Trabalho de Hab. Vida HIV

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância

Consumo de drogas, sexualidade, gestão de tempo e desempenho escolar dos alunos na


Escola Secundaria de Matadouro

Rosaria Filipe

Código do estudante: 708220081

Licenciatura em Ensino de Biologia

Cadeira: Botânica Sistemática

Turma: B

Ano de frequência: 2º Ano

Tutora: MSc. Marcos Francisco Ballat

Beira, Setembro de 2023


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 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução ...................................................................................................................... 5

1.2. Objectivos .................................................................................................................. 6

1.2.1. Objectivo geral........................................................................................................ 6

1.2.1.1. Objectivos específicos. ........................................................................................ 6

2. Consumo de drogas, sexualidade, gestão de tempo e desempenho escolar dos alunos ..... 7

2.1. Droga ............................................................................................................................. 7

2.2. Drogas lícitas.............................................................................................................. 7

2.3. Drogas ilícitas............................................................................................................. 7

2.4. Bebidas alcoólicas ...................................................................................................... 8

2.5. Factores de risco para o consumo de drogas ................................................................ 9

2.6. Prevenção ao consumo de droga na escola ................................................................ 10

2.7. Acções de prevenção e combate ao consumo das drogas aplicadas nas Escolas ......... 10

3. Sexualidade.................................................................................................................. 12

3.1. Adolescência e a sexualidade........................................................................................ 13

4. Conclusão .................................................................................................................... 15

5. Referencias Bibliográficas............................................................................................ 16
1. Introdução

O consumo de drogas é um problema global que compromete o desenvolvimento individual,


social e intelectual dos alunos. O consumo de drogas é apontado como uma das principais
preocupações da sociedade e a escola tem sido considerada um espaço privilegiado para o
desenvolvimento da prevenção e a promoção da saúde. Nesse sentido, as drogas, seu comércio
e consumo ilegais são constantemente vistos como principais motivadores de situações de
violência, desagregação familiar, crimes e fraco rendimento escolar.

A escola, devido à possibilidade de acesso aos adolescentes e à natureza educacional do seu


contexto, é considerada, em todo o mundo, o locus privilegiado dos programas de prevenção
e combate ao consumo de drogas dirigido aos adolescentes e jovens (Soares & Jacobi, 2000).
Para Soares (2013) o uso de substâncias psicotrópicas tem sido alvo de preocupação por parte
da sociedade e da ciência devido às consequências do seu abuso, principalmente quando este
fenómeno assume uma dimensão cada vez maior entre a população escolar.
A Escola tem o papel de desenvolver acções que visam a prevenção e combate do consumo
de drogas na comunidade onde está inserida. Entretanto, deve ser feita uma abordagem
preventiva por meio de uma intervenção no comportamento individual de modo a capacitar
os adolescentes e jovens na escolha de hábitos saudáveis que não coloquem em risco as suas
vidas.
1.2.Objectivos
LIBANEO (2002:104) afirma que “objectivo, é um fim a ser alcançado, alvo a ser alcançado”.
Por conseguinte, de acordo com a citação que apresentamos acima, o nosso trabalho apresenta
dois objectivos, sendo um geral e outros de caracteres específicos.

1.2.1. Objectivo geral.

Analisar os efeitos do consumo de álcool sobre o desempenho académico na


adolescência, na escola secundária de Matadouro.

1.2.1.1.Objectivos específicos.
 Identifique as principais causas do consumo de drogas;
 Identificar a relação do consumo de drogas e sexualidade;
.
2. Consumo de drogas, sexualidade, gestão de tempo e desempenho escolar dos
alunos

2.1. Droga
A Organização Mundial de Saúde (OMS), citada por Fonte (2006), define a droga como toda
a substância que, pela sua natureza química ou natural, afecta a estrutura e funcionamento do
organismo.
Jervis (1977), citado por Fernandes (1997, p. 8), propõe uma definição que vai para além da
dimensão química e farmacológica da substância

Droga é todo o conjunto de substâncias químicas introduzidas, voluntariamente, no organismo


com o fim de modificar as condições psíquicas e que, enquanto tal, criam mais ou menos
facilmente uma situação de dependência no sujeito.

