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Dulce Helena Xavier

Nasser Micas

A Importância e Objectivos das Práticas Pedagógicas na Formação dos Professores: a


Escola e as suas Componentes Organizacionais

Licenciatura em Ensino de Histooria

Universidade Save

Maxixe

2023

Dulce Helena Xavier


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Índice
Introdução.....................................................................................................................................4
Objectivos.....................................................................................................................................4
Objectivo Geral.............................................................................................................................4
Objectivos Específicos...................................................................................................................4
A importancias e objectivos das praticas Pedagoficas na formacao dos professores: a escola e
as suas componentes organizacionais..........................................................................................5
A Escola e seus componentes Organizacionais............................................................................5
Organização e funcionamento da escola......................................................................................5
Órgãos Executivos:........................................................................................................................5
Órgãosde consulta da Escola:.......................................................................................................6
O Professor e a Escola, e suas funções.........................................................................................7
Professor e suas funções..............................................................................................................7
Importância e objectivos das práticas pedagógicas na formação de professores.......................8
Conclusão....................................................................................................................................10
Referências Bibliográficas...........................................................................................................11
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Introdução
O presente trabalho de investigação científica versa sobre a escola e seus componentes
Organizacionais. Falar da escola e seus componentes organizacionais significa falar de uma
organização sistémica aberta, isto é, um conjunto de elementos (pessoas, com diferentes papéis,
estrutura de relacionamento, ambiente físico, etc.) que interagem e se influenciam mutuamente,
desta forma, qualquer mudança em qualquer dos elementos da escola produz mudança nos outros
elementos, mudança essa que provoca novas mudanças no elemento iniciador, e assim
sucessivamente.

Objectivos

Objectivo Geral
 Compreender a organização da escola e sua funcionalidade.

Objectivos Específicos
 Caracterizar a organização e o funcionamento escolar.
 Identificar as funções do professor.
 Descrever a importância e objectivos das práticas pedagógicas na formação do professor.
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A importancias e objectivos das praticas Pedagoficas na formacao dos professores: a escola


e as suas componentes organizacionais

A Escola e seus componentes Organizacionais


A organização escolar, de entre o conjunto de organizações que estruturam a nossa sociedade,
constitui uma organização, socialmente construída, que influencia e incide sobre todas as outras.
E por isso a escola «enquanto organização constitui, seguramente, uma das áreas de reflexão do
pensamento educacional que se tornou mais visível nos últimos tempos» (COSTA, 1998:7).

Toda instituição necessita de uma estrutura de organização interna, a escola também é uma
instituição e por isso também tem uma estrutura organizacional, geralmente prevista no
regimento Escolar ou em legislação específica estadual. Essa estrutura é comummente
representada geralmente num organograma um tipo de gráfico que mostra a inter-relações entre
os vários sectores e funções de uma organização ou serviço. O Regulamento geral do ensino
básico apresenta a seguinte estrutura organizativa (MINED, 2011);

Organização e funcionamento da escola


Nas escolas funcionam os seguintes elementos:

Órgãos Executivos:
Direcção de escola: a direcção de escola é um órgão directivo composto pelo Director da escola,
Director adjunto da Escola, Chefe de Secretaria, e Chefe de Internato.

Colectivo de Direcção: o colectivo de direcção é um órgão consultivo, composto pelo Director,


Director, Adjunto Pedagógico, Chefe de Secretaria, Chefe do Internato.

Conselho de Escola: o conselho da escola é o órgão máximo do estabelecimento e tem como


funções: ajustar as directrizes e metas estabelecidas, a nível central e local, à realidade da escola;
garantir a gestão democrática, solidária e co-responsável. Do Conselho da Escola fazem parte:

Director da escola: representantes dos professores; representantes do pessoal administrativo;

Representantes dos pais/encarregados de educação: representantes da comunidade; representantes


dos alunos.
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Compete ao Conselho da Escola:

 Aprovar o plano de desenvolvimento da escola e garantir a sua implementação;


 Aprovar o plano anual da escola e garantir a sua implementação;
 Aprovar o regulamento interno da escola e garantir a sua aplicação.

Órgãosde consulta da Escola:


Conselho Pedagógico: o conselho Pedagógico é o órgão de apoio técnico, científico e
metodológico do Director da Escola em matéria pedagógica.

Compõem o conselho Pedagógico:

Director da escola; Director-Adjunto Pedagógico; Coordenadores de Ciclos; Coordenadores de


áreas.

Compete ao Conselho Pedagógico:

 Organizar o processo docente, metodológico e educativo;


 Garantir e controlar a aplicação dos programas, das metodologias de ensino e da avaliação
da aprendizagem superiormente definidas;
 Assegurar o cumprimento das normas de organização, avaliação e direcção escolar no
estabelecimento;
 Analisar o aproveitamento dos alunos e turmas e recomendar as medidas que se revelarem
necessárias.

