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de entrada com um documento encontrado na internet (para "Busca em arquivos da internet") ou do
arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador (para "Pesquisa em arquivos locais"). A
quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo
comparados. Quanto maior a quantidade de termos comuns, maior a similaridade entre os arquivos. É
importante destacar que o limite de 3% representa uma estatística de semelhança e não um "índice de
plágio". Por exemplo, documentos que citam de forma direta (transcrição) outros documentos, podem ter
uma similaridade maior do que 3% e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio. Há sempre a
necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou
não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências
bibliográficas. Para cada par de arquivos, apresenta-se uma comparação dos termos semelhantes, os
quais aparecem em vermelho.
Veja também:
Analisando o resultado do CopySpider
Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio?
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Arquivo 1: MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Arquivo 2: https://luzeiros.faama.edu.br/index.php/revistaluzeiros/article/download/5/5 (5839 termos)
Termos comuns: 3547
Similaridade: 53,58%
O texto abaixo é o conteúdo do documento MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO
CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://luzeiros.faama.edu.br/index.php/revistaluzeiros/article/download/5/5 (5839 termos)
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ALUSÃO MISSIOLÓGICA DE JUÍZO: UM ESTUDO CONTEXTUAL DE EZEQUIEL 21:1-7 E UMA
ANÁLISE DO TERMO ??????? (KARAT)
Introdução
Muitas pessoas questionam o caráter e o amor de Deus. Alguns perguntam: Se Deus existe, porque há
tanta injustiça? Será que Ele vê o sofrimento das pessoas? Porém, com essas e outras questões, acabam
criando implicações do caráter de Deus em relação ao sofrimento humano, e que, ao longo do tempo tem
levado pessoas a obterem compreensão equivocada da justiça é do juízo divino em Sua própria missão.
Contudo, ?toda a teologia reconhece que as pessoas passam por experiências adversas do sofrimento
que podem causar angústia física, mental ou espiritual? (TAYLOR1, 1984).
A Bíblia oferece exemplos quanto a existência da injustiça humana, ao que temos o salmista Davi, que ao
contextualizar a ?corrupção? humana, foi claro em sua abordagem conclusiva quando disse: ?O Senhor
olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse
a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer
um.? (Sl 14: 2-3).
Entretanto, a Bíblia também apresenta a ação imediata de Deus em preservar a vida do justo. Um exemplo
disso, é o relato de Gênesis do momento que Abraão perguntou a Deus: ?destruirás o justo com ímpio??
Disse Deus: ?se houver 10 justos em Sodoma, não a destruirei por amor dos 10? (Gn 18: 23 e 32), e Ele
cumpriu a promessa ao livrar Ló e sua família da destruição tirando-os da cidade (Gn 19: 12-28). Nesse
caso Abraão desenvolve o aspecto da missão da interseção em favor da família de Ló. Contudo, o livro de
Ezequiel apresenta o seguinte texto: ?Eis que estou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e
exterminarei do meio de ti o justo e o perverso. E, por isso que hei de exterminar do meio de ti o justo e o
perverso, a minha espada sairá da bainha contra toda a carne, desde o Sul até o Norte? (Ez 21: 3-4).
Dentro desse contexto surgem os seguintes questionamentos: Deus eliminou o justo com o perverso?
Como entender de forma contextual o ?eliminar do justo? com o perverso conectado a missão divina
através do profeta Ezequiel e seu povo?
Diante das implicações textuais, este artigo propõe-se a esclarecer questionamentos das quais foram
realizados: uma busca histórica, um estudo contextual da estrutura do livro, também um estudo da unidade
do capítulo 21:1-32, e uma análise exegética da principal palavra da perícope o verbo hebraico ??????? (
karat - eliminar) e suas ligações com os termos ???????? (saddîq - justo) e ?????????? (w?r??? -
perverso). Também foi feito uma análise teológica do sofrimento e missiológico do juízo apresentado no
capítulo 21. Portanto, foi utilizado o método histórico-gramatical, sendo essa uma das normas propostas
para uso em estudos exegéticos. A proposta de análise está dentro da unidade contextual de Ezequiel 21,
sendo que, o conceito e a centralidade do trabalho se delimitam na perícope de Ezequiel 21:6-10 da Bíblia
Hebraica Sttugartensia (BHS).
2 CONTEXTO DO LIVRO
2.1 Autoria e data
Segundo o Comentário Bíblico Adventista (2013, v. 4 p. 619), não houve sérios questionamentos com
relação às evidências autorais do livro de Ezequiel até meados do século 20, visto que, conservadores
tradicionais e representantes da Alta Crítica confirmam o autor do livro como sendo o próprio Ezequiel.
Porém, embora seja um profeta do Antigo Testamento (AT), não se sabe nada sobre as circunstâncias em
que Ezequiel viveu, ou de sua vida pessoal, muito além do que ele mesmo escreveu. Além disso, Ezequiel
não é mencionado em nenhum outro livro do AT, portanto, embora tenha algumas alusões no apocalipse
por suas simbologias similares, em hipótese alguma seus escritos são citados diretamente no Novo
Testamento (NT), com a pequena exceção de 2 Coríntios 6:17, e segundo o comentarista, ?fora da Bíblia
é citado apenas por Josefo e Jesus Bem Siraque.?
De acordo com Dillard e Longman (2006), a autenticidade da datação do livro, amplia o percurso das datas
em todo o ministério do ofício profético de Ezequiel no período do cativeiro judaico. Sendo assim, o
período em destaque se deu quando Ezequiel foi levado cativo para Babilônia em 597 a. C., e, no quinto
ano do exílio, em 21 de julho de 592 a.C., aos 30 anos de idade, quando foi chamado para o ofício
profético. Seu ministério durou cerca de 30 a 32 anos. ?A última profecia de Ezequiel foi relatada em 570 a
.C.? (BÍBLIA DE ESTUDO ANDREWS, 2015, p. 1033).
quinto ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá. Nesse ínterim, não existia mais o Reino do Norte, e o
reino de Judá (Reino do Sul), também estava declinando rapidamente para um fim. O rei Nabucodonosor
iniciou seu cativeiro contra Judá em 605 a.C., período do reinado de Jeoaquim. Na segunda invasão
babilônica que ocorreu no ano 597 a.C., o sucessor do rei Jeoaquim, nesse caso, o rei Joaquim que
estava há apenas três meses no poder, foi levado cativo para Babilônia, e com ele, muitos do povo
israelita também foram feitos cativos, inclusive Ezequiel (Ez 1:1, 2; 33:21). Outro comentarista, Andrew e
Walto (2007) faz alusão ao clímax ministerial de Ezequiel da seguinte maneira: ?O ministério de Ezequiel
foi apenas resultado dos programas políticos e religiosos implementados anteriormente por Manassés, rei
de Judá? (ANDREW; WALTO, 2007, p. 489).
Outra característica ministerial de Ezequiel descrito por Vos (2010), foi a relação de sua função como ?
profeta retórico?, pelo fato das descrições escatológicas. Segundo Vos, isso o impressionava diante do
seu público que o levavam a uma atividade constante de mensagens exortativas, mesmo que suas
palavras ecoassem suavemente como canção de toque instrumental.
A condição Espiritual da nação Israelita dependia do seu relacionamento com Deus descrita de forma
exortativa em toda Torah. Pois, em Sua onisciência, Deus revelou a futura rebeldia de Israel que foi
concretizada em uma das fases de apostasia nos dias de Ezequiel (Dt 31:16-21). Para essa declaração
concisa, em todo o período da vida de Ezequiel, Dillard e Longman, afirmam:
O profeta Ezequiel, era ainda menino durante o período de incessante declínio do poder da Assíria e, em
sua juventude, certamente esperou que a decadência assíria pudesse significar a libertação de Judá da
dominação estrangeira. Ele deve ter acompanhado o sinistro fortalecimento da Babilônia e do Egito após
terem se libertado do jugo da Assíria. Quando era apenas um adolescente, ficou sabendo da notícia da
morte de Josias em Megido, enquanto o rei procurava impedir o avanço do faraó Neco (609 a.C., 2Rs
23.29; 2Cr 35.20-25). Ezequiel provavelmente ouviu a pregação de Jeremias e pode ter conhecido os
ministérios de Habacuque e Sofonias. Ele testemunhou o período de instabilidade e indecisão política que
se seguiu a morte de Josias, quando o destino de Judá se alterou com sua submissão ao Egito e, depois,
a Babilônia (DILLARD, Raymond B.; LONGMAN, Tremper, 2006, p. 299).
Em períodos de declínios religiosos de alguns reis ao longo da dinastia, a nação se achava sem rei, sem
país, e por consequência disso, sem templo para adoração. Dentro dessas condições, Ezequiel buscava
auxiliar seus anciãos em sua própria casa, portanto, entre os pontos importantes nessas assistências,
encontra-se a preocupação de Ezequiel na exortação do povo dizendo: ?casa rebelde?, e isso os levava a
refletirem nas condições em que se encontravam. ?Dentro da perspectiva de advertência, Ezequiel fazia
sua avaliação no âmbito religioso, político e social? (ELLISEN, 1993, p. 249-250). Ao fazer uma sinopse
dessa decadência, Lasor (1999, p. 394) descreve: ?A podridão de Israel remonta à época de sua redenção
do Egito o povo reagia regularmente com truculência para com a graça divina? (Ez 20:5-31). Isso podia
comprometer a missão de Deus em revelar sua graça aos pagãos que mantinham contato com os
Israelitas.
3 CONTEXTO ESTRUTURAL
3.1 Contexto estrutural é gênero literário
Em uma análise sistemática da estrutura literária do livro de Ezequiel, Taylor2 (1984, p. 47-49) desenvolve
oito partes simétricas, iniciando com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em
sequência dos oráculos de juízo (Ez 6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25).
Em seguida apresenta os três oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois
exibe os oráculos de juízo contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas
relacionados com a queda de Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez
38:1-39: 39) e os planos para uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária,
Champlin (2001, v. 5, p. 3200), descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes
maneiras: (1) ?O chamado de Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-
24.27); (3) ?Profecias contra poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do
futuro e a restauração final? (Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara
- Mestre e doutorando em teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo
o livro com base nas datas e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a
última no capítulo 40:1. Nessa estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das
expressões: ?tive visões? ou a ?mão do SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim
a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1; 24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática
estrutural das datas e visões do livro, se confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (2005, p. 417), afirma que
a ?profecia possui uma estrutura clara, que toda ela está escrita em forma autobiográfica, que exibe uma
significativa continuidade linguística, que emprega em cada seção várias expressões típicas, e que
demonstra uma teologia coerente.?
Para descrever a forma do gênero literário do livro, Davidson. F. (1997, p. 1462) declara: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas, ele reitera seu tema que versa
sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.? Outro ponto em destaque dentro da
estrutura do livro é que, ?a maior parte de seus escritos é prosa profética e autobiográfica em grande
medida, e dos 33 dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
maneira, também existe a palavra ????????? (w?r??? - perverso) que aparece duas vezes na micro
perícope. Portanto, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar), ???????? (
saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão interligadas dentro do trecho, e delimitadas pelos
sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá) (FRANCISCO, 2008, p.176), como é apresentado a
seguir em Ezequiel 21:6-10 na Bíblia Hebraica:
1)Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2) Filho do homem, volve o rosto contra Jerusalém,
derrama as tuas palavras contra os santuários e profetiza contra a terra de Israel. 3) Dize à terra de Israel
: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra 1984, p. 47-49) desenvolve oito partes simétricas, iniciando
com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em sequência dos oráculos de juízo (Ez
6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25). Em seguida apresenta os três
oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois exibe os oráculos de juízo
contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas relacionados com a queda de
Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez 38:1-39: 39) e os planos para
uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária, Champlin (2001, v. 5, p. 3200),
descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes maneiras: (1) ?O chamado de
Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-24.27); (3) ?Profecias contra
poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do futuro e a restauração final?
(Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara - Mestre e doutorando em
teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo o livro com base nas datas
e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a última no capítulo 40:1. Nessa
estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das expressões: ?tive visões? ou a ?mão do
SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1;
24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática estrutural das datas e visões do livro, se
confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (200rence 102 of 110." ?
addîq - justo), que é um adjetivo masculino singular, e que aparece 206 vezes no Antigo Testamento
(Brown, 1907, p. 843). A expressão determina uma ideia ampla no mesmo sentido ao longo da Bíblia, e
que, aponta legalmente para ?uma pessoa cuja conduta é examinada e considerada inabalável, não
culpada, inocente, com o direito? (Gn 6:9; Êx 9:27; 1Sam 24:14; 2 Sam 23:3-5; 1Rs 10:9) (Brown, 1907).
Ligado ao termo ???????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/tzaddik_6662.htm" \o "?ad·d
îq: the righteous -- Occurrence 102 of 110." ?addîq - justo) encontra-se a palavra ????????? (w?r??? -
perverso), que também está na ordem de ?eliminação? do SENHOR. Vale dizer que, os perversos são a
causa da execução de destruição da palavra que veio a Ezequiel. Habacuque especifica quem são os
perversos, ?eles cercam os justos, a justiça é torcida?, ele continua dizendo sobre os procedimentos ?
pérfidos dos perversos que devoram aquele que é mais justo do que eles? (Hb 14 e 13). ??????? (r???)
sendo um adjetivo com 263 aparição na (BHS), ????????? (w?r??? - perverso) aparece com a partícula
?? (waw), conjuntiva, adjetivo do masculino singular absoluto (Brown, 1907, p. 957). Segundo o contexto
bíblico, essa expressão predomina da seguinte forma: ?pera e autobiográfica em grande medida, e dos 33
dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
O testemunho do cânon inspirado revela que o sofrimento não é a causa maior do discurso da teologia,
mas como Deus reage quanto ao sofrimento. Veja essa afirmação:
O cânon afirma o testemunho que essa passagem dá sobre a atuação de Deus no sofrimento. Não existe
nenhuma necessidade de tentar diminuir a dor por meio de conversa descontraída, e o cânon nunca o faz.
Pelo contrário, José, Moisés, Elias e outros demonstram sua fé dentro do contexto de sofrimento, não fora
dele. Aprendem que Deus tem um papel redentivo maior para o sofrimento (Gn 50:20; Jr 12:14-17), que
Deus sofre com o pecado (Gn 6:6) e que os ímpios serão eliminados. O que, contudo, não pode mudar é a
agonia do momento, pois é essa agonia que torna redentivo o sofrimento. E na agonia do momento
Yahweh está presente para trazer livramento, quer nesta vida ou naquela que Isaías 66:18- 24 vislumbra (
HOUSE, 2005, p. 397).
Então, diante do contexto de Ezequiel 21:3-4, Ellisen (1993) dá ênfase teológica na perspectiva da vida de
Jó em três propósitos com relação ao sofrimento: Primeiro, ?o sofrimento é um privilégio que Deus dá ao
seu povo para ajudá-Lo a cumprir algum grande propósito, tal como refutar Satanás? (Ellisen, 1993, p
.157), ideia descrita em Jó1:8-12. Segundo, em Jó 13:15 ?o sofrimento é um apelo para confiar quando
não entendemos, porque saber o propósito poderia destruir o efeito? (Ellisen, 1993, p.157). E por último,
no capítulo de Jó 42:3-7 ?o sofrimento pode ser um meio de Deus trazer alguém a um ponto em que já
não sabe o que fazer, e está de tal maneira indefeso que somente Deus poderá tornar-se seu defensor? (
Ellisen, 1993, p.157). Todos são testemunhas de Deus nesse propósito missional.
Vale destacar que, o sofrimento do justo e do perverso, embora na mesma circunstância adversa, tem
uma diferença na perspectiva teológica, House (2005) ressalta:
Finalmente é importante estabelecer a distinção entre sofrimento e castigo. Abel e Jó sofrem, mas sua dor
não é resultado do pecado, e o mesmo é válido para José e Jeremias. Para os fiéis, o sofrimento é a favor
de outros e, por esse motivo, é redentivo. O castigo pode ter um impacto punitivo ou purificador,
dependendo da reação de quem o recebe. O povo dos dias de Ezequiel e Jeremias não fizeram nenhuma
dessas distinções. Pelo contrário, queixaram-se de qualquer tipo de catástrofe como se fossem justos.
Rejeitaram um cuidadoso auto-exame (HOUSE, 2005, p. 432).
CONCLUSÃO
Em virtude da temática deste trabalho, verificou-se que o sofrimento é uma realidade existente entre o
justo e o ímpio. Mesmo que existam ideias equivocadas que influenciam no mundo filosófico e religiões
não cristãs, afirmando uma negatividade da verdadeira natureza do sofrimento, comprovou-se que Deus
conhece o sofrimento humano e está visualizando cada aspecto da vida humana na missão. Por
conseguinte, a teologia cristã associa uma parte desse sofrimento estando ligado ao pecado, ?sendo o
sofrimento real por que o homem vive em rebelião contra Deus? (TAYLOR1, 1984, p.767).
Portanto, as perguntas em relação a Deus e a essência do sofrimento não tem resposta, mas a Bíblia
deixa bem claro como será o fim do mal e do sofrimento. O texto de Ezequiel 18:20, 27 e 32 confirma que,
Deus não punirá o justo pelos pecados dos perversos, antes, Ele espera que o perverso se converta dos
seus maus caminhos. Assim, diante do texto de Ezequiel 21:1-7, a perícope estudada apresenta que o
termo ?eliminar? não especificou o juízo futuro, mas imediato. Entretanto, dentro da estrutura do livro de
Ezequiel, Davidson. F. (1997, p. 1462), descrevendo a forma do gênero literário do livro, diz: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas ele (Ezequiel) reitera seu tema
que versa sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.?
Por conseguinte, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar),
???????? (saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão ligadas enfaticamente dentro da micro
perícope, delimitadas pelos sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá). Em vista disso, a análise da
principal palavra da micro perícope revelou a importância do tema proposto. Assim, no contexto de
Ezequiel 21:3-4, a ????????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/charbi_2719.htm" \o "?ar
·bî: my sword -- Occurrence 5 of 11." ?arbî - espada) de ??????? (yahweh - SENHOR) para eliminação, é
uma metáfora aplicada ao rei de babilônia (Ez 21:19-21; Jr 24:10; 25: 9 e 29), e essa afirmação é
confirmada pela descrição Bíblica e por vários teólogos.
Então, o esclarecimento teológico da temática do sofrimento, a Bíblia ressalta vários personagens que
enfrentaram grandes desafios como; oposição, escravidão, perseguição, calúnias e mortes no contexto da
missão como testemunhas. Contudo, para entender o contexto de Ezequiel 21, a abordagem se
desenvolveu a partir do sofrimento por parte dos patriarcas de Deus, e que Deus usou como uma forma
dinâmica de revelar também misericórdia. Por essa razão, os aspectos teológicos do sofrimento dos
patriarcas evidenciam que, em quaisquer circunstâncias Deus era exaltado acima de todas as coisas.
Os aspectos teológicos do sofrimento dos profetas tinham uma nova percepção, pois o mesmo
apresentava as mensagens de Deus, e que na maioria das vezes eram rejeitadas. Por fim, a ênfase
temática de Ezequiel 21:1-7, dentro da ênfase do sofrimento, apresentou que o ?eliminar?, ou sofrimento
permitido por Deus mesmo em meio ao sofrimento ou morte, revelaram o verdadeiro testemunho dos fiéis
através da missão diante de Deus e dos ?perversos?. Contudo, ninguém está livre do sofrimento, mas as
promessas de Deus são irrevogáveis quanto ao fim do sofrimento descrita no livro de Apocalipse (21:3-4).
Considerações Finais
ANDREW, H. E.; WALTO, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2007.
BÍBLIA de Estudos Andrews. Tradução de Cecília Eller Nascimento. 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora
Brasileira, 2015.
Brown, Francis. The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon. Oxford: Clarendon Press, 1907.
comentário bíblico beacon. Isaias a Daniel. v. 4. 40 ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.
COOKE, G. A. A critical and exegetical commentary on the book of Ezekiel. Series title in part at head,
Edinburgh: T. & T. Clark. 1936.
COOPER, L. E. Vol. 17: Commentary de Ezekiel. Logos Library System; The New American Commentary.
Nashville: Broadman Holman Publishers, 2001.
DILLARD, R. B.; LONGMAN, T. Introdução ao antigo Testamento. Tradução de Sueli da Silva Saraiva. 1.
ed. São Paulo: Vida Nova, 2006.
ELLISEN, S. A. Conheça Melhor o Antigo Testamento. 2o ed. São Paulo: Vida, 1993
FLEMING, D. C. Concise Bible commentary. Also published under title: The AMG concise Bible
commentary. Chattanooga, Tenn.: AMG Publishers, 1994.
FRANCISCO, E. de F. Manual da Bíblia hebraica: introdução ao texto massorético: guia introdutório para a
Bíblia Hebraica Stuttgartensia-3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2008.
FREDENBURG, B. E. The College Press NIV commentary. Joplin, Mo.: College Press Pub. Co, 2002.
GUSSO, A. R. Gramática instrumental do hebraico. 2 ed rev. São Paulo: Vida Nova, 2008.
HOUSE, P. R., Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2005.
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Arquivo 1: MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Arquivo 2: https://estudodedeus.com.br/a-historia-do-profeta-ezequiel (2454 termos)
Termos comuns: 44
Similaridade: 0,65%
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CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://estudodedeus.com.br/a-historia-do-
profeta-ezequiel (2454 termos)
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ALUSÃO MISSIOLÓGICA DE JUÍZO: UM ESTUDO CONTEXTUAL DE EZEQUIEL 21:1-7 E UMA
ANÁLISE DO TERMO ??????? (KARAT)
Introdução
Muitas pessoas questionam o caráter e o amor de Deus. Alguns perguntam: Se Deus existe, porque há
tanta injustiça? Será que Ele vê o sofrimento das pessoas? Porém, com essas e outras questões, acabam
criando implicações do caráter de Deus em relação ao sofrimento humano, e que, ao longo do tempo tem
levado pessoas a obterem compreensão equivocada da justiça é do juízo divino em Sua própria missão.
Contudo, ?toda a teologia reconhece que as pessoas passam por experiências adversas do sofrimento
que podem causar angústia física, mental ou espiritual? (TAYLOR1, 1984).
A Bíblia oferece exemplos quanto a existência da injustiça humana, ao que temos o salmista Davi, que ao
contextualizar a ?corrupção? humana, foi claro em sua abordagem conclusiva quando disse: ?O Senhor
olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse
a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer
um.? (Sl 14: 2-3).
Entretanto, a Bíblia também apresenta a ação imediata de Deus em preservar a vida do justo. Um exemplo
disso, é o relato de Gênesis do momento que Abraão perguntou a Deus: ?destruirás o justo com ímpio??
Disse Deus: ?se houver 10 justos em Sodoma, não a destruirei por amor dos 10? (Gn 18: 23 e 32), e Ele
cumpriu a promessa ao livrar Ló e sua família da destruição tirando-os da cidade (Gn 19: 12-28). Nesse
caso Abraão desenvolve o aspecto da missão da interseção em favor da família de Ló. Contudo, o livro de
Ezequiel apresenta o seguinte texto: ?Eis que estou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e
exterminarei do meio de ti o justo e o perverso. E, por isso que hei de exterminar do meio de ti o justo e o
perverso, a minha espada sairá da bainha contra toda a carne, desde o Sul até o Norte? (Ez 21: 3-4).
Dentro desse contexto surgem os seguintes questionamentos: Deus eliminou o justo com o perverso?
Como entender de forma contextual o ?eliminar do justo? com o perverso conectado a missão divina
através do profeta Ezequiel e seu povo?
Diante das implicações textuais, este artigo propõe-se a esclarecer questionamentos das quais foram
realizados: uma busca histórica, um estudo contextual da estrutura do livro, também um estudo da unidade
do capítulo 21:1-32, e uma análise exegética da principal palavra da perícope o verbo hebraico ???????
(karat - eliminar) e suas ligações com os termos ???????? (saddîq - justo) e ?????????? (w?r??? -
perverso). Também foi feito uma análise teológica do sofrimento e missiológico do juízo apresentado no
capítulo 21. Portanto, foi utilizado o método histórico-gramatical, sendo essa uma das normas propostas
para uso em estudos exegéticos. A proposta de análise está dentro da unidade contextual de Ezequiel 21,
sendo que, o conceito e a centralidade do trabalho se delimitam na perícope de Ezequiel 21:6-10 da Bíblia
Hebraica Sttugartensia (BHS).
2 CONTEXTO DO LIVRO
2.1 Autoria e data
Segundo o Comentário Bíblico Adventista (2013, v. 4 p. 619), não houve sérios questionamentos com
relação às evidências autorais do livro de Ezequiel até meados do século 20, visto que, conservadores
tradicionais e representantes da Alta Crítica confirmam o autor do livro como sendo o próprio Ezequiel.
Porém, embora seja um profeta do Antigo Testamento (AT), não se sabe nada sobre as circunstâncias em
que Ezequiel viveu, ou de sua vida pessoal, muito além do que ele mesmo escreveu. Além disso, Ezequiel
não é mencionado em nenhum outro livro do AT, portanto, embora tenha algumas alusões no apocalipse
por suas simbologias similares, em hipótese alguma seus escritos são citados diretamente no Novo
Testamento (NT), com a pequena exceção de 2 Coríntios 6:17, e segundo o comentarista, ?fora da Bíblia
é citado apenas por Josefo e Jesus Bem Siraque.?
De acordo com Dillard e Longman (2006), a autenticidade da datação do livro, amplia o percurso das datas
em todo o ministério do ofício profético de Ezequiel no período do cativeiro judaico. Sendo assim, o
período em destaque se deu quando Ezequiel foi levado cativo para Babilônia em 597 a. C., e, no quinto
ano do exílio, em 21 de julho de 592 a.C., aos 30 anos de idade, quando foi chamado para o ofício
profético. Seu ministério durou cerca de 30 a 32 anos. ?A última profecia de Ezequiel foi relatada em 570 a
.C.? (BÍBLIA DE ESTUDO ANDREWS, 2015, p. 1033).
quinto ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá. Nesse ínterim, não existia mais o Reino do Norte, e o
reino de Judá (Reino do Sul), também estava declinando rapidamente para um fim. O rei Nabucodonosor
iniciou seu cativeiro contra Judá em 605 a.C., período do reinado de Jeoaquim. Na segunda invasão
babilônica que ocorreu no ano 597 a.C., o sucessor do rei Jeoaquim, nesse caso, o rei Joaquim que
estava há apenas três meses no poder, foi levado cativo para Babilônia, e com ele, muitos do povo
israelita também foram feitos cativos, inclusive Ezequiel (Ez 1:1, 2; 33:21). Outro comentarista, Andrew e
Walto (2007) faz alusão ao clímax ministerial de Ezequiel da seguinte maneira: ?O ministério de Ezequiel
foi apenas resultado dos programas políticos e religiosos implementados anteriormente por Manassés, rei
de Judá? (ANDREW; WALTO, 2007, p. 489).
