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RELATÓRIO

TEMA: GUERRA
FRIA

Vitória Marinho da Silva, Vinicios Andrade, Isabella Caires Teixeira Guimarães, James Oliveira do
Nascimento,Victor Leonardo de Oliveira e Arthur Apolinario Schencke Costa.

9°A
15 de abril de 2024

Introdução
A Guerra Fria foi um conflito político-ideológico que foi travado entre os Estados Unidos (EUA) e a
União Soviética (URSS), entre 1947 e 1991. O conflito travado entre esses dois países foi responsável por
polarizar o mundo em dois grandes blocos, um alinhado ao capitalismo e outro alinhado ao comunismo.

Ao longo da segunda metade do século XX, a polarização mundial resultou em uma série de conflitos de
pequena e média escala em diferentes locais do mundo. Esses conflitos contavam, muitas vezes, com o
envolvimento indireto de EUA e URSS, a partir do financiamento, da disponibilização de armas e do
treinamento militar.

Contudo, nunca houve um confronto aberto entre americanos e soviéticos, sobretudo pela possibilidade de
destruição do planeta em larga escala caso houvesse um conflito entre os dois. Apesar dos discursos
afiados e da intensa atuação estratégica para manter sua zona de influência, americanos e soviéticos foram
cautelosos ao extremo e evitaram um conflito contra o outro.

A Guerra Fria foi iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial e existe um debate acirrado entre os
historiadores a respeito de como foi iniciado este conflito político-ideológico. De toda forma, existe um

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certo consenso de que o marco que iniciou a Guerra Fria seja o discurso realizado pelo presidente
americano, Harry Truman, em 1947.

Esse discurso de Truman foi realizado no Congresso americano e, nessa ocasião, o presidente americano
solicitou verbas para que os Estados Unidos pudessem se engajar para evitar o avanço do comunismo na
Europa. Na visão de Truman, era papel dos EUA liderar a luta contra o avanço do comunismo no
continente europeu.

Esse discurso deu início ao que ficou conhecido como Doutrina Truman, que consistiu no conjunto de
medidas tomadas pelos EUA para conter o avanço do comunismo. A primeira ação tomada por essa
doutrina foi o Plano Marshall, plano de recuperação econômica da Europa com o qual os americanos
forneceram grandes somas de dinheiro para os países interessados.

Em contrapartida, os soviéticos criaram o Conselho para Assistência Econômica Mútua, mais conhecido
como Comecon (sigla em inglês). Nesse plano, as nações do bloco comunista, agrupadas sob a liderança
dos soviéticos. Esse plano foi criado pelos soviéticos para evitar que o Plano Marshall seduzisse as nações
do bloco comunista a aliar-se com os americanos.

A atuação dos Estados Unidos na Europa por meio da Doutrina Truman justifica-se única e
exclusivamente pelo discurso alarmista que apresentava a URSS como uma potência expansionista e que
procuraria conquistar todo o continente europeu sob a égide do comunismo. Os americanos sabiam que os
problemas econômicos da Europa no pós-guerra eram um campo fértil para o crescimento da ideologia
comunista lá.

Ainda assim, historiadores como Eric Hobsbawm e Isaac Deutscher argumentam que a União Soviética
não era uma nação expansionista e não demonstrava interesse em atuar fora da sua zona de influência (o
Leste Europeu). Esses historiadores apontam que a União Soviética não tinha interesses em financiar e
apoiar movimentos comunistas armados em outras partes do mundo e que a postura soviética no pós-
guerra era abertamente defensiva por causa da destruição do país como consequência da Segunda Guerra
Mundial.

A ideia por trás da ação americana em impor-se como nação hegemônica na Europa e no mundo é
explicada pelos interesses de Truman em manter elevados os índices de crescimento econômico do país.
Assim, o discurso maniqueísta praticado pelos americanos começou a ser praticado também pelos
soviéticos, e as relações dos dois países em nível internacional passaram a ser baseadas no boicote.

