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Veja também:
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http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf (6863 termos)
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UNIVERSITÁRIO FAVENI
GOVERNADOR VALADARES, MG
2023
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista
em Gestão escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).
GOVERNADOR VALADARES, MG
2023
RESUMO- O objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor escolar nas unidades de ensino.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativo e do tipo de pesquisa bibliográfica, através
das seguintes bases de dados: Capes, Scielo e Scholar.google. Para a pesquisa na base de dados, foram
utilizados como descritores as seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar
. Diretor escolar. Na década de 80, em um contexto em que a sociedade buscava maior democratização, a
gestão democrática foi implantada com a publicação da Constituição Federal de 1988, representando um
marco importante para a democratização da educação. Através dos princípios estabelecidos na
Constituição, a gestão democrática no ensino público foi estabelecida. No entanto, é fundamental
mencionar os principais mecanismos de democracia no ambiente escolar, pois é por meio deles que a
democracia é concretizada, permitindo a abertura dos espaços escolares para diálogos, debates e
discussões. É importante destacar o papel do gestor escolar, que é o principal responsável por um sistema
de ensino democrático e possibilita a participação de todos os envolvidos no processo educacional.
1 INTRODUÇÃO
A participação é essencial para garantir a gestão democrática da escola, permitindo que profissionais e
usuários estejam envolvidos na tomada de decisões e no funcionamento da instituição. Além disso, ela
proporciona um maior entendimento dos objetivos, metas e estrutura organizacional da escola,
fortalecendo as relações com a comunidade e promovendo uma maior aproximação entre professores,
alunos e pais.
A gestão escolar passou por transformações significativas a partir da década de 80, impulsionada pelos
movimentos que buscavam a abertura política do país. Essas mudanças não se limitaram apenas à
terminologia utilizada, mas trouxeram consigo a valorização da descentralização e da participação
consciente e esclarecida das pessoas nas decisões relacionadas ao seu trabalho no campo da educação.
Diante do contexto da participação democrática proposta pela Constituição Federal de 1988, que afirma a
necessidade de democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo
aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, verifica-
se que essa proposta não é cumprida ou realizada de forma adequada na escola, o que contribui para o
isolamento da comunidade escolar nas ações da instituição.
No entanto, é importante ressaltar que a gestão democrática escolar é intrinsecamente ligada aos
principais mecanismos de democracia no âmbito escolar. Através desses mecanismos, é possível
materializar a democracia, uma vez que eles permitem a abertura dos espaços escolares para diálogos,
debates e discussões. Dentre esses mecanismos, destacam-se as eleições de diretores, a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, os conselhos escolares e a participação da comunidade escolar. Esses
mecanismos são fundamentais no processo de democratização da educação (ALVES, 2019, p. 37).
Na gestão democrática, o gestor escolar ou diretor tem o importante papel de promover a ruptura,
possibilitando que todos os envolvidos assumam suas funções de forma autônoma, exercendo a
responsabilidade individual e coletiva. Além disso, é fundamental que ele promova a participação de todos
na tomada de decisões, considerando sempre a perspectiva humana e humanizada.
Diante do exposto, o presente estudo possui o seguinte problema de pesquisa: Quais as atribuições do
diretor escolar nas unidades de ensino? Assim, o objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor
escolar nas unidades de ensino. Para a pesquisa na base de dados, foram utilizados como descritores as
seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.
O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo refere-se a um breve histórico da gestão
democrática no país e as principais legislações que abordam o tema. O segundo capítulo aborda o papel
do gestor escolar nas unidades de ensino e suas principais funções nesse contexto escolar.
A história educacional do Brasil teve início no ano de 1549, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, que vieram com a missão evangelizar e alfabetizar os
moradores da então colônia de Portugal. No entanto, no ano de 1759 os jesuítas foram expulsos do país e
a educação brasileira passou por mudanças consideráveis com a chegado de Marquês de Pombal, que
instituiu a Reforma Pombalina e substituiu o sistema de ensino implantado pelos jesuítas (CARVALHO,
2017,p.23).
Somente na década de 30, que a educação passou por uma expansão, embora fosse destinada apenas à
elite do país e seus filhos, mesmo que a Constituição de 1934 houvesse estabelecido a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário nas escolas. Sendo assim, não houve nessa época uma preocupação
em relação a qualidade do ensino ministrado, pois a prática pedagógica era importada da Europa e o
professor precisa apenas aplicar o modelo europeu em sala de aula.
Entre as décadas de 1960 a 1980 profissionais da educação e a sociedade reivindicavam uma renovação
pedagógica nas escolas públicas do país, por isso, o tema democratização da gestão escolar foi pauta de
muitas discussões e debates pedagógicos, tanto no setor público quanto no setor privado. Diante disso, o
novo cenário de organização social e política foi responsável por provocar mudanças significativas nos
diversos setores da sociedade, inclusive na educação.
A Gestão democrática remonta ao final dos anos 1980, período no qual o Brasil entrava em um processo
de redemocratização e iniciava um novo modelo de sociedade, pautado na participação popular após vinte
anos presos pelas amarras da ditadura militar. Assim, a derrubada do regime militar e a decorrente
retomada da democracia foram coroadas com o advento da Constituição Federal de 1988, também
conhecida como ?Constituição Cidadã?.
Por meio do seu artigo Art. 206, inciso VI, a também conhecida como ?Constituição Cidadã?, cita os sete
princípios a serem observados e necessários para se ministrar o ensino no país e consagra o princípio da
?gestão democrática do ensino público?, como um dos princípios essenciais ao compartilhamento das
ações educativas para melhorias na educação brasileira.
A Carta Magna de 1988 dispõe que:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988 grifo nosso)
O texto constitucional por meio dos princípios elencados, solidificam a educação nacional e estabelece o
direito e o dever da participação de todos que atuam nos sistemas de ensino e nas escolas públicas,
independentemente da situação social e cultural desses. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 é
fruto da luta de movimentos sociais e educadores pela democratização da sociedade e da escola pública
brasileira, por meio da participação da coletividade na gestão educacional e na construção de políticas
públicas para melhorias no ensino.
A redemocratização da educação como se deu frente às políticas públicas junto ao estado nos anos 90,
possibilitaram novos olhares no setor educacional brasileiro. Ao refletir acerca das políticas educacionais
nos leva a compreender as prioridades e compromissos que moldaram nosso contexto educacional. No
contexto das transformações e intervenções estatais, o texto constitucional de 1988, baseado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) n° 9.394/96, atribui ao Ministério da Educação (MEC),
como órgão da União, a responsabilidade de coordenar a política nacional de educação e promover
articulações nos diferentes níveis de ensino.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 é outro documento importante para os
avanços da gestão democrática escolar, pois estabeleceu e regulamentou as diretrizes gerais para a
educação, os sistemas de ensino e os princípios elencados na Constituição Federal de 1988, inclusive, de
gestão democrática. Em seu artigo 18 define a gestão escolar democrática por meio de seus princípios
contemplados.
]O texto aborda o processo de descentralização do poder como uma necessidade para a gestão escolar
democrática. Isso ocorre porque essa abordagem permite a participação de todos os sujeitos escolares,
como professores, alunos, comunidade, equipe pedagógica e outros profissionais, nas tomadas de
decisão. Segundo a autora Heloisa Luck (2000), há uma estreita relação entre descentralização,
democracia e autonomia.
implantação de procedimentos participativos. Por isso, destaca-se a importância de sua capacidade para
gerir pessoas e exercer influência para a efetivação dos objetivos educacionais. Nesse contexto, o gestor
escolar possui três funções básicas, a saber: administrativa, pedagógica e diretiva. (NESSLER, 2013,p
.10)
Na sua função administrativa, destaca-se a atividade de organização dos recursos físicos, financeiros e
materiais, com o objetivo de construir um ambiente favorável para o ensino e a aprendizagem. Além disso
, é fundamental ter a capacidade de gerenciar pessoas, pois, no contexto democrático atual, elas não
devem ser tratadas apenas como "recursos humanos", mas sim como participantes ativos e principais
responsáveis pela produtividade e qualidade da organização.
Portanto, a gestão de pessoas no ambiente escolar é uma prioridade para o gestor, visando alcançar os
objetivos de uma escola democrática, participativa e acessível a todos. É importante destacar que a
organização da escola deve levar em consideração as necessidades do ensino, dos professores e da
comunidade escolar, uma vez que o gestor também deve prestar contas sobre a utilização dos recursos.
Dessa forma, é fundamental que o diretor, em sua função pedagógica, envolva os membros da equipe
escolar e da comunidade em suas propostas de trabalho, com o objetivo de atender às demandas
educacionais. Nesse sentido, Luck (2009) destaca as principais responsabilidades do gestor na sua função
pedagógica.
Por fim, a função diretiva do gestor escolar preocupa-se com a efetivação da gestão democrática e a
participação da comunidade. Portanto, é essencial promover o engajamento da comunidade visando sua
participação e contribuição no ambiente educativo. Como líder máximo da instituição, é fundamental
priorizar um ambiente escolar baseado em relacionamentos saudáveis, através de uma liderança que
promova a integração. Isso depende, em grande parte, da capacidade do gestor em exercer sua função.
