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Relatório do Software Anti-plágio CopySpider


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de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?

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TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx X 68 0,69
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TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx X 21 0,48
https://www.gov.br/mec/pt-br/publicacoes-
secretarias/semesp/diretrizes-nacionais-para-a-educacao-
especial-na-educacao-basica
TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx X 20 0,43
https://www.gov.br/mec/pt-br
TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx X 2 0,06
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf
TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx X 1 0,03
http://portal.mec.gov.br/seesp.
TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx X 0 0,00
http://portal.mec.gov.br/seesp
Arquivos com problema de download
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recomendável baixar o arquivo
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Arquivo 2: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf (6863 termos)
Termos comuns: 68
Similaridade: 0,69%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx (3020 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf (6863 termos)

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UNIVERSITÁRIO FAVENI

GESTÃO ESCOLAR (ADMINISTRAÇÃO, SUPERVISÃO, ORIENTAÇÃO E INSPEÇÃO)

ALINE DA SILVA BATISTA

TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

GOVERNADOR VALADARES, MG
2023

ALINE DA SILVA BATISTA

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TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista
em Gestão escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).

GOVERNADOR VALADARES, MG
2023

O GESTOR ESCOLAR FRENTE A GESTÃO DEMOCRÁTICO

ALINE DA SILVA BATISTA


[1: Email: linebatista25@gmail.com]

RESUMO- O objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor escolar nas unidades de ensino.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativo e do tipo de pesquisa bibliográfica, através
das seguintes bases de dados: Capes, Scielo e Scholar.google. Para a pesquisa na base de dados, foram
utilizados como descritores as seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar
. Diretor escolar. Na década de 80, em um contexto em que a sociedade buscava maior democratização, a
gestão democrática foi implantada com a publicação da Constituição Federal de 1988, representando um
marco importante para a democratização da educação. Através dos princípios estabelecidos na
Constituição, a gestão democrática no ensino público foi estabelecida. No entanto, é fundamental
mencionar os principais mecanismos de democracia no ambiente escolar, pois é por meio deles que a

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democracia é concretizada, permitindo a abertura dos espaços escolares para diálogos, debates e
discussões. É importante destacar o papel do gestor escolar, que é o principal responsável por um sistema
de ensino democrático e possibilita a participação de todos os envolvidos no processo educacional.

Palavras-chave: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.

1 INTRODUÇÃO

A participação é essencial para garantir a gestão democrática da escola, permitindo que profissionais e
usuários estejam envolvidos na tomada de decisões e no funcionamento da instituição. Além disso, ela
proporciona um maior entendimento dos objetivos, metas e estrutura organizacional da escola,
fortalecendo as relações com a comunidade e promovendo uma maior aproximação entre professores,
alunos e pais.
A gestão escolar passou por transformações significativas a partir da década de 80, impulsionada pelos
movimentos que buscavam a abertura política do país. Essas mudanças não se limitaram apenas à
terminologia utilizada, mas trouxeram consigo a valorização da descentralização e da participação
consciente e esclarecida das pessoas nas decisões relacionadas ao seu trabalho no campo da educação.

Diante do contexto da participação democrática proposta pela Constituição Federal de 1988, que afirma a
necessidade de democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo
aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, verifica-
se que essa proposta não é cumprida ou realizada de forma adequada na escola, o que contribui para o
isolamento da comunidade escolar nas ações da instituição.
No entanto, é importante ressaltar que a gestão democrática escolar é intrinsecamente ligada aos
principais mecanismos de democracia no âmbito escolar. Através desses mecanismos, é possível
materializar a democracia, uma vez que eles permitem a abertura dos espaços escolares para diálogos,
debates e discussões. Dentre esses mecanismos, destacam-se as eleições de diretores, a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, os conselhos escolares e a participação da comunidade escolar. Esses
mecanismos são fundamentais no processo de democratização da educação (ALVES, 2019, p. 37).
Na gestão democrática, o gestor escolar ou diretor tem o importante papel de promover a ruptura,
possibilitando que todos os envolvidos assumam suas funções de forma autônoma, exercendo a
responsabilidade individual e coletiva. Além disso, é fundamental que ele promova a participação de todos
na tomada de decisões, considerando sempre a perspectiva humana e humanizada.
Diante do exposto, o presente estudo possui o seguinte problema de pesquisa: Quais as atribuições do
diretor escolar nas unidades de ensino? Assim, o objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor
escolar nas unidades de ensino. Para a pesquisa na base de dados, foram utilizados como descritores as
seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.
O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo refere-se a um breve histórico da gestão
democrática no país e as principais legislações que abordam o tema. O segundo capítulo aborda o papel
do gestor escolar nas unidades de ensino e suas principais funções nesse contexto escolar.

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2 GESTÃO DEMOCRÁTICA NA EDUCAÇÃO: PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES

A história educacional do Brasil teve início no ano de 1549, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, que vieram com a missão evangelizar e alfabetizar os
moradores da então colônia de Portugal. No entanto, no ano de 1759 os jesuítas foram expulsos do país e
a educação brasileira passou por mudanças consideráveis com a chegado de Marquês de Pombal, que
instituiu a Reforma Pombalina e substituiu o sistema de ensino implantado pelos jesuítas (CARVALHO,
2017,p.23).
Somente na década de 30, que a educação passou por uma expansão, embora fosse destinada apenas à
elite do país e seus filhos, mesmo que a Constituição de 1934 houvesse estabelecido a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário nas escolas. Sendo assim, não houve nessa época uma preocupação
em relação a qualidade do ensino ministrado, pois a prática pedagógica era importada da Europa e o
professor precisa apenas aplicar o modelo europeu em sala de aula.
Entre as décadas de 1960 a 1980 profissionais da educação e a sociedade reivindicavam uma renovação
pedagógica nas escolas públicas do país, por isso, o tema democratização da gestão escolar foi pauta de
muitas discussões e debates pedagógicos, tanto no setor público quanto no setor privado. Diante disso, o
novo cenário de organização social e política foi responsável por provocar mudanças significativas nos
diversos setores da sociedade, inclusive na educação.
A Gestão democrática remonta ao final dos anos 1980, período no qual o Brasil entrava em um processo
de redemocratização e iniciava um novo modelo de sociedade, pautado na participação popular após vinte
anos presos pelas amarras da ditadura militar. Assim, a derrubada do regime militar e a decorrente
retomada da democracia foram coroadas com o advento da Constituição Federal de 1988, também
conhecida como ?Constituição Cidadã?.
Por meio do seu artigo Art. 206, inciso VI, a também conhecida como ?Constituição Cidadã?, cita os sete
princípios a serem observados e necessários para se ministrar o ensino no país e consagra o princípio da
?gestão democrática do ensino público?, como um dos princípios essenciais ao compartilhamento das
ações educativas para melhorias na educação brasileira.
A Carta Magna de 1988 dispõe que:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988 grifo nosso)

O texto constitucional por meio dos princípios elencados, solidificam a educação nacional e estabelece o
direito e o dever da participação de todos que atuam nos sistemas de ensino e nas escolas públicas,
independentemente da situação social e cultural desses. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 é

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fruto da luta de movimentos sociais e educadores pela democratização da sociedade e da escola pública
brasileira, por meio da participação da coletividade na gestão educacional e na construção de políticas
públicas para melhorias no ensino.
A redemocratização da educação como se deu frente às políticas públicas junto ao estado nos anos 90,
possibilitaram novos olhares no setor educacional brasileiro. Ao refletir acerca das políticas educacionais
nos leva a compreender as prioridades e compromissos que moldaram nosso contexto educacional. No
contexto das transformações e intervenções estatais, o texto constitucional de 1988, baseado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) n° 9.394/96, atribui ao Ministério da Educação (MEC),
como órgão da União, a responsabilidade de coordenar a política nacional de educação e promover
articulações nos diferentes níveis de ensino.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 é outro documento importante para os
avanços da gestão democrática escolar, pois estabeleceu e regulamentou as diretrizes gerais para a
educação, os sistemas de ensino e os princípios elencados na Constituição Federal de 1988, inclusive, de
gestão democrática. Em seu artigo 18 define a gestão escolar democrática por meio de seus princípios
contemplados.

A gestão democrática constitui princípio fundamental da organização e da administração das instituições


públicas de ensino, compreendendo:
I - a existência de mecanismos de coparticipação na gestão das instituições de ensino, com representação
dos segmentos que a integram, incluídos, no caso das instituições destinadas à educação e ao ensino de
crianças e adolescentes, os pais ou responsáveis;
1º - o cumprimento do disposto neste artigo dar-se-á com observância dos seguintes preceitos:
I - Existência de órgãos colegiados e conselhos escolares, com competência sobre o conjunto de todas as
atividades desenvolvidas pela instituição;
III - avaliação permanente da qualidade de serviços prestados e dos resultados das atividades
educacionais oferecidas à sociedade;
V - Utilização de métodos participativos para a escolha de dirigentes, ressalvado o provimento de cargos
por concurso público;
VI - Incentivo para a criação de associações de profissionais do ensino, alunos, ex-alunos e pais, além das
de caráter acadêmico, assegurada sua participação nos processos decisórios internos das instituições.
(BRASIL, 1996)

]O texto aborda o processo de descentralização do poder como uma necessidade para a gestão escolar
democrática. Isso ocorre porque essa abordagem permite a participação de todos os sujeitos escolares,
como professores, alunos, comunidade, equipe pedagógica e outros profissionais, nas tomadas de
decisão. Segundo a autora Heloisa Luck (2000), há uma estreita relação entre descentralização,
democracia e autonomia.

Muito embora as concepções de descentralização, democratização da gestão escolar e autonomia da


escola sejam parte de um mesmo corolário, encontramos certos sistemas que buscam o desenvolvimento
da democratização da gestão escolar, sem pensar na autonomia do estabelecimento de ensino e sem
descentralizar poder para a mesma. Ou que pensam em construir sua autonomia, sem agir no sentido de
criar mecanismos sólidos de sua democratização, em vista do que, paradoxalmente, se pode criar a
autonomia do autoritarismo local. Por outro lado, ainda, observa-se o esforço de alguns sistemas de

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ensino, no sentido de desenvolver nas escolas os conceitos de democratização e autonomia, de modo


centralizado, o que implica uma contradição paradigmática muito comum, que faz com que os esforços se
anulem. (LUCK, 2000, p.17).

A gestão democrática é caracterizada principalmente pela descentralização do poder e pela autonomia,


pois contribui para que todos os envolvidos no processo educacional, busquem melhorias no ensino e
assumam como seus, os problemas e dificuldades que anteriormente eram de responsabilidade da direção
escolar e demais profissionais.
No entanto, é fundamental ressaltar que a gestão democrática escolar só pode ser efetiva se houver a
implementação de mecanismos que favoreçam a participação de todos os envolvidos. Através desses
mecanismos, é possível criar espaços para o diálogo, debates e discussões nas escolas, de forma a tornar
a democracia uma realidade. Dentro desse contexto, a eleição de diretores é considerada um dos
processos mais democráticos para a seleção de um líder escolar. Esse processo possibilita que pais,
alunos, professores e funcionários tenham a oportunidade de escolher um candidato que esteja
familiarizado com a realidade da escola, represente a comunidade e seja capaz de implementar melhorias
no ensino (LÜCK, 2012).

A participação é o meio para assegurar a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os


integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. A
participação proporciona melhor conhecimento dos objetivos e das metas da escola, de sua estrutura
organizacional e de sua dinâmica, de suas relações com a comunidade, e propicia um clima de trabalho
favorável a maior aproximação entre professores, alunos e pais. (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2005 p.
328)

A organização do trabalho pedagógico é uma estratégia essencial para promover a democratização do


processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, é de suma importância que um gestor adote novas
abordagens de administração, que incluam a comunicação e o diálogo como elementos centrais na prática
pedagógica dos professores. Cabe ao gestor desempenhar um papel de liderança nesse processo,
demonstrando competência técnica e política (LÜCK, 2013).
A participação requer mobilização dos esforços para superação de desafios e problemas, pois se todos
trabalharem juntos, a educação se torna algo mais amplo, não se restringindo somente ao processo de
ensino e aprendizagem, mas provocará mudanças significativas na sociedade em que vive (LÜCK, 2013).
Ao assumir essa função, o gestor deve buscar de forma imprescindível a união dos diferentes atores em
prol de uma educação de excelência. Para isso, é necessário exercer uma liderança democrática, capaz
de interagir com todos os setores da comunidade escolar. A liderança do gestor requer uma formação
pedagógica crítica e independente, afastada dos princípios neoliberais. Desse modo, o objetivo é construir
uma educação autêntica, que valorize tanto a sensibilidade quanto as habilidades, buscando obter o
máximo de contribuição e participação de todos os membros da comunidade.
Dessa forma, pode-se afirmar que o diretor escolar possui o dever e o direito de assegurar a participação
de todos os envolvidos no processo educacional e nas tomadas de decisão da instituição. No entanto, não
é suficiente apenas conhecer as leis atuais que respaldam a Gestão Democrática escolar, mas também é
necessário efetivar a participação como meio de compreender as necessidades da escola e o papel de
cada setor para o bom funcionamento da instituição.
O diretor desempenha um papel fundamental na gestão democrática, pois ele pode dificultar ou facilitar a

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implantação de procedimentos participativos. Por isso, destaca-se a importância de sua capacidade para
gerir pessoas e exercer influência para a efetivação dos objetivos educacionais. Nesse contexto, o gestor
escolar possui três funções básicas, a saber: administrativa, pedagógica e diretiva. (NESSLER, 2013,p
.10)
Na sua função administrativa, destaca-se a atividade de organização dos recursos físicos, financeiros e
materiais, com o objetivo de construir um ambiente favorável para o ensino e a aprendizagem. Além disso
, é fundamental ter a capacidade de gerenciar pessoas, pois, no contexto democrático atual, elas não
devem ser tratadas apenas como "recursos humanos", mas sim como participantes ativos e principais
responsáveis pela produtividade e qualidade da organização.
Portanto, a gestão de pessoas no ambiente escolar é uma prioridade para o gestor, visando alcançar os
objetivos de uma escola democrática, participativa e acessível a todos. É importante destacar que a
organização da escola deve levar em consideração as necessidades do ensino, dos professores e da
comunidade escolar, uma vez que o gestor também deve prestar contas sobre a utilização dos recursos.
Dessa forma, é fundamental que o diretor, em sua função pedagógica, envolva os membros da equipe
escolar e da comunidade em suas propostas de trabalho, com o objetivo de atender às demandas
educacionais. Nesse sentido, Luck (2009) destaca as principais responsabilidades do gestor na sua função
pedagógica.