Além disso, existem evidências que apontam que o governo soviético não tinha interesse em expandir-se
territorialmente e tinha o objetivo de assegurar apenas a sua área de influência. Isso de fato aconteceu e,
na Segunda Guerra, os locais invadidos pelo Exército Vermelho, que era o exército soviético, foram
transformados em Estados-satélites do regime comunista de Moscou.

O contexto histórico da Guerra Fria está profundamente enraizado nos eventos que ocorreram nas décadas
anteriores, com a Revolução Russa, em outubro de 1917, e o final da Segunda Guerra Mundial (1939-
1945).

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A Revolução Russa de 1917 tirou do poder a monarquia czarista e implementou um governo socialista
baseado no poder político de camponeses e operários, além de uma ampla distribuição dos meios de
produção.

A primeira grande experiência socialista do mundo, a Revolução Russa, causou grande impacto na
geopolítica mundial. Com a vitória dos Bolcheviques (maioria radical) na Revolução, a Europa passou a
temer o avanço do socialismo e do comunismo para outros países capitalistas.

O sentimento de anticomunismo cresceu com o fim da Segunda Guerra Mundial e com a afirmação da
União Soviética como uma grande potência militar. A vitória dos Aliados (Reino Unido, França, URSS e
Estados Unidos) em 1945 marcou o fim do conflito, mas também sinalizou o início de uma nova fase nas
relações internacionais.

Ao final da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi repartida em zonas de ocupação controladas por
esses países, e a cidade de Berlim, localizada na zona soviética, também se dividiu. Essa divisão refletia
as tensões crescentes entre as potências aliadas do Ocidente (França, Grã-Bretanha e EUA) e a URSS.

No final da Segunda Guerra a Alemanha foi dividida em zonas de influência de soviéticos, americanos,
franceses e britânicos. Essa divisão teve reflexos no futuro do país que acabou sendo dividido em duas
nações, sendo a República Democrática Alemã (RDA), alinhada à União Soviética e conhecida como
Alemanha Oriental, e a República Federal da Alemanha (RFA), alinhada aos Estados Unidos e conhecida
como Alemanha Ocidental.A cidade de Berlim também foi dividida e transformou-se na capital das duas
Alemanhas. O lado oriental era comunista e o lado ocidental era o capitalista. Ao longo da década de
1950, milhares de cidadãos da Alemanha Oriental começaram a mudar-se para Berlim Ocidental. Para
impedir essa fuga de cidadãos, as autoridades da União Soviética e da Alemanha Oriental decidiram
construir um muro isolando Berlim Ocidental.

A guerra fria envolveu uma série de países em todo o mundo, cada um tomando seu lado no conflito
ideológico entre os blocos liderados pelos Estados Unidos ( ocidental, capitalista) e pela União Soviética
(oriental, socialista). Os países que compuseram os blocos foram:

Bloco ocidental (liderado pelos Estados Unidos)

● Estados Unidos;
● Canadá;
● Reino Unido;
● França;
● Alemanha ocidental;
● Itália;
● Japão;
● Austrália;
● Turquia;
● Outros membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte, criada no dia 4 de abril
de 1949, com a ideia de criar uma aliança militar de países aliados aos Estados Unidos visando a
impedir uma posição de agressão dos soviéticos).

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Bloco oriental (liderado pela União Soviética)

● União Soviética;
● Alemanha oriental;
● Polônia;
● Tchecoslováquia (até 1992, quando se dividiu em República Tcheca e Eslováquia);
● Hungria;
● Romênia;
● Bulgária;
● Iugoslávia (inicialmente, mas o país se distanciou da influência soviética nos anos 1950);
● China (até a ruptura sino-soviética nos anos 1960).
● Outros membros do Pacto de Varsóvia ( criado em 1955, com a ideia de garantir a segurança das
nações do bloco comunista e evitar uma possível agressão realizada pelos estadunidenses).