Compreende-se que o papel do gestor nas escolas públicas do país é amplo e de extrema relevância para
a efetivação da gestão democrática nas unidades de ensino. Por isso, é necessário que o gestor escolar
possua conhecimento técnico e habilidades para lidar com os diversos aspectos que podem comprometer
o bom funcionamento da escola nos relacionamentos, por meio de uma liderança que promova a
integração, que dependem em boa parte da capacidade de quem está exercendo a direção.
4 CONCLUSÃO
O objetivo deste estudo foi destacar as responsabilidades do diretor escolar nas unidades de ensino. Ao
longo do estudo, ficou evidente que o papel do gestor escolar evoluiu para atender às demandas
educacionais de cada período. A democratização do ensino é respaldada pela Constituição Federal de
1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei 9394/96, que determina que "os
sistemas de ensino estabelecerão as normas para a gestão democrática da educação pública na
educação básica." (BRASIL, 1996).
Portanto, no contexto da gestão democrática, o diretor escolar passou a ser chamado de gestor escolar e
tem a responsabilidade de basear suas ações na participação de todos nas decisões. Nesse sentido, é
incumbência dele pautar suas ações na participação de todos nas tomadas de decisão, tendo como
principais instrumentos de democracia, o projeto pedagógico e os Conselhos escolares.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira de TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas,
Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.
LÜCK, Heloísa. Concepções e Processos Democráticos de Gestão Educacional. Petrópolis, RJ. Editora
Vozes, 2012.
LÜCK, Heloísa. (Org.). Gestão escola e formação de gestores. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, 2000.
Disponível em:< folhaderosto.p65 (crmariocovas.sp.gov.br)> Acesso em: 22 set.2022.
LÜCK, Heloísa. A Evolução da Gestão Educacional a partir de Mudança Paradigmática. Revista Gestão
em Rede, no. 03, nov, 1997, p. 13-18 .Disponível em:< Microsoft Word - GestaoEscolar_02.doc (cedhap
.com.br)> Acesso em: 12 out.2023.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas
, Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.
MOZZER, Mônica César de. Recursos industriais à Gestão de pessoas: o ser humano em foco.
Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:< file:///C:/Users/Dell/Downloads
/K213673_unlocked%20(1).pdf> Acesso em: 08 out.2022.
SILVA, Fhelipe Emannuel Vicente da; CORREIA, Graciel Marques; SILVA, José Carlos dos Santos;
PEREIRA, Tatiana dos Santos; SANTOS, Mônica R. N. dos. Processo democrático na escola: a eleição de
diretores. In: Anais do Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca. 2015. Disponível em:<
PROCESSO DEMOCRÁTICO NA ESCOLA: A ELEIÇÃO DE DIRETORES | Silva | [TESTE] Anais do
Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca (ufal.br)> Acesso em: 22 set.2023.
SLENGMANN, Leila Ramos Pfeiffer; Melo, Maria Aparecida da Silva. A dimensão pedagógica no âmbito
da gestão escolar na perspectiva dos gestores das escolas da rede pública municipal de Criciuma-SC. v. 4
n. 1 (2020): Revista Saberes Pedagógicos .Disponível em:< Vista do A DIMENSÃO PEDAGÓGICA NO
ÂMBITO DA GESTÃO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DOS GESTORES DAS ESCOLAS DA REDE
PUBLICA MUNICIPAL DE CRICIUMA-SC (unesc.net)> Acesso em: 03out.2023.
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Arquivo 1: TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx (3020 termos)
Arquivo 2: https://www.gov.br/mec/pt-br/publicacoes-secretarias/semesp/diretrizes-nacionais-para-a-
educacao-especial-na-educacao-basica (1372 termos)
Termos comuns: 21
Similaridade: 0,48%
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secretarias/semesp/diretrizes-nacionais-para-a-educacao-especial-na-educacao-basica (1372 termos)
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UNIVERSITÁRIO FAVENI
GOVERNADOR VALADARES, MG
2023
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista
em Gestão escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).
GOVERNADOR VALADARES, MG
2023
RESUMO- O objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor escolar nas unidades de ensino.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativo e do tipo de pesquisa bibliográfica, através
das seguintes bases de dados: Capes, Scielo e Scholar.google. Para a pesquisa na base de dados, foram
utilizados como descritores as seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar
. Diretor escolar. Na década de 80, em um contexto em que a sociedade buscava maior democratização, a
gestão democrática foi implantada com a publicação da Constituição Federal de 1988, representando um
marco importante para a democratização da educação. Através dos princípios estabelecidos na
Constituição, a gestão democrática no ensino público foi estabelecida. No entanto, é fundamental
mencionar os principais mecanismos de democracia no ambiente escolar, pois é por meio deles que a
democracia é concretizada, permitindo a abertura dos espaços escolares para diálogos, debates e
discussões. É importante destacar o papel do gestor escolar, que é o principal responsável por um sistema
de ensino democrático e possibilita a participação de todos os envolvidos no processo educacional.
1 INTRODUÇÃO
A participação é essencial para garantir a gestão democrática da escola, permitindo que profissionais e
usuários estejam envolvidos na tomada de decisões e no funcionamento da instituição. Além disso, ela
proporciona um maior entendimento dos objetivos, metas e estrutura organizacional da escola,
fortalecendo as relações com a comunidade e promovendo uma maior aproximação entre professores,
alunos e pais.
A gestão escolar passou por transformações significativas a partir da década de 80, impulsionada pelos
movimentos que buscavam a abertura política do país. Essas mudanças não se limitaram apenas à
terminologia utilizada, mas trouxeram consigo a valorização da descentralização e da participação
consciente e esclarecida das pessoas nas decisões relacionadas ao seu trabalho no campo da educação.
Diante do contexto da participação democrática proposta pela Constituição Federal de 1988, que afirma a
necessidade de democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo
aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, verifica-
se que essa proposta não é cumprida ou realizada de forma adequada na escola, o que contribui para o
isolamento da comunidade escolar nas ações da instituição.
No entanto, é importante ressaltar que a gestão democrática escolar é intrinsecamente ligada aos
principais mecanismos de democracia no âmbito escolar. Através desses mecanismos, é possível
materializar a democracia, uma vez que eles permitem a abertura dos espaços escolares para diálogos,
debates e discussões. Dentre esses mecanismos, destacam-se as eleições de diretores, a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, os conselhos escolares e a participação da comunidade escolar. Esses
mecanismos são fundamentais no processo de democratização da educação (ALVES, 2019, p. 37).
Na gestão democrática, o gestor escolar ou diretor tem o importante papel de promover a ruptura,
possibilitando que todos os envolvidos assumam suas funções de forma autônoma, exercendo a
responsabilidade individual e coletiva. Além disso, é fundamental que ele promova a participação de todos
na tomada de decisões, considerando sempre a perspectiva humana e humanizada.
Diante do exposto, o presente estudo possui o seguinte problema de pesquisa: Quais as atribuições do
diretor escolar nas unidades de ensino? Assim, o objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor
escolar nas unidades de ensino. Para a pesquisa na base de dados, foram utilizados como descritores as
seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.
O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo refere-se a um breve histórico da gestão
democrática no país e as principais legislações que abordam o tema. O segundo capítulo aborda o papel
do gestor escolar nas unidades de ensino e suas principais funções nesse contexto escolar.
A história educacional do Brasil teve início no ano de 1549, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, que vieram com a missão evangelizar e alfabetizar os
moradores da então colônia de Portugal. No entanto, no ano de 1759 os jesuítas foram expulsos do país e
a educação brasileira passou por mudanças consideráveis com a chegado de Marquês de Pombal, que
instituiu a Reforma Pombalina e substituiu o sistema de ensino implantado pelos jesuítas (CARVALHO,
2017,p.23).
Somente na década de 30, que a educação passou por uma expansão, embora fosse destinada apenas à
elite do país e seus filhos, mesmo que a Constituição de 1934 houvesse estabelecido a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário nas escolas. Sendo assim, não houve nessa época uma preocupação
em relação a qualidade do ensino ministrado, pois a prática pedagógica era importada da Europa e o
professor precisa apenas aplicar o modelo europeu em sala de aula.
Entre as décadas de 1960 a 1980 profissionais da educação e a sociedade reivindicavam uma renovação
pedagógica nas escolas públicas do país, por isso, o tema democratização da gestão escolar foi pauta de
muitas discussões e debates pedagógicos, tanto no setor público quanto no setor privado. Diante disso, o
novo cenário de organização social e política foi responsável por provocar mudanças significativas nos
diversos setores da sociedade, inclusive na educação.
A Gestão democrática remonta ao final dos anos 1980, período no qual o Brasil entrava em um processo
de redemocratização e iniciava um novo modelo de sociedade, pautado na participação popular após vinte
anos presos pelas amarras da ditadura militar. Assim, a derrubada do regime militar e a decorrente
retomada da democracia foram coroadas com o advento da Constituição Federal de 1988, também
conhecida como ?Constituição Cidadã?.
Por meio do seu artigo Art. 206, inciso VI, a também conhecida como ?Constituição Cidadã?, cita os sete
princípios a serem observados e necessários para se ministrar o ensino no país e consagra o princípio da
?gestão democrática do ensino público?, como um dos princípios essenciais ao compartilhamento das
ações educativas para melhorias na educação brasileira.
A Carta Magna de 1988 dispõe que:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988 grifo nosso)
O texto constitucional por meio dos princípios elencados, solidificam a educação nacional e estabelece o
direito e o dever da participação de todos que atuam nos sistemas de ensino e nas escolas públicas,
independentemente da situação social e cultural desses. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 é
fruto da luta de movimentos sociais e educadores pela democratização da sociedade e da escola pública
brasileira, por meio da participação da coletividade na gestão educacional e na construção de políticas
públicas para melhorias no ensino.
