande número de pessoas. Como resultado, histórias sobre [[acidentes de
trânsito]] e mortes envolvendo álcool e direção estão se tornando cada vez mais comuns.
Muitas vezes, esses eventos acabam sendo desastres, onde a vida se extingue ou várias consequências
persistem ao longo dos anos, o que nos deixa confusos, pois, apesar de várias campanhas que falam
sobre esse assunto [[e suas consequências]], como, por exemplo: altos índices de mortes. , no entanto,
ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto e a principal delas está relacionada aos perigos de dirigir
sob o efeito do álcool. Mas por que esse tipo de morte continua acontecendo? Existe algum problema com
o programa de treinamento para futuros motoristas? (CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE E
ÁLCOOL, 2014).
As consequências associadas [[ao consumo de álcool]] significam uma redução da capacidade: de ver a
velocidade real a ser percorrida, de ver potenciais obstáculos na estrada e de manter o controlo do veículo
. Com isso, o motorista tem grande dificuldade de visualizar, por exemplo, uma motocicleta ao seu lado ou
um pedestre atravessando a via. Além disso, motoristas sob efeito do álcool enxergam apenas o que está
à sua frente, reduzindo sua visão periférica, o que dificulta sua reação diante de uma situação ruim ou
qualquer acontecimento, que pode levar ao pior. cenário de caso, acidente de trânsito com vítimas fatais

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 163 of 213

(MORENO, 1998 apud DOS SANTOS NASCIMENTO; GARCIA, 2009).


O comportamento de motoristas embriagados varia de pessoa para pessoa e depende da quantidade de
álcool consumida, levando a diferentes tipos de reações: da felicidade à depressão, e talvez até
agressividade. Desta forma, uma pessoa com comportamento autodestrutivo, longe de sua boa condição
física e mental, pode dirigir?

5.5.1 CONCEITO

A palavra álcool tem vários significados, desde uma classe de compostos orgânicos, em toda a sua
estrutura, um ou mais grupos hidroxila (?OH) ligados a carbonos saturados, a óleos e solventes. Mas no
caso das bebidas alcoólicas, onde o [[álcool é um]] de seus componentes, a palavra álcool indica, neste
caso, etanol (CH3CH2OH), também conhecido como álcool etílico (C2H5OH). A substância em questão é
composta por moléculas contendo dois átomos de carbono (C), cinco átomos de hidrogênio (H) e um
grupo hidroxila (?OH) e possui as seguintes características: ser líquida à temperatura ambiente, incolor,
volátil, em chamas e totalmente . Solúvel em água.
A utilização do etanol se dá em diversos ramos da indústria como: nas indústrias de combustíveis,
perfumaria, farmacêutica e de bebidas. Historicamente, as relações humanas têm sido dominadas pelo
álcool. Como prova disso, estão as primeiras descobertas arqueológicas de álcool pelo homem, datadas
de 6000 AC. É claro que essa antiga prática de beber álcool foi preservada por muito tempo e está
associada à cultura. Entre as bebidas alcoólicas relatadas no período antigo (Medium) havia duas que
eram consideradas populares e potáveis: o vinho e a cerveja. Apesar de serem amplamente consumidas
pela sociedade da época, não se sabe explicar o processo de produção dessas bebidas por meio da
fermentação da uva, no caso do vinho, e da cevada, no caso da cerveja. (KRAUSZ, 2003 apud LEAL; DE
ARAUJO; PINHEIRO, 2013).

4.5.2 DISPUTAS DE VELOCIDADE NO TRÂNSITO

Observa-se que a Lei nº 12.971, de 09 de maio de 2014 alterou o Código de 1997, introduzindo [[uma
série de]] inovações, como é o caso das alterações nos tipos de quatro delitos já previstos em lei
(PORTELA, 2015), sendo eles lesão e morte culposa no trânsito, embriaguez ao volante e participação em
disputas automobilísticas não autorizadas, comumente chamadas de ?racha?.
A Lei nº 12.971/2014 previu um período de vacatio legis, programando a sua entrada em vigor apenas a
partir do dia 01 de novembro de 2014. Não custa lembrar que a lei não teve eficácia nesse período de
suspensão de sua vigência nem mesmo para beneficiar o réu, segundo entendimento do STF, uma vez
que o referido interstício de prova pressupõe a possibilidade de que a norma seja revogada. O que não
impede, no entanto, a eficácia retroativa da lex melior, afetando inclusive os fatos praticados no período de
vacância, quando efetivamente entrar em vigor o diploma legislativo, conforme regra corriqueira de
aplicação e interpretação das normas penais, que reflete um dos corolários do princípio da legalidade
(PORTELA, 2015, p.14).
Já as alterações administrativas, são descritas por Portela (2015) como um substancioso incremento das
sanções pecuniárias (multas) envolvendo disputas de corridas, promoção e participação em competições
de perícia veicular que não possuem autorização, ultrapassagem na contramão, em local impróprio e
passagem forçada entre veículos em sentidos opostos.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 164 of 213

Em seu estudo, Giareta (2016) interpreta o racha partindo da noção de crimes de mera conduta e lesão,
sendo que o primeiro [[conta com um]] resultado naturalístico, na forma de crimes de simples atividade ou
merca conduta (desvalor da conduta), e o segundo conta com resultado jurídico, na forma de delitos de
lesão (desvalor do resultado).
Figura 2 ? Inovações da Lei nº 12.971/2014

Fonte: Governo de Goiás (2016)

Além disso, os crimes de trânsito também podem, em seu entendimento, ser classificados entre próprios e
impróprios, sendo que os delitos próprios de trânsito se configuram como aqueles que só podem ser
cometidos no contexto da circulação de veículos (GIARETA, 2016). Como é o caso de racha, embriaguez
ao volante, direção sem habilitação, velocidade incompatível com um determinado espaço e entrega de
direção de veículo a pessoas inaptas para tal atividade. Já os delitos impróprios não dependem
exclusivamente do contexto da circulação de veículos, a exemplo do homicídio culposo.
Portanto, Giareta (2016) descreve em primeiro lugar o racha como uma conduta socialmente reprovável
que expõe a comunidade à um perigo concreto, considerando como um delito próprio. Neste sentido,
chama a atenção para o fato de que a lei de 2014 alterou no artigo 308 o termo ?dano potencial? por
?gerando situação de risco?. O que implica em dizer que no primeiro caso existe apenas a especulação
acerca da possibilidade de dano, enquanto que o termo ?gerando situação de risco? aponta para uma
possibilidade concreta de risco à integridade física.

Observe-se que a redação do tipo básico, [[bem como a]] suas penas (detenção de dois a quatro anos e
proibição ou suspensão de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor) foram
mantidas. Trata-se de um crime culposo, que, portanto, sempre ensejará a substituição da pena privativa
de liberdade pela restritiva de direitos, cumpridos os outros requisitos da legislação penal (ser o réu
primário e fazendo-se presentes as outras circunstâncias pessoais que recomendam a substituição)
(PORTELA, 2015, p.15).

Para Portela (2015), uma das principais inovações trazidas pela Lei nº 12.971/2014 se encontra no inciso
segundo do artigo 302, no qual se tipificam duas formas qualificadas de homicídio culposo, o cenário
formado por capacidade psicomotora alterada do condutor em decorrência de embriaguez alcoólica ou
causada por outra substância entorpecente, ou então o cenário formado por óbito decorrente de corridas,
disputas, competições e demonstrações de perícia veicular que não foram permitidas pela autoridade de
trânsito, como é o caso do racha.

5.5.3 EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Os motoristas brasileiros convivem diariamente em meio a diversas questões polêmicas que se espalham
rapidamente pelo país, uma delas diretamente relacionada à ligação entre [[bebidas alcoólicas e]]
condução de veículo automotor. Todos os anos, milhares de pessoas são vítimas de [[acidentes de
trânsito]] causados ??por motoristas irresponsáveis ??que associam beber e dirigir veículo automotor.
Essa combinação de embriaguez ao volante, devido ao seu enorme poder destrutivo, causou alvoroço
entre os que a presenciaram, motivo pelo qual notícias sobre o tema foram amplamente divulgadas pela

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 165 of 213

mídia.
Para tanto, o governo se mobilizou e, após muitas discussões sobre o tema, editou a Lei nº 11.705, de 19
de junho de 2008, popularmente conhecida como "Lei Seca", cujo objetivo é combater o problema do
alcoolismo e um dos suas ferramentas é A natureza punitiva da nova lei (NUNES, 2013).
Mas antes de entrarmos no hype em torno de dirigir embriagado, alguns conceitos devem ser melhor
compreendidos. Código de Trânsito Brasileiro (CTB), promulgado em seu Art. pela Lei nº 9.503 de 23 de
setembro de 1997. 1º, § 1º, Trânsito é ?a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isoladamente ou em grupos, conduzidos ou não tripulados, para circulação, estacionamento,
estacionamento e operações de carga e descarga?. Este conceito deve ser levado em consideração, pois
ao nos deslocarmos devemos obedecer as regras de trânsito independentemente do meio de transporte
que utilizamos.

4.5.3.1 Como o álcool é absorvido pelo organismo

O álcool proveniente [[do uso de bebidas alcoólicas]], dependendo da quantidade consumida, causa
diversos efeitos no corpo humano. Mas antes de enunciar os resultados de sua inclusão, é muito
importante definir alguns conceitos que colocarão o aluno no problema em questão (CARLINI et al., 2001).
Segundo a [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS), medicamento é ?qualquer entidade química ou
mistura de entidades (mas excluindo aquelas necessárias para manter a saúde, como água e oxigênio),
que altera a atividade biológica e possivelmente sua estrutura?. Em outras palavras, medicamento é toda
substância capaz de alterar o funcionamento dos organismos, física ou comportamentalmente (OMS9,
1981 apud CARLINI et al.; 2001). Outra explicação relevante diz respeito à definição do termo droga
psicotrópica.
Segundo a OMS (1981 apud CARLINI et al.; 2001), psicofármacos são aqueles que "agem no Sistema
Nervoso Central (SNC) produzindo alterações de comportamento, emoções e compreensão, com boas
propriedades reforçadoras e, portanto, dependentes de comportamento." (uso não autorizado de
medicamento). Isso significa que os psicotrópicos são aqueles sujeitos à dependência (OMS, 1981 apud
CARLINI et al.; 2001).
E por que é necessário entender esses conceitos? Segundo Carlini et al. (2001), Apesar do
desconhecimento de muitas pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicoativa, pois atua no
Sistema Nervoso Central, provocando uma mudança no comportamento de quem o bebe, além de poder
desenvolver dependência.
O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas aceitas e promovidas pela sociedade. Essa é uma das
razões pelas quais ela é vista de forma diferenciada em relação a outras drogas (CARLINI et al., 2001, p
.12). Segundo estimativas [[da Organização Mundial da Saúde]] (OMS), em 2004, dois bilhões de pessoas
no mundo consumiam álcool (WORLD HEALTH ORGANIZATION10, 2007 apud DOS SANTOS
NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
Com base nesses dados, a indústria [[de bebidas alcoólicas]], para continuar divulgando a imagem de
seus produtos e atrair um grande número de consumidores, tem como principal estratégia: investir no
mercado publicitário. Nesse caso, criam campanhas publicitárias que conectam a imagem da marca com
artistas e pessoas de grande amor e apreço popular, além de explorar alguns elementos que despertam a
atenção do público: praias, mulheres e festas.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 166 of 213

Após essas informações, podemos mensurar o quão destrutivo e destrutivo é o poder do álcool, que
pode afetar o organismo de diversas formas. Isso, claro, depende da quantidade de álcool consumida e
dos detalhes de como cada órgão humano processa o álcool, o que pode causar um efeito maior ou menor
no organismo. Além disso, é importante ressaltar que [[os efeitos do álcool]] causam outros distúrbios que
afetam outros aspectos do trabalho de uma pessoa, como na família e no trabalho.

5.5.3.2 Métodos de verificação do álcool no sangue

Desde 2012, está em vigor no Brasil a Lei Seca (Lei Nº 12.760/2012), delimitando que dirigir sob a
influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa se configura como infração gravíssima, para a
qual cabe punição na forma de multa e suspensão do direito de dirigir, bem como retenção do veículo
(SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014).
Observa-se que o risco relativo de se envolver em um fatal acidente de trânsito entre motoristas que
contam com uma taxa de alcoolemia entre 0,5 e 0,79 gramas [[de álcool por]] litro de sangue chega a ser
sete vezes maior [[em comparação com]] motoristas que não possuem álcool no organismo. Entretanto,
Souza, Hi e Gonzalez (2014) também consideram que não existe consenso em torno dos falsos positivos
que podem ser acusados em decorrência [[do consumo de]] alimentos e medicamentos que tenham álcool
em sua composição, ou então antissépticos bucais.
Se o teste para a detecção do teor alcoólico no organismo de uma pessoa for realizado através do
etilômetro, a presença da substância pode provocar um resultado positivo, desde que o teste seja
realizado imediatamente após o consumo (DPRF, 2013). De acordo com relatórios [[da Organização
Mundial]] de Saúde de 2011, [[o uso prejudicial do]] álcool resulta em cerca de 2.5 [[milhões de mortes]]
todos os anos. Aproximadamente 320.000 jovens entre 15 e 29 anos morrem de causas relacionadas com
o álcool, resultando em 9% das mortes neste grupo. O álcool é o terceiro maior causador de doenças no
mundo, o primeiro no Pacífico Ocidental e nas Américas e o segundo maior na Europa (SOUZA; HI;
GONZALEZ, 2014, p.2).
Conforme Prates (2012) existem atualmente três métodos principais para a detecção do nível da presença
de etanol em um organismo: O método enzimático, baseado na utilização de saliva como matriz e na
aplicação de reagentes [[ao álcool, como]] é o caso de desidrogenase e álcool oxidase. Há aquele em que
se utiliza o ar exalado como matriz [[com o objetivo de]] se gerar uma corrente elétrica que sempre será
proporcional à concentração de etanol ingerido devido a um processo de oxidação de moléculas.
E por fim, existe ainda um método baseado em cromatografia gasosa com detector de ionização em
chama (CG-DIC), acoplado com técnica de extração em espaço confinado, tendo como objeto de estudo o
sangue (PRATES, 2012). Em seu estudo, também apresenta um resumo das principais metodologias e
suas limitações.

Quadro 1 ? Comparação entre as metodologias para a análise de etanol e suas limitações


Fonte: Governo de Goiás (2016)

O álcool se encontra no topo da lista de substâncias tóxicas encontradas no cotidiano da toxicologia


forense pelo fato de que a maioria significativa de cenários envolvendo acidentes fatais, mortes
traumáticas, suicídios e crimes violentos contam com a participação de indivíduos alcoolizados (SOUZA;
HI; GONZALEZ, 2014).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 167 of 213

Compreende-se que o nível de etanol no sangue depende de três fatores principais, sendo eles a dose
ingerida, a velocidade de absorção pelo trato digestivo e a capacidade de eliminação pelo organismo por
meio da biotransformação e excreção. Entretanto, Souza, Hi e Gonzalez (2014) também apontam que a
velocidade de absorção também sofre a influência da quantidade de álcool ingerido, a ingestão ou não
ingestão de alimentos antes do consumo alcoólico, e a massa corporal, entre outras possibilidades.
No Brasil, a realização das análises toxicológicas com fins forenses em fluidos biológicos, é feita em
laboratórios que pertencem às Secretarias de Segurança Pública e nos Institutos Médico-Legais (IML) dos
respectivos estados. É importante levar em consideração não só a toxicocinética (absorção, distribuição,
biotransformação e excreção) e a toxicodinâmica (mecanismo de ação) da substância a ser analisada,
mas também o histórico, para que a escolha do material seja adequada, e sejam feitas as pesquisas de
xenobióticos (compostos químicos estranhos ao organismo) ou dos produtos originados da sua
biotransformação (SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014, p.3).
Conforme Prates (2012), a validação de uma metodologia depende de alguns parâmetros, como
especificidade, função da resposta, intervalo do trabalho, sensibilidade, exatidão, precisão, limite de
detecção, limite de quantificação e robustez.

5.5.3.3 Infração administrativa e penal ao condutor embriagado

Se um motorista visivelmente embriagado não é preso, isto certamente causará espanto e indignação na
população. Entretanto, esta atitude não é viável de pronto, pois de acordo com Gonçalves (2013), cabe
apenas a aplicação de medidas administrativas, como a apreensão da carteira e a retenção do veículo.
Portanto, Gonçalves (2013) afirma que não caberia nem mesmo a condução coercitiva do motorista à
delegacia de polícia ou qualquer outro local onde se pudesse realizar exame médico. Embora a recusa
permita a aplicação de penalidades e medidas administrativas. O que no entanto, não significa que o CTB
não tenha em seu bojo a previsão dos possíveis crimes de trânsito, o que efetivamente se encontra
delimitado nos artigos 291, 302, 303, 307, 308 e 309, e em se tratando especificamente do cenário de o
motorista se encontrar sob o efeito [[do álcool, o]] artigo 306.

Para Gonçalves (2013), isto gera uma controvérsia, pois embora o texto seja claro ao definir o limite de
seis decigramas para a tolerância alcoólica, entende que para os delitos que não envolvam crimes, é
possível dizer que o limite de tolerância alcoólica seja de dois decigramas, tal como propõe o inciso
segundo do artigo 1º do Decreto nº 6.488/08.
De acordo com Silva (2017), [[a fim de]] atualizar o Código de Trânsito Brasileiro e endurecer as penas, foi
sancionado em 4 de Maio de 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, a Lei nº 13.281, sendo que uma
de suas principais inovações diz respeito ao valor das multas e o limite de suspensão da carteira nacional
de habilitação do motorista (Tabela 1).