Assembleia Geral da Escola: a Assembleia Geral é um órgão de consulta e de informação


global promovida pelo Director da instituição que a preside, coadjuvado pelos restantes membros
da Direcção (MINED, 2011).

Compõem a Assembleia Geral:

Os membros do Conselho de Escola: os membros da Direcção; as autoridades locais (Líder


Comunitário, Secretário de bairro, Autoridade Tradicional e outros); os professores; os alunos;
outros trabalhadores da instituição.
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Assembleia Geral da Turma: a Assembleia Geral de Turma é uma reunião convocada e dirigida
pelo Director de Turma onde participam os pais/encarregados de educação, os professores da
turma, os alunos e outros intervenientes do Processo de Ensino e Aprendizagem, se necessário
(MINED, 2011).

Conselho Geral de Turma: O Conselho de Turma é o órgão que contempla a organização,


acompanhamento e avaliação da aprendizagem e comportamento dos alunos, elaborando
estratégias para o sucesso educativo e escolar dos alunos. O Conselho de Turma é constituído por
todos os professores da turma, pelos representantes dos alunos (chefe e adjunto chefe), pelo
representante dos pais e encarregados de educação dos alunos da turma. (MINED, 2011).

O Professor e a Escola, e suas funções

Professor e suas funções


São várias as funções desempenhadas pelos professores no contexto escolar. Deste modo
encontra-se presente, abaixo, as várias funções do professor: Conteúdo funcional – estatuto da
carreira docente (Decreto-Lei n.º 75/2011), apud (MINED, 2011)

São funções do pessoal docente numa forma geral:

 Leccionar as disciplinas, matérias e cursos;


 Planear, organizar e preparar as actividades lectivas dirigidas à turma ou grupo de alunos
nas áreas disciplinares ou matérias que lhe sejam distribuídas;
 Conceber, aplicar, corrigir e classificar os instrumentos de avaliação das aprendizagens e
participar no serviço de exames e reuniões de avaliação;
 Elaborar recursos e materiais didáctico-pedagógicos e participar na respectiva avaliação;
 Promover, organizar e participar em todas as actividades complementares, curriculares e
extracurriculares, incluídas no plano de actividades ou projecto educativo da escola,
dentro e fora do recinto escolar;
 Organizar , assegurar e acompanhar as actividades de enriquecimento curricular
dos alunos;
 Assegurar as actividades de apoio educativo, executar os planos de
acompanhamento de alunos determinados pela administração educativa e cooperar na
detecção e acompanhamento de dificuldades de aprendizagem;
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 Acompanhar e orientar as aprendizagens dos alunos, em colaboração com os respectivos


pais e encarregados de educação;
 Facultar orientação e aconselhamento em matéria educativa, social e profissional
dos alunos, em colaboração com os serviços especializados de orientação educativa;
 Participar nas actividades de avaliação da escola;
 Orientar a prática pedagógica supervisionada a nível da escola;
 Organizar e participar , como formando ou formador , em acções de formação
contínua e especializada;
 Desempenhar as actividades de coordenação administrativa e pedagógica.

Importância e objectivos das práticas pedagógicas na formação de professores


De acordo com GASPARIN (2007: 107), a acção do professor tem como objectivo criar
condições para a actividade de análise e das demais operações mentais do aluno, necessárias para
a realização do processo de aprendizagem. E a partir dessa acção interactiva, o aluno segue junto
ao professor, tendo esse como mediador, que lhe apresenta o conteúdo científico, para que aos
poucos, torne seu o novo objecto de conhecimento. O professor assume um papel de mediador
entre o conhecimento que o aluno traz do mundo e o conhecimento novo, nesse sentido Weiz
aponta:

Se, por um lado, é o que cada um já possui de conhecimento que explica as diferentes formas e
tempos de aprendizagem de determinados conteúdos que estão sendo trabalhados, por outro
sabemos que a intervenção do professor é determinante nesse processo. Seja nas propostas de
actividade, seja na forma como encoraja cada um de seus alunos a se lançar na ousadia de
aprender, o professor atua o tempo inteiro (WEISZ, 2002: 61).