A redemocratização da educação como se deu frente às políticas públicas junto ao estado nos anos 90,
possibilitaram novos olhares no setor educacional brasileiro. Ao refletir acerca das políticas educacionais
nos leva a compreender as prioridades e compromissos que moldaram nosso contexto educacional. No
contexto das transformações e intervenções estatais, o texto constitucional de 1988, baseado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) n° 9.394/96, atribui ao Ministério da Educação (MEC),
como órgão da União, a responsabilidade de coordenar a política nacional de educação e promover
articulações nos diferentes níveis de ensino.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 é outro documento importante para os
avanços da gestão democrática escolar, pois estabeleceu e regulamentou as diretrizes gerais para a
educação, os sistemas de ensino e os princípios elencados na Constituição Federal de 1988, inclusive, de
gestão democrática. Em seu artigo 18 define a gestão escolar democrática por meio de seus princípios
contemplados.
]O texto aborda o processo de descentralização do poder como uma necessidade para a gestão escolar
democrática. Isso ocorre porque essa abordagem permite a participação de todos os sujeitos escolares,
como professores, alunos, comunidade, equipe pedagógica e outros profissionais, nas tomadas de
decisão. Segundo a autora Heloisa Luck (2000), há uma estreita relação entre descentralização,
democracia e autonomia.
autonomia do autoritarismo local. Por outro lado, ainda, observa-se o esforço de alguns sistemas de
ensino, no sentido de desenvolver nas escolas os conceitos de democratização e autonomia, de modo
centralizado, o que implica uma contradição paradigmática muito comum, que faz com que os esforços se
anulem. (LUCK, 2000, p.17).
O diretor desempenha um papel fundamental na gestão democrática, pois ele pode dificultar ou facilitar a
implantação de procedimentos participativos. Por isso, destaca-se a importância de sua capacidade para
gerir pessoas e exercer influência para a efetivação dos objetivos educacionais. Nesse contexto, o gestor
escolar possui três funções básicas, a saber: administrativa, pedagógica e diretiva. (NESSLER, 2013,p
.10)
Na sua função administrativa, destaca-se a atividade de organização dos recursos físicos, financeiros e
materiais, com o objetivo de construir um ambiente favorável para o ensino e a aprendizagem. Além disso
, é fundamental ter a capacidade de gerenciar pessoas, pois, no contexto democrático atual, elas não
devem ser tratadas apenas como "recursos humanos", mas sim como participantes ativos e principais
responsáveis pela produtividade e qualidade da organização.
Portanto, a gestão de pessoas no ambiente escolar é uma prioridade para o gestor, visando alcançar os
objetivos de uma escola democrática, participativa e acessível a todos. É importante destacar que a
organização da escola deve levar em consideração as necessidades do ensino, dos professores e da
comunidade escolar, uma vez que o gestor também deve prestar contas sobre a utilização dos recursos.
Dessa forma, é fundamental que o diretor, em sua função pedagógica, envolva os membros da equipe
escolar e da comunidade em suas propostas de trabalho, com o objetivo de atender às demandas
educacionais. Nesse sentido, Luck (2009) destaca as principais responsabilidades do gestor na sua função
pedagógica.
Por fim, a função diretiva do gestor escolar preocupa-se com a efetivação da gestão democrática e a
participação da comunidade. Portanto, é essencial promover o engajamento da comunidade visando sua
participação e contribuição no ambiente educativo. Como líder máximo da instituição, é fundamental
priorizar um ambiente escolar baseado em relacionamentos saudáveis, através de uma liderança que
promova a integração. Isso depende, em grande parte, da capacidade do gestor em exercer sua função.
Compreende-se que o papel do gestor nas escolas públicas do país é amplo e de extrema relevância para
a efetivação da gestão democrática nas unidades de ensino. Por isso, é necessário que o gestor escolar
possua conhecimento técnico e habilidades para lidar com os diversos aspectos que podem comprometer
o bom funcionamento da escola nos relacionamentos, por meio de uma liderança que promova a
integração, que dependem em boa parte da capacidade de quem está exercendo a direção.
4 CONCLUSÃO
O objetivo deste estudo foi destacar as responsabilidades do diretor escolar nas unidades de ensino. Ao
longo do estudo, ficou evidente que o papel do gestor escolar evoluiu para atender às demandas
educacionais de cada período. A democratização do ensino é respaldada pela Constituição Federal de
1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei 9394/96, que determina que "os
sistemas de ensino estabelecerão as normas para a gestão democrática da educação pública na
educação básica." (BRASIL, 1996).
Portanto, no contexto da gestão democrática, o diretor escolar passou a ser chamado de gestor escolar e
tem a responsabilidade de basear suas ações na participação de todos nas decisões. Nesse sentido, é
incumbência dele pautar suas ações na participação de todos nas tomadas de decisão, tendo como
principais instrumentos de democracia, o projeto pedagógico e os Conselhos escolares.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira de TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas,
Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.
LÜCK, Heloísa. Concepções e Processos Democráticos de Gestão Educacional. Petrópolis, RJ. Editora
Vozes, 2012.
LÜCK, Heloísa. (Org.). Gestão escola e formação de gestores. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, 2000.
Disponível em:< folhaderosto.p65 (crmariocovas.sp.gov.br)> Acesso em: 22 set.2022.
LÜCK, Heloísa. A Evolução da Gestão Educacional a partir de Mudança Paradigmática. Revista Gestão
em Rede, no. 03, nov, 1997, p. 13-18 .Disponível em:< Microsoft Word - GestaoEscolar_02.doc (cedhap
.com.br)> Acesso em: 12 out.2023.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas
, Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.
MOZZER, Mônica César de. Recursos industriais à Gestão de pessoas: o ser humano em foco.
Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:< file:///C:/Users/Dell/Downloads
/K213673_unlocked%20(1).pdf> Acesso em: 08 out.2022.
SILVA, Fhelipe Emannuel Vicente da; CORREIA, Graciel Marques; SILVA, José Carlos dos Santos;
PEREIRA, Tatiana dos Santos; SANTOS, Mônica R. N. dos. Processo democrático na escola: a eleição de
diretores. In: Anais do Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca. 2015. Disponível em:<
PROCESSO DEMOCRÁTICO NA ESCOLA: A ELEIÇÃO DE DIRETORES | Silva | [TESTE] Anais do
Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca (ufal.br)> Acesso em: 22 set.2023.
SLENGMANN, Leila Ramos Pfeiffer; Melo, Maria Aparecida da Silva. A dimensão pedagógica no âmbito
da gestão escolar na perspectiva dos gestores das escolas da rede pública municipal de Criciuma-SC. v. 4
n. 1 (2020): Revista Saberes Pedagógicos .Disponível em:< Vista do A DIMENSÃO PEDAGÓGICA NO
ÂMBITO DA GESTÃO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DOS GESTORES DAS ESCOLAS DA REDE
PUBLICA MUNICIPAL DE CRICIUMA-SC (unesc.net)> Acesso em: 03out.2023.
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termos)
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UNIVERSITÁRIO FAVENI
GOVERNADOR VALADARES, MG
2023
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista
em Gestão escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).
GOVERNADOR VALADARES, MG
2023
RESUMO- O objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor escolar nas unidades de ensino.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativo e do tipo de pesquisa bibliográfica, através
das seguintes bases de dados: Capes, Scielo e Scholar.google. Para a pesquisa na base de dados, foram
utilizados como descritores as seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar
. Diretor escolar. Na década de 80, em um contexto em que a sociedade buscava maior democratização, a
gestão democrática foi implantada com a publicação da Constituição Federal de 1988, representando um
marco importante para a democratização da educação. Através dos princípios estabelecidos na
Constituição, a gestão democrática no ensino público foi estabelecida. No entanto, é fundamental
mencionar os principais mecanismos de democracia no ambiente escolar, pois é por meio deles que a
democracia é concretizada, permitindo a abertura dos espaços escolares para diálogos, debates e
discussões. É importante destacar o papel do gestor escolar, que é o principal responsável por um sistema
de ensino democrático e possibilita a participação de todos os envolvidos no processo educacional.
1 INTRODUÇÃO
A participação é essencial para garantir a gestão democrática da escola, permitindo que profissionais e
usuários estejam envolvidos na tomada de decisões e no funcionamento da instituição. Além disso, ela
proporciona um maior entendimento dos objetivos, metas e estrutura organizacional da escola,
fortalecendo as relações com a comunidade e promovendo uma maior aproximação entre professores,
alunos e pais.
A gestão escolar passou por transformações significativas a partir da década de 80, impulsionada pelos
movimentos que buscavam a abertura política do país. Essas mudanças não se limitaram apenas à
terminologia utilizada, mas trouxeram consigo a valorização da descentralização e da participação
consciente e esclarecida das pessoas nas decisões relacionadas ao seu trabalho no campo da educação.
Diante do contexto da participação democrática proposta pela Constituição Federal de 1988, que afirma a
necessidade de democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo
aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, verifica-
se que essa proposta não é cumprida ou realizada de forma adequada na escola, o que contribui para o
isolamento da comunidade escolar nas ações da instituição.