A polarização do mundo refere-se à divisão geopolítica e ideológica em dois blocos principais durante a
Guerra Fria. Eles eram liderados pelos Estados Unidos e pela União Soviética, representando duas
ideologias antagônicas: o capitalismo ocidental e o socialismo oriental. Essa divisão criou uma
polarização global, na qual os países foram fortemente influenciados por uma das superpotências,
resultando nesse cenário bipolar.

A formação de alianças militares refletiu essa polarização: a OTAN foi criada em 1949 pelos países
ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, como uma aliança de defesa coletiva. Em resposta, o Pacto de
Varsóvia foi formado em 1955 pelos países do bloco oriental, liderados pela União Soviética.

Essa polarização levou a conflitos regionais em que os dois blocos apoiavam lados opostos, como a
Guerra da Coreia e a Guerra do Vietnã. Os EUA e a URSS também tiveram influência em golpes de
Estado e disputas políticas internas pelo poder em países da América Latina e da África.

A corrida armamentista na Guerra Fria se caracterizou pelo rápido desenvolvimento e acumulação de


arsenais militares, em particular armas nucleares, pelos Estados Unidos e pela União Soviética. Durante
esse período, os dois países competiram para adquirir superioridade militar em uma tentativa de dissuadir
o outro e garantir uma posição estratégica vantajosa.

O desenvolvimento da bomba atômica pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial e,
posteriormente, pela União Soviética, introduziu uma nova dimensão à guerra. Temendo um ataque
nuclear inimigo, ambos os lados incentivaram programas bélicos.As demonstrações de poder bélico
iniciaram ainda durante a Segunda Guerra Mundial, pelos EUA, com o lançamento de duas bombas
atômicas que destruíram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 1945. Os ataques ao Japão,
país relativamente próximo geograficamente à União Soviética, já davam sinais do que viria a acontecer
nas próximas décadas.

Ao longo da década de 1950, a desconfiança e a hostilidade entre os Estados Unidos e a União Soviética
aumentaram, assim como o clima de competição e suspeita. Mas ambos adotaram a "doutrina da
destruição mútua assegurada", na qual um ataque nuclear resultaria em retaliação equivalente, ou seja, na
destruição dos dois lados. Isso teria servido como estratégia para evitar um conflito nuclear direto.

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O ápice da corrida armamentista e das tensões da Guerra Fria ocorreram durante a Crise dos Mísseis, em
1962, que teve início quando os EUA descobriram que a URSS estava secretamente instalando mísseis
nucleares em Cuba, ilha caribenha próxima ao estado da Flórida e que estava na zona de influência
soviética

Durante 13 dias tensos, o mundo esteve à beira de uma guerra nuclear. A crise terminou com a URSS
retirando esses mísseis em troca de garantias americanas de não invadir Cuba e a remoção secreta de
mísseis americanos da Turquia.

A corrida espacial foi uma competição estratégica entre os Estados Unidos e a União Soviética durante a
Guerra Fria para alcançar conquistas significativas no campo da exploração espacial. Esse foi um aspecto
marcante dessa era e teve importantes implicações políticas, tecnológicas e científicas.

Saindo na frente, a União Soviética lançou o primeiro satélite artificial, o Sputnik 1, em 4 de outubro de
1957. Esse evento marcou o início da corrida espacial e causou grande impacto nos Estados Unidos, o que
aumentou os investimentos em ciência e tecnologia.

Em 12 de abril de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin tornou-se o primeiro humano a orbitar a
Terra a bordo da nave espacial Vostok 1. Antes disso, em 1957, a URSS enviou cães ao espaço, como a
cachorra Laika. O envio de humanos ao espaço foi outro marco significativo na corrida espacial, pois
demonstrou a capacidade tecnológica da União Soviética.

Em resposta ao sucesso soviético, os Estados Unidos lançaram o Projeto Mercury, seu programa espacial
tripulado. Assim, em 1962, o astronauta John Glenn tornou-se o primeiro americano a orbitar a Terra.