- a orientação da elaboração/reelaboração e da implementação do projeto político-pedagógico da escola, a


partir de estudo aprofundado dos fundamentos, disposições legais e metodológicas;
- Promoção de ações de formação continuada, em situações de trabalho, com foco no desenvolvimento de
competências pedagógicas e o aprimoramento das condições favoráveis à criação de um ambiente
escolar favorável à melhoria das experiências de formação e aprendizagem dos alunos;
- Criação de sistemas e formas de monitoramento e avaliação das ações pedagógicas da escola e do
processo ensino-aprendizagem, incluindo auto e heteroavaliação de desempenho;
- Atualização contínua dos métodos e processos de orientação da aprendizagem dos alunos, mediante
adoção de tecnologias da informação e sua utilização regular nas aulas;
- o desenvolvimento regular de práticas de leitura interpretativa.
(LÜCK, 2009, p. 102)

Por fim, a função diretiva do gestor escolar preocupa-se com a efetivação da gestão democrática e a
participação da comunidade. Portanto, é essencial promover o engajamento da comunidade visando sua
participação e contribuição no ambiente educativo. Como líder máximo da instituição, é fundamental
priorizar um ambiente escolar baseado em relacionamentos saudáveis, através de uma liderança que
promova a integração. Isso depende, em grande parte, da capacidade do gestor em exercer sua função.
Compreende-se que o papel do gestor nas escolas públicas do país é amplo e de extrema relevância para
a efetivação da gestão democrática nas unidades de ensino. Por isso, é necessário que o gestor escolar
possua conhecimento técnico e habilidades para lidar com os diversos aspectos que podem comprometer
o bom funcionamento da escola nos relacionamentos, por meio de uma liderança que promova a
integração, que dependem em boa parte da capacidade de quem está exercendo a direção.

4 CONCLUSÃO

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O objetivo deste estudo foi destacar as responsabilidades do diretor escolar nas unidades de ensino. Ao
longo do estudo, ficou evidente que o papel do gestor escolar evoluiu para atender às demandas
educacionais de cada período. A democratização do ensino é respaldada pela Constituição Federal de
1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei 9394/96, que determina que "os
sistemas de ensino estabelecerão as normas para a gestão democrática da educação pública na
educação básica." (BRASIL, 1996).
Portanto, no contexto da gestão democrática, o diretor escolar passou a ser chamado de gestor escolar e
tem a responsabilidade de basear suas ações na participação de todos nas decisões. Nesse sentido, é
incumbência dele pautar suas ações na participação de todos nas tomadas de decisão, tendo como
principais instrumentos de democracia, o projeto pedagógico e os Conselhos escolares.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Mecanismos da gestão democrática da escola expressos nas normas educacionais brasileiras. REAe -
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dos Conselhos Escolares. Conselhos Escolares: uma estratégia de gestão democrática da educação
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O papel do diretor de escola: contrapontos da administração e da gestão escolar. Disponível em:< http
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LÜCK, Heloísa. Concepções e Processos Democráticos de Gestão Educacional. Petrópolis, RJ. Editora
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educacao-especial-na-educacao-basica (1372 termos)
Termos comuns: 21
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TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista
em Gestão escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).

GOVERNADOR VALADARES, MG
2023

O GESTOR ESCOLAR FRENTE A GESTÃO DEMOCRÁTICO

ALINE DA SILVA BATISTA


[1: Email: linebatista25@gmail.com]

RESUMO- O objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor escolar nas unidades de ensino.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativo e do tipo de pesquisa bibliográfica, através
das seguintes bases de dados: Capes, Scielo e Scholar.google. Para a pesquisa na base de dados, foram
utilizados como descritores as seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar
. Diretor escolar. Na década de 80, em um contexto em que a sociedade buscava maior democratização, a
gestão democrática foi implantada com a publicação da Constituição Federal de 1988, representando um
marco importante para a democratização da educação. Através dos princípios estabelecidos na
Constituição, a gestão democrática no ensino público foi estabelecida. No entanto, é fundamental

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mencionar os principais mecanismos de democracia no ambiente escolar, pois é por meio deles que a
democracia é concretizada, permitindo a abertura dos espaços escolares para diálogos, debates e
discussões. É importante destacar o papel do gestor escolar, que é o principal responsável por um sistema
de ensino democrático e possibilita a participação de todos os envolvidos no processo educacional.

Palavras-chave: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.

1 INTRODUÇÃO

A participação é essencial para garantir a gestão democrática da escola, permitindo que profissionais e
usuários estejam envolvidos na tomada de decisões e no funcionamento da instituição. Além disso, ela
proporciona um maior entendimento dos objetivos, metas e estrutura organizacional da escola,
fortalecendo as relações com a comunidade e promovendo uma maior aproximação entre professores,
alunos e pais.
A gestão escolar passou por transformações significativas a partir da década de 80, impulsionada pelos
movimentos que buscavam a abertura política do país. Essas mudanças não se limitaram apenas à
terminologia utilizada, mas trouxeram consigo a valorização da descentralização e da participação
consciente e esclarecida das pessoas nas decisões relacionadas ao seu trabalho no campo da educação.

Diante do contexto da participação democrática proposta pela Constituição Federal de 1988, que afirma a
necessidade de democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo
aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, verifica-
se que essa proposta não é cumprida ou realizada de forma adequada na escola, o que contribui para o
isolamento da comunidade escolar nas ações da instituição.
No entanto, é importante ressaltar que a gestão democrática escolar é intrinsecamente ligada aos
principais mecanismos de democracia no âmbito escolar. Através desses mecanismos, é possível
materializar a democracia, uma vez que eles permitem a abertura dos espaços escolares para diálogos,
debates e discussões. Dentre esses mecanismos, destacam-se as eleições de diretores, a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, os conselhos escolares e a participação da comunidade escolar. Esses
mecanismos são fundamentais no processo de democratização da educação (ALVES, 2019, p. 37).
Na gestão democrática, o gestor escolar ou diretor tem o importante papel de promover a ruptura,
possibilitando que todos os envolvidos assumam suas funções de forma autônoma, exercendo a
responsabilidade individual e coletiva. Além disso, é fundamental que ele promova a participação de todos
na tomada de decisões, considerando sempre a perspectiva humana e humanizada.
Diante do exposto, o presente estudo possui o seguinte problema de pesquisa: Quais as atribuições do
diretor escolar nas unidades de ensino? Assim, o objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor
escolar nas unidades de ensino. Para a pesquisa na base de dados, foram utilizados como descritores as
seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.
O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo refere-se a um breve histórico da gestão
democrática no país e as principais legislações que abordam o tema. O segundo capítulo aborda o papel
do gestor escolar nas unidades de ensino e suas principais funções nesse contexto escolar.

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2 GESTÃO DEMOCRÁTICA NA EDUCAÇÃO: PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES

A história educacional do Brasil teve início no ano de 1549, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, que vieram com a missão evangelizar e alfabetizar os
moradores da então colônia de Portugal. No entanto, no ano de 1759 os jesuítas foram expulsos do país e
a educação brasileira passou por mudanças consideráveis com a chegado de Marquês de Pombal, que
instituiu a Reforma Pombalina e substituiu o sistema de ensino implantado pelos jesuítas (CARVALHO,
2017,p.23).
Somente na década de 30, que a educação passou por uma expansão, embora fosse destinada apenas à
elite do país e seus filhos, mesmo que a Constituição de 1934 houvesse estabelecido a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário nas escolas. Sendo assim, não houve nessa época uma preocupação
em relação a qualidade do ensino ministrado, pois a prática pedagógica era importada da Europa e o
professor precisa apenas aplicar o modelo europeu em sala de aula.
Entre as décadas de 1960 a 1980 profissionais da educação e a sociedade reivindicavam uma renovação
pedagógica nas escolas públicas do país, por isso, o tema democratização da gestão escolar foi pauta de
muitas discussões e debates pedagógicos, tanto no setor público quanto no setor privado. Diante disso, o
novo cenário de organização social e política foi responsável por provocar mudanças significativas nos
diversos setores da sociedade, inclusive na educação.
A Gestão democrática remonta ao final dos anos 1980, período no qual o Brasil entrava em um processo
de redemocratização e iniciava um novo modelo de sociedade, pautado na participação popular após vinte
anos presos pelas amarras da ditadura militar. Assim, a derrubada do regime militar e a decorrente
retomada da democracia foram coroadas com o advento da Constituição Federal de 1988, também
conhecida como ?Constituição Cidadã?.
Por meio do seu artigo Art. 206, inciso VI, a também conhecida como ?Constituição Cidadã?, cita os sete
princípios a serem observados e necessários para se ministrar o ensino no país e consagra o princípio da
?gestão democrática do ensino público?, como um dos princípios essenciais ao compartilhamento das
ações educativas para melhorias na educação brasileira.
A Carta Magna de 1988 dispõe que:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988 grifo nosso)

O texto constitucional por meio dos princípios elencados, solidificam a educação nacional e estabelece o
direito e o dever da participação de todos que atuam nos sistemas de ensino e nas escolas públicas,

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independentemente da situação social e cultural desses. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 é
fruto da luta de movimentos sociais e educadores pela democratização da sociedade e da escola pública
brasileira, por meio da participação da coletividade na gestão educacional e na construção de políticas
públicas para melhorias no ensino.
A redemocratização da educação como se deu frente às políticas públicas junto ao estado nos anos 90,
possibilitaram novos olhares no setor educacional brasileiro. Ao refletir acerca das políticas educacionais
nos leva a compreender as prioridades e compromissos que moldaram nosso contexto educacional. No
contexto das transformações e intervenções estatais, o texto constitucional de 1988, baseado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) n° 9.394/96, atribui ao Ministério da Educação (MEC),
como órgão da União, a responsabilidade de coordenar a política nacional de educação e promover
articulações nos diferentes níveis de ensino.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 é outro documento importante para os
avanços da gestão democrática escolar, pois estabeleceu e regulamentou as diretrizes gerais para a
educação, os sistemas de ensino e os princípios elencados na Constituição Federal de 1988, inclusive, de
gestão democrática. Em seu artigo 18 define a gestão escolar democrática por meio de seus princípios
contemplados.

A gestão democrática constitui princípio fundamental da organização e da administração das instituições


públicas de ensino, compreendendo:
I - a existência de mecanismos de coparticipação na gestão das instituições de ensino, com representação
dos segmentos que a integram, incluídos, no caso das instituições destinadas à educação e ao ensino de
crianças e adolescentes, os pais ou responsáveis;
1º - o cumprimento do disposto neste artigo dar-se-á com observância dos seguintes preceitos:
I - Existência de órgãos colegiados e conselhos escolares, com competência sobre o conjunto de todas as
atividades desenvolvidas pela instituição;
III - avaliação permanente da qualidade de serviços prestados e dos resultados das atividades
educacionais oferecidas à sociedade;
V - Utilização de métodos participativos para a escolha de dirigentes, ressalvado o provimento de cargos
por concurso público;
VI - Incentivo para a criação de associações de profissionais do ensino, alunos, ex-alunos e pais, além das
de caráter acadêmico, assegurada sua participação nos processos decisórios internos das instituições.
(BRASIL, 1996)

]O texto aborda o processo de descentralização do poder como uma necessidade para a gestão escolar
democrática. Isso ocorre porque essa abordagem permite a participação de todos os sujeitos escolares,
como professores, alunos, comunidade, equipe pedagógica e outros profissionais, nas tomadas de
decisão. Segundo a autora Heloisa Luck (2000), há uma estreita relação entre descentralização,
democracia e autonomia.

Muito embora as concepções de descentralização, democratização da gestão escolar e autonomia da


escola sejam parte de um mesmo corolário, encontramos certos sistemas que buscam o desenvolvimento
da democratização da gestão escolar, sem pensar na autonomia do estabelecimento de ensino e sem
descentralizar poder para a mesma. Ou que pensam em construir sua autonomia, sem agir no sentido de
criar mecanismos sólidos de sua democratização, em vista do que, paradoxalmente, se pode criar a

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autonomia do autoritarismo local. Por outro lado, ainda, observa-se o esforço de alguns sistemas de
ensino, no sentido de desenvolver nas escolas os conceitos de democratização e autonomia, de modo
centralizado, o que implica uma contradição paradigmática muito comum, que faz com que os esforços se
anulem. (LUCK, 2000, p.17).

A gestão democrática é caracterizada principalmente pela descentralização do poder e pela autonomia,


pois contribui para que todos os envolvidos no processo educacional, busquem melhorias no ensino e
assumam como seus, os problemas e dificuldades que anteriormente eram de responsabilidade da direção
escolar e demais profissionais.
No entanto, é fundamental ressaltar que a gestão democrática escolar só pode ser efetiva se houver a
implementação de mecanismos que favoreçam a participação de todos os envolvidos. Através desses
mecanismos, é possível criar espaços para o diálogo, debates e discussões nas escolas, de forma a tornar
a democracia uma realidade. Dentro desse contexto, a eleição de diretores é considerada um dos
processos mais democráticos para a seleção de um líder escolar. Esse processo possibilita que pais,
alunos, professores e funcionários tenham a oportunidade de escolher um candidato que esteja
familiarizado com a realidade da escola, represente a comunidade e seja capaz de implementar melhorias
no ensino (LÜCK, 2012).