Segundo as fontes compreende-se a droga como sendo toda a substância natural ou química
que quando ingerida no organismo do indivíduo, altera o funcionamento do mesmo
causando-lhe modificações psico-orgânicas profundas.

2.2.Drogas lícitas

Segundo Barbosa (2016), drogas lícitas são substâncias que têm seu uso permitido por lei,
como por exemplo, as bebidas alcoólicas e os cigarros, que são comercializados em vários
locais, como bares, hipermercados, mercearias e supermercados.

Destacando que o álcool não é somente considerado como uma droga, mas, também, é
destacado como porta de entrada para as outras drogas, visto que quando um adolescente
entra em contacto com o álcool, a probabilidade de consumir outras drogas aumenta, pois o
prazer da bebida tem uma duração rápida e a necessidade de se obter um prazer maior e com
uma duração mais prolongada pode despertar o interesse pelo uso de outras drogas (Pereira,
2012).

2.3.Drogas ilícitas

As drogas ilícitas têm seu uso proibido por lei e sua comercialização é considerada como
crime. Em Moçambique segundo a Resolução n.° 15/2003, de 4 de Abril, as drogas sintéticas
usadas na escola são: êxtase, diazepans e mandrax. São consumidas em três principais
cidades do país, nomeadamente: Maputo, Beira e Nampula. Ainda na mesma Resolução está
patente que Cannabis sativa é a mais consumida no país.

Isso deve-se pelo seu fácil acesso e baixo custo em detrimento das outas drogas, como a
cocaína, a heroína e morfina que o seu uso limita-se, exclusivamente, a alguns círculos
frequentados por toxicodependentes adultos e alguns jovens de famílias com poderes
aquisitivos acima da média. O haxixe e o mandrax constituem, respectivamente, a segunda e
a terceira drogas mais consumidas no país. É nessa perspectiva que surge a necessidade de
um estudo orientado para a prevenção e combate ao consumo de drogas ilícitas.
Segundo a Resolução n.° 15/2003, de 4 de Abril, o governo valoriza a iniciativa e a
criatividade dos diversos vectores da sociedade civil no desenvolvimento de acções
preventivas de consumo de drogas. Portanto, as instituições públicas e privadas devem
colaborar na criação de oportunidades de ocupação dos jovens e adolescentes através da sua
ocupação sã, facilitando a participação deste grupo etário nas actividades produtivas,
desportivas e culturais.

