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Índice

1. Introdução...............................................................................................................................2

1.2. Objectivos.............................................................................................................................3

1.2.1. Objectivo geral..................................................................................................................3

1.2.1.1. Objectivos específicos...................................................................................................3

1.3. Metodologia de estudo..........................................................................................................4

1.3.1. Pesquisa bibliográfica.......................................................................................................4

2. Guerra Fria...............................................................................................................................5

2.1. Conceito de Guerra Fria........................................................................................................5

2.2. Causas da Guerra Fria...........................................................................................................5

2.3. Características da Guerra Fria..............................................................................................9

2.4. Participação da Alemanha na Guerra Fria..........................................................................10

2.5. Conflitos da Guerra Fria.....................................................................................................12

2.6. Fim da Guerra Fria..............................................................................................................15

2.7. Consequências da Guerra Fria............................................................................................16

3. Conclusão...............................................................................................................................18

4. Referencias Bibliográficas.....................................................................................................19
1. Introdução

O presente trabalho, aborda sobre a Guerra Fria, pretende-se abordar do conceito da guerra fria,
as causas da guerra fria, características da guerra fria, participação da Alemanha na guerra fria,
conflitos da guerra fria, o fim da guerra fria e bem como as consequências da guerra fria.

A Guerra Fria foi o conflito político-ideológico responsável pela polarização do mundo na


segunda metade do século XX. EUA e URSS foram os protagonistas desse conflito.

A Guerra Fria foi um conflito político-ideológico que foi travado entre Estados Unidos (EUA) e
União Soviética (URSS), entre 1947 e 1991. O conflito travado entre esses dois países foi
responsável por polarizar o mundo em dois grandes blocos, um alinhado ao capitalismo e outro
alinhado ao comunismo.

Ao longo da segunda metade do século XX, a polarização mundial resultou em uma série de


conflitos de pequena e média escala em diferentes locais do mundo. Esses conflitos contavam,
muitas vezes, com o envolvimento indireto de EUA e URSS, a partir do financiamento, da
disponibilização de armas e do treinamento militar.

Contudo, nunca houve um confronto aberto entre americanos e soviéticos, sobretudo pela
possibilidade de destruição do planeta em larga escala caso houvesse um conflito entre os dois.
Apesar dos discursos afiados e da intensa atuação estratégica para manter sua zona de influência,
americanos e soviéticos foram cautelosos ao extremo e evitaram um conflito contra o outro

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1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral


Fazer uma analise do desenrolar da Guerra Fria

1.2.1.1. Objectivos específicos


 Conceituar a guerra fria;

 Descrever as causas da guerra fria;

 Descrever as características da guerra fria;

 Descrever a participação da Alemanha na guerra fria;

 Descrever os conflitos da guerra fria;

 Descrever o fim da guerra fria;

 Descrever as consequências da guerra fria.

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1.3. Metodologia de estudo

1.3.1. Pesquisa bibliográfica


Segundo (LAKATOS 1991:98) abrange toda literatura já tornada publica em relação ao tema em
estudo.

A pesquisa bibliográfica consistira basicamente na recolha de informações sobre o tema


pesquisado. Estas informações foram adquiridas em artigos científicos, livros e publicações da
internet.

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2. Guerra Fria
2.1. Conceito de Guerra Fria

Guerra fria, refere-se ao confronto político, militar, económico e ideológico entre os EUA e a
URSS, envolvendo os seus respectivos aliados. ( AQUINO, 1978, p. 344)
Segundo Freitas (s/d, p. 138), deu-se o nome de Guerra Fria a forte tensão existente a seguir à 2ª
Guerra opuseram-se os dois principais vencedores da Alemanha Nazi os (EUA e a URSS);
acompanhada de um poderoso reforço de armamento de ambos países, de crises locais, de
rivalidade diplomáticas e de uma confrontação incessante das propagandas, sem terem travado
uma luta armada directa entre os dois Estados.
Apoiando-se nas definições acima, a Guerra Fria foi um confronto político-ideológico entre a
URSS - Socialista e a EUA – Capitalista, entre 1947 até 1990, com a adopção da Carta de Paris
para uma nova Europa, pelos 34 estados da CSCE consolidada e consagrada em 1991, com a
extinção da URSS.