A participação é o meio para assegurar a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os


integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. A
participação proporciona melhor conhecimento dos objetivos e das metas da escola, de sua estrutura
organizacional e de sua dinâmica, de suas relações com a comunidade, e propicia um clima de trabalho
favorável a maior aproximação entre professores, alunos e pais. (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2005 p.
328)

A organização do trabalho pedagógico é uma estratégia essencial para promover a democratização do


processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, é de suma importância que um gestor adote novas
abordagens de administração, que incluam a comunicação e o diálogo como elementos centrais na prática
pedagógica dos professores. Cabe ao gestor desempenhar um papel de liderança nesse processo,
demonstrando competência técnica e política (LÜCK, 2013).
A participação requer mobilização dos esforços para superação de desafios e problemas, pois se todos
trabalharem juntos, a educação se torna algo mais amplo, não se restringindo somente ao processo de
ensino e aprendizagem, mas provocará mudanças significativas na sociedade em que vive (LÜCK, 2013).
Ao assumir essa função, o gestor deve buscar de forma imprescindível a união dos diferentes atores em
prol de uma educação de excelência. Para isso, é necessário exercer uma liderança democrática, capaz
de interagir com todos os setores da comunidade escolar. A liderança do gestor requer uma formação
pedagógica crítica e independente, afastada dos princípios neoliberais. Desse modo, o objetivo é construir
uma educação autêntica, que valorize tanto a sensibilidade quanto as habilidades, buscando obter o
máximo de contribuição e participação de todos os membros da comunidade.
Dessa forma, pode-se afirmar que o diretor escolar possui o dever e o direito de assegurar a participação
de todos os envolvidos no processo educacional e nas tomadas de decisão da instituição. No entanto, não
é suficiente apenas conhecer as leis atuais que respaldam a Gestão Democrática escolar, mas também é
necessário efetivar a participação como meio de compreender as necessidades da escola e o papel de
cada setor para o bom funcionamento da instituição.

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O diretor desempenha um papel fundamental na gestão democrática, pois ele pode dificultar ou facilitar a
implantação de procedimentos participativos. Por isso, destaca-se a importância de sua capacidade para
gerir pessoas e exercer influência para a efetivação dos objetivos educacionais. Nesse contexto, o gestor
escolar possui três funções básicas, a saber: administrativa, pedagógica e diretiva. (NESSLER, 2013,p
.10)
Na sua função administrativa, destaca-se a atividade de organização dos recursos físicos, financeiros e
materiais, com o objetivo de construir um ambiente favorável para o ensino e a aprendizagem. Além disso
, é fundamental ter a capacidade de gerenciar pessoas, pois, no contexto democrático atual, elas não
devem ser tratadas apenas como "recursos humanos", mas sim como participantes ativos e principais
responsáveis pela produtividade e qualidade da organização.
Portanto, a gestão de pessoas no ambiente escolar é uma prioridade para o gestor, visando alcançar os
objetivos de uma escola democrática, participativa e acessível a todos. É importante destacar que a
organização da escola deve levar em consideração as necessidades do ensino, dos professores e da
comunidade escolar, uma vez que o gestor também deve prestar contas sobre a utilização dos recursos.
Dessa forma, é fundamental que o diretor, em sua função pedagógica, envolva os membros da equipe
escolar e da comunidade em suas propostas de trabalho, com o objetivo de atender às demandas
educacionais. Nesse sentido, Luck (2009) destaca as principais responsabilidades do gestor na sua função
pedagógica.

- a orientação da elaboração/reelaboração e da implementação do projeto político-pedagógico da escola, a


partir de estudo aprofundado dos fundamentos, disposições legais e metodológicas;
- Promoção de ações de formação continuada, em situações de trabalho, com foco no desenvolvimento de
competências pedagógicas e o aprimoramento das condições favoráveis à criação de um ambiente
escolar favorável à melhoria das experiências de formação e aprendizagem dos alunos;
- Criação de sistemas e formas de monitoramento e avaliação das ações pedagógicas da escola e do
processo ensino-aprendizagem, incluindo auto e heteroavaliação de desempenho;
- Atualização contínua dos métodos e processos de orientação da aprendizagem dos alunos, mediante
adoção de tecnologias da informação e sua utilização regular nas aulas;
- o desenvolvimento regular de práticas de leitura interpretativa.
(LÜCK, 2009, p. 102)

Por fim, a função diretiva do gestor escolar preocupa-se com a efetivação da gestão democrática e a
participação da comunidade. Portanto, é essencial promover o engajamento da comunidade visando sua
participação e contribuição no ambiente educativo. Como líder máximo da instituição, é fundamental
priorizar um ambiente escolar baseado em relacionamentos saudáveis, através de uma liderança que
promova a integração. Isso depende, em grande parte, da capacidade do gestor em exercer sua função.
Compreende-se que o papel do gestor nas escolas públicas do país é amplo e de extrema relevância para
a efetivação da gestão democrática nas unidades de ensino. Por isso, é necessário que o gestor escolar
possua conhecimento técnico e habilidades para lidar com os diversos aspectos que podem comprometer
o bom funcionamento da escola nos relacionamentos, por meio de uma liderança que promova a
integração, que dependem em boa parte da capacidade de quem está exercendo a direção.

4 CONCLUSÃO

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O objetivo deste estudo foi destacar as responsabilidades do diretor escolar nas unidades de ensino. Ao
longo do estudo, ficou evidente que o papel do gestor escolar evoluiu para atender às demandas
educacionais de cada período. A democratização do ensino é respaldada pela Constituição Federal de
1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei 9394/96, que determina que "os
sistemas de ensino estabelecerão as normas para a gestão democrática da educação pública na
educação básica." (BRASIL, 1996).
Portanto, no contexto da gestão democrática, o diretor escolar passou a ser chamado de gestor escolar e
tem a responsabilidade de basear suas ações na participação de todos nas decisões. Nesse sentido, é
incumbência dele pautar suas ações na participação de todos nas tomadas de decisão, tendo como
principais instrumentos de democracia, o projeto pedagógico e os Conselhos escolares.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Andréia Vicência Vitor; SANTOS, Jonata Cristina dos.


Mecanismos da gestão democrática da escola expressos nas normas educacionais brasileiras. REAe -
Revista de Estudos Aplicados em Educação, v. 4, n. 8, jul./dez. 2019. Disponível em:<
10.13037/rea-e.vol4n8.6267> Acesso em: 25 set.2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Fortalecimento


dos Conselhos Escolares. Conselhos Escolares: uma estratégia de gestão democrática da educação
pública/ elaboração Genuíno Bordignon. Brasília: MEC, SEB, 2004. 59 p.

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em:<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti


/1988/constituicao-1988-5-outubro-1988-322142-publicacaooriginal-1-pl.html> Acesso em: 17 set.2022.

BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/seesp


/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf> Acesso em: 17 set.2023.

FERREIRA, Simone Marques ; MARIOTINI, Sérgio Donizeti .


O papel do diretor de escola: contrapontos da administração e da gestão escolar. Disponível em:< http
://unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/35/06042015200316.pdf>
Acesso em: 13 set.2023.

GONÇALVES, Ana Caroline Santos.


A gestão democrática no brasil e o papel do gestor nas escolas. Disponível em:< https://www.fara.edu
.br/sipe/index.php/anuario/article/download/272/245> Acesso em: 17 set.2022.

LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira de TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas,
Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.

LÜCK, Heloísa. Concepções e Processos Democráticos de Gestão Educacional. Petrópolis, RJ. Editora
Vozes, 2012.

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LÜCK, Heloísa.Dimensões da gestão escolar e suas competências. Positivo, Curitiba, 2009.

LÜCK, Heloísa. (Org.). Gestão escola e formação de gestores. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, 2000.
Disponível em:< folhaderosto.p65 (crmariocovas.sp.gov.br)> Acesso em: 22 set.2022.

LÜCK, Heloísa. A Evolução da Gestão Educacional a partir de Mudança Paradigmática. Revista Gestão
em Rede, no. 03, nov, 1997, p. 13-18 .Disponível em:< Microsoft Word - GestaoEscolar_02.doc (cedhap
.com.br)> Acesso em: 12 out.2023.

LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas
, Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.

MOZZER, Mônica César de. Recursos industriais à Gestão de pessoas: o ser humano em foco.
Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:< file:///C:/Users/Dell/Downloads
/K213673_unlocked%20(1).pdf> Acesso em: 08 out.2022.

NESSLER, Nádia Cristina. O gestor escolar e os desafios enfrentados


na função de direção.2013. 43f. Monografia (Especialização em Gestão Educacional). Três Passos, RS.
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS). 2013.Disponível em:< Nessler_Nadia_Cristina.pdf
(ufsm.br)> Acesso em: 12 set.2023.

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PEREIRA, Tatiana dos Santos; SANTOS, Mônica R. N. dos. Processo democrático na escola: a eleição de
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PROCESSO DEMOCRÁTICO NA ESCOLA: A ELEIÇÃO DE DIRETORES | Silva | [TESTE] Anais do
Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca (ufal.br)> Acesso em: 22 set.2023.

SLENGMANN, Leila Ramos Pfeiffer; Melo, Maria Aparecida da Silva. A dimensão pedagógica no âmbito
da gestão escolar na perspectiva dos gestores das escolas da rede pública municipal de Criciuma-SC. v. 4
n. 1 (2020): Revista Saberes Pedagógicos .Disponível em:< Vista do A DIMENSÃO PEDAGÓGICA NO
ÂMBITO DA GESTÃO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DOS GESTORES DAS ESCOLAS DA REDE
PUBLICA MUNICIPAL DE CRICIUMA-SC (unesc.net)> Acesso em: 03out.2023.

SARMENTO, Elisângela Campos Damasceno; SOUZA, Monise R. Carvalho. Da administração à gestão


escolar: representações sociais para o contexto da educação brasileira. Disponível em:< http://www
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SANTOS, Francisca P. Silva. Desafios da gestão democrática na escola municipal Francisco


Pereira de Magalhães Alto Longá- PI Beneditinos.
2015.disponível em:< https://docplayer.com.br/storage
/55/35494189/1537401993/FcJTOgtvdIIAnVTaFTeo5w/35494189.pdf> Acesso em: 17 set.2023.

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=================================================================================
Arquivo 1: TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx (3020 termos)
Arquivo 2: https://www.gov.br/mec/pt-br (1563 termos)
Termos comuns: 20
Similaridade: 0,43%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx (3020 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.gov.br/mec/pt-br (1563
termos)

=================================================================================
UNIVERSITÁRIO FAVENI

GESTÃO ESCOLAR (ADMINISTRAÇÃO, SUPERVISÃO, ORIENTAÇÃO E INSPEÇÃO)

ALINE DA SILVA BATISTA

TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

GOVERNADOR VALADARES, MG
2023

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em Gestão escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).

GOVERNADOR VALADARES, MG
2023

O GESTOR ESCOLAR FRENTE A GESTÃO DEMOCRÁTICO

ALINE DA SILVA BATISTA


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RESUMO- O objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor escolar nas unidades de ensino.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativo e do tipo de pesquisa bibliográfica, através
das seguintes bases de dados: Capes, Scielo e Scholar.google. Para a pesquisa na base de dados, foram
utilizados como descritores as seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar
. Diretor escolar. Na década de 80, em um contexto em que a sociedade buscava maior democratização, a
gestão democrática foi implantada com a publicação da Constituição Federal de 1988, representando um
marco importante para a democratização da educação. Através dos princípios estabelecidos na
Constituição, a gestão democrática no ensino público foi estabelecida. No entanto, é fundamental
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democracia é concretizada, permitindo a abertura dos espaços escolares para diálogos, debates e
discussões. É importante destacar o papel do gestor escolar, que é o principal responsável por um sistema
de ensino democrático e possibilita a participação de todos os envolvidos no processo educacional.

Palavras-chave: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.

1 INTRODUÇÃO

A participação é essencial para garantir a gestão democrática da escola, permitindo que profissionais e
usuários estejam envolvidos na tomada de decisões e no funcionamento da instituição. Além disso, ela
proporciona um maior entendimento dos objetivos, metas e estrutura organizacional da escola,
fortalecendo as relações com a comunidade e promovendo uma maior aproximação entre professores,
alunos e pais.
A gestão escolar passou por transformações significativas a partir da década de 80, impulsionada pelos
movimentos que buscavam a abertura política do país. Essas mudanças não se limitaram apenas à
terminologia utilizada, mas trouxeram consigo a valorização da descentralização e da participação
consciente e esclarecida das pessoas nas decisões relacionadas ao seu trabalho no campo da educação.

Diante do contexto da participação democrática proposta pela Constituição Federal de 1988, que afirma a
necessidade de democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo
aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, verifica-
se que essa proposta não é cumprida ou realizada de forma adequada na escola, o que contribui para o
isolamento da comunidade escolar nas ações da instituição.
No entanto, é importante ressaltar que a gestão democrática escolar é intrinsecamente ligada aos
principais mecanismos de democracia no âmbito escolar. Através desses mecanismos, é possível
materializar a democracia, uma vez que eles permitem a abertura dos espaços escolares para diálogos,
debates e discussões. Dentre esses mecanismos, destacam-se as eleições de diretores, a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, os conselhos escolares e a participação da comunidade escolar. Esses
mecanismos são fundamentais no processo de democratização da educação (ALVES, 2019, p. 37).
Na gestão democrática, o gestor escolar ou diretor tem o importante papel de promover a ruptura,
possibilitando que todos os envolvidos assumam suas funções de forma autônoma, exercendo a
responsabilidade individual e coletiva. Além disso, é fundamental que ele promova a participação de todos
na tomada de decisões, considerando sempre a perspectiva humana e humanizada.
Diante do exposto, o presente estudo possui o seguinte problema de pesquisa: Quais as atribuições do
diretor escolar nas unidades de ensino? Assim, o objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor
escolar nas unidades de ensino. Para a pesquisa na base de dados, foram utilizados como descritores as
seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.
O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo refere-se a um breve histórico da gestão
democrática no país e as principais legislações que abordam o tema. O segundo capítulo aborda o papel
do gestor escolar nas unidades de ensino e suas principais funções nesse contexto escolar.