Outra característica ministerial de Ezequiel descrito por Vos (2010), foi a relação de sua função como
?profeta retórico?, pelo fato das descrições escatológicas. Segundo Vos, isso o impressionava diante do
seu público que o levavam a uma atividade constante de mensagens exortativas, mesmo que suas
palavras ecoassem suavemente como canção de toque instrumental.
A condição Espiritual da nação Israelita dependia do seu relacionamento com Deus descrita de forma
exortativa em toda Torah. Pois, em Sua onisciência, Deus revelou a futura rebeldia de Israel que foi
concretizada em uma das fases de apostasia nos dias de Ezequiel (Dt 31:16-21). Para essa declaração
concisa, em todo o período da vida de Ezequiel, Dillard e Longman, afirmam:
O profeta Ezequiel, era ainda menino durante o período de incessante declínio do poder da Assíria e, em
sua juventude, certamente esperou que a decadência assíria pudesse significar a libertação de Judá da
dominação estrangeira. Ele deve ter acompanhado o sinistro fortalecimento da Babilônia e do Egito após
terem se libertado do jugo da Assíria. Quando era apenas um adolescente, ficou sabendo da notícia da
morte de Josias em Megido, enquanto o rei procurava impedir o avanço do faraó Neco (609 a.C., 2Rs
23.29; 2Cr 35.20-25). Ezequiel provavelmente ouviu a pregação de Jeremias e pode ter conhecido os
ministérios de Habacuque e Sofonias. Ele testemunhou o período de instabilidade e indecisão política que
se seguiu a morte de Josias, quando o destino de Judá se alterou com sua submissão ao Egito e, depois,
a Babilônia (DILLARD, Raymond B.; LONGMAN, Tremper, 2006, p. 299).
Em períodos de declínios religiosos de alguns reis ao longo da dinastia, a nação se achava sem rei, sem
país, e por consequência disso, sem templo para adoração. Dentro dessas condições, Ezequiel buscava
auxiliar seus anciãos em sua própria casa, portanto, entre os pontos importantes nessas assistências,
encontra-se a preocupação de Ezequiel na exortação do povo dizendo: ?casa rebelde?, e isso os levava a
refletirem nas condições em que se encontravam. ?Dentro da perspectiva de advertência, Ezequiel fazia
sua avaliação no âmbito religioso, político e social? (ELLISEN, 1993, p. 249-250). Ao fazer uma sinopse
dessa decadência, Lasor (1999, p. 394) descreve: ?A podridão de Israel remonta à época de sua redenção
do Egito o povo reagia regularmente com truculência para com a graça divina? (Ez 20:5-31). Isso podia
comprometer a missão de Deus em revelar sua graça aos pagãos que mantinham contato com os
Israelitas.
3 CONTEXTO ESTRUTURAL
3.1 Contexto estrutural é gênero literário
Em uma análise sistemática da estrutura literária do livro de Ezequiel, Taylor2 (1984, p. 47-49) desenvolve
oito partes simétricas, iniciando com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em
sequência dos oráculos de juízo (Ez 6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25).
Em seguida apresenta os três oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois
exibe os oráculos de juízo contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas
relacionados com a queda de Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez
38:1-39: 39) e os planos para uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária,
Champlin (2001, v. 5, p. 3200), descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes
maneiras: (1) ?O chamado de Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-
24.27); (3) ?Profecias contra poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do
futuro e a restauração final? (Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara
- Mestre e doutorando em teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo
o livro com base nas datas e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a
última no capítulo 40:1. Nessa estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das
expressões: ?tive visões? ou a ?mão do SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim
a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1; 24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática
estrutural das datas e visões do livro, se confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (2005, p. 417), afirma que
a ?profecia possui uma estrutura clara, que toda ela está escrita em forma autobiográfica, que exibe uma
significativa continuidade linguística, que emprega em cada seção várias expressões típicas, e que
demonstra uma teologia coerente.?
Para descrever a forma do gênero literário do livro, Davidson. F. (1997, p. 1462) declara: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas, ele reitera seu tema que versa
sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.? Outro ponto em destaque dentro da
estrutura do livro é que, ?a maior parte de seus escritos é prosa profética e autobiográfica em grande
medida, e dos 33 dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
maneira, também existe a palavra ????????? (w?r??? - perverso) que aparece duas vezes na micro
perícope. Portanto, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar), ????????
(saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão interligadas dentro do trecho, e delimitadas pelos
sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá) (FRANCISCO, 2008, p.176), como é apresentado a
seguir em Ezequiel 21:6-10 na Bíblia Hebraica:
1)Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2) Filho do homem, volve o rosto contra Jerusalém,
derrama as tuas palavras contra os santuários e profetiza contra a terra de Israel. 3) Dize à terra de Israel
: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra 1984, p. 47-49) desenvolve oito partes simétricas, iniciando
com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em sequência dos oráculos de juízo (Ez
6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25). Em seguida apresenta os três
oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois exibe os oráculos de juízo
contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas relacionados com a queda de
Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez 38:1-39: 39) e os planos para
uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária, Champlin (2001, v. 5, p. 3200),
descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes maneiras: (1) ?O chamado de
Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-24.27); (3) ?Profecias contra
poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do futuro e a restauração final?
(Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara - Mestre e doutorando em
teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo o livro com base nas datas
e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a última no capítulo 40:1. Nessa
estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das expressões: ?tive visões? ou a ?mão do
SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1;
24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática estrutural das datas e visões do livro, se
confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (200rence 102 of 110."
?addîq - justo), que é um adjetivo masculino singular, e que aparece 206 vezes no Antigo Testamento
(Brown, 1907, p. 843). A expressão determina uma ideia ampla no mesmo sentido ao longo da Bíblia, e
que, aponta legalmente para ?uma pessoa cuja conduta é examinada e considerada inabalável, não
culpada, inocente, com o direito? (Gn 6:9; Êx 9:27; 1Sam 24:14; 2 Sam 23:3-5; 1Rs 10:9) (Brown, 1907).
Ligado ao termo ???????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/tzaddik_6662.htm" \o "?ad·d
îq: the righteous -- Occurrence 102 of 110." ?addîq - justo) encontra-se a palavra ????????? (w?r??? -
perverso), que também está na ordem de ?eliminação? do SENHOR. Vale dizer que, os perversos são a
causa da execução de destruição da palavra que veio a Ezequiel. Habacuque especifica quem são os
perversos, ?eles cercam os justos, a justiça é torcida?, ele continua dizendo sobre os procedimentos
?pérfidos dos perversos que devoram aquele que é mais justo do que eles? (Hb 14 e 13). ??????? (r???)
sendo um adjetivo com 263 aparição na (BHS), ????????? (w?r??? - perverso) aparece com a partícula
?? (waw), conjuntiva, adjetivo do masculino singular absoluto (Brown, 1907, p. 957). Segundo o contexto
bíblico, essa expressão predomina da seguinte forma: ?pera e autobiográfica em grande medida, e dos 33
dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
O testemunho do cânon inspirado revela que o sofrimento não é a causa maior do discurso da teologia,
mas como Deus reage quanto ao sofrimento. Veja essa afirmação:
O cânon afirma o testemunho que essa passagem dá sobre a atuação de Deus no sofrimento. Não existe
nenhuma necessidade de tentar diminuir a dor por meio de conversa descontraída, e o cânon nunca o faz.
Pelo contrário, José, Moisés, Elias e outros demonstram sua fé dentro do contexto de sofrimento, não fora
dele. Aprendem que Deus tem um papel redentivo maior para o sofrimento (Gn 50:20; Jr 12:14-17), que
Deus sofre com o pecado (Gn 6:6) e que os ímpios serão eliminados. O que, contudo, não pode mudar é a
agonia do momento, pois é essa agonia que torna redentivo o sofrimento. E na agonia do momento
Yahweh está presente para trazer livramento, quer nesta vida ou naquela que Isaías 66:18- 24 vislumbra
(HOUSE, 2005, p. 397).
Então, diante do contexto de Ezequiel 21:3-4, Ellisen (1993) dá ênfase teológica na perspectiva da vida de
Jó em três propósitos com relação ao sofrimento: Primeiro, ?o sofrimento é um privilégio que Deus dá ao
seu povo para ajudá-Lo a cumprir algum grande propósito, tal como refutar Satanás? (Ellisen, 1993, p
.157), ideia descrita em Jó1:8-12. Segundo, em Jó 13:15 ?o sofrimento é um apelo para confiar quando
não entendemos, porque saber o propósito poderia destruir o efeito? (Ellisen, 1993, p.157). E por último,
no capítulo de Jó 42:3-7 ?o sofrimento pode ser um meio de Deus trazer alguém a um ponto em que já
não sabe o que fazer, e está de tal maneira indefeso que somente Deus poderá tornar-se seu defensor?
(Ellisen, 1993, p.157). Todos são testemunhas de Deus nesse propósito missional.
Vale destacar que, o sofrimento do justo e do perverso, embora na mesma circunstância adversa, tem
uma diferença na perspectiva teológica, House (2005) ressalta:
Finalmente é importante estabelecer a distinção entre sofrimento e castigo. Abel e Jó sofrem, mas sua dor
não é resultado do pecado, e o mesmo é válido para José e Jeremias. Para os fiéis, o sofrimento é a favor
de outros e, por esse motivo, é redentivo. O castigo pode ter um impacto punitivo ou purificador,
dependendo da reação de quem o recebe. O povo dos dias de Ezequiel e Jeremias não fizeram nenhuma
dessas distinções. Pelo contrário, queixaram-se de qualquer tipo de catástrofe como se fossem justos.
Rejeitaram um cuidadoso auto-exame (HOUSE, 2005, p. 432).
CONCLUSÃO
Em virtude da temática deste trabalho, verificou-se que o sofrimento é uma realidade existente entre o
justo e o ímpio. Mesmo que existam ideias equivocadas que influenciam no mundo filosófico e religiões
não cristãs, afirmando uma negatividade da verdadeira natureza do sofrimento, comprovou-se que Deus
conhece o sofrimento humano e está visualizando cada aspecto da vida humana na missão. Por
conseguinte, a teologia cristã associa uma parte desse sofrimento estando ligado ao pecado, ?sendo o
sofrimento real por que o homem vive em rebelião contra Deus? (TAYLOR1, 1984, p.767).
Portanto, as perguntas em relação a Deus e a essência do sofrimento não tem resposta, mas a Bíblia
deixa bem claro como será o fim do mal e do sofrimento. O texto de Ezequiel 18:20, 27 e 32 confirma que,
Deus não punirá o justo pelos pecados dos perversos, antes, Ele espera que o perverso se converta dos
seus maus caminhos. Assim, diante do texto de Ezequiel 21:1-7, a perícope estudada apresenta que o
termo ?eliminar? não especificou o juízo futuro, mas imediato. Entretanto, dentro da estrutura do livro de
Ezequiel, Davidson. F. (1997, p. 1462), descrevendo a forma do gênero literário do livro, diz: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas ele (Ezequiel) reitera seu tema
que versa sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.?
Por conseguinte, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar),
???????? (saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão ligadas enfaticamente dentro da micro
perícope, delimitadas pelos sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá). Em vista disso, a análise da
principal palavra da micro perícope revelou a importância do tema proposto. Assim, no contexto de
Ezequiel 21:3-4, a ????????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/charbi_2719.htm" \o "?ar
·bî: my sword -- Occurrence 5 of 11." ?arbî - espada) de ??????? (yahweh - SENHOR) para eliminação, é
uma metáfora aplicada ao rei de babilônia (Ez 21:19-21; Jr 24:10; 25: 9 e 29), e essa afirmação é
confirmada pela descrição Bíblica e por vários teólogos.
Então, o esclarecimento teológico da temática do sofrimento, a Bíblia ressalta vários personagens que
enfrentaram grandes desafios como; oposição, escravidão, perseguição, calúnias e mortes no contexto da
missão como testemunhas. Contudo, para entender o contexto de Ezequiel 21, a abordagem se
desenvolveu a partir do sofrimento por parte dos patriarcas de Deus, e que Deus usou como uma forma
dinâmica de revelar também misericórdia. Por essa razão, os aspectos teológicos do sofrimento dos
patriarcas evidenciam que, em quaisquer circunstâncias Deus era exaltado acima de todas as coisas.
Os aspectos teológicos do sofrimento dos profetas tinham uma nova percepção, pois o mesmo
apresentava as mensagens de Deus, e que na maioria das vezes eram rejeitadas. Por fim, a ênfase
temática de Ezequiel 21:1-7, dentro da ênfase do sofrimento, apresentou que o ?eliminar?, ou sofrimento
permitido por Deus mesmo em meio ao sofrimento ou morte, revelaram o verdadeiro testemunho dos fiéis
através da missão diante de Deus e dos ?perversos?. Contudo, ninguém está livre do sofrimento, mas as
promessas de Deus são irrevogáveis quanto ao fim do sofrimento descrita no livro de Apocalipse (21:3-4).
Considerações Finais
ANDREW, H. E.; WALTO, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2007.
BÍBLIA de Estudos Andrews. Tradução de Cecília Eller Nascimento. 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora
Brasileira, 2015.
Brown, Francis. The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon. Oxford: Clarendon Press, 1907.
comentário bíblico beacon. Isaias a Daniel. v. 4. 40 ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.
COOKE, G. A. A critical and exegetical commentary on the book of Ezekiel. Series title in part at head,
Edinburgh: T. & T. Clark. 1936.
COOPER, L. E. Vol. 17: Commentary de Ezekiel. Logos Library System; The New American Commentary.
Nashville: Broadman Holman Publishers, 2001.
DILLARD, R. B.; LONGMAN, T. Introdução ao antigo Testamento. Tradução de Sueli da Silva Saraiva. 1.
ed. São Paulo: Vida Nova, 2006.
ELLISEN, S. A. Conheça Melhor o Antigo Testamento. 2o ed. São Paulo: Vida, 1993
FLEMING, D. C. Concise Bible commentary. Also published under title: The AMG concise Bible
commentary. Chattanooga, Tenn.: AMG Publishers, 1994.
FRANCISCO, E. de F. Manual da Bíblia hebraica: introdução ao texto massorético: guia introdutório para a
Bíblia Hebraica Stuttgartensia-3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2008.
FREDENBURG, B. E. The College Press NIV commentary. Joplin, Mo.: College Press Pub. Co, 2002.
GUSSO, A. R. Gramática instrumental do hebraico. 2 ed rev. São Paulo: Vida Nova, 2008.
HOUSE, P. R., Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2005.
=================================================================================
Arquivo 1: MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Arquivo 2: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ezequiel (1170 termos)
Termos comuns: 22
Similaridade: 0,40%
O texto abaixo é o conteúdo do documento MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO
CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://pt.wikipedia.org/wiki/Ezequiel (1170
termos)
=================================================================================
ALUSÃO MISSIOLÓGICA DE JUÍZO: UM ESTUDO CONTEXTUAL DE EZEQUIEL 21:1-7 E UMA
ANÁLISE DO TERMO ??????? (KARAT)
Introdução
Muitas pessoas questionam o caráter e o amor de Deus. Alguns perguntam: Se Deus existe, porque há
tanta injustiça? Será que Ele vê o sofrimento das pessoas? Porém, com essas e outras questões, acabam
criando implicações do caráter de Deus em relação ao sofrimento humano, e que, ao longo do tempo tem
levado pessoas a obterem compreensão equivocada da justiça é do juízo divino em Sua própria missão.
Contudo, ?toda a teologia reconhece que as pessoas passam por experiências adversas do sofrimento
que podem causar angústia física, mental ou espiritual? (TAYLOR1, 1984).
A Bíblia oferece exemplos quanto a existência da injustiça humana, ao que temos o salmista Davi, que ao
contextualizar a ?corrupção? humana, foi claro em sua abordagem conclusiva quando disse: ?O Senhor
olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse
a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer
um.? (Sl 14: 2-3).
Entretanto, a Bíblia também apresenta a ação imediata de Deus em preservar a vida do justo. Um exemplo
disso, é o relato de Gênesis do momento que Abraão perguntou a Deus: ?destruirás o justo com ímpio??
Disse Deus: ?se houver 10 justos em Sodoma, não a destruirei por amor dos 10? (Gn 18: 23 e 32), e Ele
cumpriu a promessa ao livrar Ló e sua família da destruição tirando-os da cidade (Gn 19: 12-28). Nesse
caso Abraão desenvolve o aspecto da missão da interseção em favor da família de Ló. Contudo, o livro de
Ezequiel apresenta o seguinte texto: ?Eis que estou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e
exterminarei do meio de ti o justo e o perverso. E, por isso que hei de exterminar do meio de ti o justo e o
perverso, a minha espada sairá da bainha contra toda a carne, desde o Sul até o Norte? (Ez 21: 3-4).
Dentro desse contexto surgem os seguintes questionamentos: Deus eliminou o justo com o perverso?
Como entender de forma contextual o ?eliminar do justo? com o perverso conectado a missão divina
através do profeta Ezequiel e seu povo?
Diante das implicações textuais, este artigo propõe-se a esclarecer questionamentos das quais foram
realizados: uma busca histórica, um estudo contextual da estrutura do livro, também um estudo da unidade
do capítulo 21:1-32, e uma análise exegética da principal palavra da perícope o verbo hebraico ???????
(karat - eliminar) e suas ligações com os termos ???????? (saddîq - justo) e ?????????? (w?r??? -
perverso). Também foi feito uma análise teológica do sofrimento e missiológico do juízo apresentado no
capítulo 21. Portanto, foi utilizado o método histórico-gramatical, sendo essa uma das normas propostas
para uso em estudos exegéticos. A proposta de análise está dentro da unidade contextual de Ezequiel 21,
sendo que, o conceito e a centralidade do trabalho se delimitam na perícope de Ezequiel 21:6-10 da Bíblia
Hebraica Sttugartensia (BHS).
2 CONTEXTO DO LIVRO
2.1 Autoria e data
Segundo o Comentário Bíblico Adventista (2013, v. 4 p. 619), não houve sérios questionamentos com
relação às evidências autorais do livro de Ezequiel até meados do século 20, visto que, conservadores
tradicionais e representantes da Alta Crítica confirmam o autor do livro como sendo o próprio Ezequiel.
Porém, embora seja um profeta do Antigo Testamento (AT), não se sabe nada sobre as circunstâncias em
que Ezequiel viveu, ou de sua vida pessoal, muito além do que ele mesmo escreveu. Além disso, Ezequiel
não é mencionado em nenhum outro livro do AT, portanto, embora tenha algumas alusões no apocalipse
por suas simbologias similares, em hipótese alguma seus escritos são citados diretamente no Novo
Testamento (NT), com a pequena exceção de 2 Coríntios 6:17, e segundo o comentarista, ?fora da Bíblia
é citado apenas por Josefo e Jesus Bem Siraque.?
De acordo com Dillard e Longman (2006), a autenticidade da datação do livro, amplia o percurso das datas
em todo o ministério do ofício profético de Ezequiel no período do cativeiro judaico. Sendo assim, o
período em destaque se deu quando Ezequiel foi levado cativo para Babilônia em 597 a. C., e, no quinto
ano do exílio, em 21 de julho de 592 a.C., aos 30 anos de idade, quando foi chamado para o ofício
profético. Seu ministério durou cerca de 30 a 32 anos. ?A última profecia de Ezequiel foi relatada em 570 a
.C.? (BÍBLIA DE ESTUDO ANDREWS, 2015, p. 1033).
quinto ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá. Nesse ínterim, não existia mais o Reino do Norte, e o
reino de Judá (Reino do Sul), também estava declinando rapidamente para um fim. O rei Nabucodonosor
iniciou seu cativeiro contra Judá em 605 a.C., período do reinado de Jeoaquim. Na segunda invasão
babilônica que ocorreu no ano 597 a.C., o sucessor do rei Jeoaquim, nesse caso, o rei Joaquim que
estava há apenas três meses no poder, foi levado cativo para Babilônia, e com ele, muitos do povo
israelita também foram feitos cativos, inclusive Ezequiel (Ez 1:1, 2; 33:21). Outro comentarista, Andrew e
Walto (2007) faz alusão ao clímax ministerial de Ezequiel da seguinte maneira: ?O ministério de Ezequiel
foi apenas resultado dos programas políticos e religiosos implementados anteriormente por Manassés, rei
de Judá? (ANDREW; WALTO, 2007, p. 489).
Outra característica ministerial de Ezequiel descrito por Vos (2010), foi a relação de sua função como
?profeta retórico?, pelo fato das descrições escatológicas. Segundo Vos, isso o impressionava diante do
seu público que o levavam a uma atividade constante de mensagens exortativas, mesmo que suas
palavras ecoassem suavemente como canção de toque instrumental.
A condição Espiritual da nação Israelita dependia do seu relacionamento com Deus descrita de forma
exortativa em toda Torah. Pois, em Sua onisciência, Deus revelou a futura rebeldia de Israel que foi
concretizada em uma das fases de apostasia nos dias de Ezequiel (Dt 31:16-21). Para essa declaração
concisa, em todo o período da vida de Ezequiel, Dillard e Longman, afirmam:
O profeta Ezequiel, era ainda menino durante o período de incessante declínio do poder da Assíria e, em
sua juventude, certamente esperou que a decadência assíria pudesse significar a libertação de Judá da
dominação estrangeira. Ele deve ter acompanhado o sinistro fortalecimento da Babilônia e do Egito após
terem se libertado do jugo da Assíria. Quando era apenas um adolescente, ficou sabendo da notícia da
morte de Josias em Megido, enquanto o rei procurava impedir o avanço do faraó Neco (609 a.C., 2Rs
23.29; 2Cr 35.20-25). Ezequiel provavelmente ouviu a pregação de Jeremias e pode ter conhecido os
ministérios de Habacuque e Sofonias. Ele testemunhou o período de instabilidade e indecisão política que
se seguiu a morte de Josias, quando o destino de Judá se alterou com sua submissão ao Egito e, depois,
a Babilônia (DILLARD, Raymond B.; LONGMAN, Tremper, 2006, p. 299).
Em períodos de declínios religiosos de alguns reis ao longo da dinastia, a nação se achava sem rei, sem
país, e por consequência disso, sem templo para adoração. Dentro dessas condições, Ezequiel buscava
auxiliar seus anciãos em sua própria casa, portanto, entre os pontos importantes nessas assistências,
encontra-se a preocupação de Ezequiel na exortação do povo dizendo: ?casa rebelde?, e isso os levava a
refletirem nas condições em que se encontravam. ?Dentro da perspectiva de advertência, Ezequiel fazia
sua avaliação no âmbito religioso, político e social? (ELLISEN, 1993, p. 249-250). Ao fazer uma sinopse
dessa decadência, Lasor (1999, p. 394) descreve: ?A podridão de Israel remonta à época de sua redenção
do Egito o povo reagia regularmente com truculência para com a graça divina? (Ez 20:5-31). Isso podia
comprometer a missão de Deus em revelar sua graça aos pagãos que mantinham contato com os
Israelitas.
3 CONTEXTO ESTRUTURAL
3.1 Contexto estrutural é gênero literário
Em uma análise sistemática da estrutura literária do livro de Ezequiel, Taylor2 (1984, p. 47-49) desenvolve
oito partes simétricas, iniciando com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em
sequência dos oráculos de juízo (Ez 6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25).
Em seguida apresenta os três oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois
exibe os oráculos de juízo contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas
relacionados com a queda de Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez
38:1-39: 39) e os planos para uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária,
Champlin (2001, v. 5, p. 3200), descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes
maneiras: (1) ?O chamado de Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-
24.27); (3) ?Profecias contra poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do
futuro e a restauração final? (Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara
- Mestre e doutorando em teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo
o livro com base nas datas e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a
última no capítulo 40:1. Nessa estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das
expressões: ?tive visões? ou a ?mão do SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim
a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1; 24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática
estrutural das datas e visões do livro, se confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (2005, p. 417), afirma que
a ?profecia possui uma estrutura clara, que toda ela está escrita em forma autobiográfica, que exibe uma
significativa continuidade linguística, que emprega em cada seção várias expressões típicas, e que
demonstra uma teologia coerente.?
Para descrever a forma do gênero literário do livro, Davidson. F. (1997, p. 1462) declara: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas, ele reitera seu tema que versa
sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.? Outro ponto em destaque dentro da
estrutura do livro é que, ?a maior parte de seus escritos é prosa profética e autobiográfica em grande
medida, e dos 33 dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
maneira, também existe a palavra ????????? (w?r??? - perverso) que aparece duas vezes na micro
perícope. Portanto, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar), ????????
(saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão interligadas dentro do trecho, e delimitadas pelos
sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá) (FRANCISCO, 2008, p.176), como é apresentado a
seguir em Ezequiel 21:6-10 na Bíblia Hebraica:
1)Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2) Filho do homem, volve o rosto contra Jerusalém,
derrama as tuas palavras contra os santuários e profetiza contra a terra de Israel. 3) Dize à terra de Israel
: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra 1984, p. 47-49) desenvolve oito partes simétricas, iniciando
com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em sequência dos oráculos de juízo (Ez
6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25). Em seguida apresenta os três
oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois exibe os oráculos de juízo
contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas relacionados com a queda de
Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez 38:1-39: 39) e os planos para
uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária, Champlin (2001, v. 5, p. 3200),
descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes maneiras: (1) ?O chamado de
Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-24.27); (3) ?Profecias contra
poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do futuro e a restauração final?
(Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara - Mestre e doutorando em
teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo o livro com base nas datas
e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a última no capítulo 40:1. Nessa
estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das expressões: ?tive visões? ou a ?mão do
SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1;
24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática estrutural das datas e visões do livro, se
confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (200rence 102 of 110."
?addîq - justo), que é um adjetivo masculino singular, e que aparece 206 vezes no Antigo Testamento
(Brown, 1907, p. 843). A expressão determina uma ideia ampla no mesmo sentido ao longo da Bíblia, e
que, aponta legalmente para ?uma pessoa cuja conduta é examinada e considerada inabalável, não
culpada, inocente, com o direito? (Gn 6:9; Êx 9:27; 1Sam 24:14; 2 Sam 23:3-5; 1Rs 10:9) (Brown, 1907).