Tabela 1 ? Valores atualizados das multas


Fonte: Silva (2017)

Silva (2017) chama a atenção para o fato de que os valores não eram reajustados desde 2001, momento
em que foi extinto o índice UFIR de referência, ficando estabelecido que o valor seria tabelado e só
poderia ser alterado novamente [[por meio de]] Lei Federal.
Em seu estudo, Rocha (2018) define o crime de embriaguez ao volante como uma norma penal em branco

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 168 of 213

e heterogênea, pelo fato de necessitar de complementação. Ou seja, as normas penais em branco podem
ser descritas como de conteúdo incompleto ou vago e que exigem complementação oriunda de outra
norma jurídica, como leis, decretos e regulamentos. Gonçalves (2013) menciona como crimes previstos no
Código de Trânsito:

5.5.3.4 Procedimento adotado pelo Estado caso o condutor se negue ao exame do etilômetro

É possível afirmar que o ordenamento jurídico brasileiro foi construído de forma que o indivíduo é
presumivelmente inocente, o que faz com que sua culpa deva ser comprovada mediante o devido
processo legal (GONÇALVES, 2013). Portanto, compreende-se que um cidadão não pode ser obrigado a
fazer o teste do etilômetro, devido ao entendimento de que o motorista não pode ser considerado
presumidamente alcoolizado nem tampouco produzir provas contra si mesmo, tal como prega o princípio
?nemo tenetur se detegere?.
A Carta Magna traz em seu artigo 5°, inciso LXVI: ?o preso será informado de seus direitos entre os quais
o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e do advogado?. Este direito
assegurado na Constituição Federal de 1988 apresenta-se como uma das variáveis do princípio do nemo
tenetur se detegere, o qual ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo (ROCHA, 2018, p.19).
Uma noção que encontra respaldo legal não apenas na Constituição de 1988, mas também na Convenção
Americana de Direitos Humanos, em específico em seu artigo 8º. No qual se definiu que toda pessoa
acusada de algum delito tem o direito a presunção de inocência até o momento em que se comprove
legalmente sua culpa (GONÇALVES, 2013).
Neste sentido, Gonçalves (2013) chama a atenção para o fato de que a tendência predominante no
universo doutrinário é a de entender que as normas internacionais de direitos humanos estão acima do
ordenamento jurídico de cada Estado, pelo fato de exprimirem certa consciência ética universal.
Observa-se que originalmente, a configuração de infração administrativa implicava na constatação de
concentração de seis decigramas [[de álcool por]] litro de sangue, tal como delimitado pelo artigo 276 do
Código de Trânsito (SILVA, 2017). Entretanto, esse texto legal não se mostrava efetivo pois os motoristas
se recusavam a realizar os testes de alcoolemia ao entenderem que não deveriam produzir provas contra
si mesmo, tal como prega a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Ou como expõe Gonçalves (2013), ?Então, uma dúvida surge: como fazer o teste do bafômetro sem
assumir a culpa, respeitando o princípio da não incriminação, o Nemo tenetur se detegere? (GONÇALVES
, 2013, p.11). Diante desta situação, buscou-se por meio da Lei nº 11.275/2006 alterar o artigo 165 do
Código de Trânsito, objetivando dispensar a medição alcoólica, bastando a análise de aspectos
característicos de embriaguez no motorista por parte do agente de trânsito (SILVA, 2017).
Nota-se, que a diferença deste artigo foi quanto à suspensão do direito de dirigir. O condutor de veículo
automotor que infringir o artigo 165 do CTB, atualmente, terá o direito de dirigir suspenso por doze (12)
meses. Sob a égide da norma anterior, a pena da suspensão do direito de dirigir variava de acordo com o
que estabelecia o artigo 261 do CTB (SILVA, 2017, p.7).
É possível observar alterações semânticas que evidenciam o rigor do novo ordenamento jurídico, como é
o caso do artigo 277 do Código de Trânsito Brasileiro, pois a expressão ?sob suspeita de haver excedido
os limites previstos no artigo anterior? foi substituída por ?sob suspeita de dirigir sob a influência [[de
álcool?. Em]] resumo, Silva (2017) afirma que o motorista que se recusar a participar do teste de
alcoolemia será apenado em concordância com as medidas administrativas do artigo 165.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 169 of 213

5.6 HOMICIDIO NO TRÂNSITO DISCUTIDO SOBRE O QUE É CULPA OU DOLO

Em seu estudo, Teles (2019) defende que o dolo eventual se materializa a partir do momento em que o
agente prevê o resultado e o aceita, ao se mostrar indiferente quanto aos seus nefastos contornos. Para o
caso da culpa consciente, o agente igualmente prevê o resultado, entretanto, não assume o risco de
produzi-lo nem tampouco o aceita, ao acreditar que tal desfecho dificilmente ocorreria por se sentir capaz
de evitá-lo. Portanto, observa-se que as diferenças entre estes dois conceitos são bastante sutis,
dificultando assim, a aplicação pelo magistrado.
Conforme a literatura e outros estudos acerca do tema, pode-se verificar que este assunto é controverso,
sensível e de muitas discussões acaloradas, já que a tipificação do dolo, tendo como base a embriaguez
voluntária, não pode ser banalizada, sob pena do menosprezo das decisões judiciais. É fato que a
manifestação veemente da sociedade, por si só, não detém competência a transformar condutas
cristalinas culposas, em dolosas ou vice-versa (ARAUJO, 2015, p.57).

Soma-se a isso o fato de não ser possível acessar a mente do agente no momento de sua conduta,
levando ao insólito desfecho, [[a fim de]] avaliar com mais clareza se este ente agiu ou não dolosamente.
Assim, Teles (2019) defende que o ideal é afastar a análise subjetiva e se aferrar as circunstâncias
objetivas e elementos do tipo no caso concreto, a exemplo do cenário em que o crime ocorreu, de que
forma se concretizou (o desfecho) e a culpabilidade do agente, de forma delinear da melhor forma possível
a situação fática.
Ou como expõe Araújo (2015), para todos os efeitos a diferenciação entre o dolo eventual e a culpa
consciente acaba tendo como base de apoio os fatores psicológicos de quem está analisando o caso, o
que abre espaço para divergências doutrinárias e jurisprudenciais, insegurança jurídica em suma.
No entendimento de Teles (2019), o atual Código Penal trata o crime doloso como a regra, e a culpa como
exceção, visto que a culpa deve estar prevista no próprio tipo penal, o que no entanto, não significa dizer
que o dolo eventual possa ser configurado de forma automática sem antes se analisar as circunstâncias
fáticas do caso em questão. ?Destarte, não se pode generalizar a imputação a título doloso de forma
imperativa. Faz-se necessário examinar as particularidades do caso concreto? (ARAÚJO, 2015, p.57).
Em que pese a subjetividade da questão, Araújo (2015) considera como fundamental a manifestação de
uma certeza em matéria da exteriorização da vontade do agente e comprovação probatória [[a fim de]] que
não sejam feridos dois princípios basilares do direito, a presunção de inocência e o ?in dubio pro réu?.
Levando em consideração que apesar da comoção social que possa surgir em torno de um caso, seria
uma leviandade definir como dolo eventual todo cenário formado por homicídio praticado por condutor
[[sob efeito de]] bebida alcoólica, em específico quanto restar dúvida quanto ao animus dolandi.
Conforme Teles (2019), permanecendo duvidas acerca da aplicação do dolo eventual e da culpa
consciente, esta última deve prevalecer em razão da primeira, levando em consideração o princípio do in
dubio pro reu, ou seja, pela falta de indícios suficientes que tragam alguma certeza sobre a presença do
dolo na conduta do agente que possam passar pelo escrutínio do Tribunal do Júri, cabe ao magistrado
aplicar a situação mais benéfica ao réu.

E Teles (2019) segue nesta mesma linha, ao afirmar que a teoria da culpa consciente para os crimes de
homicídio no trânsito deva ser aplicada nas hipóteses em que o ente a ser julgado não assume o risco do
resultado, repudiando assim, o resultado não desejado. Uma aferição que não deve ser feita a partir da
análise de elementos subjetivos, mas por critérios objetivos e elementares do tipo.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 170 of 213

Entretanto, chega-se a conclusão de que para ser possível a aplicação do dolo eventual, não chega a ser
necessário que a vontade do agente seja constatada, mesmo por que isso depende quase que
exclusivamente de uma confissão do agente, o que raramente ocorre (TELES, 2019).
Levando em consideração o que foi exposto, Teles (2019) considera que as alterações propostas pela lei n
º 13.546/2017 [[tem o objetivo de]] sanar dúvidas e preencher lacunas em matéria da aplicação do dolo
eventual e culpa consciente para os casos envolvendo crimes de trânsito, embora esta iniciativa não tenha
sido inteiramente bem sucedida.

5.7 JURISPRUDÊNCIA SOBRE HOMICÍDIOS OCORRIDOS PROVENIENTES DE PESSOAS


EMBRIAGADAS NO TRÂNSITO BRASILEIRO

Em artigo para a página virtual do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (2020), é
discutido se o crime de embriaguez ao volante se configura como crime de homicídio culposo na direção
de veículo automotor. E observa-se a existência de duas correntes distintas, uma desfavorável a este
entendimento e uma favorável.
Entre aqueles que não acreditam nesta tese, reside o entendimento de que não há que se falar em
absorção do crime de embriaguez ao volante pelo crime de homicídio culposo, pois o primeiro delito não
se configura como meio necessário nem tampouco consistiu de fase de preparação ou execução do
segundo (TJDFT, 2020).

Já entre aqueles que defendem a tese, reside o entendimento de que o crime de embriaguez ao volante é
antefato impunível do crime de homicídio culposo no trânsito, pois a embriaguez na direção do veículo
automotor consistiu na violação do dever de cuidado apta à produção do desfecho de óbito, levando a
conclusão que é da essência do homicídio culposo a falta de zelo (TJDFT, 2020).

16/07/2015, Segunda Turma Criminal, Publicado no DJE: 22/07/2015).

CONCLUSÃO

De tudo o que foi visto, conclui-se que a embriaguez é mais do que o simples fato de consumir álcool,
verificamos que existem tipos e tipos de embriaguez. Além disso, é muito importante distinguir cada um
desses tipos e tipos de direito penal. Examinamos neste trabalho a responsabilidade penal de uma pessoa
com embriaguez patológica, atingimos [[o objetivo de]] discorrer sobre os tipos de embriaguez, sua
culpabilidade, e analisamos as possíveis formas de prender o réu culpado que padece desta patologia e
passar. estas condições.
Como já discutimos, quando falamos em embriaguez patológica, fica sempre muito claro que se trata de
um problema mental, onde a ação de uma pessoa que ingere bebidas alcoólicas a deixa embriagada, até
privá-la da compreensão consciente de suas ações, o que o torna parcial ou completamente incapaz de
distinguir de transgressão. A lei penal deve entender que a embriaguez patológica é uma doença mental e
quando determina a incapacidade de toda a pessoa compreender a incorreção da verdade, torna-a
inocente e inclui em si a hipótese de absolvição, conforme confirmado no art. 26, do CP.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 171 of 213

Além disso, vejamos que o paciente patológico quando comete um ato punível, dado o estado reduzido de
força, não é pego e terá uma pena reduzida. No caso da embriaguez patológica, pode ser tomada como
medida protetiva que é considerada uma isenção injusta, com uma pessoa completamente incapaz de
enxergar a realidade ilícita. No caso de privação parcial da consciência, a pena pode ser reduzida de um a
dois terços. A embriaguez causada pela doença não é evidenciada pelo laudo da psicóloga da área
criminal.
[[Com o objetivo de]] se posicionar como pesquisa moderna, foram trazidos à discussão os autores que
conseguem manter a uniformidade em seus estudos, com ideias que podem romper a questão do tempo e
se manterem atuais por muito tempo, para que no futuro pode ser uma inspiração para novos
pesquisadores que queiram usar esta pesquisa como um referencial teórico para suas novas pesquisas e
sua maneira de fazer as coisas. A busca por esses trabalhos será feita [[por meio de]] bases de dados
universitárias, sites especializados na publicação de artigos científicos e trabalhos já publicados que
atendam ao tema aqui proposto.
Fica claro, portanto, a relevância de se fazer um estudo minucioso acerca desta temática, que em meios
acadêmicos, ainda é pouco desenvolvida, em comparação ao tamanho de sua contribuição para a ciência
como um todo. Em cima desta visão, é esperado, ao fim da apresentação, que o trabalho consiga
desenvolver o debate e responder as questões aqui desenvolvidas com o auxílio de periódicos da área,
[[com o objetivo de]] sanar quaisquer dúvidas que o leitor pode ter acerca do tema.
Por fim, é preterido, também, que o trabalho se coloque na mesma mesa dos especialistas da área,
podendo servir futuramente como material teórico para novas pesquisas que queiram fazer uma
abordagem ainda mais profunda, onde poderia utilizar o presente trabalho para tal objetivo, com a
finalidade de trazer essas ideias para a discussão com a ajuda de periódicos da área que realizam
pesquisas detalhadas e científicas, para que no futuro, esse trabalho seja colocado na mesma mesa com
especialistas e também possam servir como inspiração para novos estudiosos que queiram trazer uma
nova abordagem e que possam usar este trabalho como referência teórica.

REFERÊNCIAS

Metodologia MatrizLimitações
Enzimática SalivaAnálise colorimétrica indireta (metabólitos)
EletroquímicaAr exaladoBaixa reprodutibilidade
Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização em ChamaSangueMatriz de difícil acesso

GravidadeValor Anterior R$Valor Reajustado/2016 R$


Leve53,2088,38
Média85,13130,16
Grave127,69195,23
Gravíssima

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:56


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 172 of 213

=================================================================================
Arquivo 1: (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Arquivo 2: https://www.tuacarreira.com/margens-abnt (2243 termos)
Termos comuns: 43
Similaridade: 0,36%
O texto abaixo é o conteúdo do documento (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.tuacarreira.com/margens-abnt
(2243 termos)

=================================================================================
[[Trabalho de Conclusão de Curso]]

Trabalho adequado ao modelo desejado

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 173 of 213

PROJETO DE PESQUISA

APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

A responsabilidade é um fator importante no trânsito, pois atitudes simples podem influenciar a vida das
pessoas, principalmente quando alguém decide ingerir bebida alcoólica e, logo após, dirigir. Esse tipo de
situação nos leva a uma série de questionamentos que nos levam a questionar se a lei vigente que trata
especificamente do trânsito é justa e eficaz.
O uso abusivo de álcool é um problema grave da sociedade atual, sendo que esta é uma substancia que
causa dependência física e psíquica e tem sido cada vez mais comum encontrar adolescentes e jovens
que fazem uso indiscriminado de álcool e outras drogas. Sabe-se que o uso indiscriminado do álcool faz
com a pessoa se exponha e exponha outras pessoas a situações de risco, já que é uma substancia capaz
de afrouxar as noções de certo e errado. Dessa forma é comum, pessoas cometerem os mais diversos
crimes estando alcoolizadas.
Portanto, crimes envolvendo embriaguez, estão cada vez mais presentes nos tribunais brasileiros,
Silvestrim (2002) coloca que há diversos casos de imputabilidade, inimputabilidade e diminuição da
culpabilidade e aumento de pena em casos de embriaguez.
Sabe-se que casos de embriaguez estão cada vez mais comuns nos tribunais brasileiros. Como deve-se
proceder em um caso de um crime em que o réu estava sob influência do uso abusivo de álcool?

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROBLEMA

Atualmente há um alto índice de crimes cometidos após o uso abusivo de álcool, dessa forma o tema está
muito presente nos tribunais brasileiros, sendo tema de opiniões divergentes entre os juristas. Dessa
forma, o presente trabalho justifica-se pela importância que o tema tem não somente nas discussões
atuais no âmbito do direito, mas também nas discussões sociais sobre o alcoolismo e sua influencia sobre
o homem.
As bebidas alcoólicas, diretamente relacionadas às grandes festas e comemorações, sempre fizeram parte

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 174 of 213

do cotidiano de nossa sociedade, independentemente do nível de escolaridade ou classe social. Devido


às suas propriedades e efeitos no corpo, tornou-se parte do nosso dia a dia, tornando-se uma das formas
únicas para quem quer relaxar ou se divertir com responsabilidade, sem exageros. Além de sua
importância social para o consumidor, as bebidas alcoólicas desempenham um importante papel na
economia, pois a indústria de bebidas é uma importante fonte de receita e arrecadação de impostos, com
um grande mercado mundial.
Em 2008, em 19 de junho, foi instituída a Lei nº 11.705, conhecida como ?Lei Seca?, cujo objetivo era
reduzir o número de acidentes causados ??por condutores alcoolizados e, consequentemente, diminuir o
número de vítimas no trânsito brasileiro. Nesse caso, a referida lei prevê penalidades para quem ingere
bebidas alcoólicas e dirige veículos. Esta lei, além de definir o nível de álcool no sangue que permite a um
condutor conduzir embriagado, também define os meios necessários para provar que embriagou. A fim de
reduzir o número de motoristas embriagados, a lei também afetou a situação financeira do motorista
infrator.

METODOLOGIA

A metodologia consiste em uma variedade de parâmetros [[a partir da]] qual se viabiliza a realização de
pesquisa científica de modo organizado, bem delimitado e criterioso, gerando soluções para os problemas
levantados, hipóteses confirmadas/refutadas e objetivos sólidos, pertinentes e que se adequem ao estado
da questão em que o problema se insere (FONSECA, 2002). Conforme Severino (2002, p. 57), a
metodologia consiste num conjunto de métodos ou caminhos percorridos na busca do conhecimento,
sendo assim, a pesquisa [[é um conjunto de]] procedimentos sistemáticos fundamentados no raciocínio
lógico, objetivando encontrar soluções para problemas propostos, mediante utilização de métodos
científicos.
Devido à natureza da proposta que ora se apresenta, recorrerão metodologicamente à revisão bibliográfica
para a promoção de um estudo básico exploratório e qualitativo fundamentado em artigos científicos e
demais produções científico-acadêmicas que se mostrem úteis e pertinentes à pesquisa em tela. Como
revisão crítica, o foco se dará no conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável e sua devida
importância para os estudos em geografia.
O processo de geração de conhecimentos novos, compreendidos como úteis para avançá-lo cientifico,
segundo Gerhardt e Silveira (2009), apontam para uma direção da tipologia objetiva, gerando
conhecimentos novos, sendo esses embasados, sempre, em anteriores realizações que envolvam a
verdade e interesses universais.
Gil (2007), ao se debruçar a respeito da pesquisa de cunho exploratório, determina que estas pesquisas
têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento
de ideias ou a descoberta de intuições.
Goldenberg (1997) determina que, na pesquisa qualitativa, ?a preocupação do pesquisador não é com a
representatividade numérica do grupo pesquisado, mas com o aprofundamento da compreensão de um
grupo social, de [[uma organização, de]] uma instituição, de uma trajetória etc.?. A respeito do
procedimento metodológico utilizado para viabilizar a composição e estruturação desta pesquisa, onde foi

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 175 of 213

utilizada a revisão bibliográfica, destaca-se em conformidade com Santos (1999), que esta se comporta
como o processo de busca, seguida de análise e descrição de [[um conjunto de]] conhecimentos
consagrados na literatura científica que são retomados em meio à procura de respostas a uma pergunta
específica.
Ainda [[de acordo com]] Santos (1999), a pesquisa científica é o instrumento intelectual do homem para
responder às suas próprias necessidades. O ser humano, insatisfeito com a sua condição no mundo,
busca explicações e soluções para sair de sua insatisfatória zona de conforto ou de desequilíbrio, e usa a
pesquisa para reorganizar a sua condição e melhorá-la perenemente, em níveis biológicos, sociais e
transcendentais.
Günther (2006, p. 202) define a pesquisa qualitativa como sendo a ?primazia da compreensão como
princípio do conhecimento, que prefere estudar relações complexas ao invés de explicá-las por meio do
isolamento de variáveis. Uma segunda característica geral é a construção da realidade.?. [[De acordo
com]] uma definição de Van Maanen (1983), as metodologias qualitativas são compostas por [[um
conjunto de]] técnicas interpretativas, que têm por meta ?retraçar, decodificar ou traduzir fenômenos
sociais naturais, com vistas à obtenção de elementos relevantes para descrever ou explicar estes
fenômenos?.
Para Zanelli (2002, p. 83), a abordagem qualitativa tem como principal intento ?buscar entender o que as
pessoas apreendem ao perceberem o que acontece em seus mundos?, sendo por esta razão, conforme o
teórico, ?muito importante prestar atenção no entendimento que temos dos entrevistados, nas possíveis
distorções e no quanto eles estão dispostos ou confiantes em partilhar suas percepções?.
As pesquisas qualitativas diferem das quantitativas, pois sua metodologia não se limita a registrar
simplesmente as frequências com que ocorrem determinados fenômenos. A princípio, utilizada nas áreas
de Antropologia e Sociologia, nos últimos trinta anos a pesquisa qualitativa passou a ser incluída em
outras áreas de estudo.
A pesquisa quantitativa segue rigorosamente um plano pré-estabelecido, onde as hipóteses são indicadas
de maneira clara e precisa, e a qualitativa normalmente é direcionada durante o transcorrer, sem a
preocupação básica de enumerar ou medir fatos e eventos, tampouco fazendo uso de instrumental
estatístico para a análise dos dados obtidos.
Silva e Menezes (2005, p. 20) estabelecem que haja uma relação intensa ?entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável do mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzida
em números?. Dessa forma, [[a partir da]] metodologia aqui descrita e adotada, se pretende alcançar [[o
que é]] requerido de uma pesquisa na área de licenciatura em geografia, adequada ao tema aqui abordado
, que é a sustentabilidade ambiental sob a luz do desenvolvimento.
A triagem será feita com base na correspondência com o tema e com o contexto que aqui é proposto,
além de contar com informações atualizadas contrastando com informações mais antigas, escritas em
outros contextos. Assim, a preferência se dá por fontes recentes e atualizadas, priorizando as informações
mais confiáveis e parcimoniosas acerca da temática.
Os critérios de inclusão foram: artigos que retratassem a temática presente nas bases de dados,
publicados no período do estudo, em português e inglês, relacionados aos descritores selecionados.
Critérios de exclusão: artigos que não retratassem a temática escolhida e que não estivessem associados
aos descritores selecionados. Posteriormente foi feita uma análise por meio de títulos e resumos suficiente
para o estudo em questão. Os dados serão avaliados através de interpretação, análises e comparações
de visões contrastantes de autores acerca dos assuntos trabalhados.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES, SUGESTÕES OU FORMAS DE ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 176 of 213

Compreende-se que a direção sob influência de bebidas alcoólicas ainda é um comportamento recorrente
na sociedade brasileira, sendo responsável por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes
graves e óbito. E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem como outras
medidas tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo pode ser
obrigado a produzir provas contra si mesmo, o que [[faz com que]] muitos motoristas se neguem a
participar do teste do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro de 2014, mais especificamente o parágrafo
segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim de que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em primeiro
lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com este
comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso em caso de acidente de trânsito com fatalidades.
Com base nos dados evidenciados pela revisão de literatura foi possível observar que a legislação
brasileira no que diz respeito ao trânsito passou por diversas transformações ao longo das últimas
décadas, levando em consideração que a primeira legislação voltada para o trânsito surgiu apenas na
década de 40.
Em 1997 este ordenamento jurídico foi atualizado para acompanhar os ditames da Constituição de 1988 e
a Convenção de Viena, buscando desta forma padronizar a sinalização de trânsito. E novamente há uma
década a legislação foi novamente revisada e atualizada, sendo que em muitos casos outros
ordenamentos jurídicos podem e devem ser utilizados de forma subsidiária, como o Código Penal em
decorrência de cenários envolvendo crimes de trânsito, como atropelamentos e batidas que resultam em
óbito.
Necessário evidenciar que o número de automóveis em circulação vem mantendo tendência de
crescimento, além do surgimento do fenômeno dos motoboys, e entregadores de aplicativos, o que pede
pela atualização do código de trânsito. Haja vista que esta configuração de coisas contribui para a
desorganização do trânsito e incidentes marcados pela negligência e imprudência no volante. Dentre eles
a situação de embriaguez por parte do motorista. Neste sentido cabe avaliar até que ponto o indivíduo agiu
com dolo ou culpa a fim de que lhe caiba uma punição justa. Compreende-se que a direção sob influência
de bebidas alcoólicas ainda é um comportamento recorrente na sociedade brasileira, sendo responsável
por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes graves e óbito.
E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem como outras medidas
tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo pode ser obrigado
a produzir provas contra si mesmo, o que [[faz com que]] muitos motoristas se neguem a participar do
teste do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro é apenas um dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro de 2014, mais especificamente o parágrafo
segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim de que não coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em primeiro

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 177 of 213

lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com este
comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso em caso de acidente de trânsito com fatalidades.
Observa-se que [[na maioria das]] vezes a pena é fixada no regime aberto, pois o principal interesse é
conscientizar a população em torno de um trânsito responsável. Portanto, nada impede que o juiz promova
a substituição por penas restritivas de direitos. O que traz a necessidade do desenvolvimento de outras
medidas complementares, a exemplo de campanhas educativas, endurecimento das penas e ações
fiscalizatórias mais estruturadas, estratégicas e que não sejam pontuais, [[com o objetivo de]] educar a
sociedade e punir os infratores, contribuindo assim para evitar que pessoas continuem promovendo
comportamentos que tragam risco a coletividade. Portanto, é possível dizer que a legislação de trânsito no
que diz respeito a direção sob influência do álcool passou por alterações qualitativas substanciais ao longo
dos últimos anos, o que pode ser entendido como reflexo de o tema passar a ser observado de forma
mais séria e rigorosa.

REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo começa tratando da história do trânsito, definição e sua origem e seu sistema rodoviário,
passando pela sua evolução histórica, conceitos, dentro de uma análise nos transportes rodoviários e suas
políticas adotadas, como também [[o que foi]] alterada na lei de trânsito.

5.1 HISTÓRIA DO TRÂNSITO

O nosso principal meio de locomoção, antes dos veículos, sempreforamos pés, sendo ato de caminhar.
Tempos depois tivemos outras invenções como a roda, dando assim a possibilidade de locomoção mais
rápida.
Desde o início os veículos como trenos, barcos, charretes, e carros de boi,visava somente o transporte de
bens, animais etc. e assim por último foram inventados os veículos para a locomoção de homens.
Visto que após o advento do veículo, veio a necessidade de melhorar as estradas. Segundo alguns
historiadores, muitos de alguns império foram construídos após a construção de estradas de melhor
qualidade e com isso garantindo a expansão e desenvolvimento, exemplos, os romanos, os persas. Os
Romanos foram considerados os grandes e peritos em construções de estradas, como uma rede viária de
terra sem pavimentação, mas com uma larga extensão de até 350.000 km, munidos de sinalizações e
indicações de direção e sendo os primeiros a criarem regulamentações de tráfego.
Os romanos também mostram na sua história que, constam os primeiros relatos de congestionamento na
Grécia antiga, relatos este, que o número de carro crescia e a população reclamava, pois, as ruas eram
estreitas e a locomoção era difícil.Somente no fim do século XVI, que os Romanos retomaram as
construções das estradas que foi essencial ao desenvolvimento do império até XIX.
Estradas que foram realmente de grande desenvolvimento após os romanos, foram as estradas de ferro.
Em 1771, foi constatado o primeiro automóvel criado pelo francês Nicholas Cugnot, com velocidade
estimada em 4 km por hora. No mesmo ano foi constatado o primeiro acidente automobilístico, por incrível
que parece, o acidente foi provocado pelo criador do carro, onde ao manobrar dentro do Quartel Real de
Vicenes (França), perdeu o controle e bateu no muro.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 178 of 213

No ano de 1836 na Inglaterra, surgiu a primeira lei de trânsito, chamada a ?Bandeira Vermelha?, onde
limitava na velocidade em 10 km por hora e um homem ficava a frente dos veículos indicando o limite de
velocidade.
Segundo o dicionário, trânsito seria a ação de transitar, marchar ou trafegar. Um movimento de pedestres
considerados em seu conjunto, um tráfego. Um instrumento de agrimensor, destinado a determinar
ângulos horizontais. São tantas definições, em sentido concreto e sentido figurado. Porém, o trânsito que
este artigo se refere, diz respeito ao movimento de veículos e pedestres, coexistindo. Havendo dentro
deste, o deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um local para outro.
O trânsito é uma das vertentes da sociedade civil que surgiu com o aparecimento da modernidade, criação
de carros, necessidade de se locomover a distâncias longas em um curto espaço de tempo etc. O Estado
, portanto, para regulamentá-lo instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No seu art. 1°, § 1° do CTB
(CTB, 2009), estabelece-se que
Considera-se como trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

O Legislador se preocupou em coibir qualquer dúvida que houvesse quanto a conceitos referentes ao
direito de trânsito. O termo trânsito foi definido como: movimentação e imobilização de veículos, pessoas e
animais nas vias terrestres. Note-se que diferentes dos dicionários ordinários, o Código trouxe a palavra
imobilização. Ao adicionar esse termo, o Código incluiu dentro de seus pressupostos, a disciplina dos
carros que estejam estacionados também, equiparando também os que se encontram colocados em
lugares proibidos (FRANZ; SEBERINO,2012). Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) ainda

Analisando as definições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, trânsito é tudo aquilo que se
movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independente do local em que está.
Podemos dizer que para tudo utilizamos o trânsito, até mesmo para pedir um produto para entregar em
casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade.

O Trânsito é um instituto que se encontra sempre em movimento legislativo. A seriedade com a qual o
assunto é tratado decorre do nível de risco e possíveis danos que a não regulamentação necessária pode
causar. Incluindo aspectos como a Lei Seca, as Blitz policiais, regularização de documento, limite de
velocidade etc.
A origem de fato do fenômeno de trânsito, não pode ser mensurada e datada de uma época específica.
Visto que o homem sempre teve a necessidade de se locomover, primeiro para a sua sobrevivência física
e mais posteriormente para assuntos mais de cunho profissional etc. Mas independente do surgimento de
meios de transporte dos mais variados modelos: aquáticos, metroviários, aéreos, terrestres etc, o modo
mais antigo de locomoção é o próprio ato de caminhar.
Conforme conceitua HONORATO (2004) nas civilizações antigas, o protótipo de locomoção mais
avançado era do Império Romano que ?criou um sistema rodoviário com mais de 100.000 Km de extensão
? com intuitos militares, de locomoção das suas tropas. Veio dai o ditado popular que diz que todos os
caminhos levam a Roma. Segundo o Autor, o método de construção utilizado na confecção de tais
empreendimentos

Primeiro, o terreno era estaqueado, para ganhar rigidez. Depois, espalhava-se sobre ele bastante calcário

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 179 of 213

grosso ? o rudus -, o qual era bem socado. Por fim, vinha uma camada de calcário mais fino ? o nucleus ?
nivelado a capricho. E só então se assentava o revestimento final: grandes pedras chatas, rigorosamente
ajustadas, que proporcionavam uma superfície lisa, ótima de se pisar. O que era muito importante, pois, no
tempo dos romanos, os exércitos se deslocavam a pé (HONORATO, 2004).

A primeira evolução que de fato se relaciona com o modo como são feitos os modelos de transporte atuais
, foi a invenção da roda. Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) a primeira indicação que tem notícias a
despeito da figura da roda, é uma figura de roda, registrada em uma placa de argila, encontrada na
Suméria em 3.500 a.C. Muitos historiadores e cientistas consideram a criação da roda, a maior invenção já
feita pelo homem. Considerando seus aspectos primários e a evolução rápida e constante que ainda sofre
. Não se sabe ao certo, quem foram de fato seus inventores, mas cunha-se o feito aos povos da antiga
Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque, há cerca de 5.500 anos, sendo utilizado primordialmente na
época por oleiros na confecção, por exemplo, de cerâmica.
A despeito de contextos históricos minuciosos, muito tempo depois do referido período acima, durante a
Revolução Industrial na França, em 1789 é que de fato problemas concernentes ao trânsito começaram a
aparecer. Foi nesse período que foi criado o motor a combustão interna e começaram a ser fabricados os
primeiros automóveis.
Deslanchou a partir de então a produção maciça de carros com motor a combustão, o que superlotou de
forma extraordinária as ruas das grandes capitais. O trânsito caótico que grandes capitais como São Paulo
, por exemplo, vivem, é decorrente direto da fomentação que ocorreu no Brasil, da baixa de impostos para
a compra de carros, depois da era Kubitschek.
Porém esse fomento não esperava que houvesse tamanho despreparo do ponto de vista da estrutura das
cidades, para comportar tantos veículos de uma só vez. A implantação de políticas públicas atuais como
os transportes coletivos, é uma forma que o Ente estatal encontrou de tentar aliviar a pressão nos trânsitos
e prevenir, de certa forma o aparecimento de índices alarmantes relacionados a acidentes de trânsito.

5.2 RESPONSÁVEIS POR ADMINISTRAR O TRÂNSITO BRASILEIRO

Dentro dessa evolução do trânsito com mercadorias, trouxe um enorme alavancada com a economia e as
políticas rodoviárias e leis de trânsito. No Brasil, foram implantadas as placas de sinalização em 1930,
após já terem os carros em circulação.
Em 1938 foi criado no Brasil o Departamento de Serviço de Trânsito ?DST, sendo o primeiro a adotar
regulamentação sobre a conduta no trânsito.Mais tarde em 1941 foi criado o CNT Código Nacional de
Trânsito, sendo que no mesmo ano foi criado CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) também foi
criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem).
Somente em 1997 que foi criado o CTB código de trânsito Brasileiro Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997,
o qual tem sua aplicabilidade até então.Tivemos uma evolução significativa no trânsito Brasileiro
atualmente em 2016, que demonstra o avanço das leis, o aumento da frota de veículos e o caos causado
por tantos veículos nas ruas e estradas ao mesmo tempo. Com isso um número de acidentes gigantesco
por motoristas imprudentes e despreparados.
Por anos a lei de trânsito vem procurando uma forma de responsabilizar os seus motoristas de seus
crimes de trânsito com o intuito de dar uma resposta aos familiares que perderam os seus entes queridos
e buscam por justiça. Declarando, mais do que mostrar a importância sobre a gravidade que é conduzir

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 180 of 213

um veículo automotor sob algum tipo de substância psicoativa. Mas demonstrar que a lei puni com
severidade, aqueles que a desobedecem.
Ou pelo menos aos poucos, criar leis, decretos, jurisprudência, que venham completar as lacunas
esparsas dentro do nosso ordenamento jurídico.[[De acordo com]] o (SIM) Sistema de informações sobre a
mortalidade, do Ministério da Saúde, que no final do ano de 2016, foram registradas 37.345 mortes em
acidentes no trânsito.
No Brasil, foi apenas no ano de 1897 que chegou o primeiro automóvel, quase 100 anos depois da
invenção do mesmo. Este veículo que ficou famoso, pertencia ao ativista José do Patrocínio. Foi esse
mesmo veículo, porém como empréstimo na mão de Olavo Bilac, que na cidade do Rio de Janeiro, mais
especificamente na Barra da Tijuca, provocou o primeiro acidente de trânsito no Brasil. O acidente ocorreu
, pois o poeta não sabia de fato dirigir, e colidiu com uma árvore.
A despeito de alguns acidentes depois, o Poder Público e o Automóvel Clube do Brasil começaram
mobilizações no sentido de melhor regulamentar a segurança dentro do trânsito. Fomentaram o debate
acerca [[de regras de]] circulação que protegessem tantos os pedestres, como os motoristas. Segundo
PONTES (2009) apud OLIVEIRA (1986) autoridades estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro,
começaram a levantar as questões de segurança no trânsito com maior celeridade. E conseguiram, no ano
de 1903 criar a primeira concessão da licença para dirigir. Ocorrendo que posteriormente ?em 1906,
adotou-se no país o exame obrigatório para habilitar motoristas?.
No ano de 1954, após a histórica e trágica morte de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck assumiu o
poder do país com a promessa de ?fazer 50 anos em 5?, o que ficou conhecido como plano Kubitscheck.
Com a nova roupagem da política brasileira, dois aspectos foram muito difundidos no país: a Construção
de Brasília como cidade satélite e a criação da cultura automobística nacional.
O projeto arquitetado por Kubitscheck possuía metas ousadas e que angariavam um crescimento
econômico para o país até então não vislumbrado. Seus planos de governo eram voltados prioritariamente
nas áreas de infra-estrutura, o que incluía a construção de caminhos de estradas, pois o que o Presidente
vislumbrava era que as mesmas pudessem acompanhar a fabricação crescente que estava ocorrendo de
automóveis.
A partir dos eventos supracitados, e do fomento governamental a introdução de carros nas ruas, o
automóvel, antes tido como artigo de luxo, começou a se tornar um item popular. Consumido em massa
pela classe média, o que demonstra que na época houve um crescimento exponencial em nível social-
econômico da sociedade brasileira.
Houve a multiplicação constante das estradas que entrecortavam o país afora, houve a introdução de
avenidas e estacionamentos para acomodar o grande volume de veículos que passava então a circular
pelas ruas do país. Um fator a respeito disso é notório, grande parte das estradas e avenidas ficaram
centralizadas nas regiões sul e sudeste do país. Ficando restante das regiões com um nível de transporte
muito aquém em relação a São Paulo por exemplo. Esse desnivelamento ainda é visível [[no país, e]] não
tem perspectivas de mudança.
Consoante todo o exposto, conclui-se que a despeito da grande movimentação e volumes de veículos que
começaram a ser introduzidos no país, novas regras de trânsito e circulação precisaram ser
implementadas. Assim como a evolução do trânsito no Brasil tem surgido, os novos problemas também
surgem e necessitam de respostas estatais urgentes.
A responsabilidade civil no trânsito é um dos desdobramentos que surgem com a evolução desse aspecto
da vida civil. No que concerne a regulamentação legal, tal instituto está disciplinado dentro do Código Civil
, porém também pode estar relacionado com aspectos de responsabilidade criminal, visto que o número

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 181 of 213

de ilícitos penais [[que podem ser]] cometidos na direção veicular tendem a piorar conforme aumenta o
fluxo de trânsito. O modo como se instalou a cultura do trânsito no Brasil, demonstra que os anos
prometidos por Kubitschek vieram, porém, [[a estrutura que o]] país tinha não comportava tamanho
crescimento. E acaba por gerar um crescimento desenfreado, o que acaba por gerar muito acidentes de
trânsito, e consequentemente amplia a responsabilidade do Estado e aponta a do particular.

O país ampliou sua rede de malha viária, mas de forma desordenada, sem planejamento, o Brasil nunca
conseguiu montar um sistema de trânsito que atendesse suas necessidades até os dias de hoje. Em 1986
o número de mortos no trânsito do Brasil havia sido o maior da história, alcançando segundo o Denatran
27.306 vítimas fatais. O trânsito não era prioridade, o dado não gerou repercussão na sociedade devido à
ignorância ao tema. Em 1987 o GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, hoje
extinto), órgão do Ministério dos Transportes publicou o livro Acidentes de trânsito, flagelo nacional
evitável, onde especialistas mostravam que as vítimas de acidentes de trânsito era bem maior, o Denatran
computava apenas aqueles que morriam no local do acidente, desconsiderando aqueles que eram
encaminhados ao hospital e morriam após isso, chegaram à mais de 50.000 vítimas, mesmo assim ainda
não teve repercussão nascendo as expressões ?500.000 mortos? e ?Vietnam Brasileiro (FRANZ &
SEBERINO, 2012).

Aspectos como excesso de velocidade, somado a imprudência e má conservação das estradas,


sinalização precária, e a cultura de suborno na compra de carteiras de motoristas, sem estarem de fato os
mesmos preparados para dirigir formam o cenário atual de aumento anual na quantidade de acidentes de
trânsito.

5.3 COMO SE DEU O INICIO DA LEI DE TRÂNSITO

A primeira lei de trânsito do mundo teria surgido na Inglaterra em 1836 (CASTRO, 2014), intitulada de Lei
da ?Bandeira Vermelha?, pelo fato de obrigar os motoristas a usar uma bandeira vermelha para alertar os
pedestres, além de limitar em 10 Km/h a velocidade máxima dos veículos.
Na Inglaterra também teria surgido o primeiro projeto de semáforo, formado por duas hastes que eram
movimentadas por policiais (CASTRO, 2014), da mesma forma que ocorrem com as cancelas. Além disso
, contava também com luzes coloridas operavam à gás, permitindo assim que fossem vistas à noite.
Entretanto, esta proposta não durou mais que um mês, pois o aparato explodiu ferindo o policial.

Figura 1 ? Primeiro projeto de semáforo

Fonte: Nogueira e Valente (2018)

O modelo atual de semáforo com três cores tal como o conhecemos foi desenvolvido pelo policial William
Potts nos Estados Unidos em 1920, segundo Castro (2014). Já em se tratando do cenário brasileiro, é
possível dizer que o primeiro Código de Trânsito do Brasil se deu na forma do Decreto-Lei nº 3.671 de 25
de setembro de 1941, sendo posteriormente substituído pela Lei nº 5.108 de 21 de setembro de 1966 e
pelo Código de Trânsito Brasileiro atual, em vigor desde 1997 (NOGUEIRA; VALENTE, 2018). Nogueira e
Valente (2018) definem trânsito como o movimento de veículos e pedestres como um todo,

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 182 of 213

correspondendo a qualquer tipo de movimento ou deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um


ponto a outro. Com base no que diz o Código de Transito Brasileiro é possível dizer que o trânsito diz
respeito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, individualmente ou em grupos, conduzidos
ou não, a fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

[[De acordo com as]] definições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, trânsito é tudo aquilo que
se movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independentemente do local em que
está. Com isso, pode-se falar que para tudo, [[utiliza-se o]] trânsito, até mesmo para pedir uma comida
para entregar em casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade (NOGUEIRA;
VALENTE, 2018, p.22).

[[De acordo com]] Castro (2014) o diferencial do Código de 1997 é [[o fato de]] ter como base a
Constituição de 1988, a Convenção de Viena e [[o que foi]] acordado no Mercosul. Já no ano de 2012, foi
sancionada a Lei nº 12.619, que diz respeito ao exercício da profissão de motorista e altera a
Consolidação das Leis do Trabalho a fim de regular e disciplinar a jornada e o tempo de direção de
motoristas profissionais, entre outras questões. Mais especificamente, Nogueira e Valente (2018) apontam
que a Convenção de Viena, ou Convenção de Trânsito Viário teve o papel de padronizar a sinalização
viária, evento que ocorreu em 8 de novembro de 1968. Além disso, a sinalização de trânsito no Brasil
também se baseia nos manuais e tratados da Federal Highway Administration americana, como é o caso
do Manual on Uniform Traffic Control Devices for Streets and Highways (MUTCD).