Desanuviamento, refere-se a situação de abrandamento até a extinção das tensões entre os


estados desavindos (EUA e a URSS). FREITAS (s/d: 94)

2.2. Causas da Guerra Fria


Ao término da Segunda Grande Guerra ou Guerra Mundial, os EUA eram o país mais rico do
mundo, porém eles teriam que enfrentar um rival, ou seja, o segundo país mais rico do mundo: a
URSS. Tanto os EUA (capitalista) como a URSS (socialista), tinham idéias contrárias para a
reconstrução do equilíbrio mundial, foi então que começou uma grande rivalidade entre esses
dois países. No dia 12 de Março de 1947, o presidente Truman proferiu um discurso no qual
expunha a determinação do seu governo de deter a expansão do comunismo no mundo. Em
Junho, o secretário de Estado Norte Americano, G. Marshall, anunciou a implementação de um
extenso plano de ajuda à Europa, em grave situação económica desde a guerra.
De toda forma, existe um certo consenso de que o marco que iniciou a Guerra Fria seja o
discurso realizado pelo presidente americano, Harry Truman, em 1947.

Esse discurso de Truman foi realizado no Congresso americano e, nessa ocasião, o presidente
americano solicitava verbas para que os Estados Unidos pudessem se engajar para evitar o

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avanço do comunismo na Europa. Na visão de Truman, era papel dos EUA liderar a luta contra o
avanço do comunismo no continente europeu.

Esse discurso deu início ao que ficou conhecido como Doutrina Truman, que consistiu no
conjunto de medidas tomadas pelos EUA para conter o avanço do comunismo. A primeira ação
tomada por essa doutrina foi o Plano Marshall, plano de recuperação econômica da Europa com
o qual os americanos forneceriam grandes somas de dinheiro para os países interessados.

A atuação dos Estados Unidos na Europa por meio da Doutrina Truman justifica-se única e
exclusivamente pelo discurso alarmista que apresentava a URSS como uma potência
expansionista e que procuraria conquistar todo o continente europeu sob a égide do comunismo.
Os americanos sabiam que os problemas econômicos da Europa no pós-guerra eram um campo
fértil para o crescimento da ideologia comunista lá.

Quem era melhor? Esse conflito de interesses que assustou o mundo ficou conhecido como
Guerra Fria. Tanto os EUA criticavam o socialismo quanto a URSS criticava o capitalismo.
Europa Ocidental, Canadá e Japão se aliaram aos EUA enquanto que a Tchecoslováquia,
Polônia, Hungria, Iugoslávia, Romênia, Bulgária, Albânia, parte da Alemanha e a China se
uniram com a URSS.
Na década de 50 e 60 houve a chamada corrida armamentista.
Quem seria capaz de produzir tecnologias bélicas mais modernas, EUA ou URSS? Mesmo
assim, esses dois países jamais se enfrentaram com armas durante a Guerra Fria, embora
apoiassem guerras entre países menores (cada superpotência apoiando um dos lados rivais),
como por exemplo, na Guerra da Coréia entre 1950 e 1953.
Na tentativa de provar que o seu sistema era melhor do que o outro, cada lado fez as suas
investidas, a URSS enviou um homem (Yuri Gagárin) ao espaço, enquanto os EUA enviaram
Neil Armstrong à Lua.
Estas disputas continuavam para ver quem era o melhor, atingindo inclusive a área dos esportes.
Nas Olimpíadas, por exemplo, os dois países lutavam para ver quem ganhava mais medalhas de
ouro.
No final da Segunda Guerra, a Alemanha foi invadida por todos os lados; além de ter sido
separada da Áustria, ficando assim dividida em dois países:
- Alemanha Ocidental (ou República Federal da Alemanha – RFA) – capitalista
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- Alemanha Oriental (ou República Democrática Alemã – RDA) – governada pelos comunistas.
A antiga capital – Berlim, que se localizava no interior da Alemanha Oriental, também ficou
dividida em dois:
- Berlim Oriental (tornou-se a capital da RDA)
- Berlim Ocidental (tornou-se uma ilha capitalista cercada de socialismo).
A briga continuava. Os EUA resolveram ajudar Berlim Ocidental a se reerguer e para isso
investiram milhões de dólares na reconstrução da cidade, porém enquanto Berlim Ocidental se
reerguia rapidamente, Berlim Oriental não apresentava o mesmo progresso.
Berlim Ocidental (organizada e em processo de reconstrução) representava o capitalismo dentro
de uma Alemanha socialista.
Foi então que em 1948, Stálin, dirigente da URSS ordenou que as comunicações entre a
República Federal da Alemanha e Berlim ocidental fossem cortadas. Ele achava que o
isolamento facilitaria a entrada das tropas soviéticas na outra parte de Berlim. Porém, tal
iniciativa não deu certo, pois uma operação com centenas de aviões levando mantimentos da
RFA para Berlim Ocidental garantiu que uma continuasse ligada a outra. O Governo não teve
outra escolha a não ser aceitar a situação.
Assim, Berlim Ocidental continuou a crescer e as pessoas começaram a comparar Berlim
Ocidental e Berlim Oriental e viram que o capitalismo era melhor que o socialismo. Como
consequência houve uma emigração de pessoas muito qualificadas para Berlim Ocidental e com
isso Berlim Oriental ficava abandonada. Claro que
o Governo da RDA se irritou e em 1961 ordenou a construção deum muro isolando Berlim
Ocidental do restante da Alemanha. Era o Muro de Berlim, que é considerado um dos maiores
símbolos da Guerra Fria.
Na conferência de Yalta, realizada logo após o fim da Guerra ficou estabelecida a divisão do
mundo em áreas de influência, ou seja, cada parte do planeta ficaria sob o controle de uma das
superpotências e uma não deveria interferir na zona de influência da outra.
A década de 50 e 60 foi marcada por momentos de tensão e intolerância, pois os dois sistemas
(capitalista e socialista) eram vistos da forma mais negativa possível.Os dois países possuíam
armas nucleares; porém, os dois lados estavam cientes que uma guerra naquele momento poderia
destruir o mundo. Por esta razão tentavam influenciar a humanidade tomando o máximo de
cuidado para não provocar uma Guerra Nuclear Internacional, como isso, a tensão diminuiu.