No entanto, é importante ressaltar que a gestão democrática escolar é intrinsecamente ligada aos
principais mecanismos de democracia no âmbito escolar. Através desses mecanismos, é possível
materializar a democracia, uma vez que eles permitem a abertura dos espaços escolares para diálogos,
debates e discussões. Dentre esses mecanismos, destacam-se as eleições de diretores, a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, os conselhos escolares e a participação da comunidade escolar. Esses
mecanismos são fundamentais no processo de democratização da educação (ALVES, 2019, p. 37).
Na gestão democrática, o gestor escolar ou diretor tem o importante papel de promover a ruptura,
possibilitando que todos os envolvidos assumam suas funções de forma autônoma, exercendo a
responsabilidade individual e coletiva. Além disso, é fundamental que ele promova a participação de todos
na tomada de decisões, considerando sempre a perspectiva humana e humanizada.
Diante do exposto, o presente estudo possui o seguinte problema de pesquisa: Quais as atribuições do
diretor escolar nas unidades de ensino? Assim, o objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor
escolar nas unidades de ensino. Para a pesquisa na base de dados, foram utilizados como descritores as
seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.
O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo refere-se a um breve histórico da gestão
democrática no país e as principais legislações que abordam o tema. O segundo capítulo aborda o papel
do gestor escolar nas unidades de ensino e suas principais funções nesse contexto escolar.
A história educacional do Brasil teve início no ano de 1549, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, que vieram com a missão evangelizar e alfabetizar os
moradores da então colônia de Portugal. No entanto, no ano de 1759 os jesuítas foram expulsos do país e
a educação brasileira passou por mudanças consideráveis com a chegado de Marquês de Pombal, que
instituiu a Reforma Pombalina e substituiu o sistema de ensino implantado pelos jesuítas (CARVALHO,
2017,p.23).
Somente na década de 30, que a educação passou por uma expansão, embora fosse destinada apenas à
elite do país e seus filhos, mesmo que a Constituição de 1934 houvesse estabelecido a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário nas escolas. Sendo assim, não houve nessa época uma preocupação
em relação a qualidade do ensino ministrado, pois a prática pedagógica era importada da Europa e o
professor precisa apenas aplicar o modelo europeu em sala de aula.
Entre as décadas de 1960 a 1980 profissionais da educação e a sociedade reivindicavam uma renovação
pedagógica nas escolas públicas do país, por isso, o tema democratização da gestão escolar foi pauta de
muitas discussões e debates pedagógicos, tanto no setor público quanto no setor privado. Diante disso, o
novo cenário de organização social e política foi responsável por provocar mudanças significativas nos
diversos setores da sociedade, inclusive na educação.
A Gestão democrática remonta ao final dos anos 1980, período no qual o Brasil entrava em um processo
de redemocratização e iniciava um novo modelo de sociedade, pautado na participação popular após vinte
anos presos pelas amarras da ditadura militar. Assim, a derrubada do regime militar e a decorrente
retomada da democracia foram coroadas com o advento da Constituição Federal de 1988, também
conhecida como ?Constituição Cidadã?.
Por meio do seu artigo Art. 206, inciso VI, a também conhecida como ?Constituição Cidadã?, cita os sete
princípios a serem observados e necessários para se ministrar o ensino no país e consagra o princípio da
?gestão democrática do ensino público?, como um dos princípios essenciais ao compartilhamento das
ações educativas para melhorias na educação brasileira.
A Carta Magna de 1988 dispõe que:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988 grifo nosso)
O texto constitucional por meio dos princípios elencados, solidificam a educação nacional e estabelece o
direito e o dever da participação de todos que atuam nos sistemas de ensino e nas escolas públicas,
independentemente da situação social e cultural desses. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 é
fruto da luta de movimentos sociais e educadores pela democratização da sociedade e da escola pública
brasileira, por meio da participação da coletividade na gestão educacional e na construção de políticas
públicas para melhorias no ensino.
A redemocratização da educação como se deu frente às políticas públicas junto ao estado nos anos 90,
possibilitaram novos olhares no setor educacional brasileiro. Ao refletir acerca das políticas educacionais
nos leva a compreender as prioridades e compromissos que moldaram nosso contexto educacional. No
contexto das transformações e intervenções estatais, o texto constitucional de 1988, baseado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) n° 9.394/96, atribui ao Ministério da Educação (MEC),
como órgão da União, a responsabilidade de coordenar a política nacional de educação e promover
articulações nos diferentes níveis de ensino.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 é outro documento importante para os
avanços da gestão democrática escolar, pois estabeleceu e regulamentou as diretrizes gerais para a
educação, os sistemas de ensino e os princípios elencados na Constituição Federal de 1988, inclusive, de
gestão democrática. Em seu artigo 18 define a gestão escolar democrática por meio de seus princípios
contemplados.
]O texto aborda o processo de descentralização do poder como uma necessidade para a gestão escolar
democrática. Isso ocorre porque essa abordagem permite a participação de todos os sujeitos escolares,
como professores, alunos, comunidade, equipe pedagógica e outros profissionais, nas tomadas de
decisão. Segundo a autora Heloisa Luck (2000), há uma estreita relação entre descentralização,
democracia e autonomia.
implantação de procedimentos participativos. Por isso, destaca-se a importância de sua capacidade para
gerir pessoas e exercer influência para a efetivação dos objetivos educacionais. Nesse contexto, o gestor
escolar possui três funções básicas, a saber: administrativa, pedagógica e diretiva. (NESSLER, 2013,p
.10)
Na sua função administrativa, destaca-se a atividade de organização dos recursos físicos, financeiros e
materiais, com o objetivo de construir um ambiente favorável para o ensino e a aprendizagem. Além disso
, é fundamental ter a capacidade de gerenciar pessoas, pois, no contexto democrático atual, elas não
devem ser tratadas apenas como "recursos humanos", mas sim como participantes ativos e principais
responsáveis pela produtividade e qualidade da organização.
Portanto, a gestão de pessoas no ambiente escolar é uma prioridade para o gestor, visando alcançar os
objetivos de uma escola democrática, participativa e acessível a todos. É importante destacar que a
organização da escola deve levar em consideração as necessidades do ensino, dos professores e da
comunidade escolar, uma vez que o gestor também deve prestar contas sobre a utilização dos recursos.
Dessa forma, é fundamental que o diretor, em sua função pedagógica, envolva os membros da equipe
escolar e da comunidade em suas propostas de trabalho, com o objetivo de atender às demandas
educacionais. Nesse sentido, Luck (2009) destaca as principais responsabilidades do gestor na sua função
pedagógica.
Por fim, a função diretiva do gestor escolar preocupa-se com a efetivação da gestão democrática e a
participação da comunidade. Portanto, é essencial promover o engajamento da comunidade visando sua
participação e contribuição no ambiente educativo. Como líder máximo da instituição, é fundamental
priorizar um ambiente escolar baseado em relacionamentos saudáveis, através de uma liderança que
promova a integração. Isso depende, em grande parte, da capacidade do gestor em exercer sua função.
Compreende-se que o papel do gestor nas escolas públicas do país é amplo e de extrema relevância para
a efetivação da gestão democrática nas unidades de ensino. Por isso, é necessário que o gestor escolar
possua conhecimento técnico e habilidades para lidar com os diversos aspectos que podem comprometer
o bom funcionamento da escola nos relacionamentos, por meio de uma liderança que promova a
integração, que dependem em boa parte da capacidade de quem está exercendo a direção.
4 CONCLUSÃO
O objetivo deste estudo foi destacar as responsabilidades do diretor escolar nas unidades de ensino. Ao
longo do estudo, ficou evidente que o papel do gestor escolar evoluiu para atender às demandas
educacionais de cada período. A democratização do ensino é respaldada pela Constituição Federal de
1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei 9394/96, que determina que "os
sistemas de ensino estabelecerão as normas para a gestão democrática da educação pública na
educação básica." (BRASIL, 1996).
Portanto, no contexto da gestão democrática, o diretor escolar passou a ser chamado de gestor escolar e
tem a responsabilidade de basear suas ações na participação de todos nas decisões. Nesse sentido, é
incumbência dele pautar suas ações na participação de todos nas tomadas de decisão, tendo como
principais instrumentos de democracia, o projeto pedagógico e os Conselhos escolares.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira de TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas,
Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.
LÜCK, Heloísa. Concepções e Processos Democráticos de Gestão Educacional. Petrópolis, RJ. Editora
Vozes, 2012.
LÜCK, Heloísa. (Org.). Gestão escola e formação de gestores. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, 2000.
Disponível em:< folhaderosto.p65 (crmariocovas.sp.gov.br)> Acesso em: 22 set.2022.
LÜCK, Heloísa. A Evolução da Gestão Educacional a partir de Mudança Paradigmática. Revista Gestão
em Rede, no. 03, nov, 1997, p. 13-18 .Disponível em:< Microsoft Word - GestaoEscolar_02.doc (cedhap
.com.br)> Acesso em: 12 out.2023.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas
, Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.
MOZZER, Mônica César de. Recursos industriais à Gestão de pessoas: o ser humano em foco.
Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:< file:///C:/Users/Dell/Downloads
/K213673_unlocked%20(1).pdf> Acesso em: 08 out.2022.
SILVA, Fhelipe Emannuel Vicente da; CORREIA, Graciel Marques; SILVA, José Carlos dos Santos;
PEREIRA, Tatiana dos Santos; SANTOS, Mônica R. N. dos. Processo democrático na escola: a eleição de
diretores. In: Anais do Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca. 2015. Disponível em:<
PROCESSO DEMOCRÁTICO NA ESCOLA: A ELEIÇÃO DE DIRETORES | Silva | [TESTE] Anais do
Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca (ufal.br)> Acesso em: 22 set.2023.