5.4 PENALIDADES AO CONDUTOR

De fato, a lei seca foi instituída como uma forma de represaria em relação ao consumo de bebidas
alcoólicas e o uso desenfreado de veículos com as alterações mentais que essa acarreta, buscando assim
uma redução relativa nos acidentes com vítimas fatais ou não. Para Malta (2014) tal legislação foi criada
com o intuito primordial de tornar as normas mais rigorosas para aqueles condutores que insistiam em
dirigir sob o efeito do uso de álcool.
O estabelecimento dessa nova legislação foi essencial para uma sensível redução nos ditos crimes de
trânsito, como os casos de mortes e/ou problemas graves de saúde causados por acidentes de automotor
, entretanto ainda não era o suficiente [[para que o]] objetivo essencial fosse alçado, que seja, uma
redução mais drástica nesses fatos, o que levou a um novo debate acerca das relações sociais no interior
do trânsito. Devemos notar que é essencial entendermos a legislação como pedagógica no ato de punir o
indivíduo que descumpra tal e para isso foi retomado a questão no interior do legislativo brasileiro, se
buscando alternativa a lei seca já existente, mas que, porém, não apresentava uma eficácia esperada.
É nesse contexto que segundo Malta (2010), houve a necessidade da promulgação de uma nova
legislação que versasse acerca do tema, o que surgiu no ano de 2012 com a promulgação da Lei 12.760
de 20 de dezembro de 2012, também conhecida como Nova Lei Seca, alterando a Lei número 9.503 de 23
de setembro de 1997, que seja o Código de trânsito brasileiro. Havia no período que a legislação anterior
estava permeada por ?falhas?, havendo a necessidade de se repensar em um novo molde, mais severo e
rígido com relação a punição de seus atores, aplicando-se tal punição como uma forma pedagógica,
dobrando a sanção administrativa e facilitando ao agente da lei para que se verificasse a embriaguez do
indivíduo, que por diversas vezes se recusava na realização do exame no momento da fiscalização por

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 183 of 213

questões constitucionais que surgiram.


Diversas foram as alterações na legislação ao longo do tempo, tendo em vista diversas falhas que foram
se apresentando no momento das fiscalizações e o baixo índice na redução da mortalidade e dos
acidentes de forma geral. Em um primeiro momento se tornou complicado a aplicação diante da
dificuldade em se comprovar a embriaguez, tendo em vista que esta só seria possível diante de um exame
de sangue ou por meio dos bafômetros que ainda eram demasiadamente caros para o Estado, bem como
pela possibilidade de recusa em se realizar o exame, tendo em vista que a Legislação brasileira protege o
indivíduo de produzir provas contra si mesmo, porém não seria superior ao ato do agente público em
atuar na defesa da coletividade, havendo um debate muito grande em torno do assunto.
Após uma alteração da legislação, foi possível que o agente público de segurança provasse os fatos por
meio de testemunhas e câmeras que filmam a atuação deste em sua rotina. Outra mudança importante é
aplicável ao bolso, forma pedagógica que alterou os valores de R$ 957,70, se tornando muito mais
rigorosa, passando a contabilizar R$ 1.915,40.
Assim como os valores, a quantidade de dosagem no sangue também passou a ser mais rigorosa, que
segundo Alves (2014), passou de 0,1 mg/L no ar advindo do pulmão para 0,05 mg/L. Atualmente a Lei se
tornou ainda mais rigorosa, não se admitindo nenhuma dosagem, e a multa chegando ao valor de R$
2.934,70, sendo instaurado processo administrativo com a perda da licença para dirigir pelo período de 12
meses, e nos casos em que resultem em acidente com vítimas, podendo o indivíduo ser punido conforme
o Código Penal Brasileiro, inclusive com penas restritivas de liberdade.

5.5 O CONCEITO HUMANO E CONDUTA SOBRE AS CAUSAS DE ACIDENTES NO TRÂNSITO


PROVOCADOS PELA EMBRIAGUEZ

Com o desenvolvimento dos meios de comunicação (televisão, rádio, internet, jornais e revistas)
necessários e importantes no mundo atual, a velocidade de disseminação da informação aumentou
rapidamente, envolvendo um grande número de pessoas. Como resultado, histórias sobre acidentes de
trânsito e mortes envolvendo álcool e direção estão se tornando cada vez mais comuns.
Muitas vezes, esses eventos acabam sendo desastres, onde a vida se extingue ou várias consequências
persistem ao longo dos anos, o que nos deixa confusos, pois, apesar de várias campanhas que falam
sobre esse assunto e suas consequências, como, por exemplo: altos índices de mortes. , no entanto,
ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto e a principal delas está relacionada aos perigos de dirigir
sob o efeito do álcool. Mas por que esse tipo de morte continua acontecendo? Existe algum problema com
o programa de treinamento para futuros motoristas? (CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE E
ÁLCOOL, 2014).
As consequências associadas ao consumo de álcool significam uma redução da capacidade: de ver a
velocidade real a ser percorrida, de ver potenciais obstáculos na estrada e de manter o controlo do veículo
. Com isso, o motorista tem grande dificuldade de visualizar, por exemplo, uma motocicleta ao seu lado ou
um pedestre atravessando a via. Além disso, motoristas sob efeito do álcool enxergam apenas o que está

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 184 of 213

à sua frente, reduzindo sua visão periférica, o que dificulta sua reação diante de uma situação ruim ou
qualquer acontecimento, que pode levar ao pior. cenário de caso, acidente de trânsito com vítimas fatais
(MORENO, 1998 apud DOS SANTOS NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
O comportamento de motoristas embriagados varia de pessoa para pessoa e depende da quantidade de
álcool consumida, levando a diferentes tipos de reações: da felicidade à depressão, e talvez até
agressividade. Desta forma, uma pessoa com comportamento autodestrutivo, longe de sua boa condição
física e mental, pode dirigir?

5.5.1 CONCEITO

A palavra álcool tem vários significados, desde uma classe de compostos orgânicos, em toda a sua
estrutura, um ou mais grupos hidroxila (?OH) ligados a carbonos saturados, a óleos e solventes. Mas no
caso das bebidas alcoólicas, onde o álcool é um de seus componentes, a palavra álcool indica, neste caso
, etanol (CH3CH2OH), também conhecido como álcool etílico (C2H5OH). A substância em questão é
composta por moléculas contendo dois átomos de carbono (C), cinco átomos de hidrogênio (H) e um
grupo hidroxila (?OH) e possui as seguintes características: ser líquida à temperatura ambiente, incolor,
volátil, em chamas e totalmente . Solúvel em água.
A utilização do etanol se dá em diversos ramos da indústria como: nas indústrias de combustíveis,
perfumaria, farmacêutica e de bebidas. Historicamente, as relações humanas têm sido dominadas pelo
álcool. Como prova disso, estão as primeiras descobertas arqueológicas de álcool pelo homem, datadas
de 6000 AC. É claro que essa antiga prática de beber álcool foi preservada por muito tempo e está
associada à cultura. Entre as bebidas alcoólicas relatadas no período antigo (Medium) havia duas que
eram consideradas populares e potáveis: o vinho e a cerveja. Apesar de serem amplamente consumidas
pela sociedade da época, não se sabe explicar o processo de produção dessas bebidas por meio da
fermentação da uva, [[no caso do]] vinho, e da cevada, [[no caso da]] cerveja. (KRAUSZ, 2003 apud LEAL
; DE ARAUJO; PINHEIRO, 2013).

4.5.2 DISPUTAS DE VELOCIDADE NO TRÂNSITO

Observa-se que a Lei nº 12.971, de 09 de maio de 2014 alterou o Código de 1997, introduzindo uma série
de inovações, como é o caso das alterações nos tipos de quatro delitos já previstos em lei (PORTELA,
2015), sendo eles lesão e morte culposa no trânsito, embriaguez ao volante e participação em disputas
automobilísticas não autorizadas, comumente chamadas de ?racha?.
A Lei nº 12.971/2014 previu um período de vacatio legis, programando a sua entrada em vigor apenas a
partir do dia 01 de novembro de 2014. Não custa lembrar que a lei não teve eficácia nesse período de
suspensão de sua vigência nem mesmo para beneficiar o réu, segundo entendimento do STF, uma vez
que o referido interstício de prova pressupõe a possibilidade de que a norma seja revogada. O que não
impede, no entanto, a eficácia retroativa da lex melior, afetando inclusive os fatos praticados no período de
vacância, quando efetivamente entrar em vigor o diploma legislativo, conforme regra corriqueira de
aplicação e interpretação das normas penais, que reflete um dos corolários do princípio da legalidade
(PORTELA, 2015, p.14).
Já as alterações administrativas, são descritas por Portela (2015) como um substancioso incremento das
sanções pecuniárias (multas) envolvendo disputas de corridas, promoção e participação em competições

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 185 of 213

de perícia veicular que não possuem autorização, ultrapassagem na contramão, em local impróprio e
passagem forçada entre veículos em sentidos opostos.
Em seu estudo, Giareta (2016) interpreta o racha partindo da noção de crimes de mera conduta e lesão,
sendo que o primeiro conta com um resultado naturalístico, na forma de crimes de simples atividade ou
merca conduta (desvalor da conduta), e o segundo conta com resultado jurídico, na forma de delitos de
lesão (desvalor do resultado).
Figura 2 ? Inovações da Lei nº 12.971/2014

Fonte: Governo de Goiás (2016)

Além disso, os crimes de trânsito também podem, em seu entendimento, ser classificados entre próprios e
impróprios, sendo que os delitos próprios de trânsito se configuram como aqueles que só podem ser
cometidos no contexto da circulação de veículos (GIARETA, 2016). Como é o caso de racha, embriaguez
ao volante, direção sem habilitação, velocidade incompatível com um determinado espaço e entrega de
direção de veículo a pessoas inaptas para tal atividade. Já os delitos impróprios não dependem
exclusivamente do contexto da circulação de veículos, a exemplo do homicídio culposo.
Portanto, Giareta (2016) descreve em primeiro lugar o racha como uma conduta socialmente reprovável
que expõe a comunidade à um perigo concreto, considerando como um delito próprio. Neste sentido,
chama a atenção para [[o fato de]] que a lei de 2014 alterou no artigo 308 o termo ?dano potencial? por
?gerando situação de risco?. O que implica em dizer que no primeiro caso existe apenas a especulação
acerca da possibilidade de dano, enquanto que o termo ?gerando situação de risco? aponta para uma
possibilidade concreta de risco à integridade física.

Observe-se que a redação do tipo básico, bem como a suas penas (detenção de dois a quatro anos e
proibição ou suspensão de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor) foram
mantidas. Trata-se de um crime culposo, que, portanto, sempre ensejará a substituição da pena privativa
de liberdade pela restritiva de direitos, cumpridos os outros requisitos da legislação penal (ser o réu
primário e fazendo-se presentes as outras circunstâncias pessoais que recomendam a substituição)
(PORTELA, 2015, p.15).

Para Portela (2015), uma das principais inovações trazidas pela Lei nº 12.971/2014 se encontra no inciso
segundo do artigo 302, no qual se tipificam duas formas qualificadas de homicídio culposo, o cenário
formado por capacidade psicomotora alterada do condutor em decorrência de embriaguez alcoólica ou
causada por outra substância entorpecente, ou então o cenário formado por óbito decorrente de corridas,
disputas, competições e demonstrações de perícia veicular que não foram permitidas pela autoridade de
trânsito, como é o caso do racha.

5.5.3 EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Os motoristas brasileiros convivem diariamente em meio a diversas questões polêmicas que se espalham
rapidamente pelo país, uma delas diretamente relacionada à ligação entre bebidas alcoólicas e condução
de veículo automotor. Todos os anos, milhares de pessoas são vítimas de acidentes de trânsito causados
??por motoristas irresponsáveis ??que associam beber e dirigir veículo automotor. Essa combinação de

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 186 of 213

embriaguez ao volante, devido ao seu enorme poder destrutivo, causou alvoroço entre os que a
presenciaram, motivo pelo qual notícias sobre o tema foram amplamente divulgadas pela mídia.
Para tanto, o governo se mobilizou e, após muitas discussões sobre o tema, editou a Lei nº 11.705, de 19
de junho de 2008, popularmente conhecida como "Lei Seca", cujo objetivo é combater o problema do
alcoolismo e um dos suas ferramentas é A natureza punitiva da nova lei (NUNES, 2013).
[[Mas antes de]] entrarmos no hype em torno de dirigir embriagado, alguns conceitos devem ser melhor
compreendidos. Código de Trânsito Brasileiro (CTB), promulgado em seu Art. pela Lei nº 9.503 de 23 de
setembro de 1997. 1º, § 1º, Trânsito é ?a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isoladamente ou em grupos, conduzidos ou não tripulados, para circulação, estacionamento,
estacionamento e operações de carga e descarga?. Este conceito deve ser levado em consideração, pois
ao nos deslocarmos devemos obedecer [[as regras de]] trânsito independentemente do meio de transporte
que utilizamos.

4.5.3.1 Como o álcool é absorvido pelo organismo

O álcool proveniente do uso de bebidas alcoólicas, dependendo da quantidade consumida, causa diversos
efeitos no corpo humano. [[Mas antes de]] enunciar os resultados de sua inclusão, é muito importante
definir alguns conceitos que colocarão o aluno no problema em questão (CARLINI et al., 2001).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), medicamento é ?qualquer entidade química ou mistura
de entidades (mas excluindo aquelas necessárias para manter a saúde, como água e oxigênio), que
altera a atividade biológica e possivelmente sua estrutura?. Em outras palavras, medicamento é toda
substância capaz de alterar o funcionamento dos organismos, física ou comportamentalmente (OMS9,
1981 apud CARLINI et al.; 2001). Outra explicação relevante diz respeito à definição do termo droga
psicotrópica.
Segundo a OMS (1981 apud CARLINI et al.; 2001), psicofármacos são aqueles que "agem no Sistema
Nervoso Central (SNC) produzindo alterações de comportamento, emoções e compreensão, com boas
propriedades reforçadoras e, portanto, dependentes de comportamento." (uso não autorizado de
medicamento). Isso significa que os psicotrópicos são aqueles sujeitos à dependência (OMS, 1981 apud
CARLINI et al.; 2001).
[[E por que]] é necessário entender esses conceitos? Segundo Carlini et al. (2001), Apesar do
desconhecimento [[de muitas pessoas]], o álcool também é considerado uma droga psicoativa, pois atua
no Sistema Nervoso Central, provocando uma mudança no comportamento de quem o bebe, além de
poder desenvolver dependência.
O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas aceitas e promovidas pela sociedade. Essa é uma das
razões pelas quais ela é vista de forma diferenciada em relação a outras drogas (CARLINI et al., 2001, p
.12). Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2004, dois bilhões de pessoas no
mundo consumiam álcool (WORLD HEALTH ORGANIZATION10, 2007 apud DOS SANTOS
NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
Com base nesses dados, a indústria de bebidas alcoólicas, para continuar divulgando a imagem de seus
produtos e atrair um grande número de consumidores, tem como principal estratégia: investir no mercado
publicitário. Nesse caso, criam campanhas publicitárias que conectam a imagem da marca com artistas e
pessoas de grande amor e apreço popular, além de explorar alguns elementos que despertam a atenção

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 187 of 213

do público: praias, mulheres e festas.


Após essas informações, podemos mensurar o quão destrutivo e destrutivo é o poder do álcool, que
pode afetar o organismo de diversas formas. Isso, claro, depende da quantidade de álcool consumida e
dos detalhes de como cada órgão humano processa o álcool, o que pode causar um efeito maior ou menor
no organismo. [[Além disso, é importante ressaltar que]] os efeitos do álcool causam outros distúrbios que
afetam outros aspectos do trabalho de uma pessoa, como na família e no trabalho.

5.5.3.2 Métodos de verificação do álcool no sangue

Desde 2012, [[está em vigor]] no Brasil a Lei Seca (Lei Nº 12.760/2012), delimitando que dirigir sob a
influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa se configura como infração gravíssima, para a
qual cabe punição na forma de multa e suspensão [[do direito de]] dirigir, bem como retenção do veículo
(SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014).
Observa-se que o risco relativo de se envolver em um fatal acidente de trânsito entre motoristas que
contam com uma taxa de alcoolemia entre 0,5 e 0,79 gramas de álcool por litro de sangue chega a ser
sete vezes maior em comparação com motoristas que não possuem álcool no organismo. Entretanto,
Souza, Hi e Gonzalez (2014) também consideram que não existe consenso em torno dos falsos positivos
[[que podem ser]] acusados em decorrência do consumo de alimentos e medicamentos que tenham álcool
em sua composição, ou então antissépticos bucais.
Se o teste para a detecção do teor alcoólico no organismo de uma pessoa for realizado através do
etilômetro, a presença da substância pode provocar um resultado positivo, desde que o teste seja
realizado imediatamente após o consumo (DPRF, 2013). [[De acordo com]] relatórios da Organização
Mundial de Saúde de 2011, o uso prejudicial do álcool resulta em cerca de 2.5 milhões de mortes todos os
anos. Aproximadamente 320.000 jovens entre 15 e 29 anos morrem de causas relacionadas com o álcool,
resultando em 9% das mortes neste grupo. O álcool é o terceiro maior causador de doenças no mundo, o
primeiro no Pacífico Ocidental e nas Américas e o segundo maior na Europa (SOUZA; HI; GONZALEZ,
2014, p.2).
Conforme Prates (2012) existem atualmente três métodos principais para a detecção do nível da presença
de etanol em um organismo: O método enzimático, baseado na utilização de saliva como matriz e na
aplicação de reagentes ao álcool, como é o caso de desidrogenase e álcool oxidase. Há aquele em que se
utiliza o ar exalado como matriz [[com o objetivo de]] se gerar uma corrente elétrica que sempre será
proporcional à concentração de etanol ingerido devido a um processo de oxidação de moléculas.
[[E por fim]], existe ainda um método baseado em cromatografia gasosa com detector de ionização em
chama (CG-DIC), acoplado com técnica de extração em espaço confinado, tendo como objeto de estudo o
sangue (PRATES, 2012). Em seu estudo, também apresenta um resumo das principais metodologias e
suas limitações.

Quadro 1 ? Comparação entre as metodologias para a análise de etanol e suas limitações


Fonte: Governo de Goiás (2016)

O álcool se encontra no topo da lista de substâncias tóxicas encontradas no cotidiano da toxicologia


forense pelo fato de que a maioria significativa de cenários envolvendo acidentes fatais, mortes
traumáticas, suicídios e crimes violentos contam com a participação de indivíduos alcoolizados (SOUZA;

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 188 of 213

HI; GONZALEZ, 2014).


Compreende-se que o nível de etanol no sangue depende de três fatores principais, sendo eles a dose
ingerida, a velocidade de absorção pelo trato digestivo e a capacidade de eliminação pelo organismo por
meio da biotransformação e excreção. Entretanto, Souza, Hi e Gonzalez (2014) também apontam que a
velocidade de absorção também sofre a influência da quantidade de álcool ingerido, a ingestão ou não
ingestão de alimentos antes do consumo alcoólico, e a massa corporal, entre outras possibilidades.
No Brasil, a realização das análises toxicológicas com fins forenses em fluidos biológicos, é feita em
laboratórios que pertencem às Secretarias de Segurança Pública e nos Institutos Médico-Legais (IML) dos
respectivos estados. É importante levar em consideração não só a toxicocinética (absorção, distribuição,
biotransformação e excreção) e a toxicodinâmica (mecanismo de ação) da substância a ser analisada,
mas também o histórico, para que a escolha do material seja adequada, e sejam feitas as pesquisas de
xenobióticos (compostos químicos estranhos ao organismo) ou dos produtos originados da sua
biotransformação (SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014, p.3).
Conforme Prates (2012), a validação de uma metodologia depende de alguns parâmetros, como
especificidade, função da resposta, intervalo do trabalho, sensibilidade, exatidão, precisão, limite de
detecção, limite de quantificação e robustez.