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Ainda nos anos 60, EUA e URSS viveram a época da coexistência pacífica, ou seja, fizeram a
política da boa vizinhança. Na década seguinte, Nixon e o dirigente soviético Brejnev, iniciaram
uma distensão mundial assinando acordos para diminuir a corrida armamentista e selaram esse
acordo com um encontro simbólico no espaço entre as naves americanas e soviéticas (1975).
Já nos anos 80 essa cordialidade foi abandonada. Com a eleição de Ronald Reagan em 1981,
iniciou-se novamente o acirramento entre as potências.
Os americanos investiram alto no setor bélico deflagrando a chamada “Guerra nas Estrelas”.
Durante o segundo mandato de Reagan (1984 -1988), em 1987, foi assinado o tratado para
eliminação de armas de médio e curto alcance (nessa época a URSS estava sob o comando de
Gorbachev), causando um alívio aos europeus, já que o acordo implicava a desativação de
grande parte das ogivas voltadas para aquele lado. As hostilidades entre os dois países estavam
quase acabando.
A Guerra Fria terminou por completo com a ruína do mundo socialista (a URSS estava destruída
economicamente devido aos gastos com armamentos) e com a queda do Muro de Berlim em 9
de novembro de 1989

A maioria dos paises ocidentais e vários orientais, como a Checoslováquia, aceitaram este plano.
Com tudo, a URSS, temendo ficar isolada, rejeitou o auxílio estado unidense e obrigou todas as
nações sob o seu ascendente (checoslováquia, Polónia, Roménia, Hungria, Bulgaria e Albania) a
agruparem-se no Kominform (HOFSTATTER e PIXA, 1987, p. 138)
Em Julho de 1947, formulou-se difinitivamente em Moscovo, o conceito de contenção,
assinalando os objectivos expansionistas Sóvieticos e a necessidade de uma irredutível política
norte americana em defeça do mundo livre. Já em Dezembro, A. Idamov, em nome da URSS,
contestava a tese de Kennan com um acerbo discurso que consagrava a divisão do mundo em
dois blocos opostos: o bloco comunista e o capitalista. Estes blocos organizaram alianças
defensivas militares.
Em 1949, é fundada a organização de Tratados do Atlântico Norte (OTAN) formada pelos EUA
e por países da Europa Ocidental, em resposta em 1955, a URSS, funda o Pacto de Varsóvia,
composto pelas democrácias populares da Europa do Leste; que servia para manter a únidade
dentro de uma esfera de influência Sóvietica, que valeu para intervir na Hungria (1956) e na
Tchecoslováquia (1968).

