Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ENGENHEIRO COELHO
2012
DAVI CORRÊA BUENO
ENGENHEIRO COELHO
2012
Dedico esse trabalho a todas as pessoas que
lerem esse TCC. A princípio pode parecer pura
delicadeza dedicar esse trabalho aos leitores,
entretanto vários trabalhos ficam por vários
anos guardados em uma estante. Durante esses
anos, é como se esses trabalhos estivessem
“mortos”, portanto é o leitor quem dá vida a
um texto. Muito obrigado, leitor, por retirar
meu trabalho da estante e “revivê-lo”.
• Agradeço a Deus.
• Ao Dr. Jetro Meira de Oliveira, por ter me orientado nesse trabalho.
• A minha namorada, Priscila Varussa, por ter me auxiliado nas correções desse
trabalho e ter me ajudado durante todo o curso da faculdade.
• A minha família por ter me apoiado a fazer o curso de Música.
• Ao Ronaldo Domingos que criou o “folclore” matinal de tomar café com os amigos
Raphael de Araujo e Murilo Begnami. Esse café sempre nos trouxe importantes
conversas que agregaram conhecimento a nossa vida acadêmica.
FIGURA 1 – PARTITURA QUE FRANZ VAN MOSEL ENVIOU PARA ANÁLISE ................................................... 18
FIGURA 2 – EXEMPLO DE ESCRITA “VERTICAL”, DEMONSTRANDO “SENTIDO ASCENDENTE” E “SENTIDO
DESCENDENTE”. ............................................................................................................. 22
FIGURA 3 – EXEMPLO DE ESCRITA “DEXTRÓGIRA”, DEMONSTRANDO “SENTIDO DEXTROASCENDENTE” E SENTIDO
“SINISTRODESCENDENTE”. ................................................................................................ 22
FIGURA 4 – EXEMPLO DE ESCRITA “SINISTRÓGIRA”, DEMONSTRANDO “SENTIDO SINISTROASCENDENTE” E
SENTIDO “DEXTRODESCENDENTE”. ..................................................................................... 23
FIGURA 5 - CALIGRAFIA ENCONTRADA NO “EXEMPLAR 1 DE CONTRABAIXO DO CONJUNTO 1”. DOCUMENTO
CUJA AUTORIA ESTAMOS QUESTIONANDO. PÁGINA 1 COMPASSO 1. ......................................... 27
FIGURA 6 - CALIGRAFIA ENCONTRADA NO “EXEMPLAR 1 DE CONTRABAIXO DO CONJUNTO 1”. DOCUMENTO
CUJA AUTORIA ESTAMOS QUESTIONANDO. PÁGINA 1 COMPASSO 6. ......................................... 28
FIGURA 7 - PRIMEIRA UNIDADE GRÁFICA GERA O CORPO DA LETRA “F”. .................................................... 29
FIGURA 8 - SEGUNDA UNIDADE GRÁFICA GERA O CORTE DA LETRA “F”. ..................................................... 29
FIGURA 9 - TRECHO DO “EXEMPLAR 1 DE CONTRABAIXO DO CONJUNTO 1”, DOCUMENTO CUJA AUTORIA
ESTAMOS QUESTIONANDO. ............................................................................................... 29
FIGURA 10 - TRECHO DO “EXEMPLAR 1 DE CONTRABAIXO DO CONJUNTO 1”, DOCUMENTO CUJA AUTORIA
ESTAMOS QUESTIONANDO. ............................................................................................... 30
FIGURA 11 - CALIGRAFIA DO PADRE JOSÉ MAURÍCIO. DOCUMENTO CRI-SM18. GRADE DE REGÊNCIA –
DINÂMICA RETIRADA DA LINHA DO VIOLONCELO. COMPASSO 1 DA PÁGINA 1 ............................. 31
FIGURA 12 - A PRIMEIRA “UNIDADE GRÁFICA” INICIA-SE NA “ZONA INICIAL”. O TRAÇADO VAI PARA CIMA ATÉ
FAZER UMA PEQUENA PAUSA PARA MUDAR DE DIREÇÃO. ........................................................ 31
FIGURA 13 - A SEGUNDA “UNIDADE GRÁFICA”. ................................................................................... 31
FIGURA 14 - A TERCEIRA “UNIDADE GRÁFICA” ..................................................................................... 32
FIGURA 15 - A QUARTA UNIDADE GRÁFICA ......................................................................................... 32
FIGURA 16 - TRECHO DO “EXEMPLAR 2 DE CONTRABAIXO DO CONJUNTO 1”, DOCUMENTO AUTÓGRAFO DE JOSÉ
MAURÍCIO..................................................................................................................... 38
FIGURA 17 - TRECHO DO “EXEMPLAR 2 DE CONTRABAIXO DO CONJUNTO 1”, DOCUMENTO AUTÓGRAFO DE JOSÉ
MAURÍCIO..................................................................................................................... 38
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 8
2 METODOLOGIA ..................................................................................................... 10
3 DESENVOLVIMENTO - MONOGRAFIA..................................................................... 11
3.1 Formas conhecidas de identificar o autor de um manuscrito .................................. 11
3.2 A Grafoscopia........................................................................................................ 14
3.2.1 O processo de análise pela grafoscopia .............................................................. 18
3.2.2 A unidade gráfica ............................................................................................... 20
3.2.3 Inclinação axial .................................................................................................. 21
3.2.4 Espaçamento ..................................................................................................... 23
3.3 O “Te Deum Laudamus (CPM 92)” e seus manuscritos ........................................... 23