SLENGMANN, Leila Ramos Pfeiffer; Melo, Maria Aparecida da Silva. A dimensão pedagógica no âmbito
da gestão escolar na perspectiva dos gestores das escolas da rede pública municipal de Criciuma-SC. v. 4
n. 1 (2020): Revista Saberes Pedagógicos .Disponível em:< Vista do A DIMENSÃO PEDAGÓGICA NO
ÂMBITO DA GESTÃO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DOS GESTORES DAS ESCOLAS DA REDE
PUBLICA MUNICIPAL DE CRICIUMA-SC (unesc.net)> Acesso em: 03out.2023.
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UNIVERSITÁRIO FAVENI
GOVERNADOR VALADARES, MG
2023
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista
em Gestão escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).
GOVERNADOR VALADARES, MG
2023
RESUMO- O objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor escolar nas unidades de ensino.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativo e do tipo de pesquisa bibliográfica, através
das seguintes bases de dados: Capes, Scielo e Scholar.google. Para a pesquisa na base de dados, foram
utilizados como descritores as seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar
. Diretor escolar. Na década de 80, em um contexto em que a sociedade buscava maior democratização, a
gestão democrática foi implantada com a publicação da Constituição Federal de 1988, representando um
marco importante para a democratização da educação. Através dos princípios estabelecidos na
Constituição, a gestão democrática no ensino público foi estabelecida. No entanto, é fundamental
mencionar os principais mecanismos de democracia no ambiente escolar, pois é por meio deles que a
democracia é concretizada, permitindo a abertura dos espaços escolares para diálogos, debates e
discussões. É importante destacar o papel do gestor escolar, que é o principal responsável por um sistema
de ensino democrático e possibilita a participação de todos os envolvidos no processo educacional.
1 INTRODUÇÃO
A participação é essencial para garantir a gestão democrática da escola, permitindo que profissionais e
usuários estejam envolvidos na tomada de decisões e no funcionamento da instituição. Além disso, ela
proporciona um maior entendimento dos objetivos, metas e estrutura organizacional da escola,
fortalecendo as relações com a comunidade e promovendo uma maior aproximação entre professores,
alunos e pais.
A gestão escolar passou por transformações significativas a partir da década de 80, impulsionada pelos
movimentos que buscavam a abertura política do país. Essas mudanças não se limitaram apenas à
terminologia utilizada, mas trouxeram consigo a valorização da descentralização e da participação
consciente e esclarecida das pessoas nas decisões relacionadas ao seu trabalho no campo da educação.
Diante do contexto da participação democrática proposta pela Constituição Federal de 1988, que afirma a
necessidade de democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo
aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, verifica-
se que essa proposta não é cumprida ou realizada de forma adequada na escola, o que contribui para o
isolamento da comunidade escolar nas ações da instituição.
No entanto, é importante ressaltar que a gestão democrática escolar é intrinsecamente ligada aos
principais mecanismos de democracia no âmbito escolar. Através desses mecanismos, é possível
materializar a democracia, uma vez que eles permitem a abertura dos espaços escolares para diálogos,
debates e discussões. Dentre esses mecanismos, destacam-se as eleições de diretores, a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, os conselhos escolares e a participação da comunidade escolar. Esses
mecanismos são fundamentais no processo de democratização da educação (ALVES, 2019, p. 37).
Na gestão democrática, o gestor escolar ou diretor tem o importante papel de promover a ruptura,
possibilitando que todos os envolvidos assumam suas funções de forma autônoma, exercendo a
responsabilidade individual e coletiva. Além disso, é fundamental que ele promova a participação de todos
na tomada de decisões, considerando sempre a perspectiva humana e humanizada.
Diante do exposto, o presente estudo possui o seguinte problema de pesquisa: Quais as atribuições do
diretor escolar nas unidades de ensino? Assim, o objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor
escolar nas unidades de ensino. Para a pesquisa na base de dados, foram utilizados como descritores as
seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.
O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo refere-se a um breve histórico da gestão
democrática no país e as principais legislações que abordam o tema. O segundo capítulo aborda o papel
do gestor escolar nas unidades de ensino e suas principais funções nesse contexto escolar.
A história educacional do Brasil teve início no ano de 1549, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, que vieram com a missão evangelizar e alfabetizar os
moradores da então colônia de Portugal. No entanto, no ano de 1759 os jesuítas foram expulsos do país e
a educação brasileira passou por mudanças consideráveis com a chegado de Marquês de Pombal, que
instituiu a Reforma Pombalina e substituiu o sistema de ensino implantado pelos jesuítas (CARVALHO,
2017,p.23).
Somente na década de 30, que a educação passou por uma expansão, embora fosse destinada apenas à
elite do país e seus filhos, mesmo que a Constituição de 1934 houvesse estabelecido a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário nas escolas. Sendo assim, não houve nessa época uma preocupação
em relação a qualidade do ensino ministrado, pois a prática pedagógica era importada da Europa e o
professor precisa apenas aplicar o modelo europeu em sala de aula.
Entre as décadas de 1960 a 1980 profissionais da educação e a sociedade reivindicavam uma renovação
pedagógica nas escolas públicas do país, por isso, o tema democratização da gestão escolar foi pauta de
muitas discussões e debates pedagógicos, tanto no setor público quanto no setor privado. Diante disso, o
novo cenário de organização social e política foi responsável por provocar mudanças significativas nos
diversos setores da sociedade, inclusive na educação.
A Gestão democrática remonta ao final dos anos 1980, período no qual o Brasil entrava em um processo
de redemocratização e iniciava um novo modelo de sociedade, pautado na participação popular após vinte
anos presos pelas amarras da ditadura militar. Assim, a derrubada do regime militar e a decorrente
retomada da democracia foram coroadas com o advento da Constituição Federal de 1988, também
conhecida como ?Constituição Cidadã?.
Por meio do seu artigo Art. 206, inciso VI, a também conhecida como ?Constituição Cidadã?, cita os sete
princípios a serem observados e necessários para se ministrar o ensino no país e consagra o princípio da
?gestão democrática do ensino público?, como um dos princípios essenciais ao compartilhamento das
ações educativas para melhorias na educação brasileira.
A Carta Magna de 1988 dispõe que:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988 grifo nosso)
O texto constitucional por meio dos princípios elencados, solidificam a educação nacional e estabelece o
direito e o dever da participação de todos que atuam nos sistemas de ensino e nas escolas públicas,
independentemente da situação social e cultural desses. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 é
fruto da luta de movimentos sociais e educadores pela democratização da sociedade e da escola pública
brasileira, por meio da participação da coletividade na gestão educacional e na construção de políticas
públicas para melhorias no ensino.
A redemocratização da educação como se deu frente às políticas públicas junto ao estado nos anos 90,
possibilitaram novos olhares no setor educacional brasileiro. Ao refletir acerca das políticas educacionais
nos leva a compreender as prioridades e compromissos que moldaram nosso contexto educacional. No
contexto das transformações e intervenções estatais, o texto constitucional de 1988, baseado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) n° 9.394/96, atribui ao Ministério da Educação (MEC),
como órgão da União, a responsabilidade de coordenar a política nacional de educação e promover
articulações nos diferentes níveis de ensino.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 é outro documento importante para os
avanços da gestão democrática escolar, pois estabeleceu e regulamentou as diretrizes gerais para a
educação, os sistemas de ensino e os princípios elencados na Constituição Federal de 1988, inclusive, de
gestão democrática. Em seu artigo 18 define a gestão escolar democrática por meio de seus princípios
contemplados.
]O texto aborda o processo de descentralização do poder como uma necessidade para a gestão escolar
democrática. Isso ocorre porque essa abordagem permite a participação de todos os sujeitos escolares,
como professores, alunos, comunidade, equipe pedagógica e outros profissionais, nas tomadas de
decisão. Segundo a autora Heloisa Luck (2000), há uma estreita relação entre descentralização,
democracia e autonomia.
implantação de procedimentos participativos. Por isso, destaca-se a importância de sua capacidade para
gerir pessoas e exercer influência para a efetivação dos objetivos educacionais. Nesse contexto, o gestor
escolar possui três funções básicas, a saber: administrativa, pedagógica e diretiva. (NESSLER, 2013,p
.10)
Na sua função administrativa, destaca-se a atividade de organização dos recursos físicos, financeiros e
materiais, com o objetivo de construir um ambiente favorável para o ensino e a aprendizagem. Além disso
, é fundamental ter a capacidade de gerenciar pessoas, pois, no contexto democrático atual, elas não
devem ser tratadas apenas como "recursos humanos", mas sim como participantes ativos e principais
responsáveis pela produtividade e qualidade da organização.
Portanto, a gestão de pessoas no ambiente escolar é uma prioridade para o gestor, visando alcançar os
objetivos de uma escola democrática, participativa e acessível a todos. É importante destacar que a
organização da escola deve levar em consideração as necessidades do ensino, dos professores e da
comunidade escolar, uma vez que o gestor também deve prestar contas sobre a utilização dos recursos.
Dessa forma, é fundamental que o diretor, em sua função pedagógica, envolva os membros da equipe
escolar e da comunidade em suas propostas de trabalho, com o objetivo de atender às demandas
educacionais. Nesse sentido, Luck (2009) destaca as principais responsabilidades do gestor na sua função
pedagógica.