A prática pedagógica deve contribuir para que os alunos construam o conhecimento teórico que
ilumine seu fazer prático quotidiano e lhes possibilite reflectir sobre esse fazer. Sendo assim,
Freire diz que:

[...] Podemos concorrer com nossa incompetência, má preparação, irresponsabilidade,


para o seu fracasso. Mas podemos, também, com nossa responsabilidade, preparo
científico e gosto do ensino, com nossa seriedade e testemunho de luta contra as
injustiças, contribuir para que os educandos vão se tornando presenças marcantes no
mundo (FREIRE, 1997: 32).
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Segundo KENSKI (2001: 103), o papel do professor em todas as épocas é ser o arauto
permanente das inovações existentes. Segundo o autor, o professor deve aproximar o aprendiz
das novidades, das descobertas, das informações e noticias, e orientá-los para a efectivação da
aprendizagem. Para FONTANA (1996) as crianças ouvem o que a professora diz e as imagens
que elas fazem desse dizer, reafirmamno como saber legítimo:

[...] mais do que observar as crianças e garantir o espaço para seus dizeres, é preciso
assumir também seu papel e seu espaço (o de um adulto com um objetivo explícito), nessa
relação intencional que é a relação de ensino, tendo em conta a condição de ambos adulto
e crianças como parceiros intelectuais, desiguais em termos de desenvolvimento
psicológico e dos lugares sociais ocupados nessa relação, mas por isso mesmo parceiros
na relação contraditória de conhecimento (FONTANA, 1996: 72).

Segundo FREIRE (2006), há uma visão profundamente ingênua da prática educativa, vista como
prática neutra, a serviço do bem-estar da humanidade, pois não é capaz de perceber que uma das
bonitezas desta prática está exatamente em que não é possível vivê-la sem riscos (FREIRE, 2006:
77). Nesse caso, “[...] a função do professor é criar as condições para que o aluno possa exercer a
sua ação de aprender participando de situações que favoreçam isso” (WEISZ, 2002: 23). Além
disso, “[...] no cerne do encontro educacional social está o currículo oculto, cujos valores moldam
e influenciam praticamente todos os aspectos da experiência educacional do estudante
(GIROUX, 1997: 66).

Embora os factores que determinam a eficácia de uma certa forma de ensino para obter
determinadas aprendizagens sejam, muitas vezes, alheios as próprias actividades da
aprendizagens, sempre restará uma pequena via para adequar melhor os processos de
aprendizagem e ensino, sempre se podem aproximar um pouco mais as duas margens da
aprendizagem se adequarmos as actividades de ensino às formas de aprendizagem dos alunos e às
condições reais em que vão realizá-las. (POZO, 2002: 58)

Segundo GIROUX (1997: 65), trabalhar em sala de aula significa aprender a viver em grupo.
Aliado aos valores predominantes do sistema educacional, isso tem implicações profundas para a
educação estabelecida nas escolas. Diante disso, a prática pedagógica do professor deve
possibilitar ao aluno adquirir novas competências, a partir das relações que estabelece uns com os
outros e com o meio social e histórico. A prática pedagógica deve ser dinâmica, a fim de preparar
os alunos, para ampla realidade social que os cerca.
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Conclusão

Feito o trabalho conclui-se que a escola ee constituída de dois órgãos; órgãos executivos que nela
encontramos a direcção de escola, colectivo de direcção e o conselho de escola, e o segundo
órgãos de consulta da Escola que ee composto pelo conselho pedagógico; assembleia-geral da
escola; assembleia-geral da turma; conselho geral de turma. O professor é, naturalmente, a figura
chave da escola para, além de promover a transmissão de conhecimentos promover o
desenvolvimento de hábitos, atitudes, interesses, ideais, valores nos educandos. Mais ainda,
dados contacto de forma sistemática e constante com os alunos, e sua posição de influência sobre
eles, cabe-lhe virtualmente a tarefa de promover a formação integral dos mesmos. Somente o
professor, em nossa estrutura escolar, acha-se em posição de actuar sistemática e continuamente
junto ao educando, e de observar-lhe as reacções, tendências, interesses, características pessoais
em geral, em situações naturais de ensino-aprendizagem.
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ReferênciasBibliográficas
MINED.RegulamentoGeraldoEnsinoBásico-REGEB, Maputo. 2011.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas, SP: Autores
Associados, 2007.

GIROUX, Henry A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da


aprendizagem [Trad. Daniel Bueno]. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

NSKI, V.M. O papel do Professor na Sociedade Digital. In: CASTRO, A. D. de CARVALHO,


A.M.P. de (Org.). Ensinar a Ensinar: Didática para a Escola Fundamental e Média. São Paulo;
Ed. Pioneira Thompson Learning, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 13. ed.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.

WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. Ed. Ática, 2º ed. São Paulo, 2002.

POZO. Aprendizes e mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.

FONTANA. Roseli A. Cação. Mediação pedagógica na sala de aula. Ed. autores Associados, 2º
ed, São Paulo, 1996.

FREIRE. Paulo. Professora sim, tia não: Cartas a quem ousa ensinar. Ed. Olho d'água, São Paulo,
1997.

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