3.4 Análise da caligrafia encontrada no “Conjunto 1 de Contrabaixo” .......................... 27
3.4.1 A dinâmica “piano” ............................................................................................ 27
3.4.2 A dinâmica “forte” ............................................................................................. 28
3.4.3 O espaçamento entre notas ............................................................................... 29
3.4.4 As hastes das notas musicais .............................................................................. 30
3.5 Análise da caligrafia de José Maurício .................................................................... 30
3.5.1 A dinâmica “piano” ............................................................................................ 30
3.5.2 A dinâmica “forte” ............................................................................................. 32
3.5.3 O espaçamento entre notas ............................................................................... 37
3.5.4 As hastes das notas musicais .............................................................................. 38
3.6 Comparação entre a caligrafia presente no “Conjunto 1 de Contrabaixo” e a
caligrafia de José Maurício............................................................................................... 39
3.6.1 A dinâmica “piano” ............................................................................................ 39
3.6.2 A dinâmica “forte” ............................................................................................. 40
3.6.3 O espaçamento entre notas ............................................................................... 41
3.6.4 A posição das hastes .......................................................................................... 41
4 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 43
5 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 46
6 ANEXO .................................................................................................................. 48
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo principal identificar se o padre José Maurício
Nunes Garcia é o autor de uma partitura manuscrita que se encontra no “Acervo Musical do
Cabido Metropolitano do Rio de Janeiro” (ACMERJ1). O manuscrito que analisaremos é uma
partitura de contrabaixo2 que pertence ao “Te Deum Laudamus - Hino de Ação de Graças
para Matinas de São Pedro”, em Lá Maior, 1809 (CPM 92)3.
Existem várias partituras da obra CPM 92 algumas delas são originais do próprio
compositor José Maurício e outras partituras são cópias produzidas por copistas não
identificados. Nesse acervo a partitura de cada instrumento é chamada de exemplar e cada
exemplar é guardado em um conjunto de partitura, cada conjunto une todas as partituras
que foram escritas pela mesma pessoa, sendo que para organizar as partituras da obra CPM
92 foram criados nove conjuntos diferentes. Por isso no Conjunto 1 só existem partituras do
próprio José Maurício, no Conjunto 2 estão partituras que foram produzidas parcialmente
por José Maurício e concluída por algum copista, do Conjunto 3 em diante são apenas cópias
produzidas por copista, cada conjunto desses foi feito por um copista diferente (ACMERJ,
2012, s.p.).
A problemática de nossa pesquisa surgiu durante o processo de transcrição do
manuscrito da obra CPM 92 para formato digital, através do programa Finale, que está
sendo executada pelo Grupo de Pesquisa em Linguagem Musical Brasileira do curso de
Licenciatura em Música do UNASP-EC.
Ao transcrever e comparar as partes de contrabaixo, verificamos que o “Exemplar 1
do Conjunto 1” possuía muitos erros e também notamos que o “Exemplar 2 do Conjunto 1”
era mais confiável. Segundo o ACMERJ (2012), o “Exemplar 1 do Conjunto 1” teria sido
escrito por José Maurício. Entretanto, devido à quantidade de erros encontrados nesse
manuscrito, levantamos a hipótese de esse exemplar ser apenas uma cópia feita por um
copista. Ao comparar a caligrafia presente nesse documento, verificamos que ela é distinta
da caligrafia encontrada em outros documentos autógrafos de José Maurício. Portanto
1
ACMERJ – Todas as partituras do “Acervo Musical do Cabido Metropolitano do Rio de Janeiro” estão
disponíveis para consulta no site: http://www.acmerj.com.br/
2
Veja a primeira folha da partitura no anexo.
3
Todas as partituras do CPM 92 estão no site: http://www.acmerj.com.br/CMRJ_CRI_SM46.htm
2 METODOLOGIA
3 DESENVOLVIMENTO - MONOGRAFIA
música e que “Marcos Correa” seja o copista. Outras pessoas suporão que “João Silva” seja
apenas o compositor e que “Marcos Correa” seja o letrista da música. É possível também
imaginar que “João Silva” seja o compositor, o letrista e que ele mesmo tenha escrito a
partitura; e que “Marcos Correa” tenha adquirido a partitura e feito posteriormente a
inscrição na capa.
Podemos perceber, com esse simples exemplo, que a ausência de informações
explícitas leva a conclusões muito distintas e, em muitos casos, a uma conclusão errada a
respeito da partitura.