A competição atingiu seu auge com o Projeto Apollo, dos Estados Unidos, que visava levar astronautas à
Lua e trazê-los de volta em segurança. O astronauta Neil Armstrong, então, se tornou o primeiro ser
humano a pisar na Lua em 20 de julho de 1969, durante a missão Apollo 11.

Primeiro momento de grande tensão após a Segunda Guerra Mundial. Esse conflito iniciou-se em 1950,
quando os comunistas norte-coreanos, apoiados por chineses e soviéticos, invadiram o território sul-
coreano, apoiados pelos americanos. O objetivo era unificar a Península da Coreia sob a liderança dos
comunistas.

Esse conflito contou com o envolvimento direto de soldados americanos, mas ao longo do conflito
nenhum dos dois lados sobressaiu-se e o conflito teve fim, em 1953, com um armistício que ratificou a
divisão das Coreias – divisão que existe até hoje. Os soviéticos também participaram desse conflito, mas
os americanos não tomaram nenhuma ação, pois queriam evitar um conflito direto.

A Guerra da Coreia (1950-1953) foi organizada nas seguintes fases:

★ Primeira fase (junho-dezembro de 1950): ofensivas da Coreia do Norte e resposta da ONU. A


Coreia do Norte, com grande apoio militar da URSS e da China, invadiu a Coreia do Sul em
junho. Em resposta, o Conselho de Segurança da ONU aprovou unanimemente a Resolução 82,
que condenava a Coreia do Norte pela invasão e, em seguida, a Resolução 83, que autorizava a
guerra contra os norte-coreanos. Mais de 20 países enviaram tropas sob o comando da ONU para
combater em favor da Coreia do Sul. As tropas dos EUA eram as mais numerosas.
★ Segunda fase (1951-1952): combates na região de fronteira, o Paralelo 38º N. Com grande apoio
chinês, as tropas norte-coreanas avançaram sobre a fronteira estabelecida desde 1945: o paralelo
38º N. Os norte-coreanos derrotaram as tropas americanas e invadiram Seul, capital da Coreia do

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Sul. Os americanos cogitaram o uso de armas nucleares contra a Coreia do Norte e a China, o que
foi descartado com a chegada de novas tropas. Por um lado, as tropas da ONU, lideradas pelos
EUA, cresciam em número e conseguiam recuperar territórios; por outro, o apoio chinês garantiu
à Coreia do Norte uma grande força militar.
★ Terceira fase (1952-1953): impasse e armistício. As tropas da ONU e da China se enfrentam em
guerras de trincheiras, com pouco ganho estratégico para cada lado. Enquanto isso, a crise
humanitária nas Coreias piorava. Diante de diversas batalhas infrutíferas, nas quais só se
perderam vidas humanas, os dois lados resolveram, com mediação da ONU, negociar o
armistício, isto é, o fim do conflito. Em 27 de julho de 1953, a ONU, EUA, Coreia do Norte e
China assinaram um acordo de armistício, que pôs um fim nos conflitos, denominado Armistício
de Panmunjon. No entanto, até hoje, nenhum tratado de paz foi firmado entre as Coreias, que
ainda permanecem divididas.

A Guerra do Vietnã foi um conflito travado entre 1959 e 1975 entre Vietnã do Norte e Vietnã do Sul e
ambos lados procuravam unificar o país sob seu controle. Os americanos entraram nesse conflito, em
1965, e enviaram milhares de soldados ao Vietnã. Essa guerra foi extremamente impopular nos EUA, e os
americanos retiraram-se do conflito, sem alcançar seus objetivos, em 1973. Os comunistas tomaram o
controle do país, em 1976, logo após vencerem a guerra.

O Afeganistão é mencionado por muitos como o “Vietnã da União Soviética”. Esse conflito foi travado
entre 1979 e 1989 e se iniciou quando os soviéticos invadiram o Afeganistão para apoiar o governo
comunista daquele país contra rebeldes islâmicos. A invasão soviética levou os americanos a financiarem
e treinarem os rebeldes islâmicos e esse conflito foi extremamente penoso para os soviéticos que se
retiraram em 1989.

