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Aula 2: Prática Pedagógica Geral Mestre: Balduino Aleixo

As funções de professor
Assegurar ao aluno domínio duradouro e seguro dos conhecimentos;
Orientar as tarefas do ensino para a formação da personalidade;
Domínio de métodos de ensino;
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Conhecimentos das funções didácticas;
Saber formular perguntas e problemas.
Características dos alunos
O aluno deve ser activo nas aulas;
Respeitar os professores, colegas, e cumprir as tarefas que são colocadas;
Participar nas aulas;
Deve ser responsável.
Bom professor
O bom professor é aquele que preocupa-se em aumentar ou enriquecer os seus conhecimentos
científicos e psicopedagógicos, organiza os conhecimentos que possuem para que a sua comunidade
seja a melhor possível.
O bom professor deve ter as características seguintes:
Simpatia, bom humor, motivador, criatividade, liderança, respeita e compreensão pelo aluno,
simplicidade e humildade.
Bom aluno
É aquele que sabe se comportar durante as aulas, deve ter conhecimento de regulamento interno da
instituição em que ele esta, deve ser compreensivo, objectivo, respeitar os docentes e os
funcionários, deve resolver as tarefas que e colocadas.

A escola e suas componentes oracionais

As escolas que operam nesse modelo dão muito peso à estrutura organizacional: organograma de
cargos e funções, hierarquia de funções, normas e regulamentos, centralização das decisões, baixo
grau de participação das pessoas que trabalham na organização, planos de ação feitos de cima para
baixo.

A Estrutura Organizacional de uma Escola

Toda a instituição escolar necessita de uma estrutura de organização interna, geralmente prevista no
Regimento Escolar ou em legislação específica estadual ou municipal. O termo estrutura tem aqui o
sentido de ordenamento e disposição das funções que asseguram o funcionamento de um todo, no
caso a escola. Essa estrutura é comumente representada graficamente num organogramaum tipo de
gráfico que mostra a inter-relações entre os vários setores e funções de uma organização ou serviço.
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Evidentemente a forma do organograma reflete a concepção de organização e gestão. A estrutura
organizacional de escolas se diferencia conforme a legislação dos Estados e Municípios e,
obviamente, conforme as concepções de organização e gestão adotada, mas podemos apresentar a
estrutura básica com todas as unidades e funções típicas de uma escola.
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Conselho de escola

O Conselho de Escola tem atribuições consultivas, deliberativas e fiscais em questões definidas na


legislação e no Regimento Escolar. Essas questões, geralmente, envolvem aspectos pedagógicos,
administrativos e financeiros. Em vários Estados o Conselho é eleito no início do ano letivo. Sua
composição tem uma certa proporcionalidade de participação dos docentes, dos especialistas em
educação, dos funcionários, dos pais e alunos, observando-se, em princípio, a paridade dos
integrantes da escola (50%) e usuários (50%). Em alguns lugares o Conselho de Escola é chamado
de “colegiado” e sua função básica é democratizar as relações de poder (Paro, 1998; Cizeski e
Romão, 1997).

Direção

O diretor coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola, auxiliado pelos demais
componentes do corpo de especialistas e de técnicos-administrativos, atendendo às leis,
regulamentos e determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino e às decisões no âmbito
da escola e pela comunidade. O assistente de diretor desempenha as mesmas funções na condição
de substituto eventual do diretor.

Setor técnico- administrativo

O setor técnico-administrativo responde pelas atividades-meio que asseguram o atendimento dos


objetivos e funções da escola.

A Secretaria Escolar cuida da documentação, escrituração e correspondência da escola, dos


docentes, demais funcionários e dos alunos. Responde também pelo atendimento ao público. Para a
realização desses serviços, a escola conta com um secretário e escriturários ou auxiliares da
secretaria.

O setor técnico-administrativo responde, também, pelos serviços auxiliares (Zeladoria, Vigilância e


Atendimento ao público) e Multimeios (biblioteca, laboratórios, videoteca etc.).

A Zeladoria, responsável pelos serventes, cuida da manutenção, conservação e limpeza do prédio;


da guarda das dependências, instalações e equipamentos; da cozinha e da preparação e distribuição
da merenda escolar; da execução de pequenos consertos e outros serviços rotineiros da escola.
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A Vigilância cuida do acompanhamento dos alunos em todas as dependências do edifício, menos
na sala de aula, orientando-os quanto a normas disciplinares, atendendo-os em caso de acidente ou
enfermidade, como também do atendimento às solicitações dos professores quanto a material
escolar, assistência e encaminhamento de alunos.
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O serviço de Multimeios compreende a biblioteca, os laboratórios, os equipamentos audiovisuais, a
videoteca e outros recursos didáticos.