Ligado ao termo ???????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/tzaddik_6662.htm" \o "?ad·d
îq: the righteous -- Occurrence 102 of 110." ?addîq - justo) encontra-se a palavra ????????? (w?r??? -
perverso), que também está na ordem de ?eliminação? do SENHOR. Vale dizer que, os perversos são a
causa da execução de destruição da palavra que veio a Ezequiel. Habacuque especifica quem são os
perversos, ?eles cercam os justos, a justiça é torcida?, ele continua dizendo sobre os procedimentos
?pérfidos dos perversos que devoram aquele que é mais justo do que eles? (Hb 14 e 13). ??????? (r???)
sendo um adjetivo com 263 aparição na (BHS), ????????? (w?r??? - perverso) aparece com a partícula
?? (waw), conjuntiva, adjetivo do masculino singular absoluto (Brown, 1907, p. 957). Segundo o contexto
bíblico, essa expressão predomina da seguinte forma: ?pera e autobiográfica em grande medida, e dos 33
dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
O testemunho do cânon inspirado revela que o sofrimento não é a causa maior do discurso da teologia,
mas como Deus reage quanto ao sofrimento. Veja essa afirmação:
O cânon afirma o testemunho que essa passagem dá sobre a atuação de Deus no sofrimento. Não existe
nenhuma necessidade de tentar diminuir a dor por meio de conversa descontraída, e o cânon nunca o faz.
Pelo contrário, José, Moisés, Elias e outros demonstram sua fé dentro do contexto de sofrimento, não fora
dele. Aprendem que Deus tem um papel redentivo maior para o sofrimento (Gn 50:20; Jr 12:14-17), que
Deus sofre com o pecado (Gn 6:6) e que os ímpios serão eliminados. O que, contudo, não pode mudar é a
agonia do momento, pois é essa agonia que torna redentivo o sofrimento. E na agonia do momento
Yahweh está presente para trazer livramento, quer nesta vida ou naquela que Isaías 66:18- 24 vislumbra
(HOUSE, 2005, p. 397).
Então, diante do contexto de Ezequiel 21:3-4, Ellisen (1993) dá ênfase teológica na perspectiva da vida de
Jó em três propósitos com relação ao sofrimento: Primeiro, ?o sofrimento é um privilégio que Deus dá ao
seu povo para ajudá-Lo a cumprir algum grande propósito, tal como refutar Satanás? (Ellisen, 1993, p
.157), ideia descrita em Jó1:8-12. Segundo, em Jó 13:15 ?o sofrimento é um apelo para confiar quando
não entendemos, porque saber o propósito poderia destruir o efeito? (Ellisen, 1993, p.157). E por último,
no capítulo de Jó 42:3-7 ?o sofrimento pode ser um meio de Deus trazer alguém a um ponto em que já
não sabe o que fazer, e está de tal maneira indefeso que somente Deus poderá tornar-se seu defensor?
(Ellisen, 1993, p.157). Todos são testemunhas de Deus nesse propósito missional.
Vale destacar que, o sofrimento do justo e do perverso, embora na mesma circunstância adversa, tem
uma diferença na perspectiva teológica, House (2005) ressalta:
Finalmente é importante estabelecer a distinção entre sofrimento e castigo. Abel e Jó sofrem, mas sua dor
não é resultado do pecado, e o mesmo é válido para José e Jeremias. Para os fiéis, o sofrimento é a favor
de outros e, por esse motivo, é redentivo. O castigo pode ter um impacto punitivo ou purificador,
dependendo da reação de quem o recebe. O povo dos dias de Ezequiel e Jeremias não fizeram nenhuma
dessas distinções. Pelo contrário, queixaram-se de qualquer tipo de catástrofe como se fossem justos.
Rejeitaram um cuidadoso auto-exame (HOUSE, 2005, p. 432).
CONCLUSÃO
Em virtude da temática deste trabalho, verificou-se que o sofrimento é uma realidade existente entre o
justo e o ímpio. Mesmo que existam ideias equivocadas que influenciam no mundo filosófico e religiões
não cristãs, afirmando uma negatividade da verdadeira natureza do sofrimento, comprovou-se que Deus
conhece o sofrimento humano e está visualizando cada aspecto da vida humana na missão. Por
conseguinte, a teologia cristã associa uma parte desse sofrimento estando ligado ao pecado, ?sendo o
sofrimento real por que o homem vive em rebelião contra Deus? (TAYLOR1, 1984, p.767).
Portanto, as perguntas em relação a Deus e a essência do sofrimento não tem resposta, mas a Bíblia
deixa bem claro como será o fim do mal e do sofrimento. O texto de Ezequiel 18:20, 27 e 32 confirma que,
Deus não punirá o justo pelos pecados dos perversos, antes, Ele espera que o perverso se converta dos
seus maus caminhos. Assim, diante do texto de Ezequiel 21:1-7, a perícope estudada apresenta que o
termo ?eliminar? não especificou o juízo futuro, mas imediato. Entretanto, dentro da estrutura do livro de
Ezequiel, Davidson. F. (1997, p. 1462), descrevendo a forma do gênero literário do livro, diz: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas ele (Ezequiel) reitera seu tema
que versa sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.?
Por conseguinte, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar),
???????? (saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão ligadas enfaticamente dentro da micro
perícope, delimitadas pelos sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá). Em vista disso, a análise da
principal palavra da micro perícope revelou a importância do tema proposto. Assim, no contexto de
Ezequiel 21:3-4, a ????????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/charbi_2719.htm" \o "?ar
·bî: my sword -- Occurrence 5 of 11." ?arbî - espada) de ??????? (yahweh - SENHOR) para eliminação, é
uma metáfora aplicada ao rei de babilônia (Ez 21:19-21; Jr 24:10; 25: 9 e 29), e essa afirmação é
confirmada pela descrição Bíblica e por vários teólogos.
Então, o esclarecimento teológico da temática do sofrimento, a Bíblia ressalta vários personagens que
enfrentaram grandes desafios como; oposição, escravidão, perseguição, calúnias e mortes no contexto da
missão como testemunhas. Contudo, para entender o contexto de Ezequiel 21, a abordagem se
desenvolveu a partir do sofrimento por parte dos patriarcas de Deus, e que Deus usou como uma forma
dinâmica de revelar também misericórdia. Por essa razão, os aspectos teológicos do sofrimento dos
patriarcas evidenciam que, em quaisquer circunstâncias Deus era exaltado acima de todas as coisas.
Os aspectos teológicos do sofrimento dos profetas tinham uma nova percepção, pois o mesmo
apresentava as mensagens de Deus, e que na maioria das vezes eram rejeitadas. Por fim, a ênfase
temática de Ezequiel 21:1-7, dentro da ênfase do sofrimento, apresentou que o ?eliminar?, ou sofrimento
permitido por Deus mesmo em meio ao sofrimento ou morte, revelaram o verdadeiro testemunho dos fiéis
através da missão diante de Deus e dos ?perversos?. Contudo, ninguém está livre do sofrimento, mas as
promessas de Deus são irrevogáveis quanto ao fim do sofrimento descrita no livro de Apocalipse (21:3-4).
Considerações Finais
ANDREW, H. E.; WALTO, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2007.
BÍBLIA de Estudos Andrews. Tradução de Cecília Eller Nascimento. 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora
Brasileira, 2015.
Brown, Francis. The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon. Oxford: Clarendon Press, 1907.
comentário bíblico beacon. Isaias a Daniel. v. 4. 40 ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.
COOKE, G. A. A critical and exegetical commentary on the book of Ezekiel. Series title in part at head,
Edinburgh: T. & T. Clark. 1936.
COOPER, L. E. Vol. 17: Commentary de Ezekiel. Logos Library System; The New American Commentary.
Nashville: Broadman Holman Publishers, 2001.
DILLARD, R. B.; LONGMAN, T. Introdução ao antigo Testamento. Tradução de Sueli da Silva Saraiva. 1.
ed. São Paulo: Vida Nova, 2006.
ELLISEN, S. A. Conheça Melhor o Antigo Testamento. 2o ed. São Paulo: Vida, 1993
FLEMING, D. C. Concise Bible commentary. Also published under title: The AMG concise Bible
commentary. Chattanooga, Tenn.: AMG Publishers, 1994.
FRANCISCO, E. de F. Manual da Bíblia hebraica: introdução ao texto massorético: guia introdutório para a
Bíblia Hebraica Stuttgartensia-3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2008.
FREDENBURG, B. E. The College Press NIV commentary. Joplin, Mo.: College Press Pub. Co, 2002.
GUSSO, A. R. Gramática instrumental do hebraico. 2 ed rev. São Paulo: Vida Nova, 2008.
HOUSE, P. R., Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2005.
=================================================================================
Arquivo 1: MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Arquivo 2: https://projetogospel.com/historia-de-ezequiel-quem-foi-ezequiel (850 termos)
Termos comuns: 20
Similaridade: 0,38%
O texto abaixo é o conteúdo do documento MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO
CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://projetogospel.com/historia-de-
ezequiel-quem-foi-ezequiel (850 termos)
=================================================================================
ALUSÃO MISSIOLÓGICA DE JUÍZO: UM ESTUDO CONTEXTUAL DE EZEQUIEL 21:1-7 E UMA
ANÁLISE DO TERMO ??????? (KARAT)
Introdução
Muitas pessoas questionam o caráter e o amor de Deus. Alguns perguntam: Se Deus existe, porque há
tanta injustiça? Será que Ele vê o sofrimento das pessoas? Porém, com essas e outras questões, acabam
criando implicações do caráter de Deus em relação ao sofrimento humano, e que, ao longo do tempo tem
levado pessoas a obterem compreensão equivocada da justiça é do juízo divino em Sua própria missão.
Contudo, ?toda a teologia reconhece que as pessoas passam por experiências adversas do sofrimento
que podem causar angústia física, mental ou espiritual? (TAYLOR1, 1984).
A Bíblia oferece exemplos quanto a existência da injustiça humana, ao que temos o salmista Davi, que ao
contextualizar a ?corrupção? humana, foi claro em sua abordagem conclusiva quando disse: ?O Senhor
olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse
a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer
um.? (Sl 14: 2-3).
Entretanto, a Bíblia também apresenta a ação imediata de Deus em preservar a vida do justo. Um exemplo
disso, é o relato de Gênesis do momento que Abraão perguntou a Deus: ?destruirás o justo com ímpio??
Disse Deus: ?se houver 10 justos em Sodoma, não a destruirei por amor dos 10? (Gn 18: 23 e 32), e Ele
cumpriu a promessa ao livrar Ló e sua família da destruição tirando-os da cidade (Gn 19: 12-28). Nesse
caso Abraão desenvolve o aspecto da missão da interseção em favor da família de Ló. Contudo, o livro de
Ezequiel apresenta o seguinte texto: ?Eis que estou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e
exterminarei do meio de ti o justo e o perverso. E, por isso que hei de exterminar do meio de ti o justo e o
perverso, a minha espada sairá da bainha contra toda a carne, desde o Sul até o Norte? (Ez 21: 3-4).
Dentro desse contexto surgem os seguintes questionamentos: Deus eliminou o justo com o perverso?
Como entender de forma contextual o ?eliminar do justo? com o perverso conectado a missão divina
através do profeta Ezequiel e seu povo?
Diante das implicações textuais, este artigo propõe-se a esclarecer questionamentos das quais foram
realizados: uma busca histórica, um estudo contextual da estrutura do livro, também um estudo da unidade
do capítulo 21:1-32, e uma análise exegética da principal palavra da perícope o verbo hebraico ???????
(karat - eliminar) e suas ligações com os termos ???????? (saddîq - justo) e ?????????? (w?r??? -
perverso). Também foi feito uma análise teológica do sofrimento e missiológico do juízo apresentado no
capítulo 21. Portanto, foi utilizado o método histórico-gramatical, sendo essa uma das normas propostas
para uso em estudos exegéticos. A proposta de análise está dentro da unidade contextual de Ezequiel 21,
sendo que, o conceito e a centralidade do trabalho se delimitam na perícope de Ezequiel 21:6-10 da Bíblia
Hebraica Sttugartensia (BHS).
2 CONTEXTO DO LIVRO
2.1 Autoria e data
Segundo o Comentário Bíblico Adventista (2013, v. 4 p. 619), não houve sérios questionamentos com
relação às evidências autorais do livro de Ezequiel até meados do século 20, visto que, conservadores
tradicionais e representantes da Alta Crítica confirmam o autor do livro como sendo o próprio Ezequiel.
Porém, embora seja um profeta do Antigo Testamento (AT), não se sabe nada sobre as circunstâncias em
que Ezequiel viveu, ou de sua vida pessoal, muito além do que ele mesmo escreveu. Além disso, Ezequiel
não é mencionado em nenhum outro livro do AT, portanto, embora tenha algumas alusões no apocalipse
por suas simbologias similares, em hipótese alguma seus escritos são citados diretamente no Novo
Testamento (NT), com a pequena exceção de 2 Coríntios 6:17, e segundo o comentarista, ?fora da Bíblia
é citado apenas por Josefo e Jesus Bem Siraque.?
De acordo com Dillard e Longman (2006), a autenticidade da datação do livro, amplia o percurso das datas
em todo o ministério do ofício profético de Ezequiel no período do cativeiro judaico. Sendo assim, o
período em destaque se deu quando Ezequiel foi levado cativo para Babilônia em 597 a. C., e, no quinto
ano do exílio, em 21 de julho de 592 a.C., aos 30 anos de idade, quando foi chamado para o ofício
profético. Seu ministério durou cerca de 30 a 32 anos. ?A última profecia de Ezequiel foi relatada em 570 a
.C.? (BÍBLIA DE ESTUDO ANDREWS, 2015, p. 1033).
quinto ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá. Nesse ínterim, não existia mais o Reino do Norte, e o
reino de Judá (Reino do Sul), também estava declinando rapidamente para um fim. O rei Nabucodonosor
iniciou seu cativeiro contra Judá em 605 a.C., período do reinado de Jeoaquim. Na segunda invasão
babilônica que ocorreu no ano 597 a.C., o sucessor do rei Jeoaquim, nesse caso, o rei Joaquim que
estava há apenas três meses no poder, foi levado cativo para Babilônia, e com ele, muitos do povo
israelita também foram feitos cativos, inclusive Ezequiel (Ez 1:1, 2; 33:21). Outro comentarista, Andrew e
Walto (2007) faz alusão ao clímax ministerial de Ezequiel da seguinte maneira: ?O ministério de Ezequiel
foi apenas resultado dos programas políticos e religiosos implementados anteriormente por Manassés, rei
de Judá? (ANDREW; WALTO, 2007, p. 489).
Outra característica ministerial de Ezequiel descrito por Vos (2010), foi a relação de sua função como
?profeta retórico?, pelo fato das descrições escatológicas. Segundo Vos, isso o impressionava diante do
seu público que o levavam a uma atividade constante de mensagens exortativas, mesmo que suas
palavras ecoassem suavemente como canção de toque instrumental.
A condição Espiritual da nação Israelita dependia do seu relacionamento com Deus descrita de forma
exortativa em toda Torah. Pois, em Sua onisciência, Deus revelou a futura rebeldia de Israel que foi
concretizada em uma das fases de apostasia nos dias de Ezequiel (Dt 31:16-21). Para essa declaração
concisa, em todo o período da vida de Ezequiel, Dillard e Longman, afirmam:
O profeta Ezequiel, era ainda menino durante o período de incessante declínio do poder da Assíria e, em
sua juventude, certamente esperou que a decadência assíria pudesse significar a libertação de Judá da
dominação estrangeira. Ele deve ter acompanhado o sinistro fortalecimento da Babilônia e do Egito após
terem se libertado do jugo da Assíria. Quando era apenas um adolescente, ficou sabendo da notícia da
morte de Josias em Megido, enquanto o rei procurava impedir o avanço do faraó Neco (609 a.C., 2Rs
23.29; 2Cr 35.20-25). Ezequiel provavelmente ouviu a pregação de Jeremias e pode ter conhecido os
ministérios de Habacuque e Sofonias. Ele testemunhou o período de instabilidade e indecisão política que
se seguiu a morte de Josias, quando o destino de Judá se alterou com sua submissão ao Egito e, depois,
a Babilônia (DILLARD, Raymond B.; LONGMAN, Tremper, 2006, p. 299).
Em períodos de declínios religiosos de alguns reis ao longo da dinastia, a nação se achava sem rei, sem
país, e por consequência disso, sem templo para adoração. Dentro dessas condições, Ezequiel buscava
auxiliar seus anciãos em sua própria casa, portanto, entre os pontos importantes nessas assistências,
encontra-se a preocupação de Ezequiel na exortação do povo dizendo: ?casa rebelde?, e isso os levava a
refletirem nas condições em que se encontravam. ?Dentro da perspectiva de advertência, Ezequiel fazia
sua avaliação no âmbito religioso, político e social? (ELLISEN, 1993, p. 249-250). Ao fazer uma sinopse
dessa decadência, Lasor (1999, p. 394) descreve: ?A podridão de Israel remonta à época de sua redenção
do Egito o povo reagia regularmente com truculência para com a graça divina? (Ez 20:5-31). Isso podia
comprometer a missão de Deus em revelar sua graça aos pagãos que mantinham contato com os
Israelitas.
3 CONTEXTO ESTRUTURAL
3.1 Contexto estrutural é gênero literário
Em uma análise sistemática da estrutura literária do livro de Ezequiel, Taylor2 (1984, p. 47-49) desenvolve
oito partes simétricas, iniciando com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em
sequência dos oráculos de juízo (Ez 6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25).
Em seguida apresenta os três oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois
exibe os oráculos de juízo contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas
relacionados com a queda de Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez
38:1-39: 39) e os planos para uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária,
Champlin (2001, v. 5, p. 3200), descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes
maneiras: (1) ?O chamado de Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-
24.27); (3) ?Profecias contra poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do
futuro e a restauração final? (Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara
- Mestre e doutorando em teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo
o livro com base nas datas e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a
última no capítulo 40:1. Nessa estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das
expressões: ?tive visões? ou a ?mão do SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim
a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1; 24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática
estrutural das datas e visões do livro, se confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (2005, p. 417), afirma que
a ?profecia possui uma estrutura clara, que toda ela está escrita em forma autobiográfica, que exibe uma
significativa continuidade linguística, que emprega em cada seção várias expressões típicas, e que
demonstra uma teologia coerente.?
Para descrever a forma do gênero literário do livro, Davidson. F. (1997, p. 1462) declara: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas, ele reitera seu tema que versa
sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.? Outro ponto em destaque dentro da
estrutura do livro é que, ?a maior parte de seus escritos é prosa profética e autobiográfica em grande
medida, e dos 33 dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
maneira, também existe a palavra ????????? (w?r??? - perverso) que aparece duas vezes na micro
perícope. Portanto, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar), ????????
(saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão interligadas dentro do trecho, e delimitadas pelos
sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá) (FRANCISCO, 2008, p.176), como é apresentado a
seguir em Ezequiel 21:6-10 na Bíblia Hebraica:
1)Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2) Filho do homem, volve o rosto contra Jerusalém,
derrama as tuas palavras contra os santuários e profetiza contra a terra de Israel. 3) Dize à terra de Israel
: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra 1984, p. 47-49) desenvolve oito partes simétricas, iniciando
com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em sequência dos oráculos de juízo (Ez
6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25). Em seguida apresenta os três
oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois exibe os oráculos de juízo
contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas relacionados com a queda de
Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez 38:1-39: 39) e os planos para
uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária, Champlin (2001, v. 5, p. 3200),
descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes maneiras: (1) ?O chamado de
Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-24.27); (3) ?Profecias contra
poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do futuro e a restauração final?
(Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara - Mestre e doutorando em
teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo o livro com base nas datas
e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a última no capítulo 40:1. Nessa
estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das expressões: ?tive visões? ou a ?mão do
SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1;
24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática estrutural das datas e visões do livro, se
confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (200rence 102 of 110."
?addîq - justo), que é um adjetivo masculino singular, e que aparece 206 vezes no Antigo Testamento
(Brown, 1907, p. 843). A expressão determina uma ideia ampla no mesmo sentido ao longo da Bíblia, e
que, aponta legalmente para ?uma pessoa cuja conduta é examinada e considerada inabalável, não
culpada, inocente, com o direito? (Gn 6:9; Êx 9:27; 1Sam 24:14; 2 Sam 23:3-5; 1Rs 10:9) (Brown, 1907).
Ligado ao termo ???????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/tzaddik_6662.htm" \o "?ad·d
îq: the righteous -- Occurrence 102 of 110." ?addîq - justo) encontra-se a palavra ????????? (w?r??? -
perverso), que também está na ordem de ?eliminação? do SENHOR. Vale dizer que, os perversos são a
causa da execução de destruição da palavra que veio a Ezequiel. Habacuque especifica quem são os
perversos, ?eles cercam os justos, a justiça é torcida?, ele continua dizendo sobre os procedimentos
?pérfidos dos perversos que devoram aquele que é mais justo do que eles? (Hb 14 e 13). ??????? (r???)
sendo um adjetivo com 263 aparição na (BHS), ????????? (w?r??? - perverso) aparece com a partícula
?? (waw), conjuntiva, adjetivo do masculino singular absoluto (Brown, 1907, p. 957). Segundo o contexto
bíblico, essa expressão predomina da seguinte forma: ?pera e autobiográfica em grande medida, e dos 33
dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
O testemunho do cânon inspirado revela que o sofrimento não é a causa maior do discurso da teologia,
mas como Deus reage quanto ao sofrimento. Veja essa afirmação:
O cânon afirma o testemunho que essa passagem dá sobre a atuação de Deus no sofrimento. Não existe
nenhuma necessidade de tentar diminuir a dor por meio de conversa descontraída, e o cânon nunca o faz.
Pelo contrário, José, Moisés, Elias e outros demonstram sua fé dentro do contexto de sofrimento, não fora
dele. Aprendem que Deus tem um papel redentivo maior para o sofrimento (Gn 50:20; Jr 12:14-17), que
Deus sofre com o pecado (Gn 6:6) e que os ímpios serão eliminados. O que, contudo, não pode mudar é a
agonia do momento, pois é essa agonia que torna redentivo o sofrimento. E na agonia do momento
Yahweh está presente para trazer livramento, quer nesta vida ou naquela que Isaías 66:18- 24 vislumbra
(HOUSE, 2005, p. 397).
Então, diante do contexto de Ezequiel 21:3-4, Ellisen (1993) dá ênfase teológica na perspectiva da vida de
Jó em três propósitos com relação ao sofrimento: Primeiro, ?o sofrimento é um privilégio que Deus dá ao
seu povo para ajudá-Lo a cumprir algum grande propósito, tal como refutar Satanás? (Ellisen, 1993, p
.157), ideia descrita em Jó1:8-12. Segundo, em Jó 13:15 ?o sofrimento é um apelo para confiar quando
não entendemos, porque saber o propósito poderia destruir o efeito? (Ellisen, 1993, p.157). E por último,
no capítulo de Jó 42:3-7 ?o sofrimento pode ser um meio de Deus trazer alguém a um ponto em que já
não sabe o que fazer, e está de tal maneira indefeso que somente Deus poderá tornar-se seu defensor?
(Ellisen, 1993, p.157). Todos são testemunhas de Deus nesse propósito missional.
Vale destacar que, o sofrimento do justo e do perverso, embora na mesma circunstância adversa, tem
uma diferença na perspectiva teológica, House (2005) ressalta:
Finalmente é importante estabelecer a distinção entre sofrimento e castigo. Abel e Jó sofrem, mas sua dor
não é resultado do pecado, e o mesmo é válido para José e Jeremias. Para os fiéis, o sofrimento é a favor
de outros e, por esse motivo, é redentivo. O castigo pode ter um impacto punitivo ou purificador,
dependendo da reação de quem o recebe. O povo dos dias de Ezequiel e Jeremias não fizeram nenhuma
dessas distinções. Pelo contrário, queixaram-se de qualquer tipo de catástrofe como se fossem justos.
Rejeitaram um cuidadoso auto-exame (HOUSE, 2005, p. 432).
CONCLUSÃO
Em virtude da temática deste trabalho, verificou-se que o sofrimento é uma realidade existente entre o
justo e o ímpio. Mesmo que existam ideias equivocadas que influenciam no mundo filosófico e religiões
não cristãs, afirmando uma negatividade da verdadeira natureza do sofrimento, comprovou-se que Deus
conhece o sofrimento humano e está visualizando cada aspecto da vida humana na missão. Por
conseguinte, a teologia cristã associa uma parte desse sofrimento estando ligado ao pecado, ?sendo o
sofrimento real por que o homem vive em rebelião contra Deus? (TAYLOR1, 1984, p.767).
Portanto, as perguntas em relação a Deus e a essência do sofrimento não tem resposta, mas a Bíblia
deixa bem claro como será o fim do mal e do sofrimento. O texto de Ezequiel 18:20, 27 e 32 confirma que,
Deus não punirá o justo pelos pecados dos perversos, antes, Ele espera que o perverso se converta dos
seus maus caminhos. Assim, diante do texto de Ezequiel 21:1-7, a perícope estudada apresenta que o
termo ?eliminar? não especificou o juízo futuro, mas imediato. Entretanto, dentro da estrutura do livro de
Ezequiel, Davidson. F. (1997, p. 1462), descrevendo a forma do gênero literário do livro, diz: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas ele (Ezequiel) reitera seu tema
que versa sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.?
Por conseguinte, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar),
???????? (saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão ligadas enfaticamente dentro da micro
perícope, delimitadas pelos sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá). Em vista disso, a análise da
principal palavra da micro perícope revelou a importância do tema proposto. Assim, no contexto de
Ezequiel 21:3-4, a ????????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/charbi_2719.htm" \o "?ar
·bî: my sword -- Occurrence 5 of 11." ?arbî - espada) de ??????? (yahweh - SENHOR) para eliminação, é
uma metáfora aplicada ao rei de babilônia (Ez 21:19-21; Jr 24:10; 25: 9 e 29), e essa afirmação é
confirmada pela descrição Bíblica e por vários teólogos.
Então, o esclarecimento teológico da temática do sofrimento, a Bíblia ressalta vários personagens que
enfrentaram grandes desafios como; oposição, escravidão, perseguição, calúnias e mortes no contexto da
missão como testemunhas. Contudo, para entender o contexto de Ezequiel 21, a abordagem se
desenvolveu a partir do sofrimento por parte dos patriarcas de Deus, e que Deus usou como uma forma
dinâmica de revelar também misericórdia. Por essa razão, os aspectos teológicos do sofrimento dos
patriarcas evidenciam que, em quaisquer circunstâncias Deus era exaltado acima de todas as coisas.