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2.3. Características da Guerra Fria
A Guerra Fria estendeu-se de 1947 a 1991 e algumas características desse período podem ser
destacadas.

 Polarização do mundo: a disputa travada entre americanos e soviéticos resultou em uma


forte polarização do mundo que afetava as relações internacionais dessas nações como um
todo. Houve uma tentativa de criar um movimento não alinhado em que algumas nações
procuravam seguir um caminho independente sem necessariamente se vincular com alguma
das duas potências.
 Corrida armamentista: a procura pela hegemonia internacional fez com que as duas
potências investissem bastante no desenvolvimento de novas tecnologias bélicas. Assim, no
período, o número de armas nucleares e termonucleares produzidas disparou.
 Corrida espacial: a corrida espacial foi um dos campos de disputa entre americanos e
soviéticos e, ao longo da década de 1960, inúmeras expedições espaciais foram realizadas.

A Guerra Fria revolucionou a tecnológia no mundo, visto que a rivalidade entre os EUA e a
URSS em que cada um procurava superar o outro, levando a melhoria tecnológica dos seus
arsenais militares. A consequência dessa concorrência tecnológica é notória hoje em vários
cantos, como é o caso da produção dos tecidos sintéticos. A corrida espacial esta neste contexto,
virada a tecnologia de lançamento de mísseis e de foguetões.
Portanto, os dois países investiram pesadamente na tecnologia espacial, como assinala Droz e
Rowley (1991, p. 159), o lançamento bem sucedido de um satélite soviético no espaço (Sputnik),
a 4 de Outubro de 1957, não provocou somente um imenso efeito de surpresa no ocidente, mas
também, colocou também em evidência a superioridade potencial da URSS na construção de
mísseis internacionais.
Em Novembro do mesmo ano os Russos lançam o Sputnik II, uma nave que levava abordo o
primeiro ser vivo − uma cadela Laika de nome Kudriavka, que morreu na reentrada da atmosfera
devido ao calor.
Os Russos na dianteira da corrida, em 1961 lançaram o Vostok I, tripulado por Yuri Gagarin −
primeiro Homem a ir ao espaço e voltar são e vivo. Em 1968, os Russos enviam missões não
tripuladas Zond V e Zond VI. Por seu lado, os EUA enviaram uma missão tripulada − Apolo
VIII, em Natal de 1968, à uma órbita lunar. O passo seguinte naturalmente seria o de pousar na

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lua, o que foi realizado com sucesso pelo Apolo XI, tripulado por Neil Armstrong e Adwin
Alderian tornando-se estes os primeiros seres humanos a caminhar em outro corpo celestre.

 Interferência estrangeira: tanto americanos quanto soviéticos interferiram em assuntos


internos de diferentes países do planeta. Dois exemplos são a interferência americana na
política brasileira na década de 1960 e a interferência militar no Afeganistão na década de
1980.

2.4. Participação da Alemanha na Guerra Fria

No caso da Alemanha, a Guerra Fria teve impactos muito maiores do que em grande parte do
mundo. Isso porque ao final da Segunda Guerra a Alemanha foi dividida em zonas de influência
de soviéticos, americanos, franceses e britânicos. Essa divisão teve reflexos no futuro do país que
acabou sendo dividido em duas nações:

 República Democrática Alemã (RDA), alinhada à União Soviética e conhecida como


Alemanha Oriental;
 República Federal da Alemanha (RFA), alinhada aos Estados Unidos e conhecida como
Alemanha Ocidental.

A cidade de Berlim também foi dividida e transformou-se na capital das duas Alemanhas. O lado
oriental era comunista e o lado ocidental era o capitalista. Ao longo da década de 1950, milhares
de cidadãos da Alemanha Oriental começaram a mudar-se para Berlim Ocidental. Para impedir
essa fuga de cidadãos, as autoridades da União Soviética e da Alemanha Oriental decidiram
construir um muro isolando Berlim Ocidental.

Durante 28 anos, o Muro de Berlim separou os dois lados da cidade de Berlim e, por isso,
converteu-se em um grande símbolo da Guerra Fria.

