Você está na página 1de 27

Machine Translated by Google

Revista de Gestão e Tecnologia e-ISSN:


2177-6652

OS CAMINHOS DA PESQUISA DE COMPETÊNCIA COLETIVA

OS CAMINHOS DA PESQUISA SOBRE COMPETÊNCIA COLETIVA

OS CAMINHOS DA INVESTIGAÇÃO DE COMPETENCIA COLECTIVA

Luiz Henrique da Silva


http://orcid.org/0000-0002-7076-831X
Doutorando em Administração pela Universidade de São Paulo - USP

Tatiana Ghedine
http://orcid.org/0000-0002-4006-3917
Professora na Escola de Negócios, Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA)
e Programa de Mestrado Profissional em Gestão Empresarial, Internacionalização e
Logística (PMPGIL) da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Roberto Lima Ruas


http://orcid.org/0000-0002-2901-6378
Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) da Universidade Nove de Julho
(UNINOVE)

Alessandra Yula Tutitda


https://orcid.org/0000-0002-5768-5835
Doutoranda em Administração pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

Editor Científico: José Edson Lara


Comitê Científico da Organização
Revisão duplo-cega por SEER/OJS
Recebido em 12/12/2021
Aprovado em 08/10/2022

Esta obra está licenciada sob uma Atribuição Creative Commons – Não Comercial 3.0 Brasil

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 50


Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

Abstrato
Objetivo: Este artigo tem como objetivo identificar o andamento das pesquisas sobre o tema
competências coletivas (CC) por meio da análise da produção científica publicada em periódicos
nacionais e internacionais.
Metodologia: foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando 62 publicações das bases
brasileiras Scielo e Spell e das bases internacionais Scopus e Web of Science, com evolução temporal
de 1985 a 2019.
Relevância: Este artigo procurou desenvolver insights e evidências que retratassem como a pesquisa
sobre CC se desenvolveu nos últimos 34 anos. Demonstrou os avanços práticos em relação às
pesquisas sobre o tema para identificar lacunas em pesquisas futuras.
Resultados: Nos estudos realizados no Brasil, houve maior ênfase no estudo do CC como tema
central de pesquisa, contribuindo para maior visibilidade. No âmbito internacional, as pesquisas, em
sua maioria, visam o reconhecimento secundário do CC.
Contribuições: este artigo serve como um mapa que aponta possíveis caminhos para a realização de
pesquisas futuras. São apresentadas contribuições teóricas para a compreensão do CC. CC é um
tema ainda pouco explorado no meio acadêmico e gerencial. Identificamos os artigos mais
referenciados, os autores que mais publicaram, áreas de conhecimento da pesquisa, temas abordados
e metodologias utilizadas.
Palavras-chave: Competências coletivas; Revisão sistemática da literatura; Produção científica.

Resumo
Objetivo: o objetivo deste artigo é identificar o avanço da pesquisa sobre o tema competências
coletivas (CC) por meio da análise da produção científica publicada em periódicos brasileiros e
internacionais.
Metodologia: foi realizada uma revisão sistemática da literatura com 62 publicações das bases de
dados brasileiras Scielo e Spell e as internacionais Scopus e Web of Science, com
evolução temporal de 1985 a 2019.
Relevância: este artigo apresenta insights e evidências que retratam como a pesquisa sobre CC vem
sendo desenvolvida nos últimos 34 anos, demonstrando quais são os avanços efetivos, até o momento,
referentes à investigação sobre o tema, a fim de identificar lacunas de pesquisas futuras.

Resultados: nos estudos realizados no Brasil, inspiraram-se uma maior ênfase do estudo das CC
como temática principal de investigação, contribuindo para maior visibilidade ao tema.
No âmbito internacional, as pesquisas, em sua maioria, estão direcionadas para considerar o CC de
forma secundária.
Contribuições: este artigo serve como um mapa que aponta caminhos possíveis para realização de
pesquisas futuras. Contribuições teóricas sobre a compreensão da CC são apresentadas, uma
temática ainda pouco explorada no meio acadêmico e gerencial, identificando os artigos mais
referenciados, os autores que mais publicaram, áreas de conhecimento das pesquisas, temáticas
abordadas e metodologias utilizadas.