Os aspectos teológicos do sofrimento dos profetas tinham uma nova percepção, pois o mesmo
apresentava as mensagens de Deus, e que na maioria das vezes eram rejeitadas. Por fim, a ênfase
temática de Ezequiel 21:1-7, dentro da ênfase do sofrimento, apresentou que o ?eliminar?, ou sofrimento
permitido por Deus mesmo em meio ao sofrimento ou morte, revelaram o verdadeiro testemunho dos fiéis
através da missão diante de Deus e dos ?perversos?. Contudo, ninguém está livre do sofrimento, mas as
promessas de Deus são irrevogáveis quanto ao fim do sofrimento descrita no livro de Apocalipse (21:3-4).
Considerações Finais
ANDREW, H. E.; WALTO, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2007.
BÍBLIA de Estudos Andrews. Tradução de Cecília Eller Nascimento. 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora
Brasileira, 2015.
Brown, Francis. The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon. Oxford: Clarendon Press, 1907.
comentário bíblico beacon. Isaias a Daniel. v. 4. 40 ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.
COOKE, G. A. A critical and exegetical commentary on the book of Ezekiel. Series title in part at head,
Edinburgh: T. & T. Clark. 1936.
COOPER, L. E. Vol. 17: Commentary de Ezekiel. Logos Library System; The New American Commentary.
Nashville: Broadman Holman Publishers, 2001.
DILLARD, R. B.; LONGMAN, T. Introdução ao antigo Testamento. Tradução de Sueli da Silva Saraiva. 1.
ed. São Paulo: Vida Nova, 2006.
ELLISEN, S. A. Conheça Melhor o Antigo Testamento. 2o ed. São Paulo: Vida, 1993
FLEMING, D. C. Concise Bible commentary. Also published under title: The AMG concise Bible
commentary. Chattanooga, Tenn.: AMG Publishers, 1994.
FRANCISCO, E. de F. Manual da Bíblia hebraica: introdução ao texto massorético: guia introdutório para a
Bíblia Hebraica Stuttgartensia-3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2008.
FREDENBURG, B. E. The College Press NIV commentary. Joplin, Mo.: College Press Pub. Co, 2002.
GUSSO, A. R. Gramática instrumental do hebraico. 2 ed rev. São Paulo: Vida Nova, 2008.
HOUSE, P. R., Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2005.
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Arquivo 1: MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Arquivo 2: https://www.metodista.br/revistas/revistas-
metodista/index.php/Caminhando/article/download/1307/1484 (2591 termos)
Termos comuns: 26
Similaridade: 0,37%
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CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.metodista.br/revistas/revistas-
metodista/index.php/Caminhando/article/download/1307/1484 (2591 termos)
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ALUSÃO MISSIOLÓGICA DE JUÍZO: UM ESTUDO CONTEXTUAL DE EZEQUIEL 21:1-7 E UMA
ANÁLISE DO TERMO ??????? (KARAT)
Introdução
Muitas pessoas questionam o caráter e o amor de Deus. Alguns perguntam: Se Deus existe, porque há
tanta injustiça? Será que Ele vê o sofrimento das pessoas? Porém, com essas e outras questões, acabam
criando implicações do caráter de Deus em relação ao sofrimento humano, e que, ao longo do tempo tem
levado pessoas a obterem compreensão equivocada da justiça é do juízo divino em Sua própria missão.
Contudo, ?toda a teologia reconhece que as pessoas passam por experiências adversas do sofrimento
que podem causar angústia física, mental ou espiritual? (TAYLOR1, 1984).
A Bíblia oferece exemplos quanto a existência da injustiça humana, ao que temos o salmista Davi, que ao
contextualizar a ?corrupção? humana, foi claro em sua abordagem conclusiva quando disse: ?O Senhor
olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse
a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer
um.? (Sl 14: 2-3).
Entretanto, a Bíblia também apresenta a ação imediata de Deus em preservar a vida do justo. Um exemplo
disso, é o relato de Gênesis do momento que Abraão perguntou a Deus: ?destruirás o justo com ímpio??
Disse Deus: ?se houver 10 justos em Sodoma, não a destruirei por amor dos 10? (Gn 18: 23 e 32), e Ele
cumpriu a promessa ao livrar Ló e sua família da destruição tirando-os da cidade (Gn 19: 12-28). Nesse
caso Abraão desenvolve o aspecto da missão da interseção em favor da família de Ló. Contudo, o livro de
Ezequiel apresenta o seguinte texto: ?Eis que estou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e
exterminarei do meio de ti o justo e o perverso. E, por isso que hei de exterminar do meio de ti o justo e o
perverso, a minha espada sairá da bainha contra toda a carne, desde o Sul até o Norte? (Ez 21: 3-4).
Dentro desse contexto surgem os seguintes questionamentos: Deus eliminou o justo com o perverso?
Como entender de forma contextual o ?eliminar do justo? com o perverso conectado a missão divina
através do profeta Ezequiel e seu povo?
Diante das implicações textuais, este artigo propõe-se a esclarecer questionamentos das quais foram
realizados: uma busca histórica, um estudo contextual da estrutura do livro, também um estudo da unidade
do capítulo 21:1-32, e uma análise exegética da principal palavra da perícope o verbo hebraico ???????
(karat - eliminar) e suas ligações com os termos ???????? (saddîq - justo) e ?????????? (w?r??? -
perverso). Também foi feito uma análise teológica do sofrimento e missiológico do juízo apresentado no
capítulo 21. Portanto, foi utilizado o método histórico-gramatical, sendo essa uma das normas propostas
para uso em estudos exegéticos. A proposta de análise está dentro da unidade contextual de Ezequiel 21,
sendo que, o conceito e a centralidade do trabalho se delimitam na perícope de Ezequiel 21:6-10 da Bíblia
Hebraica Sttugartensia (BHS).
2 CONTEXTO DO LIVRO
2.1 Autoria e data
Segundo o Comentário Bíblico Adventista (2013, v. 4 p. 619), não houve sérios questionamentos com
relação às evidências autorais do livro de Ezequiel até meados do século 20, visto que, conservadores
tradicionais e representantes da Alta Crítica confirmam o autor do livro como sendo o próprio Ezequiel.
Porém, embora seja um profeta do Antigo Testamento (AT), não se sabe nada sobre as circunstâncias em
que Ezequiel viveu, ou de sua vida pessoal, muito além do que ele mesmo escreveu. Além disso, Ezequiel
não é mencionado em nenhum outro livro do AT, portanto, embora tenha algumas alusões no apocalipse
por suas simbologias similares, em hipótese alguma seus escritos são citados diretamente no Novo
Testamento (NT), com a pequena exceção de 2 Coríntios 6:17, e segundo o comentarista, ?fora da Bíblia
é citado apenas por Josefo e Jesus Bem Siraque.?
De acordo com Dillard e Longman (2006), a autenticidade da datação do livro, amplia o percurso das datas
em todo o ministério do ofício profético de Ezequiel no período do cativeiro judaico. Sendo assim, o
período em destaque se deu quando Ezequiel foi levado cativo para Babilônia em 597 a. C., e, no quinto
ano do exílio, em 21 de julho de 592 a.C., aos 30 anos de idade, quando foi chamado para o ofício
profético. Seu ministério durou cerca de 30 a 32 anos. ?A última profecia de Ezequiel foi relatada em 570 a
.C.? (BÍBLIA DE ESTUDO ANDREWS, 2015, p. 1033).
Ezequiel 1:2 desenvolve esse início a partir do seu ministério entre os anos 593/592 a.C., por volta do
quinto ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá. Nesse ínterim, não existia mais o Reino do Norte, e o
reino de Judá (Reino do Sul), também estava declinando rapidamente para um fim. O rei Nabucodonosor
iniciou seu cativeiro contra Judá em 605 a.C., período do reinado de Jeoaquim. Na segunda invasão
babilônica que ocorreu no ano 597 a.C., o sucessor do rei Jeoaquim, nesse caso, o rei Joaquim que
estava há apenas três meses no poder, foi levado cativo para Babilônia, e com ele, muitos do povo
israelita também foram feitos cativos, inclusive Ezequiel (Ez 1:1, 2; 33:21). Outro comentarista, Andrew e
Walto (2007) faz alusão ao clímax ministerial de Ezequiel da seguinte maneira: ?O ministério de Ezequiel
foi apenas resultado dos programas políticos e religiosos implementados anteriormente por Manassés, rei
de Judá? (ANDREW; WALTO, 2007, p. 489).
Outra característica ministerial de Ezequiel descrito por Vos (2010), foi a relação de sua função como
?profeta retórico?, pelo fato das descrições escatológicas. Segundo Vos, isso o impressionava diante do
seu público que o levavam a uma atividade constante de mensagens exortativas, mesmo que suas
palavras ecoassem suavemente como canção de toque instrumental.
A condição Espiritual da nação Israelita dependia do seu relacionamento com Deus descrita de forma
exortativa em toda Torah. Pois, em Sua onisciência, Deus revelou a futura rebeldia de Israel que foi
concretizada em uma das fases de apostasia nos dias de Ezequiel (Dt 31:16-21). Para essa declaração
concisa, em todo o período da vida de Ezequiel, Dillard e Longman, afirmam:
O profeta Ezequiel, era ainda menino durante o período de incessante declínio do poder da Assíria e, em
sua juventude, certamente esperou que a decadência assíria pudesse significar a libertação de Judá da
dominação estrangeira. Ele deve ter acompanhado o sinistro fortalecimento da Babilônia e do Egito após
terem se libertado do jugo da Assíria. Quando era apenas um adolescente, ficou sabendo da notícia da
morte de Josias em Megido, enquanto o rei procurava impedir o avanço do faraó Neco (609 a.C., 2Rs
23.29; 2Cr 35.20-25). Ezequiel provavelmente ouviu a pregação de Jeremias e pode ter conhecido os
ministérios de Habacuque e Sofonias. Ele testemunhou o período de instabilidade e indecisão política que
se seguiu a morte de Josias, quando o destino de Judá se alterou com sua submissão ao Egito e, depois,
a Babilônia (DILLARD, Raymond B.; LONGMAN, Tremper, 2006, p. 299).
Em períodos de declínios religiosos de alguns reis ao longo da dinastia, a nação se achava sem rei, sem
país, e por consequência disso, sem templo para adoração. Dentro dessas condições, Ezequiel buscava
auxiliar seus anciãos em sua própria casa, portanto, entre os pontos importantes nessas assistências,
encontra-se a preocupação de Ezequiel na exortação do povo dizendo: ?casa rebelde?, e isso os levava a
refletirem nas condições em que se encontravam. ?Dentro da perspectiva de advertência, Ezequiel fazia
sua avaliação no âmbito religioso, político e social? (ELLISEN, 1993, p. 249-250). Ao fazer uma sinopse
dessa decadência, Lasor (1999, p. 394) descreve: ?A podridão de Israel remonta à época de sua redenção
do Egito o povo reagia regularmente com truculência para com a graça divina? (Ez 20:5-31). Isso podia
comprometer a missão de Deus em revelar sua graça aos pagãos que mantinham contato com os
Israelitas.
3 CONTEXTO ESTRUTURAL
3.1 Contexto estrutural é gênero literário
Em uma análise sistemática da estrutura literária do livro de Ezequiel, Taylor2 (1984, p. 47-49) desenvolve
oito partes simétricas, iniciando com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em
sequência dos oráculos de juízo (Ez 6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25).
Em seguida apresenta os três oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois
exibe os oráculos de juízo contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas
relacionados com a queda de Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez
38:1-39: 39) e os planos para uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária,
Champlin (2001, v. 5, p. 3200), descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes
maneiras: (1) ?O chamado de Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-
24.27); (3) ?Profecias contra poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do
futuro e a restauração final? (Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara
- Mestre e doutorando em teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo
o livro com base nas datas e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a
última no capítulo 40:1. Nessa estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das
expressões: ?tive visões? ou a ?mão do SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim
a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1; 24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática
estrutural das datas e visões do livro, se confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (2005, p. 417), afirma que
a ?profecia possui uma estrutura clara, que toda ela está escrita em forma autobiográfica, que exibe uma
significativa continuidade linguística, que emprega em cada seção várias expressões típicas, e que
demonstra uma teologia coerente.?
Para descrever a forma do gênero literário do livro, Davidson. F. (1997, p. 1462) declara: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas, ele reitera seu tema que versa
sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.? Outro ponto em destaque dentro da
estrutura do livro é que, ?a maior parte de seus escritos é prosa profética e autobiográfica em grande
medida, e dos 33 dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
SENHOR,? contra as duas meretrizes (Ez 23:1-49). Essa estrutura se confirma pelo Comentário Bíblico
Adventista (2013, v. 4, p. 622-623).
Dentro dessa seção tem a unidade do capítulo 21, que está o texto em questão, essa estrutura abrange os
versos de Ezequiel 21:1-32 na Bíblia Almeida Revista e Atualizada. Os assuntos apresentados são várias
descrições de juízos ameaçadores que liga aos aspectos da missão de Deus nesse contexto de juízo.
Contudo, ?Há uma mudança brusca entre os versículos 44 e 45, porque o versículo 45 inicia um novo
assunto. A Bíblia hebraica (BHS) começa o capítulo 21 com o texto de Ezequiel 20:45 das versões em
português? (BEACON, 2012, v. 4, p. 460), correspondendo 37 versículos. Isso explica por causa das
divisões textuais dos sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá), e as expressões ?veio a mim a
palavra do SENHOR? e, ?portanto, assim diz o SENHOR? como segue:
??????? ???????????? (wayhî debar yahweh-veio a mim a palavra do SENHOR)
??????? ???????????? (wayhî debar yahweh-veio a mim a palavra do SENHOR)
??????? ???????????? (wayhî debar yahweh-veio a mim a palavra do SENHOR)
??????? ???????????? (wayhî debar yahweh-veio a mim a palavra do SENHOR)
????? ??????????? ??????? ?????? (laken koh amar adonay yahweh-portanto, assim diz o SENHOR
Deus)
???????? ?????? ????????? ???????? (weattah bem adam hinnabe weamarta-tu filho do homem
profetiza e dize
(BÍBLIA HEBRAICA STUTTGARTENSIA, 1997, p. 930-931)
Segundo Cooper, L. E. (2001, p. 209), que faz a sistematização do capítulo 21, seguindo a
temática da Bíblia Almeida Revista e Atualizada do capítulo 21 seguindo essa ordem: (1) ?a espada do
SENHOR é tirada contra Judá e Jerusalém e não voltará até completo o julgamento? (Ez 21:1-7); (2) ?É
apresentada a destruição pela espada em quatro fases? (Ez 21:8-17); e, (3) ?O rei de Babilônia consulta
métodos de adivinhação e escolhe atacar Jerusalém? (Ez 21:18-27).
Entretanto, outros teólogos segue a temática da (BHS) confirmando que, nessa sequência, todos os
oráculos proféticos de Ezequiel 21 são organizados ao redor do tema da ?espada?, sendo que, as quatro
seções do Judá da dominação estrangeira. Ele deve ter acompanhado o sinistro fortalecimento da
Babilônia e do Egito após terem se libertado do jugo da Assíria. Quando era apenas um adolescente, ficou
sabendo da notícia da morte de Josias em Megido, enquanto o rei procurava impedir o avanço do faraó
Neco (609 a.C., 2Rs 23.29; 2Cr 35.20-25). Ezequiel provavelmente ouviu a pregação de Jeremias e pode
ter conhe21:1-7, concordando com Lind (1996, p. 178) e Fredenburg (2002, p. 192). Contudo, ambos
descrevem a ênfase do juízo imediato de Deus contra o justo e o perverso, sendo que, o texto foi divido
por eles em duas partes. Na primeira parte, Lind contextualiza o texto 21:2-5 com a oração de Ezequiel
feita contra o Santuário de Jerusalém, ?palavras que veio do SENHOR?, ?Volve o rosto contra Jerusalém
?. Na segunda parte, fala da profecia contra a terra de Israel e a reação psicológica do profeta, ou seja, o
peso dos sentimentos internos do profeta (21:6-7). Contudo, na micro perícope está centralizada a
?espada do SENHOR?, o instrumento de eliminação do justo e o perverso (Ez 21:3-4).
Na análise do trecho, contém em hebraico palavras-chave para o esclarecimento contextual da unidade do
bloco do juízo de Deus contra Israel. Uma das palavras é a expressão ???????? (harbî - espada) que
aparece em todo o capítulo 21. Essa é uma expressão figurada que aparece 3 vezes nesta micro perícope
de Ezequiel 21:1-7, representando a invasão da Babilônica contra o ?Sul? e o ?Norte? onde está o
território de Judá e Jerusalém, é confirmado por JAMIESON; FAUSSET; BROWN. (2003, p. 779) e
HUGHES; LANEY (2001, p. 302).
Outra palavra importante em destaque é a expressão ??????? (karat - eliminar) que aparece duas vezes,
e que está ligado a palavra ???????? (saddîq - Justo) que também aparece duas vezes. Da mesma
maneira, também existe a palavra ????????? (w?r??? - perverso) que aparece duas vezes na micro
perícope. Portanto, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar), ????????
(saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão interligadas dentro do trecho, e delimitadas pelos
sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá) (FRANCISCO, 2008, p.176), como é apresentado a
seguir em Ezequiel 21:6-10 na Bíblia Hebraica:
1)Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2) Filho do homem, volve o rosto contra Jerusalém,
derrama as tuas palavras contra os santuários e profetiza contra a terra de Israel. 3) Dize à terra de Israel
: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra 1984, p. 47-49) desenvolve oito partes simétricas, iniciando
com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em sequência dos oráculos de juízo (Ez
6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25). Em seguida apresenta os três
oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois exibe os oráculos de juízo
contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas relacionados com a queda de
Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez 38:1-39: 39) e os planos para
uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária, Champlin (2001, v. 5, p. 3200),
descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes maneiras: (1) ?O chamado de
Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-24.27); (3) ?Profecias contra
poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do futuro e a restauração final?
(Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara - Mestre e doutorando em
teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo o livro com base nas datas
e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a última no capítulo 40:1. Nessa
estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das expressões: ?tive visões? ou a ?mão do
SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1;
24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática estrutural das datas e visões do livro, se
confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (200rence 102 of 110."
?addîq - justo), que é um adjetivo masculino singular, e que aparece 206 vezes no Antigo Testamento
(Brown, 1907, p. 843). A expressão determina uma ideia ampla no mesmo sentido ao longo da Bíblia, e
que, aponta legalmente para ?uma pessoa cuja conduta é examinada e considerada inabalável, não
culpada, inocente, com o direito? (Gn 6:9; Êx 9:27; 1Sam 24:14; 2 Sam 23:3-5; 1Rs 10:9) (Brown, 1907).
Ligado ao termo ???????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/tzaddik_6662.htm" \o "?ad·d
îq: the righteous -- Occurrence 102 of 110." ?addîq - justo) encontra-se a palavra ????????? (w?r??? -
perverso), que também está na ordem de ?eliminação? do SENHOR. Vale dizer que, os perversos são a
causa da execução de destruição da palavra que veio a Ezequiel. Habacuque especifica quem são os
perversos, ?eles cercam os justos, a justiça é torcida?, ele continua dizendo sobre os procedimentos
?pérfidos dos perversos que devoram aquele que é mais justo do que eles? (Hb 14 e 13). ??????? (r???)
sendo um adjetivo com 263 aparição na (BHS), ????????? (w?r??? - perverso) aparece com a partícula
?? (waw), conjuntiva, adjetivo do masculino singular absoluto (Brown, 1907, p. 957). Segundo o contexto
bíblico, essa expressão predomina da seguinte forma: ?pera e autobiográfica em grande medida, e dos 33
dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
. Contudo, qualquer significado é exato, pois, Ezequiel estava dando ênfase a extensão do julgamento
próximo? (WALVOORD; ZUCK, 1985, p. 1267).
A dinâmica estrutural para essa compreensão está ligada no capítulo 14 de Ezequiel na temática: ?O
castigo dos idólatras?, dos versos 1 a 11 e ?A justiça dos castigos de Deus? dos versos 12 a 23. Embora
que nesse capítulo a expressão, ?Mas alguns restarão nela? (v.22), corrobora com a ideia de Walvoord;
Zuck, com ?cativeiro e não morte física.?
Taylor2 (1984, p. 118-119), descreve que, uma das explicação desse episódio de juízo no capítulo
14, confirmados por outros teólogos, relatam que na frase ?o seu caminho e os seus feitos? revelam ?uma
referência à ?desgraça e aos sofrimentos? dos sobreviventes, que assim se revelariam ser um
testemunho vivo diante dos exilados quanto à severidade do julgamento divino.? Isso pode revelar a
mesma ideia do capítulo 21:3-4 de Ezequiel.
Então, diante do contexto de Ezequiel 21:3-4, Ellisen (1993) dá ênfase teológica na perspectiva da vida de
Jó em três propósitos com relação ao sofrimento: Primeiro, ?o sofrimento é um privilégio que Deus dá ao
seu povo para ajudá-Lo a cumprir algum grande propósito, tal como refutar Satanás? (Ellisen, 1993, p
.157), ideia descrita em Jó1:8-12. Segundo, em Jó 13:15 ?o sofrimento é um apelo para confiar quando
não entendemos, porque saber o propósito poderia destruir o efeito? (Ellisen, 1993, p.157). E por último,
no capítulo de Jó 42:3-7 ?o sofrimento pode ser um meio de Deus trazer alguém a um ponto em que já
não sabe o que fazer, e está de tal maneira indefeso que somente Deus poderá tornar-se seu defensor?
(Ellisen, 1993, p.157). Todos são testemunhas de Deus nesse propósito missional.
Vale destacar que, o sofrimento do justo e do perverso, embora na mesma circunstância adversa, tem
uma diferença na perspectiva teológica, House (2005) ressalta:
Finalmente é importante estabelecer a distinção entre sofrimento e castigo. Abel e Jó sofrem, mas sua dor
não é resultado do pecado, e o mesmo é válido para José e Jeremias. Para os fiéis, o sofrimento é a favor
de outros e, por esse motivo, é redentivo. O castigo pode ter um impacto punitivo ou purificador,
dependendo da reação de quem o recebe. O povo dos dias de Ezequiel e Jeremias não fizeram nenhuma
dessas distinções. Pelo contrário, queixaram-se de qualquer tipo de catástrofe como se fossem justos.
Rejeitaram um cuidadoso auto-exame (HOUSE, 2005, p. 432).
CONCLUSÃO
Em virtude da temática deste trabalho, verificou-se que o sofrimento é uma realidade existente entre o
justo e o ímpio. Mesmo que existam ideias equivocadas que influenciam no mundo filosófico e religiões
não cristãs, afirmando uma negatividade da verdadeira natureza do sofrimento, comprovou-se que Deus
conhece o sofrimento humano e está visualizando cada aspecto da vida humana na missão. Por
conseguinte, a teologia cristã associa uma parte desse sofrimento estando ligado ao pecado, ?sendo o
sofrimento real por que o homem vive em rebelião contra Deus? (TAYLOR1, 1984, p.767).
Portanto, as perguntas em relação a Deus e a essência do sofrimento não tem resposta, mas a Bíblia
deixa bem claro como será o fim do mal e do sofrimento. O texto de Ezequiel 18:20, 27 e 32 confirma que,
Deus não punirá o justo pelos pecados dos perversos, antes, Ele espera que o perverso se converta dos
seus maus caminhos. Assim, diante do texto de Ezequiel 21:1-7, a perícope estudada apresenta que o
termo ?eliminar? não especificou o juízo futuro, mas imediato. Entretanto, dentro da estrutura do livro de
Ezequiel, Davidson. F. (1997, p. 1462), descrevendo a forma do gênero literário do livro, diz: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas ele (Ezequiel) reitera seu tema
que versa sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.?
Por conseguinte, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar),
???????? (saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão ligadas enfaticamente dentro da micro
perícope, delimitadas pelos sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá). Em vista disso, a análise da
principal palavra da micro perícope revelou a importância do tema proposto. Assim, no contexto de
Ezequiel 21:3-4, a ????????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/charbi_2719.htm" \o "?ar
·bî: my sword -- Occurrence 5 of 11." ?arbî - espada) de ??????? (yahweh - SENHOR) para eliminação, é
uma metáfora aplicada ao rei de babilônia (Ez 21:19-21; Jr 24:10; 25: 9 e 29), e essa afirmação é
confirmada pela descrição Bíblica e por vários teólogos.
Então, o esclarecimento teológico da temática do sofrimento, a Bíblia ressalta vários personagens que
enfrentaram grandes desafios como; oposição, escravidão, perseguição, calúnias e mortes no contexto da
missão como testemunhas. Contudo, para entender o contexto de Ezequiel 21, a abordagem se
desenvolveu a partir do sofrimento por parte dos patriarcas de Deus, e que Deus usou como uma forma
dinâmica de revelar também misericórdia. Por essa razão, os aspectos teológicos do sofrimento dos
patriarcas evidenciam que, em quaisquer circunstâncias Deus era exaltado acima de todas as coisas.
Os aspectos teológicos do sofrimento dos profetas tinham uma nova percepção, pois o mesmo
apresentava as mensagens de Deus, e que na maioria das vezes eram rejeitadas. Por fim, a ênfase
temática de Ezequiel 21:1-7, dentro da ênfase do sofrimento, apresentou que o ?eliminar?, ou sofrimento
permitido por Deus mesmo em meio ao sofrimento ou morte, revelaram o verdadeiro testemunho dos fiéis
através da missão diante de Deus e dos ?perversos?. Contudo, ninguém está livre do sofrimento, mas as
promessas de Deus são irrevogáveis quanto ao fim do sofrimento descrita no livro de Apocalipse (21:3-4).
Considerações Finais
ANDREW, H. E.; WALTO, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2007.
BÍBLIA de Estudos Andrews. Tradução de Cecília Eller Nascimento. 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora
Brasileira, 2015.
Brown, Francis. The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon. Oxford: Clarendon Press, 1907.
comentário bíblico beacon. Isaias a Daniel. v. 4. 40 ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.
COOKE, G. A. A critical and exegetical commentary on the book of Ezekiel. Series title in part at head,
Edinburgh: T. & T. Clark. 1936.
COOPER, L. E. Vol. 17: Commentary de Ezekiel. Logos Library System; The New American Commentary.
Nashville: Broadman Holman Publishers, 2001.