Uma inscrição explícita para o nosso exemplo seria: “Compositor e Letrista: João Silva
/ Música: Primavera / Essa partitura pertence a: Marcos Correa”. Tal inscrição não deixa
nenhuma dúvida da relação existente entre a partitura e cada um dos nomes que aparece
nela.
Quando encontramos um nome marcado em uma partitura, mas não há nada
descrevendo esse nome, é possível dizer que este nome pode representar uma dentre três
coisas distintas. Esse nome pode representar “o autor da peça”, “quem copiou a peça” ou “o
dono da partitura” (BIASON, 2001, p. 355).
Podemos ver que o ACMERJ (2012) também questiona algumas inscrições
encontradas em partituras de seu acervo. No ACMERJ (2012), encontramos a obra “Kyrie e
Gloria da Missa, em Fá maior (CT 119)” de José Maurício. No “Conjunto 1” desse Kyrie, a
seguinte observação:
a partitura e as partes foram encapadas e etiquetadas; as etiquetas trazem,
respectivamente, as indicações “Copia do Originál por Miguel / 1892” e
“Copia do Miguel / 1892”, porém é arriscado concluir se pela mão do
copista ou por mão posterior, podendo caracterizar propriedade e não
cópia em um ou ambos os casos; seja como for, partitura e partes são
manuscritos elaborados por copistas nitidamente diferentes (ACMERJ,
2012).
Segundo ACMERJ (2012), nas partes de S1, S2, A1, A2, T1, T2, B1, B24 e órgão, está
escrito “Copia do Miguel / 1892”. Nós acreditamos que essa frase é ambígua, uma vez que
pode dar a entender que a partitura pertencia a Miguel e também pode dar a entender que
a cópia foi feita por Miguel.
4
Soprano 1, Soprano 2, Contralto 1, Contralto 2, Tenor 1, Tenor 2, Baixo 1 e Baixo 2.
Na partitura contendo “SCTB / cb / org”, está escrito “Copia do Original por Miguel /
1892” (ACMERJ, 2012). De acordo com esse texto, é possível que esse manuscrito realmente
teria sido feito por Miguel.
O ACMERJ (2012) concluiu que os textos das etiquetas podem “caracterizar
propriedade e não cópia em um ou ambos os casos; seja como for, partitura e partes são
manuscritos elaborados por copistas nitidamente diferentes”.
Percebemos, portanto, que um texto que deveria informar com precisão a respeito
de um manuscrito pode conter informações equivocadas.
No mesmo acervo, encontramos outro caso em que o texto na etiqueta, de uma
partitura, não contém informações suficientes para compreender se o manuscrito foi
copiado por Miguel ou se pertencia a Miguel.
A etiqueta em questão encontra-se na obra “Kyrie e Gloria da Missa de São Pedro de
Alcântara, em Si bemol Maior”, de José Maurício. Na etiqueta, está escrito, em letras
pequenas, “copiado 1892” e na linha abaixo está escrito “Miguel” (ACMERJ, 2012). Olhando
apenas o texto, nós deduziríamos que a cópia foi feita em 1892, por Miguel. Entretanto,
mais uma vez, o ACMERJ (2012) indica essa partitura como “cópia e/ou propriedade de
Miguel”. Ou seja, para o ACMERJ (2012), é questionável se a cópia teria sido feita por Miguel
ou se a cópia apenas pertenceu a ele.
SOBRINHO (2004, p. 26), por outro lado, demonstra que deposita grande
credibilidade nas anotações encontradas nas partituras, uma vez que ele diz:
Sobre a questão da autoria, chegamos à conclusão que o autógrafo do
compositor é o que está presente em alguns manuscritos do Inventário
João Mohana com a indicação de “por Leocádio Rayol”. Esse fato por si só
corrobora a autoria, pois a prática corrente na época era a de indicar a
autoria pela preposição “por” e somente a posse da obra pela preposição
“de”.
que essa prática foi comum e muito respeitada nessa época e na região de Leocádio,
podendo não ter sido uma prática comum em outros períodos ou outras regiões.
Já Biason (2001, p. 365) tem uma visão diferente, por isso é afirmado que:
As páginas de rosto são ricas em informações, onde se pode colher, pelo
menos, o nome do autor e o proprietário do manuscrito. Alguns termos são
explícitos; por exemplo, para definir a autoria encontra-se: seu autor…,
composto por…, para o proprietário: de uso de…, pertence a…, de posse
de…, seu proprietário…, seu dono…, e para o copista: copiado por…. Este
último termo, em geral, é encontrado quando a cópia foi encomendada,
mas, deve-se levar em conta que os nomes definidos como proprietários,
podem ser eles mesmos, os copistas. Outros termos não definem a origem
do nome encontrado, são eles: por…, de…, pelo…, dando margem a
atribuições equivocadas.