2.4.Bebidas alcoólicas
Pode ser considerada como a droga mais vendida no planeta, e o alcoolismo, é um problema
sério de saúde pública mundial. O consumo exagerado de álcool na adolescência é um
problema sério para o cérebro. Pesquisas recentes sobre os efeitos do álcool no cérebro de
adolescentes mostram que essa substância, consumida num padrão considerado nocivo, afecta
as regiões responsáveis por habilidades como memória, aprendizado, auto controle e
principalmente a motivação (O.I.T 2001).
Um bêbado frequentemente descuida se e se esquece de precauções essenciais, como usar um
preservativo ao fazer sexo. Ele também poderia dormir com mais pessoas ou com pessoas cujo
estado de saúde dele não conhece e além disso, o corpo de um bêbado está frequentemente em
uma condição fraca e mais susceptível a todos os tipos de infecções e doenças inclusive
HIV/SIDA (UNAIDS, 2005)
Álcool muda certas funções de cérebro e faz com que as pessoas pensam menos antes de se
envolverem em sexo. Eles resistem a menos, quando são tentados. leva as pessoas a se esquecer
dos perigos de ter muitos parceiros sexuais diferentes e sexo tendo com pessoas cujo estado de
saúde que eles não conhecem. Eles esquecem de se proteger e os seus parceiros usando um
preservativo e esquecem se das suas responsabilidades da suas esposas e crianças. As pessoas
que bebem muito debilitam o seu sistema imune e assim o vírus entra no seu corpo facilmente
(UNAIDS, 2005).
Independentemente do padrão de consumo, todos os estudos mostram que há associação entre
consumo de bebidas alcoólicas e aumento de sexo sem preservativo, troca freqüente de parceiro
sexual, aumento do número de parceiros sexuais, prática sexual com profissionais do sexo,
sexo em troca de dinheiro e maiores taxas de infecções por outras DSTs. Além do padrão de
consumo, outro fator associado à prática de sexo sob efeito de álcool é o local onde o indivíduo
consome
a bebida. Os locais apontados como facilitadores do consumo de álcool associado à atividade
sexual são aqueles vinculados às atividades sociais, principalmente noturnas, como bares,
boates, danceterias e clubes, geralmente freqüentados por adolescentes e adultos jovens.
Pesquisas mostram que o consumo de álcool também está sendo associado ao início precoce
das atividades sexuais entre adolescentes. Quanto mais precoce é o início do uso de álcool,
maiores são as chances de o adolescente se envolver em comportamentos sexuais de risco.
O uso de álcool antes e/ou durante o ato sexual e a falta de habilidades sociais foram apontados
como fatores preponderantes para a prática de sexo sem preservativo em adolescentes com
idade entre 13 e 19 anos.

2.5.Factores de risco para o consumo de drogas

Ronzani e Silveira (2014) afirmam que os factores de risco podem ser definidos como
circunstâncias sociais ou características pessoais que tornam a pessoa mais vulnerável a
assumir comportamentos arriscados, como, por exemplo, usar drogas. Soares (2013) afirma
que dentro dos factores de risco associados ao abuso no consumo de drogas encontram-se
aqueles ligados à socialização, que dizem respeito à interacção da criança com os agentes
socializadores fora da família, como: a escola, o grupo de pares e a comunidade.

a) A Escola. No que diz respeito ao contexto escolar, existem vários aspectos que podem
estar na origem de comportamentos desviantes. Neste caso, os alunos com baixo
rendimento escolar estão expostos à estigmatização, desenvolvendo sentimentos de
inferioridade e, quando não conseguem enfrentar a situação, são alvo da exclusão social
ou alienação. O mau ambiente escolar pode estar na origem de condutas desajustadas
pelo que se torna importante que as escolas propiciem um ambiente saudável para a
formação e crescimento pessoal e académico dos adolescentes;
b) Grupo de pares. Por existir a necessidade de inserir-se e pertencer a grupos, o uso
experimental das drogas pode proporcionar aceitação social por parte dos pares e a
experiência de novas sensações e novidades. Assim sendo, a curiosidade no prazer
que as substâncias produzem durante o consumo, a influência do grupo de pares e a
solidariedade são motivos que aumentam o risco para que os adolescentes recorram ao
consumo de drogas; e
c) A comunidade. A disponibilidade e a presença de drogas na comunidade de
convivência é vista como facilitadora ao consumo de drogas por parte dos adolescentes,
uma vez que o excesso de oferta naturaliza o seu acesso.

Compreende-se que a escola, grupo de pares e a comunidade são considerados agentes


socializadores que podem propiciar o consumo das drogas por englobarem indivíduos com
personalidades diferentes. O mau ambiente social e a necessidade de reconhecimento levam
os adolescentes e jovens a condutas inadequadas.

2.6.Prevenção ao consumo de droga na escola

As drogas estão presentes em todos os espaços da sociedade, inclusive no universo escolar.