Palavras-chave: Competências coletivas; Revisão sistemática da literatura; Produção científica.

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 51


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

Todero et al. (2016) destacam que o CC está relacionado à capacidade de um grupo de

indivíduos colaborem para um objetivo comum, sendo a constituição possibilitada

por meio da recorrência de atividades e práticas de caráter coletivo (Silva & Ruas, 2016).

Portanto, agir com competência pode ser considerado uma junção entre o indivíduo e o

uma situação real de trabalho, onde estão presentes os valores compartilhados que estruturam os coletivos (Araújo

e outros, 2019).

O desenvolvimento das relações sociais e o sentido de interdependência entre as equipes

da mesma organização permitem que aprendam juntos e compreendam seus papéis e

responsabilidades, contribuindo para o CC (Liberati et al., 2019). Uma equipe mobilizará um CC para

analisar ou explorar soluções coletivamente, utilizando práticas colaborativas para enfrentar o inesperado.

Assim, promover o CC e dotar as equipas de uma gestão prática e simples

ferramentas é um caminho que está sendo pesquisado (Gentil & Chétodel, 2018).

Nossa problemática e justificativa de pesquisa baseiam-se em três pontos principais. Em primeiro lugar, o

discussão sobre o tema CC é complexa, heterogênea e tem possibilidade de múltiplos

interpretações (Silva et al., 2022). Em segundo lugar, a literatura sobre competências negligencia a

codimensão por estudos focados nas dimensões individuais e organizacionais (Silva et al.,

2021). Além disso, em terceiro lugar, alguns autores apontaram a falta de investigação empírica sobre

o tema CC (Avelino et al., 2017; Lima & Silva, 2015; Silva et al., 2021).

Esta pesquisa contribui para preencher esta lacuna ajudando a compreender melhor um pouco

fenômeno de tangibilidade, como CC, por meio de uma revisão sistemática da literatura sobre o conteúdo

das investigações do CC. Com base no problema exposto, questiona-se: Como tem sido a pesquisa sobre CC

foi desenvolvido e quais são as suas perspectivas? Em quais áreas do conhecimento estão os trabalhos

inserido? Quais são as obras e autores significativos? Para responder a essas perguntas, este artigo

tem como objetivo identificar o progresso da investigação científica sobre o CC.

As bases conceituais e as perspectivas funcionais e sociais são discutidas para abordar

o tema CC. Além disso, uma tabela com as características do conteúdo conceitual do

CC é apresentado. Em seguida, os procedimentos metodológicos utilizados para a sistemática da literatura

revisão são descritas. Por fim, os principais resultados da pesquisa e as considerações finais são

destacado.

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 53


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

situação. O segundo princípio envolve o desenvolvimento de uma base de conhecimento colectiva na qual o

a singularidade da organização depende da sua capacidade de gerar uma estrutura de conhecimento. O terceiro

princípio consiste na interdependência entre os membros da equipe já que a atividade coletiva

exige cooperação e comunicação entre os subsistemas.

Em meio a essa discussão sobre a identificação de princípios de competência no âmbito coletivo

nível, é possível encontrar a contribuição de alguns autores que defendem a análise do CC em

duas dimensões: funcional e social (Michaux, 2011; Klein & Bitencourt, 2012; Macke &

Crespi, 2016). A perspectiva funcional percebe a organização a partir de suas funções principais

e analisa as competências de uma empresa através de suas áreas funcionais. Nesta lógica, o CC

seriam necessárias para desempenhar as funções da empresa ligadas à sua organização

estratégia, ou seja, a integração das funções principais (CC funcional) e que pode proporcionar uma

vantagem competitiva sustentável (Ruas, 2008). A dimensão funcional concentra-se em

implementar competências organizacionais em diferentes processos, níveis e setores por meio

conhecimentos, habilidades e atividades específicas (Macke & Crespi, 2016).