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2 GESTÃO DEMOCRÁTICA NA EDUCAÇÃO: PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES

A história educacional do Brasil teve início no ano de 1549, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, que vieram com a missão evangelizar e alfabetizar os
moradores da então colônia de Portugal. No entanto, no ano de 1759 os jesuítas foram expulsos do país e
a educação brasileira passou por mudanças consideráveis com a chegado de Marquês de Pombal, que
instituiu a Reforma Pombalina e substituiu o sistema de ensino implantado pelos jesuítas (CARVALHO,
2017,p.23).
Somente na década de 30, que a educação passou por uma expansão, embora fosse destinada apenas à
elite do país e seus filhos, mesmo que a Constituição de 1934 houvesse estabelecido a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário nas escolas. Sendo assim, não houve nessa época uma preocupação
em relação a qualidade do ensino ministrado, pois a prática pedagógica era importada da Europa e o
professor precisa apenas aplicar o modelo europeu em sala de aula.
Entre as décadas de 1960 a 1980 profissionais da educação e a sociedade reivindicavam uma renovação
pedagógica nas escolas públicas do país, por isso, o tema democratização da gestão escolar foi pauta de
muitas discussões e debates pedagógicos, tanto no setor público quanto no setor privado. Diante disso, o
novo cenário de organização social e política foi responsável por provocar mudanças significativas nos
diversos setores da sociedade, inclusive na educação.
A Gestão democrática remonta ao final dos anos 1980, período no qual o Brasil entrava em um processo
de redemocratização e iniciava um novo modelo de sociedade, pautado na participação popular após vinte
anos presos pelas amarras da ditadura militar. Assim, a derrubada do regime militar e a decorrente
retomada da democracia foram coroadas com o advento da Constituição Federal de 1988, também
conhecida como ?Constituição Cidadã?.
Por meio do seu artigo Art. 206, inciso VI, a também conhecida como ?Constituição Cidadã?, cita os sete
princípios a serem observados e necessários para se ministrar o ensino no país e consagra o princípio da
?gestão democrática do ensino público?, como um dos princípios essenciais ao compartilhamento das
ações educativas para melhorias na educação brasileira.
A Carta Magna de 1988 dispõe que:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988 grifo nosso)

O texto constitucional por meio dos princípios elencados, solidificam a educação nacional e estabelece o
direito e o dever da participação de todos que atuam nos sistemas de ensino e nas escolas públicas,
independentemente da situação social e cultural desses. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 é

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fruto da luta de movimentos sociais e educadores pela democratização da sociedade e da escola pública
brasileira, por meio da participação da coletividade na gestão educacional e na construção de políticas
públicas para melhorias no ensino.
A redemocratização da educação como se deu frente às políticas públicas junto ao estado nos anos 90,
possibilitaram novos olhares no setor educacional brasileiro. Ao refletir acerca das políticas educacionais
nos leva a compreender as prioridades e compromissos que moldaram nosso contexto educacional. No
contexto das transformações e intervenções estatais, o texto constitucional de 1988, baseado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) n° 9.394/96, atribui ao Ministério da Educação (MEC),
como órgão da União, a responsabilidade de coordenar a política nacional de educação e promover
articulações nos diferentes níveis de ensino.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 é outro documento importante para os
avanços da gestão democrática escolar, pois estabeleceu e regulamentou as diretrizes gerais para a
educação, os sistemas de ensino e os princípios elencados na Constituição Federal de 1988, inclusive, de
gestão democrática. Em seu artigo 18 define a gestão escolar democrática por meio de seus princípios
contemplados.

A gestão democrática constitui princípio fundamental da organização e da administração das instituições


públicas de ensino, compreendendo:
I - a existência de mecanismos de coparticipação na gestão das instituições de ensino, com representação
dos segmentos que a integram, incluídos, no caso das instituições destinadas à educação e ao ensino de
crianças e adolescentes, os pais ou responsáveis;
1º - o cumprimento do disposto neste artigo dar-se-á com observância dos seguintes preceitos:
I - Existência de órgãos colegiados e conselhos escolares, com competência sobre o conjunto de todas as
atividades desenvolvidas pela instituição;
III - avaliação permanente da qualidade de serviços prestados e dos resultados das atividades
educacionais oferecidas à sociedade;
V - Utilização de métodos participativos para a escolha de dirigentes, ressalvado o provimento de cargos
por concurso público;
VI - Incentivo para a criação de associações de profissionais do ensino, alunos, ex-alunos e pais, além das
de caráter acadêmico, assegurada sua participação nos processos decisórios internos das instituições.
(BRASIL, 1996)

]O texto aborda o processo de descentralização do poder como uma necessidade para a gestão escolar
democrática. Isso ocorre porque essa abordagem permite a participação de todos os sujeitos escolares,
como professores, alunos, comunidade, equipe pedagógica e outros profissionais, nas tomadas de
decisão. Segundo a autora Heloisa Luck (2000), há uma estreita relação entre descentralização,
democracia e autonomia.

Muito embora as concepções de descentralização, democratização da gestão escolar e autonomia da


escola sejam parte de um mesmo corolário, encontramos certos sistemas que buscam o desenvolvimento
da democratização da gestão escolar, sem pensar na autonomia do estabelecimento de ensino e sem
descentralizar poder para a mesma. Ou que pensam em construir sua autonomia, sem agir no sentido de
criar mecanismos sólidos de sua democratização, em vista do que, paradoxalmente, se pode criar a
autonomia do autoritarismo local. Por outro lado, ainda, observa-se o esforço de alguns sistemas de

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ensino, no sentido de desenvolver nas escolas os conceitos de democratização e autonomia, de modo


centralizado, o que implica uma contradição paradigmática muito comum, que faz com que os esforços se
anulem. (LUCK, 2000, p.17).

A gestão democrática é caracterizada principalmente pela descentralização do poder e pela autonomia,


pois contribui para que todos os envolvidos no processo educacional, busquem melhorias no ensino e
assumam como seus, os problemas e dificuldades que anteriormente eram de responsabilidade da direção
escolar e demais profissionais.
No entanto, é fundamental ressaltar que a gestão democrática escolar só pode ser efetiva se houver a
implementação de mecanismos que favoreçam a participação de todos os envolvidos. Através desses
mecanismos, é possível criar espaços para o diálogo, debates e discussões nas escolas, de forma a tornar
a democracia uma realidade. Dentro desse contexto, a eleição de diretores é considerada um dos
processos mais democráticos para a seleção de um líder escolar. Esse processo possibilita que pais,
alunos, professores e funcionários tenham a oportunidade de escolher um candidato que esteja
familiarizado com a realidade da escola, represente a comunidade e seja capaz de implementar melhorias
no ensino (LÜCK, 2012).

A participação é o meio para assegurar a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os


integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. A
participação proporciona melhor conhecimento dos objetivos e das metas da escola, de sua estrutura
organizacional e de sua dinâmica, de suas relações com a comunidade, e propicia um clima de trabalho
favorável a maior aproximação entre professores, alunos e pais. (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2005 p.
328)

A organização do trabalho pedagógico é uma estratégia essencial para promover a democratização do


processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, é de suma importância que um gestor adote novas
abordagens de administração, que incluam a comunicação e o diálogo como elementos centrais na prática
pedagógica dos professores. Cabe ao gestor desempenhar um papel de liderança nesse processo,
demonstrando competência técnica e política (LÜCK, 2013).
A participação requer mobilização dos esforços para superação de desafios e problemas, pois se todos
trabalharem juntos, a educação se torna algo mais amplo, não se restringindo somente ao processo de
ensino e aprendizagem, mas provocará mudanças significativas na sociedade em que vive (LÜCK, 2013).
Ao assumir essa função, o gestor deve buscar de forma imprescindível a união dos diferentes atores em
prol de uma educação de excelência. Para isso, é necessário exercer uma liderança democrática, capaz
de interagir com todos os setores da comunidade escolar. A liderança do gestor requer uma formação
pedagógica crítica e independente, afastada dos princípios neoliberais. Desse modo, o objetivo é construir
uma educação autêntica, que valorize tanto a sensibilidade quanto as habilidades, buscando obter o
máximo de contribuição e participação de todos os membros da comunidade.
Dessa forma, pode-se afirmar que o diretor escolar possui o dever e o direito de assegurar a participação
de todos os envolvidos no processo educacional e nas tomadas de decisão da instituição. No entanto, não
é suficiente apenas conhecer as leis atuais que respaldam a Gestão Democrática escolar, mas também é
necessário efetivar a participação como meio de compreender as necessidades da escola e o papel de
cada setor para o bom funcionamento da instituição.
O diretor desempenha um papel fundamental na gestão democrática, pois ele pode dificultar ou facilitar a

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implantação de procedimentos participativos. Por isso, destaca-se a importância de sua capacidade para
gerir pessoas e exercer influência para a efetivação dos objetivos educacionais. Nesse contexto, o gestor
escolar possui três funções básicas, a saber: administrativa, pedagógica e diretiva. (NESSLER, 2013,p
.10)
Na sua função administrativa, destaca-se a atividade de organização dos recursos físicos, financeiros e
materiais, com o objetivo de construir um ambiente favorável para o ensino e a aprendizagem. Além disso
, é fundamental ter a capacidade de gerenciar pessoas, pois, no contexto democrático atual, elas não
devem ser tratadas apenas como "recursos humanos", mas sim como participantes ativos e principais
responsáveis pela produtividade e qualidade da organização.
Portanto, a gestão de pessoas no ambiente escolar é uma prioridade para o gestor, visando alcançar os
objetivos de uma escola democrática, participativa e acessível a todos. É importante destacar que a
organização da escola deve levar em consideração as necessidades do ensino, dos professores e da
comunidade escolar, uma vez que o gestor também deve prestar contas sobre a utilização dos recursos.
Dessa forma, é fundamental que o diretor, em sua função pedagógica, envolva os membros da equipe
escolar e da comunidade em suas propostas de trabalho, com o objetivo de atender às demandas
educacionais. Nesse sentido, Luck (2009) destaca as principais responsabilidades do gestor na sua função
pedagógica.

- a orientação da elaboração/reelaboração e da implementação do projeto político-pedagógico da escola, a


partir de estudo aprofundado dos fundamentos, disposições legais e metodológicas;
- Promoção de ações de formação continuada, em situações de trabalho, com foco no desenvolvimento de
competências pedagógicas e o aprimoramento das condições favoráveis à criação de um ambiente
escolar favorável à melhoria das experiências de formação e aprendizagem dos alunos;
- Criação de sistemas e formas de monitoramento e avaliação das ações pedagógicas da escola e do
processo ensino-aprendizagem, incluindo auto e heteroavaliação de desempenho;
- Atualização contínua dos métodos e processos de orientação da aprendizagem dos alunos, mediante
adoção de tecnologias da informação e sua utilização regular nas aulas;
- o desenvolvimento regular de práticas de leitura interpretativa.
(LÜCK, 2009, p. 102)

Por fim, a função diretiva do gestor escolar preocupa-se com a efetivação da gestão democrática e a
participação da comunidade. Portanto, é essencial promover o engajamento da comunidade visando sua
participação e contribuição no ambiente educativo. Como líder máximo da instituição, é fundamental
priorizar um ambiente escolar baseado em relacionamentos saudáveis, através de uma liderança que
promova a integração. Isso depende, em grande parte, da capacidade do gestor em exercer sua função.
Compreende-se que o papel do gestor nas escolas públicas do país é amplo e de extrema relevância para
a efetivação da gestão democrática nas unidades de ensino. Por isso, é necessário que o gestor escolar
possua conhecimento técnico e habilidades para lidar com os diversos aspectos que podem comprometer
o bom funcionamento da escola nos relacionamentos, por meio de uma liderança que promova a
integração, que dependem em boa parte da capacidade de quem está exercendo a direção.

4 CONCLUSÃO

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O objetivo deste estudo foi destacar as responsabilidades do diretor escolar nas unidades de ensino. Ao
longo do estudo, ficou evidente que o papel do gestor escolar evoluiu para atender às demandas
educacionais de cada período. A democratização do ensino é respaldada pela Constituição Federal de
1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei 9394/96, que determina que "os
sistemas de ensino estabelecerão as normas para a gestão democrática da educação pública na
educação básica." (BRASIL, 1996).
Portanto, no contexto da gestão democrática, o diretor escolar passou a ser chamado de gestor escolar e
tem a responsabilidade de basear suas ações na participação de todos nas decisões. Nesse sentido, é
incumbência dele pautar suas ações na participação de todos nas tomadas de decisão, tendo como
principais instrumentos de democracia, o projeto pedagógico e os Conselhos escolares.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Andréia Vicência Vitor; SANTOS, Jonata Cristina dos.


Mecanismos da gestão democrática da escola expressos nas normas educacionais brasileiras. REAe -
Revista de Estudos Aplicados em Educação, v. 4, n. 8, jul./dez. 2019. Disponível em:<
10.13037/rea-e.vol4n8.6267> Acesso em: 25 set.2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Fortalecimento


dos Conselhos Escolares. Conselhos Escolares: uma estratégia de gestão democrática da educação
pública/ elaboração Genuíno Bordignon. Brasília: MEC, SEB, 2004. 59 p.

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em:<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti


/1988/constituicao-1988-5-outubro-1988-322142-publicacaooriginal-1-pl.html> Acesso em: 17 set.2022.

BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/seesp


/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf> Acesso em: 17 set.2023.

FERREIRA, Simone Marques ; MARIOTINI, Sérgio Donizeti .


O papel do diretor de escola: contrapontos da administração e da gestão escolar. Disponível em:< http
://unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/35/06042015200316.pdf>
Acesso em: 13 set.2023.

GONÇALVES, Ana Caroline Santos.


A gestão democrática no brasil e o papel do gestor nas escolas. Disponível em:< https://www.fara.edu
.br/sipe/index.php/anuario/article/download/272/245> Acesso em: 17 set.2022.

LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira de TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas,
Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.

LÜCK, Heloísa. Concepções e Processos Democráticos de Gestão Educacional. Petrópolis, RJ. Editora
Vozes, 2012.

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LÜCK, Heloísa.Dimensões da gestão escolar e suas competências. Positivo, Curitiba, 2009.

LÜCK, Heloísa. (Org.). Gestão escola e formação de gestores. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, 2000.
Disponível em:< folhaderosto.p65 (crmariocovas.sp.gov.br)> Acesso em: 22 set.2022.