A invasão soviética foi iniciada oficialmente no dia 24 de dezembro de 1979, com cerca de 8.500 homens
enviados diretamente para Cabul. As tropas soviéticas destituíram do poder Hafizullah Amin, que
também foi executado dias depois. Assim, Babrak Karmal foi empossado como novo presidente do
Afeganistão.

A respeito da ocupação do Afeganistão, os historiadores apontam que, até meados de 1979, a opinião
vigente no comando soviético era de que a invasão não seria de maneira nenhuma proveitosa para os
interesses da União Soviética. Argumentava-se que a economia soviética estava ruim, que eles seriam
vistos como invasores, perderam o apoio da população etc.

Essa visão mudou à medida que os soviéticos começaram a se irritar com o governo de Hafizullah Amin,
com a sua incapacidade de derrotar os rebeldes e com o temor de que ele se aliasse aos norte-americanos.
Com a invasão soviética, os mujahidin declararam uma jihad (guerra santa) contra os soviéticos,
começando uma luta que se estendeu pelos dez anos seguintes.

Os mujahidin lutavam contra os soviéticos utilizando táticas de guerrilha e possuíam grande vantagem
estratégica nas regiões montanhosas do norte do país. Os rebeldes afegãos também passaram a contar com
forte apoio dos Estados Unidos, que condenavam internacionalmente a invasão soviética ao Afeganistão.

A respeito da atuação norte-americana no conflito, existe outra divergência entre os historiadores. Alguns
afirmam que os americanos tinham como objetivo a retirada imediata dos soviéticos do país. Outros
levantam o fato de que, para os Estados Unidos, era mais interessante a continuidade da guerra por um
longo prazo, o que aumentaria consideravelmente o impacto sobre a economia soviética.

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Os historiadores argumentam que existia um grupo interno no governo americano que defendia o papel
dos Estados Unidos de financiar, treinar e armar os mujahidin, além de adotar uma postura mais
intransigente nas negociações com a URSS. Esse grupo, que ficou conhecido como bleeders, tinha forte
presença na CIA e atuou sistematicamente para barrar os esforços diplomáticos na ONU, que queria o fim
do conflito.

A longa duração da guerra e a incapacidade do exército soviético em lidar com as forças dos rebeldes
levaram a União Soviética a iniciar as negociações pela retirada de suas tropas. A União Soviética
também começou, gradativamente, a entregar as operações militares para o comando do exército afegão e
a defender que as reformas de esquerda no país fossem anuladas.

Com a ascensão de Mikhail Gorbachev ao poder, a União Soviética ampliou seus esforços para pôr fim à
participação na Guerra do Afeganistão. Em 1988, Gorbachev anunciou que as tropas soviéticas seriam
retiradas do Afeganistão de maneira gradual. Em 15 de fevereiro de 1989, os últimos soldados
abandonaram o Afeganistão.

A luta contra os rebeldes foi totalmente entregue a Mohammad Najibullah, presidente do Afeganistão.
Com a saída das tropas soviéticas, a situação para o governo afegão, conforme já se esperava, tornou-se
dramática. Os mujahidin seguiram com seus ataques, e o fim do apoio soviético fez que Najibullah fosse
destituído do poder, em 1992. Com isso, o governo comunista no Afeganistão teve fim e o país tornou-se
uma República Islâmica.

A geopolítica da Guerra Fria foi marcada por um equilíbrio do terror nuclear. A "mútua destruição
assegurada" ajudou a evitar um conflito direto entre as superpotências, mas duas principais alianças
militares foram formadas durante a Guerra Fria para consolidar a influência e a segurança dos respectivos
blocos - a OTAN e o Pacto de Varsóvia.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte foi formada em 1949 como uma aliança militar defensiva
entre os países ocidentais. O objetivo era responder às ameaças da União Soviética durante os primeiros
anos da Guerra Fria. O surgimento da OTAN seguiu uma série de eventos e preocupações relacionadas à
segurança na Europa no pós Segunda Guerra Mundial.