Setor Pedagógico

O setor pedagógico compreende as atividades de coordenação pedagógica e orientação educacional.


As funções desses especialistas variam confirme a legislação estadual e municipal, sendo que em
muitos lugares suas atribuições ora são unificadas em apenas uma pessoa, ora são desempenhadas
por professores. Como são funções especializadas, envolvendo habilidades bastante especiais,
recomenda-se que seus ocupantes sejam formados em cursos de Pedagogia ou adquiram formação
pedagógico-didática específica.

O coordenador pedagógico ou professor coordenador supervisiona, acompanha, assessora, avalia


as atividades pedagógico-curriculares. Sua atribuição prioritária é prestar assistência pedagógico-
didática aos professores em suas respectivas disciplinas, no que diz respeito ao trabalho ao trabalho
interativo com os alunos. Há lugares em que a coordenação restringe-se à disciplina em que o
coordenador é especialista; em outros, a coordenação se faz em relação a todas as disciplinas. Outra
atribuição que cabe ao coordenador pedagógico é o relacionamento com os pais e a comunidade,
especialmente no que se refere ao funcionamento pedagógico-curricular e didático da escola e
comunicação e interpretação da avaliação dos alunos.

O orientador educacional, onde essa função existe, cuida do atendimento e do acompanhamento


escolar dos alunos e também do relacionamento escola-pais-comunidade.

O Conselho de Classe ou Série é um órgão de natureza deliberativa quanto à avaliação escolar dos
alunos, decidindo sobre ações preventivas e corretivas em relação ao rendimento dos alunos, ao
comportamento discente, às promoções e reprovações e a outras medidas concernentes à melhoria
da qualidade da oferta dos serviços educacionais e ao melhor desempenho escolar dos alunos.

Instituições Auxiliares

Paralelamente à estrutura organizacional, muitas escolas mantêm Instituições Auxiliares tais como:
a APM (Associação de Pais e Mestres), o Grêmio Estudantil e outras como Caixa Escolar,
vinculadas ao Conselho de Escola (onde este existia) ou ao Diretor.
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A APM reúne os pais de alunos, o pessoal docente e técnico-administrativo e alunos maiores de 18
anos. Costuma funcionar mediante uma diretoria executiva e um conselho deliberativo.

Ambas as instituições costumam ser regulamentadas no Regime Escolar, variando sua composição
e estrutura organizacional. Todavia, é recomendável que tenham autonomia de organização e Página | 4
funcionamento, evitando-se qualquer tutelamento por parte da Secretaria da Educação ou da direção
da escola.

Em algumas escolas, funciona a Caixa Escolar, em outras um setor de assistência ao estudante, que
presta assistência social, econômica, alimentar, médica e odontológica aos alunos carentes.

Corpo Docente

O Corpo docente é constituído pelo conjunto dos professores em exercício na escola, que tem como
função básica realizar o objetivo prioritário da escola, o ensino. Os professores de todas as
disciplinas formam, junto com a direção e os especialistas, a equipe escolar. Além do seu papel
específico de docência das disciplinas, os professores também têm responsabilidades de participar
na elaboração do plano escolar ou projeto pedagógico-curricular, na realização das atividades da
escola e nas decisões dos Conselhos de Escola e de classe ou série, das reuniões com os pais
(especialmente na comunicação e interpretação da avaliação), da APM e das demais atividades
cívicas, culturais e recreativas da comunidade.

Os Elementos Constitutivos do Sistema de Organização e Gestão da Escola

A gestão democrática-participativa valoriza a participação da comunidade escolar no processo de


tomada de decisão, concebe a docência como trabalho interativo, aposta na construção coletiva dos
objetivos e funcionamento da escola, por meio da dinâmica intersubjetiva, do diálogo, do consenso.

Nos itens interiores mostramos que o processo de tomada de decisão inclui, também, as ações
necessárias para colocá-la em prática. Em razão disso, faz-se necessário o emprego dos elementos
ou processo organizacional, tal como veremos adiante.

De fato, a organização e gestão refere-se aos meios de realização do trabalho escolar, isto é, à
racionalização do trabalho e à coordenação do esforço coletivo do pessoal que atua na escola,
envolvendo os aspectos, físicos e materiais, os conhecimentos e qualificações práticas do educador,
as relações humano-interacionais, o planejamento, a administração, a formação continuada, a
avaliação do trabalho escolar. Tudo em função de atingir os objetivos. Ou seja, como toda
instituição as escolas buscam resultados, o que implica uma ação racional, estruturada e
coordenada. Ao mesmo tempo, sendo uma atividade coletiva, não depende apenas das capacidades
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e responsabilidades individuais, mas de objetivos comuns e compartilhados e de ações coordenadas
e controladas dos agentes do processo.