DILLARD, R. B.; LONGMAN, T. Introdução ao antigo Testamento. Tradução de Sueli da Silva Saraiva. 1.
ed. São Paulo: Vida Nova, 2006.
ELLISEN, S. A. Conheça Melhor o Antigo Testamento. 2o ed. São Paulo: Vida, 1993
FLEMING, D. C. Concise Bible commentary. Also published under title: The AMG concise Bible
commentary. Chattanooga, Tenn.: AMG Publishers, 1994.
FRANCISCO, E. de F. Manual da Bíblia hebraica: introdução ao texto massorético: guia introdutório para a
Bíblia Hebraica Stuttgartensia-3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2008.
FREDENBURG, B. E. The College Press NIV commentary. Joplin, Mo.: College Press Pub. Co, 2002.
GUSSO, A. R. Gramática instrumental do hebraico. 2 ed rev. São Paulo: Vida Nova, 2008.
HOUSE, P. R., Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2005.
=================================================================================
Arquivo 1: MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Arquivo 2: https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblia_Hebraica_Quinta (1201 termos)
Termos comuns: 19
Similaridade: 0,34%
O texto abaixo é o conteúdo do documento MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO
CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblia_Hebraica_Quinta (1201 termos)
=================================================================================
ALUSÃO MISSIOLÓGICA DE JUÍZO: UM ESTUDO CONTEXTUAL DE EZEQUIEL 21:1-7 E UMA
ANÁLISE DO TERMO ??????? (KARAT)
Introdução
Muitas pessoas questionam o caráter e o amor de Deus. Alguns perguntam: Se Deus existe, porque há
tanta injustiça? Será que Ele vê o sofrimento das pessoas? Porém, com essas e outras questões, acabam
criando implicações do caráter de Deus em relação ao sofrimento humano, e que, ao longo do tempo tem
levado pessoas a obterem compreensão equivocada da justiça é do juízo divino em Sua própria missão.
Contudo, ?toda a teologia reconhece que as pessoas passam por experiências adversas do sofrimento
que podem causar angústia física, mental ou espiritual? (TAYLOR1, 1984).
A Bíblia oferece exemplos quanto a existência da injustiça humana, ao que temos o salmista Davi, que ao
contextualizar a ?corrupção? humana, foi claro em sua abordagem conclusiva quando disse: ?O Senhor
olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse
a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer
um.? (Sl 14: 2-3).
Entretanto, a Bíblia também apresenta a ação imediata de Deus em preservar a vida do justo. Um exemplo
disso, é o relato de Gênesis do momento que Abraão perguntou a Deus: ?destruirás o justo com ímpio??
Disse Deus: ?se houver 10 justos em Sodoma, não a destruirei por amor dos 10? (Gn 18: 23 e 32), e Ele
cumpriu a promessa ao livrar Ló e sua família da destruição tirando-os da cidade (Gn 19: 12-28). Nesse
caso Abraão desenvolve o aspecto da missão da interseção em favor da família de Ló. Contudo, o livro de
Ezequiel apresenta o seguinte texto: ?Eis que estou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e
exterminarei do meio de ti o justo e o perverso. E, por isso que hei de exterminar do meio de ti o justo e o
perverso, a minha espada sairá da bainha contra toda a carne, desde o Sul até o Norte? (Ez 21: 3-4).
Dentro desse contexto surgem os seguintes questionamentos: Deus eliminou o justo com o perverso?
Como entender de forma contextual o ?eliminar do justo? com o perverso conectado a missão divina
através do profeta Ezequiel e seu povo?
Diante das implicações textuais, este artigo propõe-se a esclarecer questionamentos das quais foram
realizados: uma busca histórica, um estudo contextual da estrutura do livro, também um estudo da unidade
do capítulo 21:1-32, e uma análise exegética da principal palavra da perícope o verbo hebraico ???????
(karat - eliminar) e suas ligações com os termos ???????? (saddîq - justo) e ?????????? (w?r??? -
perverso). Também foi feito uma análise teológica do sofrimento e missiológico do juízo apresentado no
capítulo 21. Portanto, foi utilizado o método histórico-gramatical, sendo essa uma das normas propostas
para uso em estudos exegéticos. A proposta de análise está dentro da unidade contextual de Ezequiel 21,
sendo que, o conceito e a centralidade do trabalho se delimitam na perícope de Ezequiel 21:6-10 da Bíblia
Hebraica Sttugartensia (BHS).
2 CONTEXTO DO LIVRO
2.1 Autoria e data
Segundo o Comentário Bíblico Adventista (2013, v. 4 p. 619), não houve sérios questionamentos com
relação às evidências autorais do livro de Ezequiel até meados do século 20, visto que, conservadores
tradicionais e representantes da Alta Crítica confirmam o autor do livro como sendo o próprio Ezequiel.
Porém, embora seja um profeta do Antigo Testamento (AT), não se sabe nada sobre as circunstâncias em
que Ezequiel viveu, ou de sua vida pessoal, muito além do que ele mesmo escreveu. Além disso, Ezequiel
não é mencionado em nenhum outro livro do AT, portanto, embora tenha algumas alusões no apocalipse
por suas simbologias similares, em hipótese alguma seus escritos são citados diretamente no Novo
Testamento (NT), com a pequena exceção de 2 Coríntios 6:17, e segundo o comentarista, ?fora da Bíblia
é citado apenas por Josefo e Jesus Bem Siraque.?
De acordo com Dillard e Longman (2006), a autenticidade da datação do livro, amplia o percurso das datas
em todo o ministério do ofício profético de Ezequiel no período do cativeiro judaico. Sendo assim, o
período em destaque se deu quando Ezequiel foi levado cativo para Babilônia em 597 a. C., e, no quinto
ano do exílio, em 21 de julho de 592 a.C., aos 30 anos de idade, quando foi chamado para o ofício
profético. Seu ministério durou cerca de 30 a 32 anos. ?A última profecia de Ezequiel foi relatada em 570 a
.C.? (BÍBLIA DE ESTUDO ANDREWS, 2015, p. 1033).
quinto ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá. Nesse ínterim, não existia mais o Reino do Norte, e o
reino de Judá (Reino do Sul), também estava declinando rapidamente para um fim. O rei Nabucodonosor
iniciou seu cativeiro contra Judá em 605 a.C., período do reinado de Jeoaquim. Na segunda invasão
babilônica que ocorreu no ano 597 a.C., o sucessor do rei Jeoaquim, nesse caso, o rei Joaquim que
estava há apenas três meses no poder, foi levado cativo para Babilônia, e com ele, muitos do povo
israelita também foram feitos cativos, inclusive Ezequiel (Ez 1:1, 2; 33:21). Outro comentarista, Andrew e
Walto (2007) faz alusão ao clímax ministerial de Ezequiel da seguinte maneira: ?O ministério de Ezequiel
foi apenas resultado dos programas políticos e religiosos implementados anteriormente por Manassés, rei
de Judá? (ANDREW; WALTO, 2007, p. 489).
Outra característica ministerial de Ezequiel descrito por Vos (2010), foi a relação de sua função como
?profeta retórico?, pelo fato das descrições escatológicas. Segundo Vos, isso o impressionava diante do
seu público que o levavam a uma atividade constante de mensagens exortativas, mesmo que suas
palavras ecoassem suavemente como canção de toque instrumental.
A condição Espiritual da nação Israelita dependia do seu relacionamento com Deus descrita de forma
exortativa em toda Torah. Pois, em Sua onisciência, Deus revelou a futura rebeldia de Israel que foi
concretizada em uma das fases de apostasia nos dias de Ezequiel (Dt 31:16-21). Para essa declaração
concisa, em todo o período da vida de Ezequiel, Dillard e Longman, afirmam:
O profeta Ezequiel, era ainda menino durante o período de incessante declínio do poder da Assíria e, em
sua juventude, certamente esperou que a decadência assíria pudesse significar a libertação de Judá da
dominação estrangeira. Ele deve ter acompanhado o sinistro fortalecimento da Babilônia e do Egito após
terem se libertado do jugo da Assíria. Quando era apenas um adolescente, ficou sabendo da notícia da
morte de Josias em Megido, enquanto o rei procurava impedir o avanço do faraó Neco (609 a.C., 2Rs
23.29; 2Cr 35.20-25). Ezequiel provavelmente ouviu a pregação de Jeremias e pode ter conhecido os
ministérios de Habacuque e Sofonias. Ele testemunhou o período de instabilidade e indecisão política que
se seguiu a morte de Josias, quando o destino de Judá se alterou com sua submissão ao Egito e, depois,
a Babilônia (DILLARD, Raymond B.; LONGMAN, Tremper, 2006, p. 299).
Em períodos de declínios religiosos de alguns reis ao longo da dinastia, a nação se achava sem rei, sem
país, e por consequência disso, sem templo para adoração. Dentro dessas condições, Ezequiel buscava
auxiliar seus anciãos em sua própria casa, portanto, entre os pontos importantes nessas assistências,
encontra-se a preocupação de Ezequiel na exortação do povo dizendo: ?casa rebelde?, e isso os levava a
refletirem nas condições em que se encontravam. ?Dentro da perspectiva de advertência, Ezequiel fazia
sua avaliação no âmbito religioso, político e social? (ELLISEN, 1993, p. 249-250). Ao fazer uma sinopse
dessa decadência, Lasor (1999, p. 394) descreve: ?A podridão de Israel remonta à época de sua redenção
do Egito o povo reagia regularmente com truculência para com a graça divina? (Ez 20:5-31). Isso podia
comprometer a missão de Deus em revelar sua graça aos pagãos que mantinham contato com os
Israelitas.
3 CONTEXTO ESTRUTURAL
3.1 Contexto estrutural é gênero literário
Em uma análise sistemática da estrutura literária do livro de Ezequiel, Taylor2 (1984, p. 47-49) desenvolve
oito partes simétricas, iniciando com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em
sequência dos oráculos de juízo (Ez 6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25).
Em seguida apresenta os três oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois
exibe os oráculos de juízo contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas
relacionados com a queda de Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez
38:1-39: 39) e os planos para uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária,
Champlin (2001, v. 5, p. 3200), descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes
maneiras: (1) ?O chamado de Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-
24.27); (3) ?Profecias contra poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do
futuro e a restauração final? (Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara
- Mestre e doutorando em teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo
o livro com base nas datas e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a
última no capítulo 40:1. Nessa estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das
expressões: ?tive visões? ou a ?mão do SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim
a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1; 24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática
estrutural das datas e visões do livro, se confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (2005, p. 417), afirma que
a ?profecia possui uma estrutura clara, que toda ela está escrita em forma autobiográfica, que exibe uma
significativa continuidade linguística, que emprega em cada seção várias expressões típicas, e que
demonstra uma teologia coerente.?
Para descrever a forma do gênero literário do livro, Davidson. F. (1997, p. 1462) declara: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas, ele reitera seu tema que versa
sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.? Outro ponto em destaque dentro da
estrutura do livro é que, ?a maior parte de seus escritos é prosa profética e autobiográfica em grande
medida, e dos 33 dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
maneira, também existe a palavra ????????? (w?r??? - perverso) que aparece duas vezes na micro
perícope. Portanto, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar), ????????
(saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão interligadas dentro do trecho, e delimitadas pelos
sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá) (FRANCISCO, 2008, p.176), como é apresentado a
seguir em Ezequiel 21:6-10 na Bíblia Hebraica:
1)Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2) Filho do homem, volve o rosto contra Jerusalém,
derrama as tuas palavras contra os santuários e profetiza contra a terra de Israel. 3) Dize à terra de Israel
: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra 1984, p. 47-49) desenvolve oito partes simétricas, iniciando
com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em sequência dos oráculos de juízo (Ez
6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25). Em seguida apresenta os três
oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois exibe os oráculos de juízo
contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas relacionados com a queda de
Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez 38:1-39: 39) e os planos para
uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária, Champlin (2001, v. 5, p. 3200),
descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes maneiras: (1) ?O chamado de
Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-24.27); (3) ?Profecias contra
poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do futuro e a restauração final?
(Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara - Mestre e doutorando em
teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo o livro com base nas datas
e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a última no capítulo 40:1. Nessa
estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das expressões: ?tive visões? ou a ?mão do
SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1;
24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática estrutural das datas e visões do livro, se
confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (200rence 102 of 110."
?addîq - justo), que é um adjetivo masculino singular, e que aparece 206 vezes no Antigo Testamento
(Brown, 1907, p. 843). A expressão determina uma ideia ampla no mesmo sentido ao longo da Bíblia, e
que, aponta legalmente para ?uma pessoa cuja conduta é examinada e considerada inabalável, não
culpada, inocente, com o direito? (Gn 6:9; Êx 9:27; 1Sam 24:14; 2 Sam 23:3-5; 1Rs 10:9) (Brown, 1907).
Ligado ao termo ???????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/tzaddik_6662.htm" \o "?ad·d
îq: the righteous -- Occurrence 102 of 110." ?addîq - justo) encontra-se a palavra ????????? (w?r??? -
perverso), que também está na ordem de ?eliminação? do SENHOR. Vale dizer que, os perversos são a
causa da execução de destruição da palavra que veio a Ezequiel. Habacuque especifica quem são os
perversos, ?eles cercam os justos, a justiça é torcida?, ele continua dizendo sobre os procedimentos
?pérfidos dos perversos que devoram aquele que é mais justo do que eles? (Hb 14 e 13). ??????? (r???)
sendo um adjetivo com 263 aparição na (BHS), ????????? (w?r??? - perverso) aparece com a partícula
?? (waw), conjuntiva, adjetivo do masculino singular absoluto (Brown, 1907, p. 957). Segundo o contexto
bíblico, essa expressão predomina da seguinte forma: ?pera e autobiográfica em grande medida, e dos 33
dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
O testemunho do cânon inspirado revela que o sofrimento não é a causa maior do discurso da teologia,
mas como Deus reage quanto ao sofrimento. Veja essa afirmação:
O cânon afirma o testemunho que essa passagem dá sobre a atuação de Deus no sofrimento. Não existe
nenhuma necessidade de tentar diminuir a dor por meio de conversa descontraída, e o cânon nunca o faz.
Pelo contrário, José, Moisés, Elias e outros demonstram sua fé dentro do contexto de sofrimento, não fora
dele. Aprendem que Deus tem um papel redentivo maior para o sofrimento (Gn 50:20; Jr 12:14-17), que
Deus sofre com o pecado (Gn 6:6) e que os ímpios serão eliminados. O que, contudo, não pode mudar é a
agonia do momento, pois é essa agonia que torna redentivo o sofrimento. E na agonia do momento
Yahweh está presente para trazer livramento, quer nesta vida ou naquela que Isaías 66:18- 24 vislumbra
(HOUSE, 2005, p. 397).
Então, diante do contexto de Ezequiel 21:3-4, Ellisen (1993) dá ênfase teológica na perspectiva da vida de
Jó em três propósitos com relação ao sofrimento: Primeiro, ?o sofrimento é um privilégio que Deus dá ao
seu povo para ajudá-Lo a cumprir algum grande propósito, tal como refutar Satanás? (Ellisen, 1993, p
.157), ideia descrita em Jó1:8-12. Segundo, em Jó 13:15 ?o sofrimento é um apelo para confiar quando
não entendemos, porque saber o propósito poderia destruir o efeito? (Ellisen, 1993, p.157). E por último,
no capítulo de Jó 42:3-7 ?o sofrimento pode ser um meio de Deus trazer alguém a um ponto em que já
não sabe o que fazer, e está de tal maneira indefeso que somente Deus poderá tornar-se seu defensor?
(Ellisen, 1993, p.157). Todos são testemunhas de Deus nesse propósito missional.
Vale destacar que, o sofrimento do justo e do perverso, embora na mesma circunstância adversa, tem
uma diferença na perspectiva teológica, House (2005) ressalta:
Finalmente é importante estabelecer a distinção entre sofrimento e castigo. Abel e Jó sofrem, mas sua dor
não é resultado do pecado, e o mesmo é válido para José e Jeremias. Para os fiéis, o sofrimento é a favor
de outros e, por esse motivo, é redentivo. O castigo pode ter um impacto punitivo ou purificador,
dependendo da reação de quem o recebe. O povo dos dias de Ezequiel e Jeremias não fizeram nenhuma
dessas distinções. Pelo contrário, queixaram-se de qualquer tipo de catástrofe como se fossem justos.
Rejeitaram um cuidadoso auto-exame (HOUSE, 2005, p. 432).
CONCLUSÃO
Em virtude da temática deste trabalho, verificou-se que o sofrimento é uma realidade existente entre o
justo e o ímpio. Mesmo que existam ideias equivocadas que influenciam no mundo filosófico e religiões
não cristãs, afirmando uma negatividade da verdadeira natureza do sofrimento, comprovou-se que Deus
conhece o sofrimento humano e está visualizando cada aspecto da vida humana na missão. Por
conseguinte, a teologia cristã associa uma parte desse sofrimento estando ligado ao pecado, ?sendo o
sofrimento real por que o homem vive em rebelião contra Deus? (TAYLOR1, 1984, p.767).
Portanto, as perguntas em relação a Deus e a essência do sofrimento não tem resposta, mas a Bíblia
deixa bem claro como será o fim do mal e do sofrimento. O texto de Ezequiel 18:20, 27 e 32 confirma que,
Deus não punirá o justo pelos pecados dos perversos, antes, Ele espera que o perverso se converta dos
seus maus caminhos. Assim, diante do texto de Ezequiel 21:1-7, a perícope estudada apresenta que o
termo ?eliminar? não especificou o juízo futuro, mas imediato. Entretanto, dentro da estrutura do livro de
Ezequiel, Davidson. F. (1997, p. 1462), descrevendo a forma do gênero literário do livro, diz: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas ele (Ezequiel) reitera seu tema
que versa sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.?
Por conseguinte, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar),
???????? (saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão ligadas enfaticamente dentro da micro
perícope, delimitadas pelos sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá). Em vista disso, a análise da
principal palavra da micro perícope revelou a importância do tema proposto. Assim, no contexto de
Ezequiel 21:3-4, a ????????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/charbi_2719.htm" \o "?ar
·bî: my sword -- Occurrence 5 of 11." ?arbî - espada) de ??????? (yahweh - SENHOR) para eliminação, é
uma metáfora aplicada ao rei de babilônia (Ez 21:19-21; Jr 24:10; 25: 9 e 29), e essa afirmação é
confirmada pela descrição Bíblica e por vários teólogos.
Então, o esclarecimento teológico da temática do sofrimento, a Bíblia ressalta vários personagens que
enfrentaram grandes desafios como; oposição, escravidão, perseguição, calúnias e mortes no contexto da
missão como testemunhas. Contudo, para entender o contexto de Ezequiel 21, a abordagem se
desenvolveu a partir do sofrimento por parte dos patriarcas de Deus, e que Deus usou como uma forma
dinâmica de revelar também misericórdia. Por essa razão, os aspectos teológicos do sofrimento dos
patriarcas evidenciam que, em quaisquer circunstâncias Deus era exaltado acima de todas as coisas.
Os aspectos teológicos do sofrimento dos profetas tinham uma nova percepção, pois o mesmo
apresentava as mensagens de Deus, e que na maioria das vezes eram rejeitadas. Por fim, a ênfase
temática de Ezequiel 21:1-7, dentro da ênfase do sofrimento, apresentou que o ?eliminar?, ou sofrimento
permitido por Deus mesmo em meio ao sofrimento ou morte, revelaram o verdadeiro testemunho dos fiéis
através da missão diante de Deus e dos ?perversos?. Contudo, ninguém está livre do sofrimento, mas as
promessas de Deus são irrevogáveis quanto ao fim do sofrimento descrita no livro de Apocalipse (21:3-4).
Considerações Finais
ANDREW, H. E.; WALTO, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2007.
BÍBLIA de Estudos Andrews. Tradução de Cecília Eller Nascimento. 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora
Brasileira, 2015.
Brown, Francis. The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon. Oxford: Clarendon Press, 1907.
comentário bíblico beacon. Isaias a Daniel. v. 4. 40 ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.
COOKE, G. A. A critical and exegetical commentary on the book of Ezekiel. Series title in part at head,
Edinburgh: T. & T. Clark. 1936.
COOPER, L. E. Vol. 17: Commentary de Ezekiel. Logos Library System; The New American Commentary.
Nashville: Broadman Holman Publishers, 2001.
DILLARD, R. B.; LONGMAN, T. Introdução ao antigo Testamento. Tradução de Sueli da Silva Saraiva. 1.
ed. São Paulo: Vida Nova, 2006.
ELLISEN, S. A. Conheça Melhor o Antigo Testamento. 2o ed. São Paulo: Vida, 1993
FLEMING, D. C. Concise Bible commentary. Also published under title: The AMG concise Bible
commentary. Chattanooga, Tenn.: AMG Publishers, 1994.
FRANCISCO, E. de F. Manual da Bíblia hebraica: introdução ao texto massorético: guia introdutório para a
Bíblia Hebraica Stuttgartensia-3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2008.
FREDENBURG, B. E. The College Press NIV commentary. Joplin, Mo.: College Press Pub. Co, 2002.
GUSSO, A. R. Gramática instrumental do hebraico. 2 ed rev. São Paulo: Vida Nova, 2008.
HOUSE, P. R., Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2005.
=================================================================================
Arquivo 1: MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Arquivo 2: https://archive.org/details/concisebiblecomm0000flem (670 termos)
Termos comuns: 9
Similaridade: 0,18%
O texto abaixo é o conteúdo do documento MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO
CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento
https://archive.org/details/concisebiblecomm0000flem (670 termos)
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ALUSÃO MISSIOLÓGICA DE JUÍZO: UM ESTUDO CONTEXTUAL DE EZEQUIEL 21:1-7 E UMA
ANÁLISE DO TERMO ??????? (KARAT)
Introdução
Muitas pessoas questionam o caráter e o amor de Deus. Alguns perguntam: Se Deus existe, porque há
tanta injustiça? Será que Ele vê o sofrimento das pessoas? Porém, com essas e outras questões, acabam
criando implicações do caráter de Deus em relação ao sofrimento humano, e que, ao longo do tempo tem
levado pessoas a obterem compreensão equivocada da justiça é do juízo divino em Sua própria missão.
Contudo, ?toda a teologia reconhece que as pessoas passam por experiências adversas do sofrimento
que podem causar angústia física, mental ou espiritual? (TAYLOR1, 1984).
A Bíblia oferece exemplos quanto a existência da injustiça humana, ao que temos o salmista Davi, que ao
contextualizar a ?corrupção? humana, foi claro em sua abordagem conclusiva quando disse: ?O Senhor
olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse
a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer
um.? (Sl 14: 2-3).
Entretanto, a Bíblia também apresenta a ação imediata de Deus em preservar a vida do justo. Um exemplo
disso, é o relato de Gênesis do momento que Abraão perguntou a Deus: ?destruirás o justo com ímpio??
Disse Deus: ?se houver 10 justos em Sodoma, não a destruirei por amor dos 10? (Gn 18: 23 e 32), e Ele
cumpriu a promessa ao livrar Ló e sua família da destruição tirando-os da cidade (Gn 19: 12-28). Nesse
caso Abraão desenvolve o aspecto da missão da interseção em favor da família de Ló. Contudo, o livro de
Ezequiel apresenta o seguinte texto: ?Eis que estou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e
exterminarei do meio de ti o justo e o perverso. E, por isso que hei de exterminar do meio de ti o justo e o
perverso, a minha espada sairá da bainha contra toda a carne, desde o Sul até o Norte? (Ez 21: 3-4).
Dentro desse contexto surgem os seguintes questionamentos: Deus eliminou o justo com o perverso?
Como entender de forma contextual o ?eliminar do justo? com o perverso conectado a missão divina
através do profeta Ezequiel e seu povo?
Diante das implicações textuais, este artigo propõe-se a esclarecer questionamentos das quais foram
realizados: uma busca histórica, um estudo contextual da estrutura do livro, também um estudo da unidade
do capítulo 21:1-32, e uma análise exegética da principal palavra da perícope o verbo hebraico ???????
(karat - eliminar) e suas ligações com os termos ???????? (saddîq - justo) e ?????????? (w?r??? -
perverso). Também foi feito uma análise teológica do sofrimento e missiológico do juízo apresentado no
capítulo 21. Portanto, foi utilizado o método histórico-gramatical, sendo essa uma das normas propostas
para uso em estudos exegéticos. A proposta de análise está dentro da unidade contextual de Ezequiel 21,
sendo que, o conceito e a centralidade do trabalho se delimitam na perícope de Ezequiel 21:6-10 da Bíblia
Hebraica Sttugartensia (BHS).
2 CONTEXTO DO LIVRO
2.1 Autoria e data
Segundo o Comentário Bíblico Adventista (2013, v. 4 p. 619), não houve sérios questionamentos com
relação às evidências autorais do livro de Ezequiel até meados do século 20, visto que, conservadores
tradicionais e representantes da Alta Crítica confirmam o autor do livro como sendo o próprio Ezequiel.
Porém, embora seja um profeta do Antigo Testamento (AT), não se sabe nada sobre as circunstâncias em
que Ezequiel viveu, ou de sua vida pessoal, muito além do que ele mesmo escreveu. Além disso, Ezequiel
não é mencionado em nenhum outro livro do AT, portanto, embora tenha algumas alusões no apocalipse
por suas simbologias similares, em hipótese alguma seus escritos são citados diretamente no Novo
Testamento (NT), com a pequena exceção de 2 Coríntios 6:17, e segundo o comentarista, ?fora da Bíblia
é citado apenas por Josefo e Jesus Bem Siraque.?
De acordo com Dillard e Longman (2006), a autenticidade da datação do livro, amplia o percurso das datas
em todo o ministério do ofício profético de Ezequiel no período do cativeiro judaico. Sendo assim, o
período em destaque se deu quando Ezequiel foi levado cativo para Babilônia em 597 a. C., e, no quinto
ano do exílio, em 21 de julho de 592 a.C., aos 30 anos de idade, quando foi chamado para o ofício
profético. Seu ministério durou cerca de 30 a 32 anos. ?A última profecia de Ezequiel foi relatada em 570 a
.C.? (BÍBLIA DE ESTUDO ANDREWS, 2015, p. 1033).
quinto ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá. Nesse ínterim, não existia mais o Reino do Norte, e o
reino de Judá (Reino do Sul), também estava declinando rapidamente para um fim. O rei Nabucodonosor
iniciou seu cativeiro contra Judá em 605 a.C., período do reinado de Jeoaquim. Na segunda invasão
babilônica que ocorreu no ano 597 a.C., o sucessor do rei Jeoaquim, nesse caso, o rei Joaquim que
estava há apenas três meses no poder, foi levado cativo para Babilônia, e com ele, muitos do povo
israelita também foram feitos cativos, inclusive Ezequiel (Ez 1:1, 2; 33:21). Outro comentarista, Andrew e
Walto (2007) faz alusão ao clímax ministerial de Ezequiel da seguinte maneira: ?O ministério de Ezequiel
foi apenas resultado dos programas políticos e religiosos implementados anteriormente por Manassés, rei
de Judá? (ANDREW; WALTO, 2007, p. 489).