Na óptica de Oliveira (2002) é na escola que os diferentes grupos de jovens se encontram, cada
qual com suas experiências de vida e com “motivos” diversos para fazer uso de drogas.
Nesse ambiente pluricultural, os jovens buscam a sua identidade, confrontando as suas
aspirações e desejos com o que os pais e professores esperam deles. Desse modo, demarcam
seus territórios, constituem seu grupo, como uma forma de organização paralela em que a
prática do consumo de alguma droga passa a ser o caminho natural e possível para pertencer
ao grupo e compartilhar das suas intenções.

Para Silva, Romildo, Morais, Costa, Loiola, Sousa e Barbosa (2015) deve-se considerar a
prevenção no contexto escolar dando ênfase no investimento da formação de profissionais
qualificados, bem treinados e habilidosos para lidar com as demandas da instituição, devendo
buscar envolver o corpo escolar inteiro e colocar o adolescente como participante activo no
processo.

2.7.Acções de prevenção e combate ao consumo das drogas aplicadas nas Escolas

Segundo o MINEDH (2018), as acções de educação preventiva planificadas devem focalizarse


na colaboração de amplos segmentos da sociedade organizada, mobilizando tanto entidades
governamentais e não-governamentais. Em particular, deve-se prever a activação
de toda micro-sociedade formada pela comunidade escolar, em estreita colaboração com os
pais.
O MINEDH (2018) aponta as seguintes acções a serem implementadas pelos professores na
escola:

 Envolver os alunos, pais e encarregados de educação e a comunidade, em geral, no


desenho e na implementação de intervenções de combate ao uso de drogas;
 Promover actividades saudáveis (recreativas, desportivas, culturais…) para os alunos;
 Promover projectos educativos envolvendo os alunos;
 Ensinar os alunos sobre os malefícios do uso do álcool e outras drogas; e
 Desenvolver, nos alunos, capacidade de ajuda mútua para a superação deste mal.
As escolas e os profissionais de educação, embora não substituam a família, cabe-lhes
assegurar a realização de uma efectiva intervenção pedagógica através da ministração
de conteúdos ilustrativos dos malefícios do consumo de drogas. Deste modo, a
Resolução n° 15/2003 de 4 de Abril aponta as seguintes estratégias:
 Promoção de iniciativas de prevenção primária, dentro e fora da escola, principalmente
nos meios frequentados por adolescentes e jovens;
 Inclusão nos currículos escolares, programas relativos à componente prevenção do
tráfico e consumo de drogas, abrangendo todos os estabelecimentos e níveis dos
ensinos público e privado; e
 Elaboração de planos trimestrais de disseminação maciça da propaganda antidroga,
visando informar e educar o público sobre os efeitos nocivos da droga.

A prevenção deve ser feita como forma de sensibilizar os alunos, informando-os sobre
as consequências do consumo de drogas na vida do adolescente e jovem, sendo
necessária tambem inclusão do tema no currículo escolar, como mecanismo de munir
o aluno de conhecimentos necessários sobre o seu impacto no rendimento escolar.
Está patente no Decreto nº 54-2013, de 7 de Outubro e da Resolução n. 15/2003, de 4
de Abril, a proibição da venda de álcool e outras drogas em cantinas e barracas ao redor
de escolas. Estas em coordenação com os municípios devem garantir a fiscalização e
penalização dos agentes comerciais que mantêm a venda de álcool e outras drogas nos
arredores das escolas para menores de idade.

A fiscalização e a penalização devem ser feitas de forma sistemática e contínua, visto


que existem vendedores ambulantes, que, de certa maneira, podem vender o álcool e
outras drogas aos menores nos arredores das escolas.
Segundo o Gabinete de Prevenção e Combate à Droga (2017) as actividades levadas a
cabo com vista a prevenir o consumo de drogas são as seguintes:
 Sensibilização dos diferentes grupos-alvo sobre os malefícios do tabaco, do álcool e de
outras substâncias psicoactivas e sua relação com o HIV/SIDA, através de campanhas
de sensibilização (palestras, debates, distribuição de material de propaganda, etc.);
 Formação de activistas estudantis e comunitários, pessoal da saúde, professores e
vários sectores da comunidade para actuarem na prevenção do consumo de drogas;
 Organização de programas de teatro, exibição de vídeos, competições literárias,
redacções/questionários preventivos;
 Disseminar as boas práticas sobre a mudança de comportamento; e
 Produção, distribuição e divulgação do material IEC (Informação, Educação e
Comunicação) que revela as substâncias psicoactivas e seus malefícios.