Por fim, a função diretiva do gestor escolar preocupa-se com a efetivação da gestão democrática e a
participação da comunidade. Portanto, é essencial promover o engajamento da comunidade visando sua
participação e contribuição no ambiente educativo. Como líder máximo da instituição, é fundamental
priorizar um ambiente escolar baseado em relacionamentos saudáveis, através de uma liderança que
promova a integração. Isso depende, em grande parte, da capacidade do gestor em exercer sua função.
Compreende-se que o papel do gestor nas escolas públicas do país é amplo e de extrema relevância para
a efetivação da gestão democrática nas unidades de ensino. Por isso, é necessário que o gestor escolar
possua conhecimento técnico e habilidades para lidar com os diversos aspectos que podem comprometer
o bom funcionamento da escola nos relacionamentos, por meio de uma liderança que promova a
integração, que dependem em boa parte da capacidade de quem está exercendo a direção.
4 CONCLUSÃO
O objetivo deste estudo foi destacar as responsabilidades do diretor escolar nas unidades de ensino. Ao
longo do estudo, ficou evidente que o papel do gestor escolar evoluiu para atender às demandas
educacionais de cada período. A democratização do ensino é respaldada pela Constituição Federal de
1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei 9394/96, que determina que "os
sistemas de ensino estabelecerão as normas para a gestão democrática da educação pública na
educação básica." (BRASIL, 1996).
Portanto, no contexto da gestão democrática, o diretor escolar passou a ser chamado de gestor escolar e
tem a responsabilidade de basear suas ações na participação de todos nas decisões. Nesse sentido, é
incumbência dele pautar suas ações na participação de todos nas tomadas de decisão, tendo como
principais instrumentos de democracia, o projeto pedagógico e os Conselhos escolares.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira de TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas,
Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.
LÜCK, Heloísa. Concepções e Processos Democráticos de Gestão Educacional. Petrópolis, RJ. Editora
Vozes, 2012.
LÜCK, Heloísa. (Org.). Gestão escola e formação de gestores. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, 2000.
Disponível em:< folhaderosto.p65 (crmariocovas.sp.gov.br)> Acesso em: 22 set.2022.
LÜCK, Heloísa. A Evolução da Gestão Educacional a partir de Mudança Paradigmática. Revista Gestão
em Rede, no. 03, nov, 1997, p. 13-18 .Disponível em:< Microsoft Word - GestaoEscolar_02.doc (cedhap
.com.br)> Acesso em: 12 out.2023.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas
, Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.
MOZZER, Mônica César de. Recursos industriais à Gestão de pessoas: o ser humano em foco.
Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:< file:///C:/Users/Dell/Downloads
/K213673_unlocked%20(1).pdf> Acesso em: 08 out.2022.
SILVA, Fhelipe Emannuel Vicente da; CORREIA, Graciel Marques; SILVA, José Carlos dos Santos;
PEREIRA, Tatiana dos Santos; SANTOS, Mônica R. N. dos. Processo democrático na escola: a eleição de
diretores. In: Anais do Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca. 2015. Disponível em:<
PROCESSO DEMOCRÁTICO NA ESCOLA: A ELEIÇÃO DE DIRETORES | Silva | [TESTE] Anais do
Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca (ufal.br)> Acesso em: 22 set.2023.
SLENGMANN, Leila Ramos Pfeiffer; Melo, Maria Aparecida da Silva. A dimensão pedagógica no âmbito
da gestão escolar na perspectiva dos gestores das escolas da rede pública municipal de Criciuma-SC. v. 4
n. 1 (2020): Revista Saberes Pedagógicos .Disponível em:< Vista do A DIMENSÃO PEDAGÓGICA NO
ÂMBITO DA GESTÃO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DOS GESTORES DAS ESCOLAS DA REDE
PUBLICA MUNICIPAL DE CRICIUMA-SC (unesc.net)> Acesso em: 03out.2023.
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GOVERNADOR VALADARES, MG
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em Gestão escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).
GOVERNADOR VALADARES, MG
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Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativo e do tipo de pesquisa bibliográfica, através
das seguintes bases de dados: Capes, Scielo e Scholar.google. Para a pesquisa na base de dados, foram
utilizados como descritores as seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar
. Diretor escolar. Na década de 80, em um contexto em que a sociedade buscava maior democratização, a
gestão democrática foi implantada com a publicação da Constituição Federal de 1988, representando um
marco importante para a democratização da educação. Através dos princípios estabelecidos na
Constituição, a gestão democrática no ensino público foi estabelecida. No entanto, é fundamental
mencionar os principais mecanismos de democracia no ambiente escolar, pois é por meio deles que a
democracia é concretizada, permitindo a abertura dos espaços escolares para diálogos, debates e
discussões. É importante destacar o papel do gestor escolar, que é o principal responsável por um sistema
de ensino democrático e possibilita a participação de todos os envolvidos no processo educacional.
1 INTRODUÇÃO
A participação é essencial para garantir a gestão democrática da escola, permitindo que profissionais e
usuários estejam envolvidos na tomada de decisões e no funcionamento da instituição. Além disso, ela
proporciona um maior entendimento dos objetivos, metas e estrutura organizacional da escola,
fortalecendo as relações com a comunidade e promovendo uma maior aproximação entre professores,
alunos e pais.
A gestão escolar passou por transformações significativas a partir da década de 80, impulsionada pelos
movimentos que buscavam a abertura política do país. Essas mudanças não se limitaram apenas à
terminologia utilizada, mas trouxeram consigo a valorização da descentralização e da participação
consciente e esclarecida das pessoas nas decisões relacionadas ao seu trabalho no campo da educação.
Diante do contexto da participação democrática proposta pela Constituição Federal de 1988, que afirma a
necessidade de democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo
aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, verifica-
se que essa proposta não é cumprida ou realizada de forma adequada na escola, o que contribui para o
isolamento da comunidade escolar nas ações da instituição.
No entanto, é importante ressaltar que a gestão democrática escolar é intrinsecamente ligada aos
principais mecanismos de democracia no âmbito escolar. Através desses mecanismos, é possível
materializar a democracia, uma vez que eles permitem a abertura dos espaços escolares para diálogos,
debates e discussões. Dentre esses mecanismos, destacam-se as eleições de diretores, a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, os conselhos escolares e a participação da comunidade escolar. Esses
mecanismos são fundamentais no processo de democratização da educação (ALVES, 2019, p. 37).
Na gestão democrática, o gestor escolar ou diretor tem o importante papel de promover a ruptura,
possibilitando que todos os envolvidos assumam suas funções de forma autônoma, exercendo a
responsabilidade individual e coletiva. Além disso, é fundamental que ele promova a participação de todos
na tomada de decisões, considerando sempre a perspectiva humana e humanizada.
Diante do exposto, o presente estudo possui o seguinte problema de pesquisa: Quais as atribuições do
diretor escolar nas unidades de ensino? Assim, o objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor
escolar nas unidades de ensino. Para a pesquisa na base de dados, foram utilizados como descritores as
seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.
O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo refere-se a um breve histórico da gestão
democrática no país e as principais legislações que abordam o tema. O segundo capítulo aborda o papel
do gestor escolar nas unidades de ensino e suas principais funções nesse contexto escolar.
A história educacional do Brasil teve início no ano de 1549, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, que vieram com a missão evangelizar e alfabetizar os
moradores da então colônia de Portugal. No entanto, no ano de 1759 os jesuítas foram expulsos do país e
a educação brasileira passou por mudanças consideráveis com a chegado de Marquês de Pombal, que
instituiu a Reforma Pombalina e substituiu o sistema de ensino implantado pelos jesuítas (CARVALHO,
2017,p.23).
Somente na década de 30, que a educação passou por uma expansão, embora fosse destinada apenas à
elite do país e seus filhos, mesmo que a Constituição de 1934 houvesse estabelecido a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário nas escolas. Sendo assim, não houve nessa época uma preocupação
em relação a qualidade do ensino ministrado, pois a prática pedagógica era importada da Europa e o
professor precisa apenas aplicar o modelo europeu em sala de aula.
Entre as décadas de 1960 a 1980 profissionais da educação e a sociedade reivindicavam uma renovação
pedagógica nas escolas públicas do país, por isso, o tema democratização da gestão escolar foi pauta de
muitas discussões e debates pedagógicos, tanto no setor público quanto no setor privado. Diante disso, o
novo cenário de organização social e política foi responsável por provocar mudanças significativas nos
diversos setores da sociedade, inclusive na educação.
A Gestão democrática remonta ao final dos anos 1980, período no qual o Brasil entrava em um processo
de redemocratização e iniciava um novo modelo de sociedade, pautado na participação popular após vinte
anos presos pelas amarras da ditadura militar. Assim, a derrubada do regime militar e a decorrente
retomada da democracia foram coroadas com o advento da Constituição Federal de 1988, também
conhecida como ?Constituição Cidadã?.
Por meio do seu artigo Art. 206, inciso VI, a também conhecida como ?Constituição Cidadã?, cita os sete
princípios a serem observados e necessários para se ministrar o ensino no país e consagra o princípio da
?gestão democrática do ensino público?, como um dos princípios essenciais ao compartilhamento das
ações educativas para melhorias na educação brasileira.