5.5.3.3 Infração administrativa e penal ao condutor embriagado

Se um motorista visivelmente embriagado não é preso, isto certamente causará espanto e indignação na
população. Entretanto, esta atitude não é viável de pronto, pois [[de acordo com]] Gonçalves (2013), cabe
apenas a aplicação de medidas administrativas, como a apreensão da carteira e a retenção do veículo.
Portanto, Gonçalves (2013) afirma que não caberia nem mesmo a condução coercitiva do motorista à
delegacia de polícia ou qualquer outro local onde se pudesse realizar exame médico. Embora a recusa
permita a aplicação de penalidades e medidas administrativas. O que no entanto, não significa que o CTB
não tenha em seu bojo a previsão dos possíveis crimes de trânsito, o que efetivamente se encontra
delimitado nos artigos 291, 302, 303, 307, 308 e 309, e em se tratando especificamente do cenário de o
motorista se encontrar sob o efeito do álcool, o artigo 306.

Para Gonçalves (2013), isto gera uma controvérsia, pois embora o texto seja claro ao definir o limite de
seis decigramas para a tolerância alcoólica, entende que para os delitos que não envolvam crimes, é
possível dizer que o limite de tolerância alcoólica seja de dois decigramas, tal como propõe o inciso
segundo do artigo 1º do Decreto nº 6.488/08.
[[De acordo com]] Silva (2017), a fim de atualizar o Código de Trânsito Brasileiro e endurecer as penas, foi
sancionado em 4 de Maio de 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, a Lei nº 13.281, sendo que uma
de suas principais inovações diz respeito ao valor das multas e o limite de suspensão da carteira nacional
de habilitação do motorista (Tabela 1).

Tabela 1 ? Valores atualizados das multas


Fonte: Silva (2017)

Silva (2017) chama a atenção para [[o fato de]] que os valores não eram reajustados desde 2001,
momento em que foi extinto o índice UFIR de referência, ficando estabelecido que o valor seria tabelado e
só poderia ser alterado novamente por meio de Lei Federal.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 189 of 213

Em seu estudo, Rocha (2018) define o crime de embriaguez ao volante como uma norma penal em branco
e heterogênea, pelo fato de necessitar de complementação. Ou seja, as normas penais em branco podem
ser descritas como de conteúdo incompleto ou vago e que exigem complementação oriunda de outra
norma jurídica, como leis, decretos e regulamentos. Gonçalves (2013) menciona como crimes previstos no
Código de Trânsito:

5.5.3.4 Procedimento adotado pelo Estado caso o condutor se negue ao exame do etilômetro

É possível afirmar que o ordenamento jurídico brasileiro foi construído de forma que o indivíduo é
presumivelmente inocente, o que [[faz com que]] sua culpa deva ser comprovada mediante o devido
processo legal (GONÇALVES, 2013). Portanto, compreende-se que um cidadão não pode ser obrigado a
fazer o teste do etilômetro, devido ao entendimento de que o motorista não pode ser considerado
presumidamente alcoolizado nem tampouco produzir provas contra si mesmo, tal como prega o princípio
?nemo tenetur se detegere?.
A Carta Magna traz em seu artigo 5°, inciso LXVI: ?o preso será informado de seus direitos entre os quais
o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e do advogado?. Este direito
assegurado na Constituição Federal de 1988 apresenta-se como uma das variáveis do princípio do nemo
tenetur se detegere, o qual ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo (ROCHA, 2018, p.19).
Uma noção que encontra respaldo legal não apenas na Constituição de 1988, mas também na Convenção
Americana de Direitos Humanos, em específico em seu artigo 8º. No qual se definiu que toda pessoa
acusada de algum delito tem o direito a presunção de inocência até o momento em que se comprove
legalmente sua culpa (GONÇALVES, 2013).
Neste sentido, Gonçalves (2013) chama a atenção para [[o fato de]] que a tendência predominante no
universo doutrinário é a de entender que as normas internacionais de direitos humanos estão acima do
ordenamento jurídico de cada Estado, pelo fato de exprimirem certa consciência ética universal.
Observa-se que originalmente, a configuração de infração administrativa implicava na constatação de
concentração de seis decigramas de álcool por litro de sangue, tal como delimitado pelo artigo 276 do
Código de Trânsito (SILVA, 2017). Entretanto, esse texto legal não se mostrava efetivo pois os motoristas
se recusavam a realizar os testes de alcoolemia ao entenderem que não deveriam produzir provas contra
si mesmo, tal como prega a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Ou como expõe Gonçalves (2013), ?Então, uma dúvida surge: como fazer o teste do bafômetro sem
assumir a culpa, respeitando o princípio da não incriminação, o Nemo tenetur se detegere? (GONÇALVES
, 2013, p.11). Diante desta situação, buscou-se por meio da Lei nº 11.275/2006 alterar o artigo 165 do
Código de Trânsito, objetivando dispensar a medição alcoólica, bastando a análise de aspectos
característicos de embriaguez no motorista por parte do agente de trânsito (SILVA, 2017).
Nota-se, que a diferença deste artigo foi quanto à suspensão [[do direito de]] dirigir. O condutor de veículo
automotor que infringir o artigo 165 do CTB, atualmente, terá o direito de dirigir suspenso por doze (12)
meses. Sob a égide da norma anterior, a pena da suspensão [[do direito de]] dirigir variava [[de acordo
com]] o que estabelecia o artigo 261 do CTB (SILVA, 2017, p.7).
É possível observar alterações semânticas que evidenciam o rigor do novo ordenamento jurídico, como é
o caso do artigo 277 do Código de Trânsito Brasileiro, pois a expressão ?sob suspeita de haver excedido
os limites previstos no artigo anterior? foi substituída por ?sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool
?. Em resumo, Silva (2017) afirma que o motorista que se recusar a participar do teste de alcoolemia será

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 190 of 213

apenado em concordância com as medidas administrativas do artigo 165.


5.6 HOMICIDIO NO TRÂNSITO DISCUTIDO SOBRE [[O QUE É]] CULPA OU DOLO

Em seu estudo, Teles (2019) defende que o dolo eventual se materializa a partir do momento em que o
agente prevê o resultado e o aceita, ao se mostrar indiferente quanto aos seus nefastos contornos. Para
[[o caso da]] culpa consciente, o agente igualmente prevê o resultado, entretanto, não assume [[o risco
de]] produzi-lo nem tampouco o aceita, ao acreditar que tal desfecho dificilmente ocorreria por se sentir
capaz de evitá-lo. Portanto, observa-se que as diferenças entre estes dois conceitos são bastante sutis,
dificultando assim, a aplicação pelo magistrado.
Conforme a literatura e outros estudos acerca do tema, pode-se verificar que este assunto é controverso,
sensível e de muitas discussões acaloradas, [[já que a]] tipificação do dolo, tendo como base a
embriaguez voluntária, não pode ser banalizada, sob pena do menosprezo das decisões judiciais. É fato
que a manifestação veemente da sociedade, por si só, não detém competência a transformar condutas
cristalinas culposas, em dolosas ou vice-versa (ARAUJO, 2015, p.57).

Soma-se a isso [[o fato de]] não ser possível acessar a mente do agente no momento de sua conduta,
levando ao insólito desfecho, a fim de avaliar com mais clareza se este ente agiu ou não dolosamente.
Assim, Teles (2019) defende que o ideal é afastar a análise subjetiva e se aferrar as circunstâncias
objetivas e elementos do tipo no caso concreto, a exemplo do cenário em que o crime ocorreu, de que
forma se concretizou (o desfecho) e a culpabilidade do agente, de forma delinear da melhor forma possível
a situação fática.
Ou como expõe Araújo (2015), para todos os efeitos a diferenciação entre o dolo eventual e a culpa
consciente acaba tendo como base de apoio os fatores psicológicos de quem está analisando o caso, o
que abre espaço para divergências doutrinárias e jurisprudenciais, insegurança jurídica em suma.
No entendimento de Teles (2019), o atual Código Penal trata o crime doloso como a regra, e a culpa como
exceção, visto que a culpa deve estar prevista no próprio tipo penal, o que no entanto, não significa dizer
que o dolo eventual possa ser configurado de forma automática sem antes se analisar as circunstâncias
fáticas do caso em questão. ?Destarte, não se pode generalizar a imputação a título doloso de forma
imperativa. Faz-se necessário examinar as particularidades do caso concreto? (ARAÚJO, 2015, p.57).
Em que pese a subjetividade da questão, Araújo (2015) considera como fundamental a manifestação de
uma certeza em matéria da exteriorização da vontade do agente e comprovação probatória a fim de que
não sejam feridos dois princípios basilares do direito, a presunção de inocência e o ?in dubio pro réu?.
Levando em consideração que apesar da comoção social que possa surgir em torno de um caso, seria
uma leviandade definir como dolo eventual todo cenário formado por homicídio praticado por condutor sob
efeito de bebida alcoólica, em específico quanto restar dúvida quanto ao animus dolandi.
Conforme Teles (2019), permanecendo duvidas acerca da aplicação do dolo eventual e da culpa
consciente, esta última deve prevalecer em razão da primeira, levando em consideração o princípio do in
dubio pro reu, ou seja, pela falta de indícios suficientes que tragam alguma certeza sobre a presença do
dolo na conduta do agente que possam passar pelo escrutínio do Tribunal do Júri, cabe ao magistrado
aplicar a situação mais benéfica ao réu.

E Teles (2019) segue nesta mesma linha, ao afirmar que a teoria da culpa consciente para os crimes de
homicídio no trânsito deva ser aplicada nas hipóteses em que o ente a ser julgado não assume o risco do
resultado, repudiando assim, o resultado não desejado. Uma aferição que não deve ser feita [[a partir da]]

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 191 of 213

análise de elementos subjetivos, mas por critérios objetivos e elementares do tipo.


Entretanto, chega-se a conclusão de que para ser possível a aplicação do dolo eventual, não chega a ser
necessário que a vontade do agente seja constatada, mesmo por que isso depende quase que
exclusivamente de uma confissão do agente, o que raramente ocorre (TELES, 2019).
Levando em consideração [[o que foi]] exposto, Teles (2019) considera que as alterações propostas pela
lei nº 13.546/2017 tem [[o objetivo de]] sanar dúvidas e preencher lacunas em matéria da aplicação do
dolo eventual e culpa consciente para os casos envolvendo crimes de trânsito, embora esta iniciativa não
tenha sido inteiramente bem sucedida.

5.7 JURISPRUDÊNCIA SOBRE HOMICÍDIOS OCORRIDOS PROVENIENTES DE PESSOAS


EMBRIAGADAS NO TRÂNSITO BRASILEIRO

Em artigo para a página virtual do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (2020), é
discutido se o crime de embriaguez ao volante se configura como crime de homicídio culposo na direção
de veículo automotor. E observa-se a existência de duas correntes distintas, uma desfavorável a este
entendimento e uma favorável.
Entre aqueles que não acreditam nesta tese, reside o entendimento de [[que não há]] que se falar em
absorção do crime de embriaguez ao volante pelo crime de homicídio culposo, pois o primeiro delito não
se configura como meio necessário nem tampouco consistiu de fase de preparação ou execução do
segundo (TJDFT, 2020).

Já entre aqueles que defendem a tese, reside o entendimento de que o crime de embriaguez ao volante é
antefato impunível do crime de homicídio culposo no trânsito, pois a embriaguez na direção do veículo
automotor consistiu na violação do dever de cuidado apta à produção do desfecho de óbito, levando a
conclusão que é da essência do homicídio culposo a falta de zelo (TJDFT, 2020).

16/07/2015, Segunda Turma Criminal, Publicado no DJE: 22/07/2015).

CONCLUSÃO

De [[tudo o que foi]] visto, conclui-se que a embriaguez é mais do que o simples fato de consumir álcool,
verificamos que existem tipos e tipos de embriaguez. [[Além disso, é]] muito importante distinguir cada um
desses tipos e tipos de direito penal. Examinamos neste trabalho a responsabilidade penal de uma pessoa
com embriaguez patológica, atingimos [[o objetivo de]] discorrer sobre os tipos de embriaguez, sua
culpabilidade, e analisamos as possíveis formas de prender o réu culpado que padece desta patologia e
passar. estas condições.
Como já discutimos, quando falamos em embriaguez patológica, fica sempre muito claro que se trata de
um problema mental, onde a ação de uma pessoa que ingere bebidas alcoólicas a deixa embriagada, até
privá-la da compreensão consciente de suas ações, o que o torna parcial ou completamente incapaz de
distinguir de transgressão. A lei penal deve entender que a embriaguez patológica é uma doença mental e
quando determina a incapacidade de toda a pessoa compreender a incorreção da verdade, torna-a

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 192 of 213

inocente e inclui em si a hipótese de absolvição, conforme confirmado no art. 26, do CP.


Além disso, vejamos que o paciente patológico quando comete um ato punível, dado o estado reduzido de
força, não é pego e terá uma pena reduzida. [[No caso da]] embriaguez patológica, pode ser tomada como
medida protetiva que é considerada uma isenção injusta, com uma pessoa completamente incapaz de
enxergar a realidade ilícita. No caso de privação parcial da consciência, a pena pode ser reduzida de um a
dois terços. A embriaguez causada pela doença não é evidenciada pelo laudo da psicóloga da área
criminal.
[[Com o objetivo de]] se posicionar como pesquisa moderna, foram trazidos à discussão os autores que
conseguem manter a uniformidade em seus estudos, com ideias que podem romper a questão do tempo e
se manterem atuais por muito tempo, para que no futuro pode ser uma inspiração para novos
pesquisadores que queiram usar esta pesquisa como um referencial teórico para suas novas pesquisas e
sua maneira de fazer as coisas. A busca por esses trabalhos será feita por meio de bases de dados
universitárias, sites especializados na publicação de artigos científicos e trabalhos já publicados que
atendam ao tema aqui proposto.
Fica claro, portanto, a relevância de se fazer um estudo minucioso acerca desta temática, que em meios
acadêmicos, ainda é pouco desenvolvida, em comparação ao tamanho de sua contribuição para a ciência
como um todo. Em cima desta visão, é esperado, ao fim da apresentação, [[que o trabalho]] consiga
desenvolver o debate e responder as questões aqui desenvolvidas com o auxílio de periódicos da área,
[[com o objetivo de]] sanar quaisquer dúvidas que o leitor pode ter acerca do tema.
[[Por fim, é]] preterido, também, [[que o trabalho]] se coloque na mesma mesa dos especialistas da área,
podendo servir futuramente como material teórico para novas pesquisas que queiram fazer uma
abordagem ainda mais profunda, onde poderia utilizar o presente trabalho para tal objetivo, com a
finalidade de trazer essas ideias para a discussão com a ajuda de periódicos da área que realizam
pesquisas detalhadas e científicas, para que no futuro, esse trabalho seja colocado na mesma mesa com
especialistas e também possam servir como inspiração para novos estudiosos que queiram trazer uma
nova abordagem e que possam usar este trabalho como referência teórica.

REFERÊNCIAS

Metodologia MatrizLimitações
Enzimática SalivaAnálise colorimétrica indireta (metabólitos)
EletroquímicaAr exaladoBaixa reprodutibilidade
Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização em ChamaSangueMatriz de difícil acesso

GravidadeValor Anterior R$Valor Reajustado/2016 R$


Leve53,2088,38
Média85,13130,16
Grave127,69195,23
Gravíssima

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 193 of 213

=================================================================================
Arquivo 1: (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Arquivo 2: https://www.iebschool.com/pt-br/blog/software-de-gestao/tecnologia/avancos-tecnologicos-
vantagens-e-desvantagens (2433 termos)
Termos comuns: 30
Similaridade: 0,25%
O texto abaixo é o conteúdo do documento (0)_31.03.23_85GH5D28_(correção).docx (9528 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.iebschool.com/pt-
br/blog/software-de-gestao/tecnologia/avancos-tecnologicos-vantagens-e-desvantagens (2433 termos)

=================================================================================
Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho adequado ao modelo desejado

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 194 of 213

PROJETO DE PESQUISA

APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

A responsabilidade é um fator importante no trânsito, pois atitudes simples podem influenciar a vida das
pessoas, principalmente quando alguém decide ingerir bebida alcoólica e, logo após, dirigir. [[Esse tipo
de]] situação nos leva a uma série de questionamentos que nos levam a questionar se a lei vigente que
trata especificamente do trânsito é justa e eficaz.
O uso abusivo de álcool é um problema grave da sociedade atual, sendo que esta é uma substancia que
causa dependência física e psíquica e tem sido [[cada vez mais]] comum encontrar adolescentes e jovens
que fazem uso indiscriminado de álcool e outras drogas. Sabe-se que o uso indiscriminado do álcool faz
com a pessoa se exponha e exponha [[outras pessoas a]] situações de risco, já que é uma substancia
capaz de afrouxar as noções de certo e errado. Dessa forma é comum, pessoas cometerem os mais
diversos crimes estando alcoolizadas.
Portanto, crimes envolvendo embriaguez, estão [[cada vez mais]] presentes nos tribunais brasileiros,
Silvestrim (2002) coloca que há diversos casos de imputabilidade, inimputabilidade e diminuição da
culpabilidade e aumento de pena em casos de embriaguez.
Sabe-se que casos de embriaguez estão [[cada vez mais]] comuns nos tribunais brasileiros. Como deve-
se proceder em um caso de um crime em que o réu estava sob influência do uso abusivo de álcool?

JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROBLEMA

Atualmente há um alto índice de crimes cometidos após o uso abusivo de álcool, dessa forma o tema está
muito presente nos tribunais brasileiros, sendo tema de opiniões divergentes entre os juristas. Dessa
forma, o presente trabalho justifica-se pela importância que o tema tem não somente nas discussões
atuais no âmbito do direito, mas também nas discussões sociais sobre o alcoolismo e sua influencia sobre
o homem.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 195 of 213

As bebidas alcoólicas, diretamente relacionadas às grandes festas e comemorações, sempre fizeram parte
do cotidiano de nossa sociedade, independentemente do nível de escolaridade ou classe social. Devido
às suas propriedades e efeitos no corpo, tornou-se parte do nosso dia a dia, tornando-se uma das formas
únicas para quem quer relaxar ou se divertir com responsabilidade, sem exageros. Além de sua
importância social para o consumidor, as bebidas alcoólicas desempenham um importante papel na
economia, pois a indústria de bebidas é uma importante fonte de receita e arrecadação de impostos, com
um grande mercado mundial.
Em 2008, em 19 de junho, foi instituída a Lei nº 11.705, conhecida como ?Lei Seca?, cujo objetivo era
reduzir o número de acidentes causados ??por condutores alcoolizados e, consequentemente, diminuir o
número de vítimas no trânsito brasileiro. Nesse caso, a referida lei prevê penalidades para quem ingere
bebidas alcoólicas e dirige veículos. Esta lei, além de definir o nível de álcool no sangue que permite a um
condutor conduzir embriagado, também define os meios necessários para provar que embriagou. A fim de
reduzir o número de motoristas embriagados, a lei também afetou a situação financeira do motorista
infrator.