Biason afirma que as proposições “por”, “de” e “pelo” não definem a origem do
nome encontrado. Essa visão é oposta à de Sobrinho (2004), que acredita que o termo “por”
indica autoria e o termo “de” indica posse de obra.
Já Araújo (citado por CASTAGNA, 2000, p.23), demonstra a dificuldade em se definir a
autoria de um documento, ao dizer:
Sabe-se como é difícil esse problema de autenticidade, com relação aos
manuscritos musicais de nossos arquivos. Nem sempre basta encontrar na
partitura ou, mais freqüentemente, nas partes da obra o nome do autor.
Pode ser o verdadeiro, mas poderá ser falso. Ser o nome de um copista. De
um proprietário da obra [...]
Podemos concluir, através do texto de Araújo (1970), que não é possível confiar
totalmente no que está anotado em uma partitura. Vimos que Biason (2001) também
acredita que, muitas vezes, são imprecisas as informações sobre compositor/copista que
estão anotadas nas partituras dos acervos.
Devido a esse problema de identificar com precisão o autor de um manuscrito,
buscamos estudar a grafoscopia, com o objetivo de encontrar uma forma mais confiável de
determinar o autor de um manuscrito.
3.2 A Grafoscopia
Também temos conhecimento de que Sobrinho (2004) fez uma análise com as
partituras de Loecádio Rayol. Em sua pesquisa, Sobrinho afirma que verificou duas partituras
de Leocádio e encontrou semelhanças na caligrafia, tipo de papel, marca do fabricante e
folhas de rosto das partes instrumentais e capa de encadernação.
Nogueira (2004) escreveu sobre a peça “Progresso” de Carlos Gomes. Em sua
pesquisa, Nogueira (2004, p. 44) afirma:
A peça (versão para coro, orquestra e fanfarra) foi restaurada a partir de
manuscritos estão no Museu Carlos Gomes de Campinas. As partes da
orquestra são de copista desconhecido, mas as partes de banda trazem a
caligrafia inconfundível de Sant’Anna Gomes e são seguramente do século
XIX.
O fato de um grafotécnico ter feito uma análise de partitura e dado seu parecer a
respeito da grafia musical demonstra que é possível analisar e identificar o autor de uma
partitura usando conceitos da grafoscopia.
Através de Nickel (2005) e de Dewitt (2012) podemos concluir que é possível usar a
grafoscopia para analisar a escrita musical.
GOMIDE & GOMIDE (2005, p. 74) explicam que: “Os exames para a determinação das
identidades gráficas dos lançamentos são realizados através de cotejos entre peça de exame
e respectivos paradigmas”.
O termo “peça de exame” refere-se ao documento que se deseja identificar a autoria.
E “paradigmas” seriam documentos contendo a caligrafia da pessoa que imaginamos ser o
autor do documento questionado.
Sabemos que a grafoscopia prova a autoria através da comparação entre caligrafias.
Por isso, é preciso ter em mente pelo menos um possível autor para o documento
questionado, pois somente assim será possível recolher paradigmas para comparar com a
peça de exame.
Nickell (2005, p. 43) afirma que o primeiro passo é analisar isoladamente as
características da caligrafia da peça questionada, ou seja, sem possuir qualquer caligrafia
para comparação.
Isso deve ser feito porque, segundo Nickell (2005, p. 43), mesmo pessoas diferentes
podem possuir algumas características caligráficas em comum. Portanto, analisar o
documento questionado ao lado de qualquer outra caligrafia pode influenciar o examinador
a procurar os pontos em comum entre as duas caligrafias e também fazê-lo deixar de
procurar por características divergentes entre os manuscritos. Essa influência pode levar a
uma conclusão errada, fazendo o examinador determinar um falso autor do documento.
Após analisar isoladamente o documento e anotar todas as características
encontradas, é preciso levantar a hipótese de alguém ser autor da peça questionada, então
será necessário recolher amostras da caligrafia da pessoa que imaginamos ser o autor da
peça.
Monteiro (2008, p. 21) chama cada amostra recolhida de “peça padrão”. E diz
também que “A peça padrão é constituída de assinaturas, [...] pois permitem ao examinador
utilizá-los como base de comparação com a peça questionada”. Ele afirma que é
“Recomendável encontrar-se à disposição do conferente o maior número possível de
padrões, no mínimo de três espécimes [...]”.
Para Gomide & Gomide (2005, p. 66), quanto mais peças padrão disponíveis, melhor
será. Para eles, o bom senso é que determina o número máximo de peças padrão, e uma
peça padrão também precisa atender os requisitos de autenticidade, de adequabilidade e de
contemporaneidade (GOMIDE & GOMIDE, 2005, p. 63-65).
Na visão de Gomide & Gomide (2005, p. 64), para uma peça padrão ser considerada
adequada, é preciso que ela possua: o mesmo tipo de papel que do documento
questionado; tenha sido escrita pelo mesmo instrumento escrevente (caneta, lápis, etc.);
tenha a mesma condição de suporte (pautado ou sem pauta); espaçamentos iguais; deve ser
escrita na mesma posição em que o documento questionado foi escrito (sentado ou em pé).