A Carta Magna de 1988 dispõe que:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988 grifo nosso)
O texto constitucional por meio dos princípios elencados, solidificam a educação nacional e estabelece o
direito e o dever da participação de todos que atuam nos sistemas de ensino e nas escolas públicas,
independentemente da situação social e cultural desses. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 é
fruto da luta de movimentos sociais e educadores pela democratização da sociedade e da escola pública
brasileira, por meio da participação da coletividade na gestão educacional e na construção de políticas
públicas para melhorias no ensino.
A redemocratização da educação como se deu frente às políticas públicas junto ao estado nos anos 90,
possibilitaram novos olhares no setor educacional brasileiro. Ao refletir acerca das políticas educacionais
nos leva a compreender as prioridades e compromissos que moldaram nosso contexto educacional. No
contexto das transformações e intervenções estatais, o texto constitucional de 1988, baseado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) n° 9.394/96, atribui ao Ministério da Educação (MEC),
como órgão da União, a responsabilidade de coordenar a política nacional de educação e promover
articulações nos diferentes níveis de ensino.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 é outro documento importante para os
avanços da gestão democrática escolar, pois estabeleceu e regulamentou as diretrizes gerais para a
educação, os sistemas de ensino e os princípios elencados na Constituição Federal de 1988, inclusive, de
gestão democrática. Em seu artigo 18 define a gestão escolar democrática por meio de seus princípios
contemplados.
]O texto aborda o processo de descentralização do poder como uma necessidade para a gestão escolar
democrática. Isso ocorre porque essa abordagem permite a participação de todos os sujeitos escolares,
como professores, alunos, comunidade, equipe pedagógica e outros profissionais, nas tomadas de
decisão. Segundo a autora Heloisa Luck (2000), há uma estreita relação entre descentralização,
democracia e autonomia.
implantação de procedimentos participativos. Por isso, destaca-se a importância de sua capacidade para
gerir pessoas e exercer influência para a efetivação dos objetivos educacionais. Nesse contexto, o gestor
escolar possui três funções básicas, a saber: administrativa, pedagógica e diretiva. (NESSLER, 2013,p
.10)
Na sua função administrativa, destaca-se a atividade de organização dos recursos físicos, financeiros e
materiais, com o objetivo de construir um ambiente favorável para o ensino e a aprendizagem. Além disso
, é fundamental ter a capacidade de gerenciar pessoas, pois, no contexto democrático atual, elas não
devem ser tratadas apenas como "recursos humanos", mas sim como participantes ativos e principais
responsáveis pela produtividade e qualidade da organização.
Portanto, a gestão de pessoas no ambiente escolar é uma prioridade para o gestor, visando alcançar os
objetivos de uma escola democrática, participativa e acessível a todos. É importante destacar que a
organização da escola deve levar em consideração as necessidades do ensino, dos professores e da
comunidade escolar, uma vez que o gestor também deve prestar contas sobre a utilização dos recursos.
Dessa forma, é fundamental que o diretor, em sua função pedagógica, envolva os membros da equipe
escolar e da comunidade em suas propostas de trabalho, com o objetivo de atender às demandas
educacionais. Nesse sentido, Luck (2009) destaca as principais responsabilidades do gestor na sua função
pedagógica.
Por fim, a função diretiva do gestor escolar preocupa-se com a efetivação da gestão democrática e a
participação da comunidade. Portanto, é essencial promover o engajamento da comunidade visando sua
participação e contribuição no ambiente educativo. Como líder máximo da instituição, é fundamental
priorizar um ambiente escolar baseado em relacionamentos saudáveis, através de uma liderança que
promova a integração. Isso depende, em grande parte, da capacidade do gestor em exercer sua função.
Compreende-se que o papel do gestor nas escolas públicas do país é amplo e de extrema relevância para
a efetivação da gestão democrática nas unidades de ensino. Por isso, é necessário que o gestor escolar
possua conhecimento técnico e habilidades para lidar com os diversos aspectos que podem comprometer
o bom funcionamento da escola nos relacionamentos, por meio de uma liderança que promova a
integração, que dependem em boa parte da capacidade de quem está exercendo a direção.
4 CONCLUSÃO
O objetivo deste estudo foi destacar as responsabilidades do diretor escolar nas unidades de ensino. Ao
longo do estudo, ficou evidente que o papel do gestor escolar evoluiu para atender às demandas
educacionais de cada período. A democratização do ensino é respaldada pela Constituição Federal de
1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei 9394/96, que determina que "os
sistemas de ensino estabelecerão as normas para a gestão democrática da educação pública na
educação básica." (BRASIL, 1996).
Portanto, no contexto da gestão democrática, o diretor escolar passou a ser chamado de gestor escolar e
tem a responsabilidade de basear suas ações na participação de todos nas decisões. Nesse sentido, é
incumbência dele pautar suas ações na participação de todos nas tomadas de decisão, tendo como
principais instrumentos de democracia, o projeto pedagógico e os Conselhos escolares.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira de TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas,
Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.
LÜCK, Heloísa. Concepções e Processos Democráticos de Gestão Educacional. Petrópolis, RJ. Editora
Vozes, 2012.
LÜCK, Heloísa. (Org.). Gestão escola e formação de gestores. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, 2000.
Disponível em:< folhaderosto.p65 (crmariocovas.sp.gov.br)> Acesso em: 22 set.2022.
LÜCK, Heloísa. A Evolução da Gestão Educacional a partir de Mudança Paradigmática. Revista Gestão
em Rede, no. 03, nov, 1997, p. 13-18 .Disponível em:< Microsoft Word - GestaoEscolar_02.doc (cedhap
.com.br)> Acesso em: 12 out.2023.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas
, Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.
MOZZER, Mônica César de. Recursos industriais à Gestão de pessoas: o ser humano em foco.
Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:< file:///C:/Users/Dell/Downloads
/K213673_unlocked%20(1).pdf> Acesso em: 08 out.2022.
SILVA, Fhelipe Emannuel Vicente da; CORREIA, Graciel Marques; SILVA, José Carlos dos Santos;
PEREIRA, Tatiana dos Santos; SANTOS, Mônica R. N. dos. Processo democrático na escola: a eleição de
diretores. In: Anais do Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca. 2015. Disponível em:<
PROCESSO DEMOCRÁTICO NA ESCOLA: A ELEIÇÃO DE DIRETORES | Silva | [TESTE] Anais do
Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca (ufal.br)> Acesso em: 22 set.2023.
SLENGMANN, Leila Ramos Pfeiffer; Melo, Maria Aparecida da Silva. A dimensão pedagógica no âmbito
da gestão escolar na perspectiva dos gestores das escolas da rede pública municipal de Criciuma-SC. v. 4
n. 1 (2020): Revista Saberes Pedagógicos .Disponível em:< Vista do A DIMENSÃO PEDAGÓGICA NO
ÂMBITO DA GESTÃO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DOS GESTORES DAS ESCOLAS DA REDE
PUBLICA MUNICIPAL DE CRICIUMA-SC (unesc.net)> Acesso em: 03out.2023.
=================================================================================
Arquivo 1: TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx (3020 termos)
Arquivo 2: http://portal.mec.gov.br/seesp (1 termos)
Termos comuns: 0
Similaridade: 0,00%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx (3020 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento http://portal.mec.gov.br/seesp (1 termos)
=================================================================================
UNIVERSITÁRIO FAVENI
GOVERNADOR VALADARES, MG
2023
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista
em Gestão escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).
GOVERNADOR VALADARES, MG
2023
RESUMO- O objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor escolar nas unidades de ensino.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativo e do tipo de pesquisa bibliográfica, através
das seguintes bases de dados: Capes, Scielo e Scholar.google. Para a pesquisa na base de dados, foram
utilizados como descritores as seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar
. Diretor escolar. Na década de 80, em um contexto em que a sociedade buscava maior democratização, a
gestão democrática foi implantada com a publicação da Constituição Federal de 1988, representando um
marco importante para a democratização da educação. Através dos princípios estabelecidos na
Constituição, a gestão democrática no ensino público foi estabelecida. No entanto, é fundamental
mencionar os principais mecanismos de democracia no ambiente escolar, pois é por meio deles que a
democracia é concretizada, permitindo a abertura dos espaços escolares para diálogos, debates e
discussões. É importante destacar o papel do gestor escolar, que é o principal responsável por um sistema
de ensino democrático e possibilita a participação de todos os envolvidos no processo educacional.
1 INTRODUÇÃO
A participação é essencial para garantir a gestão democrática da escola, permitindo que profissionais e
usuários estejam envolvidos na tomada de decisões e no funcionamento da instituição. Além disso, ela
proporciona um maior entendimento dos objetivos, metas e estrutura organizacional da escola,
fortalecendo as relações com a comunidade e promovendo uma maior aproximação entre professores,
alunos e pais.
A gestão escolar passou por transformações significativas a partir da década de 80, impulsionada pelos
movimentos que buscavam a abertura política do país. Essas mudanças não se limitaram apenas à
terminologia utilizada, mas trouxeram consigo a valorização da descentralização e da participação
consciente e esclarecida das pessoas nas decisões relacionadas ao seu trabalho no campo da educação.
Diante do contexto da participação democrática proposta pela Constituição Federal de 1988, que afirma a
necessidade de democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo
aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, verifica-
se que essa proposta não é cumprida ou realizada de forma adequada na escola, o que contribui para o
isolamento da comunidade escolar nas ações da instituição.