Depois disso, as potências aliadas vitoriosas tinham o desafio de reconstruir a Europa devastada e lidar
com as consequências geopolíticas do conflito. No entanto, as relações entre os ex-aliados ocidentais e a
União Soviética começaram a se deteriorar.

A crescente influência soviética sobre os países da Europa oriental, marcada pela instalação de regimes
comunistas em várias nações, levou os países ocidentais a enxergarem a União Soviética como uma
ameaça à estabilidade e à segurança da Europa.

Diante dessa ameaça, para prevenir o ressurgimento do militarismo alemão e fortalecer a cooperação
transatlântica, 12 países assinaram o Tratado do Atlântico Norte em 4 de abril de 1949, em Washington
(D.C). São eles: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo,
Dinamarca, Noruega, Islândia, Itália e Portugal.

O Tratado do Atlântico Norte estabeleceu o compromisso de defesa coletiva, no qual um ataque armado
contra um ou mais membros seria considerado um ataque contra todos.

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No cenário pós Segunda Guerra Mundial, duas estratégias econômicas emergiram como peças centrais no
tabuleiro da Guerra Fria: o Plano Marshall, liderado pelos Estados Unidos, e o Comecon (Conselho de
Assistência Econômica Mútua), sob a égide da União Soviética.

Tais planos não eram meramente pacotes de ajuda ou alianças econômicas, e sim manifestações tangíveis
da disputa ideológica entre capitalismo e comunismo.

Essa foi uma iniciativa audaciosa dos Estados Unidos para a reconstrução das nações europeias
devastadas pela guerra. Seu objetivo ia além da reconstrução da Europa e funcionava como uma tentativa
de estabelecer economias estáveis e democráticas na região, criando uma barreira contra a expansão do
socialismo pelo continente.

O Plano Marshall foi bem-sucedido não apenas na revitalização econômica, mas também no
fortalecimento dos laços entre Europa ocidental e Estados Unidos, e na promoção de um bloco capitalista
unido.

O Conselho de Assistência Econômica Mútua visava a integração econômica dos países do bloco oriental.
Ao contrário do Plano Marshall, que era abertamente um programa de ajuda, o Comecon tinha como
objetivo primordial a coordenação das economias socialistas, a fim de promover o desenvolvimento
industrial e agrícola em conjunto.

O fim da Guerra Fria foi um processo gradual que culminou na dissolução da União Soviética em 1991.
Esse desfecho envolveu uma mistura de reformas internas, pressões econômicas, mudanças políticas e
uma nova era de cooperação internacional. Representou não apenas o fim de um período de confronto,
mas também o início de uma nova ordem mundial, protagonizada por uma economia neoliberal e um
mundo multipolarizado.

A queda da URSS veio após o desgaste da economia soviética, principalmente por causa da corrida
armamentista com os Estados Unidos. A iniciativa de defesa estratégica (conhecida como "Guerra nas
Estrelas"), proposta pelo presidente Reagan, colocou pressão financeira sobre os soviéticos. Havia ainda
uma crise desde o fim da Guerra do Afeganistão, que aprofundou o endividamento da União Soviética.

A queda do Muro de Berlim (1989) e o colapso subsequente dos regimes comunistas na Europa oriental
simboliza o enfraquecimento do bloco soviético. Por fim, a dissolução da URSS em 1991 marcou
oficialmente o fim da Guerra Fria, seguida de uma transformação política e econômica global.

Conclusão
A partir dos resultados encontrados sobre a guerra fria, concluímos que a guerra fria foi um período cheio
de tensões e conflitos que teve um impacto significativo no mundo. Além disso, acabou influenciando a
política global.

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Bibliografia
★ https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-fria.htm
★ https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-coreia.htm
★ https://www.todamateria.com.br/guerra-fria/#google_vignette
★ https://aprovatotal.com.br/guerra-fria/#Paises_envolvidos_na_Guerra_Fria

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