Do ponto de vista social, a comunidade de trabalho é definida pela interdependência,

caracterizado por uma interação efetiva entre os diferentes indivíduos que o compõem

(Loufrani-Fedida & Angué, 2011). A interação desses membros é essencial, pois as pessoas

compartilhar diferentes conhecimentos, pontos de vista ou crenças analisadas pelo coletivo, criando um

sinergia que resulta em CC (Tello-Gamarra & Vershoore, 2015). As relações interpessoais são

a chave para criar e manter a confiança entre os membros da equipe e o conhecimento nesses

relacionamentos estabelecidos (Johansson & Wallo, 2020). Desta forma, o CC é formado em torno do

interações entre as pessoas no trabalho (Dupuich, 2011). As competências específicas persistem apesar

a partida de alguns indivíduos, e os recém-chegados reconstroem outros através de interações (Le

Boterf, 2003).

As pesquisas sobre o tema CC ainda são consideradas embrionárias. Não se pode dizer qual

destas dimensões (funcional e social) é a alternativa mais adequada, quer sejam

são exclusivos ou se complementam (Bitencourt et al., 2013). Embora sejam diferentes

perspectivas, alguns autores desenvolvem estudos sob o enfoque funcional. No entanto, eles também

lidar com a questão social e vice-versa, caracterizando assim uma lógica de complementaridade, tendo

aspectos específicos do contexto e execução da ação (Todero et al., 2016). Um comum

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 55


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

Saber cooperar Cooperação e ajuda mútua diária, em que acontecem


a fala e a discussão para encontrar a solução de um
problema.
Um conhecimento para A equipe tira lições coletivamente de sua experiência.
aprender coletivamente Algum conhecimento ou know-how é adquirido pela
a partir da experiência experiência.
Referência comum Refere-se a uma representação comum do trabalho
a ser realizado.
Atributos
Idioma compartilhado Linguagem que permite que os membros da equipe forjem
sua própria identidade. Retorno e
Memória coletiva Está ligado à aprendizagem; é aprender coletivamente Krohmer
por meio da experiência. (2011)
Engajamento subjetivo Mobilização subjetiva de pessoas voltadas para a
empresa como um todo.
Capital de competências Dependem das competências individuais manifestadas
individuais por cada um dos colaboradores, que compõem o
grupo considerado pela coletividade.

Interações afetivas Permite a constituição de uma comunidade e uma


maior disposição do indivíduo para a realização de
trabalhos em equipe.
Interações informais Criar e estabilizar formas compartilhadas de CC.
Cooperação Compreensão recíproca e significado dado às ações
e convergência de motivações dos indivíduos que
Fontes
agem em conjunto.
Composição de time Deve ser encontrada a combinação mais harmoniosa
Lima e Silva
de talentos, compatível com a personalidade de cada
(2015);
um. Retorno e
Interações formais Instalação de estruturas formais que permitam
Krohmer
responsabilizar e envolver as pessoas.
(2011)
Estilo de gestão Saiba como a organização aprende a autonomia e
iniciativa do grupo.
Fatores relacionados ao ser humano As ações de recrutamento, avaliação, desenvolvimento,
Gestão de recursos formação ou formação devem estar vinculadas ao
seu desenvolvimento.
Dar sentido Capacidade da equipe de tornar a ação significativa,
criando experiências coletivas.
Compreensão compartilhada Sentido do trabalho, estruturado pela construção de
sentidos das atividades.
Ação
Elementos
Diz respeito ao fato de que a competência só
Klein e
acontece através da ação, apresentam momentos
rotineiros e reflexivos. Bitencourt

Cobertura A ideia de tempo e espaço. O tempo é um elemento (2012)


que envolve experiência e conhecimento tácito para
a competência prática. O espaço diz respeito ao local
onde ocorre a interação.

Dinâmica de atividades no Como se dividem as atividades no contexto da


Desenvolver
mento
contexto profissional atuação profissional e a forma como as equipes
Lima e
realizam o seu trabalho.
Silva (2015)
Funcionários
Competências individuais dos membros, o

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 57


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

uma visão atualizada e estruturada da literatura em uma área específica, que busca agregar

valor através de conclusões interessantes (Wee & Banister, 2016). A revisão sistemática foi

conduzido usando critérios de seleção para extração e síntese de dados para encontrar todos os estudos relevantes

(Silva, 2019).