Em maio de 1945, nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, os exércitos nazistas foram
finalmente derrotados pelos países aliados.
A Alemanha, que ocupa posição geográfica privilegiada entre o leste e o oeste da Europa, vivia
um imenso vazio ideológico e político. A trágica e aliviadora saída de Adolf Hitler do poder era

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seguida pela urgente necessidade de se pensar quais os paradigmas seriam responsáveis pela
reconstrução daquela incógnita nação.
Os grandes centros urbanos industriais estavam completamente arrasados e uma parcela
considerável da população alemã experimentava uma evidente sensação de incerteza. Deveras, a
perda de cinco milhões de vidas durante a Segunda Guerra era somente um dos graves traumas a
serem superados. Ao mesmo tempo, os países vitoriosos tornavam públicos os crimes hediondos
cometidos pelos remanescentes da alta cúpula do Estado Nazista.
Em junho de 1948, sentindo-se visivelmente pressionados para entregar o restante da Alemanha,
os soviéticos bloquearam todo o trânsito ferroviário e rodoviário que davam acesso à cidade de
Berlim. Em resposta, britânicos e estadunidenses formaram um corredor aéreo que conseguiu
furar essa barreira e fornecer alimentos e outros gêneros básicos para a população da área
ocidental da cidade. Em poucos meses, a manutenção do impasse se tornou insustentável para
ambos os lados.
Finalmente, em outubro de 1949, os soviéticos conduziram os trâmites que deram origem à
República Democrática da Alemanha (RDA). Para reafirmar a legitimidade de sua nova
empreitada e barrar uma possível invasão ocidental, os soviéticos também promoveram a
detonação experimental de sua primeira bomba nuclear. Dessa forma, o território alemão ficava
dividido e o mundo enxergava com mais clareza a construção da ordem bipolar.
Graças à ajuda norte-americana, a RFA conseguiu organizar uma reforma econômica que
apresentou resultados positivos desde os primeiros anos da década de 1950. A criação de uma
nova moeda, o marco alemão, e a inserção do país na economia de mercado simbolizavam o
trunfo do projeto capitalista. Em troca dos incentivos do bloco capitalista, a Alemanha Ocidental
organizou grandes e eficientes projetos de assistência social que trouxeram conforto à população.
Ao longo de toda a Guerra Fria, não existiram chances mínimas que permitissem a reunificação
do território alemão. No ano de 1961, essa possibilidade foi completamente anulada quando a
construção de um muro marcou as zonas de influência capitalista e comunista. Construído pelas
iniciativas da RDA, o Muro de Berlim impediria a fuga de seus cidadãos para áreas de influência
capitalista. Contudo, esse muro acabou também servindo para apartar as duas ideologias que
tomaram o mundo no resto do século XX.

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Na verdade, os soviéticos empenharam-se na rápida sovietização da sua zona, pois de acordo
com a explicação de Aquino (1978, p. 346), entre 1948 e 1949, a Alemanha surgiu como área de
tensão internacional. Em resposta à uniformização administrativa e monetária, reunindo as três
zonas capitalistas (norte-americanas, francesas e inglesas), os soviéticos estabeleceram o
bloqueio de Berlim cortando as comunicações fluvias e terrestres dos seus antigos aliados com as
zonas que possuíam naquela cidade; restam aos ocidentais estabelecer uma ponte aérea para
abastecer sua zona, mantida até a suspensão do bloqueio em 1949, em que o bloco capitalista
criou a RFA, com a capital em Bona, beneficiando-se do plano Marshall. Em resposta, os
soviéticos transformaram a sua zona na RDA com a capital em Berlim, integrada ao mundo
socialista, beneficiando-se do COMECON.
Os aliados constituídos pelos EUA, França e Reino Unido, em 1948 criaram uma trizona entre
suas zonas de influência para controlar a inflação da moeda alemã ( Marco); consequentemente,
a criação da ponte aérea visava em não dar vitória a URSS.
Alemanha era a chave. As zonas temporárias de ocupação gradualmente se formaram linhas
permanentes de divisão. Ignorando o acordo de Potsdam, de que o país seria tratado como uma
unidade económica, os EUA e o Reino Unido em 1946 não permitiriam que a União Soviética
cobrasse reparações de guerra das zonas industrias da Alemanha Ocidental. Os dois países
fundiram as suas zonas e defenderam a ideia da unificação da Alemanha. A Rússia temendo a
ressurreição da Alemanha como potência militar, reagiu intensificando a imunização da sua zona
incluindo Berlim cidade ocupada conjuntamente. DIVINE (1992, p. 612)
A intensa guerra diplomática, que se moveu entre as duas Alemanhas irmãs e vizinhas, fez com
que numerosos alemães do leste, abandonassem o seu território em direcção à Alemanha
Ocidental, pondo em causa o prestígio do comunismo. Em resposta a esta atitude, Kruchev
ordenou a construção do murro de Berlim em 1950, para além de impossibilitar a passagem de
uma região para outra, servia de marco para a Guerra Fria em tão em curso.

