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Introdução........................................................................................................................2
Conceito e delimitação......................................................................................................3
Conclusão........................................................................................................................11
Referências bibliográficas.............................................................................................12
Introdução
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Administração Escolar ou Educacional
Conceito e delimitação
Vimos que a Administração tem por finalidades conseguir alguma coisa feita com
economia de tempo etc. Em A.E., o objectivo é educar as crianças, os jovens e até
mesmo os adultos. É tarefa diferente de qualquer outra, muito mais complexa, pois
envolve elementos humanos e materiais, sem comparação possível com os da indústria.
A A.E. é um meio para alcançar o fim e não um fim em si. Não devemos exagerar a
importância da técnica, atitude muitas vezes contraproducente, justamente porque o
entusiasmo em seu emprego pode levar um novato a considerá-la como principal. Ela
deve favorecer a obtenção de melhores resultados, sem exigir esforços demasiados. É a
parte mais importante da administração pública, serviço a que chamaríamos “básico”,
porque da educação do povo advêm todas as melhorias sociais e económicas. Ela
envolve não só crianças, pais, mestres e funcionários, mas toda a colectividade e até os
próprios interesses nacionais.
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Para conceituá-la e delimitar seu campo de acção, usaremos o conceito aprovado
pelo 1º Simpósio de A.E., realizado em São Paulo, na Faculdade (Fa) de Filosofia
(Fi) da Universidade de São Paulo (U.S.P.), em Fevereiro de 1961:
Ayres Bello diz que “A.E. é um ramo da Ciência Administrativa, tendo como objecto
próprio o estudo dos métodos e processos mais eficientes e práticos de se organizar e
administrar um sistema escolar ou uma escola, em ordem aos ideais e objectivos visados
pelo trabalho educativo”.
Vimos que a A.E. “supõe” uma Filosofia e sabemos que a Pedagogia é considerada a
aplicação prática de seus princípios.
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Assim vemos, na história dos povos, variar a educação de acordo com a filosofia que aí
predomina. A Sociologia e outras ciências educacionais, com a Filosofia, determinam o
objectivo. Esse deve traduzir o ideal do povo e cabe à A.E. a tarefa de realizá-lo.
Marcel Demongeot (Le meilleur Regime Plítique Selon Saint Thomas) confirma que os
regimes políticos variam de acordo com o ideal que os inspira. A influência política se
faz sentir na elaboração das leis. Por exemplo: a abertura de novas escolas é
determinada por Lei, cabendo ao Poder Executivo a parte administrativa.
A A.E. sofre a influência de outras ciências relacionadas com a educação, tais como
Psicologia, Pedagogia, História da Educação.
Como em qualquer outra Administração, seus objectivos devem ser bem definidos e
alcançados em sua essência, embora um ou outro pormenor de menor importância possa
escapar.
Dewey escreveu que “a educação não é tanto a preparação para a vida senão a própria
vida; na escola a criança deve viver e não estudar a vida”. Para isso, precisamos deixar
de lado a instrução verbalística, livresca, que exige decoração e conserva o aluno como
uma estátua na carteira, sem liberdade para falar ou perguntar o que interessa. Hoje,
fala-se mais em educar em vez de instruir somente. Tem-se por objectivo formar a
personalidade, dando ao aluno o domínio de si mesmo, hábitos sadios, consciência de
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seus deveres e direitos, integrando-o no meio social em que irá viver; enfim, formar-lhe
o carácter.
No Simpósio de A.E., anteriormente citado, sugeriu-se uma nova orientação quanto aos
elementos da A.E., que deve ser adoptada entre nós: 1º Planejamento; 2º Organização;
3º Assistência à execução; 4º A avaliação dos resultados; 5º Relatório. Uma rápida
referência a cada um, já que no decorrer do programa trataremos detalhadamente deles,
com todos os assuntos devidamente especificados, dentro dessa divisão:
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estudados em todos seus aspectos, modificados se necessário, até se encontrar o plano
definitivo. É uma fase demorada, mas não podemos tomar decisões apressadas ou
improvisar em matéria de tal relevância.
Deve executar o comando no sentido de ordenar e ser obedecido. Suas ordens devem ser
claras, justas, exequíveis e legais.
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4º Avaliação de resultados – A A.E. precisa conhecer se o plano está ou não dando
resultado e essa avaliação não se mede em dinheiro, como nas empresas comerciais,
mas por medidas quantitativas e qualitativas. As mediadas quantitativas referem-se aos
dados de matrícula, frequência, tempo gasto, aproveitamento escolar, despesas feitas.
As qualitativas são avaliadas pela apreciação do grau de maior ou menor prestígio de
que goza a escola, pela integração da mesma no meio social, se satisfaz ou não as suas
necessidades, como é geralmente aceite o seu objectivo, como se executam as suas
tarefas. No aproveitamento escolar, começa-se a adoptar a avaliação por “conceitos”,
também medidas qualitativas.
Embora matéria de Direito, precisamos conhecer um pouco a hierarquia das Leis, pois
muitas vezes surgem casos que a A.E. precisa resolver e nem todas as leis têm a mesma
autoridade.
A Lei fundamental de uma Nação é a Constituição. Ela define sua organização política,
estabelece os direitos do homem e do cidadão, determina o que é da competência do
Estado. Quando há competências para o Estado e havendo Municípios legislando sobre
o mesmo assunto, a lei que prevalece é a do Estado. Esta prevalece sobre a municipal,
de tal modo que, Municípios, em suas leis, não podem inserir dispositivos que
contrariem uma lei do Estado. Só quando o assunto é de competência exclusiva dos
Municípios, podem legislar livremente. Em matéria do ensino por exemplo, a Lei do
Sistema Nacional de Educação (S.N.E) no caso de Moçambique, estando esta, coberta
pela Constituição, deve ser observada por todos os Municípios. Portanto, os Municípios
não devem desprezar a Lei Fundamental, sob pena de inconstitucionalidade.
Segundo Filho (2007) afirma que ao considerar uma escola, como situação “de facto”,
ou já enquadrada numa organização “formal”, nela encontramos elementos de quatro
ordens, as quais, grosso modo, que distinguem os níveis essenciais da acção
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administrativa. São eles: alunos, mestres, directores de escola, chefes de órgãos de
instrumentação e gestão de maior alcance, que planeiem, orientem e controlem maiores
conjuntos de serviços, ou sistemas.
Nesse processo, afirma-se que os alunos ocupam o grau inferior, com subgraduações
referentes a estágios de desenvolvimento e ajustamento. Seu papel é aprender, ou de
participarem de situações em que possam adquirir formas úteis de comportamento e
discernimento, guiados pelos mestres. Os mestres assim realmente entendem seus
deveres, organizando e administrando o trabalho dos discípulos, ainda que não possam
ignorar que entre eles existam alguns, ou vários, com certa ascendência natural entre
seus colegas.
Segundo Filho (2007) quaisquer que sejam, as situações concretas exigirão duas
actividades fundamentais da parte do administrador, cada qual em seu âmbito próprio:
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convenham, segundo as idades e outras condições. Revendo-as, em sua sucessão, é
assim levado o administrador a situá-las num plano ou programa.
Na opinião do autor, “Para que, onde, quando, com quem e com que” serão pontos de
referência básicos, porque qualificam a própria situação do administrador, sua esfera de
responsabilidade e nível de autoridade. Esses pontos constituem elementos
metodológicos, em todos os níveis da acção administrativa, para o conveniente
relacionamento dela com os da acção operativa, propriamente dita.
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Conclusão
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Referências bibliográficas
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