Se uma dessas condições não for respeitada, poderá ocorrer alteração na caligrafia.
Dessa forma, uma peça padrão pode não conter informações precisas. Todos nós podemos
notar que nossa caligrafia muda quando escrevemos em pé ou sentado, quando usamos
uma caneta diferente, etc.
É quase impossível conseguir uma peça padrão que respeite todas essas regras de
adequabilidade. É por isso que GOMIDE & GOMIDE (2005, p. 65) afirmam que:
É claro que nem sempre o perito consegue contar com padrões
absolutamente adequados, o que, evidentemente, não prejudicará a
realização da perícia, cabendo ao técnico sanar, com sua experiência e
conhecimento, os inconvenientes decorrentes da inadequabilidade desta
ou daquela particularidade.
É importante saber que as variações gráficas podem ocorrer com o passar dos anos,
sendo que elas podem ser normais ou ocasionais. Por outro lado, existem pessoas que
mantêm um tipo de grafismo por anos a fio. Uma peça padrão deve ter a data mais próxima
da peça questionada (GOMIDE & GOMIDE, 2005, p. 65).
Após recolher peças padrão, deve-se analisar isoladamente as características
encontradas nessas peças (NICKELL, 2005, p. 43).
Por fim, é feita a comparação entre peça questionada e peça padrão (NICKELL, 2005,
p. 43). Através das características comuns e incomuns a ambos os documentos, que pode-se
concluir se o autor do documento questionado é a mesma pessoa que produziu a peça
padrão.
(movimentação que o punho escritor faz ao lançar o grafismo) sem mudança brusca de
sentido no seu traçado [...]”.
A “unidade gráfica” é contada sempre que ocorrer uma pequena “pausa” durante a
escrita. Sempre que sucede uma mudança brusca de direção, ocorre uma “pausa”, mesmo
que seja imperceptível para quem escreve. Portanto, uma letra “arredondada” possui uma
quantia menor de “unidade gráfica” do que uma letra com traços “retos”. Isso ocorre porque
na letra “arredondada” não há mudanças bruscas de direção.
VELS (1961, p. 19) utiliza o termo “trazo” (em português “traço”) no lugar do termo
“unidade gráfica”. O “trazo” é todo caminho percorrido pela caneta, usando apenas um
impulso (VELS, 1961, p. 19). O conceito de grama é complementado por GOMIDE & GOMIDE
(2005, p. 43) ao afirmarem: “[...] os gramas podem ser construídos através dos traços
horizontais, inclinados e verticais, bem como através de curvas representativas da
circunferência ou parte desta [...]”.
Conhecer o conceito de grama é fundamental para conseguir identificar quantas
unidades gráficas são usadas na caligrafia de uma pessoa. Somente assim será possível
determinar com precisão as diferenças e semelhanças entre dois manuscritos, podendo
comprovar a autoria de um documento.
Cada uma das inclinações axiais é dividida em duas partes. Elas são divididas de
acordo com sua posição em relação à linha de pauta. Na escrita do tipo vertical, não há
inclinação nas letras. Há uma predominância no sentido ascendente e descendente
(MONTEIRO, 2007, p. 81).
Para facilitar a compreensão, veja, na imagem abaixo, que existem duas linhas
tracejadas. Uma linha está auxiliando a verificação da inclinação axial na letra “A” e a outra
está auxiliando na verificação da laçada da letra “g”. Perceba que a letra “A” está classificada
como “ascendente”. Isso ocorre porque ela está acima da linha de pauta. A laçada da letra
“g” encontra-se abaixo da linha de pauta, por isso ela é classificada como “descendente”.
Através da inclinação axial, é possível analisar todas as letras de qualquer palavra. No
nosso exemplo, é possível analisar todas as letras da palavra “Angular”. No nosso exemplo,
apenas a laçada da letra “g” seria descendente. Todas as outras letras seriam classificadas
como “ascendente”.
3.2.4 Espaçamento
Em outras palavras, uma peça musical pode possuir várias partituras. Essas partituras
são guardadas em um ou mais “conjuntos”. Os conjuntos foram criados para organizar e
separar cada um dos manuscritos, disponíveis no acervo, de acordo com suas características.
Graças a essa separação, em um conjunto ficam apenas as partituras feitas pelo próprio
compositor; em outro conjunto ficam apenas os manuscritos feitos pelo copista “A”; em
outro conjunto ficam apenas as partes feitas pelo copista “B”; etc. O ACMERJ também usa
datas e unidades musicais registradas para organizar os seus conjuntos (NETO e outros,
2006, p. 7-8).
Segundo o ACMERJ (2012), todas as partituras do “Te Deum Laudamus (CPM 92)”,
que estão no “Conjunto 1”, foram escritas por José Maurício, e todas as partituras que
pertencem a outros “conjuntos” foram feitas por copistas não identificados.