2.5. Conflitos da Guerra Fria

A Guerra Fria criou um clima de forte tensão internacional a respeito da possibilidade de um


conflito aberto entre americanos e soviéticos.

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A existência de armamentos nucleares e termonucleares sob a posse desses países tornava
essa expectativa de um conflito muito mais pavorosa, pois um conflito desse tipo causaria a
aniquilação da humanidade. Ao longo das décadas da Guerra Fria, houve inúmeros momentos de
tensão que serão destacados a seguir.

Revolução Chinesa
A Guerra Civil Chinesa, que se arrastava desde a década de 1920, retornou com força depois da
Segunda Guerra Mundial, e o fortalecimento dos comunistas, liderados por Mao Tsé-tung, levou
os americanos a apoiar os nacionalistas, liderados por Chiang Kai-shek.

A vitória dos comunistas, conhecida como Revolução Chinesa, em 1949, alarmou os americanos


sob a possibilidade de que o comunismo fosse disseminado pelo continente asiático por meio da
influência chinesa.

Guerra da Coreia

Primeiro momento de grande tensão após a Segunda Guerra Mundial. Esse conflito iniciou-se em


1950, quando os comunistas norte-coreanos, apoiados por chineses e soviéticos, invadiram o
território sul-coreano, apoiados pelos americanos. O objetivo era reunificar a Península da
Coreia sob a liderança dos comunistas.

Esse conflito contou com o envolvimento direto de soldados americanos, mas ao longo do
conflito nenhum dos dois lados sobressaiu-se e o conflito teve fim, em 1953, com um armistício
que ratificou a divisão das Coreias – divisão que existe até hoje. Os soviéticos também
participaram desse conflito, mas os americanos não tomaram nenhuma ação, pois queriam evitar
um conflito direto.

Crise dos Mísseis em Cuba

Mísseis soviéticos sendo escoltados por embarcação americana durante a Crise dos Mísseis, em
1962.

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A Crise dos Mísseis foi o momento de maior tensão entre as duas potências da Guerra
Fria e se passou em 1962. Naquele ano, o serviço de inteligência dos EUA descobriu que a
URSS estava instalando uma base de mísseis em Cuba, país que havia passado por uma
revolução nacionalista em 1959. A inteligência americana sabia que os mísseis soviéticos
representavam pouca ameaça para os EUA, mas o presidente americano sabia que a questão teria
repercussão negativa sob seu governo e decidiu intervir.

O governo americano disse aos soviéticos que se os mísseis não fossem retirados, seria declarada
guerra. As negociações arrastaram-se durante semanas e os dois lados chegaram a um acordo. Os
soviéticos decidiram retirar os mísseis de Cuba e os americanos aceitaram retirar seus mísseis
instalados na Turquia.

Guerra do Vietnã

A Guerra do Vietnã foi um conflito travado entre 1959 e 1975 entre Vietnã do Norte e Vietnã do
Sul e ambos lados procuravam unificar o país sob seu controle. Os americanos entraram nesse
conflito, em 1965, e enviaram milhares de soldados ao Vietnã. Essa guerra foi extremamente
impopular nos EUA, e os americanos retiraram-se do conflito, sem alcançar seus objetivos, em
1973. Os comunistas tomaram o controle do país, em 1976, logo após vencerem a guerra.

Guerra do Afeganistão de 1979

O Afeganistão é mencionado por muitos como o “Vietnã da União Soviética”. Esse conflito foi
travado entre 1979 e 1989 e se iniciou quando os soviéticos invadiram o Afeganistão para apoiar
o governo comunista daquele país contra rebeldes islâmicos. A invasão soviética levou os
americanos a financiarem e treinarem os rebeldes islâmicos e esse conflito foi extremamente
penoso para os soviéticos que se retiraram em 1989.