Para análise dos dados foram utilizadas publicações das bases de dados brasileiras Scielo e Spell e do

foram utilizadas bases de dados internacionais Scopus e Web of Science. Não houve tempo anterior

definição de intervalo, pois buscou analisar o maior número possível de artigos

sobre o tema até 2019. A busca nas bases de dados foi realizada em julho de 2020.

nas bases de dados pesquisaram artigos que continham a palavra “competência(s) coletiva(s)” no título,

resumo ou palavras-chave em português, inglês, espanhol e francês. Somente artigos que

continham qualquer discussão sobre CC foram selecionados para revisão sistemática (critério de inclusão).

Por outro lado, aqueles que apenas citaram o termo e não trouxeram

discussão foram excluídas (critério de exclusão). Para uma melhor gestão das referências no

bases de dados, os artigos foram importados para o software Endnote versão x.9.

A Figura 1 apresenta os artigos encontrados nas bases de dados pesquisadas de acordo com o fluxo

de procedimentos para tratamento de documentos participantes de revisão sistemática proposta por

Silva (2019) adaptado de Moher et al. (2009) composto por quatro etapas: Busca sistemática,

Verificação, elegibilidade e considerado para revisão. A primeira etapa, Pesquisa Sistemática, resultou

em 149 registros em bases de dados internacionais (Web of Science e Scopus) e 83 em bases nacionais

bases de dados (Scielo e Spell), totalizando 232 registros. Depois de remover registros duplicados, dez

os registros foram excluídos na segunda etapa (Verificação) por terem acesso restrito. Em

Na terceira etapa, Elegibilidade, foram selecionados 168 artigos para revisão do texto completo para verificar sua

elegibilidade e aplicação de critérios de inclusão e exclusão. Destes, 106 artigos foram

excluídos por não apresentarem discussão sobre o tema pesquisado. Assim, na quarta etapa,

considerados para revisão, o número final de registros considerados para revisão que atenderam aos

o critério de inclusão foi de 62 artigos.

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 59


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO

Esta seção apresenta a interpretação dos resultados referentes à análise dos 62

artigos selecionados nas bases de dados Scielo, Spell, Web of Science e Scopus. Figura 2

mostra a evolução temporal (de 1985 a 2019) e o número de artigos publicados em

Periódicos brasileiros e internacionais.

Internacional Brasil

Figura 2. Evolução do número de artigos por ano

O primeiro artigo publicado nas bases de pesquisa foi o artigo internacional de Zeeuw

(1985). Traz sistemas de apoio para restringir ou melhorar determinados tipos de CC, auxiliando na resolução

os problemas dos indivíduos de uma forma variada e flexível. O último artigo brasileiro de Broman

e outros. (2019) foi publicado. Fizeram um estudo sobre rotinas organizacionais orçamentárias,

identificar evidências de grupos de trabalho e formar atributos de CC.

Os resultados apresentados na Figura 2 indicam que as publicações com foco em CC ainda são

relativamente escasso em periódicos nacionais e internacionais. Mesmo que o internacional

a produção é, no período, mais de três vezes superior à brasileira. O total

a média de publicações é de 2,81 artigos/ano. Entretanto, observa-se que 51,61% dos

foram publicados artigos nos últimos cinco anos, mostrando um aumento no interesse por estudos sobre CC.

O número mais significativo de artigos foi publicado no ano de 2017 (10 artigos),
Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 61
Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

Tabela 3
Foco dos temas
Número de artigos
Foco do artigo Brasil Internacional Total
Competências coletivas 12 14 26
CC como tema secundário 03 33 36

Os assuntos abordados nos artigos com foco exclusivo no CC foram verificados

analisar os caminhos do tema. Observou-se que a preocupação com a identidade e a natureza do CC é

presente tanto nas bases brasileiras quanto internacionais. Apesar disso, existe um elemento essencial

diferença entre eles: na base brasileira há um predomínio dessa abordagem com

as seguintes abordagens: atributos do CC; seus processos de construção e formação; o

dimensões funcionais e sociais da sua dinâmica; os elementos que compõem o CC; análises

sobre conceitos de CC. Na produção internacional há uma mistura da natureza e

caracterização do CC com temas mais aplicados, por exemplo, a avaliação do CC;

modos de desempenho de CC; CC como recursos das organizações; CC no ambiente do projeto;

e CC e equipes autogeridas.

