Você está na página 1de 18

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância

Importância do Solo na Natureza e no desenvolvimento da produção Agrícola

Pedro Barros Victor

Código do estudante: 708231402

Licenciatura em Ensino de Geografia

Cadeira: Pedogeografia

Turma: B

Ano de frequência: 1º Ano

Tutor: Luís Deixa

Beira, Setembro de 2023


Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5

 Índice 0.5

Aspectos  Introdução 0.5


Estrutura
organizacionais 0.5
 Discussão
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)

Introdução  Descrição dos 1.0


objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico 2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e 2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos 2.0
dados

Conclusão  Contributos teóricos 2.0


práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das 4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

2
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
________________________________________________

3
Índice
1. Introdução......................................................................................................................................5

1.2. Objectivos..................................................................................................................................6

1.2.1. Objectivo geral......................................................................................................................6

1.2.1.1. Objectivos específicos.......................................................................................................6

1.3. Metodologia de pesquisa...........................................................................................................7

1.3.1. Pesquisa bibliográfica............................................................................................................7

2. Importância do Solo na Natureza e no desenvolvimento da produção Agrícola............................8

2.1. Solo – definição.........................................................................................................................8

2.1. Composição do solo...................................................................................................................8

2.2. Classificação dos solos..............................................................................................................9

2.3. Importância do solo.................................................................................................................10

2.4. Funções do solo.......................................................................................................................12

2.5. Funções do solo de natureza ecológica....................................................................................13

2.5.1. Meio de Suporte para a produção de biomassa....................................................................13

2.5.2. Regulador ambiental............................................................................................................13

2.5.3. Reserva de biodiversidade...................................................................................................13

2.6. Funções de natureza sócio-económica.....................................................................................14

2.7. A saúde do solo na agricultura.................................................................................................15

2.6.1. Estratégias para Melhorar a Saúde do Solo na Agricultura..................................................16

2.6.2. As Melhores Práticas para Manter a Saúde do Solo............................................................16

2.6.3. O Impacto Econômico da Saúde do Solo na Agricultura......................................................16

3. Conclusão....................................................................................................................................17

4. Referencias Bibliográficas...........................................................................................................18

4
1. Introdução

O presente trabalho tem como tema: Importância do Solo na Natureza e no desenvolvimento


da produção Agrícola.

A pedogeografia é uma ciência que estuda a distribuição dos solos, as associações,


característica dos solos com a vegetação, drenagem, relevo, rochas, clima e o significado dos
solos na economia e cultura de uma região.

 Solo Conjunto de materiais minerais, orgânicos, água e ar, não-consolidados, normalmente


localizado à superfície da terra, com actividade biológica e capacidade para suportar a vida
das plantas.

 O solo inclui os materiais próximos da superfície que diferem do material rochoso subjacente
como resultado da interacção, ao longo do tempo, do clima, dos organismos vivos, do
material originário e do relevo. Normalmente, a sua variação é gradual até ao limite inferior
com o material originário, onde cessa a actividade biológica, e coincide com a profundidade
de enraizamento das plantas perenes nativas.

A saúde do solo é a sua capacidade de manter a produtividade agrícola e a qualidade


ambiental. Isso inclui o fornecimento de nutrientes, a retenção de água e a regulação do
clima. A saúde do solo é vital para a produção de alimentos e a segurança alimentar e, como
tal, é um dos principais fatores que impulsionam a transformação agrícola.
A agricultura moderna depende da saúde do solo para obter altas produtividades. A
fertilidade do solo é um fator chave na produção de colheitas saudáveis e nutritivas. A saúde
do solo também é importante para a prevenção de doenças e pragas, bem como para a
redução da erosão. Além disso, a saúde do solo é importante para a regulação do clima, pois o
solo é um importante reservatório de carbono.

5
1.2. Objectivos
LIBANEO (2002:104) afirma que “objectivo, é um fim a ser alcançado, alvo a ser
alcançado”. Por conseguinte, de acordo com a citação que apresentamos acima, o nosso
trabalho apresenta dois objectivos, sendo um geral e outros de caracteres específicos.

1.2.1. Objectivo geral.


Fazer um estudo exploratório sobre a importância do solo na natureza e no
desenvolvimento da produção agrícola..