Neste âmbito, a escola deve aprimorar as relações com o seu meio, de forma a atingir os
seus objectivos. As ações de prevenção e combate ao consumo das drogas devem incluir a
toda comunidade de modo a obter melhores resultados na sua actuação.

3. Sexualidade

SEXUALIDADE refere-se ao lado afectivo, psicológico e sexual de uma pessoa do sexo


feminino ou masculino, ou transgénero ou transsexual. Possui uma abrangência muito
maior, levando à
construcção dos papéis sexuais esperados para cada membro da sociedade (homem /
mulher), dentro de um dado grupo social.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, “A SEXUALIDADE forma a parte


integral da
personalidade de cada um. É uma necessidade básica e um aspecto do ser humano, que não
pode ser separado de outros aspectos da vida. A SEXUALIDADE é a energia que motiva
a encontrar o amor, o contacto e a intimidade, e se expressa, na forma de sentir, na forma
de as pessoas se tocarem e serem tocadas, na busca de prazer”(OMS, 2004). Inclui
sensualidade, erotismo, desejo de contacto, ternura e amor.

A sexualidade é fundamental, para o desenvolvimento do potencial humano de cada pessoa.


A
integridade e dignidade, ao nível da sexualidade, requer o respeito e protecção dos direitos
sexuais de todas as pessoas, o direito de controlo sobre o próprio corpo, e a liberdade de
decisão a ser sexualmente activo, negociar o sexo, praticar o sexo seguro, e prevenir a
gravidez não desejada.

O desenvolvimento da sexualidade acontece, durante toda a vida, no ser humano,


conhecendo as etapas fisiológicas: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade. A
sexualidade é produto de características genéticas, interacções ambientais, influências
sócio-culturais e religiosas. Por exemplo em algumas sociedades, promove-se a poligamia,
enquanto em outras não.

3.1. Adolescência e a sexualidade


Uma das grandes transformações, que também ocorrem na adolescência é a descoberta
da sexualidade, e esta deve ser abordada de maneira adequada e manejada de forma que o
adolescente conheça e de adapte a essa transição. A depender da maneira que é
administrada essa fase, diversas consequências e problemas poderão surgir nas demais
etapas da vida deste indivíduo. Segundo Fontes et al. (2017) os adolescentes apontam os
amigos e colegas como a principal fonte de informações sobre assuntos relacionados à
educação sexual.

Os adolescentes fazem as suas primeiras experiências com a sexualidade: descobrem a sua


identidade sexual, os seus desejos e a atracção pelo outro. Nesta fase, precisam de uma boa
informação, de serviços, de aconselhamento e acompanhamento. Muitas vezes, a sociedade
não tem respondido, de maneira satisfatória, às necessidades dos adolescentes, sobre a
sexualidade, a reprodução, a prevenção das ITS e do HIV.

A consciencialização deve contemplar os direitos bem como as responsabilidades, a


participação
activa do jovem nos processos relacionados com a vida particular e social.

Esta fase de desenvolvimento humano é uma fase de descoberta: da diferença entre amizade
e
namoro, entre namoro sem compromisso e namoro que se desenvolve numa relação
duradoura, com finalidade de matrimónio.

Mais uma vez, a escola, a família e a sociedade têm papel fundamental nessa educação,
com vistas a amparar o adolescente nas suas dúvidas, suas queixas, suas opiniões, sensações
e comportamentos. O início das atividades sexuais, também se inicia com o começo da
adolescência (DOMINGUES et al., 2014). Adolescentes que dizem possuir educação
sexual na escola, apresentaram a menor incidência de atividade sexual precoce
(MACHADO;ABÍLIO; LACERDA, 2019).