A produção internacional do CC procura pesquisar a aplicação em contextos autênticos.

Verifica-se sua evolução, principalmente em publicações relacionadas à área da saúde. Embora

O Brasil também realiza pesquisas abordando a viabilidade de aplicação do CC em diferentes

contextos organizacionais. A visão, em geral, repousa menos nas condições do CC e mais

a tentativa de confirmar a presença de alguns aspectos do CC (atributos, elementos institucionais,

e gerencial).

Na quantificação das referências foram encontradas 592 referências em artigos nacionais e

2.133 em artigos internacionais. Cada artigo nacional citou em média 40 referências. Quanto a

nos artigos internacionais, foram encontradas em média 44 referências. A Tabela 4 lista os dez mais

autores citados como referências bibliográficas nos artigos analisados. Alguns artigos têm mais

mais de um ano de publicação por tratarem de obras originais e tradução ou terem mais
mais de uma edição.

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 63


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

e Dutra (2004; 2007). Na produção internacional, as obras mais citadas são Boreham

(2004), Weick (1993) e Hansson (2003). Apenas três obras estão presentes entre as mais

referenciado ao considerar o contexto brasileiro e internacional: Boreham

(2004), com proposta de princípios fundamentais para a construção do CC; Retorno e

Krohmer (2011), na identificação de quatro atributos capazes de mobilizar o desenvolvimento

do CC; e Prahalad e Hamel (1990) no conceito de competência essencial, expressando a

noção de competências na sua dimensão organizacional, que seria o CC par


excelência.

Todos os trabalhos classificados como os mais referenciados entre os artigos analisados tratam

temas associados à caracterização e composição de competências em seus

dimensão coletiva, exceto Weick (1993), que também flerta com a aprendizagem. Dito isto, é

evidente que o tema da identidade e composição do CC é uma das principais preocupações do

pesquisadores nesta área. A Tabela 5 apresenta os autores que mais publicaram artigos na

bases de dados verificadas relativamente à caracterização da produção. Na produção brasileira, o

o autor que mais publicou foi Ruas com três artigos e Silva e Zago com dois. Em

produção internacional, o autor Lingard aparece com três artigos, e Berg, Boreham,

Franqueiro, Ruuska e Zeeuw, com dois artigos cada.

Tabela 5
Autores mais publicados
Brasil Nÿ de artigos Lingard Nÿ de artigos
Ruas, R. 03 Internacional, L. 03
Silva, F.. 02 Berg, S. 02
Zago, C. 02 Boreham, N. 02
Macke, J. 01 Franqueiro, T. 02
Ruuska, E. 02
Zeeuw, G. 02
Macke, J. 01

As obras de Roberto Ruas abordam a ligação do CC com a Gestão de Recursos Humanos

práticas (Silva & Ruas, 2014; Silva & Ruas, 2016) e rotinas organizacionais (Broman et

al., 2019). Já Lorerai Lingard discute o CC na área da saúde, retratando

trabalho em equipe (Lingard, 2016; Lindarg et al., 2017) e aprendizagem (Teunissen et al., 2018).

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 65


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

al., 2017). No entanto, apesar do portfólio sobre conceitos de CC, isso pode ser verificado através

estudos como o aqui desenvolvido que ainda está em construção.

A Tabela 7 mostra o mapeamento dos objetivos propostos, com base nas lacunas identificadas, para futuras

pesquisas baseadas em artigos publicados nos últimos cinco anos. Para uma melhor compreensão do

nível de complexidade desses objetivos identificados, a categorização usada pelo Bloom's

A taxonomia foi adotada (Bloom, 1986; Driscoll, 2000; Krathwohl, 2002). Esta taxonomia é

usado para definir objetivos de pesquisa. Apresenta diferentes níveis de complexidade mental

processos (conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação) em um

forma crescente e cumulativa (Ferraz & Belhot, 2010).