Outra característica ministerial de Ezequiel descrito por Vos (2010), foi a relação de sua função como
?profeta retórico?, pelo fato das descrições escatológicas. Segundo Vos, isso o impressionava diante do
seu público que o levavam a uma atividade constante de mensagens exortativas, mesmo que suas
palavras ecoassem suavemente como canção de toque instrumental.
A condição Espiritual da nação Israelita dependia do seu relacionamento com Deus descrita de forma
exortativa em toda Torah. Pois, em Sua onisciência, Deus revelou a futura rebeldia de Israel que foi
concretizada em uma das fases de apostasia nos dias de Ezequiel (Dt 31:16-21). Para essa declaração
concisa, em todo o período da vida de Ezequiel, Dillard e Longman, afirmam:
O profeta Ezequiel, era ainda menino durante o período de incessante declínio do poder da Assíria e, em
sua juventude, certamente esperou que a decadência assíria pudesse significar a libertação de Judá da
dominação estrangeira. Ele deve ter acompanhado o sinistro fortalecimento da Babilônia e do Egito após
terem se libertado do jugo da Assíria. Quando era apenas um adolescente, ficou sabendo da notícia da
morte de Josias em Megido, enquanto o rei procurava impedir o avanço do faraó Neco (609 a.C., 2Rs
23.29; 2Cr 35.20-25). Ezequiel provavelmente ouviu a pregação de Jeremias e pode ter conhecido os
ministérios de Habacuque e Sofonias. Ele testemunhou o período de instabilidade e indecisão política que
se seguiu a morte de Josias, quando o destino de Judá se alterou com sua submissão ao Egito e, depois,
a Babilônia (DILLARD, Raymond B.; LONGMAN, Tremper, 2006, p. 299).
Em períodos de declínios religiosos de alguns reis ao longo da dinastia, a nação se achava sem rei, sem
país, e por consequência disso, sem templo para adoração. Dentro dessas condições, Ezequiel buscava
auxiliar seus anciãos em sua própria casa, portanto, entre os pontos importantes nessas assistências,
encontra-se a preocupação de Ezequiel na exortação do povo dizendo: ?casa rebelde?, e isso os levava a
refletirem nas condições em que se encontravam. ?Dentro da perspectiva de advertência, Ezequiel fazia
sua avaliação no âmbito religioso, político e social? (ELLISEN, 1993, p. 249-250). Ao fazer uma sinopse
dessa decadência, Lasor (1999, p. 394) descreve: ?A podridão de Israel remonta à época de sua redenção
do Egito o povo reagia regularmente com truculência para com a graça divina? (Ez 20:5-31). Isso podia
comprometer a missão de Deus em revelar sua graça aos pagãos que mantinham contato com os
Israelitas.
3 CONTEXTO ESTRUTURAL
3.1 Contexto estrutural é gênero literário
Em uma análise sistemática da estrutura literária do livro de Ezequiel, Taylor2 (1984, p. 47-49) desenvolve
oito partes simétricas, iniciando com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em
sequência dos oráculos de juízo (Ez 6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25).
Em seguida apresenta os três oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois
exibe os oráculos de juízo contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas
relacionados com a queda de Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez
38:1-39: 39) e os planos para uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária,
Champlin (2001, v. 5, p. 3200), descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes
maneiras: (1) ?O chamado de Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-
24.27); (3) ?Profecias contra poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do
futuro e a restauração final? (Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara
- Mestre e doutorando em teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo
o livro com base nas datas e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a
última no capítulo 40:1. Nessa estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das
expressões: ?tive visões? ou a ?mão do SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim
a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1; 24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática
estrutural das datas e visões do livro, se confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (2005, p. 417), afirma que
a ?profecia possui uma estrutura clara, que toda ela está escrita em forma autobiográfica, que exibe uma
significativa continuidade linguística, que emprega em cada seção várias expressões típicas, e que
demonstra uma teologia coerente.?
Para descrever a forma do gênero literário do livro, Davidson. F. (1997, p. 1462) declara: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas, ele reitera seu tema que versa
sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.? Outro ponto em destaque dentro da
estrutura do livro é que, ?a maior parte de seus escritos é prosa profética e autobiográfica em grande
medida, e dos 33 dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
maneira, também existe a palavra ????????? (w?r??? - perverso) que aparece duas vezes na micro
perícope. Portanto, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar), ????????
(saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão interligadas dentro do trecho, e delimitadas pelos
sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá) (FRANCISCO, 2008, p.176), como é apresentado a
seguir em Ezequiel 21:6-10 na Bíblia Hebraica:
1)Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2) Filho do homem, volve o rosto contra Jerusalém,
derrama as tuas palavras contra os santuários e profetiza contra a terra de Israel. 3) Dize à terra de Israel
: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra 1984, p. 47-49) desenvolve oito partes simétricas, iniciando
com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em sequência dos oráculos de juízo (Ez
6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25). Em seguida apresenta os três
oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois exibe os oráculos de juízo
contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas relacionados com a queda de
Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez 38:1-39: 39) e os planos para
uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária, Champlin (2001, v. 5, p. 3200),
descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes maneiras: (1) ?O chamado de
Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-24.27); (3) ?Profecias contra
poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do futuro e a restauração final?
(Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara - Mestre e doutorando em
teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo o livro com base nas datas
e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a última no capítulo 40:1. Nessa
estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das expressões: ?tive visões? ou a ?mão do
SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1;
24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática estrutural das datas e visões do livro, se
confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (200rence 102 of 110."
?addîq - justo), que é um adjetivo masculino singular, e que aparece 206 vezes no Antigo Testamento
(Brown, 1907, p. 843). A expressão determina uma ideia ampla no mesmo sentido ao longo da Bíblia, e
que, aponta legalmente para ?uma pessoa cuja conduta é examinada e considerada inabalável, não
culpada, inocente, com o direito? (Gn 6:9; Êx 9:27; 1Sam 24:14; 2 Sam 23:3-5; 1Rs 10:9) (Brown, 1907).
Ligado ao termo ???????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/tzaddik_6662.htm" \o "?ad·d
îq: the righteous -- Occurrence 102 of 110." ?addîq - justo) encontra-se a palavra ????????? (w?r??? -
perverso), que também está na ordem de ?eliminação? do SENHOR. Vale dizer que, os perversos são a
causa da execução de destruição da palavra que veio a Ezequiel. Habacuque especifica quem são os
perversos, ?eles cercam os justos, a justiça é torcida?, ele continua dizendo sobre os procedimentos
?pérfidos dos perversos que devoram aquele que é mais justo do que eles? (Hb 14 e 13). ??????? (r???)
sendo um adjetivo com 263 aparição na (BHS), ????????? (w?r??? - perverso) aparece com a partícula
?? (waw), conjuntiva, adjetivo do masculino singular absoluto (Brown, 1907, p. 957). Segundo o contexto
bíblico, essa expressão predomina da seguinte forma: ?pera e autobiográfica em grande medida, e dos 33
dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
O testemunho do cânon inspirado revela que o sofrimento não é a causa maior do discurso da teologia,
mas como Deus reage quanto ao sofrimento. Veja essa afirmação:
O cânon afirma o testemunho que essa passagem dá sobre a atuação de Deus no sofrimento. Não existe
nenhuma necessidade de tentar diminuir a dor por meio de conversa descontraída, e o cânon nunca o faz.
Pelo contrário, José, Moisés, Elias e outros demonstram sua fé dentro do contexto de sofrimento, não fora
dele. Aprendem que Deus tem um papel redentivo maior para o sofrimento (Gn 50:20; Jr 12:14-17), que
Deus sofre com o pecado (Gn 6:6) e que os ímpios serão eliminados. O que, contudo, não pode mudar é a
agonia do momento, pois é essa agonia que torna redentivo o sofrimento. E na agonia do momento
Yahweh está presente para trazer livramento, quer nesta vida ou naquela que Isaías 66:18- 24 vislumbra
(HOUSE, 2005, p. 397).
Então, diante do contexto de Ezequiel 21:3-4, Ellisen (1993) dá ênfase teológica na perspectiva da vida de
Jó em três propósitos com relação ao sofrimento: Primeiro, ?o sofrimento é um privilégio que Deus dá ao
seu povo para ajudá-Lo a cumprir algum grande propósito, tal como refutar Satanás? (Ellisen, 1993, p
.157), ideia descrita em Jó1:8-12. Segundo, em Jó 13:15 ?o sofrimento é um apelo para confiar quando
não entendemos, porque saber o propósito poderia destruir o efeito? (Ellisen, 1993, p.157). E por último,
no capítulo de Jó 42:3-7 ?o sofrimento pode ser um meio de Deus trazer alguém a um ponto em que já
não sabe o que fazer, e está de tal maneira indefeso que somente Deus poderá tornar-se seu defensor?
(Ellisen, 1993, p.157). Todos são testemunhas de Deus nesse propósito missional.
Vale destacar que, o sofrimento do justo e do perverso, embora na mesma circunstância adversa, tem
uma diferença na perspectiva teológica, House (2005) ressalta:
Finalmente é importante estabelecer a distinção entre sofrimento e castigo. Abel e Jó sofrem, mas sua dor
não é resultado do pecado, e o mesmo é válido para José e Jeremias. Para os fiéis, o sofrimento é a favor
de outros e, por esse motivo, é redentivo. O castigo pode ter um impacto punitivo ou purificador,
dependendo da reação de quem o recebe. O povo dos dias de Ezequiel e Jeremias não fizeram nenhuma
dessas distinções. Pelo contrário, queixaram-se de qualquer tipo de catástrofe como se fossem justos.
Rejeitaram um cuidadoso auto-exame (HOUSE, 2005, p. 432).
CONCLUSÃO
Em virtude da temática deste trabalho, verificou-se que o sofrimento é uma realidade existente entre o
justo e o ímpio. Mesmo que existam ideias equivocadas que influenciam no mundo filosófico e religiões
não cristãs, afirmando uma negatividade da verdadeira natureza do sofrimento, comprovou-se que Deus
conhece o sofrimento humano e está visualizando cada aspecto da vida humana na missão. Por
conseguinte, a teologia cristã associa uma parte desse sofrimento estando ligado ao pecado, ?sendo o
sofrimento real por que o homem vive em rebelião contra Deus? (TAYLOR1, 1984, p.767).
Portanto, as perguntas em relação a Deus e a essência do sofrimento não tem resposta, mas a Bíblia
deixa bem claro como será o fim do mal e do sofrimento. O texto de Ezequiel 18:20, 27 e 32 confirma que,
Deus não punirá o justo pelos pecados dos perversos, antes, Ele espera que o perverso se converta dos
seus maus caminhos. Assim, diante do texto de Ezequiel 21:1-7, a perícope estudada apresenta que o
termo ?eliminar? não especificou o juízo futuro, mas imediato. Entretanto, dentro da estrutura do livro de
Ezequiel, Davidson. F. (1997, p. 1462), descrevendo a forma do gênero literário do livro, diz: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas ele (Ezequiel) reitera seu tema
que versa sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.?
Por conseguinte, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar),
???????? (saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão ligadas enfaticamente dentro da micro
perícope, delimitadas pelos sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá). Em vista disso, a análise da
principal palavra da micro perícope revelou a importância do tema proposto. Assim, no contexto de
Ezequiel 21:3-4, a ????????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/charbi_2719.htm" \o "?ar
·bî: my sword -- Occurrence 5 of 11." ?arbî - espada) de ??????? (yahweh - SENHOR) para eliminação, é
uma metáfora aplicada ao rei de babilônia (Ez 21:19-21; Jr 24:10; 25: 9 e 29), e essa afirmação é
confirmada pela descrição Bíblica e por vários teólogos.
Então, o esclarecimento teológico da temática do sofrimento, a Bíblia ressalta vários personagens que
enfrentaram grandes desafios como; oposição, escravidão, perseguição, calúnias e mortes no contexto da
missão como testemunhas. Contudo, para entender o contexto de Ezequiel 21, a abordagem se
desenvolveu a partir do sofrimento por parte dos patriarcas de Deus, e que Deus usou como uma forma
dinâmica de revelar também misericórdia. Por essa razão, os aspectos teológicos do sofrimento dos
patriarcas evidenciam que, em quaisquer circunstâncias Deus era exaltado acima de todas as coisas.
Os aspectos teológicos do sofrimento dos profetas tinham uma nova percepção, pois o mesmo
apresentava as mensagens de Deus, e que na maioria das vezes eram rejeitadas. Por fim, a ênfase
temática de Ezequiel 21:1-7, dentro da ênfase do sofrimento, apresentou que o ?eliminar?, ou sofrimento
permitido por Deus mesmo em meio ao sofrimento ou morte, revelaram o verdadeiro testemunho dos fiéis
através da missão diante de Deus e dos ?perversos?. Contudo, ninguém está livre do sofrimento, mas as
promessas de Deus são irrevogáveis quanto ao fim do sofrimento descrita no livro de Apocalipse (21:3-4).
Considerações Finais
ANDREW, H. E.; WALTO, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2007.
BÍBLIA de Estudos Andrews. Tradução de Cecília Eller Nascimento. 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora
Brasileira, 2015.
Brown, Francis. The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon. Oxford: Clarendon Press, 1907.
comentário bíblico beacon. Isaias a Daniel. v. 4. 40 ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.
COOKE, G. A. A critical and exegetical commentary on the book of Ezekiel. Series title in part at head,
Edinburgh: T. & T. Clark. 1936.
COOPER, L. E. Vol. 17: Commentary de Ezekiel. Logos Library System; The New American Commentary.
Nashville: Broadman Holman Publishers, 2001.
DILLARD, R. B.; LONGMAN, T. Introdução ao antigo Testamento. Tradução de Sueli da Silva Saraiva. 1.
ed. São Paulo: Vida Nova, 2006.
ELLISEN, S. A. Conheça Melhor o Antigo Testamento. 2o ed. São Paulo: Vida, 1993
FLEMING, D. C. Concise Bible commentary. Also published under title: The AMG concise Bible
commentary. Chattanooga, Tenn.: AMG Publishers, 1994.
FRANCISCO, E. de F. Manual da Bíblia hebraica: introdução ao texto massorético: guia introdutório para a
Bíblia Hebraica Stuttgartensia-3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2008.
FREDENBURG, B. E. The College Press NIV commentary. Joplin, Mo.: College Press Pub. Co, 2002.
GUSSO, A. R. Gramática instrumental do hebraico. 2 ed rev. São Paulo: Vida Nova, 2008.
HOUSE, P. R., Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2005.
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Arquivo 1: MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Arquivo 2: https://www.vidanova.com.br (2586 termos)
Termos comuns: 5
Similaridade: 0,07%
O texto abaixo é o conteúdo do documento MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO
CIENTIFICO.doc (4327 termos)
Os termos em vermelho foram encontrados no documento https://www.vidanova.com.br (2586
termos)
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ALUSÃO MISSIOLÓGICA DE JUÍZO: UM ESTUDO CONTEXTUAL DE EZEQUIEL 21:1-7 E UMA
ANÁLISE DO TERMO ??????? (KARAT)
Introdução
Muitas pessoas questionam o caráter e o amor de Deus. Alguns perguntam: Se Deus existe, porque há
tanta injustiça? Será que Ele vê o sofrimento das pessoas? Porém, com essas e outras questões, acabam
criando implicações do caráter de Deus em relação ao sofrimento humano, e que, ao longo do tempo tem
levado pessoas a obterem compreensão equivocada da justiça é do juízo divino em Sua própria missão.
Contudo, ?toda a teologia reconhece que as pessoas passam por experiências adversas do sofrimento
que podem causar angústia física, mental ou espiritual? (TAYLOR1, 1984).
A Bíblia oferece exemplos quanto a existência da injustiça humana, ao que temos o salmista Davi, que ao
contextualizar a ?corrupção? humana, foi claro em sua abordagem conclusiva quando disse: ?O Senhor
olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse
a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer
um.? (Sl 14: 2-3).
Entretanto, a Bíblia também apresenta a ação imediata de Deus em preservar a vida do justo. Um exemplo
disso, é o relato de Gênesis do momento que Abraão perguntou a Deus: ?destruirás o justo com ímpio??
Disse Deus: ?se houver 10 justos em Sodoma, não a destruirei por amor dos 10? (Gn 18: 23 e 32), e Ele
cumpriu a promessa ao livrar Ló e sua família da destruição tirando-os da cidade (Gn 19: 12-28). Nesse
caso Abraão desenvolve o aspecto da missão da interseção em favor da família de Ló. Contudo, o livro de
Ezequiel apresenta o seguinte texto: ?Eis que estou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e
exterminarei do meio de ti o justo e o perverso. E, por isso que hei de exterminar do meio de ti o justo e o
perverso, a minha espada sairá da bainha contra toda a carne, desde o Sul até o Norte? (Ez 21: 3-4).
Dentro desse contexto surgem os seguintes questionamentos: Deus eliminou o justo com o perverso?
Como entender de forma contextual o ?eliminar do justo? com o perverso conectado a missão divina
através do profeta Ezequiel e seu povo?
Diante das implicações textuais, este artigo propõe-se a esclarecer questionamentos das quais foram
realizados: uma busca histórica, um estudo contextual da estrutura do livro, também um estudo da unidade
do capítulo 21:1-32, e uma análise exegética da principal palavra da perícope o verbo hebraico ???????
(karat - eliminar) e suas ligações com os termos ???????? (saddîq - justo) e ?????????? (w?r??? -
perverso). Também foi feito uma análise teológica do sofrimento e missiológico do juízo apresentado no
capítulo 21. Portanto, foi utilizado o método histórico-gramatical, sendo essa uma das normas propostas
para uso em estudos exegéticos. A proposta de análise está dentro da unidade contextual de Ezequiel 21,
sendo que, o conceito e a centralidade do trabalho se delimitam na perícope de Ezequiel 21:6-10 da Bíblia
Hebraica Sttugartensia (BHS).
2 CONTEXTO DO LIVRO
2.1 Autoria e data
Segundo o Comentário Bíblico Adventista (2013, v. 4 p. 619), não houve sérios questionamentos com
relação às evidências autorais do livro de Ezequiel até meados do século 20, visto que, conservadores
tradicionais e representantes da Alta Crítica confirmam o autor do livro como sendo o próprio Ezequiel.
Porém, embora seja um profeta do Antigo Testamento (AT), não se sabe nada sobre as circunstâncias em
que Ezequiel viveu, ou de sua vida pessoal, muito além do que ele mesmo escreveu. Além disso, Ezequiel
não é mencionado em nenhum outro livro do AT, portanto, embora tenha algumas alusões no apocalipse
por suas simbologias similares, em hipótese alguma seus escritos são citados diretamente no Novo
Testamento (NT), com a pequena exceção de 2 Coríntios 6:17, e segundo o comentarista, ?fora da Bíblia
é citado apenas por Josefo e Jesus Bem Siraque.?
De acordo com Dillard e Longman (2006), a autenticidade da datação do livro, amplia o percurso das datas
em todo o ministério do ofício profético de Ezequiel no período do cativeiro judaico. Sendo assim, o
período em destaque se deu quando Ezequiel foi levado cativo para Babilônia em 597 a. C., e, no quinto
ano do exílio, em 21 de julho de 592 a.C., aos 30 anos de idade, quando foi chamado para o ofício
profético. Seu ministério durou cerca de 30 a 32 anos. ?A última profecia de Ezequiel foi relatada em 570 a
.C.? (BÍBLIA DE ESTUDO ANDREWS, 2015, p. 1033).
quinto ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá. Nesse ínterim, não existia mais o Reino do Norte, e o
reino de Judá (Reino do Sul), também estava declinando rapidamente para um fim. O rei Nabucodonosor
iniciou seu cativeiro contra Judá em 605 a.C., período do reinado de Jeoaquim. Na segunda invasão
babilônica que ocorreu no ano 597 a.C., o sucessor do rei Jeoaquim, nesse caso, o rei Joaquim que
estava há apenas três meses no poder, foi levado cativo para Babilônia, e com ele, muitos do povo
israelita também foram feitos cativos, inclusive Ezequiel (Ez 1:1, 2; 33:21). Outro comentarista, Andrew e
Walto (2007) faz alusão ao clímax ministerial de Ezequiel da seguinte maneira: ?O ministério de Ezequiel
foi apenas resultado dos programas políticos e religiosos implementados anteriormente por Manassés, rei
de Judá? (ANDREW; WALTO, 2007, p. 489).
Outra característica ministerial de Ezequiel descrito por Vos (2010), foi a relação de sua função como
?profeta retórico?, pelo fato das descrições escatológicas. Segundo Vos, isso o impressionava diante do
seu público que o levavam a uma atividade constante de mensagens exortativas, mesmo que suas
palavras ecoassem suavemente como canção de toque instrumental.
A condição Espiritual da nação Israelita dependia do seu relacionamento com Deus descrita de forma
exortativa em toda Torah. Pois, em Sua onisciência, Deus revelou a futura rebeldia de Israel que foi
concretizada em uma das fases de apostasia nos dias de Ezequiel (Dt 31:16-21). Para essa declaração
concisa, em todo o período da vida de Ezequiel, Dillard e Longman, afirmam:
O profeta Ezequiel, era ainda menino durante o período de incessante declínio do poder da Assíria e, em
sua juventude, certamente esperou que a decadência assíria pudesse significar a libertação de Judá da
dominação estrangeira. Ele deve ter acompanhado o sinistro fortalecimento da Babilônia e do Egito após
terem se libertado do jugo da Assíria. Quando era apenas um adolescente, ficou sabendo da notícia da
morte de Josias em Megido, enquanto o rei procurava impedir o avanço do faraó Neco (609 a.C., 2Rs
23.29; 2Cr 35.20-25). Ezequiel provavelmente ouviu a pregação de Jeremias e pode ter conhecido os
ministérios de Habacuque e Sofonias. Ele testemunhou o período de instabilidade e indecisão política que
se seguiu a morte de Josias, quando o destino de Judá se alterou com sua submissão ao Egito e, depois,
a Babilônia (DILLARD, Raymond B.; LONGMAN, Tremper, 2006, p. 299).
Em períodos de declínios religiosos de alguns reis ao longo da dinastia, a nação se achava sem rei, sem
país, e por consequência disso, sem templo para adoração. Dentro dessas condições, Ezequiel buscava
auxiliar seus anciãos em sua própria casa, portanto, entre os pontos importantes nessas assistências,
encontra-se a preocupação de Ezequiel na exortação do povo dizendo: ?casa rebelde?, e isso os levava a
refletirem nas condições em que se encontravam. ?Dentro da perspectiva de advertência, Ezequiel fazia
sua avaliação no âmbito religioso, político e social? (ELLISEN, 1993, p. 249-250). Ao fazer uma sinopse
dessa decadência, Lasor (1999, p. 394) descreve: ?A podridão de Israel remonta à época de sua redenção
do Egito o povo reagia regularmente com truculência para com a graça divina? (Ez 20:5-31). Isso podia
comprometer a missão de Deus em revelar sua graça aos pagãos que mantinham contato com os
Israelitas.
3 CONTEXTO ESTRUTURAL
3.1 Contexto estrutural é gênero literário
Em uma análise sistemática da estrutura literária do livro de Ezequiel, Taylor2 (1984, p. 47-49) desenvolve
oito partes simétricas, iniciando com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em
sequência dos oráculos de juízo (Ez 6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25).
Em seguida apresenta os três oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois
exibe os oráculos de juízo contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas
relacionados com a queda de Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez
38:1-39: 39) e os planos para uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária,
Champlin (2001, v. 5, p. 3200), descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes
maneiras: (1) ?O chamado de Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-
24.27); (3) ?Profecias contra poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do
futuro e a restauração final? (Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara
- Mestre e doutorando em teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo
o livro com base nas datas e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a
última no capítulo 40:1. Nessa estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das
expressões: ?tive visões? ou a ?mão do SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim
a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1; 24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática
estrutural das datas e visões do livro, se confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (2005, p. 417), afirma que
a ?profecia possui uma estrutura clara, que toda ela está escrita em forma autobiográfica, que exibe uma
significativa continuidade linguística, que emprega em cada seção várias expressões típicas, e que
demonstra uma teologia coerente.?
Para descrever a forma do gênero literário do livro, Davidson. F. (1997, p. 1462) declara: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas, ele reitera seu tema que versa
sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.? Outro ponto em destaque dentro da
estrutura do livro é que, ?a maior parte de seus escritos é prosa profética e autobiográfica em grande
medida, e dos 33 dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
maneira, também existe a palavra ????????? (w?r??? - perverso) que aparece duas vezes na micro
perícope. Portanto, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar), ????????
(saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão interligadas dentro do trecho, e delimitadas pelos
sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá) (FRANCISCO, 2008, p.176), como é apresentado a
seguir em Ezequiel 21:6-10 na Bíblia Hebraica:
1)Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2) Filho do homem, volve o rosto contra Jerusalém,
derrama as tuas palavras contra os santuários e profetiza contra a terra de Israel. 3) Dize à terra de Israel
: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra 1984, p. 47-49) desenvolve oito partes simétricas, iniciando
com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em sequência dos oráculos de juízo (Ez
6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25). Em seguida apresenta os três
oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois exibe os oráculos de juízo
contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas relacionados com a queda de
Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez 38:1-39: 39) e os planos para
uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária, Champlin (2001, v. 5, p. 3200),
descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes maneiras: (1) ?O chamado de
Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-24.27); (3) ?Profecias contra
poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do futuro e a restauração final?
(Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara - Mestre e doutorando em
teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo o livro com base nas datas
e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a última no capítulo 40:1. Nessa
estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das expressões: ?tive visões? ou a ?mão do
SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1;
24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática estrutural das datas e visões do livro, se
confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (200rence 102 of 110."
?addîq - justo), que é um adjetivo masculino singular, e que aparece 206 vezes no Antigo Testamento
(Brown, 1907, p. 843). A expressão determina uma ideia ampla no mesmo sentido ao longo da Bíblia, e
que, aponta legalmente para ?uma pessoa cuja conduta é examinada e considerada inabalável, não
culpada, inocente, com o direito? (Gn 6:9; Êx 9:27; 1Sam 24:14; 2 Sam 23:3-5; 1Rs 10:9) (Brown, 1907).