Para facilitar a compreensão, elaboramos a tabela 1 de acordo com ACMERJ (2012):
Ao analisar a unidade gráfica, podemos notar que essa letra é arredondada, e que
para produzir essa letra não há a necessidade de mudança brusca de direção. Portanto, essa
letra pode ser produzida com uma única unidade gráfica.
Coletamos todas as letras “p” que estavam na partitura do “Conjunto 1 de
Contrabaixo”, e verificamos que a grande maioria das letras não possuía inclinação.
Portanto, podemos classificar a inclinação axial, da letra “p”, como vertical.
Encontramos algumas letras com um pouco de inclinação, entretanto ela era tão
pequena que achamos mais efetivo manter a classificação axial como vertical. Para tomar
essa decisão, levamos em conta que uma leve variação de escrita pode ter decorrido por
mudança do instrumento escrevente ou por ter sido escrita em outra posição (sentado ou
em pé), ou até mesmo por ter sido escrito com maior pressa.
Ao analisar a unidade gráfica, podemos ver que essa letra possui duas unidades
gráficas. Com a primeira unidade gráfica, é possível escrever o corpo da letra “f”. A segunda
unidade gráfica é usada para fazer o corte da letra “f”.
Para facilitar a compreensão, fizemos uma representação passo a passo dessa letra.
Veja as figuras abaixo:
Figura 9 - Trecho do “Exemplar 1 de Contrabaixo do conjunto 1”, documento cuja autoria estamos
questionando.
Figura 10 - Trecho do “Exemplar 1 de Contrabaixo do Conjunto 1”, documento cuja autoria estamos
questionando.
Também é possível analisar a inclinação axial das hastes. As hastes presentes nesse
manuscrito são todas verticais.
Para escrever a dinâmica piano, José Maurício utilizou 4 unidades gráficas. A figura
abaixo demonstra um exemplar coletado da caligrafia de José Maurício.
Figura 11 - Caligrafia do Padre José Maurício. Documento CRI-SM18. Grade de Regência – Dinâmica
retirada da linha do violoncelo. Compasso 1 da Página 1
Para que seja possível compreender com clareza cada uma das unidades gráficas,
fizemos uma sequência de imagens para representar cada momento em que uma unidade
gráfica é gerada. Veja as imagens abaixo:
Figura 12 - A primeira “unidade gráfica” inicia-se na “zona inicial”. O traçado vai para cima até fazer
uma pequena pausa para mudar de direção.
Podemos notar com facilidade as quatro unidades gráficas presentes na letra “p”.
Devido à inclinação presente na letra “p”, nós classificamos a sua inclinação axial como
dextrogira. Todos os registros da letra “p”, de José Maurício, estão claramente inclinados.
Em nenhum momento, encontramos uma escrita sem essa inclinação.
escrever buscando uma grafia mais simples, prevalecendo, assim, a “lei do mínimo esforço”.
Essa mudança na escrita pode ocorrer ao usar um suporte inadequado, posições
desfavoráveis, situações que demandem urgência, dentre outros casos (GOMIDE & GOMIDE,
2005, p. 42-43; MONTEIRO, 2007, p. 20).
Percebemos que precisávamos pesquisar mais para poder concluir se as duas escritas
eram de José Maurício ou se apenas uma das escritas pertencia a ele. Analisamos as grafias e
vimos que possuíam dois pontos em comum. O primeiro ponto é o uso das letras “Fr” juntas
para representar “forte”, sendo o mais comum grafar apenas a letra “F”. O segundo ponto
em comum é a forma da letra “r”, que tem características semelhantes nas duas grafias
encontradas.
Por outro lado, existem três características que se contrastam. A primeira
característica é que em uma grafia a letra “F” é arredondada, e na outra grafia a letra “F”
possui diversos traços retos. O segundo ponto contrastante é o fato do escritor ter feito o
“Fr” sem tirar a caneta do papel. Já no outro caso, o escritor teria feito um traço do “F”,
retirando a caneta do papel, e só depois iniciou o corte da letra “F”. Por fim, ele retirou a
caneta somente depois de terminar a letra “r”. O terceiro ponto contrastante é com relação
ao ornamento após a letra “r”. Na primeira grafia, existe ornamento após a letra “r” e na
segunda forma de grafar não há esse ornamento.
A tabela abaixo mostra um exemplar de cada tipo de grafia:
Observação:
Não encontramos ornamento após a
5
Fonte das imagens da Tabela 3: ACMERJ (2012, s.p.)
O mais comum é que uma pessoa use uma única forma para escrever. Por isso, a
primeira coisa que fizemos foi levantar a possibilidade de alguma outra pessoa ter revisado a
partitura e por isso teria adicionado marcações na partitura.
Para podermos questionar essa linha de raciocínio, primeiro precisávamos descobrir
qual das grafias pertence a José Maurício e qual teria sido feita por outra pessoa.