1.2.1.1. Objectivos específicos.


 Definir o solo;
 Identificar a importância do solo;
 Explicar as funções dos solos;
 Descrever a saúde do solo na agricultura.
.

6
1.3. Metodologia de pesquisa
Para a efectivação deste trabalho usou-se o método Analítico que consistiu no uso de técnica
de pesquisa bibliográfica.

1.3.1. Pesquisa bibliográfica

Segundo (LAKATOS 1991:98) abrange toda literatura já tornada publica em relação ao tema
em estudo.

A pesquisa bibliográfica consistiu basicamente na recolha de informações em manuais, livros


e artigos publicados que abordam sobre os conteúdos pesquisados.

7
2. Importância do Solo na Natureza e no desenvolvimento da produção Agrícola
2.1. Solo – definição

Solo é um complexo natural, mineral e orgânico resultante da desagregação e da


decomposição química das rochas expostas à meteorização.

O solo, formado por aglomerados minerais e matéria orgânica da decomposição de


animais e plantas, é a camada superficial da crosta terrestre. O solo é essencial para a
plantação de vários alimentos.

De acordo com LIMA et al., (2007), o solo é um componente fundamental do ecossistema


terrestre, pois é o principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e
disseminação. O solo fornece as raízes factores de crescimento como suporte, água, oxigénio
e nutrientes.

Segundo CAMARGO & ALLEONI (1997), o solo é um dos recursos mais usados pela maior
parte da população do mundo para agricultura.

De acordo com RAÚJO et al., (2004), o solo é a base dos sistemas de produção agrícola, as
alterações nas suas propriedades afectam a sustentação do crescimento vegetal, e
consequentemente o rendimento das culturas, causando impactos directos para o produtor
rural. Então, há necessidade de buscar alternativas que sejam sustentáveis ao longo do tempo,
de forma que melhorem ou mantenham uma estrutura física capaz de exercer as suas funções
para o crescimento das raízes, bem como favorecer o suprimento de água, oxigénio e
nutrientes.

2.1. Composição do solo


Solo é um complexo natural, mineral e orgânico resultante da desagregação e da
decomposição química das rochas expostas à meteorização. O solo é um corpo de
composição complexa formado por fragmentos da rocha-mãe alterados e de tamanho
variável; elementos coloidais (argilas); iões minerais (base da nutrição mineral das plantas) e
matéria orgânica (húmus) tem água e gases na sua composição.

8
FFig.1: Composição do solo em médias gerais.

Os solos são constituídos de uma mistura de partículas sólidas de natureza mineral e


orgânica, também de ar e água, formando um sistema trifásico: sólido, gasoso e líquido. As
partículas da parte sólida variam em tamanho, forma e composição química, sendo sua
combinação o que forma a matriz do solo. A distribuição quantitativa das partículas de areia,
silte e argila, desta composição da matriz, formam a textura do solo, que é uma das
características físicas mais estáveis. Esta fase sólida mineral do solo, composta de partículas
de areia, silte e argila, normalmente, estão reunidas pela acção da cimentação, formando as
unidades estruturais do solo, sendo os principais os minerais de argila, a matéria orgânica e os
óxidos de ferro e alumínio (CAMARGO & ALLEONI, 1997).

A matéria orgânica do solo é formada por resíduos vegetais e animais que são decompostos
por microrganismos, formando o húmus, que participa da estruturação do solo e da retenção
de água (LEPSCH, 2002).

A fracção orgânica ocorre no solo em diferentes estágios de decomposição, contando, ainda,


com organismos vivos e suas actividades (REICHARDT, 1990).

Afirma PREVEDELLO (1996) que, para manter um solo produtivo, bem como adequar
determinadas estratégias de maneio, é importante que sejam analisadas suas propriedades
físicas de porosidade, densidade e resistência, na medida em que elas afectam a resposta das
culturas.

2.2. Classificação dos solos


Pela importância dos solos na economia dos estados, vários cientistas dedicaram-se ao estudo
deste importante recurso. Dokuchaiev e Glinka, (russos), Buchafour (francês) e Marbut e

9
Kellog, da escola americanas foram alguns estudiosos que se debruçaram sobre os solos e que
apresentaram propostas de classificação.