Ligado ao termo ???????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/tzaddik_6662.htm" \o "?ad·d
îq: the righteous -- Occurrence 102 of 110." ?addîq - justo) encontra-se a palavra ????????? (w?r??? -
perverso), que também está na ordem de ?eliminação? do SENHOR. Vale dizer que, os perversos são a
causa da execução de destruição da palavra que veio a Ezequiel. Habacuque especifica quem são os
perversos, ?eles cercam os justos, a justiça é torcida?, ele continua dizendo sobre os procedimentos
?pérfidos dos perversos que devoram aquele que é mais justo do que eles? (Hb 14 e 13). ??????? (r???)
sendo um adjetivo com 263 aparição na (BHS), ????????? (w?r??? - perverso) aparece com a partícula
?? (waw), conjuntiva, adjetivo do masculino singular absoluto (Brown, 1907, p. 957). Segundo o contexto
bíblico, essa expressão predomina da seguinte forma: ?pera e autobiográfica em grande medida, e dos 33
dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
O testemunho do cânon inspirado revela que o sofrimento não é a causa maior do discurso da teologia,
mas como Deus reage quanto ao sofrimento. Veja essa afirmação:
O cânon afirma o testemunho que essa passagem dá sobre a atuação de Deus no sofrimento. Não existe
nenhuma necessidade de tentar diminuir a dor por meio de conversa descontraída, e o cânon nunca o faz.
Pelo contrário, José, Moisés, Elias e outros demonstram sua fé dentro do contexto de sofrimento, não fora
dele. Aprendem que Deus tem um papel redentivo maior para o sofrimento (Gn 50:20; Jr 12:14-17), que
Deus sofre com o pecado (Gn 6:6) e que os ímpios serão eliminados. O que, contudo, não pode mudar é a
agonia do momento, pois é essa agonia que torna redentivo o sofrimento. E na agonia do momento
Yahweh está presente para trazer livramento, quer nesta vida ou naquela que Isaías 66:18- 24 vislumbra
(HOUSE, 2005, p. 397).
Então, diante do contexto de Ezequiel 21:3-4, Ellisen (1993) dá ênfase teológica na perspectiva da vida de
Jó em três propósitos com relação ao sofrimento: Primeiro, ?o sofrimento é um privilégio que Deus dá ao
seu povo para ajudá-Lo a cumprir algum grande propósito, tal como refutar Satanás? (Ellisen, 1993, p
.157), ideia descrita em Jó1:8-12. Segundo, em Jó 13:15 ?o sofrimento é um apelo para confiar quando
não entendemos, porque saber o propósito poderia destruir o efeito? (Ellisen, 1993, p.157). E por último,
no capítulo de Jó 42:3-7 ?o sofrimento pode ser um meio de Deus trazer alguém a um ponto em que já
não sabe o que fazer, e está de tal maneira indefeso que somente Deus poderá tornar-se seu defensor?
(Ellisen, 1993, p.157). Todos são testemunhas de Deus nesse propósito missional.
Vale destacar que, o sofrimento do justo e do perverso, embora na mesma circunstância adversa, tem
uma diferença na perspectiva teológica, House (2005) ressalta:
Finalmente é importante estabelecer a distinção entre sofrimento e castigo. Abel e Jó sofrem, mas sua dor
não é resultado do pecado, e o mesmo é válido para José e Jeremias. Para os fiéis, o sofrimento é a favor
de outros e, por esse motivo, é redentivo. O castigo pode ter um impacto punitivo ou purificador,
dependendo da reação de quem o recebe. O povo dos dias de Ezequiel e Jeremias não fizeram nenhuma
dessas distinções. Pelo contrário, queixaram-se de qualquer tipo de catástrofe como se fossem justos.
Rejeitaram um cuidadoso auto-exame (HOUSE, 2005, p. 432).
CONCLUSÃO
Em virtude da temática deste trabalho, verificou-se que o sofrimento é uma realidade existente entre o
justo e o ímpio. Mesmo que existam ideias equivocadas que influenciam no mundo filosófico e religiões
não cristãs, afirmando uma negatividade da verdadeira natureza do sofrimento, comprovou-se que Deus
conhece o sofrimento humano e está visualizando cada aspecto da vida humana na missão. Por
conseguinte, a teologia cristã associa uma parte desse sofrimento estando ligado ao pecado, ?sendo o
sofrimento real por que o homem vive em rebelião contra Deus? (TAYLOR1, 1984, p.767).
Portanto, as perguntas em relação a Deus e a essência do sofrimento não tem resposta, mas a Bíblia
deixa bem claro como será o fim do mal e do sofrimento. O texto de Ezequiel 18:20, 27 e 32 confirma que,
Deus não punirá o justo pelos pecados dos perversos, antes, Ele espera que o perverso se converta dos
seus maus caminhos. Assim, diante do texto de Ezequiel 21:1-7, a perícope estudada apresenta que o
termo ?eliminar? não especificou o juízo futuro, mas imediato. Entretanto, dentro da estrutura do livro de
Ezequiel, Davidson. F. (1997, p. 1462), descrevendo a forma do gênero literário do livro, diz: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas ele (Ezequiel) reitera seu tema
que versa sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.?
Por conseguinte, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar),
???????? (saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão ligadas enfaticamente dentro da micro
perícope, delimitadas pelos sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá). Em vista disso, a análise da
principal palavra da micro perícope revelou a importância do tema proposto. Assim, no contexto de
Ezequiel 21:3-4, a ????????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/charbi_2719.htm" \o "?ar
·bî: my sword -- Occurrence 5 of 11." ?arbî - espada) de ??????? (yahweh - SENHOR) para eliminação, é
uma metáfora aplicada ao rei de babilônia (Ez 21:19-21; Jr 24:10; 25: 9 e 29), e essa afirmação é
confirmada pela descrição Bíblica e por vários teólogos.
Então, o esclarecimento teológico da temática do sofrimento, a Bíblia ressalta vários personagens que
enfrentaram grandes desafios como; oposição, escravidão, perseguição, calúnias e mortes no contexto da
missão como testemunhas. Contudo, para entender o contexto de Ezequiel 21, a abordagem se
desenvolveu a partir do sofrimento por parte dos patriarcas de Deus, e que Deus usou como uma forma
dinâmica de revelar também misericórdia. Por essa razão, os aspectos teológicos do sofrimento dos
patriarcas evidenciam que, em quaisquer circunstâncias Deus era exaltado acima de todas as coisas.
Os aspectos teológicos do sofrimento dos profetas tinham uma nova percepção, pois o mesmo
apresentava as mensagens de Deus, e que na maioria das vezes eram rejeitadas. Por fim, a ênfase
temática de Ezequiel 21:1-7, dentro da ênfase do sofrimento, apresentou que o ?eliminar?, ou sofrimento
permitido por Deus mesmo em meio ao sofrimento ou morte, revelaram o verdadeiro testemunho dos fiéis
através da missão diante de Deus e dos ?perversos?. Contudo, ninguém está livre do sofrimento, mas as
promessas de Deus são irrevogáveis quanto ao fim do sofrimento descrita no livro de Apocalipse (21:3-4).
Considerações Finais
ANDREW, H. E.; WALTO, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2007.
BÍBLIA de Estudos Andrews. Tradução de Cecília Eller Nascimento. 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora
Brasileira, 2015.
Brown, Francis. The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon. Oxford: Clarendon Press, 1907.
comentário bíblico beacon. Isaias a Daniel. v. 4. 40 ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.
COOKE, G. A. A critical and exegetical commentary on the book of Ezekiel. Series title in part at head,
Edinburgh: T. & T. Clark. 1936.
COOPER, L. E. Vol. 17: Commentary de Ezekiel. Logos Library System; The New American Commentary.
Nashville: Broadman Holman Publishers, 2001.
DILLARD, R. B.; LONGMAN, T. Introdução ao antigo Testamento. Tradução de Sueli da Silva Saraiva. 1.
ed. São Paulo: Vida Nova, 2006.
ELLISEN, S. A. Conheça Melhor o Antigo Testamento. 2o ed. São Paulo: Vida, 1993
FLEMING, D. C. Concise Bible commentary. Also published under title: The AMG concise Bible
commentary. Chattanooga, Tenn.: AMG Publishers, 1994.
FRANCISCO, E. de F. Manual da Bíblia hebraica: introdução ao texto massorético: guia introdutório para a
Bíblia Hebraica Stuttgartensia-3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2008.
FREDENBURG, B. E. The College Press NIV commentary. Joplin, Mo.: College Press Pub. Co, 2002.
GUSSO, A. R. Gramática instrumental do hebraico. 2 ed rev. São Paulo: Vida Nova, 2008.
HOUSE, P. R., Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2005.
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Arquivo 1: MISSIOLOGIA MODELO PARA ELABORAR ARTIGO CIENTIFICO.doc (4327 termos)
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CIENTIFICO.doc (4327 termos)
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new-american-commentary-series (1467 termos)
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ALUSÃO MISSIOLÓGICA DE JUÍZO: UM ESTUDO CONTEXTUAL DE EZEQUIEL 21:1-7 E UMA
ANÁLISE DO TERMO ??????? (KARAT)
Introdução
Muitas pessoas questionam o caráter e o amor de Deus. Alguns perguntam: Se Deus existe, porque há
tanta injustiça? Será que Ele vê o sofrimento das pessoas? Porém, com essas e outras questões, acabam
criando implicações do caráter de Deus em relação ao sofrimento humano, e que, ao longo do tempo tem
levado pessoas a obterem compreensão equivocada da justiça é do juízo divino em Sua própria missão.
Contudo, ?toda a teologia reconhece que as pessoas passam por experiências adversas do sofrimento
que podem causar angústia física, mental ou espiritual? (TAYLOR1, 1984).
A Bíblia oferece exemplos quanto a existência da injustiça humana, ao que temos o salmista Davi, que ao
contextualizar a ?corrupção? humana, foi claro em sua abordagem conclusiva quando disse: ?O Senhor
olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse
a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer
um.? (Sl 14: 2-3).
Entretanto, a Bíblia também apresenta a ação imediata de Deus em preservar a vida do justo. Um exemplo
disso, é o relato de Gênesis do momento que Abraão perguntou a Deus: ?destruirás o justo com ímpio??
Disse Deus: ?se houver 10 justos em Sodoma, não a destruirei por amor dos 10? (Gn 18: 23 e 32), e Ele
cumpriu a promessa ao livrar Ló e sua família da destruição tirando-os da cidade (Gn 19: 12-28). Nesse
caso Abraão desenvolve o aspecto da missão da interseção em favor da família de Ló. Contudo, o livro de
Ezequiel apresenta o seguinte texto: ?Eis que estou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e
exterminarei do meio de ti o justo e o perverso. E, por isso que hei de exterminar do meio de ti o justo e o
perverso, a minha espada sairá da bainha contra toda a carne, desde o Sul até o Norte? (Ez 21: 3-4).
Dentro desse contexto surgem os seguintes questionamentos: Deus eliminou o justo com o perverso?
Como entender de forma contextual o ?eliminar do justo? com o perverso conectado a missão divina
através do profeta Ezequiel e seu povo?
Diante das implicações textuais, este artigo propõe-se a esclarecer questionamentos das quais foram
realizados: uma busca histórica, um estudo contextual da estrutura do livro, também um estudo da unidade
do capítulo 21:1-32, e uma análise exegética da principal palavra da perícope o verbo hebraico ???????
(karat - eliminar) e suas ligações com os termos ???????? (saddîq - justo) e ?????????? (w?r??? -
perverso). Também foi feito uma análise teológica do sofrimento e missiológico do juízo apresentado no
capítulo 21. Portanto, foi utilizado o método histórico-gramatical, sendo essa uma das normas propostas
para uso em estudos exegéticos. A proposta de análise está dentro da unidade contextual de Ezequiel 21,
sendo que, o conceito e a centralidade do trabalho se delimitam na perícope de Ezequiel 21:6-10 da Bíblia
Hebraica Sttugartensia (BHS).
2 CONTEXTO DO LIVRO
2.1 Autoria e data
Segundo o Comentário Bíblico Adventista (2013, v. 4 p. 619), não houve sérios questionamentos com
relação às evidências autorais do livro de Ezequiel até meados do século 20, visto que, conservadores
tradicionais e representantes da Alta Crítica confirmam o autor do livro como sendo o próprio Ezequiel.
Porém, embora seja um profeta do Antigo Testamento (AT), não se sabe nada sobre as circunstâncias em
que Ezequiel viveu, ou de sua vida pessoal, muito além do que ele mesmo escreveu. Além disso, Ezequiel
não é mencionado em nenhum outro livro do AT, portanto, embora tenha algumas alusões no apocalipse
por suas simbologias similares, em hipótese alguma seus escritos são citados diretamente no Novo
Testamento (NT), com a pequena exceção de 2 Coríntios 6:17, e segundo o comentarista, ?fora da Bíblia
é citado apenas por Josefo e Jesus Bem Siraque.?
De acordo com Dillard e Longman (2006), a autenticidade da datação do livro, amplia o percurso das datas
em todo o ministério do ofício profético de Ezequiel no período do cativeiro judaico. Sendo assim, o
período em destaque se deu quando Ezequiel foi levado cativo para Babilônia em 597 a. C., e, no quinto
ano do exílio, em 21 de julho de 592 a.C., aos 30 anos de idade, quando foi chamado para o ofício
profético. Seu ministério durou cerca de 30 a 32 anos. ?A última profecia de Ezequiel foi relatada em 570 a
.C.? (BÍBLIA DE ESTUDO ANDREWS, 2015, p. 1033).
quinto ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá. Nesse ínterim, não existia mais o Reino do Norte, e o
reino de Judá (Reino do Sul), também estava declinando rapidamente para um fim. O rei Nabucodonosor
iniciou seu cativeiro contra Judá em 605 a.C., período do reinado de Jeoaquim. Na segunda invasão
babilônica que ocorreu no ano 597 a.C., o sucessor do rei Jeoaquim, nesse caso, o rei Joaquim que
estava há apenas três meses no poder, foi levado cativo para Babilônia, e com ele, muitos do povo
israelita também foram feitos cativos, inclusive Ezequiel (Ez 1:1, 2; 33:21). Outro comentarista, Andrew e
Walto (2007) faz alusão ao clímax ministerial de Ezequiel da seguinte maneira: ?O ministério de Ezequiel
foi apenas resultado dos programas políticos e religiosos implementados anteriormente por Manassés, rei
de Judá? (ANDREW; WALTO, 2007, p. 489).
Outra característica ministerial de Ezequiel descrito por Vos (2010), foi a relação de sua função como
?profeta retórico?, pelo fato das descrições escatológicas. Segundo Vos, isso o impressionava diante do
seu público que o levavam a uma atividade constante de mensagens exortativas, mesmo que suas
palavras ecoassem suavemente como canção de toque instrumental.
A condição Espiritual da nação Israelita dependia do seu relacionamento com Deus descrita de forma
exortativa em toda Torah. Pois, em Sua onisciência, Deus revelou a futura rebeldia de Israel que foi
concretizada em uma das fases de apostasia nos dias de Ezequiel (Dt 31:16-21). Para essa declaração
concisa, em todo o período da vida de Ezequiel, Dillard e Longman, afirmam:
O profeta Ezequiel, era ainda menino durante o período de incessante declínio do poder da Assíria e, em
sua juventude, certamente esperou que a decadência assíria pudesse significar a libertação de Judá da
dominação estrangeira. Ele deve ter acompanhado o sinistro fortalecimento da Babilônia e do Egito após
terem se libertado do jugo da Assíria. Quando era apenas um adolescente, ficou sabendo da notícia da
morte de Josias em Megido, enquanto o rei procurava impedir o avanço do faraó Neco (609 a.C., 2Rs
23.29; 2Cr 35.20-25). Ezequiel provavelmente ouviu a pregação de Jeremias e pode ter conhecido os
ministérios de Habacuque e Sofonias. Ele testemunhou o período de instabilidade e indecisão política que
se seguiu a morte de Josias, quando o destino de Judá se alterou com sua submissão ao Egito e, depois,
a Babilônia (DILLARD, Raymond B.; LONGMAN, Tremper, 2006, p. 299).
Em períodos de declínios religiosos de alguns reis ao longo da dinastia, a nação se achava sem rei, sem
país, e por consequência disso, sem templo para adoração. Dentro dessas condições, Ezequiel buscava
auxiliar seus anciãos em sua própria casa, portanto, entre os pontos importantes nessas assistências,
encontra-se a preocupação de Ezequiel na exortação do povo dizendo: ?casa rebelde?, e isso os levava a
refletirem nas condições em que se encontravam. ?Dentro da perspectiva de advertência, Ezequiel fazia
sua avaliação no âmbito religioso, político e social? (ELLISEN, 1993, p. 249-250). Ao fazer uma sinopse
dessa decadência, Lasor (1999, p. 394) descreve: ?A podridão de Israel remonta à época de sua redenção
do Egito o povo reagia regularmente com truculência para com a graça divina? (Ez 20:5-31). Isso podia
comprometer a missão de Deus em revelar sua graça aos pagãos que mantinham contato com os
Israelitas.
3 CONTEXTO ESTRUTURAL
3.1 Contexto estrutural é gênero literário
Em uma análise sistemática da estrutura literária do livro de Ezequiel, Taylor2 (1984, p. 47-49) desenvolve
oito partes simétricas, iniciando com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em
sequência dos oráculos de juízo (Ez 6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25).
Em seguida apresenta os três oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois
exibe os oráculos de juízo contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas
relacionados com a queda de Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez
38:1-39: 39) e os planos para uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária,
Champlin (2001, v. 5, p. 3200), descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes
maneiras: (1) ?O chamado de Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-
24.27); (3) ?Profecias contra poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do
futuro e a restauração final? (Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara
- Mestre e doutorando em teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo
o livro com base nas datas e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a
última no capítulo 40:1. Nessa estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das
expressões: ?tive visões? ou a ?mão do SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim
a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1; 24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática
estrutural das datas e visões do livro, se confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (2005, p. 417), afirma que
a ?profecia possui uma estrutura clara, que toda ela está escrita em forma autobiográfica, que exibe uma
significativa continuidade linguística, que emprega em cada seção várias expressões típicas, e que
demonstra uma teologia coerente.?
Para descrever a forma do gênero literário do livro, Davidson. F. (1997, p. 1462) declara: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas, ele reitera seu tema que versa
sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.? Outro ponto em destaque dentro da
estrutura do livro é que, ?a maior parte de seus escritos é prosa profética e autobiográfica em grande
medida, e dos 33 dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
maneira, também existe a palavra ????????? (w?r??? - perverso) que aparece duas vezes na micro
perícope. Portanto, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar), ????????
(saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão interligadas dentro do trecho, e delimitadas pelos
sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá) (FRANCISCO, 2008, p.176), como é apresentado a
seguir em Ezequiel 21:6-10 na Bíblia Hebraica:
1)Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2) Filho do homem, volve o rosto contra Jerusalém,
derrama as tuas palavras contra os santuários e profetiza contra a terra de Israel. 3) Dize à terra de Israel
: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra 1984, p. 47-49) desenvolve oito partes simétricas, iniciando
com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em sequência dos oráculos de juízo (Ez
6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25). Em seguida apresenta os três
oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois exibe os oráculos de juízo
contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas relacionados com a queda de
Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez 38:1-39: 39) e os planos para
uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária, Champlin (2001, v. 5, p. 3200),
descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes maneiras: (1) ?O chamado de
Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-24.27); (3) ?Profecias contra
poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do futuro e a restauração final?
(Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara - Mestre e doutorando em
teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo o livro com base nas datas
e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a última no capítulo 40:1. Nessa
estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das expressões: ?tive visões? ou a ?mão do
SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1;
24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática estrutural das datas e visões do livro, se
confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (200rence 102 of 110."
?addîq - justo), que é um adjetivo masculino singular, e que aparece 206 vezes no Antigo Testamento
(Brown, 1907, p. 843). A expressão determina uma ideia ampla no mesmo sentido ao longo da Bíblia, e
que, aponta legalmente para ?uma pessoa cuja conduta é examinada e considerada inabalável, não
culpada, inocente, com o direito? (Gn 6:9; Êx 9:27; 1Sam 24:14; 2 Sam 23:3-5; 1Rs 10:9) (Brown, 1907).
Ligado ao termo ???????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/tzaddik_6662.htm" \o "?ad·d
îq: the righteous -- Occurrence 102 of 110." ?addîq - justo) encontra-se a palavra ????????? (w?r??? -
perverso), que também está na ordem de ?eliminação? do SENHOR. Vale dizer que, os perversos são a
causa da execução de destruição da palavra que veio a Ezequiel. Habacuque especifica quem são os
perversos, ?eles cercam os justos, a justiça é torcida?, ele continua dizendo sobre os procedimentos
?pérfidos dos perversos que devoram aquele que é mais justo do que eles? (Hb 14 e 13). ??????? (r???)
sendo um adjetivo com 263 aparição na (BHS), ????????? (w?r??? - perverso) aparece com a partícula
?? (waw), conjuntiva, adjetivo do masculino singular absoluto (Brown, 1907, p. 957). Segundo o contexto
bíblico, essa expressão predomina da seguinte forma: ?pera e autobiográfica em grande medida, e dos 33
dos 48 capítulos não contêm poesia? (ANDREWS, 2015, p. 1034).
Ainda dentro do gênero literária do livro de Ezequiel, Lasor, (1999, p. 390), caracteriza as ações
simbólicas das profecias sistematizando os temas pelos números de alusões ?alegóricas? e ?dramas?,
analisando cada capítulo em suas ocorrências do contexto literário linguístico do livro. Demostrando todos
os textos com suas variantes metafóricas.
O testemunho do cânon inspirado revela que o sofrimento não é a causa maior do discurso da teologia,
mas como Deus reage quanto ao sofrimento. Veja essa afirmação:
O cânon afirma o testemunho que essa passagem dá sobre a atuação de Deus no sofrimento. Não existe
nenhuma necessidade de tentar diminuir a dor por meio de conversa descontraída, e o cânon nunca o faz.
Pelo contrário, José, Moisés, Elias e outros demonstram sua fé dentro do contexto de sofrimento, não fora
dele. Aprendem que Deus tem um papel redentivo maior para o sofrimento (Gn 50:20; Jr 12:14-17), que
Deus sofre com o pecado (Gn 6:6) e que os ímpios serão eliminados. O que, contudo, não pode mudar é a
agonia do momento, pois é essa agonia que torna redentivo o sofrimento. E na agonia do momento
Yahweh está presente para trazer livramento, quer nesta vida ou naquela que Isaías 66:18- 24 vislumbra
(HOUSE, 2005, p. 397).
Então, diante do contexto de Ezequiel 21:3-4, Ellisen (1993) dá ênfase teológica na perspectiva da vida de
Jó em três propósitos com relação ao sofrimento: Primeiro, ?o sofrimento é um privilégio que Deus dá ao
seu povo para ajudá-Lo a cumprir algum grande propósito, tal como refutar Satanás? (Ellisen, 1993, p
.157), ideia descrita em Jó1:8-12. Segundo, em Jó 13:15 ?o sofrimento é um apelo para confiar quando
não entendemos, porque saber o propósito poderia destruir o efeito? (Ellisen, 1993, p.157). E por último,
no capítulo de Jó 42:3-7 ?o sofrimento pode ser um meio de Deus trazer alguém a um ponto em que já
não sabe o que fazer, e está de tal maneira indefeso que somente Deus poderá tornar-se seu defensor?
(Ellisen, 1993, p.157). Todos são testemunhas de Deus nesse propósito missional.
Vale destacar que, o sofrimento do justo e do perverso, embora na mesma circunstância adversa, tem
uma diferença na perspectiva teológica, House (2005) ressalta:
Finalmente é importante estabelecer a distinção entre sofrimento e castigo. Abel e Jó sofrem, mas sua dor
não é resultado do pecado, e o mesmo é válido para José e Jeremias. Para os fiéis, o sofrimento é a favor
de outros e, por esse motivo, é redentivo. O castigo pode ter um impacto punitivo ou purificador,
dependendo da reação de quem o recebe. O povo dos dias de Ezequiel e Jeremias não fizeram nenhuma
dessas distinções. Pelo contrário, queixaram-se de qualquer tipo de catástrofe como se fossem justos.
Rejeitaram um cuidadoso auto-exame (HOUSE, 2005, p. 432).
CONCLUSÃO
Em virtude da temática deste trabalho, verificou-se que o sofrimento é uma realidade existente entre o
justo e o ímpio. Mesmo que existam ideias equivocadas que influenciam no mundo filosófico e religiões
não cristãs, afirmando uma negatividade da verdadeira natureza do sofrimento, comprovou-se que Deus
conhece o sofrimento humano e está visualizando cada aspecto da vida humana na missão. Por
conseguinte, a teologia cristã associa uma parte desse sofrimento estando ligado ao pecado, ?sendo o
sofrimento real por que o homem vive em rebelião contra Deus? (TAYLOR1, 1984, p.767).
Portanto, as perguntas em relação a Deus e a essência do sofrimento não tem resposta, mas a Bíblia
deixa bem claro como será o fim do mal e do sofrimento. O texto de Ezequiel 18:20, 27 e 32 confirma que,
Deus não punirá o justo pelos pecados dos perversos, antes, Ele espera que o perverso se converta dos
seus maus caminhos. Assim, diante do texto de Ezequiel 21:1-7, a perícope estudada apresenta que o
termo ?eliminar? não especificou o juízo futuro, mas imediato. Entretanto, dentro da estrutura do livro de
Ezequiel, Davidson. F. (1997, p. 1462), descrevendo a forma do gênero literário do livro, diz: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas ele (Ezequiel) reitera seu tema
que versa sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.?
Por conseguinte, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar),
???????? (saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão ligadas enfaticamente dentro da micro
perícope, delimitadas pelos sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá). Em vista disso, a análise da
principal palavra da micro perícope revelou a importância do tema proposto. Assim, no contexto de
Ezequiel 21:3-4, a ????????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/charbi_2719.htm" \o "?ar
·bî: my sword -- Occurrence 5 of 11." ?arbî - espada) de ??????? (yahweh - SENHOR) para eliminação, é
uma metáfora aplicada ao rei de babilônia (Ez 21:19-21; Jr 24:10; 25: 9 e 29), e essa afirmação é
confirmada pela descrição Bíblica e por vários teólogos.