Tabela 7
Mapeando propostas para pesquisas futuras
Níveis de
Objetivos propostos para pesquisas futuras
Complexidade *
a. Compreender as barreiras relacionais que afetam os grupos no desenvolvimento do CC

(Macke & Crespi, 2016);

b. Compreender as condições para o surgimento do CC decorrente de

competências funcionais, competências organizacionais interativas e competências coletivas

mecanismos (Loufrani-Fedida & Missonier, 2015);

c. Compreender o papel das relações convergentes e divergentes na formação para CC

(Lingard et al., 2017);

d. Compreender cada uma das 7 dimensões do CC encontradas neste estudo, de forma a

compreendê-los e esclarecê-los (Tello-Gamarra & Verschoore, 2015);

e. Identificar outros tipos de fatores mobilizadores, práticas de gestão e atributos de


Entendimento
CC (Silva & Ruas, 2016);

f. Identificar mecanismos para as empresas estimularem o desenvolvimento do CC no trabalho

grupos (Todero et al., 2016);

g. Identificar elementos de capital social e CC que podem ser fortalecidos e/ou enfraquecidos

implementando um programa de gestão baseado em competências (Todero et al., 2016);

h. Identificar o papel da liderança na formação do CC (Giansante et al., 2015);

eu. Identificar determinantes para o desenvolvimento do CC em outros contextos (Lima & Silva,

2015);

j. Examinar outros elementos que contribuem para a identificação e desenvolvimento do CC

(Silva & Ruas, 2014).

Análise a. Analisar se o gestor seria um ator primordial para o desenvolvimento e apoio de

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 67


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

uma combinação de propostas. Estas lacunas apontam para direções e tendências que podem contribuir para

avançando na questão.

Outro ponto analisado foram os tipos de pesquisa utilizados pelos artigos. Como mostrado em

Tabela 8, estudos empíricos sobre CC são mais utilizados do que pesquisas teóricas, principalmente no Brasil,

representando 93,33% dos artigos analisados. Por outro lado, a pesquisa empírica no

o nível internacional representa 53,20% e o teórico 46,80% dos artigos. O CC pode

explicar um número mais significativo de pesquisas empíricas encontradas em ação (Hedjazi, 2018).

Este tipo de pesquisa pode ser caracterizado pela observação e experimentação (Teófilo,

1998).

Tabela 8
Tipos de pesquisa
Número de artigos
Tipos de pesquisa Brasil Internacional Total
Empírico 14 25 39
Teórico 01 22 23

Nos 39 artigos empíricos encontrados foram utilizadas as seguintes metodologias (Tabela 9) e dados

técnicas de coleta (Tabela 10) foram verificadas. Quanto aos caminhos metodológicos utilizados, o

foram observadas a natureza da pesquisa, as abordagens e as estratégias (Tabela 9). Os resultados

mostram que quanto à natureza da pesquisa, como esperado, houve uma abordagem exploratória

predomínio (69,24%), seguido de descritivo (17,95%), exploratório-descritivo (10,25%),

e um estudo descritivo.
Tabela 9
Metodologias utilizadas
Número de artigos
Natureza da pesquisa Brasil Internacional 17 Total
Exploratório 10 27
Descritivo 01 06 07
Exploratório-descritivo 03 01 04
- 01 01
Explicativo
Abordagens Brasil Internacional Total
Qualitativo 10 18 28
- 07 07
Quantitativo
04 - 04
Quantitativo-qualitativo
Estratégias de pesquisa Brasil Internacional Total
Estudo de caso múltiplo 07 10 17
Estudo de caso 07 11 18
- 04 04
Enquete

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 69


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

Percebemos que na produção nacional há um leve predomínio da literatura

lidar com a identidade e os fatores externos que determinam a formação do CC e

desenvolvimento, o que revela uma preocupação com as características intrínsecas do CC e do

elementos que os condicionam. Na produção internacional, a relevância de trabalhos que identifiquem

e propor espaços para ampliação do trabalho coletivo e abordagem do MC em diferentes setores

e atividades é evidente: saúde, educação, políticas públicas e gestão de projetos.