METODOLOGIA

A metodologia consiste em uma variedade de parâmetros a partir da qual se viabiliza a realização de


pesquisa científica de modo organizado, bem delimitado e criterioso, gerando soluções para os problemas
levantados, hipóteses confirmadas/refutadas e objetivos sólidos, pertinentes e que se adequem ao estado
da questão em que o problema se insere (FONSECA, 2002). Conforme Severino (2002, p. 57), a
metodologia consiste num conjunto de métodos ou caminhos percorridos na busca do conhecimento,
sendo assim, a pesquisa é um conjunto de procedimentos sistemáticos fundamentados no raciocínio
lógico, objetivando encontrar soluções para problemas propostos, mediante utilização de métodos
científicos.
Devido à natureza da proposta que ora se apresenta, recorrerão metodologicamente à revisão bibliográfica
para a promoção de um estudo básico exploratório e qualitativo fundamentado em artigos científicos e
demais produções científico-acadêmicas que se mostrem úteis e pertinentes à pesquisa em tela. Como
revisão crítica, o foco se dará no conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável e sua devida
importância para os estudos em geografia.
O processo de geração de conhecimentos novos, compreendidos como úteis para avançá-lo cientifico,
segundo Gerhardt e Silveira (2009), apontam para uma direção da tipologia objetiva, gerando
conhecimentos novos, sendo esses embasados, sempre, em anteriores realizações que envolvam a
verdade e interesses universais.
Gil (2007), ao se debruçar a respeito da pesquisa de cunho exploratório, determina que estas pesquisas
têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento
de ideias ou a descoberta de intuições.
Goldenberg (1997) determina que, na pesquisa qualitativa, ?a preocupação do pesquisador não é com a
representatividade numérica do grupo pesquisado, mas com o aprofundamento da compreensão de um
grupo social, de uma organização, de uma instituição, de uma trajetória etc.?. A respeito do procedimento

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 196 of 213

metodológico utilizado para viabilizar a composição e estruturação desta pesquisa, onde foi utilizada a
revisão bibliográfica, destaca-se em conformidade com Santos (1999), que esta se comporta como o
processo de busca, seguida de análise e descrição de um conjunto de conhecimentos consagrados na
literatura científica que são retomados em meio [[à procura de]] respostas a uma pergunta específica.
Ainda [[de acordo com]] Santos (1999), a pesquisa científica é o instrumento intelectual do homem para
responder às suas próprias necessidades. O ser humano, insatisfeito com a sua condição no mundo,
busca explicações e soluções para sair de sua insatisfatória zona de conforto ou de desequilíbrio, e usa a
pesquisa para reorganizar a sua condição e melhorá-la perenemente, em níveis biológicos, sociais e
transcendentais.
Günther (2006, p. 202) define a pesquisa qualitativa como sendo a ?primazia da compreensão como
princípio do conhecimento, que prefere estudar relações complexas ao invés de explicá-las por meio do
isolamento de variáveis. Uma segunda característica geral é a construção da realidade.?. [[De acordo
com]] uma definição de Van Maanen (1983), as metodologias qualitativas são compostas por um conjunto
de técnicas interpretativas, que têm por meta ?retraçar, decodificar ou traduzir fenômenos sociais naturais
, com vistas à obtenção de elementos relevantes para descrever ou explicar estes fenômenos?.
Para Zanelli (2002, p. 83), a abordagem qualitativa tem como principal intento ?buscar entender o [[que as
pessoas]] apreendem ao perceberem o que acontece em seus mundos?, sendo por esta razão, conforme
o teórico, ?muito importante prestar atenção no entendimento que temos dos entrevistados, nas possíveis
distorções e no quanto eles estão dispostos ou confiantes em partilhar suas percepções?.
As pesquisas qualitativas diferem das quantitativas, pois sua metodologia não se limita a registrar
simplesmente as frequências com que ocorrem determinados fenômenos. A princípio, utilizada nas áreas
de Antropologia e Sociologia, nos últimos trinta anos a pesquisa qualitativa passou a ser incluída em
outras áreas de estudo.
A pesquisa quantitativa segue rigorosamente um plano pré-estabelecido, onde as hipóteses são indicadas
de maneira clara e precisa, e a qualitativa normalmente é direcionada durante o transcorrer, sem a
preocupação básica de enumerar ou medir fatos e eventos, tampouco fazendo uso de instrumental
estatístico para a análise dos dados obtidos.
Silva e Menezes (2005, p. 20) estabelecem que haja uma relação intensa ?entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável do mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzida
em números?. Dessa forma, a partir da metodologia aqui descrita e adotada, se pretende alcançar [[o que
é]] requerido de uma pesquisa na área de licenciatura em geografia, adequada ao tema aqui abordado,
que é a sustentabilidade ambiental sob a luz do desenvolvimento.
A triagem será feita com base na correspondência com o tema e com o contexto que aqui é proposto,
além de contar com informações atualizadas contrastando com informações mais antigas, escritas em
outros contextos. Assim, a preferência se dá por fontes recentes e atualizadas, priorizando as informações
mais confiáveis e parcimoniosas acerca da temática.
Os critérios de inclusão foram: artigos que retratassem a temática presente nas bases de dados,
publicados no período do estudo, em português e inglês, relacionados aos descritores selecionados.
Critérios de exclusão: artigos que não retratassem a temática escolhida [[e que não]] estivessem
associados aos descritores selecionados. Posteriormente foi feita uma análise por meio de títulos e
resumos suficiente para o estudo em questão. Os dados serão avaliados através de interpretação,
análises e comparações de visões contrastantes de autores acerca dos assuntos trabalhados.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES, SUGESTÕES OU FORMAS DE ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 197 of 213

Compreende-se que a direção sob influência de bebidas alcoólicas ainda é um comportamento recorrente
na sociedade brasileira, sendo responsável por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes
graves e óbito. E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem como outras
medidas tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo pode ser
obrigado a produzir provas contra si mesmo, o que faz com que muitos motoristas se neguem a participar
do teste do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro [[é apenas um]] dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro de 2014, mais especificamente o parágrafo
segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim [[de que não]] coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em
primeiro lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com
este comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso em caso de acidente de trânsito com fatalidades.
Com base nos dados evidenciados pela revisão de literatura foi possível observar que a legislação
brasileira no que diz respeito ao trânsito passou por diversas transformações ao longo das últimas
décadas, levando em consideração que a primeira legislação voltada para o trânsito surgiu apenas na
década de 40.
Em 1997 este ordenamento jurídico foi atualizado para acompanhar os ditames da Constituição de 1988 e
a Convenção de Viena, buscando desta forma padronizar a sinalização de trânsito. E novamente há uma
década a legislação foi novamente revisada e atualizada, sendo que [[em muitos casos]] outros
ordenamentos jurídicos podem e devem ser utilizados de forma subsidiária, como o Código Penal em
decorrência de cenários envolvendo crimes de trânsito, como atropelamentos e batidas que resultam em
óbito.
Necessário evidenciar que o número de automóveis em circulação vem mantendo tendência de
crescimento, além do surgimento do fenômeno dos motoboys, e entregadores de aplicativos, o que pede
pela atualização do código de trânsito. Haja vista que esta configuração de coisas contribui para a
desorganização do trânsito e incidentes marcados pela negligência e imprudência no volante. Dentre eles
a situação de embriaguez por parte do motorista. Neste sentido cabe avaliar até que ponto o indivíduo agiu
com dolo ou culpa a fim de que lhe caiba uma punição justa. Compreende-se que a direção sob influência
de bebidas alcoólicas ainda é um comportamento recorrente na sociedade brasileira, sendo responsável
por milhares de incidentes que podem resultar em acidentes graves e óbito.
E foi visando contornar este cenário que foi criada a chamada Lei Seca, bem como outras medidas
tomadas pelo poder público e pela sociedade civil. Entretanto, pela lei nenhum indivíduo pode ser obrigado
a produzir provas contra si mesmo, o que faz com que muitos motoristas se neguem a participar do teste
do etilômetro, o que por si só dá margem para extensas discussões.
Estas alterações dos textos legislativos que vem sendo feitos são marcados por avanços, mas também por
retrocessos, sendo que a questão do etilômetro [[é apenas um]] dos exemplos. Podendo ser mencionado
também o caso do artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro de 2014, mais especificamente o parágrafo
segundo que propunha uma forma qualificada de homicídio culposo.
O que ocorre é que muitas pessoas gostariam de ver um condutor alcoolizado sendo detido imediatamente
, a fim [[de que não]] coloque a vida de mais pessoas em risco. Entretanto, compreende-se que em
primeiro lugar o motorista dirigindo sob o efeito do álcool está colocando em risco a sua própria vida com

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 198 of 213

este comportamento irrefletido, o que gera acalorados debates acerca de até que ponto o indivíduo estaria
cometendo um homicídio culposo ou doloso em caso de acidente de trânsito com fatalidades.
Observa-se que na maioria das vezes a pena é fixada no regime aberto, pois o principal interesse é
conscientizar a população em torno de um trânsito responsável. Portanto, nada impede que o juiz promova
a substituição por penas restritivas de direitos. O que traz a necessidade do desenvolvimento de outras
medidas complementares, a exemplo de campanhas educativas, endurecimento das penas e ações
fiscalizatórias mais estruturadas, estratégicas [[e que não]] sejam pontuais, com o objetivo de educar a
sociedade e punir os infratores, contribuindo assim para evitar que pessoas continuem promovendo
comportamentos que tragam risco a coletividade. Portanto, é possível dizer que a legislação de trânsito no
que diz respeito a direção sob influência do álcool passou por alterações qualitativas substanciais ao longo
dos últimos anos, o que pode ser entendido como reflexo de o tema passar a ser observado de forma
mais séria e rigorosa.

REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo começa tratando da história do trânsito, definição e sua origem e seu sistema rodoviário,
passando pela sua evolução histórica, conceitos, dentro de uma análise nos transportes rodoviários e suas
políticas adotadas, como também o que foi alterada na lei de trânsito.

5.1 HISTÓRIA DO TRÂNSITO

O nosso principal meio de locomoção, antes dos veículos, sempreforamos pés, sendo ato de caminhar.
Tempos depois tivemos outras invenções como a roda, dando assim a possibilidade de locomoção mais
rápida.
Desde o início os veículos como trenos, barcos, charretes, e carros de boi,visava somente o transporte de
bens, animais etc. e assim por último foram inventados os veículos para a locomoção de homens.
Visto que após o advento do veículo, veio a necessidade de melhorar as estradas. Segundo alguns
historiadores, muitos de alguns império foram construídos após a construção de estradas de melhor
qualidade e com isso garantindo a expansão e desenvolvimento, exemplos, os romanos, os persas. Os
Romanos foram considerados os grandes e peritos em construções de estradas, como uma rede viária de
terra sem pavimentação, mas com uma larga extensão de até 350.000 km, munidos de sinalizações e
indicações de direção e sendo os primeiros a criarem regulamentações de tráfego.
Os romanos também mostram na sua história que, constam os primeiros relatos de congestionamento na
Grécia antiga, relatos este, que o número de carro crescia e a população reclamava, pois, as ruas eram
estreitas e a locomoção era difícil.Somente no fim do século XVI, que os Romanos retomaram as
construções das estradas que foi essencial ao desenvolvimento do império até XIX.
Estradas que foram realmente de grande desenvolvimento após os romanos, foram as estradas de ferro.
Em 1771, foi constatado o primeiro automóvel criado pelo francês Nicholas Cugnot, com velocidade
estimada em 4 km por hora. No mesmo ano foi constatado o primeiro acidente automobilístico, por incrível
que parece, o acidente foi provocado pelo criador do carro, onde ao manobrar dentro do Quartel Real de
Vicenes (França), perdeu o controle e bateu no muro.
No ano de 1836 na Inglaterra, surgiu a primeira lei de trânsito, chamada a ?Bandeira Vermelha?, onde

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 199 of 213

limitava na velocidade em 10 km por hora e um homem ficava a frente dos veículos indicando o limite de
velocidade.
Segundo o dicionário, trânsito seria a ação de transitar, marchar ou trafegar. Um movimento de pedestres
considerados em seu conjunto, um tráfego. Um instrumento de agrimensor, destinado a determinar
ângulos horizontais. São tantas definições, em sentido concreto e sentido figurado. Porém, o trânsito que
este artigo se refere, diz respeito ao movimento de veículos e pedestres, coexistindo. Havendo dentro
deste, o deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um local para outro.
O trânsito é uma das vertentes da sociedade civil que surgiu com o aparecimento da modernidade, criação
de carros, necessidade de se locomover a distâncias longas em um curto espaço de tempo etc. O Estado
, portanto, para regulamentá-lo instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No seu art. 1°, § 1° do CTB
(CTB, 2009), estabelece-se que
Considera-se como trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

O Legislador se preocupou em coibir qualquer dúvida que houvesse quanto a conceitos referentes ao
direito de trânsito. O termo trânsito foi definido como: movimentação e imobilização de veículos, pessoas e
animais nas vias terrestres. Note-se que diferentes dos dicionários ordinários, o Código trouxe a palavra
imobilização. Ao adicionar esse termo, o Código incluiu dentro de seus pressupostos, a disciplina dos
carros que estejam estacionados também, equiparando também os que se encontram colocados em
lugares proibidos (FRANZ; SEBERINO,2012). Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) ainda

Analisando as definições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, trânsito é tudo aquilo que se
movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independente do local em que está.
[[Podemos dizer que]] para tudo utilizamos o trânsito, até mesmo para pedir um produto para entregar em
casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade.

O Trânsito é um instituto que se encontra sempre em movimento legislativo. A seriedade com a qual [[o
assunto é]] tratado decorre do nível de risco e possíveis danos que a não regulamentação necessária
pode causar. Incluindo aspectos como a Lei Seca, as Blitz policiais, regularização de documento, limite de
velocidade etc.
A origem de fato do fenômeno de trânsito, não pode ser mensurada e datada de uma época específica.
Visto que o homem sempre teve a necessidade de se locomover, primeiro para a sua sobrevivência física
e mais posteriormente para assuntos mais de cunho profissional etc. Mas independente do surgimento de
meios de transporte dos mais variados modelos: aquáticos, metroviários, aéreos, terrestres etc, o modo
mais antigo de locomoção é o próprio ato de caminhar.
Conforme conceitua HONORATO (2004) nas civilizações antigas, o protótipo de locomoção mais
avançado era do Império Romano que ?criou um sistema rodoviário com mais de 100.000 Km de extensão
? com intuitos militares, de locomoção das suas tropas. Veio dai o ditado popular que diz que todos os
caminhos levam a Roma. Segundo o Autor, o método de construção utilizado na confecção de tais
empreendimentos

Primeiro, o terreno era estaqueado, para ganhar rigidez. Depois, espalhava-se sobre ele bastante calcário
grosso ? o rudus -, o qual era bem socado. Por fim, vinha uma camada de calcário mais fino ? o nucleus ?

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 200 of 213

nivelado a capricho. E só então se assentava o revestimento final: grandes pedras chatas, rigorosamente
ajustadas, que proporcionavam uma superfície lisa, ótima de se pisar. O que era muito importante, pois, no
tempo dos romanos, os exércitos se deslocavam a pé (HONORATO, 2004).

A primeira evolução que de fato se relaciona com o modo como são feitos os modelos de transporte atuais
, foi a invenção da roda. Segundo FRANZ & SEBERINO (2012) a primeira indicação que tem notícias a
despeito da figura da roda, é uma figura de roda, registrada em uma placa de argila, encontrada na
Suméria em 3.500 a.C. Muitos historiadores e cientistas consideram a criação da roda, a maior invenção já
feita pelo homem. Considerando seus aspectos primários e a evolução rápida e constante que ainda sofre
. Não se sabe ao certo, quem foram de fato seus inventores, mas cunha-se o feito aos povos da antiga
Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque, há cerca de 5.500 anos, sendo utilizado primordialmente na
época por oleiros na confecção, por exemplo, de cerâmica.
A despeito de contextos históricos minuciosos, muito tempo depois do referido período acima, durante a
Revolução Industrial na França, em 1789 é que de fato problemas concernentes ao trânsito começaram a
aparecer. Foi nesse período que foi criado o motor a combustão interna e começaram a ser fabricados os
primeiros automóveis.
Deslanchou a partir de então a produção maciça de carros com motor a combustão, o que superlotou de
forma extraordinária as ruas das grandes capitais. O trânsito caótico que grandes capitais como São Paulo
, por exemplo, vivem, é decorrente direto da fomentação que ocorreu no Brasil, da baixa de impostos para
a compra de carros, depois da era Kubitschek.
Porém esse fomento não esperava que houvesse tamanho despreparo do ponto de vista da estrutura das
cidades, para comportar tantos veículos de uma só vez. A implantação de políticas públicas atuais como
os transportes coletivos, é uma forma que o Ente estatal encontrou de tentar aliviar a pressão nos trânsitos
e prevenir, [[de certa forma]] o aparecimento de índices alarmantes relacionados a acidentes de trânsito.

5.2 RESPONSÁVEIS POR ADMINISTRAR O TRÂNSITO BRASILEIRO

Dentro dessa evolução do trânsito com mercadorias, trouxe um enorme alavancada com a economia e as
políticas rodoviárias e leis de trânsito. No Brasil, foram implantadas as placas de sinalização em 1930,
após já terem os carros em circulação.
Em 1938 foi criado no Brasil o Departamento de Serviço de Trânsito ?DST, sendo o primeiro a adotar
regulamentação sobre a conduta no trânsito.Mais tarde em 1941 foi criado o CNT Código Nacional de
Trânsito, sendo que no mesmo ano foi criado CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) também foi
criado o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem).
Somente em 1997 que foi criado o CTB código de trânsito Brasileiro Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997,
o qual tem sua aplicabilidade até então.Tivemos uma evolução significativa no trânsito Brasileiro
atualmente em 2016, que demonstra o avanço das leis, o aumento da frota de veículos e o caos causado
por tantos veículos nas ruas e estradas ao mesmo tempo. Com isso um número de acidentes gigantesco
por motoristas imprudentes e despreparados.
Por anos a lei de trânsito vem procurando uma forma de responsabilizar os seus motoristas de seus
crimes de trânsito com o intuito de dar uma resposta aos familiares que perderam os seus entes queridos
e buscam por justiça. Declarando, mais do que mostrar a importância sobre a gravidade que é conduzir
um veículo automotor sob algum tipo de substância psicoativa. Mas demonstrar que a lei puni com

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 201 of 213

severidade, aqueles que a desobedecem.


Ou pelo menos aos poucos, criar leis, decretos, jurisprudência, que venham completar as lacunas
esparsas dentro do nosso ordenamento jurídico.[[De acordo com]] o (SIM) Sistema de informações sobre a
mortalidade, do Ministério da Saúde, que [[no final do]] ano de 2016, foram registradas 37.345 mortes em
acidentes no trânsito.
No Brasil, foi apenas no ano de 1897 que chegou o primeiro automóvel, quase 100 anos depois da
invenção do mesmo. Este veículo que ficou famoso, pertencia ao ativista José do Patrocínio. Foi esse
mesmo veículo, porém como empréstimo na mão de Olavo Bilac, que na cidade do Rio de Janeiro, mais
especificamente na Barra da Tijuca, provocou o primeiro acidente de trânsito no Brasil. O acidente ocorreu
, pois o poeta não sabia de fato dirigir, e colidiu com uma árvore.
A despeito de alguns acidentes depois, o Poder Público e o Automóvel Clube do Brasil começaram
mobilizações no sentido de melhor regulamentar a segurança dentro do trânsito. Fomentaram o debate
acerca de regras de circulação que protegessem tantos os pedestres, como os motoristas. Segundo
PONTES (2009) apud OLIVEIRA (1986) autoridades estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro,
começaram a levantar as questões [[de segurança no]] trânsito com maior celeridade. E conseguiram, no
ano de 1903 criar a primeira concessão da licença para dirigir. Ocorrendo que posteriormente ?em 1906,
adotou-se no país o exame obrigatório para habilitar motoristas?.
No ano de 1954, após a histórica e trágica morte de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck assumiu o
poder do país com a promessa de ?fazer 50 anos em 5?, o que ficou conhecido como plano Kubitscheck.
Com a nova roupagem da política brasileira, dois aspectos foram muito difundidos no país: a Construção
de Brasília como cidade satélite e a criação da cultura automobística nacional.
O projeto arquitetado por Kubitscheck possuía metas ousadas e que angariavam um crescimento
econômico para o país até então não vislumbrado. Seus planos de governo eram voltados prioritariamente
nas áreas de infra-estrutura, o que incluía a construção de caminhos de estradas, pois o que o Presidente
vislumbrava era que as mesmas pudessem acompanhar a fabricação crescente que estava ocorrendo de
automóveis.
A partir dos eventos supracitados, e do fomento governamental a introdução de carros nas ruas, o
automóvel, antes tido como artigo de luxo, começou a se tornar um item popular. Consumido em massa
pela classe média, o que demonstra que na época houve um crescimento exponencial em nível social-
econômico da sociedade brasileira.
Houve a multiplicação constante das estradas que entrecortavam o país afora, houve a introdução de
avenidas e estacionamentos para acomodar o grande volume de veículos que passava então a circular
pelas ruas do país. Um fator a respeito disso é notório, grande parte das estradas e avenidas ficaram
centralizadas nas regiões sul e sudeste do país. Ficando restante das regiões com um nível de transporte
muito aquém em relação a São Paulo por exemplo. Esse desnivelamento ainda é visível no país, e não
tem perspectivas de mudança.
Consoante todo o exposto, conclui-se que a despeito da grande movimentação e volumes de veículos que
começaram a ser introduzidos no país, novas regras de trânsito e circulação precisaram ser
implementadas. Assim como a evolução do trânsito no Brasil tem surgido, os novos problemas também
surgem e necessitam de respostas estatais urgentes.
A responsabilidade civil no trânsito é um dos desdobramentos que surgem com a evolução desse aspecto
da vida civil. No que concerne a regulamentação legal, tal instituto está disciplinado dentro do Código Civil
, porém também pode estar relacionado com aspectos de responsabilidade criminal, visto que o número
de ilícitos penais que podem ser cometidos na direção veicular tendem a piorar conforme aumenta o fluxo

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 202 of 213

de trânsito. O modo como se instalou a cultura do trânsito no Brasil, demonstra que os anos prometidos
por Kubitschek vieram, porém, a estrutura que o país tinha não comportava tamanho crescimento. E acaba
por gerar um crescimento desenfreado, o que acaba por gerar muito acidentes de trânsito, e
consequentemente amplia a responsabilidade do Estado e aponta a do particular.