LÜCK, Heloísa. A Evolução da Gestão Educacional a partir de Mudança Paradigmática. Revista Gestão
em Rede, no. 03, nov, 1997, p. 13-18 .Disponível em:< Microsoft Word - GestaoEscolar_02.doc (cedhap
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LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas
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MOZZER, Mônica César de. Recursos industriais à Gestão de pessoas: o ser humano em foco.
Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:< file:///C:/Users/Dell/Downloads
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NESSLER, Nádia Cristina. O gestor escolar e os desafios enfrentados


na função de direção.2013. 43f. Monografia (Especialização em Gestão Educacional). Três Passos, RS.
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Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca (ufal.br)> Acesso em: 22 set.2023.

SLENGMANN, Leila Ramos Pfeiffer; Melo, Maria Aparecida da Silva. A dimensão pedagógica no âmbito
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n. 1 (2020): Revista Saberes Pedagógicos .Disponível em:< Vista do A DIMENSÃO PEDAGÓGICA NO
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SARMENTO, Elisângela Campos Damasceno; SOUZA, Monise R. Carvalho. Da administração à gestão


escolar: representações sociais para o contexto da educação brasileira. Disponível em:< http://www
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SANTOS, Francisca P. Silva. Desafios da gestão democrática na escola municipal Francisco


Pereira de Magalhães Alto Longá- PI Beneditinos.
2015.disponível em:< https://docplayer.com.br/storage
/55/35494189/1537401993/FcJTOgtvdIIAnVTaFTeo5w/35494189.pdf> Acesso em: 17 set.2023.

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=================================================================================
Arquivo 1: TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx (3020 termos)
Arquivo 2: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf (32 termos)
Termos comuns: 2
Similaridade: 0,06%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx (3020 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf (32 termos)

=================================================================================
UNIVERSITÁRIO FAVENI

GESTÃO ESCOLAR (ADMINISTRAÇÃO, SUPERVISÃO, ORIENTAÇÃO E INSPEÇÃO)

ALINE DA SILVA BATISTA

TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

GOVERNADOR VALADARES, MG
2023

ALINE DA SILVA BATISTA

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TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista
em Gestão escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).

GOVERNADOR VALADARES, MG
2023

O GESTOR ESCOLAR FRENTE A GESTÃO DEMOCRÁTICO

ALINE DA SILVA BATISTA


[1: Email: linebatista25@gmail.com]

RESUMO- O objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor escolar nas unidades de ensino.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativo e do tipo de pesquisa bibliográfica, através
das seguintes bases de dados: Capes, Scielo e Scholar.google. Para a pesquisa na base de dados, foram
utilizados como descritores as seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar
. Diretor escolar. Na década de 80, em um contexto em que a sociedade buscava maior democratização, a
gestão democrática foi implantada com a publicação da Constituição Federal de 1988, representando um
marco importante para a democratização da educação. Através dos princípios estabelecidos na
Constituição, a gestão democrática no ensino público foi estabelecida. No entanto, é fundamental
mencionar os principais mecanismos de democracia no ambiente escolar, pois é por meio deles que a

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democracia é concretizada, permitindo a abertura dos espaços escolares para diálogos, debates e
discussões. É importante destacar o papel do gestor escolar, que é o principal responsável por um sistema
de ensino democrático e possibilita a participação de todos os envolvidos no processo educacional.

Palavras-chave: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.

1 INTRODUÇÃO

A participação é essencial para garantir a gestão democrática da escola, permitindo que profissionais e
usuários estejam envolvidos na tomada de decisões e no funcionamento da instituição. Além disso, ela
proporciona um maior entendimento dos objetivos, metas e estrutura organizacional da escola,
fortalecendo as relações com a comunidade e promovendo uma maior aproximação entre professores,
alunos e pais.
A gestão escolar passou por transformações significativas a partir da década de 80, impulsionada pelos
movimentos que buscavam a abertura política do país. Essas mudanças não se limitaram apenas à
terminologia utilizada, mas trouxeram consigo a valorização da descentralização e da participação
consciente e esclarecida das pessoas nas decisões relacionadas ao seu trabalho no campo da educação.

Diante do contexto da participação democrática proposta pela Constituição Federal de 1988, que afirma a
necessidade de democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo
aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, verifica-
se que essa proposta não é cumprida ou realizada de forma adequada na escola, o que contribui para o
isolamento da comunidade escolar nas ações da instituição.
No entanto, é importante ressaltar que a gestão democrática escolar é intrinsecamente ligada aos
principais mecanismos de democracia no âmbito escolar. Através desses mecanismos, é possível
materializar a democracia, uma vez que eles permitem a abertura dos espaços escolares para diálogos,
debates e discussões. Dentre esses mecanismos, destacam-se as eleições de diretores, a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, os conselhos escolares e a participação da comunidade escolar. Esses
mecanismos são fundamentais no processo de democratização da educação (ALVES, 2019, p. 37).
Na gestão democrática, o gestor escolar ou diretor tem o importante papel de promover a ruptura,
possibilitando que todos os envolvidos assumam suas funções de forma autônoma, exercendo a
responsabilidade individual e coletiva. Além disso, é fundamental que ele promova a participação de todos
na tomada de decisões, considerando sempre a perspectiva humana e humanizada.
Diante do exposto, o presente estudo possui o seguinte problema de pesquisa: Quais as atribuições do
diretor escolar nas unidades de ensino? Assim, o objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor
escolar nas unidades de ensino. Para a pesquisa na base de dados, foram utilizados como descritores as
seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.
O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo refere-se a um breve histórico da gestão
democrática no país e as principais legislações que abordam o tema. O segundo capítulo aborda o papel
do gestor escolar nas unidades de ensino e suas principais funções nesse contexto escolar.

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2 GESTÃO DEMOCRÁTICA NA EDUCAÇÃO: PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES

A história educacional do Brasil teve início no ano de 1549, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, que vieram com a missão evangelizar e alfabetizar os
moradores da então colônia de Portugal. No entanto, no ano de 1759 os jesuítas foram expulsos do país e
a educação brasileira passou por mudanças consideráveis com a chegado de Marquês de Pombal, que
instituiu a Reforma Pombalina e substituiu o sistema de ensino implantado pelos jesuítas (CARVALHO,
2017,p.23).
Somente na década de 30, que a educação passou por uma expansão, embora fosse destinada apenas à
elite do país e seus filhos, mesmo que a Constituição de 1934 houvesse estabelecido a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário nas escolas. Sendo assim, não houve nessa época uma preocupação
em relação a qualidade do ensino ministrado, pois a prática pedagógica era importada da Europa e o
professor precisa apenas aplicar o modelo europeu em sala de aula.
Entre as décadas de 1960 a 1980 profissionais da educação e a sociedade reivindicavam uma renovação
pedagógica nas escolas públicas do país, por isso, o tema democratização da gestão escolar foi pauta de
muitas discussões e debates pedagógicos, tanto no setor público quanto no setor privado. Diante disso, o
novo cenário de organização social e política foi responsável por provocar mudanças significativas nos
diversos setores da sociedade, inclusive na educação.
A Gestão democrática remonta ao final dos anos 1980, período no qual o Brasil entrava em um processo
de redemocratização e iniciava um novo modelo de sociedade, pautado na participação popular após vinte
anos presos pelas amarras da ditadura militar. Assim, a derrubada do regime militar e a decorrente
retomada da democracia foram coroadas com o advento da Constituição Federal de 1988, também
conhecida como ?Constituição Cidadã?.
Por meio do seu artigo Art. 206, inciso VI, a também conhecida como ?Constituição Cidadã?, cita os sete
princípios a serem observados e necessários para se ministrar o ensino no país e consagra o princípio da
?gestão democrática do ensino público?, como um dos princípios essenciais ao compartilhamento das
ações educativas para melhorias na educação brasileira.
A Carta Magna de 1988 dispõe que:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988 grifo nosso)

O texto constitucional por meio dos princípios elencados, solidificam a educação nacional e estabelece o
direito e o dever da participação de todos que atuam nos sistemas de ensino e nas escolas públicas,
independentemente da situação social e cultural desses. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 é

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fruto da luta de movimentos sociais e educadores pela democratização da sociedade e da escola pública
brasileira, por meio da participação da coletividade na gestão educacional e na construção de políticas
públicas para melhorias no ensino.
A redemocratização da educação como se deu frente às políticas públicas junto ao estado nos anos 90,
possibilitaram novos olhares no setor educacional brasileiro. Ao refletir acerca das políticas educacionais
nos leva a compreender as prioridades e compromissos que moldaram nosso contexto educacional. No
contexto das transformações e intervenções estatais, o texto constitucional de 1988, baseado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) n° 9.394/96, atribui ao Ministério da Educação (MEC),
como órgão da União, a responsabilidade de coordenar a política nacional de educação e promover
articulações nos diferentes níveis de ensino.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 é outro documento importante para os
avanços da gestão democrática escolar, pois estabeleceu e regulamentou as diretrizes gerais para a
educação, os sistemas de ensino e os princípios elencados na Constituição Federal de 1988, inclusive, de
gestão democrática. Em seu artigo 18 define a gestão escolar democrática por meio de seus princípios
contemplados.

A gestão democrática constitui princípio fundamental da organização e da administração das instituições


públicas de ensino, compreendendo:
I - a existência de mecanismos de coparticipação na gestão das instituições de ensino, com representação
dos segmentos que a integram, incluídos, no caso das instituições destinadas à educação e ao ensino de
crianças e adolescentes, os pais ou responsáveis;
1º - o cumprimento do disposto neste artigo dar-se-á com observância dos seguintes preceitos:
I - Existência de órgãos colegiados e conselhos escolares, com competência sobre o conjunto de todas as
atividades desenvolvidas pela instituição;
III - avaliação permanente da qualidade de serviços prestados e dos resultados das atividades
educacionais oferecidas à sociedade;
V - Utilização de métodos participativos para a escolha de dirigentes, ressalvado o provimento de cargos
por concurso público;
VI - Incentivo para a criação de associações de profissionais do ensino, alunos, ex-alunos e pais, além das
de caráter acadêmico, assegurada sua participação nos processos decisórios internos das instituições.
(BRASIL, 1996)

]O texto aborda o processo de descentralização do poder como uma necessidade para a gestão escolar
democrática. Isso ocorre porque essa abordagem permite a participação de todos os sujeitos escolares,
como professores, alunos, comunidade, equipe pedagógica e outros profissionais, nas tomadas de
decisão. Segundo a autora Heloisa Luck (2000), há uma estreita relação entre descentralização,
democracia e autonomia.

Muito embora as concepções de descentralização, democratização da gestão escolar e autonomia da


escola sejam parte de um mesmo corolário, encontramos certos sistemas que buscam o desenvolvimento
da democratização da gestão escolar, sem pensar na autonomia do estabelecimento de ensino e sem
descentralizar poder para a mesma. Ou que pensam em construir sua autonomia, sem agir no sentido de
criar mecanismos sólidos de sua democratização, em vista do que, paradoxalmente, se pode criar a
autonomia do autoritarismo local. Por outro lado, ainda, observa-se o esforço de alguns sistemas de

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ensino, no sentido de desenvolver nas escolas os conceitos de democratização e autonomia, de modo


centralizado, o que implica uma contradição paradigmática muito comum, que faz com que os esforços se
anulem. (LUCK, 2000, p.17).

A gestão democrática é caracterizada principalmente pela descentralização do poder e pela autonomia,


pois contribui para que todos os envolvidos no processo educacional, busquem melhorias no ensino e
assumam como seus, os problemas e dificuldades que anteriormente eram de responsabilidade da direção
escolar e demais profissionais.
No entanto, é fundamental ressaltar que a gestão democrática escolar só pode ser efetiva se houver a
implementação de mecanismos que favoreçam a participação de todos os envolvidos. Através desses
mecanismos, é possível criar espaços para o diálogo, debates e discussões nas escolas, de forma a tornar
a democracia uma realidade. Dentro desse contexto, a eleição de diretores é considerada um dos
processos mais democráticos para a seleção de um líder escolar. Esse processo possibilita que pais,
alunos, professores e funcionários tenham a oportunidade de escolher um candidato que esteja
familiarizado com a realidade da escola, represente a comunidade e seja capaz de implementar melhorias
no ensino (LÜCK, 2012).

A participação é o meio para assegurar a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os


integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. A
participação proporciona melhor conhecimento dos objetivos e das metas da escola, de sua estrutura
organizacional e de sua dinâmica, de suas relações com a comunidade, e propicia um clima de trabalho
favorável a maior aproximação entre professores, alunos e pais. (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2005 p.
328)

A organização do trabalho pedagógico é uma estratégia essencial para promover a democratização do


processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, é de suma importância que um gestor adote novas
abordagens de administração, que incluam a comunicação e o diálogo como elementos centrais na prática
pedagógica dos professores. Cabe ao gestor desempenhar um papel de liderança nesse processo,
demonstrando competência técnica e política (LÜCK, 2013).
A participação requer mobilização dos esforços para superação de desafios e problemas, pois se todos
trabalharem juntos, a educação se torna algo mais amplo, não se restringindo somente ao processo de
ensino e aprendizagem, mas provocará mudanças significativas na sociedade em que vive (LÜCK, 2013).
Ao assumir essa função, o gestor deve buscar de forma imprescindível a união dos diferentes atores em
prol de uma educação de excelência. Para isso, é necessário exercer uma liderança democrática, capaz
de interagir com todos os setores da comunidade escolar. A liderança do gestor requer uma formação
pedagógica crítica e independente, afastada dos princípios neoliberais. Desse modo, o objetivo é construir
uma educação autêntica, que valorize tanto a sensibilidade quanto as habilidades, buscando obter o
máximo de contribuição e participação de todos os membros da comunidade.
Dessa forma, pode-se afirmar que o diretor escolar possui o dever e o direito de assegurar a participação
de todos os envolvidos no processo educacional e nas tomadas de decisão da instituição. No entanto, não
é suficiente apenas conhecer as leis atuais que respaldam a Gestão Democrática escolar, mas também é
necessário efetivar a participação como meio de compreender as necessidades da escola e o papel de
cada setor para o bom funcionamento da instituição.
O diretor desempenha um papel fundamental na gestão democrática, pois ele pode dificultar ou facilitar a

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implantação de procedimentos participativos. Por isso, destaca-se a importância de sua capacidade para
gerir pessoas e exercer influência para a efetivação dos objetivos educacionais. Nesse contexto, o gestor
escolar possui três funções básicas, a saber: administrativa, pedagógica e diretiva. (NESSLER, 2013,p
.10)
Na sua função administrativa, destaca-se a atividade de organização dos recursos físicos, financeiros e
materiais, com o objetivo de construir um ambiente favorável para o ensino e a aprendizagem. Além disso
, é fundamental ter a capacidade de gerenciar pessoas, pois, no contexto democrático atual, elas não
devem ser tratadas apenas como "recursos humanos", mas sim como participantes ativos e principais
responsáveis pela produtividade e qualidade da organização.
Portanto, a gestão de pessoas no ambiente escolar é uma prioridade para o gestor, visando alcançar os
objetivos de uma escola democrática, participativa e acessível a todos. É importante destacar que a
organização da escola deve levar em consideração as necessidades do ensino, dos professores e da
comunidade escolar, uma vez que o gestor também deve prestar contas sobre a utilização dos recursos.
Dessa forma, é fundamental que o diretor, em sua função pedagógica, envolva os membros da equipe
escolar e da comunidade em suas propostas de trabalho, com o objetivo de atender às demandas
educacionais. Nesse sentido, Luck (2009) destaca as principais responsabilidades do gestor na sua função
pedagógica.