O processo de organização educacional dispõe de elementos constitutivos que são, na verdade,


instrumentos de ação mobilizados para atingir os objetivos escolares. Página | 5

Tais elementos ou instrumentos de ação são:

Planejamento - processo de explicitação de objetivos e antecipação de decisões para orientar a


instituição, prevendo-se o que se deve fazer para atingi-los.

Organização - Atividade através da qual se dá a racionalização dos recursos, criando e viabilizando


as condições e modos para se realizar o que foi planejado.

Direção/Coordenação - Atividade de coordenação do esforço coletivo do pessoal da escola.

Formação continuada - Ações de capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais da escola para


que realizem com competência suas tarefas e se desenvolvam pessoal e profissionalmente.

Avaliação - comprovação e avaliação do funcionamento da escola.

A observação como técnica de recolha de dados na escola e nas salas

Métodos, formas e instrumentos de observação;

Método é uma palavra que provém do termo grego methodos (“caminho” ou “via”) e que se refere
ao meio utilizado para chegar a um fim. O seu significado original aponta para o caminho que
conduz a algures. A palavra método pode referir-se a diversos conceitos. Por exemplo, aos métodos
de classificação científica.

“A observação é sistematicamente organizada em fases, aspectos, lugares e pessoas, relaciona-se


com proposições e teorias sociais, perspectivas científicas e explicações profundas e é submetida ao
controle de veracidade, objetividade, fiabilidade e precisão.”(Aires, 2015, p. 25).

O método de recolha de dados por observação é um método em que o investigador observa os


participantes no seu ambiente natural ou contextos “artificiais” criados para o efeito, como os
laboratórios. É uma estratégia muito valorizada na investigação em educação, já que nem sempre o
que as pessoas dizem que fazem é aquilo que realmente executam. Este método (ou conjunto de
métodos) pode ser utilizado quer em investigação quantitativa, quer em investigação qualitativa.

Observação Quantitativa: Neste caso, o processo de recolha de dados é completamente


normalizado, tudo é planejadamente regularizado (quem e o que se observa), existindo grelhas
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padronizadas de registro, como na utilização de procedimentos de amostragem ou de ocorrência de
determinado comportamento. Tais procedimentos requerem uma observação estruturada, ou seja,
observação em que o observador sabe o que procura e o que considera importante e para isso utiliza
instrumentos técnicos específicos para a recolha de dados ou dos fenômenos a observar. Estes
procedimentos são muito utilizados, por exemplo, na observação de comportamentos de docentes e Página | 6
aprendizes em sala de aula.

Observação Qualitativa: Este tipo de abordagem tem um carácter mais exploratório e aberto no
ato do investigador efetuar anotações de campo, ou seja, uma observação não-estruturada. Nesse
caso, o investigador pode assumir papeis diferentes, dependendo dos objetivos que ele pretende
atingir, podendo ser mais ou menos participante nesse contexto (participante completo, participante-
como-observador, observador-como-participante ou completamente observador). Logo, o
observador qualitativo também pode se envolver em papéis que variam de não-participante até
integralmente participante,

De qualquer forma, o pesquisador escolhe um cenário de seu interesse, para depois tomar notas
sobre comportamentos e atividades das pessoas do cenário escolhido, fornecendo observações
múltiplas durante a realização do seu estudo qualitativo. Para isso também é utilizado um protocolo
ou formulário para registrar as informações, que pode consistir em “uma única página com uma
linha divisória no meio para separar as notas descritivas […].” (Creswell, 2007, p. 193).

Depois de executadas essas duas fases, há o tratamento dos protocolos recolhidos, que consiste “na
reflexão teórica sobre os aspectos observados, bem como na formulação de conexões entre as
diversas dimensões das realidades observadas” (Aires, 2015, p. 25-26). Para tanto, é preciso
sistematizar a coleta de dados nos registros produzidos em campo, começando por segmentar o
texto para reconhecer as unidades de sentido presentes nas descrições efetuadas. Posteriormente,
essas unidades de sentido devem ser reorganizadas num plano de análise, no intuito de avaliar a
frequência de cada uma das ações e condições encontradas durante o período de vivência. Após
esclarecidas tais recorrências, o investigador pode iniciar a leitura do plano de análise que comporá
sua análise.