O país ampliou sua rede de malha viária, mas de forma desordenada, sem planejamento, o Brasil nunca
conseguiu montar um sistema de trânsito que atendesse suas necessidades até os dias de hoje. Em 1986
o número de mortos no trânsito do Brasil havia sido o maior da história, alcançando segundo o Denatran
27.306 vítimas fatais. O trânsito não era prioridade, o dado não gerou repercussão na sociedade devido à
ignorância ao tema. Em 1987 o GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, hoje
extinto), órgão do Ministério dos Transportes publicou o livro Acidentes de trânsito, flagelo nacional
evitável, onde especialistas mostravam que as vítimas de acidentes de trânsito era bem maior, o Denatran
computava apenas aqueles que morriam no local do acidente, desconsiderando aqueles que eram
encaminhados ao hospital e morriam após isso, chegaram à mais de 50.000 vítimas, mesmo assim ainda
não teve repercussão nascendo as expressões ?500.000 mortos? e ?Vietnam Brasileiro (FRANZ &
SEBERINO, 2012).

Aspectos como excesso de velocidade, somado a imprudência e má conservação das estradas,


sinalização precária, e a cultura de suborno na compra de carteiras de motoristas, sem estarem de fato os
mesmos preparados para dirigir formam o cenário atual de aumento anual na quantidade de acidentes de
trânsito.

5.3 COMO SE DEU O INICIO DA LEI DE TRÂNSITO

A primeira lei de trânsito do mundo teria surgido na Inglaterra em 1836 (CASTRO, 2014), intitulada de Lei
da ?Bandeira Vermelha?, pelo fato de obrigar os motoristas a usar uma bandeira vermelha para alertar os
pedestres, além de limitar em 10 Km/h a velocidade máxima dos veículos.
Na Inglaterra também teria surgido o primeiro projeto de semáforo, formado por duas hastes que eram
movimentadas por policiais (CASTRO, 2014), da mesma forma que ocorrem com as cancelas. Além disso
, contava também com luzes coloridas operavam à gás, permitindo assim que fossem vistas à noite.
Entretanto, esta proposta não durou mais que um mês, pois o aparato explodiu ferindo o policial.

Figura 1 ? Primeiro projeto de semáforo

Fonte: Nogueira e Valente (2018)

O modelo atual de semáforo com três cores tal como o conhecemos foi desenvolvido pelo policial William
Potts nos Estados Unidos em 1920, segundo Castro (2014). Já em se tratando do cenário brasileiro, é
possível dizer que o primeiro Código de Trânsito do Brasil se deu na forma do Decreto-Lei nº 3.671 de 25
de setembro de 1941, sendo posteriormente substituído pela Lei nº 5.108 de 21 de setembro de 1966 e
pelo Código de Trânsito Brasileiro atual, em vigor desde 1997 (NOGUEIRA; VALENTE, 2018). Nogueira e
Valente (2018) definem trânsito como o movimento de veículos e pedestres como um todo,
correspondendo a qualquer tipo de movimento ou deslocamento de pessoas, animais ou veículos de um

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 203 of 213

ponto a outro. Com base no que diz o Código de Transito Brasileiro é possível dizer que o trânsito diz
respeito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, individualmente ou em grupos, conduzidos
ou não, a fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.

[[De acordo com]] as definições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, trânsito é tudo aquilo que
se movimenta, se locomove de alguma forma, através de veículos, animais, também aquele que se
movimenta isolado ou em grupo. A movimentação constitui o trânsito independentemente do local em que
está. Com isso, pode-se falar que para tudo, utiliza-se o trânsito, até mesmo para pedir uma comida para
entregar em casa, ele veio através do trânsito para suprir a nossa necessidade (NOGUEIRA; VALENTE,
2018, p.22).

[[De acordo com]] Castro (2014) o diferencial do Código de 1997 é o fato de ter como base a Constituição
de 1988, a Convenção de Viena [[e o que]] foi acordado no Mercosul. Já no ano de 2012, foi sancionada a
Lei nº 12.619, que diz respeito ao exercício da profissão de motorista e altera a Consolidação das Leis do
Trabalho a fim de regular e disciplinar a jornada e o tempo de direção de motoristas profissionais, entre
outras questões. Mais especificamente, Nogueira e Valente (2018) apontam que a Convenção de Viena,
ou Convenção de Trânsito Viário teve o papel de padronizar a sinalização viária, evento que ocorreu em 8
de novembro de 1968. Além disso, a sinalização de trânsito no Brasil também se baseia nos manuais e
tratados da Federal Highway Administration americana, como é o caso do Manual on Uniform Traffic
Control Devices for Streets and Highways (MUTCD).

5.4 PENALIDADES AO CONDUTOR

De fato, a lei seca foi instituída como uma forma de represaria em relação ao consumo de bebidas
alcoólicas e o uso desenfreado de veículos com as alterações mentais que essa acarreta, buscando assim
uma redução relativa nos acidentes com vítimas fatais ou não. Para Malta (2014) tal legislação foi criada
com o intuito primordial de tornar as normas mais rigorosas para aqueles condutores que insistiam em
dirigir sob o efeito do uso de álcool.
O estabelecimento dessa nova legislação foi essencial para uma sensível redução nos ditos crimes de
trânsito, como os casos de mortes e/ou problemas graves de saúde causados por acidentes de automotor
, entretanto ainda não era o suficiente para que o objetivo essencial fosse alçado, que seja, uma redução
mais drástica nesses fatos, o que levou a um novo debate acerca das relações sociais no interior do
trânsito. Devemos notar que é essencial entendermos a legislação como pedagógica no ato de punir o
indivíduo que descumpra tal e para isso foi retomado a questão no interior do legislativo brasileiro, se
buscando alternativa a lei seca já existente, mas que, porém, não apresentava uma eficácia esperada.
É nesse contexto que segundo Malta (2010), houve a necessidade da promulgação de uma nova
legislação que versasse acerca do tema, o que surgiu no ano de 2012 com a promulgação da Lei 12.760
de 20 de dezembro de 2012, também conhecida como Nova Lei Seca, alterando a Lei número 9.503 de 23
de setembro de 1997, que seja o Código de trânsito brasileiro. Havia no período que a legislação anterior
estava permeada por ?falhas?, havendo a necessidade de se repensar em um novo molde, mais severo e
rígido com relação a punição de seus atores, aplicando-se tal punição como uma forma pedagógica,
dobrando a sanção administrativa e facilitando ao agente da lei para que se verificasse a embriaguez do
indivíduo, que por diversas vezes se recusava na realização do exame no momento da fiscalização por
questões constitucionais que surgiram.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 204 of 213

Diversas foram as alterações na legislação ao longo do tempo, tendo em vista diversas falhas que foram
se apresentando no momento das fiscalizações e o baixo índice na redução da mortalidade e dos
acidentes de forma geral. Em um primeiro momento se tornou complicado a aplicação diante da
dificuldade em se comprovar a embriaguez, tendo em vista que esta só seria possível [[diante de um]]
exame de sangue ou por meio dos bafômetros que ainda eram demasiadamente caros para o Estado,
bem como pela possibilidade de recusa em se realizar o exame, tendo em vista que a Legislação brasileira
protege o indivíduo de produzir provas contra si mesmo, porém não seria superior ao ato do agente
público em atuar na defesa da coletividade, havendo um debate muito grande em torno do assunto.
Após uma alteração da legislação, foi possível que o agente público de segurança provasse os fatos por
meio de testemunhas e câmeras que filmam a atuação deste em sua rotina. Outra mudança importante é
aplicável ao bolso, forma pedagógica que alterou os valores de R$ 957,70, se tornando muito mais
rigorosa, passando a contabilizar R$ 1.915,40.
Assim como os valores, a quantidade de dosagem no sangue também passou a ser mais rigorosa, que
segundo Alves (2014), passou de 0,1 mg/L no ar advindo do pulmão para 0,05 mg/L. Atualmente a Lei se
tornou ainda mais rigorosa, não se admitindo nenhuma dosagem, e a multa chegando ao valor de R$
2.934,70, sendo instaurado processo administrativo com a perda da licença para dirigir pelo período de 12
meses, e nos casos em que resultem em acidente com vítimas, podendo o indivíduo ser punido conforme
o Código Penal Brasileiro, inclusive com penas restritivas de liberdade.

5.5 O CONCEITO HUMANO E CONDUTA SOBRE AS CAUSAS DE ACIDENTES NO TRÂNSITO


PROVOCADOS PELA EMBRIAGUEZ

Com o desenvolvimento dos meios de comunicação (televisão, rádio, internet, jornais e revistas)
necessários e importantes no mundo atual, [[a velocidade de]] disseminação da informação aumentou
rapidamente, envolvendo um grande número de pessoas. Como resultado, histórias sobre acidentes de
trânsito e mortes envolvendo álcool e direção estão se tornando [[cada vez mais]] comuns.
Muitas vezes, esses eventos acabam sendo desastres, onde a vida se extingue ou várias consequências
persistem ao longo dos anos, o que nos deixa confusos, pois, apesar de várias campanhas que falam
sobre esse assunto e suas consequências, como, por exemplo: altos índices de mortes. , no entanto,
ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto e a principal delas está relacionada aos perigos de dirigir
sob o efeito do álcool. Mas por que [[esse tipo de]] morte continua acontecendo? Existe algum problema
com o programa de treinamento para futuros motoristas? (CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE
E ÁLCOOL, 2014).
As consequências associadas ao consumo de álcool significam uma redução da capacidade: de ver a
velocidade real a ser percorrida, de ver potenciais obstáculos na estrada e de manter o controlo do veículo
. Com isso, o motorista tem grande dificuldade de visualizar, por exemplo, uma motocicleta ao seu lado ou
um pedestre atravessando a via. Além disso, motoristas sob efeito do álcool enxergam apenas [[o que
está]] à sua frente, reduzindo sua visão periférica, o que dificulta sua reação diante de uma situação ruim

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 205 of 213

ou qualquer acontecimento, que pode levar ao pior. cenário de caso, acidente de trânsito com vítimas
fatais (MORENO, 1998 apud DOS SANTOS NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
O comportamento de motoristas embriagados varia de pessoa para pessoa e depende da quantidade de
álcool consumida, levando a diferentes tipos de reações: da felicidade à depressão, e talvez até
agressividade. Desta forma, uma pessoa com comportamento autodestrutivo, longe de sua boa condição
física e mental, pode dirigir?

5.5.1 CONCEITO

A palavra álcool tem vários significados, desde uma classe de compostos orgânicos, em toda a sua
estrutura, um ou mais grupos hidroxila (?OH) ligados a carbonos saturados, a óleos e solventes. Mas no
caso das bebidas alcoólicas, onde o álcool é um de seus componentes, a palavra álcool indica, neste caso
, etanol (CH3CH2OH), também conhecido como álcool etílico (C2H5OH). A substância em questão é
composta por moléculas contendo dois átomos de carbono (C), cinco átomos de hidrogênio (H) e um
grupo hidroxila (?OH) e possui as seguintes características: ser líquida à temperatura ambiente, incolor,
volátil, em chamas e totalmente . Solúvel em água.
A utilização do etanol se dá em diversos ramos da indústria como: nas indústrias de combustíveis,
perfumaria, farmacêutica e de bebidas. Historicamente, as relações humanas têm sido dominadas pelo
álcool. Como prova disso, estão as primeiras descobertas arqueológicas de álcool pelo homem, datadas
de 6000 AC. É claro que essa antiga prática de beber álcool foi preservada por muito tempo e está
associada à cultura. Entre as bebidas alcoólicas relatadas no período antigo (Medium) havia duas que
eram consideradas populares e potáveis: o vinho e a cerveja. Apesar de serem amplamente consumidas
pela sociedade da época, não se sabe explicar o processo de produção dessas bebidas por meio da
fermentação da uva, no caso do vinho, e da cevada, no caso da cerveja. (KRAUSZ, 2003 apud LEAL; DE
ARAUJO; PINHEIRO, 2013).

4.5.2 DISPUTAS DE VELOCIDADE NO TRÂNSITO

Observa-se que a Lei nº 12.971, de 09 de maio de 2014 alterou o Código de 1997, introduzindo uma série
de inovações, como é o caso das alterações nos tipos de quatro delitos já previstos em lei (PORTELA,
2015), sendo eles lesão e morte culposa no trânsito, embriaguez ao volante e participação em disputas
automobilísticas não autorizadas, comumente chamadas de ?racha?.
A Lei nº 12.971/2014 previu um período de vacatio legis, programando a sua entrada em vigor apenas a
partir do dia 01 de novembro de 2014. Não custa lembrar que a lei não teve eficácia nesse período de
suspensão de sua vigência nem mesmo para beneficiar o réu, segundo entendimento do STF, uma vez
que o referido interstício de prova pressupõe a possibilidade de que a norma seja revogada. O que não
impede, no entanto, a eficácia retroativa da lex melior, afetando inclusive os fatos praticados no período de
vacância, quando efetivamente entrar em vigor o diploma legislativo, conforme regra corriqueira de
aplicação e interpretação das normas penais, que reflete um dos corolários do princípio da legalidade
(PORTELA, 2015, p.14).
Já as alterações administrativas, são descritas por Portela (2015) como um substancioso incremento das
sanções pecuniárias (multas) envolvendo disputas de corridas, promoção e participação em competições
de perícia veicular que não possuem autorização, ultrapassagem na contramão, em local impróprio e

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 206 of 213

passagem forçada entre veículos em sentidos opostos.


Em seu estudo, Giareta (2016) interpreta o racha partindo da noção de crimes de mera conduta e lesão,
sendo que o primeiro conta com um resultado naturalístico, na forma de crimes de simples atividade ou
merca conduta (desvalor da conduta), e o segundo conta com resultado jurídico, na forma de delitos de
lesão (desvalor do resultado).
Figura 2 ? Inovações da Lei nº 12.971/2014

Fonte: Governo de Goiás (2016)

Além disso, os crimes de trânsito também podem, em seu entendimento, ser classificados entre próprios e
impróprios, sendo que os delitos próprios de trânsito se configuram como aqueles que só podem ser
cometidos no contexto da circulação de veículos (GIARETA, 2016). Como é o caso de racha, embriaguez
ao volante, direção sem habilitação, velocidade incompatível com um determinado espaço e entrega de
direção de veículo a pessoas inaptas para tal atividade. Já os delitos impróprios não dependem
exclusivamente do contexto da circulação de veículos, a exemplo do homicídio culposo.
Portanto, Giareta (2016) descreve em primeiro lugar o racha como uma conduta socialmente reprovável
que expõe a comunidade à um perigo concreto, considerando como um delito próprio. Neste sentido,
chama a atenção para o fato de que a lei de 2014 alterou no artigo 308 o termo ?dano potencial? por
?gerando situação de risco?. O que implica em dizer que no primeiro caso existe apenas a especulação
acerca da possibilidade de dano, enquanto que o termo ?gerando situação de risco? aponta para uma
possibilidade concreta de risco à integridade física.

Observe-se que a redação do tipo básico, bem como a suas penas (detenção de dois a quatro anos e
proibição ou suspensão de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor) foram
mantidas. Trata-se de um crime culposo, que, portanto, sempre ensejará a substituição da pena privativa
de liberdade pela restritiva de direitos, cumpridos os outros requisitos da legislação penal (ser o réu
primário e fazendo-se presentes as outras circunstâncias pessoais que recomendam a substituição)
(PORTELA, 2015, p.15).

Para Portela (2015), uma das principais inovações trazidas pela Lei nº 12.971/2014 se encontra no inciso
segundo do artigo 302, no qual se tipificam duas formas qualificadas de homicídio culposo, o cenário
formado por capacidade psicomotora alterada do condutor em decorrência de embriaguez alcoólica ou
causada por outra substância entorpecente, ou então o cenário formado por óbito decorrente de corridas,
disputas, competições e demonstrações de perícia veicular que não foram permitidas pela autoridade de
trânsito, como é o caso do racha.

5.5.3 EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

Os motoristas brasileiros convivem diariamente em meio a diversas questões polêmicas que se espalham
rapidamente pelo país, uma delas diretamente relacionada à ligação entre bebidas alcoólicas e condução
de veículo automotor. Todos os anos, milhares de pessoas são vítimas de acidentes de trânsito causados
??por motoristas irresponsáveis ??que associam beber e dirigir veículo automotor. Essa combinação de
embriaguez ao volante, devido ao seu enorme poder destrutivo, causou alvoroço entre os que a

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 207 of 213

presenciaram, motivo pelo qual notícias sobre o tema foram amplamente divulgadas pela mídia.
Para tanto, o governo se mobilizou e, após muitas discussões sobre o tema, editou a Lei nº 11.705, de 19
de junho de 2008, popularmente conhecida como "Lei Seca", cujo objetivo é combater o problema do
alcoolismo e um dos suas ferramentas é A natureza punitiva da nova lei (NUNES, 2013).
Mas antes de entrarmos no hype em torno de dirigir embriagado, alguns conceitos devem ser melhor
compreendidos. Código de Trânsito Brasileiro (CTB), promulgado em seu Art. pela Lei nº 9.503 de 23 de
setembro de 1997. 1º, § 1º, Trânsito é ?a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isoladamente ou em grupos, conduzidos ou não tripulados, para circulação, estacionamento,
estacionamento e operações de carga e descarga?. Este conceito deve ser levado em consideração, pois
ao nos deslocarmos devemos obedecer as regras de trânsito independentemente do meio de transporte
que utilizamos.

4.5.3.1 Como o álcool é absorvido pelo organismo

O álcool proveniente do uso de bebidas alcoólicas, dependendo da quantidade consumida, causa diversos
efeitos no corpo humano. Mas antes de enunciar os resultados de sua inclusão, é muito importante definir
alguns conceitos que colocarão o aluno no problema em questão (CARLINI et al., 2001).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), medicamento é ?qualquer entidade química ou mistura
de entidades (mas excluindo aquelas necessárias para manter a saúde, como água e oxigênio), que
altera a atividade biológica e possivelmente sua estrutura?. Em outras palavras, medicamento é toda
substância capaz de alterar o funcionamento dos organismos, física ou comportamentalmente (OMS9,
1981 apud CARLINI et al.; 2001). Outra explicação relevante diz respeito à definição do termo droga
psicotrópica.
Segundo a OMS (1981 apud CARLINI et al.; 2001), psicofármacos são aqueles que "agem no Sistema
Nervoso Central (SNC) produzindo alterações de comportamento, emoções e compreensão, com boas
propriedades reforçadoras e, portanto, dependentes de comportamento." (uso não autorizado de
medicamento). Isso significa que os psicotrópicos são aqueles sujeitos à dependência (OMS, 1981 apud
CARLINI et al.; 2001).
[[E por que]] é necessário entender esses conceitos? Segundo Carlini et al. (2001), Apesar do
desconhecimento de muitas pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicoativa, pois atua no
Sistema Nervoso Central, provocando uma mudança no comportamento de quem o bebe, além de poder
desenvolver dependência.
O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas aceitas e promovidas pela sociedade. Essa é uma das
razões pelas quais ela é vista de forma diferenciada em relação a outras drogas (CARLINI et al., 2001, p
.12). Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2004, dois bilhões de pessoas no
mundo consumiam álcool (WORLD HEALTH ORGANIZATION10, 2007 apud DOS SANTOS
NASCIMENTO; GARCIA, 2009).
Com base nesses dados, a indústria de bebidas alcoólicas, para continuar divulgando a imagem de seus
produtos e atrair um grande número de consumidores, tem como principal estratégia: investir no mercado
publicitário. Nesse caso, criam campanhas publicitárias que conectam a imagem da marca com artistas e
pessoas de grande amor e apreço popular, além de explorar alguns elementos que despertam a atenção
do público: praias, mulheres e festas.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 208 of 213

Após essas informações, podemos mensurar o quão destrutivo e destrutivo é o poder do álcool, [[que
pode afetar]] o organismo de diversas formas. Isso, claro, depende da quantidade de álcool consumida e
dos detalhes de como cada órgão humano processa o álcool, o que pode causar um efeito maior ou menor
no organismo. Além disso, é importante ressaltar que os efeitos do álcool causam outros distúrbios que
afetam outros aspectos do trabalho de uma pessoa, como na família e no trabalho.