De um modo geral, todos os trabalhos têm como factor mais importante na classificação dos
solos, o clima e seus elementos.

O pedólogo Dokuchaev distingue três (3) tipos de solos: zonais, azonais e intrazonais.

 Solos zonais: São aqueles que se formam em boas condições de precipitação, drenagem,


acção prolongada do clima e da vegetação.
 Solos intrazonais: São aqueles que se formam em condições especiais: presença de grandes
quantidades de sais, ou calcário como rocha-mãe e drenagem também especial.
 Solos azonais ou imaturos: Têm perfil pouco desenvolvido, onde não se notam as
diferenciações entre os horizontes A, B e C.

De modo geral, A classificação do pedólogo Dokuchaiev é válida para solos virgens pouco
comuns, devido acção da agricultura que interfere nos horizontes.

2.3. Importância do solo


O solo corresponde à camada superficial da crosta terrestre e é muito importante para o
desenvolvimento de praticamente todas as atividades humanas. Ele é a base para todos os
objetos técnicos oriundos das relações dos seres humanos com a natureza. Sua função não se
resume à base da agricultura ou do plantio, pensando no aspecto do cultivo de culturas.

O solo é aproveitado para diversas atividades econômicas, como a exploração de recursos


minerais e energéticos, pois é dele que retiramos minerais, rochas e minérios usados no dia a
dia e que servem de matéria-prima para a atividade industrial, da construção civil e para a
produção de objetos do nosso uso diário.

O solo também é um importante armazenador de água, pois é por meio dele que ocorre o


processo de infiltração e, consequentemente, o abastecimento dos lençóis freáticos, dos
aquíferos e o surgimento de nascentes.

Por promover uma interação completa com a hidrografia, a atmosfera, as rochas e os


minerais e até os organismos vivos, é um consenso que a qualidade de vida dos solos

10
influencia diretamente na qualidade de vida de todos os fatores bióticos (vivos) e abióticos
(não vivos) do planeta Terra.

Sendo assim, podemos distinguir três pilares da importância do solo:

 Pilar físico

A estrutura física do solo está diretamente relacionada à capacidade de infiltração,


retenção de água e ar, contribuindo para um ambiente propício ao desenvolvimento das
raízes e dos microrganismos benéficos ao solo. A parte física do solo é composta por:
 Textura: contribui  na capacidade de retenção de água e nutrientes, pois é
definida pela proporção granulométrica da fase mineral do solo, ou seja, a
porcentagem de areia, argila e silte. Por exemplo, solos arenosos possuem menor
capacidade de retenção de água e nutrientes do que os solos argilosos.
 Estrutura: é a organização das partículas do solo com outras substâncias, como a
matéria orgânica, influenciando na permeabilidade da água e dos nutrientes    
 que chegam até as raízes das plantas.
 Porosidade: relacionada aos poros que compõe o solo, ou seja, o tamanho e
quantidade presentes. Essa informação é importante para entendermos como
ocorre a circulação de ar e água no solo.
Esses três atributos físicos são determinados com base na rocha que originou o
solo. Ao compreendê-los, será possível estabelecer o manejo adequado para
assegurar o sucesso da plantação.

 Pilar químico
O pilar químico são os elementos químicos e suas interações.
Esses elementos são essenciais para garantir a produtividade da lavoura e podem ser
diretamente influenciados pelas decisões tomadas durante o manejo – principalmente
quando falamos de nutrientes, o qual as culturas plantas extraem constantemente,
exaurindo o solo.
Entendemos que sem os nutrientes as plantas não se desenvolvem, sendo a
disponibilidade dos mesmos dependente de fatores físicos (estrutura e textura), pH
(ácido, básico ou neutro), a atividade dos microrganismos (como fungos e bactérias) e
também da presença de matéria orgânica.

11
Entre os fatores, o pH é uma característica química do solo essencial para a manutenção
das plantas e da vida que há nele, pois em determinadas faixas pode haver a inatividade
de alguns tipos de microrganismos e indisponibilidade de nutrientes essenciais à lavoura.
Um solo com pH ideal tem a atividade dos microrganismos ativa, nutrientes disponíveis
e, consequentemente, produtividade e saúde.