Cooperação política e militar

Ao longo dos anos da Guerra Fria, americanos e soviéticos procuraram coordenar ações para
concentrar o seu poder sob sua zona de influência. Uma das estratégias utilizadas foi a criação de

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formas de cooperação econômica e militar dos quais destacam-se o Plano Marshall e a Comecon,
no âmbito econômico, e a OTAN e o Pacto de Varsóvia, no âmbito político-militar.

Plano Marshall e Comecon

O Plano Marshall, conforme mencionado, foi um plano de cooperação econômica mediante o


qual os americanos disponibilizavam grandes somas de dinheiro para financiar a reconstrução
dos países destruídos por conta da Segunda Guerra Mundial. O projeto defendia a ideia que
apoiar o desenvolvimento econômico de determinados países ajudaria a conter o avanço do
comunismo.

Em contrapartida, os soviéticos criaram o Conselho para Assistência Econômica Mútua, mais


conhecido como Comecon (sigla em inglês). Nesse plano, as nações do bloco comunista,
agrupadas sob a liderança dos soviéticos. Esse plano foi criado pelos soviéticos para evitar que o
Plano Marshall seduzisse as nações do bloco comunista a aliarem-se com os americanos.

Otan e Pacto de Varsóvia

No campo militar, foi criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em 4 de abril
de 1949. A ideia da OTAN era criar uma aliança militar de países alinhados aos Estados Unidos
visando a impedir uma posição de agressão dos soviéticos. A OTAN foi uma forma de os EUA
imporem a sua hegemonia sobre o continente europeu.

Na mesma proposta, os soviéticos criaram o Pacto de Varsóvia, em 1955. A ideia era garantir a
segurança das nações do bloco comunista e evitar uma possível agressão realizada pelos
estadunidenses. Assim, se uma nação fosse agredida, todas as outras se mobilizariam em defesa
dela.

2.6. Fim da Guerra Fria

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Droz e Rowley (1993, p. 153) espelham em sua abordagem, que em 1985 Gorbatchov e Reagan,
que no começo da década haviam iniciado um novo plano de desanuviamento armamentístico,
decidiram reduzir sua presença na Europa.
O murro de Berlim derrubado em 9 de Novembro de 1989, que reunificou a Alemanha em 3 de
Outubro de 1990. Este facto só foi possivel no culminar de um longo processo iniciado com a
subida de Gorbatchov ao poder, que a partir do estabelecimento da Perestróika e da Glasnost e
de uma política externa que privilegiava o processo de desanuviamento e o fim das tensões
Leste-Oeste, que precipitou a derrucada do regime soviético na Rússia e o fim do comunismo no
Leste da Europa. A queda do murro de Berlim marcou o fim da Guerra Fria que opunha o Leste-
Oeste. Ao nível da política externa alemã, este facto conduziu ao fim do próprio regime
comunista na RDA.
A dissolução, no início dos anos 90, do Pacto de Varsóvia e da própria URSS, alternava
significativamente a geo-política mundial. Os EUA passaram a ser os senhores do mundo,
detiveram a hegemonia políticomilitar que lhes possibilitava uma espécie de paz a seu contento
no mundo. Esta espécie de “paz” não excluiu o uso da força em várias partes do mundo quando
assim estes o entenderem, como é o caso da guerra do Golfo (1991), as questões actuais do
Afeganistão e do Iraque.
Em Maio de 1997, foi assinado um acordo histórico entre a Rússia, representada pelo presidente
Boris Yeltsin e a NATO represemtada pelo seu secretário geral Javier Solana, este acordo
postulava a actuação da NATO nos países do antigo bloco soviético e foi reconhecido pela sua
acta de fundação no que diz respeito às relações mútuas e de cooperação entre ambas potências.
As duas partes deixavam de se considerar adversárias.
2.7. Consequências da Guerra Fria

A queda do murro de Berlim marcou o fim da Guerra Fria que opunha o Leste-Oeste. Ao nível
da política externa alemã, este facto conduziu ao fim do próprio regime comunista na RDA. E
consequentimente este fim, pós termo a divisão do mundo;

A Guerra Fria fez com que os paises do Terceiro Mundo optassem pela política de neutralidade
positiva (nãoalinhamento);
A dissolução do Pacto de Varsóvia e da propria URSS, no início dos anos 90, alternava
significativamente a geo-política mundial.