Técnicas, formas e instrumentos de realização de entrevistas e questionários;

Questionários e entrevistas:

Ambos constituem técnicas de levantamento de dados primários e dão grande importância à


descrição verbal de informantes. Os dois apresentam vantagens e desvantagens que o pesquisador
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deve levar em conta no momento em que estiver escolhendo a técnica a ser aplicada no seu projeto
em particular.

O que diferencia basicamente a entrevista do questionário é que a primeira é sempre realizada face a
face (entrevistador mais entrevistado); também pode ou não ser realizada com base em um roteiro Página | 7
de questões preestabelecidas e até mesmo impressas, enquanto o segundo, necessariamente, tem
como pré-requisito a elaboração de um impresso próprio com questões a serem formuladas na
mesma sequência para todos os informantes.

A entrevista é a obtenção de informações de um entrevistado sobre determinado assunto ou


problema. A entrevista pode ser:

Padronizada ou estruturada: é quando o entrevistador segue roteiro preestabelecido. Ocorre a


partir de um formulário elaborado com antecedência. Com a padronização, podemos comparar
grupos de respostas;

Não padronizada ou não estruturada: não existe rigidez de roteiro; o investigador pode explorar
mais amplamente algumas questões, tem mais liberdade para desenvolver a entrevista em qualquer
direção. Em geral, as perguntas são abertas;

Painel: é a repetição de questões que são aplicadas, de tempos em tempos, às mesmas pessoas, para
que possamos estudar variações nas opiniões emitidas. É necessário ter um plano para a entrevista,
visto que, no momento em que ela está sendo realizada, as informações necessárias não deixem de
ser colhidas.

As entrevistas podem ter o caráter exploratório ou ser de coleta de informações. Se a de caráter


exploratório é relativamente estruturada, a de coleta de informações é altamente estruturada.

Algumas sugestões de planejamento da entrevista:

Quem deve ser entrevistado: procure selecionar quem realmente tem o conhecimento para satisfazer
suas necessidades de informação;

Plano da entrevista e questões a serem perguntadas: prepare com antecedência as perguntas a serem
feitas ao entrevistado e a ordem em que elas devem acontecer;

Pré-teste: o pré-teste refere-se ao teste do questionário (entrevista) em uma pequena amostra de


entrevistados, com o objetivo de identificar e eliminar problemas potenciais. A melhor maneira de
efetuar os pré-testes é com entrevistas pessoais, mesmo que a pesquisa real venha a ser feita pelo
correio, por telefone ou por meios eletrônicos, porque os entrevistadores podem observar as reações
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e as atitudes dos entrevistados. Depois de efetuadas as necessárias modificações, será possível
realizar outro pré-teste. As respostas do pré-teste devem ser codificadas e analisadas. Essa análise
pode servir para verificar a adequação do problema, dos dados e da análise, necessários para obter
as informações pretendidas.
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Métodos de recolha de dados e de estudo documental

Estudo documental: a pesquisa documental, devido a suas características, pode ser confundida com
a pesquisa bibliográfica. Gil (2008) destaca como principal diferença entre esses tipos de pesquisa a
natureza das fontes de ambas as pesquisas. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza
fundamentalmente das contribuições de vários autores sobre determinado assunto, a pesquisa
documental baseia-se em materiais que não receberam ainda um tratamento analítico ou que podem
ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.

Assim como a maioria das tipologias, a pesquisa documental pode integrar o rol de pesquisas
utilizadas em um mesmo estudo ou se caracterizar como o único delineamento utilizado para tal
(Beuren, 2006). A utilização da pesquisa documental é destacada no momento em que podemos
organizar informações que se encontram dispersas, conferindo-lhe uma nova importância como
fonte de consulta.

Nessa tipologia de pesquisa, os documentos são classificados em dois tipos principais: fontes de
primeira mão e fontes de segunda mão. Gil (2008) define os documentos de primeira mão como os
que não receberam qualquer tratamento analítico, como: documentos oficiais, reportagens de jornal,
cartas, contratos, diários, filmes, fotografias, gravações etc. Os documentos de segunda mão são os
que, de alguma forma, já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de
empresas, tabelas estatísticas, entre outros.

Entendemos por documento qualquer registro que possa ser usado como fonte de informação, por
meio de investigação, que engloba: observação (crítica dos dados na obra); leitura (crítica da
garantia, da interpretação e do valor interno da obra); reflexão (crítica do processo e do conteúdo da
obra); crítica (juízo fundamentado sobre o valor do material utilizável para o trabalho científico).

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