- a orientação da elaboração/reelaboração e da implementação do projeto político-pedagógico da escola, a


partir de estudo aprofundado dos fundamentos, disposições legais e metodológicas;
- Promoção de ações de formação continuada, em situações de trabalho, com foco no desenvolvimento de
competências pedagógicas e o aprimoramento das condições favoráveis à criação de um ambiente
escolar favorável à melhoria das experiências de formação e aprendizagem dos alunos;
- Criação de sistemas e formas de monitoramento e avaliação das ações pedagógicas da escola e do
processo ensino-aprendizagem, incluindo auto e heteroavaliação de desempenho;
- Atualização contínua dos métodos e processos de orientação da aprendizagem dos alunos, mediante
adoção de tecnologias da informação e sua utilização regular nas aulas;
- o desenvolvimento regular de práticas de leitura interpretativa.
(LÜCK, 2009, p. 102)

Por fim, a função diretiva do gestor escolar preocupa-se com a efetivação da gestão democrática e a
participação da comunidade. Portanto, é essencial promover o engajamento da comunidade visando sua
participação e contribuição no ambiente educativo. Como líder máximo da instituição, é fundamental
priorizar um ambiente escolar baseado em relacionamentos saudáveis, através de uma liderança que
promova a integração. Isso depende, em grande parte, da capacidade do gestor em exercer sua função.
Compreende-se que o papel do gestor nas escolas públicas do país é amplo e de extrema relevância para
a efetivação da gestão democrática nas unidades de ensino. Por isso, é necessário que o gestor escolar
possua conhecimento técnico e habilidades para lidar com os diversos aspectos que podem comprometer
o bom funcionamento da escola nos relacionamentos, por meio de uma liderança que promova a
integração, que dependem em boa parte da capacidade de quem está exercendo a direção.

4 CONCLUSÃO

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O objetivo deste estudo foi destacar as responsabilidades do diretor escolar nas unidades de ensino. Ao
longo do estudo, ficou evidente que o papel do gestor escolar evoluiu para atender às demandas
educacionais de cada período. A democratização do ensino é respaldada pela Constituição Federal de
1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei 9394/96, que determina que "os
sistemas de ensino estabelecerão as normas para a gestão democrática da educação pública na
educação básica." (BRASIL, 1996).
Portanto, no contexto da gestão democrática, o diretor escolar passou a ser chamado de gestor escolar e
tem a responsabilidade de basear suas ações na participação de todos nas decisões. Nesse sentido, é
incumbência dele pautar suas ações na participação de todos nas tomadas de decisão, tendo como
principais instrumentos de democracia, o projeto pedagógico e os Conselhos escolares.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Andréia Vicência Vitor; SANTOS, Jonata Cristina dos.


Mecanismos da gestão democrática da escola expressos nas normas educacionais brasileiras. REAe -
Revista de Estudos Aplicados em Educação, v. 4, n. 8, jul./dez. 2019. Disponível em:<
10.13037/rea-e.vol4n8.6267> Acesso em: 25 set.2023.

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dos Conselhos Escolares. Conselhos Escolares: uma estratégia de gestão democrática da educação
pública/ elaboração Genuíno Bordignon. Brasília: MEC, SEB, 2004. 59 p.

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em:<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti


/1988/constituicao-1988-5-outubro-1988-322142-publicacaooriginal-1-pl.html> Acesso em: 17 set.2022.

BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/seesp


/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf> Acesso em: 17 set.2023.

FERREIRA, Simone Marques ; MARIOTINI, Sérgio Donizeti .


O papel do diretor de escola: contrapontos da administração e da gestão escolar. Disponível em:< http
://unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/35/06042015200316.pdf>
Acesso em: 13 set.2023.

GONÇALVES, Ana Caroline Santos.


A gestão democrática no brasil e o papel do gestor nas escolas. Disponível em:< https://www.fara.edu
.br/sipe/index.php/anuario/article/download/272/245> Acesso em: 17 set.2022.

LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira de TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: Políticas,
Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.

LÜCK, Heloísa. Concepções e Processos Democráticos de Gestão Educacional. Petrópolis, RJ. Editora
Vozes, 2012.

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LÜCK, Heloísa.Dimensões da gestão escolar e suas competências. Positivo, Curitiba, 2009.

LÜCK, Heloísa. (Org.). Gestão escola e formação de gestores. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, 2000.
Disponível em:< folhaderosto.p65 (crmariocovas.sp.gov.br)> Acesso em: 22 set.2022.

LÜCK, Heloísa. A Evolução da Gestão Educacional a partir de Mudança Paradigmática. Revista Gestão
em Rede, no. 03, nov, 1997, p. 13-18 .Disponível em:< Microsoft Word - GestaoEscolar_02.doc (cedhap
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, Estrutura e Organização ? 2. Ed. ? São Paulo: Cortez, 2005.

MOZZER, Mônica César de. Recursos industriais à Gestão de pessoas: o ser humano em foco.
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NESSLER, Nádia Cristina. O gestor escolar e os desafios enfrentados


na função de direção.2013. 43f. Monografia (Especialização em Gestão Educacional). Três Passos, RS.
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS). 2013.Disponível em:< Nessler_Nadia_Cristina.pdf
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PEREIRA, Tatiana dos Santos; SANTOS, Mônica R. N. dos. Processo democrático na escola: a eleição de
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PROCESSO DEMOCRÁTICO NA ESCOLA: A ELEIÇÃO DE DIRETORES | Silva | [TESTE] Anais do
Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca (ufal.br)> Acesso em: 22 set.2023.

SLENGMANN, Leila Ramos Pfeiffer; Melo, Maria Aparecida da Silva. A dimensão pedagógica no âmbito
da gestão escolar na perspectiva dos gestores das escolas da rede pública municipal de Criciuma-SC. v. 4
n. 1 (2020): Revista Saberes Pedagógicos .Disponível em:< Vista do A DIMENSÃO PEDAGÓGICA NO
ÂMBITO DA GESTÃO ESCOLAR NA PERSPECTIVA DOS GESTORES DAS ESCOLAS DA REDE
PUBLICA MUNICIPAL DE CRICIUMA-SC (unesc.net)> Acesso em: 03out.2023.

SARMENTO, Elisângela Campos Damasceno; SOUZA, Monise R. Carvalho. Da administração à gestão


escolar: representações sociais para o contexto da educação brasileira. Disponível em:< http://www
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SANTOS, Francisca P. Silva. Desafios da gestão democrática na escola municipal Francisco


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2015.disponível em:< https://docplayer.com.br/storage
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=================================================================================
Arquivo 1: TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx (3020 termos)
Arquivo 2: http://portal.mec.gov.br/seesp. (143 termos)
Termos comuns: 1
Similaridade: 0,03%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx (3020 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento http://portal.mec.gov.br/seesp. (143
termos)

=================================================================================
UNIVERSITÁRIO FAVENI

GESTÃO ESCOLAR (ADMINISTRAÇÃO, SUPERVISÃO, ORIENTAÇÃO E INSPEÇÃO)

ALINE DA SILVA BATISTA

TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

GOVERNADOR VALADARES, MG
2023

ALINE DA SILVA BATISTA

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TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista
em Gestão escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).

GOVERNADOR VALADARES, MG
2023

O GESTOR ESCOLAR FRENTE A GESTÃO DEMOCRÁTICO

ALINE DA SILVA BATISTA


[1: Email: linebatista25@gmail.com]

RESUMO- O objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor escolar nas unidades de ensino.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativo e do tipo de pesquisa bibliográfica, através
das seguintes bases de dados: Capes, Scielo e Scholar.google. Para a pesquisa na base de dados, foram
utilizados como descritores as seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar
. Diretor escolar. Na década de 80, em um contexto em que a sociedade buscava maior democratização, a
gestão democrática foi implantada com a publicação da Constituição Federal de 1988, representando um
marco importante para a democratização da educação. Através dos princípios estabelecidos na
Constituição, a gestão democrática no ensino público foi estabelecida. No entanto, é fundamental
mencionar os principais mecanismos de democracia no ambiente escolar, pois é por meio deles que a

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democracia é concretizada, permitindo a abertura dos espaços escolares para diálogos, debates e
discussões. É importante destacar o papel do gestor escolar, que é o principal responsável por um sistema
de ensino democrático e possibilita a participação de todos os envolvidos no processo educacional.

Palavras-chave: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.

1 INTRODUÇÃO

A participação é essencial para garantir a gestão democrática da escola, permitindo que profissionais e
usuários estejam envolvidos na tomada de decisões e no funcionamento da instituição. Além disso, ela
proporciona um maior entendimento dos objetivos, metas e estrutura organizacional da escola,
fortalecendo as relações com a comunidade e promovendo uma maior aproximação entre professores,
alunos e pais.
A gestão escolar passou por transformações significativas a partir da década de 80, impulsionada pelos
movimentos que buscavam a abertura política do país. Essas mudanças não se limitaram apenas à
terminologia utilizada, mas trouxeram consigo a valorização da descentralização e da participação
consciente e esclarecida das pessoas nas decisões relacionadas ao seu trabalho no campo da educação.

Diante do contexto da participação democrática proposta pela Constituição Federal de 1988, que afirma a
necessidade de democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo
aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, verifica-
se que essa proposta não é cumprida ou realizada de forma adequada na escola, o que contribui para o
isolamento da comunidade escolar nas ações da instituição.
No entanto, é importante ressaltar que a gestão democrática escolar é intrinsecamente ligada aos
principais mecanismos de democracia no âmbito escolar. Através desses mecanismos, é possível
materializar a democracia, uma vez que eles permitem a abertura dos espaços escolares para diálogos,
debates e discussões. Dentre esses mecanismos, destacam-se as eleições de diretores, a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, os conselhos escolares e a participação da comunidade escolar. Esses
mecanismos são fundamentais no processo de democratização da educação (ALVES, 2019, p. 37).
Na gestão democrática, o gestor escolar ou diretor tem o importante papel de promover a ruptura,
possibilitando que todos os envolvidos assumam suas funções de forma autônoma, exercendo a
responsabilidade individual e coletiva. Além disso, é fundamental que ele promova a participação de todos
na tomada de decisões, considerando sempre a perspectiva humana e humanizada.
Diante do exposto, o presente estudo possui o seguinte problema de pesquisa: Quais as atribuições do
diretor escolar nas unidades de ensino? Assim, o objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor
escolar nas unidades de ensino. Para a pesquisa na base de dados, foram utilizados como descritores as
seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.
O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo refere-se a um breve histórico da gestão
democrática no país e as principais legislações que abordam o tema. O segundo capítulo aborda o papel
do gestor escolar nas unidades de ensino e suas principais funções nesse contexto escolar.

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2 GESTÃO DEMOCRÁTICA NA EDUCAÇÃO: PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES

A história educacional do Brasil teve início no ano de 1549, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, que vieram com a missão evangelizar e alfabetizar os
moradores da então colônia de Portugal. No entanto, no ano de 1759 os jesuítas foram expulsos do país e
a educação brasileira passou por mudanças consideráveis com a chegado de Marquês de Pombal, que
instituiu a Reforma Pombalina e substituiu o sistema de ensino implantado pelos jesuítas (CARVALHO,
2017,p.23).
Somente na década de 30, que a educação passou por uma expansão, embora fosse destinada apenas à
elite do país e seus filhos, mesmo que a Constituição de 1934 houvesse estabelecido a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário nas escolas. Sendo assim, não houve nessa época uma preocupação
em relação a qualidade do ensino ministrado, pois a prática pedagógica era importada da Europa e o
professor precisa apenas aplicar o modelo europeu em sala de aula.
Entre as décadas de 1960 a 1980 profissionais da educação e a sociedade reivindicavam uma renovação
pedagógica nas escolas públicas do país, por isso, o tema democratização da gestão escolar foi pauta de
muitas discussões e debates pedagógicos, tanto no setor público quanto no setor privado. Diante disso, o
novo cenário de organização social e política foi responsável por provocar mudanças significativas nos
diversos setores da sociedade, inclusive na educação.
A Gestão democrática remonta ao final dos anos 1980, período no qual o Brasil entrava em um processo
de redemocratização e iniciava um novo modelo de sociedade, pautado na participação popular após vinte
anos presos pelas amarras da ditadura militar. Assim, a derrubada do regime militar e a decorrente
retomada da democracia foram coroadas com o advento da Constituição Federal de 1988, também
conhecida como ?Constituição Cidadã?.
Por meio do seu artigo Art. 206, inciso VI, a também conhecida como ?Constituição Cidadã?, cita os sete
princípios a serem observados e necessários para se ministrar o ensino no país e consagra o princípio da
?gestão democrática do ensino público?, como um dos princípios essenciais ao compartilhamento das
ações educativas para melhorias na educação brasileira.
A Carta Magna de 1988 dispõe que:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988 grifo nosso)

O texto constitucional por meio dos princípios elencados, solidificam a educação nacional e estabelece o
direito e o dever da participação de todos que atuam nos sistemas de ensino e nas escolas públicas,
independentemente da situação social e cultural desses. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 é

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fruto da luta de movimentos sociais e educadores pela democratização da sociedade e da escola pública
brasileira, por meio da participação da coletividade na gestão educacional e na construção de políticas
públicas para melhorias no ensino.
A redemocratização da educação como se deu frente às políticas públicas junto ao estado nos anos 90,
possibilitaram novos olhares no setor educacional brasileiro. Ao refletir acerca das políticas educacionais
nos leva a compreender as prioridades e compromissos que moldaram nosso contexto educacional. No
contexto das transformações e intervenções estatais, o texto constitucional de 1988, baseado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) n° 9.394/96, atribui ao Ministério da Educação (MEC),
como órgão da União, a responsabilidade de coordenar a política nacional de educação e promover
articulações nos diferentes níveis de ensino.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 é outro documento importante para os
avanços da gestão democrática escolar, pois estabeleceu e regulamentou as diretrizes gerais para a
educação, os sistemas de ensino e os princípios elencados na Constituição Federal de 1988, inclusive, de
gestão democrática. Em seu artigo 18 define a gestão escolar democrática por meio de seus princípios
contemplados.