No entanto, é importante ressaltar que a gestão democrática escolar é intrinsecamente ligada aos
principais mecanismos de democracia no âmbito escolar. Através desses mecanismos, é possível
materializar a democracia, uma vez que eles permitem a abertura dos espaços escolares para diálogos,
debates e discussões. Dentre esses mecanismos, destacam-se as eleições de diretores, a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, os conselhos escolares e a participação da comunidade escolar. Esses
mecanismos são fundamentais no processo de democratização da educação (ALVES, 2019, p. 37).
Na gestão democrática, o gestor escolar ou diretor tem o importante papel de promover a ruptura,
possibilitando que todos os envolvidos assumam suas funções de forma autônoma, exercendo a
responsabilidade individual e coletiva. Além disso, é fundamental que ele promova a participação de todos
na tomada de decisões, considerando sempre a perspectiva humana e humanizada.
Diante do exposto, o presente estudo possui o seguinte problema de pesquisa: Quais as atribuições do
diretor escolar nas unidades de ensino? Assim, o objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor
escolar nas unidades de ensino. Para a pesquisa na base de dados, foram utilizados como descritores as
seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.
O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo refere-se a um breve histórico da gestão
democrática no país e as principais legislações que abordam o tema. O segundo capítulo aborda o papel
do gestor escolar nas unidades de ensino e suas principais funções nesse contexto escolar.
A história educacional do Brasil teve início no ano de 1549, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, que vieram com a missão evangelizar e alfabetizar os
moradores da então colônia de Portugal. No entanto, no ano de 1759 os jesuítas foram expulsos do país e
a educação brasileira passou por mudanças consideráveis com a chegado de Marquês de Pombal, que
instituiu a Reforma Pombalina e substituiu o sistema de ensino implantado pelos jesuítas (CARVALHO,
2017,p.23).
Somente na década de 30, que a educação passou por uma expansão, embora fosse destinada apenas à
elite do país e seus filhos, mesmo que a Constituição de 1934 houvesse estabelecido a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário nas escolas. Sendo assim, não houve nessa época uma preocupação
em relação a qualidade do ensino ministrado, pois a prática pedagógica era importada da Europa e o
professor precisa apenas aplicar o modelo europeu em sala de aula.
Entre as décadas de 1960 a 1980 profissionais da educação e a sociedade reivindicavam uma renovação
pedagógica nas escolas públicas do país, por isso, o tema democratização da gestão escolar foi pauta de
muitas discussões e debates pedagógicos, tanto no setor público quanto no setor privado. Diante disso, o
novo cenário de organização social e política foi responsável por provocar mudanças significativas nos
diversos setores da sociedade, inclusive na educação.
A Gestão democrática remonta ao final dos anos 1980, período no qual o Brasil entrava em um processo
de redemocratização e iniciava um novo modelo de sociedade, pautado na participação popular após vinte
anos presos pelas amarras da ditadura militar. Assim, a derrubada do regime militar e a decorrente
retomada da democracia foram coroadas com o advento da Constituição Federal de 1988, também
conhecida como ?Constituição Cidadã?.
Por meio do seu artigo Art. 206, inciso VI, a também conhecida como ?Constituição Cidadã?, cita os sete
princípios a serem observados e necessários para se ministrar o ensino no país e consagra o princípio da
?gestão democrática do ensino público?, como um dos princípios essenciais ao compartilhamento das
ações educativas para melhorias na educação brasileira.
A Carta Magna de 1988 dispõe que:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988 grifo nosso)
O texto constitucional por meio dos princípios elencados, solidificam a educação nacional e estabelece o
direito e o dever da participação de todos que atuam nos sistemas de ensino e nas escolas públicas,
independentemente da situação social e cultural desses. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 é
fruto da luta de movimentos sociais e educadores pela democratização da sociedade e da escola pública
]O texto aborda o processo de descentralização do poder como uma necessidade para a gestão escolar
democrática. Isso ocorre porque essa abordagem permite a participação de todos os sujeitos escolares,
como professores, alunos, comunidade, equipe pedagógica e outros profissionais, nas tomadas de
decisão. Segundo a autora Heloisa Luck (2000), há uma estreita relação entre descentralização,
democracia e autonomia.
centralizado, o que implica uma contradição paradigmática muito comum, que faz com que os esforços se
anulem. (LUCK, 2000, p.17).
gerir pessoas e exercer influência para a efetivação dos objetivos educacionais. Nesse contexto, o gestor
escolar possui três funções básicas, a saber: administrativa, pedagógica e diretiva. (NESSLER, 2013,p
.10)
Na sua função administrativa, destaca-se a atividade de organização dos recursos físicos, financeiros e
materiais, com o objetivo de construir um ambiente favorável para o ensino e a aprendizagem. Além disso
, é fundamental ter a capacidade de gerenciar pessoas, pois, no contexto democrático atual, elas não
devem ser tratadas apenas como "recursos humanos", mas sim como participantes ativos e principais
responsáveis pela produtividade e qualidade da organização.
Portanto, a gestão de pessoas no ambiente escolar é uma prioridade para o gestor, visando alcançar os
objetivos de uma escola democrática, participativa e acessível a todos. É importante destacar que a
organização da escola deve levar em consideração as necessidades do ensino, dos professores e da
comunidade escolar, uma vez que o gestor também deve prestar contas sobre a utilização dos recursos.
Dessa forma, é fundamental que o diretor, em sua função pedagógica, envolva os membros da equipe
escolar e da comunidade em suas propostas de trabalho, com o objetivo de atender às demandas
educacionais. Nesse sentido, Luck (2009) destaca as principais responsabilidades do gestor na sua função
pedagógica.
Por fim, a função diretiva do gestor escolar preocupa-se com a efetivação da gestão democrática e a
participação da comunidade. Portanto, é essencial promover o engajamento da comunidade visando sua
participação e contribuição no ambiente educativo. Como líder máximo da instituição, é fundamental
priorizar um ambiente escolar baseado em relacionamentos saudáveis, através de uma liderança que
promova a integração. Isso depende, em grande parte, da capacidade do gestor em exercer sua função.
Compreende-se que o papel do gestor nas escolas públicas do país é amplo e de extrema relevância para
a efetivação da gestão democrática nas unidades de ensino. Por isso, é necessário que o gestor escolar
possua conhecimento técnico e habilidades para lidar com os diversos aspectos que podem comprometer
o bom funcionamento da escola nos relacionamentos, por meio de uma liderança que promova a
integração, que dependem em boa parte da capacidade de quem está exercendo a direção.
4 CONCLUSÃO
O objetivo deste estudo foi destacar as responsabilidades do diretor escolar nas unidades de ensino. Ao
longo do estudo, ficou evidente que o papel do gestor escolar evoluiu para atender às demandas
educacionais de cada período. A democratização do ensino é respaldada pela Constituição Federal de
1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei 9394/96, que determina que "os
sistemas de ensino estabelecerão as normas para a gestão democrática da educação pública na
educação básica." (BRASIL, 1996).
Portanto, no contexto da gestão democrática, o diretor escolar passou a ser chamado de gestor escolar e
tem a responsabilidade de basear suas ações na participação de todos nas decisões. Nesse sentido, é
incumbência dele pautar suas ações na participação de todos nas tomadas de decisão, tendo como
principais instrumentos de democracia, o projeto pedagógico e os Conselhos escolares.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira de TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas,
Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.
LÜCK, Heloísa. Concepções e Processos Democráticos de Gestão Educacional. Petrópolis, RJ. Editora
Vozes, 2012.
LÜCK, Heloísa. (Org.). Gestão escola e formação de gestores. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, 2000.
Disponível em:< folhaderosto.p65 (crmariocovas.sp.gov.br)> Acesso em: 22 set.2022.
LÜCK, Heloísa. A Evolução da Gestão Educacional a partir de Mudança Paradigmática. Revista Gestão
em Rede, no. 03, nov, 1997, p. 13-18 .Disponível em:< Microsoft Word - GestaoEscolar_02.doc (cedhap
.com.br)> Acesso em: 12 out.2023.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas
, Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.
MOZZER, Mônica César de. Recursos industriais à Gestão de pessoas: o ser humano em foco.
Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:< file:///C:/Users/Dell/Downloads
/K213673_unlocked%20(1).pdf> Acesso em: 08 out.2022.
SILVA, Fhelipe Emannuel Vicente da; CORREIA, Graciel Marques; SILVA, José Carlos dos Santos;
PEREIRA, Tatiana dos Santos; SANTOS, Mônica R. N. dos. Processo democrático na escola: a eleição de
diretores. In: Anais do Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca. 2015. Disponível em:<
PROCESSO DEMOCRÁTICO NA ESCOLA: A ELEIÇÃO DE DIRETORES | Silva | [TESTE] Anais do
Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca (ufal.br)> Acesso em: 22 set.2023.
SLENGMANN, Leila Ramos Pfeiffer; Melo, Maria Aparecida da Silva. A dimensão pedagógica no âmbito
da gestão escolar na perspectiva dos gestores das escolas da rede pública municipal de Criciuma-SC. v. 4
n. 1 (2020): Revista Saberes Pedagógicos .Disponível em:< Vista do A DIMENSÃO PEDAGÓGICA NO
ÂMBITO DA GESTÃO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DOS GESTORES DAS ESCOLAS DA REDE
PUBLICA MUNICIPAL DE CRICIUMA-SC (unesc.net)> Acesso em: 03out.2023.