 Pilar biológico
Este é o pilar relacionado à vida presente no solo e suas interações.
  Nas últimas décadas, muitos estudos têm sido realizados para compreender melhor este
pilar e sua relação com o avanço e sustentabilidade da agricultura. Concluiu-se que esse
entendimento começa com a microbiota do solo.
A biodiversidade presente é responsável por inúmeros processos essenciais, como a
mineralização da matéria orgânica, que gera elementos uteis e essenciais às plantas.

2.4. Funções do solo

Os solos possuem uma série de funções no meio ambiente, que são chamadas de funções do
solo. Tais funções assumem um papel importante na mediação de processos-chaves na
natureza, tais como: fornecer nutrientes para as plantas e organismos, regular a dinâmica da
água no ambiente, atuar como poder tampão atenuando a ação de contaminantes, regular a
emissão de gases de efeito estufa e, sobretudo, influenciar a saúde dos homens e animais.
Considerando que o ecossistema fornece uma ampla gama de bens e serviços em favor da
humanidade, as funções do solo dão suporte à prestação de serviços do ecossistema. Estes
serviços podem ser divididos em quatro categorias:

a) serviços de provisão – diretos ou indiretos para o homem, tais como o fornecimento de


água doce, madeira, fibra e combustível.

b) serviços regulatórios – regulação do teor de gases e água no solo e na atmosfera, clima,


inundações, erosão, polinização e doenças.

c) Serviços culturais – estética, espiritual, educacional e recreação.

d) Serviços de suporte – ciclagem de nutrientes; produção primária, habitação e


biodiversidade.

12
Sendo assim, para o ecossistema funcionar perfeitamente dentro dos limites da
sustentabilidade é necessá- rio que o solo e suas funções sejam preservados, quer seja em um
ambiente natural ou em área manejada pelo homem.

Monitorar as funções do solo é um passo importante para manter a produtividade de um


sistema agrícola. A escolha das funções que devem ser constantemente monitoradas depende
das condições regionais e da especificidade da atividade agrícola

2.5. Funções do solo de natureza ecológica


2.5.1. Meio de Suporte para a produção de biomassa

Está na base da vida humana e animal uma vez que é ela que assegura o
aprovisionamento em alimentos, bioenergia e produção de fibras.

Assim, o solo é um substrato físico para o sistema radicular das plantas e,


simultaneamente, é um substrato nutritivo que assegura a utilização de água e outras
substâncias necessárias ao crescimento vegetal.

2.5.2. Regulador ambiental

Funciona como filtro, acumulador, amortecedor e transformador de diversos compostos


que circulam entre a atmosfera, a hidrosfera e os organismos vivos, fazendo parte
integrante do ciclo hidrológico e de outros ciclos biogeoquímicos.

Funciona com um complexo reactor bio-físico-químico onde ocorrem fenómenos de


filtração mecânica, adsorção e precipitação à superfície de constituintes inorgânicos e
orgânicos do solo e transformações bioquímicas, nomeadamente a mineralização
(decomposição) de resíduos da actividade biológica até à libertação dos elementos
minerais constituintes e à sua reintegração nos ciclos biogeoquímicos.

2.5.3. Reserva de biodiversidade

Por ex., o banco de sementes do solo, mas também o meio de crescimento e habitat de
uma miríade de organismos, macro e microscópicos, muitos de espécies ainda
desconhecidas, que têm no solo o seu habitat, e que são enorme manancial genético.

Uma vez que já desapareceram algumas espécies e outras se encontram em extinção,


torna-se necessário preservar o património genético das espécies ainda existentes.

13
2.6. Funções de natureza sócio-económica

Os solos também são necessários para construção de habitações, desenvolvimento


industrial, circulação e transportes, equipamentos de tempos livres e desportos,
recepção de resíduos, etc.

Nesta função o solo é, geralmente, decapado ou impermeabilizado (betonado).

 Suporte de infra-estruturas

Principalmente vias de comunicação, mas também edifícios

 Fonte de matérias-primas: Cascalho

Fornecimento de água, argila, areia, cascalho, carvão, minerais, turfa, etc, para a produção
técnica e industrial ou para fins sócio-económicos.

