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História Guerra Fria
História Guerra Fria
O mundo ficou então dividido em dois grandes blocos, do lado ocidental o bloco
capitalista, liderado pelos EUA, e a Leste o bloco comunista comandado pelas URSS.
Á medida que a influência soviética ganhava terreno a Leste, os EUA receavam que a
Europa, face às dificuldades que atravessava, aderisse também ao comunismo. Com o
objetivo de reforçar o seu poder económico e para conter o avanço comunista, os EUA
propuseram-se a ajudar a Europa na reconstrução e na recuperação económica do
pós-guerra. A esse programa de recuperação da Europa ocidental, idealizado por
George Marshall, deu-se o nome de Plano Marshall. Para gerir os fundos enviados
pelos EUA ao abrigo do plano Marshall foi criada em 1948 a Organização Europeia para
a Cooperação Económica – OECE. Graças a este apoio as economias europeias
recuperaram, ao mesmo tempo que aumentou a dependência da Europa face aos EUA,
ficando assim na esfera capitalista. No entanto, com o aumento da tensão entre os
dois blocos e com o avanço do período da Guerra Fria, tornou-se urgente uma união
ao nível militar, neste sentido foi criada em 1949 a NATO, a organização do Tratado do
Atlântico Norte. A NATO constituía, para além de uma aliança militar um elo político
entre os países do mundo liberal capitalista, que assumiram o compromisso de uma
cooperação estratégica em tempo de paz e de auxílio em caso de ataque a qualquer
um dos países membros. Em resposta ao plano americano, a URSS criou em 1949 o
COMCON, para apoiar os países da Europa de Leste e em 1955, criou uma aliança
militar entre países comunistas, o Pacto de Varsóvia. Em 1945 o regime comunista
estava apenas implantado em dois países, na URSS e na Mongólia. Nas décadas
seguintes iria expandir-se pela Europa e pela Ásia. Entre 1945 e 1949 devido à
influência direta da União Soviética, são instaurados governos comunistas nos vários
países do Leste europeu, que passam a designar-se democracias populares.
A era histórica que se seguiu após o fim da Segunda Guerra Mundial, ficou conhecido
como Guerra Fria, onde o mundo ficou dividido em dois grandes blocos – EUA e URSS,
como referido anteriormente.
Assim, na nossa opinião, este período de domínio global, marcado por meios indiretos,
ou seja, diferentes daqueles que vemos atualmente na Guerra Rússia-Ucrânia, foram
principalmente as campanhas de propaganda, espionagem, rivalidade em eventos
desportivos, competições tecnológicas e também guerra psicológica.
Apesar de ter tido impactes diferentes em relação às duas grandes guerras do século, a
Guerra fria deixou marcas profundas em todo o planeta. Como já referimos, uma das
consequências desta guerra foi o grande desenvolvimento científico e tecnológico, que
trouxe, em todo o mundo, uma expansão pela qual se ansiava. Entre a corrida ao
espaço e a corrida ao armamento nuclear, nem tudo foi bom. A ciência foi usada como
forma de ameaça entre as duas superpotências. O que levou a que a população, de um
modo geral, vivesse um tempo de grande incerteza, insegurança e medo relativamente
ao futuro, tendo sido a paz ameaçada diversas vezes durante esta guerra.
Ao analisar este período e as repercussões que o mesmo causou, consideramos que
atualmente possamos estar a vivencia, em todo o mundo, uma segunda Guerra Fria,
pois não estando nenhum país diretamente envolvido na Guerra Rússia-Ucrânia,
acabam por estar todos ligados, no apoio que prestam.