A gestão democrática constitui princípio fundamental da organização e da administração das instituições


públicas de ensino, compreendendo:
I - a existência de mecanismos de coparticipação na gestão das instituições de ensino, com representação
dos segmentos que a integram, incluídos, no caso das instituições destinadas à educação e ao ensino de
crianças e adolescentes, os pais ou responsáveis;
1º - o cumprimento do disposto neste artigo dar-se-á com observância dos seguintes preceitos:
I - Existência de órgãos colegiados e conselhos escolares, com competência sobre o conjunto de todas as
atividades desenvolvidas pela instituição;
III - avaliação permanente da qualidade de serviços prestados e dos resultados das atividades
educacionais oferecidas à sociedade;
V - Utilização de métodos participativos para a escolha de dirigentes, ressalvado o provimento de cargos
por concurso público;
VI - Incentivo para a criação de associações de profissionais do ensino, alunos, ex-alunos e pais, além das
de caráter acadêmico, assegurada sua participação nos processos decisórios internos das instituições.
(BRASIL, 1996)

]O texto aborda o processo de descentralização do poder como uma necessidade para a gestão escolar
democrática. Isso ocorre porque essa abordagem permite a participação de todos os sujeitos escolares,
como professores, alunos, comunidade, equipe pedagógica e outros profissionais, nas tomadas de
decisão. Segundo a autora Heloisa Luck (2000), há uma estreita relação entre descentralização,
democracia e autonomia.

Muito embora as concepções de descentralização, democratização da gestão escolar e autonomia da


escola sejam parte de um mesmo corolário, encontramos certos sistemas que buscam o desenvolvimento
da democratização da gestão escolar, sem pensar na autonomia do estabelecimento de ensino e sem
descentralizar poder para a mesma. Ou que pensam em construir sua autonomia, sem agir no sentido de
criar mecanismos sólidos de sua democratização, em vista do que, paradoxalmente, se pode criar a
autonomia do autoritarismo local. Por outro lado, ainda, observa-se o esforço de alguns sistemas de

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ensino, no sentido de desenvolver nas escolas os conceitos de democratização e autonomia, de modo


centralizado, o que implica uma contradição paradigmática muito comum, que faz com que os esforços se
anulem. (LUCK, 2000, p.17).

A gestão democrática é caracterizada principalmente pela descentralização do poder e pela autonomia,


pois contribui para que todos os envolvidos no processo educacional, busquem melhorias no ensino e
assumam como seus, os problemas e dificuldades que anteriormente eram de responsabilidade da direção
escolar e demais profissionais.
No entanto, é fundamental ressaltar que a gestão democrática escolar só pode ser efetiva se houver a
implementação de mecanismos que favoreçam a participação de todos os envolvidos. Através desses
mecanismos, é possível criar espaços para o diálogo, debates e discussões nas escolas, de forma a tornar
a democracia uma realidade. Dentro desse contexto, a eleição de diretores é considerada um dos
processos mais democráticos para a seleção de um líder escolar. Esse processo possibilita que pais,
alunos, professores e funcionários tenham a oportunidade de escolher um candidato que esteja
familiarizado com a realidade da escola, represente a comunidade e seja capaz de implementar melhorias
no ensino (LÜCK, 2012).

A participação é o meio para assegurar a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os


integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. A
participação proporciona melhor conhecimento dos objetivos e das metas da escola, de sua estrutura
organizacional e de sua dinâmica, de suas relações com a comunidade, e propicia um clima de trabalho
favorável a maior aproximação entre professores, alunos e pais. (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2005 p.
328)

A organização do trabalho pedagógico é uma estratégia essencial para promover a democratização do


processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, é de suma importância que um gestor adote novas
abordagens de administração, que incluam a comunicação e o diálogo como elementos centrais na prática
pedagógica dos professores. Cabe ao gestor desempenhar um papel de liderança nesse processo,
demonstrando competência técnica e política (LÜCK, 2013).
A participação requer mobilização dos esforços para superação de desafios e problemas, pois se todos
trabalharem juntos, a educação se torna algo mais amplo, não se restringindo somente ao processo de
ensino e aprendizagem, mas provocará mudanças significativas na sociedade em que vive (LÜCK, 2013).
Ao assumir essa função, o gestor deve buscar de forma imprescindível a união dos diferentes atores em
prol de uma educação de excelência. Para isso, é necessário exercer uma liderança democrática, capaz
de interagir com todos os setores da comunidade escolar. A liderança do gestor requer uma formação
pedagógica crítica e independente, afastada dos princípios neoliberais. Desse modo, o objetivo é construir
uma educação autêntica, que valorize tanto a sensibilidade quanto as habilidades, buscando obter o
máximo de contribuição e participação de todos os membros da comunidade.
Dessa forma, pode-se afirmar que o diretor escolar possui o dever e o direito de assegurar a participação
de todos os envolvidos no processo educacional e nas tomadas de decisão da instituição. No entanto, não
é suficiente apenas conhecer as leis atuais que respaldam a Gestão Democrática escolar, mas também é
necessário efetivar a participação como meio de compreender as necessidades da escola e o papel de
cada setor para o bom funcionamento da instituição.
O diretor desempenha um papel fundamental na gestão democrática, pois ele pode dificultar ou facilitar a

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implantação de procedimentos participativos. Por isso, destaca-se a importância de sua capacidade para
gerir pessoas e exercer influência para a efetivação dos objetivos educacionais. Nesse contexto, o gestor
escolar possui três funções básicas, a saber: administrativa, pedagógica e diretiva. (NESSLER, 2013,p
.10)
Na sua função administrativa, destaca-se a atividade de organização dos recursos físicos, financeiros e
materiais, com o objetivo de construir um ambiente favorável para o ensino e a aprendizagem. Além disso
, é fundamental ter a capacidade de gerenciar pessoas, pois, no contexto democrático atual, elas não
devem ser tratadas apenas como "recursos humanos", mas sim como participantes ativos e principais
responsáveis pela produtividade e qualidade da organização.
Portanto, a gestão de pessoas no ambiente escolar é uma prioridade para o gestor, visando alcançar os
objetivos de uma escola democrática, participativa e acessível a todos. É importante destacar que a
organização da escola deve levar em consideração as necessidades do ensino, dos professores e da
comunidade escolar, uma vez que o gestor também deve prestar contas sobre a utilização dos recursos.
Dessa forma, é fundamental que o diretor, em sua função pedagógica, envolva os membros da equipe
escolar e da comunidade em suas propostas de trabalho, com o objetivo de atender às demandas
educacionais. Nesse sentido, Luck (2009) destaca as principais responsabilidades do gestor na sua função
pedagógica.

- a orientação da elaboração/reelaboração e da implementação do projeto político-pedagógico da escola, a


partir de estudo aprofundado dos fundamentos, disposições legais e metodológicas;
- Promoção de ações de formação continuada, em situações de trabalho, com foco no desenvolvimento de
competências pedagógicas e o aprimoramento das condições favoráveis à criação de um ambiente
escolar favorável à melhoria das experiências de formação e aprendizagem dos alunos;
- Criação de sistemas e formas de monitoramento e avaliação das ações pedagógicas da escola e do
processo ensino-aprendizagem, incluindo auto e heteroavaliação de desempenho;
- Atualização contínua dos métodos e processos de orientação da aprendizagem dos alunos, mediante
adoção de tecnologias da informação e sua utilização regular nas aulas;
- o desenvolvimento regular de práticas de leitura interpretativa.
(LÜCK, 2009, p. 102)

Por fim, a função diretiva do gestor escolar preocupa-se com a efetivação da gestão democrática e a
participação da comunidade. Portanto, é essencial promover o engajamento da comunidade visando sua
participação e contribuição no ambiente educativo. Como líder máximo da instituição, é fundamental
priorizar um ambiente escolar baseado em relacionamentos saudáveis, através de uma liderança que
promova a integração. Isso depende, em grande parte, da capacidade do gestor em exercer sua função.
Compreende-se que o papel do gestor nas escolas públicas do país é amplo e de extrema relevância para
a efetivação da gestão democrática nas unidades de ensino. Por isso, é necessário que o gestor escolar
possua conhecimento técnico e habilidades para lidar com os diversos aspectos que podem comprometer
o bom funcionamento da escola nos relacionamentos, por meio de uma liderança que promova a
integração, que dependem em boa parte da capacidade de quem está exercendo a direção.

4 CONCLUSÃO

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O objetivo deste estudo foi destacar as responsabilidades do diretor escolar nas unidades de ensino. Ao
longo do estudo, ficou evidente que o papel do gestor escolar evoluiu para atender às demandas
educacionais de cada período. A democratização do ensino é respaldada pela Constituição Federal de
1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei 9394/96, que determina que "os
sistemas de ensino estabelecerão as normas para a gestão democrática da educação pública na
educação básica." (BRASIL, 1996).
Portanto, no contexto da gestão democrática, o diretor escolar passou a ser chamado de gestor escolar e
tem a responsabilidade de basear suas ações na participação de todos nas decisões. Nesse sentido, é
incumbência dele pautar suas ações na participação de todos nas tomadas de decisão, tendo como
principais instrumentos de democracia, o projeto pedagógico e os Conselhos escolares.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Mecanismos da gestão democrática da escola expressos nas normas educacionais brasileiras. REAe -
Revista de Estudos Aplicados em Educação, v. 4, n. 8, jul./dez. 2019. Disponível em:<
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dos Conselhos Escolares. Conselhos Escolares: uma estratégia de gestão democrática da educação
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O papel do diretor de escola: contrapontos da administração e da gestão escolar. Disponível em:< http
://unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/35/06042015200316.pdf>
Acesso em: 13 set.2023.

GONÇALVES, Ana Caroline Santos.


A gestão democrática no brasil e o papel do gestor nas escolas. Disponível em:< https://www.fara.edu
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LÜCK, Heloísa. Concepções e Processos Democráticos de Gestão Educacional. Petrópolis, RJ. Editora
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SANTOS, Francisca P. Silva. Desafios da gestão democrática na escola municipal Francisco


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2015.disponível em:< https://docplayer.com.br/storage
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=================================================================================
Arquivo 1: TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx (3020 termos)
Arquivo 2: http://portal.mec.gov.br/seesp (1 termos)
Termos comuns: 0
Similaridade: 0,00%
O texto abaixo é o conteúdo do documento TCC ALINE DA SILVA BATISTA.docx (3020 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento http://portal.mec.gov.br/seesp (1 termos)

=================================================================================
UNIVERSITÁRIO FAVENI

GESTÃO ESCOLAR (ADMINISTRAÇÃO, SUPERVISÃO, ORIENTAÇÃO E INSPEÇÃO)

ALINE DA SILVA BATISTA

TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

GOVERNADOR VALADARES, MG
2023

ALINE DA SILVA BATISTA

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TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de especialista
em Gestão escolar (administração, supervisão, orientação e inspeção).

GOVERNADOR VALADARES, MG
2023

O GESTOR ESCOLAR FRENTE A GESTÃO DEMOCRÁTICO

ALINE DA SILVA BATISTA


[1: Email: linebatista25@gmail.com]

RESUMO- O objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor escolar nas unidades de ensino.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativo e do tipo de pesquisa bibliográfica, através
das seguintes bases de dados: Capes, Scielo e Scholar.google. Para a pesquisa na base de dados, foram
utilizados como descritores as seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar
. Diretor escolar. Na década de 80, em um contexto em que a sociedade buscava maior democratização, a
gestão democrática foi implantada com a publicação da Constituição Federal de 1988, representando um
marco importante para a democratização da educação. Através dos princípios estabelecidos na
Constituição, a gestão democrática no ensino público foi estabelecida. No entanto, é fundamental
mencionar os principais mecanismos de democracia no ambiente escolar, pois é por meio deles que a
democracia é concretizada, permitindo a abertura dos espaços escolares para diálogos, debates e

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discussões. É importante destacar o papel do gestor escolar, que é o principal responsável por um sistema
de ensino democrático e possibilita a participação de todos os envolvidos no processo educacional.

Palavras-chave: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.

1 INTRODUÇÃO

A participação é essencial para garantir a gestão democrática da escola, permitindo que profissionais e
usuários estejam envolvidos na tomada de decisões e no funcionamento da instituição. Além disso, ela
proporciona um maior entendimento dos objetivos, metas e estrutura organizacional da escola,
fortalecendo as relações com a comunidade e promovendo uma maior aproximação entre professores,
alunos e pais.
A gestão escolar passou por transformações significativas a partir da década de 80, impulsionada pelos
movimentos que buscavam a abertura política do país. Essas mudanças não se limitaram apenas à
terminologia utilizada, mas trouxeram consigo a valorização da descentralização e da participação
consciente e esclarecida das pessoas nas decisões relacionadas ao seu trabalho no campo da educação.