Se José Maurício escrevia as partituras, o mais provável é que a sua caligrafia esteja
mais presente do que a caligrafia de quem revisa suas partituras. Por isso, decidimos analisar
diversos outros documentos autógrafos de José Maurício e ver qual a grafia está mais
presente em seus documentos.
Iniciamos nossa pesquisa com a partitura de “SCTB e Órgão” (pertence ao Conjunto
1) da peça “Novena de Santa Bárbara, em Ré maior” (CT65 – CRI-SM22 – Ano 1810).
Compasso 70 S, C, T, B e Órgão
Compasso 74 Órgão S, C, T
Compasso 88 Órgão B
Tabela 4 – Dinâmica “f” encontrada na obra “Novena de Santa Bárbara” de José Maurício6
6
Fonte das imagens da Tabela 4: ACMERJ (2012, s.p.)
7
Fonte das imagens da Tabela 5: ACMERJ (2012, s.p.)
à digitalização estar muito pequena e em diversos trechos a dinâmica estar escrita dentro do
compasso (inclusive é comum a haste da nota cruzar com a notação da dinâmica).
Partitura de Soprano; Contralto; Tenor; Baixo e Órgão (todas pertencem ao Conjunto
1) da peça “Hino para Vésperas II e Matinas de Reis, cantochão / Lá maior” (CT24 – CRI-SM26
– Data não especificada pelo ACMRJ). Não encontramos nenhuma notação de dinâmica
nessas partituras.
Após a análise dessas partituras, verificamos que uma das grafias aparece em 13
compassos diferentes, e a outra grafia aparece em 12 compassos. Uma grafia não autógrafa
certamente apareceria com uma frequência bem menor que uma grafia autógrafa. Por isso,
acreditamos que as duas grafias pertencem a José Maurício. Acreditamos que uma das
grafias era empregada em momentos que demandassem urgência ou em outras situações
desfavoráveis. Monteiro (2007, p. 20) afirma que uma grafia mais simples exige menos
esforço e uma pessoa com pressa, ou que tenha que assinar muitos documentos, pode
optar, inconscientemente, por uma grafia mais simples.
Como acreditamos que as duas notações pertencem a José Maurício, analisamos a
unidade gráfica e inclinação axial nas duas notações.
8
Fonte das imagens da Tabela 6: ACMERJ (2012, s.p.)
ou bemol) que possa ter esquecido de pôr na hora de escrever as notas. Veja um trecho do
manuscrito de José Maurício:
As hastes possuem uma leve inclinação axial de sentido sinistrógira. Percebemos que
é comum surgir uma pequena curva no final da anotação das hastes, quando a haste está
para baixo. Entretanto, quando as hastes estão para cima, são raras as vezes que
apresentam alguma curva no final dessas hastes.
CRI-SM29 Compasso 14 de
Partitura de Soprano Página 1
Tabela 7 – Exemplares da grafia da dinâmica “p” de José Maurício9
9
Fonte das imagens da Tabela 7: ACMERJ (2012, s.p.)
Segundo a tabela, vemos que a quantia de unidade gráfica presente nas caligrafias de
José Maurício é diferente da quantia de unidade gráfica presente no “Exemplar 1”. Também
fica claro que a forma da escrita de José Maurício é muito distinta da grafia presente no
“Exemplar 1”.
Portanto, a caligrafia de dinâmica “forte” presente no “Exemplar 1” não pertence a
José Maurício.
A posição das hastes deixa clara uma das características da grafia de José Maurício.
Nos manuscritos que analisamos, encontramos todas as hastes escritas ao lado direito da
nota. Já no “Exemplar 1”, vemos que as hastes das semínimas e colcheias ficam à esquerda
quando posicionadas para baixo e ficam à direita quando posicionadas para cima.
Pode-se ver que a característica de escrita de José Maurício é diferente da escrita
presente no “Exemplar 1”. Também podemos ver que nenhuma delas segue a regra atual de
posição das hastes.
Mesmo com a diferença clara em relação as hastes, levantamos a possibilidade de
José Maurício ter mudado a forma de escrever, com o objetivo de seguir alguma regra de
escrita musical. Por isso, analisamos diversos documentos, para verificar se José Maurício
alterou o padrão em sua escrita. Analisamos as partituras de “Violino 1 e 2” e de “Viola 1 e
2” (ambas pertencem ao conjunto 1 de partituras) da peça “Hino de Ação de Graças, em Dó
maior” (CT93 – CRI-SM45 – Ano 1811); partitura de “Coral e Órgão” (pertence ao Conjunto 1)
da peça “Novena de Santa Bárbara, em Ré maior” (CT65 – CRI-SM22 – Ano 1810); “Grade de
Regência” (pertence ao Conjunto 1) da peça “Matinas de Nossa Senhora da Assunção, em Si
bemol maior” (CT172 – CRI-SM50 – Ano 1813). Verificamos que José Maurício manteve o seu
padrão de escrita em todos esses documentos, portanto acreditamos que em nenhum
período de sua vida houve alteração no seu padrão de escrever as hastes.