Um destaque na análise da produção científica foi a observação de uma considerável

debater retratação sobre o CC no período estudado. Na verdade, o aumento da capacidade dinâmica, uma

concepção de capacidade mais adequada a este novo contexto, desempenhou um papel essencial na perda de

destaque da noção de competência estratégica. Mudanças podem ter gerado redução

expectativas em torno da posição estratégica do CC e a deflação do debate correspondente.

Nossas descobertas mostraram que o CC poderia ter “luz própria” quando considerado um

alternativa para resolver problemas de desempenho e organização do trabalho em setores específicos e

Atividades. No sector da saúde, por exemplo, o trabalho sobre o CC já tem um peso significativo

contribuição e um potencial promissor na identificação de contradições entre a organização

formas e a divisão do trabalho, até então predominantemente individual, e a necessidade de alguns núcleos

atividades a serem concebidas e ativadas coletivamente, aumentando o trabalho coletivo e a noção


do CC.

Outros trabalhos demonstram que este problema também está presente em diversos aspectos econômicos e

setores sociais. Abre uma perspectiva essencial para replicar estudos sobre a difusão do CC em

outros campos de atividades como educação e grandes projetos na gestão pública. Esses

alternativas de replicação exigirão, no entanto, uma revisão das formas de conceituar e

caracterizar a noção de CC considerando a especificidade dos diferentes contextos de aplicação.

Com efeito, a difusão do trabalho colectivo em diferentes ambientes e actividades implica a

inclusão de um período de construção e adaptação da abordagem coletiva. Envolve não

apenas critérios e práticas, mas também mudanças na visão e mentalidade dos atores envolvidos.

Refere-se principalmente a aspectos relacionados com a identidade do CC e as condições para a sua

apropriação em diferentes ambientes.

É possível afirmar que estudos originados na área de Social Aplicado

As ciências são as que mais têm investido na construção de um conceito de CC.

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 71


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

debate. Finalmente, um caminho ainda está aberto para pesquisadores que investiguem as fases de desenvolvimento do CC e

suas características, tema que tem sido abordado timidamente em alguns trabalhos.

REFERÊNCIAS

Adams, C. e Forsyth, P. (2006). Fontes próximas de eficácia coletiva do professor. Revista de Administração
Educacional, 44(6), 625-642.

Araújo, F., Nepomuceno, V., & Alvarez, D. (2019). Em busca da produtividade na mineração de carvão:
uma análise dos coletivos e competências nas minúcias da atividade de operadores de minitrator.
Laboreal, 15(1), 1-25.

Arnaud, N. e Mills, C. (2012). Compreendendo a agência interorganizacional: uma perspectiva de


comunicação. Gestão de Grupo e Organização, 37(4), 452-485.

Avelino, K., Salles, D., & Costa, I. (2017). Competências coletivas e gestão estratégica de pessoas: um
estudo realizado em organizações públicas federais. Revista de Administração Mackenzie, 18(5),
202-228.

Benbrahim, C., Sefiani, N., Meddaoui, A. e Reklaoui, K. (2017). Avaliação da competência dos recursos
humanos e indicador de desempenho. Jornal Internacional de Gestão de Processos e Benchmarking,
7(1), 20-37.

Bitencourt, C., Azevedo, D., & Froehlich, C. (2013). Na trilha das competências: caminhos
possíveis no cenário das organizações. Livroman.

Flor, B. (1986). O que estamos aprendendo sobre ensino e aprendizagem: um resumo de recentes
pesquisar. Diretor, 66(2), 6-10.

Boreham, N. (2004). Uma teoria da competência colectiva: desafiando a individualização neoliberal do


desempenho no trabalho. Jornal Britânico de Estudos Educacionais, 52(1), 5-
17.

Broman, S., Ruas, R., & Rocha-Pinto, S. (2019). A construção de competências coletivas na dinâmica das
rotinas orçamentárias. Cadernos EBAPE, 17, 871-855.