Na pesquisa publicada em 2018 por Dallo e Martins, os resultados mostraram que a idade
média da iniciação sexual é de 14,53 anos para as meninas e 14,13 para os meninos, também
apontam que os adolecentes do sexo masculino, quando comparados ao sexo
feminino, possuem uma maior frequencia de práticas sexuais. Tais dados demonstram que
os meninos possuem uma maior incidência de atividades sexuais, isso leva a compreender
que a abordagem de determinados assuntos, como por exemplo a importância da prevenção,
deve ser mais acentuada com o público masculino, sem excluir a participação feminina,
mas o professor deve pensar estratégias que busquem envolver mais esse público, da
mesma forma ocorre com outros assuntos que poderão ser mais focados no público
feminino.

Um fator de extrema relevância que a literatura evidencia é que a sexualidade é na


maioria das vezes abordada apenas pela perspectiva biológica, e raramente são incluídos
os demais aspectos que envolvem o processo de sexualidade (MACHADO; ABÍLIO;
LACERDA, 2019). A educação sexual é uma temática ampla que engloba muito além das
características anatômicas e fisiológicas, também envolve os aspectos sociais, culturais,
comportamentais e emocionais. A escola tem o dever de desenvolver programas e
atividades de educação sexual que foque além dos aspectos biológicos, “[...] mas também
nos valores e atitudes, na ética e na importância e abrangência da sexualidade como meio
de expressão de sentimentos e afetos, como dimensão de comunicação e encontro para além
da genitalidade” (PINTO; REIS, 2017, p. 301).
4. Conclusão

O consumo de drogas por parte dos adolescentes e jovens tem vindo a aumentar no pais
e preocupa toda a sociedade, de modo geral e, em particular, as escolas, visto que têmse
registado casos de alunos que se apresentam sob efeito de drogas, comprometendo o
processo de ensino-aprendizagem.

Entre os usuários de drogas ilícitas, há mais estudantes que já tiveram relação sexual
completa alguma vez na vida em comparação com os não usuários.

Os adolescentes fazem as suas primeiras experiências com a sexualidade: descobrem a sua


identidade sexual, os seus desejos e a atracção pelo outro. Nesta fase, precisam de uma boa
informação, de serviços, de aconselhamento e acompanhamento. Muitas vezes, a sociedade
não tem respondido, de maneira satisfatória, às necessidades dos adolescentes, sobre a
sexualidade, a reprodução, a prevenção das ITS e do HIV.
5. Referencias Bibliográficas

Alfaya, T. V. (2007). Teoria Geral da Administração. Editora Casais.


Barbosa, R. J. B. (2016). Prevenção ao uso de Drogas na Escola e as Possibilidades de
actuação do Psicólogo; Revista Científica estacão, 17, 1-23.

Marconi, M. A. & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de metodologia científica. 5˚


Edição, São Paulo, Atlas.

Sunde, R. M. (2019) Consumo de Drogas pelos Adolescentes nas Escolas Moçambicanas:


Estratégias de Intervenção, Argumentos Pró-Educação 4(10), 882-900.

MACHADO, M. G.; ABÍLIO, F. J. P.; LACERDA, D. O. Corpo e infecções sexualmente


transmissíveis: análise dos conteúdos nos livros didáticos de ciências e biologia.
SUSTINERE, v. 7, n. 1, p. 106-31, 2019.

PINTO, L.; REIS, M. Atitudes e Comportamentos Sexuais na Adolescência: Um Estudo


Pioneiro em Portugal no Âmbito do Ensino Privado. Acta Pediátrica Portuguesa, v. 48,
p. 295-303, 2017.

DOMINGUES, S. et al. Comportamentos de risco dos adolescentes portugueses e


influência do meio ambiente. Nascer e Crescer, v. 23, n. 3, p. 124-33, 2014.

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