5.5.3.2 Métodos de verificação do álcool no sangue

Desde 2012, está em vigor no Brasil a Lei Seca (Lei Nº 12.760/2012), delimitando que dirigir sob a
influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa se configura como infração gravíssima, para a
qual cabe punição na forma de multa e suspensão do direito de dirigir, bem como retenção do veículo
(SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014).
Observa-se que o risco relativo de se envolver em um fatal acidente de trânsito entre motoristas que
contam com uma taxa de alcoolemia entre 0,5 e 0,79 gramas de álcool por litro de sangue chega a ser
sete vezes maior em comparação com motoristas que não possuem álcool no organismo. Entretanto,
Souza, Hi e Gonzalez (2014) também consideram que não existe consenso em torno dos falsos positivos
que podem ser acusados em decorrência do consumo de alimentos e medicamentos que tenham álcool
em sua composição, ou então antissépticos bucais.
Se o teste para a detecção do teor alcoólico no organismo de uma pessoa for realizado através do
etilômetro, a presença da substância pode provocar um resultado positivo, desde que o teste seja
realizado imediatamente após o consumo (DPRF, 2013). [[De acordo com]] relatórios da Organização
Mundial de Saúde de 2011, o uso prejudicial do álcool resulta em cerca de 2.5 milhões de mortes todos os
anos. Aproximadamente 320.000 jovens entre 15 e 29 anos morrem de causas relacionadas com o álcool,
resultando em 9% das mortes neste grupo. O álcool é o terceiro maior causador de doenças no mundo, o
primeiro no Pacífico Ocidental e nas Américas e o segundo maior na Europa (SOUZA; HI; GONZALEZ,
2014, p.2).
Conforme Prates (2012) existem atualmente três métodos principais para a detecção do nível da presença
de etanol em um organismo: O método enzimático, baseado na utilização de saliva como matriz e na
aplicação de reagentes ao álcool, como é o caso de desidrogenase e álcool oxidase. Há aquele em que se
utiliza o ar exalado como matriz com o objetivo de se gerar uma corrente elétrica que sempre será
proporcional à concentração de etanol ingerido devido a um processo de oxidação de moléculas.
E por fim, existe ainda um método baseado em cromatografia gasosa com detector de ionização em
chama (CG-DIC), acoplado com técnica de extração em espaço confinado, tendo como objeto de estudo o
sangue (PRATES, 2012). Em seu estudo, também apresenta um resumo das principais metodologias e
suas limitações.

Quadro 1 ? Comparação entre as metodologias para a análise de etanol e suas limitações


Fonte: Governo de Goiás (2016)

O álcool se encontra no topo da lista de substâncias tóxicas encontradas no cotidiano da toxicologia


forense pelo fato de [[que a maioria]] significativa de cenários envolvendo acidentes fatais, mortes
traumáticas, suicídios e crimes violentos contam com a participação de indivíduos alcoolizados (SOUZA;
HI; GONZALEZ, 2014).

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 209 of 213

Compreende-se que o nível de etanol no sangue depende de três fatores principais, sendo eles a dose
ingerida, [[a velocidade de]] absorção pelo trato digestivo e a capacidade de eliminação pelo organismo
por meio da biotransformação e excreção. Entretanto, Souza, Hi e Gonzalez (2014) também apontam que
[[a velocidade de]] absorção também sofre a influência da quantidade de álcool ingerido, a ingestão ou não
ingestão de alimentos antes do consumo alcoólico, e a massa corporal, entre outras possibilidades.
No Brasil, a realização das análises toxicológicas com fins forenses em fluidos biológicos, é feita em
laboratórios que pertencem às Secretarias de Segurança Pública e nos Institutos Médico-Legais (IML) dos
respectivos estados. É importante levar em consideração não só a toxicocinética (absorção, distribuição,
biotransformação e excreção) e a toxicodinâmica (mecanismo de ação) da substância a ser analisada,
mas também o histórico, [[para que a]] escolha do material seja adequada, e sejam feitas as pesquisas de
xenobióticos (compostos químicos estranhos ao organismo) ou dos produtos originados da sua
biotransformação (SOUZA; HI; GONZALEZ, 2014, p.3).
Conforme Prates (2012), a validação de uma metodologia depende de alguns parâmetros, como
especificidade, função da resposta, intervalo do trabalho, sensibilidade, exatidão, precisão, limite de
detecção, limite de quantificação e robustez.

5.5.3.3 Infração administrativa e penal ao condutor embriagado

Se um motorista visivelmente embriagado não é preso, isto certamente causará espanto e indignação na
população. Entretanto, esta atitude não é viável de pronto, pois [[de acordo com]] Gonçalves (2013), cabe
apenas a aplicação de medidas administrativas, como a apreensão da carteira e a retenção do veículo.
Portanto, Gonçalves (2013) afirma que não caberia nem mesmo a condução coercitiva do motorista à
delegacia de polícia ou qualquer outro local onde se pudesse realizar exame médico. Embora a recusa
permita a aplicação de penalidades e medidas administrativas. O que no entanto, não significa que o CTB
não tenha em seu bojo a previsão dos possíveis crimes de trânsito, o que efetivamente se encontra
delimitado nos artigos 291, 302, 303, 307, 308 e 309, e em se tratando especificamente do cenário de o
motorista se encontrar sob o efeito do álcool, o artigo 306.

Para Gonçalves (2013), isto gera uma controvérsia, pois embora o texto seja claro ao definir o limite de
seis decigramas para a tolerância alcoólica, entende que para os delitos que não envolvam crimes, é
possível dizer que o limite de tolerância alcoólica seja de dois decigramas, tal como propõe o inciso
segundo do artigo 1º do Decreto nº 6.488/08.
[[De acordo com]] Silva (2017), a fim de atualizar o Código de Trânsito Brasileiro e endurecer as penas, foi
sancionado em 4 de Maio de 2016 pela então presidente Dilma Rousseff, a Lei nº 13.281, sendo que uma
de suas principais inovações diz respeito ao valor das multas e o limite de suspensão da carteira nacional
de habilitação do motorista (Tabela 1).

Tabela 1 ? Valores atualizados das multas


Fonte: Silva (2017)

Silva (2017) chama a atenção para o fato de que os valores não eram reajustados desde 2001, momento
em que foi extinto o índice UFIR de referência, ficando estabelecido que o valor seria tabelado e só
poderia ser alterado novamente por meio de Lei Federal.
Em seu estudo, Rocha (2018) define o crime de embriaguez ao volante como uma norma penal em branco

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 210 of 213

e heterogênea, pelo fato de necessitar de complementação. Ou seja, as normas penais em branco podem
ser descritas como de conteúdo incompleto ou vago e que exigem complementação oriunda de outra
norma jurídica, como leis, decretos e regulamentos. Gonçalves (2013) menciona como crimes previstos no
Código de Trânsito:

5.5.3.4 Procedimento adotado pelo Estado caso o condutor se negue ao exame do etilômetro

É possível afirmar que o ordenamento jurídico brasileiro foi construído de forma que o indivíduo é
presumivelmente inocente, o que faz com que sua culpa deva ser comprovada mediante o devido
processo legal (GONÇALVES, 2013). Portanto, compreende-se que um cidadão não pode ser obrigado a
fazer o teste do etilômetro, devido ao entendimento de que o motorista não pode ser considerado
presumidamente alcoolizado nem tampouco produzir provas contra si mesmo, tal como prega o princípio
?nemo tenetur se detegere?.
A Carta Magna traz em seu artigo 5°, inciso LXVI: ?o preso será informado de seus direitos entre os quais
o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e do advogado?. Este direito
assegurado na Constituição Federal de 1988 apresenta-se como uma das variáveis do princípio do nemo
tenetur se detegere, o qual ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo (ROCHA, 2018, p.19).
Uma noção que encontra respaldo legal não apenas na Constituição de 1988, mas também na Convenção
Americana de Direitos Humanos, em específico em seu artigo 8º. No qual se definiu que toda pessoa
acusada de algum delito tem o direito a presunção de inocência até o momento em que se comprove
legalmente sua culpa (GONÇALVES, 2013).
Neste sentido, Gonçalves (2013) chama a atenção para o fato de que a tendência predominante no
universo doutrinário é a de entender que as normas internacionais de direitos humanos estão acima do
ordenamento jurídico de cada Estado, pelo fato de exprimirem certa consciência ética universal.
Observa-se que originalmente, a configuração de infração administrativa implicava na constatação de
concentração de seis decigramas de álcool por litro de sangue, tal como delimitado pelo artigo 276 do
Código de Trânsito (SILVA, 2017). Entretanto, esse texto legal não se mostrava efetivo pois os motoristas
se recusavam a realizar os testes de alcoolemia ao entenderem que não deveriam produzir provas contra
si mesmo, tal como prega a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Ou como expõe Gonçalves (2013), ?Então, uma dúvida surge: como fazer o teste do bafômetro sem
assumir a culpa, respeitando o princípio da não incriminação, o Nemo tenetur se detegere? (GONÇALVES
, 2013, p.11). Diante desta situação, buscou-se por meio da Lei nº 11.275/2006 alterar o artigo 165 do
Código de Trânsito, objetivando dispensar a medição alcoólica, bastando a análise de aspectos
característicos de embriaguez no motorista por parte do agente de trânsito (SILVA, 2017).
Nota-se, que a diferença deste artigo foi quanto à suspensão do direito de dirigir. O condutor de veículo
automotor que infringir o artigo 165 do CTB, atualmente, terá o direito de dirigir suspenso por doze (12)
meses. Sob a égide da norma anterior, a pena da suspensão do direito de dirigir variava [[de acordo com o
que]] estabelecia o artigo 261 do CTB (SILVA, 2017, p.7).
É possível observar alterações semânticas que evidenciam o rigor do novo ordenamento jurídico, como é
o caso do artigo 277 do Código de Trânsito Brasileiro, pois a expressão ?sob suspeita de haver excedido
os limites previstos no artigo anterior? foi substituída por ?sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool
?. Em resumo, Silva (2017) afirma que o motorista que se recusar a participar do teste de alcoolemia será
apenado em concordância com as medidas administrativas do artigo 165.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 211 of 213

5.6 HOMICIDIO NO TRÂNSITO DISCUTIDO SOBRE [[O QUE É]] CULPA OU DOLO

Em seu estudo, Teles (2019) defende que o dolo eventual se materializa a partir do momento em que o
agente prevê o resultado e o aceita, ao se mostrar indiferente quanto aos seus nefastos contornos. Para o
caso da culpa consciente, o agente igualmente prevê o resultado, entretanto, não assume o risco de
produzi-lo nem tampouco o aceita, ao acreditar que tal desfecho dificilmente ocorreria por se sentir capaz
de evitá-lo. Portanto, observa-se que as diferenças entre estes dois conceitos são bastante sutis,
dificultando assim, a aplicação pelo magistrado.
Conforme a literatura e outros estudos acerca do tema, pode-se verificar que este assunto é controverso,
sensível e de muitas discussões acaloradas, já que a tipificação do dolo, tendo como base a embriaguez
voluntária, não pode ser banalizada, sob pena do menosprezo das decisões judiciais. É fato que a
manifestação veemente da sociedade, por si só, não detém competência a transformar condutas
cristalinas culposas, em dolosas ou vice-versa (ARAUJO, 2015, p.57).

Soma-se a isso o fato de não ser possível acessar a mente do agente no momento de sua conduta,
levando ao insólito desfecho, a fim de avaliar com mais clareza se este ente agiu ou não dolosamente.
Assim, Teles (2019) defende que o ideal é afastar a análise subjetiva e se aferrar as circunstâncias
objetivas e elementos do tipo no caso concreto, a exemplo do cenário em que o crime ocorreu, de que
forma se concretizou (o desfecho) e a culpabilidade do agente, de forma delinear da melhor forma possível
a situação fática.
Ou como expõe Araújo (2015), para todos os efeitos a diferenciação entre o dolo eventual e a culpa
consciente acaba tendo como base de apoio os fatores psicológicos de quem está analisando o caso, o
que abre espaço para divergências doutrinárias e jurisprudenciais, insegurança jurídica em suma.
No entendimento de Teles (2019), o atual Código Penal trata o crime doloso como a regra, e a culpa como
exceção, visto que a culpa deve estar prevista no próprio tipo penal, o que no entanto, não significa dizer
que o dolo eventual possa ser configurado de forma automática sem antes se analisar as circunstâncias
fáticas do caso em questão. ?Destarte, não se pode generalizar a imputação a título doloso de forma
imperativa. Faz-se necessário examinar as particularidades do caso concreto? (ARAÚJO, 2015, p.57).
Em que pese a subjetividade da questão, Araújo (2015) considera como fundamental a manifestação de
uma certeza em matéria da exteriorização da vontade do agente e comprovação probatória a fim [[de que
não]] sejam feridos dois princípios basilares do direito, a presunção de inocência e o ?in dubio pro réu?.
Levando em consideração que apesar da comoção social que possa surgir em torno de um caso, seria
uma leviandade definir como dolo eventual todo cenário formado por homicídio praticado por condutor sob
efeito de bebida alcoólica, em específico quanto restar dúvida quanto ao animus dolandi.
Conforme Teles (2019), permanecendo duvidas acerca da aplicação do dolo eventual e da culpa
consciente, esta última deve prevalecer em razão da primeira, levando em consideração o princípio do in
dubio pro reu, ou seja, pela falta de indícios suficientes que tragam alguma certeza sobre a presença do
dolo na conduta do agente que possam passar pelo escrutínio do Tribunal do Júri, cabe ao magistrado
aplicar a situação mais benéfica ao réu.

E Teles (2019) segue nesta mesma linha, ao afirmar que a teoria da culpa consciente para os crimes de
homicídio no trânsito deva ser aplicada nas hipóteses em que o ente a ser julgado não assume o risco do
resultado, repudiando assim, o resultado não desejado. Uma aferição que não deve ser feita a partir da
análise de elementos subjetivos, mas por critérios objetivos e elementares do tipo.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 212 of 213

Entretanto, chega-se a conclusão de que para ser possível a aplicação do dolo eventual, não chega a ser
necessário que a vontade do agente seja constatada, mesmo por que isso depende quase que
exclusivamente de uma confissão do agente, o que raramente ocorre (TELES, 2019).
Levando em consideração o que foi exposto, Teles (2019) considera que as alterações propostas pela lei n
º 13.546/2017 tem o objetivo de sanar dúvidas e preencher lacunas em matéria da aplicação do dolo
eventual e culpa consciente para os casos envolvendo crimes de trânsito, embora esta iniciativa não tenha
sido inteiramente bem sucedida.

5.7 JURISPRUDÊNCIA SOBRE HOMICÍDIOS OCORRIDOS PROVENIENTES DE PESSOAS


EMBRIAGADAS NO TRÂNSITO BRASILEIRO

Em artigo para a página virtual do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (2020), é
discutido se o crime de embriaguez ao volante se configura como crime de homicídio culposo na direção
de veículo automotor. E observa-se a existência de duas correntes distintas, uma desfavorável a este
entendimento e uma favorável.
Entre [[aqueles que não]] acreditam nesta tese, reside o entendimento [[de que não]] há que se falar em
absorção do crime de embriaguez ao volante pelo crime de homicídio culposo, pois o primeiro delito não
se configura como meio necessário nem tampouco consistiu de fase de preparação ou execução do
segundo (TJDFT, 2020).

Já entre aqueles que defendem a tese, reside o entendimento de que o crime de embriaguez ao volante é
antefato impunível do crime de homicídio culposo no trânsito, pois a embriaguez na direção do veículo
automotor consistiu na violação do dever de cuidado apta à produção do desfecho de óbito, levando a
conclusão que é da essência do homicídio culposo a falta de zelo (TJDFT, 2020).

16/07/2015, Segunda Turma Criminal, Publicado no DJE: 22/07/2015).

CONCLUSÃO

De tudo o que foi visto, conclui-se que a embriaguez é mais do que o simples fato de consumir álcool,
verificamos que existem tipos e tipos de embriaguez. Além disso, é muito importante distinguir cada um
desses tipos e tipos de direito penal. Examinamos neste trabalho a responsabilidade penal de uma pessoa
com embriaguez patológica, atingimos o objetivo de discorrer sobre os tipos de embriaguez, sua
culpabilidade, e analisamos as possíveis formas de prender o réu culpado que padece desta patologia e
passar. estas condições.
Como já discutimos, quando falamos em embriaguez patológica, fica sempre muito claro que se trata [[de
um problema]] mental, onde a ação de uma pessoa que ingere bebidas alcoólicas a deixa embriagada, até
privá-la da compreensão consciente de suas ações, o que o torna parcial ou completamente incapaz de
distinguir de transgressão. A lei penal deve entender que a embriaguez patológica é uma doença mental e
quando determina a incapacidade de toda a pessoa compreender a incorreção da verdade, torna-a
inocente e inclui em si a hipótese de absolvição, conforme confirmado no art. 26, do CP.

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57


CopySpider
https://copyspider.com.br/ Page 213 of 213

Além disso, vejamos que o paciente patológico quando comete um ato punível, dado o estado reduzido de
força, não é pego e terá uma pena reduzida. No caso da embriaguez patológica, pode ser tomada como
medida protetiva que é considerada uma isenção injusta, com uma pessoa completamente incapaz de
enxergar a realidade ilícita. No caso de privação parcial da consciência, a pena pode ser reduzida de um a
dois terços. A embriaguez causada pela doença não é evidenciada pelo laudo da psicóloga da área
criminal.
Com o objetivo de se posicionar como pesquisa moderna, foram trazidos à discussão os autores que
conseguem manter a uniformidade em seus estudos, com ideias que podem romper a questão do tempo e
se manterem atuais por muito tempo, para que no futuro pode ser uma inspiração para novos
pesquisadores que queiram usar esta pesquisa como um referencial teórico para suas novas pesquisas e
sua maneira de fazer as coisas. A busca por esses trabalhos será feita por meio de bases de dados
universitárias, sites especializados na publicação de artigos científicos e trabalhos já publicados que
atendam ao tema aqui proposto.
Fica claro, portanto, a relevância [[de se fazer]] um estudo minucioso acerca desta temática, que em meios
acadêmicos, ainda é pouco desenvolvida, em comparação ao tamanho de sua contribuição para a ciência
como um todo. Em cima desta visão, é esperado, ao fim da apresentação, que o trabalho consiga
desenvolver [[o debate e]] responder as questões aqui desenvolvidas com o auxílio de periódicos da área,
com o objetivo de sanar quaisquer dúvidas que o leitor pode ter acerca do tema.
Por fim, é preterido, também, que o trabalho se coloque na mesma mesa dos especialistas da área,
podendo servir futuramente como material teórico para novas pesquisas que queiram fazer uma
abordagem ainda mais profunda, onde poderia utilizar o presente trabalho para tal objetivo, com a
finalidade de trazer essas ideias para a discussão [[com a ajuda]] de periódicos da área que realizam
pesquisas detalhadas e científicas, para que no futuro, esse trabalho seja colocado na mesma mesa com
especialistas e também possam servir como inspiração para novos estudiosos que queiram trazer uma
nova abordagem e que possam usar este trabalho como referência teórica.

REFERÊNCIAS

Metodologia MatrizLimitações
Enzimática SalivaAnálise colorimétrica indireta (metabólitos)
EletroquímicaAr exaladoBaixa reprodutibilidade
Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização em ChamaSangueMatriz de difícil acesso

GravidadeValor Anterior R$Valor Reajustado/2016 R$


Leve53,2088,38
Média85,13130,16
Grave127,69195,23
Gravíssima

Relatório gerado por CopySpider Software 2023-04-01 11:44:57

Você também pode gostar