Defelix, C., Le Boulaire, M., Monties, V., & Picq, T. (2014). A competência coletiva no contexto da
globalização da gestão: recuperar a garantia com o desempenho.
@GHR, 11, 31-50.

Driscoll, M. (2000). Psicologia da aprendizagem para a instrução. Allyn e Bacon.

Dupuich, F. (2011). A emergência de competências coletivas, para uma gestão durável. Gestão 2000,
28(2), 107-125.

Dutra, J. (2007). Competências, conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na


empresa moderna (1ª ed.). Atlas.

Eisenhardt, K. (1989). Construindo teorias a partir de pesquisas de estudos de caso. Academia de Gestão
Revisão, 14(4), 532-550.

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 73


Machine Translated by Google
Machine Translated by Google

Os caminhos da pesquisa sobre competências coletivas

Loufrani-Fedida, S., & Angué, K. (2011). Uma abordagem transversal e global das competências nas organizações
por projetos. In Retour, D., Picq, T., Defelix, C., & Ruas, R. Competências coletivas: no limiar da estratégia
(pp. 99-126). Livroman.

Loufrani-Fedida, S., & Missonier, S. (2015). O gerente de projeto não pode mais ser um herói!
Compreender competências críticas em organizações baseadas em projetos a partir de uma abordagem
multinível. Jornal Internacional de Gerenciamento de Projetos, 33, 1220-1235.

Macke, J. e Crespi, K. (2016). “Uma andorinha só não faz verão”: o desenvolvimento de um instrumento para
medir competências coletivas em equipes de tecnologia da informação.
SAGE Aberto, 6, 1-11.

Mancini, J., O'Neal, C., Martin, J. e Bowen, G. (2018). Organização social comunitária e famílias militares:
perspectivas teóricas sobre transições, contextos e resiliência. Jornal de Teoria e Revisão da Família, 10,
550-565.

Michaux, V. (2011). Articular as competências individuais, coletivas, organizacionais e estratégicas: esclarecendo


a teoria dos recursos e do capital social. In Retour, D., Picq, T., Defelix, C., & Ruas, R. Competências coletivas:
no limiar da estratégia (pp. 1-22).
Livroman.

Nielsen, K. (2003). O desenvolvimento de competências coletivas no contexto de novos empreendimentos de alta


tecnologia. Na 5ª Conferência Internacional em Aprendizagem e Conhecimento Organizacional.

Ohlsson, J. (2013). Aprendizagem em equipe: processos de reflexão coletiva em equipes de professores. Diário de
Aprendizagem no local de trabalho, 25(5), 296-309.

Prahalad, C. e Hamel, G. (1990). A competência central da corporação. Revisão de Negócios de Harvard, 68(3),
79-91.

Retour, D. e Krohmer, C. (2011). A competência coletiva: uma relação-chave na gestão das competências. In
Retour, D., Picq, T., Defelix, C., & Ruas, R. Competências coletivas: no limiar da estratégia (pp. 45-78).
Livroman.

Rosa, JS e Bitencourt, C. (2010). A dinâmica das competências coletivas em um contexto de redes de cooperação.
UNOPARCientífica, 11(2), 5-14.

você, . (200). é uma competência gerencial e contribui para o aprendizado da gestão organizacional. In Fleury,
MTL, & Oliveira Jr., MM eto trat gica do conhecimento: integrando aprendidagem, conhecimento e
competências. Atlas.

Sandberg, J. (2000). Compreendendo a competência humana no trabalho: uma abordagem interpretativa.


Revista da Academia de Administração, 43(1), 9-25.

Silva, F., & Ruas, R. (2014). Desenvolvimento de competências coletivas a partir das contribuições das práticas
de gestão de recursos humanos. Sinergia, 18(1), 17-28.

Silva, F., & Ruas, R. (2016). Competências coletivas: considerações sobre sua formação e desenvolvimento. Ler.
Revista Eletrônica de Administração, 83(1), 252-278.

Jornal de Gestão e Tecnologia, Vol. 22, n. 3, pág. 50-76, jul./set. 2022 75


Machine Translated by Google

Você também pode gostar