Então, o esclarecimento teológico da temática do sofrimento, a Bíblia ressalta vários personagens que
enfrentaram grandes desafios como; oposição, escravidão, perseguição, calúnias e mortes no contexto da
missão como testemunhas. Contudo, para entender o contexto de Ezequiel 21, a abordagem se
desenvolveu a partir do sofrimento por parte dos patriarcas de Deus, e que Deus usou como uma forma
dinâmica de revelar também misericórdia. Por essa razão, os aspectos teológicos do sofrimento dos
patriarcas evidenciam que, em quaisquer circunstâncias Deus era exaltado acima de todas as coisas.
Os aspectos teológicos do sofrimento dos profetas tinham uma nova percepção, pois o mesmo
apresentava as mensagens de Deus, e que na maioria das vezes eram rejeitadas. Por fim, a ênfase
temática de Ezequiel 21:1-7, dentro da ênfase do sofrimento, apresentou que o ?eliminar?, ou sofrimento
permitido por Deus mesmo em meio ao sofrimento ou morte, revelaram o verdadeiro testemunho dos fiéis
através da missão diante de Deus e dos ?perversos?. Contudo, ninguém está livre do sofrimento, mas as
promessas de Deus são irrevogáveis quanto ao fim do sofrimento descrita no livro de Apocalipse (21:3-4).
Considerações Finais
ANDREW, H. E.; WALTO, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2007.
BÍBLIA de Estudos Andrews. Tradução de Cecília Eller Nascimento. 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora
Brasileira, 2015.
Brown, Francis. The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon. Oxford: Clarendon Press, 1907.
comentário bíblico beacon. Isaias a Daniel. v. 4. 40 ed. Rio de janeiro: CPAD, 2012.
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.
COOKE, G. A. A critical and exegetical commentary on the book of Ezekiel. Series title in part at head,
Edinburgh: T. & T. Clark. 1936.
COOPER, L. E. Vol. 17: Commentary de Ezekiel. Logos Library System; The New American Commentary.
Nashville: Broadman Holman Publishers, 2001.
DILLARD, R. B.; LONGMAN, T. Introdução ao antigo Testamento. Tradução de Sueli da Silva Saraiva. 1.
ed. São Paulo: Vida Nova, 2006.
ELLISEN, S. A. Conheça Melhor o Antigo Testamento. 2o ed. São Paulo: Vida, 1993
FLEMING, D. C. Concise Bible commentary. Also published under title: The AMG concise Bible
commentary. Chattanooga, Tenn.: AMG Publishers, 1994.
FRANCISCO, E. de F. Manual da Bíblia hebraica: introdução ao texto massorético: guia introdutório para a
Bíblia Hebraica Stuttgartensia-3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2008.
FREDENBURG, B. E. The College Press NIV commentary. Joplin, Mo.: College Press Pub. Co, 2002.
GUSSO, A. R. Gramática instrumental do hebraico. 2 ed rev. São Paulo: Vida Nova, 2008.
HOUSE, P. R., Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2005.
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ALUSÃO MISSIOLÓGICA DE JUÍZO: UM ESTUDO CONTEXTUAL DE EZEQUIEL 21:1-7 E UMA
ANÁLISE DO TERMO ??????? (KARAT)
Introdução
Muitas pessoas questionam o caráter e o amor de Deus. Alguns perguntam: Se Deus existe, porque há
tanta injustiça? Será que Ele vê o sofrimento das pessoas? Porém, com essas e outras questões, acabam
criando implicações do caráter de Deus em relação ao sofrimento humano, e que, ao longo do tempo tem
levado pessoas a obterem compreensão equivocada da justiça é do juízo divino em Sua própria missão.
Contudo, ?toda a teologia reconhece que as pessoas passam por experiências adversas do sofrimento
que podem causar angústia física, mental ou espiritual? (TAYLOR1, 1984).
A Bíblia oferece exemplos quanto a existência da injustiça humana, ao que temos o salmista Davi, que ao
contextualizar a ?corrupção? humana, foi claro em sua abordagem conclusiva quando disse: ?O Senhor
olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse
a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer
um.? (Sl 14: 2-3).
Entretanto, a Bíblia também apresenta a ação imediata de Deus em preservar a vida do justo. Um exemplo
disso, é o relato de Gênesis do momento que Abraão perguntou a Deus: ?destruirás o justo com ímpio??
Disse Deus: ?se houver 10 justos em Sodoma, não a destruirei por amor dos 10? (Gn 18: 23 e 32), e Ele
cumpriu a promessa ao livrar Ló e sua família da destruição tirando-os da cidade (Gn 19: 12-28). Nesse
caso Abraão desenvolve o aspecto da missão da interseção em favor da família de Ló. Contudo, o livro de
Ezequiel apresenta o seguinte texto: ?Eis que estou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e
exterminarei do meio de ti o justo e o perverso. E, por isso que hei de exterminar do meio de ti o justo e o
perverso, a minha espada sairá da bainha contra toda a carne, desde o Sul até o Norte? (Ez 21: 3-4).
Dentro desse contexto surgem os seguintes questionamentos: Deus eliminou o justo com o perverso?
Como entender de forma contextual o ?eliminar do justo? com o perverso conectado a missão divina
através do profeta Ezequiel e seu povo?
Diante das implicações textuais, este artigo propõe-se a esclarecer questionamentos das quais foram
realizados: uma busca histórica, um estudo contextual da estrutura do livro, também um estudo da unidade
do capítulo 21:1-32, e uma análise exegética da principal palavra da perícope o verbo hebraico ???????
(karat - eliminar) e suas ligações com os termos ???????? (saddîq - justo) e ?????????? (w?r??? -
perverso). Também foi feito uma análise teológica do sofrimento e missiológico do juízo apresentado no
capítulo 21. Portanto, foi utilizado o método histórico-gramatical, sendo essa uma das normas propostas
para uso em estudos exegéticos. A proposta de análise está dentro da unidade contextual de Ezequiel 21,
sendo que, o conceito e a centralidade do trabalho se delimitam na perícope de Ezequiel 21:6-10 da Bíblia
Hebraica Sttugartensia (BHS).
2 CONTEXTO DO LIVRO
2.1 Autoria e data
Segundo o Comentário Bíblico Adventista (2013, v. 4 p. 619), não houve sérios questionamentos com
relação às evidências autorais do livro de Ezequiel até meados do século 20, visto que, conservadores
tradicionais e representantes da Alta Crítica confirmam o autor do livro como sendo o próprio Ezequiel.
Porém, embora seja um profeta do Antigo Testamento (AT), não se sabe nada sobre as circunstâncias em
que Ezequiel viveu, ou de sua vida pessoal, muito além do que ele mesmo escreveu. Além disso, Ezequiel
não é mencionado em nenhum outro livro do AT, portanto, embora tenha algumas alusões no apocalipse
por suas simbologias similares, em hipótese alguma seus escritos são citados diretamente no Novo
Testamento (NT), com a pequena exceção de 2 Coríntios 6:17, e segundo o comentarista, ?fora da Bíblia
é citado apenas por Josefo e Jesus Bem Siraque.?
De acordo com Dillard e Longman (2006), a autenticidade da datação do livro, amplia o percurso das datas
em todo o ministério do ofício profético de Ezequiel no período do cativeiro judaico. Sendo assim, o
período em destaque se deu quando Ezequiel foi levado cativo para Babilônia em 597 a. C., e, no quinto
ano do exílio, em 21 de julho de 592 a.C., aos 30 anos de idade, quando foi chamado para o ofício
profético. Seu ministério durou cerca de 30 a 32 anos. ?A última profecia de Ezequiel foi relatada em 570 a
.C.? (BÍBLIA DE ESTUDO ANDREWS, 2015, p. 1033).
de estudo propostas na formulação para uma exegese, e assim, compreender o texto em questão.
Em relação ao livro de Ezequiel e o texto em questão só haverá compreensão se for analisado dentro do
contexto histórico e, de acordo com o Comentário Bíblico Adventista (2013, v. 4, p. 620), o capítulo de
Ezequiel 1:2 desenvolve esse início a partir do seu ministério entre os anos 593/592 a.C., por volta do
quinto ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá. Nesse ínterim, não existia mais o Reino do Norte, e o
reino de Judá (Reino do Sul), também estava declinando rapidamente para um fim. O rei Nabucodonosor
iniciou seu cativeiro contra Judá em 605 a.C., período do reinado de Jeoaquim. Na segunda invasão
babilônica que ocorreu no ano 597 a.C., o sucessor do rei Jeoaquim, nesse caso, o rei Joaquim que
estava há apenas três meses no poder, foi levado cativo para Babilônia, e com ele, muitos do povo
israelita também foram feitos cativos, inclusive Ezequiel (Ez 1:1, 2; 33:21). Outro comentarista, Andrew e
Walto (2007) faz alusão ao clímax ministerial de Ezequiel da seguinte maneira: ?O ministério de Ezequiel
foi apenas resultado dos programas políticos e religiosos implementados anteriormente por Manassés, rei
de Judá? (ANDREW; WALTO, 2007, p. 489).
Outra característica ministerial de Ezequiel descrito por Vos (2010), foi a relação de sua função como
?profeta retórico?, pelo fato das descrições escatológicas. Segundo Vos, isso o impressionava diante do
seu público que o levavam a uma atividade constante de mensagens exortativas, mesmo que suas
palavras ecoassem suavemente como canção de toque instrumental.
A condição Espiritual da nação Israelita dependia do seu relacionamento com Deus descrita de forma
exortativa em toda Torah. Pois, em Sua onisciência, Deus revelou a futura rebeldia de Israel que foi
concretizada em uma das fases de apostasia nos dias de Ezequiel (Dt 31:16-21). Para essa declaração
concisa, em todo o período da vida de Ezequiel, Dillard e Longman, afirmam:
O profeta Ezequiel, era ainda menino durante o período de incessante declínio do poder da Assíria e, em
sua juventude, certamente esperou que a decadência assíria pudesse significar a libertação de Judá da
dominação estrangeira. Ele deve ter acompanhado o sinistro fortalecimento da Babilônia e do Egito após
terem se libertado do jugo da Assíria. Quando era apenas um adolescente, ficou sabendo da notícia da
morte de Josias em Megido, enquanto o rei procurava impedir o avanço do faraó Neco (609 a.C., 2Rs
23.29; 2Cr 35.20-25). Ezequiel provavelmente ouviu a pregação de Jeremias e pode ter conhecido os
ministérios de Habacuque e Sofonias. Ele testemunhou o período de instabilidade e indecisão política que
se seguiu a morte de Josias, quando o destino de Judá se alterou com sua submissão ao Egito e, depois,
a Babilônia (DILLARD, Raymond B.; LONGMAN, Tremper, 2006, p. 299).
Em períodos de declínios religiosos de alguns reis ao longo da dinastia, a nação se achava sem rei, sem
país, e por consequência disso, sem templo para adoração. Dentro dessas condições, Ezequiel buscava
auxiliar seus anciãos em sua própria casa, portanto, entre os pontos importantes nessas assistências,
encontra-se a preocupação de Ezequiel na exortação do povo dizendo: ?casa rebelde?, e isso os levava a
refletirem nas condições em que se encontravam. ?Dentro da perspectiva de advertência, Ezequiel fazia
sua avaliação no âmbito religioso, político e social? (ELLISEN, 1993, p. 249-250). Ao fazer uma sinopse
dessa decadência, Lasor (1999, p. 394) descreve: ?A podridão de Israel remonta à época de sua redenção
do Egito o povo reagia regularmente com truculência para com a graça divina? (Ez 20:5-31). Isso podia
comprometer a missão de Deus em revelar sua graça aos pagãos que mantinham contato com os
Israelitas.
3 CONTEXTO ESTRUTURAL
(Ez 22:1-16); (8) ?Veio a mim a palavra do SENHOR? ?dizendo que a casa de Israel se tornou para mim
em escória? (Ez 22:17-22); (9) ?Veio a mim a palavra do SENHOR? ?dizendo: tu és terra que não é
purificada e que não tem chuva no dia da indignação? (Ez 22:23-31); e, (10) ?Veio a mim a palavra do
SENHOR,? contra as duas meretrizes (Ez 23:1-49). Essa estrutura se confirma pelo Comentário Bíblico
Adventista (2013, v. 4, p. 622-623).
Dentro dessa seção tem a unidade do capítulo 21, que está o texto em questão, essa estrutura abrange os
versos de Ezequiel 21:1-32 na Bíblia Almeida Revista e Atualizada. Os assuntos apresentados são várias
descrições de juízos ameaçadores que liga aos aspectos da missão de Deus nesse contexto de juízo.
Contudo, ?Há uma mudança brusca entre os versículos 44 e 45, porque o versículo 45 inicia um novo
assunto. A Bíblia hebraica (BHS) começa o capítulo 21 com o texto de Ezequiel 20:45 das versões em
português? (BEACON, 2012, v. 4, p. 460), correspondendo 37 versículos. Isso explica por causa das
divisões textuais dos sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá), e as expressões ?veio a mim a
palavra do SENHOR? e, ?portanto, assim diz o SENHOR? como segue:
??????? ???????????? (wayhî debar yahweh-veio a mim a palavra do SENHOR)
??????? ???????????? (wayhî debar yahweh-veio a mim a palavra do SENHOR)
??????? ???????????? (wayhî debar yahweh-veio a mim a palavra do SENHOR)
??????? ???????????? (wayhî debar yahweh-veio a mim a palavra do SENHOR)
????? ??????????? ??????? ?????? (laken koh amar adonay yahweh-portanto, assim diz o SENHOR
Deus)
???????? ?????? ????????? ???????? (weattah bem adam hinnabe weamarta-tu filho do homem
profetiza e dize
(BÍBLIA HEBRAICA STUTTGARTENSIA, 1997, p. 930-931)
Segundo Cooper, L. E. (2001, p. 209), que faz a sistematização do capítulo 21, seguindo a
temática da Bíblia Almeida Revista e Atualizada do capítulo 21 seguindo essa ordem: (1) ?a espada do
SENHOR é tirada contra Judá e Jerusalém e não voltará até completo o julgamento? (Ez 21:1-7); (2) ?É
apresentada a destruição pela espada em quatro fases? (Ez 21:8-17); e, (3) ?O rei de Babilônia consulta
métodos de adivinhação e escolhe atacar Jerusalém? (Ez 21:18-27).
Entretanto, outros teólogos segue a temática da (BHS) confirmando que, nessa sequência, todos os
oráculos proféticos de Ezequiel 21 são organizados ao redor do tema da ?espada?, sendo que, as quatro
seções do Judá da dominação estrangeira. Ele deve ter acompanhado o sinistro fortalecimento da
Babilônia e do Egito após terem se libertado do jugo da Assíria. Quando era apenas um adolescente, ficou
sabendo da notícia da morte de Josias em Megido, enquanto o rei procurava impedir o avanço do faraó
Neco (609 a.C., 2Rs 23.29; 2Cr 35.20-25). Ezequiel provavelmente ouviu a pregação de Jeremias e pode
ter conhe21:1-7, concordando com Lind (1996, p. 178) e Fredenburg (2002, p. 192). Contudo, ambos
descrevem a ênfase do juízo imediato de Deus contra o justo e o perverso, sendo que, o texto foi divido
por eles em duas partes. Na primeira parte, Lind contextualiza o texto 21:2-5 com a oração de Ezequiel
feita contra o Santuário de Jerusalém, ?palavras que veio do SENHOR?, ?Volve o rosto contra Jerusalém
?. Na segunda parte, fala da profecia contra a terra de Israel e a reação psicológica do profeta, ou seja, o
peso dos sentimentos internos do profeta (21:6-7). Contudo, na micro perícope está centralizada a
?espada do SENHOR?, o instrumento de eliminação do justo e o perverso (Ez 21:3-4).
Na análise do trecho, contém em hebraico palavras-chave para o esclarecimento contextual da unidade do
bloco do juízo de Deus contra Israel. Uma das palavras é a expressão ???????? (harbî - espada) que
aparece em todo o capítulo 21. Essa é uma expressão figurada que aparece 3 vezes nesta micro perícope
de Ezequiel 21:1-7, representando a invasão da Babilônica contra o ?Sul? e o ?Norte? onde está o
território de Judá e Jerusalém, é confirmado por JAMIESON; FAUSSET; BROWN. (2003, p. 779) e
HUGHES; LANEY (2001, p. 302).
Outra palavra importante em destaque é a expressão ??????? (karat - eliminar) que aparece duas vezes,
e que está ligado a palavra ???????? (saddîq - Justo) que também aparece duas vezes. Da mesma
maneira, também existe a palavra ????????? (w?r??? - perverso) que aparece duas vezes na micro
perícope. Portanto, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar), ????????
(saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão interligadas dentro do trecho, e delimitadas pelos
sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá) (FRANCISCO, 2008, p.176), como é apresentado a
seguir em Ezequiel 21:6-10 na Bíblia Hebraica:
1)Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2) Filho do homem, volve o rosto contra Jerusalém,
derrama as tuas palavras contra os santuários e profetiza contra a terra de Israel. 3) Dize à terra de Israel
: Assim diz o SENHOR: Eis que sou contra 1984, p. 47-49) desenvolve oito partes simétricas, iniciando
com a visão, a comissão, e a mensagem de Ezequiel 1:1-5:17. Em sequência dos oráculos de juízo (Ez
6:1-7:27), ele ressalta a visão do castigo de Jerusalém (Ez 8:1-11:25). Em seguida apresenta os três
oráculos acerca dos pecados de Israel e Jerusalém (Ez 12:1-24:27), depois exibe os oráculos de juízo
contra outras nações (Ez 25:1-32:32), também mostra os problemas relacionados com a queda de
Jerusalém (Ez 33:1-37:28). Por fim, apresenta a profecia contra Gogue (Ez 38:1-39: 39) e os planos para
uma nova Jerusalém (Ez 40:1-48:35). Também nessa estrutura literária, Champlin (2001, v. 5, p. 3200),
descreve as quatro divisões principais do livro de Ezequiel, das seguintes maneiras: (1) ?O chamado de
Ezequiel? (Ez 1.1-3.27); (2) ?Profecias contra Judá e Jerusalém? (Ez 4.1-24.27); (3) ?Profecias contra
poderes estrangeiros? (Ez 25.1-32.32); e (4) ?Profecias sobre a tribulação do futuro e a restauração final?
(Ez 33.1-48.34). Seguindo ainda nesta temática estrutural, Ezinaldo Ubirajara - Mestre e doutorando em
teologia, e professor do SALT FAAMA - em uma análise pessoal, estrutura todo o livro com base nas datas
e visões do profeta, sendo que, a primeira visão está no capítulo 1:1-2, e a última no capítulo 40:1. Nessa
estrutura literária, as visões e as datas correspondentes vêm das expressões: ?tive visões? ou a ?mão do
SENHOR sobre mim? (Ezequiel 1:1-2; 8:1 e 40:1) e, ?veio a mim a palavra do SENHOR? (Ezequiel 20:1;
24:1; 26:1; 29:1; 30:20; 31:1;32:17; 33:21; 32:1). Essa temática estrutural das datas e visões do livro, se
confirma por (TAYLOR2 1984).
Seguindo essa mesma lógica da estrutural do livro de Ezequiel, House (200rence 102 of 110."
?addîq - justo), que é um adjetivo masculino singular, e que aparece 206 vezes no Antigo Testamento
(Brown, 1907, p. 843). A expressão determina uma ideia ampla no mesmo sentido ao longo da Bíblia, e
que, aponta legalmente para ?uma pessoa cuja conduta é examinada e considerada inabalável, não
culpada, inocente, com o direito? (Gn 6:9; Êx 9:27; 1Sam 24:14; 2 Sam 23:3-5; 1Rs 10:9) (Brown, 1907).
Deus. Porém, em seu argumento quanto ao juízo do justo, ele afirma que seria apenas aos olhos de Deus
, ou seja, o ?eliminar? do justo tinha um propósito específico nos planos de Deus, e que só os perversos
estavam sendo castigados. De outra forma, a ?citação ?cortou? pode recorrer a cativeiro, não morte física
. Contudo, qualquer significado é exato, pois, Ezequiel estava dando ênfase a extensão do julgamento
próximo? (WALVOORD; ZUCK, 1985, p. 1267).
A dinâmica estrutural para essa compreensão está ligada no capítulo 14 de Ezequiel na temática: ?O
castigo dos idólatras?, dos versos 1 a 11 e ?A justiça dos castigos de Deus? dos versos 12 a 23. Embora
que nesse capítulo a expressão, ?Mas alguns restarão nela? (v.22), corrobora com a ideia de Walvoord;
Zuck, com ?cativeiro e não morte física.?
Taylor2 (1984, p. 118-119), descreve que, uma das explicação desse episódio de juízo no capítulo
14, confirmados por outros teólogos, relatam que na frase ?o seu caminho e os seus feitos? revelam ?uma
referência à ?desgraça e aos sofrimentos? dos sobreviventes, que assim se revelariam ser um
testemunho vivo diante dos exilados quanto à severidade do julgamento divino.? Isso pode revelar a
mesma ideia do capítulo 21:3-4 de Ezequiel.
terra de Israel e a reação psicológica do profeta, os, mesmo no sofrimento no contexto missiologico (Ez
33:12).
Então, diante do contexto de Ezequiel 21:3-4, Ellisen (1993) dá ênfase teológica na perspectiva da vida de
Jó em três propósitos com relação ao sofrimento: Primeiro, ?o sofrimento é um privilégio que Deus dá ao
seu povo para ajudá-Lo a cumprir algum grande propósito, tal como refutar Satanás? (Ellisen, 1993, p
.157), ideia descrita em Jó1:8-12. Segundo, em Jó 13:15 ?o sofrimento é um apelo para confiar quando
não entendemos, porque saber o propósito poderia destruir o efeito? (Ellisen, 1993, p.157). E por último,
no capítulo de Jó 42:3-7 ?o sofrimento pode ser um meio de Deus trazer alguém a um ponto em que já
não sabe o que fazer, e está de tal maneira indefeso que somente Deus poderá tornar-se seu defensor?
(Ellisen, 1993, p.157). Todos são testemunhas de Deus nesse propósito missional.
Vale destacar que, o sofrimento do justo e do perverso, embora na mesma circunstância adversa, tem
uma diferença na perspectiva teológica, House (2005) ressalta:
Finalmente é importante estabelecer a distinção entre sofrimento e castigo. Abel e Jó sofrem, mas sua dor
não é resultado do pecado, e o mesmo é válido para José e Jeremias. Para os fiéis, o sofrimento é a favor
de outros e, por esse motivo, é redentivo. O castigo pode ter um impacto punitivo ou purificador,
dependendo da reação de quem o recebe. O povo dos dias de Ezequiel e Jeremias não fizeram nenhuma
dessas distinções. Pelo contrário, queixaram-se de qualquer tipo de catástrofe como se fossem justos.
Rejeitaram um cuidadoso auto-exame (HOUSE, 2005, p. 432).
serão resolvidos de modo triunfante para os santos e destrutivo para os perversos? (Apocalipse 21:1-8).
CONCLUSÃO
Em virtude da temática deste trabalho, verificou-se que o sofrimento é uma realidade existente entre o
justo e o ímpio. Mesmo que existam ideias equivocadas que influenciam no mundo filosófico e religiões
não cristãs, afirmando uma negatividade da verdadeira natureza do sofrimento, comprovou-se que Deus
conhece o sofrimento humano e está visualizando cada aspecto da vida humana na missão. Por
conseguinte, a teologia cristã associa uma parte desse sofrimento estando ligado ao pecado, ?sendo o
sofrimento real por que o homem vive em rebelião contra Deus? (TAYLOR1, 1984, p.767).
Portanto, as perguntas em relação a Deus e a essência do sofrimento não tem resposta, mas a Bíblia
deixa bem claro como será o fim do mal e do sofrimento. O texto de Ezequiel 18:20, 27 e 32 confirma que,
Deus não punirá o justo pelos pecados dos perversos, antes, Ele espera que o perverso se converta dos
seus maus caminhos. Assim, diante do texto de Ezequiel 21:1-7, a perícope estudada apresenta que o
termo ?eliminar? não especificou o juízo futuro, mas imediato. Entretanto, dentro da estrutura do livro de
Ezequiel, Davidson. F. (1997, p. 1462), descrevendo a forma do gênero literário do livro, diz: ?por meio de
ações simbólicas, parábolas oratórias inflamadas e declarações lógicas ele (Ezequiel) reitera seu tema
que versa sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição.?
Por conseguinte, as quatro palavras: ???????? (harbî - espada), ??????? (karat - eliminar),
???????? (saddîq - Justo) e ????????? (w?r??? - perverso), estão ligadas enfaticamente dentro da micro
perícope, delimitadas pelos sinais massoréticos ??? (Petuhá) e ??? (Setumá). Em vista disso, a análise da
principal palavra da micro perícope revelou a importância do tema proposto. Assim, no contexto de
Ezequiel 21:3-4, a ????????? ( HYPERLINK "https://bibliaportugues.com/hebrew/charbi_2719.htm" \o "?ar
·bî: my sword -- Occurrence 5 of 11." ?arbî - espada) de ??????? (yahweh - SENHOR) para eliminação, é
uma metáfora aplicada ao rei de babilônia (Ez 21:19-21; Jr 24:10; 25: 9 e 29), e essa afirmação é
confirmada pela descrição Bíblica e por vários teólogos.
Então, o esclarecimento teológico da temática do sofrimento, a Bíblia ressalta vários personagens que
enfrentaram grandes desafios como; oposição, escravidão, perseguição, calúnias e mortes no contexto da
missão como testemunhas. Contudo, para entender o contexto de Ezequiel 21, a abordagem se
desenvolveu a partir do sofrimento por parte dos patriarcas de Deus, e que Deus usou como uma forma
dinâmica de revelar também misericórdia. Por essa razão, os aspectos teológicos do sofrimento dos
patriarcas evidenciam que, em quaisquer circunstâncias Deus era exaltado acima de todas as coisas.
Os aspectos teológicos do sofrimento dos profetas tinham uma nova percepção, pois o mesmo
apresentava as mensagens de Deus, e que na maioria das vezes eram rejeitadas. Por fim, a ênfase
temática de Ezequiel 21:1-7, dentro da ênfase do sofrimento, apresentou que o ?eliminar?, ou sofrimento
permitido por Deus mesmo em meio ao sofrimento ou morte, revelaram o verdadeiro testemunho dos fiéis
através da missão diante de Deus e dos ?perversos?. Contudo, ninguém está livre do sofrimento, mas as
promessas de Deus são irrevogáveis quanto ao fim do sofrimento descrita no livro de Apocalipse (21:3-4).
Considerações Finais
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