Diante do contexto da participação democrática proposta pela Constituição Federal de 1988, que afirma a
necessidade de democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo
aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes, verifica-
se que essa proposta não é cumprida ou realizada de forma adequada na escola, o que contribui para o
isolamento da comunidade escolar nas ações da instituição.
No entanto, é importante ressaltar que a gestão democrática escolar é intrinsecamente ligada aos
principais mecanismos de democracia no âmbito escolar. Através desses mecanismos, é possível
materializar a democracia, uma vez que eles permitem a abertura dos espaços escolares para diálogos,
debates e discussões. Dentre esses mecanismos, destacam-se as eleições de diretores, a elaboração do
Projeto Político Pedagógico, os conselhos escolares e a participação da comunidade escolar. Esses
mecanismos são fundamentais no processo de democratização da educação (ALVES, 2019, p. 37).
Na gestão democrática, o gestor escolar ou diretor tem o importante papel de promover a ruptura,
possibilitando que todos os envolvidos assumam suas funções de forma autônoma, exercendo a
responsabilidade individual e coletiva. Além disso, é fundamental que ele promova a participação de todos
na tomada de decisões, considerando sempre a perspectiva humana e humanizada.
Diante do exposto, o presente estudo possui o seguinte problema de pesquisa: Quais as atribuições do
diretor escolar nas unidades de ensino? Assim, o objetivo deste estudo é apontar as atribuições do diretor
escolar nas unidades de ensino. Para a pesquisa na base de dados, foram utilizados como descritores as
seguintes palavras-chaves: Gestão democrática. Educação. Gestor escolar. Diretor escolar.
O trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo refere-se a um breve histórico da gestão
democrática no país e as principais legislações que abordam o tema. O segundo capítulo aborda o papel
do gestor escolar nas unidades de ensino e suas principais funções nesse contexto escolar.

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2 GESTÃO DEMOCRÁTICA NA EDUCAÇÃO: PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES

A história educacional do Brasil teve início no ano de 1549, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, comandados pelo padre Manuel da Nóbrega, que vieram com a missão evangelizar e alfabetizar os
moradores da então colônia de Portugal. No entanto, no ano de 1759 os jesuítas foram expulsos do país e
a educação brasileira passou por mudanças consideráveis com a chegado de Marquês de Pombal, que
instituiu a Reforma Pombalina e substituiu o sistema de ensino implantado pelos jesuítas (CARVALHO,
2017,p.23).
Somente na década de 30, que a educação passou por uma expansão, embora fosse destinada apenas à
elite do país e seus filhos, mesmo que a Constituição de 1934 houvesse estabelecido a gratuidade e
obrigatoriedade do ensino primário nas escolas. Sendo assim, não houve nessa época uma preocupação
em relação a qualidade do ensino ministrado, pois a prática pedagógica era importada da Europa e o
professor precisa apenas aplicar o modelo europeu em sala de aula.
Entre as décadas de 1960 a 1980 profissionais da educação e a sociedade reivindicavam uma renovação
pedagógica nas escolas públicas do país, por isso, o tema democratização da gestão escolar foi pauta de
muitas discussões e debates pedagógicos, tanto no setor público quanto no setor privado. Diante disso, o
novo cenário de organização social e política foi responsável por provocar mudanças significativas nos
diversos setores da sociedade, inclusive na educação.
A Gestão democrática remonta ao final dos anos 1980, período no qual o Brasil entrava em um processo
de redemocratização e iniciava um novo modelo de sociedade, pautado na participação popular após vinte
anos presos pelas amarras da ditadura militar. Assim, a derrubada do regime militar e a decorrente
retomada da democracia foram coroadas com o advento da Constituição Federal de 1988, também
conhecida como ?Constituição Cidadã?.
Por meio do seu artigo Art. 206, inciso VI, a também conhecida como ?Constituição Cidadã?, cita os sete
princípios a serem observados e necessários para se ministrar o ensino no país e consagra o princípio da
?gestão democrática do ensino público?, como um dos princípios essenciais ao compartilhamento das
ações educativas para melhorias na educação brasileira.
A Carta Magna de 1988 dispõe que:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas
de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (BRASIL, 1988 grifo nosso)

O texto constitucional por meio dos princípios elencados, solidificam a educação nacional e estabelece o
direito e o dever da participação de todos que atuam nos sistemas de ensino e nas escolas públicas,
independentemente da situação social e cultural desses. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 é
fruto da luta de movimentos sociais e educadores pela democratização da sociedade e da escola pública

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brasileira, por meio da participação da coletividade na gestão educacional e na construção de políticas


públicas para melhorias no ensino.
A redemocratização da educação como se deu frente às políticas públicas junto ao estado nos anos 90,
possibilitaram novos olhares no setor educacional brasileiro. Ao refletir acerca das políticas educacionais
nos leva a compreender as prioridades e compromissos que moldaram nosso contexto educacional. No
contexto das transformações e intervenções estatais, o texto constitucional de 1988, baseado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) n° 9.394/96, atribui ao Ministério da Educação (MEC),
como órgão da União, a responsabilidade de coordenar a política nacional de educação e promover
articulações nos diferentes níveis de ensino.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 é outro documento importante para os
avanços da gestão democrática escolar, pois estabeleceu e regulamentou as diretrizes gerais para a
educação, os sistemas de ensino e os princípios elencados na Constituição Federal de 1988, inclusive, de
gestão democrática. Em seu artigo 18 define a gestão escolar democrática por meio de seus princípios
contemplados.

A gestão democrática constitui princípio fundamental da organização e da administração das instituições


públicas de ensino, compreendendo:
I - a existência de mecanismos de coparticipação na gestão das instituições de ensino, com representação
dos segmentos que a integram, incluídos, no caso das instituições destinadas à educação e ao ensino de
crianças e adolescentes, os pais ou responsáveis;
1º - o cumprimento do disposto neste artigo dar-se-á com observância dos seguintes preceitos:
I - Existência de órgãos colegiados e conselhos escolares, com competência sobre o conjunto de todas as
atividades desenvolvidas pela instituição;
III - avaliação permanente da qualidade de serviços prestados e dos resultados das atividades
educacionais oferecidas à sociedade;
V - Utilização de métodos participativos para a escolha de dirigentes, ressalvado o provimento de cargos
por concurso público;
VI - Incentivo para a criação de associações de profissionais do ensino, alunos, ex-alunos e pais, além das
de caráter acadêmico, assegurada sua participação nos processos decisórios internos das instituições.
(BRASIL, 1996)

]O texto aborda o processo de descentralização do poder como uma necessidade para a gestão escolar
democrática. Isso ocorre porque essa abordagem permite a participação de todos os sujeitos escolares,
como professores, alunos, comunidade, equipe pedagógica e outros profissionais, nas tomadas de
decisão. Segundo a autora Heloisa Luck (2000), há uma estreita relação entre descentralização,
democracia e autonomia.

Muito embora as concepções de descentralização, democratização da gestão escolar e autonomia da


escola sejam parte de um mesmo corolário, encontramos certos sistemas que buscam o desenvolvimento
da democratização da gestão escolar, sem pensar na autonomia do estabelecimento de ensino e sem
descentralizar poder para a mesma. Ou que pensam em construir sua autonomia, sem agir no sentido de
criar mecanismos sólidos de sua democratização, em vista do que, paradoxalmente, se pode criar a
autonomia do autoritarismo local. Por outro lado, ainda, observa-se o esforço de alguns sistemas de
ensino, no sentido de desenvolver nas escolas os conceitos de democratização e autonomia, de modo

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centralizado, o que implica uma contradição paradigmática muito comum, que faz com que os esforços se
anulem. (LUCK, 2000, p.17).

A gestão democrática é caracterizada principalmente pela descentralização do poder e pela autonomia,


pois contribui para que todos os envolvidos no processo educacional, busquem melhorias no ensino e
assumam como seus, os problemas e dificuldades que anteriormente eram de responsabilidade da direção
escolar e demais profissionais.
No entanto, é fundamental ressaltar que a gestão democrática escolar só pode ser efetiva se houver a
implementação de mecanismos que favoreçam a participação de todos os envolvidos. Através desses
mecanismos, é possível criar espaços para o diálogo, debates e discussões nas escolas, de forma a tornar
a democracia uma realidade. Dentro desse contexto, a eleição de diretores é considerada um dos
processos mais democráticos para a seleção de um líder escolar. Esse processo possibilita que pais,
alunos, professores e funcionários tenham a oportunidade de escolher um candidato que esteja
familiarizado com a realidade da escola, represente a comunidade e seja capaz de implementar melhorias
no ensino (LÜCK, 2012).

A participação é o meio para assegurar a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os


integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. A
participação proporciona melhor conhecimento dos objetivos e das metas da escola, de sua estrutura
organizacional e de sua dinâmica, de suas relações com a comunidade, e propicia um clima de trabalho
favorável a maior aproximação entre professores, alunos e pais. (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2005 p.
328)

A organização do trabalho pedagógico é uma estratégia essencial para promover a democratização do


processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, é de suma importância que um gestor adote novas
abordagens de administração, que incluam a comunicação e o diálogo como elementos centrais na prática
pedagógica dos professores. Cabe ao gestor desempenhar um papel de liderança nesse processo,
demonstrando competência técnica e política (LÜCK, 2013).
A participação requer mobilização dos esforços para superação de desafios e problemas, pois se todos
trabalharem juntos, a educação se torna algo mais amplo, não se restringindo somente ao processo de
ensino e aprendizagem, mas provocará mudanças significativas na sociedade em que vive (LÜCK, 2013).
Ao assumir essa função, o gestor deve buscar de forma imprescindível a união dos diferentes atores em
prol de uma educação de excelência. Para isso, é necessário exercer uma liderança democrática, capaz
de interagir com todos os setores da comunidade escolar. A liderança do gestor requer uma formação
pedagógica crítica e independente, afastada dos princípios neoliberais. Desse modo, o objetivo é construir
uma educação autêntica, que valorize tanto a sensibilidade quanto as habilidades, buscando obter o
máximo de contribuição e participação de todos os membros da comunidade.
Dessa forma, pode-se afirmar que o diretor escolar possui o dever e o direito de assegurar a participação
de todos os envolvidos no processo educacional e nas tomadas de decisão da instituição. No entanto, não
é suficiente apenas conhecer as leis atuais que respaldam a Gestão Democrática escolar, mas também é
necessário efetivar a participação como meio de compreender as necessidades da escola e o papel de
cada setor para o bom funcionamento da instituição.
O diretor desempenha um papel fundamental na gestão democrática, pois ele pode dificultar ou facilitar a
implantação de procedimentos participativos. Por isso, destaca-se a importância de sua capacidade para

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gerir pessoas e exercer influência para a efetivação dos objetivos educacionais. Nesse contexto, o gestor
escolar possui três funções básicas, a saber: administrativa, pedagógica e diretiva. (NESSLER, 2013,p
.10)
Na sua função administrativa, destaca-se a atividade de organização dos recursos físicos, financeiros e
materiais, com o objetivo de construir um ambiente favorável para o ensino e a aprendizagem. Além disso
, é fundamental ter a capacidade de gerenciar pessoas, pois, no contexto democrático atual, elas não
devem ser tratadas apenas como "recursos humanos", mas sim como participantes ativos e principais
responsáveis pela produtividade e qualidade da organização.
Portanto, a gestão de pessoas no ambiente escolar é uma prioridade para o gestor, visando alcançar os
objetivos de uma escola democrática, participativa e acessível a todos. É importante destacar que a
organização da escola deve levar em consideração as necessidades do ensino, dos professores e da
comunidade escolar, uma vez que o gestor também deve prestar contas sobre a utilização dos recursos.
Dessa forma, é fundamental que o diretor, em sua função pedagógica, envolva os membros da equipe
escolar e da comunidade em suas propostas de trabalho, com o objetivo de atender às demandas
educacionais. Nesse sentido, Luck (2009) destaca as principais responsabilidades do gestor na sua função
pedagógica.

- a orientação da elaboração/reelaboração e da implementação do projeto político-pedagógico da escola, a


partir de estudo aprofundado dos fundamentos, disposições legais e metodológicas;
- Promoção de ações de formação continuada, em situações de trabalho, com foco no desenvolvimento de
competências pedagógicas e o aprimoramento das condições favoráveis à criação de um ambiente
escolar favorável à melhoria das experiências de formação e aprendizagem dos alunos;
- Criação de sistemas e formas de monitoramento e avaliação das ações pedagógicas da escola e do
processo ensino-aprendizagem, incluindo auto e heteroavaliação de desempenho;
- Atualização contínua dos métodos e processos de orientação da aprendizagem dos alunos, mediante
adoção de tecnologias da informação e sua utilização regular nas aulas;
- o desenvolvimento regular de práticas de leitura interpretativa.
(LÜCK, 2009, p. 102)

Por fim, a função diretiva do gestor escolar preocupa-se com a efetivação da gestão democrática e a
participação da comunidade. Portanto, é essencial promover o engajamento da comunidade visando sua
participação e contribuição no ambiente educativo. Como líder máximo da instituição, é fundamental
priorizar um ambiente escolar baseado em relacionamentos saudáveis, através de uma liderança que
promova a integração. Isso depende, em grande parte, da capacidade do gestor em exercer sua função.
Compreende-se que o papel do gestor nas escolas públicas do país é amplo e de extrema relevância para
a efetivação da gestão democrática nas unidades de ensino. Por isso, é necessário que o gestor escolar
possua conhecimento técnico e habilidades para lidar com os diversos aspectos que podem comprometer
o bom funcionamento da escola nos relacionamentos, por meio de uma liderança que promova a
integração, que dependem em boa parte da capacidade de quem está exercendo a direção.

4 CONCLUSÃO

O objetivo deste estudo foi destacar as responsabilidades do diretor escolar nas unidades de ensino. Ao

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longo do estudo, ficou evidente que o papel do gestor escolar evoluiu para atender às demandas
educacionais de cada período. A democratização do ensino é respaldada pela Constituição Federal de
1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) - Lei 9394/96, que determina que "os
sistemas de ensino estabelecerão as normas para a gestão democrática da educação pública na
educação básica." (BRASIL, 1996).
Portanto, no contexto da gestão democrática, o diretor escolar passou a ser chamado de gestor escolar e
tem a responsabilidade de basear suas ações na participação de todos nas decisões. Nesse sentido, é
incumbência dele pautar suas ações na participação de todos nas tomadas de decisão, tendo como
principais instrumentos de democracia, o projeto pedagógico e os Conselhos escolares.

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