Suporte de património natural e cultural

Paisagens protegidas, espaços de lazer, tesouros arqueológicos e paleontológicos,


vestígios paleoambientais.

A importância do solo na produção de biomassa e como regulador ambiental facilmente


nos permite concluir que o solo não deve ser isolado do meio ambiente de que faz parte.
Embora sendo mais um componente do meio ambiente é, simultaneamente, o suporte ou
sustentáculo dos ecossistemas terrestres e um produto da sua evolução.

Consequentemente e atendendo a que 99% da produção de alimentos e de biomassa são


derivados do solo (Sparks, 2000) também deve ser encarado como suporte ou elemento
basilar das sociedades humanas tal como as conhecemos. Não é de mais salientar esta
perspectiva, numa época em que se assiste a uma urbanização e a uma evolução
tecnológica tão espectacular que facilmente nos faz esquecer a dependência e a
fragilidade das nossas sociedades de algo tão banal, aparentemente simples ou até “sujo”,
para alguns, como é o solo.

Portanto, em suma, no contexto agrícola destaca-se as seguintes "funções" dos solos:

 O solo como armazém para entrada e saída de nutrientes para as plantas;


 O solo como armazém para entrada e saída de água e ar no sistema solo-planta-
atmosfera;
14
 O solo como habitat de microorganismos, minhocas, insectos e pequenos mamíferos;
 O solo que providencia o meio para as plantas se fixarem sem cair;

2.7. A saúde do solo na agricultura

A saúde do solo é a sua capacidade de manter a produtividade agrícola e a qualidade


ambiental. Isso inclui o fornecimento de nutrientes, a retenção de água e a regulação do
clima. A saúde do solo é vital para a produção de alimentos e a segurança alimentar e, como
tal, é um dos principais fatores que impulsionam a transformação agrícola.
A agricultura moderna depende da saúde do solo para obter altas produtividades. A
fertilidade do solo é um fator chave na produção de colheitas saudáveis e nutritivas. A saúde
do solo também é importante para a prevenção de doenças e pragas, bem como para a
redução da erosão. Além disso, a saúde do solo é importante para a regulação do clima, pois o
solo é um importante reservatório de carbono.
A saúde do solo está diretamente relacionada à produtividade agrícola. Solos saudáveis
apresentam uma maior capacidade de reter água e nutrientes, o que leva a uma maior
produtividade agrícola. Além disso, solos saudáveis apresentam uma maior resistência a
doenças e pragas, o que reduz a necessidade de pesticidas e outros produtos químicos.
No entanto, sua degradação pode ter efeitos negativos na produtividade agrícola. Solos
degradados são menos capazes de reter água e nutrientes, o que leva a uma menor
produtividade agrícola. Além disso, solos degradados são mais suscetíveis a doenças e
pragas, o que pode aumentar a necessidade de pesticidas e outros produtos químicos.
A degradação do solo tem efeitos negativos na agricultura. A erosão do solo pode levar à
perda de nutrientes e à diminuição da produtividade agrícola. A compactação do solo pode
impedir o crescimento das raízes das plantas, o que reduz a produtividade agrícola. Além
disso, a degradação do solo pode levar à salinização, o que torna o solo impróprio para a
agricultura.
A degradação do solo também pode ter efeitos negativos no meio ambiente. A erosão pode
levar à poluição da água e à perda de biodiversidade. A compactação do solo pode levar à
perda de habitat para a fauna e a flora locais. Além disso, a degradação do solo pode
contribuir para as mudanças climáticas, pois é um importante reservatório de carbono.
A promoção da saúde do solo pode trazer diversos benefícios para a agricultura. Solos
saudáveis apresentam uma maior capacidade de reter água e nutrientes, o que leva a uma

15
maior produtividade agrícola. Além disso, solos saudáveis apresentam uma maior resistência
a doenças e pragas, o que reduz a necessidade de pesticidas e outros produtos químicos.
Também pode trazer benefícios ambientais, pois solos saudáveis podem ajudar a reduzir a
erosão e a poluição da água. Além disso, pode ajudar a melhorar a biodiversidade e a
regulação do clima.