4 CONCLUSÃO
10
Fmo = uma grafia de dinâmica usada por José Maurício, significa fortíssimo.
porque, os espaçamentos das linhas do pentagrama geram grande influência na grafia das
cabeças das notas. Uma pessoa que normalmente faria uma grande cabeça de nota, acaba
sendo obrigado a diminuir o tamanho dessa cabeça para que a partitura fique legível.
Vimos que é possível analisar o espaçamento entre notas e a inclinação axial
presente nas hastes das notas e que essas análises podem auxiliar na comprovação da
autoria de um manuscrito.
O presente estudo também se propôs a analisar se o manuscrito “Exemplar 1 de
Contrabaixo 1” foi escrito por José Maurício ou por um copista. Essa análise era importante
para podermos testar a eficácia do nosso estudo da grafoscopia.
Segundo nossa análise, a caligrafia “piano” presente no “Exemplar 1” possui uma
unidade gráfica e inclinação axial vertical, enquanto que a caligrafia de José Maurício possui
4 unidades gráficas e inclinação axial dextrogira. Portanto, nenhuma notação de “piano”
presente no “Exemplar 1” foi feito por José Maurício.
A dinâmica forte presente no “Exemplar 1” tem a mesma inclinação axial da grafia de
José Maurício, ambas são dextrogiras. Entretanto essa é a única característica em comum
com a grafia do Padre José Maurício, fica evidente que não há qualquer semelhança quanto
ao número de unidades gráficas e a forma da letra produzida.
Com relação às notas musicais pudemos analisar o espaçamento entre as notas e a
posição das hastes. No manuscrito “Exemplar 1”, encontramos um pequeno espaçamento
entre as notas, enquanto que nos manuscritos autógrafos a José Maurício pode-se ver um
espaço maior entre as notas. E a posição das hastes deixa clara uma das características da
grafia de José Maurício. Nos manuscritos que analisamos, encontramos todas as hastes
escritas ao lado direito da nota. Já no “Exemplar 1”, vemos que as hastes das semínimas e
colcheias ficam à esquerda quando posicionadas para baixo e ficam à direita quando
posicionadas para cima. Pode-se ver que a característica de escrita de José Maurício é
diferente da escrita presente no “Exemplar 1”. Também podemos ver que nenhuma delas
segue a regra atual de posição das hastes.
Conseguimos comprovar que o Exemplar 1 foi feito por um copista, sendo que a
grafia musical presente nesse documento é muito distinta da grafia de José Maurício.
Concluímos, portanto, que é possível fazer uso da grafoscopia para encontrar o autor
de uma partitura manuscrita. Também podemos concluir que um estudo futuro e
aprofundado, colhendo diversas partituras manuscritas, pode ajudar a encontrar outras
5 REFERÊNCIAS
ACMERJ. Kyrie e Gloria da Missa de São Pedro de Alcântara, em Si bemol Maior. Manuscrito
digitalizado disponível no Acervo Musical do Cabido Metropolitano do Rio de Janeiro.
Disponível em: < http://acmerj.com.br/CMRJ_CRI_SM19.htm >. Acesso em 16/05/2012.
ACMERJ. Te Deum CPM 92. Manuscrito digitalizado disponível no Acervo Musical do Cabido
Metropolitano do Rio de Janeiro. Disponível em: <
http://acmerj.com.br/CMRJ_CRI_SM46.htm >. Acesso em 09/05/2012.
ARAÚJO, Damião Barbosa. Memento Baiano para côro e orquestra: estudo introdutório,
restauração e revisão de Jaime C. Diniz. Estudos Baianos, Salvador, Universidade Federal da
Bahia, n.2, p.27. 1970.
BIASON, Mary Angela. Um Autor para o Tantum Ergo, CT2 337 – Francisco Manoel da Silva,
José Maurício Jr e Antônio da Silva Leite. Anais do XIII Encontro Nacional da ANPPOM. Belo
Horizonte, v. 2, n. 1, p. 355-362, 2001.
GOMIDE, Tito L. F.; GOMIDE, Lívio. Manual de grafoscopia. 2. Ed. São Paulo: Ed. Universitaria
de Direito, 2005. 128 p.
HOUCK, Max M.; SIEGEL, Jay A. Fundamentals of Forensic Science. 2. ed. Burlington:
Academic Press, 2010. 661 p.
NETO, Antonio C. M.; HAZAN, Marcelo C.; COTTA, André G. O projeto de digitalização do
acervo musical do cabido metropolitano do Rio de Janeiro: interseção entre arquivologia
musical, musicologia e informática. Anais do VII Encontro de Musicologia Histórica. Juiz de
Fora, v. 1, n. 1, p. 1-39, 2006.
NICKELL, Joe; FISCHER, John F. Crime science: methods of forensic detection. 1. ed.
Kentucky: University Press of Kentucky, 1999. 300 p.
6 ANEXO