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Os EUA passaram a ser os senhores do mundo, detiveram a hegemonia político-militar que lhes
possibilitava uma espécie de paz a seu contento no mundo;
A Guerra Fria revolucionou a tecnológia no mundo. O que é notória hoje em vários cantos no
mundo, como é o caso da produção dos tecidos sintéticos, do lançamento de satélites, mísseis e
de foguetões. Como nota conclusiva desta unidade refere-se que a Guerra Fria significou um
período “especial” na História da humanidade em que o mundo esteve bipolarizado com
ideologias bem distintas: uma liderada pelos EUA, que defendiam o sistema capitalista e a outra
liderada pela URSS que defendia o socialismo; em que cada um tinha como meta difundir o seu
sistema político e cultural pelo resto do mundo.
Embora não tenha ocorrida um conflito bélico entre as duas superpotências, o clima de
animozidade entre elas era cada vez mais agravado pela propaganda e espionagem, fabrico e
domínio de armas atómicas pelos blocos, o que representava riscos de um confronto directo.
Todavia quer os EUA, quer a URSS, após a 2ª Guerra Mundial quiseram implantar-se no mundo,
aderindo a política armamentista exuberante.
Divergências desta ordem levaram a divisão da Alemanha em quatro partes e posteriormente em
duas zonas: a capitalista e a socialista, marcada pela construção do murro de Berlim em 1950.
Episódios de oposição ideológica, foram ainda marcados pela guerra da Coreia, que culminou
com a criação de dois estados coreanos.
As tensões ideológicas foram crescendo e o mundo não se via fresco o que forçou a necessidade
de ratificações de acordos diplomáticos que levariam o mundo a uma coexistência pacífica. A
morte de Estaline instaurou o período de aproximação entre a URSS e os EUA. Entretanto, as
tentativas de soluções pacíficas e tendentes a criação de um clima de paz e segurança no mundo,
é operacionalizado por Krutchev que liberalizou a política soviética.
Sucessivos acordos foram ratificados entre os presidentes da URSS e dos EUA, para aliviar o
conflito existente. Salienta-se os acordos SALT de redução de armamentos; mas foi com
Gorbatchov ao poder na URSS, que se abriu caminho para a coexistência dos dois blocos. A
queda do murro de Berlim em 1989, simbolizou a marco final de Guerra Fria, que opunha o
Leste e o Oeste.
Entretanto a Guerra Fria fez os países do terceiro mundo , sobretudo os africanos, disputarem
favores de ambos blocos com incalculadas insinuações de que poderiam inclinar-se tanto para
um lado como para o outro dependendo das vantagens oferecidas.

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3. Conclusão
Feito trabalho, conclui-se que Guerra fria, refere-se ao confronto político, militar, económico e
ideológico entre os EUA e a URSS, envolvendo os seus respectivos aliados .

A Guerra Fria se caracterizou por uma disputa ideológica entre o comunismo da União Soviética
e o capitalismo dos Estados Unidos.

Embora ambos os países nunca tenham se enfrentado diretamente houve uma série de conflitos
que foram apoiados por estas duas potências.

A atuação dos Estados Unidos na Europa por meio da Doutrina Truman justifica-se única e
exclusivamente pelo discurso alarmista que apresentava a URSS como uma potência
expansionista e que procuraria conquistar todo o continente europeu sob a égide do comunismo.
Os americanos sabiam que os problemas econômicos da Europa no pós-guerra eram um campo
fértil para o crescimento da ideologia comunista lá.

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4. Referencias Bibliográficas
 AQUINO, Rubin Santos Leão et all. História das Sociedades: das sociedades modernas às
sociedades actuais. Rio de Janeiro: O Livro Técnico, 1978.
 CARPINTIER, Jean e LEBRUN, François. História da Europa. 3ª Edição. Lisboa:
Editorial Estampa, 2002.
 CARCERES, Florial. História geral. 4ª edição, S. Paulo, Editora Moderna, 1996.
 FREITAS, Gustavo. Vocabulário de História, 1ª edição, s/d;
 PINTO, Tales dos Santos. "Muro de Berlim e a Guerra Fria"; Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/muro-berlim-guerra-fria.htm. Acesso em 15
de abril de 2023.

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