2.6.1. Estratégias para Melhorar a Saúde do Solo na Agricultura


Existem diversas estratégias para melhorar a saúde do solo na agricultura. Uma delas é a
rotação de culturas, que ajuda a manter a fertilidade do solo. Outra estratégia é o uso de
adubo orgânico, que ajuda a enriquecer o solo com nutrientes. Também pode ser feita a
agricultura de conservação, que envolve o uso de técnicas que minimizam a perturbação do
solo, pode ajudar a promover suas boas condições.
2.6.2. As Melhores Práticas para Manter a Saúde do Solo
Existem diversas práticas que podem ser adotadas para manter a saúde do solo. Uma delas é a
manutenção da cobertura vegetal, que ajuda a reduzir a erosão do solo e a manter a umidade.
Outra prática é a redução do uso de produtos químicos, que pode afetar negativamente. Além
disso, a adoção de técnicas de plantio direto e de rotação de culturas pode ajudar nesse
processo.
2.6.3. O Impacto Econômico da Saúde do Solo na Agricultura
A saúde do solo tem um impacto econômico significativo na agricultura. Solos saudáveis
apresentam uma maior produtividade agrícola, o que pode levar a um aumento na renda dos
agricultores. A promoção da saúde do solo também pode ajudar a reduzir os custos com
produtos químicos e levar a uma redução nos custos de produção.

16
3. Conclusão

Feito o trabalho, conclui-se que o solo corresponde à camada superficial da crosta terrestre e
é muito importante para o desenvolvimento de praticamente todas as atividades humanas. Ele
é a base para todos os objetos técnicos oriundos das relações dos seres humanos com a
natureza. Sua função não se resume à base da agricultura ou do plantio, pensando no aspecto
do cultivo de culturas.

Os solos constituem a base da produção agrícola e o meio de produção para a maioria da


população do campo, obtendo-se alimentos básicos da produção e da matéria-prima para as
indústrias. O solo é suporte de toda a Biosfera, ao alimentar as plantas que alimentam os
animais.

O solo é aproveitado para diversas atividades econômicas, como a exploração de recursos


minerais e energéticos, pois é dele que retiramos minerais, rochas e minérios usados no dia a
dia e que servem de matéria-prima para a atividade industrial, da construção civil e para a
produção de objetos do nosso uso diário.

Os solos possuem uma série de funções no meio ambiente, que são chamadas de funções do
solo. Tais funções assumem um papel importante na mediação de processos-chaves na
natureza, tais como: fornecer nutrientes para as plantas e organismos, regular a dinâmica da
água no ambiente, atuar como poder tampão atenuando a ação de contaminantes, regular a
emissão de gases de efeito estufa e, sobretudo, influenciar a saúde dos homens e animais.
Considerando que o ecossistema fornece uma ampla gama de bens e serviços em favor da
humanidade, as funções do solo dão suporte à prestação de serviços do ecossistema.

17
4. Referencias Bibliográficas

CAMARGO, O. A. & ALLEONI, L. R. F. (1997). Compactação do solo e o desenvolvimento


das plantas. Piracicaba, São Paulo, 132 p.

LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Maria de Andrade, Metodologia Científica, 2ª edição,


Atlas, São Paulo, 1991.
LEPSCH, I. F. (2002). Formação e Conservação Dos Solos. Ofina de Textos. São Paulo.

MARCOS, Z. Z. Ensaio sobre epistemologia pedológica: 1. Definição de solo. 2. Natureza e


comportamento do solo. Cahiers ORSTOM: série pédologie, v. 19, n. 1, p. 5-23, 1982.

PREVEDELLO, C. L. (1996). Física do solo com problemas resolvidos. Curitiba, 446 p.

RAÚJO, M. A. et al., (2004). Propriedades físicas de um latossolo vermelho distrófico


cultivado e sob mata nativa. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v. 28, p. 337 –
345.

REICHARDT, K. & TIMM, L. C. (2004). Solo, Planta e Atmosfera: conceitos, processos e


aplicações. São Paulo: Editora Manole, 478 p.

SPARKS, 2000. SSSA President´s message. CSA News

18

Você também pode gostar